Untitled - Aeroclube de Piracicaba
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SUMÁRIO Página SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO 1 2 3 4 5 6 7 8 – – – – – – – – GENERALIDADES LIMITAÇÕES PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA PROCEDIMENTOS NORMAIS DESEMPENHO PESO E BALANCEAMENTO DESCRIÇÃO E OPERAÇÃO DA ANV. E SEUS SISTEMAS SUPLEMENTOS Aeroclube de Piracicaba www.aeroclubedepiracicaba.com.br 02 04 07 10 16 20 23 27 2 SEÇÃO 1 GENERALIDADES Parágrafo Página 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 03 03 03 03 03 03 03 Aeronave Motor Hélice Combustível Óleo Pesos Superfícies de Controle Aeroclube de Piracicaba www.aeroclubedepiracicaba.com.br 3 1.1 AERONAVE O Aero Boero 115 é um avião monomotor, monoplano, asa alta, trem de pouso fixo convencional, de construção mista, com acomodação para dois ocupantes. 1.2 MOTOR Fabricante Modelo Regime máximo de decolagem Regime máximo contínuo LYCOMING O - 235 - C2A 115hp a 2800 rpm 115hp a 2800 rpm 1.3 HÉLICE Fabricante Modelo Número de Pás Diâmetro Passo Tipo de Hélice SENSENICK 72CK - o - 50 2 De 1778 a 1829mm 1270mm Metálica de passo fixo 1.4 COMBUSTÍVEL Gasolina de aviação Capacidade Combustível utilizável Capacidade de cada tanque 80/87 octanas 115 litros 110 litros 57,5 litros 1.5 ÓLEO Capacidade 5,68 litros Especificação MIL-L-6082 ou MIL-L-22851 Consulte a edição mais recente da “Service Information” Num. 1014 da Lycoming quanto aos óleos recomendados. 1.6 PESOS Peso vazio básico Peso máximo de decolagem Peso máximo do bagageiro 556,9 kg (1227 lbs) 770 Kg (1697 lbs) 25 kg (55 lbs) 1.7 SUPERFÍCIES DE COMANDO Flaps: 3 Posições: 1º dente (1/3) = 15º 2º dente (2/3) = 30º 3º dente (3/3) = 45º Deflexão dos Ailerons: Acima 23º Abaixo 22º Deflexão do Profundor Acima 31º Abaixo 20º Deflexão do Leme de Direção Esquerda 24º Direita 24º Deflexão do Compensador Acima 21º Abaixo 25º Aeroclube de Piracicaba www.aeroclubedepiracicaba.com.br 4 SEÇÃO 2 LIMITAÇÕES Parágrafo Página 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9 2.10 2.11 05 05 05 05 05 05 06 06 07 07 07 Generalidades Limitações de Velocidade Marcações do Velocímetro Limitações do Grupo Motopropulsor Limites de Peso Limites do Centro de Gravidade Limites de Manobra Limites de Fatores de Carga Tipos de Operação Tripulação Sistema de Combustível Aeroclube de Piracicaba www.aeroclubedepiracicaba.com.br 5 2.1 GENERALIDADES Nesta seção são apresentadas as limitações operacionais, marcações dos instrumentos e inscrições aprovadas pelo CTA necessárias para garantia de operação da aeronave e seus sistemas. Esta aeronave deve ser operada na categoria normal ou na categoria restrita, de acordo com os limites apropriados, mostrados nos letreiros e marcações, bem como neste manual. 2.2 LIMITAÇÕES DE VELOCIDADE Velocidade Nunca Exceder................................... Velocidade de Cruzeiro Máximo Estrutural............ Velocidade de Manobra....................................... Velocidade Máxima com flaps estendidos............. Velocidade de estol com flaps recolhidos.............. Velocidade de estol com flaps estendidos............. VNE VNO VA VFE VS1 VS0 Vel. Indicada 137 mph 112 mph 74 mph 70 mph 52 mph 42 mph 2.3 MARCAÇÕES DO VELOCÍMETRO Linha Radial Vermelha Arco Branco Arco Verde Arco Amarelo Linha Radial Vermelha 42 mph 42 à 70 mph 52 à 112 mph 112 à 137 mph 137 mph Instrumento ilustrado acima é idêntico ao do AB11 matrícula PP-GGG 2.4 LIMITAÇÕES DO GRUPO MOTOPROPULSOR A) Potência de Decolagem B) Potência Máxima Contínua C) Pressão de óleo Mínima (Linha Radial Vermelha) Operação Normal (Arco Verde) Operação com Cuidado (Arco Amarelo) Máxima (Linha Radial Vermelha) 115hp a 2800 rpm 115hp a 2800 rpm 25 psi 60 à 90 psi 90 à 100 psi 100 psi Instrumento ilustrado acima é idêntico ao do AB11 matrícula PPGGG Aeroclube de Piracicaba www.aeroclubedepiracicaba.com.br 6 D) Rotações por minutos Operação Normal (Arco Verde) 500 a 2500 rpm Operação com Cuidado (Arco Amarelo) 2500 a 2800 rpm Máxima (Linha radial vermelha) 2800 rpm Instrumento ilustrado acima é idêntico ao do AB11 matrícula PPGGG E) Temperatura do óleo Máxima (Linha Radial Vermelha) Operação Normal Recomendada 118ºc 40 à 118ºc 82ºc Instrumento ilustrado acima é idêntico ao do AB11 matrícula PP-GGG F) Combustível Gasolina de aviação 80/87 (mínimo índice de octanas) G)Máxima temperatura da cabeça do cilindro 500º C 2.5 LIMITES DE PESO Peso máximo de decolagem Peso máximo do bagageiro 770kg 25kg 2.6 LIMITES DO CENTRO DE GRAVIDADE Para todos os pesos C.G. à frente (máximo) +390mm +514mm Nota: - A variação é linear entre os pontos dados - O DATUM está no bordo de ataque da asa - É responsabilidade do proprietário e/ou piloto o carregamento da aeronave. Consulte as instruções na Seção 6 – Peso e Balanceamento. 2.7 LIMITES DE MANOBRA São proibidas manobras acrobáticas, inclusive parafuso. 2.8 LIMITES DE FATORES DE CARGA Aeroclube de Piracicaba www.aeroclubedepiracicaba.com.br 7 A) Fator de carga positivo (máximo) - Flaps recolhidos + 3,8 G - Flaps estendidos + 2,0 G B) Fator de carga negativo (máximo) -1,52 (é proibida a execução de manobras que produzam fator de carga negativo) 2.9 TIPOS DE OPERAÇÃO Esta aeronave está aprovada para operação VFR Diurno. Não está aprovada para voo em condições naturais de formação de gelo. 2.10 TRIPULAÇÃO 1 Piloto no assento dianteiro. 1 Passageiro no assento traseiro. 2.11 SISTEMA DE COMBUSTÍVEL Capacidade Total Combustível não Utilizável Combustível Utilizável Aeroclube de Piracicaba www.aeroclubedepiracicaba.com.br 115 Litros 5 litros 110 Litros 8 G SEÇÃO 3 PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA Parágrafo Página 3.1 3.2 3.3 3.4 3.5 3.6 3.7 08 08 08 08 08 09 09 Generalidades Parada do Motor Após a Decolagem Parada do Motor em Voo Partida do Motor em Voo Fogo no Motor (em voo) Pouso de Emergência na Água Recuperação de Parafuso Aeroclube de Piracicaba www.aeroclubedepiracicaba.com.br 9 3.1 GENERALIDADES Esta secção apresenta os procedimentos recomendados para várias condições de emergência. 3.2 PARADA DO MOTOR APÓS A DECOLAGEM A) Velocidade - Retornar imediatamente a velocidade de planeio 60 mph B) Escolher local para pouso C) Combustível - Fechado D) Magnetos - Desligados E) Bateria - Desligada F) Alternador - Desligado G) Flaps - Usar na final para pouso 45º Nota: Ao desligar a bateria o aviso de estol ficará inoperante. 3.3 PARADA DE MOTOR EM VOO A) Velocidade - Retornar imediatamente a velocidade de planeio 60 mph B) Escolher local para pouso C) Combustível - Fechado D) Magnetos - Desligados E) Bateria - Desligada F) Alternador - Desligado G) Flaps - Usar na final para pouso 45º Nota: O planeio a 60mph, sem flaps, tem uma relação de planeio de 11:1, o que pode possibilitar, conforme a altura, procurar um terreno adequado para pouso. 3.4 PARTIDA DO MOTOR EM VOO Com a causa da pane determinada e corrigida, tentar partida em voo, (caso haja tempo suficiente). Proceder como abaixo: PERIGO – Tentar partida em voo apenas quando houver certeza de que não afetará a segurança A) Velocidade - Retornar imediatamente a velocidade de planeio 60 mph B) Escolher local para pouso C) Potência - Abrir cerca de 1cm D) Mistura - Rica E) Combustíve - Aberto F) Magnetos - Ligados G) Bateria - Ligada H) Partida - Apertar 3.5 FOGO NO MOTOR (EM VOO) A) Combustível - Fechado B) Produzir uma derrapagem para o lado direito (pedal esquerdo a frente) Nota: Isto é devido ao filtro de combustível estar no lado direito C) Magnetos - Desligados D) Bateria - Desligada E) Alternador - Desligado F) Manter a espiral descendente até o último momento antes do pouso G) Abandonar o avião assim que possível PRECAUÇÃO – não abrir a janela até a conclusão do pouso. Aeroclube de Piracicaba www.aeroclubedepiracicaba.com.br 10 3.6 POUSO DE EMERGÊNCIA NA ÁGUA A) Combustível - Fechado B) Magnetos - Desligados C) Bateria - Desligada D) Alternador - Vento forte e água pouco agitada, aproe o vento e pouse com todo o flap. Caso contrário, use 30º de flap. 3.7 RECUPERAÇÃO DE PARAFUSO A recuperação é convencional A) Manete de Potência Fechada B) Manche á frente C) Aileron neutro D) Pedal a fundo contra a rotação E) Cessando a rotação, centralizar os pedais e iniciar a recuperação evitando ultrapassar os limites de velocidade e aceleração. Aeroclube de Piracicaba www.aeroclubedepiracicaba.com.br 11 SEÇÃO 4 PROCEDIMENTOS NORMAIS Parágrafo Página 4.1 4.2 4.3 4.4 4.5 4.6 4.7 4.8 4.9 4.10 4.11 4.12 4.13 4.14 4.15 11 11 11 12 13 13 13 13 13 14 14 14 14 14 14 Generalidades Inspeção Preliminar Inspeção Externa Antes da Partida Partida do Motor Antes da Decolagem Decolagem Subida Cruzeiro Antes do Pouso Pouso Arremetida Após o Pouso Corte do Motor Operação com Vento Cruzado Aeroclube de Piracicaba www.aeroclubedepiracicaba.com.br 12 4.1 GENERALIDADES Nesta seção são apresentados os procedimentos normais de operação AB11 4.2 INSPEÇÃO PRELIMINAR Combustível.............................. voo. Bateria...................................... Aquecimento de cabine.............. Aquecimento do carburador....... Seletoras.................................. Compensador do Profundor........ Manete de Potência................... Cintos de Segurança.................. Verifique a quantidade adequada para o Desligada Frio Fechado Abertas Neutro Toda para trás Livres Nota: Assegure-se de que os cintos não estejam presos em nenhum cabo de comando. Se for voar com passageiros, retirar o manche traseiro. Se for voar solo, assegurar-se de que o cinto de segurança traseiro esteja afivelado na posição, mantendo os comandos livres. Manche........................... Verifique a fixação e comando livres e corretos Pedais do leme de direção. Verifique a fixação e comando livres e corretos Flaps............................... Verifique comando dos flaps em todo o curso e o travamento nas posições indicadas. Freios.............................. Verifique o funcionamento Extintor de incêndio......... Verifique carga e fixação Instrumentos................... Verifique estado e correção das indicações Drenagem....................... Verificar e deixar escorrer a água. 4.3 INSPEÇÃO EXRTERNA A inspeção externa deve ser realizada dando-se uma volta completa no avião, não deixando nenhum item pendente. Todos os itens devem ser checados em ambos os lados da aeronave. VERIFIQUE: A) Trem de Pouso - Rodas Calçadas - Estado e fixação dos montantes do trem de pouso na fuselagem - Estado e fixação do trem de pouso e condições do revestimento - Estado da roda, do pneu, e dos freios B) Asa/ Fuselagem - Estado geral do revestimento inferior e do bordo de ataque - Estado e fixação da raiz da asa - Estado e fixação do flap - Estado e fixação do aileron Nota: nestes dois últimos, verificar também a frenagem das porcas, cabos e a lubrificação - Estado geral dos suportes de asa - Estado geral do extra-dorso e da ponta da asa - Estado geral da fuselagem e da tela C) Estabilizador horizontal/ Profundor Aeroclube de Piracicaba www.aeroclubedepiracicaba.com.br 13 - Estado geral da tela do estabilizador - Estado geral da tela do profundor - Estado das fixações do profundor, frenagem das porcas e lubrificação D) Leme de Direção - Fixação e tensão dos estais - Estado geral da tela do estabilizador e do leme - Fixação, frenagem, lubrificação e deslocamento livre do leme - Fixação e estado da mola da bequilha - Fixação e frenagem dos cabos e esticadores do leme de direção E) Grupo Motopropulsor - Estado geral e fixação da hélice e do cone - Estado geral e fixação das carenagens. Certifique-se de que os magnetos estão desligados e gire a hélice manualmente, pelo menos duas voltas completas. Verifique o escapamento correto entre a hélice e as carenagens do motor - Levantamento a parte superior da carenagem do motor, verifique estado geral e fixação das velas, cabos de ignição, defletores de ar, tubo de admissão e escape e demais partes visíveis do motor - Verifique o nível de óleo do motor. Reabasteça se necessário. Inspecione quanto a evidência de vazamento. - Drene o filtro de combustível. Inspecione quanto a vazamentos de combustível no filtro, no carburador e nas linhas de alimentação. - Verifique a tensão da correia do alternador - Feche a carenagem do motor Método recomendado de se realizar a inspeção externa, conforme parágrafo 4.3 (inspeção externa) supra citado. Aeroclube de Piracicaba www.aeroclubedepiracicaba.com.br 14 4.4 ANTES DA PARTIDA - Cintos de segurança................................... - Freios........................................................ - Bateria....................................................... - Alternador.................................................. - Altímetro.................................................... Ajustados e travados Atuados Ligada Ligado Ajustado 4.5 PARTIDA DO MOTOR - Mistura...................................................... - Manete de potência.................................... - Magnetos.................................................. - Partida...................................................... Rica Avançar ¼ do curso Ligados Pressionar o botão 4.6 ANTES DA DECOLAGEM - Comandos de voo....................................... Livre e corretos - Manete de Potência.................................... Ajustar em 1000 rpm - Instrumentos............................................. Verificar indicações - Alternador................................................. Verificar operações - Magneto.................................................... Verificar a 1800 rpm: de “ambos” para esquerdo e direito a queda de rpm não deve ser maior que 175 rpm. De um magneto para outro não deve haver queda maior que 50 rpm. - Temperatura/ Pressão do óleo.................... Verificar - Compensador............................................ Levemente picado - Aquecimento do Carburador....................... Fechado 4.7 DECOLAGEM A) Decolagem Normal - Flaps................................................ - Farol de pouso.................................. - Mistura............................................. - Potência........................................... - Velocidade de subida........................ Todo recolhido Ligado (desligar após 500 ft AGL) Rica Toda potência 70 mph B) Decolagem de máximo desempenho - Flaps............................................... 30º - Farol de pouso................................. Ligado (desligar após 500 ft AGL) - Mistura............................................ Rica - Potência........................................... Toda potência - Velocidade de subida........................ 60 mph - Recolher o flap depois de livrar obstáculo Nota: Quando decolar em pista de cascalho (ou pedras soltas) avançar a manete de potência pousadamente a fim de não atingir altas rpm com o avião parado. 4.8 SUBIDA A) Subida Normal - Velocidade........................................ - Potência........................................... - Mistura............................................ 70 mph 2300 rpm Rica Aeroclube de Piracicaba www.aeroclubedepiracicaba.com.br 15 B) Subida de máximo desempenho - Velocidade....................................... - Potência........................................... - Mistura............................................ 60 mph 2400 rpm Rica 4.9 CRUZEIRO - Regime do motor.............................. 2350 à 2450 rpm - Mistura............................................. Corrigir para a altitude de voo Nota: Ao corrigir a mistura redobrar atenção nos parâmetros de motor. 4.10 ANTES DO POUSO - Mistura............................................. - Aquedicmento do Carburador............. - Farol de pouso.................................. - Flaps................................................ - Velocidade de aproximação................ Rica Como necessário Ligada 15º ou mais se necessário 70 mph 4.11 POUSO - Pousar de preferência em 3 pontos - Freios.............................................. Aplicar com precaução 4.12 ARREMETIDA - Potência........................................... - Flaps................................................ - Aquecimento do Carburador............... - Farol de pouso.................................. 4.13 APÓS O POUSO - Flaps................................................ - Aquecimento do carburador............... - Transponder..................................... - Farol de pouso.................................. Toda potência Se com flap maior que 15º, ao atingir 55 mph recolher gradualmente. Subir normalmente Fechado Desligar ao cruzar 500 ft AGL Recolhidos Fechado Stand-by Desligado 4.14 CORTE DO MOTOR - Potência........................................... Mínima - Mistura............................................. Cortada Após parada completa do motor: - Magnetos......................................... Desligados - Alternador........................................ Desligado - Bateria............................................. Desligada - Seletoras.......................................... Ambas fechadas PRECAUÇÃO: Se o táxi foi feito sobre superfície fofa, exigindo muita potência, deixar o motor em mancha lenta durante um minuto, de frente para o vento, antes do corte. 4.15 OPERAÇÃO COM VENTO CRUZADO 4.15.1 TAXI - Aileron para cima do lado de onde vem o vento - Profundor cabrado Aeroclube de Piracicaba www.aeroclubedepiracicaba.com.br 16 4.15.2 DECOLAGEM Usar procedimento normal, ou seja, defletir o comando do aileron para o lado do vento e aplica o pé contrário de modo a manter uma trajetória retilínea na decolagem. Procurar decolar com velocidade ligeiramente superior à normal, evitandose assim a possibilidade de retornar ao solo, nesta situação, o que poderia provocar uma derrapagem no solo. Utilizar flaps conforme necessário. 4.15.3 POUSO Alinhar a trajetória de aproximação do avião com a pista, baixando a asa do lado que vem o vento e aplicar o pé contrário. Ao chegar próximo ao solo, alinha progressivamente, de modo a tocar com ligeira inclinação de asa para o lado que vem o vento. Com o avião pousado aplicar os freios conforme requerido para manter o eixo da pista Nota: A capacidade do piloto em operar com vento de través varia com o domínio que tenha sobre o avião. Aviões com manutenção ruim, onde a bequilha ou os freios podem estar com problemas, também influenciam a manobrabilidade no solo. Outros fatores que podem influenciar são rajadas ou turbulências. Como limite operacional, tomando um avião com normal funcionamento, e um piloto de média capacidade, pode-se pousar com 13 a 16 knots de vento de través em pista de grama, e de 10 a 13 knots de vento de través em pista pavimentada. Aeroclube de Piracicaba www.aeroclubedepiracicaba.com.br 17 SEÇÃO 5 DESEMPENHO Parágrafo Página 5.1 5.2 5.3 5.4 5.5 5.6 5.7 17 17 17 17 18 18 18 Generalidades Tabela de calibração do velocímetro Velocidade de Estol Distância de Decolagem Subida Autonomia Distância de Pouso Aeroclube de Piracicaba www.aeroclubedepiracicaba.com.br 18 5.1 GENERALIDADES Os dados de desempenho aqui apresentados são para aeronave equipada com Motor Lycoming 0-235-C2A e Hélice Sensenick 72 CK-0-50. 5.2 TABELA DE CALIBRAÇÃO DO VELOCIMETRO Tabela de calibração do velocímetro (atmosfera padrão – ISA) Configuração lisa – 0º de flap Vi (mph) Vc (mph) Vi (mph) Vc (mph) 40,0 45,0 50,0 55,0 60,0 65,0 70,0 75,0 42,5 47,5 52,5 57,5 62,5 67,5 72,5 77,5 80,0 85,0 90,0 95,0 100,0 105,0 110,0 115,0 82,5 87,5 92,0 Vi = Velocidade Indicada Vc = Velocidade Calibrada 96,0 99,5 102,5 107,0 112,0 5.3 VELOCIDADE DE ESTOL Peso: 770kg Velocidade de Estol (atmosfera padrão – ISA) ANG. DE Vi (mph) CONFIGURAÇÃO INCLINAÇÃO LATERAL SEM POTÊNCIA COM POTÊNCIA Flap 0º 0 49 44 Flap 15º 0 45 40 Flap 30º 0 44 40 Flap 45º 0 40 40 Flap 0º 30 50 Flap 15º 30 49 Flap 30º 30 42 Flap 45º 30 41 5.4 DISTÂNCIA DE DECOLAGEM Peso: 770kg Pista de grama curta Distância de decolagem (atmosfera padrão – ISA) Distância de Decolagem (m) Altitude (ft) Corrida no solo Obstáculo de 15m 0 288 550 1000 293 562 2000 306 590 3000 330 642 4000 377 700 5000 409 769 Nota: Somar 1% da distância de decolagem para cada grau centígrado de variação para mais temperatura em relação ao padrão ISA. 5.5 SUBIDA Peso 770kg Tabela de Subida (atmosfera padrão – ISA) Aeroclube de Piracicaba www.aeroclubedepiracicaba.com.br 19 Configuração lisa, 0º de Flap Altitude (m) Potência (RPM) Razão de Subida (ft/min) 55 60 65 70 75 80 2400 2430 2450 2460 2500 2520 380 430 460 480 470 440 5.6 CONSUMO Altitude (m) Nível do Mar 1000 2000 3000 Potência RPM % HP 2450 75 2500 67 2550 63 2600 60 Consumo (litros/ hora) 26.0 23.0 20.5 20.0 5.7 DISTÂNCIA DE POUSO Distância de pouso (atmosfera padrão – ISA) Peso: 770kg Flaps: 30º Vi: 50 mph Altitude (ft) Distância de pouso (m) Nível do Mar 474 1000 477 2000 483 3000 487 4000 495 5000 501 Aeroclube de Piracicaba www.aeroclubedepiracicaba.com.br 20 SEÇÃO 6 PESO E BALANCEAMENTO Parágrafo Página 6.1 6.2 6.3 6.4 6.5 20 20 20 20 21 Generalidades Localização da linha de referência (DATUM) Limites do C.G. Instrução para pesagem Exemplo de Peso e Centragem Aeroclube de Piracicaba www.aeroclubedepiracicaba.com.br 21 6.1 GENERALIDADES A fim de obter o desempenho e as características de voo, que foram definidas para o AeroBoero 115, o mesmo deve ser operado com o peso e centro de gravidade (C.G.) dentro dos limites aprovados (envelope). Antes da decolagem o piloto deve certificar-se de que o avião está carregado de acordo com o envelope de carregamento. A má distribuição da carga traz conseqüências prejudiciais para qualquer avião. Um avião sobrecarregado não terá o desempenho de decolagem, subida e cruzeiro tão bom quanto um avião adequadamente carregado. Quanto mais pesado estiver o avião, pior será o seu desempenho em subida. O centro de gravidade será um fator decisivo nas características de voo. Se o C.G. estiver muito á frente, em qualquer avião, será difícil rodar para a decolagem e arredondar para a aterragem. Se o C.G. estiver muito atrás, o avião poderá rodar prematuramente na decolagem ou tenderá a cabrar na subida. A estabilidade longitudinal será reduzida. Isso poderá resultar em estóis inesperados ou, até mesmo, em parafusos. A recuperação de altitude do avião durante o parafuso, tornar-se-á mais difícil, se o centro de gravidade estiver localizado atrás do limite traseiro aprovado. O avião devidamente carregado terá o desempenho pretendido. Antes de ser entregue para operação, o avião é pesado, sendo então computados o peso vazio básico e respectivo C.G. o piloto pode facilmente, determinar o peso e a posição do C.G. para o avião carregado, calculando o peso e o momento totais e, em seguida, verificando se estão dentro do envelope aprovado de “limites de Peso e C.G. do Avião”. 6.2 LOCALIZAÇÃO DA LINHA DE REFERÂNCIA (DATUM) A linha de referência, (DATUM) está localizada no bordo de ataque da asa (estação zero). Os braços são medidos em milímetros 6.3 LIMITES DO C.G. Os limites do C.G. são: Dianteiro............................................ Traseiro.............................................. +390mm (24,2% CMA) +514mm (31,9% CMA) 6.4 INSTRUÇÕES PARA PESAGEM A condição de peso básico é estabelecida com combustível e óleos drenados e com a aeronave em atitude normal de voo. Para o nivelamento, colocar um macaco debaixo da bequilha e levantar o avião até colocá-lo em linha de voo, utilizando-se nível de bolha. O nivelamento transversal é feito com o auxílio do nível bolha, inflando ou desinflando os pneus das rodas do tem principal. As balanças a serem usadas são: 500kg (máximo) sob as rodas do trem principal e de 100kg (máximo) sob a bequilha. Como referência de nivelamento se toma: o bordo da janela do piloto para nível longitudinal e o bordo inferior do encosto do assento traseiro para o nível transversal. Com os dados da balança e os braços das rodas e da linha de referência podese calcular a localização do Centro de Gravidade. 6.5 EXEMPLOS DE PESO E CENTRAGEM Os problemas de carga que podem ser apresentados ao operador do avião quando se faz alguma troca de equipamento, ou se procede a uma distribuição de carga diferente da recomendada ou estabelecida nos cálculos de peso e Aeroclube de Piracicaba www.aeroclubedepiracicaba.com.br 22 balanceamento, podem ser resolvidos de forma rápida, aplicando-se o método indicado na tabela a seguir. Pode-se, assim, saber se o centro de gravidade está dentro dos limites e se o peso máximo aprovado não é excedido. EXEMPLO CARGA Peso Vazio Assento Dianteiro Óleo Combustível Assento Traseiro Bagageiro PESO TOTAL: Localização do C.G. PESO Kg 556,9 77 5,7 79,2 25 743,8 Soma dos Momentos Peso Total BRAÇO mm 465,00 156,00 -1000,00 650,00 873,00 1400,00 = +351750,5 743,8 Aeroclube de Piracicaba www.aeroclubedepiracicaba.com.br MOMENTO 258958,5 12012 -5700 51480 0 35000 351750,5 = +473mm 23 SEÇÃO 7 DESCRIÇÃO E OPERAÇÃO DA AERONAVE E DE SEUS SISTEMAS Parágrafo Página 7.1 7.2 7.3 7.4 7.5 7.6 7.7 7.8 7.9 7.10 7.11 7.12 23 23 23 23 23 23 23 23 24 24 24 24 Dimensões Principais Asas Ailerons Empenagem Horizontal Empenagem Vertical Trem de Pouso Grupo Motopropulsor Hélice Sistema de Combustível Cabine Cintos de Segurança Linhas de Pressão do Pitot Aeroclube de Piracicaba www.aeroclubedepiracicaba.com.br 24 7.1 DIMENSÕES PRINCIPAIS Envergadura da Asa...................................... Comprimento................................................ Altura máxima.............................................. 10.78m 7.23m 2.05m 7.2 ASAS Superfície..................................................... Diedro.......................................................... Perfil............................................................ Ângulo de Incidência..................................... Torção......................................................... 17.28m 2.0m NACA 23012 2.5º 2.0º 7.3 AILERONS Envergadura de cada aileron......................... Superfície de cada aileron............................. 2.3m 0.7m 7.4 EMPENAGEM HORIZONTAL Envergadura................................................. Superfície total............................................. Superfície do profundor................................. Ângulo de incidência..................................... 3.2m 3.2m 1.6m 0.0º 7.5 EMPENAGEM VERTICAL Superfície total............................................. Superfície do leme de direção........................ 1.5m 0.6m 7.6 TREM DE POUSO Descrição: Tipo convencional com roda de bequilha solidária a fuselagem com possibilidade de giro 360 graus 7.7 GRUPO MOTOPROPULSOR Motor LYCOMING 0-235-C2A Regime máximo de decolagem 85.7 kw (115 hp) a 2800 rpm Combustível: 80/87 octanas Carburador: FACET-3PA Motor de partida: PRESTOLITE 12v Alternador: PRESTOLITE 12v – 70 amp Magneto: SLICK 4270 / 4273 Lubrificantes; Consulte a edição mais recente da “Service Instruction 1014” da Lycoming quanto aos óleos recomendados Capacidade: 5.68 litros 7.8 HÉLICE Marca: SENSINICK, modelo CK-0-50 7.9 SISTEMA DE COMBUSTÍVEL O motor é alimentado por dois tanques, situados nas asas Os reservatórios são independentes e tem indicadores de nível de combustível. A seleção dos tanques é feita por duas válvulas seletoras. 7.10 CABINE Capacidade 3 lugares, os assentos são em tandem e a porta de entrada é situada no lado direito. Aeroclube de Piracicaba www.aeroclubedepiracicaba.com.br 25 7.11 CINTO DE SEGURANÇA Cada assento está equipado com cintos de segurança ajustáveis 7.12 LINHAS DE PRESSÃO DO PITOT a) Altímetro b) Velocímetro c) Variômetro d) Linha de pressão total e) Linha de pressão estática f) Tomada de pressão estática g) Tomada de pressão total h) Decantador de água Aeroclube de Piracicaba www.aeroclubedepiracicaba.com.br 26 SEÇÃO 8 SUPLEMENTOS ÍNDICE Parágrafo / Suplementos Página 8.1 26 GENERALIDADES Aeroclube de Piracicaba www.aeroclubedepiracicaba.com.br 27 SEÇÃO 8 SUPLEMENTOS 8.1 GENERALIDADES Esta seção apresenta informações, sob a forma de suplementos, que são necessários à operação do avião, quando equipado com sistema e equipamentos opcionais, não fornecidos com o avião – padrão. Todos os suplementos aqui apresentados são aprovados pela Divisão de Homologação do CTA/IFL recebendo numeração consecutiva, como parte deste manual. As informações constantes de cada Suplemento serão aplicáveis somente se o que se referirem estiver instalado no avião. Cada suplemento se compõe de: SEÇÃO 1 – GENERALIDADES - Apresenta descrição do assunto pelo suplemento. SEÇÃO 2 – LIMITAÇÕES Estabelece as limitações específicas do equipamento e/ou alteração nas limitações operacionais da aeronave (Seção 2 do Manual), introduzidas pelo equipamento, quando instalado. SEÇÃO 3 – PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA Relaciona os procedimentos a serem seguidos para operação do equipamento quando essencial, de forma a garantir a segurança da aeronave e, sob forma de adição ou alteração dos procedimentos de emergência na Seção 3 do Manual. SEÇÃO 4 – PROCEDIMENTOS NORMAIS DE OPERAÇÃO Relaciona os procedimentos para operação normal do equipamento e/ou alterações nos procedimentos normais de operação da aeronave estabelecidos na Seção 4 do Manual. SEÇÃO 5 – DESEMPENHO Quando aplicável, apresenta as características de desempenho do equipamento específico e/ou alterações no desempenho da aeronave introduzidas pela instalação do equipamento. Aeroclube de Piracicaba www.aeroclubedepiracicaba.com.br 28
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