26 de Julho de 2010 - Segunda-Feira - N# 406
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26 de Julho de 2010 - Segunda-Feira - N# 406
energia eólica Clipping 26 de julho de 2010 – Segunda-Feira – N# 406 Desenvolvimento Nordeste em busca das pás Mirella Falcão – Diário de Pernambuco – Recife / PE – 24/07/2010 O Nordeste está concentrando os novos projetos de geração eólica do país. No primeiro leilão de compra de energia de reserva voltado exclusivamente para essa fonte, em dezembro passado, a região ficou com 63 dos 71 projetos aprovados. No próximo leilão, que acontece em 19 de agosto, não será diferente. Dos 399 projetos habilitados, 312 estão no Nordeste. De olho nesses projetos, estão se instalando na região vários fabricantes de equipamentos eólicos, da torre à nacele - onde ficam os geradores. Faltam as pás. Hoje essa é uma das grandes carências de fornecimento no Brasil, pois só existe um fabricante, localizado em São Paulo. Pernambuco, que quer se firmar como um cluster de equipamentos eólicos, já negocia com três empresas. De toda a cadeia eólica, essa é a que mais emprega. Apenas uma indústria é capaz de gerar 400 empregos diretos. O investimento em uma unidade é da ordem de R$ 40 milhões. Cerca de 70% do valor investido nas centrais eólicas são com equipamentos. E desse total, 25% corresponde à aquisição de pás. "A pá é o elemento de maior conteúdo tecnológico de um aerogerador", comenta Everaldo Feitosa, diretor da Eólica Tecnologia. Essa empresa pernambucana acaba de montar três parques eólicos no estado, com 15 turbinas, e está implementando outros 92 aerogeradores no Rio Grande Norte. "Todas as pás foram importadas da fábrica da Vestas na Índia", comenta Feitosa. Considerando que uma pá pode medir 80 metros, o equivalente a um edifício de 30 andares, dá para imaginar o custo logístico. Logo, ter fabricantes instalados na região é fundamental para baratear os projetos. "Com a política dos leilões, onde vence quem tem o menor preço, o mercado de eólica está muito competitivo. Adquirir equipamentos mais próximos de onde serão instalados esses parques ajuda a reduzir o preço da energia", comenta Pedro Cavalcanti, diretor de negócios eólicos da Ecopart. E por que não produzir pás eólicas em Pernambuco? Esse é o último elo que falta para fechar a cadeia eólica no estado, segundo o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), Jenner Guimarães. O estado quer se firmar como o maior cluster eólico do país. Já reúne ensino técnico e superior voltado para a cadeia, empresas especializadas na implantação de parques eólicos e, nos últimos dois anos, conquistou a instalação de dois importantes fabricantes de equipamentos: as torres da RM Eólica, do grupo espanhol Gonvarri, e a indústria de aerogeradores argentina Impsa. "Já estamos negociando com três fabricantes de pás", adianta Sidnei Aires, vicepresidente de Suape. A primeira tentativa foi com a Tecsis, que tem sede em São Paulo e é a única fabricante do equipamento no país. As negociações vêm desde 2008. Nos últimos doze meses, surgiram dois interessados. "Um deles é um player internacional. Mas as negociações mais avançadas estão com um grupo nacional Página - 1 / 5 que está se associando a uma empresa estrangeira. Até o final do mês, eles devem bater o martelo", detalha Aires. O investimento na planta é de R$ 40 milhões, ocupando em média 20 hectares. A geração de empregos é o mais interessante: em torno de 400 vagas diretas, segundo Jenner Guimarães. A fabricação de uma pá se assemelha muito a de uma prancha de surf. "Demanda muitos procedimentos de forma artesanal, como pintura, acabamento e polimento. Só que em grande escala. Por isso que é o segmento que mais emprega na cadeia eólica", explica Pedro Cavalcanti. Recursos Humanos Ceará avança na formação de profissionais Santiago Jr – Diário do Nordeste – Fortaleza / CE – 24/07/2010 Primeira turma conclui curso de formação de professores sobre manutenção e operação de parques eólicos Para corresponder aos futuros (e presentes) investimentos que se desenham na área de energia eólica no Estado do Ceará, a mão-de-obra local já vê a necessidade de se capacitar melhor para atender a oferta de oportunidades de trabalho especializadas no setor. Um dos passos iniciais será dado, nesta segunda-feira pela manhã, dia 26, na Fiec, onde serão entregues os certificados da primeira turma do curso de formação de professores sobre manutenção e operação de parques eólicos. De acordo com a diretora de Atração de Investimentos da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), Cristiane Perez, a importância de qualificar cearenses é mais acentuada por se tratar de uma unidade federativa com um vasto potencial de exploração desse tipo energia limpa no País, com comprovação em estudos técnicos, inclusive. "Até 2012, só em energia eólica, os investimentos serão da ordem de US$ 12 bilhões, com a criação de mais de três mil postos de trabalho. Queremos suprir essa demanda com mão-de-obra local", reforça. Replicar o conhecimento Segundo a diretora da Adece, vinte professores, especialmente, na área de engenharia, passaram por três semanas de qualificação. "Para fazer parte deste grupo inicial, as pessoas tinham que já dominar um pouco o assunto e ter uma certa base", explica Cristiane. "A ideia é disseminar o conhecimento com alunos e multiplicar o número de professores e profissionais qualificados para atuar nos parques eólicos e em outros cursos de extensão, que estão na iminência de serem criados por instituições de ensino como a Unifor ou até mesmo pelo Senac e Ipece", revela. GTZ A iniciativa do curso, que conta com o apoio da Adece, é da Gesellschaft für Technische Zusammenarbeit (GTZ), instituição federal da Alemanha, com atuação em vários países no mundo, de cooperação internacional para o desenvolvimento sustentável. A função dessa agência de fomento é oferecer soluções adaptadas às exigências do futuro para desenvolvimentos políticos, econômicos, ecológicos e sociais, promovendo processos de mudança de grande porte, com o objetivo de melhorar as condições de vida das pessoas nos diversos lugares do planeta. Próximos leilões O Estado do Ceará terá 106 projetos cadastrados nos dois próximos leilões de eólica do País, que acontecerão nos dias 18 e 19 de agosto, nas respectivas modalidades de reserva e fontes alternativas. É, praticamente, um terço do total da região Nordeste, com 312 inscrições; e 26,5% do total de todas as unidades federativas juntas, que apresentarão 399 projetos. Assim como aconteceu no primeiro leilão de eólica do Brasil, realizado em dezembro do ano passado, mais uma vez, o Estado é o segundo o com maior número de propostas, atrás apenas do Rio Grande do Norte, que, neste ano, terá 133 projetos inscritos. Aneel aprova edital de novo leilão A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, na última quinta-feira, dia 22, o edital dos leilões de fontes alternativas de energia, marcados para os dias 25 e 26 de agosto. Um dos leilões, previsto para o dia 26 do próximo mês, envolverá projetos de centrais eólicas, termelétricas à biomassa (bagaço de cana e resíduos de madeira) e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). Página - 2 / 5 O início do fornecimento está previsto para janeiro de 2013 e o preço máximo é de R$ 167 o MWh (megawatt-hora) para fontes eólicas e biomassa, e de R$ 155 o MWh para pequenas centrais hidrelétricas. Vence quem oferecer o menor lance. O outro leilão, a ser realizado nos dias 25 e 26 de agosto, será para a contratação de energia de reserva. O suprimento deverá iniciar setembro de 2013 para as PCHs e projetos de geração eólica, enquanto os empreendimentos de biomassa devem iniciar suas operações em datas distintas, entre 2011 e 2013. O preço teto para eólicas e biomassa no leilão reserva é de R$ 167 o MWh, enquanto para as PCHs é de R$ 165 o MWh. Leilão Cemig deve participar do leilão de renováveis em agosto Carolina Marcondes – Agência Reuters – 22/07/2010 A Cemig deverá participar do leilão de energias renováveis previsto para agosto, no segmento de energia eólica. A afirmação é do presidente do Conselho de Administração da estatal mineira e secretário de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Sérgio Barroso. De acordo com Barroso, a Cemig deverá ainda participar "de todos os grandes leilões de usinas", sem especificar quais seriam. "A Cemig é controlada pelo Estado, mas é uma empresa de mercado... Temos que pegar as oportunidades quando elas aparecem", afirmou ele à Reuters nesta quinta-feira, acrescentando ainda que as eleições não devem afetar os planos da Cemig de crescer em 2010. "Pode haver anúncios de aquisição este ano nos três segmentos (geração, transmissão e distribuição)... Não queremos perder oportunidades." Conforme Barroso, a Cemig pode optar por fazer compras em parceria com sócios, mas salientou: "A Cemig não entra em um negócio somente como investidora. Queremos a gestão porque sabemos como operar o sistema elétrico brasileiro". No final de maio, o diretor de Finanças da Cemig, Luiz Fernando Rolla, havia afirmado que a empresa não participaria do leilão de renováveis da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Logística Prepare for the long haul Allan Redding – WindPower Monthly – 22/07/2010 Specialised heavy haul carriers are seeking new ways of accommodating the growth in the size of wind equipment. Alan Redding gives a carrier perspective on how to meet the challenge Even giant Schnabel trailers sometime struggle with giant 3MW components Página - 3 / 5 Transportation has sometimes been among the last considerations of original equipment manufacturers (OEMs) when designing wind turbines and related components; as long as machines stayed well under 2MW, logistical problems could almost always be solved. But as the 3MW barrier is scaled, the build-a-boat-in-the-basement analogy comes to mind: no matter how well the boat is designed and constructed, if it does not fit up the stairs it will never see the water. You might build the ultimate turbine but if you cannot move it from A to B, it will never do its job. When customers approach me for advice on the impact of logistics on their project, I talk them through the options and provide a perspective on potential choke points or cost impacts. It is usually possible to identify and address any challenge so it does not become a problem when the project logistics are executed. Upfront evaluation and equipment No two jobs are the same so ATS sends people to locations all over North America to look at every possible issue before our trucks hit the road.. All the local and state agencies must be dealt with, along with counties, townships and anyone else involved in permits and police or civilian escorts. Equipment is critical to successful transport and ATS has used its experience to design blade, tower and nacelle trailers to accommodate ever larger wind components. But even with some of the largest trailers in the industry, the new generation of multi-megawatt turbines threatens to exceed the limits of our equipment. Tower sections can be the most difficult pieces to move. Schnabel trailers, which have no decks, can support the towers, using hydraulic arms that grab both ends of a tower section and essentially make the tower part of the trailer. Those arms can lower the section close to the road on an interstate or raise the section as conditions dictate. Flexibility and innovation It is important to be adaptable and be able to offer solutions to clients when unusual situations occur. ATS has done projects that have involved transporting components up an 18% gradient. The ability to change routes and add or pull back trucks to speed up or slow the flow of equipment to the site can also be valuable for clients. Developing drivers is another major focus. We put a lot of time into training, and eventually drivers can qualify to join our heavy-haul group. Then, having gained sufficient heavy-haul experience, they become a candidate for hauling wind energy components. Since the wind sector has taken off, there are more big loads on the road than at any point in history. At our peak, we have well over 200 drivers out hauling wind components. ATS has also developed the most up-to-date software possible for routing and maintaining contact with our trucks and drivers. There is no off-the-shelf software available, so we have developed our own based on years of experience, and it is continually upgraded. We can monitor hauling progress in real time and actually feed updated information to our drivers on the fly Ñ they can even get faxes and permits inside their trucks. Pre-empt expensive mistakes Although the right people, equipment and systems are key to successful transportation, carriers are still limited on what they can transport. With a lot of the sub-2MW designs, there were few problems in using conventional equipment. Now, though, we are starting to move beyond the capabilities of trailers designed specifically for wind equipment. Logistics are becoming a lot more complex and pushing the threshold of what is possible. That is why it is beneficial to get involved at the earliest stages of a project to help clients grasp the ramifications of technical decisions related to logistics. Página - 4 / 5 Short of getting involved with the OEMs on multi-megawatt component blueprints with an eye towards transport, the main aim should be to provide greater understanding and avoid expensive oversights. By the time a boat-in-the-basement scenario develops, it is probably already too late. Alan Redding is director of sales and marketing at ATS Wind Energy Services Página - 5 / 5
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