universidade cidade de são paulo professora

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universidade cidade de são paulo professora
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UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO
PROFESSORA ROSICLER DOS SANTOS
TRABALHO DE MERCADOLOGIA
ESTUDO DO SETOR AUTOMOBILÍSTICA
JÉSSICA C AQUINO DA SILVA
CA 23639702
2º SEMESTRE
SÃO PAULO
SETEMBRO 2012
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SUMÁRIO
1. O PRIMEIRO AUTOMÓVEL..........................................................................PÁG. 03
1.1 O 1º ACIDENTE DE TRÂNSITO....................................................................PÁG.04
1.2 O PRIMEIRO AUTOMÓVEL AMERICANO...................................................PÁG.05
2. A INVENÇÃO...................................................................................................PÁG.05
3. EVOLUÇÃO.....................................................................................................PÁG.06
4. A CADEIA TOTALMENTE INTEGRADA........................................................PÁG.09
5. A QUESTÃO AMBIENTAL..............................................................................PÁG.09
6. A EXPANSÃO GLOBAL DOS NEGÓCIOS AUTOMOTIVOS.........................PÁG.10
7. A INDÚSTRIA AUTOMOBILISTICA E O BRASIL..........................................PÁG.11
8. A 1ª CORRIDA AUTOMOBILISTICA NO BRASIL..........................................PÁG.12
9. CRONOLOGIA.................................................................................................PÁG.13
10. FONTES DE PESQUISA................................................................................PÁG.13
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2. O primeiro automóvel
O automóvel, tal como o conhecemos hoje em dia, não foi inventado, de
repente, por uma única pessoa num único dia. A história do automóvel reflete
uma evolução que abrangeu o mundo inteiro. Avalia-se que mais de 100.000
patentes foram registradas até chegar ao moderno automóvel. Entretanto,
podemos apontar as primeiras invenções significativas que ocorreram ao
longo dessa evolução, a começar pelos projetos teóricos de um veículo a motor
esboçados tanto por Leonardo da Vinci como por Isaac Newton
Podemos dizer que o primeiro veículo autopropulsionado surgiu em 1769.
Era um triciclo construído para fins militares, utilizando motor a vapor, e foi
concebido pelo engenheiro francês Nicolas Joseph Cugnot (1725 - 1804). Foi
construído no Arsenal de Paris pelo mecânico Brezin sob a orientação de
Cugnot e foi usado pelo exército francês para puxar canhões a uma incrível
velocidade de 4 km/h! O veículo tinha de parar a cada 15 minutos para
reabastecer o motor.
Assim como a humanidade deixou o aspecto simiesco, o carro foi perdendo
sua semelhança com as carruagens. No século XIX, surgem as primeiras
carruagens sem cavalos, movidas a vapor e tão barulhentas e lentas que
desanimariam qualquer um! Mas, os inventores são "pessoas" que pertencem
a uma categoria diferente dos outros simples mortais, são persistentes a ponto
de serem taxados de "lunáticos", "doidos" e outros adjetivos menos publicáveis.
Graças a essa persistência a partir de 1830, foram aperfeiçoados veículos
elétricos alimentados por baterias, mais "rápidos e "silenciosos", mas que
tinham o inconveniente de não poder percorrer longas distâncias porque
logicamente dependiam de carga das baterias.
Em 1860 Étienne Lenoir, constrói o primeiro motor de combustão interna, ou
seja, que queima combustível dentro de um cilindro, aliás o mesmo princípio
utilizado nos motores até hoje! Entre 1860 e 1870
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Tanto o motor como o depósito da
água eram separados do resto do
veículo,
ficando
na
sua
parte
dianteira. (veja figura acima). No
ano
seguinte
(1770),
Cugnot
construiu um outro modelo de
triciclo, capaz de transportar quatro pessoas.
Em 1771, Cugnot chocou um de seus veículos contra um muro, e assim, além
de criar o primeiro automóvel, se tornou também o primeiro motorista a
causar um acidente! A imagem abaixo mostra uma velha gravura da época
retratando o acidente.
2.1 Primeiro Acidente de Trânsito
Durante os primeiros anos da história dos veículos autopropulsionados,
tanto os automóveis como os veículos sobre trilhos utilizavam motores a
vapor. Porém, esse tipo de motor não era uma boa solução para os
automóveis devido ao seu peso elevado. Entretanto, os motores a vapor se
mostraram bastante adequados para os veículos sobre trilhos e constituíram o
projeto básico das locomotivas. Após Cugnot outros inventores foram
responsáveis por outros desenvolvimentos.
O francês Onesiphore Pecqueur criou o cambio com engrenagem diferencial.
Em 1789, foi concedida a primeira patente norte-americana de um carro
autopropulsionado a Oliver Evans.
Em 1801, Richard Trevithick construiu uma carruagem movida a vapor – a
primeira na Inglaterra.
O primeiro veículo motorizado a ser produzido com propósito comercial foi um
carro com apenas três rodas. Este foi produzido, em 1885, pelo alemão Karl
Benz e possuía um motor a gasolina. Depois foram surgindo outros modelos,
vários deles com motores de dois tempos, inventado, no ano de 1884, por
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Gottlieb Daimbler.
Não houve um exato momento na história do automóvel que se possa
convencionar como o início desta grande invenção. Com efeito, os primeiros
automóveis que surgiram foram fruto de sucessivas aproximações e
adaptações tecnológicas que, gradualmente, se foram desenvolvendo em torno
de um objetivo comum: viajar rápido, com comodidade e, sobretudo, com um
mínimo de esforço para os ocupantes e um máximo de segurança.
A auto locomoção de veículos já havia sido demonstrada em 1769 por Nicolas
Cugnot, na França, ao utilizar um motor a vapor para movimentar um veículo.
No entanto, só com a introdução do motor de combustão interna a quatro
tempos a gasolina em 1885, inventado por Karl Benz, na Alemanha, é que se
começou a considerar a viabilidade de um veículo autopropulsionado que
oferecesse as condições já mencionadas. A patente desta invenção data de 29
de Janeiro de 1886 em Mannheim. Contudo, apesar de Benz ser creditado pela
invenção do automóvel moderno, muitos outros engenheiros, também alemães,
pesquisavam simultaneamente sobre a construção de automóveis. Em 1886,
Gottlieb Daimler e Wilhelm Maybach, em Estugarda, patentearam a primeira
motocicleta, construída e testada em 1885 e, em 1886, construíram a primeira
adaptação da carruagem para o transporte automóvel. Em 1870, o germanoaustríaco Siegfried Marcus construiu uma carroça motorizada que, contudo,
não passaria da fase experimental.
2.2 O Primeiro Automóvel Americano
O primeiro carro como vimos nasceu na Alemanha, foi aperfeiçoado na
França, mas já era fabricado nos Estados Unidos. O primeiro carro
americano, o Duryea surgiu em 1893! E é nos Estados Unidos que teríamos o
segundo grande passo para a popularização e evolução definitiva do
automóvel, graças ao pioneirismo de Henry Ford.
3. A invenção
Já no século XVII se idealizavam os veículos impulsionados a vapor; Ferdinand
Verbiest, um padre da Flandres, demonstrara-o em 1678 ao conceber um
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pequeno carro a vapor para o imperador da China. Em 1769, Nicolas-Joseph
Cugnot elevava a demonstração à escala real, embora a sua aplicação tenha
passado aparentemente despercebida na sua terra-natal, França, passando a
desenvolver-se sobretudo no Reino Unido, onde Richard Trevithick montou um
vagão a vapor em 1801. Este tipo de veículos manteve-se em voga durante
algum tempo, sofrendo ao longo das próximas décadas inovações como o
travão de mão, caixa de velocidades, e ao nível da velocidade e direção;
algumas atingiram o sucesso comercial, contribuindo significativamente para a
generalização do tráfego, até que uma reviravolta contra este movimento
resultava em leis restritivas no Reino Unido, que obrigavam aos veículos
automóveis a serem precedidos por um homem a pé acenando uma bandeira
vermelha e soprando uma corneta. Efetivamente, estas medidas travaram o
desenvolvimento do automóvel no Reino Unido até finais do século XIX;
entretanto, os inventores e engenheiros desviavam os seus esforços para o
desenvolvimento dos caminhos-de-ferro, as locomotivas. A lei da bandeira
vermelha só seria suprimida em 1896.
Experiências isoladas, realizadas em toda a Europa, ao longo das décadas de
1860 e 1870, contribuíram para o aparecimento de algo semelhante ao
automóvel atual. Uma das mais significativas foi a invenção de um pequeno
carro impulsionado por um motor a 4 tempos, construído por Siegfried Markus
(Viena, 1874). Os motores a vapor - que queimavam o combustível fora dos
cilindros, deram lugares aos motores de combustão interna, que queimavam no
interior do cilindro uma mistura de ar e gás de iluminação. O ciclo de quatro
tempos foi utilizado com êxito pela primeira vez em 1876, num motor
construído pelo engenheiro alemão conde Nikolaus Otto.
A primeira patente do automóvel nos Estados Unidos da América foi concedida
a Oliver Evans, em 1789. Mais tarde, em 1804, Evans demonstrou o seu
primeiro veículo automóvel que não só foi o primeiro automóvel nos EUA mas
também o primeiro veículo anfíbio, já que este veículo a vapor dispunha de
rodas para circulação terrestre e de pás para circulação na água.
O belga Etienne Lenoir construiu um automóvel com o motor de combustão
interna a cerca de 1860, embora fosse propulsionado por gás de carvão. A sua
experiência durou 3 horas para percorrer 7 milhas — teria sido mais rápido
fazer o mesmo percurso a pé e Lenoir abandonava as experiências com
automóveis.
4. Evolução
Algum tempo depois, uma empresa francesa, chamada Panhard et Levassor,
iniciou sua própria produção e venda de veículos. Em 1892, Henry Ford
produziu seu primeiro Ford na América do Norte.
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Os ingleses demoraram um pouco mais em relação aos outros países
europeus devido à lei da bandeira vermelha (1862). Esta impunha aos veículos
transitar somente com uma pessoa em sua frente, segurando uma bandeira
vermelha como sinal de aviso. O Lanchester foi o primeiro carro inglês, e, logo
após dele, vieram outros como: Subean, Swift, Humber, Riley, Singer,
Lagonda, etc.
No ano de 1904, surgiu o primeiro Rolls Royce com um radiador que não
passaria por nenhuma transformação. A Europa seguiu com sua frota de
carros: na França (De Dion Bouton, Berliet, Rapid), na Itália (Fiat, Alfa-Romeo),
na Alemanha (Mercedes-Benz), já a Suíça e a Espanha partiram para uma
linha mais potente e luxuosa: o Hispano-Suiza.
Após a Primeira Guerra Mundial, os fabricantes partiram para uma linha de
produção mais barata, os automóveis aqui seriam mais compactos e fabricados
em séries. Tanto Henry Ford, nos Estados Unidos da América, quanto Willian
Morris, na Inglaterra, produziram modelos como: o Ford, o Morris e o Austin.
Estes, tiveram uma saída impressionante das fábricas. Impressionados com o
resultado, logo outras fábricas começaram a produzir veículos da mesma
forma, ou seja, em série. Este sistema de produção ficou conhecido como
fordismo. No caso do Brasil e também em outros países da América Latina,
esta evolução automotora chegou somente após a Segunda Guerra Mundial.
Já na década de 30, fábricas estrangeiras, como a Ford e a General Motors,
colocaram suas linhas de montagem no país. Porém, foi somente em 1956,
durante o governo de Juscelino Kubitschek que as multinacionais automotivas
começaram a montar os automóveis. Primeiramente fabricaram caminhões,
camionetas, jipes, furgões e, finalmente, carros de passeio. Esta indústria foi
iniciada pela Fábrica Nacional de Motores, que era responsável pela produção
de caminhões pesados. Posteriormente vieram: automóvel JK com estilo AlfaRomeo, Harvester, Mercedes-Benz do Brasil com seus caminhões e ônibus, a
Scania-Vabis e a Toyota.
Logo depois, carros de passeio e camionetas começaram a ser fabricados:
Volkswagem, DKW-Vemag, Willys-Overland, Simca, Galaxie, Corcel (da Ford),
Opala (da Chevrolet), Esplanada, Regente e Dart (da Chrysler). Todos estes
veículos, embora montados no Brasil, eram projetados nas matrizes europeias
e norte-americanas, utilizando a maioria de peças e equipamentos importados.
Diferente de antigamente, hoje o automóvel possui características como
conforto e rapidez, além de ser bem mais silencioso e seguro. Nos últimos
anos, os carros vêm passando por inúmeras mudanças, e estas, os tornam
cada vez mais cobiçados por grande parte dos consumidores. Todo o processo
de fabricação gera milhões de empregos em todo mundo e movimenta bilhões
de dólares, gerando lucros para as multinacionais que os fabricam.
Com o passar dos anos foi possível ter uma base de quantos veículos eram
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produzidos por ano.
PRODUÇÃO MUNDIAL DE AUTOVEÍCULOS
Ano
Total
1992
48.088.050
1993
46.785.380
1994
49.500.168
1995
50.008.094
1996
51.542.000
1997
53.403.000
1998
53.147.000
Fonte: Anfavea
Quadro 1 - Produção Mundial de Veículos de 1992/ 1998
Fonte: ANFAVEA - Elaboração NITEC
Figura 1 - Produção mundial de veículos em 1997
A indústria automobilística, como se conhece hoje, tem sua história reescrita a
partir deste amplo movimento global. Com o primeiro choque do petróleo, em
1973, houve a necessidade de uma profunda reorganização do setor. As
mudanças nasceram em consequência do aumento do número de produtores
mundiais, cada um com suas especificidades. Dentre eles, o Japão, com seu
modelo de produção, foi certamente aquele que desencadeou o recente
processo de mudanças.
Devido à absoluta necessidade de racionalizar o uso de todo e qualquer
recurso, a produção japonesa somente seria realizada quando devidamente
"puxada" pelo mercado. Para tanto, foi necessário um novo tipo de
relacionamento entre as montadoras e os fornecedores, o que se constitui no
cerne do modelo japonês. Enquanto no modelo Fordista os fornecedores eram
independentes e competiam pelo fornecimento de peças e de tecnologias não
dominadas pelas montadoras, no Sistema Toyota os fornecedores estão
organizados em níveis funcionais, com diferentes graus de responsabilidade e
relações mais duradouras com as montadoras. A base deste novo padrão de
relacionamento estava no uso de um novo conjunto de técnicas gerenciais, tais
como kanban, just-in-time, redução de estoques, qualidade total e kaizen.
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Nascida do modelo fordista, a versão japonesa praticamente "pensou ao
inverso" a relação de produção com o mercado.
O elevado nível de eficiência produtiva e de qualidade observado na indústria
japonesa e seu revolucionário modelo de produção anos 70 fizeram com que
seu modelo fosse imediatamente adotado por países da Europa, pelos EUA e
por países da América Latina. A difusão do modelo japonês levou ao
surgimento de um novo paradigma dominante. Em substituição ao sistema de
produção em massa, surgiu o modelo de Produção Enxuta.
5. A Cadeia Totalmente Integrada
A cadeia totalmente integrada baseia-se numa relação entre montadora e
seus fornecedores tão íntima a ponto de que qualquer alteração no produto ou
processo de um fornecedor deva ser aprovada pelos elos superiores. Ao
contrário do que ocorre em contratos de simples compra-e-venda, os produtos
são desenvolvidos conjuntamente por cliente e fornecedores (co-design), bem
como os preços (target) e suas taxas de redução (que podem ter períodos de
até 5 anos) são estabelecidos também em comum acordo. Neste cenário, temse um contrato mais duradouro, reflexo de uma maior divisão de riscos,
responsabilidade, e, em conseqüencia, resultados. Além disso, o produto passa
a ser entregue pelo fornecedor na própria linha de montagem do cliente, sendo
a programação de sua produção estabelecida e firmada através do sistema de
integração de dados (Eletronic Data Interchange — EDI), que interliga os
sistemas do cliente e do fornecedor. A integração total da cadeia automotiva
sinaliza o surgimento de uma nova forma de organização industrial baseada na
total interação entre as empresas.
6. A Questão Ambiental
Em consequência ao surgimento da Produção Enxuta e da Cadeia Totalmente
Integrada, um novo movimento é notado: o de redução de desperdício e, em
decorrência disto, a busca pela economia dos recursos ambientais.
As questões ambientais consistem em um ponto cada vez mais estratégico do
planejamento empresarial dentro na indústria automotiva. Algumas das razões
para os investimentos nesta área referem-se à redução de custos, à imagem
da empresa e à busca por vantagens competitivas. Através de uma análise
histórica, é possível detectar que, desde a sua formação, o setor automotivo
tem adotado alternativas que contemplam alguns dos princípios da
ecoeficiência.
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Paralelamente, o planejamento ecológico, associado à produção enxuta, leva
as empresas a eliminarem os desperdícios sistematicamente com a melhoria
contínua dos processos. Como consequência natural, a produtividade aumenta
(Room, 1996). No que diz respeito à reciclagem de materiais, atualmente cerca
de 75% do peso do carro — composto principalmente por metais — é
reciclável. Até 2002, pelo menos 85% do peso do veículo deverá ser
reutilizado, reciclado ou recuperado e, até 2015, 95% (Volvo, Relatório Anual,
1996). De acordo com os dados estatísticos da Associação dos Recicladores
Automotivos dos EUA, mais do que 11 milhões de veículos são reciclados
anualmente naquele país.
Atualmente, existem diversas alternativas, como motores com células de
combustível, carros elétricos, veículos abastecidos a gás e todo tipo de carros
com híbridos. Os combustíveis serão escolhidos de forma a se adequarem a
situações particulares. Isto significa que o já fragmentado mercado
automobilístico seguirá a mesma tendência no mercado de combustíveis
alternativos. Algumas empresas, como a Volkswagen e a Toyota, acreditam
que a tecnologia híbrida de gasolina e eletricidade será a líder do mercado.
Outra alternativa é o armazenamento de energia em filamentos do volante para
construir o que se chama de "raio de energia híbrido".
Na medida que a qualidade ambiental passa a ser uma exigência em todo o
setor automotivo, os fornecedores também precisam estar atentos às
demandas. Atender às exigências significa adotar políticas e sistemas de
gestão ambiental, desenvolver processos mais limpos, identificar os produtos
de forma a facilitar a futura reciclagem, estar atento em relação ao design para
desmontagem e adotar matérias-primas menos tóxicas.
7. A Expansão Global dos Negócios Automotivos
Nos anos 90, apesar das mudanças na organização industrial, a produção
mundial perdeu impulso. A chamada "crise de demanda" das economias
desenvolvidas colocou a economia mundial em recessão. Até 1993, a produção
automotiva parecia estagnar-se no patamar de 45 milhões de unidades.
É somente com a ampliação global dos resultados obtidos pela retomada da
economia americana que em 1996 a produção mundial de veículos ultrapassou
a casa dos 50 milhões de veículos. Os EUA voltaram a ser, ao mesmo tempo,
um grande mercado consumidor e um grande polo produtor. As grandes
empresas americanas (GM, Ford e Chrysler) alimentavam o mercado interno.
Às demais empresas mundiais restava competir em seus próprios mercados,
muito menores do que o americano ou, ainda, entrar no mercado americano
com preços decrescentes.
Porém, se a demanda local das demais economias desenvolvidas (Europa e
Japão) continuava estagnada devido aos mercados saturados, a demanda
mundial crescia nos chamados "mercados emergentes".
Os países cujos mercados apresentam potencial de crescimento passam a
exercer um papel estratégico cada vez mais importante na expansão da
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indústria no final deste século. Como forma de rentabilizar seus negócios
mundiais, todas as principais montadoras mundiais passam a direcionar suas
atenções a estes mercados com potencial crescimento.
Com a expansão dos mercados, expandiram-se também as fronteiras das
novas formas de organizar e produzir veículos, e seus diferentes componentes
dependem, mesmo em países emergentes, do processo de relacionamento
montadora - fornecedores, regido pelos princípios "enxutos". Novos termos, tais
como global sourcing, follow sourcing, consórcio modular, condomínios
industriais e sistemistas fazem cada vez mais parte do dia-a-dia.
8. A INDÚSTRIA AUTOMOTIVA E O BRASIL
Foi em novembro de 1891 que o primeiro carro motorizado chegou em solo
brasileiro. A bordo do navio Portugal, que aportou na cidade de Santos, um
único exemplar de um Peugeot, comprado por 1.200 francos. O proprietário era
um rapaz de dezoito anos chamado Alberto Santos Dumont - o futuro Pai da
Aviação -, que acabava de retornar da França com a família. Em 1893, na
cidade de São Paulo, que na época contava com 200.000 habitantes, em
plena Rua Direita, o povo pára para ver, entre assustado e encantado, um
carro aberto com rodas de borracha. Era um automóvel a vapor com
caldeira, fornalha e chaminé, levando dois passageiros. O dono do
desengonçado veículo era Henrique Santos Dumont, irmão do "Pai da
Aviação" com um Daimler inglês(patente alemã)Dumont já demonstrava que
era um homem de visão. Em 1903, tínhamos em São Paulo 6 automóveis
circulando pela cidade, e a prefeitura tornou obrigatória a inspeção dos
veículos, para fornecer uma placa de identificação, que seria obrigatoriamente
afixada na parte traseira do "carro". O automóvel se transformaria na maior
mola propulsora da economia mundial. Se em 1891 existia somente um
automóvel no Brasil, em 1904, 84 carros já eram registrados na Inspetoria de
Veículos. Faziam fila na época figuras ilustres da sociedade paulista: Antonio
Prado Júnior, Ermelindo Matarazzo, Ramos de Azevedo, José Martinelli e
muitos outros. De olho nesse mercado, a empresa Ford decide em 1919 trazer
a empresa ao Brasil. O próprio Henry Ford sentencia: "O automóvel está
destinado a fazer do Brasil uma grande nação". A primeira linha de montagem
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e o escritório da empresa foram montados na rua Florêncio de Abreu, centro da
cidade de São Paulo.
A indústria automotiva tem exercido papel central no desenvolvimento
econômico e tecnológico do Brasil. Com o boom da indústria nos anos 50, toda
uma malha industrial surgiu e se fortaleceu apesar dos mais diversos ciclos
ocorridos no país.
Após um longo período de crise nos anos 80, quando a produção de veículos
"estacionou" abaixo de um milhão de unidades por ano, os anos 90
representam um novo cenário.
O Mercosul, os novos investimentos e a multiplicação de polos colocam o
Brasil dentre os principais produtores mundiais.
9. A 1ª Corrida automobilística no Brasil
A primeira corrida automobilística ocorrida no Brasil foi em São Paulo, no
dia 26 de julho de 1908, no Parque Antártica uma multidão que pagou 2.000
réis pela oportunidade, esperavam ansiosos pelo vencedor do "Circuito de
Itapecerica".
Repórteres nacionais e estrangeiros cobriam o evento, que também era o
primeiro de toda América do Sul. O grande vencedor foi o paulista Sylvio
Penteado, com seu Fiat de 40 cavalos, com uma média de 50 km por hora,
ele cumpriu o trajeto de 70 km em 1 hora 30 min. e 5 segundos. Neste mesmo
ano o conde francês Lesdain, realiza a pioneira travessia Rio-São Paulo (Se
hoje você reclama da Dutra, imagine...) 700 km de estradas tortuosas, que ele
venceu em 33 dias num carro Brasier de 16 cavalos.
Antônio Prado Júnior, no mesmo ano organiza uma caravana de
"bandeirantes sobre rodas de borracha", com destino a Santos(S.P) pelo
perigoso e abandonado Caminho do Mar, a aventura durou 36 horas. Em 1908
foi criado o Automóvel Clube de São Paulo, para estimular o automobilismo
na cidade, na mesma época no Rio de Janeiro é criado o Automóvel Club do
Brasil.
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10. Cronologia
1894
Vacheron
lança
o
automóvel
com
volante.
1895 - Panhard fabrica o primeiro automóvel fechado. Os irmãos André
EEdouard Michelin lançam os primeiros pneus para automóveis.
1898 - Daimler constrói o primeiro motor de 4 cilindros em linha.
1899 - Daimler introduz a mudança de velocidade em "H" e o acelerador de pé.
Renault na França, é primeiro a utilizar o eixo de transmissão ligado ao eixo
traseiro por meio de cardans. Os automóveis de Dietrich-Bolée vem com
parabrisas
como
acessórios
extras.
1901
Daimler
lança
na
Alemanha
o
Mercedes.
1902 - Spyker lança na Holanda um automóvel com tração nas 4 rodas e motor
6 cilindros em linha. Frederick Lanchester inventa o freio a disco.
1903 - Mors, apresenta um automóvel com amortecedores. Ader na França
fabrica
o
primeiro
"V8".
1905 - Surge nos Estados Unidos o primeiro sistema de aquecimento que
funcionam
com
o
escapamento
do
motor.
1906 - A Rolls-Royce lança o Silver Ghost. Nos Estados Unidos surgem os
pára-choques.
1908 - A Ford lança o modelo "T". A Delco nos Estados Unidos, fabricam a
primeira
bobina
e
o
distribuidor.
1912 - A Peugeot fabrica o primeiro motor com árvore de comando de válvulas,
duplos
no
cabeçote.
1915 - Aparecem nos Estados Unidos os "limpadores de pára-brisas.
1916 - Aparecem nos EUA as luzes de freio acionadas pelo pedal.
1917 - O modelo American Premier inova com um velocímetro.
1921 - Surge nos EUA a mudança de luzes automática.
1923 - A Dodge, fabrica a primeira carroceria fechada totalmente em aço. A
Fiat, na Itália, monta uma coluna de direção ajustável.
11. Fonte de Pesquisas
http://www.suapesquisa.com/cienciastecnologia/carrosantigos/
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/historia-do-automovel/historia-doautomovel-31.php
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