Um século atrás, surgia a hora oficial no Brasil

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Um século atrás, surgia a hora oficial no Brasil
Ano I nº 137 - 19 de junho de 2013
Um século atrás, surgia a hora oficial no Brasil
Até 100 anos atrás, o Brasil não contava com fusos horários. O relógio era ditado segundo
conveniências regionais. O país só pôs ordem no tempo em 1913, quando um decreto
estabeleceu a Hora Legal Brasileira (HLB), partilhando o território em quatro fusos, do Acre aos
arquipélagos de Trindade e Fernando de Noronha.
A história dos fusos começou a ser escrita em 1884, quando os EUA sediaram a Conferência
Internacional do Meridiano. O encontro reconheceu uma linha que passaria por Greenwich, na
Inglaterra, como a referência das longitudes do planeta. Era exatamente naquele ponto que se
dividia os hemisférios ocidental e oriental.
A origem das longitudes, porém, só foi referendada em 1912, na Primeira Conferência
Internacional da Hora. Como o planeta precisa de uma hora para girar 15 graus, este é o
espaço, na esfera terrestre, ocupado por cada fuso. O Brasil adotou o sistema de fusos no ano
seguinte.
Mas as linhas criadas a partir da conferência não são necessariamente retas. Podem haver
alguns deslizes dentro de cada faixa. Do contrário, o Pará, por exemplo, seria dividido em dois
fusos. Por praticidade, o governo brasileiro preferiu colocá-lo inteiramente com o mesmo
horário.
— Ainda assim, não foi possível inserir todo o país em apenas um fuso. O Brasil é grande
demais — explica Ricardo José de Carvalho, chefe da Divisão Serviço da Hora do Observatório
Nacional (ON).
Atualmente, o Brasil tem três fusos. O mais próximo a Greenwich corresponde apenas aos
arquipélagos de Trindade e Fernando de Noronha. O intermediário e mais amplo abrange 20
estados, além do Distrito Federal. A terceira faixa e mais “atrasada” é ocupada por Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima, Acre e Amazonas.
— Só na última década o Brasil aboliu o quarto fuso, que valeu por quase um século e contava
apenas com o Acre e o Oeste de Rondônia — lembra Carvalho. — Agora, eles estão anexados à
terceira faixa.
A hora é gerada por um conjunto de relógios atômicos — um equipamento cuja referência é o
átomo de césio. A oscilação deste átomo gera o segundo atômico; sua aglomeração compõe
minutos, horas e dias.
Há, no país, 12 relógios atômicos, sendo nove no Observatório Nacional. Suas medições são
comparadas e a média obtida é a HLB.
Com PM ausente, sexto protesto em SP é marcado por
saques e depredações
O sexto protesto contra o aumento das tarifas do transporte público em São Paulo, realizado
na noite desta terça-feira (18), foi marcado por saques a lojas, destruição de agências
bancárias e a depredação do edifício Matarazzo, sede da Prefeitura de São Paulo. Tanto os
saques quanto a passividade da Polícia Militar durante ações de vândalos diferenciaram o ato
dos demais, que ou ocorreram pacificamente, como nessa segunda (17), ou foram fortemente
reprimidos pela PM, como na quinta-feira (13).
Demorou cerca de três horas entre o início da ação dos vândalos, perto das 18h30, e a chegada
dos primeiros carros da Força Tática ao local, por volta de 21h30, quando lojas já estavam
saqueadas e danificadas, e as vidraças laterais e frontais da prefeitura, destruídas.
Segundo o instituto Datafolha, cerca de 50 mil pessoas participaram da sexta manifestação. De
acordo com a polícia, ao menos 56 foram presos por saques, no centro, e por atos de
vandalismo na região da rua Augusta, para onde parte dos manifestantes se dispersou.
Governo envia Força Nacional para cinco cidades-sede
da Confederações
O governo informou nesta terça-feira que enviará efetivos da Força Nacional de Segurança
Pública (FNSP) para as cinco cidades-sede da Copa das Confederações com a intenção de
reforçar a segurança e a ordem pública, em meio à onda de protestos que vêm agitando o país
desde a semana passada.
O Ministério da Justiça informou em comunicado que os policiais serão enviados aos estados
que solicitaram e que o tempo de permanência delas dependerá da decisão de cada governo
estadual.
Segundo o comunicado, os reforços foram requisitados pelos governos do Rio de Janeiro,
Minas Gerais, Bahia, Ceará e do Distrito Federal. A única sede que não solicitou a Força
Nacional foi o Recife.
Ipea sugere aumentar de 60 para 65 anos idade inicial de
idoso
Quem completa 60 anos de idade é idoso? A lei brasileira diz que sim, mas para o Ipea
(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) está na hora de elevar esse marco em 5 anos. O
objetivo é acompanhar as melhores condições de saúde e o aumento da expectativa de vida da
população.
Ana Amélia Camarano, demógrafa do Ipea, quer aproveitar o aniversário do Estatuto do Idoso,
que completa 10 anos em outubro, para redefinir a partir de qual idade os cidadãos ganham
proteção especial do Estado e benefícios como meia-entrada em atividades culturais e
gratuidade no transporte público.
No estudo “Estatuto do Idoso: avanços com contradições”, ela registra que a expectativa de
vida do brasileiro aumentou 5,3 anos no período de 1994 a 2010: passou de 68,1 para 73,4
anos. Entre os homens de 60 a 64 anos, 57,2% participavam das atividades econômicas em
2011.
A reforma do Estatuto do Idoso teria impacto no preço dos planos de saúde, diz a
pesquisadora do Ipea. Por lei, a mensalidade não pode ser elevada depois que o cliente
completa 60 anos, e o valor da última faixa etária não pode ser superior a seis vezes o valor da
primeira (veja gráfico abaixo). Na prática, segundo ela, o custo do atendimento aos idosos é
diluído em todas as faixas etárias e a elevação da idade mínima traria maior equilíbrio ao
sistema.
Causa da morte de 1º homem a ir para o espaço é
revelada após 40 anos
Após 40 anos de segredo, a real causa da morte do cosmonauta Yuri Gagarin, o primeiro
homem a ir para o espaço, em 1961, foi revelado -- ele morreu em um acidente de seu avião
com um caça supersônico que passou raspando e o jogou para longe em março de 68.
O cosmonauta Aleksey Leonov, o primeiro homem a fazer uma caminhada espacial, em 1965,
pressionou o governo da Rússia para ter a permissão para publicar o que realmente tinha
acontecido com Gagarin. A versão oficial falava que seu avião teria tentado desviar de um
objeto não identificado - como gansos ou um balão de ar quente - e teria se chocado contra o
chão. Gagarin e o experiente instrutor Vladimir Seryogin morreram.
De acordo com um relatório, a morte foi provocada por um erro humano: o caça supersônico
não tinha autorização para voar. Leonov estava encarregado de treinamento de salto de páraquedas no mesmo dia. O tempo estava muito ruim, com chuva, vento e neve, o que tornou
impossível a realização de exercícios. Ele esperou por uma confirmação oficial de que os
exercícios seriam cancelados, mas, em seguida, ouviu um barulho super-sônico seguido por
uma explosão.
Fundos estrangeiros deixam Brasil para investir em
outros emergentes
Sinais mais fortes de retomada da economia americana e dúvidas sobre a recuperação
brasileira têm levado investidores estrangeiros a tirar parte dos recursos aplicados no Brasil e
transferi-la para outros países emergentes.
O percentual de investimento que o Brasil recebe de fundos de renda fixa voltados a esses
mercados chegou ao menor nível histórico no fim de abril, ficando abaixo de 10% pela primeira
vez. Os dados, computados desde 2002, são da consultoria EPFR.
O mau humor de investidores com o Brasil teve mais reflexos ontem. O Banco Central colocou
US$ 4,5 bilhões no mercado para frear a queda do real e a Votorantim Cimentos desistiu do
plano de lançar ações na Bolsa.
Senado aprova projeto de lei do Ato Médico
O plenário do Senado aprovou, na noite desta terça-feira (18), o polêmico projeto de lei
apelidado de Ato Médico. Após pouco mais de dez anos de discussão, a proposta segue para
sanção da presidente Dilma Rousseff.
Ao regulamentar a profissão do médico, o texto colocou em lados opostos o CFM (Conselho
Federal de Medicina), que apoia a proposta, e os conselhos de outras profissões da saúde, que
veem no projeto uma restrição à sua prática diária.
Ficam definidos como atos privativos do médico, por exemplo, o diagnóstico da doença e a
respectiva prescrição terapêutica e a indicação e realização de cirurgias e procedimentos
invasivos.
Esses procedimentos, segundo o texto, são a invasão da derme e epiderme com uso de
produtos químicos ou abrasivos; invasão da pele que atinja o tecido subcutâneo para injeção,
sucção, punção, drenagem ou instilação; ou ainda invasão dos orifícios naturais do corpo,
atingindo órgãos internos.
Profissionais de outras áreas da saúde temem que, com essas definições, possam ficar restritas
ao médico ações como a acupuntura, a realização do parto normal e a identificação de
sintomas de doenças corriqueiras.
Por outro lado, o projeto especifica que não são privativos do médico os diagnósticos
funcional, psicológico, nutricional e avaliações comportamentais.
Sem acordo, PEC 37 deve ficar para o 2º semestre
Sem um acordo entre representantes do Ministério Público (MP) e da Polícia Federal (PF), deve
ficar para o próximo semestre a votação da PEC 37, Proposta de Emenda Constitucional que
elimina poderes de investigação do Ministério Público.
O projeto retira dos promotores a prerrogativa de fazer investigações criminais e por
improbidade contra prefeitos, deputados, secretários de Estado e outras autoridades
envolvidas em fraudes e corrupção. Esse tipo de investigação, de acordo com o texto original,
ficaria a cargo, exclusivamente, das Polícias Federais e Civis.
A PEC 37 foi aprovada em Comissão Especial e aguarda o fim do impasse para ser discutida no
plenário da Câmara dos Deputados.
Collor e UNE tentam pegar carona em protestos
Quem viveu viu. Antagonistas em 1992, Fernando Collor e a União Nacional dos Estudantes
estão do mesmo lado em 2013. O presidente do impeachment e a entidade que foi às ruas
para exigir sua deposição tentam agora pegar carona nos protestos que mobilizam dezenas de
milhares de pessoas.
Em textos e vídeo veiculados no seu site, a UNE faz pose de protagonista de um movimento
cuja principal característica é a ausência de comando. Numa “notícia” exposta na página que
mantém na internet, Collor desceu ao asfalto, por assim dizer, na mesma faixa.
“É preciso entender que o protesto é legítimo, sobretudo quando se observa que a grande
maioria se revolta contra a majoração da passagem de um transporte de péssima qualidade”,
diz Collor. “Só sairemos da rua quando baixar o preço da passagem e o governo [tucano de São
Paulo] garantir mais democracia”, ecoa Vic Barros, recém-eleita presidente da UNE.
Nessa parceria involuntária, o veterano Collor e a jovem Vic alvejam o mesmo PSDB. Collor
questiona Teotônio Vilela Filho, governador tucano de Alagoas, sua província. “O que ele
propõe em relação ao sistema de transporte de massa, inclusive intermunicipal?” E quanto à
desoneração do setor, “o que está fazendo” o governador?
Vic critica o tucano que administra São Paulo. “Em um Estado Democrático de Direito não
vamos aceitar que o governador Geraldo Alckmin use mais uma vez a força e truculência de
sua PM para evitar protestos legítimos”, declara.
Para Collor e os ex-caras-pintadas o tempo já não existe. Só existe o passar do tempo. Que fez
a o relógio com eles? Aproximou-os. Primeiro, juntaram-se na oceânica base de apoio a Lula.
Collor na pele de um festejado senador do governista PTB. A UNE na condição de parceira de
movimento $ocial. No momento, a entidade estudantil exibe no seu site a logomarca da Caixa
Econômica Federal.
Conselho de psicologia diz que aprovação de 'cura gay' é
'triste para história brasileira'
O CFP (Conselho Federal de Psicologia) divulgou nota nesta terça-feira (18) em que "manifesta
indignação" e critica a aprovação de projeto que permite aos psicólogos promover tratamento
com o objetivo de curar a homossexualidade.
"O que aconteceu na tarde desta terça-feira configura um episódio triste para a história
brasileira, que enfraquece a luta pelos Direitos Humanos no Brasil e, consequentemente, a
Comissão de Direitos Humanos e Minorias", afirma trecho da nota.
O texto, de autoria do deputado João Campos (PSDB-GO), foi aprovado hoje na comissão de
Direitos Humanos da Casa, presidida pelo deputado Marco Feliciano (PSC-SP).
A entidade de classe diz que o debate do projeto foi marcado por uma "discussão truculenta e
arbitrária", com baixa participação de congressistas. O conselho critica ainda a atitude
"controversa" do grupo: "Ao invés de proteger as minorias, as perseguem."
O projeto de decreto legislativo, de autoria do deputado João Campos (PSDB-GO), suspende
dois trechos de resolução instituída em 1999 pelo conselho. O primeiro trecho sustado afirma
que "os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura
das homossexualidades".
A proposta nesta terça hoje anula ainda artigo da resolução que determina que "os psicólogos
não se pronunciarão, nem participarão de pronunciamentos públicos, nos meios de
comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos
homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica".
Na nota, o Conselho Federal de Psicologia lembra ainda que desde 1990 a OMS (Organização
Mundial da Saúde) retirou a homossexualidade do rol de doenças.
"Faz-se ainda necessário repetir: não se trata de negar a escuta psicológica a alguém que
queira mudar a sua orientação sexual, mas sim, de não admitir ações de caráter coercitivo e
dirigidas pelo preconceito, como quando alguns psicólogos afirmam que a homossexualidade
pode e deve ser "invertida"", diz a nota.
Backstreet Boys lança primeiro single de volta a
formação original; ouça "In A World Like This"
O Backstreet Boys divulgou nesta terça (18), o single "In A World Like This", o primeiro do
álbum de mesmo nome, que será lançado em 30 julho. E também o primeiro que reúne a
formação original da boyband, que em sua última turnê tocou sem Kevin Richardson, e o
primeiro sem uma gravadora.
O produtor Max Martin, apesar de ser o mesmo de hits famosos do quinteto, como "I Want It
That Way", "Everybody" e "Quit Playin' Games", abusa do recurso do auto-tune, usado para
corrigir performances vocais e instrumentais, o que torna o contraste da voz dos cantores
quase irreconhecível.
Em entrevista ao Buzzfeed, Nick Carter disse que trabalhar com o produtor "pareceu certo".
"Max é como um irmão para nós. Não há segredo de que ele é um dos grandes autores de
todos os tempos. Suas melodias levam a imaginação das pessoas além. Somos muito mais que
fãs da música dele, o amamos."
Fé ajuda a encarar desafios, mas deve ser coerente com
a prática
Em um dos seus maiores sucessos, Gilberto Gil canta "andar com fé eu vou, que a fé não
costuma falhar". Nos anos 80, quando a música ganhou as rádios de todo o país, pouco se
falava sobre a influência da religiosidade no bem-estar físico e mental. De lá para cá, muitos
cientistas, em todo o mundo, já se dedicaram a estudar essa relação, com resultados
surpreendentes até para quem não crê. "Diversas pesquisas já mostraram que pessoas mais
espiritualizadas sofrem menos de ansiedade, depressão e estresse, estão menos vulneráveis a
doenças cardíacas, vasculares, endócrinas e autoimunes; como consequência, vivem mais e
melhor", garante Ricardo Monezi, pesquisador do Centro de Estudos em Medicina
Comportamental da UNIFESP.
Em geral, quem tem fé tende a ser mais otimista e persistente com os desafios do dia a dia. "A
experiência religiosa, na maioria das vezes, pressupõe a concentração e a busca do equilíbrio a
partir da conexão com alguma força maior em que se acredita, que pode ser feita, por
exemplo, a partir da oração", esclarece Jorge Claudio Ribeiro, filósofo e professor da PUC-SP.
"Assim, a pessoa que crê conta com recursos para se refazer mais rapidamente, enquanto a
que não acredita em nada tem mais chances de se desesperar diante de uma dificuldade",
justifica. O pesquisador concorda que a espiritualidade facilite a conexão com o divino ou
sagrado que zela por nós, produzindo um sentimento de segurança e conforto e ajudando,
ainda, a lidar com os grandes mistérios da vida num nível mais subjetivo.
Capim para gado pode agravar efeito estufa
Capim usado na alimentação de 80% do rebanho bovino nacional, a braquiária pode ajudar a
agravar o efeito estufa se cultivada no ambiente esperado para 2040, de alta concentração de
dióxido de carbono.
A conclusão é de um novo estudo da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e
da USP.
Submetida a uma atmosfera de 550 ppm de CO2 --hoje a concentração do gás no ar é de 400
ppm-- a planta reduz em 5% a quantidade de folhas e aumenta em até 8% a presença de talos
(com mais fibra não digestível).
A mudança reduz o valor nutricional da braquiária e provoca maior emissão de gás metano por
bovinos.
"Quanto mais baixa a qualidade da forragem, maior produção de metano pelo gado, o que
obriga o pecuarista a gastar mais para uma alimentação de melhor qualidade", diz Adibe Luiz
Abdalla, do Cena/USP (Centro de Energia Nuclear na Agricultura).
O experimento é realizado na Embrapa em Jaguariúna (123 km de São Paulo).
A área possui 12 anéis, com 10 metros de diâmetro cada um, sendo seis equipados com
injeções de CO2 em seu interior, criando uma atmosfera com maior concentração do gásestufa.
Os resultados serão apresentados no próximo domingo em um evento sobre gases-estufa, na
Irlanda. "Queremos antecipar as ações do efeito estufa para prevenir os agricultores do país",
disse a pesquisadora Raquel Ghini.
Campanha vira hino de protesto e Fiat reduz ação em
redes sociais
Depois que a trilha sonora de sua mais recente campanha, "Vem Pra Rua", transformou-se em
hino do movimento que toma conta do Brasil, a Fiat parou de estimular compartilhamentos
nas redes sociais.
No ar há quatro meses, a campanha acaba no sábado. Mas a ação nas redes sociais, que
deveria continuar por mais tempo, foi reduzida.
A empresa parou de usar o símbolo de compartilhamento seguido do nome da campanha
(#VemPraRua), que passou a ser utilizado nas redes sociais para convocar amigos para os
protestos.
"Criamos uma música para chamar as pessoas para ir à rua celebrar a Copa das Confederações,
mas elas escolheram outros motivos para ir para a rua", diz o diretor de publicidade e
marketing da Fiat no Brasil, João Batista Ciaco.
"É ótimo. Caiu no gosto das pessoas. Mas não temos nada a ver com o movimento."
Interpretada por Falcão, d'O Rappa, a música foi criada pela produtora S de Samba, de
Simoninha, em parceria com a agência Leo Burnett.
A canção virou trilha de filmes com imagens do movimento no YouTube e já começa a tocar
nas rádios, na versão integral.
Ciaco nega que esteja tirando a campanha do ar antes do previsto. Mas diz que a empresa
tampouco quer pegar carona no sucesso da música.
"Não estamos tirando nada do ar. O filme continua na TV, na Rede Globo, até sábado, como
previsto. No sábado entra nossa nova campanha, do Idea", disse.
"Esse é um movimento legítimo e todas as marcas vão precisar se conectar com esse espírito
que está nas ruas. Mas não tentar aparecer em associação com o movimento, que não
pertence a ninguém, só à sociedade."
Sob presidência de Feliciano, comissão aprova projeto
da 'cura gay'
A Comissão de Direitos Humanos da Câmara, presidida pelo pastor Marco Feliciano (PSC-SP),
aprovou nesta terça-feira, 18, a proposta que suspende trecho da resolução do Conselho
Federal de Psicologia de 1999 que proibiu profissionais da área de colaborar com eventos e
serviços que ofereçam tratamento e cura de homossexualidade, além de vedar manifestação
que reforcem preconceitos sociais em relação aos homossexuais. Apelidado de "cura gay", o
projeto seguirá ainda para duas comissões antes de ir a plenário.
A bancada evangélica tenta aprovar a proposta já há dois meses. Na sessão de hoje, Feliciano
cortou em alguns momentos a palavra do deputado Simplício Araújo (PPS-MA), o único titular
da comissão a se posicionar de maneira contrária, para evitar que novamente a sessão se
alongasse e o início da ordem do dia no plenário impedisse a aprovação.
Ex-coordenador da bancada evangélica, o deputado João Campos (PSDB-GO) é o autor do
projeto. Ele argumenta que o Conselho extrapolou suas atribuições restringindo a atuação de
profissionais. "O Conselho Federal de Psicologia, ao restringir o trabalho dos profissionais e o
direito da pessoa de receber orientação profissional, por intermédio do questionado ato
normativo, extrapolou o seu poder regulamentar", diz o tucano.
Turquia estuda restringir o uso das redes sociais
O governo turco analisa restringir o uso das redes sociais da internet no país, em uma aparente
reação ao uso que milhares de manifestantes de plataformas como o Twitter e o Facebook
fizeram para se informar sobre os protestos que sacodem a Turquia há várias semanas.
Segundo a versão online desta terça-feira, 18, do diário Hurriyet, o Ministério da Justiça está
trabalhando em um projeto de lei sobre crimes cometidos na internet.
“Estamos revisando implementações internacionais sobre o assunto”, acrescentaram as fontes
oficiais citadas pelo jornal, sem oferecer mais detalhes a respeito.
Um departamento especial do governo já está trabalhando na análise de cerca de 5 milhões de
tweets postados durante as manifestações, acrescenta Hurriyet.
O ministro do Interior turco, Muammer Güler, disse ontem à imprensa que a polícia está
fazendo esforços contra supostas incitações provocativas em Twitter.
Tombini sinaliza que BC vai continuar a intervir para
conter alta do dólar
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta terça-feira, 18, que a
instituição tem uma política de retirar excesso de volatilidade do mercado de câmbio.
"Estamos sempre preparados para extrair volatilidade do mercado quando ela é excessiva.
Temos feito isso, com que o mercado de câmbio funcione de maneira adequada." "Muitas
vezes temos uma disfunção em algum segmento e temos instrumentos e condições para
entrar nesse mercado e intervir", afirmou.
Tombini disse que o atual movimento de câmbio é um reposicionamento do mercado, mas
previu que este período de transição poderá ser muito longo. Ele acredita que, diferente de
outros períodos de volatilidade nos últimos cinco anos, desde a crise, neste momento há uma
percepção de que a economia esta ganhando mais firmeza e não poderá ter mais estímulos.
"Esta transição está sujeita a trepidação, mas nada tira as perspectivas de que o mundo fique
melhor que nos últimos cinco anos. Teremos que ver onde isso nos levará e como se
acomodará", disse.
Pelas redes, 79 milhões falam de um só tema
Quem está conectado às redes sociais percebeu que os protestos se tornaram quase um tema
único nos últimos cinco dias, dominando publicações no Twitter, Facebook e também no
YouTube. Os compartilhamentos impactaram potencialmente mais de 79 milhões de
internautas até a noite de ontem.
O mapeamento foi realizado online pela empresa Scup. “O monitoramento mostra que essas
mensagens chegaram a todas essas pessoas”, explicou o gestor de comunicação da empresa,
Eliseu Barreira Junior. Essa abrangência foi alcançada entre quarta-feira e as 21horas de
ontem.
O mapeamento das redes indica uma curva crescente das publicações sobre o tema desde
quinta-feira, dia da manifestação marcada pela violência policial, alcançando ontem um pico
de menções. Os termos mais citados foram “Protesto”, “O gigante acordou”, “Vem pra rua” e
“Acorda, Brasil”. A plataforma contabilizou mais de 236 mil itens publicados no período.
“A paciência acabou e a gente acordou”, escreveu pelo Twitter o internauta @givejustinfood.
“Pastores se posicionem… Despertem suas igrejas!!!”, pediu David Castilho pelo Facebook.
Ontem, a alta de publicações ocorreu entre 15h e 16 horas, com 19 mil tens.
A internet teve papel fundamental na organização dos atos. Em São Paulo, por exemplo, o
evento no Facebook para a manifestação de ontem teve 276 mil confirmações. O ato foi
grande, mas se percebe que muita gente fez questão de demonstrar o apoio virtual. Mas não
foi só isso.
Para o pesquisador de comportamento jovem Daniel Gasparetti, as redes tiveram papel mais
preponderante na guinada da opinião pública. “Foi nas redes sociais que se viu os
manifestantes passarem de vilões a heróis”, diz ele. “Além do contato direto, da informação
feita do local, houve um intenso debate sobre os motivos dos atos.”
Venda de smartphones com dois chips aumenta 680%
em um ano no Brasil
O número de smartphones com suporte a dois chips de operadora vendidos no Brasil cresceu
680% no último ano e alcançou 5,4 milhões de unidades, de acordo com dados divulgados com
exclusividade pela consultoria IDC, ao iG . Este número representa cerca de um terço de todos
os smartphones (celulares que permitem navegar na internet e instalar aplicativos) vendidos
no País no primeiro trimestre de 2013.
"No Brasil, há muitas distinções entre os preços das tarifas das operadoras, é uma
singularidade do nosso mercado", diz Leonardo Munin, analista de mercado da IDC.
"Enxergamos os aparelhos com dois chips como uma tendência em países emergentes."
Outros países, como China e Índia, também têm mercado para celulares básicos e
smartphones com suporte a dois chips.
De acordo com a IDC, os smartphones devem representar cerca de 45% do total de celulares
vendidos no Brasil até o final do ano. No total, as vendas devem alcançar 28 milhões de
unidades. Alguns fabricantes, ainda mais otimistas, acreditam que a fatia dos smartphones nas
vendas no Brasil deve superar a marca de 50% no último trimestre do ano, quando as vendas
aceleram antes do Natal.
Após onda de protestos, oito cidades reduzem o valor
do transporte público
Um dia após a onda de protestos que levou mais de 200 mil às ruas de todo o País, cidades de
pelo menos seis Estados brasileiros reduziram o valor da tarifa do transporte público. Foram
oito municípios ao todo: Blumenau (SC), João Pessoa (PB), Foz do Iguaçu e Curitiba (PR), Recife
(PE), Cuiabá (MT), Porto Alegre e Pelotas (RS).
Em São Paulo, onde o protesto reuniu mais de 60 mil pessoas , o prefeito Fernando Haddad
sinalizou sobre a possibilidade de reduzir a tarifa. Em reunião do Conselho da Cidade com a
presença de membros do Movimento Passe Livre (MPL) nesta terça-feira (18), Haddad,
embora não tenha anunciado nada de concreto, afirmou que a decisão sobre a revisão do
reajuste do preço da passagem é política . O grupo pede que o valor passe de R$ 3,20 para R$
3,00.
Agora apoiado pelo governo, projeto que desonera o
transporte está parado há uma década
Agora patrocinada pelo governo e por vários líderes no Congresso, a proposta que cria um
regime tributário diferenciado para o transporte público em todo o País está parada no
Congresso há praticamente uma década. O texto que estabelece o chamado Reitup (Regime
Especial de Incentivos para o Transporte Coletivo Urbano de Passageiros) será discutido nesta
quarta-feira no Senado, numa reunião para a qual foram convidados os prefeitos de São Paulo,
Fernando Haddad, e de Porto Alegre, José Fortunati.
A atual versão do projeto data de 2009. Trata-se, entretanto, de um compilado de propostas
que circulam pela Câmara e pelo Senado desde o início dos anos 2000.
Em abril, como informou o Poder Online, o projeto até chamou a atenção da presidente Dilma,
que buscava uma ferramenta para estender ao transporte público a série de desonerações que
vinham sendo comandadas pelo Palácio do Planalto. Na época, entretanto, acabou
prevalecendo o entendimento de que seria mais rápido e simples enviar ao Congresso uma
medida provisória isentando o setor da cobrança de PIS e Cofins. Ali, o projeto do Reitup
acabou voltando para a gaveta.
Diante das sucessivas manifestações pela redução das tarifas de ônibus pelo País, não tardou
para deputados e senadores envolvidos resgatarem o texto. Ontem, o presidente da Comissão
de Assuntos Econômicos (CAE), Lindbergh Farias, disparou telefonemas para colegas
parlamentares, avisando que iria aproveitar o momento para colocar o texto em votação.
A questão é que, agora, o projeto ressurge como uma ferramenta para dividir a conta da
desoneração do setor com Estados e •municípios. Isso porque a proposta discutida no
Congresso não trata apenas da isenção de PIS e Cofins. Prevê também isenções de cobranças
estaduais e municipais. Na lista, estão, por exemplo, o ICMS e o ISS cobrados sobre várias
etapas da cadeia do setor, como o óleo diesel e os pneus.
Sucesso dos anos 1990, “O Mundo é dos Jovens”
ganhará continuação
O canal americano Disney Channel anunciou nessa segunda-feira (17) que fará uma
continuação da série “O Mundo é dos Jovens” ("Boy Meets World"), famosa nos anos 1990.
“Girl Meets World” retratará a vida de Riley Matthews, a filha do casal protagonista da série
original, que foi produzida entre 1993 e 2000 -- no Brasil, o programa era exibido pelo canal
SBT.
Em “O Mundo é dos Jovens”, Cory Matthews era um garoto de 11 anos que inventava soluções
criativas para seus problemas e acabava aprendendo novas coisas sobre a vida e o mundo.
Agora, ele está casado com sua antiga paixão, Topanga Lawrence , e verá sua filha Riley passar
pelo mesmo processo.
Segundo o criador da série, Michael Jacobs , “Girl Meets World” será diferente do original. “É
uma nova série, para uma nova geração, mas terá os mesmo elementos que fizeram ‘O Mundo
é dos Jovens’ tão popular”, explica. Ele agradeceu à Disney pela oportunidade de fazer uma
sequência da série. "Estou grato pela oportunidade de atingir o meu público favorito, que
sempre foi o infantil", disse Jacobs.
Brasil x México transcende futebol e recoloca Seleção
em ambiente político
Véspera da segunda partida do Brasil em uma Copa das Confederações em casa e o assunto
pouco tem a ver com futebol. Em vez de análises sobre adversários e táticas, todos querem
saber o posicionamento de Luiz Felipe Scolari, Hulk e David Luiz em relação à efervescência nas
ruas das cidades brasileiras e os manifestos por uma mudança no País. Neste clima que
transcende as quatro linhas, a Seleção enfrenta o México, às 16h (de Brasília), em Fortaleza,
em uma partida que devolve a discussão sobre a relação entre esporte e consciência política e
social.
Ao longo da história, dois casos emblemáticos uniram futebol e política, mas com conotações
diferentes. Durante a Ditadura Militar, a campanha da Copa de 1970 teve a demissão prévia do
comunista João Saldanha do cargo de técnico, foi usada como propaganda pelo governo com a
distribuição de fuscas como prêmio e fez muitos militantes torcerem contra os “90 milhões em
ação” e acusarem os campeões de alienados. Por outro lado, nas Diretas Já, jogadores
encamparam o movimento e, com destaque a Sócrates e Casagrande, viraram símbolos da
politização.
Empresa dona da Lotus vende 35% das ações da equipe
Proprietária da Lotus, a Genii Capital vendeu 35% das ações para a Infinity Racing, grupo
formado por investidores dos Estados Unidos, Abu Dhabi e Brunei. O acordo encerra longa
procura de parceiros de Gerard Lopez, que segue como presidente da equipe.
"Com os resultados da Lotus melhorando a cada ano, esperávamos pelo investidor ideal para
nos ajudar a saltar ao topo do Mundial de Construtores", afirma Eric Lux, que permanece como
diretor-executivo no conselho da escuderia.
"Na Infinity Racing, encontramos um parceiro com as conexões ideais, além da experiência na
parte técnica, tecnológica e financeira. Este alcance global em mercados maiores e com
patrocinadores chave nos ajudarão a atingir esse objetivo", exalta o dirigente.
"Estamos ansiosos para começar a trabalhar com a Infinity Racing e temos certeza que
continuaremos em um caminho vitorioso", conclui.
Em meio a onda de protestos, Marin anuncia novo
patrocinador da CBF
José Maria Marin, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), anunciou um novo
acordo de patrocínio na manhã desta terça-feira. A cerimônia, realizada em São Paulo, ocorre
em meio a uma onda de protestos populares durante a Copa das Confederações.
O evento estava agendado para o último dia 2 de junho, no Rio de Janeiro, mas acabou adiado
- de acordo com a CBF, o voo que levaria Marin de São Paulo na ocasião se atrasou. Nesta
terça-feira, a cerimônia, marcada para as 10h30, começou apenas pouco depois das 12 horas.
O acordo com a Unimed tem seis anos de vigência (1/6/2013 a 31/7/2019, após o final da Copa
América). Durante o período, a seguradora passa a apoiar as Seleções principal, olímpica, Sub15, Sub-17, Sub-20 e Sub-23, além das equipes nacionais femininas.
Questionado sobre o valor total do acordo, Marin alegou que uma cláusula de
confidencialidade no contrato impede a divulgação. Acompanhado por Marco Polo Del Nero,
vice da CBF e presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), o sucessor de Ricardo Teixeira
prometeu investir o aporte no esporte.
Após vaias, Blatter critica protestos: “Não devem usar o
futebol para isso"
No Brasil há pouco mais de uma semana para acompanhar de perto a disputa da Copa das
Confederações, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, parece muito incomodado com os
recentes protestos ocorridos nos entornos dos estádios usados para a competição. Nesta
terça-feira, o mandatário criticou a atitude dos brasileiros.
"Não deveriam usar o futebol para anunciar suas reivindicações. O Brasil pediu esta Copa do
Mundo. Nós não impusemos o Mundial a ele", afirmou, em entrevista à TV Globo.
A onda de protestos ocorrida no Brasil nos últimos dias vem atingindo os jogos da Copa das
Confederações. Até aqui, nos quatro jogos disputados na competição, três foram marcados
pelas manifestações fora dos estádios. No sábado, houve protestos em Brasil x Japão, em
Brasília. No domingo, foi a vez de México x Itália, no Rio de Janeiro. Já na segunda-feira, Belo
Horizonte presenciou reivindicações durante Taiti x Nigéria.
Blatter declarou que entende que "as pessoas não estão felizes", mas buscou justificar os
gastos exorbitantes para a construção dos estádios para a Copa do Mundo em um País que
sofre com problemas estruturais como saúde, educação e transporte.
"Eles (os brasileiros) sabiam que, para ter uma boa Copa do Mundo, naturalmente teríamos
que construir estádios. Mas estas arenas não serão somente para o Mundial. Além disso, junto
delas, há consequentes melhorias como em estradas, hotéis, aeroportos", disse o presidente
da Fifa.No último sábado, em Brasília, no jogo entre Brasil e Japão, que marcou a abertura da
Copa das Confederações, Blatter foi muito vaiado quando, ao lado da presidente da república,
Dilma Rousseff, fez um discurso para todo o estádio. No momento, ele se incomodou e pediu
"respeito e fair play" aos presentes. Três dias após o ocorrido, no entanto, o mandatário não
se mostrou preocupado com os assobios dirigidos a ele.
"Pedi respeito a chefa de Estado. Eles podem vaiar o presidente da Fifa, isso não me importa,
porque ou se gosta ou não se gosta do presidente da Fifa. Mas a chefa de Estado estava lá. Aí
eu tive que pedir respeito e fair play. Para ela, não para mim", esclareceu.
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