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Tobacco Courier Tobacco Courier PUBLICAÇÃO INFORMATIVA TRIMESTRAL - INTERNACIONAL TOBACCO GROWERS’ ASSOCIATION PUBLICAÇÃO INFORMATIVA TRIMESTRAL - INTERNACIONAL TOBACCO GROWERS’ ASSOCIATION Março 2000 Nº5 ÍNDICE Comentários do Presidente Pag. 2 Relatório do Secretário Executivo Pags. 2 - 3 Relatório das Iniciativas da ITGA Pags. 4 - 5 Relatórios dos Países Argentina Pag. 6 Brasil Pag. 6 Burundi Pag. 7 Canadá Pags. 7 - 8 Índia Pag. 8 Malawi Pag. 9 Usa Pag. 10 Usa Pag. 11 Zimbabwe Pag. 12 Comité Educacional, Social e do Meio Ambiente Encontros Regionais Pag. 13 Pag. 14 Comentários da Imprensa Indiana Assembleia Anual da ITGA Pag. 15 Pag. 16 1 Tobacco Courier PUBLICAÇÃO INFORMATIVA TRIMESTRAL - INTERNACIONAL TOBACCO GROWERS’ ASSOCIATION COMENTÁRIO DO PRESIDENTE Vivemos tempos difíceis. O meu país, o Zimbabwe, atravessa um período de dificuldades políticas. As ramificações da agitação política atingiram os nossos produtores de tabaco, cujos trabalhos agrícolas foram severamente afectados durante as campanhas para as eleições parlamentares, programadas para este ano. Estes problemas surgem numa altura em que a Organização Mundial da Saúde intensificou a sua campanha para a aprovação das suas propostas sobre a Convenção para o Controle do Tabaco (CCT), que poderá vir a afectar negativamente as economias dos países produtores de tabaco, como o nosso. Apesar dos problemas internos do nosso país, conseguimos como Associação de Produtores do Zimbabwe, a qual presido, contribuir significativamente na Campanha da ITGA,que, aquando deste evento, passou pelo Zimbabwe, Kénia e outros países do continente para consciencializar os interessados dos perigos inerentes das propostas da OMS e alertar os países produtores no sentido de uma defe- sa. A ZTA também desempenhou um papel vital na adopção no Zimbabwe, de uma política de acção nacional, a que serviu de base à intervenção da delegação do nosso país na Segunda Reunião do Grupo de Trabalho da OMS, realizada em Genebra nos dias 2729 de Março para debater a CCT. A ITGA desempenhou um papel vital em assegurar que as suas organizações membras contassem com informação suficiente para pressionar os seus governos na adopção de uma posição firme em relação à CCT. Isto exemplifica a necessidade de reforçar nossas organizações nacionais, como também a ITGA, e procurar uma cooperação mais estreita com outros intervenientes da indústria mundial do tabaco. Embora se tenham empreendido acções importantes - e a experiência do Zimbabwe em impor uma posição nacional unificada consititui um exemplo - é necessário, um maior esforço no sentido de garantir o cumprimento dos nossos objectivos. Também é importante vigiar os factores de comercialização que afecta a nossa indústria. As exi- gências de qualidade, avanços tecnológicos, preços e custos, assuntos legais e iniciativas estratégicas de comercialização requerem a nossa atenção permanente. Os produtores de tabaco revelaram-se importantes líderesna agricultura como forma de sustento. É fundamental que acreditemos e reforçemos o nosso Código de Práticas e ao mesmo tempo continuemos com o apoio a programas existentes na área do meio ambiente e desenvolvimento social e humano. Os programas de reflorestação e protecção infantil na América do Sul e África constituem bons exemplos. Os projectos de controle à SIDA, apoiados por organizações de produtores de tabaco de África, e as iniciativas na área da saúde onde participam activamente alguns produtores da América do Sul, servem para ilustrar a importante contribuição prestada pela indústria do tabaco para o melhoramento da qualidade de vida da sociedade civil no geral. Isto é um argumento de peso na defesa da nossa futura sobrevivência. Richard Tate RELATÓRIO DO SECRETÁRIO EXECUTIVO Cabe-me pedir desculpas novamente, pela demora com que está a ser publicada a primeira edição deste ano 2000 do Tobacco Courier. A razão é devida à sequência de reuniões tidas no estrangeiro que me mantiveram longe do meu local de trabalho durante quase dois meses consecutivos. Não existe solução fácil para este problema, mas, mesmo assim, penso ter optado bem quanto às minhas prioridades. No entanto, quaisquer opiniões sobre este assunto serão bem vindas. A. Este ano, todo o meu trabalho apontou para três objectivos principais: - Expandir e reforçar ITGA. - Deixar bem claro que algumas das 2 medidas propostas pela OMS para a Convenção para o Controle do Tabaco, constituem a maior ameaça jamais enfrentada para as vidas de milhões de produtores de tabaco de todo o mundo, sem qualquer efeito positivo. - Desenvolver alianças no sector do tabaco. 1. Em Janeiro, assisti a uma reunião no México com produtores mexicanos, durante a qual conheci a nova direcção da Associação Mexicana de Produtores de Tabaco. Tive a oportunidade de trocar impressões com o novo presidente, o Sr. Federico Langarica, que me garantiu que é intenção sua restabelecer contactos com a ITGA. Isto é da maior importância para a ITGA, já que o México é um país com uma importância crescente como produtor. Em Abril, participei no Encontro Regional da América do Norte, em Raleigh, Carolina do Norte, e também no da América do Sul, em Santa Cruz do Sul, Brasil. (dos quais se podem ler relatórios nesta edição). 2. Uma grande parte do meu trabalho durante o mês de Fevereiro e Março, centrou-se em informar os governos sobre os efeitos negativos da proposta da OMS relativamente à produção de tabaco. Ciente disto, visitei dez Missões Diplomáticas de países produtores acreditadas em Genebra. O presidente da UNITAB, o Sr. Di Bucchianico, acompanhou-me em oito dessas visitas. Esta iniciati- Tobacco Courier PUBLICAÇÃO INFORMATIVA TRIMESTRAL - INTERNACIONAL TOBACCO GROWERS’ ASSOCIATION va revelou-se de grande utilidade pois muitos representantes de países produtores em Genebra, não tinham conhecimento nem dos efeitos negativos das medidas propostas pela OMS, nem da importância do tabaco para as respectivas economias nacionais. Mais tarde, assisti a uma reunião entre associações de produtores latinoamericanos e representantes diplomáticos de seis países produtores. Grande parte de Março, foi dedicado a entrevistas sobre a CCT dadas pela ITGA, Hallmark e um economista independente, Reza Daniels, a quem encarregámos uma avaliação do Relatório preparado pelo Banco Mundial sobre o tabaco. Tivemos reuniões com dois Ministros da Agricultura, um Ministro da Indústria e do Comércio, um Ministro das Florestas, um Ministro da Família, um Ministro das Finanças, um Vice-ministro do Turismo, Indústria e Comércio, dois Governadores de Bancos da Reserva, dez parlamentares e vários governadores regionais e estatais. O resultado destas iniciativas traduziu-se num conhecimento muito mais aprofundado da CCT por parte dos governos, o que lhes permitirá adoptar uma posição mais equilibrada relativamente às propostas da OMS. Creio que estas iniciativas da ITGA tiveram alguma influência na segunda reunião do Grupo de Trabalho (27-29 de Março), criada pela OMS afim de decidir os documentos e procedimentos que irão servir de base de trabalho para a Convenção para o Controle do Tabaco. Esta reunião do Grupo de Trabalho foi bastante diferente da primeira. Houve a participação de mais países (145), e no geral, percebeu-se um conhecimento mais aprofundado dos assuntos em causa por parte dos governos presentes. Várias delegações contavam com a participação de funcionários dos Ministérios da Agricultura, Comércio ou Finanças ou a representantes para os assuntos em questão nas Missões Diplomáticas em Genebra, para além do pessoal do Ministério da Saúde. Desde o início, vários países consideraram inaceitável o esboço imposto pelo Secretariado da OMS, especialmente pelas seguintes razões: - Consulta insuficiente com os interessados. - Documento demasiadamente prescritivo e inflexível. - Demasiadamente ambicioso para assegurar o seu cumprimento (demasiadas políticas envolvidas) - Totalmente irresponsável relativamente à avaliação do impacto sobre as economias dos países produtores. Consequentemente, podemos afirmar que a reunião do Grupo de Trabalho foi o início de um processo de negociação da ONU muito mais normal, considerando todas as posições envolvidas, em vez de um processo terrorista intervalado por consultas do tipo “calem-se e escutem”. Considerando as críticas e os comentários efectuados por muitos países durante a reunião do Grupo de Trabalho e a ausência de documento final afim de ser apresentado diante da Assembleia Mundial da Saúde no mês de Maio próximo, esperamos que o bom senso prevaleça e que a equipe da CCT faça uma remodelação da iniciativa sob bases mais sensatas. Um possível sinal foi a declaração de 27 de Março passado, em que a OMS comunica que irá realizar audiências públicas com os produtores e fabricantes de tabaco nos próximos meses de Setembro e Outubro. No entanto, considerando as anteriores posições da equipe responsável pela CCT, não devemos afastar a possibilidade de que activistas mais radicais queiram prosseguir com suas ideias iniciais aquando da Assembleia Mundial da Saúde e tentem fazer aprovar qualquer medida, contan- do com apoiantes óbvios dos Ministérios da Saúde. Por isso, os membros da ITGA devem lançar o alerta a seus respectivos governos sobre esta possibilidade e solicitar que exijam da OMS o respeito pelas conclusões da reunião do Grupo de Trabalho. Isto significa que não deve adoptar-se qualquer decisão sobre a CCT, e, especialmente, sobre a produção de tabaco, antes que sejam realizadas audiências públicas. Nossos governos devem saber que a próxima Assembleia da OMS criará com toda a probabilidade um Organismo de Negociação Intergovernamental sobre o qual cairá a responsabilidade relativamente à condução das negociações que eventualmente irão levar à Convenção para o Controle do Tabaco. 3. A ITGA tem informado os seus sócios comerciais sobre os perigos que encerram tais propostas da CCT. Com esse objectivo em mente, reunimo-nos com representantes das empresas fornecedoras da indústria do tabaco nos Estados Unidos e esperamos que isto seja o início de uma relação estável e frutífera. B. No mês de Julho, o Conselho Económico e Social das Nações Unidas (ECOSOC) irá debater um relatório do Secretariado Geral da ONU sobre a Convenção para o Controle de Tabaco. É nossa opinião que o sistema das Nações Unidas conta com várias agências especializadas que deveriam ter sido consultadas na preparação da CCT (p.ex. FAO, UNCTAD, UNPD, UNIDO, WIPO, OMT, etc.) evitando assim à OMS suposições simplistas e definitivamente erradas, sobre as consequências das suas propostas. Por esse motivo, é de extrema importância que os produtores, as suas organizações e o seus governos nacionais exijam a essas agências que adoptem uma posição equilibrada e séria relativamente a estes assuntos, que deverá ser levada em consideração no relatório do Secretário Geral da ONU. António Abrunhosa 3 Tobacco Courier PUBLICAÇÃO INFORMATIVA TRIMESTRAL - INTERNACIONAL TOBACCO GROWERS’ ASSOCIATION AS INICIATIVAS DA ITGA FORAM ANUNCIADAS NOS SEGUINTES JORNAIS, ESTAÇÕES DE RÁDIO E TELEVISÕES - El control del tabaco llegó al Banco Mundial El Tribuno - 7 March 2000 - World Bank report on tobacco snubbed The Nation - 9 March 2000 Malawi - New Study says World Bank Tobacco Control Policies could boost Power of Multinational Tobacco Companies and shut out small farmers Daily Times - 9 March 2000 Malawi - Stakeholders map tobacco defences Daily Times - 10 March 2000 Malawi - Proposed WHO tobacco convention The Herald - 10 March 2000 Zimbabwe - Few governments support research into golden leaf The Herald - 10 March 2000 Zimbabwe - Entidades defendem fumicultores Jornal Regional S. Miguel Oeste - 11 March 2000 Brazil - Malawi to Fight for Tobacco www.africanews.org - 13 March 2000 - Gralow lamenta ataque ao fumo Arauto - 14 March 2000 - Malawi lines up defence against anti-smoking lobby The Nation - 14 March 2000 Malawi Brazil Malawi - Kenya might miss tobacco meeting Daily Nation - 14 March 2000 Kenya - Tobacco: Obure warns WB on Caucus East African Standard - 14 March 2000 Kenya - Tobacco Sector gives Shs7bn to exchequer Business Standard 4 Argentina Kenya - Sector fumo vive nova ameaça Gazeta do Sul - 15 March 2000 Brazil - Futuro preocupa Gazeta do Sul - 15 March 2000 Brazil - Tobacco: Consult stakeholders, Obure tells WHO, World Bank Kenya Times - 15 March 2000 Kenya - Kenya asks WHO, World Bank not to rush anti-tobacco convention www.individual.com - 15 March 2000 Kenya Tobacco Courier PUBLICAÇÃO INFORMATIVA TRIMESTRAL - INTERNACIONAL TOBACCO GROWERS’ ASSOCIATION - Kenya Cautions World Bank, WHO on Tobacco Convention www.africanews.org - 15 March 2000 Kenya - Ponto Final Correio do Povo - 16 March 2000 Brazil - Entidades preparam ofensiva à proposta de restrições ao fumo Gazeta do Sul - 16 March 2000 Brazil - OMS ameaça sector fumageiro Riovale Jornal - 16 March 2000 Brazil - Gralow vai à Suiça defender o fumicultor Arauto - 17 March 2000 Brazil - Tabakplan is vol leemtes Landbouweekblad - 17 March 2000 South Africa - Zimbabwe tobacco industry faces Zimbabwe new threat from WHO Zimbabwe Independent - 17 March 2000 - New Convention on Tobacco Control flayed The Statesman - 17 March 2000 India - Tobacco growers lobby against WHO convention The Economic Times - 18 March 2000 India - Tobacco growers up in arms against WHO move The Hindu - 18 March 2000 India - Tobacco growers up in arms against WHO move The Economic Times - 18 March 2000 India - Tobacco growers up in arms against WHO move Newstimes - 18 March 2000 India - ITGA urges India to oppose tobacco control convention Bajasthan Patrika - 19 March 2000 India - Tobacco growers launch campaign against proposed WHO Convention The Hindu - 20 March 2000 India - Anti-smoking lobbyists take centre stage Financial Standard - 21 March 2000 Kenya. - House takes up anti-smoking lobby The Nation - 27 March 2000 Malawi 5 Tobacco Courier PUBLICAÇÃO INFORMATIVA TRIMESTRAL - INTERNACIONAL TOBACCO GROWERS’ ASSOCIATION Relatório dos Países ARGENTINA Em 1998/99, a produção argentina atingiu as 116.508 toneladas, ligeiramente menos em relação ao ano passado, em que se produziram 123.205 toneladas. No entanto, o rendimento em 1998/99 foi de 1.816 kg/ ha enquanto em 1997/98 foi de 1.513 kg/ha. O preço médio da produção de 1998/99, foi de US$1,13/kg. A Província de Jujuy implementou um sistema anti-granizo orientado por radar e com lançamento de foguetes, tendo tido resultados muito positivos. Este empreendimento teve como resultado uma forte redução nos danos provocados por tal calamidade e consequentemente, no pagamento de indemnizações por parte dos seguros. BRASIL Com o prolongamento do ciclo das lavouras, provocado por variações climáticas atípicas, a colheita ainda está em andamento em muitas regiões. O clima também interferiu na produtividade, mas de forma positiva. Com isso, a estimativa de produção novamente foi alterada. Das 450 mil toneladas inicialmente previstas, a produção deverá chegar a mais de 500 mil, aproximadamente. COMERCIALIZAÇÃO Como conseqüência do retardamento da colheita, a comercialização está atrasada. Se comparada à safra passada, quando nesta época já havia sido vendido 35% do total, a compra da safra 1999/2000 atingiu até o momento 25%. A classificação, novamente, é motivo de muito descontentamento por parte dos produtores, que alegam critérios rigorosos e diferenciados entre as empresas. No outro lado, os industriais ale- 6 gam que o problema está na qualidade do produto. Na verdade, o motivo principal é a estimativa de produção que se elevou em relação à prevista antes do plantio. O preço médio de R$ 2,25 não será alcançado. Quanto ao câmbio, verifica-se um fato incomum. Há pouco tempo atrás, um dólar valia mais que R$ 2,00; atualmente, o dólar oscila em R$ 1,75. GRANIZO/ INDEMNIZAÇÕES Os fumicultores associados da AFUBRA, que tiveram suas lavouras atingidas pelas tempestades de granizo, já estão recebendo suas indenizações. O pagamento se iniciou no dia 10 de março. Até o momento, a entidade registrou 27.844 lavouras atingidas. O valor a ser pago pelo Departamento de Mutualidade se aproxima dos 23 milhões de reais, superando o valor orçado. ENCONTRO REGIONAL Está previsto para os dias 18 e 19 de abril o encontro regional dos membros latino-americanos da Associação Internacional dos Produtores de Tabaco (ITGA). A reunião irá se realizar no Brasil, na sede da AFUBRA. Na agenda, estão a atual safra e as projeções para a próxima, bem como o lançamento do livro A Floresta e o Ar, 4 o volume da Série Ecologia. O livro dá seqüência as atividades do Projeto Verde é Vida, campanha de educação ambiental que a AFUBRA desenvolve há longos anos. Para o dia do lançamento, a AFUBRA está convidando diversas autoridades regionais, estaduais e federais ligadas às áreas de ecologia, educação e a própria agricultura. Para este evento, já está confirmada a presença do Chefe Executivo da ITGA, Dr. Antonio Abrunhosa. 45 ANOS No próximo dia 21 de março, a AFUBRA comemora 45 anos de existência, mostrando segurança e credibilidade. Fruto de muito trabalho e união, a entidade se destaca atualmente como uma das mais atuantes dentro da atividade primária do Brasil. Agradecimentos especiais aos associados e a todos que têm colaborado para o sucesso da entidade, inclusive os de caráter internacional. Mário André Poll Tobacco Courier PUBLICAÇÃO INFORMATIVA TRIMESTRAL - INTERNACIONAL TOBACCO GROWERS’ ASSOCIATION BURUNDI Relativamente à colheita 1999/2000 encontramo-nos na fase da apanha, cura e escolha para venda. Prevê-se a abertura dos mercados de Março a Maio onde irão circular aproximadamente 800 toneladas de tabaco, entre as quais 600 Flue-cured e 200 Burley. CANADÁ NOVAS NORMAS DE ROTULAGEM E O PROCESSO TIC A recente e severa regulamentação do governo federal exigindo às companhias de tabaco a exibição em todos os pacotes de cigarros de fotos de pulmões, garganta, boca etc. doentes, suscitou forte oposição e críticas do público assim como da indústria do tabaco. O novo regulamento será submetido ao Teste de Impacto Comercial (TIC), um processo de consultas e análises sobre o impacto que terá a regulamentação no sector comercial. O governo canadiense aplica o TIC sempre que se proponham mudanças legislativas que podem ter um impacto significativo no sector comercial do país. Para a implementação do TIC far-se-ão consultas a produtores, retalhistas, grossistas, sindicalistas, fabricantes e fornecedores de tabaco (tipografia e empacotadores). Estes grupos, que serão afectados directa ou indirectamente pelo novo regulamento, terão assim a oportunidade de fazer uma análise dos possíveis prejuízos inerentes a este processo.. O governo fará o estudo dos comentários antes da publicação do projecto de lei prevista para a presente Primavera e antes de o remeter à Câmara dos Comuns. Os fabricantes de cigarros do Canadá terão que suportar a maior parte dos custos de etiquetagem imposta, o que afectará assim por consequência os produtores, fornecedores e outros. Segundo o Conselho dos Fabricantes de Tabaco do Canadá, a impressão destas chocantes etiquetas e inserções fotográficas não se poderá fazer no Canadá, já que não existe o equipamento necessário para este efeito no país. O custo de todo este processo estima-se em 222 milhões de dólares durante os próximos dez anos. O custo real para o Canadá seriam os postos de trabalho de alto valor na indústria de tecnologia de impressão e a perda de gastos de impressão que ultrapassam os 115 milhões de dólares por ano. Um porta-voz do governo federal referiu que a iniciativa já foi desencadeada e que as novas advertências de saúde terão imagens inseridas. O governo minimizou o facto da tecnologia requerida não existir no país. GOVERNO FEDERAL REDUZ EXPORTAÇÕES NO COMBATE AO CONTRABANDO DE CIGARROS Num esforço de combate ao contrabando, centrado na exportação de cigarros canadienses, o Ministério das Finanças ordenou uma redução do volume de cigarros destinados à exportação pelos fabricantes de 1,5 % (de 2,5% em 1999) da produção anual com a isenção de pagamento de $8 por cartão em imposto indirecto. A AVALANCHE DO PROCESSO JUDICIAL DE OTTAWA O Governo Canadiense apresentou no final do mês de Dezembro uma queixa judicial de $1.000 milhões contra a companhia de tabaco afiliada da RJR-Macdonald (actualmente JTI-Macdonald) e várias empresas relacionadas com esta. O governo alega que a RJRMacdonald desenvolveu uma sofisticada rede de contrabandistas e companhias de fachada no estrangeiro para importar cigarros de contrabando para o Canadá, livres de impostos. A Ministra da Justiça, Anne McLLean, afirma que se empreenderão outras acções legais logo que sejam reunidas mais provas. RJR-Macdonald recusou fazer comentários acerca da queixa apresentada em Ottawa, em virtude da lei RICO (actividades ilícitas com fins lucrativos e extorsão) dos Estados Unidos. ONTARIO PROSSEGUE COM O PROCESSO JUDICIAL CONTRA O TABACO O governo da província de Ontario planeia prosseguir com a queixa judicial apresentada contra as companhias de tabaco 7 Tobacco Courier PUBLICAÇÃO INFORMATIVA TRIMESTRAL - INTERNACIONAL TOBACCO GROWERS’ ASSOCIATION norteamericanas apesar de já ter sido recusada uma sentença judicial semelhante apresentada pelo governo de Guatemala. A posição da província é a de que as companhias de tabaco tornam o seu produto mais viciante juntando-lhe nicotina. É a primeira vez que o governo canadiense recorre aos tribunais norte-americanos para recuperar os custos tidos com doenças relacionados com o tabaco. O presidente do Conselho dos Fabricantes de Cigarros do Canadá que também está envolvido no processo, referiu que a acção é “a hipocrisia na sua forma máxima”, já que a província recebe cerca de $750 milhões por ano em receitas fiscais com o tabaco. IMPOSIÇÃO MUNICIPAL DE ERRADICAÇÃO DO TABACO PROVOCA PROCESSO JUDICIAL Após várias semanas de ameaças, 100 donos de bares e res- taurantes apresentaram uma queixa judicial contra a Região de Waterloo (municipalidades de Kitchener e Cambridge) no Ontario devido á lei municipal contra o tabaco. Waterloo adoptou a mais severa regulamentação contra o tabaco de toda a província de Ontario, proibindo fumar-se em bares, restaurantes, salas de bingo e salas de bowling. Segundo a Região, os municípios não têm poder constitucional para proibir o tabaco nem tão pouco para exigir o cumprimento da proibição. Considerando que a Lei Geral sobre o Poder Municipal outorga aos municípios o poder de limitar o tabaco em locais públicos, uma impugnação constitucional poderia deixar sem efeito as restrições ordenadas ao tabaco em toda a província. O Ministério da Justiça referiu que nenhum tribunal tem o poder de ignorar uma lei regional a menos que a região esteja envolvida em algum processo legal e até á data não é esse o caso. O advogado que representa os donos dos bares e restaurantes declarou que “ não estamos a impugnar a constitucionalidade da lei regional, o que se afirma é que esta lei ultrapassa o âmbito do poder regional sobre as municipalidades. A impugnação baseia-se no facto de que esta vai contra os direitos protegidos pelos princípios constitucionais.” Na cidade vizinha de Cambridge foi aprovado pelos conselheiros a apresentação de uma petição para o estudo de opções que permitam o tabaco em bares e restaurantes locais e outros locais públicos. A cidade de Kitchener por sua vez está disposta a seguir o mesmo exemplo. ACTUALIZAÇÃO DO MERCADO A 3 de Março de 2000, tinhamse vendido 134.386.200 libras a um preço médio de $1,6149/lb. INDIA Cerca de 37.66 m kgs da colheita de Karnataka foi comercializada a um preço médio de Rs.44.62/kg á data de 16/03/2000, ficando por escoar aproximadamente 12 m kgs de tabaco. O mercado do tabaco Flue-Cured está em crise. Não há compradores e as vendas estão assim bastante atrasadas. Existem stocks de carry-over e excedente de produção que constituem as principais razões para o impasse no mercado este ano. Os produtores que investiram importantes somas na produção de Flue-Cured, estão deveras preocupados com a perspectivas de escoamento do seu tabaco. Exigem uma lei de restrição à produção de tabaco Flue-Cured para a próxima época afim de ultrapassar a crise mas também a intervenção do governo já que se sentem abandonados pelos fabricantes e exportadores e temem um avultado prejuízo. O tabaco curado em Novembro ainda não se vendeu e teme-se que seja mal classificado. 8 Tobacco Courier PUBLICAÇÃO INFORMATIVA TRIMESTRAL - INTERNACIONAL TOBACCO GROWERS’ ASSOCIATION MALAWI ENCONTROS REGIONAIS A Associação de Tabaco do Malawi (TAMA) voltou a organizar este ano, encontros regionais em todas as regiões produtoras de tabaco do país. Para assistir a estes encontros são convidados chefes executivos ou representantes do sector da indústria do tabaco para definirem políticas para as suas respectivas organizações. Estes encontros fazem uma análise da colheita anterior e dos problemas tidos com o fim de os ultrapassar. Os produtores têm assim uma oportunidade de participar dando o seu contributo relativamente às políticas a adoptar por parte das organizações da indústria do tabaco. O SISTEMA DE COMPRADORES INTERMEDIÁRIOS Contra todos os protestos veementes por parte dos produtores e compradores de tabaco voltou a ser imposto este ano o sistema de compradores intermediários para o tabaco. Este sistema foi introduzido em 1994 e consiste na compra de tabaco por negociantes aos produtores para depois ser posto à venda nos locais de venda. Com o decorrer dos anos tem-se notado uma exploração dos produtores, este sistema promove roubos de tabaco entre os estados, uma apresentação precária do tabaco nos postos de venda, levando a preços baixos e níveis de produção cada vez mais decadentes. DADOS ESTATÍSTICOS SOBRE O TABACO Dados estatísticos demonstram que houve uma quebra do número de produtores de tabaco inscritos este ano, ou seja 71.818 comparado com os 81.302 do ano passado. Não existem razões explícitas para esta quebra de 11,7%, mas especula-se que os produtores se sintam negligenciados pelo governo, já que este não implementa iniciativas tais como a abolição do esquema de Compradores intermediários e o acesso a investimentos agrícolas rentáveis. CLIMA Apesar das chuvadas indesejáveis logo no início da época, a situação estabilizou e espera-se uma produção semelhante à do ano passado. Embora muitos dos estados mais importantes tenham aumentado a sua área de produção e pequenos produtores tenham sido beneficiados por empréstimos de insumos agrícolas, a situação ao longo do Lago Malawi é patética já que a grande maioria dos produtores abandonou a produção de tabaco devido à seca no início da campanha. As plantas que sobreviveram à seca foram severamente atacadas por doenças (Bush Top). TAMA E O GOVERNO Considerando que o tabaco representa o eixo central da economia do Malawi, deram-se recentemente início a conversações entre a TAMA e delegações Parlamentares do Orçamento e Finanças com o intuito de incluir a TAMA na formulação do Orçamento Nacional para que os interesses dos produtores de tabaco sejam levados em consideração. G.L. Mituka Oficial de Relações Públicas 9 Tobacco Courier PUBLICAÇÃO INFORMATIVA TRIMESTRAL - INTERNACIONAL TOBACCO GROWERS’ ASSOCIATION USA 100.000 milhões de dólares, poderia criar graves problemas financeiros a algumas companhias. Para piorar tudo, houve outro processo judicial apresentado por um grupo individual de agricultores contra Companhias de tabaco, alegando que os fabricantes de tabaco conspiraram na abolição do sistema federal que regulamentava os preços do tabaco em folha. OMS Desde o encerramento da temporada de comercialização do tabaco Flue-cured, tem havido grande expectativa sobre o futuro da indústria do tabaco nos Estados Unidos. O mais preocupante para os produtores norteamericanos é a redução das quotas Flue-cured e Burley anunciadas para o ano 2000 e as consequências dos múltiplos processos contra a indústria. O Acordo Geral com a Indústria (AGI) subscrito pela indústria tabaqueira norteamericana continua criando aumentos de preço antecipados, com a consequente redução no consumo de cigarros. Para além dos efeitos do AGI, existe a incerteza relativamente a outros processos adicionais pendentes que eventualmente poderão vir a prejudicar a indústria. para a indústria norteamericana, que tem sido bombardeada com inúmeros processos judiciais por danos e prejuízos causados à saúde ligados ao tabaco. No entanto, esta regulamentação levará com certeza a luta da regulamentação federal do tabaco para o Congresso dos Estados Unidos. O Presidente Clinton irá exercer pressão no Congresso norteamericano no sentido de serem aprovadas leis que deleguem poderes à FDA para regulamentar os produtos derivados do tabaco. A 15 de Março, foi realizada em Washington DC, uma reunião pública sobre a Convenção para o Controle do Tabaco (CCT) da Organização Mundial da Saúde. Participaram nela pessoal da indústria do tabaco e explicaram a sua posição, no entanto, o testemunho de vários grupos antitabaco foi implacável. O principal objectivo desta reunião era o de ganhar simpatizantescom questões relacionadas com o controlo do tabaco que pudessem ser aproveitadas na CCT, tais como o acesso dos adolescentes ao tabaco, publicidade, comercialização, medidas preventivas, aspectos do meio ambiente, contrabando e protecção das comunidades agrícolas. O CASO FLÓRIDA MERCADO Um grupo de jurados proferiu um veredicto potencialmente implacável contra a indústria do tabaco ao pronunciar-se recentecontra a mesma, aquando REGULAMENTAÇÃO mente da apresentação de uma queixa DO SUPREMO civil colectiva. Os jurados estão agora a levar em consideração o TRIBUNAL DOS pedido de indemnizações comESTADOS UNIDOS pensatórias. Especula-se que as A última vitória da indústria foi indemnizações poderão ir até aos a estipulação pelo Supremo Tri- 100.000 milhões de dólares ou mais. Sendo assim, estariam subunal dos Estados Unidos que repostamente representados 500.000 gulamenta o Departamento para fumadores incluídos na primeira Alimentos e Drogas (FDA) care- queixa civil colectiva contra a ince de poder para regulamentar dústria levada a tribunal. A indúsprodutos derivados do tabaco. tria avisou que só o facto de paA decisão (votada por 5-4) gar a fiança para apelar uma inconstituiu uma grande vitória demnização no montante de 10 A época de comercialização do tabaco burley nos Estados Unidos encerrou no dia 16 de Março, 2000. As vendas brutas para a época elevaram-se a 638.643.867 libras a um preço médio de $190.25/100 libras. As cooperativas de Burley receberam 39,7% das vendas brutas. Os produtores de Flue-cured estão a preparar-se para a plantação. Os produtores de Flórida e Georgia darão início a este processo em breve. Até esta data, não registámos quaisquer problemas graves relacionados com a cultura. Infelizmente para os produtores, grande parte das suas preocupações, escapam ao seu controle. Tobacco Courier PUBLICAÇÃO INFORMATIVA TRIMESTRAL - INTERNACIONAL TOBACCO GROWERS’ ASSOCIATION USA (Burley) COMERCIALIZAÇÃO DO TABACO BURLEY 1999/2000 Depois de uma semana de liquidação de stocks no Kentucky, a época de comercialização do tabaco burley 1999/2000 encerrou na Quinta-feira dia 16 de Março. Esta temporada tem sido classificada como uma das piores dos últimos 60 anos da história do tabaco. Uma combinação de seca e enormes gastos por parte dos transformadores locais debilitou dramaticamente a procura. Aproximadamente 42% das vendas foram dadas como garantias a empréstimos requeridos, a segunda maior percentagem na história. De acordo com as últimas previsões de 544.202.000 libras, mais de 100% da produção de 1999 foi vendida nos leilões. As vendas brutas da temporada atingiram os 580,8 milhões de libras a um preço médio de US$189,76 por cem libras. As vendas brutas da temporada de 1998 atingiram os 638, 6 milhões de libras, a um preço de US$190,25 por cem libras. As vendas líquidas da época totalizaram 549,8 milhões de libras, contra 588,1 milhões de libras na época anterior. As vendas brutas nos mercados da Cooperativa de Estabilização de Burley (BSC) elevaram- se a 137,5 milhões de libras, a um preço médio de US$189,55 por cem libras. Na temporada passada, as vendas brutas foram de 129.939.215 libras, a um preço médio de US$190,41 por cem libras. Esta temporada, as cooperativas de burley receberam 230.554.758 libras ou seja 39,7% das vendas brutas. Em comparação, no ano passado, o total recebido foi de 72.903.215 libras ou seja 11,2% das vendas brutas. As receitas da BSC para a temporada foi de um total de 37.949.231 libras ou seja 27,6 % das vendas brutas. No ano passado, o .total recebido elevou-se a 13.470.179 libras ou seja 10,4% das vendas brutas. A Cooperativa de Produtores de Tabaco Burley (BTGC), por sua vez, recebeu um total de 192.605.527 libras ou seja 43,5% das vendas brutas. No ano passado, referente ao mesmo período, recebeu um total de 59.433.036 libras ou seja 11,7% das vendas brutas. Fazendo o total com a colheita de 1999, os inventários de ambas as cooperativas atingiram os 416 milhões de libras. Também se registrou uma redução nas quo- tas de 28% em 1999 e de 45% no ano 2000. Espera-se que a quota real seja de uns 367,4 milhões de libras, o equivalente a 322,7 milhões de libras a menos relativamente a 1999. Prevê-se que a produção de cigarros em 1999 tenha decaído uns 7% relativamente aos níveis de 1998, ou seja 635.000 milhões de unidades. Tanto o consumo nacional como as exportações estão com tendência a cair. Prevê-se uma diminuição no consumo nacional de 6,5%. Durante os três primeiros trimestres de 1999, as exportações de cigarros baixaram uns 26%, ou seja 116.000 milhões de unidades. Prevê-se que o montante anual relativamente a exportações só chegue ás 150.000 milhões de unidades, quase 100.000 milhões a menos relativamente a 1996, ano em que as 243.000 milhões de unidades foram ultrapassadas. As exportações de flue-cured para o período entre Janeiro a Setembro caíram em 14% enquanto as de burley se ficaram pelos 9%. TEMPORADA DE COMERCIALIZACÃO 1999-2000 Estado Vendas Brutas Média do Mercado Recebimentos nas Coop. NC TN VA KY IN MO OH Total 16,1 101,6 19,8 413,7 14,1 4,7 10,7 580,8 $190,89 $189,34 $189,56 $189,82 $189,33 $187,91 $191,14 $189,76 1.882.940 33.156.677 2.909.614 180.983.742 5.185.189 3.236.899 3.199.697 230.554.758 Percentagem de Vendas Brutas 11,8 33,0 14,6 43,7 36,8 68,6 29,8 39,70 638,6 $190,25 72.903.215 11,42 Colheita 1998 11 Tobacco Courier PUBLICAÇÃO INFORMATIVA TRIMESTRAL - INTERNACIONAL TOBACCO GROWERS’ ASSOCIATION ZIMBABWE CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS Desde a última informação de 9 de Fevereiro, o tempo tem-se mantido chuvoso, variando para nublado com chuvadas a norte e húmido com precipitações nos distritos a centro e nublado com chuvas persistentes a sul. O ciclone Eline trouxe fortes chuvas e rajadas de ventos nos distritos a sudeste, afectando seriamente as terras a sul de Mutare, fora das áreas de plantação de tabaco Virgínia. De acordo com as informações dos peritos, os valores das precipitações são as seguintes: DATA 9 de Fevereiro a 8 de Março Total a 8 de Março de 2000 Total a 10 de Março de 1999 NORTE 138 508 917 CENTRO 250 657 1033 SUL 212 760 1208 TOTAL 192 641 1086 SITUAÇÃO DA COLHEITA A plantação de irrigação foi desfolhada na primeira semana de Fevereiro. As estimativas de rendimento mantêm-se sem variações face às previstas no mês passado. Neste relatório inclui-se uma aproximação do Conselho sobre as características das folhas superiores. Na plantação de sequeiro far-se-á a apanha das folhas no início do mês de Abril nos distritos a norte, incluindo Ayshire (Raffingora). Os restantes distritos a centro e a sul deram indicações de que darão por terminada a colheita pelo fim do mês de Março. As perdas de maturação não são significativas em geral; no entanto, registaram-se perdas nas folhas superiores e inferiores devido ao clima seco que predominou no início da época, seguido por precipitações que levaram a uma maturação prematura mais recentemente. A colheita também sofreu doenças em sete distritos, especialmente nos a sul. As terras de sequeiro tendem a dar equilíbrio de cor e homogeneidade à colheita, como indica a seguinte tabela. Plantação Irrigada Sequeiro Combinados %LL COR %LO 65 49 57 25 40 33 ESTILO %LR 10 10 10 %F/FA %KVG 29 44 37 %STD 52 42 47 19 13 16 Percentagens de cor e homogeneidade para a colheita 1999/2000 ESTIMATIVAS DE PRODUÇÃO Como já foi referido, as estimativas para esta colheita nas terras irrigadas mantêm-se sem variações. A colheita em terras de sequeiro, especialmente a sul, está a atingir a maturação com bastante rapidez motivando assim o aparecimento de doenças em diversos sítios. Nos últimos meses, o mais baixo rendimento em terras de sequeiro é de uns 60kg/ha. Colheita hectares Irrigada Sequeiro Grande Escala Pequena Escala 12 Cultivos kg/ha 32746 43010 75756 7000 82756 Rendimento 3326 2538 2878 1000 Perda est. manejamento 5% 5% 5% 15% Rendimento Adj. 3160 2411 2734 850 2575 Volume total toneladas 103468 103685 207153 5950 213103 Tobacco Courier PUBLICAÇÃO INFORMATIVA TRIMESTRAL - INTERNACIONAL TOBACCO GROWERS’ ASSOCIATION PREOCUPAÇÕES DOS PRODUTORES Combustível - Todos os distritos informaram quantidades inadequadas de combustível para a preparação das terras. Segurança - Na sequência de invasões por membros da Associação de Veteranos de Guerra, algumas explorações de tabaco não foram poupadas. Já que se obteve conhecimento das invasões com antecedência, a maioria dos distritos encontravam-se bem preparados e planearam a sua defesa adequadamente com a polícia local. Registaram-se prejuízos em algumas explorações assim como interrupções dos trabalhos. Dois distritos e dezoito explorações de tabaco informaram perdas materiais de tabaco tendo, no entanto, os trabalhos recomeçado na maioria. Actualmente, as autoridades estão a tomar medidas de segurança afim de acabar com as invasões, ainda que as ordens de implementação destas medidas variem de distrito para distrito. Existe um grande apoio aos produtores afectados por parte de uma ampla faixa da sociedade assim como posições firmes tomadas pelo Sindicato dos Agricultores Comerciais perante o ocorrido. Viabilidade - Todos os membros do Conselho exprimiram a sua preocupação perante a viabilidade da produção de tabaco no caso de se manterem os preços em dólares americanos e a taxa de conversão actual para os dólares do Zimbabwe. COMITÉ EDUCACIONAL, SOCIAL E DO MEIO AMBIENTE Quando menos se espera, fatos relacionados à nossa atividade acontecem, sejam eles positivos ou negativos. E nada como estar preparado às surpresas. As atividades ambientais, sociais e educacionais desenvolvidas pelo setor fumageiro, tanto em nível de produtores como pelo setor industrial, mostram como o nosso trabalho realizado é importante. Ao contrário do que outros pensam, temos certeza de que nossa\s atividades são nobres, apesar de estarmos sofrendo uma nova ofensiva contra o tabaco da Organização Mundial da Saúde, cujo conteúdo já deve ser do conhecimento de todos. Reitero a importância de se manter as atividades hoje existentes nestas três áreas que compõem o comitê e, se possível, a introdução de novas ações. Ainda que os antitabagistas desejem ignorar os nossos bons trabalhos, temos certeza que a opinião pública reconhecerá a soma de nossas ações de cunho comunitário. Os custos, muitas vezes, nos impedem de avançarmos ainda mais nestas questões, mas lembro à necessidade de se avaliar bem antes de desistirmos de alguma idéia nova. ACTIVIDADES NO BRASIL (AFUBRA) Depois de desvendar os mistérios de toda e qualquer unidade que envolva os organismos vivos que se encontram interagindo com o ambiente físico (A Complexidade dos Ecossistemas, 1a edição lançada em 1997), trazer à tona a relação das florestas ante a água que consumimos e com o solo que utilizamos para produzir nossos alimentos (A Floresta e a Água e A Floresta e o Solo, 2 o e 3o volumes, respectivamente, lançados em 1998 e 1999), o Projeto Verde é Vida dá continuidade as suas ações, trazendo agora a 4a edição, denominada A Floresta e o Ar. O novo livro vai enfocar a interação do ar com as florestas e com os outros vegetais, cujo processo resulta na despoluição da atmosfera. O lançamento oficial está programado para o próximo dia 18 de abril, em solenidade a ser realizada na sede da AFUBRA, em Santa Cruz do Sul/ RS. Para o evento, a entidade está convidando diversas autoridades ligadas às áreas de agricultura, ambiental e educacional do País. Como nas edições anteriores, o livro será distribuído gratuitamente aos professores das escolas das redes municipal, estadual e particular, que estão integradas ao Verde é Vida desde a 1 a edição da série ecologia, além de bibliotecas e órgãos governamentais ligados ao meio ambiente. Hainsi Gralow, Presidente do Comitê. 13 Tobacco Courier PUBLICAÇÃO INFORMATIVA TRIMESTRAL - INTERNACIONAL TOBACCO GROWERS’ ASSOCIATION ENCONTRO REGIONAL DA AMÉRICA DO SUL O Encontro Regional da América do Sul realizou-se em Santa Cruz do Sul, Brasil, no dia 19 de Abril, na presença da Afubra e representantes dos produtores de tabaco de Jujuy, Salta e Misiones. O Secretário Executivo apresentou um relatório sobre as suas actividades realizadas desde a última Assembleia Anual, seguido de relatórios de ambos os países sobre a produção, destacando o aumento da produção do Brasil e a situação oposto na Argentina. No que se refere às campanhas antitabaco, os delegados felicitaram a iniciativa dos países lantinoamericanos que se reuniram com embaixadores e pessoas das Missões Diplomáticas em Genebra antes da reunião do Grupo de Trabalho da CCT. Com vista à reunião do ECOSOC, que irá analizar o relatório da CCT do Secretário Geral da ONU, no próximo mês de Julho, os delegados aprovaram uma proposta no sentido de solicitar à ECOSOC que espere pelo relatório da FAO relativamente ao impacto económico do tabaco, que estará pronto no início de 2001, antes que seja adoptada uma decisão sobre o assunto. A Afubra deu informações sobre a publicação do seu quarto livro da sua série sobre o meio ambiente: “A Floresta e o Ar”. Finalmente, ficou aprovado propor-se aos outros membros da ITGA a organização do Encontro Anual a realizar-se nos dias 29 de Outubro a 2 de Novembro do corrente ano. Para além do Encontro Regional, o Presidente da Afubra, o Sr. Hainsi Gralow e o Secretário Executivo, visitaram quatro jornais, duas estações de rádio e uma televisão onde foram concedidas entrevistas. Também visitaram três fábricas de transformação (Dimon, Sousa Cruz e Universal Leaf). No dia 18, o Secretário Executivo participou na ceremónia pública do lançamento do livro da Afubra sobre o meio ambiente:“A Floresta e o Ar”, que contou com a presença das mais altas autoridades civis e militares assim como dignatários eclesiásticos, que elogiaram vivamente o trabalho desenvolvido pela Afubra no sector. ENCONTRO REGIONAL DA AMÉRICA DO NORTE O Encontro Regional da América do Norte realizou-se em Raleigh, no dia 10 de Abril, na presença do Conselho de Comercialização dos Produtores de Flue-Cured de Ontário, Canadá, da Cooperativa de Estabilização de Burley, Estabilização de Flue-Cured e Associados de Tabaco dos Estados Unidos. A reunião deu início com o relatório do Secretário Executivo da ITGA, focando os seguintes temas: 1. A recente eleição da nova Direcção da Associação dos Produtores Mexicanos e os recentes contactos no sentido de relançar a sua colaboração com a ITGA. 2. A actual situação financeira da ITGA. Foram levadas em consideração várias opções entre as quais se destacou a inclusão de avisos publicitários no Tobacco 14 Courier e na eventual criação de uma nova categoria de membros. 3. O relatório completo sobre as actividades preparatórias para a reunião do Grupo de Trabalho da Convenção para o Controle do Tabaco, que se realizou em Genebra nos dias 27, 28 e 29 de Março. Canadá apresentou um relatório sobre a sua produção nacional, destacando uma queda na produção (-13,5%) e o alto perfil das políticas antitabaco do governo Canadiense. A delegação dos Estados Unidos expressou a sua preocupação pela acentuada queda da sua produção, destacando que a redução de mais de 50% dos últimos anos, não corresponde à redução de 1% do consumo doméstico. Existe também uma grande preocupação relativamente a algumas propostas da indùstria no sentido de substituir os leilões por contratos. Os delegados da Cooperativa de Estabilização de Flue-Cured deram informações sobre a reunião realizada em 20 de Março em Washington, organizada pelo Governo Norteamericano no sentido de tomar conhecimento das posições do sector relativamente à CCT. Apesar do tempo limitado concedido a cada participante, a reunião traduziu-se numa iniciativa útil a ser seguida por outros governos nacionais. O resto da reunião concentrouse no tema das nitrosaminas e na reconversão das estufas a gás. Este é um tema controverso, ao qual voltaremos no futuro. Tobacco Courier PUBLICAÇÃO INFORMATIVA TRIMESTRAL - INTERNACIONAL TOBACCO GROWERS’ ASSOCIATION COMENTÁRIOS DA IMPRENSA INDIANA SOBRE AS ACÇÕES DA ITGA PRODUTORES DE TABACO PROTESTAM CONTRA A OMS Hoje em dia a “ADVERTÊNCIA: O tabaco é prejudicial à sua Saúde”, não é mais que uma legenda inofensiva no rodapé dos maços de tabaco e em painéis publicitários. No entanto, a partir do ano 2003, esta mensagem poderá deixar o âmbito das advertências superficiais para passar ao âmbito legislativo e deixar assim de ser um simples halo de fumo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem-se empenhado a promover uma Convenção para o Controlo do Tabaco (CCT) a realizar-se em Maio do ano 2003, que será “um instrumento legal internacional para controlar a difusão do tabaco e produtos derivados do tabaco”, de maneira a que seja regulamentado como “quaisquer outras drogas” e criar “um mundo livre de tabaco até ao ano 2020”. Segundo o Sr. António Abrunhosa, Chefe Executivo da Associação Internacional dos Produtores de Tabaco (ITGA), a OMS propôs importantes medidas para a redução do consumo do tabaco, entre as quais, um aumento dos impostos até igualar os níveis de países onde se implementaram extensas políticas para o controlo do tabaco correspondendo aproximadamente a dois terços até quatro quintos do preço de venda dos cigarros. Em simultâneo, a OMS tentou uniformar estas taxas fiscais em todos os países desincentivando assim também o contrabando. Estas medidas seriam acompanhadas de leis mais restritivas à publicidade e ao fumo em locais públicos, encorajando o acesso a terapias de substituição da nicotina e abandono do hábito, sendo que “em vez de fumar, as pessoas poderiam dirigir-se ao seu farmacêutico e comprar comprimidos de nicotina”. A ITGA, que afirma representar os “interesses comuns” dos produtores de tabaco de 22 países, responsáveis pela produção de 85% do tabaco comercializado no mundo, opôs-se peremptoriamente à iniciativa da OMS. “Mais do que a intenção, é a maneira com que a OMS tem vindo a lidar com a questão que nos preocupa. Todo este assunto está a ser analisado somente pelo ponto de vista da Saúde, sem levar em conta minimamente os aspectos da subsistência económica envolvidas nas medidas propostas “, declarou para o Business Line o Sr. Abrunhosa, também ele produtor de tabaco em Portugal O Sr. Abrunhosa alegou que a OMS se tem mostrado demasiadamente ambiciosa em todo o processo, ultrapassando o campo da sua competência (a saúde) e lançando-se em campos como o da agricultura, comércio, emprego, impostos e outros assuntos fiscais. “A OMS pretende controlar a indústria do tabaco desde a plantação até à transformação e comercialização dos produtos derivados do tabaco através de uma convenção, que em último caso, iria adquirir poder legal em todo o mundo,, funcionando como um tratado internacional vinculativo. O mais grave é que esta convenção está a ser organizada exclusivamente por pessoal da saúde”, acrescentou. A OMS programou uma reunião do seu Grupo de Trabalho (composto por representantes de uns 90 países) para os dias 27-29 de Março em Genebra, para aprovação do texto final da CCT que será apresentado perante a Assembleia Mundial da Saúde no mês de Maio do corrente. Caberá assim a esta Assembleia, estabelecer um órgão de negociação intergovernamental para redigir os protocolos específicos para a implementação da CCT, a realizarse em Maio do ano 2003. “Para os governos, a reunião de Genebra será a última oportunidade para expressar as preocupações de milhões de pessoas envolvidas com a plantação do tabaco e etapas primárias de tratamento. Só na Índia, existem 26 milhões de pessoas que dependem directa ou indirectamente do tabaco, contando com 6 milhões de produtores e 4,5 milhões de trabalhadores de bidi. Espero que o governo realize as implicações de tudo isto e não permita que activistas antitabaco e da área da saúde controlem totalmente a reunião” , disse o Sr. Abrunhosa. De facto, a delegação Chinesa que irá participar no Grupo de Trabalho, está liderada pela Comissão Económica e Comercial do Estado (CECE) e está composta por representantes dos Ministérios da Saúde, Finanças e Assuntos Estatais de Planeamento, como também pelo monopólio Estatal do tabaco. “Encorajamos todos os governos para a criação de grupos internos que incluam pessoas de áreas que não sejam a da Saúde, para a ponderação de todos os aspectos da Convenção”, acrescentou. O Sr. Abrunhosa também qualificou a CCT como uma agenda iniciada pelos Escandinavos e outros países desenvolvidos, como o Canadá, Austrália e o Reino Unido, “cuja produção de tabaco é escassa, e, por isso, não vêem as implicações inerentes à Convenção para os países em desenvolvimento.” A China, os Estados Unidos, a Índia e o Brasil são os principais 15 Tobacco Courier PUBLICAÇÃO INFORMATIVA TRIMESTRAL - INTERNACIONAL TOBACCO GROWERS’ ASSOCIATION produtores de tabaco no mundo. Embora se tenha registado uma queda na produção de tabaco nos Estados Unidos nos últimos anos, espera-se que no futuro a produção de tabaco se concentre predominantemente nos países em desenvolvimento. Ele também ridicularizou a proposta da OMS de criar um “fundo multilateral” para incentivar os países produtores a abandonar o tabaco e adoptar outras plantações através de subsídios estatais. “O tabaco é o único produto lucrativo que pode cultivar-se em solos pobres em nutrientes, devido à sua resistência, necessi- Publicado pela Associação Internacional de Produtores de Tabaco. Para mais informações contactar: António Abrunhosa Director Executivo, ITGA Av. Humberto Delgado - 30 A, 1ºDtº Apartado 5 6000 - 081 Castelo Branco - Portugal Tel.:00 351 272 - 32 59 01/2 Fax:00 351 272 - 32 59 06 email: [email protected] website www.tobaccoleaf.org 16 dade de muito sol e tolerância às grandes variações nas precipitações. Mais ainda, a relação valor/ peso é fundamental , é resistente, o que facilita os agricultores aquando do transporte para os mercados. Mesmo que os governos subsidiassem generosamente os agricultores para que diversificassem, por quanto tempo duraria esta situação no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC)”, inquiriu o Sr. Abrunhosa. Segundo o presidente do Forum dos Produtores de Tabaco de Karnataka, o Sr. S. M. Anantharamu, os lucros líquidos actualmente obtidos do tabaco, rondam os Rs. 35.000 por ha, contra Rs. 8.000 para o algodão, Rs. 7.000 para a pimenta e Rs. 16.000 para o arroz. Ainda que os lucros do açúcar sejam mais elevados, uns Rs. 40.000, “estes correspondem a um período de 12 meses, enquanto que a produção do tabaco é só de quatro meses, após os quais se pode plantar Eleusine coracana, milho ou outros cereais”, indicou . Harish Damodaran K.R. Srivats New Delhi, Março 17 The Hindu Business Line ASSEMBLEIA ANUAL 2000 DA ITGA El Encuentro Anual de ITGA esta previsto para los dias 29 de Octubre al 2 de Noviembre en Santa Cruz del Sur, Brazil.