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CONSELHO REGIONAL DE FONOAUDIOLOGIA
2ª REGIÃO – SÃO PAULO SP
III Mostra de Fonoaudiologia na Atenção Básica
do Estado de São Paulo
ANAIS
30 de Novembro de 2011
Campinas-SP
Conselho Regional de Fonoaudiologia - 2ª Região/SP
Rua Tanabi, 64 – Água Branca – São Paulo/SP – CEP 05002-010
11 3873-3788 – [email protected] – www.fonosp.org.br
CONSELHO REGIONAL DE FONOAUDIOLOGIA
2ª REGIÃO – SÃO PAULO SP
III Mostra de Fonoaudiologia na Atenção Básica do Estado de São Paulo
Promoção: Conselho Regional de Fonoaudiologia 2ª Região – 9º Colegiado
Entidade parceira: Pontifícia Universidade Católica de Campinas - Curso de Fonoaudiologia
Presidente do CRFa. 2ª Região: Fga. Ms. Thelma Costa
Coordenação geral: Profa. Dra Andréa Cintra Lopes - Presidente da Comissão de Saúde do
CRFa. 2ª Região
Comissão Organizadora
Profa. Dra. Andréa Cintra Lopes
Fga. Cibele Siqueira
Profa. Dra. Emilse Aparecida Merlin Servilha
Fga. Ms. Fabiana Gonçalves Cipriano
Fga. Ms. Kátia de Cássia Botasso
Fga. Kelly Cristiane D`Amelio Pedroso
Fga. Mariene Terumi Umeoka Hidaka
Profa. Dra. Maria Cecilia Bonini Trenche
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III Mostra de Fonoaudiologia na Atenção Básica do Estado de São Paulo
Comissão Científica
Profa. Dra. Alessandra Gianella Samelli
Fga. Ms. Ariadnes Nóbrega de Oliveira
Profa. Dra. Daniela Regina Molini-Avejonas
Fga. Gessyka Gomes Marcandal
Profa. Dra. Helenice Yemi Nakamura
Profa. Dra. Luciana Tavares Sebastião
Profa. Dra. Maria Aparecida Miranda de Paula Machado
Profa. Dra. Maria Cecília Bonini Trenche
Profa. Dra. Maria Cecília Marconi Pinheiro Lima
Profa. Dra. Mariangela Lopes Bitar
Profa. Dra. Patrícia Pupin Mandrá
Fga. Ms. Reginalice Cera da Silva
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Nossos agradecimentos às instituições apoiadoras, abaixo listadas, pelo apoio e dedicação.
Todos são responsáveis pelo evento, que esperamos deixar gratas recordações.
Academia Brasileira de Audiologia
Cursos de Fonoaudiologia da FOB/USP, FMUSP, FMRP, UNESP-MARÍLIA, UNICAMP E
UNIMEP
INAD Brasil
Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia
Audibel
Cliaudi
Microsom Campinas
Phonak
Starkey
Telex-Oticon
Widex Campinas
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Carta da Comissão Organizadora
É com grande satisfação que realizamos mais uma edição da Mostra de Fonoaudiologia
na Atenção Básica do Estado de São Paulo, em parceria com o curso de Fonoaudiologia da
PUC-CAMPINAS.
Durante a “II Mostra”, os grupos temáticos instituídos discutiram os avanços e desafios
da atuação fonoaudiológica na Saúde Pública (Atenção Básica, Média e Alta Complexidade,
Saúde Mental, Saúde do Trabalhador, Educação e Saúde, Gestão). Na edição deste ano, a
partir dos desafios elencados, a meta foi avançar na discussão e definição de propostas,
exequíveis, por parte dos próprios profissionais, dos Conselhos de Fonoaudiologia, das IES,
visando fortalecer a atuação do fonoaudiólogo na Atenção Básica.
A Comissão Organizadora da “III Mostra” agradece a participação e deseja que o evento
contribua para o fortalecimento da Fonoaudiologia na Saúde Pública.
Comissão Organizadora
São Paulo, 30 de Novembro de 2011.
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E-mail: [email protected]
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III MOSTRA DE FONOAUDIOLOGIA NA ATENÇÃO BÁSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Programa
8h30 as 9h00: Recepção dos convidados e entrega do material
9h00 as 9h30: Abertura
Fga. Ms. Thelma Costa - Presidente do Conselho Regional de Fonoaudiologia 2ª Região
Dra. Andrea Cintra Lopes - Presidente da Comissão de Saúde do Conselho Regional de
Fonoaudiologia 2ª Região
Dra. Miralva Aparecida de Jesus Silva – Diretora do Centro de Ciências da Vida
Dr. José Gonzaga Teixeira de Camargo - Diretor adjunto do Centro de Ciências da Vida.
Dra. Emilse Aparecida Merlin Servilha – Diretora da Faculdade de Fonoaudiologia
9h30 as 10h15: Palestra “A política Nacional de Atenção Básica e as possibilidades da inserção
do fonoaudiólogo”
Fga. Ms. Maria Teresa Cavalheiro
Mestre em Psicologia Escolar, docente da PUC-Campinas, fonoaudióloga da Prefeitura
Municipal de Mogi Mirim na Atenção Básica e membro da Comissão Nacional da Residência
Multiprofissional/MEC
10h15 as 10h45: Intervalo
10h45 as 11h45: Mesa Redonda “Os diferentes arranjos da atuação do fonoaudiólogo na
Atenção Básica”
Fga. Ms. Katia Botasso
Mestre em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação e coordenadora do serviço de
Fonoaudiologia da Prefeitura Municipal de Mogi Mirim
Fga. Ms. Karen Rodrigues
Mestre em Fonoaudiologia
Coordenadora Equipe NASF – Fundação Faculdade de Medicina da USP
Moderadora: Profa. Dra. Andrea Cintra Lopes
11h45m as 13h00: Relatos de Experiência
Moderadora: Fga. Ms. Thelma Costa
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13h00 as 14h0: Almoço
14h00 as 15h30: Atividades dos Grupos de Trabalhos, constituídos por área temática: Atenção
Básica, Média e Alta Complexidade, Educação e Saúde, Gestão e Saúde Mental.
Tarefa: definir duas estratégias de enfrentamento para cada desafio apresentado.
15h45: apresentação da síntese dos trabalhos inscritos no evento
Profa. Dra. Andrea Cintra Lopes
16h00 as 16h45: Plenária Final
Moderadora: Fga. Ms. Katia Botasso
16h45: Encerramento
Fga. Ms. Thelma Costa - Presidente do Conselho Regional de Fonoaudiologia 2ª Região
Dra. Emilse Aparecida Merlin Servilha – Diretora da Faculdade de Fonoaudiologia
Local: PUC-Campinas - Campus II
Auditório Monsenhor Salim - Av. John Boyd Dunlop s/nº, Jardim Ipausurama, Campinas/SP
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Trabalhos selecionados para apresentação oral
“Relatos de Experiência”
Área de inscrição: Atenção Básica
POR UMA FORMAÇÃO GENERALISTA: REFLEXÕES SOBRE A MINHA TRAJETÓRIA NA
GRADUAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA DENTRO DA ATENÇÃO BÁSICA
PARO CA; CARVALHO SR; GASPARETTO ME; LIMA MCMP.
INSTITUIÇÃO: Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas.
Introdução: A concretização do ideário de luta da Reforma Sanitária por meio da implementação
do Sistema Único de Saúde (SUS), legitimado legalmente na Constituição Federal (1988) e na Lei
Orgânica da Saúde (1990), tem colocado para o campo da formação profissional novos e complexos
desafios e induzido a mudanças no que se refere ao ensino de graduação, levando, nos últimos anos, a
importantes processos de capacitação dos profissionais que prestam serviços de saúde.
Buscando qualificar a formação discente e contribuir para a melhoria da assistência prestada aos
usuários do SUS, tem sido elaborada uma nova legislação e implementados programas específicos que
buscam responder às necessidades do setor saúde, tais como o AprenderSUS, o Pró-Saúde, o PETSaúde, entre outros. Além do arcabouço legal do SUS, esta tem como fonte de inspiração a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Neste processo de mudança, houve a substituição do “currículo mínimo” – onde são
estabelecidos conteúdos mínimos a partir dos quais são construídos os currículos dos cursos de cada
Instituição Formadora – pelas “diretrizes curriculares”, as quais, ao aterem-se no estabelecimento de
competências e habilidades, abriram um leque de possibilidades para iniciativas que, respeitando a
singularidade dos distintos contextos vivenciados pelo SUS, buscam responder aos complexos desafios
postos pelo cotidiano dos serviços de saúde.
A resolução que institui as diretrizes curriculares nacionais dos cursos de graduação na área da
saúde define, por exemplo, princípios, fundamentos, condições e procedimentos para a formação.
Preconiza, entre outros aspectos, que cada profissional deva “assegurar que sua prática seja realizada de
forma integrada e contínua com as demais instâncias do sistema de saúde”, e que seja capaz de pensar
criticamente, de analisar os problemas da sociedade e de procurar soluções para os mesmos.
Recomenda, no artigo 3°, que os cursos de graduação em Fonoaudiologia tenham como egresso um
profissional com “formação generalista, humanista, crítica e reflexiva”.
OBJETIVOS
Descrever e refletir sobre as experiências na Atenção Básica (AB) proporcionadas pelo curso de
Graduação em Fonoaudiologia da Faculdade de Ciências Médicas/Instituto de Estudos da Linguagem da
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), que favorecem uma formação de fonoaudiólogos
generalistas.
DESCRIÇÃO DAS EXPERIÊNCIAS
O Curso de Fonoaudiologia da UNICAMP nasce de um esforço multidisciplinar, fruto da
integração das experiências de distintos institutos da Universidade. O processo de ensino/aprendizagem
dentro do curso perpassa os diferentes níveis de atenção à saúde, possibilitando que os graduandos
conheçam diferentes linhas de cuidado, permitindo-os desenvolver ações fonoaudiológicas junto à
comunidade em diferentes equipamentos sociais e atuar em equipe junto à rede de serviços.
Há também um forte compromisso em formar um profissional egresso com visão ampla e
generalista, o que pode ser constatado na formação que recebemos da/na AB.
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Desde o primeiro ano do curso, existem disciplinas articuladas com a AB, como a disciplina
“Atenção à Saúde no Brasil”, que, além de promover o contato dos recém-ingressos com conceitos
teóricos do sistema de saúde brasileiro, já propiciava vivências interdisciplinares, visto que as ações da
disciplina eram integradas com os estudantes de Medicina. Há também outras disciplinas teóricas que
compõem o arsenal de disciplinas que contribuem para a construção de conhecimentos teóricos sobre o
SUS.
Dentro dos estágios do ciclo profissionalizante do curso, as disciplinas “Fonoaudiologia
Comunitária I e II” cumprem o papel de promover o contato dos graduandos com distintas instituições e
serviços de saúde e educação, como Unidades Básicas de Saúde, Escolas, Creches e Abrigos. No
Centro de Saúde (CS), foi possível vivenciar, conhecer e analisar possíveis ações da fonoaudiologia em
serviços de AB, como o diagnóstico situacional (levantamento do organograma, da equipe de
profissionais, da população atendida e de trabalhos fonoaudiológicos já existentes), realização de grupos
de orientação, atendimento fonoaudiológico em grupo, discussão dos casos clínicos com os outros
profissionais do CS, atividades educativas e de promoção da saúde (como a performance teatral que foi
realizada na Semana da Voz e do Ruído) e acolhimento dos usuários que procuram por atendimento
fonoaudiológico.
Além destas atividades curriculares, a participação em projetos/eventos extra-curriculares teve
forte implicações em todo este meu processo formativo. A inserção do curso no Programa Nacional de
Reorientação da Formação Profissional em Saúde (Pró-Saúde) II induziu o curso a organizar uma série
de eventos, cuja participação auxiliou na reflexão sobre o SUS e no amadurecimento de um profissional
com visão ampla e generalista.
A participação no projeto “Pesquisa Avaliativa Sobre Gestão do Trabalho e a Formação de
Graduandos e Trabalhadores de Saúde: Explorando Fronteiras” do Programa de Educação pelo Trabalho
para a Saúde (PET-Saúde) proporcionou novas “experimentações” dentro dos serviços de AB e de uma
prática profissional generalista. Nesta vivência interdisciplinar, foi possível amadurecer discussões em um
coletivo constituído de graduandos de medicina, enfermagem e fonoaudiologia, e preceptores
(enfermeiras, médica, gestoras, dentista e terapeuta ocupacional) de CS de Campinas. Dentro deste
projeto, foi realizada uma pesquisa-intervenção, onde os graduandos, com apoio dos preceptores,
encenaram espetáculos circenses na AB, discutindo a temática do cuidado integral à saúde. Esta foi uma
experiência muito interessante para os graduandos, já que pensar e operacionalizar as intervenções
artísticas ajudou a formar profissionais “promotores de saúde”, que vivenciaram a importância da
interdisciplinaridade e de uma formação humanizada. Além disso, criou novas dinâmicas que se
contraponham à fragilização da vida no seu cotidiano, quebrando especialismos e explorando novas
fronteiras do corpo e do fazer/produzir saúde.
CONCLUSÃO
Os estágios no CS proporciam uma experiência excepcional da práxis fonoaudiológica,
promovendo a reflexão teórica e a vivência prática da atuação fonoaudiológica na AB. Esta vivência foi
bastante desafiadora, complexa e construtiva, auxiliando no entendimento das possibilidades,
potencialidades e limites desta inserção, além de estimular a formação de profissionais generalistas, pois
como a visão “especialista” não condiz com a realidade da AB, foi necessário libertar-se do olhar
meramente clínico para adquirir um olhar profissional ampliado, “promotor de saúde”.
Por fim, acredita-se que todas as atividades supracitadas confluem na formação de
fonoaudiólogos generalistas, produtores de vida, capazes de tecer linhas de cuidado e desenvolver
projetos que lidam com a dimensão da pluralidade da vida.
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Área de inscrição: Educação e Saúde
CONHECIMENTO DOS PROFESSORES E MONITORES DA SALA DE RECURSOS DA REDE
PÚBLICA DE ENSINO DE RIO CLARO SOBRE A DISFAGIA E SUAS IMPLICAÇÕES
CESTARO, G.
INSTITUIÇÃO: FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE SAÚDE DO MUNICIPIO DE RIO CLARO-SP
A disfagia caracteriza-se por uma dificuldade na deglutição ocasionada por alterações no sistema
nervoso central e/ou periférico secundário a uma patologia de base, que acomete as fases oral, faríngea
e/ou esofágica da deglutição, comprometendo a nutrição, hidratação e condições pulmonares do
paciente, cujos principais sintomas manifestam-se por recusa ou incômodo para alimentar-se, tempo
prolongado de alimentação, perda de peso ou ausência de ganho ponderal, febres sem motivo aparente,
tosse e engasgos antes, durante e após alimentação, além das complicações pulmonares. Com a
inclusão e acessibilidade do portador de necessidades especiais na escola, que desde a Declaração de
Salamanca (1994), vem ocorrendo de forma gradativa, surge a necessidade de oferecer formação à
equipe escolar que atua diretamente com o deficiente, de modo a garantir a alimentação em condições
seguras. Objetivo: Verificar o conhecimento sobre a disfagia e suas implicações no portador de
necessidades especiais que freqüentam a escola da rede pública no município de Rio Claro. Metodologia:
Foi realizado um mini-curso para a formação dos monitores e professores das crianças portadoras das
deficiências especiais usuárias do Centro de Habilitação Infantil que freqüentam as escolas da rede
pública de ensino da cidade de Rio Claro, em que foi aplicado um questionário antes da apresentação do
mini-curso baseado no questionário elaborado por Furkim e Silva (1999), seguido da apresentação do
mini-curso realizado por uma fonoaudióloga da Fundação Municipal de Saúde de Rio Claro que atua no
Centro de Habilitação Infantil no setor de Disfagia. No mini-curso, foram oferecidas informações sobre a
disfagia e suas principais implicações, explicações sobre anatomia e neurofisiologia da deglutição, fases
da deglutição e possíveis alterações, bem como intervenção fonoaudiológica baseada no gerenciamento
da disfagia e prevenção de seus agravos, através de adequações posturais, na consistência e textura dos
alimentos oferecidos, temperaturas e sabores, utensílios utilizados, manobras que auxiliam na melhora no
padrão oral e faríngeo da deglutição, visando à segurança da alimentação do paciente e redução dos
riscos à sua saúde. Resultados: Participaram do mini-curso 31 profissionais, sendo 26 monitores, 3
professores e 2 auxiliares de serviços gerais, trabalhadores das escolas públicas da rede de ensino de
Rio Claro, sendo observado que 29% não sabem do que se refere a disfagia, 45% acreditam que a
disfagia trata-se de uma doença da deglutição e 26% sabem que a disfagia é uma dificuldade na
deglutição. Dos participantes presentes, 71% já atuaram com pacientes que necessitasse de auxílio na
alimentação e 29% responderam que nunca tiveram contato com este tipo de paciente. Quanto aos
principais sintomas da disfagia, 6% desconhecem os principais sintomas, 55% sabem que a pneumonia
pode estar relacionada ao distúrbio da deglutição, 77% acreditam que a tosse seja um sintoma da
disfagia, 65% informaram que envolve risco de aspiração pulmonar, 61% associaram o vômito como
manifestação da disfagia, 23% relataram a presença de convulsão como sintoma de disfagia. Quanto à
postura adequada durante alimentação, 13% não souberam responder, 6% referiram a posição sentado
com cabeça em extensão como melhor posição para alimentação e 81% informaram a posição sentado
com apoio de cabeça como posição adequada para alimentação. Quanto à consistência a oferecer ao
paciente, 13% não souberam responder qual a melhor consistência para oferecer ao paciente, 19%
acreditam que a consistência líquida seja a melhor opção para oferta, 68% referiram a consistência
líquida engrossada, 58% informaram a consistência pastosa, 10% responderam a consistência pastosa
com resíduo e 3% relataram a consistência sólida como opção para alimentação do paciente disfágico.
Quanto ao profissional responsável pelo treino da deglutição, 13% não souberam responder, 16%
responderam ser o fisioterapeuta, 13% acreditam que o médico é o responsável e 61% informaram que o
fonoaudiólogo o profissional responsável pelo treino da deglutição. Conclusão: Os dados obtidos revelam
a importância e a necessidade do diálogo entre as áreas da saúde e educação. Uma vez que os usuários
de nosso serviço estão incluídos na escola, é necessário a capacitação dos cuidadores através do
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gerenciamento da alimentação dos pacientes, visto que, para um melhor prognóstico da disfagia é
imprescindível adequar todas as situações de alimentação de nossos pacientes, de modo a promover
alimentação de forma segura e prazerosa, minimizando os riscos e conseqüências ocasionadas pela
disfagia.
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Área de inscrição: Gestão
O DIREITO À COMUNICAÇÃO NO MUNICÍPIO DE MOGI MIRIM / SP
D'Avila, RCO; Cavalheiro, MTP; Botasso, KC
Instituição: Prefeitura Municipal de Mogi Mirim/SP
A garantia da Saúde como direito social, na Constituição Federal de 1988, apontou a
necessidade da participação de diferentes categorias profissionais para o alcance do
princípio da integralidade. Considerando a complexidade das necessidades em saúde, fica
evidente a importância da participação da Fonoaudiologia na organização dos serviços e
ações que compõem o Sistema Único de Saúde. Este trabalho tem como objetivos: (1)
relatar a organização de um serviço de Fonoaudiologia, ao longo de 25 anos, que tem
buscado oferecer acesso universal às demandas relacionadas à Comunicação Humana e
(2) mostrar alguns indicadores de produção. No município, que tem 86.244 habitantes, o
serviço de Fonoaudiologia, existente desde a década de 80, conta, atualmente, com 12
profissionais. Desde 2000, a partir de uma reorganização administrativa, parte das ações
foi descentralizada para as Unidades Básicas de Saúde do município, que passaram a ser
a Porta de Entrada para todas as necessidades, nos outros níveis de atenção, não
havendo restrição de idade, nem de patologia para os atendimentos. O serviço está
estruturado nos seguintes níveis / ações: (1) Atenção Primária: triagem, vigilância do
desenvolvimento (Recém-nascido e crianças até quatro anos), atendimento a gestantes,
atuação nas escolas do território, orientações aos pais e/ou cuidadores, lista de espera
assistida e projeto cantoterapia, voltado aos idosos (2) Atenção Especializada: terapia
fonoaudiológica, avaliação audiológica (Triagem Auditiva Neonatal Universal, Potencial
Evocado Auditivo de Tronco Encefálico, Audiometria e Imitanciometria, Acompanhamento
de usuários que utilizam aparelho de amplificação sonora individual, Educação Especial,
ADOT (Atendimento Domiciliar Terapêutico) e Saúde do Trabalhador. As Campanhas de
prevenção e promoção ao aleitamento materno, voz, gagueira e audição, são realizadas
nos dois níveis de atenção. Contamos com gestão de Fonoaudiologia e participamos de
atividades do Controle Social (Conselhos de Saúde / Conferências). Tem havido
articulação com o Poder Legislativo por meio do qual foram elaboradas e sancionadas
Leis: “Prevenção e Promoção da Saúde Vocal dos Educadores Municipais” e “Triagem
Auditiva Neonatal Universal”. Membros da equipe participam do Comitê do Aleitamento
Materno, do Conselho Municipal de Educação e do Idoso. A partir do ano de 2009, alguns
indicadores e metas, referentes a algumas ações da Atenção Primária e Especializada,
constam na Agenda Municipal de Saúde. Dados: No ano de 2010, o serviço conseguiu
atingir todos os indicadores pactuados na agenda municipal de saúde. A taxa de usuários
que realizaram triagem fonoaudiológica e realizaram a orientação na UBS foi de 74,5%,
portanto 25,5% dos usuários foram encaminhados para acompanhamento na atenção
especializada; 100% das Unidades Básicas de Saúde realizam o Programa de
Observação do Desenvolvimento de Linguagem e Função visual dos lactentes até quatro
anos; 91% dos recém-nascidos vivos residentes realizaram a TANU; 98% dos recémnascidos vivos residentes realizaram a TANU até o 1º mês de vida; 68,5% dos usuários
que utilizam AASI foram acompanhados e 55% dos usuários que necessitaram
atendimento clínico receberam alta.Considerações: A integração das ações tanto da
atenção básica como especializada favorecem a promoção da saúde integral do indivíduo.
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Área de inscrição: Média e Alta Complexidade
CARACTERIZAÇÃO DO SERVIÇO DE ATENÇÃO À SAÚDE AUDITIVA DE MÉDIA COMPLEXIDADE
DO AMBULATÓRIO DA CRIANÇA GUARULHOS – 2010/2011
Oliveira, DCV; Gualdi, TL; Loureiro, MHA; Siqueira, SRPL; Teixeira, SS.
Instituição: Prefeitura Municipal de Guarulhos - Ambulatório da Criança
Introdução: Em setembro de 2004 foi instituída a Política Nacional de Atenção à Saúde Auditiva através
da Portaria GM/MS nº 2073, visando garantir a integralidade do atendimento ao deficiente auditivo por
meio de uma rede hierarquizada, regionalizada e integrada na atenção básica, Média e Alta
Complexidade. Segundo dados do IBGE 2010, a população total da cidade de Guarulhos é de 1.222.357
habitantes, caracterizando-se, portanto, para possuir o serviço de atenção à saúde auditiva de média
complexidade definida pela referida portaria; assim, em 13/10/2009 o Ambulatório da Criança da
Prefeitura Municipal de Guarulhos foi credenciado como serviço de atenção à saúde auditiva de média
complexidade, iniciando a concessão de aparelhos de amplificação sonora individual (AASI) em setembro
de 2010. Portanto, é necessário conhecer o perfil da população atendida e dos serviços oferecidos para
melhor planejamento das ações a serem desenvolvidas no atendimento das necessidades da população.
Objetivo: Caracterização do serviço de atenção à saúde auditiva de média complexidade do Ambulatório
da Criança – Guarulhos. Metodologia: Levantamento de dados, através de prontuários, sobre a
população atendida e sobre os AASIs concedidos (sexo, faixa etária, grau da deficiência auditiva (DA), e
características dos AASIs indicados), no período de setembro de 2010 a setembro de 2011. Resultados:
Foram inscritos no serviço, neste período, 340 pacientes, dos quais 4% (12 pacientes) não finalizaram o
processo devido a faltas (02 pacientes), desistência (04 pacientes), conduta médica (02 pacientes) ou
encaminhamentos para serviço de saúde auditiva de alta complexidade (04 pacientes). Concedeu-se
AASIs a 328 pacientes (96% dos inscritos), dos quais 51% eram do sexo feminino e 49% eram do sexo
masculino, sendo que 79% destes eram adultos jovens (133 pacientes) e idosos (127 pacientes), e 21%
eram crianças (68 pacientes). Dos 328 pacientes protetizados, 81% (266 pacientes) receberam AASIs
retroauriculares e 19% (62 pacientes) intra-aurais; 97% (318 pacientes) das adaptações foram binaurais e
3% monoaurais (10 pacientes). Foram protetizadas, portanto, 646 orelhas, sendo 7% (44) de deficiência
auditiva leve, 54% (352) moderada, 17% (107) severa e 22% (143) profunda. Dos 646 AASIs concedidos,
19% (126 AASIs) foram do tipo A, 51% (329 AASIs) do tipo B e 30% (191 AASIs) do tipo C. Conclusão:
Constata-se grande índice de adesão ao tratamento, com equidade entre os sexos e maior prevalência
da população adulta; houve maior ocorrência de adaptação binaural e de AASIs retroauriculares,
observando-se maior número de adaptações de AASIs do tipo B, sendo que a DA de grau moderado foi a
de maior prevalência. Ressalta-se que os achados encontrados - maior prevalência de DA de grau
moderado, de adaptações binaurais e de AASIs retroauriculares - são compatíveis com dados relatados
por outros serviços na literatura pesquisada. Enfatiza-se a importância desses dados, tão escassos no
Brasil, para que haja adequado planejamento e execução de ações e serviços, visando assim atender
adequadamente às necessidades da população e otimizar o emprego de recursos financeiros.
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Trabalhos selecionados para publicação nos ANAIS
“Relatos de Experiência”
Área de inscrição: Atenção Básica
FUNCIONAMENTO DA CLÍNICA DE FONOAUDIOLOGIA DA SECRETARIA DE SAÚDE DA
PREFEITURA MUNICIPAL DE AMERICANA - SP
AUTORES: POSSOBON, SR.; MARCELINO, AP.; MANOEL, DO.; QUAINO, V.
INSTITUIÇÃO: PREFEITURA MUNICIPAL DE AMERICANA
INTRODUÇÃO: A inserção do fonoaudiólogo na saúde pública requer um profissional que se comprometa
com o acolhimento, vínculo, humanização e responsabilidade pelo território de atuação e população em
que nele vive (BERNARDI, 2007).
A Clínica de Fonoaudiologia, da Secretaria de Saúde, presta serviço a toda população do município de
Americana–SP. O município foi fundado em 1875, localiza-se na região Sudeste do Brasil, interior do
Estado de São Paulo, faz parte da Região Metropolitana de Campinas (RMC). Possui uma área territorial
de 133,63 Km2, com 68,85% de área urbana, 24,18% de área rural e 6,96% coberto pela represa; possui
uma população de 210.638 mil habitantes (IBGE, 2010). O atendimento fonoaudiológico no município foi
implantado há, aproximadamente, 25 anos, composto por um profissional. Nos primeiros cinco anos, o
recurso humano foi ampliado para cinco profissionais, divididos entre as Secretarias de Educação e
Saúde. Entretanto, havia uma demanda reprimida de dois anos e o atendimento era principalmente
clínico. Sabendo-se que “o fonoaudiólogo que escolher a Saúde Pública como área de atuação, deve ter
por objetivo a promoção, a prevenção e a recuperação da saúde fonoaudiológica da população, em geral,
através de medidas de alcance coletivo (BEFI, 1997)”, essa nova reestruturação permitiu que esses
profissionais começassem a atuar junto à Unidades Básicas de Saúde, realizando atividades educativas
com as gestantes. Aproximando-se, assim, da proposta afirmada por Maia (1997) “de que a UBS deve
ser um centro de atenção integral à pessoa e à coletividade, através de ações de promoção de saúde
(prevenção, terapêutica e reabilitação).
Em 2000, houve uma nova reestruturação no serviço, que foi transferido para uma sede própria -Clínica
de Fonoaudiologia - num espaço que possibilitava nova dinâmica de atendimento. Havia uma exigência
do gestor para uma maior efetividade na redução da demanda reprimida.
A partir desse cenário, os atendimentos foram organizados em grupos por patologia e faixa etária, de
forma a otimizar o tempo de espera. Esses grupos variavam de quatro a oito pacientes, acompanhados
ou não do responsável durante o atendimento.
Segundo Santos (1993) os atendimentos em grupo proporcionam desenvolvimento da linguagem, pois
permitem ao paciente vivenciar e compreender que diferentes relações implicam em diferentes formas de
comunicação.
Para Herrero e Pinheiro (1997), o atendimento grupal é uma proposta das mais interessantes, já que
evitam o isolamento das crianças com distúrbios emocionais graves. As atividades propiciam situações
de confronto, troca e construção do brincar, da linguagem e da inteligência. O fonoaudiólogo assume um
papel de mediador entre os pacientes.
Atualmente, o processo de entrada no serviço ocorre quando o paciente ou responsável, de posse de um
encaminhamento, dirige-se à Clínica de Fonoaudiologia para realizar o agendamento da avaliação. Nessa
avaliação é definido o diagnóstico e realizados os encaminhamentos necessários. Os responsáveis pelos
pacientes menores de idade são agendados para uma orientação em grupo, na qual são abordados
temas referentes às funções orofaciais, aquisição e desenvolvimento de linguagem oral e escrita. Após
essa orientação, o paciente integra a lista de espera, definida pelo diagnóstico e idade, e aguarda vaga
para o início da terapia. Os pacientes adultos, dentro do possível, são encaixados nos grupos
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terapêuticos logo após a avaliação. As patologias que necessitam de equipe multiprofissional são
encaminhadas a prestadores de serviço no próprio município (APAE) ou a serviços existentes na
secretaria de educação (Centro de Inclusão Mãos que Acolhem, Tempo de Viver).
A demanda da Clínica de Fonoaudiologia é assistida pelo profissional fonoaudiólogo, o qual mantém
contato com outro(s) profissional(is) envolvido(s) no acompanhamento do paciente, sempre que
necessário.
A Clínica de Fonoaudiologia recebe a cada mês, em média, 100 pacientes para avaliação e conduta
profissional. Tem, aproximadamente, 350 pacientes em terapia; e 5 grupos da Terceira Idade
acompanhados mensalmente.
OBJETIVO: Apresentar e caracterizar a organização do serviço fonoaudiológico prestado no município de
Americana-SP desde a sua implantação.
METODOLOGIA: Realizado entrevista aberta com profissionais fonoaudiólogos que atuaram desde a
implantação do serviço e que contribuíram no desenvolvimento de estratégias para otimização deste.
RESULTADO: Constatou-se que a atuação em grupos além de reduzir a demanda reprimida, otimizou os
resultados terapêuticos desenvolvidos na clínica. Atualmente, o tempo de espera foi reduzido para
aproximadamente três meses, a depender da patologia, considerando-se a complexidade dos casos.
A Clínica de Fonoaudiologia atende, hoje, grupos terapêuticos de crianças, adolescentes e adultos; atua
também junto a Unidades de Saúde com grupos de terceira idade e grupo de aleitamento materno.
CONCLUSÃO: Conclui-se que é de grande valia e importância para suprir a demanda da população do
município, que utiliza o serviço fonoaudiológico, ter uma ambiência adequada com condições favoráveis
para o atendimento que envolve os pacientes e os profissionais; e ter uma equipe de profissionais
atuando em diversas frentes de trabalho - promoção, prevenção e reabilitação da saúde - contemplando
assim os objetivos do profissional inserido na Saúde Pública. Também se mostrou determinante para
esse propósito a organização dos atendimentos terapêuticos em grupos.
São perceptíveis as transformações na linguagem através das interações com o profissional e os outros
pacientes; há a compreensão de fazer parte de um grupo, e nesse, alternar de papel ora ensinando, ora
aprendendo com o outro. As atividades lúdicas são excelentes recursos para envolver os pacientes nesse
tratamento.
O trabalho com grupos terapêuticos não é algo estagnado, pelo contrário, está em constante mudança e
aprimoramento, pois tem como referência cada paciente e suas necessidades. Nesse intuito, a equipe
realiza reuniões periódicas para discutir casos e estratégias de atuação, visando sempre o
aperfeiçoamento do serviço prestado.
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O CIRCO DO PET CHEGOU! A EXPERIÊNCIA INVESTIGATIVA/PERFORMÁTICA COM ARTE,
SAÚDE E EDUCAÇÃO NA ATENÇÃO BÁSICA
PARO CA; CARVALHO SR; ZOLDAN LGV; BARBOSA DA; VILLARINHO G; DANTAS DD; CYRINO
MLM; BARBOSA AA; FERREIRA LCR; CALIGARI CSC; OLIVEIRA FAS; GOMES IM; NUNES EFS;
BERGAMASCO JGP.
INSTITUIÇÕES: Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas, Centro de
Saúde Dic III, Centro de Saúde Jardim Aeroporto, Centro de Saúde São Cristóvão, Nanocirco.
Diante das novas tendências na área da saúde, em que se busca compreender o indivíduo de forma
ampla numa concepção holística dentro do paradigma da promoção da saúde, faz-se necessário
trabalhar em uma perspectiva transdisciplinar. Neste sentido, a integração do conhecimento é um desafio
emergente para uma qualidade de atendimento integral e humanizado à população.
Nesta perspectiva, verifica-se que a arte, a educação e a saúde – três grandes áreas do conhecimento –
podem se encontrar com um único objetivo: auxiliar o homem na construção de um mundo melhor,
através da ativação de núcleos sadios e levando a formas mais harmoniosas de se comunicar, relacionar
e estar no mundo.
A arte é uma forma de comunicação, expressão e linguagem que possibilita a troca de energia entre
criador e objeto criado, favorecendo a criatividade e expressão da subjetividade do homem. Integrar a
arte à saúde e à educação certamente potencializará as ações dessas diferentes áreas.
PROCEDIMENTOS, CAMINHOS E TÉCNICAS DE INVESTIGAÇÃO
Estes pressupostos nos estimularam a realizar pesquisa-intervenção junto ao território de três Centros de
Saúde (CS) da periferia de Campinas pelo projeto do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde
(PET-Saúde) “Pesquisa Avaliativa Sobre Gestão do Trabalho e a Formação de Graduandos e
Trabalhadores de Saúde: Explorando Fronteiras”.
Buscando estimular reflexões sobre as práticas de cuidado em Saúde realizamos performances artísticas
em equipamentos sociais do território das três unidades de saúde (como escolas, igreja e o próprio CS).
Os espetáculos tinham 40 minutos de duração.
Os atores – graduandos de fonoaudiologia e medicina da Faculdade de Ciências Médicas da
Universidade Estadual de Campinas (FCM/Unicamp) – em parceria com trabalhadores da rede SUS e
artistas da cidade realizaram performances que tinham como enredo a história de dois palhaços
atrapalhados que frequentavam serviços de saúde da cidade de Campinas, nos seus distintos níveis de
atenção à saúde, de forma cômica e irreverente. Para tanto, foram exploradas técnicas circenses como
palhaço, tecido acrobático e realização de coreografias junto ao público.
Previamente, se discutiu com trabalhadores da saúde e educação a proposta e, em paralelo à
apresentação, buscou se realizar conversas, individuais e grupais, buscando refletir sobre a temática foco
da pesquisa.
A coleta/co-produção dos dados foi realizada através da prática diarística influenciada pela análise
institucional, observação participante, vídeos e entrevistas semi-estruturadas. A elaboração do projeto e
análise dos dados – técnica de explicitação do diário de campo – foi realizada por um grupo de seis
graduandos em parceria com o coletivo de 21 membros do projeto PET. Entre estes últimos, cumpriu
destacado papel os trabalhadores dos serviços de saúde (gestores, enfermeiras, dentista, médica e
terapeuta ocupacional) que atuaram como preceptores e construíram conjuntamente o projeto, auxiliando
na discussão sobre os objetivos, na confecção (tanto no conteúdo quanto na execução) dos espetáculos
e na divulgação dos mesmos.
PROCESSOS E RESULTADOS
O caráter participativo da elaboração, operacionalização e reflexão do projeto permitiu aos distintos
participantes refletirem e amadurecer práticas e saberes atinentes a temática em discussão.
O projeto inicial proposto foi sofrendo modificações ao longo das discussões: os objetivos foram
repensados, o roteiro da performance reelaborado, aspectos operacionais tiveram que ser adaptados, ou
seja, o trabalho foi se transfigurando, resultado de uma experiência transdisciplinar muito envolvente e
concreta.
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A performance foi apresentada uma vez em cada serviço, com boa receptividade dos trabalhadores e
usuários: crianças e adultos se afetaram e participaram da intervenção com colocações e até
coreografias quando sugerido. Percebeu-se, pela reação do público, que esta intervenção auxiliou na
educação em saúde, discutindo a organização do SUS, prevenção e promoção de saúde. Diante da
intensa participação dos usuários, suscitou-se a reflexão nos trabalhadores sobre o uso de outras
linguagens na atenção básica, assim como despertou novas parcerias entre saúde e educação.
CONCLUSÃO
Neste percurso investigativo, produziu-se vínculos/afetos muito forte entre graduandos, serviço e
comunidade, sendo um dispositivo de reflexão para a equipe (re)pensar a gestão/produção do cuidado. A
integração entre ensino e serviço dentro do espaço da comunidade trouxe um aprendizado diferente
daquele da universidade: a práxis do cotidiano do serviço e da interação com o paciente em seu nicho,
não mais encoberto pela estrutura física imponente do hospital e tampouco pelas modestas paredes do
Centro de Saúde. Eram alunos e trabalhadores se entregando ao experimentar a comunidade, levando e
trazendo consigo diferentes conhecimentos que ali se complementaram. Além disso, foi uma experiência
muito interessante para os graduandos, já que pensar e operacionalizar as intervenções artísticas ajudou
a formar profissionais “promotores de saúde”, que vivenciaram a importância da interdisciplinaridade e de
uma formação humanizada.
Do ponto de vista da produção de conhecimento e saúde, a pesquisa-intervenção demonstrou a potência
advinda do encontro arte, educação e saúde, uma vez que esta logra criar novas dinâmicas que se
contraponham à fragilização da vida no seu cotidiano, de quebrar especialismos e de explorar novas
fronteiras do corpo e do fazer/produzir saúde. Possibilitou, igualmente, encontros inesperados entre
universidade, serviço e a população contribuindo para a (re)invenção do espaço público. Práticas
transdisciplinares como as que aqui relatamos podem vir a se constituir em ferramentas potentes para
experienciar e inventar a vida. Podem, igualmente, constituírem-se em eixo da formação e das práticas
de graduandos e profissionais de saúde no momento em que logram apontar para novas sensibilidades e
possibilidades narrativas que potencializam experiências do encontro (clínico, cuidador, pedagógico e
da/na investigação).
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OS DESAFIOS DO TRABALHO DO FONOAUDIÓLOGO COM EQUIPES DE UNIDADE BÁSICA DE
SAÚDE
MALDONADE IR; GONÇALVES RR.
INSTITUIÇÃO: PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS
Introdução: nos centros de saúde são desenvolvidos atendimentos terapêuticos e atividades que visam à
prevenção e promoção de saúde. As últimas têm como objetivo compartilhar conhecimentos e refinar
habilidades no que se refere ao autocuidado em saúde, assim como a prevenção de condutas de risco
através de ações educativas. Desta forma, a capacitação dos profissionais nas unidades básicas de
saúde (UBS) constitui passo fundamental na estruturação do trabalho fonoaudiológico.Objetivo: verificar a
eficácia da capacitação dos profissionais da UBS com relação ao: desenvolvimento infantil, linguístico, de
fala, identificação de alterações fonoaudiológicas e seus efeitos nas atividades de rotina da UBS; mostrar
que teoria e prática estão em constante interação, construindo-se mutuamente.Metodologia:os dados que
subsidiam o trabalho foram colhidos por meio de questionários (com padrão de respostas fechadas, isto
é, de múltipla escolha) aplicados à equipe de saúde das UBS antes e depois de contato com a
fonoaudióloga. O questionário era composto por 10 questões, cujo conteúdo versava sobre as etapas de
desenvolvimento psicomotor infantil, os marcos do desenvolvimento linguístico e características das
principais alterações fonoaudiológicas.Foi considerado como rendimento satisfatório as respostas dos
profissionais que obtivessem valores iguais ou superiores a 80% de acertos. Posteriormente, os dados
foram submetidos à análise estatística descritiva, em que p ≤ 0,05.Resultados: 37% dos profissionais
obtiveram rendimento satisfatório nas respostas dadas antes da orientação fonoaudiológica.Houve
diferenças significativas entre as diferentes categorias profissionais, conforme o teste qui-quadrado
indicou.Apenas 19% dos agentes de saúde obtiveram rendimento satisfatório antes da orientação
fonoaudiológica (baixa porcentagem). Porém, após a orientação, 74% dos profissionais conseguiram
atingir o rendimento satisfatório. Dentre as principais dificuldades dos profissionais estão às que se
referem aos marcos do desenvolvimento linguístico e desenvolvimento psicomotor. Conclusão:a
capacitação mostrou-se eficaz; contribuiu para o aumento das respostas satisfatórias e para o processo
de trabalho, no que se refere ao preparo dos profissionais para promoção de saúde e detecção
alterações fonoaudiológicas.
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VISITA DOMICILIAR: UMA EXPERIÊNCIA DA FONOAUDIOLOGIA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
Miranda, RPC; Milenello, PM; Faleiros, SP; Kuroishi, RCS; Jorge, TM
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo
Introdução: As visitas domiciliares foram incluídas como uma das atividades atribuídas à equipe de Saúde
da Família em 1994 quando a Estratégia de Saúde da Família (ESF) foi adotada oficialmente pelo
Ministério da Saúde. Aproximadamente 89% das atividades externas realizadas na atenção básica são as
visitas domiciliares realizadas, principalmente, pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) cujo objetivo
principal é a atenção às famílias e à comunidade. Ao fonoaudiólogo atuante nessa área cabe a
implementação de ações e materiais educativos e informativos que integrem a população abordando
diversos aspectos da atuação fonoaudiológica. Para orientar, aconselhar e oferecer as possíveis
condutas aos usuários, o fonoaudiólogo deve escutá-lo, esclarecer as alterações existentes e suas
conseqüências, explicando como são formados os sistemas envolvidos na comunicação e no
desenvolvimento desta. Compete ao fonoaudiólogo certificar-se de que as propostas ministradas foram
devidamente compreendidas pela comunidade-alvo. Objetivo: Descrever a experiência de alunos de
graduação em Fonoaudiologia nas visitas domiciliares, no contexto da ESF. Metodologia: Este estudo
consiste em um relato de experiência vivenciado por estagiárias do curso de Fonoaudiologia juntamente
com suas supervisoras. Resultados: Essa experiência envolveu duas etapas. Na primeira etapa, os ACS
de uma Unidade de Saúde da Família reuniram-se com as graduandas e supervisoras para compreender
a contribuição da Fonoaudiologia nas visitas domiciliares e indicar nomes de alguns usuários,
considerados por elas, interessados e/ou necessitados de receber as orientações. Na segunda etapa,
foram realizadas visitas domiciliares em seis dias diferentes para orientar sobre os seguintes temas:
amamentação, desenvolvimento de linguagem/ fala e audição. O público-alvo correspondeu a gestantes,
puérperas, mães com crianças em fase de desenvolvimento da linguagem, cuidadores e idosos.
Observou-se, de forma geral, grande receptividade da população em receber as orientações. As visitas
tiveram média de duração de 40 minutos e todas as orientações foram dadas com o apoio de folhetos
explicativos, os quais foram entregues aos ouvintes, juntamente com o esclarecimentos de dúvidas.
Conclusão: O desenvolvimento dessa experiência proporcionou benefício tanto para a população
assistida, como também, para os estagiários. Para a população, as visitas domiciliares contribuíram de
forma enriquecedora à medida que novos conhecimentos foram transmitidos. Todas as orientações
dadas pelos estagiários auxiliaram, significativamente, em sua formação acadêmica, visto que possibilitou
a esses alunos ampliação de suas visões a respeito das reais condições de vida dos usuários em seus
ambientes familiares. Somado a isto, os estagiários puderam vivenciar a rotina de um serviço de atenção
básica, assim como identificar o papel de cada profissional na equipe de saúde, principalmente, do
fonoaudiólogo. Houve, também, nessa experiência, o contato direto com os ACS que compartilharam
informações importantes para otimizar a escolha do público a ser orientado e que, conseqüentemente,
contribuíram para o sucesso da atividade.
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FONOAUDIOLOGIA EM FOCO: CAPACITAÇÃO DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE NO
MUNICÍPIO DE AMERICANA-SP
Nandin, TLC; Silva, LC; Oliveira, RM.
Prefeitura Municipal de Americana, SP.
Introdução: Compreender o processo de saúde e doença é essencial para orientar práticas de qualidade,
condizentes com a realidade social na qual o profissional de saúde está inserido. Nesse contexto, a
integração da Fonoaudiologia com unidades do Programa de Saúde da Família (PSF) pode permitir uma
construção com o Agente Comunitário de Saúde (ACS), detentor do saber popular e que representa o elo
entre a população e os profissionais da Unidade. O ACS assume um importante papel na construção de
uma visão ampliada do conceito de saúde. A formação desses profissionais deve muni-los de
conhecimentos diversos, incorporando, além da perspectiva biomédica, outros saberes que o habilitem
nesse processo de interação cotidiana com as famílias e no reconhecimento de suas necessidades. Por
representar a possibilidade de trazer para dentro das equipes de saúde o olhar da população, que revela
necessidades de um ponto de vista diferente e abre as portas para novas formas de intervenções,
constitui-se na ligação essencial para a Fonoaudiologia viabilizar a promoção em saúde e aprimorar a
prevenção por meio de práticas radicais de educação. Com esta pesquisa buscamos construir um
trabalho em conjunto com os ACS, capacitando-os para reconhecer indícios das alterações
fonoaudiológicas, levando para a população o conhecimento e informações sobre o trabalho do
fonoaudiólogo, mobilizando a população sobre as possibilidades de promoção, prevenção e reabilitação.
Objetivo: Esta pesquisa tem por objetivo analisar a efetividade de um processo de capacitação sobre a
Fonoaudiologia, desenvolvido com ACS no município de Americana SP. Método: O presente trabalho foi
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade
Estadual de Campinas (sob o nº 855/2010) e pela Secretaria de Município da Saúde. A pesquisa
caracteriza-se como um estudo quantitativo e qualitativo. A pesquisa foi composta pelos agentes
comunitários de saúde do município de Americana, que aceitarem participar da pesquisa por meio de seu
consentimento livre e esclarecido assinando termo que o comprove, totalizando 31 participantes. A
capacitação foi realizada a respeito dos aspectos fonoaudiológicos, como: audição, fala, voz, gagueira,
linguagem infantil, linguagem no adulto (oral e escrita) e motricidade orofacial. Para expor os temas de
modo didático, foram divididos em três encontros os aspectos fonoaudiológicos referentes a cada faixa
etária. Primeiramente, foi exposto oralmente cada assunto abordado, além das orientações. Em seguida,
o conteúdo exposto foi relacionado à prática dos ACS, sendo que estes foram solicitados a compartilhar
experiências do cotidiano, no qual se insere a fonoaudiologia, além de discutir casos elaborados pelas
fonoaudiólogas. Foi aplicado um questionário pré e pós-capacitação para validar essa ação, com
questões relacionadas aos assuntos abordados no decorrer do curso, a fim de, correlacionar o
conhecimento dos ACS, antes e após o conteúdo apresentado durante a capacitação. Resultados e
Discussão: Com o questionário inicial foi observado o pouco conhecimento da profissão por parte dos
ACS, e como o trabalho do fonoaudiólogo ainda parece estar exclusivamente relacionado ao atendimento
na clínica e apenas às patologias de fala. Ao analisar o questionário final notamos o interesse pelo
trabalho do fonoaudiólogo por este apresentar-se mais amplo, um trabalho voltado para todas as faixas
etárias e se desdobrando em outras áreas, destacando-se o trabalho de deglutição e memória com
idosos. Durante as discussões propostas com os grupos foi possível notar também o aumento da
participação dos sujeitos e até mesmo a assimilação de conceitos da Fonoaudiologia. Conclusão: Com o
processo de formação sobre Fonoaudiologia conseguimos a mobilização dos ACS para um novo olhar
para as questões fonoaudiológicas, procurando aumentar seu conhecimento sobre o assunto,
promovendo a educação, prevenção e promoção da saúde.
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ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA EM UM HOSPITAL INFANTIL - EM BUSCA DA INTERVENÇÃO
LEFÈVRE, AP; FERREIRA, CC; NOVAIS, LAS; REIS, KAR.
INSTITUIÇÃO: Universidade Guarulhos
Introdução: A atuação fonoaudiológica no ambiente hospitalar compreende uma série de procedimentos
em diferentes situações e espaços, além da relação com diversas especialidades. Nesse contexto, um
procedimento simples de triagem por meio de visita nos leitos, pode detectar fatores de risco e
manifestações importantes, propiciando atuar de modo preventivo e a acelerar o processo de alta.
Objetivo: apresentar a atuação fonoaudiológica em um Hospital Infantil do município de São Paulo
realizada por meio de visitas nos leitos. Os objetivos desta ação são detectar manifestações e fatores de
risco para patologias fonoaudiológicas e intervir diretamente no leito. Metodologia: Trata-se de estágio
supervisionado curricular do curso de graduação em Fonoaudiologia da Universidade Guarulhos que
ocorre aos sábados no Hospital Infantil Cândido Fontoura, localizado no bairro da Água Rasa, Zona Leste
da cidade de São Paulo e pertencente à Secretaria Estadual da Saúde. Referência no atendimento a
crianças e adolescentes, oferece pronto-atendimento, internação hospitalar, ambulatório de
especialidades, além de cirurgias de pequeno e médio porte, UTIs pediátrica e neo-natal. Os estagiários,
alunos do sexto semestre do curso de Fonoaudiologia, realizam visitas aos leitos de duas alas do referido
hospital, aqui denominadas A e B, com a finalidade de verificar a atuação fonoaudiológica. Através das
informações fornecidas pelos pacientes ou por seus acompanhantes, e da observação das estagiárias,
são identificados fatores de risco para patologias fonoaudiológicas e manifestações instaladas. São
acrescidos os dados de prontuário e realizadas discussões com outras especialidades. Identificadas as
necessidades são adotados procedimentos de avaliação, orientação e intervenção. Todos os
procedimentos realizados são anotados nos prontuários respectivos. Resultados: Os pacientes são
distribuídos nas alas conforme a disponibilidade de leitos no momento da internação. No período de
03/09/2011 a 08/10/2011, totalizando 5 semanas de estágio, foram realizadas 91 visitas ao leito, sendo
39 na ala A e 52 na Ala B. Houve predomínio do gênero feminino, sendo 28 na ala A e 27 na ala B,
enquanto para o gênero masculino a ocorrência foi de 11 na ala A e 25 na ala B. A média geral de idade
dos pacientes foi de 5:5 anos para o gênero feminino e 3:2 anos para o masculino. Grande parte das
internações se deu por quadros respiratórios. Na ala A, houve maior necessidade de intervenção com os
pacientes do gênero feminino enquanto na ala B o predomínio foi para o gênero masculino. Do total de
leitos visitados 38,7% necessitou alguma intervenção fonoaudiológica incluindo avaliação, orientação e
procedimentos específicos. Foi possível verificar que a demanda de pacientes que necessitam de
atendimento ou encaminhamento fonoaudiológico é significante e que por isto é importante a buscativa
no leito. Dúvidas com relação ao desenvolvimento da linguagem são frequentes e os pais se tornam
agentes multiplicadores depois de orientados. Independentemente da existência de manifestações ou
patologias fonoaudiológicas instaladas, é sempre possível a orientação acerca de questões relativas ao
desenvolvimento sadio (aleitamento, hábitos orais, higiene, saúde auditiva, desenvolvimento da
linguagem, entre outros). Foram realizadas neste serviço orientações quanto ao aleitamento materno, uso
prolongado de chupeta, diferenças entre bicos de chupeta e mamadeira, higiene oral, hábitos
alimentares, estimulação da linguagem. Conclusão: A atuação do fonoaudiólogo no ambiente hospitalar
por meio de ações simples, como a buscativa ao leito, mostra-se útil e eficiente, pois possibilita identificar
queixas, manifestações e fatores de risco para patologias fonoaudiológicas, favorecendo a intervenção no
próprio leito, prevenção e promoção da saúde, minimizando complicações e buscas tardias de
atendimento fonoaudiológico.
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MEDIADORES E
ADOLESCENTES
PERCEPÇÃO
DE
RISCO
DE
PAINPSE
EM
PRÉ-ADOLESCENTE
E
Knobel KAB, Lima MCMP
Curso de Fonoaudiologia FCM/IEL, UNICAMP
Objetivo: Identificar mediadores da perda auditiva induzida por níveis de pressão sonora elevados
(PAINPSE) em pré-adolescente e adolescentes, consciência dos riscos da exposição a sons intensos e
comportamentos de prevenção. Metodologia: Foram entrevistados individualmente 183 alunos (média
etária 12,1 anos, 61% meninas) do 6 ao 9 ano do ensino fundamental de escolas estaduais (68,4%),
municipais (10,5%) e particulares (21,1%) de Campinas. As perguntas eram sobre dados demográficos,
exposições prévias a sons de forte intensidade (definido como “tão forte que não daria para conversar”),
preferências auditivas e comportamentos de prevenção. Os testes Qui-quadrado e Exato de Fisher foram
usados para análises de variáveis categóricas. Resultados: À pergunta aberta no início da entrevista “o
que pode fazer mal para o ouvido?”, 77,7% responderam “sons altos” e à pergunta “você acha que
música alta faz mal ao ouvido?” 88,3% disseram que sim, 3,3% que não e 7,5% não sabiam. No entanto,
eles gostam de música alta sempre (40,7%) ou às vezes (31,9%), sem diferença em função da
escolaridade dos pais (p=0,997), ouvem música alta em casa ou no carro (39,9% sendo que, destes,
63,5% o fazem por escolha própria e 36,5% por escolha de outras pessoas) e ouvem música alta com
fones de ouvido (33,2%). Dentre as exposições prévias a sons intensos, destacam-se festas ou
“baladinhas” com som intenso (66,3%), estouro fogos de artifício a até 2 metros de distância (49,2%),
festas de carnaval (43%), e igrejas com música alta (19,3%). 92,5% acreditam que crianças e
adolescentes podem ter perda auditiva, mas quando indagados sobre por que ouvem música alta se
acham que faz mal, a resposta mais recorrente foi “mas para mim não faz”. À pergunta aberta “como
proteger seus ouvidos em lugares barulhentos?”, a maioria referiu estratégias eficientes (48,9%
tampariam os ouvidos, 29,6% afastar-se-iam e 2,7% usariam protetor auditivo). Dos entrevistados que
sabiam o que é protetor auditivo (n=109, 41,4%, sem diferença em função da escolaridade dos pais,
p=0,198), 21 disseram ter o protetor, mas apenas três o haviam usado em situações ruidosas.
Conclusões: Pré-adolescentes e adolescentes são expostos voluntária e involuntariamente a sons
intensos. Quando eles dizem que sons intensos fazem mal estão apenas repetindo o que geralmente
ouviram dos pais. Além de superficial, esta informação vem de modelos que frequentam ambientes
ruidosos e levam os filhos consigo, ouvem música alta e não usam protetores auditivos. Portanto, faz-se
necessário o desenvolvimento de um programa de prevenção da PAINPSE que envolva crianças,
adolescentes e adultos.
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2ª REGIÃO – SÃO PAULO SP
TERAPIA ASSISTIDA POR INTERAÇÃO HOMEM/ANIMAL
LEFÈVRE, AP; RIBEIRO, VL; GONÇALVES, TK; GONÇALVES, BCS; SANTOS, EL.
Instituição: Universidade de Guarulhos - UNG
Introdução: Segundo dados do IBGE, a macro região de Guarulhos possui uma população de cerca
2.600.000 habitantes, dos quais 10% possuem algum tipo de deficiência, sendo 50% mentais, 30%
múltiplas que incluem alterações auditivas e visuais e 20% físicas. Desta forma, Guarulhos apresenta sua
importância regional e da multiplicidade de atividades, o município não atende somente a demanda de
sua área, mas também as de seus municípios vizinhos. A assistência à pessoa com deficiência física
exige uma estrutura especializada e hierarquizada de alta, média e baixa complexidade, com área física
adequada, profissionais habilitados e suporte de serviços auxiliares para garantir o atendimento nos
vários níveis, por intermédio de equipe multiprofissional e interdisciplinar, utilizando-se de métodos e
técnicas terapêuticas específicas. A equoterapia é um método terapêutico e educacional que utiliza o
cavalo em uma abordagem interdisciplinar, nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o
desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência e/ou com necessidades especiais. Foi
introduzida no Brasil no ano de 1989, pela Associação Nacional de Equoterapia – ANDE - cujos desígnios
eram também de incentivar a implantação de associações estaduais. Objetivos: Descrever a implantação
e a rotina de atendimento do centro de Equoterapia da Universidade Guarulhos (UnG).Metodologia:
Estudo descritivo sobre a implantação do centro de equoterapia e sua rotina, sendo realizado com
levantamento de dados do documento original de implantação de projeto de extensão universitária da
UnG, por iniciativa do curso de fisioterapia da instituição e acompanhamento das rotinas.O projeto é
formado por uma equipe interdisciplinar composta pelos cursos de fisioterapia, fonoaudiologia, medicina
veterinária, nutrição, psicologia e serviço social, envolvendo professores, alunos e a comunidade. O
centro de equoterapia é um lugar que apresenta dimensões físicas e ambientais apropriadas para o
atendimento, possuindo duas salas de avaliação, banheiros adaptados para pacientes e para equipe.
Dois cavalos doados e posteriormente treinados participam da rotina de atendimento. Os pacientes são
crianças portadoras de Síndrome de Down e/ou com Encefalopatia Crônica Não Evolutiva Infantil –
ECNEI com idades entre 01 e 06 anos, atendidas uma vez por semana com duração de 40 minutos
sendo destes 20 minutos com o praticante (paciente) em cima do cavalo, 10 minutos pré-montaria e 10
minutos pós-montaria de maneira interdisciplinar, onde os grupos analisam cada caso e juntos decidem o
foco da terapia. Resultados: Desde o iníciodo programa diversos trabalhos envolvendo a equipe
interdisciplinar foram publicados e o espaço da Equoterapia tornou-se um ambiente amigável onde não
apenas as crianças apresentam ganhos, mas também as famílias que podem interagir umas com as
outras com outras e receberem orientação de todos os membros da equipe de uma maneira quase
informal e próxima. Conclusão:A importância da existência de um Centro de Equoterapia na Universidade
Guarulhos justifica-se devido ao fato de atender uma grande demanda social,pois o método terapêutico
abrange as áreas da saúde, educação e esporteparaequestre. A interdisciplinaridade da equipe promove
e estimula o desenvolvimento pessoal e profissional e possibilita aos integrantes o conhecimento,
envolvimento, interatividade e respeito mútuo entre as diferentes áreas envolvidas além de aprimorar a
relação sala de aula e campo de trabalho objetivando sempre a evolução do paciente que pode usufruir
de atendimento especializado de várias áreas diferentes em um mesmo local.
Palavras-chave: equoterapia, reabilitação, portadores de necessidade especiais, interdisciplinar
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Área de inscrição - Educação e Saúde
RELATO DE RESULTADOS DE TRÊS ANOS CONSECUTIVOS DE CAMPANHA DE PREVENÇÃO DA
SURDEZ AOS FUNCIONÁRIOS DO COMPLEXO HOSPITALAR PADRE BENTO DE GUARULHOS
Siqueira ,SRPL ; Carvalho,SAS.;Camargo, RA
Instituição: Complexo Hospitalar Padre Bento de Guarulhos
Introdução: O serviço de Audiologia do Complexo Hospitalar Pe.Bento de Guarulhos (C.H.P.B.G) além do
atendimento clínico ao munícipe, realiza exame audiológico aos funcionários com exposição a ruído
ocupacional (Admissional,periódico e demissional)pelo Programa de Controle Médico e Saúde
Ocupacional Norma Regulamentadora-7. Sabendo-se que a deficiência auditiva afeta 10% da população
mundial (Organização Mundial da Saúde- 2005), sabendo-se que a surdez é a terceira maior deficiência
do Brasil (Censo 2000 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE) a Fonoaudiologia junto ao
Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho ( SESMT ) elaborou por 3
anos consecutivos durante a SIPAT (Semana Interna de Prevenção e Acidentes de Trabalho) a
Campanha de Prevenção da Surdez.Objetivo: Identificar e intervir precocemente nas perdas auditivas,
orientar e formar multiplicadores para promover a saúde auditiva e fortalecer a interdisciplinaridade da
Fonoaudiologia com áreas afins,ofertar o serviço de audiologia à um número maior de trabalhadores que
não tem acesso ao serviço pela NR-7.Método: Nos anos de 2008, 2009 e 2010 durante a SIPAT foi
ministrada palestra sobre o tema Saúde Auditiva com apoio de material informativo do Projeto Passe
Adiante- Audibel e Aplicada a triagem auditiva aos funcionários que consistia em: anamnese ( dados
pessoais e levantamento de queixas), meatoscopia, pesquisa das freqüências por via aérea de 500hz,
1Khz,2Khz,4Khz,6Khz e 8Khz,considerando PASSA a resposta em 25 dBNA e FALHA acima de 25
dBNA ,nesses casos retornando para avaliação audiológica completa ( Via Aérea,Via Óssea ,
Logoaudiometria e Imitânciometria) e encaminhamento ao Otorrinolaringologista ( ORL), para definição
de condutas.Resultados: Com apenas uma fonoaudióloga e um audiômetro foram triados 202
funcionários nos 03 anos consecutivos sendo 174 do sexo feminino e 28 do sexo masculino com idades
que variavam de 20 aos 60 anos com maior índice de procura a faixa etária dos 40 aos 60 anos de idade.
Exames dentro da normalidade PASSA: 29 ( 2008), 44(2009), 45 (2010 ), exames alterados FALHA:
33(2008),25 (2009), 18 (2010 ), sendo que do total de 76 exames alterados que retornaram para
avaliação audiológica completa, 19 foram encaminhados para avaliação ORL por quadros de perda
auditiva mistas e condutivas , 07 casos encaminhados para programa de Média Complexidade em
Saúde Auditiva – Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI) , e os demais 50 casos orientados a
retornar para controle audiológico anual para monitoramento. Profissionais atendidos: Auxiliares de
Enfermagem (69), Auxiliares Serviços Gerais (53), Enfermeiros (15), Profissionais Expostos à Ruído (
10),Oficiais Administrativos (9),Outros (53) .Profissionais sem queixas (15 ), com queixas (194), sendo
citado: Zumbido(116), tontura (84), dificuldade para entender (74), hipertensão arterial(71),
hereditariedade com Deficiência Auditiva (68), dificuldade para escutar ( 65), tabagismo(32), otalgia(
29),exposição a ruído (23),diabetes(12), otorréia (6),quedas,TCE(0).Conclusão: Observou-se prevalência
significativa do sexo feminino e da profissão de Auxiliares de Enfermagem e de Serviços Gerais que não
estão expostos à ruídos ocupacionais, entendendo-se que a preocupação com a saúde auditiva estendese à toda classe trabalhadora. Alta prevalência de queixas auditivas como zumbido, mesmo com alto
índice de exames dentro da normalidade compatível com os achados em literatura que nos diz que o
zumbido é uma das queixas mais comuns em consultas ORLs e nem sempre sua causa é otológica,
podendo haver outros fatores desencadeantes como metabólicos e cardiovasculares ( Bento,
1997).Observou-se no decorrer das campanhas o aumento do número de exames dentro da normalidade
e a diminuição das falhas e necessidades de encaminhamentos ao ORL, podendo refletir como
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resultados de constantes orientações e divulgações do tema. Diante disso instituiu-se a Campanha de
Prevenção da Surdez no Calendário Anual do Complexo Hospitalar Pe. Bento de Guarulhos e inseriu-se
a avaliação audiológica nos exames periódicos dos trabalhadores aos quais foram identificadas perdas
auditivas que precisam ser monitoradas, mesmo que não cumpram funções que os expõem a ruído
ocupacional, fruto de discussões com a Enfermagem e Medicina do Trabalho visando fortalecer a
interdisciplinaridade em prol do trabalhador.
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POLUIÇÃO SONORA NA ESCOLA
Knobel KAB, Lima MCMP
Curso de Fonoaudiologia FCM/IEL, UNICAMP
Há muito se sabe características acústicas da sala de aula, tais como a presença de ruído de fundo e o
tempo de reverberação, determinam a relação sinal-ruído. Também não há dúvidas de que uma boa
relação sinal-ruído é fundamental para a facilitação da aprendizagem. Enquanto têm-se atribuído a
relação sinal-ruído insuficiente ao aprendizado a falhas acústicas inerentes à construção das salas de
aula o desconforto acústico, observamos que o comportamento dos principais atores do processo de
aprendizagem, ou seja, alunos e professores, encontram dificuldade para controlar a produção do ruído
no ambiente escolar. Objetivos: Identificar as percepções das crianças em relação ao ruído em sala de
aula e de si mesmas enquanto fontes de ruído e as percepções dos professores quanto ao ruído na
escola. Metodologia: 671 estudantes (6-14 anos, média etária 12,4 anos) do 2 ao 9 ano do ensino
fundamental de escolas municipais, estaduais e particulares de Campinas e 126 professores (57,4% de
escolas de ensino fundamental) foram entrevistados sobre percepções e incômodo em relação ao ruído
no ambiente escolar. Os testes Qui-quadrado e Exato de Fisher foram usados para análises de variáveis
categóricas. Resultados: 74,8% das crianças estão insatisfeitas em relação ao nível do ruído nas salas de
aula, sendo as crianças de escolas particulares mais satisfeitas (p=0,001). Para 99,2% das crianças, a
maior fonte de ruído são “os colegas”. Quando questionados sobre suas participações na geração do
ruído, 22,1% das crianças admitiu também fazer barulho e 34,8% disse fazer barulho às vezes, mas
muitos justificaram suas razões: “quando outras crianças conversam eu fico com vontade de conversar”,
“Eu converso, mas só depois que acabo minha lição”, “eu converso, mas eu falo baixo, os outros falam
alto”, “eu converso, mas eu paro quando a professora pede”. Algumas crianças mencionaram que a
professora também faz barulho quando grita ou bate o apagador na lousa e várias outras se referiram ao
ruído de cadeiras sendo arrastadas. 61,1% reclamam que o ruído atrapalha a fazer a lição, pois interfere
na atenção e concentração, 10,3% dizem que o ruído atrapalha a entender a professora, 6,2% dizem ficar
com dor de cabeça e 6,5% com dor de ouvido. Em nenhuma das variáveis estudadas houve diferença de
resposta em função do gênero. Os professores foram solicitados a classificarem o nível de ruído de
ambientes e momentos da escola numa escala de 1 (mais silenciosos) a 6 (mais ruidosos). A biblioteca
foi considerada oo lugar mais silencioso (média 1,25, DP = 0,73), seguido pela sala dos professores
(2,74, DP=1,004) e área externa da escola (3,01, DP=1,279). Os lugares mais ruidosos foram as salas de
aula (4,46, DP=1,240), quadras de esportes (4,65, DP=1,2) e os refeitórios (4,98, DP=1,032), todos
claramente relacionados à presença dos estudantes. Reuniões de professores (1,97, DP=1,116) e de
pais e professores (2,12, DP = 1,246) foram os momentos mais silenciosos, seguidos pelas aulas (3,26,
DP=1,270). Os momentos mais ruidosos foram o início e o término das aulas (4,46, DP=1,240), eventos
festivos na escola (4,55, DP=1.364) e o intervalo (4,99, DP=1,187). Conclusões: Embora a acústica da
sala de aula possa agravar o ruído, o principal problema das escolas parece ser o ruído produzido pelos
próprios alunos, que parecem não ter consciência de seu papel. A relação de alunos e professores com o
espaço e com o momento de aprendizagem precisa ser repensada e amplamente discutida para que
cada um assuma seu papel no controle da poluição sonora na escola.
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ANÁLISE DA EFETIVIDADE DE UM PROGRAMA EDUCATIVO DA VOZ DO PROFESSOR
Pizolato RA; Rehder MIBC; Mialhe FL; Dias CTS; Pereira AC
Faculdade de Odontologia de Piracicaba (UNICAMP)
CEFAC- Saúde e Educação
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ)- USP
Introdução: A voz é considerada o instrumento de trabalho para o professor. Sendo assim, ações
educativas em âmbito coletivo e aplicadas ao ambiente de trabalho são importantes para a prevenção de
problemas vocais nestes profissionais. Objetivo: analisar a efetividade de um programa de educação em
saúde para a voz do professor desenvolvido em escolas da rede pública de ensino médio e fundamental.
Metodologia: Participaram deste estudo longitudinal, 36 professores provenientes de 6 escolas estaduais
do município de Piracicaba/SP. As escolas foram sorteadas aleatoriamente e os professores foram
convidados a participarem voluntariamente. Os critérios de exclusão incluíram: professores fumantes,
aqueles que já estavam em terapia fonoaudiológica, ter idade acima de 55 anos e os sujeitos que já
tinham diagnóstico de patologia orgânica da laringe. O grupo participou de um programa de orientação
sobre hábitos e higiene vocal, competência comunicativa e prática de exercícios vocais divididos em 6
encontros com duração de 45 minutos cada por 2 meses. Os temas abordados em relação aos exercícios
vocais foram divididos em: postura e relaxamento corporal com exercícios de manipulação digital da
laringe e relaxamento do pescoço; respiração com exercícios de respiração abdominal e emissão do som
fricativo do /s/; intensidade e freqüência com exercícios de som vibrante de lábios e língua em
intensidade habitual, escala ascendente com o som do /i/ e descendente com o som do /u/; ressonância e
articulação com exercícios de emissão de sons nasais, sons nasais e som do fonema /nh/ associado a
movimentos da mastigação. A coleta de dados consistiu na emissão da vogal /i/ pré e pós cada sessão
de treino de exercícios. Os dados foram analisados acusticamente utilizando-se o software Vox Metria da
CTS Informática, considerando os seguintes parâmetros: variabilidade da freqüência, freqüência
fundamental, jitter, shimmer, excitação do ruído glótico (GNE), ruído, irregularidade e intensidade média
(dB). Para a comparação das médias entre os grupos de exercícios vocais foi utilizado o Teste de Tukey,
para a análise pré e pós exercícios foi utilizado o teste T de Student (pareado). Foi considerado nível de
significância α <0,05 para os testes estatísticos aplicados. Resultados: No teste de tukey, a intensidade
média (dB) para os exercícios de relaxamento e postura cervical diferiu significantemente em comparação
aos exercícios de respiração, intensidade-frequência e ressonância-articulação (p=0,0001). Não houve
diferença significativa entre as médias dos grupos de exercícios vocais para os respectivos parâmetros
acústicos analisados: freqüência fundamental, variabilidade da freqüência fundamental, shimmer, jitter,
GNE e ruído (p>0,05). Na análise pareada, quanto à comparação da qualidade da voz pré e pós
exercícios vocais, o grupo de exercícios de intensidade e frequência proporcionaram a diminuição da
excitação do ruído glotal (GNE) e do ruído com diferença estatisticamente significantemente (p=0,04),
sugere-se que tais exercícios podem diminuir o atrito entre as pregas vocais e a rouquidão devido ao uso
intensivo da voz. A comparação da média da freqüência fundamental pré e pós exercícios diferiu
significantemente para o grupo dos exercícios de ressonância e articulação (p=0,02), sugere-se que
houve um equilíbrio da ressonância proporcionando uma diminuição da tensão glótica e suavização da
emissão. Conclusão: O programa educativo em âmbito coletivo foi efetivo para a melhora da qualidade
da voz dos professores no ambiente de trabalho.
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PERCEPÇÕES DISCENTES A RESPEITO DO PRÓ-SAÚDE– RELATO DE CASO
PERSPECTIVA ACADÊMICA NA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE BAURU (FOB/USP)
PELA
PREARO, GA; FERREIRA, R; FARIA, FAC; MACHADO, MAMP
Instituição: Faculdade de Odontologia de Bauru - USP
Introdução: Aconteceu em Brasília-DF durante os dias 19 e 20 de outubro de 2011 o Seminário Nacional
do Pró-Saúde (Programa Nacional de Reorientação da Formação Nacional em Saúde) e PET Saúde
(Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde), ocorrendo paralelamente um encontro com os
acadêmicos presentes no evento. Na Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB/USP), o Pró-Saúde II
está implantado desde 2009, possibilitando aos alunos de fonoaudiologia e de odontologia, por meio das
disciplinas semestrais de Saúde Coletiva (I, II, III, IV, V, VI e VII), o trabalho interdisciplinar humanizado
no Programa Saúde da Família (PSF) no bairro Santa Edwirges (Bauru-SP). Objetivo: O objetivo desse
trabalho é discorrer sobre as percepções positivas e negativas dos 23 discentes das diversas partes do
Brasil a respeito do Pró-Saúde, como pela óptica de uma acadêmica da FOB/USP. Metodologia: Foi
realizada a transcrição dos pontos positivos e negativos em relação ao Pró-Saúde pelos discentes
presentes no evento, analisando comparativamente com as percepções expostas pela acadêmica da
FOB/USP. Em conjunto aos demais estudantes durante o encontro foi realizada a divisão das respostas
em pontos positivos de comum acordo, assim como aqueles próprios às outras universidades, como
também da FOB/USP, seguindo a mesma lógica para os pontos negativos. Resultados: Portanto, as
respostas foram divididas em positivas e negativas e em seguidas subdivididas em particular a outras
universidades, comuns e próprias da FOB/USP. Dessa forma, temos que como pontos positivos
destacados pelas outras universidades a cobertura quase que total do PSF em algumas
cidades/metrópoles. Já como pontos comuns, observaram-se: união entre os cursos (principalmente nas
faculdades que possuem medicina); maior contato com a população local e preparo para o serviço
público (como nos PSF). Os pontos próprios da FOB foram muito destacados, tendo seus parâmetros
ditos como modelos, tais como a diminuição do período de férias e distribuição de áreas verdes comuns
aos dois cursos para a realização do Programa; união dos estudantes para suprir as necessidades
financeiras; participação dos estudantes da elaboração conjunta das disciplinas que compõe o programa
saúde coletiva, disciplinas conjuntas entre os cursos fonoaudiologia e odontologia; disciplinas com
abordagens diferentes – compreensão do território, educação em saúde envelhecimento visitas às
famílias com crianças pequenas, saúde do trabalhador e saúde mental a metodologia aborda divisão em
grupos tutoriais; reconhecimento de toda a rede de saúde (da atenção básica à alta complexidade),
inserção das clínicas da faculdade nos atendimentos de casos que exijam maior complexidade.
Entretanto, quando foi questionado os pontos negativos/dificuldades, as outras universidades levaram em
consideração a grande responsabilidade que a equipe do PSF atribuiu aos alunos, como para suprir o
trabalho dos funcionários; baixo incentivo da própria Universidade e pouca área verde, o que dificulta as
visitas nos bairros, principalmente quando levamos em consideração a participação de mais de um curso.
As características compartilhadas pela FOB e as outras universidades são baixo incentivo financeiro do
Ministério da Saúde, o que se notou com o descumprimento do envio financeiro que era exposto no edital
para cada curso; queixa do Programa por parte de outros docentes que não fazem parte da área de
saúde coletiva; baixa adesão por parte dos ACS (Agentes comunitários de Saúde) e SMS (Secretaria
Municipal de Saúde) e muita burocracia para a realização dos projetos, o que prejudicou na liberação da
verba, que já é escassa. Já as dificuldades/pontos negativos particulares da FOB/USP foram a
condensação de algumas disciplinas que ocorreu por conta da inserção das disciplinas de Saúde
Coletiva, que não faziam parte da grade curricular, sendo que essa já era saturada, reduzindo ainda mais
os horários livres dos estudantes. Conclusão: Nesse sentido, o encontro possibilitou aos acadêmicos
trocas de experiências, como também a atualização acerca desse programa governamental. A estrutura
presente na FOB/USP foi considerada como positiva, tendo segmentos de seu modelo sugerido como
referência às outras universidades.
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GRUPO DE PAIS: APRIMORAMENTO DO DISCURSO, MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA E A
PROMOÇÃO DE SAÚDE. RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Marcandal, GG; Oliveira, AN; Machado, MAMP.
Faculdade de Odontologia de Bauru- USP
Introdução
Linguagem é expressão essencial utilizada pelo ser humano para reafirmar sua própria individualidade.
Por meio dela é possível entrar em contato e apropriar-se do conhecimento e cultura humana
acumulados no decurso da história social.
De acordo com a Carta de Otawa (1986), Promoção de Saúde é “o processo de capacitação da
comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação
no controle deste processo”.
O compromisso da Fonoaudiologia com a Promoção da Saúde da população e com o desenvolvimento
da linguagem transcende os limites tradicionais da clínica fonoaudiológica e das instituições públicas de
saúde e educação e supera as demandas com alterações de linguagem, de maneira a envolver, como
sujeitos das práticas de desenvolvimento da linguagem, quaisquer cidadãos em suas relações e
contextos sociais de convivência.
O objetivo do presente estudo é relatar a experiência de um grupo de pais que, por meio de reuniões
semanais, caracterizou-se em um espaço terapêutico promissor para trabalhar práticas discursivas, e
educação em saúde em uma UBS do município de Bauru-SP.
Relato de Experiência
O grupo nasceu da necessidade de uma mudança no papel dos pais das crianças em terapia
nesta UBS: de simples expectadores para co-autores/co-responsáveis pela terapia fonoaudiológica de
seus filhos. O grupo passou a se reunir semanalmente no mesmo horário em que seus filhos estavam em
terapia. Este grupo é conduzido por uma fonoaudióloga e conta com a participação de um aluno do
quarto ano do curso de fonoaudiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru- USP.
No início houve certa resistência por parte dos pais o que levou a professora responsável a vincular o
atendimento das crianças mediante a participação dos pais no grupo. Hoje a realidade é outra. Os pais se
sentem motivados com o grupo, participam, discutem juntos, se organizam e refletem sobre as questões
de educação em saúde e linguagem e são co-responsáveis pela terapia de seus filhos.
Conclusão
O Grupo apresentou dados positivos no desenvolvimento da estruturação da linguagem e construção de
processos dialógicos que proporcionaram melhoria na qualidade de vida, aumento na participação
popular, na autonomia do cuidado e ampliação da rede social e ainda possibilitou o estreitamento do
vínculo dos usuários com a UBS.
O desenvolvimento do grupo como um espaço de produção de discursos sobre o cotidiano e suas
relações tem altas potencialidades para a melhora do diálogo e conseqüentemente a melhoria das
relações com os filhos.
Os conhecimentos da Fonoaudiologia permitiram pensar sobre a importância da comunicação, das
trocas, da linguagem, como possibilidade de re-elaboração das histórias de vida, das situações
cotidianas, no contexto de trabalho terapêutico.
Descritores: fonoaudiologia; saúde coletiva; educação em saúde; promoção de saúde.
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USO DE PROGRAMA DE INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA EM ESCOLARES COM DISLEXIA
COMO INSTRUMENTO DE AUXILIO AO PROFESSOR
FERRAZ E ; CRENITTE PAP
INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE BAURU – USP
Introdução: Os estudos a respeito dos distúrbios de aprendizagem tem se tornado foco de atenção de
pesquisas nacionais e internacionais, não apenas relacionados ao diagnóstico clínico, como também aos
aspectos relevantes de intervenções, que são imprescindíveis para que indivíduos com alterações na
leitura, escrita e/ou raciocínio lógico-matemático tenham a oportunidade de inserção escolar e social.
Dislexia é um desses distúrbios de aprendizagem, sendo um transtorno específico no aprendizado da
leitura, caracterizado pela dificuldade em decodificar palavras simples, mostrando uma insuficiência no
processo fonológico, não esperada para sua idade cronológica, apesar de instrução convencional,
adequada inteligência, oportunidade sócio-cultural e sem distúrbios cognitivos. Assim, a criança com
dislexia encontrará dificuldade, principalmente na escola, onde a mesma permanece boa parte de seu
tempo. A frustração dentro desse ambiente torna-se, a cada dia, mais evidente. O professor encontra
dificuldades em lidar com essas crianças, devendo buscar estratégias facilitadoras da aquisição e
desenvolvimento da leitura. Assim, são primordiais programas que visam à intervenção e ao bem-estar
das crianças, não somente na área clínica, como também na educacional. O uso de atividades
terapêuticas de treino das habilidades fonológicas leva a uma melhora quanto à análise fonológica da
linguagem escrita, interferindo diretamente na habilidade de leitura e compreensão, que são essenciais
para o bom rendimento acadêmico. Desenvolver programas que potencializem as habilidades das
crianças com dislexia dentro da escola é um desafio para o nosso sistema de ensino, que privilegia
somente aquele que sabe ler e escrever nos parâmetros convencionais. Isso gera, na criança disléxica,
sentimento de fracasso diante das adversidades e, como conseqüência são discriminados como
“preguiçosos”, “bagunceiros”, “apáticos” e tantas outras classificações desmerecidas, por
desconhecimento da família, escola e sociedade. A relevância do tema abrange não somente aspectos
lingüísticos, como também sociais, educacionais, morais e éticos. Objetivo: Avaliar o quanto as
habilidades necessárias para um adequado rendimento escolar sofrem interferência pelo uso de
programa de intervenção fonoaudiológica em escolares com dislexia, auxiliando o trabalho dos
professores. Metodologia: Foram estudadas 20 crianças de ambos os sexos, com diagnóstico de dislexia
do desenvolvimento, com idade de 8 a 14 anos, estudantes de escolas públicas e particulares do ensino
fundamental. A amostra foi dividida em grupo I (GI), composto por 10 escolares submetidos ao programa,
e grupo II (GII - controle), composto por 10 escolares não submetidos à remediação. No processo de
avaliação pré e pós intervenção, das habilidades necessárias ao rendimento escolar foram utilizados os
seguintes instrumentos: Avaliação Fonológica da Criança, para obtenção de amostra dos processos
fonológicos alterados na fala dos escolares; Prova de Consciência Fonológica - CONFIAS, para
verificação da capacidade para identificar e manipular os sons da língua; Teste de Nomeação Automática
Rápida, para verificar o tempo de resposta do acesso ao léxico mental; Prova de Leitura e Escrita de
palavras reais e inventadas, para obter uma amostra do nível de dificuldades encontradas nesses
sujeitos, quanto a erros ortográficos e gramaticais; Escrita temática, para verificar a capacidade de
produção textual; Prova de Memória de trabalho, para analisar a capacidade de reter e manipular
informações fonológicas de pseudopalavras. Após, foi aplicado o programa de remediação fonológica, de
leitura e escrita, realizado em três etapas distintas, com 24 sessões cumulativas, sendo cada etapa
realizada duas vezes por semana, com duração de 30 a 45 minutos cada. Foram trabalhados, por meio
de atividades lúdicas, processos de: Discriminação auditiva, Adição e subtração de fonemas e sílabas,
Manipulação silábica e fonêmica, Rima, Aliteração, Identificação de letras e fonemas, Nomeação rápida
de letras/dígitos, Discriminação visual, Leitura silenciosa e oral de histórias, Ditado de silabas, palavras
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reais e pseudo-palavras, frases e textos, Contagem e recontagem escrita de histórias. Resultados: A
análise dos resultados revela que houve diferença no desempenho pós intervenção terapêutica dos
participantes do GI nas habilidades avaliadas, mesmo em curto prazo, principalmente quanto a
Consciência Fonológica e Nomeação Automática Rápida (acesso ao léxico mental), enquanto o GII
manteve o mesmo nível de dificuldades. Tais habilidades favorecem o desenvolvimento da alfabetização,
assim como o desenvolvimento destas habilidades tem inter-relação com a aprendizagem, o que pode
ser comprovado pela melhora nas provas de escrita, leitura e redação. O trabalho com estas habilidades
irá auxiliar o professor em suas tarefas na escola. Conclusão: As habilidades necessárias ao bom
rendimento escolar sofreram alterações positivas pós intervenção terapêutica. Portanto, o programa de
remediação fonológica utilizado beneficia o desempenho escolar de crianças com dislexia do
desenvolvimento, favorecido pelo uso do processamento fonológico da informação e gerando melhora,
não apenas quantitativa, mas principalmente qualitativa nestes escolares. Assim, o trabalho conjunto de
fonoaudiólogo e professor é essencial, para que as crianças com dislexia tenham um bom rendimento
acadêmico.
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PROMOÇÃO DE SAÚDE VOCAL E DO DESENVOLVIMENTO DA ESCRITA ATRAVÉS DA
CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS
RIBEIRO VL; CASTRO MM.
INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE GUARULHOS
Introdução: O fonoaudiólogo busca estratégias voltadas a promover a organização da narrativa oral e
escrita, bem como de aperfeiçoar o uso da voz falada como instrumento de aprimoramento da
comunicação. Para que haja a conscientização dos fatores prejudiciais e dos cuidados necessários para
a manutenção da saúde vocal fazem-se necessárias ações educativas com escolares. As ações
educativas contribuem para que a criança conheça seu próprio corpo, a etiologia das doenças e como
evitá-las possibilitando a prevenção da doença. A contação de histórias é um antigo costume popular,
resgatado como recurso para o desenvolvimento da linguagem oral, a partir da expressividade da voz e
da fala. Objetivo: Analisar a contribuição da contação de história na promoção da saúde vocal, na
organização da narrativa escrita coletiva e a receptividade do trabalho multiprofissional entre
fonoaudiólogo e educador. A contação de histórias é um recurso lúdico que torna o ato de aprender bem
mais interativo, instigante e estimulante, propiciando um aprender pleno de significado e envolvimento.
Metodologia: O trabalho foi realizado em uma Escola Municipal de Francisco Morato – SP e estava
vinculado à Campanha da Voz 2011. Alunos do 1º ao 5º ano assistiram a uma apresentação teatral da
história do Galo Garnizé sobre o abuso e o cuidado vocal. Inicialmente foi representada por alunas do 5º
ano e depois todos os alunos se reuniram no refeitório escolar para assistirem a uma gravação de
aproximadamente dez minutos da mesma história. Após as apresentações, os alunos receberam maçãs e
gibis sem texto com a história do galo Garnizé e retornaram às suas classes para iniciarem os registros
escrevendo o que lembravam e o que entenderam da história, contando com o auxílio da professora da
classe na organização das idéias, produzindo apenas um texto por turma totalizando 12 produções. Para
todos os textos, analisaram-se aspectos como colocação de título, número de personagens mencionado,
tempo verbal utilizado, extensão média da frase, descrição do problema e solução da história, produção
com início, meio e fim e coerência ao tema. Resultados: Os resultados mostraram que a escrita em
equipe facilita o resgate de idéias e aprimora a comunicação entre as crianças e professores, pois
promove envolvimento, interatividade e estímulo para ambas as partes. As produções mostraram que
nem todas as turmas lembraram ou acharam importante a inserção de títulos, porém todas as turmas
repassaram para o papel a idéia principal da história, que se relacionava com o uso abusivo da voz e o
registro foi coerente e estruturado pela maioria das turmas. As professoras também se mostraram muito
receptivas à contribuição da Fonoaudiologia no auxílio ao uso da palavra de maneira intencional, clara e
expressiva, possibilitando o repasse aos alunos de conteúdos importantes através da contação. O
interesse por parte das educadoras incluíram a sugestão de outros temas tais como bullyng e reciclagem,
que poderiam ser apresentados aos alunos através da representação teatral realizada pelos próprios
alunos. Conclusão: A estratégia de contação mostrou-se um simples e rico instrumento para utilização no
ambiente escolar, permitindo a promoção da saúde vocal, o desenvolvimento da linguagem oral, escrita e
o trabalho em equipe.
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O DESENHO COMO INSTRUMENTO DE MOTIVAÇÃO PARA O APRENDIZADO DA LEITURA E
ESCRITA
Carvalho, LRL
PSF-UNASP
Introdução: Além de contribuir para o desenvolvimento da linguagem oral, o desenho é concebido como
um estágio preliminar no desenvolvimento da escrita. Quando a linguagem oral já está relativamente
consolidada, a criança, em geral, começa a utilizar também o desenho como forma de representação.
Linguagem verbal e desenho estão ligados de maneiras múltiplas, reveladas nos estágios de
desenvolvimento do grafismo infantil. Ao desenhar, a criança está imersa no universo simbólico e, assim
como na escrita, pode manifestar graficamente seus desejos e pensamentos de forma legítima. É comum
entre professores e pais ouvir-se a queixa de falta de interesse das crianças e adolescentes pelos
estudos e pela leitura, no entanto torna-se necessária uma minuciosa investigação das estratégias de
ensino utilizadas pelas escolas a fim de avaliar o que pode ser feito para auxiliar os alunos nos processos
de alfabetização e aprendizado. Objetivo: Com a proposta de incentivar o interesse pela leitura e
desenvolver as habilidades de escrita de alunos do ensino fundamental das redes pública e particular do
município de São Paulo, a fim de ampliar seus conhecimentos e melhorar seu aproveitamento escolar,
idealizou-se o projeto da construção de uma oficina para motivar o aprendizado da leitura e da escrita de
crianças e adolescentes a partir do desenho, visando estimular a participação destes alunos em
atividades que despertassem sua curiosidade e capacidade criativa. Metodologia: Participaram do estudo
32 escolares com idades entre seis e 13 anos, os quais frequentavam os grupos da unidade coordenados
pela fonoaudióloga do NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família). A freqüência dos grupos era
semanal e sua composição variou de acordo com as idades e estágios de desenvolvimento da escrita das
crianças e adolescentes participantes da pesquisa. Em todos os grupos foram realizadas atividades
envolvendo desenho, como forma de estimular a produção escrita dos participantes. Dentre as atividades
propostas estavam a confecção de gibis, cartas, poesias, acrósticos, jogos interativos (forca, mímica,
soletração) e um concurso de frases e desenhos. O estudo teve duração de 10 meses. Resultados: O
estudo demonstrou que a utilização de atividades significativas e motivadoras, que mobilizam a
criatividade das crianças e adolescentes, contribuiu para a constituição de um ambiente propício à
aprendizagem. A atividade gráfica propiciou diversos momentos de cooperação mútua entre os
participantes da pesquisa. O grafismo foi também um evento desencadeador de narrativas, estimulando a
produção de textos e ampliação do vocabulário dos sujeitos. Houve melhora do aproveitamento escolar
de 80% dos alunos, evidenciando a eficácia da utilização do desenho como recurso terapêutico facilitador
do aprendizado da leitura e da escrita. Conclusão: Por intermédio do desenho, as crianças e
adolescentes analisados desenvolveram as habilidades de atenção, memória, autonomia e socialização,
despertando a curiosidade e imaginação de maneira prazerosa, como participantes ativos de seu
processo de aprendizagem. O desenho impulsionou e desenvolveu a aquisição e busca por novos
conhecimentos, permitindo aos sujeitos aperfeiçoar as capacidades de raciocínio e inferência. Cabe ao
fonoaudiólogo, portanto, fornecer oportunidades para os pacientes transcreverem no papel suas
impressões sobre o mundo que os rodeia, seus sentimentos, emoções e experiências, a fim de preparálos para que se apropriem do sistema de escrita de forma adequada.
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CONHECIMENTO DOS PROFESSORES EM RELAÇÃO ÀS ALTERAÇÕES DE LINGUAGEM NA
FASE ESCOLAR
PARRERA LRO; SANTOS TLA; CASTRO MM;
INSTITUIÇÃO: Universidade de Guarulhos
Introdução: As crianças com alterações do desenvolvimento da linguagem oral são consideradas de risco
para apresentarem alterações na aquisição e desenvolvimento da linguagem escrita. O professor do
ensino fundamental tem papel essencial na detecção de crianças que apresentem alguma dificuldade
nesse processo. Dada a relevância que as escolas, como espaço social, apresentam para o
desenvolvimento global das crianças, por proporcionarem grandes estímulos, torna-se importante a
atuação fonoaudiológica, privilegiando não apenas o conhecimento básico de patologias, mas ações de
prevenção e promoção da saúde, auxiliando o planejamento pedagógico, principalmente no que se refere
à linguagem oral e aos aspectos cognitivos, compartilhando conhecimento sobre o desenvolvimento de
linguagem com os professores, orientando sobre temas a serem incorporados no planejamento, bem
como atividades a serem realizadas em sala de aula que promovam o desenvolvimento da linguagem,
percepção auditiva, consciência fonológica, associação fonema-grafema, elaboração de
histórias.Objetivo: Investigar as informações que os professores do ensino fundamental possuem em
relação à fonoaudiologia na escola e verificar o seu conhecimento em relação às alterações de linguagem
na fase escolar, bem como sobre temas ligados à área de linguagem. Método: Foi aplicado um
questionário, contendo 27 questões objetivas em uma amostra com 23 professores que lecionam para o
ensino fundamental, sendo 06 de uma escola particular e 17 da rede municipal de ensino de São Paulo.
Resultado: Observou-se que apenas 13% dos professores tiveram contato com fonoaudiólogos na
escola, sendo esses os professores da escola particular. Notou-se também que a visão dos professores
com relação à atuação fonoaudiologica na escola, ainda é detectar e encaminhar os alunos com
dificuldades. Na amostra apenas 37% citaram a prevenção, e 78% nunca ouviram falar sobre consciência
fonológica. Referente às alterações de linguagem, os professores conseguem perceber que existe uma
alteração, seja de comportamento, de linguagem oral e ou escrita. As três condutas mais adotadas por
eles sejam da escola particular ou municipal foram: encaminhar o aluno para coordenadoria pedagógica
23,75%, informar aos pais 22,34% e tentar auxiliar o aluno em sala de aula 21,27%. Observou-se
também que frequentemente que os professores embora detectem que os alunos apresentam trocas na
fala de base fonológica como traço de sonoridade, simplificação de encontro consonantal e
posteriorização para velar, assim como trocas ortográficas devido a representação múltiplas dos sons;
não referem o encaminhamento ao fonoaudiólogo. Conclusão: Este estudo evidenciou que não há
atuação fonoaudiológica nas duas escolas estudadas, tanto particular como pública. Evidenciou também
o pouco conhecimento dos professores sobre o desenvolvimento da linguagem e a atuação
fonoaudiológica que ainda se mostra muito tímida no aspecto educacional. Este estudo permitiu confirmar
a necessidade de ações fonoaudiológicas na escola para prevenção e promoção da saúde. A prevenção
pode ser obtida com atividades pedagógicas que estimulem a linguagem, seja ela, oral, corporal, escrita e
de leitura, evitando ou minimizando o fracasso escolar. bem como a parceria entre fonoaudiólogos e
professores auxiliando a prática docente dos professores através de programas de capacitação sobre: o
desenvolvimento da linguagem oral e escrita; quais crianças devem ser encaminhadas para
acompanhamento; o que é a consciência fonológica e como pode ser estimulada; qual a relação entre
linguagem e escrita; a contribuição de atividades lingüísticas como a contação de história; rodas de
conversa entre outras que precisam ser urgentemente intensificas visando minimizar o impacto das
alterações de linguagem oral sobre a aquisição e o desenvolvimento da linguagem escrita.
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A PARTICIPAÇÃO DO PAI JUNTO AO BINÔMIO MÃE/BEBÊ EM GRUPO DE APOIO À
AMAMENTAÇÃO E A INFLUÊNCIA NO PROCESSO DE ALEITAMENTO MATERNO
Fonseca G.C.; Silva A.M.
INSTITUIÇÃO: PREFEITURA MUNICIPAL DE AMERICANA – SECRETARIA DE SAÚDE
Introdução: A prática da Amamentação aumenta a sobrevivência infantil e a qualidade de vida do bebê e
da mãe, o que a torna, segundo o Instituto de Saúde (CIP/SES-SP), uma prioridade mundial e que no
Brasil tem sido uma política de saúde priorizada desde 1981. Os aspectos sócio-econômicos e culturais
têm exercido forte influencia sobre o aleitamento materno, que embora seja um ato natural, não é
instintivo, uma vez que as puérperas necessitam de apoio e ensinamentos para amamentar de forma
prazerosa evitando, assim, o desmame precoce. Diversos estudos comprovam que a participação
paterna é importante desde os primeiros meses de gestação. A presença e o apoio paterno parecem ser
decisivos no sucesso da amamentação, podendo inclusive prolongá-la. Objetivo: a finalidade deste
estudo foi avaliar a influência paterna na extensão do período de amamentação, em participantes de um
grupo de apoio ao aleitamento materno. Metodologia: Estudo de caráter exploratório, descritivo de
natureza quantitativa, através do qual procuramos relacionar a extensão da amamentação com a
presença do pai no projeto “Mamãe Nenê”. Projeto este desenvolvido no município de Americana-SP por
uma equipe multiprofissional que visa encorajar a amamentação através de atendimento ambulatorial às
puérperas referenciadas, principalmente, pelo Hospital Municipal da Cidade. Esse projeto de promoção e
prevenção em saúde, intitulado “Mama Nenê” teve inicio no dia 20 de agosto de 2009 e até julho de 2011
foram agendados 2200 binômios mães - bebês na alta hospitalar, dos quais cerca de 70% compareceram
ao programa. A amostra estudada foi constituída por todas as mães que participaram desse projeto de
incentivo à amamentação no mês de janeiro de 2011 e residiam no município de Americana totalizando
em uma população de 67 mães. A coleta de dados foi realizada entre os meses de janeiro/2011 e
julho/2011. Os binômios foram acompanhados através de ligações telefônicas, a cada mês, para saber se
permaneciam em Aleitamento Materno Exclusivo (AME) ou não e se tinham algum problema. Tal
abordagem apresentou algumas dificuldades, como por exemplo, número de telefone inexistente,
incorreto e chamada não atendida o que culminou com a redução da amostra estudada para 50 nutrizes
ao final da pesquisa. Resultados: As puérperas, em sua maioria (75%), compareceram ao projeto
acompanhadas, sendo a figura do pai presente em apenas 39%. No mês de janeiro de 2011 houve uma
participação semelhante: 74% das mães estavam acompanhadas, sendo que o pai representou 34%
desta população. O índice de desmame, durante os primeiros meses de vida, entre as nutrizes estudadas
foi em torno de 26%. Porem observou-se que este índice de desmame era menor entre as mães que
compareceram acompanhadas pelo pai ao grupo (12%) comparado as demais mães (33%),
desacompanhadas ou acompanhadas por outro familiar. O índice de AME, no quinto mês de busca
telefônica (aproximadamente 6º mês de vida do bebê) foi de apenas 24% muito aquém do almejado pela
OMS. Das 17 nutrizes acompanhadas pelos pais dos bebês (88%) e das 33 acompanhadas por outros
familiares ou desacompanhadas (67%) referiram a permanência da amamentação no sexto mês de vida.
Conclusão: Neste estudo, observou-se que o envolvimento do pai, e não somente da mãe, em uma
estratégia de incentivo e promoção ao aleitamento materno pode de fato garantir uma influencia positiva
no processo de amamentação, promovendo taxas mais favoráveis tanto de aleitamento materno
exclusivo quanto complementado. Concluiu-se, portanto, que o pai exerce influência positiva na
amamentação, beneficiando a sua continuidade. Cabe, assim, a toda rede de apoio, incentivar ações que
valorizem o pai como elemento ativo no aleitamento materno.
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Área de inscrição do trabalho: Média e Alta Complexidade
CARACTERIZAÇÃO DE PACIENTES ATENDIDOS EM UM SISTEMA DE ALTA COMPLEXIDADE
JOSÉ MR; FENIMAN,MR; MONDELLI, MFCG.
INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE BAURU/USP
Introdução: Desde a implementação da Política Nacional de Atenção à Saúde Auditiva, observa-se
gradual aumento do número serviços credenciados pelo SUS, o que sugere a necessidade de estudos
que caracterizem a população atendida, com a finalidade de proporcionar aprimoramentos referentes ao
estabelecimento de algumas diretrizes e ao funcionamento dos serviços. Com relação a cobertura dos
serviços de saúde auditiva, estudo realizado sobre o levantamento quantitativo dos procedimentos
relacionados à adaptação de aparelho de amplificação sonora individual (AASI) incluídos na tabela do
Sistema Único de Saúde, demonstrou desigualdades no território nacional, no qual as regiões Norte e
Centro-Oeste foram apontadas como defasadas em relação as demais regiões do país. Medidas de
informação a população e aos profissionais da área da saúde, bem como, a aprovação de legislação que
garanta o acesso do deficiente auditivo ao acompanhamento para diagnóstico e intervenção precoces,
apresentam-se como medidas necessárias. Estes aspectos foram contemplados pelo Ministério da Saúde
(MS) na publicação das Portarias GM nº 2.073, de 28 de setembro de 2004 e 587, de 07 de outubro de
2004. A Clínica de Fonoaudiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru/USP, está credenciada à
Portaria GM/MS nº 2073 de setembro de 2004, que institui a Política Nacional de Atenção à Saúde
Auditiva a ser implantada em todas as unidades federadas, respeitadas as competências das três esferas
de gestão, e consequentemente oferece conhecimento relacionado ao deficiente auditivo e a forma de
reabilitação do mesmo. A Clinica de Fonoaudiologia da FOB/USP está cadastrada no sistema de Alta
Complexidade e oferece serviços de atenção à Saúde Auditiva, os quais são submetidos à regulação,
fiscalização, controle e avaliação do gestor estadual e municipal, conforme as atribuições estabelecidas
nas respectivas condições de gestão. Os atendimentos à população se iniciaram no mês de agosto de
2003, e até o período avaliado, prestou atendimento à aproximadamente 1640 pacientes da cidade de
Bauru e região, sendo que semanalmente novos pacientes são encaminhados pela Divisão Regional de
Saúde (DRS). São prestados serviços como encaminhamento ao Otorrinolaringologista, diagnóstico,
seleção e adaptação do AASI assim como a reabilitação auditiva. Objetivo: caracterizar o perfil dos
pacientes atendidos no sistema de alta complexidade da Clínica de Fonoaudiologia da Faculdade de
Odontologia de Bauru/USP. Metodologia: a pesquisa foi iniciada após aprovação do Comitê de Ética em
Pesquisa em Seres Humanos da FOB/USP, sob o parecer no. 051/2009. A população selecionada foi
composta por sujeitos deficientes auditivos regularmente matriculados na Clinica de Fonoaudiologia da
FOB/USP no período de agosto de 2003 a agosto de 2009. De um total de 1640 pacientes atendidos
nesse período, foi realizado um cálculo amostral, no qual foram sorteados aleatoriamente 10% desses
sujeitos para compor a amostra. Para obtenção dos dados foi realizada análise do prontuário de 185
sujeitos, dos quais foram extraídas informações referentes ao gênero, idade, classificação
socioeconômica, procedência, tipo, grau e etiologia da perda auditiva e tipo da tecnologia do AASI
adaptado. Resultados: Em relação a origem, 97% dos pacientes pertenciam ao estado de São Paulo, e
desses, 36% residiam na cidade de Bauru. Na classificação socioeconômica, foi encontrado que 61%
pertenciam a classe baixa superior, 21% à média inferior, 14% à baixa inferior, 3% à média e 1% à média
superior. Quando verificado o gênero, 54% da amostra pertenciam ao sexo masculino e 46% ao feminino,
no qual observamos que 48% da população do estudo é composta por idosos. Quanto ao
comprometimento das orelhas, 82% possuíam perda auditiva bilateral e 18% unilateralmente. O tipo de
perda encontrado foi: 78% possuíam perda sensorioneural, 20% mista e 2% condutiva. O grau da perda
auditiva demonstrou que 45% possuíam perda auditiva de grau moderado, 27% severo, 17% leve e 11%
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profundo. Todos os pacientes utilizam o aparelho de amplificação sonora individual, e quanto a tecnologia
verificamos que 73% fazem uso da tecnologia digital, 15% híbrida e 12% analógica. Na questão
relacionada ao tipo do AASI, 71% usam retroauriculares, 16% intra-canais, 10% micro-canais e 3% intraauriculares. Dentre os 185 prontuários analisados apenas quatro apresentaram laudo diagnóstico, sendo
verificado que dois eram de presbiacusia, um otosclerose e um traumatismo cranioencefálico. Conclusão:
O tipo mais frequente de perda auditiva foi sensorioneural, de grau moderado, bilateralmente. Os
pacientes atendidos são predominantemente do estado de São Paulo e a perfil socioeconômico mais
observado foi baixo superior. Em nossa amostra verificamos que 48% dos pacientes atendidos em nosso
serviço são idosos, e mesmo com a melhora da tecnologia utilizada na adaptação do AASI, ainda há
dificuldade em outros níveis do processo de atendimento ao deficiente auditivo, como a classificação da
etiologia da perda auditiva.
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TECNOLOGIA X SATISFAÇÃO: APARELHOS AUDITIVOS ADAPTADOS PELO SUS
FIDÊNCIO, VLD; MONDELLI, MFCG.
INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE BAURU – USP
Introdução: Durante muitos anos a deficiência auditiva foi considerada uma doença incapacitante.
Entretanto, nos últimos tempos, muito tem sido feito para amenizar esse estigma e proporcionar a
melhora da qualidade de vida dos indivíduos deficientes auditivos. Assim, com esse objetivo, podemos
indicar a utilização dos aparelhos de amplificação sonora individual (AASI), cuja função primária é
proporcionar a amplificação do som. Para efeito de portaria, os AASI devem ser classificados segundo
tecnologia das características e recursos eletroacústicos. Basicamente o diferencial na classificação está
na forma de como o sinal acústico é processado. Nesta classificação, os AASI são divididos em três
categorias: A, B e C. Na classe A, os AASI programáveis ou não, o sinal é processado de forma linear, ou
seja, o ganho é constante para todos os sinais de entrada. Na classe B, os AASI são digitais, podem ser
programáveis ou não, com sinal sonoro processado considerando sua faixa de freqüência de atuação
como um todo e utilizam o sistema de compressão tipo WDRC. Na classe C, os AASI são digitais
programáveis, o sinal é processado por regiões de freqüências, chamadas de multicanais. Esta condição
favorece a amplificação em ambientes ruidosos, pois permite variação do ganho em função do nível do
sinal de entrada – aparelhos auditivos não-lineares. O programa define o quantitativo considerando a
tecnologia dos AASI. Na Classe C, por terem circuitos mais específicos, devem ser prescritos para 15%
dos casos, 35% dos casos na Classe B, e a maioria (50%) na Classe A. Em usuários com idade acima de
15 anos devem ser aplicado questionários ou protocolos que avaliem o grau de satisfação do paciente. A
satisfação do usuário de AASI é um aspecto importante para avaliarmos o sucesso da adaptação. Ela é
afetada pelo benefício percebido, mas também envolve as expectativas do usuário, os custos monetários,
psicológicos, os problemas encontrados ao longo do processo de reabilitação e as dificuldades de
comunicação que ainda permanecem mesmo com o uso da amplificação. A exemplo, existe o
questionário de auto-avaliação para aparelho auditivo – IOI-HA – International Outcome Inventory for
Hearing Aids, que tem o objetivo de documentar o ponto de vista do paciente relacionado à evolução do
uso diário do aparelho auditivo, considerando não só o grau de satisfação, mas também as limitações de
atividades básicas, restrição de participação, impacto nos outros e qualidade de vida. A medida da
satisfação com o uso do aparelho de amplificação sonora individual na vida diária também tem sido
estudada por meio do questionário Satisfaction With Amplification in Daily Life – SADL. Objetivo: Verificar
o benefício obtido e a satisfação dos usuários com a utilização dos aparelhos de amplificação sonora
individuais das categorias A, B e C adaptados por uma instituição credenciada pelo Sistema Único de
Saúde. Metodologia: Foram avaliados 44 pacientes com idade superior a 18 anos de ambos os gêneros,
adaptados com aparelho de amplificação sonora individual e que apresentaram compreensão e limiar
auditivo que propiciaram a aplicação dos questionários SADL e IOI-HA. Resultados: Os usuários
encontram-se satisfeitos com o seu AASI, visto que apresentaram pontuações nas categorias do
questionário SADL que representam um nível de satisfação maior que o encontrado na normatização
estabelecida pelos autores do instrumento. Analisando o questionário IOI-HA, verifica-se também um alto
índice de satisfação dos usuários. Observaram-se índices de satisfação semelhantes entre o uso da
tecnologia tipo A e da tecnologia tipo B. Quanto à tecnologia do tipo C, a mesma não entrou nas
estatísticas deste estudo devido ao pequeno número da amostra encontrado. Conclusão: Observou-se
que, de modo geral, os usuários encontram-se satisfeitos com seu AASI, mesmo os que fazem uso da
tecnologia mais simples. Verificou-se também que os usuários não associam o uso do aparelho auditivo a
uma imagem negativa.
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IMPORTANCIA DA ESTIMULAÇÃO DAS HABILIDADES DE CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
ARAÚJO, DMF; REIS, KAR; NOVAIS, LAS; DIAS, SFL; BERNARDO, VM; CASTRO, MM; MALERBI, FF;
INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE GUARULHOS-UNG
Introdução: Há tempos, profissionais da área da saúde vêem pesquisando sobre a importância da
estimulação da Consciência Fonológica (CF) em crianças pré-escolares, propondo que se realizem
atividades que visam a promoção da consciência fonológica, a fim de facilitar a compreensão da relação
entre a linguagem oral e escrita e a conseqüente aquisição da última (MALUF e BARRERA, 1997).
Consciência fonológica refere-se à consciência de que a fala pode ser segmentada e a habilidade de
manipular tais segmentos; desenvolve-se gradualmente na medida em que a criança se torna consciente
de frases, palavras, sílabas e fonemas como unidades identificáveis. A prova da consciência fonológica
permite investigar a habilidade de lidar com a natureza segmentada da fala e investiga as habilidades de
rima, aliteração, consciência de palavras, consciência silábica e consciência fonêmica. Habilidades que
estão relacionadas à apropriação da linguagem escrita. Os estudos têm evidenciado o comprometimento
das habilidades de consciência fonológica nas alterações de linguagem oral e escrita. Objetivo: Avaliar a
evolução de crianças com alteração de linguagem infantil nas habilidades de CF pós intervenção
fonoaudiológica. Metodologia: Participaram deste estudo 17 crianças de 4:0 a 8:11 anos que procuraram
a Clínica escola de Fonoaudiologia da UnG e foram diagnosticadas com Transtorno Fonológico. A
consciência fonológica foi avaliada através de teste de referência contendo as seguintes habilidades:
Síntese silábica (SintSil), síntese fonêmica (SintFon), rima, segmentação fonêmica (SegmFon), exclusão
fonêmica (ExclFon) e transposição fonêmica (TranspFon). Após três meses de intervenção semanal
individual da percepção auditiva, organização lingüística, produção oral e consciência fonológica foram
reavaliadas Resultados: Houve predomínio do gênero masculino (15) em relação ao feminino (02) na
procura pelo atendimento fonoaudiológico em linguagem. Na prova de consciência fonológica a média
geral na AVALIAÇÃO para as habilidades do melhor para o pior desempenho: SintSil (4,59); SegmFon
(3,24); rima (2,06); SintFon (2,06); ExclFon (1,53); e TranspFon (0,76). Analisando do melhor para o pior
desempenho segundo o gênero, as crianças do gênero masculino apresentaram em cada habilidade a
média de: SintSil (4,53); SegmFon (3,0); rima(2,2); SintFon (1,87); ExclFon (1,67) e TranspFon (0,87); e
no gênero feminino: SintSil (5,0); SegmFon (5,0); SintFon (3,5); rima(1,0); ExclFon (0,5) e TranspFon (0).
Na análise da avaliação por idade, observou-se que as crianças menores, entre 4 e 5 anos, apresentam
para cada habilidade a média de: SintSil (4,29); SegmFon (2,43); rima(1,71); ExclFon (1,57); SintFon
(1,14); e TranspFon (0,29). As crianças maiores, entre 6 e 8 anos, apresentaram na avaliação para cada
habilidade a média de: SintSil (4,8); SegmFon (3,8); SintFon (2,7); rima(2,3); ExclFon (1,5) e TranspFon
(1,1).Na reavaliação também houve predomínio do gênero masculino (15) em relação ao feminino (01).
Na prova de consciência fonológica a média geral para as habilidades do melhor para o pior
desempenho: SintSil (4,81); SegmFon (3,13); rima (3,13); ExclFon (2,50); SintFon (2,31); e TranspFon
(1,88). As médias para as habilidades quanto ao gênero do melhor para o pior desempenho foram:
Gênero Masculino: SintSil (4,80); SegmFon (3,33); rima (3,27); ExclFon (2,67); SintFon (2,47); e
TranspFon (2,0) e no gênero feminino: SintSil (5,0); rima (1,0); SegmFon (0); ExclFon (0); SintFon (0); e
TranspFon (0).Na reavaliação por idade, observou-se que as crianças menores, entre 4 e 5 anos,
apresentam para cada habilidade a média de: SintSil (4,86); rima(2,86); SegmFon (2,57); ExclFon (2,57);
SintFon (2,0); e TranspFon (1,86). As crianças maiores, entre 6 e 8 anos, apresentaram na avaliação
para cada habilidade a média de: SintSil (4,78); SegmFon (3,56); rima(3,33); SintFon (2,56); ExclFon
(2,44) e TranspFon (1,89). Pela análise dos resultados, o desempenho na prova de consciência
fonológica evidenciou o melhor desempenho das crianças na tarefa de síntese silábica e o pior na tarefa
de transposição fonêmica independente do gênero e da idade. As habilidades de consciência fonológica
que envolve habilidades silábicas são mais simples que as habilidades fonêmicas, que requerem análise
minuciosa das menores unidades do sistema fonológico, os fonemas. Comparando-se os dados de
avaliação com a reavaliação quanto ao gênero e a idade observou-se melhora em todas as habilidades;
fato que indica que a estimulação destas habilidades é de fundamental importância e influenciam na
maturação e desempenho das crianças. Dentre as estratégias para estimulação, em grupo, de crianças
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pré-escolares temos, entre outras: estimulação da habilidade de consciência de sílabas (jogo de tabuleiro
em que há um percurso a ser completado, sendo que as crianças escolhem cartas com desenhos de
figuras e avançam no percurso o número de casas correspondente ao número de sílabas do nome da
figura); estimulação da habilidade de detecção fonêmica (jogo de dominó com figuras, em que devem ser
unidas as figuras que começam com o mesmo som) (CAPOVILLA & CAPOVILLA, 2000). Ao final de cada
atividade faz-se necessário discutir com as crianças o que foi feito e levá-las a refletir sobre as sílabas, os
fonemas ou a habilidade estimulada. Atividades a serem desenvolvidas pelo próprio fonoaudiólogo em
programas de estimulação escolar ou através da orientação aos professores. Conclusão: Tais resultados
indicam que as habilidades de consciência fonológica recebem influência da maturação. O desempenho
insatisfatório nas habilidades de consciência fonológica confirma o comprometimento do processamento
fonológico no transtorno fonológico, tanto em nível silábico quanto fonêmico. A melhora de todas as
habilidades confirma a eficácia da estimulação das habilidades e a importância de incluí-las nas ações de
prevenção e promoção da linguagem oral e escrita, trabalho este que pode ser realizado na própria
atenção básica através, por exemplo, dos grupos de estimulação de linguagem ou mesmo de orientações
a pais e professores.
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ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA EM PARCERIA SERVIÇO PÚBLICO DE SAÚDE E UNIVERSIDADE:
CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTOS
ARAUJO, DCLR.; GOUVEIA, AEJ.
INSTITUIÇÃO: CENTRO DE HABILITAÇÃO INFANTIL “PRINCESA VICTORIA”
Introdução: O Centro de Habilitação Infantil “Princesa Victoria” é uma unidade de saúde da Fundação
Municipal de Saúde de Rio Claro-SP. Tem como objetivo atender crianças e adolescentes, portadores de
deficiência física e sensorial, na faixa etária de 0 a 18 anos, residentes em Rio Claro e região, visando
sua habilitação e oferecendo oportunidade de se desenvolverem dentro das suas capacidades e
limitações, proporcionando melhor inclusão social. A equipe de trabalho deste serviço é formada por
assistente social, fisioterapeutas, fonoaudiólogas, pedagogas, psicólogas, terapeuta ocupacional,
educadora física, dentista, neurologista, fisiatra, oftalmologista, ortopedista, e equipe de apoio. Dentre os
diversos trabalhos desenvolvidos neste serviço, há o programa de bebês de risco que tem por objetivo
avaliar e acompanhar através de uma equipe multidisciplinar, o desenvolvimento dos bebês visando a
prevenção de deficiências físicas e sensoriais, detectar precocemente possíveis sequelas, orientar pais
e/ou responsáveis quanto às etapas do desenvolvimento e, se necessário, encaminhar o bebê para o
programa de estimulação precoce.
Durante o ano de 2009 foi levantado através de estudo em prontuários que em média 33% das mães
haviam desmamado seus bebês antes dos 3 meses. Então, passamos a questionar sobre as possíveis
causas deste desmame precoce e pensar em como diminuir este índice, visto que “o desmame precoce é
um importante problema de saúde pública em todo o mundo” (Santana et al, 2008). Vimos a necessidade
de aprofundarmos o conhecimento a respeito de aleitamento materno para documentarmos os achados,
descrevê-los de modo científico, e buscar subsídios que nos auxiliasse na melhoria dos índices de
prevalência da amamentação em nosso trabalho com os bebês. Assim, procuramos o PROAMA – Projeto
Amamentar que é um grupo de extensão a comunidade vinculado a Unesp de Rio Claro, tendo o objetivo
de estudar e promover ações comunitárias de incentivo ao aleitamento materno. Teve inicio a nossa
participação neste grupo em fevereiro de 2009 e passamos a ter papel importante para a construção de
conhecimento e mover ações de mudanças no nosso município em favor do aleitamento materno, em
especial dentro do trabalho com os bebês de risco. Essas ações foram concretizadas na forma de um
projeto de pesquisa iniciado em 2011 com aprovação pelo Comitê de Ética da Unesp - Rio Claro. Além
desse trabalho de pesquisa nossa atuação se fez presente durante a Semana do Aleitamento Materno
comemorado anualmente na primeira semana de agosto através de publicação de textos em jornais
locais, internet, bem como entrevista em rádio local e TV, sobre a importância do aleitamento materno e
prevenção da saúde fonoaudiológica. Outra forma de atuação e que contribui para a construção do
conhecimento na área foi a participação em atividades científicas, como: simpósios, congressos e
palestras. Para integrar os diversos segmentos envolvidos com o aleitamento materno no Município foi
dado inicio a Rede Social Amamenta Rio Claro, como o objetivo primeiro de promover o aleitamento
materno e apoiar a arrecadação de leite humano para o Banco de Leite da cidade. Essa iniciativa trouxe
conhecimento específico sobre aleitamento materno para a equipe multidisciplinar do Programa de
Acompanhamento ao Bebê de Risco e melhorou as orientações para o público atendido. Sabe-se que há
muito a realizar no trabalho fonoaudiológico no município de Rio Claro, e conforme o relato de Santana et
al, 2008 “o trabalho fonoaudiológico requer capacidade de percepção das alterações fonoaudiológicas
que acometem a população em geral e há que evoluir no conhecimento mais detalhado de questões
ligadas aos fatores de risco para tais alterações, além dos efeitos destes para o sujeito.”. Para que o
trabalho se desenvolva de maneira eficaz tem-se como meta as parcerias de trabalho e apoio dos órgãos
públicos. Em conclusão, a parceria entre as instituições Secretaria Municipal de Saúde e Universidade
tem promovido conhecimento técnico-científico através da elaboração efetiva em ações que visam
soluções e conduz a adotar medidas preventivas, prestando um atendimento de qualidade à população.
Objetivo: levantar a importância de parcerias Universidade, SUS, e comunidade para promoção da saúde
pública; relatar e divulgar o trabalho fonoaudiológico do Centro de Habilitação infantil “Princesa Victoria”
na promoção do aleitamento materno; apresentar e divulgar o trabalho desenvolvido pelo Proama –
Projeto Amamentar / Unesp – Rio Claro. Método: Levantamento de atividades desenvolvidas pelas
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fonoaudiólogas através de registro institucional da atuação fonoaudiológica de 2009 a 2011 na promoção
do aleitamento materno no Município de Rio Claro - SP. Resultados: Durante o ano de 2009 foi
observado pelas fonoaudiólogas que havia importante índice de bebês que tinham sido desmamado
precocemente, na população atendida no Programa de Acompanhamento ao Bebê de Risco do Centro
de Habilitação Infantil “Princesa Victoria”. Foi buscar ajuda científica para estudar e descrever tal
incidência. Ocorreu a procura pelo Proama – Projeto Amamentar vinculado a Unesp – Rio Claro, como
grupo de Extensão à Comunidade. Em 2010, ocorreu a participação no IX ENAM – Encontro Nacional de
Aleitamento Materno, em Santos com publicação da pesquisa em pôster sobre “Evidências de desmame
precoce em bebês de risco”. Ocorreu a apresentação do tema “Aleitamento Materno: prática que favorece
a fala” em relato de experiências no XVII Simpósio Rio-clarense de Educação “Ética Diversidade:
Construindo Homens e Mulheres de Valor na Escola.” e teve inicio a elaboração do Projeto de pesquisa.
Em 2011 iniciamos a Rede Social Amamenta Rio Claro, com diversos seguimentos da sociedade de Rio
Claro, reuniões mensais ocorrem com o objetivo de promover conhecimento sobre o tema Aleitamento
materno. Participação na organização da Semana Municipal de Aleitamento Materno. E está em
andamento a pesquisa sobre desmame precoce na população do Programa Bebê de Risco. Conclusão: a
parceria entre as instituições Secretaria Municipal de Saúde e Universidade tem promovido conhecimento
técnico-científico através da elaboração efetiva em ações que visam soluções e conduz a adotar medidas
preventivas, prestando um atendimento de qualidade à população.
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Atividades dos Grupos de Trabalhos
Os grupos foram compostos de forma a contemplar discussões nas seguintes áreas:
Atenção Básica, Média e Alta Complexidade, Educação e Saúde, Gestão e Saúde Mental.
Tendo em vista que o interesse dos participantes para composição dos grupos não foi
igualitário, dois deles responsabilizaram-se pela discussão de duas áreas. A partir dos relatórios
produzidos pelos grupos, a comissão organizadora apresenta o produto das discussões.
Grupo “Atenção Básica” e “Gestão”
Moderadora : Profa. Dra. Maria Aparecida Miranda de Paula Machado
Relatora: Graziella Batista Dallaqua
Número de participantes: 29
Questões norteadoras e respectivos registros: Atenção Básica
1 – Quais os procedimentos realizados pelo fonoaudiólogo na Atenção Básica não
contemplados pelo Ministério da Saúde?
Os participantes discutiram a ausência de indicadores para atenção básica e de códigos
que contemplem o registro das ações no NASF (discussão de caso, reunião de equipe,
etc). Alguns profissionais até apontaram a existência de códigos para registro dos
procedimentos no nível municipal, mas não no nível nacional (Ministério da Saúde).
Sugestão: elaboração de relatórios para justificar a ausência de códigos para registro
dos procedimentos, a serem encaminhados às Secretarias de Saúde, por meio dos
profissionais e ao Ministério da Saúde, por meio dos órgãos representativos da
Fonoaudiologia..
Também foi apontada a dificuldade para articulação da rede (intersetorial, interações,
interníveis).
Por fim, foi destacada a importância de apresentar aos gestores resultados da atuação
fonoaudiológica, através de números.
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2- Como realizar o perfil da demanda atendida para planejar ações para inserir os
profissionais nos diferentes níveis?
Através do registro para levantar a demanda e demonstrar a importância da inserção do
fonoaudiólogo nos diversos setores, além do planejamento de formas para tornar visíveis os
dados coletados nos diversos serviços.
Os participantes levantaram a importância da publicação de material pelo Ministério da
Saúde para orientar o gerenciamento das ações do fonoaudiólogo, objetivando uniformizar tal
ação nos diversos municípios.
Por fim, foi destacado que, na Atenção Básica deve-se priorizar o que é prevalente no
território; no entanto, normalmente, a Fonoaudiologia oferta serviços sem planejar, sem mapear,
em desacordo com tal princípio.
Questões norteadoras e respectivos registros: Gestão
1-
Quais ações que o fonoaudiólogo deve exercer em cada nível de Atenção?
As seguintes ações foram elencadas pelos participantes:
Terapia em grupo ou individual;
Consulta com profissional especializado;
Grupo de promoção da saúde (atividades educativas e de orientação);
Oficinas;
Educação Permanente;
Acollhimento;
Campanhas;
Articulações intersetoriais;
Articulação com a rede;
Participação em reuniões;
Triagens;
Avaliações (média e alta complexidade);
Na alta complexidade: atendimentos hospitalares, disfagia, saúde auditiva, entre outros.
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2- Como fortalecer a integralidade?
Foi destacado que o próprio sistema de rede é importante para a integralidade e que há
diferentes realidades quanto ao número de profissionais de Fonoaudiologia inseridos na rede
SUS.
Foram apresentados os seguintes exemplos como forma de articulação em um serviço:
a) em um dado município, para garantir que todos os RNs sejam atendidos por um
fonoaudiólogo, criou-se um sistema que para o agendamento da consulta pediátrica é
obrigatória consulta com o fonoaudiólogo uma semana antes.
b) realização de grupo de mães antes ou depois da consulta com o ginecologista.
Por fim, foram trocadas experiências sobre como pensar a linha do cuidado de pacientes
neurológicos em fase escolar.
Grupo “Educação e Saúde”
Moderadora : Fga. Gessyka Gomes Marcandal
Relatora: Fga. Ms. Ariadnes Nobrega de Oliveira
Número de participantes: 17
Questões norteadoras e respectivos registros:
1- Quais as ações que o Fonoaudiólogo deve executar com os profissionais da
Educação?
As seguintes ações foram elencadas pelo grupo:
Participar das reuniões de planejamento pedagógico (projeto político pedagógico);
Realizar palestras de orientação (Educação em Saúde) sobre voz, audição,
desenvolvimento da criança para os professores, pais e alunos;
Participar dos horários de extra-classe (HTPC), reuniões de conselho de classe e
atividades festivas na escola;
Promover articulação entre pais e educadores.
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2 - Como fortalecer a integração entre fonoaudiólogos lotados nas Secretarias de Saúde
e Educação?
Através da promoção de estratégias de comunicação entre todos os profissionais do
município;
Através da utilização de protocolo de triagem único em todas as escolas, para posterior
encaminhamento, também com modelo único;
Realização de reuniões mensais entre todos os fonoaudiólogos do município, para
trocas de experiências e discussão de casos;
Desenvolvimento de um projeto comum, com definição de papéis a partir de análise dos
dados e reunião pré-determinadas;
Promover ações visando a melhoria da qualidade de vida do indivíduo, independente
das mesmas serem realizadas pelo fonoaudiólogo da Saúde ou Educação;
Através do fortalecimento da classe fonoaudiológica, evitando-se a dicotomia Saúde x
Educação.
Grupo: “Média e Alta Complexidade” e “Saúde Mental”
Moderadora : Fga. Elaine Herrero
Relatora: Fga. Ms. Katia de Cássia Botasso
Número de participantes: 24
Questões norteadoras e respectivos registros: Média e Alta Complexidade
1- Como construir as redes de cuidado e os fluxos de referência e contra referência nos
municípios?
As seguintes sugestões foram apresentadas pelo grupo:
Através do conhecimento dos recursos disponíveis na comunidade;
Através das discussões de equipe multiprofissional, com enfoque interdisciplinar e
intersetorial, nos diferentes níveis de atenção;
Através da realização de reuniões entre a equipe de Fonoaudiologia e demais
profissionais de saúde do município visando estabelecer co-responsabilidade entre os
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mesmos, independente dos níveis de atenção, da rede de cuidado e dos fluxos de
referência e contra referência.
2- Como monitorar os indicadores da TANU?
Criando-se banco de dados;
Utilizando-se os sistemas de informações – SINASC;
Realizando-se a busca ativa, através da rede básica de saúde.
Questões norteadoras e respectivos registros: Saúde Mental
1- Como sensibilizar o fonoaudiólogo para participar em instâncias de controle social
relacionados à saúde mental?
Através da inserção do tema de “saúde mental” durante a formação do fonoaudiólogo;
Estimulando-se a inscrição de trabalhos na área de saúde mental em congressos;
Promovendo-se Encontros Regionais, com apoio do CRFa., para capacitar os
profissionais para o exercício do controle social.
2- Quais as ações ou contribuições do fonoaudiólogo nos serviços de saúde mental?
O grupo apontou que as contribuições do fonoaudiólogo nos serviços de saúde mental
ocorrem por meio dos trabalhos realizados em equipe interdisciplinar.
As seguintes ações foram elencadas como possíveis de serem realizadas em tais
serviços:
Terapia fonoaudiológica, com enfoque na comunicação;
Trabalho intersetorial;
Co- terapia;
Participação nas reuniões com os demais profissionais da equipe de saúde mental,
profissionais de saúde/educação e com os usuários, com o objetivo de conversar sobre
o trabalho da Fonoaudiologia na saúde mental;
Publicação de experiências em saúde mental;
Exercício do olhar para além da clínica;
Triagem
realizada
na
alta
complexidade,
para
encaminhamentos/necessidades dos usuários;
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direcionar
os
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Promoção de Encontros Regionais, com apoio do Conselho, para capacitar o profissional
sobre saúde mental;
Registro dos dados do serviço para ciência dos gestores.
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