07 de Dezembro de 2009 - Segunda-Feira
Transcrição
07 de Dezembro de 2009 - Segunda-Feira
Energia Eólica Clipping 07 de dezembro de 2009 – Segunda-Feira – N# 258 Clipping Energia Eólica tem o objetivo de reunir dados e informações relevantes ao setor de energia eólica, transformando-os em conhecimento, contextualizando-os e disponibilizando-os para a prática de Inteligência Competitiva nas empresas. Aprovados 93,8% dos parques eólicos avaliados desde 2005 RTP – Lisboa / POR – 06/12/2009 Leilão de energia eólica Tribuna do Norte – Natal / RN – 06/12/2009 Cemig eleva aposta na energia eólica Ivan Moreira – Agência Estado – Belo Horizonte / MG – 05/12/2009 Eólicas na área Flávia Oliveira – O Globo – 04/12/2009 Conheça formas alternativas de produção de energia Thatiane Faria – Editora Abril – 04/12/2009 Integrating wind Power in Portugal Pedro S. Moura – Renewable Energy World – 04/12/2009 PG&E to purchase 246-MW Manzana Wind Project Renewable Energy World – California / USA – 04/12/2009 Clipping Energia Eólica – página 1/12 Energia Eólica Aprovados 93,8% dos parques eólicos avaliados desde 2005 RTP – Lisboa / POR – 06/12/2009 Quase 94 por cento dos parques eólicos sujeitos a processos de avaliação ambiental desde 2005 foram aprovados, segundo dados do Ministério do Ambiente, a que a agência Lusa teve acesso. Entre 2005 e o final de Novembro deste ano, 76 dos 81 parques eólicos que foram objeto de avaliação ambiental (Avaliação de Impacto Ambiental e Avaliação de Incidências Ambientais) foram aprovados, o que corresponde a uma taxa de aprovação de 93,8 por cento. Esta taxa de aprovação corresponde à construção de 1057 aerogeradores, 85,5 por cento do total de aerogeradores previstos (1236), e a uma potência instalada de 2148 megawatts (MW), 85,7 por cento da potência instalada total prevista (2506 MW), segundo os dados do Ministério do Ambiente. Meio Ambiente Dinamarca mostra que vale a pena pagar a conta Marcelo Gigliotti – Jornal do Brasil – 06/12/2009 O mundo precisa mudar. A geração de energia a partir de combustíveis fósseis já chegou ao seu limite no tocante ao estrago que as emissões de carbono provocaram no planeta, mexendo seriamente com o clima e pondo em risco o futuro da humanidade. Os países, nas últimas semanas, já ligaram o sinal de alerta, anunciando desde cortes na emissão de gases do efeito estufa até a redução do desmatamento de florestas e a busca por fontes alternativas de geração de energia. O problema é saber quem vai pagar a conta desta mudança. Por isso, foi realizada, em Copenhague, uma conferência preparatória na qual especialistas em clima, empresas que investem em energias limpas e representantes do governo da Dinamarca tentaram convencer investidores internacionais de que apostar num novo modelo econômico que respeite os limites do planeta é mais do que viável: é um investimento com retorno garantido. Mais que isso: não investir nas novas tecnologias de geração de energia vai trazer prejuízo. – Não podemos mais adiar a tomada de decisões. A cada ano perdido, o custo para a humanidade é de US$ 5 bilhões. Por isso, temos que passar da era das negociações para a era das ações – disse Connie Hedegaard, ministra dinamarquesa para a Conferência de Copenhague (COP 15), diante de uma plateia que reunia de banqueiros suíços a administradores de fundos de pensão bilionários, passando por executivos de multinacionais. A ministra deu seu recado na quinta-feira, na abertura do evento Copenhaguen Key To Climate Investing, na capital dinamarquesa. – O clima está no topo da agenda internacional, socialmente, politicamente, economicamente. A prova disso é que conseguimos mobilizar líderes de mais de 190 países para discutir o assunto e estabelecer um acordo que garanta a redução das emissões de carbono. Segundo ela, será preciso uma quantidade enorme de recursos para enfrentar o aquecimento global. E este dinheiro não poderá vir apenas dos orçamentos oficiais dos países. O capital privado será crucial. Mas, para isso, enfatizou a ministra, é preciso que a Conferência de Copenhague resulte num acordo internacional, um compromisso efetivo e legal assinado pelos líderes das nações, que dê garantias aos investidores privados. – Este acordo tem que ser feito agora em Copenhague. Os países que hesitarem perderão a liderança política. Exemplo Connie fala com conhecimento de causa. Seu país, a Dinamarca, está na vanguarda deste novo modelo econômico que é proposto. O país escandinavo começou a mudar sua matriz energética durante a crise do Clipping Energia Eólica – página 2/12 petróleo, na década de 70, quando 90% de sua energia dependia de combustíveis fósseis. Hoje, eles têm uma matriz diversificada, com usinas geradoras de energia eólica, movidas por moinhos gigantes. Usam ainda biomassa, lixo e resíduos de diversos materiais para gerar energia. – Mostramos que a transformação pode ser feita. Embora sejamos um país pequeno, somos um laboratório para novas soluções nesta área. Nossa meta é chegar a ter 85% de energia renovável na matriz energética do país – disse Andreas Eldrup, CEO da Dong Energy, empresa dinamarquesa especializada em energia não poluente. O exemplo dinamarquês é louvado por um dos maiores especialistas em mudanças climáticas do mundo, o economista Nicholas Stern, membro do Parlamento britânico. Mas ele citou outro país que começa a ganhar peso neste novo cenário: o Brasil. – O Brasil vem diversificando cada vez mais sua matriz energética. Desde o uso de biocombustível até o aproveitamento do gás natural. O presidente Lula reconhece que esta questão é fundamental para as próximas eleições presidenciais no Brasil. O presidente dos EUA, Barack Obama, e o governo da China também, finalmente, se engajaram na luta contra o aquecimento. Portanto, não há melhor oportunidade para se obter um acordo político como agora – disse o britânico. Adiar um acordo vinculante será mais caro Um acordo vinculante que obrigue os países a cumprirem suas metas será, na opinião do economista britânico Nicholas Stern, a deixa para os investidores privados entrarem com os recursos necessários para mudar a matriz energética do planeta. – Se adiarmos a decisão, a solução dos problemas será mais cara. Quanto mais rápido agirmos, mais vantajoso economicamente. Os investidores têm que pensar nisso – disse Stern. Outro britânico, Anthony Giddens, professor da London School of Economics, participou do segundo dia da Copenhaguen Key to Climate Investing. Segundo ele, não há tempo a perder. – A cada dia a situação climática piora. Tem que haver uma parceria forte entre governos e o setor privado para enfrentar este desafio e criar um novo modelo. Para isso, é preciso que os países criem políticas de longo prazo, que tenham continuidade e deem garantia aos investidores. – afirma Giddens. – Por outro lado, o setor privado tem que perceber que pode ter prejuízos se não aderir à causa. Vejamos o exemplo das seguradoras. Elas perderão muito dinheiro com catástrofes que venham a ser causadas pelas mudanças climáticas. Giddens sugere que os governos deem incentivos fiscais para o desenvolvimento de novas tecnologias que reduzam as emissões de carbono. Mas além do aspecto econômico, há o político. De acordo com Giddens, a questão ecológica não pode mais ser uma bandeira da esquerda. – Nem da direita. Nem só dos políticos. É uma briga que tem que ser comprada pela sociedade. E não é só mudar a tecnologia. É preciso mudar o estilo de vida da humanidade, deixando de lado o american way of life. Campanhas Países como China e Índia não poderão seguir o padrão de consumo norte-americano, pois não haverá recursos no planeta para isso. Giddens acredita que esta mentalidade pode ser mudada com campanhas de conscientização, como as campanhas antitabagistas que deram resultado positivo mundo afora. Outro palestrante do evento, o americano Samuel Berger é um dos conselheiros do presidente Barack Obama. Ele se diz otimista quanto à possibilidade de ser formalizado um acordo em Copenhague. – Em Kyoto, 74 países se reuniram. Agora, serão mais de 190. Nos EUA, Obama estabeleceu como prioridade a geração de energia limpa. A China acena com cortes de até 45% nas emissões de carbono. Clipping Energia Eólica – página 3/12 No encontro preparatório, os investidores também deram seu recado. Eles apresentaram uma carta de intenções produzida pelo Institutional Investors Group of Climate Change (IIGCC), reconhecendo que terão um papel-chave na luta contra o aquecimento global e cobrando metas ousadas por parte dos países, como a redução de até 85% das emissões de carbono até 2050. – O interesse dos investidores está demonstrado com a participação maciça na COP 15 – disse o britânico David Russel, do IIGCC. Agora, só resta esperar pelo que acontecerá a partir desta segunda-feira. No encontro preparatório com investidores e executivos chegou-se a um consenso de que é preciso somar esforços. – Precisaremos do envolvimento da sociedade, dos governos e do setor privado. E temos uma oportunidade única agora. Até a crise econômica dos últimos anos parece ter nos ajudado. Pois agora, o mundo poderá voltar a crescer, seguindo um novo rumo, o da sustentabilidade – disse ao final dos debates Richard Kinley, secretário da ONU para questões relacionadas ao clima. * Marcelo Gigliotti viajou a convite Leilão Leilão de energia eólica Tribuna do Norte – Natal / RN – 06/12/2009 O leilão de energia eólica marcado para o dia 14 próximo, colocará em disputa 399 projetos, com capacidade instalada de 10.005 megawatts. O RN lidera com 105 projetos habilitados, com capacidade instalada de 3.629 megawatts, ou 36,3% do total, enquanto o Ceará tem 108 projetos, com potência de 2.515 megawatts, ou 25% do total. A contratação de energia eólica, neste momento, reforça ainda mais a posição que o Brasil levará para a Conferência do Clima em Copenhague, de promover a manutenção do perfil altamente renovável da matriz energética brasileira. A energia contratada no primeiro leilão de eólicas do país será usada como reserva, ou seja, será um volume excedente do necessário ao abastecimento do país. O prazo da concessão será de 20 anos. Leilão Cemig eleva aposta na energia eólica Ivan Moreira – Agência Estado – Belo Horizonte / MG – 05/12/2009 Estatal mapeia potencial de geração de 24 mil MW em Minas e busca sócios para desenvolver projetos Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), que vem colocando em prática um agressivo plano de expansão dos negócios, pretende agora aumentar sua aposta na energia dos ventos. A empresa, que já comprou este ano participação em três parques de geração eólica no Ceará, acaba de concluir um levantamento do potencial para geração desse tipo de energia em Minas Gerais, com resultados surpreendentes. O potencial total de geração seria de 24 mil megawatts (MW), o que corresponde a uma capacidade 70% maior que a da hidrelétrica de Itaipu. Segundo fontes próximas à Cemig, a companhia já começou a negociar a compra de terrenos nos pontos onde há maior potencial de geração. A companhia não pretende, obviamente, investir sozinha em todo o Estado. O plano é atrair sócios investidores, a exemplo do que fez quando anunciou seu plano de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). "Nosso interesse em investir em energia eólica é real, queremos ter presença estratégica nesse setor", disse recentemente o diretor de Finanças da Cemig, Luiz Fernando Rolla, ao comentar os resultados Clipping Energia Eólica – página 4/12 do terceiro trimestre. O levantamento do potencial eólico mineiro, porém, ainda é mantido sob sigilo. A estatal ainda não decidiu como vai divulgar o plano. É possível que o anúncio seja feito pelo próprio governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), a exemplo do que tem ocorrido sempre que a Cemig tem notícias positivas para dar ao mercado. O estudo encomendado pela companhia considera parques com aerogeradores de 75 metros de altura. A empresa ainda não definiu quanto está disposta a investir no projeto. Para adquirir 49% de participação nas plantas eólicas do Ceará, a Cemig pagou R$ 213 milhões. A companhia também não descarta a possibilidade de fazer novos investimentos em geração eólica fora de Minas, e poderá até entrar na disputa por projetos habilitados para o Leilão de Energia de Reserva, que será realizado no próximo dia 14. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) habilitou 339 projetos de geração eólica em oito Estados (Rio Grande do Norte, Piauí, Ceará, Bahia, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina). Somados, os projetos equivalem a uma geração de 10 mil MW. Será o primeiro leilão exclusivamente de energia eólica. O governo federal tem pretensões de ampliar os investimentos na energia gerada pelos ventos. Segundo o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, o Brasil quer promover a manutenção do perfil renovável da matriz energética nacional. "A contratação de energia eólica neste momento reforça a posição que o Brasil levará para a Conferência do Clima, em Copenhague", afirmou Tolmasquim. Especialistas divergem muito sobre o potencial de geração eólica no Brasil, que só instalou seu primeiro parque na década de 90, em Fernando de Noronha. Os estudos mais recentes falam de algo em torno de 140 gigawatts. Não apenas no Brasil, mas em todo o mundo, os investimentos em geração eólica crescem à medida em que os avanços tecnológicos reduzem os custos das turbinas, os aerogeradores, e aumentam a confiabilidade dos sistemas. Em alguns países, a energia eólica já é mais barata do que o gás natural. A China, que anunciou em junho seu plano para virar uma potência em energia limpa, pretende conseguir gerar, até 2020, 100 gigawatts a partir dos ventos - volume suficiente para abastecer todo o Brasil. A previsão dos especialistas é de que, até 2020, a geração de energia eólica corresponda a 12% da geração mundial. Inesgotável, a energia eólica tem como principais vantagens a não emissão de gases poluentes ou resíduos e o fato de que os parques eólicos são compatíveis com outros usos dos terrenos. O desafio, porém, é a integração aos sistemas de geração, por causa da intermitência - nem sempre o vento sopra quando a eletricidade é necessária. Energia Eólica Eólicas na área Flávia Oliveira – O Globo – 04/12/2009 A energia eólica finca de vez suas pás no Brasil, com a chegada dos aerogeradores de um par de usinas. Os equipamentos vieram da Índia. Para Alegria 1, projeto da Multiner em Guamoré (RN), desembarcaram em Suape (PE) 31 aerogeradores. Dia 19, será a vez dos 61 de Alegria 2. No Rio, chegam domingo 17 aerogeradores e 51 pás de Gargaú, em São Francisco do Itabapoana (RJ). É o único parque eólico em construção no Sudeste. O projeto de R$ 150 milhões da Ecopart entra em operação em abril de 2010. A usina vai gerar 28MW. A Secretaria estadual de Desenvolvimento Econômico e a Investe Rio apoiam. Clipping Energia Eólica – página 5/12 Energia Renovável Conheça formas alternativas de produção de energia Thatiane Faria – Editora Abril – 04/12/2009 País possui recursos como vento, sol e resíduos vegetais que poderiam se tranformar em energia com incentivo do governo A maior parte da energia elétrica utilizada no Brasil vem de uma matriz com baixa emissão de carbono, quer dizer, produzida em usinas hidrelétricas, que utilizam a força da água para gerar o recurso. No entanto, o país possui potencial para expandir a rede de produção com opções menos agressivas para o meio ambiente, por meio do aproveitamento do potencial energético da cana de açúcar, do vento e do sol. Mas é necessário investir. Para completar o volume de energia demandado pela população, especialmente em horários de pico, as termelétricas operam com a queima de combustíveis fósseis como carvão, óleo e gás natural. Considerando o aquecimento global, esta opção de produção de energia é considerada a pior pelo coordenador da área ambiental do Centro Universitário Senac, Alcir Vilela, por emitir carbono com a queima dos combustíveis. E, apesar da hidrelétrica não apresentar este problema, ela acaba prejudicando as comunidades, a fauna e flora locais, pois a construção da usina requer o alagamento de uma região para represar a água do rio. Na realidade, explica Vilela, nenhuma energia é completamente limpa. “Todas implicam em algum tipo de degradação.” Biomassa A colheita da cana-de-açúcar no Brasil é feita manualmente, o que requer a queima da plantação para facilitar a atividade. Com isso, o potencial energético da palha da cana é desperdiçado e acaba virando poluição. A planta poderia ser colhida de forma mecanizada e transformada em energia quase com a mesma eficiência que as usinas hidrelétricas. É possível produzir o recurso em grande volume, no entanto, o governo precisa investir nisso e gerenciar esse processo, na opinião do professor. E tudo isso sem afetar a produção do açúcar e do álcool. Vento É na região Nordeste que o potencial eólico poderia ser muito bem aproveitado, de acordo com Vilela. Já existe uma produção de energia por meio dessa opção, no entanto, ainda é uma parcela muito tímida, que poderia ser alavancada, diz ele. Em Sorocaba, há uma fábrica de geradores eólicos de qualidade, mas que, na maioria, são exportados, pois o Ministério de Minas e Energia não cria incentivos tarifários que viabilizem atender as demandas isoladas. Esse tipo de produção causa uma poluição visual e requer espaços amplos, mas também não emite carbono, que acelera o processo de aquecimento global. Sol A energia fotovoltaica é gerada a partir da captação da luz do sol em painéis. Hoje, já existem muitas casas com essa tecnologia, que usa a energia principalmente para aquecimento da água, o que já possibilita uma boa economia de eletricidade. Assim como todas as outras opções, também precisaria de algum tipo de incentivo do governo para ter escala e vender a energia a um preço competitivo no mercado. Clipping Energia Eólica – página 6/12 Expansão Integrating wind Power in Portugal Pedro S. Moura – Renewable Energy World – 04/12/2009 With a major increase in installed wind capacity planned for Portugal, here are the options available for the successful integration of wind energy into the country's electricity system. It is variable and hard to predict, but wind energy is increasingly being employed in European countries in order to hit their renewable energy targets. The EU is currently aiming for 22% renewable energy production by 2010. Portugal has the far more ambitious target of 39%. Therefore, Portugal is planning a large increase in its wind energy capacity over the next couple of years, in order to achieve an installed capacity of 5300 MW by 2012. Assuming a scenario where large-scale penetration of electricity generation from wind and other intermittent renewable energy resources is achieved, it is of fundamental importance that the electricity system into which these new power generators are being integrated is able to compensate for the variability of production. Hydropower and solar power can be used to boost production capacity – Portuguese hydropower capacity is large and significant photovoltaic development is planned – but energy storage, demand side management (DSM) and demand side-response (DR) could also play a major role in optimizing capacity for wind power production. As wind energy is stochastic in nature and essentially ruled by random meteorological changes, its ability to reach peak load requirements is the biggest problem for producers of wind energy. Therefore, wind energy should be considered an energy resource but not a peak capacity resource, as only a small fraction of wind capacity has a high probability of running consistently. Wind is, and should be, used when available and if capacity exceeds demand then this should be viewed as a bonus. Wind intermittence can also affect the economic viability of projects, as it leads to lower value energy. Most wind generation occurs in hours when energy use is low, making it less valuable. Studies have shown that as wind penetration increases, three factors lower the economic value of wind power: increasing wind generation usually displaces capacity from increasingly lower cost plants operational losses due to repeated plant starts or partial plant loading Clipping Energia Eólica – página 7/12 unnecessary wind energy, which cannot be absorbed, due to operational constraints or excess production Managing Intermittency Intermittency is a long standing and recognized problem for many forms of renewable energy. Efforts to overcome the effects of variability and randomness of wind power availability has been traditionally addressed by the promotion of wind power resource studies in the industry, and the identification of solutions based on reversible hydroelectric dams, or pumped storage. The intermittency of wind energy can also be reduced by some other estalished techniques: improved forecasting techniques grid integration technical distribution of the generators geographic distribution of the generators The last three of these techniques can be grouped as aggregation and distribution methods. These techniques aim to increase the predictability of the production of wind power and therefore achieve a substantial reduction in system variations. However, although those improvements bring benefits, as Table 1 (below) shows, periods of low wind production and substantial variations will remain. Thus tools to respond to short-to medium-term and longterm variability of power production are necessary in order to manage the operational and capacity reserve. For large-scale integration of wind power the provision of flexible capacity reserve is of crucial importance. To achieve this aim several options are available: Wind Power Forecasting In addition to being variable, it is also challenging to accurately predict wind power production within the time scales which are necessary for long-term planning. It is easy enough to predict energy production from a large wind generation facility over a long period of time – even over the life time of the plant – but over shorter time periods, production is less easy to predict. Large divergences can occur in the timing of and the wind’s amplitude. Aggregation and Distribution Generally, the more wind turbines which are operating in a given period, the lower the production variability is. Similarly, the more turbines which are installed across a geographical area, the more predictable production becomes, as shown in Table 2, (below). The number of hours with zero output will also decrease when using turbines based over a large area. A smoothing effect in the system wind power production can be achieved over large areas, as the correlation between the number of wind generators and the energy produced will be lower. Clipping Energia Eólica – página 8/12 Interconnection With Other Grid Systems This will enable the export of energy in times of wind power production in excess of demand; and imports when production is reduced. Power Plants Providing Reserve The use of alternative power plants to provide operational capacity and reserve is the most traditional method of integration of intermittent power. Plants which can provide such system must be flexible and have short response times, in order to make up the lost capacity from wind production quickly. Hydropower is the technology which presents the most advantages. Fossil-fuel supported power plants, can be also be used. However, the biggest disadvantage associated with this method is that it is not cost effective to run extra capacity which will only operate when wind capacity is suddenly reduced. Also, the greenhouse gas emissions released by this kind of installation negates the positive benefits of using renewable wind energy. Curtailment of Intermittent Technology To ensure system stability and control, a minimum level of conventional generation must be maintained, even in periods of low demand. Other situations which can limit wind power may occur when the transmission and distribution capacity is congested near the wind farm. In such situations the curtailment of wind power generation can be used to reduce the overall system integration costs. The curtailment is made by constraining the output of a group of wind generators, shutting down some or all the turbines. This will result in a loss of energy production and in economic losses. The costs also include the time taken for the wind farm to become fully operational following grid curtailment. Distributed Generation The use of other types of distributed generation can provide several benefits in the network, such as: alleviating congestion, reducing transmission losses and providing ancillary services. Distributed generation can also help in wind power integration, providing reserve capacity as a substitute for conventional power plants. However, wind power is normally a form of distributed generation and has the same requirements for grid connection. Several other types of distributed generation technology can also have intermittency problems, like solar power for example. Synergy Between Renewable Sources Hydropower and solar power are also intermittent resources, due to their dependence meteorological conditions. However, the variables affecting these three different forms of renewable resource are independent of each other and do not necessarily occur at the same time. They can therefore be partially mutually compensated. Analyzing 50 years of data on wind velocity in Portugal shows high variation relative to the average year, with a consequent impact on the yearly variation curve. The wind velocity and the water inflow have average variations through the year which follow a similar pattern and their two curves have a high correlation (0.98). The solar radiation varies almost inversely, relatively to the wind velocity and the water flow (correlations of -0.7 and -0.66, respectively). That Clipping Energia Eólica – página 9/12 observation indicates that the complementary relationship between solar energy and wind/hydro is favourable. Solar energy can therefore be used to smooth seasonal variations of wind power. Hydropower is not complementary to wind power, but due to similar variations it is the ideal means to store excess wind energy in order to cope with the intermittence, using the storage, dispatchable power and dynamic response capacities. Also, other dispatchable energy technologies, such as biomass, can have a positive contribution, reducing the intermittent power requirements. Demand-Side Management Most critical situations occur in periods with high energy consumption. Thus, demand side management technologies could play a major role in avoiding critical situations due to intermittent power generation resulting from the increasing use of wind in the national generation portfolio. One of the most serious peak load problems is the need for elevated electricity production due to the increased use of air conditioning on summer days with high temperatures and reduced wind velocities. Therefore DSM technologies in space conditioning are important. The European Union Energy Services Directive in Portugal aims to achieve a consumption reduction of 9% between 2008 and 2016. A variety of DSM technologies were considered in order to execute the plan. The aggregated impact in the load diagrams of the selected technologies in the residential (lighting, appliances and space conditioning), services (lighting, office equipment and space conditioning) and industrial (lighting, power factor, energy efficient motor systems and drives) sectors was determined. It was found that the application of DSM measures will reduce the amount of investment needed to integrate intermittent power and will lead to a large reduction in peak power demand. Demand Side Response DR is another technology which can play a major role in the integration of renewable intermittent power. With these technologies it is possible to direct or indirectly force a consumption reduction in critical situations, over a short period of time. In the past, the grid has been planned and operated under the presumption that the supply system must meet all customer’s energy needs, and that it is not possible to control the demand. However, that is starting to change due to the creation of opportunities for customers to manage their energy use in response to signals, such as those coming from prices or load contracts. If the marginal peak load price is higher than the value that a consumer gets out of the services derived from the electricity, they may be willing to modify the demand, if paid the peak price or slightly less. A grid operator can obtain a greater economic benefit by providing incentives for a customer to reduce their consumption rather than paying a power producer to supply more output. Traditionally the DR technologies were typically used to attend to economic concerns. However, they can now be used to improve the system reliability, instantaneously reducing the energy consumption to prevent the most unbalanced situations, like the problems that result from the large space conditioning consumption on days with reduced wind velocity. As more customers practice automated price-responsive demand or automatically receive and respond to directions to increase or ecrease their electricity use, system loads will be able to respond to, or manage, variability from wind power production. Clipping Energia Eólica – página 10/12 Energy Storage Energy storage has crucial importance in the electricity sector, because the energy demand has relatively large hourly, daily and seasonal variations. Additionally, as energy generation from renewable energy sources also has significant variations, either in the short term (periods of a few seconds) or in the long term (hourly, daily and seasonal), storage is becoming increasingly important. Energy storage is an appropriated option for allowing the large-scale integration of intermittent renewable sources. Energy storage in electric energy generation systems enables the adjustment between energy production and demand. The energy produced by intermittent renewable sources can be transferred to be released in low production or high consumption times. Storage technology has the advantage of generally not using fossil fuel generation, so storage facilities do not directly contribute to greenhouse gas production. One disadvantage of energy storage are the inherent losses due to the efficiency of energy conversion (about 75%–80% typically), as Table 3 (below) shows. The storage devices do not need to be located in the wind farms and can be installed at any point on the grid. Several energy storage technologies can mitigate over-generation problems, absorbing the surplus energy in a few seconds. Each technology has its response rate, varying from a few seconds to some minutes, but all can quickly connect to the system and ramp up to add load to the system. Hydro storage facilities, whether in the form of pumped-hydro or hydro reservoirs, have played a key role in providing several grid balancing services. Large pumped storage hydropower plants can be switched from generation mode to pumping mode within a few minutes, storing the excess energy produced by the installed base of wind power capacity and releasing the energy for use meeting demand when wind production decreases. This kind of storage has potential for large-scale electricity storage, fast response times and reduced operating costs. Some storage devices can provide regulation services and frequency control. Hydropower can ensure such a requirement due to having fast ramp rates and can maintain maximum power for several hours. However, other technologies can be used, such as NaS (sodium-sulphur) batteries or flywheels. Storage systems that incorporate an inverter can also deliver reactive power, supporting voltage regulation. Of the storage energy technologies available (as shown in Table 3 above), only hydropower has been used for many years and is well established in the market. The other storage technologies present noncompetitive costs and reduced commercial availability. The major barrier for construction of new storage facilities is not the technology but the absence of market mechanisms which recognize the value of the storage facilities and financially compensate them for the services and benefits they can provide. Certain storage systems such as flywheels, flow cells and certain battery types could become viable. Another viable technology is compressed air depending on available locations, which is stored in geologic structures under the ground and released when necessary. Integrating Wind All of these options have the same aim: to balance supply and demand continuously. The first course of action when ensuring the effective integration of variable energy sources into an electricity grid should be various project techniques, including grid integration, technical distribution of the generators, geographic Clipping Energia Eólica – página 11/12 distribution of the generators and improved forecasting techniques. However, with large-scale integration of wind power, periods of large intermittence will remain. Therefore it is important to integrate other technologies alongside these project techniques. The complimentary relationship between renewable sources, demand side management and demand side response are all important, and energy storage technologies are rapidly improving, becoming more available. The diversity of these options means there is great potential for wind energy to be successfully integrated into domestic electricity grids, if proper planning is implemented. Sidebar: Extreme Variations in Wind Power Ramp Several extreme ramp rates have been recorded during storms: Denmark – 2000 MW (83% of capacity) decrease in 6 hours or 12 MW (0.5% of capacity) in a minute on 8 January, 2005. North Germany – over 4000 MW (58% of capacity) decrease within 10 hours, extreme negative ramp rate of 16 MW/min (0.2% of capacity) on 24 December, 2004. Ireland – 63 MW in 15 mins (some 12% of capacity at the time), 144 MW in 1 hour (29% of capacity) and 338 MW in 12 hours (68% of capacity). Portugal – 700 MW (60% of capacity) decrease in 8 hours on 1 June, 2006. Spain – 800 MW (7%) increase in 45 minutes (ramp rate of 1067 MW/h, 9% of capacity), and 1000 MW (9%) decrease in 1 hour and 45 minutes (ramp rate -570 MW/h, 5% of capacity). A generated wind power of between 25 MW and 8375 MW has occurred (0.2% and 72% of capacity) in a single year. Texas, USA – loss of 1550 MW of wind capacity at the rate of approximately 600 MW/hr over a 2.5 hour period on 24 February, 2007. Pedro S. Moura is a researcher at the Institute for Systems and Robotics (ISR), at the University of Coimbra in Portugal. Anibal T. de Almeida is professor of Electrical Engineering and Computers, and a director of the ISR. Aquisição PG&E to purchase 246-MW Manzana Wind Project Renewable Energy World – California / USA – 04/12/2009 Pacific Gas and Electric Company (PG&E) has contracted with Iberdrola Renewables, Inc., to purchase and operate a major wind farm that is set to be built in Southern California. The proposed Manzana Wind Project, with a power capacity of up to 246 megawatts (MW), would be the first wind project owned by PG&E. The Manzana project would be located on about 7,000 acres in the Tehachapi region of Eastern Kern County. If approved by the California Public Utilities Commission, the project could begin producing power by December 2011. With a projected annual output of up to 670 gigawatt-hours per year the Manzana project would contribute significantly to PG&E's efforts to meet California's Renewable Portfolio Standard. "This agreement supports PG&E's comprehensive strategy to meet our customers' future power needs with clean energy solutions," said Fong Wan, PG&E's senior vice president for energy procurement. The total capital cost of the Manzana project will be just over US $900 million, which includes payments to Iberdrola Renewables to develop and build the facility. Clipping Energia Eólica – página 12/12