UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA CENTRO
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA CENTRO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA CENTRO INTEGRADO DE SAÚDE FACULDADE DE ODONTOLOGIA Fernando Luiz Goulart Cruz CONTROLE MICROBIOLÓGICO INTRAORAL DOS FIOS DE SUTURA DE SEDA COM POMADA ANTISSÉPTICA Juiz de Fora 2009 FERNANDO LUIZ GOULART CRUZ CONTROLE MICROBIOLÓGICO INTRAORAL DOS FIOS DE SUTURA DE SEDA COM POMADA ANTISSÉPTICA Monografia apresentada à Disciplina de Trabalho de Conclusão Curso da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Juiz de Fora, como parte dos requisitos para obtenção do título de Cirurgião-Dentista. Orientadora: Profa. Dra. Fabíola Pessôa Pereira Leite Juiz de Fora 2009 CRUZ, F.L.G. CONTROLE MICROBIOLÓGICO INTRAORAL DOS FIOS DE SUTURA DE SEDA COM POMADA ANTISSÉPTICA. Juiz de Fora (MG), 2009. 77 f. Monografia (Curso de Graduação em Odontologia) – Faculdade de Odontologia, Universidade Federal de Juiz de Fora. FERNANDO LUIZ GOULART CRUZ CONTROLE MICROBIOLÓGICO INTRAORAL DOS FIOS DE SUTURA DE SEDA COM POMADA ANTISSÉPTICA Monografia apresentada à Disciplina de Trabalho de Conclusão da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Juiz de Fora, como parte dos requisitos para obtenção do título de Cirurgião-Dentista. Aprovada em _____ _______________________ de 2009, pela Banca Examinadora composta por: Profª. Dra. Fabíola Pessoa Pereira Leite Doutora do departamento de ORE- UFJF Prof. Dr. Eduardo Machado Vilela Doutor do departamento de CLO – UFJF Prof. Dr. Claudio Galuppo Diniz Doutor do departamento de Microbiologia - UFJF de Agradecimento Ao Centro Clínico de Pesquisa em Estomatologia (CLINEST) pelo apoio durante todo o desenvolvimento da pesquisa. Aos professores Cláudio Galuppo Diniz e Eduardo Machado Vilela, pois gentilmente aceitaram o convite de participar desta banca avaliadora, engrandecendo este trabalho com suas considerações. A minha orientadora Fabíola Pessôa Pereira Leite pelos ensinamentos. Ao Sr. Lúcio Lemos, Sr. Juarez Rocha Reis e os funcionários do LEMOS laboratórios pela seriedade e destreza no trabalho laboratorial desenvolvido na pesquisa. Ao tio Mauro Cruz, pois foi o grande mentor deste trabalho. Além dos seus ensinamentos e confiança em mim depositados. A Maxtron Ltda. pelo incentivo e apoio. CRUZ, F.L.G. Controle microbiológico intraoral dos fios de sutura de seda com pomada antisséptica. Juiz de Fora (MG), 2009. 77 f. Monografia (Curso de Graduação em odontologia) – Faculdade de Odontologia, Universidade Federal de Juiz de Fora. RESUMO A colonização bacteriana dos fios de sutura no meio bucal pode comprometer o processo cicatricial de uma ferida cirúrgica. A eliminação ou controle desta ocorrência poderia trazer benefícios clínicos. A proposta deste trabalho foi avaliar o efeito de um antisséptico de longa duração e resistente aos fluidos bucais, no controle microbiológico das suturas intraorais utilizando o fio de seda multifilamentado. Foram selecionados 20 pacientes voluntários, sem distinção de gênero e raça, com idades entre 18 e 70 anos, provenientes da clínica do Centro Clínico de Pesquisa em Estomatologia. Os pacientes foram divididos em dois grupos (n=10), teste e experimental e cada paciente foi submetido a quatro coletas de amostras de dois milímetros de fio de sutura para análise quantitativa em dias diferentes (um, três, cinco e sete dias após a cirurgia). Depois de colhido, o material foi centrifugado, diluído seriadamente até 10-10, semeado e encubado em microaerofilia. Após a contagem das Unidades Formadoras de Colônias (UFCs), foram feitas as análises estatísticas comparativas dos dois grupos – O teste de significância utilizado foi o de Mann-Whitney (p < 0,05). O grupo controle apresentou uma média de 9,5 x 107 UFC/ml, enquanto no grupo experimental a média foi de 7,4 x 105 UFC/ml. A diferença dos resultados entre os grupos mostrou significância positiva a favor do grupo experimental (p = 0,002). O fio de seda impregnado com antisséptico teve um desempenho mais favorável que o fio sem o antisséptico no controle microbiano. A diferença entre eles foi significativa, o que sugere a eficácia da pomada. PALAVRAS-CHAVE: antissépticos, controle multifilamentados, iodofórmio, sutura de seda. microbiológico, fios de sutura CRUZ, F.L.G. Microbiological control of intra oral silk sutures with antiseptic ointment. Juiz de Fora (MG), 2009. 77 f. Monografia (Curso de Graduação em Odontologia) – Faculdade de Odontologia, Universidade Federal de Juiz de Fora. ABSTRACT The bacterial colonization of the suture in the oral environment may compromise the healing process of a surgical wound. Elimination or control of this occurrence could bring clinical benefits. This study aimed to evaluate the effect of an anti-septic long duration and resistant to oral fluids, control of bacterial intra-oral sutures using silk multifilament. Were selected 20 volunteer patients, irrespective of gender and race, aged between 18 and 70 years, from the Clinical Center's Clinical Research in Dentistry. Patients were divided into two groups (n = 10), experimental and test, and and each patient underwent four collections samples of two millimeter`s suture for quantitative analysis on different days (one, three, five and seven days after surgery). After harvest, the material was centrifuged, serially diluted up to 10-10, seeded and incubated in microaerophilic. After the counting of colony forming units (CFUs) were made statistical analysis of two comparative groups - The significance test used was the Mann-Whitney (p < 0,05). The control group had an average of 9,5 x 107 CFU/ml, while in the experimental group the average was 7,4 x 105 CFU/ml. The difference in results between the groups showed positive significant for the experimental group (p = 0.002). The silk impregnated with antiseptic has performed more favorably than the wire without antiseptic on microbial control. The difference between them was significant, demonstrating that the ointment was effective. KEYWORDS: antiseptics, microbial control, multifilament’s suture, iodoform, silk suture. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Quadro 1 - Número de amostra e o tempo de coleta para cada paciente conforme a necessidade de análise do fio de sutura em dias diferentes ................................... 57 Figura 1 – Gráfico representado pelas médias para cada variável de dias (eixo X) e quantidade de UFCs/ml formadas (eixo Y) (Grupo Experimental x Grupo Controle) ................................................................. 57 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Tabela das médias quantitativas de microorganismos presentes nos fios de sutura; valores mínimo e máximo; e desvio padrão (Grupo Controle X Grupo Experimental) * Valores expressos em UFC/ml ..................................................... 58 Tabela 2 – Tabela dos valores de p, dos diferentes períodos de coleta das amostras. (Grupo Controle x Grupo Experimental).................................................................. 58 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ADA - American Dental Association ALT - Alanina aminotransferase ECAL - Extrato de calêndula ativado por laser EHA – Extrato hidroalcoólico HE – Hexágono externo IQH - índice de placa de Quigley & Hein Log – Logarítimo, função de domínio MEV - Microscópio eletrônico de varredura (NH-) - Grupo amino (OH-) - Grupo hidroxifenólico PDS – Polímeros de Polidiaxonona PGA – Ácido poliglicólico PVP-I - Polivinil pirrolidona iodada (SH-) - Grupo tiol UFC/ml – Unidades formadoras de colônia por mililitro LISTA DE SÍMBOLOS ® - Marca registrada SUMÁRIO 1.REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................... 11 1.1 O papel das suturas na cicatrização alveolar ......................................... 11 1.2 Propriedades e características dos fios de sutura.................................. 12 1.3 Suturas absorvíveis ................................................................................ 13 1.4 Suturas não absorvíveis ......................................................................... 16 1.4.1 Fio de Sutura de Seda............................................................... 18 1.5 Uso de Antissépticos na cavidade oral .................................................. 20 1.5.1 Cloreto de Cetilpiridínico .......................................................... 21 1.5.2 Digluconato de Clorexidina ....................................................... 22 1.5.3 Peróxido de Hidrogênio ............................................................ 24 1.5.4 Polivinil Pirrolidona iodada a 10% (PVP-I) ............................... 25 1.5.5 Triclosan ................................................................................... 26 1.5.5 Pomada a base de Iodofórmio (Proheal®) ............................... 28 1.5.6.1 Histórico ...................................................................... 28 1.5.6.2 Iodofórmio (Triiodo metano) ....................................... 29 1.5.6.3 Óleo de Calêndula ...................................................... 30 1.5.6.4 Lanolina Anidra ........................................................... 32 1.5.6.5 Cera de abelha ........................................................... 32 1.5.6.6 Nipazol (propilparabenzeno) ....................................... 33 1.5.6.7 Eficácia ....................................................................... 34 2. ARTIGO CIENTÍFICO..................................................................................... 36 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 59 ANEXOS ........................................................................................................... 65 1 REVISÃO DA LITERATURA 1.1 O PAPEL DAS SUTURAS NA CICATRIZAÇÃO ALVEOLAR A busca incessante por materiais e técnicas que proporcionem uma melhor recuperação dos pacientes, e principalmente, uma reparação tecidual mais rápida e de qualidade superior, tem estimulado pesquisadores. Diérese, hemostasia e síntese são consideradas manobras cirúrgicas fundamentais e, independente da extensão e da demora do procedimento operatório, desde que esses princípios sejam respeitados, o pós-operatório imediato e mediato, incluindo a cicatrização tecidual, será mais controlável e previsível. A síntese desempenha um papel fundamental na cura das feridas bucais devido à presença de fatores que podem ser indesejáveis no pós-operatório, como saliva, contaminação microbiana ou alimentar além de traumas mecânicos produzidos por alimentos ou mesmo por próteses (SILVESTEIN, 2003). Em se tratando da reparação tecidual alveolar, é sabido que após a exodontia ou cirurgia de implantes, há a participação dos tecidos epitelial e conjuntivo no processo reparacional e que vários fatores podem interferir neste processo (BANCHE et al. 2007). Dentre os fatores locais que podem interferir neste reparo tecidual, pode ser destacada a sutura. Este procedimento tem como objetivo: a) conseguir uma hemostasia, embora esta deva ser realizada antes da síntese tecidual final; b) evitar espaços vazios entre os tecidos, reduzindo a instalação de exsudatos e sequelas infecciosas; c) unir e aproximar as bordas da ferida, deixando-as imóveis para melhorar a cicatriz; d) proteger o coágulo sanguíneo formado no interior do alvéolo dental, que é importante para o início da proliferação fibroblástica e capilar (OKAMOTO et al. 2002 e SILVESTEIN, 2003). A reparação do alvéolo dental é considerada como completa quando o mesmo se encontra totalmente preenchido por trabéculas ósseas bem definidas e a crista óssea remodelada. Nessa etapa final existe um equilíbrio dinâmico osteoclástico – osteoblástico e este tecido ósseo se encontra em condições de suportar novos estímulos. Para manter o rebordo alveolar e evitar a reabsorção óssea fisiológica é necessário que este receba estímulos do esforço mastigatório, como os transmitidos pelas próteses dentais (CUFFARI e SIQUEIRA, 1997). Na literatura podem-se encontrar trabalhos que avaliam as respostas teciduais frente aos mais diversos tipos de fios de sutura. LILLY et al. (1968) relataram que a resposta da mucosa gengival frente ao material de sutura é diferente quando empregada fora da cavidade bucal. De acordo com os autores, esse fato pode ser em decorrência da transmissão de micro-organismos presentes nos fluídos bucais para o interior da ferida cirúrgica. Além disso, a presença de biofilme aderido ao fio de sutura tende a interferir na reparação tecidual. Esse mesmo trabalho nos mostra que os fios multifilamentados como o algodão, tem maior facilidade de desenvolvimento de colônias microbianas na sua superfície, interferindo na reparação dos tecidos. 1.2 PROPRIEDADES E CARACTERÍSTICAS DOS FIOS DE SUTURA Segundo Hering (1993) a presença de corpos estranhos na região de uma ferida cirúrgica está em direta relação com a infecção. Embasados na ideia de que o próprio fio poderia ser um corpo estranho ao tecido vivo, pesquisadores passaram a estudar as características físicas e químicas de cada fio na dependência de sua estrutura básica. Os resultados obtidos mostraram que a reação tecidual provocada pelo fio é proporcional ao seu diâmetro. Logo, deve-se utilizar o fio com o menor diâmetro possível nas suturas e ligaduras (RAUSCH, 2008). De acordo com Hendler (2000) um fio de sutura ideal deve apresentar resistência tênsil elevada, boa segurança do nó (pouca memória), facilidades no manuseio, reação tissular mínima, ausência de propriedades alérgicas, resistência a infecção e absorção quando o reparo do tecido tiver alcançado níveis satisfatórios. Em particular, as suturas utilizadas nas cirurgias maxilo-faciais e orais se comportam de forma diferente daquelas utilizadas em outras partes do corpo devido à qualidade dos tecidos corporais envolvidos, a presença constante de saliva e micro-organismos, os elevados níveis de vascularização e as funções relacionados à fala, mastigação e deglutição (LILLY et al., 1968; BANCHE et al., 2007). Atualmente grandes inovações foram feitas nos materiais de sutura. Assim, existe uma grande variedade de materiais utilizados, podendo ser classificados como absorvíveis (biodegradáveis) e não-absorvíveis. Ambos podem apresentar-se sob as formas monofilamentar ou multifilamentar (PETERSON et al., 2005). Souza Filho et al. (2007) relataram que todas as suturas causam variável grau de reação inflamatória nos tecidos as quais são implantadas, parte pelo trauma de inserção e parte pelas suas propriedades físico-químicas. A resposta inflamatória crescente verificada nos fios multifilamentados tanto absorvíveis ou não absorvíveis pode ser atribuída aos vários filamentos que se entrelaçam, que em um meio potencialmente contaminado pode favorecer a proliferação de bactérias. Os fios monofilamentados, comprovadamente levam à menor reação inflamatória. Segundo Sandoval (2003), a vantagem dos fios monofilamentados é a sua menor capilaridade, ou seja, menor capacidade de aderência de secreções, fluidos e bactérias e com isso provoca menor reação tecidual se comparado aos fios multifilamentados. Por outro lado, a desvantagem dos fios monofilamentados é sua baixa resistência combinada com sua alta memória, desmanchando os nós espontaneamente e com isso os bordos da ferida não permanecem unidos. O desenvolvimento de materiais sintéticos tem permitido a introdução de sutura com várias características diferentes, boa qualidade, e um custo razoável. Estes materiais sintéticos têm sido bem aceitos e rapidamente foram aprovados pelos cirurgiões. No entanto, um problema relacionado ao uso das suturas naturais, ou seja, aderência de bactérias no fio e com isso infecção na ferida, não foram superados com o uso de suturas sintéticas. Este problema pode ser uma complicação grave nos pacientes que sofreram cirurgia e pode ser particularmente relevante em cirurgia oral, pois a ferida é facilmente exposta à contaminação por bactérias presentes na cavidade bucal e saliva, resíduos de alimentares, líquidos ingeridos e micro-organismos (SORTINO et al., 2008). 1.3 SUTURAS ABSORVÍVEIS As suturas absorvíveis são bastante empregadas nas cirurgias periodontais e de implantodontia devido a um estado pós-operatório mais confortável, pois não há necessidade de remoção obrigatória da sutura (SILVERSTEIN et al., 2003). Porém, de acordo com Cuffari e Siqueira (1997) os fios absorvíveis sofrem metabolismo em sua degradação, que inclui digestão enzimática e fagocitose. Estes fenômenos causam maior grau de inflamação na ferida se comparados aos fios não absorvíveis. Para Athre et al. (2007) a sutura absorvível é ideal pois fornece um andaime de suporte temporário até que a ferida possa suportar as tensões normais do tecido. Os fios absorvíveis perdem gradualmente sua resistência à tração até serem fagocitados ou hidrolisados. Eles podem ser de origem animal (Catgut Simples e Cromado) ou sintéticos multi ou monofilamentados (Poliglactina, Poliglecaprone e Polidioxanona). Suas características e propriedades são definidas por órgãos oficiais e associações normatizadoras como a norma brasileira NBR 13904 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (RIBEIRO e GRAZIANO, 2003). Atualmente existem duas categorias de suturas: as naturais e as sintéticas. As naturais são fabricadas a partir de filamentos processados de colágeno altamente purificado e são digeridas pelas enzimas orgânicas. Apresentam dois tipos de fio cirúrgico: gut liso e gut crômico. Elas economizam tempo no estado pósoperatório, reduzem a ansiedade do paciente, além de apresentar resistência à tração de média a moderada. As desvantagens: propiciam maiores aderências e proliferação bacteriana na parte exposta do fio na cavidade oral, resultando em um material em estado de putrefação e uma grande reação inflamatória tecidual ao redor da sutura (CUFFARI e SIQUEIRA, 1997). O clinico deve ter o cuidado de não utilizar este tipo de material em pacientes com histórico de bulimia de refluxo epigástrico, doença de Sjogren, esofagite, e radioterapia na região das glândulas salivares devido ao baixo pH da cavidade oral, resultando em dissolução mais rápida dessa sutura (SILVERSTEIN et al., 2003). Já as sintéticas são fabricadas a partir de um polímero lactídeo e glicolídeo (suturas de ácido poliglicólico - PGA) ou compostas por um filamento (monofilamentar) comprimido e orientado de polímeros de Polidiaxonona (PDS). A sutura de PGA é um monofilamento que apresenta uma biodegradação uniforme e progressiva, durando cerca de 21 a 28 dias. Esta biodegradação ocorre por hidrólise, liberando ácido glicólico que apresenta efeito antibiótico local (RAUSCH 2008), é um material inerte, provocando reação tecidual moderada, além de demonstrar grande resistência a tração e baixa elasticidade (CUFFARI e SIQUEIRA, 1997; SILVERSTEIN et al., 2003). Porém, é um material pouco maleável e pode romper um tecido muito edemaciado. Apresenta nós pouco resistentes, o que sugere uma boa memória deste fio, conseqüentemente, um nó pouco seguro e de grande incomodo à bochecha ou língua do paciente (CUFFARI E SIQUEIRA, 1997; RIBEIRO et al., 2005). O poliglecaprone 25 é um fio monofilamentar sintético à base blocos segmentados de copolímeros de épsilon coprolactona e glicolida que possui absorção é completa entre 91 e 119 dias após implantação. Apresenta excelente resistência tênsil, reduzida memória e grande maneabilidade. No entanto, este material apresenta uma perda da sua resistência tênsil de 20 a 30% após duas semanas de pós-operatório (período considerado crítico na cicatrização e reparação de tecidos), não sendo recomendado em áreas sob tensão (NARY FILHO, 2002). Além de apresentar dificuldade de visualização no campo operatório e apresentar custo elevado (RIBEIRO et al., 2005). A poliglactina 910 (polivicryl) apresenta um tempo de absorção de 60 a 90 dias. Aos sete dias após a síntese se observa um infiltrado inflamatório de grau moderado com predomínio de linfócitos. No entanto, se comparado com fios nãoabsorvíveis, podemos afirmar que desencadeia menor intensidade de reação inflamatória no tecido gengival. Também demonstra facilidade de manipulação, não favorece a aderência do biofilme e não provocou dilacerações nos tecidos (SHAW et al., 1996) A resposta tecidual é melhor quando se utiliza o poliglecaprone 25, em comparação com a poliglactina 910. Este comportamento biológico superior pode estar relacionado à sua composição química aliado à condição física monofilamentar (SAITO et al., 2006). O fio de polidiaxonona possui boa resistência tênsil e alto nível de flexibilidade, provocando pouco trauma de passagem nos tecidos. Porém a sua absorção pelo organismo é lenta, podendo levar de 120 até 180 dias (HENDLER, 2000); nos tecidos subjacentes apresenta discreta proliferação epitelial, apresentando uma fase exudativa mais pronunciada e infiltrado inflamatório mais intenso (RAUSCH 2008). Embora este fio tenha sido utilizado em diversos trabalhos na área médica, persistem dúvidas quanto às suas propriedades e características clínicas. Por outro lado, dentro da área odontológica, não foi encontrado nenhum trabalho experimental utilizando o fio de polidiaxonona na sutura da mucosa gengival após exodontia (RASCH 2008). Shaw et al. (1996) fez um estudo prospectivo e aleatório para avaliar a longevidade de três tipos reabsorvíveis de sutura (gut, ácido poliglicólico e poliglactina 910) no ambiente oral. Todos os fios possuíam o mesmo diâmetro, o mesmo tipo de agulha e eram colocados usando uma técnica padrão pelos cirurgiões. Participaram 55 pacientes totalizando 110 suturas. Após a cirurgia apical, foram monitorados a sobrevida mediana de cada tipo de sutura. Os resultados foram: gut - 4 dias, ácido poliglicólico - 15 dias, poliglactina 910 28 dias. Essas diferenças entre os fios foram estatisticamente significativa. Os autores concluíram que nenhum destes três fios de sutura avaliados, satisfazem o período ideal de 5 a 14 dias utilizados em cirurgia oral. 1.4 SUTURAS NÃO ABSORVÍVEIS As suturas não absorvíveis foram as primeiras a serem utilizadas. Sua utilização se iniciou com tendões de animais, crinas de cavalo, tiras de couro, fibras vegetais, intestino de animais e fios fabricados de matérias preciosos. Na atualidade são utilizados os fios de seda (origem animal), linho e algodão (origem vegetal), aço (origem mineral) e fibras sintéticas (Poliamida, Poliéster, Polipropileno) (SAITO et al., 2006). Suas características e propriedades são definidas por órgãos oficiais e associações normatizadoras como a norma brasileira NBR 13904 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (RIBEIRO e GRAZIANO, 2003). A evolução desses materiais pode proporcionar um refinamento nas técnicas cirúrgicas específicas como maior facilidade de aproximação dos bordos como também diminuem o potencial de infecção pós-operatória (SILVERSTEIN et al., 2003). Os fios não absorvíveis orgânicos como o algodão, a seda (oriunda do bicho da seda Bom Byx Mori L) e o linho são multifilamentados e formados de proteínas naturais e por essa razão podem provocar maior reação tecidual que os fios não absorvíveis sintéticos como os poliamidas, polipropileno e poliéster (HERING, 1993; SAMPAIO et al., 1993). A desvantagem da sutura não absorvível multifilamentada é o “efeito pavio”, que faz com que este material concentre bactérias e fluidos próximos ao local da ferida (BANCHE et al., 2007; POLAT et al., 2008). O fio de algodão possui fácil uso, seu nó não desata facilmente e apresenta baixo custo. Contudo, é pouco utilizado pelos cirurgiões, pois interfere no processo de cicatrização, provoca áreas inflamatórias e evidencia deposição do biofilme, além de provocar reação tipo corpo estranho devido o atraso na proliferação fibroblástica (FURLANETO e PRETTO, 2001). Os fios não absorvíveis sintéticos podem ser monofilamentados como: poliamidas (mononylon® - Ethicon; Superlon® - Cirumédica; Dermalon® -Davis & Geck), polipropileno (Supralene® -Cirumédica; Prolene® -Ethicon; Proxolene® Davis & Geck) ou multifilamentados como o poliéster (Mersilene® -Ethicon; Dracon® -Davis & Geck). Por serem inertes, estes fios provocam menor reação tecidual, não absorvem fluidos, pois não possuem capilaridade, têm um baixo coeficiente de atrito que permite seu fácil deslizamento sem rompimento dos tecidos, sendo, portanto, indicados em suturas de tecidos frágeis e delgados (HERING, 1993; SILVERSTEIN et al., 2003). Entretanto, apresentam grande dificuldade no manuseio e os nós desatam espontaneamente devido à lisura do material. Não devem ser utilizados onde é necessária a retenção permanente da resistência a tração, pois a hidrólise progressiva pode resultar em perda gradual dessa resistência. O nylon é um material sintético, monofilamentar derivado de poliamidas que se caracteriza pela elasticidade devido a sua resistência mecânica. É freqüentemente utilizado para a síntese da pele e produz baixa reatividade tecidual (HENDLER, 2000). De acordo com RIBEIRO et al. (2005), o fio de nylon apresenta superioridade quando comparado aos fios de origem orgânica ou mesmo sintéticos (poliéster) ocasionando reação inflamatória mais discreta. A superioridade deste fio em relação ao poliéster e algodão pode ser explicada pela natureza monofilamentar do primeiro (nylon). O poliéster e o algodão sendo multifilamentados possibilitaram maior retenção de bactérias em seus filamentos. Para o mesmo autor, é evidente a superioridade dos fios sintéticos sobre aqueles de origem orgânica sob os aspectos de reação tecidual, aderência bacteriana, coeficiente de atrito, resistência tênsil, capilaridade e absorção de fluidos. Dentre os fios sintéticos, o de nylon é o que apresenta melhor biocompatibilidade (CUFFARI e SIQUEIRA, 1997; OKAMOTO et al., 2002). Já nos estudo de Sampaio et al. (1993) os autores averiguaram que sete dias após a síntese com fio de nylon, o tecido gengival apresentou presença de infiltrado inflamatório em grau moderado/intenso com células gigantes em atividade macrofágica e dilaceração de fibras. Eles concluíram que estas reações se assemelham bastante com as provocadas pela seda. Para Souza Filho et al. (2007) o fio de nylon possui a desvantagem de traumatizar a mucosa bucal, apesar de provocar pequena inflamação ao seu redor e baixo acúmulo de biofilme. 1.4.1 FIO DE SUTURA DE SEDA As sedas são compostas por polímeros de proteínas fabricadas a partir das fibras de larvas de lepidópteros, como o bicho da seda (Bombyx mori) e aranhas (Nephila clavipes e Diadematus araneus) (ALTMAN et al., 2003). Elas possuem diferentes composições de aminoácidos de acordo com sua estrutura, propriedade e função. Essas funções específicas variam da reprodução do casulo, estruturas capsulares, linhas para capturar a presa, salva vidas, apoio, construção da rede e até aderência. As sedas são insolúveis em meio ácido e alcalino devido às extensas ligações de hidrogênio e a natureza hidrofóbica de suas proteínas (ZHOU et al., 2000). A seda oriunda do Bicho da seda tem sido utilizada como sutura biomédica há décadas e na produção têxteis há séculos. Esta seda é composta por duas proteínas. Uma central, a fibroína, circundada por uma periférica, sericina. Podem variar em dois tipos. A seda virgem que contem as proteínas de fibroína e sericina; e a seda preta trançada, da qual se extrai a fibroína e a reveste a sericina com cera ou silicone para aumentar as propriedades de material e reduzir o desgaste (ALTMAN et al., 2003). Como sutura, a seda é popular na cirurgia oral, ocular, neural e cardiovascular, mas também tem sido utilizada em uma variedade de outros tecidos do corpo. O fio de seda é o material mais utilizado em cirurgia oral devido seu fácil manuseio, seu nó não desata facilmente (baixa memória), não lacera os tecidos, possui baixa resistência tênsil, baixo custo, pode ser utilizada em áreas de alta tensão tecidual e suas pontas não causam algias e ulcerações nos tecidos adjacentes como língua, bochechas e lábios (ALTMAN et al., 2003). A seda possui reação tecidual menor que o algodão. Porém, por ser um material de origem animal e multifilamentar, este possui grande capilaridade, provocando acúmulo de biofilme resultando na proliferação de bactérias (CUFFARI e SIQUEIRA, 1997). Setzen e Williams em 1997, realizaram um estudo cego em que analisaram as respostas teciduais de onze tipos de suturas implantadas na região subcutânea de um coelho. As respostas teciduais foram baseadas no número de células gigantes presentes na cápsula fibrosa, dentro dos filamentos das suturas, e da espessura da cápsula em torno da sutura. As avaliações foram realizadas 30, 60 e 120 dias após a implantação. A resposta inflamatória ao redor da cápsula foi graduada em uma escala de um a três, com base no tipo de célula e no número de vasos encontrados na região. Trinta dias após a implantação, foi avaliado o número de células de corpo estranho ao redor de cada sutura. A seda suscitou uma resposta equivalente às outras suturas multifilamentadas absorvíveis e não absorvíveis. No entanto, ao avaliar a espessura da cápsula fibrosa, a seda preta trançada, bem como as outras suturas multifilamentadas não absorvíveis induziram a formação de forma significativa. A análise histológica de 30 dias após implantação mostrou que a resposta do tecido de seda foi equivalente ao Vicryl e PDS (dois materiais sintéticos absorvíveis), o nylon (monofilamento), e o Ethibond, Mersilene e Tevdek (três comuns multifilamentos não absorvíveis). Os autores concluíram que a resposta inflamatória induzida pela seda não foi superior a resposta das suturas absorvíveis 30 dias após o implante subcutâneo. Além disso, eles encontraram uma maior resposta inflamatória nas suturas multifilamentadas, se comparado com as monofilamentadas, confirmando a influência da maior área de superfície como indicativo de indução de uma maior resposta inflamatória. Para Grigg et al. (2004) os resultados in vitro e in vivo sugerem que a seda absorve menor quantidade de fluidos intraorais do que as outras suturas multifilamentadas trançadas. Desse modo, transmite menos bactérias para o interior da ferida, pois sua ação capilar é menor do que as outras suturas multifilamentadas. Banche et al. (2007) compararam a colonização microbiana em diferentes materiais de sutura intraoral em pacientes submetidos às cirurgias. Foram selecionados 60 voluntários, que foram divididos aleatoriamente em cinco grupos de doze pacientes. Em cada grupo foi colocado o fio de seda associada com outro tipo diferente de sutura. Oito dias após a cirurgia, as suturas foram removidas. Uma amostra de cada paciente foi isolada, contadas e identificadas através de atividades enzimáticas e fermentação de açúcares. Os autores encontraram que em todos os pacientes, a sutura de seda exibiu a menor adesão de bactérias se comparada com as outras suturas multifilamentadas não absorvíveis (Supramid, Synthofil, Ethibond Excel, Ti-cron). E a carga microbiana foi significativamente menor quando se utilizou um monofilamento absorvível. Os autores concluíram que os fios de seda e o absorvível de poliglactina 910 apresentaram o menor número de bactérias aderentes. Sortino et al. (2008) avaliaram a reação inflamatória causada pelas suturas de seda preta e de ácido poliglicólico. Sua amostra era constituída de 55 pacientes voluntários, submetidos a algum tipo de cirurgia oral no ângulo da mandíbula. Estes pacientes foram divididos em dois grupos. Grupo I - 30 pacientes utilizaram sutura com fio de seda; grupo II 25 pacientes utilizaram sutura de ácido poliglicólico. Após oito dias de permanência dos fios na cavidade bucal, estes foram removidos e colocados em recipientes esterilizados e transferidos para o laboratório para contagem bacteriana e avaliação da reação inflamatória com auxílio de um microscópio de luz com capacidade de cem vezes de ampliação. Todos os pacientes foram orientados a adequada desinfecção da ferida com solução de clorexidina 0,2%. Os autores concluíram que a reação inflamatória dos tecidos gengivais foi menor no grupo que utilizou o fio de ácido poliglicólico em comparação à sutura de seda. No entanto, as condições da ferida foram aceitáveis em pacientes tratados com ambas as suturas. 1.5 USO DE ANTISSÉPTICOS NA CAVIDADE ORAL Embora os fios de sutura empregados rotineiramente em cirurgias orais possam favorecer o acúmulo e o crescimento bacteriano, há poucos trabalhos na literatura relatando preocupação com a antissepsia da ferida cirúrgica durante o período pós-operatório e antes de sua remoção. A contaminação da ferida cirúrgica e dos fios de sutura representou durante muito tempo uma ameaça ao sucesso das intervenções cirúrgicas. A passagem de micro-organismos da microbiota oral para o interior da ferida cirúrgica estará favorecida ou prejudicada em função das propriedades de absorção de alguns tipos de fios de sutura, dos cuidados de higienização oral durante o pós-operatório e da técnica empregada na remoção da sutura. A desvantagem dos fios multifilamentados é a sua capilaridade, pois esta promove a absorção de fluidos, secreção e bactérias do meio intraoral para a ferida. Fenômeno chamado de “efeito-pavio”. Esta propriedade destes fios pode ser favorável na medida em que se aplica um material antisséptico e o fio por sua vez, irá absorver este material e servir como veículo de condução do meio bucal para o interior da ferida cirúrgica, resultando numa melhor resposta tecidual da ferida (SOARES et al., 2001). Diante deste fato, vários antissépticos têm sido empregados em cirurgia oral e em periodontia, entre os quais se destacam o cloreto de cetilpiridínio, o digluconato de clorexidina, o peróxido de hidrogênio, o polivinil pirrolidona iodada a 10 % (PVP-I) e o triclosan. 1.5.1 Cloreto de Cetilpiridínio O cloreto de cetilpiridínio é uma solução antisséptica que atua principalmente sobre bactérias Gram-positivas e leveduras. Presume-se que sua ação ocorra por ligações catiônicas muito semelhantes às que ocorrem com a clorexidina. O mecanismo de ação está relacionado com o aumento da permeabilidade da parede celular, que favorece a lise, diminui o metabolismo celular e a habilidade da bactéria em se aderir a superfície dental (MARINHO e ARAÚJO, 2007). Conforme Esplin (1967), a atividade antimicrobiana de compostos quaternários de amônio como o cloreto de cetilpiridínio pode ser reduzida pela presença de matéria orgânica. Ou seja, a presença de biofilme aderido ao fio de sutura e a falta de ação residual prolongada deste antisséptico é um fator que diminui sua efetividade. Camargo et al. (1986) realizaram um estudo em crianças, que analisou o efeito de bochechos com soluções de cloreto de cetilpiridínio em três concentrações diferentes sobre o número de bactérias aderidas às células epiteliais da mucosa jugal. Como controle, foram realizados bochechos com solução salina fisiológica. Os resultados demonstraram que as soluções a 1:5.000 e 1:10.000 causaram uma redução estatisticamente significativa do número de bactérias aderidas, ainda observável uma hora após o bochecho. A solução a 1:140.000 também causou redução do número de bactérias aderidas, porém este efeito só foi detectado até 30 minutos após. O bochecho com solução salina não causou redução estatisticamente significativa. Os autores concluíram que o cloreto de cetilpiridínio, em concentrações inferiores às usadas na clínica, provavelmente é ainda um bom antisséptico bucal, já que interfere com a aderência bacteriana, reduzindo o número de bactérias que colonizam a mucosa oral. Em 2001, Soares et al. avaliaram o efeito da antissepsia da ferida cirúrgica alveolar usando dois tipos de colutório bucal, o cloreto de cetilpiridínio (Cepacol®) e a clorexidina 0,2% (Periogard®), sobre o crescimento bacteriano em fios de sutura de algodão. Os resultados evidenciaram que todos os fios apresentaram-se contaminados com estreptococos, antes e após a antissepsia da ferida cirúrgica. Os autores concluíram que os dois métodos avaliados reduziram o número de estreptococos isolados apresentaram diferenças nos fragmentos estatisticamente dos fios, entretanto, significativas. Os ambos autores não ainda concluíram que se projetada à solução antisséptica sob pressão sobre o fio, promove uma limpeza mais efetiva do que quando se emprega somente o bochecho, pois se promove ao mesmo tempo uma desinfecção química e mecânica. 1.5.2 Digluconato de Clorexidina Digluconato de clorexidina é um dos biocidas mais utilizados. É uma biguanida catiônica que combate bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, sendo tanto bactericida como bacteriostática (HARNET et al., 2009). Esta solução se liga às superfícies aniônicas da cavidade oral, sendo gradualmente liberada, promovendo assim uma liberação contínua e ação antimicrobiana. A clorexidina pode ficar retida tanto na superfície dental como na mucosa bucal, tendo o seu efeito proporcional à capacidade de adsorção por essas estruturas, de onde é liberada para a cavidade oral, mantendo-se atuante, em média, por 24 horas. (SOARES et al., 2001). Segundo Sreenivasan e Gaffar 2002, a clorexidina tem grande afinidade pela parede celular de micro-organismos, provavelmente, devido a uma interação entre a positividade de sua molécula e a carga negativa da parede celular de microorganismos. Essa afinidade induz mudanças nas estruturas da superfície da parede celular, produzindo a perda do equilíbrio osmótico e a precipitação do citoplasma. Ocorre um aumento da permeabilidade da parede celular bacteriana, permitindo a saída de conteúdo citoplasmático, provocando a sua morte. O fato de a eficiência da clorexidina não ser afetada pela presença de matéria orgânica, incluindo sangue e pus, parece contribuir positivamente para a sua ação. Simmons et al. (1990) relataram que a aplicação de clorexidina a 0,2% na margem gengival, antes do tratamento odontológico, reduz a severidade da bacteriemia após tratamento, podendo ser empregada em pacientes de risco para endocardite como complemento da antibioticoterapia. Já em 2000, Barros et al., fizeram um trabalho que avaliou a freqüência de bacteriemia após a exodontia comparando um grupo controle (bochecho com soro fisiológico) e um grupo teste (bochecho e limpeza mecânica com clorexidina 0,2%) e concluíram que não houve diminuição da bacteriemia após a exodontia em ambos os grupos. Erdemir et al. (2007) avaliaram a eficácia da clorexidina 0,2% no acúmulo de biofilme sobre a sutura de seda após a extração de terceiros molares impactados por microscopia eletrônica de varredura (MEV). A amostra foi constituída por 14 pacientes, divididos aleatoriamente em grupo teste (utilizando gluconato de clorexidina a 0,2 %) e grupo controle (utilizado soro fisiológico). As suturas foram removidas após sete dias, mantidas em álcool 70% e processados para MEV. O material foi observado em vários campos e em diferentes ampliações no MEV. Nos achados, houve menor área de superfície contaminada no grupo teste que no grupo controle. E quantitativamente, a contaminação foi significativamente menor no grupo teste (p < 0,01). Os autores concluíram que a clorexidina 0,2% foi eficaz na redução do acúmulo de biofilme na sutura de seda. Sortino et al. (2008) avaliaram a eficácia do enxaguatório bucal com solução de clorexidina 0,2% em fios de seda preta e de ácido poliglicólico. Sua amostra foi constituída de 55 pacientes voluntários, submetidos a algum tipo de cirurgia oral na região de ângulo da mandíbula. Estes pacientes foram divididos em dois grupos. Grupo I - 30 pacientes utilizaram sutura com fio de seda; grupo II - 25 pacientes utilizaram sutura de ácido poliglicólico. Após oito dias de permanência dos fios na cavidade oral, estes foram removidos e colocados em recipientes esterilizados e transferidos para o laboratório para contagem bacteriana. Todos os pacientes foram previamente orientados a adequada desinfecção da ferida com solução de clorexidina 0,2% três vezes ao dia, sempre após as refeições. Os autores concluíram que o uso de solução de clorexidina não afetou significativamente a presença e o tipo de micro-organismos tanto no grupo I quanto no grupo II. Harnet et al. (2009) realizaram um estudo in vitro analisando o efeito antisséptico do gluconato de clorexidina 20% incorporado a diferentes tipos de sutura. Em um grupo haviam as suturas de seda, poliéster e ácido glicólico que foram apenas imergidas em gluconato de clorexidina 20% por 12 horas. Em outro grupo haviam os mesmos tipos de suturas, porém, incorporados com clorexidina 20% em sua estrutura por meio de camadas de filmes polieletrólitos. Os autores concluíram que após 24 horas, o grupo onde as suturas eram apenas imergidas, o resultado não foi significante no combate a Escherichia coli. Já no grupo onde a clorexidina estava incorporada a estrutura dos fios, houve inibição significativa da proliferação de Escherichia coli (p < 0,05). 1.5.3 Peróxido de Hidrogênio O peróxido de hidrogênio tem sido defendido por vários anos como um antisséptico usado para o controle de várias condições bucais. Por ser um agente oxidativo instável, sua ação antimicrobiana se dá pela formação de radicais hidroxila livres, o que é extremamente desfavorável para o crescimento de vários microorganismos, pois atacam a membrana citoplasmática, DNA e outros componentes celulares essenciais (MATOS et al., 2009). Em um estudo in vitro, Athre et al. (2007) compararam a resistência à tração do nylon, polipropileno e fio de rápida absorção (gut) tratados com de peróxido de hidrogênio 3% (grupo experimental) e com água natural (grupo controle) por um período de cinco dias. Os resultados mostraram uma diferença significativa na diminuição da tração e na rapidez de absorção dos fios gut tratados com água oxigenada se comparado aos fios gut tratados apenas com água. Já nos fios de nylon e de polipropileno, não houve diferença na tração se comparado o grupo experimental com o controle. Os autores concluíram que a utilização do peróxido de hidrogênio a 3% pode levar a cicatrizes alargadas ou hipertróficas devido à degradação prematura nos fios gut. Quiles et al. (2007) realizaram um trabalho para avaliar o poder de redução do biofilme de um enxaguatório à base de peróxido de hidrogênio 1,5% em indivíduos sem medidas de higiene bucal. Quinze indivíduos com o periodonto saudável foram utilizados no experimento. Os participantes foram divididos aleatoriamente em três grupos e requisitados a abolir toda e qualquer medida de higiene bucal, por um período de três dias. Durante este período de ausência de higiene bucal, cada grupo usou três vezes ao dia, respectivamente, um dos seguintes enxaguatórios bucais: (1) peróxido de hidrogênio 1,5% (2) clorexidina 0,12% e (3) solução placebo. Após o término do período experimental, os participantes retornaram às suas medidas comuns de higiene bucal por 10 dias. Este esquema experimental foi repetido por mais duas vezes até que os três grupos utilizaram as três soluções diferentes. Logo após o término dos respectivos períodos experimentais (três dias), a quantidade de biofilme formada nas superfícies dentais dos participantes foi avaliada clinicamente, utilizando-se o índice de placa de Quigley e Hein modificado por Turesky (IQH). Os resultados do IQH para todas as faces dentais nos grupos que utilizaram clorexidina 0,12%, peróxido de hidrogênio 1,5% e placebo foram, respectivamente 0,63; 1,24 e 1,78. Estas diferenças neste índice foram estatisticamente significantes (p < 0,05). Estes resultados indicam que o uso do enxaguatório peróxido de hidrogênio 1,5% pode diminuir a formação de biofilme na ausência de medidas mecânicas de higiene bucal. 1.5.4 Polivinil Pirrolidona iodada a 10 % (PVP-I) O PVP-I é uma solução de polivinil pirrolidona iodada a 10% em excipiente aquoso tamponado. De acordo com Marks (1982) o iodo em sua forma livre é insolúvel em água e tóxico aos tecidos, enquanto o PVP-I é um polímero hidrossolúvel capaz de liberar iodo ativo por um período de tempo maior, em função da presença de um surfactante iônico que confere maior aderência à superfície sobre o qual for empregado. Assim, o uso desse polímero permite uma maior liberação do iodo, levando ao aumento da atividade antimicrobiana contra bactérias gram-positivas e gram-negativas, fungos, micobactérias, vírus e protozoários. A atividade microbicida do PVP-I é resultante dos fortes efeitos oxidantes sobre os grupos amino (NH-), tiol (SH-) e hidroxifenólico (OH-) em aminoácidos e nucleotídeos. O PVP-I também reage fortemente com as duplas ligações em ácidos graxos insaturados na parede celular e nas membranas das organelas (MARINHO e ARAÚJO, 2007). Embora na literatura haja poucos relatos sobre o PVP-I, a A American Dental Association (ADA) sugere o seu uso para irrigação subgengival no tratamento da doença periodontal, pois possui amplo espectro antimicrobiano, bom perfil de segurança, além do baixo custo financeiro (HOANG et al., 2003). Em 1999, Okamoto et al. avaliaram o efeito do polivinil pirrolidona iodada a 10% (PVP-I) e de solução fisiológica sobre bactérias aderidas a fios de seda utilizados na sutura da mucosa após extração dental em ratos. Os autores concluíram que a solução de PVP-I ocasionou uma diminuição da contaminação bacteriana na superfície do fio de sutura, mas não evitou a sua colonização, se comparado ao grupo que utilizou a solução fisiológica. Porém esta diminuição foi estatísticamante significativa somente na comparação do log-1 e não no teste paramétrico. Vários fatores podem ter limitado a magnitude da redução do conteúdo séptico pelo PVP-I, tais como o reduzido tempo de contato do fio com o antisséptico e a presença de grande quantidade de matéria orgânica no fio, que pode ter diminuído a eficácia do agente químico. Em 2002, Okamoto et al. em uma nova avaliação da solução de PVP-I com sutura de poliéster em 15 ratos, concluíram que houve redução significativa (redução de um logarítimo) no número de unidades formadoras de colônias de bactérias (UFCs). 1.5.5 Triclosan O triclosan é um composto fenólico que tem sua ação baseada na desorganização da membrana celular e inibição inespecífica de enzimas da membrana. Sua associação com copolímeros como o ácido maléico e polivinilmetiléter eleva o seu espectro antimicrobiano, com atividade contra bactérias Grampositivas, Gram-negativas e fungos, além de ampliar sua duração para até doze horas. Ele inibe a incorporação e metabolismo da glicose por S. mutans, S. sanguis e A. naeslundii, e a atividade de proteases tipo tripsina de P. gingivalis e C. gengivalis (MARINHO e ARAÚJO, 2007). Ford et al. (2005) compararam o efeito antibacteriano do triclosan e sua atuação sobre a tensão dos fios e o seu papel na cicatrização dos tecidos. Eles utilizaram fio de poliglactina contendo triclosan em um grupo de pacientes e sem triclosan em outro grupo de pacientes. Os autores concluíram que a força de tensão foi a mesma em ambos os grupos; o efeito antibacteriano mostrou-se significativo no grupo utilizando o triclosan e não houve efeito negativo sobre a cicatrização da ferida. Edimiston et al. (2006) fizeram um estudo microbiológico in vitro para avaliar a adesão de bactérias e a atividade antibacteriana de um fio de poliglactina 910 trançado, revestido com triclosan. Os autores selecionaram as bactérias Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis e Escherichia coli e fizeram uma análise com auxílio do microscópio eletrônico de varredura. Os resultados mostraram que houve redução significativa (p < 0,001) na capacidade de aderência das bactérias Gram-positivas e Gramnegativas nos fios de poliglactina 910 contendo triclosan. Em 2007, Gómez-Alonso et al. avaliaram a eficácia in vitro e in vivo da sutura de poliglactina contendo ou não triclosan, por meio do controle microbiológico e resposta inflamatória da ferida. Os autores utilizaram dez suínos da espécie guinea. Em cada suíno se faziam quatro incisões e suturava duas com fio de poliglactina com triclosan e duas incisões com o fio sem triclosan. Em seguida, essas feridas eram contaminadas. Os resultados mostraram que no grupo que utilizou a sutura de poliglactina com triclosan houve diminuição no número de unidades formadoras de colônia (UFCs) e menor quantidade de mediadores inflamatórios se comparado ao grupo que utilizou a sutura sem o triclosan. Ming et al. (2007) estudo in vivo, avaliaram a capacidade inibitória da sutura de poliglecaprone 25 com triclosan frente a colonização bacteriana do espécie Escherichia coli e Staphylococcus aureus em dez fêmeas de suínos da espécie guinea (300-400 g) e dez camundongos Swiss webster (20-35 g). A região dorsal dos animais foi dividida em dois grupos. No lado direito, foram implantadas suturas entre três e cinco milímetros contendo triclosan (grupo teste). Assim como, no lado esquerdo foram implantadas suturas sem triclosan (grupo controle). Os autores concluíram que houve uma diferença significativa (p < 0,05) no número de bactérias recuperadas no grupo teste 48 horas após a implantação. Ou seja, a sutura de poliglecaprone 25 com triclosan reduziu 3,4 log de unidades formadoras de cultura (UFC) de S. aureus e uma redução de 2 log de UFC de E. coli se comparado com poliglecaprone 25 padrão. Em estudo piloto randomizado prospectivo, Deliaert et al. (2008) investigaram o efeito da sutura de poligalactina revestida ou não com triclosan na cicatrização de feridas em 26 mulheres submetidas a uma cirurgia de redução de mama. A principal medida foi à incidência de deiscência da sutura. Nos leitos operados com a sutura revestida com triclosan a incidência de deiscência da ferida foi significativamente maior do que nos leitos operados com sutura não revestida. Os autores concluíram que as suturas revestidas com triclosan não apresentaram eficácia contra bactérias e os leitos da ferida apresentaram efeitos adversos na cicatrização. 1.5.6 Pomada a base de Iodofórmio (Proheal®) 1.5.6.1 Histórico É uma pomada antisséptica específica para controle bacteriano no ambiente intra-implante. É composta de iodofórmio, propilparabeno, cera de abelha, extrato de calêndula e lanolina anidra (Proheal0®, Maxtron Implante, Juiz de Fora, MG, Brasil). Começou a ser desenvolvida em 1992 por Cruz Reis e Cruz, tendo chegado à sua fórmula atual em 1997. Segundo o fabricante, durante o desenvolvimento da formulação buscou-se, primariamente, poder antimicrobiano capaz de evitar contaminação da interface do implante, estabilidade físico-química de modo que a pomada permanecesse no local durante longo tempo e não se degrade em componentes inefetivos ou tóxicos, garantido a efetividade a longo prazo; e ainda, a compatibilidade com os tecidos humanos de modo que qualquer contato fosse, no mínimo, inofensivo e, preferencialmente, positivo. Sabe-se por publicações com outros enfoques (ROGRIGUEZ et al., 1998; TSUI-HSIEN, SHINN-JYH e CHIA-TZE. 2007) que os componentes da formulação têm perfil seguro que garantem a sua utilização sem receios em humanos. Já foram testados e mais importantes, são largamente usados a longo tempo em produtos para humanos (em alimentos, medicamentos, etc.). Isto garante uma ampla amostra, aumentando as chances de ocorrer qualquer efeito negativo, e este passar a ser conhecido na literatura médica. O efeito terapêutico da presente formulação pode ultrapassar cinco anos, comprovados por testes laboratoriais microbiológicos (CRUZ, 2002). Cada 1 grama da pomada Proheal® apresenta: Triiodo metano (Iodofórmio) _______________ 15,5 % Óleo de Calêndula _______________________ 0,5 % Lanolina Anidra _________________________ 74 % Cera de Abelha _________________________ 10% Nipazol _______________________________ 0,05 % 1.5.6.2 Iodofórmio (Triiodo metano) Uma revisão mais detalhada dos componentes da fórmula revela algumas características importantes da pomada. O iodofórmio foi introduzido na terapêutica por Buchardart em 1839, tendo sido considerado anestésico (analogia química com o clorofórmio), antissifilítico (analogia com os iodetos) e antisséptico (pelo componente iodo) (SILVA JUNIOR, 2005; CARNEIRO, 2006). O iodofórmio apresenta alto conteúdo de iodo (96%) e, devido à sua instabilidade química, em contato com secreções ou áreas infectadas libera iodo nascente que age como um potente antisséptico, destruindo bactérias como as do tétano, da tuberculose e alguns bacilos rapidamente (PRINS e DOBBS, 1941). O iodofórmio age como detergente desinfetante e desodorizante devido a sua propriedade de oxidação e da capacidade do iodo de reduzir as secreções bacterianas (PUCCI, 1945). Guedes-Pinto et al. (1981) idealizaram e propuseram uma pasta que reunia em sua constituição iodofórmio, paramonoclorofenol canforado e rifocort®, em partes iguais, buscando com esta mistura, um produto biocompatível, antisséptico, facilmente reabsorvível pelo tecido conjuntivo do periápice, além de não induzir lesões no germe do dente permante sucessor. Os autores concluíram que dos 45 dentes tratados, só um fracassou, os dentes com fístula e/ou mobilidade tiveram sucesso em tempos de um a três semanas, e apresentaram uma completa neoformação óssea em 60 dias. A pasta, quando extravasada, foi totalmente reabsorvida sem perturbar a rizólise do dente decíduo e erupção do dente permanente. Em nenhum dos casos tratados observou-se problemas de dor pósoperatória. Manisali et al. (1989) citado por Carneiro (2006) estudaram um caso no qual houve um extravasamento da obturação com uma pasta iodoformada do canal do dente 35. O extravasamento atingiu até região do dente 36, no entanto, não se verificou alteração na região, ou sequer a ocorrência de sintomas dolorosos. Os autores concluíram que a pasta foi rapidamente reabsorvida. Harry et al. (1992) apontaram que o método de aplicação das pastas que possuem o iodofórmio em fraturas do esqueleto facial se mostra eficaz. Pallota (2001) avaliou a atividade antimicrobiana do ciprofloxacin, hidróxido de cálcio, iodofórmio, iodo iodeto de potássio e do metronidazol em dez diferentes concentrações diante de quatro bactérias Enterococcus faecalis, Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e Bacteróides fragilis. Os medicamentos foram colocados em tubos contendo a associação bactéria e meio. O autor concluiu que as diferentes concentrações dos diferentes fármacos são fundamentais para a eliminação das bactérias, sendo que todos os medicamentos testados apresentaram ação antimicrobiana contra as bactérias utilizadas no estudo. Wang e Huang (2004) analisaram clinicamente o efeito de uma pasta contendo iodofórmio em dentes com lesões crônicas periapicais. Eles concluíram que o medicamento reduz as emergências devido ao seu poder antisséptico com excelentes resultados a longo prazo. Segundo Silva Júnior (2005) e Carneiro (2006) o iodofórmio é um pó fino com cristais brilhantes cor amarelo-limão, sólido, com odor intenso, volátil e persistente. Libera vapores de iodo quando exposto a altas temperaturas, se oxida sob ação da luz e torna-se amarelo escuro. É pouco solúvel em água, mas moderadamente solúvel no álcool, éter e óleo de oliva. A liberação do iodo se dá após o contato com líquidos orgânicos de forma gradual e constante, é radiopaco, bem tolerado pelos tecidos, pouco irritante e ainda apresenta uma leve ação analgésica em aplicações tópicas na ferida e não causa reação de corpo estranho. O iodofórmio possui toxicidade sistêmica tais como sonolência, alucinações e espasmos (PUCCI, 1945). Porém, muitos indivíduos não desenvolvem sinais de sensibilidade ao iodofórmio ou para toxicidade de iodo (HARRY et al., 1992). Harry et al. (1992) descreveram casos de envenenamento de pacientes por grandes quantidades de iodofórmio. Pastas contendo 10% de iodofórmio utilizadas diretamente sobre amplas feridas abertas. Cinco, dez e dezesseis dias após o início das aplicações, os pacientes ficaram confusos, alucinados, e um deles, subsequentemente, ficou em coma. Vômitos, febre, taquicardia com batimentos ventriculares prematuros, pequeno aumento das transaminases e proteinúria foram observados. Com poucos dias (três a oito) após descontinuar o tratamento com pastas de iodofórmio, os sinais da toxicidade desapareceram. 1.5.6.3 Óleo de Calêndula Callendula officinalis (Asteraceae) é uma herbácea originária da região mediterrânea, amplamente cultivada em várias partes do mundo para fins ornamentais, cosméticos e medicinais. Formas galênicas preparadas a partir dos extratos das flores de C. officinalis são amplamente utilizadas como antiinflamatórias e cicatrizantes em doses que variam entre 1,0 a 2,0 g de flor seca por 150 ml de água ou 8,8 a 17,6mg de flavonóides (BLANCO, 2008). Garg e Sharma (1992) estudaram o desenvolvimento de soluções de acetato de clorexidina com hemostáticos. Dentre os hemostáticos testados foi usada a tintura de calêndula. Eles concluíram que a calêndula é um hemostático satisfatório. Della Loggia (1994) estudou o papel dos triterpenos na atividade antiinflamatória das flores de Callendula officinalis e concluíram que esta atividade é proporcional a quantidade do monoéster faradiol. Kalvatchev et al. (1997), demonstraram que o extrato orgânico da calêndula exibiu potente ação anti-HIV in vitro. Ramos et al. (1998) estudaram a genotoxicidade de extratos de Callendula officinalis e concluíram que o extrato é genotóxico e dose dependente para o Aspergilus nidulans in vitro, mas não genotóxico para a Salmonella, microssomos e medula óssea camundongos. Ainda neste estudo, os autores citam Boucaud-Mâitre et al. (1988) que descreveram a atividade antitumoral da calêndula in vivo no modelo de carcinoma camundongo Ehrlich. Silva et al.(2005) estudaram os efeitos da administração oral subcrônica do extrato hidroalcoólico (EHA) preparado de flores de Callendula officinalis sob os parâmetros hematológicos e bioquímicos em ratas Wistar adultas. Quarenta ratas (n=10/grupo) foram tratadas durante 30 dias consecutivos com EHA por via oral nas doses de 0,25, 0,5, e 1,0 g/kg de peso. Os autores concluíram que a administração subcrônica do extrato hidroalcoólico de Callendula officinalis não produziu efeitos tóxicos sobre a maioria dos parâmetros bioquímicos e hematológicos estudados. Entretanto, o aumento dos níveis séricos de uréia e alanina aminotransferase (ALT) em doses elevadas sugeriu sobrecarga renal e hepática, respectivamente. Jiménez-Medina et al. (2006) fizeram um estudo para analisar, in vitro, a atividade antitumoral e anti-lifocítica de um novo extrato de calêndula. O extrato aquoso foi obtido da Callendula officinalis. Foram estudadas linhas de células derivadas de leucemias, melanomas, fibrossarcomas e cânceres de seios, próstata, colo, pulmão, pâncreas e colo retal. Foi medido o crescimento, proliferação celular e células viáveis in vitro. Estudo do ciclo celular e da apoptose foram feitos em células tratadas com ECAL (extrato de calêndula ativado por laser). Ainda foi estudada a atividade antitumoral in vivo em ratos carreando, células humanas Ando-2melanoma subcutânea. O ECAL mostrou potente poder inibitório in vitro da proliferação de células tumorais quando testado sobre uma ampla variedade de células tumorais humanas e murinas. A inibição foi de 70% a 100%. Mecanismos de inibição foram identificados com bloqueio do ciclo celular da fase G0/G1 e apoptose induzido pela caspase-3. O mesmo extrato mostrou efeito oposto quando testado no sangue periférico e em céluluas Natural Killer, nas quais indução in vitro da proliferação e ativação das células foi observado. A injeção intraperitonial ou a administração oral de ECAL em ratos inibiu, in vivo, o crescimento do tumor de células Ando-2melanoma e prolongaram a vida do rato. 1.5.6.4 Lanolina Anidra A lanolina é uma emulsão amarelo-pálida de gorduras retiradas da lã de ovelha removidas pela água. Este material é constituído por várias substâncias contendo colesterol, determinado álcoois, terpenos, ésteres e ácidos graxos. Ela é utilizada largamente na indústria farmacêutica. É um emulsificante potente, apresenta consistência de ungüento, ação antisséptica e é lentamente reabsorvível (SILVA et al., 1994). Na pomada antisséptica Proheal® é utilizada lanolina de grau médico que é lanolina altamente refinada para remover impurezas, alergênicos e substâncias estranhas. Casos de alergia a esta lanolina são extremamente raros, apesar de largo uso como componente de produtos farmacêuticos, cosméticos para todas as faixas etárias. 1.5.6.5 Cera de Abelha A medicina egípcia já usava amplamente os produtos das abelhas há 4000 anos. A cera é o produto secretado pelas abelhas engenheiras, através das glândulas abdominais, onde as abelhas retiram com garras das patas intermediárias, levam à boca e é amassada pelas mandíbulas com auxílio das patas dianteiras, e amolecida com auxílio da saliva (LENGLER, 2005). Foram encontrados blocos de cera inalterados em túmulos egípcios e em navios naufragados. Como a cera possui oxidação lenta, dura muito tempo, desde que não seja atacada por traças da cera ou exposta a altas temperaturas (BREYER & CIA ltda, 2008). A cera purificada fica branca levemente amarelada e mantém o odor agradável, porém muito suave. Esta cera é usada largamente na fabricação de produtos cosméticos, farmacêuticos, materiais polidores, alimentos e etc. Alguns exemplos que contém cera de abelha em sua formulação são: protetor labial, cera para osso, fio dental, sabonete, cera modeladora para cabelo, óleos medicinais, balas, bolos e velas. Como aditivo alimentar é conhecida como E901 (CRUZ, 2008). Menédez et al. (2000) estudaram os efeitos tóxicos do D-002, uma mistura definida de álcoois primários presentes na cera de abelha, em ratos e coelhos gestantes e concluíram que o D-002 não apresenta efeitos teratogênicos ou embriotóxicos sobre estes animais. Hona et al. (2001) estudaram os efeitos do D-002 em úlceras duodenais e concluíram que apesar de o efeito ser inferior ao tratamento de primeira linha, o D002 teve efeitos positivos na cura e na redução dos sintomas das úlceras. 1.5.6.6 Nipazol (proprilparabenzeno) O propilparabeno também conhecido por nipazol, é um éster propílico neutro do ácido p-hidroxibenzóico. É caracterizado por pó fino, branco, sem odor e sabor. É estável em temperaturas de até 100ºC. Não contém e nem é percussor da formação de formaldeído ou nitrosaminas. Seu uso está indicado como conservante farmacêutico (preservativo antimicrobiano) para uso interno e tópico, usado largamente nas áreas cosmética e farmacêutica. É empregado principalmente em alimentos e formulações tópicas. É um conservante solúvel na fase oleosa. A sua concentração máxima permitida é de 0,8%, e é usado mais frequentemente em concentrações de 0,01% a 0,6%. Conforme Schatz et al. (1987), o propilparabeno possui amplo espectro de ação contra ação de bactérias Gram positivas e Gram negativas, fungos, leveduras em baixa concentração de uso. Em baixas concentrações, este não é tóxico e nem irritante em humanos. É altamente solúvel em álcool etílico e pouco solúvel em propilenoglicol. Einsenach et al. (1997) estudaram o efeito de formulações contendo nipazol administradas por injeção intra-espinhal em voluntários humanos e concluíram que não houve evidência de toxicidade. Scott et al. (1995) afirma que o propilparabeno em associação com o fluconazol apresenta ação sinérgica contra Candida albicans. 1.5.6.7 Eficácia A junção destes componentes de forma e proporções adequadas resultaram em uma pomada amarela, consistente, lentamente reabsorvível e com poder antisséptico por período prolongado, ação desodorizante e ação anti-inflamatória. A pomada não é tóxica para o uso indicado e não agressiva aos tecidos humanos, sendo que o risco de acidentes se restringe a possibilidade reduzida de ocorrer reação de natureza alérgica (Cruz, 2002). A Proheal® tem como funções a fixação, estabilização, vedamento e controle microbiológico do ambiente intra-implante. Devido às propriedades, já citadas, de cada componente, a Proheal® apresenta elevado poder antisséptico capaz de impedir a penetração e colonização de bactérias nas interconexões. Cruz (2001) avaliou a eficiência da pomada antisséptica no controle de microabcessos em torno dos implantes durante a fase de osseointegração em 64 pacientes, pela técnica de split-mouth. Nenhum dos pacientes apresentou fístula visível clinicamente. Foi descrito ainda que o número de parafusos de cobertura frouxos ou mesmo soltos foi reduzido drasticamente com o uso da pomada, evidenciando o efeito anti-rotacional. O autor afirmou que a pomada reduziu claramente o odor fétido encontrado comumente nos pacientes com provisórios sobre implantes, com pilares sem a pomada antisséptica. O odor fétido cessou dando lugar à ausência de odor ou, mais comumente, a um leve odor, percebido como agradável pelo profissional e pelo paciente. Cruz (2002) fez o acompanhamento clínico de 50 pacientes, utilizando o modelo split-mouth, nos quais foram colocados implantes que permaneceram no local durante um ano no mínimo e cinco anos no máximo. No grupo experimental, os pilares foram colocados com a pomada antisséptica na rosca no grupo controle os pilares foram rosqueados sem uso de qualquer substância. Durante a reabertura foram avaliados: condição do tecido ao redor do implante, formação de fístulas, formação de abscessos e odor. Foi concluído que a pomada ainda se manteve eficaz no interior do implante por um período igual ou superior a cinco anos e que o controle microbiano durante a fase de osseointegração foi de 98%. Silva Junior (2005) estudou histologicamente, pela técnica split-mouth, as reações teciduais à pomada antisséptica aplicada na rosca dos parafusos de cobertura de implantes. Foram colocados 53 implantes em 22 pacientes (13 mulheres e nove homens, faixa etária de 38 a 47 anos), sendo que em um hemiarco era instalado o implante sem a pomada (grupo controle) e do lado oposto o implante com a pomada (grupo teste). As amostras de tecido foram obtidas durante a reabertura (seis meses após a instalação do implante) através da secção da mucosa sobre o parafuso de cobertura com bisturi circular de cinco milímetros de diâmetro. O autor concluiu que o uso da pomada diminui a formação de microfístulas na mucosa e não influenciou a maturação celular após seis meses. Entretanto, não ocorreram alterações teciduais estatisticamente significantes quando se comparou áreas com e sem o uso da pomada. Carneiro (2006) instalou 70 implantes cilíndricos rosqueáveis com plataforma tipo HE - hexágono externo, em 17 indivíduos (sete homens e 10 mulheres) entre 35 e 65 anos, sendo que em parte da amostra foi utilizado a pomada antisséptica. A exposição dos implantes foi feita após quatro meses na mandíbula e seis meses na maxila. Os parafusos de cobertura foram colocados em meio de cultura, o material incubado e, então, foi feita a contagem de bactérias. Concluiu-se que o a pomada reduziu a infiltração bacteriana na luz do implante em 91,1% dos casos, que houve redução no número de abscessos e microfístulas e que pomada não influenciou na maturação celular. 2. ARTIGO CIENTÍFICO Controle Microbiológico Intraoral dos Fios de Sutura de Seda com Pomada Antisséptica. Fernando Luiz Goulart Cruz, Ac¹ Fabíola Pessoa Pereira Leite, Profa Dra ² ¹Acadêmico de Odontologia - Universidade Federal de Juiz de Fora ² Doutorado em Odontologia - Prótese Dental - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Professor adjunto 2 - Universidade Federal de Juiz de Fora. Contato: Fernando Luiz Goulart Cruz Rua Pasteur, 164, 700 B – Sta Helena Juiz de Fora – MG – Brasil E-mail: [email protected] Tel: (32) 3213-2806/8874-2019 Controle Microbiológico Intraoral dos Fios de Sutura de Seda com Pomada Antisséptica. Objetivo: A colonização bacteriana dos fios de sutura no meio bucal pode comprometer o processo cicatricial de uma ferida cirúrgica. A eliminação ou controle desta ocorrência poderia trazer benefícios clínicos. A proposta deste trabalho foi avaliar o efeito de um antisséptico de longa duração e resistente aos fluidos bucais, no controle microbiológico das suturas intraorais utilizando o fio de seda multifilamentado. Materiais e Métodos: Foram selecionados 20 pacientes voluntários, sem distinção de gênero e raça, com idades entre 18 e 70 anos, provenientes da clínica do Centro Clínico de Pesquisa em Estomatologia. Os pacientes foram divididos em dois grupos (n=10), teste e experimental, e cada paciente foi submetido a quatro coletas de dois milímetros de fio de sutura para análise quantitativa em dias diferentes (um, três, cinco e sete dias após a cirurgia). Depois de colhido, o material foi centrifugado, diluído seriadamente até 10-10, semeado e encubado em microaerofilia. Após a contagem das Unidades Formadoras de Colônias (UFCs), foram feitas as análises estatísticas comparativas dos dois grupos – O teste utilizado foi o de Mann-Whitney (p < 0,05). Resultados: O grupo controle apresentou uma média de 9,5 x 107 UFC/ml, enquanto no grupo experimental a média foi de 7,4 x 105 UFC/ml. A diferença dos resultados entre os grupos mostrou significância positiva a favor do grupo experimental (p = 0,002). Conclusão: O fio de seda impregnado com antisséptico teve um desempenho mais favorável que o fio sem o antisséptico no controle microbiano. A diferença entre eles foi significativa, o que sugere a eficácia da pomada no controle microbiano. Palavras-chave: antissépticos, controle microbiológico, fios de sutura multifilamentados, iodofórmio, sutura de seda Agradecimentos: Ao Prof. Dr. Mauro Cruz, diretor geral do Centro Clínico de pesquisa em Estomatologia - Av. Barão do Rio Branco, 2288 conj. 1202/5. Centro. 36016-310. Juiz de Fora, MG, Brasil; Tel: (32) 32153957. URL da Homepage: www.clinestpq.com.br; A empresa Maxtron Ltda. Tel/Fax: (32) 3215-9879. e-mail: [email protected]. URL da homepage: www.maxtronimplant.com; E ao Dr. Lúcio Lemos, Dr. Juarez Rocha Reis e funcionários do LEMOS laboratórios – Av. Independência, 2251. 36025-290. Juiz de Fora, MG, Brasil. Tel.: (32) 3215-2872. URL da homepage: http://www.lemoslab.com.br/index.htm Introdução Entre os fatores fundamentais na previsibilidade, segurança e sucesso dos procedimentos cirúrgicos estão às características das suturas. Estas, por sua vez, são importantes em qualquer procedimento cirúrgico e devem preencher alguns requisitos básicos como: manutenção da hemostasia, eliminação de espaços vazios, coaptação e imobilização dos bordos da ferida cirúrgica, proteção do coágulo, além de outros. No caso de procedimentos intraorais, também evitam a penetração de corpos estranhos na ferida, como os alimentos.1,2 Contraditoriamente o mesmo fio que proporciona estes objetivos, pode também ser um fator de agressão, comprimindo demasiadamente os tecidos no edema pós-operatório, causando reações inflamatórias do tipo corpo estranho ou conduzindo microorganismo para o interior dos tecidos.3-7 Este último aspecto é importante visto que uma longa permanência da sutura no local e as características físicas do fio, multi ou unifilamentado, podem facilitar a aderência do biofilme.8,3,6 Sabe-se que os fios multifilamentados, são mais propensos à aderência do biofilme devido a sua maior capilaridade, pois promovem a absorção de fluidos, secreções e bactérias do meio intraoral para a ferida, permitindo mais facilmente a contaminação interna dos tecidos, fenômeno chamado de “efeito-pavio” 3,6,7 . Por esta razão, a opção por fios monofilamentados tem sido uma constante. No entanto, estes também têm desvantagens como à dificuldade de se obter a tensão ideal da sutura, facilidade de soltura do nó, incômodo ao paciente e agressão à mucosa adjacente devido à sua natural rigidez.9 Entre os multifilamentados, destaca-se o fio de seda pois é o fio de eleição da maioria dos cirurgiões-dentistas,5,7 pois embora exista a facilidade de aderência do biofilme, este fio traz vantagens, como: fácil manuseio; o controle da tensão da sutura; a baixa memória, o que facilita a elaboração e a estabilidade do nó; a baixa resistência tênsil, que permite a sua distensão juntamente com os tecidos ao ocorrer o edema; a maciez, que propicia o contato com os tecidos da ferida e adjacentes sem agressão; além do um baixo custo.3,7 Oriunda do bicho da seda (Bombyx mori) este fio é constituído por proteínas naturais (Fibroina, Sericina). Dois tipos de seda são utilizados para suturas. A seda virgem, que contem as proteínas de fibroína e sericina, e a seda preta trançada, da qual se extrai a fibroína e se reveste a sericina com cera ou silicone para se aumentar a resistência e reduzir o atrito do material.10 Os micro-organismos isolados, de fios de sutura, são os mesmos do sulco gengival, do biofilme ou da saliva, o que reforça a necessidade do emprego de antissepsia intraoral pré-operatória, bem como da ferida cirúrgica durante o pósoperatório e na retirada da sutura. Para o controle do biofilme nos fios de sutura e feridas cirúrgicas durante o pós-operatório, tem-se empregado diversos antissépticos, diretamente nos fios ou como bochechos. Entre eles, os mais utilizados tem sido o cloreto de cetilpiridínio,11,12 o digluconato de clorexidina,11,4,14 o peróxido de hidrogênio,15,16 o polivinil pirolidona iodada (10%)1,17 e o Triclosan.18-22 Esses autores verificaram que não houve diminuição da contaminação bacteriana nos fios devido ao curto tempo de ação destes agentes e às suas ineficácias contra os micro-organismos sésseis, agindo somente nos que estão livres na cavidade bucal, ou seja, nos micro-organismos planctônicos. As características físicas do fio de seda multifilamentado proporcionam uma maior aderência do biofilme, mas, por outro lado, elas são favoráveis nos outros aspectos citados. A utilização de um agente farmacológico estável, capaz de evitar ou reduzir a níveis satisfatórios a formação do biofilme sobre o fio, é uma possibilidade interessante sob o ponto de vista clínico, permitindo maior uso dos fios multifilamentados, principalmente o de seda e levando a uma melhor resposta tecidual da ferida.12 A pomada antisséptica Proheal® (Maxtron Ltda., Juiz de Fora, MG, Brasil) que tem em sua composição iodofórmio (Triiodo Metano), propil benzeno, nipazol, cera de abelha, óleo de calêndula e lanolina anidra, vem sendo utilizado clinicamente para o controle microbiano na luz dos implantes dentais e tem-se mostrado efetiva no controle de micro-organismos aeróbios e anaeróbios.23-27 Durante o desenvolvimento deste antisséptico buscou-se, primariamente, um agente antimicrobiano capaz de controlar a contaminação bacteriana no interior do implante dental e com estabilidade farmacológica capaz de permanecer ativa no local, durante longo tempo. Também se buscou a estabilidade físico-química que evitasse a sua degradação em componentes inefetivos ou tóxicos. Outro ponto fundamental era que este agente tivesse ainda, satisfatória compatibilidade com os tecidos humanos, comprovada por evidências científicas. Segundo os trabalhos que avaliaram estes componentes em outras formulações e em outros enfoques,28,29 eles têm ação farmacológica bastante conhecida, com um perfil seguro, que garante a sua utilização sem receios em humanos. Estes trabalhos representam uma ampla amostra, reduzindo as chances de ocorrer efeitos negativos durante o uso destes medicamentos. Todos os componentes da pomada antisséptica, já foram consideravelmente testados e largamente utilizados há longo tempo em humanos, em formulações de medicamentos e em alimentos. Na sua área de utilização, esta formulação tem apresentado as funções de estabilização, vedamento e controle microbiológico do ambiente intra-implante, com elevado poder antisséptico capaz de impedir a penetração e colonização de bactérias nas interconexões do implante dental.23-27 A proposta deste trabalho foi avaliar, por meio da cultura de unidades formadoras de colônia, o efeito de um antisséptico de longa duração e resistente aos fluidos bucais, no controle microbiológico de suturas intraorais utilizando o fio de seda multifilamentado. Materiais e Métodos Foram selecionados 20 pacientes voluntários, sem distinção de gênero e raça, com idades entre 18 e 70 anos, provenientes da clínica do Centro Clínico de Pesquisa em Estomatologia (Clinest, Juiz de Fora, MG). O critério de inclusão foi baseado nos pacientes que necessitavam de um procedimento cirúrgico para instalação de implantes dentais ou exodontias de terceiros molares, sem qualquer processo patológico ou infeccioso local constatado clínica ou radiograficamente. Os pacientes selecionados, tinham que apresentar boas condições de saúde, higiene oral satisfatória e não estar sob terapêutica medicamentosa, incluindo antibióticos, ou usando qualquer tipo de antisséptico bucal. Os pacientes usuários de qualquer medicamento controlado, que apresentavam alguma doença sistêmica e/ou tabagistas, foram excluídos da seleção, pois estes fatores comprometem o processo regenerativo tanto dos tecido moles quanto dos duros.30 Após a explicação sobre a pesquisa e a concordância dos voluntários em participar, foi assinado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (anexo). Todos os pacientes foram submetidos à anamnese, em formulário de uso rotineiro da disciplina de Cirurgia II da faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Juiz de Fora, acrescido de investigação, a possível processo alérgico aos componentes da formulação (anexo). Os pacientes selecionados foram instruídos a não ingerirem nenhuma medicação que estivesse fora do protocolo cirúrgico estabelecido, e nem utilizarem antissépticos bucais. Para que a evolução da microbiota bucal se desse por livre curso. Vinte minutos antes do procedimento cirúrgico, foi realizada uma medida profilática, utilizando-se um bochecho de clorexidina (0,2%) (LM Farma, São José dos Campos, SP, Brasil) por um minuto, a fim de diminuir a microbiota do meio bucal durante a cirurgia.4 De acordo com o protocolo adotado pela disciplina de Cirurgia II (FO/UFJF). As suturas variaram de acordo com o tipo e local do retalho, mas os tipos de pontos de contenção, eversão e fechamento, foram padronizados em simples, colchoeiro e contínuo. Para a síntese cirúrgica foi utilizado o Porta Agulha Mathie 14cm (Golgran, São Caetano do Sul, SP, Brasil) juntamente com o fio multifilamentado de seda preta trançado (Demetech Sutures, Miami, FL, USA). Os pacientes foram aleatoriamente divididos em dois grupos: Grupo Controle (CG): 10 pacientes suturados com fio sem a pomada antisséptica. Grupo Experimental (GE): 10 pacientes suturados com fio impregnado, até a saturação, com a pomada antisséptica. No GC, o fio de sutura foi aberto no momento da cirurgia e imediatamente utilizado na sua especificação original. No GE, após a abertura do invólucro, o instrumentador separou uma medida da pomada antisséptica (+- 0,1 gramas) aplicando-a com os dedos indicador e polegar, por toda a extensão do fio. As suturas de fechamento30 foram realizadas com pontos simples separados – para cada alça de fio correspondia um nó. As pontas dos nós foram deixadas com aproximadamente seis milímetros cada uma, pois permitiam pelo menos três coletas em cada ponto, se necessário. As suturas foram mantidas até sete dias e as amostras coletadas em diferentes intervalos de acordo com o Quadro I. No final, após a última coleta, as suturas foram removidas. Cada sitio cirúrgico recebeu um número, não sendo identificados os grupos experimental e controle pelo examinador e nem pelo paciente (duplo-cego) e não houve uma seqüência pré-estabelecida para a realização das cirurgias, ou seja, a realização da sutura com ou sem pomada antisséptica foi executada de maneira aleatória.31 Para prevenir complicações pós-cirúrgicas, durante todos os sete dias em que a sutura permaneceu na cavidade bucal, um operador que não sabia qual o grupo experimental, nem o grupo controle, realizou uma lavagem com spray do local, utilizando uma seringa Tríplice, a uma distância de aproximadamente oito centímetros. A seringa utilizava água destilada e ar comprimido filtrado. Para a padronização da coleta de amostra dos fios, realizou-se a calibração de dois examinadores selecionados, empregando a técnica do consenso, aferindose o erro por meio do cálculo da porcentagem de concordância, avaliando-se o índice Cohen kappa (0,85). Para os testes microbiológicos, em ambos os grupos, foram empregadas amostras de diferentes áreas da sutura. As amostras tinham no mínino dois milímetros e foram todas coletadas da porção externa da ferida cirúrgica12 com o auxílio de uma Tesoura Íris curva (Golgran, São Caetano do Sul, SP, Brasil) e uma Pinça Anatômica 12 cm (Golgran, São Caetano do Sul, SP, Brasil). O tamanho do fio de sutura retirado para amostra foi mensurado com o auxílio de uma régua cirúrgica milimetrada (Maquira, Maringá, PR, Brasil), previamente esterilizada. As amostras foram introduzidas, assepticamente, em tubos esterilizados (Eppendorf, 1,5 ml) contendo 1,0 ml de solução salina tamponada fosfatada e encaminhadas ao Laboratório (LEMOS Laboratórios, Juiz de Fora, MG, Brasil) para processamento microbiológico. Este meio líquido tamponado mantém as bactérias viáveis para cultura. Sua fórmula é constituída de Cloreto de sódio (NaCl) 4,2 mg, fosfato dipotássico anidro 3,1 mg, glicerina bidestilada 0,3 ml e água destilada 0,7 ml. Todas as amostras foram etiquetadas e conservadas em gelo com auxílio de um recipiente térmico, contendo cubos de gelo, até o processamento do laboratório, não ultrapassando o limite máximo de três horas após a coleta. No laboratório, cada tubo foi agitado com o auxílio de um aparelho agitador Vortex Biomixer (Biomol, Ribeirão Preto, SP, Brasil) em 12 rotações por minuto, durante 10 minutos, formando depósitos. Os depósitos foram descartados e a suspensão submetida à diluição seriada até 10-10. A partir desta suspensão, preparou-se a diluição -1 pipetando-se 1ml da suspensão em 9ml de solução salina 0,85%; a partir da diluição 10 -1 (1:10) preparou-se as diluições necessárias, 10-2 (1:100), 10-3 (1:1000), e assim sucessivamente transferindo 1ml da amostra para tubos contendo 9ml de solução salina a 0,85%, homogeneizando sempre.12 Após esta etapa, foi feita uma semeadura em duplicata das alíquotas de 1 ml da concentração final de cada diluição em Ágar sangue (sangue desfibrinado de carneiro - Biocen do Brasil, Campinas, SP, Brasil), distribuidos em placas de Petri de 90 mm de diâmetro (Cral, Cotia, SP, Brasil). A proporção foi de cinco ml para cada 100 ml de meio base, chegando a um pH neutro de 6,8 variando 0,2 para mais ou para menos. As placas foram incubadas a 37°C em microaerofilia (5% de oxigênio, O2) por 48 horas pelo sistema chama da vela.20 A contagem do número de unidades formadoras de colônia (UFC/ml) foi feita com auxílio de um aparelho contador de colônia mecânico modelo CP. 602 (Phoenix, Araraquara, SP, Brasil). Foi escolhido o par de diluição que apresentou crescimento de 30 a 300 colônias e feito uma média aritimética. O número de unidades formadoras de colônias (UFC) por ml foi determinado multiplicando-se a média do número de colônias contadas pelo fator de diluição correspondente. Os dados foram tabelados e submetidos a uma análise estatística descritiva. Para comparar a diferença entre as variáveis isoladas e a amostra total, do grupo teste e controle, utilizou-se o Teste de Mann-Whitney a um nível de significância de 5% (p < 0,05). Resultados Na estatística descritiva dos grupos com e sem a pomada, pôde-se avaliar a média do número de unidades formadoras de colônia. O grupo controle apresentou uma média de 9,5 x 107 UFC/ml, sendo que um dia após a cirurgia, a média foi de 3,2 x 104 UFC/ml; três dias após 2,9 x 106 UFC/ml; cinco dias após 2 x 107 UFC/ml; e sete dias após 3,5 x 108 UFC/ml. Enquanto que o grupo experimental apresentou uma média de 7,4 x 105 UFC/ml, para 6,5 x 101 UFC/ml 24 horas após a cirurgia; 8 x 104 UFC/ml após três dias; 2,6 x 105 UFC/ml após cinco dias; e 2,6 X 106 UFC/ml após sete dias passados à cirurgia (Figura 1 e Tabela 1). Na comparação dos valores das médias, constatou-se que no terceiro dia após a sutura no grupo controle, o crescimento de colônias (UFC/ml) foi maior do que no sétimo dia do grupo experimental. A comparação física das médias é mais clara, ou seja, a diferença das médias, dividida pela média do tratamento escolhido com base na comparação, que, na ausência de outro critério, pode ser a média de menor valor, multiplicando o valor por 100, para se obter a relação de porcentagem: A nota média do grupo sem a pomada foi 126,86% maior do que o grupo com a pomada. A observação desses dados permitiu verificar que o grupo experimental teve menor número de bactérias do que o grupo controle. Comparando o grupo controle e experimental pelo teste estatístico de MannWhitney a uma significância de 5% (p < 0,05), verificou-se que a diferença foi significativa para um valor de p = 0,002. Ao se analisar a variável período de coleta das amostras, também foi encontrada significância estatística. Passado um dia da cirurgia, a comparação entre os dois grupos pelo teste de Mann-Whitney mostrou um valor de p = 0,006; para três dias p = 0,010; para cinco dias p = 0,015; e para sete dias p = 0,003 (Tabela 2). Discussão Por ser um material de origem animal e multifilamentar,2 a seda possui grande capilaridade, promovendo a absorção de fluidos, secreções e bactérias do meio intraoral para a ferida, fenômeno chamado de “efeito-pavio”.3,6 Nos estudos de Grigg et al.8 e Banche et al.3 os resultados in vitro e in vivo sugerem que a seda absorve menor quantidade de fluidos intraorais do que as outras suturas multifilamentadas trançadas. Desse modo, transmite menos bactérias para o interior da ferida, pois sua ação capilar é menor do que as outras suturas multifilamentadas. Esta propriedade pode ser favorável na medida em que se aplica um material antisséptico e o fio por sua vez, irá absorver este material e servir como veículo de condução do meio bucal para o interior da ferida cirúrgica.12 Sendo assim, vários antissépticos têm sido empregados em cirurgia oral e em periodontia, resultando em uma melhor resposta tecidual da ferida. A aplicação de soluções enxaguatóras antissépticas como o cloreto de cetilpiridínio, o digluconato de clorexidina, o peróxido de hidrogênio, o polivinilpirrolidona iodada e o triclosan são apenas efetivas frente aos micro-organismos planctônicos (livres na cavidade bucal) e não conseguem atingir os microorganismos sésseis, presentes no biofilme.11-16 Já a pomada antisséptica mostrouse efetiva (ver Tabelas 1 e 2) na diminuição da formação do biofilme no fio de sutura de seda. Do mesmo modo, ao contrário da maioria dos antissépticos já avaliados, a pomada antisséptica é aplicada apenas no momento da síntese. As outras soluções são aplicadas em intervalos de dias após a síntese e, com isso, suas efetividades são avaliadas logo após a aplicação dos mesmos. Ou seja, não há avaliação da microbiota presente no fio quando o antisséptico já está em declínio de ação. Embora Deliaert et al.22 relatarem que as suturas revestidas com triclosan não apresentem eficácia contra as bactérias e que causem efeitos adversos na cicatrização da ferida, Ford et al.,18 Edmiston et al.,19 Gómez-Alonso et al.20 e Ming et al.21 mostraram que estes fios revestidos reduzem significativamente a capacidade de aderência das bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, diminuem o número de unidades formadoras de colônia (UFC/ml) e a quantidade de mediadores inflamatórios, além de não causarem efeito negativo sobre a cicatrização da ferida. O presente estudo não avaliou especificamente a atuação da pomada antisséptica sobre as bactérias Gram-positivas e Gram-negativas e a quantidade de mediadores inflamatórios, porém, encontrou resultados semelhantes no que diz respeito à diminuição no número de unidades formadoras de colônia (UFC/ml) e no aspecto clínico, não constatou efeito negativo sobre a cicatrização da ferida. A pomada antisséptica revelou uma formulação segura com componentes já utilizados e avaliados amplamente na área médica e cosmética diretamente em humanos a bastante tempo para garantir segurança no seu uso. O iodofórmio, por exemplo, foi introduzido na terapêutica à 170 anos.28,29 Em 2005, Silva Junior25 estudou histologicamente as reações teciduais à pomada aplicada na rosca dos parafusos de cobertura de implantes. O autor concluiu que o uso deste antisséptico é seguro quando aplicado na cavidade intraoral. Do mesmo modo, na avaliação dos aspectos clínicos da ferida, no presente estudo, não foi constatado nenhum tipo de reação adversa à mucosa bucal, pelo contrário, nos pacientes usuários da pomada, houve uma melhor resposta tecidual na ferida cirúrgica. Cruz23 e Carneiro26 avaliaram a eficácia desta pomada antisséptica no controle bacteriano em torno de implantes dentais na fase de osseointegração. Os autores concluíram que o a pomada reduziu significativamente a infiltração bacteriana na luz do implante. O presente estudo corrobora com os autores acima mencionados, pois a pomada antisséptica é efetiva no controle microbiológico das suturas no ambiente intra-oral. Cruz24 fez um acompanhamento clínico de 50 pacientes, utilizando o modelo split-mouth, nos quais foram colocados implantes que permaneceram no local durante um ano no mínimo e cinco anos no máximo. Foi concluído que a pomada ainda se manteve eficaz no interior do implante por um período igual ou superior a cinco anos e que o controle microbiano durante a fase de osseointegração foi de 98%. Embora o presente estudo tenha avaliado somente sete dias de efetividade da pomada, esta se manteve eficaz no decorrer de todos os dias avaliados. De acordo com Menon e Coykendal, citado por Okamoto et al.1 quando se realizam testes para avaliar as atividades de antissépticos ou similares, somente considera-se significativa uma redução próxima ou maior que 1 log. Assim, podemos considerar que os resultados referentes ao grupo experimental, o qual obteve uma média de 7,4 x 105 UFC/ml foi significante frente ao grupo controle (9,5 x 107 UFC/ml), pois a redução foi próxima a 2 logs. Estes dados corroboram os achados de Okamoto et al.1,17 e Ming et al.21 que verificaram redução de 1 log na comparação da eficácia de diferentes antissépticos com o soro fisiológico. Porém, estes autores constataram que esta diminuição foi estatísticamante significativa somente na comparação da redução do log-1 na quantidade de UFC/ml e não no teste paramétrico. Vários fatores podem ter limitado a redução do conteúdo séptico, tais como o reduzido tempo de contato do fio com o antisséptico e a presença de grande quantidade de matéria orgânica no fio, que pode ter diminuído a eficácia dos agentes químicos. A diferença da efetividade da pomada, comparada com o grupo controle, manteve-se maior que 1 log, considerando-se todas as variáveis, isto é, os dias em que os grupos foram avaliados. Todos os fios, de ambos os grupos experimental e controle, apresentaram formação de biofilme. Porém houve significativa diferença no nível de contaminação entre os grupos. Este achado corrobora o estudo de Erdemir et al.4 que concluiu que a Clorexidina 0,2% diminui o acúmulo de biofilme em suturas de seda, porém não evita a colonização de bactérias. Segundo Banche et al.3 após uma cirurgia intraoral, espera-se encontrar uma média de aproximadamente 7,5 x 108 UFC/ml. Este achado vai de encontro aos resultados deste estudo que foi de 9,5 x 107 UFC/ml no grupo que não utilizou a pomada, após sete dias á cirurgia, pois conforme Menon e Coykendal, citados por Okamoto et al.1 somente considera-se efetiva na comparação quando há uma redução próxima a 1 log. O teste de significância de Mann-Whitney foi escolhido devido a uma grande variância dos resultados encontrados e por eles não serem paramétricos. Neste teste de significância a 5%, a pomada se mostrou eficaz (p = 0,002). Resultado semelhante ao estudo de Gomez-Alonso et al.20 o qual relatou significância de 5 % na eficácia bacteriana do fio incorporado com triclosan. No mesmo estudo, os autores concluíram que a presença de apenas 100 UFC/ml é capaz de causar infecção no local da ferida cirúrgica. Passado um dia após a cirurgia, nos pacientes que utilizaram a pomada, a média de crescimento de bactérias foi de 65 UFC/ml. Dessa forma, a pomada possibilitou um melhor controle na prevenção de infecções no local da ferida no pós-operatório imediato, bem como, não se encontrou relato de resultados tão baixos de UFC/ml, usando qualquer medicamento antisséptico. A relevância clínica deste trabalho se justifica no princípio de que a colonização bacteriana dos fios de sutura intraorais pode comprometer o processo de cura da ferida cirúrgica. A eliminação ou o controle desta ocorrência poderia trazer benefícios clínicos consideráveis como aumento do índice se sucesso das cirurgias, melhor cicatrização, rápida reparação tecidual e de qualidade superior, além do conforto e segurança do cirurgião dentista e paciente. Conclusão No fio de seda impregnado com antisséptico ocorreu redução significativa do crescimento microbiano se comparado com o grupo controle. Esta diferença da redução do crescimento ocorreu desde o primeiro dia e manteve-se ao longo do tempo avaliado, o que sugere a eficácia da pomada. Referências Bibliográficas 1. Okamoto T, Cláudio CC, Aranega A. Gingival mucosa and dental socket healing using siliconized silk and siliconized poluester sutures after tooth extraction. A histological comparative study in rats. Rev. Int. Ciênc. Saúde 2002;20(2):145-150. 2. Silvestein LH. Princípios de Sutura em Odontologia. Tradução da primeira edição. São Paulo: Santos, 2003. 3. Banche G, Roana J, Mandras N, et al., Microbial Adherence on Various Intraoral Suture Materials in Patients Undergoing Dental Surgery. J Oral Maxillofac Surg 2007;65:1503-1507. 4. Erdemir EO, Tekin US, Erdemir A, et al. Effects of 0.2% Chlorhexidine Gluconate to the Plaque Accumulation on Silk Suture Materials in Oral Mucosa: A Scanning Electron Microscope Study. ARAŞTIRMA Research 2007;31(1):12-18. 5. Kulkarni S, Dodwad V, Chava V. 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(Grupo Controle x Grupo Experimental). Quadro 1 Quadro I: Amostras e tempo de coleta Amostra Coleta III III IV - 1 dia. 3 dias. 5 dias. 7 dias. Figura 1 G Experimental UFC/ml. G Controle 108 107 106 105 104 103 102 101 0 1 dia 3 dias G Experimental 5 dias 7 dias Tabela 1 n = 10 1 dia 3 dias 5 dias 7 dias Total GC Média 3,2 x 104* 2,9 x 106* 2 x 107* 3,5 x 108* 9,5 x 107* GC Mínino 0* 350* 32.000* 2.000.000* 552.500* GC Máximo 300.000* GE Média 6,5 x 101* 8 x 104* 2,6 x 105* 2,6 x 106* 7,4 x 105* GE Mínimo 0* 60* 1.000* 40.000* 10.390* GE Máximo 500* 710.000* 1.500.000* 12.000.000* 3.377.375* 66937,26 5569511 24191355 668142117 169941280,3 25.000.000* 90.000.000* 3.000.000.000* 763.250.005* Desvio Padrão Tabela 2 Teste de 1 dia 3 dias 5 dias 7 dias Total 0,006 0,010 0,015 0,003 0,002 Mann-Whitney Valor de p REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALTMAN, G.H.; DIAZ, F.; JAKUBA, C.; Biomaterials, v. 24, p.401–416, 2003. et al., Silk-based biomaterials. ATHRE, R.S.; PARK, J.; LEACH, J.L. 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ANEXOS UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA PRO-REITORIA DE PESQUISA – COMITE DE ETICA EM PESQUISA – CEP/UFJF DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA RESTAURADORA DADOS DO PESQUISADOR: Fabíola Pessôa Pereira Leite / ENDEREÇO: RUA ANTÔNIO ALTAF, N 86, APT 706, CASCATINHA CEP:. 36033-330 – JUIZ DE FORA – MG / FONE: (32) 9119-7450 / E-MAIL: [email protected] TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO O SR. (A) ESTÁ SENDO CONVIDADO (A) COMO VOLUNTÁRIO (A) A PARTICIPAR DA PESQUISA “CONTROLE MICROBIOLÓGICO DAS SUTURAS INTRAORAIS COM POMADA ANTISSÉPTICA”. NESTE ESTUDO PRETENDEMOS OBSERVAR O CONTROLE MICROBIOLÓGICO DO FIO DE SEDA DAS SUTURAS INTRAORAIS COM POMADA ANTISSÉPTICA (PROHEAL). O MOTIVO QUE NOS LEVA A ESTUDAR ESTE TEMA É O APRIMORAMENTO DO CONTROLE MICROBIOLÓGICO NAS SUTURAS INTRAORAIS. PARA ESTE ESTUDO ADOTAREMOS OS SEGUINTES PROCEDIMENTOS : NA FASE DE SÍNTESE, APÓS AS CIRURGIAS INTRAORAIS, O CIRURGIÃO IRÁ SUTURAR A FERIDA COM FIO DE SUTURA DE SEDA PREVIAMENTE IMPREGNADA OU NÃO DE UMA POMADA ANTISSÉPTICA. COLETARÁ UMA AMOSTRA DE LOGO APÓS 1,3,5 E 7 DIAS RESPECTIVAMENTE, UM EXAMINADOR 2 MM DA SUTURA PRESENTE EM SUA BOCA, ATÉ A REMOÇÃO TOTAL DA MESMA NO SÉTIMO DIA APÓS A CIRURGIA. VOCÊ NÃO CORRERÁ NENHUM RISCO PARA PARTICIPAR DESTA PESQUISA. DIANTE DE UMA POSSÍVEL REAÇÃO ALÉRGICA A ALGUM COMPONENTE DA POMADA, COMO UMA MUCOSITE LOCALIZADA, O PESQUISADOR SERÁ O RESPONSÁVEL E APLICARÁ UMA CONDUTA CLÍNICA POR MEIO DA SUSPENSÃO DA MEDICAÇÃO E RECEITA/DOAÇÃO DE UM ANTI-INFLAMATÓRIO LOCAL OU SISTÊMICO PARA O PACIENTE. PARA PARTICIPAR, VOCÊ NÃO TERÁ NENHUM CUSTO, NEM RECEBERÁ QUALQUER VANTAGEM FINANCEIRA. VOCÊ SERÁ ESCLARECIDO (A) SOBRE O ESTUDO EM QUALQUER ASPECTO QUE DESEJAR E ESTARÁ LIVRE PARA PARTICIPAR OU RECUSAR-SE A PARTICIPAR. PODERÁ RETIRAR SEU CONSENTIMENTO OU INTERROMPER A PARTICIPAÇÃO A QUALQUER MOMENTO. A SUA PARTICIPAÇÃO É VOLUNTÁRIA E A RECUSA EM PARTICIPAR NÃO ACARRETARÁ QUALQUER PENALIDADE OU MODIFICAÇÃO NA FORMA EM QUE É ATENDIDO PELO PESQUISADOR. O PESQUISADOR IRÁ TRATAR A SUA IDENTIDADE COM PADRÕES PROFISSIONAIS DE SIGILO. OS RESULTADOS DA PESQUISA ESTARÃO À SUA DISPOSIÇÃO QUANDO FINALIZADA. SEU NOME OU O MATERIAL QUE INDIQUE SUA PARTICIPAÇÃO NÃO SERÁ LIBERADO SEM A SUA PERMISSÃO. O (A) SR (A) NÃO SERÁ IDENTIFICADO EM NENHUMA PUBLICAÇÃO QUE POSSA RESULTAR DESTE ESTUDO. ESTE TERMO DE CONSENTIMENTO ENCONTRA-SE IMPRESSO EM TRÊS VIAS, SENDO QUE UMA CÓPIA SERÁ ARQUIVADA PELO PESQUISADOR RESPONSÁVEL, NA FACULDADE DE ODONTOLOGIA E NO CLINEST, E A OUTRA SERÁ FORNECIDA A VOCÊ. EU, ____________________________________________, PORTADOR DO DOCUMENTO DE IDENTIDADE ____________________ FUI INFORMADO (A) DOS OBJETIVOS DO ESTUDO “CONTROLE MICROBIOLÓGICO DAS SUTURAS INTRAORAIS COM POMADA ANTISSÉPTICA” DE MANEIRA CLARA E DETALHADA E ESCLARECI MINHAS DÚVIDAS. SEI QUE A QUALQUER MOMENTO PODEREI SOLICITAR NOVAS INFORMAÇÕES E MODIFICAR MINHA DECISÃO DE PARTICIPAR SE ASSIM O DESEJAR. AUTORIZO, COM PRESERVAÇÃO DE MINHA IDENTIDADE, QUE SE UTILIZE OS PROCEDIMENTOS E OS RESULTADOS DO TRATAMENTO A QUE VOU ME SUBMETER PARA ESTUDOS, TRABALHOS E PESQUISAS, COM DIREITO DE RETENÇÃO E DIVULGAÇÃO DE DADOS, PARA USO COM FINS DE ENSINO, CONCLAVES CIENTÍFICOS, PUBLICAÇÃO EM LIVROS E REVISTAS. DECLARO QUE CONCORDO EM PARTICIPAR DESSE ESTUDO. RECEBI UMA CÓPIA DESTE TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO E ME FOI DADA À OPORTUNIDADE DE LER E ESCLARECER AS MINHAS DÚVIDAS. JUIZ DE FORA, _________ DE __________________________ DE 2009. Nome Assinatura participante Nome Assinatura pesquisador Nome Assinatura testemunha Data Data Data Em caso de dúvidas com respeito aos aspectos éticos deste estudo, você poderá consultar o CEP- COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA/UFJF - CAMPUS UNIVERSITÁRIO DA UFJF - PRÓ-REITORIA DE PESQUISA CEP 36036.900 FONE:32 3229 3788 DECLARAÇÃO A coordenadora do projeto Profª Fabíola Pessôa Pereira Leite e o acadêmico Fernando Luiz Goulart Cruz assumirão os gastos provenientes à execução da pesquisa que tem como título “Controle microbiológico das suturas intraorais com pomada antisséptica”, conforme orçamento em anexo rubricado por mim. Juiz de Fora, 03 de junho de 2009. Juiz de Fora, 03 de junho de 2009. DECLARAÇÃO DE CONCORDÂNCIA Declaro que a Centro Clínico de Pesquisa em Estomatologia (Clinest) concorda com a realização do projeto de pesquisa “Controle microbiológico das suturas intraorais com pomada antisséptica”, coordenado pela professora Fabíola Pessôa Pereira Leite, em suas instalações. Juiz de Fora, 03 de junho de 2009. DECLARAÇÃO DE CONCORDÂNCIA Declaro que a Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Juiz de Fora concorda com a realização do projeto de pesquisa “Controle microbiológico das suturas intraorais com pomada antisséptica”, coordenado pela professora Fabíola Pessôa Pereira Leite, em suas instalações. UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA PRO-REITORIA DE PESQUISA Ministério da Educação Pró-Reitoria de Formação Pró-Reitoria de Graduação 36036900- JUIZ DE FORA - MG – BRASIL Clinest - Centro Clínico de Pesquisa em Estomatologia Dr.Mauro Cruz Diretor Geral Caro Sr. Vimos por meio desta informar a V.S.a do nosso interesse em desenvolver junto à Universidade Federal de Juiz de Fora – Faculdade de Odontologia, um trabalho experimental com a pomada antisséptica Proheal, desenvolvido pelo Clinest. O trabalho de investigação é uma monografia para conclusão de curso de graduação, com fins de obtenção do grau de bacharel em Odontologia, para o qual solicitamos o apoio técnico-científico desta instituição. Atenciosamente, Fernando Luiz Goulart Cruz Pesquisador UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA PRO-REITORIA DE PESQUISA Ministério da Educação Pró-Reitoria de Formação Pró-Reitoria de Graduação 36036900- JUIZ DE FORA - MG – BRASIL Maxtron Ltda Sra.Rita Rodrigues Gerente Geral Caro Sra. Vimos por meio desta informar a V.S.a do nosso interesse em desenvolver junto à Universidade Federal de Juiz de Fora – Faculdade de Odontologia, um trabalho experimental com a pomada antisséptica Proheal, fabricado pela Maxtron. O trabalho de investigação é uma monografia para conclusão de curso de graduação, com fins de obtenção do grau de bacharel em Odontologia, para o qual solicitamos o apoio técnico e material desta empresa. Atenciosamente, Fernando Luiz Goulart Cruz Pesquisador UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA PRO-REITORIA DE PESQUISA Ministério da Educação Pró-Reitoria de Formação Pró-Reitoria de Graduação 36036900- JUIZ DE FORA - MG – BRASIL TERMO DE COMPROMISSO Eu Fernando Luiz Goulart Cruz, principal responsável pelo trabalho de Monografia de conclusão de curso de graduação em nome de todos os co-autores, declaro ser verdade todas as informações prestadas, comprometendo-me a desenvolver o presente trabalho e concluí-lo dentro do prazo máximo estipulado no cronograma e enviar uma cópia, após concluído à Maxtron Ltda e ao Clinest - Centro Clínico de Pesquisa em Estomatologia. Declaro ainda, que o presente trabalho poderá ser preparado em forma de artigo científico por membros do Clinest, para periódicos dentro das normas de publicação do Manual de Estilo, 9ª edição da AMA-American Medical Association e dos “Requisitos Uniformes para Originais Submetidos a Revistas Biomedicais”, do ICJME – The International Committee of Medical Journal Editors (www.icmje.org) para publicação no Brasil ou no exterior. Declaro também que caso tenha havido participação efetiva de algum membro do Clinest, também de acordo com as normas do ICJME, este deverá participar como co-autor nesta publicação. Fernando Luiz Goulart Cruz Pesquisador Proheal ® Antiseptic, Stabilizing and Healing Pomade for use in dental implants Presentation: box with 30 doses with 0,3 g each. Composition: each 1gram contains: Triiodomethane (Iodoform) 15,5% Calendula Oil 0,5% Lanolin anhydrous 74% Beeswax 10% Nipazol 0,05% Technical information: It is common the occurrence of peri-implant abscess, originating from the bacterial growth in the inner area of the implant and around the cover screw, during the osseointegration waiting time. This occurrence is more frequent when the cover screw looses, which can be caused by the thermal variations of the buccal environment. As the same way, this kind of bacterial contamination can occur in the spaces between the implant-abutment, during the time of temporary or permanent prosthesis. ProhealÒ was developed with the objective to fill the free spaces, to stabilize the cover screw and control the bacterial growth in this ambient along the implant life. Active principle and action: In this formulation, the Iodoform is a potent antiseptic that maintains chemical stability and pharmaceutical action for long time. Iodoform’s properties were tested for a long time and its application in humans was already approved. Its application in Dentistry has more than a century with predictable results and insignificant side effects. The calendula oil is an anti-inflammatory, healing and antiseptic of short durability, but it is important in the initial healing process. Its side effects are also trivial. The other components are essential to the stability and the durability of this formulation that guarantee its permanence in the organism until 24 months. Indications: ProhealÒ is indicated as a luting agent to fulfill the free spaces of the implant-thread-screw area and for bacterial control of this ambient. It provides the cover screw stabilization during the process of osseointegration avoiding it’s loosening. It is indicated also for the maintenance of any temporary prosthetic component before the definitive cementation or to control the inner environmental of the implant and prosthetic components of the screw retained prosthesis. Directions: Apply on the thread or on the connection of the abutment before its placement. Precautions: Idiosyncrasy can rarely occurs for the some components of the formula. In these cases, immediately suspend the application. Adverse reactions: The pure iodoform (CAS n. 75-47-8) is irritating for the eyes, skin and respiratory tract. Attention: - Only an experienced professional with knowledge of oral implantology techniques and principles must carry out the procedures to use ProhealÒ. - Conserve the product in the original package and out of the heat and light. - Professional use only. Period of validity: 24 months. CAUTION: Federal law restricts this product to sale by or on the order of a health care professional. Ministry of Health: Technical Pharmaceutical Liability: José Maria A. Castro CRF- MG 9030 Lot, manufacturing and expiration date: see package Manufactured and marketed by: MAXTRON LTDA Av. Rio Branco, 2288 / 406-411 Cep: 36016-310 Juiz de Fora - MG - BRAZIL Phone/Fax + 55 32 3215-9879 [email protected] www.maxtronimplant.com CNPJ: 20880167/0001-00 Insc Est: 3674641100030 Developed on: Clinest - Clinical Center of Research in Stomatology by, Dr. Mauro Cruz,DDS,MS,PhD and Dr.Clóvis Cruz Reis, DDS. Av. Br Rio Branco, 2288/1205 Phone/Fax + 55 32 3215-3957 Centro – Juiz de Fora - MG – BRAZIL www.clinestpq.com.br [email protected] Made in Brazil Proheal ® Pomada anti-séptica, estabilizante e cicatrizante para uso em implantes Apresentação: caixa com 30 doses de 0,3 g cada Composição: cada 1 grama contém: Triiodo Metano ( lodofórmio ) Óleo de Calêndula Lanolina Anidra Cera de Abelha Nipazol 15,5% 0,5% 74% 10% 0,05% Informações técnicas: É comum a ocorrência de abscessos periimplantares oriundos do crescimento bacteriano no interior dos implantes e em torno do parafuso de proteção, durante a fase de espera da osseointegração. Esta ocorrência aumenta quando há o afrouxamento do parafuso, que pode ser causado pelas variações térmicas do meio bucal. Da mesma forma, pode ocorrer contaminação e crescimento bacteriano nesta região em torno das conexões protéticas, durante o período da prótese provisória e mesmo após a instalação da prótese definitiva. ProhealÒ foi desenvolvida com o objetivo de preencher estes espaços vazios, estabilizar o parafuso de proteção e fazer o controle microbiano deste ambiente em todas estas fases. Principio ativo e modo de ação: O iodofórmio nesta formulação é um potente anti-séptico que mantém sua estabilidade química e mecanismo de ação por longo tempo. Suas propriedades foram clinicamente testadas, tendo sua aplicação em humanos aprovada de longa data. Sua aplicação na Odontologia, já ultrapassou um século, com resultados previsíveis e com efeitos colaterais insignificantes. O Óleo de calêndula é um anti-inflamatório, cicatrizante e anti-séptico de menor durabilidade mas de importância no processo inicial de cura e sem efeitos colaterais detectados. Os outros componentes da formulação são veículos essenciais à estabilidade e à durabilidade do medicamento que garantem sua permanência até 24 meses no local. Indicações: Indicada para o preenchimento, vedamento, estabilização e controle bacteriano, da região implante-conexão, desde o parafuso de proteção, na instalação cirúrgica, passando pelos componentes provisórios, até às próteses definitivas. Modo de Usar: Aplique-a nos encaixes ou nas roscas das conexões, todas as vezes que for introduzi-las. Contra-indicações: Podem ocorrer raramente reações de idiossincrasia à algum componente da fórmula. Nestes casos suspender imediatamente a aplicação. Reações Adversas O iodofórmio puro ( CAS Nº 75-47-8) é irritante para os olhos, pele e trato respiratório Precauções: - Os procedimentos utilizando ProhealÒ devem ser executados por profissional habilitado nas técnicas de implantodontia. - Conserve o produto na embalagem original e ao abrigo da luz. Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação (vide embalagem). ATENÇÃO:Exclusivamente para uso profissional. Registro no Ministério da Saúde: Responsável Técnico Farmacêutico: José Maria A. Castro CRF-MG 9030 Lote data de fabricação e validade: vide embalagem Fabricado e distribuído por: MAXTRON LTDA Av. Br Rio Branco, 2288 / 406 - 411 Cep: 36016-310 Juiz de Fora – MG - BRASIL Fone/Fax + 55 32 3215-9879 [email protected] www.maxtronimplant.com CNPJ: 20.880.167/0001-000 Insc. Est. 3674641100030 Desenvolvido no: Clinest - Centro Clínico de Pesquisa em Estomatologia por, Dr. Mauro Cruz,CD, MS, PhD e Dr. Clóvis Cruz,CD. Av. Br Rio Branco, 2288/1205 Fone/Fax + 55 32 3215-3957 Centro – Juiz de Fora - MG – BRASIL www.clinestpq.com.br [email protected] Indústria Brasileira BIBLIOGRAFIA / BIBLIOGRAPHY: TRABALHOS REALIZADOS COM A ProhealÒ ProhealÒ ASSESSMENT Cruz M. Estudo prospectivo da atividade farmacológica da pomada anti-séptica Proheal. Controle de 5 anos. Relatório. Juiz de Fora: Clinest – Centro Clínico de Pesquisa em Estomatologia, 2002. 12 p. Cruz M. 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