CLIPPING SAúDE 22.07.2012 - Fundação Hemope
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CLIPPING SAúDE 22.07.2012 - Fundação Hemope
Jornal do Commercio - PE 22/07/2012 - 07:35 JC Negócios Dinheiro da Caixa para UPA-E O governo de Pernambuco protocolou na Caixa Econômica Federal um pedido de R$ 423 milhões para cumprir uma das mais badaladas promessas de campanha do governador Eduardo Campos quando se reelegeu: a construção de um conjunto de 10 UPAS-Especialidades que vão completar o pacote de três novos grandes hospitais de emergência, requalificação do Hospital de Caruaru e 16 UPAS na região metropolitana, 14 delas já construídas e operando que descongestionaram as grandes emergências. As UPAs Especialidades serão pequenos hospitais regionais que vão fazer exames de diagnóstico e consultas específicas nas áreas de cardiologia, ginecologia, urologia, dermatologia e fisioterapia, entre outros, que teriam a função de descongestionar os hospitais municipais. O pedido está na Caixa, mas a oferta de crédito a Pernambuco, pelo BNDES, é tão forte que se ela não aprovar o banco poderá bancar o projeto. Além de financiar as UPAs-Especialidades o dinheiro vai servir também ao programa de barragens da Mata Sul, que já tem parte dos recursos bancados pela União e pela própria Caixa. Diario de Pernambuco - PE 22/07/2012 - 08:49 Diario urbano Vai fechar Sem explicar os motivos à comunidade de Casa Amarela, a Farmácia do Lafepe instalada no bairro está avisando a quem chega para se candidar a conseguir um par de óculos de grau que a unidade vai fechar e o serviço já foi desativado. A orientação é para que a pessoa procure a unidade mais próxima - Dois Irmãos - que fica longe, longe. Protestos e ranger de dentes. Para elas O secretário de Saúde do estado, Antonio Figueira, aacaba de anunciar verba de R$ 41 milhões para o início da construção de um complexo hospitalar, em Caruaru, voltado para atendimento à mulher, que deve ficar pronto no segundo semestre de 2013. Foi a melhor notícia que o município recebeui, nesta semana. Vanguarda - Caruaru - PE 22/07/2012 - 10:43 Onze unidades de saúde passam a emitir cartão do SUS Segundo a Secretaria de Saúde, os atendimentos nos novos locais não têm data para terminar A Secretaria de Saúde decidiu, na última semana, ampliar os pontos de cadastramento do Cartão SUS (Sistema Único de Saúde). O mutirão se estendeu para 11 unidades de saúde. O intuito é cadastrar 100% dos usuários do SUS em Caruaru. A pasta reforçou que os atendimentos nas novas 11 unidades não têm data para acabar. O único prazo de término é no Centro Administrativo, que ocorrerá no dia 31 deste mês. Os novos locais para emissão do Cartão SUS são os centros de saúde do Salgado, Cedro, Cohab III, Indianópolis, Amélia Pontes e Boa Vista I, além da Clínica da Mulher e as policlínicas Ana Rodrigues, Santa Rosa, Salgado e Vassoural. Os atendimentos ocorrem no período da manhã e tarde. Segundo dados da Secretaria de Saúde do município, dos 315 mil habitantes, 182 mil fizeram o cadastramento e já estão com o cartão em mãos, o que representa 60%. Para fazer o cartão, é necessário, no caso de adultos, de cópias do documento de identidade, CPF e comprovante de residência. No caso das crianças, cópia da certidão de nascimento e comprovante de residência. Cada usuário poderá cadastrar cinco pessoas. Os atendimentos continuam sendo realizados no Centro Administrativo, que fica na avenida Rio Branco. Diariamente, a partir das 7h, são distribuídas 400 senhas. Às 13h30, o usuário volta ao mesmo endereço para fazer o cadastro. Folha de Pernambuco - PE 22/07/2012 - 08:27 Estudo revela mecanismo que faz câncer se espalhar “Minicélulas” carregam substâncias que estimulam tumores Reinaldo José Lopes Uma equipe internacional de pesquisadores, incluindo um grupo de brasileiros do Hospital A.C. Camargo, em São Paulo, pode ter dado um passo importante para bloquear o insidioso processo por meio do qual o câncer se espalha pelo organismo. Eles mostraram que uma espécie de bolha microscópica, que lembra uma “minicélula”, é capaz de carregar as sementes de um novo tumor para partes distantes do corpo, preparando essas áreas para receber a doença. Se for possível bloquear a ação dessas “bolhas”, os médicos teriam em mãos uma defesa importante contra a metástase, como é conhecido o espalhamento do câncer pelo organismo do doente. A quantidade e o conteúdo das “minicélulas” também poderiam trazer pistas importantes sobre a gravidade de determinado tipo de câncer e sobre a resistência do tumor a medicamentos, explica a bioquímica Vilma Martins, pesquisadora do A.C. Camargo. “Pode ser uma ferramenta muito poderosa para os oncologistas”, afirma ela. Vilma assina um estudo sobre o tema que acaba de ser publicado na revista científica “Nature Medicine”. A equipe de cientistas da Faculdade Médica Weill Cornell, em Nova York, coordenada por David Lyden, identificou sinais do papel das “bolhas” conhecidas tecnicamente como exossomos - em um câncer que costuma afetar a pele, o melanoma. Os termos gregos que formam a palavra “exossomo” podem ser traduzidos exatamente pela expressão “um corpo que sai” da célula, como uma espécie de mensageiro, de acordo com o que pesquisas recentes mostram. “É uma área de pesquisa bastante nova”, conta a pesquisadora. Os exossomos se formam no interior das células e apresentam uma membrana composta por uma camada dupla de gordura - exatamente como a membrana das células “verdadeiras”. Em seu interior, podem carregar vários tipos de molécula, inclusive material genético. Atravessam com facilidade a membrana das células e levam essa carga para outras células. “Parece um método eficiente de sinalização celular”, explica Vilma. O problema é que, como mostrou o trabalho da bioquímica e seus colegas, essa sinalização pode ser facilmente usada para o mal. Em pessoas com melanoma, por exemplo, os exossomos produzidos carregam uma quantidade maior de proteínas ligadas ao câncer quando o tumor da pessoa é mais grave. Quando injetadas em camundongos junto com células tumorais, as “minicélulas” facilitaram a formação de tumores, carregando substâncias que ajudam a recrutar células formadoras de vasos sanguíneos. Isso é o que os cientistas apelidam de “criação de nicho” para o tumor: um local cheio de nutrientes trazidos pelos vasos para que o vilão possa crescer dentro do organismo. E os vasos também ficam mais permeáveis - o que facilitaria a penetração das células tumorais. O desafio, agora, é aprender a bloquear o processo. Folha de Pernambuco - PE 22/07/2012 - 08:50 Impactos dos transgênicos Informações agrupadas no relatório vão de encontro à hipótese de que os transgênicos podem combater as mudanças climáticas e a fome Reforçando as publicações científicas, que negam a utilidade dos transgênicos como medida para reduzir os efeitos das mudanças climáticas, a ONG Amigos da Terra Internacional lançou o relatório “Quem se beneficia dos cultivos transgênicos?”. A publicação aborda e esclarece os verdadeiros efeitos que os cultivos de transgênicos causam à saúde e ao meio ambiente. O relatório foi publicado ao mesmo tempo em que o Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações de Agrobiotecnologias (ISAAA, por sua sigla em inglês) lançou sua publicação anual financiada pela indústria biotecnológica. Os Amigos da Terra Internacional, por meio de estudos e da coleta de dados atuais, analisa as áreas de cultivos de organismos geneticamente modificados (OGM) no mundo e divulga os impactos sofridos pelos países que os plantaram. As informações agrupadas no relatório vão de encontro à hipótese de que os transgênicos podem combater as mudanças climáticas e a fome e afirmam que as suposições são “exageradas e totalmente prematuras”. A afirmação categórica dos Amigos da Terra se deve ao fato de que estudos têm comprovado que os OMG estão causando mais malefícios do que benefícios. A prova, segundo relata o estudo da ONG, é que os cultivos de transgênicos estão incrementando as emissões de carbono e não estão ajudando a solucionar os problemas da fome no mundo. “Isto se deve ao fato de os cultivos transgênicos serem responsáveis por espetaculares aumentos no uso de pesticidas, tanto nos EUA como na América Latina, intensificando o uso de combustíveis fósseis”, esclarece o relatório. Dados recentes do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos confirmaram que em 2008, os cultivos de transgênicos necessitaram de 26% a mais de pesticidas por hectare que as plantações tradicionais. No caso do Brasil, um estudo promovido pelo Governo em 2007 comprovou que o uso do herbicida glifosato cresceu 80% entre 2000 e 2005, quando a soja transgênica foi inserida no país. Segundo o documento “Quem se beneficia dos cultivos transgênicos?”, menos de 3% da área agrícola mundial está ocupada por plantações transgênicas e mais de 99% do que é produzido serve à alimentação de animais e para a produção de biocombustíveis. Folha de Pernambuco - PE 22/07/2012 - 07:57 Doulas ajudam futuras mamães Atividade, que vem do grego, significa “mulher que serve outra” Mayra Cavalcanti Nathália Bormann BIAHNCA Sheyla, 33 anos, fez curso para ajudar outras mulheres durante os partos humanizados Biahnca Sheyla, 33 anos, antes de ter seus dois filhos, um com 3 anos e outro com 1ano, trabalhava como psicóloga. Seu primeiro parto foi normal e aconteceu em um hospital particular do Recife, com a atuação de uma doula, palavra que vem do grego e significa “mulher que serve a outra”. No parto do seu filho mais novo, Biahnca optou por dar à luz em casa, ainda seguindo a lógica de partos humanizados. Meses depois, se inscreveu para o curso de Doulas Comunitárias Voluntárias. Largou seu antigo emprego e, agora, apenas algumas aulas práticas na Maternidade Professor Bandeira Filho, localizada no bairro de Afogados, na Zona Oeste do Recife, a separam de poder se juntar a outras 54 doulas que trabalham em maternidades da Capital pernambucana. “Enquanto estava grávida eu frequentava uma organização não governamental (ONG) e lá eles falavam muito de parto humanizado. Foi quando descobri o trabalho desempenhado por uma doula e me interessei. Depois que entrei no curso eu vi, ainda mais, o quanto é importante esse apoio para as mães”, contou Biahnca. De acordo com a psicóloga, orientar as grávidas, dar apoio emocional e físico, ao aliviar as dores durante o trabalho de parto, são as principais funções de uma doula. “Quando estamos grávidas, nossos medos são muitos e a insegurança também. Nosso objetivo é ajudar a mulher a parir, sem traumas. O curso foi muito interessante e eu fiquei muito feliz que o SUS (Sistema Único de Saúde) esteja fazendo investimento nessa área”, relatou. Segundo Benita Spinelli, gerente de Atenção à Saúde da Mulher da Prefeitura do Recife, geralmente é feito apenas um curso por ano e eles visam à formação de doulas para atuar nas três maternidades municipais que trabalham com esse tipo de parto humanizado, que são as maternidades Professor Barros Lima, em Casa Amarela, Professor Bandeira Filho, em Afogados, e Professor Arnaldo Marques, no Ibura. “As mulheres passam pela aula teórica, que são três dias com oito horas/aula, as quais tratam de assuntos como ética e mecanismos do parto, além do manejo dos equipamentos, como o cavalinho e a bola”, explicou Benita Spinelli. A gerente ainda acrescentou que, nas aulas práticas, cada pessoa tem que dar dois plantões nas maternidades e que as habilitadas no curso já estarão entrando no quadro de plantões no próximo mês de agosto. Andréia Maria, 37, que trabalha com serviços gerais, teve o apoio de uma doula durante o parto de sua filha mais nova, Alice Vitória, sua quarta filha, com uma diferença de 11 anos desde que seu último filho nasceu. “Eu estava muito insegura porque fazia muito tempo que não tinha filho, até porque agora estou mais velha. A doula foi ótima, ela me ajudou muito, elas são muito dedicadas. Ela conversou muito comigo, fez exercícios para que eu não tivesse dor”, afirmou. O programa Doulas Comunitárias Voluntárias da Prefeitura do Recife foi implantado há dez anos na Cidade, mas 16 cursos já foram realizados. “Atualmente, existem, inclusive, doulas autônomas, que recebem pelo que fazem e algumas delas, inclusive, participam diretamente do parto”, finalizou Benita Spinelli. Jornal do Commercio - PE 22/07/2012 - 07:54 Réporter JC Pernambucano na ANS Ex-presidente do Cremepe, o médio André Longo (foto), a partir de agora, assumirá a presidência da ANS na ausência do titular. Na hierarquia do órgão, ele passou a ser o número dois. Escolha do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Entre as funções, fiscalizar como atuam planos de saúde e operadoras. Jornal do Commercio - PE 22/07/2012 - 07:55 Ajudar o próximo é opção de vida Fundação israelense Hatzalah chega ao País com o intuito de auxiliar pessoas em todo tipo de tragédia Agência Estado De quipá na cabeça e um jaleco laranja de socorrista nas costas, o israelense Eli Beer não costuma passar despercebido. Porém, em sua terra natal, região marcada por conflitos armados, ele parece só mais um no batalhão de 1.700 voluntários que trabalham para ajudar pessoas em todo tipo de tragédia, de acidentes domésticos a ataques terroristas. O que nem todos sabem é que esse Exército surgiu há 24 anos por uma iniciativa sua, ao fundar a United Hatzalah, organização sem fins lucrativos que já ajudou a salvar mais de 190 mil vidas. Assim como em vários lugares do mundo, o órgão já chegou ao Brasil, onde começou a atuar em São Paulo e conta com 23 voluntários desde outubro de 2011. A expansão deve ocorrer em breve. Foi ainda adolescente, com 16 anos, que Beer decidiu se dedicar a salvar vidas, motivado pelas cenas violentas que presenciou no país onde nasceu e cresceu. Sua primeira lembrança, de quando tinha 5 anos, é a de um ataque a um ônibus, que deixou vários mortos. “Lá, as pessoas precisam crescer logo e você tem de fazer a sua parte”, diz. Na época, o único jeito de ajudar o próximo era como voluntário em ambulâncias. Mas esse trabalho deixou muitas frustrações. “Sempre que saía para socorrer alguém em choque ou que teve um infarto, nunca chegava a tempo, era sempre tarde demais”, conta. Sua maior decepção foi quando demoraram preciosos 17 minutos para cuidar de um menino de 7 anos que entrara em choque anafilático após comer um cachorro-quente. Tentaram de tudo por quase uma hora, mas o garoto não resistiu. “Vi a família em desespero e pensei: se alguém soubesse o que fazer ali, antes de chegarmos, teríamos salvado essa criança. Percebi que o sistema de ambulância não funciona, pois não são elas que salvam vidas, são as pessoas”, diz. Foi aí que teve a ideia, com outros 15 jovens, de montar uma pequena equipe munida de walkie-talkies para atender emergências na vizinhança. Era 1988. “Éramos um grupo de super-homens”, afirma, aos risos. “Para nós, toda pessoa salva era uma vitória, era uma família que tinha sobrevivido.” Na primeira semana, socorreu uma vítima de atropelamento. Em dois minutos estava lá e, mesmo sem equipamento, conseguiu estabilizá-la até que fosse para o hospital. Dois dias depois, recebeu uma ligação do filho do paciente, que fazia questão de conhecê-lo. “Foi a primeira vez que salvei uma pessoa”, orgulha-se. A organização recebeu o nome de Hatzalah, uma palavra do hebraico que significa “salvar vidas”, que já era usada para designar os grupos de ajuda humanitária. Foi somente em 2006 que se tornou oficialmente United Hatzalah of Israel. Ela funciona assim: equipes interligadas, com agilidade de deslocamento de dois minutos. Para garantir a rapidez, os socorristas adotaram pequenas motos que funcionam como miniambulâncias, capazes de chegar ao local o mais rápido possível. Todos os voluntários utilizam um aplicativo no celular e, quando o alerta toca, quem estiver mais próximo da ocorrência sinaliza no aparelho e corre para o local. São cerca de 530 chamadas todos os dias. E as pessoas literalmente param o que estão fazendo: fecham lojas, deixam empregos e, em segundos, tornam-se socorristas. “Quem precisa de ajuda liga, porque confia que vamos salvá-lo”, conta. Segundo Beer, qualquer pessoa pode se oferecer para atuar como voluntária na organização. Após um treinamento de dois meses, o novo membro está pronto para começar. Ainda assim, terá sempre de participar de outros cursos para aperfeiçoar a capacitação. Os mais de 20 anos de prática em salvamento serviram para que o valor de suas ações fosse reconhecido. Beer foi premiado, em 2010, pelo Fórum Econômico Mundial, em Davos, como o Empresário Social do Ano. O mesmo órgão o elegeu, agora em 2012, Jovem Líder Global de Israel. E esses são apenas alguns dos méritos que o socorrista recebeu e trata com modéstia. “O mais importante é dizer que o mundo pode ser melhor se as pessoas cuidarem umas das outras. Você pode ser judeu, muçulmano, católico, não há problema. Basta querer ajudar.” Seu salvamento mais marcante foi o do próprio pai, que sofreu um ataque do coração e ficou nove minutos inconsciente. Sobreviveu sem sequelas. Por outro lado, não conseguiu evitar a morte de um primo, muito machucado após a explosão de uma bomba. Casado e pai de cinco filhos, Beer relata que uma de suas meninas já foi salva por um voluntário, após uma reação alérgica na escola. Ele diz usar esse e outros bons exemplos para ensinar às crianças a importância de fazer o bem. Jornal do Commercio - PE 22/07/2012 - 08:13 Mais bases e motos são a saída Dos cerca de cinco mil atendimentos mensais do Samu Metropolitano, que abrange 18 cidades, mil são provenientes do Ibura, Zona Sul do Recife A descentralização, com criação de mais bases, e o aumento da frota, com a inclusão de motocicletas, são duas alternativas adotadas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do Recife e pelo Corpo de Bombeiros de Pernambuco para facilitar o deslocamento e agilizar o atendimento de socorro e resgate da população. Até outubro, a capital terá nove pontos do Samu (atualmente são sete), distribuídos em locais estratégicos. Os bombeiros funcionam hoje com 15 postos (cinco no Recife e 10 na Região Metropolitana). A meta é ampliar para 25 (11 na capital e 14 na RMR) até 2014, quando haverá a Copa do Mundo. Dos cerca de cinco mil atendimentos mensais do Samu Metropolitano, que abrange 18 cidades, mil são provenientes do Ibura, Zona Sul do Recife. “Vamos inaugurar uma base na Policlínica Arnaldo Marques. Já existe uma ambulância lá de segunda a sexta- feira, em horário comercial. Com o novo espaço, o serviço vai funcionar 24 horas, de domingo a domingo, e três ambulâncias. Isso agilizará bastante o socorro para os moradores da região”, afirma o coordenador do Samu no Recife, Leonardo Gomes. A outra base será na Campina do Barreto. Já funcionam na Boa Vista (central), Casa Amarela, Torrões, Cidade Universitária, Afogados, Casa Forte e Água Fria, que contam com 24 ambulâncias e três motolâncias. No Corpo de Bombeiros, 80% das chamadas de resgate (dados do ano passado) foram por acidentes de trânsito, quedas ou mal súbito e 20% por agressões e crimes. Houve 25 mil atendimentos em 2011 em vias públicas. “Dispomos de oito motos para resgate. São quatro duplas. Nos próximos 20 dias serão cinco duplas com 10 motos. De moto, os bombeiros chegam mais rápido, conseguem avançar nos congestionamentos para garantir o primeiro atendimento, enquanto o resgate de carro não chega”, diz o comandante do Grupo de Bombeiros de Atendimento Pré-hospitalar, tenente-coronel Gustavo Falcão. Outra ação que melhora o socorro e o resgate do Samu e dos Bombeiros é a ampliação da quantidade de postos de saúde na Região Metropolitana. As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), que começaram a funcionar em janeiro de 2010, são citadas pelos condutores de ambulâncias como boas alternativas. Existem 12 no Grande Recife (cinco na capital). Outro ponto positivo foi o aumento de cerca de 200 agentes de trânsito no Recife este ano. Hoje são 500. Eles ajudam a ordenar o tráfego para a passagem das ambulâncias. EXEMPLO A experiência pernambucana com motos-resgate no Corpo de Bombeiros, iniciada no Estado em 2004, está servindo de exemplo. Quatro oficiais do Distrito Federal estão no Recife participando de um curso de formação. Quando chegarem à capital federal atuarão como multiplicadores. Lá, 18 homens trabalham com moto-resgate. Diario de Pernambuco - PE 22/07/2012 - 07:42 Planos de governo mostram o Recife desejado Propostas registradas no TRE indicam como os candidatos a prefeito pensam sobre o futuro da cidade Aline Moura A cidade dos sonhos... A cada quatro anos, os candidatos a prefeito do Recife acham que ela é possível de ser construída, planejada. Alguns torcem o nariz para as promessas feitas nessa época, enquanto outros se renovam de esperanças, apostando em dias melhores. De uma forma ou de outra, o tempo é de debates. A eleição está bem próxima e talvez o melhor agora seja ouvir e falar – ao menos para quem pretende exigir melhorias do próximo gestor. Em tempos de muitos discursos políticos, o Diario procurou especialistas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) para falar sobre os principais problemas do Recife. O urbanismo foi escolhido como tema central porque é unânime entre os principais prefeituráveis recifenses, Daniel Coelho (PSDB), Geraldo Júlio (PSB), Humberto Costa (PT) e Mendonça Filho (DEM). Com maior ou menor intensidade, todos falam sobre o assunto nos programas de governo registrados no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). As plataformas podem inclusive ser aprofundadas ao longo da campanha, mas os textos preliminares sinalizam o que pensam os prefeituráveis e podem ser lidos no endereço www.tre-pe.gov.br. Os demais assuntos ressaltados pelos candidatos, como saúde, educação, habitação e gestão serão abordados abaixo. A partir do tema geral “urbanismo”, no entanto, os acadêmicos entraram no específico espontaneamente. Professora de Arquitetura e Urbanismo da UFPE, com doutorado em desenho plano na Universidade de Cambridge, Mônica Raposo não é adepta de grandes obras. Para ela, pequenas mudanças seriam significativas na qualidade de vida do recifense e isso, necessariamente, exigirá modificação nos passeios públicos. Mônica citou “calçadas”, após ser questionada sobre qual cidade queria para o futuro. “Todos falam em transporte motorizado, mas não podemos esquecer das calçadas. Ninguém pode andar nessa cidade, as calçadas são estreitas demais, cheias de armadilhas”, exemplificou. No tocante às calçadas, os que falam especificamente sobre o tema são Mendonça Filho e Daniel Coelho. Mendonça propõe modificar a Lei das Calçadas com vistas à padronização de passeios. “Eles estão entre as piores das capitais brasileiras, com buracos, ocupações irregulares, obstáculos”, completa Daniel. Mônica Raposo ainda discorreu sobre a importância do tratamento dos resíduos sólidos. De acordo com a professora, é estranho que muitas ruas do Recife virem depósitos de lixo sem qualquer tipo de fiscalização, a exemplo da Avenida Professor José dos Anjos, que margeia o Canal do Arruda, e a Lemos Torres, em Casa Forte, perto do Canal Parnamirim. “Não há qualquer fiscalização nesses locais. Por quê? Olha, dizem que se reconhece a civilidade da sociedade pela administração do próprio lixo”, declarou, recebendo respaldo conceitual no programa de todos os candidatos, que se comprometem em planejar uma cidade mais limpa e com mais áreas verdes. Habitação O candidato do DEM, Mendonça Filho, enviou um programa de governo ao TRE bem resumido, com apenas uma página, mas trata de vários temas que incomodam a população recifense em tópicos. Na questão da habitação, o parlamentar enfatiza, como defendem vários acadêmicos, a importância de se revitalizar o centro do Recife e criar o projeto “Morar no Centro”, que compreende um elenco de ações que englobam os bairros que viram fantasmas à noite. Na saúde, Mendonça Filho promete reestruturar os serviços de urgência nas policlínicas, ampliando o funcionamento para 24 horas, todos os dias da semana. Ele ainda defende a incorporação de veículos leves e de pequeno porte do Samu para integração com os hospitais de alta complexidade. Gestão A plataforma de governo de Geraldo Julio tem quatro páginas. É mais conceitual que a dos demais adversários e se diz focada na “ação proativa, na cidadania e na qualidade de gestão”. Ele inclusive encerrou o seminário de programa de governo na última segundafeira, depois de vários encontros setoriais. Mas o candidato se compromete, no registro entregue ao TRE, em fazer uma gestão semelhante à do governador Eduardo Campos, com o mesmo modelo e ritmo, no estilo “fazendo mais em menos tempo”. Geraldo Julio prometeu universalizar a saúde, no programa enviado ao TRE, mas detalhou, como vem fazendo em discursos, que vai construir as 20 Upinhas 24 horas e seis UPAs especialidades, além de um hospital da mulher. O discurso é uma das principais apostas do prefeiturável na campanha. Educação Daniel Coelho parece ter sido o mais dedicado ao registrar o programa de governo no TRE, mesmo ainda cabendo mudanças ao longo da campanha. A plataforma do candidato foi a mais concreta e detalhada, sendo exposta em sete páginas com letras pequenas. Todos os concorrentes prometeram melhorar a qualidade da educação, mas ele garantiu que investirá mais do que 25% exigido em lei na área e dará a melhor remuneração do Norte/Nordeste para o professor. Entre vários temas, o tucano aborda um ponto que nenhum dos outros candidatos trata e que é muito cobrado pela sociedade, pelo menos nas redes sociais. Ele promete extinguir veículos de tração animal, criar um programa de castração e chipagem dos bichos de rua, além de serviço ambulatorial para animais em situação de risco. Saúde O candidato do PT, Humberto Costa, fala muito em ampliar e continuar as ações no programa de governo apresentado ao TRE. Ele mantém o compromisso de inverter as prioridades e investir nas áreas mais necessitadas e apresenta a novidade de ampliar o orçamento municipal da saúde de 15% para 20%, cerca de R$ 362 milhões. O percentual não está registrado no texto enviado ao TRE, mas ele se comprometeu em entrevista falando sobre o assunto. No programa, Humberto também fala sobre a importância da transparência para melhorar a qualidade da educação. Segundo ele, uma das metas é construir novos indicadores para informar às famílias e à sociedade sobre os pontos fortes e fracos de cada unidade escolar para discutir os rumos da política de educação.