Situado - Argentina
Transcrição
Situado - Argentina
O Reflexo do que somos E buscam novas experiências, únicas e inesquecíveis. Todo aquele que tenha visitado a Argentina e presenciado algum jogo de futebol conhece a paixão e o fervor com o qual o povo vive cada encontro, nos estádios, nas casas ou nas ruas de todas as cidades. Camisetas, globos, bandeiras, cantos e o constante incentivo da torcida arrepiam a pele de todos aqueles que se perguntam se o espetáculo se encontra no campo de futebol ou nas arquibancadas dos estádios. Ao longo destas páginas, os que tenham vivido o futebol na Argentina, encontrarão a lembrança mais linda de um dos espetáculos mais impactantes que existe. Todos aqueles que não nos hão visitado ainda descobrirão algo novo sobre nós. Como sempre, “La Che” continua apresentando o mais destacado da arte e da gastronomia da Argentina, um recorrido único através dos nossos Parques Nacionais com suas experiências que põem em contato aos visitantes com cada uma das maravilhas naturais deste solo. Além de personalidades e empresas que representam o país, todas as atividades promocionais do Inprotur e alguns detalhes que põem a vista essas pequenas coisas que fazem desta terra e sua gente um lugar único. “La Che” segue sendo o reflexo do que somos. PH: CLEO BOUZA PARA VIRGEN FILMS stou muito contente de lhes apresentar esta nova edição de “La Che”. Ao longo de três números temos logrado marcar uma impronta na forma de plasmar todo o realizado desde o Instituto Nacional da Promoção Turística e conseguimos criar um produto que nos permite mostrar ao mundo, todo o trabalho que realizamos em prol de promover nosso país no exterior. Mas também, a missão é fazer ver a nossa cultura, nossa gente e cada uma das maravilhosas experiências que fazem da Argentina um país único. Nesta nova edição decidimos apostar por um dos matizes que mais representam ao nosso país, um dos ícones que nos distingue e que forma parte do nosso DNA cultural: o futebol. Mas não mostrando como esporte, senão plasmando nas páginas o sentimento, a paixão e a idiossincrasia de um jogo que se vive nestas terras como em nenhum outro lugar. Inumeráveis são as personalidades do futebol que deixam todos os dias o nosso país no mais alto do esporte mundial. Alguns destes esportistas nos representam como embaixadores da nossa “Marca País” ao redor do planeta, como Lionel Messi ou Diego Simeone. Com suas conquistas esportivas conseguiram posicionar a Argentina como um destino para ser conhecido por milhares de pessoas que ENRIQUE MEYER PRESIDENTE DO INSTITUTO NACIONAL DE PROMOÇÃO TURÍSTICA SUMARIO CHE.UMA REVISTA SOBRE A ARGENTINA ANO 1 NÚMERO 4 8 Os que fazemos "La Che" 12 Enrique Meyer Ministro de Turismo da Nação e Presidente do INPROTUR 16 Daniel Aguilera Secretário de Turismo da Nação 22 Roberto Palais Secretário Executivo Marcela Cuesta Diretora de Promoção 38 Ariel Cohen Unidade Operativa de E-Marketing e Novos Meios 46 Sebastián Pérez Callegari Desenho e criatividade 61 Pablo Manuel de Lima Imprensa 76 78 Arte: Livros, música, pintura, teatro e cinema. Redescobri: O futebol, muito mais que um esporte: uma paixão inexplicável. Gourmet: Juliana López May, uma cultora da comida saudável e da mesa bem apresentada. Experiências: Para deixar se seduzir pelos Parques Nacionais. Nota de capa: Verso a verso, uma conversa íntima com Sandra Mihanovich, mulher versátil, cantora e baladista destacada. Toma 10: Como viveu a torcida argentina a última Copa do Mundo. O mundo é uma figurinha Impulso: Ir a escola com a Novidades e próximos eventos no nosso país. esperança de conseguir a difícil, se transformou, em nossa Nossa: infância, no único que Havanna, os alfajores que já deixaram de ser sinônimo de verão e nos importava. Nola e representam no mundo. foram os vocábulos com os que se Argentin@s: manejava o tempo. Santiago Bilinkis e Andrea Juan, dos empreendedores inquietos que Pág. 57 souberam unir suas paixões e a ciência. Novidades de arte POR MARYSOL ANTÓN arte Livros tecnópolis Mondo Babosa A maior mostra de arte, ciência e tecnologia da América Latina abre suas portas por quarto anos consecutivos e te convida a jogar, participar, experimentar, transformar e a surpreender-se. Em suas ruas e corredores a arte os avance tecnológicos, a natureza, a ciência e os destinos turísticos da Argentina se reúnem para mostrar a todos o melhor do nosso país. Um dos stands mais destacados é o apresentado pelo Ministério de Turismo da Nação, chamado Sensorium onde público poderá descobrir as imponentes paisagens da Argentina que hão sido declarados pela UNESCO como Patrimônio Mundial. Adriana Hidalgo Editora Editorial Sudamericana A historia se torna historieta, desenhos. Um gato se empenha em agarrar uma borboleta e as páginas começam a mostrar um mundo psicodélico criado por Mariano Diaz Prieto. Aquilo que parecia cotidiano quase ordinário abre passagem ao desconhecido, ao onírico, a um espaço interminável. O trabalho de Diaz Prieto se equilibra em uma polaridade entre o doce e o macabro, misturando insetos gigantes com caracóis e gatos, crianças e paisagens da grande Buenos Aires. Buenos aires na mira exposição Editorial Sudamericana O historiador Daniel Balmaceda plasma em este livro uma investigação fotográfica que revela a vida da metrópole portenha entre 1880 e 1960. Desde uma piscina olímpica em Retiro até a primeira vez que alargaram a Avenida General Paz, passando pelos ônibus de antes, a moda, a cultura e os costumes. Tal como o define seu autor, este livro é um "álbum de emoções que pode ser muito útil para exercitar a observação e fotos antigas". arte No canal “Encuentro” Um recorrido pelas províncias argentinas para realizar encontros com produções artísticas contemporâneas que nascem dos seus entornos. O ponto de partida são as obras; e, transitando pelas artes visuais, o teatro, a dança, o desempenho, o vídeo, a fotografia e outras linguagens, conhecemos algumas expressões do século XXI desenvolvida pelos autores e ônibus que não circulam mesmo nos âmbitos mais conhecidos ou populares do campo cultural. Mais informações: www.encuentro.gov.ar El Calafate Situado na Patagônia, este museu analisa em profundidade a origem e o desenvolvimento dos glaciares no extremo austral do país. Com o objetivo de sensibilizar aos visitantes, cada espaço conta com estímulos visuais, sonoros e táteis, para que cada pessoa possa compreender a importância destes blocos de gelo. Além de aproveitar para incentivar o cuidado do meio ambiente e possuir um grande acervo cultural da região. Mais informação: http://glaciarium.com Museus a céu aberto Museus Glaciarium Nova arte argentina tv Chaco A Bienal Internacional de Esculturas 2014 aconteceu de 12 a 19 de julho na cidade de Resistencia. Reuniu a 10 artistas consagrados representando a distintos países dos cinco continentes que competiram a céu aberto e em público, realizando uma obra original e inédita, que se inspira no “Homo Novus”. Além disso, foram realizadas outras expressões da arte contemporânea, como arte efêmera, intervenções, instalações aquáticas, obras coletivas com originárias jornadas de arte lúdica para as crianças e o suporte teórico de ateliês e conferências. Mais informação: www.bienaldelchaco.com CiNeMa pérez Celis: 1939-2008, liberdade e paixão, relatos selvagens Museo Lucy Mattos Até 28 de setembro próximo, com a curadoria Julio Sapollnik, podese visitar esta mostra que reúne uma seleção de dezoito obras, como A Bombonera (A Doze), Dança Solar, Explicável lembranças, White and black, Preludio, Solaris Antaris, Quemú, quemú, Autorretrato e Força da origem, entre outras. Mais informação: www.museolucymattos.com Vem de ser ovacionado no Festival de Cannes e agora deslumbra no cinema das salas argentinas. Este filme de Damián Szifrón, protagonizado por Ricardo Darín, Oscar Martínez, Darío Grandinetti e Leonardo Sbaraglia, está paltado em seis episódios, todos com uma grande dose de humor que faz que cada relato seja impactante. app Guia Bariloche piNtura Trata-se de uma aplicação perfeita para encontrar os melhores hotéis, restaurantes e atrações onde você estiver. Desenhada e testada em Bariloche, outorga qualidade de informação e atualizações permanentes. Conheça as ofertas especiais que Bariloche tem para você. Através da tecnologia de posição geográfica saiba a que distância está de cada lugar e o melhor caminho para chegar. Pode usar esta app sem conexão de dados e em qualquer lugar. Descarregue desde http://guiasmoviles.com REDESCUBRÍ POR PABLO DE LIMA O futebol pisou na Argentina e voltou a nascer. Nestas terras, passou de ser só um esporte e se transformou em um fenômeno de massas, em uma paixão popular. T inha quatro ou cinco anos, não mais do que isso. Bermudinha curta, camiseta listrada, penteado com gel e os tênis brancos, tão sujos, que já estavam marrons. Levava a bola de borracha, essa que tinha me encantado desde uma vitrine, apertadinha de baixo do braço e fiquei parado na borda, justo no limite lateral da linha de cal que marcava o interior e o exterior do mundo das minhas fantasias. O campo de futebol. Dentro do campo jogava meu pai. Todo transpirado e com a camiseta da argentina agarrava todas as bolas, enquanto eu olhava desde longe, sonhando, talvez, com estar dentro, agarrar as bolas até não poder respirar, jogar um jogo de verdade e não uma pelada com os meninos da quadra, receber um lance, baixar com o peito, balançar as redes, fazer um gol. O futebol é – para quase todos os garotos argentinos– o primeiro e único sonho. Disse Maradona antes de ser D10s: “Meu primeiro sonho é jogar a Copa do Mundo e o segundo é ser campeão”. Mas, bem longe de todos chegarem a ser um Maradona - porque Diego tem somente um – e talvez sendo um pouquinho menos ambicioso, jogar futebol, pôr a camiseta do time e sair correndo do recreio para fazer gols com uma latinha de refrigerante, são esses pequenos sonhos que fazem que todos os dias se convertam em uma aventura diferente. Com o futebol alguns choram, outros ficam bravos. Estão os que cantam sem parar e os que sofrem tanto, que preferem não olhar durante todo o jogo. Cada pessoa o vive de jeito REDESCUBRÍ diferente. Vejamos, por acaso, o que me aconteceu em 2010. Esse ano marcava a final de 4 anos de espera e a Argentina ainda não estava classificada. Lembro que chovia muito e, ainda que o volume da TV estavesse muito alto, se escutava bem pouco. A seleção jogava no estádio do River a classificação para a Copa do Mundo. Não alcançava em empatar, porque com esse resultado, a Argentina ficava fora. A bola voava pelo ar desesperada até que um par de pernas azuis conseguiu baixá-la. O pontapé saiu disparado e a bola atravessou a área completa, enquanto que milhões de argentinos se esticavam em seus sofás querendo empurrá-la para dentro do gol. Quando tudo parecia perdido, um chute grotesco de esquerda de um loiro platinado devolveu a vida a um país inteiro. Gol, nada mais que gol. Foi a última vez que chorei. Identidade, cultura Se alguém perguntar pela rua, cada argentino terá uma versão distinta sobre esse momento e sobre muitos outros que ficaram na memória do inconsciente coletivo futebolista. A mão de Deus, o fenômeno voador e o gol mais lindo da história formam parte da nossa bagagem cultural mais autêntica, essa que se nutre em cada estádio e campinho de futebol todos os fins de semana. O futebol na Argentina é muito mais que um esporte. Ao longo dos anos se transformou em um fenômeno cultural. Famílias inteiras esperam o jogo do domingo para tomar uns chimarrões e gritar os gols do seu time. Pais e filhos caminham cantando pelas calçadas dos estádios, com as caras pintadas e as camisetas postas, esperando o apito inicial de um novo espetáculo dominical. O país se detém cada vez que a Argentina joga. As ruas vazias parece o cenário de um filme hollywoodiano depois da extinção. Se algum turista chegasse nesse momento pensaria que todos foram embora, que o deixaram sozinho no mundo. Mas não, está mais acompanhado do que nunca. Na Argentina o futebol não é só futebol. O futebol é também o ritual, é gozar ao companheiro de trabalho que é torcedor do time que perdeu, é pôr a mesma camiseta todos os domingos porque é “a da sorte”, é a “linguiça” do estádio. O futebol é a desculpa para se reunir, correr com amigos detrás da bola todos os sábados e depois comer um churrasco. Os gols armados com jaquetas dobradas e o time que fizer o primeiro gol ficam com as camisetas postas são algumas das regras que todos conhecem, e que ninguém discute. Pão e queijo, um passo na frente do outro, um toquinho com a ponta do talão. O que consegue pisar no outro escolhe os seus companheiro primeiro e o que chega último é o principal goleiro completam o regulamento das ruas, praças terrenos baldios que são o cenário dos jogos mais autênticos. Nas arquibancadas os cantos nascem do mais profundo das gargantas dos protagonistas. Os torcedores dançam, pulam, riem, choram e muitas vezes até, nem assistem o jogo. Porque o futebol é isso, é muito mais que só futebol. Deixou de ser um substantivo para ser um verbo. O futebol é paixão, alegria, tradição, é tudo isso que somos, mas plasmado em uma bola e em um abraço de gol. Na Argentina futebol é um pouquinho mais futebol. GOURMET POR DANIELA DINI FOTOS: BB TESIO Juliana Lopez May ao natural A Cozinhar é muito mais que um ato em si mesmo: é compartilhar, é dar amor através de um saboroso prato. Com estilo próprio, esta cozinheira faz da sua profissão uma filosofia de vida onde honrar a boa mesa é simplesmente o primeiro ponto de partida. cozinha sempre fez parte do seu ser: a Juliana López May a vocação a acompanha desde que tem memória e diz, sem voltas, que não poderia ter se dedicado a outra coisa. As lembranças começam na cozinha da casa da família, com os sabores da sua mãe Leonor, entre as brigas com os seus outros três irmãos por ver quem podia se meter e ajudar, misturar, e experimentar. Dos quatro, dois tenderam de forma definitiva para a gastronomia: Máximo López May – atualmente radicado no México–, que é também outro dos referentes da cozinha argentina, e Juliana. “Em casa minha mãe cozinhava muito, ela era filha de alemães assim que fazia muita comida dessa origem: späetzle, goulasch, pastrón, tortas com maçãs, bolachinhas de manteiga”, lembra. GOURMET Juliana é uma das caras do El Gourmet. Começou na televisão faz quase 10 anos, por um casting que a recomendou Fernando Trocca. “Não era algo que sonhara, aconteceu naturalmente. Está bom dar uma mensagem e ter consciência da mesma, de que te escutem. A minhas é que as pessoas preparem uma mesa linda e voltem a cozinhar.” O COMEÇO Desfrutar por sobre todas as coisas. Para esta cozinheira, que começou aos 19 anos com Francis Mallmann, seu grande maestro, que estudou em distintas cidades do mundo e que, mais tarde, se consagrou como empreendedora até se transformar em uma figura dentro da gastronomia argentina, se trata de desfrutar do momento da mesa em si mesmo. “Comer vamos sempre, assim que se lhe damos outra importância, se fazemos que tenha mais graça, tudo é muito melhor. É algo que depende de nós e de como um viva o momento de sentar para comer”, agrega, ao mesmo tempo em que destaca o fundamental de destinar o tempo necessário a este ritual, inclusive na copa cozinha. “Tento fazer o tempo todo na minha própria casa: eu gosto que as pessoas comam coisas saborosas, mas simples, e nisso há uma busca fundamental de produtos. Não pode faltar um bom azeite de oliva, algum tipo de açúcar de qualidade, legumes, cereais e muitas verduras e frutas frescas”, agrega Juliana, que além de profissional, é esposa e mãe de dois filhos de quatro e seis anos. Seu espírito empreendedor esteve presente desde muito jovem. Despois de fazer carreira com Mallmann e com somente 26 anos, abriu Círculo, seu primeiro restaurante, junto a dois sócios, em San Isidro. Manteve o empreendimento durante cinco anos e depois abriu COZINHA, esta vez de comida saudável junto a Jackie e Jessica Lekerman. “Nasceu meu primeiro filho, e quando veio o segundo, decidi começar a trabalhar desde casa”, lembra. Sem perder a essência entrepreneur, se dispôs a encontrar outra forma de fazer comida e criou um estilo com a sua cara. Tudo foi acontecendo organicamente: sua aparição na televisão no programa El Gourmet, os livros, as aulas de culinária. Assim chegou o Boulevard Sáenz Peña, o espaço que a melhor representa, onde desenvolve todos sues projetos. “Por um lado faço o cardápio do restaurante e por outro trabalho e produzo aqui mesmo”. EQUILÍBRIO NATURAL Se tiver que definir seu jeito de cozinhar, aponta a culinária de estação. “Eu gosto de priorizar a qualidade do produto, a estação. Para mim o fundamental está no versátil, em aquilo que dá a possibilidade de repetir, não essas receitas que ninguém nunca vai poder fazer. Eu gosto que o que ensino seja real, repetido em todas as casas e que transmita vontade de cozinhar. O ideal é não usar mais Seu maestro foi Francis Mallman, e entre seus referentes estão seu irmão Máximo e sua própria mãe. Do exterior admira a Tessa Kirós e ao reconhecido Jamie Oliver: “que muito mais do que como cozinha, gosto como pessoa. Utilizou a cozinha como o meio para a causa que defende”. Além dos sabores, da cozinha sempre cheia de produtos frescos e da estação, Juliana destaca o ritual da mesa familiar: “Era um momento ao que se dava muita importância, especialmente à noite, quando estávamos todos”. Esses postais familiares deixaram gravados nela a importância de desfrutar da mesa como algo inseparável da boa cozinha: “pôr a louça, tomar um minuto para eleger os pratos. É uma forma de honrar esse momento e aos que amamos. Felizmente, é algo que está voltando. Minha mãe e a geração dela ainda o conservam, mas teve outra em que isso se perdeu”. GOURMET As viagens são um motor: “me apaixona viajar. É onde me nutro, onde encontro inspiração, algo que necessito o tempo todo para minhas aulas e meus livros. O viajar te abre para outras cozinhas culturas, é sempre enriquecedor”. A VOLTA DAS ORIGENS ingredientes que os necessários. Como diz meu irmão Máximo, menos é mais”, define. Juliana não adere aos extremos e não se define vegetariana, ainda que sua mensagem esteja em transmitir que é possível comer coisas deliciosas sem consumir tantas carnes. “É algo cultural, muito difícil de mudar no nosso país, mas é possível. Com meus livros e minhas aulas trato de ensinar a comer outros ingredientes e produtos. Não dou aulas com carnes vermelhas nem frango. Primeiro porque sabemos cozinhar isso perfeitamente, somos argentinos; segundo, porque acho que tem que diminuir um pouco o seu consumo”. Para ela, a chave está em encontrar o equilíbrio, entre permitir algumas vezes e em comer de um jeito que não seja proibitivo senão saudável e sustentável com o tempo. Em um momento em que estamos recuperando o interesse por saber de onde vem o que comemos, está também a mão de quem a produz. “Conhecer ao produtor é muito importante para mim. É difícil porque não é o que mais sucede: talvez a chance esteja nas feiras, nos mercados. Hoje em dia há um ressurgir deste tipo de lugares, como Masticar, Buenos Aires Market, Sabor da Terra, que são espaços que te dão a oportunidade de conversar com as pessoas, ver a sua cara, conhecer sua história. E é algo apaixonante”. Entender a origem dos produtos que elegemos comer, também está vinculado com como cozinhamos e, para Juliana, a chave é manipular o menos possível essa matéria prima. “A Argentina é muito boa em produtos italianos, queijos, azeites de oliva, vinhos. Produzimos um monte de coisas, há boa fruta e verdura, e tem que aproveitá-lo”. Nas palavras da Juliana, no seu jeito de falar, tem sempre uma alegria e um inconfundível sentimento de gratidão. Aos 17 anos atravessou um linfoma e um processo de quimioterapia e, a partir desse momento, a cozinha se transformou em seu jeito de se curar. “Sempre digo que me curei cozinhando. Passei muito tempo em casa durante a recuperação e cozinhava um montão, assistia programas. A cozinha foi um jeito de me desconectar de tudo e de me curar.” Talvez por essa experiência que lhe tocou viver, sua mensagem em cada coisa que transmite, deixa ler, de forma transparente, o amor pelo que faz. “O que mais eu gosto é que transformei minha paixão em minha profissão. Consegui fazer o que gosto todos os dias e encontrei a versatilidade de sair de um restaurante e poder seguir trabalhando disto.” Seu lema é sempre otimista: “Em minha opinião tudo é possível”. O céu é o limite. Tem que fazer as coisas como um as sente e para isso temos que nos conhecer bem, saber por que escolho fazer o que faço, e simplesmente, fazer. Dia a dia, pondo o melhor. E sempre pensando em fazer algo pelo outro. Se você pensar que o que faz beneficia a alguém mais, em seguida você mesmo vai se sentir beneficiado. “Assim as coisas sucedem, naturalmente”. A beLezA eSTá nOS DeTALheS Se tem algo que Juliana López May conseguiu foi mostrar não só uma forma de cozinhar, mas também um estilo de vida. E nele há um critério estético que ela assume como outras das suas paixões. “Adoro a decoração. Gosto muito do antigo, o recuperado, o herdado. Desde a louça, as toalhas de mesa, até as receitas mesmas. Acho que é algo que fecha perfeitamente o círculo: uma comida não é a mesma se for servida em um prato branco tradicional ou se a faz em uma tigela especial determinada, se dedica tempo a mesa de uma forma especial.” Entre seus projetos a futuro está o lançamento da sua própria linha de louças. Também criou, junto a Vero Pasman, Gastronomia de Papel, uma linha de jogo americano, porta-copos, cadernos e stickers para vestir a mesa e alegrar a casa. Para o que resta de 2014, além de continuar com a sua linha de conservas feitas em Mendoza e com as aulas de culinária, Juliana planeja lançar seu quinto livro, inspirado na Itália. A partir de setembro ela poderá ser vista em um novo programa de TV no El Gourmet, onde ela vai poder misturar suas duas paixões: a cozinha e a decoração. Mais informação: www.julianalopezmay.com “Eu gosto que o que ensino seja real, repetida em todas as casas e que transmita vontade de cozinhar. O ideal é não usar mais ingredientes que os necessários. Como diz meu irmão Máximo, menos é mais.” experiências EXPERIÊNCIAS ÁREAS PROTEGIDAS Turismo sustentável: Áreas Protegidas O Sistema Nacional de Áreas Protegidas tem por missão a conservação do imenso mosaico ambiental que representa a Argentina. Os sedutores circuitos turísticos que propõem estes territórios de conservação tem demostrado um crescimento sustentável e promovido tanto pela gestão da Administração de Parques Nacionais como pelos investimentos estatais em serviços. Foto: Ricardo Canga EXPERIÊNCIAS Parque Nacional El Leoncito Cuyo No céu da noite de San Juan, a 2.250 msnm, existe um lugar único no mundo para a observação dos astros. N o sudoeste da província de San Juan, o Parque Nacional El Leoncito está localizado sobre os faldeos ocidentais da Serra do Tontal, no município de Calingasta. A 220 km da capital sanjuanina, permanecem abertas ao público duas estações astronômicas: O Complexo Astronômico El Leoncito (CASLEO) e o Observatório Astronômico Carlos Ulrico Cesco (CESCO). No CASLEO, ao qual se chega depois de transcorrer um caminho custodiado por álamos e sauces, o protagonista é um telescópio de 40 toneladas que funciona com dois espelhos, um deles com um pouco mais de 2 metros de diâmetro. No interior da cúpula do Telescópio Astro Gráfico Duplo pode-se apreciar uma interessante coleção de fotografias de 1986 do Cometa Halley. A visita diurna se complementa com o recorrido de várias trilhas interpretativas, guiadas por sinalizações para a realização de uma caminhada tranquila. A visita a El Leoncito permite conhecer áreas de interesse arqueológico e lugares de importância histórica, como o casco da antiga estancia El Leoncito, utilizado como posto de avanço militar pelo Exército dos Andes em sua campanha para liberar a Argentina, Chile e Peru. Além disso, existe uma trilha que conduz até a Cascada da Amizade e que propõe visitar o caminho Paisagem de Água. Parque Nacional Serra das Quijadas Trilhas entre enormes canais de água, nascimentos arqueológicos, pegadas de dinossauros e troncos petrificados. N o noroeste da província de San Luís, o Parque Nacional Serra das Quijadas está a 116 km da capital provincial. Ocupa uma superfície aproximada de 150 mil hectares, onde montes de rochas e pequenas elevações escalonadas convivem com uma vasta planície com suave pendente. É uma região de bosques xerófilos, lençóis e pastagens nos que deambula uma fauna muito similar a da estepa patagônica: guanacos, raposas cinzas, pumas e majestosos condores. Por ser hábitat de espécies protegidas, como o falcão peregrino, a águia coroada, o pichiciego menor, o cardenal amarelo e a reina mora, atrai observadores de pássaros do mundo todo. Nas Quijadas há trilhas “autoguiadas”, de baixa dificuldade e de só uma hora de duração, que conduzem aos miradores desde os que se obtêm incríveis vistas e fotografias. A trilha dos Miradores se recorre em umas duas horas e permite caminhar pela explanada, desde onde se obtém uma vista panorâmica única aos pés do Potreiro da Aguada. A trilha da Pegada do Saurio, diferentemente, exige umas três horas de caminhada e seu presente é poder ver a Pegada do Saurópodo, impressa desde faz milhões de anos. A trilha mais extensa são umas quatro horas de caminhada e se a conhece como Canhão dos Despenhadeiros. Recorrê-lo implica avançar rumo abaixo. Uma vez finalizado o descenso, um se encontra rodeado por paredes de vermelho furioso de 250 metros de altura. EXPERIÊNCIAS Parque Nacional Los Glaciares Patagônia Com os olhos fechados se escuta a rouca voz do glaciar, que em ocasiões não é mais que um sussurro. O mítico Glaciar Perito Moreno, o gigante Congelado, avança lentamente até tocar a terra e formar uma ponte. É um espetáculo imprevisível, e seu derrube é o momento mais esperado. Na localidade de El Calafate, na província de Santa Cruz, é possível contratar excursões até as passarelas desta massa de gelo. O glaciar, situado no Parque Nacional Los Glaciares, na mesma província, dispõe de um circuito de vários quilômetros de cômodas e amplas passarelas, dispostas a diferentes alturas, acessível para pessoas com capacidade reduzida, que permitem uma visão panorâmica. Se de conhecer ao gigante gelado se trata, as caminhadas sobre o Perito Moreno são uma opção tradicional e imperdível, sendo também possível de admirar desde a água, através das navegações em catamarãs que se dirigem em direção tanto as frentes norte e sul, mostrando cada vez uma perspectiva diferente. Huella Andina P egada Andina é a primeira Ao longo de 577 km, um recorrido trilha de comprimento recorrido atravessa bosques autóctones, da Argentina. Une Villa Pehuenia e espelhos de águas transparentes a zona do Lago Aluminé, em Neue aves majestosas. quén, com a área de Baguilt, na província de Chubut. Passa pelas imediações das localidades de Junín dos Andes, San Martín de los Andes, Villa Traful, Villa La Angostura, San Carlos de Bariloche, El Bolsón, Lago Puelo, Epuyén, Cholila e Esquel. Um caminho que atravessa, além, dos Parques Nacionales Lanín, Nahuel Huapi, Arrayanes, Lago Puelo e Los Alerces, reservas provincianas, territórios fiscais e privados. Para armar a rota trocal foram utilizadas pegadas e trilhas preexistentes, com o objetivo de valorizar os recursos naturais e culturais através de uma atividade de baixo impacto ao redor. As partes das trilhas conectam as principais localidades turísticas da área, garantindo a disponibilidade de serviços de hospedagem e prestações turísticas. O silencio que reina na trilha só é interrompido pelo canto dos pássaros ou a caída de alguma cascada que convida ao descanso. EXPERIÊNCIAS Parque Nacional Mburucuyá Litoral N Todos os contrastes da natureza em um Parque Nacional de lenda. a região Litoral da Argentina, na província de Corrientes, encontrase o Parque Nacional Mburucuyá, a 167 km da cidade homônima. Esta zona pertence aos Esteros do Iberá, uma eco região que tem grande influencia da região chaquenha , da selva paranaense e do espinal, o que lhe aporta uma grande diversidade de paisagens e a transforma em um atrativo único. Lagoas, mangues e pequenos montes formam uma paisagem onde a no ambiente se respira umidade. As pastagens e as palmeiras de jataí lhe outorgam uma atmosfera rústica ao entorno. Os bosques chaquenhos conseguem impor glaciais aos quebraços. Entre a espessa vegetação se movem capivaras, raposas de monte e jaguaretês. Infinidade de espécies autóctones entre as que se destacam o jacaré negro, jacaré oveiro, a raposa gigante, a raposa de monte, o macaco leão dourado, o mão pelada, o veado pardo e o alce dos pântanos. Também, a capivara, o ratão-do-banhado o lobinho do rio e aves próprias de ambientes aquáticos. Os amantes da natureza disfrutarão de caminhar pelas trilhas do Yatay e Che Roga, aguardam o incipiente pôr do sol. Parque Nacional Iguazú Seus caminhos levam a um lugar único no mundo, donde o estrondoso da água faz a natureza vibrar. S ituado no noroeste da província de Missiones, o Parque Nacional Iguaçu encontra-se somente a 17 km da localidade do Porto Iguaçu. O ecossistema que se encarrega de preservar pertence a eco região Selva Paranaense, que cobre quase todo o território missioneiro. O tesouro natural que alberga são as Cataratas do Iguaçu, que compreende 275 saltos de água que alcançam até 80 metros de altura. Declaradas uma das novas 7 Maravilhas Naturais do Mundo, são também Patrimônio Natural da Humanidade. A visita ao Parque Nacional Iguaçu requer, pelo menos, um dia inteiro. Entre as propostas recreativas destacam-se: o Centro de Interpretação Yvirá Retá; o passeio Inferior, de 1.400 metros de passarelas com escadas; o Passeio Superior, de 1.300 metros de passarelas sem escadas; a trilha da Garganta do Diabo, de 1.100 metros de passarelas sem escadas; o cruze a Ilha San Martín; a Trilha Macuco, e o Jacaratiá. Também há excursões alternativas que propõem descobrir o Parque e se aproximar as Cataratas através de atividades de pura adrenalina. EXPERIÊNCIAS Parque Nacional Talampaya Norte Um deserto vermelho de paredões que se perdem no horizonte, lar dos dinossauros mais antigos. D eclarado Patrimônio da Humanidade, junto ao seu vizinho sanjuanino o Parque Provincial Ischigualasto, O Parque Nacional Talampaya se encontra situado no centro-oeste da província de La Rioja, a 231 km da capital riojana e a 74 km do povoado da Vila União. Belo e misterioso deserto vermelho, surgiu das profundidades da terra quando surgiu a Cordilleira dos Andes. Ocupa uma superfície de 215 mil hectares e faz 250 milhões de anos que foi o lar do Lagosuchus Talampayensis, um dos primeiros dinossauros que habitaram a terra. O Talampaya se recorre exclusivamente com um guia autorizado. A aventura pode ser vivida a pé, de bicicleta ou em vehículo 4x4. A principal atração é o Canhão de Talampaya, “talhado” sobre o cenário da Serra dos Tartajos, que destaca uns 3 km de extensão e paredões que chegam a 150 metros de altura. Aqui se observam curiosas figuras esculpidas pela água e o vento ao longo dos séculos. Entre elas se destacam a Chaminé, o Monge, o Ascensor, as Falésias e a Catedral. Igualmente interessantes são os circuitos alternativos da Cidade Perdida e Arco Iris, em programas que se recorrem durante cinco ou seis horas pelos leitos dos rios secos, dunas avermelhadas e pampas de areia povoada de Lhamas/Guamacos. Parque Nacional Copo Um lugar no mundo onde a natureza há encontrado um refúgio para as espécies ameaçadas. L ocalizado no noroeste da província de Santiago del Estero, no Norte da Argentina, o Parque Nacional Copo é uma reserva natural que protege 114 mil hectares da eco região Chaco Seco. Este Parque Nacional, que pode chegar através da localidade Pampa dos Guanacos, a uns 300 km da capital provincial, protege a várias espécies que se encontram em perigo de extinção. É o caso do nobre Quebracho Avermelhado santiagueño, uma árvore que por sua boa madeira há sofrido, historicamente, a derrubada indiscriminada. Entre extensas e secas pastagens vive uma fauna variada e peculiar. Espécies entre as que se destacam o jaguaretê, o tatú carreta e o porco espinho – um pecari que se alimenta dos frutos do quimil, cactos típico da região –. Também é significativa a presença de outras espécies ameaçadas da fauna nativa como tamanduá grande, a águia coroada e jiboia das tocas. Recorrer o Parque Nacional Copo é um desafio para os amantes da natureza. Localizado na zona que se conhece como “o impenetrável santiagueño”, é uma das terras menos exploradas pelo homem. Para conhecê-lo é recomendável contatar a guias especializados e informar ao guarda florestal local. EXPERIÊNCIAS Reserva natural e cultural Cerro Colorado Córdoba Trilhas vermelhas atravessa a vegetação serrana e convidam a descobrir as lendas que deixaram as pegadas do passado. A 165 km ao norte da cidade de Córdoba, a Reserva natural e cultural do Cerro Colorado, localizada em uma zona que esteve habitada pelas culturas Ayampitín, Sanavirones e Comechingones, conserva pinturas rupestres que datam de tempos milenários as ladeiras do Cerro Colorado mostram as imagens que os povos originários plasmaram faz mais de mil anos. Através delas é possível imaginar como viviam aqueles antigos povoados, conhecer seus rituais e relação com o entorno natural. Declarada Área Nacional Protegida em 1992 – com o objetivo de preservar os recursos culturais–, as normas da Reserva permitem o acesso às pinturas rupestres, unicamente, sob a presença de um guia experto. A experiência se completa com a visita ao Museu Arqueológico, momento de apreciar cuidadas produções artesanais e de encontrar a lembrança ideal para levar de regresso a casa. Como fechamento pelo passeio pago de Cerro Colorado, torna-se uma visita obrigatória-museu do poeta e cantor argentino Atahualpa Yupanqui, quem escolheu a zona conhecida como “Água Escondida” como moradia. EXPERIÊNCIAS Buenos Aires Reserva Ecológica Costaneira Sul Uma experiência de vista espetacular de primeiro nível a uns poucos passos do centro da Cidade de Buenos Aires. A uns minutos do centro, justo detrás do moderno bairro de Puerto Madero, encontra-se Reserva Ecológica Costaneira Sul. Seus 350 hectares protegidas são o lar de 250 espécies de aves. Caracteriza-se por ter sido criada artificialmente a partir de terrenos próximos ao rio, com a missão de se transformar no hábitat idôneo para aves aquáticas como os macas, anhingas, mirasoles, barzas, colhereiros, flamingos, patos, cisnes e galinhas de água de pescoço negro, jaçanã, maçaricos, pitotos, gaivotas. Entre a vegetação que você vai encontrar papagaios, cucos, pirinchos, pombas, maçaricos, beija-flores, padeiros e inclusive três espécies de João de barro. Como também, águias, falcões, corujas e chimangos são vistos com facilidade. Enquanto a flora, grande parte da área está coberta pelo cortaderal, uma pastagem que comumente se conhece como “rabo de raposa”. Também há entornos de mangues, com ciclos de seca e inundação. Outra seção contém bosques de árvores exóticas. Nos bancos de areia cresce o junco, que contribui para retardar o efeito erosivo da água. Entre os arbustos destacam a acácia, a murta e o pau amarelo. NOTA DE CAPA - MATE POR MARYSOL ANTÓN FOTOS: BB TESIO O mundo da Sandra Decidida e coerente, Sandra Mihanovich ostenta mais de três décadas como expoente da canção argentina. Com uma voz privilegiada, um caráter decidido e o sorriso sempre a ponto de aparecer, deu personalidade a melodias que hão acompanhado a várias gerações. NOTA DE CAPA - MATE T inha visto-a infinitas vezes, e nem falar de quantas vezes escutei a sua voz. Sua fisionomia não me era alheia, mas a calidez do seu olhar no encontro cara a cara, me surpreendeu. Totalmente receptiva, os olhos deixam claro que o mundo interno de Sandra Mihanovich é um componente essencial para que esta artista seja um ícone da canção argentina. Natural, desenvolta, atriz, cantora, hoje se mostra agradecida e vai à busca de novos desafios. -Está a ponto de interpretar tango por primeira vez? -Estou preparando o show. Já tenho 38 anos cantando e 20 discos gravados. Tempo atrás, quando gravei o número 19, com as canções de Eladia Blázquez, senti que meu argentinismo se acomodava de um modo particular. Adoro Eladia, a admiro, e desde aí é que me animei a incursionar no tango. Antes, tive convites para tocar com a orquestra Filiberto e também em uma homenagem a Carlos Gardel, em 1995, mas agora estou em uma transição. Em conversas com amigas pensei que era momento de fazer algo distinto: cantar tangos, mas desde Sandra. É um trabalho onde não tenho estado ensaio e o disfruto. Os tangos tem uma letra sutil, te crava 200 punhais quando os senti. Por isso se fosse o tempo inteiro, não sei se o suportaria, porque cada vez que volta a interpretá-lo, é mais dolorosa que a anterior. -Como foi o processo de acomodar seu argentinismo? -Passou com as canções da Eladia, porque ela fala de nós. Sou uma cantora argentina, não tenho dúvidas do que somos e do que o sou. E mais, vou fazer Sou o que sou em ritmo de tango, muda a onda, fica divertida. -Em que se sente argentina? -Em tudo, tanto nos defeitos como nas virtudes. Acho que temos um país maravilhoso e necessitamos aprender muitas coisas para sobreviver, para nos mantermos em pé. Se tem algo que não podemos perder é nossa capacidade de assombro, sempre pode acontecer algo impensado, como que os bancos fiquem com a sua poupança e não te deixe tirar. Isso aconteceu e nos acomodamos. E está bem, porque de algum jeito te gera a capacidade de adaptação. Também somos todos um pouco de cada ofício, e isso às vezes nos gera bronca e outra, alegrias. Sinto que estamos aprendendo a funcionar como equipe: não por nada temos seleções em boas posições no ranking em muitos esportes. A Argentina 2014 é bastante evoluída. A balança tem muitas coisas boas; prefiro ser sempre otimista. -O que acontece/sente quando canta no exterior? Se sente representante do seu país? -Claro, o levo no meu jeito de sentir: vê o mundo e se sente mais argentina. Na Europa, por exemplo, sente o peso da história; quando vai aos “ Sinto que estamos aprendendo a funcionar como equipe: não por nada temos seleções em boas posições no ranking em muitos esportes. A Argentina 2014 é bastante evoluída. " NOTA DE CAPA - MATE “ A música é algo espontâneo, visceral, forma parte dos momentos de cada um. Com música festejamos, choramos, dançamos, sonhamos, nos apaixonamos, nos desapaixonamos. " Estados Unidos vê que são os reis do conforto e do consumo, que nos hão ensinado que o importante é consumir mais e esse livreto o aprendemos bem. Mas, quando cresce, isso muda e compreende que o que tem valor é o tempo e a capacidade de desfrutá-lo. -Te escuto e inevitavelmente penso na doação de órgãos (ver recuadro). -Foi algo surpreendente, o administramos com absoluta privacidade. Ficaram sabendo da notícia, mas não era a primeira vez que um paciente recebia um órgão de um doador vivo, ainda que evidentemente gerou notoriedade porque se tratava de mim. É um tema que me faz feliz, principalmente porque estamos as duas estamos super bem. Eu não tomo nada de medicamentos. Além disso, se formou uma campanha espontânea a favor da doação, as pessoas o viveram como uma boa notícia. É um tema fundamental, há mais de 7000 pessoas esperando essa oportunidade também há mitos por derrubar, muitos medos ainda tem que ser superados. As pessoas devem saber a importância da doação. O momento complicado é o de entregar o interior do ser querido logo depois da sua morte, por isso as famílias devem saber da decisão de ser doador. Desde que isto aconteceu me transformei em uma espécie de porta-voz. Como foi o processo de tomar a decisão? -Quando vimos à saúde dos Sonsoles se deteriorava era óbvio que ia necessitar de um segundo transplante, e sabia que em seu grupo familiar não havia doador, assim que me perguntei: “será que tenho que ser eu?” Então fizemos as provas de compatibilidade e o resultado foi uma compatibilidade como a de uma mãe e filha. Só nos diferencia que ela é de River e eu de Boca. (times do futebol Argentino). A justiça também se comportou de maneira impecável: foi rápida e não pulamos nenhuma etapa. -Por que a notícia impactou tanto a sociedade? - Dá credibilidade que tenha NA AgeNDA Além do espetáculo de tango, Sandra já se prepara para se apresentar, em Mar del Plata, e a fins de outubro brindará um show, junto a Alejandro Lerner, no teatro Opera Allianz. “Conhecemo-nos fazendo “Aqui não podemos fazê-lo” e desde então é meu irmão musical, mas nunca havíamos feito um show juntos, cada um colaborou nos shows do outro com participações especiais”. NOTA DE CAPA - MATE “ Me hão catalogado de mulher valente, mas acho que é o que me sai naturalmente. Não sei se sou valente, mas sim consequente. Não digo uma coisa e faço outra, e isso as pessoas valorizam." acontecido comigo: pus o corpo e isso é uma certeza. No meu caso vivi como algo natural, depois de um mês já estava cantando. -Você se sente uma representante da canção argentina? -As pessoas têm elegido minhas canções e sinto que formo parte das suas histórias. A música é algo espontâneo, visceral, forma parte dos momentos de cada um. Com música festejamos, choramos, dançamos, sonhamos, nos apaixonamos, nos desapaixonamos. Sim, sinto que através de todos estes anos pude adquirir identidade como cantora, que tenho um estilo próprio e que tem muitas canções com as que o público foi se adaptando. -Nisto de que tem sempre que fazer mais, também se animou a atuar. -Isso foi por Alejandro Doria. Animei-me a atuação desde a cantora e intérprete. É uma atividade que comecei a disfrutar depois de haver feito nos 90 um espetáculo infantil com canções de Maria Elena Walsh. Aos 20, um pouco o sofria. - Sempre se arriscou? É doadora, prova estilos, atua… -Sinto vou e faço. Me dou bem agindo assim. Me hão catalogado de mulher valente, mas acho que é o que me sai naturalmente. Não sei se sou valente, mas sim consequente. Não digo uma coisa e faço outra, e isso as pessoas valorizam. O mundo da Sandra, o mundo segundo Sandra, onde a identidade e o tempo são os principais valores. TOMA 10 PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA Durante a última Copa do Mundo, o Brasil ficou lotado de argentinos. Com ou sem entrada, animaram-se a ir e viver a festa até o final irradiando nossa idiossincrasia. Pablo Elías Nosso mundial TOMA 10 PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA Miles de torcedores argentinos chegou ao Brasil para estar na Copa do Mundo. A praia de Copacabana foi clave para diminuir os gastos do hotel. TOMA 10 PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA Torcedores jujeños cruzaram o Brasil de ônibus equipado para a aventura da Copa do Mundo. O boulevard da Av. Atlântica na praia de Copacabana do Rio de Janeiro foi sede oficial da previa para a banda de El Capo del Norte. TOMA 10 PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA + Info: peliasphotos.blogspot.com TOMA 10 No primeiro jogo da seleção (contra a Bósnia), um correntino (pessoa que nasceu em Corrientes) talhou uma reprodução da Copa da FIFA ao redor do estádio Maracanã. Não fiz para juntar dinheiro, senão “para dar esperança aos torcedores argentinos”, disse. ÁLBUM DE FIGURINHAS A inda é de noite. A cama se abre como um casulo que esteve de repouso todo o inverno e deixa sair o calor noturno. Bocejo. Tiros as remelas e me penteio mal com o pente de cor âmbar recém-molhado. Carrego a mochila. Abotoo o guarda pó de forma irregular e, enquanto recorro o quarto para checar que nada necessário tenha sido esquecido, percebo de que sim, estava me esquecendo de algo. O mais importante o que ia dar sentido ao resto do dia repartido em dois recreios. Essa torre babilônica de imagens. Esse maço gigante das “repetidas”. Amanhece. À medida que vou caminhando os quarteirões que separam minha casa da escola, o céu vai clareando e o nariz, avermelhado pelo frio. O vento e os galhos sem folhas que se movem me obrigam a botar as mãos nos bolsos, repletos de figurinhas, fazendo que o cheiro da cola, tinta e papel fiquem por várias horas na pele. Escuto o sinal de longe, e as lajotas parecem temer por Agora lembro que esse mês o meu objetivo eram três dinossauros para completar a página dupla das transparentes. O triceratops estava super difícil e não queria aparecer em nenhum envelope. Um par de super-heróis sem importância e muitos monstros de um álbum de terror, tampouco. Absolutamente nenhuma estava colada em uma página que mais parecia um deserto por causa do azar. “Ei cabeção diz meu companheiro Paulo - olha o que eu consegui”. Ele estava juntando o especial duplo dos Falcões Galácticos e os Thundercats. Não figuravam entre meus favoritos, mas tinha que reconhecer o fino trabalho da cromada que meu amigo havia conseguido. “Terminou me dizendo que custaram 15 do Dragon Ball Z”, agitado pela felicidade. Paulo começou a dizer algo, mas o interromperam três meninos de outras séries menores que a nossa que tinham ficado sabendo de que ele tinha muitas de todas, e, principalmente, das séries japonesas. Bolsillos Bolsos Repletos cheios selvagens contra paredes descascadas, com e amigos Entre"“Entre salvajes patios,pátios, contra paredes descascaradas, con rivais rivalescasuais casuales y eternos,en emcada cadageneración geração a juventude argentina criou uma que passou a amigos eternos, la juventud argentina creóarte un arte que pasó a formarformar parteparte de lada cultura popular: coleccionar figuritas. cultura popular: colecionar figurinhas”. Por Sebastián Pérez Callegari De Sebastián Pérez Callegari meu estrépito sapateio e o de centos de crianças que estamos chegando tarde. A eles e a mim a corrida nos resulta difícil pela apreciada carga que levamos nos bolsos para a troca. A professora disse algo incompreensível. Algo sobre os principais rios da Europa e sobre um bilhete que ia mandar para os nossos pais: nada importa. De novo o sinal, mas desta vez mais forte, mais emocionante. A adrenalina sobe e os olhares cumplices viajam de pupila a pupila. Alguns fechando tratos já estabelecidos; outros cheios de expectativas. A professora abre a porta. Todas as suas companheiras nas outras salas a imitam e começa avalanche. Meu lugar geralmente é uma esquina, entre a janela do 5º“B” e a porta do 3º “A”. Desde esse lugar é possível ver todo o pátio e, por haver rondado a mesma zona nos últimos dois anos, vários companheiros sabem onde me encontrar. Langelotti, Cornaccioli e Gonzalo Blanco eram os futebolistas. Eles só se concentravam no Encerramento, na Abertura, nas Copas do Mundo e, unicamente em toda a linha de base da seleção brasileira. Ronaldo, Rivaldo, Roberto Carlos, Cafu e Taffarel. Olhavam de rabo de olho as minhas e eu ria e sabia que não tinham ideia da dimensão do que era colecionar de verdade, o lindo que é. Quando um coleciona, principalmente no caso das figurinhas, deve ter uma memória privilegiada para distinguir em poucos segundos, enquanto as imagens passam rapidamente entre os dedos dos companheiros, quais figurinhas precisam para seguir completando o álbum. Agora, ciências naturais. A fotossíntese de ponta a ponta. Paulo dois bancos na minha frente ainda continua apreciando a cromada e várias mais que ganhou. Teve uma excelente manhã e parece que se continua assim, termina o álbum. “Gutiérrez deixe isso”, grita secamente a professora. Bronca injusta. Ela não sabe o que significa ter A Cromada. Mas eu sabia e que se continuava provando a sua sorte, corria o risco de perdê-la para sempre na bolsa violeta de couro da mais adulta da classe. Acho que nesse, momento, todos pensaram: “guarde-a tonto”. Tenho certeza que ele recebeu a mensagem telepaticamente, porque, pálido, guardou-a imediatamente no bolso do coração. SEGUNDA OPORTUNIDADE Termino de copiar e 15 segundos depois toca o sinal de novo. Pego novamente a pilhona saio mais decidido, ainda que intimamente me conforme com algum dos super-heróis de segunda: Os Gêmeos Fantásticos, o Lanterna Verde. Miles de guarda-pós brancos vai e vem. Sánguches (como todos dizem), grupos brincando de pula sela, carrinhos e, gritos, muitos gritos, é tudo o que se vê. De repente um alarido estridente modifica o cenário do pátio. Ao gordo Morales, outro companheiro, bom, grandalhão, acaba de cair seu principal maço, onde tem muitas figurinhas de carro, futebol e avião. Como um viking, começa a brandir seus longos braços para evitar que venham por cima dele trinta e cinco meninos. Sigo caminhando e vejo que dois ou três meninos com o guarda-pó pintado e escrito, trocam algumas, quase em segredo. Meninos maiores, meninos da sétima. Tem que ser muito corajoso para se aventurar e correr risco de trocar figurinhas com um grandalhão: são mais rápidos, mais fortes… E, além disso, tem algo que o resto das outras séries não: as raras. E não só as difíceis, também as “extravagantes”, de anos anteriores por serem mais velhas. Então tento a sorte e me aproximo. Como um relâmpago vejo a um dos X-MEN entre seus maços e o meu coração dispara. Ninguém da minha série as junta. Nem todos gostam desses super-heróis mutantes. Mais o grandalhão gosta. Tinha três meses que eu vinha completando o álbum e só faltava uma. Uma só do álbum mais raro que tinha tido. Faltava uma do Magneto. Não era a mais linda, nem a com melhor desenho. Nem sequer uma importante, era a parte final de uma perna que, junto com as outras cinco, formava uma página inteira composta por duas colunas verticais de três figurinhas cada uma. Mas era a difícil. Era “a minha difícil”. Era a que me faltava para completar o álbum. Então, todos ficaram quietos. Um me pergunta o que tenho. Nervoso, mostro três maços. O ruivo com aparelhos do meio me diz, sorridente: “Ché, não sabia que você tinha X-MEN, cara quero ver”. Mordeu a isca! Tinha visto bem e as palpitações me retumbam nos ouvidos. Bate, bate, bate, bate. Bate, parece ser a única palavra que o menino conhece. Tenho as mãos molhadas e as figurinhas começam a se ondular por causa da umidade. Passo 35 e nenhuma delas me interessam. Mostra interesse, mas não me detém nunca. Fico olhando fixo para ele e toca o sinal. Não tinha podido ver o que ele tinha e os amigos dele batem suavemente no braço e lhe dizem: “Vamos Marcos”. Vamos Marcos. Que? Vamos? Onde? Tinha vontade de gritar, mas apenas posso emitir tremendo: “Posso ver o que você tem?” Fastidioso vira e me diz: “pode, mas rápido”. As passava até de três em três. Outras nem via. As professoras se assomam gritando aos atrasados para que entrem e entendo que meu tempo se esgota. E de repente aparece. Ali está: violeta e vermelha. Uma bota e um joelho. Ali está a perna do Magneto que me falta. Grito. Me engasgo. E grito de novo: “ESSA! PARA!” NEM bola, nem nenhum código. Me olha como olhavam os grandalhões e me diz: “bom, todas”. Queria todos os maços. Duvido uns segundos, mas a do Damocles é importante e não posso deixar a oportunidade passar. Uma professora grita meu nome, outra o do Marcos. Um pouco mais tarde, meu avô me trás torrada com chá e leite. Sempre ficava com eles até que minha mãe voltava do trabalho para me buscar. Ele sorri e me pregunta: “te trago uma caneta?” Devolvo o sorriso e agradeço. Com a azul na mão, abro a última página do álbum e risco a que estava faltando. A da perna do Magneto. NO ENVELOPE Protagonista das páginas menos destacadas do futebol argentino, Eber Ludueña lembra quando e porque formou parte de um álbum de figurinhas. - Que álbuns de figurinhas você colecionou? - Colecionei todos das Copas do Mundo, desde 70 até agora, sempre tentando ver se em algum eu aparecia. Guardava a secreta ilusão de ficar sabendo que ia jogar uma Copa do Mundo pelas figurinhas, ou aparecer, por engano, no lugar do Hacha Ludueña. Mas não. Meu favorito é o da Itália de 90, A última Copa do Mundo romântica, com shorts curtinhos, muitos jogadores com bigodes, muitos cabelos cacheados rebeldes. Uma Copa do Mundo com glamour. - Que figurinha você lembra ter sido a mais difícil de conseguir? - A do Carrascosa da Copa do Mundo de 74. E das últimas, a do Schweinsteiger, do difícil que é pronunciar. Faltava essa, fui ao parque Rivadavia trocar, e não pude. Não porque ninguém tinha, senão porque não conseguia pronunciar o nome. Muito difícil. -Alguma vez você foi figurinha? -Fui, iam fazer figurinha de famosos e eu estava na página das atrizes. Aparecia de mão dada com a Laura Bove. Mas houve uma confusão com a Silvia Peyrou, porque o da Laura foi algo passageiro. Mas como de tanto em tanto tinha que trocar a imagem o projeto não saiu. -Quando você era criança brincava de figurinha? De que? - Sim! Brincava de bater figurinha, ao ponto e ao espelhinho com as figurinhas de papelão e as de chapa. Como no futebol, era muito limitado. Saiam bolhas na palma das mãos de jogar com tanta violência. Mas um dia consegui: joguei com as figurinhas de chapa e fiz com que se dessem volta. Ainda hoje, aos 35 anos daquela façanha tenho um amigo que sempre me faz lembrar. Eber Ludueña impulso IMPULSO ENCONTRO Argentina tem sua casa em SAO PAULO A Casa Argentina no Brasil tem como objetivo fomentar a promoção da Argentina nesse país. Funciona como um espaço de encontro, um centro permanente de promoção turística, comercial, industrial e cultural. E ste multe espaço permitirá desenvolver atividades que demonstrem o potencial turístico da Argentina. Desta maneira, se poderão otimizar recursos materiais e humanos, e concentrar em um só lugar a presença argentina em São Paulo. Para desenvolver estas ações se restaurou uma casa de estilo – de 1.500 m2, estrategicamente localizada no coração de São Paulo– no bairro dos jardins, com instalações modernas e equipamentos avançados. A casa possui um auditório para 400 pessoas, salão de eventos, salas para reuniões e um restaurante. O ministro de Turismo da Nação e presidente do INPROTUR, Enrique Meyer, destacou: “O Brasil é um mercado importantíssimo para o setor turístico da Argentina e seu aporte a economia nacional. Com os olhos postos nessa irmandade hoje elegemos destacar a alegria de continuar abrindo portas, como as desta casa, nesta América Latina vital, valente e inclusiva”. A casa conta com um espaço gourmet especialmente desenhado para mais de 60 comensais. Acompanha o Wine Bar representativo “Terra de Vinhos”; ambos são um complemento ideal para apoiar nossa tarefa de promoção. Na Casa Argentina também é possível organizar semanas gastronômicas onde podem ser exibidas as delícias das diferentes regiões da Argentina e catas de vinhos realizadas por reconhecidos sommeliers que provocaram encontros inesquecíveis para suas ações de difusão. Os salões para eventos oferecem alternativas para a organização de eventos promocionais de alto impacto para o trade turístico e o público em geral. Shows artísticos de tango e folclore, acompanhados por coquetéis ou degustações de queijos e vinhos, com capacidade para 400 pessoas, transformam cada encontro em alternativas que o mercado turístico brasileiro busca e elege. Suas diferentes configurações também permitem encontros de treinamento, com espaço para mais de 300 participantes, e se a proposta for culinária poderão desfrutar do encontro 220 comensais comodamente sentados. Deste modo a casa se apresenta como um espaço único desde que se buscará afiançar os laços de irmandade com o país vizinho e continuar consolidando os trabalhos promocionais relacionadas à matéria turística para convidar todos os brasileiros para que conheçam cada uma das maravilhas argentinas. NEVE NA ARGENTINA Propostas para toda a família em entornos fascinantes permitem desfrutar do manto frio e branco sobre esqui, snowboard, raquetes de neve, trenós e muito mais. A rgentina iniciou sua temporada de inverno com a oferta turística de neve em cada um dos centros de inverno ao longo do país. Os parques se distribuem ao longo das províncias de Mendoza, Neuquén, Rio Negro, Chubut, Santa Cruz e Terra do Fogo. Alguns estão localizados entre os picos mais altos da América, enquanto outros se formam próximo de bosques e lagos, de pitorescas localidades ou de algumas das cidades mais bonitas do sul argentino. Todos oferecem variedade de experiências gastronômicas e culturais que se combinam perfeitamente com as atividades das montanhas. A Argentina possui oito importantes centros de esqui, localizados em entornos naturais de grande beleza e com uma infraestrutura de primeiro nível. Em cada um deles é possível praticar esqui e snowboard em todas as suas variações, ou realizar as mais diversas atividades recreativas. Com excelentes serviços – que incluem instrutores profissionais para aprender ou aperfeiçoar técnicas, aluguel e conserto de equipamentos, escolas para crianças e creches –, os centros complementam sua oferta com hospedagens e gastronomia. Visitá-los garante uma experiência intensa aproveitada pela família inteira. No entanto, a temporada de inverno não se baseia somente nas atividades nos centros de inverno. A oferta de turismo conta com uma grande quantidade de experiências que todos aqueles que visitem cada um dos destinos poderão realizar, combinando-as com dias de pura ação na neve. A gastronomia de cada um dos lugares talvez seja um dos atrativos mais destacados. No “Fim do Mundo”, deliciarem-se de exclusivos defumados, intensos frutos do mar, verduras orgânicas, doces tentações e deliciosos jantares são algumas das opções. Na região de Cuyo, recorrer as Rotas do Vinho e degustar alguns dentre todas as excepcionais variedades de cada uma das suas regiões é uma experiência impossível de repetir. Visitar também algumas das melhores chocolatarias do país, restaurantes, defumados e cervejarias na Patagônia resultam imperdíveis. Para aqueles que buscam a aventura mais além do esqui ou o snowboard, a Argentina também apresenta uma grande quantidade de possibilidades para desfrutar em família, com amigos ou sozinho. Subir em um recorrido histórico a bordo de “La Trochita” ou do “Trem do Fim do Mundo”, passear em trenós puxados por cachorros ou realizar cavalgatas nas brancas paisagens repletas de neve são algumas das opções mais destacadas. PARQUES DE NEVE Aos que não se animam a praticar esqui e querem desfrutar da neve a argentina conta com uma grande quantidade de parques de neve onde toda a família poderá realizar atividades recreativas como caminhar em raquetes, fazer passeios em trenós puxados por cachorros, travessias em motos de neve, esqui andino e aventuras em 4x4. Alguns dos centros mais destacados são os Puquios e Vallecitos, em Mendoza; Batea Mahuida y Primeros Pinos, en Neuquén; Baguales, em Rio Negro; Calafate Mountain Park, em Santa Cruz; Haruwen, Solar del Bosque, Tierra Mayor, Llanos del Castor, Valle de Lobos e Valle Hermoso, em Terra de Fogo. Mais informação sobre os parques de neve em: + Info: www.bit.ly/parquesnieve IMPULSO Centros de esqui NEVE PENITENTES LAS LEÑAS CAVIAHUE CHAPELCO Na província de Mendoza e a poucos quilômetros do Aconcágua, o pico mais alto da América, se encontra o centro de esqui Penitentes. Este possui 25 pistas com longitudes e desníveis. Nele é possível praticar esqui alpino, nórdico, de competição e extremo, com uma interessante alternativa fora de pista. Também snowboard, freestyle, freeride e extremo. Entre a oferta complementar destaca-se a pista de trenós e o parque de tobogãs para deslizar com boias. Além disso, no pé do cerro tem hospedarias, aluguel de equipamentos, roupa e acessórios e variadas opções gastronômicas, entre outros serviços. + Info: www.bit.ly/penitentestur No sul da cordilheira mendocina, a uns 80 quilômetros da cidade de Malargüe, encontra-se o complexo turístico da alta montanha “Las Leñas”. Este centro de esqui – um dos mais reconhecidos e tradicionais do país– conta com 30 pistas de todos os níveis, que se encontram numa imensa superfície de 17.500 hectares esquiáveis. Aqui se pode praticar heli-esqui, snowboard, moto de neve, esqui de travessia e circuito de raquetes. O Valle de Las Leñas possui hotéis de 5 a 3 estrelas, com acesso direto as pistas, uma pousada, serviço de transporte interno gratuito e uma variada oferta de estabelecimentos gastronômicos. + Info: www.bit.ly/lasleñastur Na província de Neuquén e aos pés do vulcão, a cordilheira patagônica abriga a Caviahue, um pequeno povoado de neve com apenas 900 habitantes, ideal para desfrutar e relaxar. Vinte e duas pistas, doze meios de elevação e mais de 325 hectares de superfície próprias para esquiar são algumas das características deste centro de esqui na qual os turistas também poderão ter aulas, alugar equipamentos, desfrutar de seus restaurantes e nos tempos livres aproveitar as termas vulcânicas mais destacadas do país. + Info: www.bit.ly/caviahuetur Situado nas proximidades de San Martín de los Andes, Chapelco Ski Resort é um dos maiores e mais tradicionais centros de esqui da Argentina. Está composto por 1.600 hectares aptos para esquiar, 27 quilômetros de pistas e 12 quilômetros para o esqui livre. Este centro de esportes invernais é ideal para as famílias pela variedade de pistas que oferece para todos os níveis. Onde funcionam escolas de esqui e snowboard, com 200 instrutores altamente capacitados, que propõem aulas individuais ou grupais de esqui alpino, snowboard, telemark, snowboard. Na hora de descansar, Chapelco conta com múltiplos paradores com uma oferta de gastronomia que contempla desde comidas rápidas até elaborados pratos da cozinha regional patagônica. + Info: www.bit.ly/chapelctur A nove quilômetros da lindíssima Villa La Angostura, na província de Neuquén, Cerro Bayo é um Centro de Esqui Boutique, de alto desempenho, que se orgulha de ter uma das melhores pistas do mundo. Vinte e cinco pistas, dezesseis meios de elevação e mais de 280 hectares de superfície própria para esquiar fazem de Cerro Bayo uma proposta que não pode ser melhor para desfrutar da neve num entorno sofisticado e exclusivo. Obviamente que acompanham a proposta atividades gastronômicas e esportivas ideais para aproveitar ao máximo, entre as que se destacam Chef en altura e as competições Snow Polo e Rugby Xtreme. + Info: www.bit.ly/cbayotur CERRO CATEDRAL No Parque Nacional Nahuel Huapi e a 20 quilômetros da cidade de San Carlos de Bariloche, ponto iniludível e epicentro turístico da Patagônia argentina, encontra-se o Cerro Catedral, o primeiro centro de esqui do país e o mais desenvolvido da América do Sul. A metade dos 1.200 hectares do Cerro Catedral está surcado por mais de 60 pistas e caminhos que abrangem 120 quilômetros de percurso, enquanto a outra metade está composta por florestas, canhadas e espetaculares pendentes para a prática do freeride fora de pista. O Cerro conta com dezenove paradores distribuídos por toda a montanha, que oferecem uma ampla variedade de propostas para descansar e recuperar energias. A base do cerro é a mais equipada e desenvolvida da América do Sul, pois conta com mais de 7000 cama e todos os serviços necessários para que as jornadas na neve sejam uma experiência muito satisfatória. + Info: www.bit.ly/ccatedral LA HOYA A treze quilômetros da cidade de Esquel, o centro de esqui La Hoya está envolvido em uma paisagem de florestas, lagos e rios de excepcional beleza. La Hoya é ideal para desfrutar em família e viver jornadas de puro prazer. Com um desenho natural que protege as pistas do sol, La Hoya se encontra em uma zona de abundantes nevadas, o que permite que a temporada se estenda até meados do mês de outubro. Entre os serviços oferecidos, podemos mencionar a escola de esqui e snowboard para adultos e crianças, aluguel de equipamentos, creche infantil, caminhadas com raquetes e variada oferta gastronômica. + Info: www.bit.ly/lahoyatur CERRO CASTOR Situado a 26 quilômetros da cidade de Ushuaia, Cerro Castor é o centro de esqui mais austral do mundo e o mais exclusivo da Argentina. Em seus 650 hectares esquiáveis, o Cerro Castor tem 31 pistas com diferentes níveis de dificuldade, muitas delas homologadas pela Federação Internacional de Esqui (FIS), o torna Cerro Castor um lugar ideal para competições nacionais e internacionais. Além de ter snowpark. No Cerro há uma interessante oferta gastronômica, com seis estabelecimentos situados em diversas alturas na ladeira do cerro. Pode-se eleger entre opções de comidas rápidas até os mais sofisticados pratos da cozinha local. + Info: www.bit.ly/ccastortur http://nieve.argentina.travel CERRO BAYO IMPULSO O trabalho de divulgar a Argentina O Secretário Executivo do INPROTUR, Roberto Palais, conta os detalhes sobre o trabalho que é realizado para posicionar turisticamente a Argentina no mundo e consolidar a chegada de visitantes ao nosso país. As campanhas de divulgação, os trabalhos online, o esforço em conjunto com o setor privado e os lineamentos do Plano de Marketing ConectAR são alguns dos eixos da comunicação turística. - Que função cumpre o Inprotur no setor turístico argentino? - O INPROTUR nasce com o objetivo de profissionalizar a divulgação turística argentina no exterior e afiançar o posicionamento do nosso país no mundo. O trabalho começado há mais de dez anos pelo Ministro de Turismo da Nação e Presidente do INPROTUR, Enrique Meyer, marcou um antes e um depois para o setor na Argentina. O trabalho em conjunto entre todas as partes que conformam o setor sejam privados, públicos e de cada um dos estados (cada uma das províncias), são o eixo central de uma gestão que há conseguido fazer do turismo algo que nunca havia sucedido, posicionando-o como uma política de estado. O INPROTUR nasce como o produto deste trabalho constantemente associado ao setor privado, no qual as partes entendam que a indústria turística requer do esforço e do trabalho de todos para sua consolidação , e que a divulgação do nosso país no mundo é uma parte vital para seu desenvolvimento. A importância que o setor turístico começou a representar para o desenvol- vimento econômico do nosso país teve como consequência a necessidade de profissionalizar a promoção da oferta turística argentina no mundo, com o objetivo de que seja possível conhecer cada um dos atrativos que nosso país tem para oferecer, somados a diversidade e qualidade dos seus serviços turísticos. Este é o objetivo central e a meta do nosso trabalho no INPROTUR. - Que ações estão sendo realizadas durante 2014 em quanto a divulgam? - Um dos pontos destacados na divulgação deste ano é o desenvolvimento e a implementação da nova campanha “Argentina, por vos”. Decidimos terminar com o uso da exitosa campanha que há recorrido o mundo “Argentina late com vos” e afiançar nossos trabalhos de promoção através de uma nova estratégia que busca vender o nosso país como um destino de experiências. Desta forma “Argentina, por vos” propõe aos turistas diagramar sua própria viagem a partir das mais de 200 experiências desenhadas especialmente em cada região e destino do nosso país. Recorrer suas maravilhas naturais, desfrutar dos vinhos e da autentica gastronomia argentina, viver experiências de aventura e planejar um viagem em família, com amigos, em grupo ou sozinho. Nosso objetivo desde o INPROTUR é que todos conheçam cada uma dessas maravilhosas experiências que fazem da Argentina um país único e para conseguir nos apoiaremos em distintas estratégias, todas alinhadas em um Plano de Marketing Internacional ConectAR. A presença na Internet e nas redes sociais talvez seja uma das ferramentas vitais através das quais um país pode trabalhar vinculado a divulgação. A importância que hoje em dia tem para um viajante a informação que recebe desde a web é chave na hora de definir uma viagem. É por isto que desde o INPROTUR se trabalhou para desenvolver uma página web na qual os turistas poderão encontrar mais de 200 experiências desenhadas para recorrer nosso país e conhecer cada uma das suas atrações. A participação em feiras de turismo ao redor do mundo, a organização de workshops, treinamentos, seminários e ateliês em diferentes destinos e a consolidação da oferta turística argentina, através de distintos produtos e tipologias turísticas, ajudam a continuar realizando este trabalho. O país há incrementado substancialmente as ações promocionais no mundo a partir da criação do INPROTUR, conseguindo deste modo aumentar notoriamente a chegada de turistas do mundo todo. Desde o ano 2009 se tem produzido máximos históricos na chegada de estrangeiros ao nosso país através do Aeroporto Internacional de Ezeiza e o Aeroparque Metropolitano Jorge Newbery. Quais acredita que são os principais pontos para fortalecer a divulgação? -Estamos convencidos de que a importância que tem a divulgação através da Internet é uma das chaves. Atualmente, os turistas utilizam a rede para manter informações sobre os destinos, como chegar a eles, que atividades podem realizar, e conhecer a opinião de outros viajantes que tenham tido a oportunidade de conhecer o destino. É por isso que existe uma forte presença online, e brindar um canal de informação oficial através do qual os turistas possam solucionar todas as suas inquietudes, é de vital importância. Outro dos elementos que acreditamos ser fundamental é a realização de grandes eventos internacionais em nosso país. Ter concretado a chegada do Rally Dakar no ano 2009 nos permitiu promover o nosso país em centos de países e a milhões de telespectadores em uma época do ano na que não se realizam outros eventos esportivos. Em 2015 o Dakar terá sua sétima edição no nosso país e será uma nova oportunidade para mostrar o melhor do nosso ao mundo. O GPMoto é outro das grandes conquistas da gestão encabeçada pelo Ministro Meyer. A competição de motociclismo mais importante do mundo, GPMoto, é outro dos eventos internacionais que se realizam no nosso país desde 2014 e permite que a Argentina continue com o posicionamento e o desenvolvimento turismo. "A importância que hoje em dia tem para um viajante a informação que recebe desde a web é chave na hora de definir uma viagem. É por isto que desde o INPROTUR se trabalhou para desenvolver uma página web na qual os turistas poderão encontrar mais de 200 experiências desenhadas para recorrer nosso país e conhecer cada uma das suas atrações." IMPULSO Mikhail Baryshnikov, na terra do sol e o bom vinho. G raças ao trabalho do Ministério de Turismo da Nação, o Governo de Mendoza, através dos Ministérios de Turismo e Cultura, pôde concretar a transcendente visita de Mikhail Baryshnikov. Podia ser visto encantado de passear por esta bendita terra e, com uma enorme curiosidade, preguntou tudo sobre o bom vinho nacional. Mikhail Baryshnikov, genial bailarino e ator, esteve em Mendoza e realizou passeios vitivinícolas com uma palestra no Teatro Independência, onde compartilhou com o público etapas da sua vida em uma retrospectiva sobre sua carreira nos teatros mais importantes do mundo. “Na minha cidade (Letonia) ser bailarino clássico era um direito e uma obrigação. Lá, a dança é tão popular e parte da identidade de cada um como o futebol é para vocês”, sinalou o artista. O artista confessou ser um apaixonado desse esporte e do tango argentino, razão pela qual dá uma escapada por esses lados cada vez que seus compromissos o permitem. Mas também, como um amante e conhecedor do vinho. “Primeiro foi Borges e depois o tango os que me abriram a porta para conhecer a Argentina e a América Latina”, destacou Baryshnikov. Logo depois da sua passada pelo teatro Independência, Baryshnikov visitou a Bodega Séptima, onde recorreu às instalações e degustou vinhos de distintas bodegas mendocinas, junto a reconhecidos enólogos criadores como Pedro Rosell, Roberto de la Motta, Marcelo Peleretti e Paula Borgo. Sobre esta visita, Javier Espina, Ministro de Turismo de Mendoza, disse: “Conhecemos um artista muito simples, curioso e grande conhecedor do vinho que se elabora no mundo. E o fato de que Mikhail tenha feito um espaço na sua apertada agenda na Argentina para interiorizar-se sobre nosso turismo do vinho, nos faz sentir orgulhosos. Sabemos com certeza que agora contamos com um referente de imagem forte do vinho argentino”. Baryshnikov teve a oportunidade de degustar vinhos espumantes criados por Pedro Rosell, da bodega Cruzat (Cruzat Cuvee Reserve extra brut e Cruzat top 2006). De tanto que Paula Borgo, winemaker da Bodega Séptima, fez chegar ao bailarino russo às propostas do seu vinho espumante María Codorniu Brut Nature, Séptima Obra cabernet sauvignon e Séptima Gran Reserva 2011. O bailarino terminou a degustação com a Séptima colheita tardia. Marcelo Perelitti também foi da partida de sabores com que acolheu ao artista russo, com vinhos Linda Flor 2005 e 2002; e Roberto da Mota, com Semillon Mendel, La Gran Revancha 2011, e Mendel Finca Remota malbec 2010. Allí Misha (tal como o chamam no ambiente artístico) desfrutou de um cardápio de quatro passos, que constou de sopa de fungos como aperitivo e uma entrada composta por um prato típico feito com batata e carne moída conhecido como “pastel de papa”, provolone fundido em ferro com salada verde, bacon crocante e tomates confeitados, tudo marinado com vinho Semillon de Mendel Sétima Obra cabernet e La Revancha blend de Mendell. Depois, os comensais provaram o filet mignon croûte de ervas e verduras assadas junto a Séptima Gran Reserva, Linda Flor 2005 e Linda Flor 2002 de bodega Monteviejo de Marcelo Pelleritti. Finalmente, para a sobremesa Baryshnikov foi acolhido com maçãs assadas ao chardonnay com molho toffee e praliné de amêndoas com vinho colheita tardia de Gewurztraminer de Séptima e uma degustação de vinhos de Bodega Catena Zapata. A elaboração dos pratos e sabores argentinos, em um menu especialmente desenhado para a ocasião, esteve sob a responsabilidade de Graciela Isa, chef do Restaurante Maria, da própria Bodega Séptima. Depois do almoço, um casal de bailarinos mendocinos surpreendeu aos presentes com um espetacular tango ao som de “Adiós Nonino” e “La Comparsita”. ARGENTINA, TERRA DE VINHOS. De norte a sul ou de sul a norte, a Argentina é um lugar único no mundo para recorrer, surpreender-se e desfrutar de mais de 2400 quilômetros de montanhas, experimentando sabores associados ao vinho e do bom viver. Trata-se de um grande recorrido acompanhado por paisagens surpreendentes e alguns dos picos mais altos da Cordilheira dos Andes. A Argentina não só oferece impressionantes paisagens, como também a calidez com que compartilha sua cultura e tradição. Ao longo da Cordilheira dos Andes, o país alberga múltiplos lugares, cheios de aromas e sabores dos vinhos que se elaboram. O ano todo se vive experiências de turismo do vinho que são inesquecíveis e cheias de paixão, que combinam cultura, desfrute e sabores. Cada província apresenta uma paisagem que a identifica e tradições milenares que são a alma de cada povo. O itinerário, longe de ser linear, convida a passear por cada região para descobrir os segredos que lá guardam. Os visitantes vivenciam e participam de experiências em vinhedos, assim como das festas populares dedicadas ao vinho, a tradição e ao trabalho do ano todo. O Ministério de Turismo da Argentina, nove províncias e instituições que promovem o Vinho Argentino vem instrumentando um grande plano de marketing e desenvolvimento para o produto turístico “Turismo do Vinho”, que tanto a nível nacional como internacional se instrumenta sob a marca “Argentina, terra dos vinhos”; o realiza em uma plataforma de desenvolvimento com múltiplas ações: via pública, eventos relevantes, distribuição de panfletos merchandising e referentes ou “Embaixadores da experiência”. IMPULSO O INPROTUR amplia sua oferta online Foram apresentados seus novos mini sites promocionais do Turismo de Reuniões, Turismo Educativo e Neve. O objetivo destes sites especiais é afiançar a presença online da oferta turística argentina e brindar informação específica aos que desejam visitar o país, seja para realizar negócios ou uma viagem vinculada ao turismo invernal. Cada um dos mine sites responde esteticamente aos conceitos da campanha proposta pelo INPROTUR e plasmados na página web principal www.argentina.travel. A sua vez, contém informação específica de cada um dos produtos que permitam aos visitantes obter dados concretos em pró de planificar sua próxima estadia. TURISMO DE REUNIÕES www.argentina.travel/es/meetings O mini site de Turismo de Reuniões brinda informação sobre cada um dos destinos sede que oferece o nosso país, as instalações preparadas para a organização de congressos e eventos em cada região cidades da Argentina. Contém também depoimentos de personalidades vinculadas ao setor e incentivos turísticos que os visitantes podem encontrar nestas terras e que proporcionam um valor agregado a viagem de negócios. Também poderão encontrar dados sobre grandes congressos organizados na Argentina, eventos esportivos que se realizam anualmente e canais de contato direto com os referentes de cada setor em todos os estados (províncias). NEVE http:// nieve.argentina.travel O mini site de neve é apresentado junto ao começo da temporada de inverno do nosso país e conta com todos os dados necessários para que os turistas possam planejar sua viagem. Informação sobre os centros de esqui, parques de neve e atividades vinculadas ao turismo invernal são mostrada ao público em uma interfase inovadora e atraente. Além disso, o site provê informação sobre cada um dos serviços disponíveis nos centros de esqui e parques de neve, épocas do ano nas que funcionam, localização geográfica e formas de acesso a cada um deles. O site brinda dados sobre atividades relacionadas com cada um dos destinos, como a oferta gastronômica e cultural para que conheçam e possam aproveitar cada uma das possibilidades e experiências que a Argentina possui. TURISMO EDUCATIVO www.estudia.argentina.travel (em breve) O mini site de Turismo Educativo põe a disposição dos interessados em estudar na Argentina os dados das 120 universidades, centros de idiomas e escolas de espanhol que formam parte das possibilidades educativas do nosso país. A oferta de centros de idiomas e universidades completa um panorama decisivo para todos aqueles que estejam buscando um destino no qual se desenvolver e aperfeiçoar academicamente. Também oferece informação turística sobre cada um dos atrativos culturais e experiências turísticas que os estudantes possam desfrutar na região ou cidade em que decidam se capacitar. Os interessados também poderão realizar um teste de espanhol com o objetivo de determinar seus conhecimentos do idioma e poder empreender de melhor jeito sua busca em cada um dos centros de idiomas e instituições educativas certificadas pela Associação de Centros de Idiomas da Argentina (SEA). Para terminar, contam com os passos a seguir para poder se inscrever em algum curso. Com objetivo de celebrar a irmandade entre os povos da Argentina e do Brasil, o Ministério de Turismo da Nação, através do INPROTUR, organizou uma ação na que se iluminou o Cristo Redentor do Rio de Janeiro com as cores da Argentina e o Obelisco de Buenos Aires, com as do Brasil. Este foi o marco da “Campanha Fair Play”, proposta pela FIFA. A “troca das cores” do Cristo Redentor e do Obelisco teve como fim fortalecer os laços de fraternidade entre os dois países e incentivar o respeito e a camaradagem entre os jogadores, os juízes, os adversários e os torcedores. Sendo os dois ícones iluminados em forma simultânea. Aproveitando a Copa do Mundo, o desenvolvimento desta atividade surgiu do acordo entre o Instituto Nacional da Promoção Turística da Argentina e do Governo do Estado de Rio de Janeiro, com o fim de realizar ações de promoção na Argentina e no Brasil, para simbolizar a interação e a amizade entre ambas às nações. Cresce a chegada de turistas As cores da Argentina e Brasil ConectAR nas províncias Com uma série de reuniões no interior do país, se apresentaram os avances na aplicação do Plano de Marketing Internacional ConectAR 2012–2015. Os ateliês estiveram organizados pelo Ministério de Turismo da Nação através do INPROTUR, do Conselho Federal de Turismo e os órgãos de turismo de cada uma das províncias. Nos encontros, os Operadores Turísticos de cada uma das províncias obtiveram informação sobre os benefícios de participar de o Plano ConectAR e de como facilitar o trabalho aos que quiserem buscar dados no site www.argentina.travel. O Plano de Marketing Internacional ConectAR é a ferramenta central através da qual o INPROTUR busca posicionar a Argentina como um destino turístico de excelência mundial, sobre a base de estratégias promocionais para os turistas que desejam visitar nosso país. O Conecta 3000 – que forma parte do ConectAR– é uma base de dados de prestadores turísticos criada a partir dos ateliês realizados em 2013 e que se completará com a participação de ditos operadores nos encontros que estão sendo organizados este ano em todas as províncias. Cada um dos fornecedores, ao formar parte de Conecta 3000, pode anunciar sua oferta turística na web www.argentina.travel. Este ano já foram realizados encontros em La Pampa, Formosa, San Juan, Rio Negro e Neuquén e se prevê mais reuniões no resto do país. Estima-se que a chegada de turistas na Argentina no último ano cresceu 7,5%. Isto inclui as chegadas por todas as vias, e marca um forte incremento de viajantes procedentes do Brasil e Uruguai, via Ezeiza e Aeroparque. Segundo as estimativas da Pesquisa de Turismo Internacional (ETI), difundidas pelo Ministério de Turismo da Nação, os viajantes chegaram por todos os meios de transporte e o número de não residentes cresceram 16% no último mês de maio, em relação ao mesmo mês do último ano. No entanto, e sempre segundo a mesma fonte, a chegada de turistas desde o exterior via Ezeiza e Aeroparque, aumentaram 7,5 %. “O turismo receptivo, igual que o interno, segue fazendo um aporte contundente a economia nacional, gerando postos de trabalho e impulsando a atividade produtiva nas diversas regiões do país”, disse o ministro de Turismo da Nação, Enrique Meyer. Confrontando maio 2013/2014, surge que as chegadas desde o Brasil subiram 26,4% e os procedentes do Uruguai superaram 41,3%. Por outro lado, os dados informados pela ETI revelam que o turista permaneceu em média 11,5 dias na Argentina, com um gasto diário de 92,6 dólares. Durante os jogos que disputou a seleção Argentina na Copa do Mundo, foram convidados jornalistas e representantes do intercambio turístico do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e São Paulo os quais disfrutaram do jogo da Seleção e receberam, ao mesmo tempo, informação promocional sobre o nosso país. A ação teve como objetivo convidá-los para que compartilhassem uma jornada no marco dos quatro primeiros jogos que disputou a Argentina na Copa do Mundo. Lá lhes brindaram informações turística sobre nosso país a todos os interessados e se ofereceu um coquetel tipicamente argentino. O ministro de Turismo da Nação, Enrique Meyer, destacou: “A Copa do Mundo é uma grande oportunidade para que turistas do mundo todo possam conhecer nossas atrações e programar uma viagem ao nosso país”. Do mesmo modo ressaltou: “O Brasil é um dos mercados mais importantes para nosso país e é fundamental continuar trabalhando para que cada vez mais turistas brasileiros nos visitem”. O Mundial e a grande quantidade de turistas que recorreram às estradas e caminhos do Brasil, também foram uma oportunidade para a organização de uma campanha em via pública sobre a oferta de turismo de inverno da Argentina. Assim, se instalaram placas publicitárias em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. A campanha teve como objetivo remarcar a proximidade que existe entre os destinos do Brasil e Argentina, o que permite que os viajantes possam se deslocar via aérea em poucas horas desde seu destino até as localidades argentinas, que oferecem produtos vinculados ao turismo da neve. Rally Dakar 2015 O INPROTUR na Copa do Mundo IMPULSO O ministro de Turismo da nação, Enrique Meyer, junto ao Presidente Provisional do Senado, Gerardo Zamora, e o vice-governador da província de Santiago de Estero, José Emilio Neder, encabeçaram a apresentação do Rally Dakar 2015, que largará 4 de janeiro próximo desde a Plaza de Mayo de Buenos Aires. As Termas de Rio Hondo receberão a competição, por primeira vez em 15 de janeiro, no acampamento que se localizará no Autódromo Internacional dessa localidade santiaguenha. Meyer manifestou: “Nós argentinos estamos muito felizes em receber novamente o Dakar em nosso país e que a largada se realize frente à Casa do Governo, na Plaza de Mayo”. Além disso, ressaltou que “nesta oportunidade se incorpora uma nova província, como Santiago de Estero, e a cidade de Termas do Rio Hondo será o cenário privilegiado para hospedar a todos os competidores do Dakar”. “Esta nova edição do Dakar será mais competitiva, o que significa que os mais de 900 veículos participantes estarão no acampamento mais moderno e tecnológico da América do Sul”, resumiu Meyer. Durante a gira do Rally Dakar 2015, o Ministério de Turismo da Nação e Amaury Sport Organization apresentarão oficialmente a competição pelas províncias por onde passará a próxima edição. A gira começou na segunda, 30 de junho em Salta, continuou La Rioja, Termas de Rio Hondo e finalizou em Córdoba, San Juan e Rosário. De primeiro a três de janeiro próximo se realizarão as verificações técnicas e administrativas no prédio de Tecnópolis, na província de Buenos Aires. A largada simbólica será quatro de janeiro na Plaza de Mayo e o certame finalizará em 18, também na capital portenha. Durante a edição 2014, 3,9 milhões de espectadores seguiram o Dakar, dos quais 2,5 milhões vieram à competição na Argentina. A corrida foi transmitida a 190 países, com mais de 1.200 horas de difusão. Taste of London 2014 Turismo Médico no Uruguai O Ministério de Turismo da Nação, através do INPROTUR, apresentou por primeira vez no mercado uruguaio a oferta de turismo médico, com o objetivo de estabelecer alianças entre os profissionais de ambos os países para a derivação de pacientes internacionais. Da atividade participaram professionais da saúde, agencias de viajes e as maiores operadoras de turismo, quem receberam informação atualizada sobre as oportunidades de tratamentos ou práticas complementárias que os médicos podem oferecer a seus pacientes na Argentina. Nosso país possui grandes valores diferenciais com respeito a outros destinos que fomentam este tipo de comércio bilateral. Sua qualidade médica e tecnológica, e neste caso a proximidade com a República Oriental do Uruguai, fazem da Argentina um destino excelente. O Turismo Médico na Argentina há começado a se desenvolver conseguindo se destacar pela qualidade dos seus profissionais como também especificamente em cirurgia estética cosmética, cirurgia bariátrica, fertilidade, oftalmologia, odontologia, cardiologia, termalismo e bem estar. Durante a atividade estiveram presentes a coordenadora de Turismo Médico do INPROTUR, Graciela Mundielli; a agregada Comercial da Embaixada da Argentina em Montevideo, Andrea Rosconi; o gerente Geral das Aerolíneas Argentinas no Uruguai, Gustavo Carceglia; e o presidente da Câmara de Turismo do Uruguai, Fernando Cambón. Por sua parte, o secretário de Turismo da cidade de Rosário, Diego Paladini, apresentou a oferta do destino em matéria de saúde. Além do vice-presidente da Câmara de Instituições Argentinas para a Promoção da Saúde (CIAPSA) e Gerente Geral da Clínica Bazterrica, Alejandro Muñiz, ressaltou a importância da articulação do trabalho conjunto público-privado, e destacou as características do produto, ao mesmo tempo em que apresentou as instituições de saúde aos membros das Câmaras. O maior festival de comidas e bebidas do Reino Unido, Taste of London, reúne a mais de 200 expositores, restaurantes e marcas vinculadas a gastronomia do mundo. Nesta edição, participaram mais de 55.000 pessoas, e a Argentina esteve presente através do Ministério do Turismo da Nação com um stand localizado num lugar estratégico dentro da feira, denominado Taste of Argentina Gourmet” e organizado em três setores. O primeiro deles estava destinado a restaurantes argentinos estabelecidos em Londres. Este espaço contou com duas churrasqueiras e um forno profissional nos quais se prepararam as degustações dos quatro restaurantes participantes, “Constância Argentine Grill”, “Santa Maria do Sul”, “Buenos Aires Restaurante” e “Portenha”. Deste modo os assistentes puderam desfrutar de alguns dos pratos típicos de nosso país e conhecer mais de perto a cultura gastronômica argentina. O segundo espaço esteve dedicado à promoção venda e degustação dos vinhos argentinos, convocados por Wines of Argentina, A Embaixada argentina no Reino Unido, o INPROTUR e a Fundação ExportAr. Participaram quatro bodegas: Luigi Boca, Norton, Tapiz e Mevi. Cada uma preparou uma degustação dos seus vinhos mais destacados. O terceiro espaço foi reservado para a degustação, promoção e venda da “erva mate” (erva para chimarrão), mate cozido, doce de leite e alfajores por parte da importadora Building Bridges, largamente estabelecida no Reino Unido. Além disso, o stand argentino contou com shows de Tango e um espetáculo musical que atraíram uma grande quantidade de visitantes. O Ministério de Turismo da Nação através do INPROTUR organizou uma série de seminários nas cidades de Dresden, Leipzig e Hannover, na Alemanha, com o objetivo de que as pessoas conheçam os atrativos turísticos do nosso país. A atividade esteve dirigida aos agentes turísticos, agentes de viagens, representantes do setor e linhas aéreas. A ideia foi credenciar aos agentes de vendas dos pacotes turísticos para a Argentina sobre a diversidade de destinos e experiências que os visitantes podem disfrutar em nosso país. Durante as apresentações, os assistentes puderam conhecer a nova campanha promocional Argentina por Vos e as distintas ferramentas que o INPROTUR põe a disposição. Foram assistidos por mais de 150 pessoas das cidades que resultam estratégicas para a Argentina. Os seminários seguiram um esquema baseado em uma apresentação audiovisual da nova campanha Argentina por Vos. Durante a mesma, detalharamse os principais atrativos turísticos, deu-se a conhecer as novas infraestruturas e o incremento da conectividade aérea interna. Também se difundiram algumas das experiências únicas que o viajante pode encontrar no país, como a possibilidade de realizar caminhadas pelo glaciar Perito Moreno, encontrar com as baleias nos Mares do Sul ou passear baixo as Cataratas do Iguaçu. Turismo de Reuniões Seminários de capacitação sobre a Argentina IMPULSO Segundo dados do Observatório Econômico de Turismo de Reuniões, o setor gerou na Argentina mais de 18 bilhões de pesos durante 2013. Além disso, se contabilizaram 4.203 Congressos e Convenções, 505 Feiras e Exposições e 166 Eventos Esportivos Internacionais, que representam um total de mais de 17 milhões de participantes. A apresentação dos resultados foi encabeçada pelo ministro de Turismo da Nação, Enrique Meyer; o secretário Executivo do INPROTUR, Roberto Palais; o presidente da Associação Argentina de Organizadores e Fornecedores de Exposições, Congressos e Eventos (AOCA), Diego Gutiérrez; o vice-presidente da Câmara Argentina de Turismo, Fernando Gorbarán; o decano da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade de Buenos Aires, José Luis Giusti, e o vice-presidente da Câmara Argentina de Turismo, Fernando Gorbarán. Os destinos argentinos que se posicionam como os principais receptores de eventos são a Cidade de Buenos Aires, com 24%; e Córdoba, Mar del Plata, Mendoza, Rosário, Santa Fe, Salta, La Plata, San Miguel de Tucumán e Santiago del Estero, com 68% do total de reuniões identificadas no país. A partir de 2008, com o desenvolvimento e a instrumentação do Plano de Marketing Estratégico de Turismo de Reuniões do INPROTUR, a Argentina conseguiu um posicionamento internacional que a posiciona no posto 17º do Ranking Mundial de países sedes, com 223 eventos internacionais. WTCC 2014 Convênio com Wines of Argentina O acordo assinado entre o ministro de Turismo da Nação, Enrique Meyer, e a presidente do Wines of Argentina, Susana Balbo, busca aprimorar as ações de promoção internacional da marca e imagem dos vinhos locais, fazendo com que conheçam todas as regiões produtoras. Em um marco de colaboração recíproca, o convênio aponta a construção e consolidação da Marca País Argentina, assim como dos conceitos “Vinho Argentino” e “Argentina, terra de vinhos”. Entre os objetivos combinados, encontra-se a consolidação estratégica do país entre os principais exportadores de vinho do mundo e entre os líderes latinos americanos receptores de turismo internacional. Para ele, se seguirá promovendo internacionalmente o desenvolvimento e consumo de produtos simbólicos da Argentina e representativos da produção e cultura nacional. Para ele se organizou uma agenda de trabalho, que contempla ações, acontecimentos e eventos de cooperação conjunta. Durante a assinatura do acordo, Meyer e Balbo anunciaram a realização em São Paulo, Brasil, deArgentina Premium Tasting, que se realizará na Casa Argentina da dita cidade, em 16 e 17 de setembro. É a primeira vez que este evento, nascido e consolidado em Mendoza, terá caráter internacional, com a mira em um mercado estratégico para a Argentina. Durante o primeiro dia serão realizados diversos workshops e palestras, onde serão abordados e debatidos temas de interesse, tanto para a indústria como para a imprensa e os amantes do bom vinho. No segundo, se realizará o Tasting principal. Trata-se de uma grande cata a cegas – para mais de 140 pessoas–, dirigida por profissionais, na qual se degustarão os melhores exponentes da vitivinicultura argentina, segundo os críticos mais influentes do mundo. + Info: www.premiumtasting.com.ar | Twitter: @premiumTasting | Facebook: Premium Tasting Argentina O World Touring Car Championship é uma competição automobilística de velocidade, que se disputa com automóveis de turismo e que é organizada pela Federação Internacional de Automóvel (FIA). Este ano se realizará a segunda edição da competição em nosso país e contará com a participação do argentino José María López, quem se encontra liderando o campeonato mundial da categoria. O ministro de Turismo da Nação e presidente do INPROTUR, Enrique Meyer, encabeçou a apresentação da data argentina, que serão nos dias dois e três de agosto, nas Termas do Rio Hondo. “Estamos muito felizes de continuar recebendo eventos internacionais que nos permitem seguir posicionando-nos –destacou o Ministro Meyer –. O WTCC trata-se de uma nova e enorme oportunidade de promover o turismo no nosso país, já que permite a difusão das imagens do nosso território e da nossa gente. E isto, poderá posicionar a Argentina como destino turístico de nível internacional ante nada menos que 45 milhões de espectadores de 150 nações, e ante 30 milhões de leitores de 700 jornais do mundo todo”. Termas de Rio Hondo receberá três destacadas competições do esporte motor em menos de um ano: o GPMoto que se realizou em Abril, no WTCC que será realizado em agosto e o Rally Dakar, que terão aí seu acampamento em janeiro de 2015. Participarão também da apresentação o presidente do Automóvel Clube Argentino, Jorge Rosales; o subsecretário de Turismo de Santiago del Estero, Ricardo Sosa, e o diretor de Operações do Europsports Events, Francoise Ribeiro. NOSSA POR MARYSOL ANTÓN Para os argentinos é sinônimo de Mar del Plata; para os turistas, um dos símbolos da Argentina. Havanna conserva em seus alfajores uma parte do DNA que nos dá identidade. Irresistível tentação FOTOS SILVIA CAROZO Q ue tem mais de 35 anos seguramente lembra que era imperial ir até a costa atlântica para poder degustar um desses alfajores que sentíamos falta de verão a verão. Havia inclusive, os que traziam provisões para guardar nos armários da cozinha e assim poder esticar o prazer ao máximo possível. Hoje Havanna é uma marca que tem crescido que se instalou na vida cotidiana dos argentinos e que nos representa cruzando fronteiras. O produto é simples: uma tampa, recheio, outra tampa e uma cobertura. No entanto, como a maior parte das ordens da vida: tudo é mais do que a soma das partes. Na Argentina os alfajores são as gulosinas mais vendidas, os números garantem que é vendido dia a dia algo por volta de milhões de unidades em todo o país. “O êxito está no fato de que o consumidor o percebe como um prazer que pode ser permitido e que, além disso, o ajuda a enganar a fome”, diz Alan Aurich, gerente geral de Havanna. “Em nosso caso a premissa é jamais economizar em produto. Os alfajores continuam sendo feitos em Mar del Plata e desde lá exportamos a todos os locais, inclusive os da América Latina”, conta Aurich. Quase como a fórmula do famoso refrigerante cola, na fábrica garantem que o segredo do gosto distinto de Havanna está na massa. É um sabor que está tão presente nos paladares argentinos que foi usado o nome da marca para batizar sorvetes, bolos e sobremesas. DA ARGENTINA AO MUNDO Nascida no coração de Mar del Plata, a empresa demorou muitos anos em sair da cidade costeira. Antes de transformar-se em um produto que combina a venda dos alfajores e outros produtos e cafeteria, a empresa havia feito tentativa que terminaram frustradas. “O ponto de inflexão foi quando começamos a utilizar o café Illy, primeiro se tomava em pé e depois foram colocadas cadeiras. Com esse modelo que incluía a cafeteria – neste momento bastante básico – começamos a ter mais consumidores, então pensamos em rearmar o negócio e montar locais mais equipados e nos quais se vendiam os produtos da marca. “Hoje temos quase 200 lojas”, esclarece Aurich. Com o crescimento de Havanna também chegou à expansão internacional, mas no sabor não se toca. “Os alfajores e os demais produtos que vão a outros países são exatamente iguais aos que comemos aqui, só mudamos o pacote e utilizamos uma embalagem a vácuo, que também se utiliza na Argentina aos alfajores que são vendidos em supermercado. Além disso, fizemos projetos com a Alfândega e somos a primeira empresa que tem uma alfândega dentro dos seus depósitos. Então, tudo o que fazemos ali está controlado desde a origem e podemos passar por um canal verde nos ingressos e o produto chega mais rápido aos consumidores.” Tanto no exterior como fronteiras adentro, os alfajores são percebidos como algo muito argentino, principalmente porque inclui no seu centro o doce de leite, sabor que cada dia está conquistando mais paladares. “Os alfajores e os demais produtos que vão a outros países são exatamente iguais aos que comemos aqui”. ARGENTIN@S POR MARYSOL ANTÓN Argentin@s Empreender, essa é a questão Curioso, ativo e inquieto, Santiago Bilinkis tem muitos, mas o que o fascina e, em parte, o define: a tecnologia e os negócios. É difícil defini-lo. E não é porque lhe faltem características, ao contrário: sobram. Depois de um longo caminho conseguiu manter tantas atividades em um coletivo que abarca a todas: ser empreendedor. Assim se apresenta hoje Santiago Bilinkis. -O que é um empreendedor? -Sustenho que um visionário é aquele que vê o que o outro não chega a deslumbrar, enquanto que o empreendedor vê o mesmo que os outros, mas quando não gosta encontra um jeito para mudar. Um empreendedor possui valentia e determinação. Esta afirmação pode ser aplicada a todas as ordens da vida, é uma atitude. -Como se aprende? -Em minha opinião, acho que tem pessoas a qual lhe gosta mais a adrenalina. Enquanto uns encontram esportes extremos, outros o fazem nas atividades cotidianas, no desafio de transformar a realidade. Ser empreendedores é um estilo de vida. Um empreendimento se baseia mais na prática que na teoria. Aprendese fazendo, acertando e errando. É estar disposto a fracassar, um deve ter em mente que mudar algo é muito difícil. É algo que não tem a ver com êxito, senão a estar disposto a fazer o que gosta. - E que coisas você gosta? Porque está envolvido em tantas coisas, tem um blog, é o organizador de TEDxRíodelaPlata, faz uma coluna na rádio, está em empresas…, hacés una columna en la radio, estás en empresas… -(Risos). Eu gosto de muitas coisas, mas percebi que posso agrupá-las + Info: http://bilinkis.com ARGENTIN@S em duas áreas: em empreendimentos de negócios (criar companhias que dê excelência em serviços) e na difusão da tecnologia. Nesta segunda parte entram a rádio, o blog, TEDxRíodelaPlata. -Não entra em colapso? -O tempo todo, no bom sentido. A vida é curta e demasiada linda, me resulta difícil dizer não ao que me interessa. A busca do equilíbrio é um desafio. É verdade que quantas mais atividades você tem, mais te surgem, e isso é divertido. Para mim, ter sorte é poder ter o privilégio que o prazer e o trabalho sejam a mesma coisa. Por isso não me custa: começo às 07h00 e trabalho até a hora do jantar. -Ainda te perguntam por OfficeNet (companhia que criou junto a Andy Freire, outra voz autorizada para falar de empreendimentos). É uma etapa que já quer deixar para trás? -Foi uma experiência super linda. Meu orgulho é que foi uma empresa que conseguiu dar uma qualidade de serviço fora do comum na Argentina. E, com certeza, é um prazer que ainda lembrem. -Foi um bom chão? -Mais que chão foi um teto, nunca voltei a ser o número um em uma empresa – brinca –. Agora estou trabalhando com Restorando e também com Avenida, um site de e-commerce. - Você é obsessivo? -Em muitos sentidos sou, mas também muito esquecido, assim que seria algo assim como aspirante a obsessivo. -Quando conhece alguém, como se apresenta? -As pessoas em seguida te perguntam: o que você faz? Mas é um formalismo, não uma resposta elaborada, querem que seja rápida. Até faz pouco tempo não podia contar facilmente o que faço, agora tenho uma frase: sou empreendedor e tecnologista. Mas, de certa forma, está bem não poder defini-lo em poucas palavras. Santiago Bilinkis, não fica claro a que se dedica? Cenário natural O cuidado do meio ambiente e uma filosofia sustentável foram dando forma ao estilo de vida de Andrea Juan, dois elementos que também se trasladaram a sua paixão: a arte visual. Graças a sua forma de agir conseguiu impulsar a área de Projetos Culturais da Direção Nacional do Antártico. A natureza lhe ofereceu o lenço mais branco que tem, e ela soube aproveitar tão tremendo cenário. Interessada no futuro do meio ambiente, sua determinação para retratar e expressar que passa aos distintos ecossistemas a levou a Antártida, onde voltou mais 8 vezes. Assim, Andrea Juan é hoje a chefe de Projetos Culturais da Direção Nacional do Antártico, dependente do Ministério das Relações Exteriores e Culto da República Argentina. Suas obras deram volta ao mundo, e muitos artistas internacionais hão chegado a estas terras graças a suas intervenções, pois entre seus projetos mais ambiciosos está o Programa Residência de Arte na Antártida, que coloca a Argentina como o único país que oferece bolsas de estudo artísticas. “Acreditamos que todo intercambio enriquece e multiplica. As pessoas desconhecem a Antártida e que a arte possa ajudar a difundir parte da ciência é muito interessante. Ao sair das mostras o público reflete, analisa o que atualmente acontece com a natureza”, conta esta criativa que desde os 4 anos experimenta com a cor, as formas, os fundos. “Estudei fotografia, cine, vídeo. Venho de uma família de médicos, geólogos, bioquímicos e talvez isso tenha me guiado a ser uma investigadora e artista. O primeiro que fiz foi buscar materiais não tóxicos para os trabalhos gráficos e isso marcou uma mudança na minha vida: comecei a ter um ritmo de trabalho mais natural e saudável”, lembra Andrea. Atenta ao entorno, a redução dos glaciares captou sua atenção desde as notícias que se publicavam nos meios de comunicação, foi assim que se perguntou o que estava acontecendo com o hábitat. Uma inquietude que deu origem ao Projeto Antártida. “A primeira viagem foi em 2005. Levei para lá vídeos sobre os + Info: www.andreajuan.net/ ARGENTIN@S glaciares e os projetei sobre o gelo com a cor saturada. Também projetamos imagens de girassóis. Ao artístico se somaram as investigações sobre a mudança climática, tomar consciência de como as barreiras de gelo se vão derretendo e a fisionomia já não é a que tinha. Foi assim que no ano seguinte fiz Metano, um desempenho que manifestava como esse gás havia começado a sair à superfície já que a permafrost – o solo congelado da Antártida- foi se debilitando; isto contribui para reforçar o famoso efeito estufa”, alerta. Para pôr cor e beleza as suas denuncias e chamados de atenção, Andrea Juan continuou fortalecendo suas expressões artísticas. Assim, algas gigantes de telas estridentes contrastaram com a geografia o Continente Branco e suas fotografias As instalações da Andrea Juan na Antártida recorreram o mundo. Aqui, novas espécies de girassóis projetadas sobre o gelo. foram expostas no México, no Reino Unido, Espanha, França, Holanda, nos Estados Unidos, Canadá, China, Coreia e outros. “Todo movimento é bom, porque pessoas tem contato com o que acontece. Começaram a encontrar novas espécies com as que podemos ter contato porque a barreira de gelo de Larsen está desaparecendo. Também sabe o que é estar trabalhando na Antártida, um lugar totalmente comunitário, onde não existe o dinheiro, os tempos são outros. É um destino que me revitaliza.” “Agora estou estudando as tempestades solares, cuja radiação cai na Terra, especialmente no hemisfério sul. Para este trabalho com telas brilhantes que equivalem à poética do sol”, resume Andrea, sempre interessada em difundir e sensibilizar.