2013 - Portway

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2013 - Portway
Relatório & Contas 2013 – portway - handling de portugal, s.a.
ÍNDICE
I.
SÍNTESE DE INDICADORES
II.
ORGÃOS SOCIAIS
III.
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
1. O MERCADO
2. VENDAS & MARKETING
3. RECURSOS HUMANOS
4. ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA
5. INFRA-ESTRUTURAS, EQUIPAMENTOS DE HANDLING
6. SISTEMAS DE GESTÃO (QUALIDADE E AMBIENTE)
7. OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES
8. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS
9. EVOLUÇÃO PREVISIVEL DA SOCIEDADE
10. CONSIDERAÇÕES FINAIS
IV.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
V.
RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO E CERTIFICAÇÃO LEGAL
DAS CONTAS
VI.
PARECER DO AUDITOR EXTERNO
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Relatório & Contas 2013
3
Relatório & Contas 2013
I. SÍNTESE DE INDICADORES
SÍNTESE DE INDICADORES
2013
2012
Financeiros
(Euros)
∆% 13/12
(Euros)
Volume de Negócios
EBITDA (1)
EBIT (2)
Margem Operacional
Resultado Líquido
Valor Acrescentado Bruto
Activo Líquido
Capital Próprio
Rentabilidade do Activo (ROA)
Rentabilidade do Capital Próprio (ROE)
Investimento
Autonomia Financeira
Estrutura do Capital Próprio - Artº 35º CSC (3)
61.770.896
9.302.662
7.802.100
13%
5.583.638
46.907.637
31.858.715
20.874.407
17,5%
26,7%
342.044
66%
123%
59.714.732
7.054.131
5.225.679
9%
3.750.042
44.911.943
29.325.758
15.290.768
12,8%
24,5%
1.236.963
52%
90%
3%
32%
49%
+4 pp
49%
4%
9%
37%
+4 pp
+2 pp
-72%
+11 pp
+33 pp
1.738
37.455.867
21.551
36.132
26.989
10.200
1.764
37.704.586
21.374
33.599
25.460
9.242
-1%
-1%
1%
8%
6%
10%
51.314
13.782.822
61.216
49.681
12.872.189
60.863
3%
7%
1%
Pessoal
Trabalhadores no Activo (média FTE) (4)
Custos com Pessoal - inclui trabalho temporário (5)
Custos de Pessoal por trabalhador (6)
Proveitos por trabalhador (apenas handling)
Valor Acrescentado Bruto per capita
Unidades de Tráfego por trabalhador (apenas handling)
Actividade (valores)
Nº Voos Assistidos
Nº Passageiros Assistidos (7)
Nº Toneladas Movimentadas
(1) EBITDA - Earning before interest, taxes, depreciations, amortizations
(2) EBIT - Earning before interest, taxes
(3) CSC - Código das Sociedades Comerciais
(4) FTE - Full-time Equivalent (em 2012 e 2013, estão incluidos 432 e 247 trabalhadores
temporários, respectivamente)
(5) incluí Eur 7,814,574 e Eur 4.162.551, respectivamente, referente a custos de trabalho
temporário em 2012 e 2013
(6) calculo inclui custo trabalho temporário
(7) incluí passageiros assistidos por outros handlers na área de passageiros (foram 553,466
e 628.404 em 2012 e 2013 respectivamente)
Unidades de tráfego:
Passageiros assistidos (embarcados e desembarcados)
100 Kgs de carga
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Relatório & Contas 2013
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Relatório & Contas 2013
II. ORGÃOS SOCIAIS
Da esquerda para a direita:
Dra Pascale Albert-Lebrun (Vogal Conselho de Administração)
Dr. António Ferreira de Lemos (Presidente Conselho de Administração)
Dr. Luís Ribeiro (Vogal do Conselho de Administração)
Dr. José Manuel Santos (Vogal Conselho de Administração)
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Relatório & Contas 2013
ASSEMBLEIA-GERAL
José Luís Arnaut Duarte
Presidente
Francisco Sebastian
Secretário
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
António Ferreira de Lemos
Presidente
Pascale Albert-Lebrun
Administradora
Luís Ribeiro
Administrador
José Manuel Dias dos Santos
Administrador
FISCAL ÚNICO
Pedro Roque SROC Unipessoal, Lda. nº 125
(Representada por Pedro Nuno Ramos Roque, ROC nº 828)
FISCAL ÚNICO SUPLENTE
Jaime Matos, Castanheira Guilherme e Martins da Silva, SROC, nº 167
(Representada por Jaime Abrantes da Silva Matos, ROC nº 556)
1. Os Órgãos Sociais iniciaram o mandato em 24-09-2012 para o triénio 2011-2013.
2. A Assembleia-Geral da portway reuniu em 20/03/2013 para apreciar e aprovar o Relatório
e Contas do Exercício 2012.
3. Em 27/03/2013 o Dr. Frederico Rangel renunciou ao seu mandato; as suas áreas de
competência (Jurídico e Contencioso, Qualidade e Ambiente, Safety/Security, Secretariado
e Administrativa) passaram a ser desempenhadas igualmente pelo Dr. José Manuel Santos.
4. Em 17/09/2013 por Decisão de Acionista Única por escrito, foi deliberado designar a Sra.
Pascale Frédérique Thouy Albert-Lebrun como Administradora para o remanescente do
mandato em curso, 2011-2013; na mesma data foi igualmente deliberado nomear o Dr.
José Luís Arnaut Duarte como Presidente da Mesa da Assembleia-Geral e o Dr. Francisco
Sebastian, Secretário da Mesa da Assembleia-Geral.
5. Durante o exercício o Conselho de Administração realizou 22 (vinte e duas) reuniões
ordinárias.
6. No decorrer do ano de 2014, o Dr. António Ferreira de Lemos – Presidente do Conselho de
Administração (Relações com o Acionista e Representação da Sociedade e Estratégia),
renunciou ao mandato em carta datada de18/02/2014.
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Relatório & Contas 2013
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Relatório & Contas 2013
III. RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
O ano de 2013 ficará para sempre marcado na história da portway como o ano da
passagem da empresa do Sector Empresarial do estado para o Sector Privado, com
a aquisição da ANA,S.A. pela VINCI, em Setembro de 2013.
Também ao nível interno a empresa registou o melhor ano de sempre com um
EBITDA de 9,3 milhões de euros e um resultado líquido que ultrapassou os 5,5
milhões de euros.
Foi igualmente um ano de consolidação e melhoramento das relações sociais, com
os trabalhadores, os colaboradores temporários, bem como com os diversos
stakeholders.
Ainda que o principal cliente da portway tenha mantido a sua operação face ao
ano anterior, em termos globais assistiu-se, em 2013, ao recuperar do número de
movimentos das companhias aéreas assistidas, mais aviões (3,3%), mais carga por
via aérea (0,6%), e mais passageiros (6,8%).
Operacionalmente, face a 2012, a actividade da portway em 2013 pode ser
resumida, da seguinte forma:
a) Mais 1633 voos (51314 voos).
b) Mais 353 toneladas de carga (61216 tons.) – e mais 962 tons por camião
avião.
c) Mais 782619 passageiros (13.782.822 passageiros)
De referir o número record de turnarounds realizados pela portway, bem como o
número de passageiros assistidos, cuja contribuição da situação de operador único
em Faro ajudou a consolidar, embora tenha sido a Direção de Unidade de
Handling do Porto a principal contribuidora para o aumento do número de
passageiros.
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Relatório & Contas 2013
Salienta-se que os preços do handling (turnaround) são normalmente cobrados
pela tipologia de avião e serviços a ele prestados, sem relação directa com o
número de passageiros transportados, pelo que o benefício para a empresa
relacionado com o acréscimo de passageiros diz unicamente respeito às
actividades conexas de handling (cobrança de excessos de bagagem, de 2ª ou mais
malas, de alocação de lugares ou embarque prioritário, ou mesmo de vendas de
bilhetes).
De registar que todas as Unidades de Handling (LIS/OPO/FAO/FNC) terminaram
com resultados positivos (Beja está incluída operacionalmente dentro da Direção
de Unidade de Handling de Lisboa), contribuindo ainda para o reforço da
rentabilidade da atividade principal.
O regresso da portway à real estabilidade social nas suas relações com os
parceiros sociais e os trabalhadores foi um dos fatores de sucesso.
Em 2013 realizou-se mais trabalho com menos pessoal. O efectivo médio de
trabalhadores no activo decresceu 1%, tendo sido compensado por um acréscimo
de produtividade de 8 (oito) % (Placa e Passageiros) permitindo um ganho face
aos resultados de 2012 de cerca de 1,5 milhões de euros. Para além disso o
número de horas de trabalho suplementar baixou significativamente (mais de
1,6%) apesar do aumento do número de turnarounds.
A utilização de melhores horários e planeamento de recursos, aliado ao forte
controlo diário da operação e motivação dos nossos trabalhadores, foi
fundamental para alcançar estes resultados.
Assim, graças a um esforço de gestão a vários níveis na empresa foi possível
diminuir o total dos gastos com Pessoal em 0,7%, mesmo tendo pago em 2013
um vencimento salarial mensal a mais a cada trabalhador (subsídio de férias), tudo
comparado a 2012. Com a aquisição do grupo ANA pela VINCI, em Setembro de
2013, foi igualmente possível cessar de imediato a redução e suspensão de várias
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Relatório & Contas 2013
componentes salariais (redução de salários, congelamento das linhas de carreira,
de promoções), impostas pelo orçamento do estado ao Sector Empresarial Público.
O controlo dos custos com o pessoal (que representaram 69% dos gastos totais da
empresa) aliado a um decréscimo em 6,2% dos gastos em FSE. (cerca de 757 mil
euros), permitiram à portway alavancar um crescimento do volume de negócios
de 3% (alcançando 61.770.896 euros), para registar crescimentos do EBITDA e do
resultado liquido, francamente superiores, respectivamente de 37% para os
9.395.531 euros no caso do primeiro, e de 49% para os 5,583 milhões de euros,
no caso do segundo.
A rentabilidade do capital próprio (ROE) aumentou 2,2 pontos percentuais (pp)
tendo atingido 26,7%, enquanto o valor acrescentado bruto (VAB) aumentou 4%.
A autonomia financeira aumentou 11 pp
Há a registar positivamente um aumento dos rendimentos por trabalhador (8%),
bem como do valor acrescentado bruto per capita (6%), e também de mais 10%
nas Unidades de Tráfego por trabalhador,
O efectivo médio de trabalhadores no activo decresceu 1%.
Em 2013, a portway manteve-se como único operador em Faro, face à não
comunicação do vencedor do concurso lançado pelo INAC para a atribuição de
uma 2ª licença de handling. Simultaneamente, no final do ano, a portway
apresentou ao INAC o seu pedido de licenciamento para o Porto Santo, ao mesmo
tempo que aguarda a eventual liberalização do espaço aéreo nos Açores para aí se
instalar, assumindo a vontade de prestar aos seus clientes a cobertura da
totalidade dos aeroportos da rede ANA.
Pelo décimo ano consecutivo, a portway ganhou o prémio de Melhor Agente de
Handling de Carga Aérea, atribuído pela Revista “Transportes e Negócios”, após
votação dos profissionais do setor.
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Relatório & Contas 2013
Para além disso, no registo de On Time performance do seu maior cliente (Easyjet),
e a nível da comparação por países, a portway alcançou em 2013, 26 semanas em
1º Lugar.
De registar que a Escala do Funchal terminou o ano de 2013 sem qualquer atraso
de avião da sua responsabilidade, o que atesta bem a elevada performance da
mesma.
A portway manteve a sua certificação ambiental pela norma NP ISSO
144001:2004, assim como a certificação em Sistema de Qualidade, pela norma
ISSO 9001:2008.
Ao nível das Unidades de Handling, os resultados operacionais foram os seguintes
(não considerando passageiros assistidos em self-handling):
a) Lisboa

13.051 voos (mais 427 voos).

39682 tons. (mais 2263 tons).

3.226.938 passageiros (mais 204.712 passageiros)
b) Porto

13.946 voos (mais 241 voos).

19.314 tons. (menos 523 tons).

3.920.980 passageiros (mais 353.773 passageiros)
c) Faro

21.387 voos (mais 948 voos).

168 tons. (menos 2 tons).

5.845.966 passageiros(mais 324.528 passageiros)
d) Funchal

2.915 voos (menos 11 voos).

2.052 tons. (menos 1385 tons).

788.182 passageiros (mais 28.613 passageiros)
e) Beja

16 voos (mais 1 voo)

0 tons (igual valor)
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Relatório & Contas 2013

756 passageiros (menos 993 passageiros
De referir, que no final de Novembro de 2013, a Ryanair iniciou a sua operação em
Lisboa, com 4 voos diários, prevendo a mesma basear um avião em Abril de 2014,
tendo sempre como base a operação no T2.
Em resumo, 2013 foi um ano de resultados excecionais e que relevam a alta
performance da empresa, esperando que este despertar para um novo patamar de
operação e rentabilidade continue a crescer em 2014 e anos seguintes.
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Relatório & Contas 2013
1.O MERCADO
No ano de 2013, a indústria aeronáutica registou, de acordo com a IATA
(Associação Internacional do Transporte Aéreo) um aumento de 5,2% de
passageiros, num total de 3.1 biliões, um aumento de 4,8% no número de voos,
cerca de 33 milhões de voos (mais de 1 milhão em relação a 2012) e um aumento
de 1% nas toneladas de carga movimentadas, quando comparado com os registos
de 2012. Este aumento no transporte aéreo de carga marcou a recuperação de
consecutivos declínios nos anos anteriores. O crescimento global está ligado, de
acordo com a IATA, à melhoria dos resultados económicos verificados em 2013.
Nos Aeroportos Portugueses e seguindo a tendência do mercado Mundial (excepto
nas toneladas de carga), registaram-se em 2013, de acordo com a ANA
(Aeroportos de Portugal), e quando comparado com 2012, mais voos (2,3%), mais
passageiros (5,2%), e menos carga (2,1%).
A portway encerrou 2013 em consonância com a tendência do mercado Mundial
Assim e analisando a tabela e quadro seguinte, a quota de mercado global cresceu
1% quando comparado com 2012, num valor global (dos cinco aeroportos onde a
portway opera) de 39% da quota de mercado.
Mercado Global
Lisboa (LIS)
2013
PTW
OTHER
Porto (OPO)
2012
PTW
OTHER
2013
PTW
OTHER
Faro (FAO)
2012
PTW
OTHER
2013
PTW
VOOS 13.051 58.117 12.624 57.831 13.946 15.246 13.706 15.203 21.387
QM
18%
82%
18%
82%
48%
52%
47%
53%
100%
Funchal (FNC)
2012
2013
Beja (BYJ)
2012
2013
TOTAL
2012
2013
OTHER
PTW
OTHER
PTW
OTHER
PTW
OTHER
PTW
OTHER
PTW
OTHER
0
20.412
0
2.915
7.419
2.924
7.088
16
19
15
0
0%
100%
0%
28%
72%
29%
71%
46%
54%
100%
0%
PTW
2012
OTHER
PTW
39%
61%
38%
14
Relatório & Contas 2013
OTHER
51.314 80.799 49.681 79.428
62%
Mercado Global
Nº de Voos
90.000
80.000
70.000
60.000
50.000
40.000
30.000
20.000
10.000
2013
2012
2012
2012
2012
PTW
2013
Beja (BYJ)
OTHER
OTHER
PTW
PTW
2013
Funchal (FNC)
OTHER
PTW
OTHER
PTW
2013
Faro (FAO)
OTHER
PTW
OTHER
PTW
2013
Porto (OPO)
OTHER
PTW
2012
OTHER
PTW
2013
Lisboa (LIS)
OTHER
PTW
OTHER
PTW
OTHER
PTW
OTHER
0
2012
TOTAL
(fonte: estatística portway)
Analisando a tabela e quadro seguinte, a quota de mercado livre (sem contabilizar
a TAP e a SATA) manteve os registos de 2012, num valor global (dos cinco
aeroportos onde a portway opera) de 75% da quota de mercado livre. Este valor
está naturalmente influenciado, pela quota de mercado em Faro de 100%.
Mercado Livre
Lisboa (LIS)
2013
PTW OTHER
Porto (OPO)
2012
PTW OTHER
2013
PTW OTHER
Faro (FAO)
2012
PTW OTHER
VOOS 13.051 11.857 12.624 12.177 13.946 3.427 13.706 3.181
48%
51%
49%
80%
20%
81%
19%
Funchal (FNC)
Beja (BYJ)
TOTAL
2012
2013
2012
2013
2012
PTW OTHER PTW OTHER PTW OTHER PTW OTHER PTW OTHER
21.387
0
20.412
0
100%
0%
100%
0%
2.915 2.096 2.924 1.617
58%
42%
64%
36%
16
19
15
n/a
46%
54%
100%
n/a
2013
PTW OTHER
2012
PTW OTHER
51.314 17.398 49.681 16.975
75%
25%
75%
25%
Mercado Livre
Nº de Voos
55.000
50.000
45.000
40.000
35.000
30.000
25.000
20.000
15.000
10.000
5.000
2013
2012
Lisboa (LIS)
2013
2012
Porto (OPO)
2013
2012
Faro (FAO)
2013
2012
Funchal (FNC)
2013
2012
Beja (BYJ)
2013
OTHER
PTW
PTW
OTHER
OTHER
PTW
PTW
OTHER
OTHER
PTW
PTW
OTHER
OTHER
PTW
PTW
OTHER
OTHER
PTW
PTW
OTHER
OTHER
PTW
0
OTHER
52%
PTW
QM
2013
PTW OTHER
2012
TOTAL
(fonte: estatística portway)
15
Relatório & Contas 2013
A portway encerrou 2013 com um aumento, face a 2012, de 3% no número de
voos assistidos (turnaround) num total de cerca de 51 mil voos. Fazendo uma
análise por escala, podemos perceber que as escalas que contribuíram para este
aumento de voos, foram Faro com um aumento de 5%, Lisboa com um aumento
de 3% e Porto com um aumento de 2%. Funchal e Beja mantiveram o número de
voos de 2012.
Evolução de Voos/Turnarounds
portway
Lisboa
Porto
Faro
Funchal
Beja
TOTAL
2013
2012
13.051
13.946
21.387
2.915
16
51.314
12.624
13.706
20.412
2.924
15
49.681
Evolução Voos portway
55.000
50.000
45.000
40.000
35.000
30.000
25.000
20.000
15.000
10.000
5.000
0
Lisboa
Porto
Faro
2013
Funchal
Beja
TOTAL
2012
(fonte: estatística portway)
Em relação ao número de passageiros, 2013 registou um aumento de 7% nos
passageiros assistidos pela portway, situando-se nos 13,7 milhões. Pode-se,
igualmente, observar que o aumento dos passageiros assistidos ocorreu em todas
as escalas. De registar um aumento de 10% na escala do Porto. Estes números
não contabilizam os passageiros assistidos directamente pelas companhias aéreas,
16
Relatório & Contas 2013
mesmo que a portway realize o manuseamento e o Lost&Found da respectiva
bagagem.
Evolução de Passageiros
portway
Lisboa
Porto
Faro
Funchal
Beja
TOTAL
2013
2012
3.226.938
3.920.980
5.845.966
788.182
756
13.782.822
3.022.226
3.567.207
5.521.438
759.569
1.749
12.872.189
Evolução Passageiros portway
14.000.000
12.000.000
10.000.000
8.000.000
6.000.000
4.000.000
2.000.000
0
Lisboa
Porto
Faro
2013
Funchal
Beja
TOTAL
2012
(fonte: estatística portway)
Na carga aérea, em 2013 a quota de mercado registou um aumento de 1%,
quando comparado com 2012, num valor global (dos cinco aeroportos onde a
portway opera) de 48% da quota de mercado. Quanto à carga movimentada, o
aumento foi de 0,6% na carga manuseada, num total de cerca 61 mil toneladas.
17
Relatório & Contas 2013
Evolução Carga
portway
Lisboa
Porto
Faro
Funchal
TOTAL
2013
2012
39.682
19.314
168
2.052
61.216
37.419
19.837
170
3.437
60.863
Evolução Carga portway
70.000
47%
48%
60.000
50.000
41%
45%
40.000
30.000
57%
56%
20.000
10.000
95%
94%
70%
48%
0
Lisboa
Porto
Faro
2013
Funchal
TOTAL
2012
(fonte: estatística portway)
18
Relatório & Contas 2013
Análise Mercado Carga
70.000
60.000
50.000
40.000
30.000
20.000
10.000
2013
2012
Lisboa (LIS)
2013
2012
Porto (OPO)
2013
2012
Faro (FAO)
2013
2012
2013
Funchal (FNC)
OTHER
PTW
OTHER
PTW
PTW
OTHER
PTW
OTHER
OTHER
PTW
OTHER
PTW
PTW
OTHER
PTW
OTHER
OTHER
PTW
OTHER
PTW
0
2012
TOTAL
(fonte: estatística portway)
O mercado do handling, em 2013, ficou marcado por um conjunto de factores
que agora destacamos:

A indefinição do processo de atribuição de uma segunda licença para
exercer a actividade de assistência em escala no Aeroporto de Faro.
Fruto desta indefinição a portway continua a assistir 100% do mercado de
handling desse Aeroporto. Esta situação tem originado um continuado aumento
do custo operacional nesta escala, nomeadamente na formação e contratação e
de recursos humanos bem como nos investimentos em equipamentos de
assistência às aeronaves.

A inauguração da operação da Ryanair em Lisboa, mais concretamente no
terminal 2 e a expectável abertura de base operacional neste Aeroporto;

O início da operação do operador turístico de voos charter Windavia, para
diferentes destinos e com voos para as 5 escalas da portway;

19
Relatório & Contas 2013

Aumento da carga de importação em 7,5% e da carga de exportação em
7,6%. Para este aumento contribuiu de forma relevante a escala de Lisboa,
que influenciada pela assistência durante um ano completo da Emirates,
registou um aumento na importação de cerca de 12,7% e 17,8% na
exportação;

Diminuição da capacidade de transporte de carga no Aeroporto do Funchal,
em cerca de 43,5% afectando igualmente Lisboa.
Esta diminuição está relacionada com a introdução na rota Lisboa – Funchal –
Lisboa de uma aeronave com capacidade de transporte de carga inferior à
anterior, bem como a saída dos correios desta operação.

Apesar da saída da DHL para regime de self handling em 2012 no Porto, a
carga expresso manuseada registou um aumento de 3,9% em particular
em Lisboa com 6,4%.

A carga em trânsito teve um aumento significativo de 54% no Porto, ao
contrário de Lisboa que perdeu cerca de 28%.
20
Relatório & Contas 2013
2. VENDAS & MARKETING
A direção comercial da portway (Vendas & Marketing) criou em 2013 um
conjunto de oportunidades e ações, alinhadas com a estratégia definida pela
empresa.
Ao longo do ano colocou-se enfoque particular na fidelização dos clientes, bem
como na extensão dos contratos em fim de termo. Prolongaram-se acordos
mesmo antes de termo, afirmando a determinação de compromisso de parte a
parte. Garantiu-se sempre a rentabilidade da prestação de serviço para a portway,
assegurando-se a satisfação do cliente com a qualidade dos serviços prestados,
indo ao encontro das suas preferências individuais
Dentro do contexto do close relationship marketing, a portway colocou a sua
particular
dedicação
a
potenciais
novos
clientes,
preparando
propostas
transparentes que espelham as necessidades individuais de cada cliente. De forma
a aumentar a sua competitividade, as propostas portway contemplam os serviços
que o cliente realmente precisa e durante o tempo que precisa.
É esta estratégia que permite à portway ser competitiva, eficiente, optimizar os
seus recursos e aumentar progressivamente a sua produtividade.
A portway renovou contratos com as seguintes companhias aéreas:
21
Relatório & Contas 2013

AOPA

FINNAIR

TAP

AIR TRANSAT CARGO

GERMANIA

THOMAS COOK AIRLINE

AASMVAZ

HELVETIC AIRWAYS

BRITISH AIRWAYS

HIFLY

THOMAS COOK AIRLINES

BRITISH AIRWAYS CARGO

IBERIA CARGO

THOMSONFLY LTD LIMITED

BA CITYFLYER LTD

INTERPORT BV

TRANSAERO AIRLINES

BLUE AIR

JET TIME

TRAVEL SERVICE

BRUSSELS AIRLINES NV/SA

LEISURE CARGO

TUI AIRLINES NEDERLANDS

CONDOR

LUXAIR

CORENDON

SATA

TUIFLY NORDIC AB

CRS

SWIFTAIR

US AIRWAYS

DEUTSCHE LUFTHANSA AG

SWISS

EDELWEISS

TACV
BELGIUM N.V.
B.V. (ARKEFLY)
A portway assinou novos contratos com as seguintes companhias:

WINDAVIA

XL AIRWAY FRANCE

AVION EXPRESS
A
equipa
comercial
da
portway
participou
em
quatro
conferências,
nomeadamente na IATA Ground Handling Conference realizada em Vancouver, na
IATA – Human Capital Summit; no Ground Handling International Council em
Madrid, destacando se a Air Cargo Handling Conference, que se realizou pela
primeira vez em Lisboa e na qual a portway se demarcou como expositor,
participante no fórum de discussão final e patrocinador do programa de
acompanhantes e do souvenir oficial do evento.
No âmbito desta conferência, recebeu delegados nas suas instalações de carga,
apresentando-lhes as vantagens dos serviços de carga da portway. A conferência
atingiu uma adesão record, com mais de 200 participantes dos diversos ramos da
indústria (handlers, companhias aéreas, reguladores, etc.).
22
Relatório & Contas 2013
Em todas as conferências o contacto comercial e a discussão de temas da Indústria
foram atividades principais. A portway aproveitou estes fóruns, bem como o
Seminário
Nacional
de
Transitários
promovido
pela
APAT
e
a
revista
Transportes&Negócios, para reunir com os vários intervenientes da indústria, tendo
como objetivos principais:

Fortalecer a relação com clientes

Contactar e conquistar novos clientes

Promoção do destino Portugal

Percepção de tendências da Indústria e dos diferentes mercados
(da esquerda para a direita, de cima para baixo − ACHC: stand portway; souvenir oficial; visita às instalações
de carga; cocktail no hangar de carga)
Através de uma grande interactividade e partilha de informação, o dinamismo do
marketing da portway promoveu e aprofundou a importante relação com os
clientes.
23
Relatório & Contas 2013
Protocolos
A mesma interactividade foi ambicionada e conseguida em relação ao cliente
interno, promovendo iniciativas, parcerias e momentos de grande partilha, com
enfoque especial na responsabilidade social da empresa e seus colaboradores.
As parcerias proporcionam um vasto conjunto de benefícios, em diversas áreas, no
sentido de facilitar e melhorar o bem-estar dos colaboradores.
Foi dada continuidade às parcerias estabelecidas nos anos anteriores e
acrescentaram-se hotéis, colégios, escolas de formação (nomeadamente a AESE),
livrarias, gasolineiras, Nespresso; clínicas, ginásio e SPAs que foram apreciadas e
aproveitadas pelos colaboradores. Em relação à AESE, a portway abriu portas a
visitas de campo para alunos da escola de negócios, completadas com ações de
formação sobre o mercado de handling, atividade e problemática de gestão.
Também o jornal mensal interno - Embarque de Palavras, continuou a ser em
2013, um veículo de aproximação aos nossos colaboradores, divulgando
informação relevante sobre a empresa, eventos, protocolos, e outros assuntos.
Patrocínios
A portway apoiou os seus colaboradores na prática de desporto, quer dentro do
contexto da empresa quer fora do âmbito da portway. Patrocínios de equipas
desportivas com participação de colaboradores ou filhos de colaboradores
portway aumentaram a energia e motivação interna; destacando-se as equipes de
futebol das diversas unidades de handling.
24
Relatório & Contas 2013
O jantar do Encontro Anual Europeu da companhia US Airways, que pela primeira
vez se realizou em Lisboa, foi patrocinado pela portway e organizado em pleno
coração de Lisboa.
Diversos eventos e conferências relevantes foram patrocinados ao longo de 2013,
conforme acima explanado.
Responsabilidade Social e Ética
A Responsabilidade Social e a Ética, embora sempre presente na portway, nunca
esteve tão presente como em 2013.
Os quadros da portway reuniram-se em Setúbal para uma formação nesta área,
digirida pela AESE, com grande impacto nos colaboradores. No dia seguinte e
juntamente com os jovens em risco do Centro Tabor criaram-se espaços de lazer e
trabalho que muito faziam falta ao Centro e em especial aos jovens que nele
encontram abrigo. A partilha de objetivos foi notória, assim como a participação
não só dos colaboradores, mas também dos jovens do Centro, que se integraram
facilmente nos trabalhos e agradeceram o contributo portway. Um momento que
mais uma vez marcou todos os participantes, tanto da portway como do próprio
Centro Tabor.
25
Relatório & Contas 2013
A portway uniu-se à Caritas sob forma de donativo no auxílio aos mais
carenciados e na luta contra a exclusão.
Juntamente com a ANA e a ANAM, a portway recolheu brinquedos junto do
universo dos colaboradores para serem entregues a instituições de apoio a crianças
carenciadas nas diferentes áreas circundantes aos aeroportos nos quais operamos.
A portway ofereceu aos seus colaboradores cabazes com todos os ingredientes
necessários para a celebração tradicional da ceia natalícia.
Os mesmos cabazes foram também entregues na Igreja da Graça, na instituição
Apoio à Vida, Helpo e na Aldeia de Crianças SOS, para que o Natal seja de facto
um momento de partilha.
Responsabilidade Ambiental
No campo da responsabilidade ambiental, e de forma a compensar as emissões de
dióxido de carbono correspondentes ao combustível consumido pelos seus
equipamentos durante um ano a portway, manteve os diversos protocolos com os
municípios contíguos aos aeroportos e com a Quercus para a plantação de árvores.
De referir também a parceria da portway com a Caetano Bus no projecto e.Cobus.
A portway testou o primeiro autocarro eléctrico a nível mundial para aeroporto,
com nova tecnologia de baterias (Siemens) e concebido para o transporte de
passageiros. O evento de inauguração do projeto contou com a presença do
ministro do ambiente, ordenamento do território e energia e representantes de
destacadas entidades do mercado automóvel e aeronáutico, tendo suscitado
interesse nacional e internacional.
26
Relatório & Contas 2013
A marca portway
A marca portway teve um momento de grande destaque durante a entrevista do
administrador José Manuel Santos no contexto do programa da TVI Marca Pessoal.
No âmbito da entrevista apresentaram-se os serviços portway através de uma
colaboração operacional do administrador em diversas funções operacionais na
Unidade de Handling do Aeroporto de Lisboa.
A brochura institucional foi actualizada em relação a conteúdos e a sua imagem
melhorada, servindo de suporte para a divulgação da marca e dos serviços
portway, assim como de suporte para o CD-Rom do Relatório Anual e Contas
2012.
27
Relatório & Contas 2013
Como novo elemento de merchandising selecionou-se uma fita métrica que com a
afirmação made to measure reafirma a flexibilidade da portway em adaptar-se à
necessidade do cliente: o fato à medida a nível da assistência em escala em
Portugal.
Também a sinalética da UHL, leia-se escritório de direcção e coordenação, foi
atualizada, apresentando uma imagem coerente com outras infra-estruturas
decoradas nos últimos anos. É clara, laranja e dinâmica.
28
Relatório & Contas 2013
Anúncios e publicações
Publicaram-se diversos anúncios em revistas e anuários com visibilidade
internacional, tais como:





Airline Yearbook;
Airport Yearbook;
Airline Ground Services
Airline Directory
Cargo Airport & Services
Magazine
Promovemos também a imagem portway em publicações nacionais da
especialidade, nomeadamente na Turisver, Take Off, Transportes & Negócios,
APAT, Ambitur e no diretório anual da revista Take OFF.
Em 2013, a portway recebeu pela 10ª vez
consecutiva o prémio de Melhor Agente de
Handling de Carga, atribuído pela revista
“Transportes e Negócios”. Este prémio é
de grande valia, visto que é atribuído
através da votação de empresas do sector,
atestando desta forma a qualidade dos
nossos serviços de carga.
O Lisbon Lounge
Ao longo de 2013 o Lisbon Lounge registou mais de 60 mil passageiros, uma
subida superior a 20% face a 2012 com um aumento de mais de 3% nas vendas
diretas. Também do ponto de vista do resultado económico, 2013 foi um ano
muito positivo para o Lisbon Lounge. Os passageiros destacam como pontos fortes
do Lisbon Lounge, a tranquilidade da sala. Sentem-se em casa, num ambiente
perfeito para relaxar, descansar e trabalhar.
29
Relatório & Contas 2013
3. RECURSOS HUMANOS
O número de Full Time Equivalents (FTE) registou uma diminuição de 1% em 2013
(total empresa), passando de 1764 em 2012 para 1738 em 2013. Este decréscimo
de 1% no número de FTE’s, está diretamente relacionado com o aumento da
produtividade na área principal, que conseguiu com menos trabalhadores assistir
mais aviões, carga e passageiros.
Por outro lado, este decréscimo de FTE’s foi acompanhado pela descida do
número de trabalhadores a tempo parcial (part-time), dado que o número de
trabalhadores ao serviço passou de 2124 em 2012, para 2079 em 2013, o que
representou um decréscimo de 2,2%.
Os gastos com pessoal em 2013 decresceram 1% face a 2012.
Evolução do Efectivo Médio portway
2500
2013
2012
2500
2000
2000
1500
1500
1000
1000
500
0
500
Trabalhadores
Trabalhadores
FTE
FTE
A distribuição de FTE’s pelos departamentos da portway, não apresentou
diferenças significativas em 2013 mas apenas ligeiras variações quando comparada
com o ano anterior (mais 2% na área de Passageiros e uma diminuição de 1% na
Carga).
30
Relatório & Contas 2013
Distribuição de FTE´s %
2012
2013
3%
3%
4%
3%
3%
DIRECÇÕES UH
10%
13%
OPERAÇÕES
DIRECÇÕES UH
4%
10%
OPERAÇÕES
14%
PAX
PAX
PLACA
PLACA
31%
37%
29%
CARGA
MANUTENÇÃO
CARGA
MANUTENÇÃO
37%
SEDE
SEDE
A produtividade operacional da portway passou de 8,28 em 2012 para 8,94
(placa e passageiros) em 2013, o que representou um aumento de 8%. Esta
evolução foi positiva, na medida em que assinala uma inversão no decréscimo que
se registou de 2011 para 2012, tendo possibilitado à portway a poupança de mais
de um 1,483 milhões de euros quando comparado com a produtividade de 2012
face a 2013.
FTE/s Voo
8,94
8,28
2013
2012
Este indicador resulta da divisão do número de voos por números de FTE´s (incluindo as horas de trabalho dos trabalhadores
temporários da portway, e trabalho suplementar desses mesmos trabalhadores)
O número de toneladas por FTE aumentou 4% em 2013 face a 2012. Este
acréscimo, deveu-se à diminuição do número de FTE’s na área de carga (-3%) e ao
maior número de toneladas de carga que foram manuseadas nos terminais da
portway (+0,6% não contabilizando a carga via camião-avião). Não obstante, o
comportamento errático deste segmento de negócio, o mesmo permitiu um ajuste
rentabilizado dos colaboradores.
31
Relatório & Contas 2013
Toneladas/FTE
392
377
2013
2012
Este indicador resulta da divisão do número de toneladas de carga manuseada pelo número médio de FTE´s alocados à área
da Carga
O número médio de horas de trabalho suplementar por FTE (Placa/Pax) diminuiu
na globalidade das Escalas em cerca de 20%. Este decréscimo foi mais evidente
nos Aeroportos de Funchal (-84%), Lisboa (-57%) e Porto (-2%). O Aeroporto de
Faro foi o único que registou um acréscimo de 35%, em virtude da não ocorrência
da entrada de um novo operador de handling em Faro.
Trabalho Suplementar/FTE
(Placa e Pax)
6,8
6,6
4,2
4,8
4,3 4,4
3,7
3,7
4,0
2,4
Lisboa
Porto
Faro
2013
Funchal
Total
2012
Assim, mesmo tendo reduzido o número de FTE’s em 1% foi ainda possível reduzir
o número de horas suplementares em 1,7%, o que auxiliou igualmente o
resultado da produtividade, para além da redução de gastos com as horas extra.
32
Relatório & Contas 2013
O absentismo total registou em 2013 uma diferença de 0,4% face a 2012. O valor
foi de 4,8% em 2012 e de 5,2% em 2013. Este ligeiro acréscimo continuou a
manter o absentismo próximo dos 5% e continua marcado pelos alegados
acidentes de trabalho, a que não deverá ser alheio o difícil ambiente económico e
social em Portugal, em 2012 e 2013.
Aircraft Dispatcher / Dispatcher
Em 2013 tiveram inicio os processos de seleção, recrutamento e formação das
novas selecção das funções de Aircraft Dispatcher e Dispatcher, provavelmente o
processo mais ambicioso dos Recursos Humanos dos últimos 5 anos e dos
próximos 5 anos.
Estas duas funções têm como objetivo a obtenção de sinergias operacionais entre
departamentos, assim como uma melhor adequação e otimização funcional dos
recursos humanos das áreas de Placa, Passageiros e Operações, contribuindo
igualmente e decisivamente para a redução dos custos de pessoal.
O número de trabalhadores envolvidos atinge os cerca de 140 trabalhadores, nas 4
Direções de Unidade de Handling.
Absentismo
7,0
6,0
5,6
6,3
4,5
4,1 4,4
4,9
3,3 3,6
4,2
5,2 4,8
1,1
DIR. UH.
OPS.
PAX
PLACA
2013
CARGA
MANUT.
TOTAL
2012
33
Relatório & Contas 2013
O número de acidentes de trabalho foi de 239 acidentes em 2013 face aos 166
ocorridos em 2012. O que indicou um número de 0,12 acidentes por colaborador
em 2012 e 0,14 em 2013.
O número de dias de baixa registou, igualmente um aumento de 1897 dias face a
2012, o que situou este número em 5819 dias em 2013. Verificou-se assim um
valor de 3,44 dias de baixa por colaborador em 2013 face a 2,75 em 2012. No
entanto foi possível tirar algum benefício económico face ao não pagamento legal
dos dias de baixa, acompanhado do não pagamento do aumento do trabalho
suplementar.
Nº Dias Baixa
Nº Acidentes
0,14
3,44
0,12
2013
2012
2,75
2013
2012
Formação
A actuação do Centro de Formação da portway decorreu com base no seu Plano
de Formação de 2013.
Deste plano decorreu a realização de cerca de 96.217 horas de formação (interna
e externa), dadas a mais de 5.022 formandos (internos e externos), o que
representa um aumento de mais 997 horas e de mais 606 formandos em 2013
face a 2012.
34
Relatório & Contas 2013
Nº Horas Formação
96217
2013
Formandos
95220
5022
2013
2012
4416
2012
O aumento do número de horas de formação deveu-se principalmente ao
aumento do número de cursos que o centro tem desenvolvido, nas áreas
comportamentais: Liderança e Gestão de Equipas, Relacionamento Interpessoal,
Gestão de Conflitos, Fatores Humanos, Saúde e Segurança no Trabalho e Primeiros
Socorros.
Este crescimento de formandos e número de horas de formação, conseguiu ser
assegurado pelos recursos humanos existentes no Centro de Formação
Em termos globais, a atuação do centro de formação em 2013 foi responsável:

Por assegurar o número de recertificações no ano de 2013, tanto a nível
interno como externo, o que contribuiu para a manutenção e aumento de
clientes;

Reforçar as relações comerciais já existentes com parceiros internacionais
(ex: DGR SYSTEM – Angola e SAA – GUINÉ BISSAU). Este reforço foi
alcançado pela diversidade da oferta e da concepção de novos cursos;

Atingir, a nível externo e interno, um novo máximo de formandos em DGR:
1416;

Recertificação do Centro de formação da portway, pelo décimo ano
consecutivo, como Accredited Training School da IATA;

Apresentação ao INAC de todos os cursos ministrados pela portway;

Finalização do tableau de board para controlo de certificações dos
diferentes formandos internos e externos (Forinsia);
35
Relatório & Contas 2013

Inicio das formações para novas funções de Aircraft Dispatcher/Dispatcher;

Continuação das ações de formação de OAE e TAE para formando
externos;

A gestão das ações de formação garantiu a quase totalidade das
recertificações obrigatórias dos formandos no Inverno IATA. Esta gestão
permitiu evitar a retirada de colaboradores da operação no Verão IATA;

O trabalho de revisão dos conteúdos dos manuais, continuou a ser
efetuado em 2013, sempre de acordo com as exigências dos reguladores.
No âmbito da Responsabilidade Social, foi desenvolvido uma ação de formação
intitulada “Somos portway” com os quadros da empresa.
36
Relatório & Contas 2013
4. ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA
Apesar da persistência de uma conjuntura económica difícil em 2013, com baixos
índices de confiança dos agentes económicos, o tráfego aéreo de passageiros
manteve um crescimento significativo, tanto a nível mundial, como nacional.
Não obstante o exposto e com um ligeiro crescimento da operação, a portway
registou em 2013 um resultado liquido positivo de 5,6 milhões de euros, o melhor
de sempre nos 13 anos de actividade, ultrapassando a barreira dos 61 milhões de
euros de rendimentos.
O “Earning before interest, taxes, depreciations and amortizations” (EBITDA)
cresceu 32% e o “Earning before interest and taxes” (EBIT) melhorou
significativamente (49%) quando comparados com o ano de 2012.
Para fazer face ao aumento de atividade a ocorrer em algumas das suas Unidades
de Handling, a portway investiu em 2013, 342 mil euros para continuar o
processo de melhoramento e renovação do seu parque de equipamentos iniciado
no ano anterior, mas também para responder ao imperativo associado ao aumento
da necessidade / meios para a Unidade de Handling de Faro.
A nível financeiro, a portway voltou a realizar aplicações financeiras remuneradas
junto da ANA Aeroportos de Portugal, SA no valor de 4,0 milhões de euros
(elevando para 9,5 milhões de euros o volume total de aplicações realizadas junto
do accionista). As duas linhas de financiamento de apoio à tesouraria, no valor
global de máximo permitido de 5 (cinco) milhões de euros não registaram
qualquer utilização, mantendo-se apenas os contratos de leasing financeiro já
celebrados no passado, os únicos financiamentos activos.
Assim, o Resultado Liquido do exercício de 2013 atingiu EUR. 5.583.638 (cinco
milhões quinhentos e oitenta e três mil seiscentos e trinta e oito euros), o qual,
comparado com o do exercício anterior, corresponde a um acréscimo de 49%.
37
Relatório & Contas 2013
No entanto, este resultado encontra-se influenciado por alguns factores de
carácter excepcional:
a) As medidas de contenção salarial impostas as Setor Empresarial Público
aplicadas até Agosto (redução salariais, subsídios e carreiras congeladas,
redução do custo do trabalho suplementar e eliminação do descanso
compensatório);
b) A manutenção pelo terceiro ano consecutivo do único agente de handling
em Faro, enquanto não é decidida e atribuída a segunda licença em Faro;
c) Diversas receitas extraordinárias (reconhecimento de inventário de peças de
oficina, reversão de provisões, etc) que totalizaram 1,4 milhões de euros em
2013 (em 2012 os rendimentos extraordinários atingiram mais de 1 milhão
de euros).
Rendimentos Operacionais
Os Rendimentos Operacionais cresceram em relação a 2012 e reflectem o efeito
conjugado da entrada de novos clientes (por exemplo em Faro), e do aumento de
voos e novas rotas por parte dos actuais clientes, com o impacto importante das
duas bases da Ryanair bem como a da Easyjet em Lisboa.
Adicionalmente, verificou-se algum aumento nos preços dos contractos de
handling (renovações em 2013), a melhoria das existentes (e.g. formulários de
tráfego, cobrança de cancelamentos de voos às companhias aéreas, emissão de
novos bilhetes por efeito dos cancelamentos), a criação de novos serviços em 2013
(e.g. novo serviço de entrega de bagagem a cargo da portway e por conta das
Companhias Aéreas, e a alteração da forma de facturação do serviço de RX na
carga), o crescimento das receitas dos serviços de ticketing (comissionamento de
venda de bilhetes e serviços ao passageiro e.g speedy boarding, Gate Bags, entre
outros).
Verificou-se uma melhoria, com um crescimento de 7,0% dos serviços
suplementares prestados pela portway na área dos aeroportos, que continuam a
38
Relatório & Contas 2013
corresponder a uma receita adicional significativa na área de assistência a
passageiros nos Aeroportos (carrinhos de bagagem, lounges, balcões de
informação, etc.) e formação.
À semelhança do que foi a tendência no ano anterior, a redução no volume de
negócio relacionado com a carga em 5% foi a única área de negócio que registou
uma descida face ao ano 2012 (apesar do aumento de rendimentos por toneladas
manuseadas), tendo o volume de carga movimentado descido 12% face ao ano
anterior, conforme se evidencia no seguinte quadro e no respectivo gráfico:
Valor em Euros
2013
2012
Rendimentos operacionais
Serviços Prestados + Outros rendimentos e ganhos
Assistência na placa e a passageiros
∆%13/12
61.770.896 59.714.732
3,4
53.578.144 52.770.443
1,5
Serviços Standard
40.637.141 36.614.667
11,0
Serviços Suplementares
12.941.003 16.155.776
(19,9)
Assistência na carga
Serviços Standard
Rendimentos operacionais
8.192.753 6.944.290
8.192.753 6.944.290
61.770.896 59.714.732
18,0
18,0
3,4
Evolução dos Proveitos
Rendimentos
70.000.000
60.000.000
50.000.000
40.000.000
30.000.000
20.000.000
10.000.000
0
2013
Ramp & Pax Handling
2012
Cargo Handling
Proveitos Operacionais
Em 2013 a portway passou a registar como Prestação de Serviços a facturação
que até 2012 era registada em Outros Rendimentos, nomeadamente os serviços
prestados à ANA Aeroportos de Portugal, SA, as comissões e receitas dos balcões
de venda, os serviços de Lounge prestado no Aeroporto de Lisboa, os serviços de
39
Relatório & Contas 2013
suporte e de assistência a passageiros não directamente relacionados com voos, os
serviços de formação e os rendimentos com o RX e taxa de segurança cobrados
nos terminais de carga.
A área de assistência na placa e a passageiros cresceu 1,5%, impulsionado
principalmente pelos serviços standard de handling prestados em todas as quatro
Unidades de Handling. A redução verificada nos Serviços Suplementares está
directamente relacionado com o crescimento dos Serviços Standard pelos motivos
referidos no parágrafo anterior.
Nos rendimentos de serviço suplementar apresentado no quadro de Rendimentos
Operacionais, manteve-se os serviços prestados à ANA, Aeroportos de Portugal
S.A., nesta rubrica por não estarem relacionados com a actividade handling. Incluise nestes, igualmente os proveitos provenientes de prestação de serviços de
Formação e Consultadoria, que foram realizados pelo Centro de Formação quer
dentro quer fora do país, nomeadamente no Continente Africano e na Europa,
tendo continuado os Cursos homologados pelo INAC na área de Assistência a
Passageiros e Placa.
Gastos Operacionais
Em 2013, os gastos operacionais ascenderam a 54,0 milhões de euros, o que
corresponde a um decréscimo de 1,0% face a 2012, reflectindo a política de
ajustamento dos meios às necessidades, atendendo às sucessivas realidades com
que a portway se foi deparando ao longo do corrente exercício económico,
nomeadamente com a actividade em Faro.
GASTOS OPERACIONAIS
Total gastos operacionais
Gastos com o Pessoal
Custo das Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas
Fornecimentos e Serviços Externos
Gastos de Depreciação e de Amortização
Imparidade de Dívidas a Receber
Outros Gastos e Perdas
2013
2012
53.968.796
37.455.867
738.054
11.433.038
1.500.562
92.868
2.748.408
54.489.054
37.704.586
78.823
12.190.872
1.828.453
(172.121)
2.858.441
∆%13/12
-1,0%
-0,7%
836,3%
-6,2%
-17,9%
154,0%
-3,8%
40
Relatório & Contas 2013
Em termos relativos, os Gastos com o Pessoal desceram (particularmente devido às
medidas salariais legais aplicadas até Agosto, ou mesmo o controle e contratação
directa da contratação temporária pela portway em vez de via trabalho
temporário) bem como os Fornecimentos e Serviços Externos, respectivamente,
cerca de -0,7% e -6,2%. Para além disso, conforme referido no capítulo III.3, parte
significativa da redução dos Gastos com Pessoal está directamente relacionado
com a melhoria da produtividade na actividade do handling.
De realçar que os gastos com Trabalho Temporário estão reflectidos na rubrica
“Gastos com o Pessoal” em vez de serem contabilizados na rubrica dos
“Fornecimentos e Serviços Externos”. Estes gastos representaram em 2013 EUR.
4.162.551 e em 2012 EUR. 7.814.547.
Os Gastos de Depreciações e de Amortizações, quando comparado com o ano
2012, reflectem um decréscimo de 17,9% devido a que em 2012 o volume de
aquisições de equipamentos operacionais ter sido superior a 0,9 milhões de euros
face a 2013.
Os gastos das mercadorias vendidas e consumidas referem-se aos produtos de
alimentação fornecidos para o Lisbon Lounge que a portway explora no Aeroporto
de Lisboa bem como os consumos de peças manutenção de equipamentos
operacionais.
Em Janeiro de 2013, a portway realizou um inventário de peças em armazém,
cujos gastos eram até então registados directamente em Fornecimentos de
Serviços Externos. Com o início de utilização de uma nova ferramenta informática
para as obras de manutenção realizadas nas oficinas em cada aeroporto, foi
transferido para balanço, na rubrica de Existências, o montante correspondente à
valorização dada às peças em armazém, no total de 607 mil euros, passando
desde de Fevereiro a ser registado em gastos de mercadoria consumidas o
montante correspondente às peças afectas a cada obra de manutenção de
equipamento operacional.
41
Relatório & Contas 2013
O valor indicado em “Imparidade de Dividas a Receber” corresponde ao
reforço/reversão da provisão de cobranças duvidosas dos valores em dívida de
clientes que se encontram com processos de falência ou solicitaram protecção de
credores, nos tribunais dos respectivos países, ou de atrasos atípicos na liquidação
de valores facturados. A contabilização desta provisão já iniciada em anos
anteriores, tendo em 2010, 2011 e 2012, e de acordo com os critérios fiscais, sido
inscrito EUR. 330.355, EUR. 89.764 e EUR. 103.901 respectivamente, para fazer
face a eventuais verbas de cobrança difícil. Em 2012, por ter sido registado uma
melhoria significativa nas dívidas de clientes face à antiguidade apresentado em
anos anteriores, a portway efectuou a reversão de EUR. 261.885 das imparidades.
Nos gráficos abaixo expostos podem-se verificar que a estrutura de gastos
operacionais, em termos relativos, mantém-se muito semelhante à do ano
anterior, i.e., os Gastos com o pessoal e os Fornecimentos e Serviços Externos
representam cerca de 90% dos gastos operacionais totais.
Estrutura Gastos Operacionais 2012
Estrutura Gastos Operacionais 2013
0%
5%
3%
0%
22%
70%
69%
21%
0%
1%
4%
5%
Gastos com o Pessoal
Custo das Merc. Vendidas e Mat. Consumidas
Gastos com o Pessoal
Custo das Merc. Vendidas e Mat. Consumidas
Fornecimentos e Serviços Externos
Gastos de Depreciação e de Amortização
Fornecimentos e Serviços Externos
Gastos de Depreciação e de Amortização
Imparidade de Dívidas a Receber
Outros Gastos e Perdas
Imparidade de Dívidas a Receber
Outros Gastos e Perdas
Por outro lado, a desagregação dos gastos com os FSE (Fornecimentos e Serviços
Externos), evidenciada no quadro seguinte, permite avaliar as variações registadas
nesta componente dos gastos, bem como qual o peso relativo de cada uma.
42
Relatório & Contas 2013
FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS
Total dos Fornecimentos e Serviços Externos
Rendas e alugueres
Trabalhos especializados (a)
Combustíveis
Subcontratos
Conservação e reparação
Comunicação
Vigilância e Segurança
Material de Escritório
Electricidade
Seguros
Outros custos
2013
Valor
11.433.038
5.117.900
1.024.874
909.082
863.148
593.291
425.807
380.653
342.604
272.916
252.017
1.250.744
2012
%
100,0
44,8
9,0
8,0
7,5
5,2
3,7
3,3
3,0
2,4
2,2
10,9
Valor
12.190.872
5.228.426
874.908
953.844
818.327
1.318.228
380.934
376.466
313.174
321.699
243.365
1.361.501
%
100,0
42,9
7,2
7,8
6,7
10,8
3,1
3,1
2,6
2,6
2,0
11,2
Na rubrica Rendas e Alugueres está incluído, para além das rendas com espaços
ocupados pela portway nos vários aeroportos, cerca de 1,13 milhões de euros em
2013 e 1,4 milhões de euros em 2012 referente a aluguer de balcões de check-in.
Nesta rubrica, houve em 2013 o cancelamento de estimativas de rendas, que
estavam provisionadas em exercícios anteriores, no total de 388 mil euros. nos
vários aeroportos bem como o incremento de rendas, em cerca de 553 mil euros
anuais, relativamente a novas instalações e outras regularizações a partir do
segundo semestre de 2011.
Nos trabalhos especializados a principal subida, cerca de 100 mil euros, está
relacionada com os serviços de assessoria informática, na sua maioria adquiridos
directamente aos serviços da ANA, S.A..
A reduzida significativa registada na rubrica de Conservação e Reparação prendese com o já descrito anteriormente para os Custos de Mercadorias Vendidas e
Matérias Consumidas.
Com acréscimo da actividade no Aeroporto de Faro, e na ausência de meios
próprios, nomeadamente autocarros, foi celebrado um contrato com a EVA –
Transportes SA para o aluguer de autocarros. O impacto deste contrato foi de
cerca de 128 mil euros (em 2012 tinha sido 78 mil euros).
43
Relatório & Contas 2013
O crescimento das restantes rubricas, geralmente associadas directamente com os
gastos directos de exploração, reflectem o impacto do aumento ocorrido na
actividade do handling face ao ano anterior.
Resultados
O apuramento do Resultado Liquido, no último triénio, teve a evolução
mencionada no quadro abaixo indicado:
2013
2012
2011
∆%13/12
Valor
Valor
Valor
Rendimentos Operacionais
61.770.896 59.714.732 58.320.091
3,4
Serviços Prestados + Outros rendimentos e ganhos 61.770.896 59.714.732 58.320.091
3,4
Outros proveitos operacionais
0
0
0
0,0
Gastos Operacionais
(53.968.796) (54.489.054) (55.436.612)
1,0
Resultado Operacional
7.802.100
5.225.679
2.883.479
49,3
Resultado financeiro
141.032
28.254
69.522
399,2
Resultado antes de impostos
7.943.132
5.253.932
2.953.001
51,2
Impostos
(2.359.494) (1.503.890)
(241.265)
(56,9)
Imposto corrente
(2.359.494) (1.503.890)
(241.265)
(56,9)
Resultado líquido
5.583.638
3.750.042
2.711.736
48,9
Sintese dos Resultados
O Resultado Operacional melhorou em cerca de 2,6 milhões de euros entre o ano
de 2012 e 2013 devido a um crescimento de 2,1 milhões de euros dos
rendimentos operacionais e uma diminuição dos gastos operacionais em 0,5
milhões de euros.
a) Melhoria das condições contratuais e da rentabilidade/margem dos
contratos comerciais, nomeadamente na actividade principal;
b) Criação de novos serviços contratuais (Raio X, bagagem …);
c) Aumento da actividade.
Bem como pelos impactos extraordinários nos rendimentos, nomeadamente:
d) Reconhecimento dos stocks de peças em Existências (607 mil euros);
e) Anulação de estimativas de rendas (388 mil euros) e anulação de
estimativas com consumos, ambos registados em exercícios anteriores (60
mil euros).
44
Relatório & Contas 2013
Na redução dos gastos operacionais, para além do aumento da produtividade
(mais produção com menos custos), a melhoria está relacionada com impactos
registados no exercício de 2013 e que corrigem/cancelam gastos indevidamente
contabilizados, nomeadamente:
a) A anulação de estimativas de Descansos Compensatórios a pagar (300 mil
euros);
b) Redução no montante com horas extraordinárias (575 mil euros);
c) Redução nas provisões para riscos diversos (269 mil euros);
d) Aumento dos gastos com cabazes de Natal – considerado em 2013 os
gastos de 2012 e 2013 (237 mil euros);
e) Reforço de provisões com processos judiciais (235 mil euros);
Quanto ao Resultado Financeiro este aumentou face a 2012 essencialmente pelo
aumento das aplicações financeiras efectuadas junto da ANA Aeroportos de
Portugal, SA e pela realização de uma aplicação financeira entre Setembro e
Dezembro.
Valor Acrescentado Bruto
O Valor Acrescentado Bruto atingiu, em 2013, os EUR. 46.907.637, o que, em
relação ao ano transacto, significou um acréscimo de 2,0 milhões de euros (mais
4,4%).
O VAB per capita registou uma subida de 6%, passando de EUR. 25.460 no ano
de 2012, para EUR. 26.989 no ano corrente, conforme se evidencia no quadro
seguinte:
45
Relatório & Contas 2013
Valor acrescentado bruto (VAB)
Serviços prestados
Custos de produção
Fornecimentos e serviços externos
Outros custos
Valor acrescentado bruto
Número médio de trabalhadores (média FTE)
VAB per capita
2013
61.770.896
14.863.260
11.433.038
3.430.222
46.907.637
1.738,00
26.989
2012
59.714.732
14.802.790
12.190.872
2.611.918
44.911.943
1.764,00
25.460
Situação Patrimonial
No final de 2013 o Activo Líquido da portway, Handling de Portugal, S.A. era de
33,2 milhões de euros, que corresponde a um acréscimo de 2,5 milhões de euros.
-
Pela redução dos activos fixos tangíveis e intangíveis no valor de 1,3
milhões de euros;
-
Pela redução das Dívidas de Terceiros de Curto Prazo no valor de 0,8
milhões de euros;
-
Pela redução do Estado e Outros Entes Públicos em 0,4 milhões de euros;
-
Pelo aumento da rubrica de Accionistas/sócios em 4,0 milhões de euros
pelo empréstimo efectuado à ANA Aeroportos de Portugal, SA;
-
Pelo aumento de Outras contas a Receber em 0,1 milhões de euros;
Pelo aumento de saldo de Caixa e Depósitos
Situação patrimonial
Activo Líquido
Activo não corrente
Activo corrente
Capitais próprios e passivo
Capitais próprios
Passivo
Passivo não corrente
Passivo corrente
2013
2012
∆%13/12
31.858.715
2.998.861
28.859.854
31.858.715
20.874.407
29.325.758
4.318.612
25.007.146
29.325.758
15.290.768
2.532.957
(1.319.751)
3.852.708
2.532.957
5.583.638
10.984.308
1.187.874
9.796.434
14.034.989
1.767.127
12.267.862
(3.050.681)
(579.253)
(2.471.428)
46
Relatório & Contas 2013
O Passivo do ano de 2013 reduziu em cerca de 3,1 milhões de euros,
relativamente ao ano anterior, o qual é suportado por:
-
Decréscimo do saldo dos Fornecedores de Imobilizado e Financiamentos
obtidos em 0,6 milhões de euros relacionados com os investimentos
realizado em 2013 com financiamento com recurso a leasing reduzido;
-
Decréscimo do saldo de Fornecedores em 1,6 milhões de euros;
-
Decréscimo de Outras Contas a Pagar no valor de 0,7 milhões de euros.
Capitaos Próprios+Passivo
Activo
Situação Patrimonial
100
80
60
40
20
0
-20
-40
-60
-80
-100
2013
2012
91
85
9
15
-66
-52
-4
-31
-6
-42
201 3
201 2
Activo não corrente
Activo corrente
Passivo não corrente
Passivo corrente
Capitais Próprios
A evolução verificada ao nível dos principais indicadores financeiros e dos de
rendibilidade e de desempenho, sintetizando a evolução verificada no decurso
deste exercício económico, por comparação com 2012 é mostrada nos quadros
seguintes:
Indicadores financeiros
2013
Capitais próprios/Activo liquido (Autonomia financeira)
Passivo curto prazo/Total do passivo
Activo circulante/Total do passivo
Fundo de maneio liquido
65,5
0,9
2,6
602.252
2012
51,8
0,9
1,8
4.272.561
47
Relatório & Contas 2013
Indicadores Rendibilidade e de Desempenho
Margem operacional
Resultado operacional/ Serviços prestados
Rotação do activo
Serviços prestados/Total do activo liquido
Rendibilidade do activo (ROA)
Resultado operacional/Total do activo liquido
Rendibilidade do Capital Próprio (ROE)
Resultado líquido/Capital próprio
Efeito da estrutura financeira
Activo liquido/Capital próprio
Efeito financeiro
Resultados antes de impostos/Resultado operacional
Efeito alavanca financeira
Efeito da estrutura financeira*Efeito financeiro
Rendibilidade de exploração
Resultado antes\de impostos/Capital próprio ou
Rendibilidade do activo * Efeito alavanca financeiro
Efeito fiscal
Resultado líquido/Resultados antes de impostos
Rendibilidade dos capitais próprios
Resultado líquido/Capitais próprios
Rendibilidade de exploração * Efeito fiscal
Em %
2013
2012
12,63%
8,75%
1,94%
2,04%
24,49%
17,82%
26,75%
24,52%
1,53%
1,92%
1,02%
1,01%
1,55%
1,93%
38,05%
34,36%
0,70%
0,71%
26,75%
24,52%
48
Relatório & Contas 2013
5. INFRA-ESTRUTURAS E EQUIPAMENTOS DE HANDLING
Infra-estruturas
O aumento moderado da atividade operacional que se verificou durante o ano de
2013, conjugado com o redimensionamento de algumas das infra-estruturas de
suporte às Unidades de Handling ocorridas nos anos anteriores, determinou
contenção nas iniciativas mais onerosas, mantendo-se contudo a salvaguarda das
necessidades operacionais e dos padrões de qualidade.
Deu-se prioridade, à implementação de uma política a favor da melhoria contínua
da qualidade dos serviços prestados e dos métodos de trabalho, sem que se tenha
perdido de vista o sentido do controlo de custos, como instrumento fundamental
para a competitividade da Empresa no mercado do handling aeroportuário.
Ao nível das instalações, sistemas de comunicação e equipamentos de suporte à
operação, foram introduzidos melhoramentos, decorrentes das necessidades
específicas da atividade operacional das Unidades de Handling.
Instalações
No ano de 2013 realizaram-se algumas renovações de espaços e um conjunto de
pequenas intervenções, tendo por objetivo a melhoria das condições de conforto e
segurança dos trabalhadores nos diversos locais de trabalho.
As instalações em uso foram melhoradas, quer através da articulação dos espaços
de trabalho, quer pela adequação do mobiliário, quer ainda através de
intervenções de manutenção das instalações, ou substituição de equipamentos,
mantendo contudo, a filosofia de racionalização e contenção dos espaços
ocupados característica da portway:
49
Relatório & Contas 2013
Enumeram-se seguidamente, algumas das intervenções mais representativas,
desenvolvidas em 2013 nos espaços ocupados pela portway:
 Instalações do Dep. PAX (Terminal 1 ALS)
Ampliação da área de trabalho do Departamento de Passageiros no
Terminal 1, com instalação de novos equipamentos e mobiliário adequado
à reorganização do novo espaço;

Lisbon Lounge (Terminal 1 ALS)
Obras de manutenção e preparação de licenciamento da instalação de
CCTV;

Oficina de Manutenção (ASC)
Reorganização de espaço e estudo de obra de construção civil para a
instalação de novo equipamento de elevação de máquinas;

Sala de Formação (AFU)
Construção de uma sala de formação no aeroporto da Madeira, aquisição
e instalação do respetivo mobiliário e equipamento;
Tecnologias de informação
No que respeita aos sistemas de informação de suporte e meios de comunicação,
identificam-se as seguintes iniciativas como de maior relevância:

Informatização da sala de formação na Unidade de Handling de Faro.
Foram instalados equipamentos integrados e com monitores de 23”
conferindo ao ambiente formativo os recursos tecnológicos necessários
para responder às necessidades que derivam dos sistemas de DCS de
última geração. Foi também garantindo o acesso ao ambiente
formativo
a
outras
aplicações
em
uso
pelas diversas
aéreas
operacionais.

Informatização da sala de formação na unidade de handling do
Funchal, utilizando computadores modernos iguais aos instalados em
Faro. Ao informatizar a sala de formação foram garantidas as condições
50
Relatório & Contas 2013
necessárias para responder às necessidades formativas presentes e
futuras da Unidade de Handling;

Substituição dos computadores da sala de formação da Sede
garantindo aos formandos um ambiente formativo uniforme e
adequado às necessidades atuais e futuras. Foi tido em conta a
heterogeneidade de sistemas informáticos em uso e que se prevêem
introduzir implicando maior volume formativo sobre ferramentas
informáticas de última geração;

Reconfiguração dos “routers” virtuais que suportam as comunicações
entre as redes portway e as aplicações fornecidas pela “SITA”. Foi
também garantida a comunicação em todos as unidades de handling
para a nova aplicação de balanceamento de aeronaves “WnB”;

Reconfiguração da rede de comunicação entre aeroportos no sentido
de permitir o encaminhamento das comunicações sobre as aplicações
fornecidas pela “SITA” através dos “routers” virtuais (reconfigurados)
instalados em Lisboa. Esta configuração permitiu aumentar a
redundância, disponibilidade e também eliminar a segregação de redes
existente em Faro;

Desenvolvimento interno de novas funcionalidades sobre o sistema
informático “Clever Ops”, garantindo a evolução funcional do sistema.
A aposta em termos de análise e indicadores de gestão centrou-se na
análise consolidada de informação. Foram também introduzidas novas
funcionalidades que permitem prever receitas e os custos associados
com as novas taxas de handling. De referir, entre outras, o
desenvolvimento de funcionalidade que permite validar a faturação
sobre a plataforma “CUPPS;”

Análise, especificação e desenvolvimento de interfaces de comunicação
permitindo o acesso em tempo real à informação operacional existente
no sistema informático “Clever Ops”. Os interfaces implementados
foram utilizados para introduzir inovação e otimizar a gestão de
recursos no Departamento de passageiros da Unidade de Handling do
Porto;
51
Relatório & Contas 2013

Assumido internamente o desenvolvimento e suporte tecnológico do
sistema informático “Siccarga”. Desta forma foi possível garantir a
resposta tecnológica necessária e os níveis de serviço pretendidos.
Foram alterados os mecanismos de consulta à base de dados
conferindo melhorias muito significativas no desempenho geral do
sistema. Foram introduzidas inúmeras melhorias bem como garantidas
as adaptações necessárias que decorrem da evolução do negócio (ex.
emissão do ficheiro saft);

Desenvolvimento de funcionalidade paralela e complementar sobre a
aplicação “Siccarga”, permitindo o envio de informação para a
autoridade tributária através de “upload” de mensagens (SDS Forms).
Para além de agilizar todo o processo de transferência de informação,
garante
também
a
sua
fiabilidade
(AirTransportInformation,
AirManifestInformation, Manifestos e Partidas). Ainda sobre o âmbito
deste projeto foi especificado interface de comunicação entre o sistema
“Clever Ops” e o sistema “Siccarga” para acesso a informação
operacional relevante ao projeto;

Foi dado o início do processo de acreditação do sistema “Siccarga”
enquanto “software” de faturação certificado pela autoridade
tributária. Foram efetuadas as necessárias alterações quer à aplicação
quer ao modelo de dados no sentido de garantir o cumprimento das
imposições legais. Estima-se a conclusão deste processo no primeiro
trimestre de 2014;

Definição e implementação de interfaces de comunicação com o
sistema de gestão da saúde ocupacional “SOWeb.” Desta forma é
possível disponibilizar aos utilizadores da portway, com conta de “e-
mail” própria, uma plataforma eletrónica para interação com os
serviços de saúde ocupacional, usufruindo das funcionalidades
disponibilizadas;
 Início da análise de soluções de mobilidade operacional a introduzir
durante o ano de 2014;
 Análise, especificação e desenvolvimento de aplicação que permite
efetuar a gestão dos vouchers de refeição (ERV – Emissão e Recolha de
52
Relatório & Contas 2013
Vouchers). Para além dos mecanismos de gestão necessários foram
ainda introduzidos mecanismos de controlo de segurança utilizando
códigos únicos e introduzindo códigos de barras 2D (QR). A
operacionalização em todas as unidades de handling está prevista para
os primeiros meses de 2014;
Foi igualmente aumento e desenvolvida a colaboração comos Recursos Humanos e
a Área Comercial, no planeamento operacional dos recursos humanos e
equipamentos.
Com base nesta colaboração foi possível optimizar significativamente o número de
recursos alocados na operação, nomeadamente recursos humanos, auxiliando
ainda no correcto planeamento de horários, turnos e qualificações na operação.
Por último foi prestado apoio na análise de futuras taxas a aplicar pela ANA, bem
como na realização de diversos estudos operacionais de apoio à administração e à
área comercial.
Equipamentos (GSE’S)
Relativamente à gestão dos equipamentos de suporte da actividade operacional
das Unidades de Handling, deu-se continuidade ao trabalho desenvolvido em anos
anteriores quer ao nível da manutenção da frota existente, quer no que respeita à
aquisição de novos equipamentos, sendo de relevar os seguintes resultados e
iniciativas:

Consolidação da utilização do sistema MAC (Manutenção assistida por
computador) no controlo efetivo dos processos de trabalho e registo de
dados nas Oficinas de Manutenção de GSE’s (Ground Support
Equipment) em todas as Unidades de Handling;

Implementação do uso do sistema de gestão da manutenção Máximo
nas Unidades de Handling de Lisboa e Faro, para controlo da
53
Relatório & Contas 2013
manutenção dos equipamentos da ANA relacionados com a atividade
de assistência a PMR’s (My Way);

Relativamente aos armazéns de peças de reserva e materiais para
manutenção, foram implementados procedimentos de gestão das
respetivas existências e criadas rotinas de controlo do imobilizado em
cada um dos armazéns;

No que respeita à aquisição de peças de reserva e no contexto do
trabalho de identificação de componentes versus mercados locais,
privilegiou-se a compra através de fornecedores nacionais, em
alternativa a aquisições mais dispendiosas junto dos fabricantes
internacionais de equipamentos de handling;

Deu-se continuidade à execução do programa de manutenção
preventiva em todas as unidades de handling, como forma de prolongar
a vida útil dos equipamentos e aumentar a sua disponibilidade
operacional;

No contexto do controlo dos custos de investimento, privilegiou-se a
aquisição
dos
equipamentos
estritamente
necessários
para
o
redimensionamento da frota, tendo em conta o acréscimo do número
de aviões assistidos e eventuais especificidades operacionais;

O investimento total em GSE’s (Ground Support Equipment) destinados
às Unidades de Handling foi de cerca de 300.000 euros, tendo sido
adquiridos os seguintes equipamentos operacionais:
- Escada motorizada p/ embarque de avião …………………. 2 Unidades
- Trator diesel p/ reboque de bagagem ……………………… 2 Unidades
- Trator de reboque de aviões (Towbarless) …………………... 1 Unidade
- Contentor marítimo p/ armazenagem de carga ……………. 1 Unidade
- Minibus p/ transporte de pessoal …………………………… 3 Unidades
- Viatura ligeira p/ transporte na placa …………………..…… 4 Unidades
54
Relatório & Contas 2013

Procedeu-se a uma avaliação integral do estado de conservação e
desempenho da atual frota de equipamentos da portway, tendo-se
procedido ao abate das unidades consideradas obsoletas, ou aquelas
cujos custos de reabilitação não eram compatíveis com um desempenho
rentável;
 Os custos totais associados à actividade de manutenção dos
equipamentos de handling em serviço nos aeroportos de Lisboa, Sá
Carneiro, Faro, Funchal e Beja foram da ordem de 1,900.000 €, no ano
de 2013;

O custo total da actividade de manutenção nas quatro Unidades de
Handling foi de cerca de 3,5% dos custos operacionais, situando-se
assim, em níveis inferiores aos geralmente praticados neste sector de
actividade;

A adequação da disponibilidade dos equipamentos face às necessidades
operacionais foi garantida, pese embora o investimento em novos
equipamentos tenha sido significativamente reduzido face à previsão
orçamental;

As atividades da manutenção da frota de equipamentos de suporte
operacional foi maioritariamente executada com o recurso a meios
próprios, nas oficinas da portway, nas quatro Unidades de Handling;
55
Relatório & Contas 2013
6. SISTEMAS DE GESTÃO (QUALIDADE E AMBIENTE)
Em 2013 a portway viu definidos pelo acionista e adoptados pela Gestão como
objetivos estratégicos os explicitados no quadro abaixo; ainda que tendo por base
de comparação o ano de 2012 (manutenção da situação único em Faro):
Indicadores
Meta
2013
Resultado
2013
Percentagem de atrasos responsabilidade portway
<= 14 min
<=3%
0,93%
Percentagem de atrasos responsabilidade portway >
14 min
<=1%
0,15%
Percentagem de processos de irregularidades de
bagagem com responsabilidade atribuída à portway
<=1%
0,16%
Percentagem de respostas N (No) nas auditorias
Prevenção da segurança e internas de segurança e safety
<3%
0,008%
10
12
2,5%
31,9%
Crescimento da produtividade na actividade principal
– Handling, face a 2012
2%
8%
Controlo das emissões de Gases de Efeito Estufa
(GEE) dos GSE a Diesel
100%
64%
Objectivo Estratégico
Satisfação dos clientes
do safety
Número de auditorias operacionais realizadas
Crescimento acumulado do EBITDA face a 2012
Sucesso económico do
negócio
Ambiental
Estes objetivos, do ponto de vista da gestão, foram maioritariamente atingidos
durante o ano de 2013.
56
Relatório & Contas 2013
Qualidade e Ambiente
Controle da Qualidade e da Satisfação dos nossos Clientes
Em 2013, a Qualidade e a Satisfação dos nossos Clientes foi controlada através:

Dos indicadores operacionais de OTP (On Time Performance), apoiado na
atribuição de códigos IATA de atraso, passível de análise detalhada das
causas;

Da atribuição de “Fault Station” aos processos de irregularidade de
bagagem dos nossos passageiros, também passível de análise detalhada da
causa;

Da análise e discussão periódica do desempenho dos objetivos traçados e
acordados em sede de contrato (Service Level Agreements) com os
principais clientes

Da gestão das reclamações e louvores recebidos.
Esta informação foi diariamente trabalhada pelas equipas operacionais, e
mensalmente analisada em reunião mensal em cada Unidade, à qual comparecem
os Membros do Conselho de Administração, o Diretor da Unidade de Handling e
os Chefes de Departamento em causa, e convidados elementos da equipa local, da
equipa Comercial e da Qualidade.
Os valores de “OTP” e “FS” alcançados durante o ano de 2013 são inferiores às
metas acima referidas, e claramente indicadores da continuação do esforço de
“Melhoria Contínua”.
De referir a excepcional diminuição das percentagens de atrasos, curtos e longos,
fruto do esforço continuado das equipas operacionais, e da organização do seu
trabalho.
57
Relatório & Contas 2013
Gestão de Reclamações
O feedback da nossa ação é um dos grandes indicadores da nossa performance,
em análise por parte do sistema de reclamações e louvores.
Durante 2013 foram recebidos um total de 146 louvores e agradecimentos
formais, originados por companhias aéreas, e 1436 reclamações formais na sua
grande parte originados por Passageiros.
Desse total, após triagem, 1419 reclamações foram enviadas aos verdadeiros
responsáveis da insatisfação (maioritariamente, as Companhias Aéreas), tendo sido
assumidas internamente 17. Estas foram submetidas a análise e ação internas com
o objectivo de melhoria contínua dos serviços e conducentes à satisfação da
globalidade dos nossos Clientes.
Responsabilidade de Terceiros 2013
1419
133
131
123
121
117
123
135
167
110
97
70
92
Como acima referidos os 146 agradecimentos e louvores pela qualidade dos
nossos serviços, sendo a grande maioria com origem das Companhias Aéreas mas
também, de alguns Passageiros.
58
Relatório & Contas 2013
Agradecimentos 2013
146
27
25
8
12
22
15
16
8
5
2
2
4
Entidade Reguladora
A entidade reguladora da atividade de assistência em escala (handling) em
Portugal é o INAC, IP (Instituto Nacional de Aviação Civil), regulando e fiscalizando
a gestão de reclamações perante o cumprimento das normas ICAO, da União
Europeia e do Estado Português.
Relação com o Ambiente
A relação da portway com o Ambiente é uma relação de dever executado com
empenho, preocupação e consciência da necessidade de um planeta sustentável.
1. A Empresa
A empresa assume que é necessário continuar a agir rumo a um ambiente mais
sustentável no futuro. Para tal, continuamos focados na melhoria contínua do
nosso Sistema de Gestão Ambiental, implementado e certificado desde Fevereiro
de 2008.
59
Relatório & Contas 2013
1.1
Política Ambiental da portway
A Política Ambiental da portway está descrita no Manual da Qualidade e
Ambiente, e visa:

Cumprir os rigorosos requisitos legais aplicáveis;

Criar sinergias compensatórias, nomeadamente com os nossos parceiros e
Clientes;

Utilizar correcta e racionalmente os recursos naturais;

Encaminhar adequadamente os nossos resíduos;

Promover medidas de redução de poluição, através da aquisição de veículos
híbridos e/ou eléctricos;

Renovar a nossa frota e equipamentos, optando sempre por soluções mais
amigas do ambiente.
2
Descrição do Sistema de Gestão Ambiental da portway
O Sistema de Gestão Ambiental da portway é um sistema integrado com o
Sistema de Gestão da Qualidade e coordenado pela responsável da área do
Ambiente, sob instrução da Administração.
Com base na identificação dos Aspectos Ambientais Significativos e consequentes
Impactes Ambientais em cada Unidade e por Departamento, foi criado um
Programa de Gestão Ambiental que inclui uma rotina de encaminhamento de
resíduos, conforme as determinações legais - em alguns itens suportada pela
organização Ambiental dos Aeroportos, sendo que na maior parte dos artigos
recorre-se à contratação directa dos serviços de operadores especializados e
licenciados para o efeito.
60
Relatório & Contas 2013
2.1
Objetivo e Meta Ambiental
O Objetivo e respectiva Meta Ambiental estabelecido para 2012 está descrito na
tabela abaixo:
Controlo das emissões de Gases de Efeito Estufa dos GSE a
Diesel
64% dos GSE
As medições de opacidade dos nossos GSE foram levadas a cabo nas 4 Unidades
de Handling e abrangeram 64% dos equipamentos diesel. Por questões
operacionais, não foi possível cumprir com a meta de 100% dos equipamentos
analisados.
A análise estatística dos valores obtidos pelo equipamento de medição, permiti-nos
concluir se os nossos GSE apresentam ou não valores de opacidade acima dos
valores legais permitidos.
Os valores estabelecidos pela legislação para a opacidade (k) são de 3 m-1 para
motores turbo e de 2,5 m-1 para motores sem turbo. Qualquer valor acima destes
pressupõe problemas ao nível do motor e da combustão do gasóleo.
61
Relatório & Contas 2013
Os valores obtidos pelos nossos GSE ficaram todos abaixo dos valores legais
permitidos e podem ser representados pelo gráfico abaixo, onde podemos verificar
a ligação entre o aumento da rotação do motor e os valores da opacidade.
Relativamente ao consumo de combustível, apresentamos a evolução do consumo
de gasóleo/avião:
Consumo/avião
30
20
2011
2012
2013
10
0
LIS
OPO
FAO
FNC
62
Relatório & Contas 2013
O consumo de gasóleo sofre uma redução na ordem dos 2L/avião em todas as
unidades de handling com excepção de Faro. Esta redução baseou-se numa
melhor racionalização na utilização dos recursos e num controlo mais efectivo e
rigoroso dos consumos de combustível por equipamento, permitindo assim uma
hierarquização dos mesmos.
2.2
Reporting
Para cumprimento legal, a portway encontra-se registada no SIRAPA, para registo
dos resíduos produzidos e encaminhados para operadores devidamente
licenciados, tendo sido apresentados dentro dos prazos legais estabelecidos os
inventários de resíduos respeitantes aos anos de 2007-2012.
A portway é aderente do sistema de Sociedade Ponto Verde, devido ao consumo
de filme de plástico nas paletes de carga.
Prevenção e Segurança (Safety)
A política de prevenção e segurança mostra-se fundamental para a portway, por
razões inerentes

à própria actividade, em aeroportos sempre congestionados de aeronaves e
equipamentos

à dimensão dos equipamentos que utilizamos,

à circulação no mesmo espaço de inúmeras viaturas,

ao contínuo contacto com combustíveis em grandes quantidades, e

ao stress implícito à vontade de cumprir os requisitos do Cliente em espaços
de tempo sempre muito curtos.
A Cultura de Safety, que se inicia com a prevenção e se desenvolve
metodologicamente em todos os momentos e áreas da Operação, assumiu um
grande protagonismo, acumulando:
63
Relatório & Contas 2013

a componente importante de Higiene e Segurança no Trabalho com a
diminuição de riscos e custos materiais, de nossa propriedade, e,
principalmente, da propriedade dos nossos Clientes, com

a consciência do impacto da nossa condição humana no trabalho em
equipe e na realização de tarefas, muitas envolvendo risco e executadas sob
pressão.
Para esse efeito foram desenvolvidos esforços em diversas frentes, das quais
relevamos:
1. Formação específica em Safety a todos os colaboradores que, directa ou
indirectamente, se relacionam com a Operação, como também nos serviços
de Armazém e Triagem de Bagagem, e finalmente, nas Equipas de
Manutenção;
2. Formação específica em Human Factors transversal a toda a equipa
operacional;
3. Monitorização do cumprimento dessas regras, dia a dia, operação após
operação, transformando a teoria em práticas sustentadas e universalmente
utilizadas.
De referir, com ênfase, a aderência generalizada em todos os sectores da Empresa
a estas práticas e orientações, redundando no controle dos fatores de risco, e
consequente diminuição da componente perigo.
A identificação dessas boas práticas e a monitorização do seu cumprimento são
pilares do projeto de implementação de um Sistema de Gestão de Safety, no qual
a portway te vindo a trabalhar em conjunto com Aeroportos e Clientes, e que se
pretende venha a garantir níveis estáveis de Segurança (safety) em lugar de
destaque corporativo.
64
Relatório & Contas 2013
Security
De acordo com a Autoridade Nacional de Segurança da Aviação Civil (ANSAC), a
segurança não é um acto isolado da responsabilidade das Forças de Segurança,
mas sim um acto partilhado que a todos nos envolve, pelo que a portway
desenvolveu a sua política de segurança com base neste conceito de atos ilícitos ao
nível da operação e relacionamento com companhias nossas clientes e em especial
do mercado PALOP. Durante o ano de 2013, a atividade de security da empresa
baseou-se em 12 áreas distintas:
1 - Manutenção e controlo de qualidade em âmbito "security" nas nossas
DUHs mediante auditorias internas:
•DUHP – Auditoria de rotina à Unidade de Handling
2 - Manutenção e controlo de qualidade em âmbito "security" nas nossas
Direções de Unidade de Handling mediante auditorias aos seus prestadores de
serviço (limpeza de aeronaves),tendo sido efetuadas "full audits" a:
•Unidade de Handling do Porto: Auditoria de rotina ao prestador de serviço de
limpeza de aeronaves - Multiservicios;
•Unidade de Handling de Faro: Auditoria de rotina ao prestador de serviço de
Recursos Humanos – Adecco;
•Unidade de Handling de Faro: Auditoria de rotina ao prestador de serviço de
limpeza de aeronaves – Multiservicios,
3 – A manutenção da já elevada cooperação operacional com todas as
autoridades de segurança em especial no âmbito de prevenção e investiga
4 – Homologação pela ANSAC das revisões ao plano de segurança da
portway referentes a 2013.
5 – Entrega da versão final do novo PSAR (Plano de Segurança de Agente
Reconhecido) para aprovação.
65
Relatório & Contas 2013
6 – Preparação, constituição e entrega do novo PFSP (Programa de
Formação de Segurança da portway) para aprovação de acordo com as novas
exigências legais.
7 – A manutenção do projecto de formadores de segurança nas Direções de
Unidade de Handling com a preparação de novo formador para a unidade de
Handling do Porto e renovações dos restantes para estarem de acordo com o novo
PNFSAC (Programa Nacional de Formação de Segurança da Aviação Civil) que
entrou em vigor a 1 de Janeiro de 2013.
8 – Aprovação e homologação de um gestor de segurança da carga aérea
para a unidade de handling de Lisboa devido ao enorme potencial que esta área
gera e dado a carga aérea ser uma área crítica em matéria de segurança que
presentemente possui necessidade de acompanhamento especial ao abrigo das
alterações legais no âmbito do Security.
9 - Certificação da unidade de handling da Madeira como agente
reconhecido.
10 – A portway foi sujeita a cinco auditorias em âmbito security durante o
presente ano pelos seguintes parceiros:

Air TRANSAT - 90%

Air Lingus – 100%

Lufthansa CGO – 100%

TACV

TAAG - 100%
11- A portway foi sujeita a três inspeções no âmbito das unidades de handling
por parte da autoridade de Segurança da Aviação Civil com uma taxa de
conformidade média acima dos 80% e ainda a uma auditoria de âmbito
internacional, nomeadamente da ECAC.
66
Relatório & Contas 2013
12 - Em matéria de formação de sensibilização de segurança da aviação civil, a
portway realizou no ano de 2013, 93 acções de formação, envolvendo 1071
colaboradores da empresa, garantindo desta forma a permanente garantia de
atualização dos seus quadros no que concerne às exigências emanadas da ANSAC
em matéria de formação security.
No que se refere a 2014, prevê-se como prioridades:
1 - A continuidade e aumento da manutenção e controlo de qualidade
"security" nas nossas escalas e todos os prestadores de serviços.
2 – Preparação para a criação e homologação da função de gestor de
segurança de carga aérea em todas as unidades de handling da empresa
impelindo este setor para uma posição de importância vital na própria
sustentação comercial e relacionamento com vários operadores aéreos dentro do
mercado da Aviação Civil.
3 – Aprovação e homologação do novo PFSP (Programa de Formação de
Segurança da portway) para aprovação.
67
Relatório & Contas 2013
7. OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES
De acordo com o disposto no art. 66º do Código das Sociedades Comerciais (CSC)
são de salientar as seguintes informações relevantes:
a) Factos relevantes após o fecho do exercício;
Não se registaram factos relevantes após o fecho do exercício de 2013.
b) Autorizações concedidas para negócios entre a Sociedade e os seus
Administradores;
Durante o exercício de 2013 não houve quaisquer negócios entre a Sociedade
e nenhum dos seus Administradores, nos termos previstos no art. 397º do CSC.
c) Existência de sucursais;
A sociedade não tem sucursais.
d) Riscos financeiros;
As atividades da Sociedade encontram-se expostas a fatores de riscos financeiros:
risco cambial, risco de taxa de juro, risco de crédito e risco de liquidez. A gestão de
risco é conduzida pela Direção Financeira de acordo com políticas aprovadas pela
Administração, concentrando-se na imprevisibilidade dos mercados financeiros e
procurando minimizar os efeitos adversos dessa imprevisibilidade no desempenho
financeiro da empresa.
68
Relatório & Contas 2013
8. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS
De acordo com o presente relatório, e de acordo com o disposto no art. 295º do
Código das Sociedades Comerciais (CSC), o Conselho de Administração da
portway -handling de portugal, s.a. propõe que ao Resultado Líquido apurado no
exercício de 2013, lucro no montante de EUR. 5.583.638,49, seja dada a seguinte
aplicação:
a)
O montante de EUR. 279.181,92 correspondente a 5% para a conta de
“Reserva Legal”;
b) O montante de EUR. 3.384.097,98 para cobertura dos resultados
transitados negativos referente a exercícios anteriores.
c) O montante de EUR. 1.920.358,59 para distribuição de dividendos ao
Acionista.
69
Relatório & Contas 2013
9. EVOLUÇÃO PREVISIVEL DA SOCIEDADE
Em Setembro de 2013 foi formalizada a aquisição da ANA – Aeroportos de
Portugal, S.A. - acionista única da portway, pelo grupo francês Vinci.
Tal aquisição, introduziu alterações ao regime legal da portway, que assim passou
automaticamente para o setor privado (deixando o setor empresarial do estado),
com diversas implicações, nomeadamente ao nível laboral (com o pagamento
efetivo de mais um salário mensal em 2013 face a 2012 entre outros).
A nível nacional, à data em que elaboramos este relatório (Fevereiro 2014), não há
decisão conhecida do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC), para a atribuição
de uma segunda licença, a um novo operador para Faro, cujo aeroporto, de há 3
anos a esta parte, ainda é servido exclusivamente pela portway na área de
operações em pista entre outras. Mais a única intenção de decisão tornada pública
nos média foi a do eventual cancelamento do concurso para Lisboa, Porto e Faro.
Não há indicações de que o início do Verão IATA 2014 seja diferente, pelo que,
pelo 4º ano consecutivo esta empresa deverá assistir sozinha toda a aviação
comercial e civil em Faro, pelo menos no início do Verão.
Esta decisão traz diversas consequências, nem todas positivas, a começar pela
ausência da concorrência que prezamos, e principalmente pelo impacto nos
recursos humanos, face às dificuldades legais no prolongamento de algumas
relações laborais.
Num contexto económico nacional e europeu, a portway soube crescer em
receitas (3,4 %). E se olharmos aos resultados económicos e financeiros de 2013, a
empresa obteve um resultado de 5,584 milhões de euros já depois de impostos
(crescimento de 49%), o que permitiu à mesma, recuperar e reforçar a sua
autonomia financeira e o seu capital próprio. A rentabilidade do capital próprio
(ROE) foi de 26,75%.
70
Relatório & Contas 2013
O grande esforço ocorreu ao nível dos Recursos Humanos (aumento da
produtividade, diminuição do trabalho suplementar, absentismo em valores baixos,
e normalização das relações sociais com os parceiros sociais), da redução com os
FSE, e das novas receitas criadas por novos serviços, bem como o aumento da
rentabilidade das mesmas.
As atividades secundárias da portway foram responsáveis por cerca de 19% do
negócio (receitas) em 2013, tendo aumentado o peso da atividade principal na
portway.
Em 2014, deverá agravar-se a pressão comercial dos grandes clientes do Ground
handling. A ameaça do self-handling, mesmo que em prejuízo económico destes
operadores, é algo que não deverá ser negligenciado.
Em 2014 as novas taxas a aplicar pela ANA (novo tarifário) deverão contribuir para
aumentar os custos em cerca de 460 mil euros, para além de que as negociações
realizadas em 2013 para a prestação de serviços em 2014 irá originar uma quebra
significativa de receitas na ordem dos 4 % na atividade secundária.
A carga aérea tem vindo sustentadamente a crescer (Lisboa e Porto), não apenas
ao nível das toneladas manuseadas, mas igualmente das receitas e respectiva
margem.
Na carga expresso, são já 2 os clientes da portway com manifestação de interesse
pelo recurso ao self handling em Lisboa, e logo que tal seja possível.
O grande desafio operacional e ao nível dos recursos humanos dos últimos 5 e dos
próximos 5 anos, deverá estar concluído em 2014 – criação da figura do aircraft
dispatcher e da do dispatcher, em que estão envolvidos cerca de 140
trabalhadores da portway em processos de seleção, recrutamento e formação.
71
Relatório & Contas 2013
Como principal desafio para 2014, é a contínua recuperação da motivação e
dedicação dos nossos colaboradores e a melhoria dos principais indicadores que
baixaram em 2012 e que tiveram resultados melhores em 2013: produtividade,
trabalho suplementar, greves, estabilidade das relações sociais.
Mantêm-se as reuniões mensais da administração com todas as escalas e
respectivos trabalhadores (48 em 2013) e videoconferências semanais com os
Diretores de Unidade de Handling.
No ano de 2014 prosseguirá a avaliação do eventual (re) licenciamento e de
abertura de bases nos Açores, devido à previsível liberalização do mercado
(cessação das obrigações de serviço público) com entrada de novos players. Para
além disso, no 1º trimestre de 2014 a portway deverá obter o licenciamento para
o exercício da assistência em escala no aeroporto de Porto Santo, ficando
dependente da actividade dos seus principais clientes para o início efetivo da
operação.
72
Relatório & Contas 2013
10. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apresentados os resultados das atividades desenvolvidas em 2013, deseja este
Conselho
de
Administração
manifestar
o
seu
mais
elevado
apreço
e
reconhecimento a todos quantos, de uma forma ou de outra, contribuíram
positivamente para os resultados obtidos, destacando:
 Os Trabalhadores da portway que, apesar das dificuldades e medidas de
austeridade que continuaram a ser implementadas, mantiveram um espírito
de empenho, dedicação e profissionalismo que merecem sempre o
reconhecimento do Conselho de Administração;
 Os Clientes, pela sua exigência, parceria e colaboração, e pela sua
capacidade de desafiar e ajudar a portway a encontrar novas e melhores
formas de trabalhar e os servir;
 Os Fornecedores, pelo esforço posto na oportuna e correcta satisfação das
necessidades da empresa a um preço justo;
 A Acionista Única ANA, Aeroportos de Portugal, S.A, pelo apoio prestado
às atividades de suporte, bem como pelas auditorias e revisões de processos
em que apoiam a melhoria contínua da portway;
 O Revisor Oficial de Contas e Fiscal Único, pela presença, espírito
interessado e positivamente crítico de que deu provas no seguimento das
atividades da empresa.
73
Relatório & Contas 2013
O Conselho de Administração
Lisboa, 26 de Fevereiro de 2014
O Conselho de Administração
António José Ferreira de Lemos (Presidente)
Luís Miguel Silva Ribeiro (Vogal Executivo)
José Manuel Dias dos Santos (Vogal Executivo)
Pascale Frédérique Thouy Albert-Lebrun (Vogal Executivo)
74
Relatório & Contas 2013
75
Relatório & Contas 2013
PORTWAY HANDLING DE PORTUGAL, SA
BALANÇO EM 31 DEZEMBRO de 2013
(EUROS)
NOTAS
(*)
RÚBRICAS
DATAS
dez-13
dez-12
ATIVO
Ativo não corrente
Ativos Fixos Tangíveis
14
2.967.385,21
4.280.925,22
Ativos Intangíveis
15
31.475,65
37.686,85
2.998.860,86
4.318.612,07
Ativo corrente
Inventários
16/17
Clientes
16/18/19
555.085,70
1.978,69
6.347.699,36
7.167.494,16
Estado e Outros Entes Públicos
16/20
149.411,61
530.818,38
Accionistas / Sócios
16/21
9.500.000,00
5.500.000,00
Outras contas a Receber
16/18
377.497,61
237.985,76
Diferimentos
16/22
1.221.303,99
1.462.264,74
Caixa e Depósitos Bancários
16/23
10.708.855,73
10.106.603,85
28.859.854,00
25.007.145,58
31.858.714,86
29.325.757,65
17.000.000,00
17.000.000,00
1.200.000,00
1.200.000,00
Reservas Legais
447.207,46
259.705,35
Outras reservas
27.658,98
27.658,98
TOTAL DO ATIVO
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
CAPITAL PRÓPRIO
Capital Realizado
Outros Instrumentos de Capital Próprio
Resultados Transitados
Resultado Liquido do Período
TOTAL CAPITAL PRÓPRIO
24
-3.384.097,98
-6.946.638,08
15.290.768,46
11.540.726,25
5.583.638,49
3.750.042,21
20.874.406,95
15.290.768,46
808.141,43
852.487,22
PASSIVO
Passivo não corrente
Provisões
16/25
Financiamentos Obtidos
16/26
Passivo corrente
Fornecedores
16
379.732,39
914.640,09
1.187.873,82
1.767.127,31
648.300,39
2.235.737,75
2.022.534,01
Estado e Outros Entes Públicos
16/20
1.936.341,45
Financiamentos Obtidos
16/26
529.217,36
614.569,01
Outras Contas a pagar
16/27
6.682.574,89
7.390.271,11
Diferimentos
16/22
0,00
4.750,00
9.796.434,09
12.267.861,88
TOTAL DO PASSIVO
10.984.307,91
14.034.989,19
TOTAL CAP.PRÓPRIO E DO PASSIVO
31.858.714,86
29.325.757,65
Conselho de Administração
António José Ferreira de Lemos
Luís Miguel Silva Ribeiro
José Manuel Dias dos Santos
Pascale Frederique Thouy Albert-Lebrun
O Técnico Oficial de Contas
José Miguel Cordeiro da Rocha
76
Relatório & Contas 2013
PORTWAY HANDLING DE PORTUGAL, SA
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS
PERIODO FINDO EM 31 de Dezembro 2013 e 31 Dezembro 2012
RENDIMENTOS E GASTOS
(EUROS)
NOTAS
(*)
PERÍODOS
dez-13
dez-12
58.814.260,84
Vendas e Serviços Prestados
5
60.601.164,95
Custo das merc. vendidas matérias consªs
7
-738.053,64
-78.823,07
Fornecimentos e serviços externos
8
-11.433.037,61
-12.190.871,54
-37.704.586,29
9
-37.455.866,71
Imparidade de dívidas a Receber
19
-92.868,43
172.120,91
Provisões
25
-56.239,36
-325.345,95
Gastos com o pessoal
6
1.169.731,52
900.471,65
Outros Gastos e Perdas
Resultados antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos
10
-2.692.168,38
-2.533.095,20
9.302.662,34
7.054.131,35
Gastos /Reversões depreciação e amortização
Resultados Operacional ( antes de gastos de financiamento e impostos)
11
-1.500.561,88
-1.828.452,84
7.802.100,46
5.225.678,51
Juros e Rendimentos Similares Obtidos
12
187.587,24
107.768,37
Juros e Gastos Similares Suportados
12
-46.555,30
-79.514,49
7.943.132,40
5.253.932,39
-2.359.493,91
-1.503.890,18
5.583.638,49
3.750.042,21
Outros Rendimentos e Ganhos
Resultados antes de impostos
13
Imposto sobre rendimento do exercício
Resultado líquido do Período
O Técnico Oficial de Contas
Conselho de Administração
José Miguel Cordeiro da Rocha
António José Ferreira de Lemos
Luís Miguel Silva Ribeiro
José Manuel Dias dos Santos
Pascale Frederique Thouy Albert-Lebrun
77
Relatório & Contas 2013
PORTWAY - Handling de Portugal, S.A.
Demonstração das Alterações dos Capitais Próprios
(euros)
Outros Instrumentos
de Capital Próprio
Capital
Posição no início de 2012
1
17.000.000,00
1.200.000,00
Reservas Legais
124.118,53
Reservas Livres
27.658,98
Resultados
Transitados
-9.522.787,67
Resultado Líquido do
Exercício
2.711.736,41
Total do Capital
Próprio
11.540.726,25
Primeira adopção do referencial contabilístico
0,00
Alterações de políticas contabilísticas
0,00
Diferenças de conversão de Demonstrações Financeiras
0,00
Aplicação do resultado do ano anterior
135.586,82
2.576.149,59
-2.711.736,41
0,00
Realização do excedente de revalorização de activos fixos
0,00
Excedente de revalorização de activos fixos e respectivas variações
0,00
Aumentos de reservas por aplicação de resultados
0,00
Correcções relativas a períodos anteriores
0,00
Ajustamentos por impostos diferidos
0,00
Outras alterações reconhecidas no capital próprio
0,00
2
0,00
0,00
135.586,82
0,00
2.576.149,59
-2.711.736,41
0,00
3.750.042,21
3.750.042,21
Resultado Líquido do Período
3
Posição no fim de 2012
4=1+2+3
17.000.000,00
1.200.000,00
259.705,35
27.658,98
-6.946.638,08
3.750.042,21
15.290.768,46
Posição no início de 2013
5
17.000.000,00
1.200.000,00
259.705,35
27.658,98
-6.946.638,08
3.750.042,21
15.290.768,46
Primeira adopção do referencial contabilístico
0,00
Alterações de políticas contabilísticas
0,00
Diferenças de conversão de Demonstrações Financeiras
0,00
Aplicação do resultado do ano anterior
187.502,11
3.562.540,10
-3.750.042,21
0,00
Realização do excedente de revalorização de activos fixos
0,00
Excedente de revalorização de activos fixos e respectivas variações
0,00
Aumentos de reservas por aplicação de resultados
0,00
Correcções relativas a períodos anteriores
0,00
Ajustamentos por impostos diferidos
0,00
Outras alterações reconhecidas no capital próprio
0,00
6
Resultado Líquido do Período
7
Posição no fim de 2013
8=5+6+7
0,00
17.000.000,00
0,00
1.200.000,00
187.502,11
447.207,46
0,00
27.658,98
3.562.540,10
-3.384.097,98
-3.750.042,21
0,00
5.583.638,49
5.583.638,49
5.583.638,49
20.874.406,95
As notas fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras
Conselho de Administração
Técnico Oficial de Contas
António José Ferreira de Lemos
José Miguel Cordeiro da Rocha
Luís Miguel Silva Ribeiro
José Manuel Dias dos Santos
Pascale Frederique Thouy Albert-Lebrun
78
Relatório & Contas 2013
PORTWAY - Handling de Portugal, S.A.
DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA
PERIODO FINDO EM 31.Dezembro.2013 e 31.Dezembro.2012
(EUROS)
PERÍODOS
RUBRICAS
2013
2012
Fluxos de caixa das actividades operacionais - método directo
61.407.661,41 €
Recebimentos de clientes
59.245.222,49 €
- 14.311.635,62 € - 12.773.322,87 €
Pagamentos a fornecedores
- 37.905.099,23 € - 36.963.301,71 €
Pagamentos ao pessoal
9.190.926,56 €
Caixa gerada pelas operações
9.508.597,91 €
Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento
-
1.139.093,51 €
Outros recebimentos/pagamentos
-
2.633.642,05 € - 1.581.929,76 €
5.418.191,00 €
Fluxos de caixa das actividades operacionais (1)
-
€
7.926.668,15 €
Fluxos de caixa das actividades de investimento
Pagamentos respeitantes a:
-
Activos fixos tangíveis
966.866,77 € - 2.136.963,30 €
Activos intangíveis
Investimentos financeiros
Outros activos
Recebimentos provenientes de:
Activos fixos tangíveis
18.121,65 €
16.091,96 €
180.783,56 €
89.719,24 €
Activos intangíveis
Investimentos financeiros
Outros activos
Subsídios ao investimento
Juros e rendimentos similares
Dividendos
Fluxos de caixa das actividades de investimento (2) -
767.961,56 € - 2.031.152,10 €
Fluxos de caixa das actividades de financiamento
Recebimentos provenientes de:
Financiamentos obtidos
Realizações de capital e de outros instrumentos de capital próprio
Cobertura de prejuízos
Doações
Outras operações de financiamento
Pagamentos respeitantes a:
Financiamentos obtidos/concedidos
-
Juros e gastos similares
-
4.000.000,00 € - 1.500.000,00 €
47.977,56 € -
122.955,25 €
Dividendos
Reduções de capital e de outros intrumentos de capital próprio
Outras operações de financiamento
Fluxos de caixa das actividades de financiamento (3) -
Variação de caixa e seus equivalentes (1+2+3)
4.047.977,56 € - 1.622.955,25 €
602.251,88 €
4.272.560,80 €
Efeito das diferenças de câmbio
Caixa e seus equivalentes no ínicio do período
10.106.603,85 €
5.834.043,05 €
Caixa e seus equivalentes no fim do período
10.708.855,73 €
10.106.603,85 €
Conselho de Administração
O Técnico Oficial de Contas
António José Ferreira de Lemos
José Miguel Cordeiro da Rocha
Luís Miguel Silva Ribeiro
José Manuel Dias dos Santos
Pascale Frederique Thouy Albert-Lebrun
79
Relatório & Contas 2013
PORTWAY HANDNDLING DE PORTUGAL, S.A.
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DEZEMBRO 2013
ÍNDICE
1. NOTA INTRODUTÓRIA
2. REFERENCIAL CONTABILÍSTICO E PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
3. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
3.1 Transações em moeda estrangeira
3.2 Ativos fixos tangíveis
3.3 Ativos intangíveis
3.4 Ativos e Passivos Financeiros
3.5 Inventários
3.6 Caixa e equivalentes de caixa
3.7 Rúbricas do Capital Próprio
3.8 Provisões
3.9 Locação
3.10 Imposto sobre o rendimento
3.11 Responsabilidades por benefícios pós-emprego e gastos com o
pessoal
3.12 Rédito
3.13 Ativos e Passivos Contingentes
3.14 Eventos Subsequentes
3.15 Julgamentos e estimativas
4. FLUXOS DE CAIXA
5. RÉDITO
6. OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS
7. MERCADORIAS VENDIDAS E MATÉRIAS CONSUMIDAS
8. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS
9. GASTOS COM O PESSOAL
10. OUTROS GASTOS E PERDAS
11. DEPRECIAÇÕES
12. RESULTADO FINANCEIRO
13. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO
80
Relatório & Contas 2013
14. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
15. ATIVOS INTANGÍVEIS
16. ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS POR CATEGORIAS
17. INVENTÁRIOS
18. VALORES A RECEBER - CORRENTES
19. PERDAS POR IMPARIDADE DE ACTIVOS
20. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS
21. ACIONISTAS
22. DIFERIMENTOS
23. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
24. CAPITAL PRÓPRIO
25. PROVISÕES
26. FINANCIAMENTOS OBTIDOS
27. VALORES A PAGAR - CORRENTES
28. GARANTIAS PRESTADAS
29. COMPROMISSOS ASSUMIDOS
30. PROCESSOS JUDICIAIS EM CURSO
31. ENTIDADES RELACIONADAS
32. MATÉRIAS AMBIENTAIS
33. ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DO BALANÇO
81
Relatório & Contas 2013
1. NOTA INTRODUTÓRIA
A portway – Handling de Portugal, S.A. é uma sociedade anónima, detida a 100
% pela ANA – Aeroportos de Portugal, S.A.
Sede Social: Aeroporto de Lisboa, Rua C, Edifício 124, 1º piso, 1700-008 Lisboa
Capital Social: 17.000.000 euros
N.I.P.C. 504 785 753
1.1 Objeto e enquadramento legal da atividade
O objeto principal da atividade da portway – Handling de Portugal, S.A. é a
assistência em Escala (vulgo “handling”) a aeronaves e passageiros nos Aeroportos
de Lisboa, Francisco Sá Carneiro (Porto), de Faro e do Funchal, tal como esta se
encontra definida no Decreto-lei nº. 275/99, de 23 de Julho, por licenciamento do
Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC), para as seguintes atividades:
 Assistência administrativa em terra e supervisão;
 Assistência a passageiros;
 Assistência a bagagem;
 Assistência a carga e correio;
 Assistência a operações de pista;
 Assistência de limpeza e serviço do avião;
 Assistência de operações aéreas e gestão de tripulações;
 Assistência de transporte em terra.
Complementar à atividade de Assistência em Escala, efetua-se a gestão dos
entrepostos aduaneiros nos citados Aeroportos, mediante licença atribuída pela
Direção Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo.
Desde Outubro de 2006 o objeto social foi alterado de forma a abranger
expressamente a prestação de serviços de formação interna e externa. Em
Setembro de 2007 acrescentou-se ao objeto da sociedade a prestação de serviços
a terceiros.
82
Relatório & Contas 2013
2. REFERENCIAL CONTABILÍSTICO E PREPARAÇÃO DAS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
As demonstrações financeiras anexas estão em conformidade com todas as
normas que integram o Sistema de Normalização Contabilística (SNC). Devem
entender-se como fazendo parte daquelas normas as Bases para a Apresentação
de Demonstrações Financeiras, os Modelos de Demonstrações Financeiras, o
Código de Contas e as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF), e as
Normas Interpretativas.
Sempre que o SNC não responda a aspetos particulares de transações ou situações
são aplicadas supletivamente as Normas Internacionais de Contabilidade, adotadas
ao abrigo do Regulamento (CE) nº 1606/2002, do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 19 de julho; e as Normas Internacionais de Contabilidade (IAS) e
Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), emitidas pelo IASB, e respetivas
interpretações SIC-IFRIC.
As políticas contabilísticas e os critérios de mensuração adotados a 31 de
dezembro de 2013 são comparáveis com os utilizados na preparação das
demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2012.
As demonstrações financeiras, foram preparadas no pressuposto da continuidade
das operações, tomando por base o custo histórico. Com a finalização do processo
de aquisição do Grupo ANA por parte do Grupo VINCI, as regras para o
encerramento de contas do Grupo VINCI foram já consideradas no encerramento
do exercício económico de 2013.
A preparação das demonstrações financeiras exige a utilização de estimativas e
julgamentos relevantes que afetam as quantias de ativos e passivos, assim como
quantias de gastos e rendimentos durante o período de relato.
Estas estimativas e pressupostos resultam do melhor conhecimento, em relação
aos eventos e ações correntes, não se esperando, no entanto que daí possam
resultar ajustamentos significativos aos valores dos ativos e passivos em exercícios
futuros.
83
Relatório & Contas 2013
3. RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
As principais políticas contabilísticas aplicadas na elaboração destas demonstrações
financeiras estão descritas abaixo.
3.1 Transações em moeda estrangeira
As transações em moeda estrangeira são convertidas para Euros à taxa de câmbio
em vigor à data da transação.
As diferenças de câmbio realizadas no exercício, existentes à data do balanço, aos
câmbios vigentes nessa data, são reconhecidos na demonstração de resultados.
3.2 Ativos Fixos Tangíveis
Os ativos fixos tangíveis adquiridos encontram-se registados ao custo de aquisição,
deduzidos das correspondentes depreciações.
O custo de aquisição inclui todos os dispêndios diretamente atribuíveis à aquisição
dos bens e sua disponibilização no local e condições de operacionalidade
pretendidos.
Os custos subsequentes são incluídos no custo de aquisição do bem ou
reconhecidos como ativos separados, conforme apropriado, quando é provável
que benefícios económicos futuros fluirão para a empresa por via da sua utilização
e o respetivo custo possa ser mensurado com fiabilidade.
Os gastos com reparações e manutenção, que não aumentem a vida útil dos ativos
nem resultem em melhorias significativas nos elementos dos ativos fixos tangíveis,
são reconhecidos como um gasto no período em que são reconhecidos.
As depreciações são calculadas sobre o custo de aquisição, sendo utilizado
essencialmente o método da linha reta, a partir da data em que o ativo se
encontra em condições de funcionamento, utilizando-se as taxas que melhor
refletem a sua vida útil estimada, como segue:
84
Relatório & Contas 2013
Anos médios de vida útil
Edifícios e outras construções
Equipamento básico
Equipamento de transporte
Ferramentas e utensílios
Equipamento administrativo
5 a 10 anos
5 a 10 anos
4 a 5 anos
3 a 8 anos
3 a 10 anos
Existindo algum indício de que se verificou uma alteração significativa da vida útil
ou da quantia residual de um ativo, é revista a depreciação desse ativo de forma
prospetiva para refletir as novas expetativas.
Os ganhos ou perdas provenientes do abate ou alienação de ativos fixos tangíveis
são determinados pela diferença entre os recebimentos das alienações e a quantia
escriturada do ativo, e são reconhecidos na demonstração de resultados, como
outros rendimentos ou outros gastos operacionais.
Os Ativos Fixos Tangíveis em Curso dizem respeito a bens que ainda se encontram
em fase de construção ou desenvolvimento e estão mensurados ao custo de
aquisição sendo somente depreciados quando se encontram disponíveis para uso.
Imparidade
A empresa avalia se existe qualquer indicação de que um ativo possa estar com
imparidade no final do ano. Se existir qualquer indicação, a empresa estima a
quantia recuperável do ativo (que é a mais alta entre o justo valor do ativo ou de
uma unidade geradora de caixa menos os custos de vender e o seu valor de uso) e
reconhecem nos resultados do exercício a imparidade sempre que a quantia
recuperável for inferior ao valor contabilístico.
Ao avaliar se existe indicação de imparidade são tidas em conta as seguintes
situações:
•
Durante o período, o valor de mercado de um ativo diminuiu
significativamente mais do que seria esperado como resultado da passagem do
tempo ou do uso normal;
•
Ocorreram, durante o período, ou irão ocorrer no futuro próximo,
alterações significativas com um efeito adverso na entidade, relativas ao ambiente
tecnológico, de mercado, económico ou legal em que a entidade opera ou no
mercado ao qual o ativo está dedicado;
85
Relatório & Contas 2013
•
As taxas de juro de mercado ou outras taxas de mercado de retorno de
investimentos aumentaram durante o período, e esses aumentos provavelmente
afetarão a taxa de desconto usada no cálculo do valor de uso de um ativo e
diminuirão materialmente a quantia recuperável do ativo;
•
A quantia escriturada dos ativos líquidos da entidade é superior à sua
capitalização de mercado;
•
Está disponível evidência de obsolescência ou dano físico de um ativo;
•
Alterações significativas com um efeito adverso na entidade ocorreram
durante o período, ou espera -se que ocorram num futuro próximo, até ao ponto
em que, ou na forma em que, um ativo seja usado ou se espera que seja usado.
Estas alterações incluem um ativo que se tornou ocioso, planos para descontinuar
ou reestruturar a unidade operacional a que o ativo pertence e planos para alienar
um ativo antes da data anteriormente esperada;
•
Existe evidência em relatórios internos que indica que o desempenho
económico de um ativo é, ou será, pior do que o esperado.
As reversões de imparidade são reconhecidas em resultados (a não ser que o ativo
esteja escriturado pela quantia revalorizada, caso em que é tratado como
acréscimo de revalorização) e não devem exceder a quantia escriturada do bem
que teria sido determinada caso nenhuma perda por imparidade tivesse sido
reconhecida anteriormente.
3.3 Ativos Intangíveis
Os ativos intangíveis, encontram-se registados ao custo de aquisição deduzido das
correspondentes amortizações.
As amortizações são calculadas, após a data em que os bens estejam disponíveis
para serem utilizados, pelo método da linha reta em conformidade com o período
de vida útil estimado entre 5 a 7 anos. Não é considerada qualquer quantia
residual.
O custo com os intangíveis gerados internamente, excluindo os custos de
desenvolvimento em determinadas circunstâncias, são considerados como um
gasto, sendo refletido na demonstração de resultados no ano em que o gasto é
incorrido.
86
Relatório & Contas 2013
Os ativos intangíveis são constituídos basicamente por licenças de serviço de
assistência a terceiros emitidas pelo INAC (Instituto Nacional de Aviação Civil).
3.4 Ativos e Passivos Financeiros
3.4.1 Clientes
A maioria das vendas é realizada em condições normais de crédito, e os
correspondentes saldos de clientes não incluem juros debitados ao cliente.
No final de cada período de relato são analisadas as contas de cliente de forma a
avaliar se existe alguma evidência objetiva de que não são recuperáveis. Se assim
for é reconhecida a respetiva perda por imparidade. As perdas por imparidade são
registadas em sequência de eventos ocorridos que indiquem, objetivamente e de
forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será
recebido. Para tal, a portway tem em consideração informação de mercado que
demonstre que o cliente está em incumprimento das suas responsabilidades, bem
como informação histórica dos saldos vencidos e não recebidos.
3.4.2 Empréstimos concedidos e contas a receber
Os empréstimos concedidos e contas a receber são ativos financeiros não
derivados com pagamentos fixos ou determináveis. São originados quando a
empresa fornece dinheiro, bens ou serviços diretamente a um devedor, sem
intenção de negociar a dívida.
São incluídos nos ativos correntes, exceto quando a maturidade é superior a 12
meses após a data da demonstração financeira, sendo nesse caso classificados
como ativos não correntes.
3.4.3 Empréstimos obtidos e contas a pagar não correntes
Os empréstimos obtidos e as contas a pagar não correntes, são registados no
passivo pelo custo, apesar de a portway não deter, no período em causa, qualquer
empréstimo bancário.
87
Relatório & Contas 2013
3.4.4 Fornecedores e outras contas a pagar
São incluídos nos passivos correntes, exceto quando a maturidade é superior a 12
meses após a data da demonstração financeira, sendo nesse caso classificados
como passivos não correntes. Esta situação, no caso da portway aplica-se somente
para as locações.
3.4.5 Estado e outros entes públicos
Os saldos ativos e passivos desta rubrica são apurados com base na legislação em
vigor.
3.4.6 Diferimentos ativos e passivos
Esta rubrica reflete as transações e outros acontecimentos relativamente aos quais
não é adequado o seu integral reconhecimento nos resultados do período em que
ocorrem, mas que devam ser reconhecidos nos resultados de períodos futuros.
3.5 Inventários
Os inventários são valorizados ao custo de aquisição, deduzido do valor dos
descontos de quantidade concedidos pelos fornecedores, o qual é inferior ao
respetivo valor de mercado.
O custo é determinado utilizando o método do custo médio ponderado.
Os inventários referem-se a produtos alimentares do Lisbon Lounge no aeroporto
de Lisboa e aos stocks de peças das oficinas de manutenção de equipamento da
portway nas quatro escalas: Lisboa, Porto, Faro e Funchal.
3.6 Caixa e equivalentes de caixa
Os montantes incluídos nesta rubrica correspondem aos valores de caixa e outros
depósitos, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente
mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.
Estes saldos estão mensurados da seguinte forma:
•
Caixa – ao custo;
•
Depósitos sem maturidade definida - ao custo;
88
Relatório & Contas 2013
•
Outros depósitos com maturidade definida – ao custo amortizado,
determinado com base no método da taxa de juro efetiva.
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de ‘‘Caixa e
equivalentes de caixa’’ compreende, além de caixa e depósitos bancários, também:
•
Os descobertos bancários incluídos na rubrica de “Financiamentos obtidos”
e
•
Os saldos de Caixa e equivalentes de caixa incluídos na rubrica de “Ativos
não correntes detidos para venda.
3.7 Rúbricas do Capital Próprio
Capital realizado
Em cumprimento do disposto no art.º 272 do Código das Sociedades Comerciais
(CSC) o contrato de sociedade indica o prazo para realização do capital subscrito e
não realizado à data da escritura.
Outros instrumentos de capital próprio
Esta rubrica inclui prestações acessórias que foram efetuadas pelos acionistas, na
sequência de deliberação em Assembleia Geral, e que ficaram sujeitas ao regime
das prestações suplementares. De acordo com este regime, tais prestações não
vencem juros (art.º 210 do CSC), não têm prazo de reembolso definido (art.º 211
do CSC) e só podem ser reembolsadas se após o seu reembolso, o capital próprio
não ficar inferior à soma do capital e da reserva legal (art.º 213 do CSC).
Reservas legais
De acordo com o art.º 295 do CSC, pelo menos 5% do resultado tem de ser
destinado à constituição ou reforço da reserva legal até que esta represente pelo
menos 20% do capital social.
A reserva legal não é distribuível a não ser em caso de liquidação e só pode ser
utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, ou
para incorporação no capital social (art.º 296 do CSC)
Resultados transitados
Esta rubrica inclui os resultados realizados disponíveis para distribuição aos
acionistas e os ganhos por aumentos de justo valor em instrumentos financeiros,
investimentos financeiros e propriedades de investimento, que, de acordo com o
89
Relatório & Contas 2013
nº 2 do art.º 32 do CSC, só estarão disponíveis para distribuição quando os
elementos ou direitos que lhes deram origem forem alienados, exercidos, extintos
ou liquidados.
3.8 Provisões
Esta conta reflete as obrigações presentes (legais ou construtivas) da entidade
provenientes de acontecimentos passados, cuja liquidação se espera que resulte
num efluxo de recursos da entidade que incorporem benefícios económicos e cuja
tempestividade e quantia são incertas, mas cujo valor pode ser estimado com
fiabilidade.
As provisões são mensuradas pela melhor estimativa do dispêndio exigido para
liquidar a obrigação presente à data do balanço. Sempre que o efeito do valor
temporal do dinheiro é material, a quantia de uma provisão é o valor presente dos
dispêndios que se espera que sejam necessários para liquidar a obrigação usando
uma taxa de desconto antes dos impostos que reflete as avaliações correntes de
mercado do valor temporal do dinheiro e dos riscos específicos do passivo e que
não reflete riscos relativamente aos quais as estimativas dos fluxos de caixa futuros
tenham sido ajustadas.
3.9 Locação
Os ativos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira bem
como as correspondentes responsabilidades são contabilizados pelo método
financeiro.
De acordo com este método o custo do ativo é registado no ativo fixo tangível, a
correspondente responsabilidade é registada no passivo, e os encargos financeiros
incluídos na renda e a depreciação dos ativos locados são reconhecidos na
Demonstração de Resultados no período a que dizem respeito.
As locações em que uma parte significativa dos riscos e benefícios da propriedade
é assumida pelo locador, são classificadas como locações operacionais. Os
pagamentos efetuados nas locações operacionais, líquidos de quaisquer incentivos
recebidos do locador, são registados na demonstração de resultados durante o
período da locação.
90
Relatório & Contas 2013
3.10 Imposto sobre o rendimento
O imposto sobre o rendimento inclui apenas imposto corrente, não tendo a
portway até à data, imposto diferido.
O imposto corrente sobre o rendimento é determinado com base nos resultados
líquidos, ajustados em conformidade com a legislação fiscal vigente à data da
demonstração da posição financeira.
Os impostos sobre o rendimento são registados na demonstração de resultados.
Com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2008, a ANA, S.A. efetuou a opção pelo
Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades, tendo resultado uma
dedução, no Grupo, dos prejuízos fiscais da portway, referente aos períodos de
2008, 2009, 2010 e 2011.
3.11 Responsabilidades por benefícios pós-emprego e gastos com o
pessoal
Os gastos com pessoal são reconhecidos quando o serviço é prestado pelos
empregados independentemente da data do seu pagamento.
Férias e subsídio de férias
De acordo com a legislação laborar em vigor os empregados têm direito a férias e
a subsídio de férias no ano seguinte àquele em que o serviço é prestado. Assim, foi
reconhecido nos resultados do exercício um acréscimo do montante a pagar no
ano seguinte o qual se encontra refletido na rubrica “Outras Contas a Pagar”.
De acordo com a decisão do Tribunal Constitucional em abril de 2013, que
considerou inconstitucional a suspensão do subsídio de férias definida pelo
Orçamento Geral do Estado de 2013, ao Sector Empresarial do Estado, onde se
enquadra a portway, foi efetuado o pagamento do mesmo, que tinha sido
considerado em 2012, como acréscimo de gastos com férias e subsídio de férias a
liquidar em 2013, de acordo com as orientações do acionista ANA – Aeroportos de
Portugal, S.A.
A portway ficou abrangida, pelas medidas de austeridade, impostas pelo
Orçamento de Estado de 2013 ao Sector Empresarial do Estado, até agosto de
2013, altura em que foi privatizado o Grupo “ANA – aeroportos de Portugal, S.A”,
tendo o Grupo francês VINCI, ganho a concessão dos aeroportos desde então.
91
Relatório & Contas 2013
3.12 Rédito
As vendas e as prestações de serviço são mensuradas pelo justo valor da
retribuição recebida ou a receber deduzido das quantias relativas a descontos
comerciais e de quantidades concedidos.
Quando é concedido crédito isento de juros aos compradores ou estes aceitam
livranças com taxa de juro inferior à do mercado como retribuição pela venda dos
bens, ou, de qualquer outra forma o influxo de dinheiro ou equivalentes de
dinheiro é diferido, a diferença entre o justo valor da retribuição e a quantia
nominal da retribuição é reconhecida como rédito de juros, durante o período que
medeia entre a data do reconhecimento do rédito e a data efetiva do recebimento.
Quando o preço da venda dos produtos/serviços inclui uma quantia identificável de
serviços subsequentes, essa quantia é diferida e reconhecida como rédito durante
o período em que o serviço é executado.
Embora o rédito somente seja reconhecido quando for provável que os benefícios
económicos associados à transação fluam para a empresa, quando surja uma
incerteza acerca da cobrabilidade de uma quantia já incluída no rédito, a quantia
incobrável, ou a quantia com respeito à qual a recuperação tenha cessado de ser
provável, é reconhecida como uma imparidade, e não como um ajustamento da
quantia de rédito originalmente reconhecido.
A empresa alterou o critério de registo dos rendimentos suplementares relativos a
serviços prestados a terceiros, na medida em que até ao ano de 2012 (inclusive),
os mesmos eram registados na conta 78 (Outros rendimentos e ganhos) e no ano
de 2013 passaram a figurar na conta 72 (Prestações de serviços).
A Administração procedeu à alteração da política contabilística referida por
considerar que a reflexão do valor dos referidos rendimentos na conta de
prestação de serviços proporcionará uma informação mais clara e direta do volume
de negócios da Empresa.
A alteração do modelo de registo dos mencionados rendimentos é de aplicação
retrospetiva, conforme dispõe a NCRF 4. Assim, as quantias escrituradas no
período anterior registaram os seguintes ajustamentos:
92
Relatório & Contas 2013
2012
Outros rendimentos e ganhos
anterior polílitica
atual política
15.319.298,25
63.993,77
2.070.864,89
0,00
10.702.650,77
0,00
78163 - Segurança Aeroportuária
716.993,60
0,00
78164 - Lounge Services
635.825,54
0,00
78165 - Formação
323.694,50
0,00
78168 - Diversos
256.838,24
63.993,77
78169 - Outros proveitos suplementares
612.430,71
0,00
0,55
0,55
786 - Rendimentos e ganhos nos restantes activos financeiros
5.275,77
5.275,77
787 - Rendimentos e ganhos em investimentos não financeiros
15.042,72
15.042,72
816.158,84
816.158,84
16.155.776,13
900.471,65
781 - Rendimentos suplementares:
78161 - Comissões/Taxas
78162 - Serviços Secundários
782 - Desc.Pronto Pag.Obtidos
788 - Outros
2012
anterior polílitica
Prestações de serviços
atual política
Assistência a Carga e Correio
6.944.289,61
7.661.283,21
Assistência a Operações em Pista
2.884.674,91
2.901.174,46
33.729.991,84
33.919.736,66
Prestações Serviços Diversos Assistência
0,00
2.505.282,24
Outros Serviços
0,00
11.826.784,27
43.558.956,36
58.814.260,84
Assistência Integrada
3.13 Ativos e passivos contingentes
Um ativo contingente é um possível ativo proveniente de acontecimentos passados
e cuja existência só será confirmada pela ocorrência ou não de um ou mais
acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo da entidade.
Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras para
não resultarem no reconhecimento de rendimentos que podem nunca ser
realizados. Contudo, são divulgados quando for provável a existência de um
influxo futuro.
Um passivo contingente é:
93
Relatório & Contas 2013
•
Uma obrigação possível que provém de acontecimentos passados e cuja
existência só será confirmada pela ocorrência ou não de um ou mais
acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo da entidade,
ou
•
Uma obrigação presente que decorra de acontecimentos passados mas que
não é reconhecida porque:
Não é provável que uma saída de recursos seja exigida para liquidar a obrigação,
ou a quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade.
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras
para não resultarem no reconhecimento de gastos que podem nunca se tornar
efetivos. Contudo, são divulgados sempre que existe uma probabilidade de efluxos
futuros que não seja remota.
3.14 Eventos subsequentes
Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre
as condições que existiam à data do balanço são refletidos nas demonstrações
financeiras. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação
sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às
demonstrações financeiras, se materiais.
3.15 Julgamentos e estimativas
Na
preparação
das
demonstrações
financeiras,
foram
adotados
certos
pressupostos e estimativas que afetam os ativos e passivos, rendimentos e gastos
relatados. Todas as estimativas e assunções efetuadas pelo órgão de gestão foram
efetuadas com base no seu melhor conhecimento existente, à data de aprovação
das demonstrações financeiras, dos eventos e transações passados e em curso.
As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das
demonstrações financeiras, serão corrigidas na demonstração de resultados de
forma prospetiva.
94
Relatório & Contas 2013
4. FLUXOS DE CAIXA
Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o detalhe da quantia
constante em Caixa e em Depósitos Bancários, era o seguinte:
Valores em Euros
2013
2012
26.118,33
26.175,00
10.682.737,40
10.080.428,85
10.708.855,73
10.106.603,85
Caixa
Numerário
Equivalentes de caixa
Depósitos bancários - DO
5. RÉDITO
Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a rubrica Rédito
decompõe-se como segue, chamando a atenção para a alteração do tratamento
contabilístico dos rendimentos provenientes de serviços prestados a terceiros
(anteriormente registados em Outros Rendimentos e ganhos), conforme já
identificado na nota 3.12 - Rédito:
Valores em Euros
2013
2012
Assistência a Carga e Correio
8.192.752,75
7.661.283,21
Assistência a Operações em Pista
2.702.871,89
2.901.174,46
35.326.714,61
33.919.736,66
2.607.554,63
2.505.282,24
11.771.271,07
11.826.784,27
60.601.164,95
58.814.260,84
Assistência Integrada
Prestações Serviços Diversos Assistência*
Outros Serviços**
*a rúbrica Prestações de Serviços Diversos de Assistência, era em 2013,
decomposta por:
95
Relatório & Contas 2013
Valores em Euros
Comissões e taxas
2013
2012
1.905.372,60
1.869.456,70
702.182,03
635.825,54
2.607.554,63
2.505.282,24
Serviços Lounge
** a rúbrica Outros Serviços , era em 2013, decomposta por:
Valores em Euros
2013
2012
Assistência a passageiros (s/voos assoc.)
110.502,45
122.811,92
Serviços de suporte (s/voos assoc.)
617.938,29
489.618,79
10.579.267,33
10.702.650,77
Serviços Manutenção ANA/ANAM
199.848,00
188.008,29
Formação
263.715,00
323.694,50
11.771.271,07
11.826.784,27
Serviços ANA/ANAM
6. OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS
Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a rubrica Outros
Rendimentos e Ganhos decompõe-se como segue:
Valores em Euros
Rendimentos suplementares
Desc. pronto pag. obtidos
Diferenças de câmbio favoráveis
Rendimentos e ganhos na alienação de activos correntes
Outros
2013
2012
79.570,09
63.993,77
0,00
0,55
2.790,21
5.275,77
14.185,59
15.042,72
1.073.185,63
816.158,84
1.169.731,52
900.471,65
96
Relatório & Contas 2013
Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a rúbrica de Outros
Rendimentos, decompõe-se como se segue:
Valores em Euros
Correcções Relativas a Períodos Anteriores
Excesso estimativa p/Impostos
Outros
2013
2012
1.071.579,82
814.593,42
0,00
1.551,47
1.605,81
13,95
1.073.185,63
816.158,84
7. CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E MATÉRIAS
CONSUMIDAS
O movimento ocorrido na rubrica Custo das Mercadorias Vendidas, foi conforme
segue:
Valores em Euros
2013
2012
1.978,69
2.350,41
Compras
684.198,86
78.451,35
Transferências
606.961,79
0,00
Inventários - saldo final
555.085,70
1.978,69
Gasto do Exercício
738.053,64
78.823,07
Inventários - saldo inicial
Em fevereiro de 2013, a portway passou a fazer a gestão das existências de peças
de manutenção de equipamentos em todas as suas oficinas, tendo sido efetuado o
reconhecimento da existência inicial, através de um inventário físico total, com
referência a 31 de dezembro de 2012.
97
Relatório & Contas 2013
8. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a rubrica
Fornecimentos e Serviços Externos decompõe-se como segue:
Valores em Euros
2013
2012
863.148,24
818.326,80
2.101.851,79
2.667.260,74
697.352,16
620.867,26
1.235.551,10
1.393.846,17
178.100,44
224.016,90
Rendas e alugueres
5.117.900,07
5.228.425,74
Outros
1.239.133,81
1.238.127,93
11.433.037,61
12.190.871,54
Subcontratos
Serviços Especializados
Materiais
Energia e fluídos
Deslocações, estadas e transportes
9. GASTOS COM PESSOAL
Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a rubrica Gastos com o
Pessoal decompõe-se como segue:
Valores em Euros
2013
2012
25.840.894,70
23.266.636,69
5.635.367,94
4.936.890,30
10.279,02
6.189,99
Indemnizações
110.116,57
73.117,29
Seguros
546.450,48
513.403,52
Gastos de Acção Social
448.356,50
357.666,70
4.162.551,29
7.814.574,38
701.850,21
736.107,42
37.455.866,71
37.704.586,29
Remunerações
Encargos s/Remunerações
Benefícios pós emprego
Trabalho Temporário
Outros
98
Relatório & Contas 2013
As Remunerações do Pessoal Chave da Gestão, eram a 31 de dezembro de 2013 e
2012:
Valores em Euros
Conselho de Administração
Senha de presença Assembleia Geral
Fiscal Único*
2013
2012
170.473,14
143.304,58
600,00
0,00
10.080,00
9.720,00
*valor incluído na rubrica FSE
O número médio de trabalhadores, era a 31 de dezembro de 2013 e 2012:
Número Médio de Trabalhadores
2013
2012
1.690
1.427
99
Relatório & Contas 2013
10.
OUTROS GASTOS E PERDAS
Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, esta rubrica
decompõe-se como segue:
Valores em Euros
2013
2012
1.279.730,08
1.237.967,38
0,00
43.436,19
196.111,56
346,83
Donativos
15.592,85
1.246,60
Quotizações
20.705,90
11.976,94
1.053.042,03
1.027.661,33
Multas e penalidades
-3.980,04
22.087,05
Insuficiência estimativa p/impostos
11.346,88
0,00
Indemnizações com sinistros
46.453,06
67.253,31
2.231,31
6.940,57
Gastos com serviços bancários
51.515,63
51.257,68
Outros
19.419,12
62.921,32
2.692.168,38
2.533.095,20
Impostos
Dívidas incobráveis
Correcções relativas a períodos anteriores
Fee exploração ANA, S.A.
Diferenças de câmbio desfavoráveis
100
Relatório & Contas 2013
11.
DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES
Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a rubrica Depreciações
decompõe-se como segue:
Valores em Euros
2013
2012
1.494.350,68
1.822.646,31
1.909,34
54.221,15
1.003.343,58
1.201.580,84
Equipamento de transporte
287.313,92
353.738,78
Equipamento administrativo
180.916,55
184.744,74
Outros activos fixos tangíveis
20.867,29
28.360,80
Amortizações
6.211,20
5.806,53
Propriedade Industrial
6.211,20
5.806,53
1.500.561,88
1.828.452,84
Depreciações de activos fixos tangíveis
Edifícios e outras construções
Equipamento básico
12.
RESULTADO FINANCEIRO
Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, os Resultados
Financeiros decompõem-se como segue:
Valores em Euros
2013
2012
180.783,56
89.719,24
Outros juros e rendimentos
6.803,68
18.049,13
Juros de mora
1.422,26
-1.093,32
-47.977,56
-78.421,17
141.031,94
28.253,88
Juros obtidos em aplicações financeiras
Juros de locação financeira
101
Relatório & Contas 2013
Na rúbrica Juros obtidos em aplicações financeiras, encontra-se para além de
rendimento de aplicações financeiras realizado entre Setembro e Dezembro de
2013, juros provenientes do aumento de empréstimos à ANA – Aeroportos de
Portugal, S.A. (ver nota 21).
13.
IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO
A portway encontra-se sujeita ao regime especial de tributação de grupos de
sociedades (RETGS), desde 1 de janeiro de 2008.
As empresas que se englobam no perímetro do Grupo de sociedades sujeitas a
este regime apuram e registam o imposto sobre o rendimento tal como se fossem
tributadas numa ótica individual.
Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a rubrica de imposto
sobre o rendimento detalha-se como segue:
Valores em Euros
2013
2012
2.014.137,67
1.271.775,80
Derrama
120.848,26
76.306,55
Derrama Estadual
180.000,00
107.613,10
44.507,98
48.194,73
2.359.493,91
1.503.890,18
2013
2012
7.943.132,40
5.253.932,39
113.418,29
-166.829,18
0,00
0,00
Tax basis
8.056.550,69
5.087.103,21
Income tax expected at 25%
2.014.137,67
1.271.775,80
Expected income tax
2.014.137,67
1.271.775,80
29,29%
29,56%
Imposto s/rendimento
Tributação Autónoma
Amounts in euros
Pre-tax profit
Differences
Deduction of tax losses from previous years
102
Relatório & Contas 2013
14.
ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
No decurso dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro
de 2012, o movimento ocorrido no valor dos Ativos Fixos Tangíveis, bem como nas
respetivas Depreciações, foi conforme segue:
Valores em Euros
Edifícios e
outras
construções
Equip. básico
Equip.
transporte
Outros
Equip. Admin. activos fixos
tangíveis
Imob. em
curso
Total
Custo de aquisição
Saldo em 1 de Janeiro de 2012
485.394,41 16.527.111,12 2.304.685,45 1.839.040,20
Aquisições
0,00
Alienações
Regularizações, transferências e abates
Saldo em 31 de Dezembro de 2012
379.565,38
248.668,57 21.784.465,13
859.588,46
132.991,25
16.160,30
19.920,00
208.302,50
1.236.962,51
0,00
0,00
-39.712,16
-2.098,28
0,00
0,00
-41.810,44
0,00
166.660,00
0,00
4.600,00
0,00 -171.260,00
0,00
485.394,41 17.553.359,58 2.397.964,54 1.857.702,22
399.485,38
285.711,07 22.979.617,20
Aquisições
0,00
143.416,02
148.904,59
26.522,42
20.312,80
2.888,00
342.043,83
Alienações
0,00
0,00
-39.200,00
-1.721,05
0,00
0,00
-40.921,05
0,00
-150.000,00
150.000,00
128.557,46
0,00 -285.854,56
-157.297,10
Regularizações, transferências e abates
Saldo em 31 de Dezembro de 2013
485.394,41 17.546.775,60 2.657.669,13 2.011.061,05
419.798,18
2.744,51 23.123.442,88
429.253,43 13.406.412,99 1.413.251,73 1.413.236,63
254.661,28
0,00 16.916.816,06
Depreciações
Saldo em 1 de Janeiro de 2012
Reforço
54.221,15
1.201.580,76
353.738,77
184.744,84
28.351,60
0,00
1.822.637,12
Alienações
0,00
0,00
-39.712,16
-1.049,04
0,00
0,00
-40.761,20
Regularizações, transferências e abates
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
483.474,58 14.607.993,75 1.727.278,34 1.596.932,43
283.012,88
Saldo em 31 de Dezembro de 2012
Reforço
Alienações
Regularizações, transferências e abates
Saldo em 31 de Dezembro de 2013
Valor líquido 1 de Janeiro de 2012
0,00 18.698.691,98
1.909,34
1.003.343,58
287.313,92
180.916,55
20.867,29
0,00
1.494.350,68
0,00
0,00
-35.933,34
-1.051,65
0,00
0,00
-36.984,99
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
485.383,92 15.611.337,33 1.978.658,92 1.776.797,33
303.880,17
0,00 20.156.057,67
56.140,98
3.120.698,13
891.433,72
425.803,57
124.904,10
248.668,57
4.867.649,07
Valor líquido 31 de Dezembro de 2012
1.919,83
2.945.365,83
670.686,20
260.769,79
116.472,50
285.711,07
4.280.925,22
Valor líquido 31 de Dezembro de 2013
10,49
1.935.438,27
679.010,21
234.263,72
115.918,01
2.744,51
2.967.385,21
103
Relatório & Contas 2013
15.
ATIVOS INTANGÍVEIS
No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro
de 2012, o movimento ocorrido na rubrica Ativos Intangíveis, foi conforme segue:
Valores em Euros
Propriedade
industrial
Total
Custo de aquisição
Saldo em 1 de Janeiro de 2012
120.055,00
120.055,00
11.322,20
0,00
0,00
11.322,20
0,00
0,00
131.377,20
131.377,20
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
131.377,20
131.377,20
87.874,64
87.874,64
5.815,71
0,00
0,00
5.815,71
0,00
0,00
93.690,35
93.690,35
6.211,20
6.211,20
Saldo em 31 de Dezembro de 2013
99.901,55
99.901,55
Valor líquido em 1 de Janeiro de 2012
32.180,36
32.180,36
Valor líquido em 31 de Dezembro de 2012
37.686,85
37.686,85
Valor líquido em 31 de Dezembro de 2013
31.475,65
31.475,65
Aquisições
Alienações
Regularizações, transferências e abates
Saldo em 31 de Dezembro de 2012
Aquisições
Alienações
Regularizações, transferências e abates
Saldo em 31 de Dezembro de 2013
Depreciações
Saldo em 1 de Janeiro de 2012
Reforço
Alienações
Regularizações, transferências e abates
Saldo em 31 de Dezembro de 2012
Reforço
Alienações
Regularizações, transferências e abates
104
Relatório & Contas 2013
16.
ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS POR CATEGORIAS
A reconciliação da demonstração da posição financeira com as diversas categorias
dos ativos e passivos financeiros nela incluída detalha-se como segue:
Valores em Euros
Creditos e valores a
receber
Activos disponíveis
para venda
Outros passivos
financeiros
Activos/Passivos
não financeiros
Total
-
-
-
17.595.912,57
-
-
10.708.855,73
-
-
28.304.768,30
-
-
2013
Activos
Clientes e out. contas a receber
17.595.912,57
Outros activos
-
Caixa e equiv. de Caixa
555.085,70
-
555.085,70
10.708.855,73
555.085,70 28.859.854,00
Passivos
Forn. e out. contas a pagar
-
-
Outros passivos
-
-
-
-
10.176.166,48
10.176.166,48
-
10.176.166,48
808.141,43
808.141,43
808.141,43 10.984.307,91
2012
Activos
Clientes e out. contas a receber
14.898.563,04
Outros activos
-
-
-
-
10.106.603,85
-
-
25.005.166,89
-
-
-
Caixa e equiv. de Caixa
-
14.898.563,04
1.978,69
-
1.978,69
10.106.603,85
1.978,69 25.007.145,58
Passivos
Forn. e out. contas a pagar
-
-
Outros passivos
-
-
-
-
13.182.501,97
13.182.501,97
852.487,22
13.182.501,97
852.487,22
852.487,22 14.034.989,19
As atividades da portway, encontram-se expostas a fatores de riscos financeiros:
risco cambial, risco de taxa de juro, risco de crédito e risco de liquidez. A gestão de
risco é conduzida pela Direção Financeira de acordo com políticas aprovadas pela
Administração, concentrando-se na imprevisibilidade dos mercados financeiros e
procurando minimizar os efeitos adversos dessa imprevisibilidade no desempenho
financeiro da empresa.
105
Relatório & Contas 2013
16.1
Risco Cambial
A variação da taxa de câmbio do euro face a outras divisas pode afetar os
resultados da Empresa, no entanto até à data, a sua materialidade não tem
constituído um risco para a portway.
16.2
Risco de Taxa de Juro
Uma vez que a empresa não tem ativos significativos remunerados, assim como
passivos com empréstimos bancários (recorrendo apenas e quando necessário,
junto das instituições bancárias com que trabalha, ao descoberto bancário das
contas caucionadas) encontra-se numa situação em que alterações e flutuações
das taxas de juro de mercado, não tenham impactos nos seus resultados.
Apenas em termos de locação financeira, poderá encontrar algum risco, uma vez
que a taxa de juro dos contratos negociados é indexada à Euribor. No entanto
consideramos materialmente irrelevante a exposição da empresa ao risco da taxa
de juro.
16.3
Risco de crédito
A portway não tem concentrações de risco de crédito significativas, no que diz
respeito a clientes e outros devedores. Por norma, as prestações de serviços estão
sujeitas a regras que asseguram que estas são efetuadas a clientes com um
histórico de crédito apropriado.
Apesar de existirem atrasos na liquidação de alguns valores face, aos prazos
estabelecidos, tal não resulta, de acordo com a informação que é do
conhecimento da empresa, na identificação de situações de imparidade para além
das consideradas através das correspondentes perdas. Estas são apuradas
atendendo à informação regularmente reunida sobre o comportamento financeiro
dos clientes, que permite definir o valor das perdas a reconhecer no período.
106
Relatório & Contas 2013
16.4
Risco de liquidez
A empresa gere o risco de liquidez por duas vias. Em primeiro lugar garantindo
que a sua dívida financeira (locações) tenha uma componente elevada de médio e
longo prazo com maturidades adequadas às características do mercado em que
exerce a sua atividade.
Adicionalmente, a empresa tem contratado com instituições financeiras facilidades
de crédito disponíveis a todo o momento, por um montante que garanta uma
liquidez adequada.
Valores em Euros
Instituições Financeiras:
17.
CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS
Crédito por Descoberto em Conta
2.500.000,00
SANTANDER TOTTA
Crédito por Descoberto em Conta
2.500.000,00
INVENTÁRIOS
Em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, os Inventários tinham a
seguinte composição:
Valores em Euros
Mercadorias - Prod. alimentares Lisbon Lounge
Mercadorias - Peças e materiais de manutenção
2013
2012
4.144,26
1.978,69
550.941,44
0,00
555.085,70
1.978,69
107
Relatório & Contas 2013
18.
CLIENTES E OUTRAS CONTAS A RECEBER
Em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, a rubrica Valores a
Receber Correntes decompõe-se como segue:
Valores em Euros
2013
2012
Clientes
5.232.799,49
5.300.100,91
Clientes - empresas relacionadas
1.114.899,87
1.867.393,25
377.497,61
237.985,76
6.725.196,97
7.405.479,92
Outras contas a receber
Os valores a receber apresentados encontram-se deduzidos das respetivas perdas
por imparidade, cujo detalhe se apresenta na nota 19.
Em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, a rubrica Outras Contas
a Receber detalha-se conforme segue:
Valores em Euros
2013
2012
Fornecedores
52.707,76
8.336,58
Pessoal
49.297,12
54.839,17
Outros devedores
163.968,53
147.791,99
Acréscimos de rendimento
111.524,20
27.018,02
377.497,61
237.985,76
108
Relatório & Contas 2013
19.
PERDAS POR IMPARIDADE DE ATIVOS
O movimento ocorrido nesta rubrica no decurso dos exercícios findos em 31 de
dezembro de 2013 e 2012, foi conforme segue:
Valores em Euros
Saldo em 1 de Janeiro de 2012
Reforço
Reversões
Saldo em 31 de Dezembro de 2012
Reforço
Reversões
Saldo em 31 de Dezembro de 2013
Clientes
Total
-2.051.696,66
-2.051.696,66
-89.763,91
261.884,82
-89.763,91
261.884,82
-1.879.575,75
-1.879.575,75
-103.901,48
11.033,05
-103.901,48
11.033,05
-1.972.444,18
-1.972.444,18
As perdas por imparidade apuradas no exercício foram reconhecidas como gastos
na demonstração de resultados.
109
Relatório & Contas 2013
20.
ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS
Em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, não existiam dívidas em
situações de mora com o Estado e Outros Entes Públicos. Os saldos com estas
entidades detalham-se como segue:
Activos correntes
Valores em Euros
2013
2012
149.411,61
530.818,38
149.411,61
530.818,38
2013
2012
300.634,20
170.928,28
0,00
4.983,59
2.359.493,91
1.503.890,18
-34.292,98
-25.232,54
-1.300.782,08
-170.749,01
609.688,40
536.983,51
1.600,00
1.730,00
1.936.341,45
2.022.534,01
Estado e outros entes públicos
Imp. sobre o valor acrescentado -reembolsos pedidos
Passivos correntes
Valores em Euros
Estado e outros entes públicos
Retenção Imp. sobre o rend. das pessoas singulares - IRS
Retenção Imp. sobre o rend. prediais - IRC
Imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas - IRC
Retenções de terceiros
Pagamentos por conta - IRC
Contribuições para a Segurança Social
Imposto do selo
110
Relatório & Contas 2013
21.
ACIONISTAS
Em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, a rubrica Acionistas,
detalha-se como segue:
Acionistas
Valores em Euros
2013
2012
9.500.000,00
5.500.000,00
9.500.000,00
5.500.000,00
Empréstimos concedidos Empresa-Mãe
ANA - Aeroportos de Portugal, S.A.
No âmbito da sua atividade de assistência em escala a aeronaves nos aeroportos
portugueses a portway tem vindo a registar excedentes de tesouraria cuja
adequada gestão assume, naturalmente, particular importância.
A aplicação destes excedentes na ANA apresenta-se como uma alternativa viável
para ambas as empresas tendo em conta que, no exercício das suas competências,
a ANA terá no período 2013-2014 necessidades de tesouraria que terá de
financiar com recurso a financiamento bancário num contexto de crise de liquidez
que carateriza os mercados financeiros.
Assim a portway, concedeu e disponibilizou à sua acionista ANA – Aeroportos de
Portugal, S.A. a 9 do mês de setembro de 2013, um empréstimo no montante
global de 4 milhões de euros (quatro milhões de euros), vencendo juros
anualmente à taxa Euribor a 12 meses, adicionada de spread de 300 pontos base.
O valor desembolsado, será reembolsado ao fim de um ano, podendo ser
renovável, por períodos a acordar entre a ANA, S.A. e a portway, depois de
avaliado o interesse e as condições de novo empréstimo.
Este empréstimo concedido em 2013 pela portway, veio reforçar o valor
apresentado nesta rubrica, referente aos empréstimos de 4 milhões de euros
(quatro milhões de euros), contratado em 2011, e 1,5 milhões de euros (um
milhão e quinhentos mil euros) contratado em 2012, também com sua acionista
ANA, S.A.
111
Relatório & Contas 2013
22.
DIFERIMENTOS
Em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, a rubrica Diferimentos,
detalha-se como segue:
Activos correntes
2013
2012
Rendas e alugueres
357.045,05
536.213,59
Seguros
148.099,42
149.452,93
Fardas
680.609,10
662.346,67
Outros
35.550,42
114.251,55
1.221.303,99
1.462.264,74
2013
2012
0,00
4.750,00
0,00
4.750,00
Valores em Euros
Gastos a reconhecer
Passivos correntes
Valores em Euros
Rendimentos a reconhecer
Proveito antecipado Safeport
23.
CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
Em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, a rubrica Caixa e
Equivalentes de Caixa, detalha-se como segue:
Valores em Euros
2013
2012
26.118,33
26.175,00
10.682.737,40
10.080.428,85
10.708.855,73
10.106.603,85
Caixa
Numerário
Equivalentes de caixa
Depósitos bancários - DO
112
Relatório & Contas 2013
24.
CAPITAL PRÓPRIO
Em 31 de dezembro de 2013, o capital social da portway, encontrava-se
totalmente subscrito e realizado, sendo representado por 17.000.000 acções com
o valor nominal de 1Euro cada.
A empresa é detida a 100% pela ANA – Aeroportos de Portugal, S.A.
Desde novembro de 2004, que fazem parte dos Capitais Próprios da portway,
1.200.000 Euros (um milhão e duzentos mil euros), a que os acionistas atribuíram
expressamente o regime de Prestações Acessórias. Em 31 de dezembro de 2013 e
31 de dezembro de 2012, a rubrica Capital Próprio decompõe-se como segue:
Valores em Euros
2013
2012
17.000.000,00
17.000.000,00
1.200.000,00
1.200.000,00
Reservas legais
447.207,46
259.705,35
Reservas livres
27.658,98
27.658,98
-3.384.097,98
-6.946.638,08
5.583.638,49
3.750.042,21
20.874.406,95
15.290.768,46
Capital
Prestações acessórias
Resultados transitados
Resultado líquido do exercício
O Código das Sociedades Comerciais estabelece que, pelo menos, 5% do
resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço de reserva legal até que
esta represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível, mas
pode ser utilizada para absorver prejuízos, ou incorporada no capital.
Em 2013, e de acordo com a proposta de aplicação de resultados, do Resultado
Líquido apurado no exercício de 2012 de EUR. 3.750.042,21, foram transferidos
EUR. 187.502,11 para a conta de “Reserva Legal” e EUR. 3.562.540,10 para a
conta de “Resultados Transitados”.
113
Relatório & Contas 2013
25.
As
PROVISÕES
provisões
constituídas
a
31
de
dezembro
2013
visam
cobrir
as
responsabilidades que a portway poderá vir a assumir, respeitantes a processos
em curso, com clientes (neste caso uma reclamação instaurada pelo antigo cliente
AZZURRA), outros de natureza laboral, e ainda com outras entidades, tais como o
SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras) e a ACT (Autoridade para as Condições
do Trabalho).
Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a rubrica Provisões
decompõe-se como segue:
Valores em Euros
2013
2012
Provisões fiscais
132.908,76
110.460,42
Provisões proc. judiciais clientes
175.000,00
175.000,00
Provisões proc. judiciais laborais
241.974,67
192.437,76
Provisões proc. judiciais outros
258.258,00
374.589,04
808.141,43
852.487,22
Valores em Euros
Saldo Inicial 1 janeiro 2013
852.487,22
Reforço
157.472,11
Utilização
100.585,15
Reversão
101.232,75
Saldo Final 31 dezembro 2013
808.141,43
114
Relatório & Contas 2013
26.
FINANCIAMENTOS OBTIDOS
Em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, a rubrica
Financiamentos Obtidos, decompõe-se como segue:
Valores em Euros
2013
2012
Locações (liquidadas entre 1 a 5 anos)
379.732,39
914.640,09
Corrente
Locações (liquidadas até 1 ano)
Cartões de crédito
535.263,27
-6.045,91
619.474,44
-4.905,43
908.949,75
1.529.209,10
881.966,78
1.449.856,29
33.028,88
79.352,81
914.995,66
1.529.209,10
Não corrente
Tipo de equipamento locações
Equipamento básico
Equipamento de transporte
Contratos Leasing
V. Aquisição
Cont. 349494
7 ground power unit (GPU)
262.000,00
Cont. 100045831
9 tractores eléctricos
270.122,00
Cont. 100048072
7 belt loaders
288.950,00
Cont. 100047666
2 tractores reboque avião
187.035,60
Cont. 100047478
1 maindeck pallet container loader
218.000,00
Cont. 100047092
3 container lifting transporter
174.000,00
115
Relatório & Contas 2013
27.
OUTRAS CONTAS A PAGAR
Em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, a rubrica Outras Dívidas
a Pagar, decompõe-se como segue:
Valores em Euros
2013
2012
Clientes
283.783,72
233.685,54
Pessoal
32.531,02
8.468,96
997.848,24
1.528.250,00
0,00
162.181,69
5.368.411,91
5.457.684,92
6.682.574,89
7.390.271,11
Outros credores
Fornecedores Investimento
Acréscimos de gastos
Em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, a rubrica Acréscimos de
Gastos, decompõe-se como segue:
Valores em Euros
2013
2012
3.631.224,38
4.080.456,90
Fornecimentos e serv. Externos
997.931,36
1.064.302,95
Crédito a clientes
281.134,79
188.890,45
Acréscimos de gastos Fast-Close
127.207,62
0,00
Outros acréscimos de gastos
330.913,76
124.034,62
5.368.411,91
5.457.684,92
Remunerações a liquidar/periodificações
116
Relatório & Contas 2013
28.
GARANTIAS PRESTADAS
Em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, as Garantias Prestadas
pela portway, eram as seguintes:
Valores em Euros
Petrogal
Direcção Geral das Alfândegas
29.
2013
2012
7.481,97
7.481,97
1.203.374,02
1.012.958,33
1.210.855,99
1.020.440,30
COMPROMISSOS ASSUMIDOS
As responsabilidades da portway, assumidas à data de 31 de dezembro de 2013 e
31 de dezembro de 2012:
Valores em Euros
2013
2012
34.000,00
34.000,00
34.000,00
34.000,00
Encomendas em curso
Sistema Informático CLF (Com. Lang. Facility)
30.
PROCESSOS JUDICIAIS EM CURSO
Os Processos Judiciais em Curso, no final de dezembro de 2013 e 2012, em que a
portway, é ré, resumem-se como segue:
Valores em Euros
Processos de natureza laboral
Processos de natureza cível
2013
2012
836.986,52
724.488,16
1.159.072,25
1.321.572,25
1.996.058,77
2.046.060,41
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Relatório & Contas 2013
É entendimento da Administração que o risco sobre todos estes processos se
encontra devidamente salvaguardada, com o valor provisionado à data de 31 de
dezembro de 2013, no montante total de 808 mil euros (nota 25).
31.
ENTIDADES RELACIONADAS
Os saldos com partes relacionadas a 31 de dezembro de 2013 e 2012 são os
seguintes:
Valores em Euros
2013
2012
1.114.899,87
1.867.393,25
558.693,67
996.949,84
65.229,83
26.916,24
ANA - Aeroportos de Portugal, S.A. Acréscimos de gastos
617.221,35
620.987,39
ANA - Aeroportos de Portugal, S.A. Gastos a reconhecer
350.086,86
592.772,24
9.500.000,00
5.500.000,00
48.282,00
48.282,00
0,00
57.679,98
ANAM - Aeroportos da Madeira, S.A. Acréscimos de gastos
46.410,83
14.706,52
ANAM - Aeroportos da Madeira, S.A. Gastos a reconhecer
22.242,76
40.046,47
2013
2012
10.427.092,83
10.492.553,38
ANA - Aeroportos de Portugal, S.A. FSE
7.026.474,16
6.500.198,11
ANA - Aeroportos de Portugal, S.A. Outros gastos e perdas
2.276.850,95
2.207.157,00
ANA - Aeroportos de Portugal, S.A. Gastos c/pessoal
227.338,53
222.389,41
ANAM - Aeroportos da Madeira, S.A. Vendas e Serviços Prestados
491.054,92
491.054,92
ANAM - Aeroportos da Madeira, S.A. FSE
614.386,85
596.680,17
62.211,68
66.431,56
Saldos
ANA - Aeroportos de Portugal, S.A. Cliente
ANA - Aeroportos de Portugal, S.A. Fornecedor
ANA - Aeroportos de Portugal, S.A. Acréscimos de rendimentos
ANA - Aeroportos de Portugal, S.A. Empréstimos concedidos
ANAM - Aeroportos da Madeira, S.A. Cliente
ANAM - Aeroportos da Madeira, S.A. Fornecedor
Valores em Euros
Transações
ANA - Aeroportos de Portugal, S.A. Vendas e Serviços Prestados
ANAM - Aeroportos da Madeira, S.A. Outros gastos e perdas
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Relatório & Contas 2013
32.
MATÉRIAS AMBIENTAIS
Não existem matérias ambientais relevantes que possam afetar o desempenho e a
posição financeira da portway, assim como não foram reconhecidos nas
demonstrações financeiras quaisquer custos ou investimentos relevantes de
carácter ambiental. Toda a informação que diga respeito a esta área, encontra-se
divulgada no Relatório de Gestão.
33.
ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DO BALANÇO
Após a data do balanço e a data em que as demonstrações financeiras são
autorizadas para emissão, pelo órgão de gestão, não existiram acontecimentos
com impacto, que dêem lugar a qualquer tipo de ajustamento, ou que devam ser
divulgados.
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