FOLHA DO FAZENDEIRO

Transcrição

FOLHA DO FAZENDEIRO
ENTREVISTA MAURÍCIO NOGUEIRA
Rally vai mostrar a pecuária brasileira do jeito que ela é
SOLUÇÃO TOTAL EM SUPLEMENTAÇÃO
NOVEMBRO DE 2011 • ANO XIII – Nº 335 | NAS BANCAS R$ 3,50
ARQUIVO
Pantanal contribui
para o Modelo
Climático Global
FOTOS: RAQUEL BRUNELLI
Modelo será uma ferramenta para o
estudo de mudanças climáticas globais,
no auxilio da geração de cenários nas
diversas variáveis do sistema, como
por exemplo: chuva, temperatura, circulação dos oceanos, vazão dos rios,
entre outros. PÁGINA 5
VIA LIVRE
Nesta edição
Acrissul oferece curso
de pós-graduação
Adubar pasto garante maior
produtividade na pecuária
Num cenário de pastagem com algum nível de degradação, baixa lotação por hectare
e margens de lucro menor, o investimento em recuperação e adubação de pastagem
se apresenta como uma alternativa viável, porém ainda cara. PÁGINA 4
Pequenos animais,
grandes negócios
Criação de pôneis e minivacas não ocupa
muito espaço, baixo investimento e dá
bom retorno financeiro. PÁGINAS 12 e 13
Numa parceria inédita fechada
com a empresa Rehagro, a Acrissul
inicia dia 10 de novembro o curso
de pós-graduação de produção de
gado de corte. Para 2012 estão programados vários cursos técnicos.
BOLETIM ACRISSUL EM AÇÃO
2
NOVEMBRO 2011
P
RIMEIRA IMPRESSÃO
Elevar produção no campo é prioridade para setor de bioenergia
como o florescimento excessivo de boa parte dos
canaviais, fizeram com que a queda da produtividade da safra atual fosse a maior dos últimos
anos.
O setor de bioenergia brasileiro
Além isso, parte dos produtores enfrenta dise prepara para encerrar a safra
fi
culdades
para investir na renovação das áreas
2011/12 com a previsão de mode canavial por falta de linhas de financiamento
agem de cerca de 510 milhões
competitivas. O quadro atual evidencia a necesde toneladas de cana-de-açúcar
sidade imediata de investimentos na renovação
na região Centro-Sul, volume
e na expansão da área plantada, que precisa, no
8% inferior à safra passada,
segundo dados da Unica (União da Indústria de
mínimo, atingir 14 milhões de hectares em 2020
Cana-de-Açúcar).
para abastecer o mercado
Esse resultado demonsbrasileiro.
tra que a área plantada
Torna-se indispensáhoje no país, em torno de
vel priorizar a produção
8 milhões de hectares, é
de cana, ponto de partiinsuficiente para atender à
da da cadeia de valor da
Apesar de o setor
crescente demanda por etaNos próximos
bioenergético ter alcançado bioenergia.
nol, estimulada pela frota
cinco anos, os produtores
flex de 14 milhões de unium novo patamar
de etanol deverão invesdades. Esse desequilíbrio
tir maciçamente na renotecnológico, com modernas
é fruto da baixa produtivação e na expansão de
unidades agroindustriais
vidade agrícola, que sofre
seus canaviais, desenvolcom o envelhecimento dos
espalhadas pelo país,
ver novas tecnologias de
canaviais e com os impacas condições climáticas
plantio e introduzir novas
tos de variações climáticas
variedades de cana, mais
ainda representam papel
desfavoráveis.
bem adaptadas aos amApesar de o setor bioeimportante na produção da
bientes de produção das
nergético ter alcançado um
matéria-prima.
novas fronteiras agríconovo patamar tecnológico,
las, buscando alta producom modernas unidades
tividade.
agroindustriais espalhadas
Essa rápida retomada na produção de biopelo país, as condições climáticas ainda represenmassa é possível e o Brasil tem competência
tam papel importante na produção da matériapara realizá-la. A ETH Bioenergia, por exemplo,
prima. A estiagem ocorrida de abril a outubro de
tem plantado mais de 100 mil hectares de cana
2010, as condições climáticas adversas no começo
própria por ano, número recorde na história do
deste ano, combinadas com a ocorrência de duas
setor de bioenergia. O maior desafio do setor de
fortes geadas no início do último inverno, assim
JOSÉ CARLOS GRUBISICH
ESPECIAL PARA A FOLHA
DA AGÊNCIA FOLHA
bioenergia é garantir a quantidade e a qualidade de matéria-prima necessária para a produção
do etanol e a cogeração da energia elétrica com
competitividade e sustentabilidade.
A utilização de novas tecnologias, somada
à expansão da área plantada com as melhores
práticas agrícolas, permitirá que a produção de
energia limpa e renovável seja protagonizada pelo
Brasil.
JOSÉ CARLOS GRUBISICH É PRESIDENTE DA ETH
BIOENERGIA.
Jornalista lança livro na Anoreg
No próximo dia 8 de novembro, terça-feira, será
lançado na Anoreg, em Campo Grande, o livro “Reflexos sobre o nada nos Mares do Pantanal”, publicação
realizada com recursos do FMIC – Fundo Municipal
de Incentivo a Cultura, da Fundação Municipal de
Cultura. A autoria é do jornalista da Folha do Fazendeiro e Canal do Boi, Fabiano Reis. A obra traz
histórias de vivências na região pantaneira de Mato
Grosso do Sul em linguagem poética.
O livro é dividido em quatro capítulos e aborda
questões do universo do homem pantaneiro em uma
linguagem que denota a expressão simples da região
e a estética sofisticada de seus cenários. O resultado
é um texto repleto de imagens que remetem o leitor
a um universo pouco explorado. O trabalho de edição
é da Life Editora.
O livro/poema “Reflexos sobre o nada nos Mares do Pantanal” é resultado do projeto homônimo
aprovado junto ao FMIC, da Fundação Municipal de
Cultura, da prefeitura de Campo Grande, no edital
de 2010. Depois de lançado, a publicação será distribuída em livrarias da cidade e, principalmente, em
escolas públicas do Estado.
Serviço: o lançamento acontece na sede do Anoreg, localizada na Travessa Tabelião Nelson Pereira,
nº 50 - Chácara Cachoeira, entre 19h e 22h.
EXPEDIENTE
A Folha do Fazendeiro é
uma publicação mensal
da Via Livre Comunicação e Agromarketing
[email protected]
EDIÇÃO:
José Roberto dos Santos
[email protected]
TEXTOS:
Fabiano Reis e José Roberto dos Santos,
com Agência Folha
[email protected]
EDITORAÇÃO GRÁFICA
Wainer Gibim
VIA LIVRE
Comunicação e Agromarketing
CNPJ. 05.212.423/0001-99
Rua Sebastião Lima, 919
Jd. Monte Líbano – CEP 79.004.600
Campo Grande – MS
Fone: (67) 3042-7587
[email protected]
DEP. COMERCIAL E ASSINATURAS
ANA RITA BORTOLIN
(67) 3026-5014 - 9604-6364
[email protected]
3
NOVEMBRO 2011
Análise Pecuária
Novembro e dezembro devem apresentar
pouca oferta de animais terminados
FABIANO REIS
DA REDAÇÃO
FOLHA DO FAZENDEIRO
O mês de outubro
passou e a alta esperada para arroba do
boi gordo aconteceu
de forma mais lenta,
com tendência de se
acentuar nos próximos dois meses
(novembro e dezembro), por conta da
perceptível falta de matéria prima, boi
gordo terminado, o quase certo e provável aumento na demanda por carne
bovina e a resultante dificuldade dos frigoríficos em comprar animais. Além disso, vale comentar a passagem do Rally
da Pecuária no Mato Grosso do Sul e a
Rússia que reabriu o acordo de carnes
com o Brasil e outros exportadores, por
pressão dos Estados Unidos.
Os valores de referência do boi gordo em Mato Grosso do Sul fecharam outubro em R$ 95,00 em Campo Grande e
R$ 97,00 em Dourados. Entretanto, há
informações de compras com valor até
R$ 2,00 acima, se aproximando ou igualando o valor de referência de 29 de outubro de 2010, que foi de R$ 99,00 em
Campo Grande. No último ano a corrida
da indústria frigorifica foi grande e em
2011 as escalas seguem curtíssimas.
Em relação aos meses de novembro
e dezembro, devem seguir com escassez
de animais terminados, realidade que
muda a partir de janeiro, com uma maior
oferta de animais. Ao mesmo tempo a
alta da arroba do boi no último bimestre
do ano depende também da voracidade do consumo interno. Entretanto, as
festas de final de ano, férias e fatores
correlatos sempre trazem aquecimento
de consumo. Além disso, vale lembrar a
maior quantidade de recursos na praça
por conta do 13º salário, de uma taxa de
desemprego no país em setembro, que
segundo o Ministério do Trabalho ficou
na casa de 6% (melhor número desde
2004) e as contratações de final de ano.
Em resumo, o cenário é animador para
o pecuarista.
Ainda falando deste cenário, em
2011 tivemos pouca oferta de animais
terminados nos primeiros meses do
ano, fator que aconteceu pelo abate de
animais “não terminados” em outubro e
novembro de 2010, em uma tentativa de
conter os preços e manter escalas por
parte dos frigoríficos e de aproveitar o
bom momento de preço por parte dos
pecuaristas.
Rally da Pecuária
Entre os dias 28 e 31 de outubro,
duas equipes do Rally da Pecuária visitaram o Mato Grosso do Sul. A iniciativa
segue por outros estados até o dia 11
de novembro e os dados colhidos serão
apresentados no dia 29 de novembro,
na Fiesp, em São Paulo. O coordenador do Rally, Maurício Nogueira, é o
entrevistado desta edição da Folha do
Fazendeiro.
Rússia
A Rússia reabriu o acordo de carnes
com o Brasil e outros exportadores, por
pressão dos EUA, às vésperas da negociação final para sua entrada na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Com isso, os brasileiros devem ser os
mais prejudicados. Basicamente, o problema envolve a cota Hilton para o mercado russo. Pelo acordo de carnes, os
russos negociam cotas e outras regras
de acesso dos produtos em seu mercado, em troca de apoio para a OMC.
FABIANO REIS É JORNALISTA,
MESTRE EM PRODUÇÃO E GESTÃO
AGROINDUSTRIAL. APRESENTADOR DO
BOM DIA PRODUTOR/CANAL DO BOI E
REDATOR DA FOLHA DO FAZENDEIRO
Fonte: Beefpoint
4
NOVEMBRO 2011
Agronegócio S.A.
Adubação de pastos traz bons resultados para pecuária
O que antes era visto como mera despesa e desnecessária pelo pecuaristas, hoje é considerado um investimento
M
elhorar a produtividade do
pasto é um fator fundamental
para aumentar a rentabilidade
de propriedades rurais que trabalham
com a pecuária. E em um cenário no
qual há pastagem com algum nível de
degradação, baixa lotação por hectare e
margens de lucro menor, o investimento
em recuperação e adubação de pastagem se apresenta como uma alternativa
viável, porém ainda cara.
Soma-se à descrição acima as muitas restrições ambientais que impedem
a abertura de novas áreas forçam o manejo intensivo das pastagens, que inclui
a calagem, correção de solo, gesagem
e adubação corretiva. Segundo o enge-
ARQUIVO
nheiro agrônomo Jânio Fagundes Borges, os resultados são evidentes quando
há uma boa formação, o que reflete posteriormente na retirada de arrobas de
carne da pastagem. “O processo deve
ser respeitado para haver a boa formação. Quando partimos de uma área bruta
deve-se considerar o preparo, correção
de solo calcário, colocação de gesso,
a fosfatagem e a adubação periódica.
Depois deste processo, ainda há vários
cuidados”, destacou.
Adubar é investir
Segundo o coordenador do Rally
da Pecuária, Maurício Nogueira, o
que costumava ser visto como despesa
Pecuária sul-mato-grossense tem genética de excelência, mas peca na produção de pasto para o gado
desnecessária pelo pecuarista, hoje é
considerado um investimento. “Antes o
produtor não queria nem ouvir falar em
adubar pasto. Hoje aceita a ideia e sabe
que tem de fazer aquela área produzir.
Essa barreira foi vencida”, diz.
Jânio lembra que no campo há grande
fortalecimento na sanidade, muitos investimentos na genética e, na nutrição a pasto, não existem os mesmos patamares.
“Temos genética de excelência, mas não
temos nutrição compatível com este mesmo padrão. A pastagem precisa acompanhar o processo evolutivo”, afirmou
o agrônomo. Opinião compartilhada por
Nogueira que afirma que tradicionalmente o produtor prefere investir em ganhos
zootécnicos (sanidade, nutrição e genética), que dão retorno mais rápido. “Já o
retorno do investimento agronômico, que
inclui a melhora de pastagens, demora
mais, mas eleva a produtividade, o que
dá fôlego para mais investimentos.”
Mauricío Nogueira calcula que uma
reforma de pasto, que inclui o replantio
do capim, custe em torno de R$ 3.500
por hectare; a recuperação varia de R$
1.800 a R$ 2.200 por hectare. Segundo
o agrônomo Alberto Bernardi, da Embrapa Pecuária Sudeste, na reforma da
pastagem, o produtor vai retirar as plantas, preparar o terreno, fazer curvas de
nível, corrigir o solo, adubar e semear o
novo capim.
Entretanto, se a opção for pela recuperação, a forrageira que já está na
área é mantida e faz-se correção do solo,
adubação e ajuste do manejo da planta
(carga animal, altura de pastejo, etc.).
“Importante ressaltar que a melhor forma de verificar a necessidade de calcário e adubo é fazer uma análise de solo”,
diz Bernardi.
Jânio Fagundes destaca que na integração lavoura pecuária há os melhores desempenhos. “É uma maneira
interessante de se ter a recuperação,
apresenta resultados de 18@ até 20@
de carne por hectare. Entretanto, a assistência técnica é fundamental neste
caso. Vale lembrar que é necessário e
prudente devolver a riqueza para a terra, evitando a prática de uma pecuária
deficitária”, explicou.
5
NOVEMBRO 2011
M EIO AMBIENTE
Pantanal contribui para o Modelo Climático Global
A aplicação dos modelos que estão sendo iniciados para o Pantanal já foram utilizados para a região Amazônica
A
tualmente o Modelo Climático Global,
composto principalmente por dados de
países localizados em regiões de clima
temperado, não representa bem o clima das
regiões tropicais. A fim melhorar o Sistema
Climático Global, o Brasil está desenvolvendo, por meio de diversas instituições públicas
nacionais e internacionais, coordenadas pelo
Inpe - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Modelo Brasileiro do Sistema Climático
Global, baseado em dados de países localizados em faixas tropicais. Este Modelo conterá
diversas informações dessas regiões, específicas, completando as lacunas hoje existentes.
Na região Pantaneira as pesquisas vêm
sendo realizadas em parceria com a Embrapa Pantanal e segundo a pesquisadora do
Inpe Luz Adriana Cuartas, responsável pela
Modelagem na região, sem os dados e os
conhecimentos existentes na Unidade, seria
impossível a aplicação e desenvolvimento de
um modelo comunitário, que outros pesquisadores poderão utilizar.
Segundo a pesquisadora este modelo será
uma ferramenta para o estudo de mudanças
climáticas globais, no auxilio de geração de
cenários nas diversas variáveis do sistema,
como por exemplo: chuva, temperatura, circulação dos oceanos, vazão dos rios, entre
outros. Segundo o pesquisador da Embrapa
Pantanal, Carlos Padovani, o Modelo é com-
FOTOS: RAQUEL BRUNELLI
posto por três grandes Componentes: Oceano, Atmosfera e Superfície: ”No componente
superfície a hidrologia das áreas inundáveis
“Pantanais e Várzeas” tem sido pouco estudadas. A parceria com a Embrapa Pantanal
é para desenvolver a modelagem hidrológica – Dinâmica da quantidade e qualidade de
água”, completa Padovani.
A aplicação dos modelos que estão sendo
iniciados para o Pantanal já foram utilizados
para a região Amazônica. “Com esses modelos, teremos capacidade e autonomia para
gerar cenários futuros confiáveis, de modo
que o país possa se preparar para enfrentar
os fenômenos climáticos extremos”, concluiu
Luz Adriana.
Modelo trará informações que irão preencher uma
série de lacunas existentes hoje sobre a região
6
NOVEMBRO 2011
Dia de campo apresenta desenvolvimento
genético e importância da nutrição animal
Sede foi a Jóia da Índia, central com história de 40 anos de seleção na pecuária
N
o mês de outubro a Central
Jóia da Índia realizou um dia
de campo no qual apresentou
suas instalações, através dos grandes
reprodutores que compõem a bateria
da central. O evento reuniu cerca de
60 criadores que tiveram contato com o
trabalho desenvolvido pela Central.
“O evento obteve um grande êxito,
os criadores tiveram a oportunidade de
entrar em contato com animais de alto
valor genético. Ficaram cientes que podem ter acesso ao trabalho através da
técnica de IATF”, disse José Eduardo
Duenhas Monreal, supervisor da Tortuga, lembrando que a empresa falou sobre como a nutrição é um dos alicerces
para o desenvolvimento genético.
O trabalho de seleção da Central
Jóia da Índia remete a uma história
iniciada há quase 40 anos no município de Miranda, onde o foco principal
era a produção de touros para aquela
DIVULGAÇÃO
Evento trouxe oportunidade de o produtor rural entrar em contato com animais de alto valor genético
região do Pantanal, em atendimento à
grande demanda que havia na região na
época, entre os grandes compradores
encontravam-se as tradicionais famílias
Rondon, Barros Maciel, entre outras.
“Nosso trabalho como selecionador começou neste período, posteriormente
começamos a investir forte no sangue
VR, o melhor criatório de Nelore PO
da época, inserindo estes animais de
excelência genética em nosso rebanho,
fazendo grandes aquisições fomos os
maiores compradores de animais gerados a partir do trabalho de Torres
Homem”, afirmou Carlos Novaes Guimarães, diretor da Central.
De família tradicional na pecuária,
Carlos Novaes sempre teve um forte
contato com o meio rural e, durante o
período de estudos, se habituou a passar férias e finais de semana na fazenda. “A Jóia da Índia é a síntese de tudo
que aprendi, aqui trabalhamos com
seriedade, dedicação, concentração no
trabalho, tecnologia e como foco principal a democratização desta grande
genética que ofertamos a nossos clientes”, disse.
A Central Jóia da Índia, hoje detentora de um dos maiores bancos genéticos do Brasil coloca à disposição do
criador uma extensa bateria de animais
provados. Hoje se encontra em coleta
mais de 60 touros e a listagem de reprodutores com sêmen disponível ultrapassa 500 exemplares entre todas
as raças bovinas de corte e leite. Na
época quando houve a importação de
reprodutores de raças européias fomos
um dos maiores investidores fazendo
mais de 30 importações, declarou Carlos, lembrando que a finalidade era
a comercialização do sêmen destes
reprodutores, buscando a heterose, a
produtividade e a democratização da
genética.
7
NOVEMBRO 2011
Carne bovina deixa de ser vilã para o coração, diz pesquisa
Falta de informação relacionada a excesso de consumo e escolha de cortes com gordura contribuíram para criar a imagem nega-
P
rodutores, médicos e consumidores
podem comemorar: a carne bovina
faz bem para a saúde humana. Considerada vilã por muito tempo, a carne
do boi a pasto ou confinado foi testada e
aprovada mostrando que a falta de informação, o excesso de consumo e a escolha
de cortes com gordura, associados a hábitos poucos saudáveis, eram responsáveis
pela sua imagem negativa.
Em setembro, durante o 66º Congresso Brasileiro de Cardiologia, em
Porto Alegre (RS), foi apresentado o
resultado de uma pesquisa desenvolvida no Instituto Cardiológico do Rio
Grande do Sul, realizada com 70 voluntários, divididos em dois grupos. Sob
a organização do Dr. Iran Castro, coordenador de normatizações das diretrizes
da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o
experimento teve a duração de cinco semanas e um grupo recebeu diariamente
125 gramas de carne vermelha de gado
criado a pasto e o outro comeu a mesma
quantidade, porém de gado confinado,
engordado mais rapidamente em estábulos e alimentado com ração. Ambos
receberam carne magra durante todo o
período.
Os resultados mostraram que não
ocorreram diferenças significativas no
teor do colesterol sanguíneo e demais lipídios nas pessoas que consumiram carne
de bovinos criados a pasto ou confinados.
A suspeita maior era que o animal confinado, por ter um maior teor de gordura
saturada e colesterol, poderia transmitir
para o consumidor uma concentração
maior de gordura sanguínea.
Outras diferenças foram observadas
como, por exemplo, o teor lipídico sanguíneo nos diferentes cortes gordurosos
e magros da carne bovina: filet mignon
X picanha, patinho X cupim ou costela.
Foi constatado também que o teor de
gordura é maior na carne processada
(embutidos) do que no produto in natura.
Outro ponto a ser destacado é que estudo
demonstrou que a carne proveniente de
animais taurinos concentra maior quantidade de gordura e colesterol do que a
carne proveniente de raças zebuínas.
A conclusão final deste trabalho científico brasileiro vem confirmar o apontamento de recentes pesquisas realizadas
no exterior. Recentemente o cardiolo-
gista Kevin J. Croce da Universidade
de Harvard (USA) publicou na revista
Circulation no final de 2010 um estudo
sobre os impactos da carne vermelha
na saúde humana realizado com 56 mil
pessoas. Resultado: a carne bovina não
causa qualquer malefício à saúde humana, desde que consumida sem gordura e
em quantidades moderadas, em torno de
150 gramas/dia.
De acordo com Nabih Amin El Aouar,
pecuarista, médico cardiologista e diretor
social e marketing da Associação Capixaba dos Criadores de Nelore (ACCN)
que esteve presente no Congresso “Esses estudos representaram um grande
avanço na tentativa de desmistificar essa
conceituação errada e inadequada, como
também transmitir informações para os
profissionais de saúde e para a população
em geral da credibilidade e segurança
no consumo moderado da carne bovina
magra, além dos enormes benefícios que
traz para a saúde humana”. Para Nabih,
o tema faz parte da programação do 3º
Congresso Capixaba de Pecuária Bovina para a conscientização da população
sobre esses atuais conceitos.
A ACCN realiza em novembro, o
3º Congresso Capixaba de Pecuária
Bovina, e um dos temas abordados
será O Impacto da Carne Bovina Sobre a Saúde Humana, ministrado pelo
Dr. Marcelo Chiara Bertolami, diretor
de divisão científica do Instituto Dante
Pazzanese de Cardiologia do Estado de
São Paulo. A palestra vai abranger doenças cardíacas e arteriais provocadas
pelo aumento das taxas de gorduras sanguíneas (colesterol, gordura saturada,
gordura trans). O evento será realizado
entre os dias 16 a 19 de novembro, no
Cine Teatro da Universidade Vila Velha
(UVV), no Espírito Santo e é voltado para
estudantes de ciências agrárias, pecuaristas e profissionais do setor da cadeia
produtiva da carne.
A programação completa e a ficha de
inscrição estão disponíveis no www.
visioneventos-es.com.br. Mais informações
podem ser obtidas pelo telefone
(27) 3019-067.
8
NOVEMBRO 2011
FEVEREIRO 2011
ARQUIVO
Análise
Clima adverso causa pressão
no mercado global de açúcar
Até a FAO criticou o Brasil pela redução da produção,
mas a seca é um fator que foge ao controle dos produtores
PLINIO NASTARI
ESPECIAL PARA A FOLHA
DA AGÊNCIA FOLHA
Enquanto o clima extremamente seco no Brasil
deve fazer a produção de açúcar
deste ano -Centro-Sul mais Norte-Nordeste- cair
para 34,9 milhões de toneladas (38
milhões em 2010), o clima também
tem levado a resultados mistos em
outros países, não oferecendo compensação satisfatória para a perda
registrada em nosso país.
Até a FAO (braço da ONU para
a agricultura e a alimentação) chegou a criticar o Brasil pela redução
da produção, no momento em que
os estoques mundiais continuam
pressionados, sem compreender
que é uma condição fora do controle dos produtores.
O México também sofre com a
estiagem, tendo postergado o início
da safra em um mês, para novembro. Já se prevê queda de 30% nas
exportações de açúcar em relação
ao ano anterior, quando foram produzidos 5,18 milhões de toneladas
(1,3 milhão exportadas). O principal cliente, os EUA, também não
tem apresentado perspectivas de
recuperação na produção, e, caso
esse cenário se confirme, é certo
que deverá anunciar cotas adicionais de importação.
Dentro desse quadro, a Colômbia é um dos países com expansão
mais promissora. A moagem alcançou 15,4 milhões de toneladas de
cana até agosto -aumento de 13%
sobre igual período do ano ante-
rior. Estima-se que o país produza
2,25 milhões de toneladas de açúcar em 2011, 8,3% mais do que em
2010.
As exportações atingiram 595
mil toneladas, volume 33,7% superior ao de 2010, mas ainda insuficiente para compensar as perdas
registradas no Brasil.
Na Austrália, que conta com
28 usinas em operação, metade
delas planeja encerrar suas operações já neste mês por falta de
matéria-prima. Estima-se que 28,5
milhões de toneladas de cana sejam esmagadas em 2011/12, ante
33 milhões de toneladas no ano
anterior.
Apesar do recuo na disponibilidade de cana, fruto das fortes
chuvas em 2010 e início de 2011,
a produção australiana deve subir modestamente de 3,6 milhões
para 3,8 milhões de toneladas em
2011/12, pela melhora na concentração da sacarose na cana-de-açúcar.
No Brasil, a recuperação dos
canaviais deve levar três a quatro
anos, mas abre a oportunidade de
implementar uma maior harmonização das variedades de cana disponíveis e os diferentes ambientes
de produção agrícola, melhorando
a produtividade agroindustrial. A
indústria brasileira já deu mostras
de sobra de sua competência em
superar reveses, e agora é apenas
uma questão de tempo até que a
produção de cana, de açúcar e de
etanol volte ao normal.
PLINIO NASTARI É MESTRE E
DOUTOR EM ECONOMIA AGRÍCOLA
E PRESIDENTE DA DATAGRO
CONSULTORIA.
Projeto inédito usará o bagaço da cana como fonte de energia, atendo cidades próximas às usinas
Usina movida a biomassa de
cana poderá atender cidades
de Mato Grosso do Sul
Bioeletricidade sendo produzida em uma unidade sucroenergética
UNICA
Um conjunto de cidades abastecido
com energia elétrica sustentável, produzida a partir do bagaço de cana-de-açúcar. O projeto inédito deve sair do papel
graças ao trabalho conjunto da Usina
Vista Alegre, do Grupo Tonon Bioenergia, e da Enersul, distribuidora de energia elétrica no Mato Grosso do Sul (MS).
A idéia é fornecer este tipo de energia,
limpa e renovável, a municípios próximos
à usina quando surgirem imprevistos no
sistema de fornecimento da região ou
mesmo para a manutenção preventiva
ou corretiva.
O gerente em Bioeletricidade da
União da Indústria de Cana-de-Açúcar
(UNICA), Zilmar de Souza, lembra que
a bioeletricidade tem um potencial de
mais de 13 mil MW médios no Brasil,
equivalente a quase três usinas como a
de Belo Monte. “Significa uma reserva
energética instalada principalmente no
coração do centro consumidor do País,
que evita custos de transmissão e com
balanço francamente favorável em termos de emissões evitadas,” afirmou.
Segundo ele, exemplos como o da Usina
Vista Alegre e da Enersul “ajudam na garantia do fornecimento local, sobretudo
quando há instabilidade no sistema elétrico”. Em maio foram realizados testes
para o fornecimento de bioeletricidade
pela Usina Vista Alegre a cinco cidades
e um distrito do Mato Grosso do Sul:
Jardim, Bela Vista, Caracol, Nioaque,
Porto Murtinho e Conceição, no distrito
de Nioaque. Os testes apresentaram resultados satisfatórios de estabilidade e
qualidade da energia e farão parte de um
estudo que será apresentado, por técnicos da Enersul e da Usina Vista Alegre,
no XXI Seminário Nacional de Produção
e Transmissão de Energia Elétrica, que
acontecerá entre 23 e 26 de outubro, em
Florianópolis (SC).
Solução técnica
Segundo Souza, a possibilidade de
usinas sucroenergéticas atenderem
determinadas regiões, no caso de uma
interrupção do fornecimento de energia
elétrica pela distribuidora, pode ser vista
como uma solução técnica ideal, principalmente ao consumidor.
Para Marco Janduzzo, um dos autores
do estudo pela Usina Vista Alegre, “a possibilidade para a Enersul significa maior
flexibilidade para desligamentos programados ou não, mantendo assim a continuidade no atendimento de seu mercado
e consequentemente evitando o desgaste da imagem da distribuidora perante
a sociedade. Para a Usina Vista Alegre,
além de manter seu processo interno de
produção, o projeto possibilita exportar
seu excedente de energia elétrica e ao
mesmo tempo beneficiar as comunidades
onde a mesma está inserida.”
9
NOVEMBRO 2011
FEVEREIRO 2011
Novembro tem vacinação
contra febre aftosa em MS
N
esta etapa de imunização de
bovídeos contra febre aftosa
em Mato Grosso do Sul o pecuarista vai adotar uma nova ferramenta
para declarar a vacinação: a internet.
A mudança faz parte do processo de
evolução e modernização da defesa
sanitária estadual que vem sendo implantado há três anos em Mato Grosso
do Sul. “Trabalhando por uma pecuária
moderna e em desenvolvimento, gradativamente estamos adotando ferramentas de gestão que nos permitem um
maior controle e segurança, além de
agilizar processos, proporcionando ainda mais comodidade aos proprietários
rurais”, destaca a diretora presidente
da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal (Iagro), Maria Cristina
Carrijo.
Calendário
REGIÃO DO PLANALTO: 01 a 30
de novembro - vacinação de todo o re-
banho bovino e bubalino, independente
da idade
REGIÃO DA ZONA DE FRONTEIRA (antiga ZAV): 01 a 30 de novembro
- vacinação de todo o rebanho bovino e
bubalino, independente da idade
REGIÃO DO PANTANAL (optantes
etapa novembro): 01 de novembro a 15
de dezembro - vacinação de todo o rebanho bovino e bubalino, independente da
idade.
Em todas as regiões o produtor
tem ainda o prazo de 15 dias após o
término da campanha para realizar a
declaração e entregar dos documentos
em qualquer escritório da Iagro.
Os pecuaristas das Regiões do Planalto e Fronteira iniciam nesta etapa a
declaração da vacinação pela internet,
e já não precisam mais se dirigir aos escritórios da Iagro para realizar o mesmo
procedimento, como era de costume.
PROMOÇÃO
ESPECIAL PARA PASTAGENS
COMPOSTO ORGÂNICO MINERAL
Fertilizante Mineral Complexo com M.O. 40%
P2O5 9%; N 2%; K 2%; Ca 12%; Mg 8%
(farelado/ensacado)
R$ 420,00/ton. + Frete
FOSFATOS
Fertilizante Mineral Simples com
P2O5 TOTAL 20%; Sol. CNA+ H2O 18%;
Ca 16%; S 3%; Mg 2%
(farelado/ensacado)
R$ 577,00/ton. + Frete
PROMOÇÃO VÁLIDA ATÉ 15/12/2011
Consulte-nos para maiores informações.
(67) 3383 5620
10
16
NOVEMBRO 2011
FEVEREIRO 2011
Som de Cerrado
Dupla traz a levada do sertanejo universitário há 14 anos
DIVULGAÇÃO
J
untos na estrada desde 1997, Jorjão & Rafael (Os Filhos de Campo
Grande), foram os primeiros a tocar
as tradicionais canções sertanejas em
um ritmo mais acelerado, mesclando
solos de violão com acordeon: denominado hoje como Sertanejo Universitário.
Por onze anos consecutivos, o
grupo animou ininterruptamente as
barracas universitárias de veterinária, agronomia e zootecnia, instaladas
na Expogrande – maior feira agropecuária do Estado.
O primeiro registro do que já vinham tocando desde o final da década de 90, aconteceu no ano de 2001,
durante uma apresentação na Chopperia do Rádio Clube, tradicional
ponto sertanejo da cidade, na época.
O show foi gravado em CD que se espalhou por outros estados, além de
Mato Grosso do Sul.
Com o passar dos anos, Jorjão &
Rafael foram cada vez mais ganhando projeção no cenário musical por
toda a região e influenciando novas
duplas. Sempre procurando inovar,
inclusive tocando músicas de outros
estilos com uma roupagem sertaneja,
sem perder a sua essência. Hoje grande parte das duplas está fazendo isso,
o que mostra que o sertanejo pode
englobar vários outros estilos e que
a dupla estava seguindo pelo caminho
certo.
Mesmo se dedicando à música, Jorjão concluiu a faculdade de Medicina
Veterinária e Rafael a de Jornalismo e
a de Direito. Por terem sido universitários eles sabem bem o gosto do público, o que facilita na hora da escolha
do repertório.
Entre as músicas que marcam a
carreira da dupla estão “Cansei de Sofrer” e “Falando de amor”, ambas de
autoria própria. Assim como também
a recém lançada “Miragem”, que está
tocando nas rádios. Outro destaque é
“Saudade de mim”, de autoria de Divaney e Matogrosso (Mathias).
Além do CD gravado na Chopperia
do Rádio Clube, a discografia de Jorjão
e Rafael inclui ainda as obras Falando
de amor (2004), Dez anos de sucesso
(2007) e Violada universitária (2009).
Todos os CDs, inclusive o mais recente
gravado ao vivo em uma violada em
Campo Grande, podem ser baixados
no site: www.jorjaoerafael.com.br
67 9985-2155
67 3357-3043
ÇO 201
1
www.folhadofazendeiro.com.br
Mais rural do que nunca
;
dia 14
ortões sição
seus p a expo
1 abre histórica d
1
0
2
e
dição
rand
Expog l garante e
Acrissu
.br
ssul.com
www.acri
MUDAMOS DE ENDEREÇO
Fone: (67) 3042-7587
VIA LIVRE
Comunicação e Agromarketing
Rua Sebastião Lima, 919
Jd. Monte Líbano – CEP 79.004.600
Campo Grande – MS
DEP. COMERCIAL E ASSINATURAS
ANA RITA BORTOLIN
(67) 3026-5014 - 9604-6364
[email protected]
[email protected]
www.agroline.com.br
ave atr
erto! avessando
suas
féu núm
narina
s.
ilingue ero um,
era um para o
ficava
caç
PÁGINAS 2 e 3
quase pobre e ari aJçÄ«Ê —› 2011 •
toda
sco
ANO XIII – Nº 330
minha sempre
no
| NƒÝ ƒÄ‘ƒÝ R$
enas
3,50
uma vida de me sovez
MƒÙ–Ê| E—®–‡Ê EÝ֛‘®ƒ½
nino—› 2011
cada
R$ 3,50
, realizeMƒ®Ê
• ANO
XIII – Nº 329 | Ne
NƒÝsta
ƒÄ‘ƒÝ R$ 3,50 | E—®–‡Ê EÝ֛‘®ƒ½
– NAS BANCAS
passarXIII
—› 201
Nº 325
edição
i est
pequen• ANO
1 • AN
inh–o
FEVEREIRO DE 2011
abatido a
o cor
O XII I
ladeir
te tra
– Nº 326
nsvers ,
a.
No
Nesta edição
7 de junho, entre
®ƒ½ dia
| NƒÝ
ntiroso OÊbom
al
EÝ֛‘
atir
19
ƒÄ‘ƒÝ
horas,
e
,
22
E—®–‡
a
|
aador,
(Associação dos
dessas gendores
te con Acrissul
R$ 3,5
ƒÝ R$ 3,50
Criade Mato
hec
0
maARQUIVO
| NƒÝ ƒÄ‘
Grosso do Sul)
ia
rqu
os o
realiza
inh
– Nº 328
assembl
est
XIII
as.eia geral para
eleger a nova
para ilingue
2011 • ANO
pendu, que irá dirigir
exi diretoria
AÙ®½ —›
3,50
os
.com.br
destinos da
hos que birentidade
R$
a
8
crissul
qua
A
‘ƒÝ
de
www.a
2013. Duas chapas
ƒÄ
matáv nti- 2011
PÁaGIN
eito,
FOTOS
| NƒÝ
amos.m ao pleito.
VIA LIVRE
ace concorre
de mesclar dinâmia tradição
EM AÇÃO
– Nº 327
ComACRISSUL
çinha” rtei na asa
palestras
XIII
icos,
tecnológ
entes
1 • ANO
Emcas ou roteiros
ares - eram as ,
Natural de São
—› 201
O colégio de ex-presid
e usa
na mesma ocasião,
exGabriel do Oesu o projeto
entre
AÙ®½
e mini-cursos
das par
te, a cantora
conhece
promove
de 26
da Acrissul
de Corte
a
sua
brapa-Gado
placa seus sucessos anos já emA 25Depde
mudanças profevereiro, na
hoje
25 utado
e aprovou as
PÁGIN
no cenário
23 e tra
cob
os dias
nacional. PAGINA
acontecer no
no dia fedaera
VI Dinapec,
EDIÇÃO
ra nos iço um
37
gramadas para
14 de l fará pale
o novGrande,
NESTA
es Laucídio
sede em Campo
talg
smarço ver
o produtor
o Cód
deigo
a matar ia. Só
dade
Parque de Exposiçõ
sob
Brade
com
uma oportuni
14
ran
re
Flor
direto
sile
pas
PÁGINA
og
contato
esta
iro.
Coelho.
da, min saril 5
s Exp
tecnologias, em PÁGINAPÁGINA
VIA LIVRE
as
dores. 11
Show
gos. Os ha boa
ão guzerá
técnicos e pesquisa
rique
alvos?, grande campe
Zé Henrilel
manga
16
DER, 21 meses
PÁGINA
Isidoro do madu& Gab
abril
derrub
Teló
quinta
ar laPÁGIN
Michel
inda
A 20
co
cor
abril
Vapor da
tre. Flo tar
João Bos
grande
sexta
cius
ogrande
Rancharia,
cavalo
Reunidos em assembléia geral,
abrilado & Viní da
ereço res
campeão eiro
Shows Exp
aos
pantan
sáb
os associados da Acrissul aprovaAmann da HP
ue ma
igos
Raul
tei Fazenda São Marcos do Inim o Pena &
ram no dia 10 de maio a prestação
Hugo e
ique PÁGINA 10
do, em Corguinh
Hug FunabrilundaRiacho
de contas da gestão do presidente
Pedro Henr
Gabriel - l
abril
segé uma proprieda
ÇA! de diferenciada o, MS,
ndo
Francisco Maia. A diretoria apro& Ferna
por conta da tecnologi
o e Raurique
terça
empregada e
br
aHen
Finalida Hug
veitou e fez um balanço de suas
o seu profissio
Munhoz no
Pedro ando
25
nalismo.
il
de
PÁGINA
Com
abril
uma área de 2.149
seri Fern
abrproa
de
& Maria
atividades durante os dois anos
a promo
hectares
vas de &, ageterç
A agr
quarta
orreferenciada,
hoz
e out
de mandato, que termina em juMun
a fazenda
canchim gan
rt
ho iano ção Com o 3º maior
cresce opecuá
ras
adultotem
Resta
números
que impressio
rebanho de corte
ão tourome abril visa
ria foi
ndo&oMarde peso sendoabril
campe
nam.
nto genrta em
do País, Mato Grosso nho, quitando dívidas superiores
É a personag
PIB do u nos últ
umta
melho
gigante naoprodução
a ativid
lda, grande
quin
coluna
Esmera
éƟco. da
Fazenda Modelo. qua
imo
Brun &
Sul
adoR$
3 milhões
permanee,
de animais, atual
FeiƟço da
Restart ra- eventos de grande
cehoje, a entidaPÁGINA
lores setor, que s dez ano ade que
one
abril
Neto, genética e carne.
relevânc
abril 18 PÁGINA
Marr
Coelho
mo
&
iaao
14
certidão
repres
Sde temNeste
movimen
Laucídio
s. A mé mais
Embrapa desenvolve e transfere tecnoO Brasil precisaria
de
menos 15
mêsnegativa e creMUDANÇA
tamnovas
AS
Bruno
sexta
quinta
todo
de Castro Rondon,Santana AVAL PARA
Indústria nacional ços pro netários
o setor.dibilidade
ent
NESTA EDIÇÃO
dia do
Neto, Cândido usinas produtoras
em todos os âmbitos.
il de
logias para que os produtores rurais adoCorrêa Andrade:
critica aduz
exclusivamente de álcool
Marrone
ÃOMoraes
apo
abr
Benjamin Luan
idos, de todos a a soma
,
invasão
estrangeira de
abril
Ântônio
EDIÇ
nta um
Maia,
tanae Flávio
no per
KA do Pingado
BOLETIM ACRISSUL EM AÇÃO
os ben em vadoem funcionamento - para aumentar a
NESTA
San
touro
tem práticas agrícolas sustentáveis, como
sexta e Francisco
- e já
implemen
PÁGINA máquinas
sába
president
quaento
cre
campeãonelore
agrícolas
íod
tos
Luan
s
no país.
033 26
jovem
6 PAGINA 13
abrilado
o plantio direto na palha (foto). PÁGINA11
12
o PIB scimento o de 200 e servioferta do combustível.
9-9PÁGINA
mocho
302
de
33
0a
anu
s:
geral
PÁGINA
sáb
3,59%
çõe
-90
do paí al de 3,6 2010,
(médi
3029 Informa
a tradiçao da feira.
7%, ens mo
a por
açõ11es:
Projeto reconhece
stra
INA
ano
orm
ava
PÁG
Inf
). PÁG
INA 14 nço
A 13
Confinamento Malibu
www.leiloboi.com.br
Acrissul realiza eleiçã
no dia 7 de junho o
GC
Embrapa-CNP
o de ove Dinapec
prom
vã
Ex-presidentes
entos sul a 25 em MS
to
ris 23
Julgam na Acde
aprovam proje
Acrissu
hã’
l lan
14 a 23
Ex
‘Acrissul Aman
a
pogra ça a
lev
l Aldo Re nde e traz
Max QM
belo dia
Leilão para tatersa
es
14
58 lot
14
de
g Horse ven
Leilão Kin 75 mil
égua a R$
Nesta edição
Nesta edição
Izabella Costa é a nova
promessa do sertan
ejo
AGRO
Associados
aprovam contas
da Acrissul
NE
Brasil GÓCIO S/A
de carn corta vend
as
e para
o Egit
o
Fazenda São Marc
os
Agro
15
é um mode
Maia
D deaMS
MSre
16 lo em
o seto pecuária é
área da ivindica Pecuáriain
pecvive
a fronteira de
modes
s
OIE reconhece livre de aftosa 18 para a AcEmbrap19
cresce r que mais
a senƟd
straafio
rissul aentre qua
rv
área
o
u na d
ade
te
com
iç
MS
o deaqua
decn gia
Tecnologias ajudam
20 Demanda por etanol
écada
19
aglida
riaschinesa ameaça
ropec olooIndúst
a proteger o solo lei 20
21 Cexige mais 15 usinas
uárimerca
do de máquinas
em
s
va mudança
a
22 inza de
õe
21
pe
nde
m
Câmara apro
ogra
b
ca
agaço
ws na Exp
22
ros
23
e permite shoprimei
d
MS enfrenta baixa oferta de gado magro
23
ra
de define lco da primcaeina
l Nelore
Expogran
é pa oGena
néƟcio
po
grande mpeã
Exapocoomdaca
MS Ex
º conted
içã
24a
néeƟc
geov
Expoom
l CG pr
dia 18
to Rura ologias PÁGINA
Sindica ro de Tecn
Encont
5
PÁGIN
e cana
subsƟ
tui are
ia
no co
ncreto
PÁGIN
A 20
11
17
NOVEMBRO 2011
FEVEREIRO 2011
MARCIA RIBEIRO/ FOLHAPRESS, REGIONAIS
Instituto cria novas espécies para o cultivo
DE RIBEIRÃO PRETO
Sala de inoculação (depósito de ovos da vespa Cotesia flapides na broca da cana de açúcar, a praga da cana)
A AGRO&ENERGIA
Usinas de cana investem em
pesquisas de laboratórios
Com o aumento da demanda por álcool, objetivo das
empresas é trazer maior produtividade à área plantada
ELIDA OLIVEIRA
DE RIBEIRÃO PRETO
DA AGÊNCIA FOLHA
Com a alta demanda por álcool e os
preços atrativos do açúcar no mercado internacional, as usinas investem em estratégias que tragam maior produtividade à
área plantada. Para isso, avançam sobre
a área científica. A Raízen -joint venture entre Cosan e Shell e terceira maior
produtora de etanol do país- investe em
laboratórios de pesquisa para o controle
biológico de pragas de cana-de-açúcar.
No mês passado, a empresa fechou
parceria com a americana Codexis para
desenvolver leveduras e enzimas que
melhorem o processo de fabricação de
etanol -a pesquisa será feita nos Estados
Unidos. No Brasil, a Raízen está expandindo em 40% o biolaboratório de Guariba (337 km de SP), que vai abastecer
as plantações da região de Araraquara
(273 km de SP).
Com o controle biológico, as usinas
conseguem reduzir em 35% os custos no
manejo das pragas e aumentar a produtividade em até 10% -além de agregar o
apelo da sustentabilidade na cultura.
“É uma prioridade, não só pelo custo.
O controle biológico rende melhor que o
químico e agrega valor de sustentabilida-
de à empresa”, disse o diretor de produção da Raízen, Cassio Paggiaro. Os biolaboratórios produzem fungos e insetos que
controlam pragas como a broca da cana e
a cigarrinha-da-raiz, disse Paggiaro. Eles
entram na cadeia de desenvolvimento da
planta, como preadores naturais dos organismos que fazem mal ao crescimento
da cana. Além dessa unidade, a Raízen
tem outros sete laboratórios espalhados
pelos Estados de São Paulo e Goiás -o
primeiro foi criado em 1973.
Segundo a Raízen, são 130 milhões de
vespas produzidas todos os meses nessas
unidades para o controle da broca e 13
toneladas de fungos para evitar a proliferação das cigarrinhas-de-raiz. Outra
usina que investe em biolaboratorios é
a São Martinho, de Pradópolis (315 km
de SP), que inaugurou no início do mês
uma unidade que vai produzir fungos
para combater a cigarrinha. De acordo
com a São Martinho, o investimento feito foi de R$ 820 mil para a produção de
dez toneladas de fungos. A empresa também estima que a redução de custos no
manejo será de 30%. A busca das usinas
por maior produtividade tem origem na
crise do setor. Nesta safra, a quebra da
produção nas lavouras de cana-de-açúcar
chegou a 27,5%.
Os investimentos em pesquisa em
cana não ficam restritos apenas ao
controle de pragas. O IAC (Instituto
Agronômico de Campinas) leva a ciência para a plantação ao interferir
em cruzamentos genéticos para criar
novas espécies. O objetivo, de acordo com o pesquisador e coordenador
do Programa Cana do IAC, Marcos
Landell, é desenvolver outros tipos
de cana-de-açúcar mais adaptados
às necessidades atuais e futuras,
como maior resistência ao clima ou
mais biomassa. Segundo Landell,
neste ano serão produzidos 400 mil
tipos de cana diferentes a partir de
cruzamentos feitos na nova área de
pesquisa do instituto na Bahia.
O período de hibridização da cana
vai de abril a outubro, quando a planta floresce e os pesquisadores usam
a flor para polinizar espécies. Pesquisas, feitas há mais de dez anos, permitiram que fossem desenvolvidos
tipos de cana que produziam mais
álcool por hectare -de 60 litros para
cerca de 100 litros do combustível,
segundo Landell. O esforço é desenvolver novos tipos para se adaptar ao
clima seco. (EO)
12
NOVEMBRO 2011
VIA LIVRE
F AZENDA MODELO
Pequenos animais,
grandes negócios
“Fazendinha”, no Distrito de Rochedinho, dedica espaço de
22 hectares para criação de pôneis, mini-vacas e outros
Um tipo de criação pouco comum,
mas que surpreende ao olhar mais
atento. Os mini-animais, como pôneis
e bovinos, remetem a um mundo que
às vezes passa desapercebido pela
própria produção rural, mas que apresenta rentabilidade e encanta, principalmente as crianças.
E é voltado para este público que
foi montada em Rochedinho, cerca de
17 quilômetros de Campo Grande, a
Fazendinha MS, um espaço de 22 hectares dedicado à criação de pequenos
animais, um local no qual diversas es-
pécies como coelhos, gansos, frangos,
entre outros animais convivem de forma livre. “A área foi adquirida no começo deste ano e desde então estamos
trabalhando na sua formação, nossa
intenção é ser um espaço para receber a família, crianças principalmente,
para passearem com os mini-animais”,
disse o criador e proprietário da Fazendinha MS, Dante Tezza Neto, lembrando que o principal atrativo são os
pôneis.
A utilização dos pôneis, tradicionalmente, está ligada à relação com as
Entre as vantagens na criação de pôneis está o baixo custo, a docilidade e também exige pouco espaço
crianças, seja como um animal de estimação, sela ou tração, muitas vezes,
torna-se um dos primeiros argumentos para despertar nos mais jovens o
interesse pela vida no campo. Entre
as vantagens na criação deste tipo de
animal está o baixo custo de criação,
necessidade de pequenos espaços
para mantê-los e docilidade.
Dentre as finalidades do pônei se
destacam as atividades de montaria,
como provas e concursos, assim como
atividades de tração puxando carrocinha e charretes, entre outros. “A
13
NOVEMBRO 2011
Dante Tezza Neto e o filho André, de 11 anos
criação deste tipo de animal traz uma
espécie de tranqüilidade para o criador. Faz com que a criança se sinta
interessada pela vida no campo, uma
vez em que animais como o pônei ela
se sente segura e acontece a aproximação com o estilo de vida rural”,
afirmou Dante.
A relação de custo do pônei também é bastante atraente para o criador, utilizando apenas 1/3 do que um
animal convencional consome. “São
cerca de 40 quilos de ração mês em
média, além de gramíneas disponíveis
na pastagem”, disse Dante, lembran-
do que são necessárias adequações,
como cochos e bebedouros adaptados
ao tamanho do animal.
Para critério de aquisição de pôneis a Associação Brasileira dos Criadores de Mini-Horse , indica que para
montaria os animais com andamento
suave e de estrutura leve são os mais
indicados, os com mais de 90 centímetros de altura, acabam sendo mais
aproveitados pelas crianças. Enquanto
que animais de trote firme, com ação
reta, estrutura forte e boa musculatura, são os mais indicados para tração. Por outro lado, garanhões, não
são ideais para montaria, por conta
de temperamento.
A associação destaca ainda que os
Criação de cabras e ovelhas da Fazendinha MS
BRDE vai financiar construção
de indústria de ração em MS
O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE)
firmou na quinta-feira, dia 27 de
outubro, em Campo Grande, seu
primeiro contrato de financiamento
com uma cooperativa agroindustrial do Estado do Mato Grosso do
Sul. O documento que formalizou a
parceria foi assinado no gabinete do
governador sul-matogrossense, André Puccinelli, pelos representantes
do BRDE e da Cooperativa Mista de
Várzea Alegre (Camva).
A cooperativa contratou junto ao
BRDE R$ 4,1 milhões para construir
uma fábrica de ração. A unidade
será instalada mais próxima dos produtores e vai diminuir os riscos e os
custos com transporte. Atualmente,
a ração é fabricada em instalações
que estão localizadas numa área
residencial de Campo Grande, no
bairro Doutor Albuquerque. O produto feito nas instalações da Camva
é de uso exclusivo de seus 25 coo-
perados, que produzem anualmente
cerca de 20 milhões de dúzias de
ovos de galinha. A nova fábrica, moderna e automatizada, produzirá 30
mil toneladas de ração por ano.
Localizada no município de Terenos, na Colônia Japonesa Jamic, a
Camva atua na produção e comercialização de ovos, atendendo os
principais varejistas do Mato Grosso
do Sul. Os dirigentes da cooperativa
comemoraram a liberação do financiamento. “Somente com o apoio do
governo do Estado, que viabilizou
a vinda do BRDE, foi possível realizarmos este financiamento para
expandir nossa produção. Se continuarmos neste ritmo de expansão
chegaremos a ser habilitados para
exportamos nosso produto, graças
ao asfalto que o governo estadual
fez no local para movimentarmos
nossa produção”, disse o diretorpresidente da Camva, Antonio Kikuo Kurose.
animais vivem em média 24 anos, têm
vida reprodutiva a partir dos 24 meses, geralmente produzem um potro
ao ano, após a gestação de 320 dias.
Em média as fêmeas amamentam os
filhotes até cinco ou seis meses, época de desmama. Após o parto a égua
apresenta cio em alguns dias, entrando no período de fecundação a cada
21 dias. A estação de monta pode ser
a campo o controlada, a campo – entre
setembro e março, enquanto a controlada de acordo com o planejamento da
propriedade.
Minibovinos chamam a
atenção em propriedades
Vários animais compõem o cenário na Fazendinha MS, outra atração
são os minibovinos, presentes em 40
exemplares na propriedade. As características são como as de outros bovinos leiteiros, robustez, boa produção
leiteira e musculatura. Entretanto, o
tamanho, até um metro de altura e o
peso, cerca de 200 quilos para animais
adultos, desenham os principais parâmetros destes pequenos animais.
Os minibovinos da Fazendinha MS
não possuem raça definida, mas têm
FOTOS VIA LIVRE
André com minivaca, um dos 40 exemplares
predominância leiteira. Neste aspecto as fêmeas ganham destaque, com
produção leiteira de quatro até oito
litros dias. “É claro que precisa ser
observado a alimentação dos animais,
por se tratar de produção leiteira, o
produtor precisa ficar atento a este
fator, quanto mais alimento, mais leite”, contou Dante.
Assim como os pôneis, os minibovinos necessitam também de estrutura
adequada para seu porte, mas também
com a mesma vantagem de ocupar pequenos espaços, se comparado com
um animal de tamanho convencional.
14
NOVEMBRO 2011
NOVEMBRO 2011
15
16
NOVEMBRO 2011
58% das empresas ignoram conceito de sustentabilidade
Apesar de desconhecimento, avaliação é de que iniciativas são lucrativas e ganham pontos com o consumidor
CAMILA MENDONÇA
DE SÃO PAULO
ZE CARLOS BARRETTA/FOLHAPRESS
N
egócios que se dizem sustentáveis ganham pontos com o
consumidor, e os microempresários sabem disso. O que eles desconhecem, contudo, é o próprio conceito
de sustentabilidade, aponta a primeira
sondagem do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas) sobre o tema, feita com
3.058 micro e pequenas empresas do
país em agosto deste ano. Do total de
entrevistados, 58% afirmaram não ter
conhecimento algum sobre o assunto.
Ainda assim, 47% deles disseram que
a questão representa oportunidade
de ganho, e 79% pontuaram que ser
sustentável atrai clientes.
A incoerência é “reflexo do pouco
conhecimento [do empresário]”, avalia
o diretor técnico do Sebrae Nacional,
Carlos Alberto dos Santos.
“As empresas têm dado muita atenção à questão ambiental, mas a sustentabilidade também tem como base
aspectos sociais e econômicos”, diz o
professor Clovis Armando Alvarenga
Netto, coordenador do curso de ecodesign, da Fundação Vanzolini.
A sustentabilidade alia projetos ambientais a sociais (como oferta de cursos e outros planos que se destinam
às pessoas da região da empresa) -que
precisam auxiliar o empreendimento
a gerar lucro. “Se não for assim, não
será sustentável”, reforça Alvarenga
Netto.
Por acreditarem que o conceito
está unicamente ligado à questão ambiental, empresários têm dificuldades
de implantar práticas efetivas.
Na Apdata, de software, a tentativa
foi barrada pela “falta de conscientização dos funcionários”, afirma a presidente, Luiza Nizoli, 50.
Há seis anos, a empresa começou a
Becky Weltzien, proprietária da Cassiopeia, empresa de produtos de limpeza que utiliza materias ecológicos em todo o processo. Ela despeja um
granulado parecido com isopor, mas feito de fécula de milho, utilizado para preencher o vazio das caixas
Produção ecológica e reunião de equipe garantem vendas
DE SÃO PAULO
Em Jarinu (a 68 km de São Paulo), a Cassiopéia sobrevive há 30
anos fazendo produtos de limpeza
manualmente com insumos de origem vegetal, quase três vezes mais
caros do que derivados de petróleo
usados nos produtos de limpeza químicos comuns.
Produzidas pela empresa, matéadotar práticas simples, como redução
de uso de papel, mas esbarrou na resistência da equipe, que teria de mudar hábitos. “As pessoas enxergam que
rias-primas como aloe vera (babosa) são cultivadas sem agrotóxicos.
“Tento seguir o ideal do meu pai
[fundador da Cassiopéia], que era
produzir com fórmulas menos agressivas”, diz a dona, Becky Weltzien,
40.
Quando o primeiro item “verde”
foi lançado, “ninguém queria saber”.
Hoje “todos seguem essa linha”.
Os pedidos são enviados em
a empresa quer ganhar [sozinha].”
Quando a economia passou a ser
revertida em benefícios para os funcionários, como sala com rede para
caixas de papelão reciclado com
proteção interna de granulado de
fécula de milho (isopor biodegradável). Nas gôndolas, os produtos
são cerca de 20% mais caros que
os convencionais, mas a empresa,
afirma, cresce.
Com os 20 funcionários, ela se
reúne para fazer pão integral e falar
sobre reciclagem. “Eles adotam práticas da empresa em suas casas.”
cochilos, a adesão foi maior. Hoje
a Apdata conta com comitê sobre o
tema para tentar implementar novas
práticas.
17
NOVEMBRO 2011
M AIS NEGÓCIOS
Custo é considerado
impedimento a ação
Para ter um negócio sustentável,
Luiz Cezar Pereira, 70, sócio da Enersud, fabricante de turbinas eólicas,
construiu fábrica em Maricá (a 54
km do Rio de Janeiro) com nova estrutura.
Nela, há geração de energia eólica
e solar, sistema de captação de água
de chuva, telhas brancas (que reduzem o calor interno) e calha plástica
(que beneficia a iluminação natural).
O custo foi 40% maior, se comparado
ao de uma estrutura convencional.
O retorno do investimento, diz Pereira, vem com o tempo. “Precisamos
ser assim para nos apresentarmos ao
mercado, e esse é hoje o nosso argumento de venda”, explica.
Para muitos donos de empresas de
micro e pequeno portes, porém, o custo é um dos maiores empecilhos para
a implantação de projetos que aliem
as três bases da sustentabilidade -ambiental, econômica e social.
“Ao rever processos de gestão, [o
gestor] verá que há ações que não
impactam o caixa”, diz Claudio Albuquerque, diretor da ImparBrasil,
consultoria em responsabilidade socioambiental.
Clovis Alvarenga Netto, da Fundação Vanzolini, concorda. “Existem
iniciativas de curto prazo que podem
contribuir [para diminuir custos, como
redução do uso de papel]”, sinaliza o
professor.
Para especialistas, a falta de informação impede empresas de adotarem
práticas efetivas, e a maioria reduz
suas ações à troca de copo plástico
por caneca e à economia de papel e
energia. “É um primeiro passo”, considera.
É o que acontece na Medilab, laboratório de análises clínicas. “Não
temos muita opção [porque os custos
aumentariam]”, diz a gerente Kelsilayne Fraga, 34
ZE CARLOS BARRETTA/FOLHAPRESS EMPREGOS
Fornecedor é empecilho para franqueadores
Luiza Nizoli, 50, da APDATA, está implantando medidas ecológicas e sustentáveis na empresa
Encontrar fornecedores “verdes”
é um dos entraves das franquias na
adoção de práticas sustentáveis, diz
a Afras (Associação Franquia Sustentável).
A Nutty Bavarian, de doces, por
exemplo, analisava a adoção de embalagens de papel feitas com madeira
sustentável. “Poucos fornecedores têm
isso”, afirma Adriana Auriemo, 37, diretora da rede.
Outra barreira para as marcas é
cultural. “Existe o mito de que essas
questões são para grandes empresas”,
opina Eleine Bélaváry, diretora-executiva da associação.
18
NOVEMBRO 2011
A
Fim da seca e início das águas: como proceder
com a mineralização do rebanho bovino
RTIGO
MARCOS SAMPAIO BARUSELLI,
ZOOTECNISTA, COORDENADOR DE BOVINOS DE CORTE
E CONFINAMENTO DA TORTUGA.
O fim da estação seca se anuncia na maior
parte do Brasil Central, área que abrange significativo percentual do rebanho bovino brasileiro localizado nos estados de Goiás, Minas
Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, entre outros.
Nesse período do ano, compreendido normalmente entre os meses de setembro e outubro, o rebanho bovino, já bastante sentido pela
seca de 4 a 6 meses que acabou de atravessar,
ainda terá que enfrentar mais uma fase de desafio fisiológico e nutricional causado por essa prolongada estiagem que pode ser bem crítico
para os animais, dependendo das condições de manejo das pastagens
e da suplementação dos rebanhos adotada pelos produtores rurais
durante esse período e na fase de transição para o tempo das águas,
época em que os refl exos dessa mudança são mais sentidos pelos
bovinos. Isto porque pastos degradados não têm disponibilidade adequada de matéria seca. Além disso, a pouca quantidade de forragem
eventualmente disponível não apresenta níveis de proteína, vitaminas
e minerais capazes e suficientes para atender à demanda nutricional
desses animais depauperados pelas sofríveis condições a que foram
submetidos, o que, muito provavelmente refletirá no desempenho zootécnico e no estado de saúde desses bovinos.
Esse cenário pode se tornar ainda mais crítico caso haja negligência por parte do criador no que concerne à suplementação mineral e
proteica durante toda aquela fase de baixa oferta de alimento.
No fi m da seca, com a brotação do capim, o animal novamente
enfrenta estresse nutricional, desta vez devido à súbita alteração do
estágio vegetativo das pastagens que passam de secas e fibrosas para
tenras e com baixos teores de fibra em pouco período de tempo, fazendo o animal perder peso mais uma vez.
Nesse momento de transição da qualidade das pastagens ocorrem
desequilíbrios e carências de vários elementos minerais essenciais,
aumentando o estresse nutricional, com consequências que incluem
perdas de peso, diarreias e queda de desempenho zootécnico, reduzindo mais uma vez as margens de lucro da atividade pecuária.
A prática de manejo recomendada para o período de transição
seca/águas consiste em suspender a suplementação mineral proteica
adotada no período seco, isto é, não fornecer mais sal com ureia ou
com outra fonte de nitrogênio, e iniciar o fornecimento de suplementos
minerais de qualidade e corretamente balanceados, após um período
de adaptação de pelo menos 15 dias.
Para as matrizes bovinas, o momento é o de iniciar a suplementação
mineral com produtos que contenham elevados teores de minerais
importantes para a reprodução, como os elementos fósforo, zinco,
cobre, selênio e manganês, sendo a forma orgânica dos minerais a
fonte de predileção por ser mais biodisponível.
Pesquisas realizadas com os minerais cobre e zinco na forma orgânica demonstraram efeitos significativos na reprodução de vacas,
com melhoras dos dias entre o parto e a 1ª ovulação pós-parto, como
demonstra a tabela 1.
Tabela 1: Efeito da Suplementação de Minerais
Orgânicos na Reprodução de Vacas:
Dias pós – parto à ovulação
Dias ao primeiro serviço
*Cu e Zn na forma orgânica
Controle
25,3 ± 3,1
75,4 ± 6,1
Tratamento*
20,4 ± 1,4
68,8 ± 3,8
Fonte: O’Donoghue, 1995.
Os resultados de pesquisa apresentados na tabela 1 evidenciam
que a suplementação mineral de vacas feita a partir dos minerais
orgânicos antecipa os dias ao primeiro serviço, com benefícios positivos aos índices reprodutivos da fazenda, sendo, portanto, altamente
recomendável desde o início do período das aguas.
A tabela 2 demonstra diversas alterações negativas nos parâmetros reprodutivos de bovinos em função da deficiência, excesso ou
desequilíbrios entre os elementos minerais. A tabela 2 demonstra que
a correta suplementação mineral é de fato uma prática zootécnica
importante em nosso meio, incluindo o fim da seca e início das águas,
período em que seu uso se faz obrigatório para o bom desempenho
reprodutivo do plantel.
Tabela 2 – Deficiência, excesso ou desequilíbrios de minerais na
dieta de bovinos e seus efeitos nos parâmetros reprodutivos.
Parâmetro
Deficiência
Aborto
I; Se; Ca; P; Mn; Cu
Natimorto e bezerros
debilitados
Mn; I Se; Ca; P
Anestro
P; I; Mn; Co
Distocia e complicações
uterinas
Ca
Excesso
-
Desequilíbrio
-
F
-
-Cátion – aniônico
Fonte: Adaptado de SANTOS (2002).
Pesquisadores da EMBRAPA / CERRADOS- DF afirmaram que o uso
de suplementos alimentares é fortemente recomendado para complementar as deficiências de minerais e de nutrientes da forragem
ingerida pelo animal em pastejo e, consequentemente, possibilitar
maiores ganhos em desempenho e produtividade zootécnica.
A tabela 3 demonstra que na fase de transição seca/aguas, período de maior nascimento de bezerros nas fazendas de gado de corte no Brasil Central, faz-se necessário que produtor rural adote a
19
NOVEMBRO 2011
prática da suplementação mineral específica de bezerros lactantes.
Tabela 3 – Peso à desmama de bezerros Nelore em pastagem de
Brachiaria brizantha suplementados com Fosbovinho por meio
de creep feeding.
Ano
Peso médio à
desmama (kg)
Peso a mais
Ganho de
por bezerro (kg) peso a mais (%)
2002
206
2003 (*)
230
24
2004
219
13
2005
229
23
(*) Nota: Inicio do uso de Fosbovinho: a partir de 2003
Concluindo, as recomendações zootécnicas básicas para o fim da
seca e início das águas compreendem correto manejo das pastagens,
visando aumento da disponibilidade de forragem, suspensão do uso de
sal mineral com altos teores de ureia e início da suplementação mineral
de qualidade, tanto para as matrizes como para os bezerros lactantes,
sendo minerais formulados com fontes orgânicas os de predileção.
DIVULGAÇÃO
11,7
10,6
11,2
Fonte: MOACIR G. & BUENO, G.; EMBRAPA / CERRADOS – Brasília – DF (2006).
A suplementação mineral de bezerros lactantes, conforme demonstra a tabela 3, aumentou o peso à desmama de bezerros Nelore em
pastagens de braquiária em até 24 kg, representando 11,7% a mais de
ganho de peso por ocasião da desmama.
A adoção da prática de suplementação de bezerros lactantes requer
a construção de uma instalação rural denominada de creep feeding, que
nada mais é do que uma área cercada de acesso exclusivo de bezerros,
em que a vaca fica de fora (figura 1).
A suplementação dos bezerros lactantes é recomendável desde os
primeiros dias de vida do animal, sendo capaz de proporcionar melhores
condições de saúde para atravessar o período de transição compreendido entre o fim da estação seca e o início das águas.
Modelo de creep –feeding utilizado na fazenda da EMBRAPA / CERRADOS – Brasília – DF
:VS\sqV[HTItT
UVJHTWV
.HSWLZ‹*\YYHSHU[PZ[YLZZ
*HZHZWYtMHIYPJHKHZ‹9LZLY]H[}YPV
)LILKV\YVZ‹*VJOVZ‹4H[HI\YYV
(](SL_HUKYL/LYJ\SHUV*HTWV.YHUKL4:
^^^JVUJYLSHQLJVTIY
Canal 36 da NET Pela Agromix TV
BOLETIM DA ACRISSUL - ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE MATO GROSSO DO SUL - NOVEMBRO DE 2011 | [email protected] | 67 3345-4200
Acordo entre Brasil e Paraguai irá
unificar ações contra aftosa
E
m reunião realizada na segunda-feira, 18.10, pela Câmara Setorial de
Bovino e Bubalinocultura, na sede
da Federação de Agricultura e Pecuária de
MS (Famasul), em Campo Grande, entidades brasileiras e paraguaias selaram um
acordo de atuação mútua contra a aftosa.
Uma comissão da Associação Rural Paraguaia esteve presente no encontro e assegurou o comprometimento do Paraguai e
envolvimento dos produtores do país vizinho. “Vamos trabalhar para uma harmonização de ações já que todos nós temos
o mesmo interesse: vender nossa carne”,
disse o presidente da Associação, Juan Nestor Nuñez Irala. O encontro contou ainda
com a presença do presidente a Acrissul,
Francisco Maia, de representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA),
da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia, da Iagro, do Sindicato Rural
de Campo Grande e da ONG Recove.
Para Francisco Maia, a ocorrência da
aftosa no Paraguai é um fato, e a repercussão dela é maior ainda. “O mercado inter-
VIA LIVRE
Francisco Maia: “Aftosa é um fato e o mercado internacional acaba usando isso para impor barreiras”
nacional acaba usando isso para justificar
suas barreiras contra a carne do Mercosul”, avalia. Para ele, somente a união das
entidades é que dará uma resposta para o
mercado. Uma união no sentido de equalizar as ações de combate e erradicar de-
finitivaqmente a febre aftosa da América
Latina. Juntos, Mato Grosso do Sul e Paraguai possuem um rebanho bovino estimado
em 35 milhões de cabelças.
Para o presidente da Famasul, Eduardo
Riedel, as reuniões (em Assunção, dia 17,
e em Campo Grande, dia 18) representam
um marco no controle da doença. “É uma
nova fase nas relações com o Paraguai. Isso
sinaliza a construção de agenda positiva
para os produtores e autoridades”, analisa
Riedel. A secretária de Estado de Produção
e Desenvolvimento Agrário, Tereza Cristina Corrêa da Costa, reforçou o apoio. “A
colaboração entre Brasil e Paraguai será
essencial nesse momento. Todas as ações
de controle foram implementadas. Agora
devemos fiscalizar e orientar os produtores
onde ele estiver”, complementa Tereza. A
próxima reunião envolvendo os dois países
vai tratar do calendário de vacinação. “Vamos colocar à disposição o conhecimento
da Agência de Defesa Sanitária Animal e
Vegetal (Iagro) para potencializar a imunização”, disse a secretária.
BOLETIM DA ACRISSUL - ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE MATO GROSSO DO SUL
A Associação Rural Paraguaia relatou,
durante o encontro, as medidas tomadas
após a oficiliazação do foco da aftosa em
setembro. “A atuação se dá em três etapas: o controle do foco, a criação da zona
de contenção e a recuperação do status.
Para isso, após o abate de 819 cabeças
do rebanho em que foram identificados
13 casos de infecção da doença, criamos,
como determinava a Organização Mundial
de Saúde Animal (OIE), a zona perifocal,
a de tampão e a emergência e toda a
movimentação de animais ou produtos e
subprodutos de origem animal foi proibida”, relata Juan Nestor. O presidente da
Associação Paraguaia ressalta que os veículos que transitam na região estão sendo
desinfectatos e que a vigilância da área
está sendo feita pelo serviço sanitário e
polícia. As medidas seguem até o dia 25
de novembro.
O Paraguai detém um rebanho de 12,5
milhões de cabeças. Segundo Juan Nestor
o país conta com 133 mil produtores, sendo
109 mil pequenos produtores. “É na crise
que nasce a oportunidade. Esse é o momento de unirmos forças”, diz o presidente
da Associação. Para o presidente da Câmara Setorial de Bovino e Bubalinocultura da
Seprotur, José Lemos Monteiro, as medidas
tomadas no Paraguai servem para acalmar
o setor produtivo. “São ações concretas e
que demonstram respeito tanto ao produtor de lá, quanto ao nosso produtor rural
brasileiro”, afirma.
A articulação para realização das reuniões em Assunção e em Campo Grande
foi elogiada pelo presidente da Sociedade
Rural Brasileira, Cesário Ramalho. “É um
problema não só do Paraguai e de Mato
Grosso do Sul. É uma situação que necessita de um envolvimento ainda maior.
Devemos acabar com a aftosa em toda a
América Latina”, disse Cesário.
21
NOVEMBRO 2011
ABIEC
Acrissul fecha parceria com Rehagro
para levar qualificação ao campo
Para cumprir sua meta de levar qualificação para o homem do campo, a Acrissul (Associação dos Criadores de Mato
Grosso do Sul) acaba de fechar uma
parceria com a Rehagro, uma das mais
experientes empresas de treinamento e
capacitação de pessoas no agronegócio.
A empresa é ligada à Fazu (Faculdades
Associadas de Uberaba), que pertence à
ABCZ (Associação Brasileira de Criadores de Zebu). Segundo o presidente da
Acrissul, Francisco Maia, que comemorou a parceria, a iniciativa da associação
irá melhorar a eficiência no campo, resultando em aumento da produtividade
e da rentabilidade do produtor.
A parceria permitirá a realização de
cursos técnicos e também em nível de
pós-graduação. Para abrir essa agenda
a Rehagro abriu matrículas para o curso de pós-graduação em “Produção de
Gado de Corte”, cujas aulas começam no
dia 10 de novembro deste ano e com encerramento previsto para maio e 2013.
Será um encontro por mês, com duração
de 2 a 3 dias. A Acrissul disponibilizará
o auditório da entidade para as aulas,
assim como toda a infra-estrutura necessária. Serão professores de renome
nacional ministrando as aulas.
O investimento mensal para não-associado é de 20 parcelas de R$ 765,00.
Para associados da Acrissul e seus dependentes, o valor vai para R$ 20 parcelas de 688,50. As matrículas já estão
abertas e o curso já encontra-se com 17
confirmações, além de outras 50 matrículas em negociação. Segundo Agenor
Getúlio de Castro Neto, médico veterinário e gerente comercial da Rehagro,
a turma será de no mínimo 32 e no máximo 45 pessoas. O público-alvo são os
profissionais graduados na área de ciências agrárias. No total são 18 módulos,
cada um com um professor diferente.
Para 2012 estão programados dois
cursos técnicos: “Gestão da Pecuária de
Corte”, com início para março ou abril, e
“Gestão da Pecuária de LeiVIA LIVRE
te”, estes voltados para gerentes e funcionários de fazendas. Além da Acrissul, a
parceria tem o apoio da Alta
Genetics, Vetmais, Nelore
MS e Associação Sul-MatoGrossenses dos Produtores
de Novilho Precoce.
Deliene Moreira e Agenor Getúlio de Castro Neto, da Rehagro
Mais informações:
www.rehagro.com.br
(31) 3343-3800
(31) 9272-8278
(67) 3345-4200
BOLETIM DA ACRISSUL - ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE MATO GROSSO DO SUL
22
NOVEMBRO 2011
DA ASSESSORIA
Palavra do Presidente
FRANCISCO MAIA, PRESIDENTE DA ACRISSUL
ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE MATO GROSSO DO SUL
Agora somos 7 bilhões de humanos
No domingo, dia 30 de outubro,
nasceu nas Filipinas a menina Danica
Mae Camacho, mais precisamente em
Manila. Faltavam dois minutos para a
meia noite. A partir deste momento, a
população da Terra alcançou a marca
de 7 bilhões de habitantes, aumentando a preocupação no mundo em
relação aos efeitos da expansão demográfica sobre a qualidade de vida
e os recursos naturais. Ela foi escolhida para representar esse número.
Mas, mais do que isso Danica representa um grande desafio: A população da Terra só cresce. Em 2050
seremos 9 bilhões de pessoas e hoje o
que se discute são alternativas viáveis
para se aumentar substancialmente a
produção agropecuária para alimentar o mundo humano em constante
multiplicação. Aliado a esse desafio
sobre-humano de ampliar a produção agrícola, há também o desafio de
crescer com sustentabilidade – isso
é – aumentar a produção de carne e
grãos respeitando-se o meio ambiente.
Nesse aspecto, o grande fomentador
desse crescimento brasileiro para tornar
finalmente o País o grande celeiro do
mundo é o novo Código Florestal, que
deve ser votado ainda este mês pelo
Senado Federal. O novo código, relatado pelo deputado federal Aldo Rebelo,
desmistificou os entraves do crescimento da produção brasileira e colocou o
agronegócio num patamar de reconhecimento e importância jamais alcançado.
O produtor rural não pode ser penalizado por erros do passado – que atendeu
ao chamado do próprio governo federal
e abriu novas fronteiras nos Cerrados,
ocupou territórios, abriu cidades e tornou
muitas delas referência em produção.
Na década de 1970, confirmam
números da CNA, a família média brasileira gastava cerca de 40% da renda
familiar em alimentos. Hoje esse valor
não passa de 16%. A produção alimen-
tar ganhou mais eficiência e sustentabilidade, apesar de todos os entraves
burocráticos da teia que formou-se ao
longo dos anos em torno da legislação
ambiental. Hoje, a agropecuária no
Brasil representa 22,4% do PIB nacional e 37% dos empregos formais
no País. O agronegócio gera mais emprego que toda a indústria automobilística. Só para citar uma referência.
E o Brasil hoje é o único País do
mundo que pode atender ao crescimento dessa demanda mundial por
alimentos. Temos terras férteis que
podem simplesmente ser recuperadas
com investimentos públicos e privados, aumentando a eficiência e a produtividade sem derrubar uma árvore
sequer. Só em Mato Grosso do Sul e
no Mato Grosso são 18 milhões de hectares de pastagens em algum nível de
degradação que podem ser recuperadas com tecnologias de ponta existentes no País, com o uso de integração
lavoura-pecuária e outras técnicas.
A baixa rentabilidade na pecuária
causou o abandono das pastagens,
derrubando consequentemente a produtividade. Hoje a média de lotação em
MS não chega a um animal por hectare. Mas não bastam só a existência de
recursos públicos. Estes precisam ser
liberados sem burocracias e a juros
baixos, compatíveis com a atividade.
O Brasil pode ser a salvação da
lavoura. O grande celeiro do mundo.
Mas é preciso erradicar do seu caminho as ervas daninhas que puxam o
desenvolvimento do Planeta para trás:
o consumismo exacerbado, as ONGs
interesseiras, os subsídios internacionais que aleijam a concorrência
globalizada saudável e a exploração
do trabalho humano em países que
querem emergir a qualquer preço.
Rússia e Índia também reivindicam a propriedade de bebê-símbolo. E assim caminha a humanidade.
Maia participa da
posse de Rebelo
Francisco Maia, presidente
da Acrissul, participou no dia
31 da posse do novo ministro dos Esportes, o deputado
federal Aldo Rebelo. Maia foi
o único ruralista de MS convidado para a cerimônia. Na
posse, Rebelo lembrou que
tem à frente o “desafio” de
preparar o Brasil para sediar as Olimpíadas de 2016
e a Copa do Mundo de 2014.
Boletim Informativo | NOVEMBRO 2011
Mão-de-obra e serviços
SALÁRIO MÍNIMO RURAL: R$ 621,00
MÉDIA/R$ N° INFORMAÇÕES
Técnico Agrícola
1.053,60
02
Inseminador
621,00
02
Encarregado de Máquinas
693,16
01
Operador de Máquinas de Esteira
1.043,77
04
Tratorista - pneus
621,00
04
Motorista
673,75
02
Capataz de Campo
1.138,32
06
Retireiro
621,00
05
Peão Campeiro (tralha própria)
621,00
07
Praieiro/Caseiro (serviços manuais)
621,00
04
Cozinheira
621,00
04
Diária Bruta (empreiteiro)
25,70
02
'RPDGH&DYDORJUDWLÀFDomR
Aceiro Leve/KM (pé da cerca)
Aceiro Pesado/KM (1,5 mts cada lado)
Roçada de Pasto Pesado/Há (manual)
Roçada de Pasto Leve/Há (manual)
Tirar e Lampinar Poste
3,68
03
Tirar e Lampinar Firme
5,80
05
Tirar e Lampinar Palanque (3,20mts)
)LQFDU3RVWHÀRVFEDODQFLQV
)LQFDU3RVWHÀRVVEDODQFLQV
Trator de Esteira D-4 / hora
156,48
01
Trator de Esteira D-6 / hora
223,00
03
Trator de Pneu Traçado 140 CV acima/hora 124,28
01
Pá carregadeira W-20 / hora
111,14
01
Motoniveladora / hora
167,66
01
&DPLQKmR&DoDPED7UXFDGRKRUD
&DPLQKmR&DoDPED7RFRKRUD
Colheita de Grãos (mecanizada)
5 a 8% do Valor do Produto
FONTE: CONVENÇÃO COLETIVA JULHO 2011
http://www.ruraldemiranda.com.br/OBSERVAÇÕES:- TODOS O VALORES
CONSTANTES NESTE BOLETIM, SÃO VALORES BRUTOS SEM QUAISQUER
DESCONTOS, JÁ ACRESCIDOS DE TODOS OS BENEFÍCIOS.
BOLETIM DA ACRISSUL - ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE MATO GROSSO DO SUL
23
NOVEMBRO 2011
C OOPERATIVISMO
Sistema OCB/MS realiza 1º Censo
Cooperativista Sul-mato-grossense
Publicação traça o perfil socioeconômico das cooperativas de MS
O 1º Censo
Cooperativista
Sul-mato-grossense é trabalho pioneiro em
Mato Grosso do
Sul, que traz informações relevantes ao setor e que
possibilita desenhar o perfil do cooperativismo no Estado. Para haver maior
desenvolvimento do setor, é preciso
conhecê-lo em profundidade, por isso
o sistema OCB/MS elaborou o censo
que traz dados técnicos, econômicos e
financeiros das cooperativas de Mato
Grosso do Sul. O trabalho visa essencialmente oferecer instrumentos e
dados confiáveis para um melhor planejamento das ações, tanto por parte
do sistema, como por parte de cada
cooperativa.
Alguns dados confirmam a importância do cooperativismo na economia
do Estado. O número de associados, por
exemplo, cresce a cada dia e hoje já é
cerca de 100 mil pessoas que acreditam
na força do cooperativismo. Este número cresceu 22% de 2009 para 2010. Outro aspecto a ser considerado, é que a
quantidade de cooperativas não cresce
no mesmo ritmo do numero de associados e funcionários, mas mostra que cada
empreendimento cooperativo vem se fortalecendo e obtendo extraordinário crescimento em faturamento, participação
no mercado, enfim, um número cada vez
maior de pessoas e comunidades usufruem dos produtos e serviços prestados
e ofertados pelas cooperativas.
A geração de empregos cresceu
cerca de 10% em um ano, empregando aproximadamente 4500 pessoas. No
ano de 2010, os tributos (federais, estaduais e municipais) recolhidos pelas
cooperativas, somaram cerca de 170
milhões de reais, representando um
crescimento de 26%, se comparado
com 2009.
O censo é uma importante ferramenta para orientar todo o sistema, no
desenvolvimento de programas visando
o aprimoramento e profissionalização
da gestão. Isso mostra que as cooperativas de Mato Grosso do Sul acompanham as tendências de mercado e do
cooperativismo nacional.
No mês de novembro entidades e órgãos do setor receberão a publicação,
que também estará disponível no site
da OCB/MS www.ocbms.org.br
Suplemento líquido é opção
para desempenho e baixar custos
O suplemento líquido é um composto protéico variando de 20% a
30% de proteína bruta, energético
variando de 65% a 80%, mineral
e vitamínico na forma líquida destinados a suplementar bovinos de
todas as categorias a pasto. Trata-se de produtos inovadores, com
novos ingredientes, utilizando o
que existe de mais moderno na
nutrição animal. E é exatamente
esta a proposta da Líquida Nutrição animal.
Com alto valor biológico, absorção e melhor aproveitamento dos
nutrientes, auxilia a flora ruminal
no aumento da digestibilidade do
capim, além de fornecer energia e
proteína de pronta utilização pelo
ruminante. Soma-se aos fatores
expressos, a possibilidade de uso
em cochos de descobertos, sem
perda de nutrientes ocasionada
pela chuva, reposição semanal,
baixando o custo da mão de obra,
a Líquida fornece produtos prontos para uso, sem a necessidade
de misturas para adequar o consumo. “Ele promove uma utilização
sem desperdício. Quando chove,
por ser mais denso fi ca por baixo, a água por cima, sem perder
a qualidade, além de ser seguro,
sem risco de intoxicação”, explicou o médico veterinário Stefan
Kurmann.
“Além disso, possui ingredientes nobres, proteínas e energia
prontos para a utilização pelas
bactérias do rúmen”, citou Kurmann, lembrando que os ingredientes utilizados são o melaço de
cana-de-açúcar, lipídios de origem
vegetal, glúten de milho hidrolizado, resíduo glutâmico, uréia
líquida, ácido fosfórico alimentar,
fosfato mono amônio, óleo vegetal, farinha de trigo, sal branco,
enxofre, cobre, zinco, manganês,
selênio e iodo. “Os ingredientes
presentes no produto são solúveis, desta forma são de melhor
aproveitamento pelo animal, por
isso melhor absorvido, além disso,
têm alto valor biológico”, disse o
médico veterinário.
A Líquida possui uma linha de
produtos que atende diversas categorias animais. A Líquida Creep
– para bezerros a partir de 60 dias,
Líquida Transforma – desmame e
recria, Líquida Multiplica – destinada à vacas em reprodução ou
lactação e o Líquida Termina 30,
para a terminação de machos e
fêmeas
24
NOVEMBRO 2011
VIA LIVRE
Entrevista Maurício Nogueira
Desde o último dia 26 de setembro as consultorias Agroconsult e Bigma
realizam o Rally da Pecuária, expedição que avalia, in loco, a pecuária
bovina de corte e a qualidade das pastagens no Brasil. Oito equipes
percorrem as principais regiões de cria, recria, engorda e confinamento
de gado do país, são cerca de 22 mil quilômetros em nove estados –
onde estão 75% do rebanho bovino e 85% da produção de carne no país.
Rally vai mostrar a pecuária
brasileira do jeito que ela é
Sobre este assunto, Maurício Nogueira, coordenador do Rally da Pecuária, explicou com exclusividade
para a Folha do Fazendeiro, como que
ao longo da viagem, os técnicos vão
realizar, de forma aleatória, mais de
mil amostras de pastagens, além de
visitar cerca de 100 fazendas. Este
levantamento qualitativo avaliará,
entre outros itens, as condições das
pastagens, a composição do rebanho, condição corporal dos animais,
ganho de peso, oferta de bezerros
para 2012 e 2013, além do estado da
arte da integração lavoura-pecuária e
disponibilidade de áreas degradadas
de pastagens com potencial para a
agricultura.
Entre os dias 28 e 31 de outubro,
duas equipes do Rally da Pecuária visitaram os municípios de Três Lagoas,
Água Clara, Ribas do Rio Pardo, Campo
Grande, Terenos, Aquidauana, Anastácio, Bonito, Guia Lopes da Laguna,
Jardim, Maracaju, Dourados, Caarapó,
Juti e Naviraí. O Rally segue até o dia
11 de novembro e os dados colhidos
serão apresentados no dia 29 de novembro, na Fiesp, em São Paulo.
Folha do Fazendeiro – Quais são as
informações ou parâmetros que o
Rally pretende levantar?
Maurício Nogueira – O objetivo
do Rally da pecuária é levantar informações quantitativas e qualitativas
referentes à produção pecuária brasileira. Para tanto, estamos analisando
produção de pastagens e pesquisando
os indicadores zootécnicos médios dos
produtores que encontramos em nossa expedição.
De posse dos levantamentos, como
será aplicação dos dados em prol
da própria pecuária? E quem terá
acesso aos dados?
O relatório final com análises das
regiões e da média nacional será público. Evidentemente que os nomes
dos produtores, e propriedades que
responderem aos questionários, ficarão em posse apenas da Bigma e da
Agroconsult, organizadoras do evento.
Nosso objetivo não é pesquisar casos
de produtores, mas sim a situação da
pecuária. Todos os dados serão divulgados no evento a ser realizado no
dia 29 de novembro, na Fiesp, em São
Paulo. Logo depois as informações
irão para o nosso site www.rallydapecuaria.com.br
Mesmo antes do início do Rally, havia ou há algumas hipóteses que a
iniciativa deva comprovar? Ou há
questões que devem ser desmistificadas?
Sim, várias. Uma delas, que eu
destaco, aqui é a realidade de que a
sobra de capim residual nas pastagens
compensa toda e qualquer emissão de
carbonos dos bovinos que estão sobre
ela. Outra questão que está sendo
desmistificada é o conceito comum de
que o pecuarista não vê importância
em melhorar suas pastagens aplicando tecnologia e insumos. O produtor
sabe da importância e quer aplicar
tecnologia.
Qual é a metodologia aplicada na
atuação das equipes? Como é feita
a aproximação e o contato?
Os contatos são feitos por indicações dos produtores. Mesmo quando
conhecemos alguma propriedade na
região, damos preferência aos que foram indicados. É uma forma de explorar melhor a variabilidade e diversidade dos produtores que iremos visitar.
Qual é o perfil do pesquisado?
Como foi feita sua seleção?
Além das indicações, há as pesquisas nos eventos organizados ao longo
do Rally. Nos eventos, os produtores
presentes são convidados pelos patrocinadores (Banco do Brasil, Serrana
Nutrição Animal, Dow AgroScienses)
e pelos apoiadores (Frigorífico Minerva, John Deere, Mitsubishi Motors e
Fiesp).
O Rally começou em 26 de setembro, das regiões já visitadas o que se
pode afirmar sobre a pecuária brasileira? Quem é o “pecuarista” que está
se delineando? Temas como reforma
de pastagens, nutrição, acabamento de
animais, entre outros têm sido abordados?
Sim, podemos dizer que o pecuarista brasileiro vem se tornando um
empresário moderno numa velocidade maior do que imaginávamos. Seu
maior desafio é a falta de recursos,
haja vista que a pecuária exige um capital superior ao da agricultura para
aplicar o mesmo nível tecnológico. Na
agricultura já existia o Rally da Safra,
um referencial para produção.
O Rally da Pecuária
é uma iniciativa da
Agroconsult, realizadora
do Rally da Safra. Já foi
realizada uma edição
anterior, em 2004, em
caráter experimental.
Em algumas rodas de pecuaristas
já se questionava da questão na
pecuária. O que mudou no setor
para motivar as instituições a
realizarem? Qual foi a lacuna do
setor que motivou a realização?
O Rally da Pecuária é uma iniciativa da Agroconsult, realizadora do
Rally da Safra. Já foi realizada uma
edição anterior, em 2004, em caráter experimental. Vale lembrar que é
mais fácil quantificar a produção na
agricultura. A Agroconsult elaborou
uma metodologia extremamente eficiente para atingir bons resultados.
Na pecuária, no entanto, essa metodologia era um pouco mais exigente,
mais difícil, pois a expectativa era que
se contasse o rebanho. Sendo assim,
foi natural que o Rally da Safra, já
indo para sua nona edição com uma
metodologia madura e consolidada,
encorajasse a retomada do projeto
na pecuária. O Rally da Pecuária veio
agora com uma metodologia mais ousada, incluindo análises quantitativas
e qualitativas. E essa metodologia só
irá melhorar, assim como a abrangência do projeto, nas próximas edições.
A Bigma Consultoria, empresa que
eu dirijo, foi convidada a participar
da organização dessa nova edição,
em parceria com a Agroconsult.
25
NOVEMBRO 2011
M AIS RURAL
Exportação de frango ensaia retomada
Depois de sentir os efeitos do alto custo de insumos e do
câmbio desfavorável, os exportadores brasileiros de carne
de frango se preparam para aquecimento das vendas, com
as festas de fim de ano e com as compras de asiáticos.
“A amostragem dos primeiros dez dias de exportação
mostra retomada do vigor das vendas, com a elevação do
dólar”, disse Francisco Turra, presidente-executivo da Ubabef (União Brasileira de Avicultura).
Segundo o executivo, as vendas no último trimestre ganham força em meio aos preparativos para as festas de fim
de ano. Além disso, diz ele, os países asiáticos costumam
elevar as importações neste período para formar estoques.
Diante dessa perspectiva, a Ubabef mantém a estimativa
inicial de exportação recorde de 4 milhões de toneladas em
2011, com alta de pouco mais de 5% sobre 2010.
Aumenta índice de sobrevivência das pequenas empresas
A parcela de micro e pequenas empresas que
sobrevivem aos primeiros dois anos de atividade
aumentou no Brasil, segundo o Serviço Brasileiro
de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
De acordo com pesquisa divulgada hoje (20) pelo
órgão, 73,1% das novas pequenas companhias
brasileiras mantêm-se abertas depois de dois anos.
No levantamento divulgado no ano passado, esse
índice era de 71,9%.
A pesquisa do Sebrae tem como base os dados
de abertura e fechamento de empresas registrados pela Receita Federal. Na pesquisa deste ano,
o índice de sobrevivência das companhias foi calculado com base nos dados das empresas abertas
em 2006. No ano passado, as empresas usadas na
pesquisa foram as abertas em 2005.
Com a melhora no indicador, o Brasil tem atualmente um índice de sobrevivência de empresas melhor do que o de países como a Holanda
(49,7%), Itália (67,9%) e Espanha (69,3%). O país,
entretanto, continua atrás do Canadá (73,8%) e da
Estônia (74,9%). De acordo com o levantamento
deste ano, as empresas do setor industrial são as
que mais sobrevivem após os dois primeiros anos
de atividade – considerados a fase mais crítica para
o empreendimento. De cada 100 novas empresas,
75,1 mantêm-se abertas. Os setores de comércio
(74,1%) e serviços (71,7%) vêm em seguida como
os de maior índice de sobrevivência.
Entre os estados, Roraima foi o que apresentou
a maior taxa de sobrevivência. No estado, 78,8%
das empresas que abriram em 2006 continuaram
abertas após dois anos. A Paraíba (78,7%) e o Ceará (78,7%) completam o ranking dos estados com
melhores índices. Pernambuco (58,2%), o Amazonas (58,8%) e o Acre (59,8) são os estados com o
pior índice de sobrevivência de empresas, segundo
o estudo do Sebrae.
Rebanho bovino de MT deverá crescer 18% em 10 anos
DE CUIABÁ, MATO GROSSO
O rebanho bovino de Mato Grosso, hoje o maior
do país, deverá crescer 18% nos próximos dez
anos. O número de cabeças, de acordo com o IMEA
(Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária), deverá passar dos atuais 28,7 milhões para
33,9 milhões.
A estimativa está o anuário da Famato (Federação da Agricultura e Pecuária de MT).
26
NOVEMBRO 2011
Leilões Rurais
Leilão Jóia da Índia em Campo Grande fecha com liquidez total
Reprodutores com avaliação andrológica, avaliados pelo programa Embrapa/ABCZ, atingiram média de R$ 5.300,00
No último dia 15 de outubro a Central Jóia da Índia realizou o 21º Leilão
Jóia da Índia, com oferta de 50 reprodutores Nelore PO, com 24 meses e média
de 550 quilos, além de 15 fêmeas Nelore PO de grande potencial genético.
O evento contou com grande público,
atingiu médias expressivas e teve a
transmissão do Agro Mix.
Criados a pasto, os reprodutores tinham avaliação andrológica, avaliação
pelo programa Embrapa/ABCZ e atingiram médias de R$ 5.300,00. “O destaque ficou por conta de um reprodutor,
adquirido por R$ 15 mil, pelo criador
José Nogalis”, disse Vinicius Tavares,
gerente de produção da Jóia da Índia.
As fêmeas também apresentaram
um ótimo desempenho e tiveram grande reconhecimento dos compradores,
ao ficarem com R$ 12 mil de média. O
destaque ficou por conta da Expedição
JI, que foi arrematada por Antônio Carlos Corrêa de Lima, por R$ 24 mil.
“O leilão obteve 100% de comercialização, comprovando a qualidade e
reconhecimento da pecuária brasileira
com a Jóia da Índia. Fica o convite para
o leilão da edição 2012”, disse Tavares.
A direção da Jóia da Índia aproveitou para convidar os produtores rurais
para conhecerem o trabalho da central,
localizada na BR 163, km 451.
DIVULGAÇÃO
Fêmeas apresentaram ótimo desempenho, sendo comercializadas em média por R$ 12 mil
PEC PRESS
Grife encerra temporada com 40
reprodutores Guzerá PO em oferta
Selecionador de gado Gir e Guzerá em Minas Gerais, Virgílio Villefort
encerra a temporada vendas em 2011
com uma oferta muito especial. No
dia 08 de novembro, às 21 horas, pelo
Canal do Boi, o Leilão Reprodutores
Guzerá Villefort Genética Especial,
apresentará 40 touros Guzerá PO,
com atributos para repasse de plantel
ou coleta de sêmen. São todos mansos
de cabresto, filho das melhores doadoras da grife, e seguem com Registro Genealógico na ABCZ, andrológico
positivo e exame de DNA e FIV.
O criador explica que o Guzerá
está em franca expansão no País, sendo que somente em seu último leilão
de novilhas, realizado no início de
outubro, 05 novos criadores ingressaram na raça. Ele defende que o gado
originado na Índia, com mais de cinco
mil anos de existência, se adapta mui-
to bem às condições mais adversas e
apresenta um dos melhores índices de
conversão alimentar por quantidade
de alimento ingerido.
Em diferentes processos de cruzamento, o Guzerá proporciona muita
heterose para quem quer produzir
animais para abate resistentes, férteis, rústicos e com rendimento de
carcaça. “A economia está crescendo
e puxando a raça em função da necessidade do produtor em melhorar
a qualidade da carne que produz”,
afirma.
Normativa favorece a raça - O
mercado está aquecido também em
decorrência da normativa da ABCZ,
que torna obrigatório o uso de receptoras 100% zebuínas nos processos
de TE e FIV para as raças Nelore,
Nelore Mocho, Brahman, Cangaian,
Indubrasil e Sind, a partir de 2014.
Guzerá proporciona muita heterose para produção de animais rústicos e de bom acabamento
Estima-se que será necessário volume superior a 1 milhão, o que deve
favorecer principalmente as fêmeas
Guzonel, resultado do cruzamento
entre o Guzerá PO e o Nelore comercial. Este choque de sangue contribui
com aumento de tamanho, mais leite,
docilidade, longevidade, rusticidade,
facilidade no parto e facilidade também para criação a pasto. “O Guzerá
deverá ser a raça que mais contribuirá com esta determinação da ABCZ”,
defende Villefort. Mais informações:
(31) 3627-1145
27
NOVEMBRO 2011
Crônica do mês
Maria alemoa – nossa parteira
Como é do conhecimento de todos, a
evolução tecnológica dos últimos cinqüenta anos, foi maior do que a dos últimos
séculos vividos pela humanidade. Tudo
muda a cada minuto e às vezes me sinto
um cachorro correndo atrás do próprio
rabo, quando se trata deste acelerado
avanço.
Sensação de muitas vezes achar que
não faço parte desta época, sou um ser
extemporâneo. Como se diz: temos que
correr muito para ficarmos onde estamos,
porque se pararmos nós morreremos atropelados.
Não sou tão velho assim, afinal recém
entrei na melhor idade. Melhor idade? Eu
heim! Creio ter tido o privilegio de assistir
e viver as maiores mudanças já ocorridas
na humanidade em tão pouco tempo. A
evolução pela qual o mundo passou neste
último século, foi e continua sendo impactante e esplendorosa. Só para citar alguns
exemplos: carro, televisão, avião, computador, foguetes espiões, visita a outros planetas, movimentos musicais, clonagem de
seres vivos, mais de vinte formas de se engravidar - na minha época só existia uma!
Evolução genética de plantas e animais,
Viagra – esta a melhor de todas! Todas elas
foram inventadas no último século ou nos
últimos cinqüenta anos.
Não quero ficar divagando, vamos direto ao assunto. O que quero mesmo é falar
da Dona Maria Alemoa, assim como era
conhecida a parteira da família, há mais
de sessenta anos.
Nossa casa, na colônia, não tinha fôrro,
apenas paredes para dividir os cômodos,
por isso ouvir a briga dos pais e os choros
da molecada na hora de dormir era inevitável, bem como os gemidos angustiantes
das pobres mulheres – mãe e tias – quando
em serviço de parto. O colchão de palha de
milho e o rangimento da velha cama entre-
Osvaldo Piccinin | [email protected]
gavam qualquer movimento mais agitado,
dos velhos pais apaixonados.
Para a gurizada, a vinda de mais um
irmãozinho ou priminho, na colônia, era
sinal de festa, afinal poderia ser mais um
coleguinha para fazer parte da turma nas
brincadeiras e traquinagens afins. Até uma
aposta corria para adivinhar o sexo, pois
naquela época só depois de nascer é que
ficávamos sabendo.
Como criança não tem hora para nascer, o pai do futuro bebê, ficava de plantão
com seu cavalo arriado ou a charrete pronta para buscar a parteira na cidade, assim
que fosse dado o primeiro sinal. ... E lá longe avistávamos na estrada empoeirada, ou
enlameada, a silhueta de nossa simpática e
querida Maria Alemoa para atender mais
um chamado. Quanta alegria nós sentíamos quando de sua chegada!
Corríamos para abrir as duas porteiras
existentes antes de se chegar à colônia.
Nosso gesto de boas vindas, sempre era
retribuído com um largo sorriso e umas
balinhas que ela nos jogava quando pas-
sava por nós. Seus cabelos brancos em
forma de rodilha ou “beirote”, como a italianada chamava, lhe conferia um ar de
elegância, respeito e senhoridade. Quando
adentrava no quarto da parturiente com
sua maletinha de instrumentos o silencio
era sepulcral e nossa ansiedade chegava
ao extremo. Nosso coração parece que iria
sair pela boca.
Ao primeiro choro do recém chegado
vinha a pergunta, em uníssono: é homem
ou mulher? Após cortar o umbigo, este era
entregue num vidro com álcool á minha
avó que o enterrava em sua horta, quase
que secretamente em local ignorado pelos
demais.
E assim foi por anos a fio. Todos os
mais de quarenta primos, vieram ao mundo pelas mãos desta santa e bondosa senhora, que guardo com carinho em minha
memória e coração!
E viva a nossa parteira Maria Alemoa!
[email protected]
POR TRÁS DE NOSSOS PRODUTOS EXISTE
MUITA CONTRIBUIÇÃO PARA O MEIO AMBIENTE.
MAIS DO QUE SOLUÇÕES PARA NUTRIÇÃO E SAÚDE ANIMAL,
A TORTUGA ENTREGA AOS CRIADORES PRODUTOS QUE
RESPEITAM O MEIO AMBIENTE. UMA INICIATIVA QUE OTIMIZA
A PRODUTIVIDADE DO REBANHO SEM DEIXAR DE LADO
A PREOCUPAÇÃO COM O NOSSO FUTURO.
0800 011 6262 www.tortuga.com.br
A ciência e a técnica
a serviço da produção animal
28
NOVEMBRO 2011
Com pecuária menos rentável,
cresce a área de soja no MT
Depois de uma safra em que o lucro
chegou a R$ 500 por hectare de soja, Mato
Grosso registra novo aumento na área
destinada ao cultivo da oleaginosa. Conforme dados do Instituto Mato-Grossense
de Economia Agropecuária (Imea) da safra
em andamento, devem ser incorporados à
área de grãos 380 mil hectares. Trata-se
de um avanço de 5,8%, que pode fazer a
soja atingir 6,78 milhões de hectares nesta
safra de verão.
Os produtores estão colocando em
prática um plano estadual de expansão da
produção. O estado calcula que tem 9 milhões de hectares disponíveis para a soja.
Em 2009/10, a expansão anual chegou a
9%, segundo o Imea.
“Passamos hoje por um momento ex-
ARQUIVO
tremamente favorável, com bons preços
para os grãos, o que se refletiu nessa euforia observada no plantio. Daqui para a
frente, o crescimento será mais lento, da
ordem de 2,5% ao ano”, projeta o gestor
do Imea, Daniel Latorraca. A ampliação
da soja tem ocorrido em áreas isoladas de
Mato Grosso, onde a pecuária se tornou
menos rentável que o grão.
Empresa propõe alternativa para a
recuperação de pastagens degradadas
A Vitasolos é uma empresa que surgiu
da necessidade da recuperação de pastagens degradadas, recuperação e conservação de solos, oferecendo condições
para que o produtor rural recupere áreas
de pastagens de maneira eficiente e com
custo benefício satisfatório aumentando a
capacidade de suporte, a valorização das
terras e o estoque de capital natural.
Segundo Laurindo Petelinkar, engenheiro agronômo e diretor técnico da
empresa, a proposta da Vitasolos é oferecer alternativas de recuperação de pastagens de maneira que o produtor rural
tenha baixo custo. “Estamos focados na
recuperação de áreas degradadas. A pastagem é uma cultura que requer bom manejo e reposição dos nutrientes e matéria
orgânica do solo, que ao longo dos anos
foram exportados através das colheitas
ou deteriorados pelo uso do fogo e pela
erosão”, afirmou Laurindo, ao explicar que
a Vitasolos comercializa principalmente
fertilizantes organominerais específicos
para cada necessidade do solo diferentes
espécies de gramíneas, com orientações
aos produtores rurais.
Um dos fatores que diferenciam a atuação da Vitasolos é o cuidado em realizar
estudo prévio para o planejamento de formação, manutenção, recuperação ou reforma de pastagens. “São situações distintas
que levam a ações e custos diferenciados
onde através da observação do grau de
degradação a tomada de decisão levará
a um programa com técnicas e sistemas
de recuperação de curto, médio e longo
prazo com custos comparados e escolha
da melhor alternativa para cada situação
encontrada. Começamos o trabalho com
uma visita técnica, seguida de diagnóstico
do solo e pastagem, análise financeira e
depois a recomendação de ações de forma
planejada”, contou Laurindo, explicando
que em situação de pastagens ainda em
processo inicial de degradação um programa de baixo custo através do uso de
um composto orgânico mineral (nutrientes minerais e matéria orgânica de boa
qualidade), formulada de acordo com a
necessidade do solo e aplicado em cobertura sem necessidade de incorporação mediante gradagem ou aração, e controle das
pragas como formigas, cupins e invasoras
poderá ser suficiente para reverter o processo, que com ajuste na lotação e manejo
garantirá melhores produtidades para as
atividades desenvolvidas.
A Vitasolos atua na recuperação de
pastagens conciliando o interesse do
produtor rural com a preservação dos recursos naturais, realizando a correção de
solo, adubação de pastagens e florestas
com foco na agricultura de baixo carbono,
inclusive com produtos para a agricultura
orgânica. Outras informações podem ser
obtidas pelo telefone (67) 3383-5620 ou
pelo e-mail [email protected] .