Aplicação das Geotecnologias na Informatização de Cemitérios

Transcrição

Aplicação das Geotecnologias na Informatização de Cemitérios
Aplicação de Geotecnologias na Informatização do Cemitério Santa Catarina,
João Pessoa-PB
Marcos Leonardo Ferreira dos SANTOS (1); Lucia Helena Gurjão de SOUSA (2); Cícero
Fidélis da SILVA NETO (3); Glauciene Justino Ferreira da SILVA (4);
(1) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba, Rua Napoleão Laureano, 710, Rangel, João
Pessoa-PB, CEP: 58070-260 Tel: (83) 8804-2628 e-mail: [email protected]
(2) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba, e-mail: [email protected]
(3) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba, e-mail: [email protected]
(4) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba, e-mail: [email protected]
RESUMO
Tradicionalmente, informações de jazigos de cemitérios se encontram em livros de registros, nem sempre
bem conservados. Governos municipais, via de regra, também não dispensam o merecido tratamento às
informações, não raro, havendo duplicidade de escrituração e dificuldade de localização de túmulos. Quando
gerenciado por órgãos públicos, um cemitério pode se tornar uma fonte de problemas, em função dos
métodos arcaicos utilizados em sua administração. Em algumas prefeituras, os setores responsáveis pela
gerência dos cemitérios, são preteridos quando comparados a outras ramificações do município. O presente
trabalho objetiva solucionar questões de tais naturezas, utilizando técnicas de geoprocessamento. Assim,
através de levantamento de campo e utilização de software de SIG (Sistema de Informação Geográfica),
elaborou-se uma aplicação com vistas à melhoria da administração do cemitério Santa Catarina, no Bairro
dos Estados, em João Pessoa-PB. A partir de informações de livros de registro e de sepultamentos,
inicialmente, modelou-se com o TerraView, um banco de dados geográficos, contendo informações
necessárias à administração do cemitério e que também são de interesse público. Com a continuidade do
trabalho, em última instância, a aplicação desenvolvida possibilitará a otimização da administração do
cemitério, auxiliando também a população a localizar jazigos, através de consultas diversificadas. A
completa informatização da administração do cemitério proporcionará a execução de serviços de forma
rápida e eficiente. O SIGTÉRIO, como é denominada a aplicação, tende a ser uma ferramenta organizada e
segura para o manuseio das informações relativas à administração de cemitérios.
Palavras-chave: geoprocessamento; cemitério; SIG; banco de dados
1.
INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, o tema planejamento vem ganhando mais importância nas administrações públicas, pois
através dessa ferramenta é possível perceber a realidade e avaliar os caminhos, para alcançar um objetivo
futuro. Independente de setor, uma administração pública só terá bons resultados se houver um bom
planejamento durante sua gerência.
Essa regra também é válida para os cemitérios, mas, por se tratar de um setor que sempre está em déficit com
suas despesas, se torna um departamento desprezado quando comparado a outros órgãos das prefeituras em
geral. Com o passar dos anos os cemitérios públicos de João Pessoa, em virtude de más gestões foram se
desgastando, não só estruturalmente, mas também no que se refere à documentação e organização, colhendo
críticas negativas e provocando desconfiança na população pessoense.
Falta de vaga nas quadras de covas rotativas, registros perdidos e deteriorados pela ação do tempo,
construções de túmulos irregulares dentro dos cemitérios, denúncias de túmulo vendido para mais de um
dono, são alguns dos vários problemas que existem há anos nos cemitérios da capital paraibana.
Atualmente a prefeitura de João Pessoa administra seis cemitérios, que possuem em sua totalidade 22.105
terrenos, desse total 17.133 túmulos são particulares e os 4.972 terrenos restantes são covas rotativas, as
populares covas rasas, que são terrenos utilizados pelo cadáver por apenas dois anos.
Na Divisão de Cemitérios da Prefeitura Municipal de João Pessoa e nos próprios cemitérios, as informações
sobre os jazigo são arquivadas em livros de sepultamento, de registro e de escritura, causando
constantemente perda de tempo em consultas realizadas no atendimento ao público. A falta de conservação
desses documentos ao passar dos anos, provoca uma deterioração e posterior perda de informações,
ocasionando duplicidade de registros e de escrituração, e também dificuldade de localização de túmulos e de
seus respectivos donos.
Nos cemitérios pessoenses, a maior dificuldade para os funcionários e o público no que se diz respeito à
localização, é encontrar um jazigo através de sua identificação. Problema causado pela repetição de números
de identificação e suas diversas formas de contagem a cada diferente quadra. A falta de um gerenciamento
moderno provoca uma inconsistência nos dados dos cemitérios e nas informações repassadas ao público
usuário, como a suposta falta de covas rotativas para a população mais carente, situação corriqueira nos
cemitérios públicos de João Pessoa.
Para equacionar esses problemas, este trabalho de pesquisa busca soluções através de técnicas de
geoprocessamento, e por meio delas procura-se alcançar uma melhoria na administração e no planejamento
dos cemitérios públicos municipais da cidade de João Pessoa. O cemitério Santa Catarina, localizado no
Bairro dos Estados, foi usado como ponto de partida para esse trabalho.
Para se chegar aos resultados esperados, foram realizadas pesquisas em livros documentais, visitas aos
cemitérios para coleta de dados e utilização de softwares de geoprocessamento. Através dessas etapas,
pretende-se obter mapas de localização para o cemitério em estudo, para o uso do público visitante, além da
criação de um banco de dados, que contenha todas as informações referentes aos túmulos, auxiliando dessa
forma na gerência do cemitério e no atendimento ao público.
À luz dessas informações, a pouca existência de aplicações como essa, não só na Paraíba, mas em grande
parte do país, pretende-se demonstrar nesse artigo os mais diversos ramos onde o geoprocessamento pode ser
utilizado, e em especial os softwares de SIG (Sistema de Informações Geográficas), que surgem como uma
poderosa ferramenta de análise espacial e tomada de decisão nos mais diversos setores públicos.
2.
2.1
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Geoprocessamento e Sistema de Informações Geográficas
O termo geoprocessamento, envolve uma série de ferramentas de diversas áreas, dessa forma, problemas que
ocorrem em várias áreas de trabalho podem ser solucionados em menor espaço de tempo. Ciências de
cartografia, meio ambiente, planejamento urbano e instrumentos computacionais, são algumas das técnicas
de geoprocessamento, que em conjunto possibilita a busca de soluções para problemas dos mais diferentes
campos de trabalho.
Segundo Câmara (1999), a expressão geoprocessamento, denota a disciplina do conhecimento que utiliza
técnicas matemáticas e computacionais para o tratamento da informação geográfica e que vem influenciando
de maneira crescente as áreas de cartografia, analises de recursos naturais, transportes, comunicações,
energia e planejamento urbano, contribuindo de forma direta com os gestores públicos e privados.
Diante do que já foi explanado em relação à geoprocessamento, a utilização de programas computacionais é
imprescindível no desenvolvimento de trabalhos relacionados a essa área. Deste modo, o SIG aparece como
uma de suas técnicas, pois através dele é possível conseguir uma integração a coleta, ao armazenamento,
tratamento e análise dos dados. Segundo Pina (2000, p. 14), o SIG é umas das técnicas de geoprocessamento,
a mais ampla delas, uma vez que pode englobar todas as demais.
Produção de mapas, apoio para análise espacial de fenômenos e funções de armazenamento como um banco
de dados geográficos, são as principais formas de utilização de um SIG. Para cada objeto geográfico, um SIG
necessita armazenar seus atributos e as várias formas de representações gráficas associadas (Câmara &
Medeiros, 1998, p. 06).
Os softwares de SIG são o principal item do Sistema de Informações Geográficas, segundo Câmara (1995),
podem ser destacadas pelo menos três formas de utilização, como ferramenta para produção de mapas, como
suporte para análise espacial de fenômenos e como um banco de dados geográficos, com funções de
armazenamento e recuperação de informação espacial. Esses softwares possuem uma mesma estrutura,
independente do tipo de informação que disponibilizará após o tratamento de um determinado dado (ver
Figura 1).
Figura 1 – Arquitetura de Sistemas de Informação Geográfica
Fonte: CÂMARA (2007).
Como foi exposto na figura 1, o banco de dados tem extrema importância dentro do SIG, pois a qualidade da
passagem dos dados reais para o sistema computadorizado depende o êxito do SIG, uma vez que os dados
coletados são armazenados, antes e depois de seu tratamento.
Quando se fala em banco de dados, se compreende como o modo de armazenar informações pertinentes a um
determinado objeto, local ou até mesmo pessoa, podendo ser realizado de modo computacional ou também
de uma maneira manual. Para Câmara (1995) o banco de dados geográfico é o componente do SIG
responsável por armazenar os objetos geográficos e campos pertinentes a uma aplicação, independente do
campo do geoprocessamento.
Portanto é notório a importância do SIG e seus componentes dentro do geoprocessamento, independente da
área em que será aplicado.
2.2
Cemitérios no Brasil
Quando se fala de cemitérios, o assunto passa a ser desagradável e incômodo, pelo fato de estar diretamente
ligado à morte. O nome “cemitério” tem origem no idioma grego koimetérion, “dormitório”, e do latim
coemeteriu, pois se referia ao local onde se dorme, LOPES (2007).
De acordo com o Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA- em sua resolução 335, de 3 de abril de
2003, cemitério é definido como área destinada a sepultamentos, e sepultura como sendo espaço unitário,
destinado a sepultamentos. Os cemitérios públicos de João Pessoa, segundo a resolução CONAMA, são
todos classificados como cemitério horizontal, que é aquele localizado em área descoberta, compreendendo
os tradicionais e o do tipo parque ou jardim.
Os cemitérios pessoenses têm seus túmulos divididos em quatro categorias, definidas pelos gerenciadores
dos estabelecimentos. Mausoléu, tanque e terreno virgem são as denominações utilizadas para diferenciar o
tipo de terreno particular dos cemitérios, enquanto covas rotativas é o nome dado aos túmulos pertencentes
ao poder municipal, por se caracterizar pela ocupação limitada pelo período de dois anos, para
posteriormente ser usada por outro falecido, normalmente é destinada a população carente.
3.
3.1
MATERIAIS E MÉTODOS
Caracterização da Área de Estudo
O objeto de estudo do presente trabalho é o cemitério de Santa Catarina, que está inserido entre as
coordenadas geográficas -07°06'52,2468" S/-34°51'39,49200" W e -07°06'48,97800" S/-34°51'35,0748” W e
fica localizado no Bairro dos Estados, Zona Norte da cidade de João Pessoa-PB. O local possui um total de
2.238 túmulos, sendo 1.349 particulares e 889 rotativos, distribuídos em uma área de 13.054 m2. O Bairro
dos Estados é delimitado pelos bairros de Tambiá, 13 de Maio, Torre, Expedicionários, Tambaúzinho, Pedro
Gondim, Bairro dos Ipês e Mandacaru, a figura 2 mostra a localização do bairro e do cemitério.
Figura 2 – Localização da Área de Estudo
3.2
Coleta de Dados
Para o levantamento dos dados na área interna do cemitério, foi utilizada apenas uma trena para medição das
quadras, ruas e alamedas do objeto do estudo, além de materiais básicos para anotação dos dados (lápis,
borracha, papel e prancheta). É válido ressaltar a padronização já existente dos túmulos com relação a suas
medidas, que são de 2,80 m de comprimento por 1,40 m de largura para os túmulos particulares e de 2,20 m
de comprimento por 1,00 m de largura para os túmulos rotativos.
Foram coletados dados da quantidade de túmulos e definida sua categoria (mausoléu, tanque, terreno virgem
e covas rotativas), além da identificação da forma de contagem dos túmulos, que se diferenciavam quadra a
quadra. Dessa forma, foi possível definir uma nova numeração para as quadras e terrenos do cemitério,
deixando-a organizada e compreensível para os usuários internos e externos (ver Tabela 1).
Tabela 1 – Mudança de numeração
Novo Número do
Terreno
Nova Quadra
Número Anterior do Terreno
Quadra Anterior
1
1
A
B
2
1
B
B
3
1
60
B
101
2
15
D
102
2
16
D
103
2
17
D
Depois de finalizada as medições e com todos os dados coletados, foi desenhada a planta do cemitério,
primeiro passo para criação dos mapas, com o uso de software de geoprocessamento. Foi utilizado o
programa computacional AutoCAD 2007 para confecção do desenho, que apresentou todas as informações
coletadas em campo, divididas e organizadas em diferentes camadas, além de todos esses elementos terem
sido incluídos no software AutoCAD como polígonos fechados, facilitando dessa forma a exportação dos
dados para o software TerraView. O resultado final da planta do cemitério desenvolvida na Divisão de
Cemitérios da Prefeitura de João Pessoa e preparada no AutoCAD pode ser conferida na figura 3.
QUADRA 11
OSSUÁRIO
OSSUÁRIO
QUADRA 12
QUADRA ROTATIVA D
QUADRA 07
QUADRA ROTATIVA B
QUADRA 08
QUADRA 09
DEPÓSITO
CAPELA
QUADRA 02
QUADRA 03
QUADRA 04
ADMINISTRAÇÃO
QUADRA 05
QUADRA 01
QUADRA ROTATIVA E
QUADRA ROTATIVA ANJO
ÁRVORE
ÁRVORE
Entrada
Principal
QUADRA 10
QUADRA ROTATIVA A
VELÓRIO
OSSUÁRIO
QUADRA ROTATIVA C
QUADRA 06
OSSUÁRIO
Figura 3 – Planta do Cemitério Santa Catarina
Fonte: Prefeitura Municipal de João Pessoa.
Outra etapa de extrema importância para o presente estudo foi a extração de dados dos livros de registro, de
escritura e de sepultamento, que se encontram arquivados na Divisão de Cemitérios da Prefeitura de João
Pessoa e no Cemitério Santa Catarina. Dessa forma, com as informações referentes aos jazigos particulares,
foi criada uma tabela com elementos concernentes aos proprietários dos túmulos e outra tabela com
referências das pessoas lá sepultadas. Para criação da tabela referente às covas rotativas, foi utilizado apenas
o livro de sepultamento para a inserção de dados.
A tabela 2 apresentada abaixo, mostra os dados dos proprietários, na qual foi citado no parágrafo anterior,
que juntamente com as duas tabelas referentes aos sepultados, foi criada no software Excel 2007.
Tabela 2 – Informações Para Criação do Banco de Dados dos Proprietários de Túmulos
Nome do
Proprietário
Endereço do Proprietário
Número
Quadra
Terreno
Registro
Data
Compra
Carlos Jose da Silva
R. Bartira, 13, Rangel
1
1
livro 03/folha 43
12/7/1989
José Geraldo da Silva
Av. Umbuzeiro, 805 A, Manaíra
2
1
livro 03/folha 13
21/4/1988
Lucia Maria F. Chaves R. Profª. Rita Miranda, 117, Jd. 13 Maio
3
1
livro 03/folha 57
20/5/1994
Ana Juracy C. Barbosa
4
1
livro 03/folha 03
Silvia G. Visani
Av. Sergipe, 383, Bairro dos Estados
5
1
livro 03/folha 16
Altimar A. Pimentel
R. Antônia Neves, 86, Poço, Cabedelo
6
1
livro 03/folha 59 15/10/1994
Maria Madá Teódulo
R. José Florentino, 547, Tambaúzinho
7
1
livro 03/folha 64
Maria Bezerra da Cruz
R. Artur Monteiro Paiva, 794, Bessa
8
1
livro 03/folha 46 14/10/1992
Geraldo Leite Souza
R. Coronel Barata, 135, Jd. 13 de Maio
14
1
livro 03/folha 44
Josefa Pinto Medeiro
Av. Alagoas, 368, Bairro dos Estados
16
1
livro 03/folha 82 15/12/1998
Joséfa Camilo Santos
R. Mascarenha Morais, 214, Mandacaru
17
1
livro 02/folha 03
Antônio M. Coutinho
Praça João M. da Franca, 576, Jaguaribe
23
1
livro 03/folha 37
3.3
29/9/1988
2/10/1995
8/7/1992
11/9/1991
Processamento dos Dados
Para a criação do banco de dados dos proprietários, nome do proprietário, livro e folha do registro, número
do terreno, quadra e data da compra foram algumas das informações armazenadas. No que diz respeito às
informações dos falecidos, nome do sepultado, número do terreno e quadra em que ele está enterrado, causa
da morte, número do óbito, data de falecimento, foram alguns dos elementos que ficaram contidos no banco
de dados dos sepultados.
Após a criação do banco de dados, as informações foram processados no software TerraView 3.3.0, através
de junções das tabelas de proprietários e sepultados (no que se refere aos túmulos particulares), a partir do ID
que foi gerado depois da concepção do banco.
4.
RESULTADOS
Os resultados obtidos através do cruzamento de dados gráficos e alfanuméricos, referentes ao Cemitério
Santa Catarina, possibilitou uma maior agilidade nas consultas e buscas de informações do local, sejam elas
de um modo digital ou analógico. Observam-se a seguir alguns produtos gerados após os cruzamentos de
dados.
Além da geração dos mapas e do banco de dados, contendo informações sobre os túmulos, seus proprietários
e sepultados, o usuário também pode utilizar o recurso de visualização da sepultura através da aplicação
computacional, essa função é disponibilizada através da ferramenta de inserção de mídia no software
TerraView. A figura 4 apresenta o resultado da utilização dessa função, que ocorre com a exibição da foto,
também é mostrada a seleção dos atributos, ou seja, das informações e a localização do túmulo no mapa, que
estão selecionados na cor magenta.
Figura 4 – Resultado da Consulta Realizada no Mapa do Cemitério.
Outro tipo de consulta que pode ser alcançada, é a previsão de liberação das covas rotativas, que só podem
ser ocupadas por dois anos, depois desse período devem ser liberadas para outro falecido, como já foi citado
na seção 2.2 desse estudo.
Através da ferramenta Consulta por Atributo, consegue-se planejar e controlar os sepultamentos nesse tipo
de túmulo, evitando a ocorrência de superlotação dessas covas e colhendo subsídios a fim de realizar um
possível encaminhamento de funeral para outro cemitério. A figura 5 apresenta o uso da ferramenta com uma
consulta realizada sobre os túmulos que estarão disponíveis a partir de 17 de janeiro de 2010.
Figura 5 – Aplicação da Ferramenta de Consulta Por Atributo.
Na figura 6, é exibido o resultado da consulta apresentada na figura 5. As covas rotativas que somente serão
liberadas após 17 de janeiro de 2010 estão selecionadas na cor verde, da mesma forma ocorre com os seus
atributos, como pode ser observado na parte inferior da figura. A partir dessas consultas cria-se a
possibilidade de produzir novos mapas temáticos, apresentando diferentes informações do cemitério.
Figura 6 – Covas Rotativas que Estarão Liberadas a partir de 17 de Janeiro de 2010.
Além dos resultados já apresentados, salienta-se que outros produtos gráficos e diversas formas de pesquisas
podem ser obtidos através dos dados coletados e do trabalho produzido no software TerraView. Através
desse estudo, foi possível disponibilizar o mapa de localização do Cemitério Santa Catarina (ver Figura 7),
para a utilização da população visitante e dos funcionários do cemitério.
Figura 7 – Mapa de Localização do Cemitério Santa Catarina.
5.
CONCLUSÃO
Através desse estudo, pode-se perceber que o Geoprocessamento mostrou-se uma ferramenta perspicaz,
auxiliando nas mais diversas áreas da gestão pública.
Nessa perspectiva, o presente estudo vem a ser uma contribuição para organizar, planejar e acompanhar a
administração do cemitério, gerar banco de dados ─ que podem ser periodicamente atualizados ─ e com o
uso dos CAD será possível atualizar os dados referentes ao cemitério e possibilitando, por conseguinte, obter
condições de gerar novos mapas e plantas em diferentes escalas.
Tais representações podem ser disponibilizadas na internet, facilitando de forma mais efetiva o acesso das
informações a população pessoense. O trabalho apresentado pode ser estendido aos demais cemitérios
públicos de João Pessoa, pois dessa forma, será orientativo para a tomada de decisões por parte dos gestores
públicos.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Resolução CONAMA Nº 335 de 3 de Abril de 2003. Brasília. Dispõe sobre o licenciamento
ambiental de cemitérios.
CÂMARA, G. et. al. Anatomia de Sistemas de Informação Geográficas. Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE). Disponível em: <http://www.dpi.inpe.br/geopro/livros/anatomia.pdf> Acesso em: 07 jul.
2009.
CÂMARA, G. Modelos, Linguagens e Arquiteturas para Banco de Dados. Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE) – São José dos Campos, SP - Dezembro, 1995. Disponível em:
<http://www.dpi.inpe.br/teses/gilberto/> Acesso em: 01 jul. 2009.
CÂMARA, G.; DAVIS, C.; MONTEIRO, A. M. V. Fundamentos de Geoprocessamento. In:
CONGRESSO GIS Brasil 99, Disponível em: <http://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/introd/cap1introducao.pdf > Acesso em: 30 jun. 2009.
CÂMARA, G.; MEDEIROS, J. S. de; BARBOSA, C. C. F.; CAMARGO, E. C. G. Geoprocessamento para
Projetos Ambientais. Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) – São José dos Campos, SP - Maio,
1998.
LOPES, J. L. Cemitério e seus impactos ambientais estudo de caso: Cemitério municipal do distrito de
Catuçaba/SP.
Centro
Universitário
SENAC,
Brasil,
2007.
Disponível
em:
<http://www1.sp.senac.br/.../20071016_CAS_Cemiterio_ImapctosAmbientais.pdf>> Acesso em: 02 jul.
2009.
PARAÍBA. Prefeitura Municipal de João Pessoa.
PINA, M. de F. de SANTOS, S. M. Conceitos básicos de Sistemas de Informação Geográfica e
Cartografia aplicados à saúde. Brasília: OPAS, 2000. 121 p.