edição de Outono
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REVISTA APEMIP TRIMESTRAL EDIÇÃO OUTONO`10 TURISMO RESIDENCIAL NA “RENTRÉE” Os valores de um imobiliário potencialmente inesgotável SECRETÁRIO DE ESTADO DO TURISMO DR. BERNARDO TRINDADE ENCERRA SEMINÁRIO DA APEMIP DE LAGOA Revista APEMIP | 1 Índice Pág. 24 Estudo de Opinião - Qualidade Pág. 04 Seminário Nacional Pág. 07 FATACIL Pág. 08 COFECI Pág. 25 Academia APEMIP Pág. 10 SECOVI Pág. 26 CasaYES Pág. 13 Minha Casa, Minha Vida Pág. 28 Casa Pronta Pág. 14 APEMIP Solidária na Madeira Pág. 30 Gabinete de Estudos Pág. 16 FIABCI, encontro em Lisboa Pág. 37 APEMIP TV Pág. 17 CEI Pág. 39 Cartão Azul BP Pág. 18 Mediação no Feminino Pág. 41 Artigo de Opinião - Abílio Marques Pág. 21 Cartão saúde APEMIP Pág. 42 Consultório Fiscal Pág. 22 APEMIP Green Pág. 44 Artigo de Opinião - Pedro A. Sousa Pág. 23 Mediadores premiados Pág. 46 Consultório Jurídico da Certificação Energética Esta edição parte de Lagoa, no Algarve, atravessa o Atlântico até ao Brasil, com paragens em Aracaju e São Paulo, pára, no regresso, na Pérola do Atlântico que é a Madeira, antes de voltar a Lisboa e ao Seixal. PROPRIEDADE ASSOCIAÇÃO DOS PROFISSIONAIS E EMPRESAS DE MEDIAÇÃO IMOBILIÁRIA DE PORTUGAL TELEFONE: 21 792 87 70 RUA D. LUÍS DE NORONHA Nº4, 2º PISO 1069-165 LISBOA CAPA | Ilustração com fotografia do Secretário de Estado do Turismo Dr. Bernardo Trindade no seminário nacional da APEMIP em Lagoa Revista APEMIP | 2 FAX: 21 795 88 15 WWW.APEMIP.PT Mensagem do Presidente Na hora do Brasil Em S. Paulo, a maior cidade do Brasil, a maior cidade da América do Sul, a maior cidade onde se fala Português, só superada, em população e território, por duas ou três cidades asiáticas, número que varia segundo os critérios, em S, Paulo, como se testemunha nesta revista, o preço dos imóveis está alto e sem tendências em sentido contrário. A Economia brasileira projecta um dos mais elevados crescimentos do Mundo actual, tem uma inflação controlada, oferece mais empregos aos seus cidadãos (muitos dos quais estão a sair do patamar da pobreza, integrando o exército da classe média) e proporciona um crescente acesso ao crédito, nomeadamente para aquisição de casa própria. Como ainda há dias escrevi, o Brasil de hoje está longe de ser a imagem que um palhaço de comportamentos tristes e nome Tiririca está a dar ao Mundo, na projecção mediática de uma candidatura quase de fazer conta – há muito que o Brasil pior não fica, consolidado que está o desenvolvimento da sociedade brasileira, também pela via do imobiliário e da construção, independentemente dos resultados que venham a ser ditados nas segundas voltas eleitorais em cursos (para a presidência e diversos outros lugares políticos). Tudo isto se reflecte nesta edição de Outono da Revista APEMIP, em vésperas do Salão Imobiliário de Portugal (SIL2010), durante o qual – tudo o indica – os primeiros corpos sociais da Confederação do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa (CIMLOP) tomarão posse. Tudo isto sem esquecer a nossa habitual “rentrée”, em Lagoa, este ano dedicada ao tema do turismo residencial como um dos pilares de recuperação da nossa própria economia, encontro, com seminário, que contou com a honrosa presença do senhor Secretário de Estado do Turismo, Dr Bernardo Trindade, a merecer a capa da revista. Ingredientes q.b, para uma boa e proveitosa leitura. Assim o espero. Luís Lima Presidente da APEMIP Revista APEMIP | 3 Luís Lima discursando no Seminario Nacional da APEMIP em Lagoa, Algarve, local habitual para o regresso à actividade após as férias de verão Seminário Nacional Turismo residencial na “rentrée” de Lagoa A APEMIP organizou em Lagoa, no Algarve, no passado dia 20 de Agosto, primeiro dia do salão económico da região, a FATACIL, o seu já habitual seminário da “rentrée”, encontro que, este ano, contou com a presença e participação do Secretário de Estado do Turismo, Dr Bernardo Trindade, a proferir uma intervenção de optimismo para o sector, sem esquecer a conjuntura internacional ainda caracterizada por algumas dificuldades. O tema do seminário – o turismo residencial na retoma económica do país – trouxe para o debate de Lagoa a realidade dos PIN, sigla que identifica os projectos de Potencial Interesse Nacional, a maioria dos quais projectos na área do turismo, realidade a merecer referência não apenas na intervenção do Secretário de Estado do Turismo mas também na intervenção do Dr Luís Florindo, administrador da Agência para o Investimento e Comercio Externo de Portugal (AICEP), outro dos oradores. Revista APEMIP | 4 O Presidente da Câmara de Lagoa, Dr José Inácio Marques Eduardo, congratulou-se, na primeira intervenção de fundo do seminário, pela escolha de Lagoa para esta iniciativa da “rentrée” da Associação de Profissionais e Empresas da Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), a coincidir com a abertura da iniciativa emblemática para o concelho e para o Algarve que é a FATACIL, saudando todos os restantes oradores mas também uma significativa assistência que aliás não se esgotava no universo da mediação imobiliária. No cruzamento dos números e dos valores apresentados, números que marcam o turismo residencial e as suas extensões ao imobiliário, puderam os participantes deste encontro da APEMIP confirmar as tendências deste segmento de mercado relevados pelo Dr Pedro Megre, director geral da UCI Portugal, no que toca às proposta da UCI para os não residentes interessados na propriedade imobiliária em Portugal. Também o Dr Manuel Braga, do Gabinete de Estudos da APEMIP, relevou números surpreendentes nomeadamente aqueles que realçam um aumento de empresas da mediação imobiliária em algumas zonas algarvias, em contraste com a realidade de outras zonas do país. De números também falou o Eng. Manuel Reis Campos, presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI), a referir valores modestos no sector da construção, com efeitos no mercado de trabalho, um pouco em contra ciclo com a Europa, onde os números são mais favoráveis, em parte graças à reabilitação urbana, mais forte lá fora do que em Portugal. O presidente da APEMIP, Luís Lima, que encerrou os trabalhos, lembrou a vocação global de Portugal, também nesta área, sublinhando as potencialidades da Confederação do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa (CIMLOP), cúpula do associa- O Secretário de Estado do Turismo Dr. Bernardo Trindade levou ao Seminário da APEMIP, uma mensagem de esperança quanto ao futro do turismo DISCURSO DIRECTO tivismo empresarial do sector dos países de língua oficial portuguesa, a que o próprio Luís Lima preside, e o papel charneira que Portugal desempenha nas pontes para Angola e para o Brasil. “Angola e o Brasil, já hoje, e os demais países da lusofonia, a curto e a médio prazo, são bons destinos de expansão para os empresários lusófonos da Fileira da Construção e do Imobiliário, na exacta medida em que Portugal, sendo a melhor porta de entrada na Europa para quem fala português, também é um bom porto de chegada e um bom destino. Este potenciado na nossa reconhecida capacidade de bem receber”, lembrou Luís Lima, presidente da APEMIP no discurso de encerramento. (...) Daqui, desta nossa única região continental assumida que é o Algarve, a única referenciada como região nas placas das estradas que a têm como destino, deste Algarve, da Ponta de Sagres, simbólica ou realmente partimos ainda mais para Sul, confirmando também a nossa alma de eternos viajantes. Soubemos sempre, temos de o reconhecer, partir para outras paragens, quase invariavelmente para Sul, desenhando os vários ciclos do nosso desenvolvimento, desde que nos lançamos na aventura das rotas comerciais da Índia e do Oriente, antes de rumarmos a Sul, em direcção ao Brasil, com a África sempre a bombordo. O bombordo da nossa barca é, como sabem, o lado de onde avistamos terra, o lado esquerdo das naus quando navegam para Sul, ao lado da costa africana. Bombordo desde o tempo dos ciclos das especiarias e do ouro. Se me permitem a comparação, o nosso bombordo é e continua a ser o lado de onde avistamos África, tendo a proa apontada a Sul, a esse imenso Brasil, de novo um dos nossos destinos de excelência. A diferença é que hoje não somos, nem queremos ser, o centro do Mundo. Sendo, o que nos torna ainda mais ricos, porto de saída e porto de entrada, numa plataforma central giratória, como agora se diz bem centrada no triângulo de ouro que une Angola ao Brasil e a Portugal, espaço que nós, mediadores imobiliários, redescobrimos na criação da Confederação do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa (CIMLOP), quase como quem redescobre o ovo de Colombo (...) Luís Lima, Presidente da APEMIP “Aqui no Algarve, ninguém pode ser indiferente ao turismo, nomeadamente ao turismo residencial, e todos sabemos que é nesta actividade que devemos encontrar algumas das soluções procuradas para levar a economia da Região e, por inerência, a economia nacional a bom porto”. Sérgio Martins, dirigente da APEMIP Revista APEMIP | 5 Revista APEMIP | 6 A FATACIL de 2010, em Lagoa, foi inaugurada pelo Ministro da Agricultura, pelo Secretário de Estado do Turismo e pela Governadora Civil de Faro FATACIL Agosto escreve-se com A de Algarve O Algarve é a nossa mais emblemática região turística e é também aquela que acolhe, em Agosto, uma significativa parte dos “actores” da nossa vida económica, incluindo na área da mediação imobiliária. No plano económico, a grande mostra das actividades agrícolas, comerciais e industriais do Algarve tem um nome – FATACIL. Razão mais do que suficiente para que a APEMIP, que costuma marcar a sua rentrée nesta feira, tenha também um stand próprio durante todo o certame. Numa região onde, surpreendentemente e como revelou o Gabinete de Estudos da APEMIP, o número de empresas de mediação imobiliária tem vindo a crescer, um pouco em contra ciclo com muitas outras regiões, no Algarve da FATACIL a presença da nossa associação é fundamental também para traçar o retrato de Portugal Imobiliário. Durante a FATACIL, o stand da APEMIP facultou a quem o desejou e sem quaisquer encargos os trabalhos que o Gabinete de Estudos da APEMIP tem vindo a desenvolver e a publicar, contribuindo, assim, de forma muito rigorosa, para a obtenção de um verdadeiro retrato do imobiliário português. Neste coração do Algarve, o stand da APEMIP derramava, em português e em inglês, também olhares sobre outras regiões do país. mesmo na oferta de meios para a deslocação de grandes fluxos de viajantes ou na tarefa de descobrir novos mercados, que substituam os que eventualmente já se esgotaram. A FATACIL é sempre uma festa que marca o Agosto algarvio e uma festa a que a APEMIP sempre se associa. Deixando em quem nos visitava uma mensagem - a de que a indústria dos tempos livres e do turismo, incluindo nesta última o turismo residencial, é não só uma das indústrias do futuro, como também uma daquelas que, de imediato, pode mais rapidamente contribuir para a retoma económica que procuramos. Num quadro de soluções inovadoras e de soluções mais fiáveis e competitivas, até Revista APEMIP | 7 Aracaju, cidade de um dos mais bonitos faróis do Mundo, foi palco de um encontro entre membros da COFECI e da APEMIP para preparar os próximos tempos da CIMLOP COFECI No destino Brasil - Vértice da CIMLOP O presidente da Comissão Instaladora da Confederação do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa (CIMLOP) e presidente da APEMIP, Luís Lima, deslocou-se ao Brasil, à frente de uma delegação empresarial associativa encarregada de preparar as primeiras eleições para a CIMLOP e de criar a primeira plataforma intercontinental de partilha de imóveis em oferta no sistema americano MLS, ou seja, no sistema de listas múltiplas. Este sistema de partilha global que também define a retribuição que cabe a cada interveniente no negócio vai ser aplicado numa plataforma informática ligada à CIMLOP agilizando o encontro da procura e da oferta imobiliária entre os mercados dos países de Língua Oficial Portuguesa e dando um sentido prático à própria CIMLOP que assim organiza o espaço da lusofonia num espaço transparente de negócios imobiliários. Luís Lima avistou-se com a cúpula do COFECI, a estrutura federal dos profissionais do imobiliário do Brasil, reunida em Aracaju, e com a cúpula do SECOVI de S. Paulo, a mais importante associação empresarial da construção da América Latina, associações integrantes da CIMLOP. Ambos os encontros, agendados para elaborar uma lista de consenso às eleições da Confederação, foram pretexto para reuniões técnicas com vista à plataforma MLS. Esta viagem ao Brasil de uma delegação da APEMIP com maior vocação para o relacionamento internacional decorreu na primeira semana após a primeira volta das eleições para a Presidência do país, para governadores dos Estados e para deputados federais e estaduais, numa coincidência feliz por evidenciar a clara maturidade da democracia brasileira, sociedade cujo desenvolvimento prosseguirá, também em torno do sector do Revista APEMIP | 8 imobiliário e da construção, independentemente dos resultados que venham a ser ditados na segunda volta. OITAVA ECONOMIA - ENQUADRAMENTO Antes da crise no sector financeiro ter ultrapassado a barreira da economia norte-americana e ter contaminado o resto do mundo, o Brasil, oitava economia mundial, vivia um ‘’boom’’ imobiliário, com os preços elevados no mercado imobiliário. Os preços parecem ter estabilizado mas, para muitos especialistas, não vão cair, desde logo porque o mercado não tinha sido supervalorizado e os preços praticados foram sempre normais. No que respeita ao financiamento, os especialistas defendem que as pessoas devem procurar um imóvel “que caiba no bolso”, ou seja, uma casa cuja prestação seja adequada ao rendimento familiar. João Teodoro, Presidente do COFECI, segundo a contar da direita, foi o anfitrião em Aracaju da delegação da APEMIP chefiada por Luís Lima, segundo a contar da esquerda E no Brasil há hoje cada vez mais gente a sonhar ter a casa própria, sendo que investir neste sonho é mais fácil neste país da América do Sul, graças a uma recuperação da economia, mais rápida e em melhores condições que outros países desenvolvidos. Nesta âncora da América do Sul, há uma necessidade imediata de cerca de 8 milhões de fogos a que se somam, no curto prazo de dez anos, mais 15 milhões de fogos, de acordo com estudos oficiais. Uma enorme fatia do bolo imobiliário do espaço da lusofonia. O crédito imobiliário no Brasil ainda representa muito pouco do PIB, cerca de 2,1% contra 65% nos EUA e 9% no México. Os desafios estão lançados num país onde, na última década, cerca de 30 milhões de brasileiros subiram da base para o meio da pirâmide social, pela educação e pelo acesso ao mercado de trabalho. Como disse o presidente da Comissão Instaladora da CIMLOP e indigitado candidato a presidente da primeira direcção desta confederação, Luís Lima, no encontro que manteve com as estruturas do COFECI reunidas em Aracaju, o espaço da língua portuguesa ganha outro sentido como a Pátria de que falava Fernando Pessoa, quando se estrutura também como um espaço de potenciais negócios. O Brasil, de quase 200 milhões de habitantes, 40% da população total dos 27 Estados membros da União Europeia, é hoje um país de classe média, cuja maioria pode beneficiar dos confortos e seguranças típicos de classe média, incluindo o acesso à propriedade da casa onde se vive. DISCURSO DIRECTO “ (...) Estar aqui, entre amigos, é estar entre colegas do mesmo ofício, e é estar neste país maravilhoso, um país cujo coração marca um dos ritmos mais fortes do pulsar do nosso espaço comum da lusofonia. O sector da construção e do imobiliário é determinante para o desenvolvimento de muitas economias e nós, que somos protagonistas nesse desafio podemos estar orgulhosos do contributo que damos para esse desenvolvimento (...)” Luís Lima, numa breve intervenção em Aracaju Revista APEMIP | 9 São Paulo, a maior cidade do mundo não asiática e um dos destinos mais apetecíveis em matéria de investimentos imobiliários SECOVI O Brasil não é um “El Dourado”. A expressão “El Dourado” está já muito datada e até mantém alguma carga menos positiva, a sugerir atitudes especulativas hoje indesejáveis. As oportunidades que se abrem no Brasil aos investidores portugueses, sejam eles das redes hoteleiras sejam de outras áreas, são grandes e tanto mais promissoras quanto a atitude desses investimentos seja a da cooperação transparente entre todas as partes. O Brasil é, reconhecidamente, um bom destino para investimento, bastando lembrar que este enorme país onde se fala Português é uma das economias emergentes neste início do século XXI e uma crescente potência de importância mundial. Portugal e o Brasil falam a mesma língua, comum a outros seis países, mas o Brasil é, neste espaço da Lusofonia, o maior e o mais populoso dos oito países de língua portuguesa e aquele que oferece uma maior variedade de destinos Revista APEMIP | 10 Regresso a São Paulo sem carta de chamada e climas de sonho do Brasil, atractivos fortes quando falamos em captação de investimentos. E neste Continente, São Paulo é a grande metrópole da Língua Portuguesa e, orgulhosamente também para todos nós, uma das maiores cidades do Mundo, a maior não asiática. Renascida e reconstruída de alvenaria, em 1875, no começo da chamada euforia remodeladora, a capital do café baniu algumas marcas de algum provincianismo herdado e refez-se, já perfeitamente brasileira e independente crescendo para ser uma das maiores cidades do Mundo. É precisamente nesta cidade que está sediada a maior organização empresarial do sector imobiliário da América Latina, o SECOVI-SP, instituição representativa da indústria imobiliária, com 60 anos de actividades ininterruptas, nomeadamente no macro sector da construção, que res- ponde por 21% do PIB nacional e gera 9 milhões de empregos directos e indirectos. Legítimo representante de 40 mil empresas do sector no Estado de São Paulo, esta organização, é, a par do Conselho Federal de Correctores de Imóveis (COFECI), com sede em Brasília, um dos dois parceiros da APEMIP na Confederação do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa (CIMLOP). Chamado a dar opinião sobre a política da habitação, nomeadamente quando o Governo de Lula da Silva preparava com a ministra Dilma Rousseff o programa “Minha Casa, Minha Vida”, o SECOVI-SP é um pilar da sociedade paulista e, por inerência, brasileira. Em pouco tempo, cadeias produtivas habituadas a trabalhar apenas no mercado tradicional (classes média e alta), adaptaram-se à realidade gerada por Na sede do SECOVI de São Paulo, a delegação da APEMIP foi recebida ao mais alto nível, numa recepção que incluíu um almoço de trabalho uma procura diferente, a procura da chamada classe “emergente”, iniciando no Brasil um ciclo novo no campo da política habitacional, ciclo que abre múltiplas oportunidades de negócios, interna e externamente. No ano da crise do sub-prime, em 2008, o Brasil inicia uma reviravolta na política habitacional contando com a colaboração da sociedade civil, nomeadamente da indústria da construção organizada sob o chapéu de instituições prestigiadas e credíveis como é o SECOVI- SP. relacionamento do sector da Construção e do Imobiliário dos países de língua oficial portuguesa. João Crestana, presidente do SECOVI SP, con- Tal como acontecera no encontro de Aracaju, com os profissionais do COFECI, também em São Paulo, no moderno edifício que serve de sede ao SECOVI, a delegação da APEMIP, chefiada por Luís Lima, presidente da Comissão Instaladora da CIMLOP, incluía uma equipa técnica que debateu com responsáveis paulistas a criação de uma base de produtos, em sistema MLS, para integrar um portal imobiliário ligado à nova confederação. ANFITRIÕES PAULISTAS O Secovi de São Paulo, actualmente presidido por João Crestana e onde o “senhor do imobiliário brasileiro”, Romeu Chap Chap, se revelou e afirmou como nome de referência do sector, é o anfitrião habitual da APEMIP na capital paulista e um parceiro de peso neste novo DESTAQUE siderou que a parceria que resulta da CIMLOP visa integrar mundialmente o sector imobiliário - “O convénio abrirá portas não só para investidores de países de língua portuguesa, mas para todos que acompanham o crescimento mundial da indústria imobiliária”, disse. No encontro entre João Crestana e Luís Lima, estiveram presentes os vice-presidentes do Secovi-SP Carlos Borges e Flávio Amary, os vice-presidentes da APEMIP Vitor Patacas e Vasco Reis, o presidente do Conselho Consultivo do SECOVI, Romeu Chap Chap, O Secovi-SP também possui uma vasta experiência em matéria de saberes sobre o sector . Esta organização de referência do imobiliário do Brasil gere uma Universidade corporativa própria com diversos cursos para profissionais do sector e até para outros profissionais, como os jornalistas. o director de Formação Profissional do SECOVI, António Conde, e o superintendente de relações internacionais do SECOVI, Laerte Temple. O portal Property LOP (Língua Oficial Portuguesa), primeiro produto criado pela Confederação do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa (CIMLOP) é uma plataforma de comercialização de imóveis dos países associados, que prevê comissão compartilhada entre os corretores. Revista APEMIP | 11 Brasil Revista APEMIP | 12 O projecto Minha Casa Minha Vida, lançado pelo Governo Federal do Brasil, é um dos motores de dinamização da fileira brasileira da construção e do imobilário Programa do Sonho No Brasil, um dos países sob o o olhar do Mundo (e não apenas pelas eleições presidenciais que irão escolher, em segunda volta, o ou a sucessora do presidente Lula) o mercado imobiliário é, e continuará a ser, um dos motores do desenvolvimento económico. Tal como na Europa, nos últimos 60 anos, também neste hemisfério Sul, nomeadamente no Brasil, o mercado imobiliário é um barómetro do próprio crescimento e desenvolvimento económicos muito pela via da satisfação do sonho de ser proprietário da casa onde se vive, num sinal exterior de classe média que é um garante das próprias democracias da Economia do Mercado. O que começou nos Estados Unidos há um século e na Europa, com o apoio dos EUA, há 60 anos, nas tarefas da reconstrução europeia apoiadas pelos Estados Unidos, está agora a acontecer no Brasil, por mérito próprio dos brasileiros e é um Minha Casa, Minha Vida “boom” da aquisição de habitação própria, como um dos pilares da consolidação social da classe média e da consolidação de uma democracia em economia de mercado. Neste país de arranha-céus, este salto qualitativo não está a ser marcado pela construção em altura, como aconteceu na Europa, pois as soluções urbanísticas não se exportam de país para país e, muito menos de uma época para outra época. Neste país de quase 200 milhões de habitantes, onde a classe média está a crescer e é já mais de metade da população, o sonho de ter casa própria está em marcha e vai gerar a construção de alguns milhões de fogos, no âmbito do programa “Minha Casa, Minha Vida”, programa a custos controlados e com apoios do Governo Federal para as famílias cujos rendimentos não ultrapassem os tectos máximos determinados por Brasília. O financiamento do Estado para este programa, que visa, oficialmente, o desenvolvimento do país, é atribuído directamente às empresas que promovam a produção de habitação popular para a faixa da população elegível, contribuindo assim não apenas para a concretização do sonho de ter casa própria como também para a diminuição do desemprego que exista no sector da construção e do imobiliário. A vocação da fileira da Construção e do Imobiliário como locomotiva da economia brasileira é, sem dúvida e por mérito, um dos temas da campanha eleitoral em curso no Brasil, estando naturalmente centrada no programa “Minha Casa Minha Vida”, programa que ajuda a consolidar o estatuto de classe média de muitos brasileiros, até há pouco bem pobres, e que pode ser uma segura oportunidade de negócios até mesmo para empreendedores estrangeiros. Revista APEMIP | 13 Na Ribeira Brava, ilha da Madeira, Luis Lima acompanhado por Eric Klesta e Pedro Megre, ambos da UCI, entregam à ADBRAVA um cheque de solidariedade Vocação Social Mediação solidária na ilha da Madeira Na Ribeira Brava, município madeirense que teve freguesias duramente atingidas pelas chuvas intensas de Fevereiro, ainda eram visíveis alguns dos efeitos da tragédia, quando o presidente da APEMIP ali se deslocou, a 12 de Julho para entregar um painel solar ao Abrigo Infantil Nossa Senhora da Conceição e um donativo de 2.500 euros à ADBRAVA, Fundo de Reconstrução da Ribeira Brava. O Abrigo Nossa Senhora da Conceição, com sede na cidade do Funchal, é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, herdeira do Asilo de Mendicidade e Órfãos do Funchal, actualmente dirigida pela Congregação das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora das Vitórias e vocacionada para o apoio a crianças e jovens socialmente carenciados. A Associação de Desenvolvimento da Ribeira Brava (ADBRAVA) é uma associação sem fins lucrativos que desenvolve a sua actividade no apoio para a recuperação urbanística no concelho da Ribeira Brava, também duramente atingido pelas chuvas intensas de Fevereiro, nomeadamente nas freguesias da Serra de Água e Tábua. A APEMIP – recorde-se - instituíra, por iniciativa do presidente, em Dezembro último, a prática de apoiar, uma vez por ano, efectiva e socialmente, instituições carenciadas que mereçam esse crédito. O donativo entregue na Ribeira Brava foi, no entanto, um contributo excepcional que contou com o apoio do nosso patrocinador oficial UCI. O Dr Eric Klesta, quadro superior internacional do grupo UCI e da ComprarCasa, e o Dr Pedro Megre, director geral da UCI Revista APEMIP | 14 Portugal, ambos presentes na cerimónia simbólica da Ribeira Brava, testemunharam e ficaram igualmente sensibilizados pela naturalidade e pela gratidão com que a delegação foi recebida nesse município da ilha da Madeira, não apenas pela presidente da Associação de Desenvolvimento da Ribeira Brava (ADBRAVA), Dra Nivalda Gonçalves, mas também pelo presidente da Câmara Municipal da Ribeira Brava, Sr. Ismael Fernandes. Situação que, aliás, se repetiria no Funchal, quando Luís Lima foi entregar ao Abrigo Nossa Senhora da Conceição, uma instituição de apoio a crianças e jovens em risco, um dos painéis solares que a APEMIP e a Home Energy, no âmbito de uma campanha de solidariedade assumida em parceria, oferecem a instituições carenciadas, para que possam melhor aquecer as águas e os corações. No Funchal, o Presidente da APEMIP e o CEO da Home Energy, Miguel Barreto entregam, simbolicamente, um painel solar ao Abrigo Nossa Senhora da Conceição Na deslocação ao Abrigo do Funchal, que se situa bem perto do Palácio do Governo Regional da Madeira, o presidente da APEMIP, acompanhado pelo Dr Miguel Barreto, CEO da Home Energy, foram recebidos com o mesmo espírito, quer pela Irmã Celeste, uma das responsáveis pelo Abrigo, quer pelo Dr Pedro Calado, vereador da Câmara Municipal do Funchal, que fez questão de estar presente no momento da entrega do painel solar à instituição. AGRADECER UM EXEMPLO “(...)Testemunhamos a enorme capacidade demonstrada pelos madeirenses para reagir e lutar contra as adversidades, fazendo, em pouco tempo, renascer esta ilha de sonho, num renascimento que se vê pelo movimento turístico do Funchal, nomeadamente do Porto de Mar do Funchal. O nosso contributo é (...) quase uma obrigação mínima que aliás contou com o apoio, do nosso patrocinador oficial UCI. É este o sentido da minha presença aqui. Desloquei-me à Ilha da Madeira para, em consciência, agradecer a todos os madeiren- ses o exemplo de tenacidade demonstrado perante as vicissitudes sofridas. A vossa força é – ou deve ser – contagiante e por isso, apesar de estar aqui para entregar uma determinada quantia em dinheiro à Associação de Desenvolvimento da Ribeira Brava (ADBRAVA) sou eu, somos nós, quem vos deve agradecer. Esta vossa determinação colectiva é fundamental para vencer e para superar toda e qualquer dificuldade. Vale a pena vir à Madeira para a testemunhar. (...) “ Luís Lima na intervenção proferida na Ribeira Brava Revista APEMIP | 15 Da esquerda para a direita: Jean Pierre Weyermann, Presidente da FIABCI Europa; Antonio Campagnoli, Membro da Direcção da FIABCI; Karen Pikielny, Presidente da Comissão de Eleições da FIABCI; Vítor Patacas, Vice-Presidente da FIABCI Europa; Mike Vassiliou, Presidente da Comissão de Eventos da FIABCI FIABCI Direcção europeia da FIABCI reuniu em Portugal No âmbito da sua actividade internacional, a APEMIP teve a honra de acolher, no início de Outubro, uma reunião da Direcção Europeia da FIABCI (Fédération Internacionale des Administrateurs de Biens Conseils et Agents Immobiliers). Para debater diversos assuntos relativos à gestão do Comité Europeu, estiveram presentes o Presidente e o Vice-Presidente da FIABCI Europa, um Membro da Direcção da FIABCI, o Presidente da Comissão de Eventos, e a Presidente da Comissão de Eleições. Um dos pontos altos da reunião foi a preparação da candidatura de Portugal enquanto Capítulo organizador e anfitrião das FIABCI December Business Meetings em 2011. Uma vez por ano, em Dezembro, os Capítulos da FIABCI reúnem num local determinado pela Direcção para elaborar o programa de actividades futuras da Federação. Revista APEMIP | 16 Todos os eventos da FIABCI têm um forte impacto quer em termos nacionais e internacionais, uma vez que atraem ao país anfitrião largas centenas de profissionais do sector imobiliário oriundos de todas as partes do mundo e as December Business Meetings não são excepção. Ser aceite como organizador e de um evento desta importância é extremamente relevante e honroso, uma vez que demonstra o reconhecimento da importância e capacidade organizativa do Capítulo anfitrião pelas mais altas esferas do sector a nível internacional. A candidatura Portuguesa conta com forte apoio por parte da Direcção Europeia da FIABCI e a APEMIP acredita que poderá vencer mais este desafio internacional. A FIABCI, com sede em Paris, é a única Federação do sector imobiliário de âmbito mundial. Tendo sido fundada em 1951, conta, hoje, com mais de 3.300 membros em mais de 60 países. Esta Federação é uma entidade não política, cujo objectivo é cooperar com os seus membros, conferindo-lhes uma dimensão internacional e, nessa medida, potenciando os seus negócios, congregando profissionais das mais diversas áreas ligadas ao sector imobiliário. Está actualmente seccionada em FIABCI África, FIABCI Europa, FIABCI Ásia e FIABCI Américas, estando cada um destes sectores, por sua vez, dividido em Capítulos correspondentes aos vários países que da Federação fazem parte. O Capítulo Português tem a sua sede na APEMIP, sendo esta Associação o Membro Principal do Capítulo nacional, com responsabilidades ao nível da gestão desta Federação no nosso país. Timo Multanen, CEPI e Manuel Negrão, CEI assinaram em Viena um memorando de entendimento CEI Rota de aproximação no imobiliário europeu Manuel Sottomayor Negrão, presidente da Confederação Europeia do Imobiliário (CEI), em representação da APEMIP onde é vice-presidente da Assembleia Geral, assinou em Viena, com o seu homólogo da CEPI, Timo Multanem, um memorando de entendimento com vista à fusão das duas entidades. Esta tendência para encontrar uma única voz do sector imobiliário nos espaços onde a representação destes profissionais está dispersa é uma realidade por toda a Europa. Ainda há dias, em Bordéus, o presidente da CEI, Manuel Negrão, convidado de um congresso francês desta área, sublinhava o facto da associação em causa ter resultado da fusão de três associações francesas. Portugal – também estive empenhado na fusão das duas únicas associações de empresas imobiliárias então existentes e sei que o resultado é sempre melhor para as empresas e para o público”, disse Manuel Negrão no discurso que então proferiu. “Esta é, aliás, a lógica desta Europa que estamos a construir” – prosseguiu fazendo uma referencia expressa à uniformização dos procedimentos da actividade imobiliária consubstanciada na recente norma europeia sobre esta matéria. Para Manuel Negrão, o objectivo é assegurar que qualquer interessado na aquisição de um bem imobiliário na Europa saiba com o que pode contar em matéria de actos jurídicos e comerciais necessários à boa conclusão do negócio. “Na Europa, e nomeadamente em França, onde o imobiliário é uma referência, onde a reconstrução urbana é uma realidade, ensaiamos novos paradigmas de actuação no sector que visam contribuir para que as casas onde vivemos sejam melhores, mais confortáveis e mais sustentáveis”, disse o presidente da CEI. A norma europeia para o sector é também um compromisso, pela via do imobiliário, no caminho pela unificação da Europa, hoje já não dividida em Leste e Oeste mas empenhada em ser um bloco económico poderoso num quadro mundial multipolar, capaz de ombrear com outros blocos económicos como os EUA, como aliás o encontro de Viena evidenciou. “A palavra de ordem deste tempo é para unir e não para dividir e a vossa decisão deve ser relevada. No meu pais – Revista APEMIP | 17 A mediação no feminino ENTREVISTA Dulce Atayde Uma Chama-se Dulce Atayde e confere legitimidade à empresa de mediação imobiliária que criou. É também uma das raras mulheres dirigentes da APEMIP. É a nossa entrevistada neste espaço da mediação no feminino. Uma conversa ao ritmo da pergunta resposta, rápidas. - Ser mulher, nestes dois contextos, o de empresária e o de dirigentes associativa empresarial, é, no seu entender, uma vantagem ou uma desvantagem? - Não entendo que seja nem uma coisa nem outra. Na mediação imobiliária existem imensas mulheres à frente de empresas. No dirigismo associativo existem menos. Talvez porque a aceitação destes cargos exige demasiada disponibilidade de tempo. E o tempo que dedicamos à actividade e à família não permite essa disponibilidade. As mulheres quando são boas profissionais são tão boas quanto os homens. - Como chegou à mediação imobiliária? É uma actividade a que se dedica, desde a primeira hora, também por gosto ou apenas pela necessidade de exercer uma actividade rentável? Revista APEMIP | 18 - Cheguei à actividade, em primeiro lugar, por gosto. Desde sempre estive ligada ao sector do imobiliário. Obviamente que tento juntar o agradável ao útil. A mediação imobiliária é a minha actividade profissional. - E é, de facto, a mediação imobiliária uma actividade rentável? Ou apenas um recurso cada vez mais difícil de assegurar um rendimento mínimo expectável? - A mediação imobiliária já não é a actividade rentável que foi. Atravessamos um período mais difícil, devido a uma conjuntura internacional desfavorável e frágil. Convém, no entanto, lembrar que todos aqueles que estão no mercado há alguns anos sabiam que a situação do sector teria de mudar. O tempo em que se “aviavam” imóveis, como sempre gostei de referir, acabou. A mediação imobiliária vai ter de mudar e de se adaptar aos novos tempos. A nossa actividade nunca mais volta a ser o que foi, mas continuará a ser necessária e a acrescentar valor às transacções imobiliárias. - Dizem que casa é coisa de mulher. E mediação? Mediação Imobiliária, também? O facto de uma empresa de mediação imo- biliária ser dirigida por uma mulher é uma mais-valia da empresa? - Penso que não. Penso que a questão do género é indiferente nesse campo. Não sinto isso. Hoje a sociedade já se habituou a ver mulheres em todas as actividades. Não é uma mais-valia. - Ser mulher coloca-a mais próxima das sensibilidades que se colam a quem procura, potenciando, por outro lado, alguma desconfiança de quem oferece? - Desconfiança junto de quem oferece, não. Tudo isso também tem a ver com a credibilidade que o mediador adquiriu no mercado, como é óbvio. Uma crescente credibilidade, todos o reconhecem. Mas mais próxima das sensibilidades de quem procura, talvez. Fazemos, muitas vezes, o papel de psicólogas e, de uma maneira geral, acabamos por criar laços de amizade entre nós e os clientes. - Na procura de casa cruzam-se milhares de situações que se traduzem noutras tantas realidades, mais evidentes aos olhos dos outros quando envolvem pessoas do universo da classe média. Sente vocação para ouvir isso no seu dia-a-dia profissional? E que segmentos da população mais costuma servir? A classe média, a classe média alta, a classe alta?... - Neste momento temos mais clientes da classe média. Há uns anos a maioria dos clientes pertencia à classe média alta. Na verdade penso que os clientes continuam a ser os mesmos, o que aconteceu é que a classe média alta, hoje, passou a ser apenas é média. - Sendo responsável por uma empresa de mediação imobiliária sediada numa cidade periférica de uma grande metrópole como é Lisboa, poderá dizer-nos se os constrangimentos existentes na aproximação da oferta à procura, são, neste contexto geográfico, cada vez maiores ou cada vez menores? - São cada vez menores. É certo que diminui a procura, mas também é certo que a oferta também decresceu. Quando o mercado funciona o equilíbrio entre a oferta e a procura aparece com maior nitidez. É, apesar de algumas excepções pontuais, o que acontece. - Nas periferias e nas periferias das periferias, sente que as casas que ajuda a entregar a quem as procura são apenas refúgios das solidões de quem as povoam ou admite que começam também já a ser espaços onde é possível ser mais cidadão? - Sinto que a minha zona de actividade, que é periferia e não periferia das periferias, é, cada vez menos, apenas um dormitório. Aqui [Seixal] as pessoas tendem a procurar mais qualidade de vida, locais mais aprazíveis para viver, onde seja possível ser mais cidadão. Procuram uma habitação para desfrutar e não apenas um local só para dormir. - As mulheres que procuram casa no rescaldo de ligações afectivas desfeitas, procuram mais uma empresa de mediação imobiliária dirigida por mulheres? - Não, não julgo que uma empresa de mediação possa ser escolhida assim. A diferença não passa por aí. Todas as pessoas, ou a maioria das pessoas, de uma maneira geral, têm muita necessidade de encontrar alguém que as oiça e lhes dê atenção...Tanto homens como mulhe- res.... Talvez, nesta perspectiva, as mulheres mediadoras, pela sua sensibilidade, sejam tidas como mais capazes para esse diálogo. - Guardou na sua memória algum caso que ilustre bem a diferença que pode existir pelo facto do profissional da mediação imobiliária ser mulher? - Apesar de não achar que haja diferenças, lembro um único caso onde tal pode ter ocorrido. Eu estava a mediar a venda de um imóvel (de valor bastante elevado) propriedade de um casal em vias de separação. Foi difícil e complicado porque a mulher entendia que eu devia fazer o negócio de forma a beneficiá-la, dizendome que sendo eu mulher tinha a obrigação de estar do lado dela. Isso para mim era impensável. Era e foi. Estive do lado dos dois... isto é, com imparcialidade, mediando, pois penso pautar-me por um sentido de justiça muito apurado. Revista APEMIP | 19 aqui é SEGURO O PORTAL IMOBILIÁRIO DA ARRENDAR, COMPRAR E VENDER EM SEGURANÇA, É NA MEDIAÇÃO IMOBILIÁRIA. WWW.CASAYES.PT O PORTAL IMOBILIÁRIO DE REFERÊNCIA Revista APEMIP | 20 Patrocinadores: Projectos Estratégicos Cartão Saúde » Contactos Telf. 211 543 810 e-mail. [email protected] www.apemip.pt/cartaosaude Uma tendência crescente De acordo com a Associação Portuguesa de Seguradores (APS), num estudo divulgado há algum tempo, cerca de 20% dos portugueses tem um seguro de saúde privado como complemento ou até mesmo alternativa ao sistema nacional de saúde. Em números, são cerca de dois milhões de portugueses que individualmente ou através de adesões de grupo têm uma protecção privada de saúde, mas cujo aumento é uma tendência que tem vindo a aumentar e mesmo a acentuar-se. Para este aumento exponencial muito têm contribuído a diversificação e a qualidade dos prestadores de cuidados de saúde e ainda a diminuição dos valores dos prémios a pagar por cada contrato de seguro. Essa diminuição dos prémios e a massificação das pessoas seguras deve-se ainda à celebração de protocolos entre as entidades seguradores e outras empresas ou associações sectoriais de acti- vidade onde, poderemos dizer, a APEMIP (Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal) se enquadra e é um exemplo que tem sido seguido por outras entidades colectivas. A celebração de protocolos, no caso em apreço entre a Tranquilidade e a APEMIP, permite aos profissionais da Mediação Imobiliária em Portugal a subscrição de um seguro de saúde que vai desde a simples consulta à assistência médica internacional. Isto é, o protocolo celebrado permite aos profissionais e ao seu agregado familiar o acesso ao cartão APEMIP / Sanos, que funciona na reconhecida rede da Advance Care. De referir ainda uma edição recente do suplemento de economia do Expresso que num comparativo entre os vários seguros de saúde disponíveis para particulares coloca o Cartão Sanos como um dos mais competitivos do mercado. Ora, se já para clientes individuais as qualidades deste plano são de destacar, atra- vés do protocolo entre a Tranquilidade e a APEMIP as vantagens multiplicam-se, garantindo desta forma condições extremamente vantajosas para os profissionais das empresas de Mediação Imobiliária associadas da APEMIP. Para conhecer todas as condições gerais e particulares deste projecto, nomeadamente as coberturas, planos opcionais, prémios de seguro e, inclusivamente a rede de prestadores de cuidados de saúde do cartão APEMIP / Sanos pode consultar o site institucional da APEMIP em www.apemip.pt. Aí fica a saber como aderir a este projecto. Em alternativa pode contactar os serviços da APEMIP. Adira e segure a sua e a saúde da sua família! Revista APEMIP | 21 » Contactos Linha de apoio Comercial: 707 200 439 Linha de apoio Técnico: 707 224 663 www.energiayes.pt Queremos melhorar ainda mais CONTINUAMOS A GARANTIR OS MELHORES PREÇOS: Serviço EnergiaYES (sem IVA) EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS Avenida da Liberdade, Queremos fazer mais e melhor e garantir o nosso compromisso com a qualidade: • Todos os certificados energéticos encaminhados para a EnergiaYES passam a ser Expresso! (são emitidos num prazo de 72 horas após a visita à habitação, desde que o processo esteja pago e completo em termos de documentação); • Se, após 5 dias úteis da visita ao imóvel, disponibilização dos documentos e pagamento, o cliente não receber o certificado, devolvemos 50% do valor do serviço de certificação; Apartamento TO e T1 nº245, 2ºA, Apartamento T2 e T3 1250-143 Apartamento T4 até 300Lisboa m2 APOIO TÉCNICO 707 224 663 www.energiayes.pt Total (com taxa ADENE e com IVA) APOIO COMERCIAL 259.0 707 200 439 169.1 185.6 210.4 279.0 309.0 Moradia até 200 m2 Moradia 200 até 500 m2 e outros apartamentos 210.4 268.2 Moradia 500 até 1000 m2 Ruína 350.9 102.9 309.0 379.0 479.0 179.0 EDIFÍCIOS DE SERVIÇOS/ESCRITÓRIOS Serviços/escritórios até 75 m 170.0 420.0 Serviços/escritórios 75 m a 200 m 200.0 450.0 Serviços/escritórios 200 m a 500 m 250.0 500.0 Serviços/escritórios 500 m a 1000 m 370.0 620.0 EXPRESSO 24 (custo adicional com IVA) 75.0 PROMOÇÃO • Após o encaminhamento do cliente, contactá-lo-emos para efectuar o agendamento no prazo máximo de 24 horas. Avenida da Liberdade, nº245, 2ºA, 1250-143 Lisboa Revista APEMIP | 22 APOIO TÉCNICO 707 224 663 www.energiayes.pt APOIO COMERCIAL 707 200 439 » Contactos Linha de apoio Comercial: 707 200 439 Linha de apoio Técnico: 707 224 663 www.energiayes.pt Prémio para as mediadoras com maior número de certificados EnergiaYES: Um Voucher para um Fim de Semana Estes são os vencedores do 2º trimestre de 2010 Como já é habitual, trimestralmente, a EnergiaYES premeia os mediadores com maior número de certificados energéticos encaminhados através do site: www.energiayes.pt. 1º Lugar NUNO LEITE - Mediação Imobiliária, Lda. Zona: Lisboa APEMIP n.º 2633 Na foto: Nuno Leite, sócio gerente. Se é associado da APEMIP, e ainda não conhece os nossos serviços, basta aceder a www.energiayes.pt, inserir os seus dados de acesso* e beneficiar das vantagens que a APEMIP em conjunto com a Home Energy, colocam à disposição de todos os associados. 2º Lugar Assim, pode pedir a emissão dos certificados energéticos, de uma forma cómoda, garantindo aos seus clientes qualidade, rapidez e os melhores preços! Sempre que encaminha pedidos de certificação através desta plataforma, está a contribuir para a colocação de painéis solares em instituições de solidariedade social, no âmbito da iniciativa “Aqueça esta Causa”. PREDIAL POVEIRA - Soc. Med. Imobiliária, Lda. Zona: Póvoa do Varzim APEMIP n.º 2734 Na foto: da esquerda para a direita Ricardo Teles e Carlos Costa, sócios gerentes. * se ainda não tem a sua senha de acesso contactenos através do 707 200 439 3º Lugar Um projecto: C M C - Soc. Med. Imobiliária, Lda. Zona: Lisboa APEMIP n.º 720 Revista APEMIP | 23 ESTUDO DE OPINIÃO Qualidade da Certificação Energética A certificação energética de edifícios em Portugal ainda é erradamente encarada por muitos dos intervenientes como uma mera formalidade, um papel que não aporta qualquer valor. Esta concepção desvaloriza as mais-valias efectivas que o Sistema de Certificação Energética (SCE) proporciona, quer do ponto de vista individual quer do ponto de vista colectivo. Nos edifícios novos assiste-se hoje a uma melhoria significativa da Qualidade de construção (nomeadamente das paredes, vãos e coberturas) e a uma integração massiva de energias renováveis (solar térmico e solar fotovoltáico) originadas directamente pela implementação do SCE. Esta mudança beneficia o cliente (menores custos energéticos) e o ambiente (menores emissões de CO2). Nos edifícios existentes a certificação tem um papel determinante na identificação de patologias e de oportunidades de melhoria fundamentadas. As medidas de melhoria devem dar indicações concretas quer na resolução de problemas de desconforto térmico, quer na identificação Revista APEMIP | 24 de oportunidades de poupança. A adopção destas medidas resulta na maioria das vezes numa melhoria da classe energética do imóvel e num benefício económico efectivo e mensurável. A maioria das edificações existentes em Portugal apresentam classes energéticas C e D. Estas mesmas habitações, com melhorias simples, que podem passar pelo isolamento térmico das coberturas, introdução de colectores solares, ou substituição do sistema de produção de AQS, poderão facilmente ver as suas classes alteradas para B ou mesmo A. Vários passos têm sido dados pelo SCE no sentido de melhorar a Qualidade do Serviço prestado: existem agora regras claras de preenchimento de certificados; a visita ao imóvel por Perito Qualificado SCE é obrigatória desde Março de 2010; as fiscalizações ao trabalho dos Peritos Qualificados superam os 4% dos certificados emitidos. As Empresas de Certificação estão a demonstrar diferentes capacidades de resposta a estas novas e maiores exigências, mas é certo que a prazo, a Qualidade será o factor determinante para o sucesso ou insucesso das mesmas. Nesse sentido, cabe ao agente imobiliário indicar aos seus clientes a empresa de certificação que melhor resposta continuada e Qualidade apresenta. Os níveis de satisfação dos clientes da Home Energy1 indicam que 90% dos clientes consideram o serviço prestado pela mesma como bom ou muito bom e apenas 10% o consideram médio. O cliente final começa cada vez mais a exigir um bom serviço e a saber distingui-lo. A Home Energy está hoje em condições de prestar um serviço de excelência, quer ao nível dos prazos, quer ao nível da Qualidade. Consideramos que apenas um certificado cujo processo não teve falhas nem atrasos e que contém toda a informação relevante para o cliente, cumpre os verdadeiros propósitos do Sistema de Certificação Energética. Fonte: inquéritos telefónicos da Home Energy para para efeitos de controlo de qualidade. 1 » Contactos Telf. 211 543 810 e-mail. [email protected] http://academia.apemip.pt/ Formação de A a Z A ACADEMIA APEMIP, verdadeira escola da mediação imobiliária, dispõe de oferta formativa para todas as necessidades NOVAS OPORTUNIDADES CURSOS CRS O Centro de Novas Oportunidades da APEMIP, que começou a funcionar no início deste ano, permite aos associados reconhecer e validar as competências adquiridas ao longo da vida e obter assim a equivalência ao 9.º ou 12.º anos de escolaridade. É o primeiro passo para a criação de uma estrutura de ensino profissionalizante de nível secundário para a mediação imobiliária. Desde o 1.º semestre de 2010 que a APEMIP organiza, em parceria com a UCI, os cursos CRS (Council of Residential Specialists) em Portugal. O CRS é o Departamento de Formação da NAR (Nacional Associaton of Realtors), a maior associação profissional de agentes imobiliários dos Estados Unidos, com mais de 1 milhão de associados. FORMAÇÃO CONTÍNUA Nos seus centros de Lisboa, Porto, Coimbra e Vilamoura, a Academia APEMIP oferece todas as semanas acções de formação com vista à qualificação dos profissionais do sector. Este plano de formação inter-empresas está adaptado à conjuntura actual, o que permite aos associados, para além da obtenção de créditos para efeitos de revalidação de licença, aprofundar conhecimentos sobre a actividade e as técnicas mais eficazes de trabalho. Com sede em Chicago, o CRS disponibiliza cursos de formação para mediadores imobiliários e confere um prestigiado título profissional, que é actualmente detido por mais de 40 mil especialistas no mundo inteiro. Os quatro módulos do curso CRS, baseados em sistemas e técnicas de êxito comprovado em vários países, destinamse a pessoas já com experiência na actividade e permitem, com o preenchimento de outros requisitos, ostentar o título oficial CRS, que reconhece os melhores do sector a nível internacional. Os próximos módulos terão início no Porto, a 18 e 19 de Novembro, e em Lisboa, a 29 e 30 de Novembro. PARCERIAS ACADÉMICAS A APEMIP patrocina e colabora com algumas instituições universitárias prestigiadas, como a Universidade Autónoma de Lisboa, a Universidade Portucalense e o INUAF – Instituto Superior Dom Afonso III. Nesse âmbito, estão disponíveis em condições especiais para os associados algumas licenciaturas e pós-graduações, na área da Gestão e Mediação Imobiliária. A licenciatura ministrada no INUAF, por exemplo, cujas instalações se situam em Loulé, no Algarve, passará a partir deste ano lectivo a ser leccionada à distância (e-learning), permitindo assim a sua frequência por alunos de qualquer ponto do país. Revista APEMIP | 25 JÁ FOI ao CASAYES? TEMOS TUDO O QUE PROCURA. NA CIDADE NA PRAIA NO CAMPO NENHUMA PESQUISA ESTÁ COMPLETA SEM VISITAR O PORTAL IMOBILIÁRIO DA Simples, Fácil, Certo, Seguro e Confiável. Na praia, no campo ou na cidade! Patrocinadores: ASSOCIAÇÃO DOS PROFISSIONAIS E EMPRESAS DE MEDIAÇÃO IMOBILÁRIA DE PORTUGAL » Contactos Linha de apoio Comercial: 707 200 437 e mail. [email protected] www.casayes.pt A escolha de uma casa para habitação própria e permanente, ou até mesmo para férias, traz implicações na vida de todas as pessoas. Para muitas acaba mesmo por ser a maior decisão de uma vida inteira. A qualidade do imóvel, bem como a localização e todos os outros factores, que os mediadores bem conhecem, são de extrema importância para a celebração do negócio. Mas, as preocupações e anseios de quem compra casa não se esgotam com as características do imóvel. A forma como o Revista APEMIP | 26 negócio é conduzido pelas partes envolvidas no negócio, desde os vendedores, às instituições bancárias até aos profissionais da Mediação Imobiliária, fazem a diferença na qualidade e na quantidade das transacções imobiliárias concluídas. Por sabermos que quem procura casa pretende que o negócio se concretize de forma célere e simples, mas sempre com toda a segurança, a APEMIP disponibiliza o Portal CasaYES.pt. Neste portal exclusivo das empresas de mediação todas as empresas representadas e que nele divulgam imóveis são associadas APEMIP garantindo assim que cumprem todos os requisitos legais, nomeadamente a existência de licença para exercício da actividade de mediação e a de um seguro de responsabilidade civil. Dada a representatividade do Portal CasaYES a nível nacional poderemos, igualmente, afirmar que, ao pesquisar em www.casayes.pt, vai encontrar, certamente, o imóvel que deseja. Os mais baratos e os mais caros, os mais pequenos e os maiores, na praia, no campo ou na cidade, o Portal CasaYES tem cerca de 450.000 imóveis para venda e arrendamento. De forma fácil, sustentado numa plataforma acessível até aos utilizadores menos frequentes de internet, o portal CasaYES.pt permite-lhe conhecer os imóveis através de um simples clique, permitindo inclusivamente a realização de visitas virtuais a imóveis em carteira de várias empresas associadas. Para os profissionais das empresas associadas, esta plataforma permite a divulgação via Web de todos os imóveis em carteira sem quaisquer custos aumentando assim a exposição dos seus imóveis a todos quantos pensem comprar ou arrendar imóveis. Por tudo isto, e muito mais, pesquisar no portal www.casayes.pt permite-lhe encontrar imóveis na praia, no campo, ou na cidade de forma simples, fácil, certa, segura e confiável. GIROTIC 360o exclusivo APEMIP apresentado na Imobitur Com este novo produto, disponibilizado pela sua Associação, tem acesso a uma tecnologia de vanguarda que lhe permite apresentar os seus imóveis num formato muito apelativo e raramente visto até hoje. Com a Nova Giroptic 360º pode, numa única foto, apresentar a envolvência total de uma divisão interior ou de um espaço exterior do edifício, sempre do melhor ângulo de visão. Pode, igualmente, criar visitas virtuais a variados locais, ou seja, através de um simples clique numa foto 360º pode ficar a conhecer, ou dar a conhecer aos seus clientes, os variados espaços que compõem qualquer imóvel, conseguindo assim uma apresentação única e completa. Todo o funcionamento deste equipamento está orientado para que a sua utilização seja o mais simples possível e, simultaneamente, conseguindo as fotos de melhor qualidade. É, pois, por isso que um simples botão permite a captação de 3 fotos para que nada fique escuro ou ofuscado pelo excesso de luz. Com a Giroptic 360º pode colocar as suas fotos directamente no Twitter, Facebook, Youtube, Google Maps e, em especial, para o Software APEMIP Net, ou seja, para o CASAYES. Tudo isto por um valor associativo: Revista APEMIP | 27 NA APEMIP VENDER E COMPRAR IMÓVEIS É SIMPLES, SEGURO E EFICIENTE www.apemip.pt/casapronta/ A APEMIP e o Procedimento Casa Pronta! » Contactos Telf. 217 928 770 e-mail. [email protected] www.apemip.pt/casapronta/ A convergência de vontades e a procura de sinergias comuns, entre a APEMIP e o IRNInstituto dos Registos e do Notariado, tem sido um dos estímulos para ajudar a encontrar soluções simples, céleres e seguras que auxiliem as mediadoras no exercício da sua actividade profissional. Assim, a parceria instituída pela APEMIP e o IRN deixará seguramente uma marca indelével no sector da mediação imobiliária pela importância e utilidade dos serviços que compreende e, inerentemente, proporciona às empresas associadas. As soluções que a este nível se oferecem, com carácter exclusivo para as associadas APEMIP, reconduzem-se ao seguinte: Revista APEMIP | 28 REALIZAÇÃO DE ACTOS CASA PRONTA NA APEMIP As associadas podem agendar e praticar, nas próprias instalações da APEMIP, o procedimento Casa Pronta! Os serviços associativos, localizados nas cidades do Porto, Coimbra, Vilamoura e Lisboa, nesta cidade em dois locais, na Av. da Liberdade n.º 245, n.º 2A e na Rua D. Luís de Noronha, n.º 4, 1.º piso, acolhem um dia por semana (todas as terças-feiras, com excepção de feriados) um Conservador do Instituto dos Registos e do Notariado, que estará ao dispor das associadas que pretendam, naqueles locais, efectivar o procedimento Casa Pronta. MARCAÇÃO ELECTRÓNICA DE ACTOS CASA PRONTA E ACESSO A CERTIDÕES DO REGISTO PREDIAL O Portal Casa Pronta (www.casapronta.pt) dispõe de um espaço criado, propositadamente, para as associadas APEMIP, o qual lhes confere a possibilidade de acederem a três tipos de serviços. A saber: • Instrução electrónica de um processo imobiliário, através da inserção dos elementos informativos e documentais inerentes aos negócios praticáveis por via do procedimento Casa Pronta (compra e venda, mútuo, hipoteca, transferência de créditos, doação, permuta e dação em pagamento). • Agendamento electrónico do procedimento Casa Pronta, dispondo as associadas, para este efeito, do acesso à Agenda Electrónica dos balcões Casa Pronta que, abrangem neste momento, todos os Concelhos do país. • Certidões do Registo Predial on-line, as quais permitem a reprodução dos registos em vigor e a menção das apresentações de registo pendentes relativas a prédio descrito no registo predial. Mais informações podem ser obtidas no Mini-Site “Casa Pronta” que se encontra disponível na página principal do Portal da APEMIP (www.apemip.pt) e onde é possível encontrar um conjunto de esclarecimentos úteis sobre cada serviço descrito. REALIZAÇÃO DE ACTOS CASA PRONTA NAS INSTALAÇÕES DAS MEDIADORAS Com o “Casa Pronta no Mediador” o negócio imobiliário inicia-se, e finda, no seio da própria empresa, materializando, em pleno, o sentido de “trazer o Casa Pronta à mediação imobiliária”. As associadas, que pretendam aceder a este serviço, devem assegurar o cumprimento de determinadas condições, sobretudo de carácter logístico e material, preencher o Formulário de Adesão e aguardar pelo agendamento da vistoria que será efectuada, conjuntamente, pelos serviços do IRN e da APEMIP. Revista APEMIP | 29 Gabinete de Estudos SABER É PODER » Contactos e-mail. [email protected] [email protected] INQUÉRITO MENSAL DE CONJUNTURA A Actividade Económica em 2010, continua a evidenciar sinais de debilidade. Mediante o relatório de Verão do Banco de Portugal, as estimativas para o crescimento da economia apontam para alguma debilidade no horizonte temporal 2010-2011. Mediante a mencionada entidade, as previsões apontam para valores do PIB a rondar os 0,9% em 2010 e 0,2% em 2011. A este facto não será alheio, entre outros factores, o expectável abrandamento da procura interna, tendo em consideração a instabilidade do mercado de trabalho, a incerteza no âmbito do rendimento das famílias, e a contínua restritividade da concessão de crédito. Para além disso, no âmbito do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), a estimativa para 2010 aponta para valores de 1,4% e em 2011 para 2,0%, tendo em consideração o aumento dos valor deste imposto em meados do ano corrente. O consumo privado, acompanhando a tendência do PIB deverá registar uma desaceleração ao longo de 2010, com efeitos em 2011, tendo em consideração as restrições orçamentais das famílias. A estimativa para este indicador aponta para valores de 1,3% em 2010 e -0,9% em 2011. Refira-se que neste relatório é antecipada pelo Banco de Portugal uma queda do rendimento disponível de 1,3% em 2010 para 0,8% em 2011. Associado a esta evolução está, entre outros factores, o aumento da tributação directa, adversidade do mercado de trabalho, o ajustamento dos salários ao panorama actual. Esta quebra terá particular impacto no consumo de bens duradouros, com um ligeiro aumento em 2010 a rondar os 3% e uma quebra acentuada em 2011, para valor de 12%. Esta debilidade patente nos principais indicadores macroeconómicos, reflectiuse no panorama imobiliário. De facto, centrando-nos no segmento residencial, a titulo exemplificativo, mediante dados do Banco de Portugal, prevê-se que o investimento em 2010 neste segmento venha a registar uma quebra de 7% e 5,9% em 2011. A esta quebra não será alheia a restritividade bancária, com consequente aumento do spread praticado e diminuição do rácio entre o valor do empréstimo e da garantia. No equilíbrio entre oferta e procura, o mercado imobiliário tende perante o panorama emergente, a regular esse equilíbrio, aparentemente pelo lado da procura. O decair da economia nacional desde meados de 2007, tem-se reflectido no sector imobiliário, nos seus múltiplos indicadores, de entre os quais o número de transacções. De acordo, com os dados divulgados pelo INE o número de imóveis transaccionados (prédios urbanos) registou desde o mencionado ano até 2009, um decréscimo de 30,8%, ilustrando a queda da euforia em tempos vivenciados no imobiliário. Revista APEMIP | 30 Para melhor compreender as dinâmicas no segmento imobiliário e auscultar a situação em que se encontram as empresas associadas da APEMIP relançámos em Janeiro do corrente ano, o denominado Inquérito Mensal de Conjuntura (IMC). Em Agosto de 2010 as dinâmicas actuais e as expectativas “auscultadas“ no IMC evidenciavam a tendência vivida actualmente, de abrandamento, de estagnação, com um pendor menos optimista da envolvente em análise. No período temporal compreendido entre os meses de Janeiro e Agosto de 2010, participaram neste inquérito em média cerca de 5% das empresas associadas. A generalidade dos participantes encontravam-se maioritariamente concentrados em termos de actividade, nos distritos de Lisboa (29,6%), Porto (19,4%), Faro (12,5%) e Setúbal (10,2%). No âmbito geral, o tecido empresarial nacional é na sua maioria constituído por pequenas e médias empresas, a mediação espelha esta realidade. Com base nos dados obtidos através inquérito mensal de conjuntura, denotou-se que em termos de número de trabalhadores, 50% dos participantes do inquérito tem empresas com cerca de 2 trabalhadores. Por anos de funcionamento, à semelhança de meses anteriores, a maioria dos participantes tem empresas com uma antiguidade que varia entre 2 a 5 anos. No referente a segmentos de actuação, a maioria dos inquiridos detêm uma carteira com especial incidência nos segmentos residencial (97%), terrenos urbanos (74%) e comércio (68%). CARACTERIZAÇÃO GERAL DOS INQUIRIDOS NÚMERO DE TRABALHADORES - VALOR MÉDIO (JANEIRO 2010 - AGOSTO 2010) Fonte: APEMIP PRINCIPAIS SEGMENTOS DE ACTUAÇÃO NO MERCADO – VALOR MÉDIO (JANEIRO DE 2010 – AGOSTO 2010) Viseu Vila Real Viana do Castelo Setúbal Santarém Porto Portalegre Fonte: APEMIP Madeira Lisboa Leiria Guarda Faro Évora Coimbra Castelo Branco Bragança Braga Beja Aveiro Açores EMPRESAS PARTICIPANTES POR DISTRITO VALOR MÉDIO ( JANEIRO – AGOSTO 2010) NÚMERO MÉDIO DE ANOS EM FUNCIONAMENTO (JANEIRO 2010 – AGOSTO 2010) Fonte: APEMIP PERCEPÇÃO DA ACTIVIDADE DE MEDIAÇÃO IMOBILIÁRIA No período temporal compreendido entre Janeiro e Agosto de 2010, a percepção dos inquiridos face à actividade da empresa nos diferentes segmentos imobiliários tem vindo a caracterizar-se como pouco positiva. De facto, ao longo dos últimos oito meses do ano, a análise gráfica é demonstrativa da diminuição da actividade imobiliária, acompanhando a envolvente económica de contenção. Terrenos Urbanos Terrenos Rústicos Indústria Caracterizando a dinâmica das empresas inquiridas no mês de Agosto face ao período homólogo de 2009, em uníssono afirmaram que todos os segmentos da sua carteira de imóveis registaram uma actividade abaixo do normal. Comércio Escritórios Habitação Fonte: APEMIP Revista APEMIP | 31 Gabinete de Estudos SABER É PODER PERCEPÇÃO DA ACTIVIDADE DE MEDIAÇÃO IMOBILIÁRIA - MÉDIA MENSAL (JANEIRO A AGOSTO 2010) 80% 70% 70% Aumentou Manteve-se Aumentou INDÚSTRIA Manteve-se Jan Agosto Julho Jan Diminui Junho 10% 0% Maio 0% Abril 0% Mar 10% Fev 20% 10% Agosto 30% 20% Julho 20% Junho 40% 30% Maio 30% Abril 50% 40% Mar 40% Fev 60% 50% Jan 60% 50% Diminui Aumentou TERRENOS RÚSTICOS Manteve-se Agosto 60% 90% 80% Julho 70% 100% 90% Junho 80% 100% Maio 90% Abril 100% COMÉRCIO Mar ESCRITÓRIOS Fev HABITAÇÃO Diminui TERRENOS URBANOS 100% 90% 80% 100% 70% 100% 80% 60% 40% 40% Aumentou Manteve-se Diminui Aumentou Manteve-se Diminui Aumentou Manteve-se Agosto Julho Junho Maio Agosto Julho 0% Junho 0% Maio 20% Abril Agosto Julho Junho Maio Abril Mar Fev Jan 0% Mar 10% 40% 20% Fev 20% Jan 30% Abril 60% Mar 50% Fev 80% Jan 60% Diminui Fonte: APEMIP Revista APEMIP | 32 PERCEPÇÃO DO NÚMERO DE IMÓVEIS TRANSACCIONADOS AGOSTO DE 2010 FACE AO PERÍODO HOMÓLOGO ESCRITÓRIOS COMÉRCIO INDÚSTRIA TERRENOS RÚSTICOS TERRENOS URBANOS Fonte: APEMIP HABITAÇÃO OBSTÁCULOS À ACTIVIDADE Actualmente, existem uma multiplicidade de factores que condiciona quer o lado da procura, quer da oferta em termos imobiliários. Entre os inquiridos, destacaram-se como obstáculos à mediação, entre os meses de Janeiro a Agosto, a restritividade bancária, a instabilidade no mercado de trabalho e a avaliação bancária. Estes três factores têm sido uma constante ao longo do período em análise. De facto, segundo o inquérito aos bancos sobre o mercado de crédito, elaborado pelo Banco de Portugal, no segundo trimestre de 2010, os cinco grupos bancários integrados na amostra, advertiram para o aumento do grau de restritividade face ao primeiro trimestre do ano, quer a sociedades não financeiras, quer a particulares (apesar de neste caso ser menos intenso). Entre os factores que as instituições identificaram como estando na base da adopção de políticas de concessão mais restritivas, refiram-se a deterioração das condições de acesso ao financiamento de mercado, o aumento do custo de capital, deterioração dos riscos percepcionados pelos bancos. Estas alterações traduziram-se, num agravamento das condições de concessão de crédito, na restritividade da oferta de crédito, de entre os quais se podem salientar o agravamento dos spreads. No referente à instabilidade no mercado de trabalho, como mencionado anteriormente é uma constante com os valores a atingirem os dois dígitos e a crescerem progressivamente. PRINCIPAIS OBSTÁCULOS À ACTIVIDADE – MÉDIA ACUMULADA (JAN. A AGOSTO DE 2010) Outros Avaliação Bancária Nº Insuficiente de angariadores im0biliários Dificuldades nos licenciamentos camarários Elevada burocracia nos procedimentos Desinvestimento Económico Excesso de Regulamentação da Actividade Desajustamento entre Oferta e Procura Preço dos Imóveis muito elevado Diminuição do Poder de Compra Desconfiança face à mediação Imobiliária Instabilidade no Mercado de Trabalho Restritividade Bancária Nível de Taxa de Juro Mediação ilegal 0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 10,0% 12,0% 14,0% 16,0% 18,0% 20,0% Revista APEMIP | 33 Gabinete de Estudos SABER É PODER EXPECTATIVAS O mês de Agosto, relativamente aos dados facultados pelos inquéritos de meses anteriores, não difere nas expectativas. De facto, para os próximos três meses a generalidade dos inquiridos, aponta para uma diminuição dos valores praticados, à excepção do segmento residencial em que se continua a prever a manutenção dos mesmos. No referente às expectativas das empresas inquiridas para os próximos três meses, a opinião está dividida entre as menos optimistas e as neutrais, podendo-se afirmar que os inquiridos estão de certo modo expectáveis no curto prazo, ao movimento do lado da procura. PERCEPÇÃO DO NÚMERO DE IMÓVEIS TRANSACCIONADOS AGOSTO DE 2010 FACE AO PERÍODO HOMÓLOGO ESCRITÓRIOS INDÚSTRIA TERRENOS RÚSTICOS COMÉRCIO TERRENOS URBANOS Fonte: APEMIP HABITAÇÃO Revista APEMIP | 34 EXPECTATIVAS PARA PRÓXIMOS TRÊS MESES EXPECTATIVAS PARA PRÓXIMOS TRÊS MESES A certificação energética é cada vez mais uma realidade da envolvente. Refira-se que o Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios (SCE) entrou em vigor em 1 de Julho de 2007, no âmbito da legislação de eficiência energética dos edifícios em Portugal, publicada em 2006. A entidade gestora deste processo é a Agência para a Energia (ADENE), sendo que a Direcção Geral de Energia e Geologia (DGEG) e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) são as entidades supervisoras do Sistema de Certificação Energética (SCE). Para melhor compreendermos esta realidade no seio das empresas de mediação e na sua actividade, elaboramos um conjunto de questões no designado Inquérito Mensal de Conjuntura. Na generalidade, para a maioria dos inquiridos a percepção de certificação energética quer para o seu negócio, quer para o cliente, quer para os interessados dividia-se entre não relevante e o positivo. À medida que cresce a importância do desempenho energético dos edifícios a relevância desta temática torna-se premente. De facto, para o mercado e para os interessados o impacto da certificação energética é amplamente positivo, uma vez que a negatividade face a esta realidade é como se pode visualizar graficamente residual. PERCEPÇÃO DO IMPACTO DA ACTIVIDADE DE CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA – PARA A ACTIVIDADE DE MEDIAÇÃO IMOBILIÁRIA (VALOR MÉDIO JULHO - AGOSTO 2010) PERCEPÇÃO DO IMPACTO DA ACTIVIDADE DE CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA – PARA OS CLIENTES ( VALOR MÉDIO JULHO - AGOSTO 2010) Fonte: APEMIP PERCEPÇÃO DO IMPACTO DA ACTIVIDADE DE CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA – PARA OS INTERESSADOS (VALOR MÉDIO JULHO - AGOSTO 2010) Revista APEMIP | 35 Revista APEMIP | 36 Presença da APEMIP TV na SIL´09 E vão dois! das na forma de comunicar das empresas de Mediação Imobiliária de Portugal. » Contactos telf. 211 543 810 e-mail. [email protected] www.apemip.tv Foi em Outubro do ano de 2008 que a APEMIP TV se apresentou à Mediação Imobiliária e ao público em geral. À época o projecto era embrionário e com vontade de crescer, mas, desde logo se confirmou o seu enorme potencial. Agora, dois anos depois, voltamos ao SIL - Salão Imobiliário de Portugal, que se realiza em pleno Outono, na FIL de Lisboa, não para uma apresentação tímida de um novo projecto em versão BETA, mas com um serviço consolidado e com provas da- Passados dois anos, e com milhares de horas de exibição de produtos imobiliários, o que mais nos orgulha é o número crescente de aderentes a este serviço proporcionado pela APEMIP e em exclusivo para as empresas associadas da APEMIP. De referir ainda que, dois anos depois, a APEMIP TV sofreu melhoramentos nas suas funcionalidades e foi acrescida de outras novidades. A nova funcionalidade mais visível será sempre a Interactividade. Ou seja, a APEMIP TV agora é Interactiva! Desta forma, dois anos depois, as montras das lojas das mediadoras imobiliárias transformam-se em teclados interactivos que permitem aos clientes fazer a pesquisa dos imóveis existentes em carteira, de forma fácil, rápida e permitindo ainda recolher pedidos de informação, 24 horas por dia, praticamente sem custos. Mas, dois anos depois, a APEMIP TV continua a desenvolver mais-valias para que cada associada da APEMIP possa aceder às melhores e mais inovadoras ferramentas do mercado para dinamizar negócios e promover a mediação imobiliária e o próprio imobiliário, a nível nacional e internacional. Para ficar a conhecer as novas funcionalidades e potencialidades do Maior Canal Corporativo de Televisão de Portugal apenas terá que visitar o nosso stand no SIL ou contactar os nossos serviços especializados, sempre ao dispor das empresas de Mediação Imobiliária associadas. Dois anos depois, sentimos que temos trilhado o caminho certo na promoção das empresas de mediação imobiliária e na dinamização dos seus negócios e ainda na promoção, com mais qualidade e mais visibilidade e impacto do imobiliário nacional. É por isso que, dois anos depois, estamos todos de parabéns! Revista APEMIP | 37 Revista APEMIP | 38 O cartão que lhe dá descontos O Cartão Azul é um cartão que permite aos seus utilizadores a obtenção de desconto imediato no momento da aquisição de combustíveis. » Contactos Telf. 211 543 810 e-mail. [email protected] www.apemip.pt/cartaoazul Fruto de uma parceria entre a BP Portugal, SA. e a APEMIP – Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, este cartão permite às empresas associadas e aos seus profissionais uma poupança de cinco cêntimos em cada litro de combustível adquirido num posto de abastecimento aderente, entre várias centenas existentes em todo o território nacional. Por um abastecimento de 60 litros de combustível, a capacidade de um depósito de um veículo médio, utilizando o Cartão Azul vai garantir de imediato um desconto de € 3,00. Para consultar a rede de postos aderentes da BP, consulte a listagem disponível no site da BP (www.bp.com) ou através do nosso site (www.apemip.pt/cartaoazul). Cada empresa associada tem direito a um cartão completamente gratuito (basta preencher a ficha de adesão, indicando o nome do utilizador), mas por apenas €1 + IVA cada associada poderá solicitar os cartões que forem necessários, para os profissionais da sua empresa. Sem burocracias, basta solicitar aos serviços da sua associação o Cartão Azul para começar a beneficiar de mais uma vantagem proporcionada, para si, pela APEMIP. Caso ainda não o tenha feito, peça já o seu enviando-nos a ficha de adesão (devidamente preenchida) que está disponível no site da APEMIP, em www.apemip.pt ou encaminhando-a para os nossos serviços, através dos CTT ou por email. Contacte-nos através do e-mail: [email protected], solicite-nos gratuitamente a emissão do cartão e saiba mais sobre mais este serviço associativo. Revista APEMIP | 39 CRÉDITO HABITAÇÃO PARA PESSOAS QUE PROCURAM MAIS ESTABILIDADE E SEGURANÇA Para mais informações visite: www.apemip.pt RUA D. LUÍS DE NORONHA, 4, 2ºPISO, 1069-165 LISBOA T 21 792 87 70 | F 21 795 88 15 www.apemip.pt TAE de 3,834% Exemplo de um financiamento em Crédito Habitação, no produto Prestação Segura UCI, no valor total de 100.000 euros, para um valor de avaliação de 135.000 euros e por um prazo de 360 meses. Empréstimo indexado à Euribor a 6 meses, acrescido de um spread de 1,5%, com um período promocional dos primeiros 3 anos de prestação fixa. Neste período, em caso de subida ou descida da taxa de juro, o diferencial de prestações será acrescido ou abatido ao capital em dívida. Oferta válida para 1 titular com 30 anos de idade. Inclui encargos iniciais com imposto de selo, seguro de vida, seguro multiriscos, comissão de abertura e comissão de avaliação. Comissão por reembolso antecipado de 0,5% sobre o capital reembolsado. Esta informação não constitui uma oferta de condições financeiras nem dispensa a consulta das condições completas do produto junto da UCI. Condições válidas para contratos celebrados no âmbito do regime de Crédito Habitação. Data da impressão 01 de Julho de 2010. Revista APEMIP | 40 Consultório Fiscal UMA REFLEXÃO Abílio Marques Consultor Fiscal FISCALIDADE NO IMOBILIÁRIO Permutas de bens imóveis Permuta de um terreno para construção por fracções a construir 1 - IMT Para efeitos de IMT, entende-se como sendo de troca ou permuta, o contrato em que as prestações de ambos os permutantes compreendem bens imóveis, ainda que futuros. Está, por exemplo, neste caso, o contrato em que um dos permutantes entrega um terreno para construção (bem presente) e recebe fracções a construir (bem futuro). Em termos de IMT, o contrato de permuta é tratado de forma integrada, incidindo o imposto sobre a diferença declarada de valores ou sobre a diferença entre os valores patrimoniais tributários, consoante a que for maior. O imposto é devido pelo permutante que receber os bens de maior valor. Havendo tradição ou posse dos bens apenas para um dos permutantes, o imposto será desde logo devido pelo adquirente dos bens, como se de compra e venda se tratasse, sem prejuízo da reforma da liquidação. Verifica-se esta situação quando, ainda antes da celebração da escritura e, apenas com base num contrato promessa de permuta, o promotor imobiliário entre na posse do terreno e inicie a construção da qual farão parte ou não, as fracções que serão entregues ao dono do terreno, quando estiverem concluídas. Normalmente, a transmissão civil relativa a bens futuros, ocorre logo que os mesmos se tornem presentes, isto é, quando os bens futuros se encontrem concluídos e em condições de serem disponibilizados ao permutante que entregou o terreno. 2 - IRS e IRC Contrariamente ao que se passa no IMT, para efeitos de IRS ou IRC, o contrato de permuta é desdobrado em duas transmissões a título oneroso: - Num primeiro momento, verifica-se a transmissão do terreno e, num segundo momento, a transmissão das fracções após a sua conclusão. Se o terreno dado em permuta, fizer parte do património de uma pessoa colectiva, os resultados apurados na transmissão, concorrerão para a formação do lucro tributável da actividade, devendo ser incluído na declaração modelo 22 de IRC. Se o mesmo fizer parte do património empresarial duma pessoa singular, o mesmo deverá ser incluído nos resultados do anexo B ou C da declaração modelo 3 de IRS relativa ao ano em que o mesmo é colocado à disposição do outro permutante. Fazendo parte do património particular duma pessoa singular, a transmissão deverá ser declarada no anexo G da declaração modelo 3 de IRS. Relativamente ao promotor, contabilizará o terreno e outros custos, à medida que os for suportando, assumindo os proveitos somente quando concluir e disponibilizar as fracções ao outro permutante. 3 -SELO Na permuta, o imposto do selo da verba 1.1 (0,8%), terá a mesma base tributável do IMT, ou seja a maior das duas diferenças. Porém, não será assim se, por força das disposições do CIMT, se tenha de considerar verificada a transmissão em data anterior. Estão neste caso os contratos de permuta de bens presentes por bens futuros, em que a transmissão fiscal se considerará verificada, logo que seja possível a avaliação fiscal do bem futuro, ou seja, quando já se encontre aprovado o respectivo projecto de construção. Revista APEMIP | 41 Consultório Fiscal AS PERGUNTAS MAIS FREQUENTES CONTACTOS e-mail. [email protected] 1 “A nossa empresa mediou um negócio imobiliário no qual foi adquirido um imóvel por alguém portador de uma deficiência física em 70%. Cremos que, nestas situações, o comprador poderá usufruir de alguns benefícios fiscais, no entanto, não sabemos quais, nem em que situações concretas são aplicáveis. Por conseguinte, agradecíamos que nos elucidassem sobre este assunto, concretamente sobre se, na aquisição de um bem imóvel para habitação própria permanente, pelo valor de 155.000€, se verifica algum beneficio em sede de IMT e Imposto do Selo. “ 3 “A. Agradecia que me indicassem quais os impostos que incidem sobre as transacções de prédios rústicos e o valor percentual dos mesmos, designadamente sobre um prédio que seja alienado pelo valor de €2.000.000? B. Gostaria ainda, de saber, quanto às recentes alterações ao Imposto do selo, se os contratos de arrendamento e os contratos de compra e venda continuam a estar sujeitos a este imposto?” Resposta Resposta O facto do consulente ser portador de uma deficiência física em 70% e adquirir um imóvel para habitação própria e permanente não constitui fundamento de isenção ou de redução de IMT e/ou de Imposto do Selo. Assim, Quanto ao IMT, este incidirá sobre o valor constante do acto ou do contrato ou sobre o valor patrimonial dos imóveis, consoante o que for maior, ao abrigo do n.º 1 do artigo 12.º do CIMT. Para efeitos de Imposto do Selo, pela transmissão onerosa é devido imposto do selo de 0,8% sobre o valor que servir de base à liquidação do IMT ou que deveria servir caso não beneficiasse da isenção (verba 1.1 da Tabela Geral do Código do Imposto do Selo e n.º 4 do artigo 9.º do CIS). 2 “Venho por este meio aferir por quanto tempo devo manter em arquivo a documentação contabilística e fiscal da minha empresa de mediação?” 1 – Da informação fornecida não é possível quantificar com exactidão os impostos devidos, quer na óptica de quem adquire o imóvel (IMT), quer na óptica de quem o aliena (IRS). O IMT incide sobre as transmissões, a título oneroso, do direito de propriedade ou de figuras parcelares desse direito, sobre bens imóveis situados no território nacional, ao abrigo do n.º 1 do art.º 2.º do respectivo código. Por força do n.º 1 do artigo 12.º do Código, “O IMT incidirá sobre o valor constante do acto ou do contrato ou sobre o valor patrimonial tributário dos imóveis, consoante o que for maior”. Ora, desde que o VPT não seja superior ao valor do contrato, pela referida aquisição do prédio rústico, será devido IMT, pelo valor de €2.000.000,00, a que será aplicada a taxa de 5%, prevista na alínea c) do n.º 1 do art.º 17.º do Código. Assim, o IMT devido será de €100.000,00. Na óptica do alienante do imóvel, este está sujeito a IRS pela categoria G, contudo não temos dados suficientes para calcular o valor da mais valia a englobar, pelo que apresentamos algumas ideias. Resposta Valor da mais-valia Os livros, registos contabilísticos e respectivos documentos de suporte, devem ser conservados em boa ordem durante o prazo de 10 (dez) anos (n.º 4 do art.º 115.º do CIRC, n.º 1 do art.º 52.º do CIVA e n.º 2 do art.º 118.º do CIRS). Nos termos da alínea a) do n.º 4 do artigo 10.º do Código do IRS, o ganho sujeito a imposto é constituído pela diferença entre o valor de realização e o valor de aquisição. De acordo com o disposto nos n.ºs 1 e 2 do artigo 44.º do Código, considerase valor de realização o que tiver servido para efeitos de liquidação do IMT ou, não havendo lugar à liquidação deste imposto, o valor que lhes serviria de base, caso fosse devido. Revista APEMIP | 42 Consultório Fiscal AS PERGUNTAS MAIS FREQUENTES CONTACTOS e-mail. [email protected] Nos termos dos n.ºs 1 e 2 do artigo 45.º do mesmo diploma, considera-se valor de aquisição a título gratuito o que tiver servido para efeitos de liquidação do Imposto sobre as Sucessões e Doações ou do Imposto do Selo, conforme o caso ou, não havendo lugar à liquidação destes impostos, o valor que lhes serviria de base, caso fosse devido. O valor de aquisição a considerar será corrigido pela aplicação de coeficientes de correcção monetária, nos termos do artigo 50.º do CIRS. Nos termos do artigo 51.º do Código, ao valor de aquisição acrescem os encargos com a valorização dos bens, comprovadamente realizados nos últimos cinco anos, e as despesas necessárias e efectivamente praticadas, inerentes à aquisição e alienação. Nessas despesas inclui-se o montante pago ao mediador imobiliário relativamente à transacção. O valor da mais-valia eventualmente apurado será considerado apenas em 50%, dado o disposto no n.º 2 do artigo 43.º do Código. 2 - Nos termos da verba 8 da Tabela Geral do Código do Imposto do Selo, estavam sujeitos a tributação os escritos de quaisquer contratos não especialmente previstos na Tabela, € 5,00 por cada documento. Porém, esta verba foi revogada pelo art.º 99.º da Lei n.º 3-B/2010, de 28/04 (OE para 2010), pelo que este imposto deixou de ser devido a partir de 29 de Abril de 2010. Deixaram assim de ser tributados os documentos escritos que titulem os contratos não especialmente previstos na Tabela, como sejam, os contratos de trabalho, os de prestação de serviços, mesmo em regime de avença ou de empreitada, os de fornecimento de bens, os de intermediação, os de promessa de compra e venda, etc. Mantém-se em vigor, designadamente, o selo dos contratos quando este constitui selo da operação e não do documento, como sejam, os de aquisição e transmissão de imóveis, os de mútuo, os de arrendamento e os de trespasse. 4 “Agradecemos o esclarecimento das questões que abaixo apresentamos: • Num contrato de arrendamento habitacional com termo certo, sabendo que o valor da renda é de 600€, quem deverá efectuar a retenção na fonte e como se calcula esta retenção? • Qual o procedimento a adoptar se arrendatário for uma pessoa colectiva? • Qual o procedimento a adoptar se arrendatário for uma pessoa singular?” Resposta Quem faz a retenção é o inquilino, e o seu cálculo é simples. Deve reter 15% das rendas pagas. A retenção será de IRC, se o senhorio for uma pessoa colectiva, ou de IRS, tratando-se de uma pessoa singular e será efectuada de acordo com o disposto na alínea f) do n.º 4 do artigo 87.º do CIRC, ou na alínea a) do n.º 1 do artigo 101.º do CIRS, respectivamente. No entanto, se o inquilino for uma pessoa singular, mesmo que seja um empresário em nome individual, apenas procederá à retenção, caso disponha ou deva dispor de contabilidade organizada. Obviamente, que, sendo o inquilino particular, não efectuará qualquer retenção. Poderá ainda não ser devida retenção, mesmo sendo o senhorio pessoa colectiva ou pessoa singular com contabilidade organizada, desde que o senhorio, sendo pessoa singular, preveja auferir, no ano em causa, um montante anual inferior ao fixado no n.º 1 do artigo 53.º do Código do IVA (actualmente € 10.000,00) e assinale o facto no respectivo recibo, de acordo com o disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 42/91, de 22 de Janeiro. O limite anual de € 10.000,00 respeita a todas as rendas recebidas pelo mesmo senhorio e não às recebidas de um único cliente. Deverá, no entanto, ser tido em consideração que, nos termos do n.º 3 do mesmo artigo 9.º, esta dispensa de retenção não pode ser exercida por titulares que, no ano anterior, tenham auferido rendimentos de montante igual ou superior ao limite referido e que cessa no mês seguinte àquele em que o mesmo limite tiver sido atingido. Revista APEMIP | 43 Consultório Jurídico UMA REFLEXÃO Dr. Pedro Almeida e Sousa Consultor Jurídico da APEMIP O prazo e forma de denúncia como principais estrangulamentos ao arrendamento urbano para habitação Já em 2002, em artigo de opinião escrito para a revista “Novos desafios no Imobiliário”, editado pela “AMIP”, abordei este tema estando, então, o arrendamento urbano regulado pelo RAU DL. 321 B/90, de 15 de Outubro, assim como pelas regras de locação existentes no Código Civil, artigos 1022.º a 1063.º. Anunciava-se já, na altura, a alteração ao regime do arrendamento urbano e nesse artigo tentava-se sugestionar o legislador e os intervenientes políticos da altura, nomeadamente para o que deveria ser o regime do arrendamento urbano em geral quanto a prazos e formas de denúncia, quer para habitação, quer para outros destinos possíveis e previsíveis. Dizia-se então: “Mas o actual regime, prevê que, mesmo no caso de duração limitada dos contratos, a denúncia não seja igual para as duas partes. Prevê mesmo que o inquilino possa denunciar o contrato em qualquer fase da sua vigência informando o Senhorio com 90 dias de antecedência (nº4 do artigo 100º do RAU).” “Portanto quando se pretende recorrer ao regime da duração limitada encontramos de imediato um estrangulamento à natural rentabilidade pela estabilidade de um arrendamento, ou seja também neste regime a possibilidade de cessação do contrato por esta via traduz insegurança para o investidor que só poderá ser compensada com o aumento do valor da renda quando se contrata”. Nesta altura, o legislador tinha, em 1995, criado os contratos de duração limitada para o arrendamento para comércio, indústria e profissões liberais, aproximando-o do regime de prazo certo criado, em 1990, para a habitação. Foi com grande espanto que o complicado novo regime do arrendamento urbano, que viu luz através da Lei 6/2006, de 27 de Fevereiro desse mesmo ano, veio atender, quanto ao arrendamento para fins não habitacionais, à pedida e pronunciada liberalização, através da inserção no Código Civil de uma norma – artigo 1110º - cujo n.º 1 vale a pena reproduzir: Revista APEMIP | 44 ARTIGO 1110º, N.º 1 “As regras relativas à duração, denúncia e oposição à renovação dos contratos de arrendamento para fins habitacionais são livremente estabelecidas pelas partes, aplicando-se na falta de estipulação o disposto quanto ao arrendamento para habitação”. Este avanço notório que constitui, no âmbito do arrendamento, os termos “são livremente estabelecidos pelas partes” pronunciava que, pelo menos para os contratos celebrados posteriormente à entrada em vigor da lei e que tivessem como destino a habitação, tivesse o legislador também a vontade e inteligência de criar um regime que permitisse às partes estabelecer a forma de contratar que melhor entendessem. Percebendo-se que no arrendamento para habitação existem algumas regras vinculativas que não são necessárias no arrendamento para comércio e outros fins, mas não se percebe como se manteve o regime da denúncia a todo o tempo, pelo arrendatário, com pré-aviso de 120 dias – actual artigo 1098.º, n.º 2, do Código Civil. Repete-se o erro do passado, parecendo poder repetir-se as palavras de então, nomeadamente o segundo parágrafo já citado e que se volta a reproduzir: “Portanto quando se pretende recorrer ao regime da duração limitada encontramos de imediato um estrangulamento à natural rentabilidade pela estabilidade de um arrendamento, ou seja também neste regime a possibilidade de cessação do contrato por esta via traduz insegurança para o investidor que só poderá ser compensada com o aumento do valor da renda quando se contrata”. Este erro genético e sem alternativa só poderá perceber-se à luz de constrangimentos provocados pelo imobilismo intelectual daqueles que influenciam quem produz a legislação, nomeadamente aqueles que se obrigam a encontrar compromissos entre senhorios e arrendatários, esquerda e direita, investidores e consumidores. Consultório Jurídico UMA REFLEXÃO Dr. Pedro Almeida e Sousa Consultor Jurídico da APEMIP Anda no ar a possibilidade de se reformar ou talvez de se retocar a legislação do arrendamento. Temos ouvido dizer que o mercado do arrendamento para habitação não está florescente, nalguns locais, por não haver número de casas suficientes para arrendar e por isso as rendas estão a preços elevados. Sabendo, todos nós, o número de fogos devolutos que existem em Portugal distribuídos por quase todos os locais, nomeadamente nos centros urbanos, o actual regime do arrendamento para habitação poderia com uma cosmética de alguma simplicidade ajudar a colocar no mercado, através do arrendamento, muitos desses fogos, se calhar a preços que beneficiariam a estabilidade de todos os intervenientes. Estou a falar na mera alteração do n.º 2 do artigo 1098.º, passandose pelo menos para 30 meses o período em que o arrendatário não poderia denunciar o contrato de arrendamento para habitação. Obviamente que poderíamos falar no regime das chamadas rendas antigas, nomeadamente nos prolongados períodos previstos para as actualizações de rendas, mas isso, pela importância do tema, merece outra reflexão só a ele dedicada. Revista APEMIP | 45 Consultório Jurídico AS PERGUNTAS MAIS FREQUENTES CONTACTOS Telf. 707 200 985 e-mail. [email protected] [email protected] ACTIVIDADE DE MEDIAÇÃO IMOBILIÁRIA 1 3 Quais são os documentos e modelos necessários ao pedido de revalidação? Documentos Quais são os documentos e modelos necessários ao pedido de inscrição de Angariador Imobiliário? - Certificado de registo criminal - Certificados comprovativos da formação contínua obtida - Certidões comprovativas da regularidade da situação do angariador junto da administração fiscal e da segurança social (a apresentação das certidões pode ser substituída, por autorização concedida ao InCI para consulta directa da situação junto do Site das Declarações Electrónicas e da Segurança Social Directa) - Fotografia de rosto actualizada, a cores Documentos - Cartão de empresário em nome individual, o qual é obtido junto dos serviços do R.N.P.C - Registo Nacional de Pessoas Colectivas ou junto da Conservatória do Registo Comercial - Bilhete de identidade - Certificado de registo criminal - Certificado de habilitações literárias - Certificado do exame de formação inicial - Declaração de inscrição /início de actividade, entregue nos serviços da administração fiscal - Declaração de inscrição na segurança social - Fotografia de rosto actualizada, a cores Modelos A2 - Pedido de Revalidação 4 Quais são os documentos e modelos necessários aos pedido de alterações? Alteração de Domicílio Modelos Documentos Modelo A1 – Pedido de Inscrição Modelo A4 – Declaração de Idoneidade Comercial - Fotocópia da declaração de alterações apresentada junto dos serviços da administração fiscal Modelos 2 Quando deve ser apresentado o pedido de revalidação da inscrição? A revalidação deve ser efectuada nos últimos 6 meses de validade da inscrição e até 3 meses antes do seu termo. A5 – Comunicação de Alterações Alteração de Firma Documentos A apresentação do pedido de revalidação nos últimos 3 meses de validade da inscrição implica um agravamento da taxa administrativa devida. O pedido de revalidação apresentado depois do prazo de validade da inscrição não será processado devendo, nesta situação, o requerente apresentar um novo pedido de inscrição para desenvolver a actividade de angariação. Fotocópia do cartão de empresário em nome individual actualizado Modelos A5 - Comunicação de Alterações Comunicação de Uso de Marca Modelos A5 - Comunicação de Alterações Revista APEMIP | 46 Consultório Jurídico AS PERGUNTAS MAIS FREQUENTES CONTACTOS telf. 707 200 985 e-mail. [email protected] [email protected] 5 Em que situações se verifica a suspensão da inscrição do angariador imobiliário? Para a actividade de angariação imobiliária, não se encontra legalmente previsto o procedimento de suspensão. Notas: a) Devem ser entregues fotocópias simples de documentos autênticos (os que são emitidos por entidades públicas) e originais ou fotocópias autenticadas de documentos particulares (os que são emitidos por entidades particulares). 6 Em que situações se verifica o cancelamento da inscrição do angariador imobiliário? O cancelamento da inscrição pode ocorrer sempre que os angariadores imobiliários o requeiram e, ainda, nas seguintes situações: b) A APEMIP, ao abrigo de Protocolo de Cooperação celebrado com o InCI, recepciona na Sede e respectivas Delegações Regionais todos os pedidos inerentes à actividade de angariação imobiliária, devendo o angariador, para este efeito, exibir declaração que demonstre que irá desenvolver, ou desenvolve, a actividade para uma empresa de mediação imobiliária associada. - Quando deixem de reunir os requisitos de acesso e manutenção na actividade - Quando lhes tenha sido aplicada a sanção de interdição do exercício da actividade. - Em caso de cessação da actividade - Quando não procedam ao pagamento voluntário das coimas aplicadas por decisão tornada definitiva 7 O que sucede à actividade do angariador após o cancelamento da inscrição? Os angariadores deixam de poder exercer a actividade de angariação imobiliária. Caso o angariador pretenda retomar o exercício da actividade terá de apresentar um pedido de inscrição no InCI, instruindo um novo processo e comprovando os requisitos legais de ingresso na actividade. 8 Quais são os documentos e modelos necessários ao pedido de cancelamento? Documentos - Entrega do cartão de identificação do angariador - Declaração de alteração ou cessação da actividade, conforme entregue junto da administração fiscal Modelos A3 – Pedido de cancelamento da inscrição Revista APEMIP | 47 Revista APEMIP | 48