Baixar - Standard Chartered Bank

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Baixar - Standard Chartered Bank
Standard Chartered Bank (Brasil) S/A – Banco de Investimento
Relatório de Gerenciamento de Riscos – Pilar 3
30 de Junho de 2013
1
Índice
I.
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 4
II. CONTEXTO OPERACIONAL .......................................................................................................... 4
III.
GERENCIAMENTO DE CAPITAL................................................................................................. 4
3.1
Disposições Gerais .............................................................................................................. 4
3.2
Estrutura Organizacional do Gerenciamento de Capital ..................................................... 5
3.3
Comitê de Ativos e Passivos (ALCO) .................................................................................. 5
3.4
Plano de Capital .................................................................................................................. 6
3.5
Testes de Estresse .............................................................................................................. 6
3.6
Comunicação Interna........................................................................................................... 6
3.7
Sistemas Utilizados ............................................................................................................. 7
3.8
Patrimônio de Referência (PR) ............................................................................................ 7
3.9
Patrimônio de Referência Exigido (PRE) e adequação do PR ........................................... 8
3.10 Metodologia de Avaliação e Monitoramento da Adequação do PR .................................... 8
3.11 Riscos não abrangidos pelas parcelas do PRE .................................................................. 8
IV.
ESTRUTURA GLOBAL DE GERENCIAMENTO DE RISCOS ............................................................. 9
V. RISCO DE MERCADO ................................................................................................................ 10
5.1
Governança ....................................................................................................................... 10
5.2
Value at Risk ...................................................................................................................... 11
5.3
Back Testing ...................................................................................................................... 12
5.4
Testes de Estresse ............................................................................................................ 12
5.5
Estrutura de Precificação .................................................................................................. 12
5.6
Comunicação Interna......................................................................................................... 13
5.7
Sistemas Utilizados ........................................................................................................... 13
5.8
Políticas de Hedge............................................................................................................. 13
5.9
Risco de Taxa de Juros da Carteira Banking .................................................................... 13
5.10 Metodologia de Cálculos Regulatórios Locais .................................................................. 14
5.11 Evolução da Exposição ..................................................................................................... 14
VI.
RISCO DE LIQUIDEZ ........................................................................................................ 17
6.1
Apetite de Risco de Liquidez ............................................................................................. 17
6.2
Governança ....................................................................................................................... 18
6.3
Políticas e Procedimentos ................................................................................................. 19
6.4
Teste de Estresse de Liquidez .......................................................................................... 20
6.5
Comunicação Interna......................................................................................................... 20
6.6
Sistemas Utilizados ........................................................................................................... 21
VII.
RISCO DE CRÉDITO .............................................................................................................. 21
7.1
Políticas de Crédito............................................................................................................ 21
7.2
Medição e Avaliação de Crédito ........................................................................................ 21
7.3
Aprovação de Crédito ........................................................................................................ 22
7.4
Risco de Concentração ..................................................................................................... 22
7.5
Monitoramento e Comunicação Interna ............................................................................ 22
7.6
Mitigação de Crédito .......................................................................................................... 23
7.7
Exposição a Risco de Contraparte .................................................................................... 23
7.8
Detalhamento da Exposição de Crédito ............................................................................ 24
7.9
Operações em atraso, baixadas para prejuízo e montante de provisão........................... 28
7.10 Operações de venda ou transferência de ativos financeiros e outras estruturas ............. 28
7.11 Contratos sujeitos a Risco de Crédito de Contraparte ...................................................... 28
2
VIII.
8.1
8.2
8.3
8.4
8.5
8.6
RISCO OPERACIONAL ........................................................................................................... 29
Objetivo .............................................................................................................................. 29
Estrutura de Governança e de Comunicação ................................................................... 29
Papéis e Responsabilidades ............................................................................................. 29
Política, Procedimentos e Processos de Risco Operacional ............................................ 30
Sistemas ............................................................................................................................ 31
Metodologia de Cálculo de Capital .................................................................................... 31
3
I. INTRODUÇÃO
Este relatório destina-se a prover acesso público às informações relativas ao gerenciamento de
riscos do Standard Chartered Bank Brasil S/A – Banco de Investimento (“Standard Chartered
Brasil”), subsidiária integral do Grupo Standard Chartered (“Grupo”), em conformidade com o
disposto na Circular 3.477/2010 do Banco Central do Brasil (“BACEN”). Adicionalmente, o
relatório tem como objetivo atender aos dispositivos das Resoluções 3.380/2006, 3.464/2007 e
3.721/2009 do Conselho Monetário Nacional, as quais determinam que as estruturas de
gerenciamento de riscos operacional, de mercado e de crédito devem ser evidenciadas em
relatório de acesso público. Importante ressaltar que todas as unidades de gerenciamento de
risco atuam de maneira independente das áreas de negócios.
As informações qualitativas deste relatório são atualizadas com periodicidade mínima anual, de
acordo com o especificado na Circular 3.477/2010.
Este relatório foi aprovado pela diretoria do banco no Brasil, sendo a mesma responsável pela
exatidão das informações de acordo com a regulamentação do BACEN e deve ser lido
juntamente com as demais informações divulgadas pelo Standard Chartered Brasil, em especial
as Demonstrações Contábeis disponíveis em http://www.standardchartered.com/br/pt/
II. CONTEXTO OPERACIONAL
Com a internacionalização do mercado financeiro brasileiro nas últimas décadas e fortalecimento
das relações comerciais do Brasil com países da Ásia, África e Oriente Médio, regiões onde o
Standard Chartered Bank está presente há mais de um século, o Brasil passou a ser um
mercado importante dentro da estratégia internacional do Grupo Standard Chartered. Em
meados de 2009, o Standard Chartered Bank formalizou pedido ao BACEN para a incorporação
de um banco de investimento com autorização para operar no mercado de câmbio no país.
Através de ofício datado de 20 de abril de 2010 o BACEN concedeu a licença. O Banco iniciou
suas atividades em 24 de maio de 2010, com o objetivo principal de apoiar e desenvolver
negócios que envolvam a África, Ásia e Oriente Médio, com foco em um grupo seleto de clientes
locais e multinacionais e oferecendo produtos nos segmentos de câmbio, juros e tesouraria.
III. GERENCIAMENTO DE CAPITAL
3.1
Disposições Gerais
O Standard Chartered Brasil define um conjunto de controles, processos, ferramentas, sistemas
e relatórios padrões, necessários para o adequado controle e gerenciamento do Capital
necessário às suas atividades.
O processo é baseado nas políticas globais de gerenciamento de Capital do Grupo Standard
Chartered Bank. com adaptações para enquadramento ao requerido pela Resolução 3.988 do
Conselho Monetário Nacional e incluem, mas não se limitam a:
- Discussão, em comitês apropriados, sobre o capital mantido pela Instituição, sua adequação
face aos riscos do negócio e planejamento de necessidades futuras de capital considerando o
plano estratégico da Instituição;
- Preparação de informativos, sempre que aplicável, sobre riscos não cobertos pelo PRE;
- Preparação do plano de capital, sujeito à revisão, no mínimo, anual;
- Preparação de informativos de simluações de eventos severos e condições extremas de
mercado (testes de estresse) e avaliação de seus impactos no capital;
- Preparação de informativos gerenciais, sobre a adequação do capital para a Diretoria;
- Processo Interno de avaliação de adequação de capital (Icaap), caso requerido pela legislação
local em vigor.
4
A gestão de capital no Grupo é direcionada para a manutenção de uma base de capital robusta e
compatível com o desenvolvimento dos negócios, requerimentos de órgãos reguladores e a fim
de manter bons ratings de crédito.
O planejamento de Capital leva em consideração:
• Requerimentos regulatórios atuais e avaliação de padrões futuros
• Demanda por capital oriunda de projeções de crescimento de negócios, deterioração nos
níveis de qualidade de crédito, choques ou estresse de mercado.
• Demanda prevista de capital para suportar ratings de crédito e como ferramenta de
sinalização ao mercado
• Oferta disponível de capital e opções de levantamento de capital
O plano de capital do Grupo utiliza modelos e técnicas quantitativas, que permitem avaliar a
demanda de capital para cobrir riscos materiais e suportar sua avaliação interna de adequação
de capital. Cada risco material é avaliado, mitigadores relevantes são considerados e níveis
adequados de capital são determinados.
O planejameno de capital e a metodologia de avaliação conta com uma estrutura robusta de
governança e processos. A responsabilidade geral pelo gerenciamento eficiente dos riscos é do
quadro de Diretores.
Não há atualmente nenhum impedimento prático ou legal que impeça a pronta transferência de
recursos de capital em quantidade superior àquela requerida pelos órgãos reguladores ou para
quitar compromissos assumidos por sua controladora Standard Chartered Plc e as subsidiárias,
quando aplicável.
3.2
Estrutura Organizacional do Gerenciamento de Capital
.
O Standard Chartered Brasil possui estrutura para gerenciamento de capital com participação
das áreas relevantes e coordenação pela área de Controladoria, designando um diretor
responsável pelo Gerenciamento do Capital cujo nome está registrado junto ao Banco Central. O
diretor indicado não é responsável por funções relacionadas à administração de recursos de
terceiros.
A política de gerenciamento de capital é revisada e aprovada pela diretoria do Standard
Chartered Brasil, sendo a mesma responsável pela exatidão das informações divulgadas, e pela
compatibilidade com o planejamento estratégico da instituição e com as condições de mercado,
de acordo com o disposto no Artigo 8º da Resolução 3.988 do Conselho Monetário Nacional.
3.3
Comitê de Ativos e Passivos (ALCO)
O Standard Chartered Brasil mantém um comitê mensal composto por membros da Diretoria
bem como outras pessoas-chave, cujo objetivo é a manutenção do Balanço Patrimonial (Capital
e liquidez) que suporta os objetivos estratégicos e cumpre com os requerimentos do Grupo bem
como os regulamentos locais.
O Comitê possui, de acordo com respectivos termos de referência, responsabilidades sobre o
capital, tais como:
5
1. Aprovar a previsão de capital assegurando que tais previsões são consistentes com o
negócio mantido pela Instituição localmente e aderente aos limites, políticas / objetivos e
requerimentos regulatórios aplicáveis.
2. Administrar o nível de capital requerido e direcionar o melhor retorno sobre ativos
ponderados ao risco.
3. Assegurar a frequente remessa de dividendos aos acionistas e, onde a retenção dos
lucros for solicitada, assegurar que as aprovações necessárias são obtidas previamente.
4. Revisar e aprovar o ICAAP anualmente quando aplicável.
3.4
Plano de Capital
O plano de capital do Standard Chartered Brasil deve considerar a legislação brasileira em vigor,
bem como as políticas de plano de capital existentes no Grupo.
O documento deve ser revisado, no mínimo, anualmente e aprovado pela Diretoria. Tal
documento deve ser consistente com o planejamento estratégico e prever:
1) Metas e projeções de capital para os próximos 3 anos;
2) Descrição das principais fontes de capital da instituição; e
3) Plano de contingência de capital.
O documento deve ser consistente com o plano de negócios e objetivos estratégicos da
Instituição conforme discutidos nos demais Comitês.
A distribuição de resultados deve considerar as políticas de remessa de lucros e distribuição de
resultados do Grupo.
O plano de capital deve considerar também:
1) ameaças e oportunidades relativas ao ambiente econômico e de negócios;
2) projeções dos valores de ativos e passivos, bem como das receitas e despesas;
3) metas de crescimento ou de participação no mercado; e
4) eventuais alterações no plano de negócios.
3.5
Testes de Estresse
A área de Gerenciamento de Risco de Mercado (“GMR”) prevê em seu monitoramento de limites
de risco, a metodologia do VaR complementada pelos testes de estresse.
GMR complementa as medições semanais de VaR através de testes de estresse nas exposições
ao risco de mercado com o objetivo de destacar o risco potencial que pode surgir a partir de
eventos extremos de mercado.
Os informativos de simulações de eventos severos e condições extremas de mercado (testes de
estresse) e avaliação de seus impactos no capital devem levar em consideração os testes de
estresse divulgados por GMR trimestralmente.
3.6
Comunicação Interna
6
Os relatórios de testes de estresse e dos riscos não cobertos pelas parcelas do PRE deverão ser
divulgados internamente em relatório gerencial (inclusive durante reuniões do ALCO e Comitê
Executivo) de forma trimestral, juntamente com qualquer evento relevante no período,
confirmando a adequação do capital da instituição face aos riscos e operações existentes no
período.
Trimestralmente, deve haver um processo de verificação da necessidade da implementação do
Processo Interno de avaliação de adequação de capital (Icaap), conforme legislação local em
vigor.
3.7
Sistemas Utilizados
A estrutura de gerenciamento de capital do Standard Chartered Brasil utiliza os seguintes
sistemas para cálculo e monitoramento do capital:
•
•
•
Mitra: Sistema local para cálculo das parcelas de risco de mercado do PRE e
elaboração de relatórios;
CRK: Sistema Local de Contabilidade e Back-Office
Exchange: Sistema Local de Back-Office para operações de câmbio
3.8
Patrimônio de Referência (PR)
A seguir apresentamos o detalhamento da apuração do Patrimônio de Referência (PR):
O Patrimônio Líquido do Standard Chartered Brasil é constituído apenas pelo Capital Social
(Ações Ordinárias no Exterior). Nos períodos em questão o Standard Chartered Brasil não
possuía ações, instrumentos híbridos de capital e dívida, instrumentos de dívida subordinada e
demais instrumentos financeiros autorizados pelo Banco Central do Brasil a integrar os níveis I e
II, bem como participação em instituição financeira no exterior ou excesso de recursos aplicados
no Ativo Permanente objetos de dedução.
Não havia também saldos em reservas para contingência e reservas especiais de lucros
relativas a dividendos obrigatórios não distribuídos.
Não há prazo de vencimento para quaisquer dos instrumentos que compõem os níveis I e II do
PR.
7
3.9
Patrimônio de Referência Exigido (PRE) e adequação do PR
O Standard Chartered Brasil visa manter Patrimônio de Referência (PR) compatível com os
riscos de suas atividades. No quadro a seguir, demonstramos a compatibilização do PRE com o
PRE, com abertura de cada uma das parcelas de risco que compõem o respectivo cálculo:
O cálculo do Índice de Basiléia do quadro anterior foi efetuado de acordo com a seguinte
fórmula:
PR*100 / (PRE/fator F)
3.10
Metodologia de Avaliação e Monitoramento da Adequação do PR
O Standard Chartered Brasil tem como política a manutenção de um índice de Basiléia suficiente
para atender as regras internacionais advindas do Comitê de Basiléia de Supervisão Bancária
bem como normas do BACEN sobre adequação de capital.
Através de relatórios diários de posição de alocação de capital, distribuídos a todas as áreas
impactadas e diretoria, é feito o monitoramente dos negócios e suas necessidades de capital. O
relatório contém detalhamento das posições relativas a limites operacionais e às parcelas de
exposição a risco em conformidade com o requerido pelo Banco Central do Brasil. Temos
mecanismos de alerta quando se atinge uma aproximação do limite mínimo de Patrimônio de
Referência e mensalmente é feita a reunião do Comitê de Gestão de Ativos e Passivos (ALCO),
onde todas as posições em aberto são revisadas e possíveis novos negócios são analisados.
3.11
Riscos não abrangidos pelas parcelas do PRE
Dentro da classificação de riscos do Grupo, além daqueles já abrangidos pela parcela PRE como
Crédito, Mercado, Operacional outros tipos de risco são levados em consideração e são objetos
de discussão no comitê ALCO. Destacamos abaixo os mais relevantes:
8
•
•
•
•
•
Liquidez de Curto Prazo: risco de o banco não ter recursos financeiros suficientes no
curto prazo para cumprir com as obrigações em seus respectivos vencimentos ou ter
acesso a tais recursos apenas a custos excessivos
Liquidez Estrutural: risco de perda real ou de oportunidade em virtude de o Grupo não
conseguir atingir suas estratégias de negócios ou objetivos de crescimento devido a uma
estrutura de balanço sub-ótima, incluindo confiança excessiva em uma fonte de
captação em particular
Capital: risco de perda real ou de oportunidade em virtude de alocações sub-ótimas de
capital ou aumento no custo de capital
Estratégico: risco de perda real ou de oportunidade em virtude de falha em otimizar o
potential de ganhos do Grupo
Reputacional: potencial para danos à franquia do Grupo, resultando em perda de
receitas ou impacto adverso na capitalização de mercado, como resultado de uma visão
negativa da organização ou de suas ações oriunda das partes interessadas
IV. ESTRUTURA GLOBAL DE GERENCIAMENTO DE RISCOS
O Standard Chartered define risco como o potencial de um impacto adverso nos interesses do
Grupo avaliado em termos de probabilidade de ocorrência e severidade de eventos
desfavoráveis.
O gerenciamento eficaz dos riscos é fundamental para a geração de resultados consistentes e
sustentáveis. Isso representa portanto uma parte central da gestão financeira e operacional do
Grupo.
Os riscos da instituição são gerenciados de maneira ampla, com o objetivo de maximizar retorno
dentro de um apetite de risco pre-estabelecido pelo Grupo.
A estrutura de governança de riscos inclui monitoramento regular pelas áreas e comitês
responsáveis pelo gerenciamento de riscos do Banco, seguindo a metodologia adotada pelo
Grupo.
O Grupo utiliza um conjunto de princípios que descrevem a cultura de gerenciamento de riscos
que deseja manter:
•
•
•
•
•
Equilíbrio entre risco e retorno: riscos são assumidos em suporte aos requerimentos das
partes interessadas, em linha com a estratégia e dentro do apetite de risco do Grupo;
Responsabilidade: é responsabilidade de todos os funcionários assegurar que os riscos
sejam assumidos de forma disciplinada e focada. O Grupo possui plena consciência de
suas responsabilidades sócio-ambientais e com a ética ao assumir riscos para geração
de resultados;
Delegação Responsável: o risco é assumido apenas com aprovação de pessoas
autorizadas e quando houver infra-estrutura apropriada e recursos. Toda assunção de
riscos deve ser transparente, controlada e comunicada;
Prevenção: busca prevenir riscos futuros e maximizar consciência de todos os riscos; e
Vantagem competitiva: busca de vantagem competitiva por meio de gerenciamento e
controle de riscos eficientes e eficazes.
Os riscos são classificados em diferentes tipos, ou seja, formas distintas de exposição a perdas.
Cada tipo de risco é um agrupamento de perdas potenciais materiais e que podem surgir em
diferentes atividades e áreas do Grupo.
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O Grupo gerencia os riscos da instituição em linha com as recomendações da Basiléia e
melhores práticas. Tem como política divulgar os elementos necessários para suprir as partes
interessadas com informações adequadas que demonstrem que os riscos estão sendo geridos
de forma eficaz e em conformidade com a regulamentação aplicável.
Os relatórios consolidados de gerenciamento de riscos do Grupo Standard Chartered estão
disponíveis na internet http://www.standardchartered.com.
V. RISCO DE MERCADO
O Grupo Standard Chartered caracteriza risco de mercado como o risco de perdas resultantes
de alterações nos preços e taxas de mercado. O Grupo possui exposições a risco de mercado
decorrentes principalmente das operações com clientes. O objetivo das políticas e processos de
risco de mercado do Grupo Standard Chartered é obter o melhor equilíbrio entre risco e retorno,
sem deixar de atender as necessidades dos clientes.
As principais categorias de risco de mercado para o Grupo Standard Chartered são:
•
•
•
•
Risco de taxa de juros: resultantes de mudanças nas curvas de juros, spreads de crédito
e volatilidades implícitas das opções de taxa de juro;
Risco da taxa cambial: resultantes de alterações nas taxas de câmbio e volatilidades
implícita das opções de câmbio;
Risco de preço das mercadorias: resultantes de alterações nos preços das commodities
e volatilidades implícitas das opções de commodities, abrangendo energia, metais e
agricultura;
Risco de preço das ações: resultantes de alterações nos preços das ações, índices de
ações, cestas de ações e das volatilidades implícitas das opções relacionadas.
A política e estrutura local de gerenciamento de risco de mercado é baseada nas políticas
globais de gerenciamento de Risco de Mercado do Grupo com adaptações para
enquadramento ao requerido pela Resolução 3464/2007 do Conselho Monetário Nacional.
Dentre as responsabilidades da área de gerenciamento de risco de mercado destacam-se:
• Monitoramento e análise das posições aos fatores de risco;
• Controle e monitoramento do risco de liquidez;
• Assegurar que posições estejam de acordo com limites estabelecidos e aprovados
internamente;
• Assegurar que os procedimentos internos estejam de acordo com as políticas globais de
risco de mercado definido pela matriz e requerimentos locais;
• Análise prévia aos fatores de risco de novas operações/produtos;
• Elaboração e envio dos relatórios regulatórios referentes a risco de mercado e liquidez;
• Elaboração e revisão da documentação das políticas e procedimentos da área de risco
de mercado;
5.1
Governança
O Comitê de Risco do Grupo (GRC), aprova o apetite de risco de mercado para o Standard
Chartered Bank, considerando a volatilidade do mercado, a variedade de produtos
comercializados e classes de ativos, o volume de negócios e tamanho das transações.
O Comitê de Risco de Mercado do Grupo (GMRC) é responsável, por competência delegada
pelo GRC, por definir os limites de Value at Risk (VaR) para os diversos níveis de negócio, além
de recomendar o nível de VaR para o Grupo e limites de perdas em cenários de estresse de
risco de mercado. O GMRC também é responsável pelas políticas e outras normas para o
controle de risco de mercado e pela supervisão de sua implementação efetiva. Estas políticas
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abrangem tanto as operações incluidas na carteira de negociação (trading) como as operações
classificadas como banking.
Adicionalmente, limites por localidade e linhas de negócio são propostos dentro dos termos das
políticas internas do Grupo.
A área de Risco de Mercado (GMR), aprova e monitora as posições contra os limites
estabelecidos. Limites adicionais são definidos para produtos específicos além de limites de
concentrações de posição sempre que necessário. Como ferramentas de gestão de risco são
utilizadas, além de VaR , medidas de sensibilidade. Por exemplo, a sensibilidade às taxa de
juros é medida em termos de exposição a um aumento de um ponto base na curva de juros,
enquanto que as sensibilidade às moedas, commodities e ações são medidas em termos dos
valores adjacentes ou montantes envolvidos.O risco das opções são controlados através de
limites de revalorização dos preços do ativo adjacente e movimentos na volatilidade, além de
limites de risco de volatilidade e de outras variáveis que determinam o valor das opções.
Dentre os limites monitorados pela área de risco de mercado, destacam-se:
• Limites de VaR (carteiras trading e banking);
• Limites de sensibilidades (carteiras trading e banking);
• Limites de sensibilidade por prazo (bucketing);
• Limites de fixing (carteira trading);
• Limites de exposição cambial por moeda;
• Limites de Liquidez (descasamento máximo por prazo, limite de depósitos por prazo,
testes de estresse de liquidez);
5.2
Value at Risk
O Grupo Standard Chartered mede o risco de perdas resultantes de potenciais movimentos
adversos futuros nas taxas de mercado, preços e volatilidades usando a metodologia de VaR.
VaR, em resumo, é uma medida quantitativa do risco de mercado que aplica condições
históricas recentes de mercado para estimar a perda potencial futura no valor de mercado, esta
medida não deverá ser excedida em um determinado período de tempo dado um certo nível de
confiança. O VaR fornece uma medida consistente que pode ser aplicada nas diversas linhas de
negócios e produtos ao longo do tempo e pode ser monitorado contra o resultado diário das
posições.
O VaR é calculado para os movimentos esperados de um período mínimo de um dia útil e um
nível de confiança de 97,5 por cento. Este nível de confiança sugere que perdas potenciais
diárias, além da medida do VaR, possam ocorrer seis vezes por ano.
O Grupo aplica duas metodologias do VaR:
•
Simulação histórica: envolve a reavaliação de todas as posições em aberto para refletir o
efeito das mudanças historicamente observadas nos fatores de risco de mercado sobre
o valor da carteira atual. Este método é aplicado para os fatores de risco de mercado.
•
Simulação de Monte Carlo: esta metodologia é semelhante à simulação histórica, com
mais observações dos fatores de risco. Estes são gerados por técnicas de amostragem
aleatória, mas os resultados mantêm a variabilidade e as correlações das mudanças nos
fatores de risco observadas historicamente. Este método é aplicado para o VaR de
spread
de
crédito.
11
Em ambos os métodos o período de histórico de observações utilizado é de um ano.
5.3
Back Testing
Para avaliar o seu poder de previsão, modelos de VaR são testados contra os resultados reais.
O Back testing é realizado diariamente e verificado contra o clean P&L (resultado “limpo”) que é
o resultado real para um dado dia útil ajustado para eliminar o efeito de itens não relacionados
ao risco de mercado. O Back testing também é realizado contra o clean P&L hipotético, definido
como o clean P&L que teria ocorrido para um determinado dia útil, se a carteira utilizada como
base para o cálculo de VaR permanecesse inalterada.
5.4
Testes de Estresse
Perdas além do intervalo de confiança não são captadas pelo cálculo do VaR. Assim, o VaR não
dá nenhuma indicação do tamanho das perdas inesperadas nessas situações.
A área de Risco de Mercado (GMR) complementa as medições semanais de VaR através de
testes de estresse nas exposições ao risco de mercado com o objetivo de destacar o risco
potencial
que
pode
surgir
a
partir
de
eventos
extremos
de
mercado.
O teste de estresse é uma parte integrante do quadro de gestão de risco de mercado e
considera tanto eventos históricos quanto cenários forward looking. A metodologia de testes de
estresse é aplicada tanto na carteira trading quanto na carteira banking do Grupo.
Os cenários de estresse são atualizados regularmente para refletir as mudanças no perfil de
risco e eventos econômicos. O GMRC tem a responsabilidade de rever resultados dos testes de
estresse e, se necessário, aplicar as reduções na exposição global de risco de mercado. O GRC
considera os resultados dos testes de estresse como parte da sua supervisão do apetite pelo
risco do grupo.
A metodologia do teste de estresse pressupõe que as possibilidades de ação da Tesouraria seria
limitada durante um evento de estresse, refletindo a redução da liquidez que muitas vezes
ocorre.
Cenários de teste de estresse são aplicados às taxas de juros, spreads de crédito, taxas de
câmbio, preços de commodities e os preços das ações. Desta forma, todas as classes de ativos
das cateiras trading e banking são contempladas.
Cenários ad hoc também são preparados para refletir as condições específicas de mercado e
para concentrações de risco que surgem nas diversas linhas de negócio do Grupo.
5.5
Estrutura de Precificação
Os produtos só poderão ser negociados no Standard Chartered Brasil após aprovação formal do
Programa de Produtos do Grupo, que identifica os riscos, controles e tratamentos regulatórios. A
estrutura de controles é avaliada continuamente pelas áreas relevantes e pela Auditoria Interna.
É política do Grupo que todos os instrumentos devem ser registados nas contas financeiras com
base no valor justo.
A área de controle de produtos (Product Control) é responsável pelos controles de valorização
em conformidade com as políticas internas do Grupo. Sempre que possível, posições são
marcadas a mercado em uma base consistente e diária com preços cotados em mercados
12
ativos. Se isso não for possível, as posições são marcadas utilizando modelos que tenham sido
validados pelo GMR de forma periódica e independente. A área de controle de produtos (Product
Control) assegura o cumprimento das políticas internas do grupo de ajustes de valorização
(“valuation adjustments”) que incorporam risco de contraparte, bid/ask spreads e liquidez do
mercado O GMRC prevê a supervisão e gestão de todas as políticas e realiza uma análise
mensal dos ajustes de valorização.
5.6
Comunicação Interna
Os relatórios elaborados pela área de risco de mercado tem como objetivo facilitar o controle e
gerenciamento das posições do banco. A periodicidade de cada relatório pode variar conforme
políticas internas do banco ou exigências dos órgãos reguladores.
Dentre os principais relatórios destacam-se:
•
•
•
•
•
Relatório de VaR e exposições aos fatores de risco;
Relatório de Liquidez
Relatório de Backtesting;
Relatório de Teste de Estresse;
Relatórios Regulatórios;
Os relatórios de risco de mercado e liquidez são enviados diariamente para membros da diretoria
do banco.
5.7
Sistemas Utilizados
A área de gerenciamento de risco de mercado do Standard Chartered Brasil utiliza os seguintes
sistemas para cálculo e monitoramento de risco de mercado e liquidez:
• Radar: Sistema Global para Cálculo de risco de mercado e controle das posições;
• Mitra: Sistema local para cálculo de risco de mercado regulatório e elaboração de
relatórios;
• Asset Control: Sistema Global de armazenamento de dados de mercado utilizados nos
cálculos das exposições e VaR.
• CRK: Sistema Local de Back-Office
• Exchange: Sistema Local de Back-Office para operações de câmbio
5.8
Políticas de Hedge
As operações de hedge executadas pela Tesouraria têm como objetivo:
•
•
•
•
anular riscos indesejados advindos de operações realizadas com clientes;
mitigar os riscos de descasamentos de posição, prazos, moedas ou indexadores.
controlar e enquadrar as operações aos limites de exposição pré aprovados;
reduzir exposições de operações em condições de estresse ou de baixa liquidez.
5.9
Risco de Taxa de Juros da Carteira Banking
A Carteira de Negociação (trading): consiste em todas as operações com instrumentos
financeiros e mercadorias, inclusive derivativos, detidas com intenção de negociação ou
destinadas a hedge de outros elementos da carteira de negociação, e que não estejam sujeitas à
13
limitação de sua negociabilidade. As operações detidas com intenção de negociação são
aquelas destinadas à revenda, obtenção de benefício dos movimentos de preços efetivos ou
esperados, ou realização de arbitragens.
O risco de taxa de juros da carteira banking é gerenciado pela Tesouraria do Standard Chartered
Brasil, pela área de Gestão de Ativos e Passivos (ALM) sob a supervisão local do Comitê de
Ativos e Passivos (ALCO).
A área de ALM gerencia o risco de juros da carteira banking utilizando produtos aprovados e
está sujeita a limites específicos de VaR e sensibilidade.
VaR e testes de estresse são aplicados às posições da carteira banking da mesma forma que
aplicados para a carteira de negociação.
O Standard Chartered Brasil não possui depósitos sem vencimento definido. Para os depósitos
com cláusula de resgate antecipado (liquidez diária), o banco possui políticas internas que
definem o percentual máximo que pode ser considerado no mapa de liquidez. Atualmente o
banco adota uma postura conservadora e não considera nenhum depósito com liquidez diária
em seu mapa de liquidez. Este montante é informado separadamente no relatório diário de
liquidez enviado à Tesouraria e Diretoria.
5.10
Metodologia de Cálculos Regulatórios Locais
O Standard Chartered Brasil adota o modelo padronizado definido pelo Banco Central do Brasil
para o cálculo das Parcelas referentes às operações incluídas na carteira de negociação..
Para as informações referentes à carteira banking (Rban) enviadas no relatório regulatório DLO,
o banco utiliza o modelo de VaR histórico, holding period 10 dias, nível de confiança 99% e
histórico de 250 dias.
5.11
Evolução da Exposição
a)
valor total da carteira de negociação por fator de risco de mercado relevante,
segmentado entre posições compradas e vendidas;
Fator de Risco
Em 28/09/2012
Comprado
Vendido
Em 31/12/2012
Comprado
Vendido
Em 28/03/2013
Comprado
Vendido
Em 28/06/2013
Comprado
Vendido
taxa de câmbio
4.214.965
4.204.797
3.854.470
3.856.978
3.927.859
3.925.741
2.788.575
2.784.749
taxa de juros (moeda local)
taxa de juros (moeda estrangeira)
taxa de juros Total
2.306.942
4.523.448
6.830.390
2.050.921
4.526.282
6.577.203
1.975.122
3.980.714
5.955.836
1.954.958
3.988.149
5.943.107
1.962.104
4.038.999
6.001.103
1.962.110
4.030.121
5.992.231
1.420.352
2.979.669
4.400.021
1.220.212
2.980.459
4.200.671
preço de ações
-
-
-
-
-
-
-
-
preço de mercadorias
-
-
-
-
-
-
-
-
14
* Em R$ mil
b)
total da exposição a instrumentos financeiros derivativos por categoria de fator
de risco de mercado, segmentado entre posições compradas e vendidas;
15
realizadas no Brasil
Fator de Risco
Em 28/09/2012
Comprada Vendida
Em 31/12/2012
Comprada Vendida
Em 28/03/2013
Comprada Vendida
Em 28/06/2013
Comprada Vendida
taxa de câmbio
Balcão
Bolsa
Total
3.170.191
704.965
3.875.156
2.665.608
1.197.104
3.862.712
2.967.714 2.401.820
616.362 1.179.104
3.584.076 3.580.924
2.554.287 2.503.063
642.620 686.894
3.196.907 3.189.957
2.048.618 2.485.270
510.219
74.052
2.558.837 2.559.322
taxa de juros (moeda local)
Balcão
Bolsa
Total
247.826
2.032.318
2.280.144
1.961.617
23.746
1.985.363
233.437 1.641.073
1.584.503 106.203
1.817.940 1.747.276
327.870 1.473.401
1.305.787
7.569
1.633.657 1.480.970
566.982 1.017.969
658.066
18.486
1.225.048 1.036.455
Balcão
taxa de juros (moeda estrangeira)Bolsa
Total
3.490.729
720.195
4.210.924
2.700.460
1.504.044
4.204.504
3.000.966 2.532.991
713.811 1.179.104
3.714.777 3.712.095
2.661.384 2.524.093
650.189 770.243
3.311.573 3.294.336
2.228.389 2.677.053
525.727
78.372
2.754.116 2.755.425
taxa de juros Total
Balcão
Bolsa
Total
3.738.555
2.752.513
6.491.068
4.662.077
1.527.790
6.189.867
3.234.403 4.174.064
2.298.314 1.285.307
5.532.717 5.459.371
2.989.254 3.997.494
1.955.976 777.812
4.945.230 4.775.306
2.795.371 3.695.022
1.183.793
96.858
3.979.164 3.791.880
preço de ações
Balcão
Bolsa
Total
-
-
-
-
-
-
-
-
preço de mercadorias
Balcão
Bolsa
Total
-
-
-
-
-
-
-
-
realizadas no exterior
Fator de Risco
Em 28/09/2012
Comprada Vendida
Em 31/12/2012
Comprada Vendida
Em 28/03/2013
Comprada Vendida
Em 28/06/2013
Comprada Vendida
taxa de câmbio
Balcão
Bolsa
Total
taxa de juros (moeda local)
Balcão
Bolsa
Total
-
-
-
-
-
-
-
-
Balcão
taxa de juros (moeda estrangeira)Bolsa
Total
-
-
-
-
-
-
-
-
taxa de juros Total
Balcão
Bolsa
Total
-
-
-
-
-
-
-
-
preço de ações
Balcão
Bolsa
Total
-
-
-
-
-
-
-
16
-
Balcão
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
* Em R$ mil
VI.
RISCO DE LIQUIDEZ
O Standard Chartered Brasil caracteriza risco de liquidez como o risco de o Banco não possuir
fontes disponíveis para honrar eficientemente todas suas obrigações correntes e futuras sem
afetar suas operações diárias e sem incorrer custos muito excessivos.
O Grupo tem como política manter liquidez adequada sempre em todas as localidades e para
todas as moedas estando, portanto, em uma posição que possibilite o cumprimento de todas
suas obrigações conforme elas apareçam. Além disso, gerencia o risco de liquidez no curto
prazo com o objetivo de garantir que as demandas de caixa sejam supridas quando requeridas,
enquanto no médio prazo o objetivo é garantir que o balanço esteja estruturalmente alinhado
com a estratégia do Banco.
O Standard Chartered Brasil procura gerenciar ativamente o risco de liquidez através de
ferramentas qualitativas e quantitativas de gerenciamento de risco, as quais serão descritas
nesta política.
O Standard Chartered Brasil gerencia seu risco de liquidez de acordo com os seguintes
princípios fundamentais:
Prevenir é melhor que remediar e, portanto, as métricas de balanço e tendências são
utilizadas proativamente para antecipar e gerenciar as posições de liquidez;
A metodologia de fluxo de caixa é utilizada para o gerenciamento diário de liquidez
focado no curto e médio prazos;
Ativos líquidos devem ser realizáveis durante situações de estresse de liquidez, mesmo
que em quantidades reduzidas;
O Comitê de Ativos e Passivos (“ALCO”) é responsável por garantir que a liquidez seja
gerenciada de acordo com as políticas/diretrizes do Grupo e exigências regulatórias
locais;
Plano de Contingência local deve ser elaborado com o objetivo de gerenciar uma
situação de crise de liquidez;
Assegurar que os requerimentos regulatórios locais sejam cumpridos.
6.1 Apetite de Risco de Liquidez
É uma política do Grupo a manutenção de nível adequado de liquidez em todas as localidades
de forma a cumprir suas obrigações correntes e futuras, além disso, deve-se manter excesso de
liquidez para possibilitar o acesso a novas oportunidades de negócios que possam surgir.
Qualquer falha do Banco relacionada ao não cumprimento das obrigações pode acarretar em
consequências reputacionais graves. Quaisquer preocupações de clientes e do mercado
relacionadas ao Banco podem gerar uma crise de confiança e, consequentemente, a retirada
repentina e significativa de depósitos e não renovação de operações. Desta forma, o Banco
possui limitado apetite de risco de liquidez.
O apetite de risco pode ser melhor observado por tipo de risco:
a) Liquidez de curto prazo
17
Risco de liquidez de curto prazo é o risco de o Banco não ter fontes de liquidez para
cumprir suas obrigações de curto prazo eficientemente sem afetar suas operações
diárias e sem incorrer custos excessivos.
Controles:
Maximum Cumulative Outflow (Desembolso acumulado máximo)
Wholesale Borrowing External (Captações no mercado)
Wholesale Borrowing Internal (Captações internas)
Swapped Funds (Fluxos entre moedas)
Intraday Liquidity (Liquidez intradia)
Liquidity Stress Test (Teste de estresse de liquidez)
b) Liquidez Estrutural
Risco de liquidez estrutural é a perda potencial real ou de oportunidade como resultado
de o Banco não conseguir seguir o crescimento e as estratégias de negócios desejados
devido a uma estrutura não adequada de balanço, incluindo a dependência excessiva de
uma fonte única de captação/liquidez.
Controles:
Advances to Deposits Ratio (Ativos/Depósitos)
Medium Term Funding Ratio (Razão de funding de médio prazo)
Commitments Limits (Limites de obrigações)
c) Crise de Liquidez
Risco de crise de liquidez é o risco que o Banco está exposto em uma situação de
estresse de liquidez devido a um problema reputacional no mercado ou ainda problemas
qualitativos relevantes.
Controles:
Liquidity Crisis Management Plan (Plano de Gerenciamento de Crise de liquidez)
Maiores informações sobre os controles mencionados podem ser encontrados nas políticas
internas de risco de liquidez do Standard Chartered Bank.
O Grupo procura gerenciar sua liquidez prudentemente em todas as localidades e para todas as
moedas. Eventos excepcionais de mercado podem impactar a liquidez do Banco, afetando sua
habilidade de honrar suas obrigações. As principais incertezas relacionadas a risco de liquidez
são as retiradas de depósitos de clientes a taxas substancialmente mais altas que as esperadas
ou que os recebimentos de ativos não ocorram nas datas de vencimento esperadas. Para mitigar
tais incertezas, a base de captações é segregada por tipo e vencimento. Adicionalmente à
utilização das captações no mercado, o Grupo possui um plano e linha de contingência de
liquidez que pode ser utilizado em eventos de estresse.
6.2 Governança
A estrutura de governança do Grupo para gerenciamento de risco de liquidez é composta dos
seguintes comitês:
GALCO (Group Asset and Liability Committe) é o comitê responsável por aprovar as
políticas globais de gerenciamento de risco de liquidez.
O LMC (Liquidity Management Committe) é o comitê autorizado pelo GALCO para
estabelecer ou delegar as propostas de limites e políticas de risco de liquidez.
18
O gerenciamento da liquidez de cada localidade é de responsabilidade do ALCO (Asset and
Liability Committe) de acordo com os limites pré-definidos pelo LMC, com as políticas de liquidez
do Grupo e com as exigências regulatórias locais. A área de risco de mercado e liquidez e Group
Treasury sugerem e monitoram a implementação de políticas e controles relacionados ao risco
de liquidez.
Estrutura de governança local para o gerenciamento de risco de liquidez:
ALCO
CEO
Head of ALM
Group
Treasury
Global
Markets
Country
Finance
Group
Market Risk
CAO
6.3 Políticas e Procedimentos
O Grupo tem como política que cada localidade deve gerenciar sua liquidez sem utilizar auxílio
do Grupo. O ALCO de cada país é responsável por garantir que o Banco tenha condições de
honrar todas suas obrigações e operar de acordo com os requerimentos regulatórios e limites
locais.
A estrutura de gerenciamento de risco de liquidez exige que limites sejam implementados de
modo a garantir um gerenciamento conservador de risco liquidez. Assim, existem limites e
monitoramento de:
Gaps de fluxo de caixa em moeda local e estrangeira;
Nível de captações no mercado para garantir que estejam alinhadas com o mercado e
as operações locais;
Nível de captações de outras localidades do Grupo com o objetivo de monitorar o risco
de contágio entre os países;
Concentração de captações por contraparte;
Limites de estresse de liquidez;
Compromissos assumidos (on balance e off balance) para garantir que exista saldo
suficiente em caso de resgate (atualmente não aplicável ao Standard Chartered Brasil);
Todos os limites são revisados ao menos anualmente para garantir que estejam de acordo com
as condições de mercado e estratégia de negócios. O monitoramento dos limites é feito
regularmente e de forma independente pela área de risco de mercado e liquidez. Operações que
ultrapassem os limites pré-estabelecidos estão sujeitas a um processo específico que inclui
revisão e aprovação de acordo a estrutura de alçadas relevante.
Localmente, o Head local de ALM é responsável por submeter os limites de risco de liquidez
para aprovação do Head Global de Risco de Liquidez do Grupo. Após a aprovação,os limites são
19
registrados no sistema de moninoramento de limites (“LMS”) e as exposições passam a ser
monitoradas pela área local de risco de mercado e liquidez.
O Standard Chartered Brasil possui nível relevante de ativos líquidos que podem ser utilizados
como fonte de liquidez ou colaterais em casos de crise de liquidez. Adicionalmente, um plano de
gerenciamento de crise de liquidez para o Grupo e cada localidade é revisado e aprovado
anualmente. O plano de gerenciamento de crise de liquidez estabelece diretrizes e planos de
ação em caso de crise de liquidez para garantir que haja resposta rápida e efetiva aos efeitos da
crise.
Uma parte relevante dos ativos do Standard Chartered Brasil é financiada por depósitos de
clientes. O Banco tem como objetivo manter uma estrutura diversificada de depósitos de modo a
constituir uma base estável de captações. O Comitê de Ativos e Passivos (ALCO) é responsável
por monitorar alterações/tendências do balanço da subsidiária com o objetivo de garantir que
qualquer preocupação relacionada à estabilidade da estrutura de depósitos seja resolvida de
forma eficiente. Adicionalmente, o ALCO revisa as estratégias e projeções de balanço para
garantir que o crescimento projetado de ativos esteja alinhado com o crescimento de uma base
estável de captações.
6.4 Teste de Estresse de Liquidez
A área de GMR Brasil complementa a análise de risco de liquidez através de testes de estresse
diários com o objetivo de destacar o risco de liquidez adicional que possa surgir a partir de
eventos extremos de mercado ou reputacionais.
O teste de estresse é uma parte integrante do quadro de gestão de risco de liquidez e considera
tanto eventos históricos quanto cenários forward looking (projetados). A metodologia de testes
de estresse liquidez seguem as políticas globais do Grupo com adaptações aos componentes
inerentes ao mercado local.
Os cenários de estresse são atualizados regularmente para refletir as mudanças no perfil de
risco e eventos econômicos.
Os cenários de estresse de liquidez incluem: a não renovação de depósitos de clientes, o
impacto na liquidez do Banco considerando as posições mantidas em instrumentos derivativos
com ajuste diário (futuros), requerimento adicional de margem pelas bolsas de câmbio e
derivativos, redução de valor de mercado dos ativos que possam ser utilizados como fontes de
liquidez e eventuais restrições à transferência de liquidez entre moedas devido à
conversibilidade.
6.5 Comunicação Interna
Os relatórios elaborados pela área de risco de mercado e liquidez tem como objetivo facilitar o
controle e gerenciamento das posições do Banco. A periodicidade de cada relatório pode variar
conforme políticas internas do Banco ou exigências dos órgãos reguladores.
Dentre os principais relatórios de liquidez destacam-se:
• Relatório de VaR dos livros de ALM e exposições aos fatores de risco;
• Relatório de Liquidez;
20
• Relatório de Teste de Estresse;
• Relatórios Regulatórios;
Os relatórios de risco de liquidez são enviados diariamente para membros da diretoria do Banco.
6.6 Sistemas Utilizados
A área de gerenciamento de risco de mercado e liquidez do Standard Chartered Brasil utiliza os
seguintes sistemas para cálculo e monitoramento de risco de liquidez:
•
•
•
•
VII.
Mitra: Sistema local para cálculo de risco regulatório e elaboração de relatórios;
CRK: Sistema Local de Back-Office;
Exchange: Sistema Local de Back-Office para operações de câmbio;
LMS: Sistema de gerenciamento de limites.
RISCO DE CRÉDITO
Risco de crédito é o risco de que a contraparte de uma transação financeira falhe em cumprir
com suas obrigações, resultando em prejuízo financeiro para o Grupo. Exposições de crédito
podem ser originadas tanto no livro de banking quanto no livro de trading.
O risco de crédito é gerenciado através de uma estrutura de políticas e procedimentos relativos à
medida e administração do risco. Existe uma clara divisão das tarefas entre os originadores das
transações na área de negócio, e os aprovadores, na área de risco. Todos os limites de
exposição de crédito são aprovados de acordo com as alçadas de aprovação de crédito.
7.1
Políticas de Crédito
Os padrões e políticas globais de crédito são determinados pelo GRC (Comitê de Risco do
Grupo Standard Chartered), que também supervisiona a delegação de aprovação de crédito e
autoridade para provisionamento.
Políticas e procedimentos específicos a cada área de negócio são estabelecidos pelos comitês
autorizados (Risco e Crédito). Estes são consistentes com as políticas globais do Grupo, mas
são mais detalhados e adaptados de modo a refletir os diferentes ambientes de risco e
características dos portfólios.
7.2
Medição e Avaliação de Crédito
A medição do risco tem um papel importante, juntamente com a experiência e julgamento, no
gerenciamento de portfólios, sendo essencial para investimentos sustentáveis.
Um padrão alfa-numérico de classificação de riscos, denominado Credit Grade, é utilizado em
ambos os banco de atacado e varejo. O sistema de medição é baseado nas estimativas de
probabilidade de inadimplência internas do Grupo com relação aos clientes ou portfólios,
avaliados de acordo com uma variedade de fatores quantitativos e qualitativos. A escala de
avaliação vai de 1 até 14 e os graus estão separados entre A, B e C. Menores graus indicam
uma menor probabilidade de inadimplência, desta forma as categorias de 1A até 12 C são
atribuídas à clientes ou contas adimplentes enquanto os graus 13C e 14C designam clientes ou
portfolios inadimplentes.
21
Não existe relação direta entre a classificação de crédito interna do Grupo e aquelas
disponibilizadas por agências de crédito externas. As avaliações internas não são réplicas de
avaliações externas de crédito porém, uma vez que os aspectos analisados podem ser similares,
um cliente mal avaliado por agências externas provavelmente receberá uma nota similar
internamente.
Modelos de medida de risco são aprovados pelo comitê de risco responsável, seguindo as
recomendações do MAC (Comitê de Avaliação Modelo do Grupo). O MAC apóia os comitês de
risco para que a identificação e medição dos riscos seja consistente e objetiva, de forma que as
decisões de controle de risco sejam devidamente informadas. Antes da revisão pelo MAC, todos
os modelos de IRB são validados detalhadamente pelo time de validação, que é independente
dos times que desenvolvem e mantém os modelos. Os modelos são reavaliados pelo menos
uma vez ao ano. As revisões também são realizadas caso a performance do modelo se deteriore
de forma significativa.
7.3
Aprovação de Crédito
As principais exposições de crédito para contrapartes individuais ou grupos de contrapartes são
revisadas e aprovadas pelo Comitê de Crédito do Standard Chartered Brasil.
A autoridade de pre-aprovação de crédito são delegadas pelo Comitê a indivíduos baseando-se
em sua experiência, capacidade de julgamento e na estimativa da maior perda potencial de um
dado cliente ou portfolio. Esses indivíduos são denominados Senior Credit Officers (SCOs).
7.4
Risco de Concentração
O risco de concentração é gerenciado de acordo com limites de concentração determinados para
cada contraparte (ou grupo de contrapartes); setor de atuação e país. Limites adicionais de
concentração são determinados para cada classe de risco.
As concentrações de crédito são monitoradas pelo comitê de risco do Standard Chartered Brasil.
Riscos de concentração considerados significativos são analisados e monitorados pelo comitê
que pode determinar medidas para reduzir ou mitigar o risco.
7.5
Monitoramento e Comunicação Interna
O Grupo monitora regularmente exposições de crédito e tendências externas que possam
impactar no resultado do gerenciamento de risco.
Relatórios internos de gerenciamento de risco são apresentados para o comitê de Crédito
contendo o nível de inadimplência e desempenho das operações com valor recuperável
deteriorado, além de informações sobre as tendências políticas e econômicas.
Contas e portfolios são colocados em estado de alerta quando mostram sinais de fraqueza ou
deterioração financeira; por exemplo quando existe um declínio da posição do cliente com
relação à industria, violação de convênios, não cumprimento com uma obrigação ou problemas
com a administração.
Tais contas e portfolios são submetidos a um processo supervisionado pelo GSAM
(Gerenciamento de Ativos Especiais do Grupo). A contas são reavaliadas, medidas corretivas
são tomadas e seus resultados são monitorados. As ações de correção podem incluir a redução
da exposição, aumento da proteção, saída da conta ou transferência imediata do controle da
conta para o GSAM.
22
7.6
Mitigação de Crédito
Perdas potenciais de crédito são mitigadas utilizando uma variedade de ferramentas. O Standard
Chartered Brasil procura utilizar em larga escala acordos de compensação e a celebração de
contratos gerais de derivativos com disposições contratuais que permitam: (i) o recebimento de
garantias ou margem (collateral), (ii) vencimento antecipado de transações caso valores a
receber atinjam determinado patamar, (iii) rescisão imediata de contratos caso a contraparte
tenha seu rating de crédito reduzido.
O Standard Chartered Brasil também pode mitigar seu risco utilizando garantias obtidas de
terceiros e instrumentos derivativos. Para esse último, dado o impacto potencial na volatilidade
das receitas, tais derivativos são usados de maneira restrita, respeitando sua volatilidade
esperada.
A confiabilidade depositada nos instrumentos e dispositivos de mitigação de risco é
cuidadosamente avaliada considerando os cumprimentos legais, valor de mercado e o risco de
contraparte do garantidor.
7.7
Exposição a Risco de Contraparte
O risco de crédito dos produtos de trading é gerenciado no âmbito global de apetite de risco de
crédito para com instituições financeiras e corporações.
A exposição de risco de crédito a produtos de trading provém da marcação à mercado positiva
dos ativos-objeto juntamente com o risco potencial associado a cada operação. O componente
potencial visa corrigir os possíveis movimentos de mercado.
Para contratos de derivativos, o Grupo limita sua exposição à perdas de crédito no evento de
inadimplência através de acordos de compensação (netting) com determinadas contrapartes.
Adicionalmente, o Grupo assina CGDs (Contrato Global de Derivativo) com contrapartes de
forma a regular as transações e mitigar a exposição. Em um processo de chamada de margem,
garantias adicionais são chamadas da contraparte caso a marcação a mercado da exposição
total sem garantia exceda o os limites estabelecidos e o limite mínimo de transferência,
especificados no contrato. No caso de algumas contrapartes, o CGD é bilateral e exige que o
Grupo deposite garantias caso a marcação a mercado favoreça o cliente e exceda um limite prédeterminado.
As atividades diárias de gerenciamento de risco de crédito para os ativos de trading é feita pelo
TCRM (Traded Credit Risk Management) cujas atividades incluem a supervisão e aprovação de
excessos temporários de níveis delegados pelo Comitê de Subscrições. O risco de crédito do
emissor, incluindo riscos de liquidação e pré liquidação, é controlado pelo Risco de Crédito do
banco de atacado, ao passo em que o risco dos preços é controlado pelo Risco de Mercado.
23
7.8
Detalhamento da Exposição de Crédito
A seguir, é apresentado o detalhamento do cálculo da parcela de alocação de capital para risco
de crédito, segmentada por FPR.
24
RISCO DE CRÉDITO DE CONTRAPARTE
ABERTURA DAS EXPOSIÇÕES E CARTEIRA DE CRÉDITO
R$ Mil
Detalhamento do Pepr - VALOR DA EXPOSIÇÃO
Jun-12
Sep-12
Dec-12
Mar-13
Jun-13
DISPONIBILIDADES
APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ
TVM E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS
OPERAÇÃO DE CRÉDITO
OUTROS DIREITOS
OUTROS VALORES E BENS
PERMANENTE
CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS
OPERAÇÕES A LIQUIDAR DE COMPRA DE MOEDA ESTRANGEIRA, DE OURO OU DE TÍTULOS E
VALORES MOBILIÁRIOS NO MERCADO A VISTA
OPERAÇÕES A LIQUIDAR DE VENDA DE MOEDA ESTRANGEIRA, DE OURO OU DE TÍTULOS E
VALORES MOBILIÁRIOS NO MERCADO A VISTA
VALOR DA EPR
VALOR TOTAL DA PARCELA PEPR
NOME DA CONTA
19.595,07
489.820,15
5.046.277,86
71.914,38
82,98
470,45
-
7.219,75
343.146,27
4.619.979,62
9.895,52
316,33
495,71
-
4.886,66
600.316,96
4.068.029,03
17.321,26
179,37
683,18
2.534,91
4.127,08
828.175,25
3.948.905,87
27.539,24
1.039,07
867,46
126,38
5.565,51
626.191,39
3.763.811,16
25.280,82
376,82
836,87
2.020,10
923.552,79
628.066,99
532.336,89
1.455.408,39
450.923,52
360.207,87
6.911.921,57
6.911.921,57
288.632,91
5.897.753,11
5.897.753,11
257.758,60
5.484.046,86
5.484.046,86
602.762,58
6.868.951,31
6.868.951,31
186.270,96
5.061.286,16
5.061.286,16
Valor Total das Exposições sujeitas a Risco de Crédito (saldo médio)*
7.023.475,92
6.516.391,70
6.197.984,21
6.176.499,09
5.965.118,74
Sep-12
Dec-12
Mar-13
Jun-13
* Saldo médio é calculado pela média aritmética da soma do trimestre anterior com o trimestre atual
Detalhamento do Pepr - VALOR DA EXPOSIÇÃO APÓS FATOR CONVERSÃO
NOME DA CONTA
DISPONIBILIDADES
APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ
TVM E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS
OPERAÇÃO DE CRÉDITO
OUTROS DIREITOS
OUTROS VALORES E BENS
PERMANENTE
CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS
OPERAÇÕES A LIQUIDAR DE COMPRA DE MOEDA ESTRANGEIRA, DE OURO OU DE TÍTULOS E
VALORES MOBILIÁRIOS NO MERCADO A VISTA
OPERAÇÕES A LIQUIDAR DE VENDA DE MOEDA ESTRANGEIRA, DE OURO OU DE TÍTULOS E
VALORES MOBILIÁRIOS NO MERCADO A VISTA
VALOR DA EPR
VALOR TOTAL DA PARCELA PEPR
Jun-12
19.595,07
489.820,15
473.413,81
71.914,38
82,98
470,45
-
7.219,75
343.146,27
420.941,88
9.895,52
316,33
495,71
-
4.886,66
600.316,96
359.649,00
17.321,26
179,37
683,18
2.534,91
4.127,08
828.175,25
354.940,69
27.539,24
1.039,07
867,46
126,38
5.565,51
626.191,39
565.774,07
25.280,82
376,82
836,87
2.020,10
466.394,16
317.173,83
268.830,13
734.981,24
227.720,92
3.602,08
1.525.293,09
1.525.293,09
2.886,33
1.102.075,62
1.102.075,62
2.577,59
1.256.979,05
1.256.979,05
6.027,63
1.957.824,03
1.957.824,03
1.862,71
1.455.629,23
1.455.629,23
Jun-12
Sep-12
Dec-12
Mar-13
Jun-13
Detalhamento do Pepr - VALOR DA EPR
NOME DA CONTA
DISPONIBILIDADES
APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ
TVM E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS
OPERAÇÃO DE CRÉDITO
OUTROS DIREITOS
OUTROS VALORES E BENS
PERMANENTE
CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS
OPERAÇÕES A LIQUIDAR DE COMPRA DE MOEDA ESTRANGEIRA, DE OURO OU DE TÍTULOS E
VALORES MOBILIÁRIOS NO MERCADO A VISTA
OPERAÇÕES A LIQUIDAR DE VENDA DE MOEDA ESTRANGEIRA, DE OURO OU DE TÍTULOS E
VALORES MOBILIÁRIOS NO MERCADO A VISTA
VALOR DA EPR
VALOR DA PARCELA PEPR ANTES DO ADICIONAL DE FATOR F
VALOR TOTAL DA PARCELA PEPR
3.875,14
63.392,76
187.666,26
71.914,38
82,98
470,45
-
1.404,97
38.899,54
135.814,64
9.895,52
316,33
495,71
-
888,62
40.322,82
91.806,71
17.321,26
179,37
683,18
2.534,91
704,73
19.506,94
73.077,80
27.539,24
1.039,07
867,46
126,38
837,08
25.538,19
108.736,10
25.280,82
376,82
836,87
2.020,10
233.197,08
158.586,92
134.415,07
367.490,62
113.860,46
1.801,04
562.400,09
61.864,01
61.864,01
1.443,16
346.856,79
38.154,25
38.154,25
1.288,79
289.440,73
31.838,48
31.838,48
3.013,81
493.366,05
54.270,27
54.270,27
931,35
278.417,81
30.625,96
30.625,96
25
Exposição de Risco de Crédito por Contraparte - FPR
Em R$ Mil
VALOR
VALOR
VALOR
VALOR
VALOR
Risco de Crédito
Jun-12
Sep-12
Dec-12
Mar-13
Jun-13
FPR de 20%
3.875,14
FPR de 35%
1.404,97
-
FPR de 50%
302.492,34
FPR de 75%
218.801,23
-
FPR de 100%
256.032,61
FPR de 300%
-
29.572,15
127.906,56
-
346.856,79
289.440,64
493.366,05
278.417,82
Jun-12
Sep-12
Dec-12
Mar-13
Jun-13
FPR de 20%
426,26
154,55
97,75
-
-
-
33.274,16
FPR de 75%
24.068,14
28.163,59
FPR de 300%
13.931,56
61.864,02
31.838,48
92,08
40.755,49
16.464,16
-
10.902,13
38.154,26
10.261,84
-
20.838,60
-
-
Valor total da parcela PEPR
149.674,18
-
FPR de 35%
FPR de 100%
370.504,43
562.400,09
RISCO DE CRÉDITO DA CONTRAPARTE
FPR de 50%
837,08
-
99.110,23
-
93.289,47
-
189.441,79
126.650,59
-
Total
888,62
3.252,94
14.069,72
54.270,27
30.625,96
A seguir, a abertura da posição de Maiores Devedores por Atividade Econômica e Distribuição
Geográfica:
Abertura da Exposição dos dez maiores clientes
Maiores Devedores
10 Maiores Devedores
20 Maiores Devedores
Total
Jun-12
%
R$ (mil)
83% 131.031
100% 158.775
Sep-12
%
R$ (mil)
98%
74.608
100%
76.097
Dec-12
%
R$ (mil)
98%
42.186
100%
43.215
Mar-13
%
R$ (mil)
92%
27.661
100%
29.924
Jun-13
%
R$ (mil)
89%
63.116
100%
70.751
158.775
76.097
43.215
29.924
70.751
26
Abertura do Risco de Crédito por Contraparte - Atividade Econômica
Maiores Devedores
Setor Privado
R$ Mil
Jun-12
Sep-12
Dec-12
Mar-13
Jun-13
Agrícola
42.972
29.217
23.737
11.985
52.652
Alimentos
44.715
245
310
3.948
4.871
Automóveis
Bancos
Comércio Exterior
Eletrônicos
Indústria Tabaco
Infraestrutura
Máquinas
Material de Construção
Metais
Papel e Celulose
Químico
Total
-
-
-
-
-
39
5
-
-
584
30.900
36.223
13.750
3.305
5.080
5.717
4.466
2.741
4.121
196
-
-
-
-
390
28.543
2.371
1
570
1.986
2.255
1.107
502
1.713
3.180
-
173
-
-
-
599
-
-
-
-
2.400
2.290
-
-
-
635
-
2.174
4.282
1.812
158.775
76.097
43.215
29.924
70.751
Abertura do Risco de Crédito por Contraparte - Distribuição Geográfica
Maiores Devedores
Região
Norte
Nordeste
Centro-Oeste
Sudeste
Sul
Total
R$ Mil
Jun-12
158.775
158.775
Sep-12
76.097
76.097
Dec-12
43.215
43.215
Mar-13
29.924
29.924
Jun-13
70.751
70.751
A seguir, quadro com os produtos que compõem a Exposição sujeita a Risco de Crédito:
R$ Mil
Exposição sujeita a Risco de Crédito
Swap
NDF
Total
Jun-12 Sep-12 Dec-12 Mar-13 Jun-13
30.701
6.733
6.422
9.970
3.402
128.074 69.364 36.793 19.954 67.349
158.775 76.097 43.215 29.924 70.751
27
7.9
Operações em atraso, baixadas para prejuízo e montante de provisão
Abertura dos Instrumentos mitigadores de
risco de Crédito
Jun-12
R$ Mil
Sep-12
Dec-12
Mar-13
Jun-13
Exposições mitigadas por fator de risco (PEPR)
Depósitos a prazo
20%
35%
50%
75%
100%
150%
O Standard Chartered Brasil não possui operações em atraso, baixadas para prejuízo ou
provisões para perdas com créditos.
7.10
Operações de venda ou transferência de ativos financeiros e outras
estruturas
O Standard Chartered Brasil não realizou venda ou transferência de ativos, processo de
securitização e operações estruturadas de derivativos de crédito.
7.11
Contratos sujeitos a Risco de Crédito de Contraparte
A seguir, é apresentado o valor nocional dos contratos nos quais não há atuação de
câmaras de compensação como contraparte central, segregados em contratos sem garantias e
contratos com garantia:
Valor Nocional dos Contratos (R$ mil)
Contra tos e m que a Câ ma ra nã o a tue como
contra pa rte centra l – s e m ga ra nti a
Contra tos e m que a Câ ma ra nã o a tue como
contra pa rte centra l – com ga ra nti a
Jun-12
4.697.825
Sep-12
4.278.627
Dec-12
3.770.387
Mar-13
Jun-13
-
-
1.994.723
A seguir apresentamos o valor nocional dos contratos sujeitos ao risco de crédito de
contraparte a serem liquidados em sistemas de liquidação de câmaras de compensação e de
liquidação, nos quais a câmara atue como contraparte central:
28
1.789.766
Valor Nocional dos Contratos (R$ mil)
Contra tos e m que a Câ ma ra a tue como
contra pa rte centra l
VIII.
Jun-12
Jun-12
Dec-12
Mar-13
Jun-13
4.855.200
4.331.505
3.640.833
4.359.638
2.712.329
RISCO OPERACIONAL
Para os efeitos da Resolução 3.380/06, define-se como risco operacional a possibilidade de
ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos,
pessoas e sistemas, ou de eventos externos.
8.1
Objetivo
A exposição do Grupo Standard Chartered ao risco operacional é uma consequência das
atividades de negócios do Grupo. É objetivo do Grupo minimizar a exposição ao risco
operacional e administrá-lo dentro de um nível baixo de apetite ao risco, sendo a mitigação e o
controle de qualquer risco sujeitos a um processo de análise entre o benefício total a ser auferido
contra o custo de implementação.
Para facilitar a identificação, a avaliação e a administração proativas do risco, o Grupo dividiu o
risco operacional entre áreas específicas de controle: processos legais, administração de
pessoas, administração de tecnologia, administração de fornecedores, administração de
propriedade, administração de segurança, contabilidade e controle financeiros, administração de
impostos, autoridades corporativas e conformidade regulatória. Para cada subtipo, designa-se
um responsável que deve assegurar que o risco seja ministrado dentro do apetite.
8.2
Estrutura de Governança e de Comunicação
A Governança da administração do risco operacional é alcançada através de uma estrutura
definida de Comitês responsáveis por supervisionar e comunicar todos os riscos materiais com
foco na adequação e eficácia dos controles dentro de uma dada área de controle de risco
operacional. O Comitê de Risco Operacional do Grupo é responsável por inspecionar se a
governança e a administração dos Comitês de Risco Operacional nos níveis de Negócios, País e
Funções são satisfatórias. Todos os comitês de risco operacional operam de acordo com uma
estrutura definida por autoridades delegadas e termos de referência derivadas do Comitê de
Risco do Grupo.
8.3
Papéis e Responsabilidades
A responsabilidade pela direção do risco operacional recai sobre a área de Negócios e sobre a
Função de Gerência como um componente integral de suas responsabilidades primárias na
administração de riscos. Uma segunda linha de defesa é constituída pela função independente
do Risco Operacional do Grupo (parte da função de Risco do Grupo) juntamente com os
responsáveis pelo controle do risco, a qual assegura que a exposição do Grupo ao risco
operacional esteja em conformidade com os níveis de risco residuais aceitáveis através de uma
estrutura eficaz de controles.
29
As exposições de Risco Operacional identificadas são classificadas como “Baixa”, “Média”, “Alta”
e “Muito Alta”, baseado no processo de avaliação do risco bruto e do risco após a
implementação de controles, sendo também aceitos pelos comitês de risco operacional
designados.
Importante enfatizar que com o intuito de implementar a estrutura de gerenciamento de risco
operacional preconizada pela Resolução 3.380/06, foi criada localmente uma estrutura
compatível com o porte atual do Standard Chartered Brasil, alinhada às regras do Grupo e que
se reporta às respectivas áreas nas Américas e, localmente, ao Diretor Executivo responsável
perante o Banco Central do Brasil pelo gerenciamento de Risco Operacional.
O Comitê de Risco Operacional do País (“CORC”, na sigla em inglês) é ministrado mensalmente
a partir do escritório local e tem alçada para aceitar apenas exposições classificadas como
“Baixa” e “Média”. As exposições classificadas como “Alta” e “Muito Alta” são inicialmente
discutidas localmente e posteriormente escalonadas para comitês presididos no exterior com
alçada maior de aceitação.
8.4
Política, Procedimentos e Processos de Risco Operacional
A Política e os Procedimentos de Risco Operacional do Standard Chartered Bank S.A. – Banco
de Investimento estão alinhados à Estrutura de Gerenciamento de Risco do Grupo e
estabelecem regras claras e padrões para uma administração eficiente do risco operacional por
todo o Grupo.
As Políticas e os Procedimentos de Risco Operacional são questionados e revisados
regularmente para assegurar a contínua eficácia e alinhamento ao perfil e apetite ao risco
operacional do Grupo.
A direção eficaz e tempestiva do risco é facilitada pelos seguintes processos-chave:
•
Planejar – estabelecer o apetite ao risco em linha com os objetivos estratégicos;
•
Informar – identificar, mensurar e monitorar todos os riscos materiais;
o
o
o
o
•
Identificação de Risco: as unidades de Negócios identificam riscos operacionais
como parte da administração de seus processos cotidianos;
Avaliação de Risco: as ferramentas e as técnicas das unidades de negócios tais
como os processos de avaliação de risco e registro de risco são usadas para
entender as exposições a riscos e os controles mitigantes, bem como facilitar o
monitoramento com o intuito de assegurar que os riscos estejam dentro do
apetite;
Aceitação de Risco: significa que a exposição ao risco tem uma clara
propriedade, foi avaliada e, se estando dentro do apetite ao risco após
balanceamento do risco-retorno, aprovada pelo nível relevante;
Monitoramento de Risco: os Indicadores de Riscos-Chave (“KRI”, na sigla em
inglês) são desenvolvidos e monitorados pelas unidades de Negócios e Funções
em relação a níveis predeterminados os quais indicam possíveis tendências ou
movimentos de eventos e problemas que podem se tornar um risco.
Controlar – especificar parâmetros para manter o perfil de risco dentro do Apetite ao
Risco;
o As linhas de Negócios e Funções realizam regularmente autoavaliações de
controles-chave (“KCSA”, na sigla em inglês) para certificar sua conformidade e
eficácia. Há 3 tipos de KCSAs: o Global (aplicável a todas as áreas do Banco), o
30
o
de Negócios (para cobrir as peculiaridades de cada área de Negócios) e o Local
(de acordo com os requerimentos locais);
Os “KCSAs” são apoiados por controles independentes de teste de amostra.
•
Originar – estruturar e documentar transações;
•
Otimizar – balancear risco e retorno (e risco versus custo de controle);
•
Comunicar – influenciar, interpretar e demonstrar conformidade com os requerimentos
de stakeholders externos em relação à administração de risco.
8.5
Sistemas
A área de gerenciamento de risco operacional utiliza os seguintes sistemas:
• Optial: este sistema armazena a biblioteca de “KCSAs”. Os resultados oriundos das
análises dos “KCSAs” são nele registrados.
• Phoenix: é a base de dados de riscos e perdas do Banco.
8.6
Metodologia de Cálculo de Capital
O Standard Chartered Brasil adotou a metodologia BIA (Abordagem do Indicador Básico) para
cálculo da POPR (Parcela referente ao Risco Operacional). Nesta abordagem, o cálculo de capital
é feito com base na receita bruta, sem exigências de requisitos prévios, aplicando-se um
percentual fixo sobre a média da receita bruta total positiva dos três anos anteriores em questão.
Como o Banco no Brasil foi aberto em Maio de 2010 e ainda não possui uma base histórica de
resultados de três anos completos, a POPR foi calculada através de uma metodologia
consentida pela Circular 3.383/08, onde considerou-se quatro semestres de receitas incorridas e
dois semestres de receitas previstas pelo Plano de Negócios.
31

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