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Como toda nova ciência ou tecnologia, ela gera dúvidas e receios de mudanças. Isto acontece desde os tempos em que Galileo afirmou que era a Terra que girava em torno do Sol ou quando Oswaldo Cruz iniciou a primeira campanha de vacinação no Brasil. E não poderia ser diferente no caso dos transgênicos. As evidências científicas e os fatos provam a cada dia que a biotecnologia é segura e que seus resultados são benéficos para diversos setores: saúde humana, meio ambiente, produção de alimentos e medicamentos, além de ajudar no desenvolvimento de uma agricultura sustentável. Mentira: Apenas as plantas podem ser transgênicas Verdade: Apesar do termo “transgênicos” ter se transformado num sinônimo de plantas modificadas geneticamente através da introdução de um segmento do DNA de outra espécie, é importante saber que essa mesma técnica já é largamente utilizada desde a década de 80 na produção de medicamentos como a insulina, hormônios de crescimento e outros. Médicos dos mais importantes centros de pesquisa do mundo utilizam esta mesma técnica na pesquisa de novos medicamentos e tratamentos para doenças como câncer, AIDS e outros. 2 Mentira: O homem não precisa plantar transgênicos Verdade: O homem sempre interferiu na agricultura ao selecionar as melhores espécies e cruzá-las entre si para obter lavouras de melhor qualidade ou mais produtivas. As modificações genéticas em plantas já ocorrem há milhares de anos e nos últimos 50 anos variedades mutantes de plantas obtidas através da irradiação fazem parte do nosso cardápio diário. Cerca de 80% do trigo que consumimos é obtido por mutação química ou radioativa. A tecnologia da transferência de DNA aprimorou e tornou o melhoramento genético mais seguro. As plantas transgênicas que já estão aprovadas para fins comerciais vêm facilitando a vida do agricultor em diversas regiões do mundo, inclusive na Europa. Elas requerem uma menor quantidade de herbicidas e/ou inseticidas do que as convencionais, propiciando uma redução no custo de produção e benefícios claros para o meio ambiente. Mentira: As plantas transgênicas não trarão benefícios a sociedade Verdade: As primeiras plantas transgênicas que foram aprovadas beneficiam diretamente os agricultores devido a maior praticidade dessas culturas para o homem do campo quando comparadas às culturas convencionais. Os benefícios ao meio ambiente e a sociedade em geral são percebidos de forma indireta devido a redução na quantidade de agroquímicos aplicados, menor erosão do solo e redução nos custos de produção. Plantas com melhor qualidade nutricional, como por exemplo o "arroz dourado" rico em vitamina A e ferro que já se encontra no seu estágio final de pesquisa, trarão benefícios diretos aos consumidores. 3 Mentira: Não há pesquisas ambientais com plantas transgênicas no Brasil Verdade: Pesquisas de campo com a soja tolerante ao glifosato e outras plantas transgênicas vêm sendo conduzidas no País há vários anos sob aprovação e acompanhamento de pesquisadores e órgãos competentes do governo brasileiro. A segurança da soja tolerante ao herbicida já foi atestada pelos pesquisadores brasileiros, que culminou no parecer favorável da CTNBio para sua aprovação, em 1998. Mentira: As plantas transgênicas precisam de mais agrotóxicos Verdade: As plantas transgênicas tolerantes a herbicidas e as resistentes a insetos já são cultivadas em vários países do mundo e têm contribuído para reduzir significativamente a quantidade de uso de agrotóxicos, tanto para controlar as ervas daninhas quanto os insetos-praga que prejudicam a qualidade e o rendimento das culturas. Mentira: Haverá o surgimento de super pragas Verdade: Antes de ser autorizado o plantio de variedades transgênicas, os pesquisadores e órgãos de regulamentação conduzem vários testes para conhecer melhor as culturas e sua interação com o meio ambiente. Dessa forma, é possível criar mecanismos que evitem problemas como resistência a pragas ou ao agrotóxico e, principalmente, a contaminação de campos não transgênicos. Mentira: As empresas não fazem estudos de impacto ambiental Verdade: O mecanismo utilizado pelas entidades de pesquisa e órgãos governamentais dos mais diversos países do mundo é a Avaliação de Risco Ambiental. No Brasil, os mesmos procedimentos estão sendo avaliados para serem implementados pelo IBAMA para aquelas atividades potencialmente causadoras de dano ao meio ambiente. 4 Mentira: O glifosato é tóxico Verdade: A soja tolerante ao herbicida glifosato possibilita a redução do uso de outros herbicidas mais tóxicos, o que é extremamente favorável para o homem do campo e para o meio ambiente, pois o glifosato, além de ser de baixa toxicidade, se degrada rapidamente no solo. Mentira: Haverá dependência das multinacionais Verdade: Além dos herbicidas à base de glifosato estarem registrados por mais de 18 empresas no Brasil, as sementes transgênicas também serão comercializadas por diversas empresas públicas e privadas. A Embrapa detém ao redor de 40% do mercado de sementes de soja e será uma das mais importantes empresas a comercializar a semente de soja resistente ao glifosato. Mentira: A adoção das plantas transgênicas irá beneficiar apenas os latifundiários Verdade: Os pequenos agricultores de países como Índia, África do Sul, China, Filipinas e México, que já adotaram o plantio de culturas como algodão, milho e soja têm se beneficiado de várias formas. A menor quantidade de agroquímicos requerido por essas culturas proporcionam facilidade de manejo, uma economia no custo de produção além de melhorias na qualidade do meio ambiente e na vida dos agricultores. Mentira: As sementes transgênicas são estéreis e perdem a força com o tempo Verdade: Há muitos boatos a respeito de uma possível esterilidade das sementes transgênicas. As pesquisas sobre esta tecnologia foram abandonadas e não há sementes transgênicas estéreis no mercado. A prova disso é que os agricultores têm multiplicando suas sementes sem que as mesmas percam suas características. 5 Mentira: Não há estudos que comprovem a segurança alimentar Verdade: Os derivados dos microorganismos e das plantas transgênicas são detalhadamente testados quanto a sua segurança alimentar e para cada produto os resultados são avaliados pela comunidade científica e pelos órgãos governamentais competentes. A Organização Mundial de Saúde e as Academias de Ciências de vários países já se posicionaram sobre a matéria. Os produtos aprovados já são consumidos por vários milhões de pessoas sem nenhum relato de problema de saúde provocado pela ingestão de alimentos transgênicos. Mentira: Os transgênicos provocam alergia alimentar Verdade: Os alimentos transgênicos são amplamente testados quanto ao seu potencial alergênico e só são aprovados para consumo humano e animal quando forem comprovados que são tão seguros quanto os alimentos equivalentes já existentes. Os alimentos transgênicos são tão ou mais seguros que os convencionais. Alguns alimentos novos, como por exemplo o kiwi, que podem ser alergênicos, se tivessem sido avaliados da mesma forma que os produtos transgênicos, certamente não seriam autorizados para consumo. Mentira: Os alimentos transgênicos não são consumidos na Europa Verdade: A União Européia aprovou várias plantas transgênicas e vêm importando derivados da soja, milho e canola desde 1998. Os agricultores espanhóis que plantam milho transgênico resistente ao ataque de insetos-praga têm reportado seus benefícios, destacando a menor utilização de inseticidas nas plantações e a melhoria da qualidade dos grãos. 6 Web sites de Referência: Nacionais Academia Brasileira de Ciência: www.abc.org.br Cenargen Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia: www.cenargen.embrapa.br Comissão Técnica Nacional de Biossegurança: www.ctnbio.gov.br Conselho de Informações sobre Biotecnologia: www.cib.org.br Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária: www.embrapa.br Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz: www.esalq.usp.br Partido dos Trabalhadores: www.pt.org.br/assessor Sociedade Brasileira de Melhoramento de Plantas:www.sbmp.org.br Universidade Federal do Rio Grande do Sul: www.ufrgs.br/cbiot Internacionais Agriculture & Biotechnology Strategies: www.agbios.com American Medical Association: www.ama-assn.org/ama/pub/article/2036-4030.html Council for Agricultural Science and Technology: www.cast-science.org Center for Plant Biotechnology at Tuskegee Uiversity: www.agbioworld.com Food and Agriculture Organization: www.fao.org National Center for Food and Agriculture Policy: www.ncfap.org/ World Health Organization: www.who.int/fsf/Documents/20_Questions/q&a.pdf 7 Para saber mais consulte: ANBIO Associação Nacional de Biossegurança www.anbio.org.br