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Dermatite Atópica Hidratação e Probióticos Dra. Adriana Vidal Schmidt CRM 12.975 Especialista e Mestre em Alergia e Imunologia Presidente do Departamento Científico de Alergia da SPP Membro da American Academy of Allergy - AAAAI Membro da European Academy of Dermathology - EADV Dermatite Atópica w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m • Inflamação cutânea • Fatores Genéticos e imunes • Influências Ambientais • Disfunção da barreira cutânea • Xerose e pruido – inflamação recorrente • Entre as mais comuns doenças de pele na infância w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m MCM Correa, J. Nebus - Dermatology Research and Practice, 2012 w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m www.adrianaschmidt.com w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite atópica Características clínicas Determinantes MENORES Determinantes MAIORES Prurido Face e sup. extensoras (crianças) Liquenificação flexural crônica (adultos) Dermatite crônica ou recorrente História pessoal ou familiar de alergias Xerose Infecções cutâneas Dermatite de pés e mãos Ictiose, hiperlinearidade, ceratose pilar Ptiríase alba Eczema de mamilos Dermografismo branco Catarata subcapsular anterior IgE elevada Testes alérgicos positivos Boguniewicz M, Leung D: Middleton's Allergy: Principles and Practice, 7th ed Prurido Face e sup. extensoras (crianças) Liquenificação flexural crônica (adultos) Dermatite crônica ou recorrente História pessoal ou familiar de atopia w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m • • • • • w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Determinantes MAIORES na DA Ictiose Xerose Hiperlinearidade palmoplantar Infecções cutâneas Determinantes MENORES na DA Dermografismo branco Ceratose pilar Ptiríase alba Xerose Eczema de mamilos Dermatite pés e mãos Testes cutâneos positivos, IgE elevada Dermatite atópica • • É a doença cutânea crônica mais comum nas crianças (17%) 10 – 20% das crianças e 3% dos adultos • Barreira cutânea/ gens da diferenciação epidérmica e resposta imunológica tem um papel crucial • Colonização e infecção por microorganismos podem ser devidos a respostas imunes deficientes • O tratamento da maioria dois pacientes inclui evitar irritantes e alérgenos comprovados, hidratação para manter uma epiderme saudável, e o uso de antiinflamatórios tópicos, como corticóides (CTC), ou Inibidores das calcineurinas (ICN) MCM Correa, J. Nebus - Dermatology Research and Practice, 2012 Boguniewicz M, Leung D: Middleton's Allergy: Principles and Practice, 7th ed Dermatite atópica Papel da barreira cutânea • Função de barreira epidérmica reduzida, aumento de enzimas proteolíticas e nível reduzido de ceramidas • Uso de sabonetes aumentam o pH e a atividade das proteases endógenas, levando a quebra da barreira Agravada por proteases exógenas dos ácaros e S aureus Mudanças na epiderme levam a maior absorção de alérgenos na pele e colonização bacteriana • • • Mutações nos genes da filagrina (envolvida na formação da barreira epidérmica) • • • Somente em caucasianos Associada a maior risco de asma e rinite Pode facilitar a sensibilização e predisopor a alergias respiratórias MCM Correa, J. Nebus - Dermatology Research and Practice, 2012 Boguniewicz M, Leung D: Middleton's Allergy: Principles and Practice, 7th ed Dermatite atópica Hidratação cutânea é o mais importante! • A pele do paciente com DA tem defeito de barreira mesmo estando aparentemente sã • Melhor entendimento das funções de barreira e mecanismos da doença • Melhores medicamentos tópicos, novos cremes reparadores de barreira • Reconstrução da barreira cutânea e prevenção das infecções bacterianas • Prevenção (hidratação desde o nascimento) - a barreira cutânea no desenvolvimento de DA e possivelmente alergia alimentar e asma Simpson EL - J Am Acad Dermatol -2010; 63(4): 587-93 Hidratante www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com Por que orientar? Quando? Qual? www.adrianaschmidt.com w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica Consequências do Prurido Lesão no extrato córneo Penetração de alérgenos/irritantes Liberação de citocinas pro inflamatórias J. Dermatol Treat 13:103-106, 2002 Dermatite Atópica TWL Além das fissuras e do aspecto ressecado, a pele seca tem defeitos de barreira invisíveis www.adrianaschmidt.com Aumento da perda transepidérmica de água (TWL) www.adrianaschmidt.com Aumento da permeabilidade para alérgenos e irritantes w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Barreira Cutânea - Epiderme Extrato córneo Camada córnea Camada granulosa corneodesmossoma Camada espinhosa Camada basal J Allergy Clin Immunol 2006;118:3-21 Barreira Cutânea Estrutura e composição Queratinócitos: proteínas (queratina) tijolos Cimento intercelular: lipídeos e água argamassa Filme hidrolipídico Água Lipídeos Lipídeos cutâneos são compostos por ceramidas, colesterol e ácidos graxos Entendendo o NMF O que é e como funciona? Componente dos corneócitos, formado pela proteólise da filagrina Moléculas higroscópicas (incluindo aminoácidos) Complexos solúveis que absorvem água da atmostera Combinam esta água com seu próprio conteúdo aquoso, permitindo que as camadas externas do EC permaneçam hidratadas São solúveis em água e facilmente removidos ao contato com ela, por isso o contato repetido com água torna a pele mais seca A camada lipídica envolvendo os corneócitos ajuda a selar e prevenir a perda do NMF A deficiência de Filagrinas está associada a NMF reduzido J Cosmet Sci –Jan 2010; 61(1): 13-22 J Allergy Clin Immunol 2008; 122, 689-93 Constituintes do NMF (Natural Moisturizing Factor 15 a 20% do peso do extrato córneo) Aminoácidos livres 40% Ácido pirrolidona carboxílico (PCA Na) 12% Lactato 12% Açúcares, ac orgânicos, peptídeos, mat. NI 8,5% Uréia 7% Cloreto 6% Sódio 5% Potássio 4% Amônia, ácido úrico, creatinina, glicosamina 1,5% Cálcio 1,5 % Mg 1,5%, Fosfato 0,5%, Citrato, Formato 0,5% É reduzido em peles secas, ictiose vulgar e psoríase Am J Clin Dernatol 2003; 4 (11), 771-88,2003 Xerose Cutânea Medidas Gerais Tempo no banho - 5 min, água morna Evitar sabonetes - usar sabões emolientes Não friccionar para secar e aplicar hidratante logo após o banho ou piscina (retém a umidade) Hidratantes em quantidades generosas 2-3x/dia J. Dermatol Treat 13:103-106, 2002 Somente 50% do creme permanece após 8 horas Am Journal of Clin Dermatol 4(11), 2003 Xerose Cutânea Medidas Gerais Evitar alérgenos ou irritantes (ácidos, álcalis, solventes, surfactantes), stress Abolir tecidos sintéticos (nylon) ou ásperos (lã) preferir roupas de tecidos leves e macios (algodão, malha, seda) Evitar ambientes muito secos (ar condicionado) Evitar sudorese excessiva e extremos temperatura Mesmo em períodos assintomáticos J. Cosmetic Dermathol 2:141-149, 2004 Sabonetes Lesam a Barreira Cutânea Alteram pH da pele (pH da pele 5,5) em barra: pH básico (8-10) agride o manto ácido e diminui a adesão dos corneócitos Alteração de pH favorece enzimas quimotrípticas que agridem os corneodesmossomos, reduzindo a espessura do extrato córneo e lipídeos Lauril sulfato de Na (espuma) = efeito irritante constituinte da maioria dos sabonetes comuns J. Dermatol Treat 13:103-106, 2002 Barreira Cutânea – Camada Córnea Após contato com sabonetes J Allergy Clin Immunol 2006;118:3-21 Syndets - exemplos w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Detergentes sintéticos sem surfactante Minimizam os efeitos de irritação e ressecamento Lipikar Surgrass barra 80g (La Roche-Posay) manteiga de Karité Eucerin PH5 sundet sabonete 100 g (Ache) óleo de trigo Cetaphil Restoraderm (Galderma) petrolato Isdin Nutratopic (Isdin) Hidratação Cutânea O que faz Modifica a natureza física e química da pele seca Melhora a resposta ao corticoide tópico Melhora a penetração dos ativos Reduz relapsos da doença Induz a remissões mais prolongadas Indicada em todas as faixas etárias J. Cosmetic Dermathol 2:141-49, 2004 Current Ther Research 59 (4):227-33, 1998 Hidratantes Emulsão Óleo/Água (O/A) Componentes e níveis percentuais mais frequentes • Essenciais para a estabilidade água (80%) / óleos (15-30% emulsificantes (5%) / preservativos (0,5%) • Outros (melhora dos efeitos e das propriedades) • umectantes (5%) , Silicones (1%), Fragrância (0,2%), • Antioxidantes e quelantes (0,5%) Hidratantes Composição • Hidratantes: implica na adição de água a pele • Umectantes: são adicionados aos hidratantes para aumentar a capacidade retentora de água extrato córneo • Glicerol (hidrólise do óleo de oliva, o mais comum umectante) • Butil/Propilenoglicol (solvente e veículo, penetração, comum) • Pantenol (penetra pele e cabelos transf.: ac pantotênico – B5) • Emolientes: para amaciar a pele, melhorar textura/aparência (óleos) Hidratantes Umectantes PCANa: ácido pirrolidônico, parte do NMF, aumenta mais a capacidade retentora de água pelo EC Alfa-hidroxiácidos (AHAS): promovem adição de água a pele. Lático (NMF) , glicólico e tartárico, pH ácido Uréia: retém água na pele, reduz prurido e é queratolítico (acima de 10% nas ictioses e hiperqueratoses) Journal European Academy of Dermatol – JEADV 19, 2005 Pca Na > Lactato de Na >glicerina> sorbitol J. Cosmetic Dermathol 2:141-149, 2004 Hidratantes Emulsificantes Misturam os comp. hidrofílicos e lipofílicos (emulsões) – melhorando a cosmética Podem ser também considerados como lipídeos Podem irritar a pele (os não–iônicos são menos irritantes que os iônicos) Journal European Academy of Dermatol – JEADV 19, 2005 Hidratantes Gorduras Animal - lanolina (ovelhas, potencial alergênico) Mineral - derivado do Petróleo (petrolato) promove aumento da durabilidade da fórmula, oclusivo Vegetal - carnaúba, manteigas de manga, karité Journal European Academy of Dermatol – JEADV 19, 2005 Hidratantes Ácidos graxos essenciais (EFAS) Omega 6 e Omega 3: derivados dos ácidos linoleicos Encontrados principalmente nos fosfolípides epidérmicos Incorporam ceramidas Desempenham papel na barreira cutânea, na fluidez da membrana e na sinalização celular Journal European Academy of Dermatol – JEADV 19, 2005 Hidratantes Óleos vegetais Canola: reduziu irritação induzida por surfactantes em humanos Prímula e borage: 9 e 20% ac gama–linoleicos Uso oral (prímula): benefício não confirmado Girassol: (rico em ac linoleico) uso tópico níveis ac linoleico na epiderme, porém não melhorou a DA nem a perda transepidérmica água Journal European Academy of Dermatol – JEADV 19, 2005 Hidratantes Substâncias botânicas Aloe: mais de 300 espécies, resultados conflitantes antiinflamatório, cicatrizante Aveia: (avena sativa): banhos imersão, longa data calmante, antiinflamatório Alantoína: sint. raiz do confrei cicatrizante, queratolítico? Bioflavonóides: polifenóis derivados de plantas,antioxidantes, Ex:carotenóides Faltam estudos Journal European Academy of Dermatol – JEADV 19, 2005 Hidratantes para Pele Seca Procedendo a escolha Cosméticos ? Medicamentos ? Surfactantes, perfumes? Produtos medicinais para tratamento da pele seca Custo x Benefício - Industrializados? Manipulados? Hidratantes Industrializados ou Manipulados? w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Hidratantes manipulados Quando utilizar? • Reduzir custos • Individualizar o tratamento • Efetuar associações de produtos não disponíveis www.adrianaschmidt.com na indústria • Quantidades reduzidas para teste de sensibilidade ou tolerância • Adequar veículo, essência e forma de aplicação as necessidades individuais • Preferência do paciente – “exclusividade” • Quando disponíveis farmácias especializadas no manuseio de produtos dermocosméticos, com matérias –primas de qualidade Hidratantes manipulados Desvantagens www.adrianaschmidt.com • Prescrição mais trabalhosa conhecer pH dos ativos e incompatibilidades • Prazos de validade reduzidos ( 2 a 4 meses) • Veículos e bases, embalagens e métodos de produção podem variar de acordo com a farmácia que manipula • Concentração, veículo e associação a outros componentes na formulação podem afetar a estabilidade ou a performance do produto • • Trocas de ativos por ativos similares Confiança do médico na farmácia: mesma prescrição pode levar a produtos finais distintos Hidratantes para Pele Seca Ureia Nome comercial e Fabricante Composição Vol Ureadin® infantil loção, loção/ creme (Medley) uréia 3% 10%/ 20% 153g 20% Cr 50g Eucerin® loção (Aché) uréia 3 ou 10%, ac lático 5%, glicerina e lipídeos 125ml Nutraplus® loção/ creme (Galderma) uréia 10%, ac latico e óleo amendoas/20% 120ml 60g Emoderm® creme uréia 10%,ol. sem uva, ol boragem 100g Emoderm® loção (Theraskin) ureia 5%, ol. sem uva, ol borage 150ml Hidratantes para Pele Seca Ureia Nome comercial e Fabricante Composição Vol Iso Ureia® Creme Iso Ureia® Loção (La Roche-Posay) uréia 5% 60 ou 125g 125ml Uremol® Fluido Uremol® Creme (Stiefel/ GSK) uréia 10% 120ml 60g Ureactiv 10% loção Ureactiv 3% loção Ureactiv 20% creme (Glenmark) ureia 10%, ceras e glicerina 3% 20% 150 ml 150 ml 50g Hidratantes Alfahidroxiácidos www.adrianaschmidt.com Nome comercial Composição Vol Lactrex® creme/ loção (Galderma) lactato amônio 12% e alantoína 0,1% 60g/ 120ml Neostrata Ultra® loção Melora AHA – ac glicólico 8% 200ml Glicolic® emulsão hidratante (Medihealth) Ac glicólico 120ml Hidratantes para Pele Seca Ceramidas Nome comercial Composição Vol Fisiogel® creme loção Ceramidas 3, mant karite e squalano, ol oliva, TCM, glicerina, ácido lático, Pca- Na e óleo mineral idem + PEA (palmidrol), cannabióide antiirritante e antipruriginoso 60g 120/ 240 ou 500ml 30g 120/240ml Cetaphil Restoraderm® (Galderma) Ceramidas 1 e 3, manteiga karite Oleo macadamia, Vit E , Pantenol 11 ceramidas, manteiga Karte alantoína e pantenol 85, 226 ou 473g 295g Hyalix (Medihealth) Ceramidas, ac hialurônico, lipossomado, D pantenol e vit E 60g Fisiogel AI® creme Loção (Theraskin) Cetaphil Advanced® www.adrianaschmidt.com Hidratantes Glicerina e Óleos Nome comercial e Fabricante Neutrogena Body care pele extra seca® Composição Glicerina, aveia, Pantenol, Vit E e Petrolato Vol 200ml 200 ml Norwegian hidratante corporal intensivo (Neutrogena) Glicerina Cetaphil creme hidratante ® (Galderma) óleo de amendoas doces e propileoglicol, sem fragrancia, em pote (único da linha com parabenos) Preços mínimos pesquisados Maio 2012 Curitiba - PR 250 ou 453g Novos hidratantes www.adrianaschmidt.com S® • FQM - Dermovance • La Roche – Lipikar Baume AP® • Mantecorp - Epidrat Ultra® • Isdin Nutratopic® • Avene – Xeracalm® • Mustela (Alemanha) Uriage (França) • Brasil: Adcos, Dermage, Dermatus • Baratos: Vasenol, Nívea, Neutrogena Hidratantes para Pele Seca Ativos Uréia (2,5-10%) retém água no extrato córneo/ Hydrassalinol 0,5% PcaNa (3%) manto hidrolipídico, AHA - alfa hidroxiácidos - Lactato de amônio (12%) ac. lático, Ac. glicólico, (5-8%) Óleos (5-10%) oliva, macadâmia, uva, framboesa, melaleuca, maracujá, amêndoas - emolientes Ac graxos essenciais (Vegelip) 5-10%, óleo de framboesa(Omega3) Silicones DC9040, DC9701 (3%) formação de filme, menor pegajosidade, melhor cosmética Ceramidas (líquidas) 3-6% - ajuda a repor manto lipídico da pele Vanzim, Sara Bentler Entendendo Cosmecêuticos 2ª Ed, 2011 Hidratantes para Pele Seca - Manipulados Ativos Alfabisabolol 0,1 a 2% , Aloe Vera 3% (cicatrizante, calmante) Alantoína 3% (deriv. da camomila, antiinflamatório) Iniphase 2-3%, Drieline 2-3%, (antiinflamatórios) Vital ET 2-3% (antiinflamatório, antiirritante, vasoconstritor) Manteigas – Karité, Cacau ou manga 5% (emoliente) Outros: Fucogel 5% (hidratante, formação de filme protetor) Hidroviton 1-6% (aa., nutritivo), Aquaporine active 3-5% (mantém os canais de água) Vanzim, Sara Bentler Entendendo Cosmecêuticos 2ª Ed, 2011 Hidratantes para Pele Seca - Manipulados Ativos Aquaporine active (2-5%) aumento atividade das aquaporinas Avenolat (1-5%) oclusão e umectação Fonblin (0,1-4%) formador de filme, lubrificante Lipex canola (0,5-5%) Vit E e fitoesteróis , emoliente Lipex Shea (0,5-5%) fitoesteróis e ac graxos, antiinflamatório Trealix (2,5-5%) glicoproteínas vegetais(aveia, soja, trigo e milho), açucar hidratante- umectante Vanzim, Sara Bentler Entendendo Cosmecêuticos 2ª Ed, 2011 Hidratantes para Pele Seca - Manipulados Bases ( veículos) Loção cremosa, loção hidratante ou creme hidratante, creme não-iônico, creme gel 120-240ml hidratantes (10-30g corticóides) Evitar: gel, serum, loções alcoólicas, ativos em conc. maior que 30% Potes (contaminação) – ideal: bisnagas ou embalagem pump. Hidratante Corporal para Pele seca Exemplo de Manipulação Uréia --------------------------------------------- 5% (ou Ac. latico 10%) Alantoína ---------------------------------------- 0,2% Alfa-bisabolol ---------------------------------- 0,3% Óleo de macadâmia ------------------------- 5% ( ou Lipex shea 3%) Pca Na ------------------------------------------- 3% (ou Aquaporine3%) Vital ET ------------------------------------------- 3% (ou Drieline 2%) Essência vegetal suave --------------------- qs Loção cremosa embalagem pump -------- 200 ml Aplicar em todo o corpo logo após o banho, com a pele ainda úmida, principalmente nas regiões mais ressecadas, e repetir a aplicação ao deitar. Adriana Schmidt 2012 Ativos mais Sensibilizantes Nos Hidratantes Cosméticos Perfume Lanolina (álcoois de cera de lã) www.adrianaschmidt.com MDBGN/PE (Euxil K 400) MCI/MI (Kathon CG) Própolis Parabenos Álcool cetilestearil Timerosol Propilenoglicol nos atópicos 2% reações, em oclusão 10% Irritação: ac lático, uréia, PCA, preservtivos ( ac benzóico) Am Journal of Clin Dermatol 4(11), 2003 Hidratantes são os produtos mais prescritos em Dermatologia w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Diante de tantas opções, qual hidratante devo prescrever?? Hidratante Pontos a serem considerados na prescrição • Preferência do paciente • • • • • • • • • • Conhecimento dos princípios ativos Capacidade de impedir TWL Poder de emoliência Espalhabilidade ( conforto na aplicação) Menor “wash out” – permanência nos tecidos pH adequado e similaridade ao manto lipídico Menor potencial alergênico ou de irritação Custo Facilidade de compra (disponibilidade nas farmácias) Volume adequado Qual hidratante orientar? • O uso continuado dos hidratantes deve ser intensamente estimulado, particularmente no paciente atópico • “ O melhor produto para um indivíduo deve ser o que ele prefira, porque assim ele o utilizará regularmente e o tratamento será eficiente. Journal European Academy of Dermatol – JEADV 19, 2005 Marcha Atópica • • • • • Atopia é a propensão a desenvolver hipersensibilidade, ou Hiper produ;áo de IgE 2/3 dos pacientes com DA não são atópicos A Progressáo da DA para outras formas de doença atópica é conhecida como MARCHA ATÓPICA Tríade: DA, Rinite e Asma Em um estudo 87% das criancas • melhoraram da DA aos 7 anos • 43% desenvolveram asma • 45% rinite MCM Correa, J. Nebus - Dermatology Research and Practice, 2012 Spergel e Paller JACI 2003;112:S118 Hipótese da Higiene Redução na exposição a estímulos microbianos na infância no consumo de alimentados pasteurizados < aleitamento materno, >uso de antibióticos e vacinas Desvio da resposta TH1 para TH2 Alergia Racional para uso de probióticos modificar a microbiota intestinal EAACI Newsletter 2008 Modular a resposta imunológica do hospedeiro Kaliiomaki et al J Nutr 2010; 140: 713S–721S Probióticos Definição - OMS 2002 Probióticos são organismos vivos, administrados em quantidades adequadas, conferem um efeito benéfico à saúde do hospedeiro. Probióticos Bactérias do TGI Mauro Batista de Morais1, Cristina Miuki Abe Jacob2 - Jornal de Pediatria - Vol. 82, No5(Supl), 2006 Fabíola Suano Souza1, Renata Rodrigues Cocco1, Roseli Oselka S. Sarni2, Márcia Carvalho Mallozi2, Dirceu Solé3 Rev Paul Pediatr 2010;28(1):86-97. medicamentos ou adicionados a alimentos Principais Probióticos Probióticos Principais microorganismos considerados • • • • Lactobacillus Bifidobacterium Bacillus Outros Quantidade adequada varia conforme a cepa microbiana Coeuret et al. Int J Food Microbiol 2004 Probióticos Critérios para uma cepa bacteriana ser considerada um probiótico • • • • • • Não patogênico Resistência a processamento Estabilidade à secreção ácida e biliar Adesão à célula epitelial Capacidade de persistir no TGI Capacidade de influenciar atividade metabólica local Szajewska et al. J Pediatric Gastroenterol Nutr 2006 • • • • • Uso seguro para utilização em humanos Sobrevivência no intestino Habilidade para aderir ao epitélio intestinal Efeitos benéficos cientificamente comprovados Propriedades mantidas durante todos os estágios de produção, processamento e preservação Kalliomaki & Isolauri - Immunol Allergy Clin N Am,2004 Probióticos Espécies Principais • As espécies de Lactobacillus e Bifidobacterium são as mais comumente usadas como probióticos, mas o fermento Saccharomyces cerevisiae e algumas espécies de E. Coli e Bacillus também são utilizadas como probióticos. • As bactérias produtoras de ácido láctico (LAB), entre as quais se encontra a espécie Lactobacillus, foram utilizadas para a conservação de alimentos mediante fermentação durante milhares de anos Probióticos Microorganismos vivos que podem ser incluídos na preparação de uma ampla gama de produtos- alimentos, medicamentos e suplementos dietéticos. • Nos últimos 10 anos mais de 500 publicações anuais sobre a importância dos probióticos • Diversas opções dos produtos no mercado Saavedra. Nutr Clin Pract 2007 Evolução da microbiota intestinal Papel dos Probióticos Evolução da microbiota intestinal na infância e a influência dos probióticos neste desenvolvimento Salminen & Isolauri - J Pediatr; 149:S115-S120, 2006 Probióticos? • Menor exposição às bactérias na dieta - Dieta do estilo de vida moderno Industrialização dos alimentos Maior desenvolvimento de doenças Probióticos Mecanismos de ação • 1. Alteração do pH intraluminal • • • • Produzem compostos orgânicos decorrentes da atividade fermentativa Aumenta acidez do intestino Inibe multiplicação de bactérias com potencial de dano ao epitélio intestinal 2. Produção de substâncias com atividade antimicrobiana • • Produzem bacteriocinas Auxiliam na destruição de microorganismos indesejáveis Probióticos Mecanismos de ação • 3. Competição por nutrientes • • 4. Competição por receptores intestinais para adesão • • • • Disponibilidade de nutrientes na luz intestinal: fator limitante ao crescimento bacteriano Aderem a receptores específicos presentes na mucosa intestinal Impedindo que bactérias desempenhem seu efeito patogênico Salmonella typhimurium, Escherichia coli 5. Efeito imunomodulador • • • • Desvio da resposta imune para perfil Th1 (redução de doenças alérgicas) Aumento da secreção de Interferon-gama Estímulo de receptores Toll-like Aumento dos níveis séricos de imunoglobulinas Probióticos Mecanismos de ação • 6. Restauração da alteração da permeabilidade intestinal • • • Aumentam produção de mucina (produção de muco) Contribuem para eficácia da barreira na mucosa TGI 7. Quebra de proteínas no TGI • • Induzem quebra de proteínas com potencial alergênico Minimiza riscos de alergia alimentar • O intestino é rapidamente colonizado nos primeiros dias de vida. • Aos 2 anos as espécies microbianas estão estabelecidas e permanecem constante pela vida. • É possível neste intervalo influenciar o ambiente microbiano e o desenvolvimento do sistema imunológico. J Allergy Clin Immunol 2005;116:119-21. Probióticos na Prevenção Primária de Doença Atópica • • • • • RCT; DBPC 159 gestantes, hx. Familiar + Lactobacillus rhamnosus (ATCC 53103) / placebo; início 2-4 sem antes do parto Desfecho primário: eczema atópico crônico recorrente na criança (2 anos) História familiar e nascimento com características comparáveis Kalliomäki et al. Lancet 2001;357:1076-9 Probióticos na Prevenção Primária de Doença Atópica Resultados com 2 anos de idade • Placebo Eczema atópico: 46% IgE 32.7 (22.6-47.3)kU/L +ve RAST: 25% +ve prick: 14% • Probiótico Eczema atópico: 23% IgE 31.3 (22.8-43.0) kU/L +ve RAST: 27% +ve prick: 18% Kalliomäki et al. Lancet 2001;357:1076-9 Probióticos na Prevenção Primária de Doença Atópica Resultados com 4 anos de idade • Placebo Eczema atópico: 46% +ve prick: 18% eNO 14.5 ppb (12-17) • Probiótico Eczema atópico: 26% +ve prick: 20% eNO 10.8 ppb (8-13) Kalliomäki et al. Lancet – 2001. Probióticos X Alergia • Estudos em lactentes com risco de atopia (hx familiar) • Kalliomaki et al (2001) • • • • Probiótico desde IG 36 semanas até 6m idade Lactobacillus GG Aos 2 anos idade: redução dermatite atópica Aos 4 anos: efeito protetor se manteve • Taylor et al (2007) • 178 lactentes • Aos 6m e aos 12m de idade: não houve diferença Kalliomaki et al. Lancet 2001 Taylor et al. J Allergy Clin Immunol 2007 Probióticos X Alergia • • • • • Kuitunen et al (2009) • • • 1223 gestantes alto risco atopia Probióticos IG 36 semanas – até lactente 6m Acompanhamento até os 5 anos idade • • Aos 2 anos: redução significativa atopia (eczema) Aos 5 anos: não houve diferença significativa entre os grupos placebo/probióticos Neste grupo: proteção contra doença alérgica foi transitória Indução de células T regulatórias não é efeito permanente Colonização pelo probiótico é transitória Resposta varia de acordo com a cepa de probiótico utilizada Kuitunen et al. J Allergy Clin Immunol 2009 Resposta imunológica e alergia •Painel de experts confere recomendação “A” para resposta imunológica e probióticos. •Útil no tratamento de alergia e eczema na criança. •Recomenda o uso de probióticos, particularmente cepas de LGG e Bifidobacterium lactis, em lactentes e crianças com alergia e envolvimento gastrointestinal e em sua prevenção. Ex: dermatite atópica associada a alergia ao leite de vaca Madsen K. J Clin Gastroenterol. 2006;40:232–234. Isolauri E, Salminen S J Clin Gastroenterol. 2008;42:S91–S96. Majamaa H, Isolauri E J Allergy Clin Immunol. 1997; 99:179–185. Isolauri E et al. Clin Exp Allergy. 2000;30:1604–1610. Rosenfeldt Vet al. J Allergy Clin Immunol. 2003;111:389–395. Rosenfeldt V et al. J Pediatr. 2004;145:612–616. Weston S et al. Arch Dis Child. 2005;90:892–897. Viljanen M et al. Allergy. 2005;52:494–500. Kalliomaki M et al .Lancet. 2001;357:1076–1079. Kalliomaki M et al. Lancet. 2003;361:1869–1871. Papel preventivo dos Probióticos em alergia • Evidência insuficiente para recomendar probióticos na prevenção de doenças alérgicas (efeito marginal em eczema) Osborn DA, Sinn JK Cochrane Database Syst Rev 2007, Issue 4. Art.nº: CD006475 • Probióticos não são tratamento efetivo para Dermatite Atópica • • • RJ Boyle et al. Cochrane Database of Systematic Reviews 2008, Issue 4. Art. No.: CD006135. Não há meta-análises sobre o papel de probióticos no tratamento de doenças alérgicas respiratórias. • Evidência de 11 estudos randomizados mostraram resultados variáveis Singh & Das Pediatr Allergy Immunol 2010: 21: e368–e376. • Nos ensaios foram utilizados diferentes modelos, resultados, tamanho da amostra, doses e duração, as doenças, a prevenção ou tratamento Singh & Das Pediatr Allergy Immunol 2010: 21: e368–e376. Alvos de Probióticos em Doenças Alérgicas • • • Degradação de antígenos enterais Normalização das propriedades da microbiota nativa e das funções de barreira do intestino Regulação da secreção de mediadores inflamatórios e promovendo o desenvolvimento do sistema imunológico O potencial antialérgico dos probióticos é cepa-específico e hospedeiro-específico Isolauri & Salminen J Clin Gastroenterol 2008;42:S91–S96 Probióticos Alimentos funcionais que auxiliam para o Equilíbrio da microbiota intestinal uso 1-3x/dia 100 mg de Saccharomyces boulardii - 17 liofilizado 2 x 109 células de Saccharomyces boulardii (fungo) Bacillus clausii Flaconete 5mL pronto para beber, sem sabor e pode ser misturada em água ou outras bebidas Lactobacillus casei Lactococcus lactis Lactobacillus acidophilus Bifidobacterium bifidum Bifidobacterium lactis. Amido de Milho, Maltodextrina (Agentes de Massa) 30 sachês de 2g Lactobacillus paracasei Bifidobacterium lactis Lactobacillus casei Lactococcus lactis Lactobacillus acidophilus Bifidobacterium bifidum Bifidobacterium lactis. 30 sachês. Interesse Crescente no uso dos Probióticos Probiótico na Dermatite atópica Na dermatite atópica, , o uso de probióticos objetiva modificar a microbiota intestinal e modular a resposta imune Lactobacilos acidophilus10⁹ UFC Bifidobactérias lactis 10⁹ UFC Lactobacilos Paracasei 10⁹ UFC Lactobacilos Rhamnosus 10⁹ UFC • Aumenta T reg • Aumenta IgA secretora • Altera pH da microbiota intestinal Suplementação Materna • • • • A suplementação de LGG (rhamnosus) para mães atópicas durante a gestação e lactação levou ao aumento da quantidade de TGF-β2 no leite materno foi benéfica para prevenir a sensibilização a antígenos inalatórios e alimentares em seus filhos TGF-β2 é uma das citocinas envolvidas nos mecanismos de desenvolvimento de tolerância e que a A diminuição de TGF- β2 no leite materno está associada a maior risco de sensibilização a antígenos • Possibilidade de modulação da resposta imunológica nas crianças via suplementação materna com probióticos(22). Lactobacillus paracasei modula a resposta Th-1 Bifidobacterium lactis aumenta a atividade citotóxica das células NK, além de aumentar a atividade fagocitária das células mononucleares Lactobacillus acidophilus aumenta a expressão de citocinas que ativam a resposta Th-1 Lactobacillus rhamnosus melhora a capacidade fagocitária dos leucócitos sanguíneos e modula a resposta Th-1 Probióticos Recomendações para prática clínica – Grau de evidência Probióticos podem reduzir a incidência de diarréia associada ao uso de antibióticos A Probióticos podem reduzir a duração e a severidade de diarréias infecciosas. A Probióticos podem reduzir a severidade da dor e sensação de inchaço de pacientes com Síndrome do Intestino Irritável. B Probióticos podem reduzir a incidência de dermatite atópica em crianças. Há preliminares no tratamento dos sintomas. B Kligler & Cohrrsen – Am Family Physician 78(9):1073-8, 2008 Conclusões • Evidências de benefícios da suplementação precoce de probióticos com algumas cepas específicas na prevenção da dermatite atópica em crianças de alto risco para alergias • Resultados conflitantes como tratamento coadjuvante de dermatites atópicas moderadas ou graves mediadas por IgE • Estudos que permitam período mais prolongado de observação dos indivíduos suplementados, avaliação da segurança dos pro- dutos e os efeitos em longo prazo também são necessários Que aqui sempre seja um lugar onde TODOS se sintam bem! Adriana Nossa contribuição para auxiliar os colegas médicos e profissionais da saúde que desejam investir em consultório ou clínica própria! Adriana meeting meeting care clinic meeting doctor Porque a vida se faz desses pequenos bocados de alegria! E poder compartilhar é muito bom!!! Muito Obrigada! Departamento Científico de Alergia da SPP w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Clínica Dra Adriana Schmidt Adriana Vidal Schmidt
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