Sexo – Problema ou Solução?

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Sexo – Problema ou Solução?
Peregrino
das Letras
Informação, Cultura e Livre Expressão
IMPRESSO
PREÇO NAS BANCAS R$1,00
www.jperegrino.com.br
DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA
Ribeirão
Preto
Ano
Nº 11 - março/2006
Ribeirão Preto
- SP-- SP
Ano-IV
- Nº VI
41 - -Setembro/2003
- R$ 1,00
“O mais escandaloso dos escândalos é que nos habituamos a eles.”
Simone de Beauvoir
Sexo – Problema ou Solução?
Antigamente, justificava-se a desarmonia sexual pela rigidez dos valores morais, a repressão do sexo-prazer, a visão do sexo como
pecado, sujeira, demoníaco, o medo da gravidez. Hoje as mulheres estão livres sexual e concepcionalmente falando, os valores morais
estão a cada dia mais relaxados e abertos a assimilar condutas de vários tipos, o cotidiano está amplamente erotizado, mas nem por isso
as queixas diminuíram, o prazer aumentou ou a harmonia entre os casais cresceu. Faz-se mais sexo e continua faltando...,
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Peregrino
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Informação, Cultura e Livre Expressão
Editorial
2006 vai ser um ano movimentado. Começou com shows de
rock, duas bandas famosas movimentando uma galera mais do que
razoável. U2 e Rolling Stones. A moçada e também a ala menos
nova a lotar o Morumbi e a praia de Copacabana, respectivamente.
Por algumas horas de apresentação esquecer violências,
desemprego, corrupção. Entrar no ritmo frenético da música, não
importava o som de má qualidade, deixar ir embora a energia mal
acumulada, ser só corpo, não pensar. Cantar a música. Buscar
“satisfation”. Beijar Bono na boca e ficar famosa por um tempo,
receber mil e-mails e ser convidada para mil entrevistas. Depois
temos o carnaval. Delirar na avenida, vestir fantasias, colocar todas
as máscaras. O samba nas veias, puro prazer. Para onde foram os
problemas da cidade? “Vou beijar-te agora, não me leve a mal,
hoje é carnaval”. “Carnaval, desengano, deixei a dor em casa me
esperando, e brinquei e sambei...”
Depois virá o futebol. A torcida pelo Hexa. Todo o País em
ritmo de bola no pé. Bandeira verde-amarela em nossos corações.
Tomara que as repartições nos dispensem na hora dos jogos.
Tomara que a seleção se supere. Somos expectativas de gol.
Achamos que o técnico deveria ter convocado outros jogadores
para seleção, achamos que deveriam ficar na reserva alguns que
ele colocou para jogar. Nos arvoramos todos a palpitar.
È isto que 2006 vai ser. Um Ano palpitante em todos os sentidos.
Uma delícia, claro.
Serão também deliciosas as eleições? Com tanta coisa a nos
tirar do eixo, não serão elas levadas menos a sério do que deveriam?
Vamos pensar nisto. Vamos viver os eventos divertidos que o Ano
nos reserva, porém, muito ligados. Temos uma responsabilidade
enorme: a de eleger homens decentes para governar nosso Brasil.
Não há mais desculpas, não podemos dizer que não sabemos das
falcatruas, não podemos votar novamente naqueles que tão
descaradamente nos roubaram. Eles deixaram cair as máscaras.
Cabe a nós não nos deixarmos desviar em nossa obrigação de
contribuir para um País melhor! Muito rock, muita samba, muito
futebol e muito discernimento na hora de escolher.
Mariza Helena Ribeiro Facci Ruiz
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Peregrino - 1ª edição - Maio / 2000
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José Roberto Ruiz - MTb 36.952
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Mariza Helena R. Facci Ruiz
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OSCILAÇÕES
H
á pessoas que têm uma
terrível dificuldade de
definir o que querem.
Aquelas que nunca sabem se
devem ir ou não, se devem ficar
ou não. Se compram um tipo de
roupa ou outro, se viajam para
este lugar ou para aquele. Se
escolhem aquele ou aquele outro
parceiro. Vivem suspensas entre
duas possibilidades. Vivendo
sempre na ambigüidade, elas
padecem. Sim, porque causa
muito sofrimento não saber por
que coisa decidir. As oportunidades acabam se perdendo.
Até que algo seja decidido, o
bonde passa, o trem passa, o
metrô passa, o avião passa, a
vida passa. Elas não decidem e
por conseguinte, não agem. As
pessoas ao redor delas se
cansam. Nunca sabem o que
esperar. No entanto elas não se
preocupam em saber a opinião
de outras pessoas e guardam
para si seus problemas.
O estado de espírito em
constante mutação é outra
característica apresentada.
Podem alternar entre a tristeza
e a alegria, ora riem, ora choram.
Podem estar sujeitas a alterações de pressão, ora alta, ora
baixa, podem sofrer de enjôos
e de tonturas freqüentemente,
podem sentir dores que migram
pelo corpo e que não são
detectadas pelos médicos.
Sofrem muitas vezes de
labirintite.
Pois é, elas vivem oscilando.
Interessante é que a palavra
oscilar deriva de oscillum que
significava rostinho. É que
costumavam dependurar nas
vinhas, a guisa de espantalho, um
fio em cuja extremidade colocavam o rosto de Baco, deus
do vinho. Oscillum derivou
para balançar, provavelmente
pelo movimento realizado pelo
fio dependurado. Não é por
acaso que os bêbados oscilam.
Bem, os sintomas acima
dizem respeito ao floral Scleranthus em desarmonia. A planta
foi encontrada pelo Dr.Bach em
1930 e pertence ao Grupo da
Incerteza e da Insegurança. Ele
a encontrou justamente quando
devia decidir entre ficar no
campo e cumprir sua missão
pessoal ou retornar para
Londres. O seu uso vai trazer
definição entre duas situações,
tomada de decisão rápida,
prontidão para agir. Vai nos
afastar do deus Baco e de sua
propensão a nos embriagar. Vai
nos aproximar cada mais de
nossa verdade interior, aquela
que já conhecemos e da qual
nos afastamos por artimanhas
do “oscillum”.
Mariza Helena Ribeiro Facci Ruiz
Terapeuta Floral
Practitioner pela Dr. Edward Bach
Foundation, Escritora e membro
da UBE
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Leptospirose
A
leptospirose é uma
enfermidade endêmica,
bastante comum em
épocas de chuvas. É uma
doença causada por bactéria, a
Leptospira ssp, afetando a
maior parte dos animais inclusive
o homem. É transmitida através
da urina, água e alimentos contaminados pelo microorganismo,
pela penetração da pele lesada,
e pela ingestão. O cão e outros
animais como por exemplo
ratos, bovinos e animais silvestres também podem contrair
a doença e transmiti-la.
A doença é causada principalmente pela urina que os
ratos e os camundongos deixam, de preferência próximo a
lugares onde encontram algo
para comer: restos de comida de
cachorros, lixo, ossos, etc.. Um
cão que logo pela manhã, no
quintal ou no jardim, focinha o
rastro de um rato e lambe um
pouco da urina do roedor é, na
maioria dos casos, condenado.
Sintomas nos animais
Depois de 8-14 dias de contágio, manifesta-se a icterícia, o
animal evacua água quase preta,
vomita fortemente e morre
depois de 3 ou 4 dias.
Os primeiros sinais clínicos
observados nos animais doentes
são anorexia, apatia, vômito e
febre evoluindo para anemia,
icterícia, poliúria, polidipsia
(aumento da ingestão de
líquidos), diarréia, a urina pode
apresentar-se com sangue ou de
coloração escura e podem
aparecer erosões (úlceras) na
boca ou língua.
Profilaxia nos animais
Para evitar a leptospirose a
profilaxia indicada é:
1. a vacinação semestral do
seu animal de estimação;
2. drenagem de águas
paradas; limpeza de terrenos
baldios;
3. colocação de cloro na
água;
4. desinfecção e limpeza do
local eliminando restos de
comidas que possam atrair ratos
e fechar hermeticamente as latas
de lixo caseiro;
5. fechamento de buracos
entre telhas, paredes e rodapés;
6. controle de roedores e
animais silvestres;
7. isolamento do animal
portador, tratamento; e todo
material que entrou em contato
com o animal deve ser desinfetado ou incinerado.
8. Uso de luvas ao lidar com
o animal doente.
Diagnóstico e Tratamento
Deverão ser feitos pelo
clínico veterinário responsável
pelo atendimento e acompanhamento do animal, lembrando
da grande importância do caso,
por tratar-se de uma zoonose,
podendo haver também o
comprometimento das pessoas
da família. Reiteramos a
necessidade de vacinação para
a garantia e segurança da saúde
da família.
Dr. Mussi A. de Lacerda
Médico Veterinário
CRMVSP 3065
Tamanduá-bandeira
A ficha do bicho
Nome popular: Tamanduá-bandeira,
iurumi
Nome científico: Myrmecophaga
tridactyla
Quanto vive: 15 anos e o “vovô” dos
tamanduás viveu 19, num zoológico
de Ohio, Estados Unidos
Quanto pesa: 30 quilos
Onde vive: Cerrados da América
Central à Argentina
O que come: Cupim, formigas, ovos, larvas de insetos
Filhotes: Um, que nasce após gestação de 190 dias
O tamanduá-bandeira é da Ordem dos Edentata, que quer dizer sem
dentes. Ele nem precisa mesmo de dentes, porque só come insetos
pequenos, que engole sem mastigar. Para conseguir sua comida, o tamanduá
usa as fortes unhas que tem para abrir um cupinzeiro, onde enfia a língua de
dois palmos de comprimento, fininha e coberta de uma saliva grudenta. Os
cupins grudam na língua e o tamanduá a recolhe, para engolir o almoço.
O tamanduá enxerga mal, escuta mal, mas tem um olfato muito bom, 40
vezes melhor que o nosso. E o nariz dele é tão importante que, para protegêlo, o tamanduá esconde a ponta do focinho embaixo da grande cauda,
quando vai dormir.
Embora ficando raro porque o cerrado onde vive está sendo transformado
em plantações de soja, o tamanduá-bandeira deve sobreviver em cativeiro,
pois se reproduz bem nos zoológicos. Mesmo quando a fêmea não sabe
bem como tratar do filho e o abandona, ele é criado na mamadeira, mas
nesse caso os tratadores dão um bicho de pelúcia para o filhote, no qual ele
fica agarrado, usando-o como substituto da mãe ausente.
Fonte: 100 Animais Brasileiros publicados no Estadão
Luiz Roberto de Souza Queiroz.
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Peregrino
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Falar de poetas
É
bem mais agradável do
que falar do “Grande
Nojo”, segundo Cony ou
da “náusea e do horror”,
conforme Érico Veríssimo. Já
abordei esses dois assuntos, que
vêm a ser o mesmo, embora a
distância temporal entre esses
escritores seja bem grande. É
que qualquer pessoa de bem
sente-se enojada até o limite e
horrorizada só de pensar o que
a falta de caráter e a ambição
desmedida podem fazer com um
país.
Os poetas são pessoas
especiais, bonitas por dentro,
mesmo que não sejam por fora.
Enchem a alma da gente de
emoções, de beleza, e, muitas
vezes, com seus versos, lutam
por ideais pelo povo ou pela
nação.
Oswald de Andrade (11/1/
1890 - 22/10/1953), se fosse
vivo, teria completado há
pouco, cento e dezesseis anos.
Ele disse, certa vez: “Viajei,
fiquei pobre, fiquei rico, casei,
enviuvei, casei, divorciei, viajei,
casei... já disse que sou conjugal,
gremial e ordeiro. O que não
impediu de ter brigado diversas
vezes à portuguesa e tomado
parte em algumas batalhas
campais. Nem de ter sido preso
treze vezes.” Por isso, pode-se
imaginar a vida tumultuada que
ele levou.
“Em várias flamas variamente
ardia”, como diria Camões,
entretanto não apenas em flamas
amorosas; as brigas a que
Oswald se refere podem
também ser entendidas no
campo da literatura: brigas com
a gramática tradicional que ele
subverteu, com o léxico, cujo
número ele aumentou, criando
neologismos curiosos, como :
“Beiramávamos em auto”;
“losangos tênues de ouro
bandeiranacionalizavam o verde
dos montes interiores; com a
estrutura tradicional do romance,
usando uma técnica de
montagem em Memórias Sentimentais de João Miramar e
Serafim Ponte Grande, que
corresponde, em pintura, ao
cubismo, numa “prosa telegráfica”, no dizer da crítica, que
utiliza a linguagem em vários
níveis; com a técnica teatral, que
renovou, tornando-se um dos
marcos iniciais do teatro
moderno brasileiro; com a
poesia, que procurou dessacralizar, através de uma
linguagem coloquial em que o
humor e a ironia despertaram
ora os aplausos dos críticos, ora
os mais acerbos comentários.
Oswald de Andrade foi uma
das personalidades mais
expressivas do Modernismo
brasileiro: jornalista, poeta,
romancista, teatrólogo e
professor de literatura na USP;
sempre irrequieto e atuante,
mesmo nos últimos anos de sua
vida, cheios de dificuldades
econômicas e de saúde, ora
elogiado, ora criticado (ainda
hoje), permanece à espera de
estudos mais profundos que
revelem realmente quais as
qualidades de sua obra e sua
contribuição para a literatura
brasileira.
Também nascido em janeiro
(9/1/1920) e falecido em
outubro (9/10/1999), João
Cabral de Mello Neto pertence
à chamada “geração de 45”,
cronologicamente, e destacouse por uma linguagem seca e
concisa, pela elaboração do
verso “nítido e preciso” e por
outra vertente de sua poesia, a
social em que focaliza o Nordeste e os dramas que afligem
sua gente.
Também ele pretendeu
desmistificar a linguagem poética
e introduziu novos temas na
poesia, a crítica social, sem sentimentalismos, em O cão sem
plumas, O rio, Morte e vida
Severina; interessou-se também
pelos temas históricos em Auto
do Frade, sobre o Frei Caneca.
João Cabral pretendia ser
crítico literário, daí, talvez a
lucidez com que aborda, nos
próprios versos, o ato de fazer
poesia.
No início, sofreu influência de
Murilo Mendes e Carlos
Drummond de Andrade, mas,
aos poucos, foi emergindo seu
estilo inconfundível, antilírico e
racionalista.
O sertão nordestino é uma
constante em sua obra. João
Cabral é natural de Recife e
passou a infância e a adolescência em contato com engenheiros e todos que trabalham
com a cana-de-açúcar. Dessas
experiências de vida sua obra
está impregnada. Hoje, João
Cabral é considerado um dos
poetas mais inventivos e originais
da literatura brasileira. Sua obra
Morte e vida Severina, com
música de Chico Buarque, é a
mais conhecida do público, teve
muitas apresentações, inclusive
no exterior, sendo premiada na
França, no tempo do TUCA,
Teatro da Universidade Católica.
Nilva Mariani
U.B.E., Academia de Letras
Ciências e Artes da AFPESP
Anador
(Justicia sp.)
Planta que cresce em quase
todo o Brasil, o anador é mais
conhecido por seu uso ornamental, uma vez que as folhas
chamam a atenção pela cor e
pelo formato. No entanto, a
sabedoria popular a utiliza
contra diversos tipos de dor daí o nome, ana (contra) dor em especial a de cabeça. Em
chá, tintura, compressas ou no
banho, o anador oferece alívio
em pouco tempo.
Parte utilizada: Folha.
Ajuda a tratar de: Dores
localizadas em geral, febre.
Fonte: Flora – Essencial –
Um guia prático para a
saúde e beleza.
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Peregrino
Os preçonhentos
A
lguns conhecidos voltaram
da China impressionados.
Um determinado produto
que o Brasil fabrica um milhão de
unidades, uma só fábrica chinesa
produz quarenta milhões... A
qualidade já é equivalente. E a
velocidade de reação é impressionante. Os chineses colocam
qualquer produto no mercado em
questão de semanas... Com preços
que são uma fração dos praticados
aqui.
Uma das fábricas está de
mudança para o interior, pois os
salários da região onde está
instalada estão altos demais: 100
dólares. Um operário brasileiro
equivalente ganha 300 dólares no
mínimo. Que acrescidos de impostos
e benefícios, representam quase 600
dólares. Comparados com os 100
dólares dos chineses, que recebem
praticamente zero benefícios...
Hora extra? Na China? Esqueça.
O pessoal por lá é tão agradecido
por ter um emprego, que trabalha
horas extras sabendo que nada vai
receber...
Essa é a armadilha chinesa. Que
não é uma estratégia comercial, mas
de poder. Os chineses estão tirando
proveito da atitude dos marqueteiros ocidentais, que preferem
terceirizar a produção e ficar com o
que “agrega valor”: a marca.
Dificilmente você adquire nas
grandes redes dos Estados Unidos
um produto feito nos Estados
Unidos. É tudo “made in China”,
com rótulo estadunidense. Empresas ganham rios de dinheiro
comprando dos chineses por
centavos e vendendo por centenas... Mesmo ao custo do
fechamento de suas fábricas.
É o que chamo de “estratégia
preçonhenta”.
Enquanto os ocidentais terceirizam as táticas e ganham no curto
prazo, a China assimila as táticas
para dominar no longo prazo. As
grandes potências mercadológicas
que fiquem com as marcas, o
design... Os chineses ficarão com a
produção, desmantelando aos
poucos os parques industriais
ocidentais. Em breve, por exemplo,
não haverá mais fábricas de tênis
pelo mundo. Só na China. Que então
aumentará seus preços, produzindo
um “choque da manufatura”, como
foi o do petróleo. E o mundo
perceberá que reerguer suas
fábricas terá custo proibitivo.
Perceberá que se tornou refém do
dragão que ele mesmo alimentou.
Dragão que aumentará ainda mais
os preços, pois quem manda é ele,
que tem fábricas, inventários e
empregos... Uma inversão de jogo
que terá o impacto de uma bomba
atômica. Chinesa.
Nesse dia, os executivos “preçonhentos” tristemente olharão para
os esqueletos de suas antigas
fábricas, para os técnicos aposentados jogando bocha na
esquina, para as sucatas de seus
parques fabris desmontados. E
lembrarão com saudades do tempo
em que ganharam dinheiro comprando baratinho dos chineses e
vendendo caro a seus conterrâneos...
E então, entristecidos, abrirão
suas marmitas e almoçarão suas
marcas.
Luciano Pires
www.lucianopires.com.br
ILUSÕES DE ÓTICA
Acredita que o círculo dentro do
grupo maior e o círculo dentro
do grupo menor são do mesmo
tamanho?
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Informação, Cultura e Livre Expressão
FALAR BEM...
Prezado Leitor, nesta coluna, espero poder esclarecer algumas
dúvidas a respeito da Língua Portuguesa.
1. O Banco X enviou o comunicado:
A cobrança “que procederemos”
ocorrerá por sua conta e risco...
Além da cobrança teremos o erro na
Língua Portuguesa que ocorrerão por
nossa conta e risco!!!
Prezado amigo leitor, daremos a dica:
Proceder a um sorteio, a um exame, a
uma cobrança, a pesquisa...
Também estão incorretos: proceder uma
cobrança, proceder um sorteio...
A frase acima corrigida ficará: A cobrança a que procederemos ocorrerá por
sua conta e risco...
2. __ Está com dor de garganta, perguntou Maria?
A dica de Maria é usar UM própolis... a dor melhorará muito...
Porém, teremos “outra dor”!!! A dor do uso incorreto do Português...
Prezados leitores, muitas coisas verdadeiramente deliciosas são femininas:
a musse, a alface, a poncã, a puxa-puxa, a própolis (substantivo feminino)...
Vamos ficar sem dores: usaremos A PRÓPOLIS!!!
3. ANTES DE QUE Pedro fique bravo, ela estava aguardando-o exatamente
no horário marcado...
Pedro ficará bravo com o Português...
Vejam, amigos leitores, a expressão correta é: ANTES QUE, da mesma forma
a expressão DEPOIS QUE.
Antes que Pedro fique bravo, corrigimos o Português!!!
Curiosidade: Procuram-se Heróis de Verdade
“Procuram-se pessoas que saibam que...
... ser é mais do que parecer.
...amar não é só um sentimento, e sim um jeito de tratar a pessoa amada.
... quando um dos dois perde, todos perdem juntos.
... é melhor uma derrota honesta do que uma vitória sem escrúpulos.
... pedir desculpas engrandece a alma.
...E que sejam capazes de...
... chorar de saudade.
... vibrar com uma noite estrelada.
... aprender com o sorriso de uma criança.
... falar de Deus com alegria no coração.
Procuram-se pessoas simples, com olhar sincero e coração grande.
Heróis de verdade...
O tipo de gente que não precisa de aplauso para ter uma noite de sono em
paz!””
Roberto Shinyashiki
Colaboração: Renata Carone Sborgia
Advogada e Profª de Português e Inglês, Mestra USP / RP
[email protected]
Peregrino
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Ribeirão Preto - SP - março/2006
Informação, Cultura e Livre Expressão
Sexo – Problema ou Solução?
Dhenise Pacheco - Médica, Psicoterapeuta
E
statísticas mostram que entre
os brasileiros, 12% dos
homens e 35% das mulheres
não têm desejo, vontade de fazer
sexo, e 10% dos homens e 30% das
mulheres não têm orgasmo, prazer
sexual.
Aproximadamente 50% dos
homens entre 18 e 60 anos sofre com
ejaculação precoce e cerca de 40%
deles apresentam algum grau de
impotência. Por outro lado, a mesma
pesquisa mostra que 68% das
mulheres considera a qualidade de
sua vida sexual muito boa ou ótima.
Esses dados chamam a atenção para
o grau de dificuldade que as pessoas continuam enfrentando para
relacionar-se sexual e amorosamente.
Antigamente, justificava-se a
desarmonia sexual pela rigidez dos
valores morais, a repressão do sexoprazer, a visão do sexo como pecado, sujeira, demoníaco, o medo da
gravidez. Hoje as mulheres estão
livres sexual e concepcionalmente
falando, os valores morais estão a
cada dia mais relaxados e abertos a
assimilar condutas de vários tipos,
o cotidiano está amplamente erotizado, mas nem por isso as queixas
diminuíram, o prazer aumentou ou a
harmonia entre os casais cresceu.
Faz-se mais sexo e continua faltando...,
A falta de desejo sexual é resultante da depressão, do estresse, de
discórdias matrimoniais ou de
causas físicas como deficiências
hormonais, mas também tem origens
mais profundas. Existe um grande
medo da intimidade, e por isso um
medo do sexo, que é o ponto máximo
da intimidade. As pessoas estão com
medo de se tornar vulneráveis, de
abandonar suas defesas e abrir-se
umas com as outras.
As pessoas fecharam-se em
papéis sexuais fixos e restritos e
desenvolveram uma só dimensão em
seus relacionamentos sexuais,
seguindo um conjunto de reações
culturalmente determinadas. Assim
ficaram entediadas e desinteressadas com relação à natureza
repetitiva do sexo e incapazes de
recorrer a outros aspectos de si
mesmas durante a intimidade.
A sexualidade é a capacidade de
relacionar-se com o outro e consigo
próprio com criatividade e prazer. É
poder abrir-se e entregar-se à possibilidade de dar e receber estímulos
que movam a energia estagnada,
fazendo com que ela circule e
carregue todo o corpo a fim de que,
ao ser liberada, faça uma verdadeira
“limpeza” dos canais e centros por
onde ela passe, diminuindo as
defesas e contatando a essência,
diminuindo as barreiras eu-não eu.
E é isso que provoca o medo. Gastase muita energia e tempo construindo e sustentando defesas e
máscaras que escondam o que é
verdadeiramente bom, para que
“não usufruam de mim”, e o que é
ruim, para “não se afastarem de mim”.
O medo de ficar só arrasta as
pessoas umas para as outras de
forma rápida, superficial e morna.
Não pode haver aprofundamento
sob pena de se dar a conhecer...
Entra-se, então num círculo vicioso
de insatisfações, desprazeres,
disfunções e de uma busca incessante de alguém que traga a
sensação de inteireza, de completude, de unidade que está nada
mais nada menos do que dentro de
cada um.
Hoje há educação sexual nas
escolas: desde criança sabe-se sobre
o funcionamento do aparelho reprodutor, como é a relação sexual,
como as crianças são geradas e
nascem e como é a prevenção da
gravidez e das doenças sexualmente
transmissíveis. O número de gravidezes não planejadas e indesejadas,
de doenças transmitidas por via
sexual e de disfunções sexuais
continua tremendamente alto. Hoje,
aprende-se sobre inteligência
emocional no trabalho, na família e
no sexo. Hoje fala-se de sexo no café
da manhã, no almoço e no jantar; a
internet globaliza as informações, as
imagens e as relações eróticas.
Por outro lado, a massificação, a
globalização, a tecnologia e a velocidade desconectam o ser de si
próprio. Não conhecemos nossos
ritmos, nossos desejos, nossas
sensações, nossos sentimentos,
nossa origem e nosso fim.
Desconhece-se a si e ao outro,
portanto é impossível dar-se ao
outro ou receber o outro em si. Mas
a necessidade de relacionar-se é
premente, da forma que for possível,
é preciso dar vazão ao “tesão”, é
necessário cumprir-se o papel de
homem/mulher, mostrar um bom
desempenho...
O “tesão” vira tensão, tensão é
estresse, sistema nervoso simpático:
adrenalina, rigidez muscular, desconexão dos pensamentos, sentimentos e sensações, lutar ou fugir.
Excitação é parassimpático, é
relaxamento, é vasodilatação; orgasmo é deixar fluir as sensações, a
energia, é conexão consigo e com o
parceiro.
Situações obviamente incompatíveis que vão gerar a insatisfação
e, portanto, a constante busca do
prazer e o medo cada vez maior, de
falhar nesse intento.
Se ficamos divididos entre o forte
desejo e a forte inibição, incapazes
de encontrar o ponto intermediário
em que paixão e virtude podem se
unir de um modo relaxante e criativo,
é difícil encontramos prazer no sexo.
Para melhorar nossas vidas eróticas,
não precisamos de novas técnicas
ou novos auxílios eletrônicos e
mecânicos. Precisamos de uma
mudança no modo como imaginamos
o objetivo de nossas vidas: viver de
modo narcisista, visando realizar
complexas fantasias de prazer ou,
generosamente, com um coração
aberto e uma imaginação vívida.
Se quisermos saber como
conquistar uma nova vida e uma
nova sensibilidade, tudo que teremos de fazer é olhar atentamente
para nossos problemas. Temos de
tomar cuidado para não procurar
apressadamente compensações,
defendendo o oposto do que nossos
sintomas indicam. Teremos coragem
para sair de nossos esconderijos por
trás do moralismo e da hipocrisia?
Estamos ligados a nossos moralismos porque eles nos protegem
das ricas possibilidades da vida.
Basicamente, não confiamos em
nossa sexualidade. Nós nos sentimos atraídos por ela, mas não
desejamos que complique nossas
vidas e interfira nos nossos planos.
Poderíamos encontrar o nosso
caminho na vida e, talvez, no mundo,
diminuindo nossas ansiedades em
relação ao eros e levando nossos
desejos a sério. Aprender a colher o
fruto dos desejos talvez seja a
principal habilidade que uma verdadeira educação poderia ensinar.
Às vezes, temos problemas porque
o colhemos cedo ou tarde demais.
No primeiro caso, a vida se torna
confusa. No segundo, nos sentimos
vazios, cheios de arrependimento e
remorso, e deprimidos.
Em nossa cultura, os modelos de
relação sexual satisfatória estão mais
ligados à idéia de alívio do estresse
e de colecionar orgasmos do que aos
desejos mais profundos de conexão
e intimidade. Tanto homens quanto
mulheres tendem a levar só os
genitais para a cama, ignorando a
capacidade sensual do corpo inteiro
e, além do corpo físico, do corpo
energético. Seja qual for nossa
história sexual, geralmente é preciso
curar muita coisa antes de podermos
explorar integralmente a verdadeira
intimidade com o parceiro, permitindo ver onde essa ligação nos
conduz e não limitar o foco ao prazer
genital e ao orgasmo.
Jornal Corpo Mente
Salvador, agosto de 2003.
Ribeirão Preto - SP - março/2006
Peregrino
7
Informação, Cultura e Livre Expressão
Ayurveda – Um sistema de medicina indiano
O
sistema de medicina indiano, o
ayurveda (do sânscrito ayus,
“vida”, e veda, “conhecimento”), criado há aproximadamente cinco
mil anos, tem como principal preocupação o equilíbrio do organismo,
pregando que a boa saúde é resultado
direto de viver em harmonia com o
Universo.
Tudo começou em torno de 3000
a.C., no Vale do Rio Indo, Índia, na
cidade de Mohenjo Daro. Descoberta
por arqueólogos em 1922, tinha
instalações sanitárias tão avançadas
como as do Império Romano, que só
surgiriam 2500 anos depois. O
conhecimento de higiene lá gerado
sobreviveu à sua destruição por volta
de 2000 a.C., influenciando a medicina
que começara a surgir na Índia. Arianos
vindos do centro da Ásia, em meados
do segundo milênio a.C., conquistaram
o Vale do Rio Indo, impondo seus
valores à civilização lá existente. Eles
introduziram um sistema de divisão
social em castas e a religião baseada nos
Vedas. Os Vedas, tradições transmitidas
oralmente e depois compiladas em
textos sânscritos, foram produzidos
pelos brâmanes, casta que detinha a
sabedoria cultural e religiosa dos arianos.
Além de religiosos, esses textos contêm
a fonte do conhecimento médico que
constitui a base do ayurveda.
Os três primeiros Vedas – Rig Veda,
Yajur Veda e Samaveda – ligados ao
misticismo bramânico ortodoxo, contém
descrições de práticas médicas baseadas
em rituais mágicos e cultos a divindades.
O quarto Veda – Atharvaveda – foi
composto por brâmanes dissidentes em
contato com a cultura autóctone da
Índia, nas florestas, fundando o
movimento aranyaka (de aranya,
“floresta”), com linguagem mais objetiva
e com referência mais direta à fitoterapia.
A partir do século 5 a.C., invasões e
guerras levaram a transformações
sociais, diminuindo a influência brâmane
com assimilação de valores de outras
culturas, particularmente o budismo. Os
monges budistas propiciaram o
intercâmbio entre a medicina ayurvédica
e a medicina chinesa. Entre os séculos 2
a.C. e 2 d.C. surgiram os tratados
médicos Caraka Samhita e Sushruta
Samhita, onde são descritos os
conhecimentos de anatomia, fisiologia,
fitoterapia e cirurgia que formam o
substrato do ayurveda. O conhecimento
anatômico descrito nesses tratados
deve-se ao fato de que os pioneiros do
ayurveda dissecavam cadáveres, o que
foi proibido na cultura ariana e cristã
por muitos séculos.
Entre os séculos 10 e 12 acabou a
era de ouro do ayurveda, com invasões
de muçulmanos que impuseram seu
sistema médico. Alguns textos foram
preservados por monges que fugiram
para o Tibete e Nepal. A tradição
ayurvédica foi resgatada no século 16
quando o imperador mongol Akbar ordenou a compilação do conhecimento
indiano. A ocupação da Índia no século
19 pelos ingleses, que reconheciam como
legítimas só as práticas médicas ocidentais, novamente ameaçou de extinção
ao ayurveda. Em meados do século 20,
o movimento nacionalista indiano,
liderado por Mahatma Gandhi, estimulou a busca pelas raízes do ayurveda,
e seu renascimento. Hoje há cerca de
400 mil médicos ayurvédicos na Índia.
Enquanto a medicina ocidental “pode ser compreendida pela visão analítica
característica do pensamento científico,
o ayurveda se baseia em uma concepção
holística do mundo, na qual o todo não
se resume à soma das partes”. Para o
ayurveda, a pessoa saudável é aquela
que consegue equilibrar os quatro
componentes da vida: corpo, sentidos,
mente e alma. “Tudo é imensamente
simples e, ao mesmo tempo, impossível
de ser entendido em sua plenitude”.
A base metafísica da medicina
ayurvédica – doutrina Samkhya – admite
uma relação entre o microcosmo do
interior do homem e o macrocosmo do
mundo material, sendo um o espelho do
outro – purusha. Nós e o Universo
somos constituídos da mesma
substância. É importante viver em
harmonia com a natureza e cuidar da
saúde. O ayurveda é mais preventivo
que curativo. Geralmente usa exercícios,
nutrição equilibrada, meditação, ervas,
ioga e massagem.
A massagem ayurvédica é uma
técnica de massagem profunda que
integra manobras de tração e alongamento dos tendões e ligamentos, com
a estimulação de diversos pontos e
órgãos vitais. Tem sua eficácia comprovada na eliminação de toxinas e no
combate ao estresse físico, emocional,
mental e energético. Ativa a irrigação
sanguínea, particularmente pela
drenagem capilar e ativa a drenagem
linfática. Dessa maneira, atua sobre os
músculos, melhorando a sua nutrição e
oxigenação e eliminando as toxinas
acumuladas. Atuando sobre a pele,
melhora a sua irrigação, estimulando as
glândulas sebáceas e nutrindo os
folículos pilosos dos pêlos e cabelos.
Age também sobre os demais órgãos e
sistemas do organismo.
O aumento do fluxo sanguíneo
ocorre independente da atividade
cardíaca, a qual, paradoxalmente,
diminui. Os movimentos manuais
repetidos fazem circular endorfinas e
aumentam a capacidade imunológica pela
revitalização dos linfócitos T-killer. Há
recuperação rápida da fadiga e
diminuição da dor e do estresse, dando
sensação de bem-estar e relaxamento
profundo do corpo.
A massagem ayurvédica age
principalmente no relaxamento do
organismo e na manutenção da saúde.
Ela está indicada no alívio de dores
musculares, dores reumáticas, problemas de coluna, vícios posturais,
enxaqueca, estresse, depressão e
síndrome do pânico, entre outras, além
de fortalecer o sistema imunológico. É
recomendada como terapia complementar nos tratamentos para transtornos
físicos, emocionais, mentais ou
espirituais. Essa massagem é contraindicada em gestantes que não estão
acostumadas a receber massagem, pois
as manipulações podem prejudicar o
bebê. Porém, existe uma adaptação após
o 3° mês de gestação, que poderá se
estender até o final da gravidez. Também
não é indicada para pacientes com
câncer porque pode ocasionar fraturas
ósseas em pacientes com metástases
ósseas subclínicas, ou seja, ainda não
diagnosticadas. Deve-se evitar a realização dessa massagem em estados febris
nos processos inflamatórios, ou então,
evitar massagens vigorosas em locais
inflamados ou com feridas cutâneas.
Pacientes aidéticos e comatosos em
estados terminais também não deverão
ser massageados com essa técnica.
Desde que indicado o seu uso,
recomenda-se pelo menos uma sessão
por semana durante dez semanas. Cada
sessão deve durar em média 50 minutos,
acrescentando mais 10 a 15 minutos, no
final, para o repouso do paciente. A
massagem deve ser realizada no chão,
sobre um colchonete, usando óleo
vegetal, como forma de melhor deslizar
as mãos sobre o corpo do cliente e
propiciar aprofundamento mais
eficiente no toque.
A massagem ayurvédica trabalha
em todo o corpo físico. Tecnicamente
utiliza-se massagem com os pés –
caminhando nas costas do cliente – , com
as mãos – palma, dorso e pontas dos
dedos – , com o antebraço e o cotovelo.
Ela é composta por movimentos suaves
que são sempre direcionados no sentido
das extremidades para a cabeça,
podendo se inverter nos membros
superiores. Nas regiões cardíaca e tímica
a massagem ocorre com movimentos do
centro para a periferia torácica. Já no
abdome a massagem é feita por
movimentos giratórios no sentido
horário.
No campo físico, as disfunções da
coluna vertebral diminuem, podendo até
haver correção completa, pois o
manuseio e o alongamento dos tendões
e músculos devolvem ao corpo sua
postura normal. Como parte integrante
da filosofia védica, a massagem
ayurvédica visa estimular todos os
chakras maiores e menores do corpo.
Como resultado das massagens, muitas
pessoas relatam que observam que seus
olhos passaram a ter mais brilho, sua
pele ficou mais limpa, luminosa, enfim,
que uma nova luz passou a brilhar em
todo o seu ser.
Referência Bibliográfica: Rezende,
Rodrigo. Ayurveda. Super
Interessante: 203: 52-59, 2004.
Edson Garcia Soares – médico com
formação holística de base da
UNIPAZ
Ana Carolina Segato Rizzatti –
bióloga com formação em
massagem ayurvédica
Elaine Reis – terapeuta holística,
com formação e especialização em
Yoga Massage Ayurvedic com a
Mestra Kusum Modak.
Coordenadora do Avathar Instituto
de Formação Holística em São
Paulo.
Peregrino
8
Informação, Cultura e Livre Expressão
Tui Ná dos Pés ou Reflexologia
e eficaz que cura doenças tão
dessemelhantes como inchaço e
sinusite?
Ribeirão Preto - SP - março/2006
Begônia-cruz-de-ferro
(Begonia masoniana)
Breve História do Tui-Ná dos Pés
H
á cerca de 26 anos trabalhava
como professora de Química da
Secretaria de Estado da
Educação - SP. Depois de 13 anos de
efetivo exercício, exonerei-me do cargo
para trabalhar como massoterapeuta,
enfrentando a estranheza de familiares
e amigos. Como eu tinha um filho
pequenino para criar, me alertavam:
“Como? Antes pingar do que secar!”,
“Como? Não se larga o certo pelo
duvidoso!”. Mas cansada do miserável
pinga-pinga até em ideologia, larguei
tudo, subi nas asas do duvidoso (aqui
vislumbrava coisas como esperança e
nova razão de viver) e voei. “Voei e deixei
o resto afundar atrás de mim” (Hexagrama 40 do I Ching, Liberação:
movimento propiciando e libertação de
situação perigosa).
Fui visitar familiares em Barretos.
Encontrei minha mãe com dificuldade
de caminhar, pés e tornozelos terrivelmente doloridos e inchados e uma
irmã sem condição de se locomover,
tamanha era a dor que uma sinusite aguda
lhe impingia. Apliquei o Tui-Ná dos pés
em ambas. O ato ganhou de fato cara de
milagre: logo em seguida minha mãe saiu
andando sem dor nem edemas e minha
irmã superou a sinusite que a
atormentava há dias. Depois disto,
nunca mais as duas falaram sobre a
“loucura de trocar o certo pelo duvidoso”, pelo menos para mim. Penso
que compreenderam na carne e no
coração, a minha escolha.
Mas, o que será, de onde vem, na
verdade, este procedimento tão simples
Na China a prática da massagem nas
zonas reflexas dos pés é tão antiga
quanto sua civilização.
Mestre Liu Pai Lin (1905-2000),
introdutor do Tai Chi Taoísta no Brasil,
aprendeu a técnica de massagem dos pés
com seu tio-avô Liu Yun Pu, renomado
médico em seu país há mais de 100 anos.
Tendo maestria nesta arte de cura, Liu
Yun Pu salvou a vida de muitos
pacientes, dentre eles um médico suíço.
Impressionado com os resultados
obtidos, este médico escreveu um livro
sobre o Tui-Ná dos Pés (ou Reflexologia
Podal) e disseminou este conhecimento
para a Europa.
Sua obra encerrava a clareza de quem
vivenciou o que transmitia. Assim, esta
terapia que estava se perdendo até
mesmo na China, foi ganhando notoriedade nos países de língua alemã. Tal
obra descrevia de forma tão rica os
fundamentos e as técnicas da massagem
dos pés que os médicos chineses
pediram permissão ao autor para
traduzi-la para o chinês! Mestre Liu
Pai Lin tinha esta relíquia, herança de
seu tio-avô.
O tempo sugerido por ele para a
massagem dos pés em relação ao corpo
todo variava de 50 a 70%, tamanha a
importância dos pés como veículo
terapêutico.
Em suas aulas, Mestre Liu nos
transmitia bondosa e generosamente
grandes segredos milenares da Arte
Taoísta de Cura, e, ensinava por ex.: “As
doenças da parte de cima do corpo se
resolvem mais rapidamente quando
tratadas na parte de baixo”. E também:
“Quando em baixo se fortalece, em cima
relaxa”, falas inspiradas no Hexagrama
17 do I Ching, Seguir, e que fazem
lembrar o nosso curto e grosso “pés
frios, cabeça quente”.
Josefina Goes Nunes (Jô)
Professora de Tai Chi Pai Lin e
Tui-Ná terapeuta.
Pertencente a uma família composta de mais de mil espécies
diferentes, a begônia-cruz-de-ferro, nativa da China, cresce até 30
cm. Suas folhas têm no centro um desenho marrom que lembra a
cruz-de-malta. Se você cultivá-la em vasos, na primavera vai ter
sua begônia cheia de flores cor-de-rosa e brancas.
Luz: Média intensidade, próximo a uma janela ensolarada.
Temperatura: 15 a 27ºC, tolerando até 10ºC.
Água: Espere a superfície do solo do vaso secar antes de regar
novamente.
Adubação: A cada 2 meses.
Propagação: Sementes, rizomas ou estacas de folhas.
Cuidados especiais: Cuidado para não molhar as folhas durante
as regas.
Problemas comuns: Se as pontas e bordas das folhas tornaremse marrons, aumente a umidade. Se houver pouca ou nenhuma flor,
mude para local mais iluminado.
Fonte: Flora – Essencial – Um guia prático para a saúde e
beleza.
Amêndoa – Máscara Rejuvenescedora
Se sua pele for seca ou normal, adicione leite a uma porção de
pó de amêndoas (vendido em farmácias comuns ou de manipulação).
Caso a pele seja oleosa, substitua o leite por limão. Misture bem,
até obter uma pasta lisa. Aplique no rosto e espere secar. Depois,
retire com água morna, com a ajuda de um chumaço de algodão.
Enxágüe em seguida.
Fonte: Flora – Essencial – Um guia prático para a saúde e
beleza.
Ribeirão Preto - SP - março/2006
Peregrino
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Informação, Cultura e Livre Expressão
Males do Estômago
O que todo adulto deveria saber e a
criança gostaria que o soubesse
A
Seu estômago não gosta de receber alimentos fora de hora, não suporta
condimentos fortes nem abusos alcoólicos. Quando isso acontece, ele reage,
formando gases, aumentando a acidez e tornando-se pesado e dolorido. Mas se
você tratá-lo com um pouco de respeito e com algumas ervas especiais, ele deixará
de ser tão exigente e até permitirá alguns pequenos excessos.
Não é exagero dizer que a erva-doce é a grande protetora do seu estômago. Com
ela você pode fazer o carvão digestivo, que é um ótimo remédio contra a digestão
difícil, a azia e os gases que dilatam o estômago. Também pode preparar uma
tintura para acabar com o excesso de acidez. E pode ainda ficar no clássico chá por
infusão, eficiente digestivo e calmante do sistema nervoso, que, quando abalado,
interfere na fabricação do suco gástrico e gera uma série de incômodos. Para fazer o
carvão digestivo, você precisa de 50 g de semente de erva-doce em pó, 50 g de
carvão de tília e 50 g de açúcar (de preferência mascavo). Junte estes ingredientes
num recipiente de vidro que feche bem e sacuda até que a mistura fique homogênea.
Tome 1 colher (chá) dissolvida em água, após as refeições.
Para a tintura, macere durante 10 dias 13 g de semente de erva-doce em 50 g de
álcool a 70º, coe e ponha o líquido num vidrinho cuja tampa seja um conta-gotas.
Tome 10 gotas num cálice de água, após o almoço e o jantar, e sempre que notar
alterações estomacais. No preparo do chá basta ferver 30 g de semente ou folha
verde de erva-doce por 5 minutos em 1 litro de água. Esse chá é ao mesmo tempo
calmante, digestivo e antiácido. Mas além da erva-doce você ainda deve usar hortelã
e camomila. Com a hortelã você pode fazer o chá, que é um bom tônico geral, e
também preparar o alcoolato, um antigo e vigoroso digestivo. Coloque em 1/2 litro
de álcool a 60º um punhado de folhas frescas de hortelã e deixe em infusão por 5
dias no mínimo. Depois desse tempo junte um xarope (feito com a fervura de 180
g de açúcar em 120 g de água). O xarope só deve ser juntado ao álcool quando estiver
completamente frio. Depois de 48 horas, coe e coloque o líquido numa garrafa de
rolha firme. Tome 15 a 20 gotas diluídas em um pouco de água, antes das principais
refeições.
Quanto à camomila, por ser um dos mais eficazes calmantes, deve ser tomada
(como chá) todas as noites. Com esse hábito é possível manter os nervos fortes,
sadios e livres das tensões que tanto atrapalham o bom funcionamento do estômago.
Fonte: Flora – Essencial – Um guia prático para a saúde e beleza.
Pintor
Vincent van Gogh (1853 – 90), pintor e desenhista
holandês, ao lado de Cézanne e Gauguin, os maior dos pósimpressionistas. Durante toda a vida vendeu um só quadro,
travando uma amarga batalha contra a pobreza, o alcoolismo e
a insanidade. Embora sua carreira tenha durado apenas dez
anos, realizou uma produção prodigiosa (cerca de 800 pinturas).
Os primeiros quadros retratam principalmente a vida dos
camponeses e mostram cores e espíritos sombrios. No entanto,
depois da mudança para Paris, em 1886, foi influenciado pelos
impressionistas e pelas gravuras japonesas. Isso tornou seu trabalho mais claro,
abrangendo uma gama temática mais ampla, como paisagens, retratos e naturezasmortas. Em 1888, fixou-se em Arles, onde produziu muito, mas também sofreu
repetidas crises nervosas, com extremos de alucinação e depressão. Gauguin juntouse a ele, mas acabaram brigando, o que precipitou o episódio em que cortou parte
da própria orelha. Nos últimos 70 dias de vida, pintou 70 quadros, antes de suicidarse com um tiro. A fama de Van Gogh cresceu rapidamente após sua morte e a
intensidade emocional da sua obra influenciou de forma marcante a arte do século
20.
crescente preocupação com a
saúde emocional da criança é
plenamente justificada, pois o
custo pago pela sociedade pelo
tratamento e cuidados com os que
sofrem com os descuidos emocionais é
imenso, ao longo da vida de um cidadão.
Hoje já é perfeitamente aceito que a
saúde, ao longo de toda a vida do
indivíduo, está correlacionada à
qualidade dos cuidados emocionais
básicos que se recebe desde a mais tenra
idade e mesmo desde o período
vivenciado dentro do útero da mãe. Até
a qualidade de aceitação da gravidez
influencia na vida emocional da criança
e posteriormente no adulto.
A capacitação para se adquirir a
maturidade emocional tem raízes bem
no princípio de nossas vidas. E se a
personalidade adulta é fortemente influenciada pelas mais tenras experiências, todo cuidado que tenhamos
com a vida emocional da criança estará
atuando preventivamente na boa
adaptação e capacitação do adulto para
a vida plena e saudável.
Embora isto ainda seja pouco
reconhecido pelos profissionais do
campo de saúde, excluindo aqueles que
lidam com a saúde mental e alguns
poucos outros, ainda há muito pouco
empenho para formação adequada
daqueles que são os principais responsáveis pelo desenvolvimento da
personalidade das crianças, dessas
pequeninas criaturas que virão a
constituir e participar ativamente do
futuro de uma sociedade, cidade, estado,
país e planeta, enfim participar com sua
cota única e expressão individualizada
para o que chamamos de humanidade.
A esses responsáveis – pais,
educadores e administradores públicos
está delegada a responsabilidade da
criação de um mundo mais humano, pois
são eles os responsáveis pela capacitação de preparar a criança num adulto
emocionalmente maduro e, portanto
preparado para uma vida adulta plena e
saudável.
Nenhuma educação e formação
atingirão esta meta se não envidarmos
esforços para a preservação física,
emocional, mental e espiritual da
criança ajudando-a a se tornar aquele ser
que ela já é em sua essência. É desta
preservação que se obterá seres
amorosos para consigo mesmos e para
com os outros e, portanto seres que se
auto-estimam e conseqüentemente
capacitados a reconhecer o valor do
outro.
A criança apenas precisa desse
respaldo familiar, grupal, social para que
possa desabrochar plenamente a sua
“flor única”, que é no fundo sua
contribuição no contexto em que vive
ou no contexto no qual ela se
estabelecerá, dependendo de suas
escolhas pessoais. Onde quer que ela
esteja, se tiver bases emocionais,
mentais e espirituais bem estabelecidas
e de acordo com a sua natureza interna,
estará derramando no ambiente com
quem ou com que se relacionar, os seus
dons únicos de acordo com seus
princípios e ideais mais elevados. E,
portanto colaborando para com o
surgimento e estabelecimento de uma
sociedade mais humana.
Tornar-se humano significa poder
em cada momento da sua vida fazer pelo
outro, seja ele quem for, aquilo que
gostaria que fizessem para com ele
mesmo.
O que nos choca é a pouca importância que se dá a serviços para prevenir
e harmonizar os problemas de saúde
emocional, mental, espiritual da criança.
Um esforço razoável tem sido destinado
a diagnosticar os problemas, porém
muito pouco empenho tem sido envidado para solucioná-los, ou seja, atuar
construtivamente no âmbito em que eles
são criados e originados.
Muito pode ser feito mesmo antes
de se encaminhar uma criança para a
psicoterapia intensiva devido a seu
comportamento destoar em relação a
outras crianças. O fato de se encaminhar
uma criança para a psicoterapia por si
só já a estigmatiza. Jamais cansarei de
escrever e dizer que a “criança não é o
problema” mas sim a incapacitação da
sociedade - família, educadores e
administradores - em assumir suas
parcelas de responsabilidade perante o
desafio de contribuir para a saúde
emocional, mental, espiritual e física da
criança. Se a criança receber a nutrição
necessária afetiva, emocional, mental,
espiritual adequada dos responsáveis
que compartilham de sua formação, sem
dúvida resultará num adulto perfeitamente preparado para a execução
de seu papel social e para seu próprio
processo evolutivo de alma. Convido
os leitores desse jornal a fazer profunda
reflexão do quanto cada um pode
colaborar para que a criança, não
importa filho de quem seja, receba o
cuidado e o respeito de que ela necessita
para tornar-se um adulto emocionalmente maduro, capacitado para
enfrentar os desafios da vida.
Maria Cecília Paro
CRP 06/30040-1
10
Peregrino
Informação, Cultura e Livre Expressão
Ribeirão Preto - SP - março/2006
“Todo ritmo tem sua Pausa”
T
odos nós estamos sendo
estimulados demais por
vários meios.
Através da alimentação, uma
enorme porcentagem de tudo que
comemos ou bebemos é classificado como estimulante: refrigerantes coloridos, café, chá mate,
chá verde, amendoim, castanha de
caju, feijões escuros, verduras verde
escuro (por exemplo: couve, brócolis
e espinafre), chocolate preto, carnes
vermelhas (bovina, salmão, avestruz, caça em geral), tabaco, etc.
O nosso próprio ritmo do
cotidiano é baseado em cobranças
e pressões externas (que acabam
internalizando e se tornando um
hábito).
Pressa, sempre muita pressa...
Sobrecarga de atividades,
fazendo dez coisas ao mesmo tempo,
no mesmo dia.
Competição, medo de perder o
seu lugar ao sol, pânico de perder o
seu espaço na multidão de corpos
robotizados, medo de ficar para trás
e ser esquecido...
Nunca estamos sem fazer nada,
sempre em movimento com muita
velocidade, cada vez mais rápido.
E nenhum atrito construtivo,
porque sem calma, não se consegue
fazer bem feito...
Se você tocar rapidamente com
a ponta dos dedos uma chapa
quente do fogão, nada acontece.
Assim são as coisas feitas com
pressa: na realidade nada acontece.
Tudo bem trabalharmos bastante, produzirmos muito, mas para
o produto final passar pelo controle
de qualidade ele precisa ser feito com
muita atenção, muita concentração,
dedicação e principalmente sem
pressa de chegar ao fim.
Experimente parar alguns minutos por dia, para respirar profundamente, tentar não pensar em nada
ou então ficar observando o céu, as
nuvens, as plantas, os animais, as
pessoas ao seu redor.
Vá até uma praça, sente-se no
banco, apenas relaxe e observe ao
seu redor.
É um excelente exercício que
pode ser feito duas a três vezes por
semana para começar e permanecer
cinco minutos nesse estado de paz
e quietude (esse espaço de tempo
pode ir aumentando de acordo com
a possibilidade).
Uma vez perguntei a uma
paciente com mais de 80 anos de
idade, muito saudável, que apenas
procurava o médico como rotina e
prevenção, como ela explicava uma
idade tão avançada e tanta saúde e
equilíbrio.
Ela me respondeu: “sempre que
tenho a oportunidade, eu durmo ou
fico quieta, sem fazer nada, só
relaxando”.
Isso explicou o porque que todas
as vezes que ela se sentava na sala
de espera do meu consultório, ela
fechava os olhos e permanecia
tranqüila. Muitos dos pacientes presentes estranhavam e até ridicularizavam essa sua atitude. Só que
ela estava ali para uma consulta de
rotina, apenas para confirmar o seu
equilíbrio. Enquanto outros...
Nunca me esquecerei da lição
que ela me ensinou (ou confirmou).
Não adianta achar que é o
medicamento que cura, e sim nossas
atitudes precisam ser consertadas
por nós mesmos. As homeopatias,
os elixires de cristais ajudam a
resgatar o equilíbrio, mas é de suma
importância, entendermos onde
estamos errando em nossas atitudes
e corrigi-las o mais rápido possível.
Uma consulta holística não consiste
apenas em receitar medicamentos
naturais para consertar um corpo
sibilidade de se livrar do mal e até
agravando seu estado de desequilíbrio.
Pare um pouco e se perceba.
Assuma humildemente suas dificuldades, fragilidades, imaturidades. Comece e mantenha um
tratamento holístico até atingir o seu
equilíbrio e todas as vantagens de
danificado, mas sim ajudar o
paciente a compreender suas atitudes não saudáveis e mudar para o
caminho da saúde.
Isso é individual em todos os
aspectos, inclusive no tempo de
cada um.
A verdadeira e tão almejada cura
está nesses princípios. Não adianta
procurar caminhos mais rápidos,
aparentemente fáceis e milagrosos.
Você só estará adiando sua pos-
se estar bem, com todos os recursos
disponíveis e saudáveis.
Dessa forma, todo o seu
processo criativo será muito melhor
aproveitado.
Dr. Osvaldo Coimbra Junior
Médico Clínico Geral
Radiestesista Holístico
CRM: 54.243
Kurso – Gerda – 3 em 1
Gerda Malaperis / Lasu min paroli plu! /
Bazaj radikoj Esperanto-Esperanto
Disponibilizamos em nosso site, para download, o arquivo Kurso_GM_LMPP – no formato pdf, para os estudantes de Esperanto
que estão cursando ou irão cursar o Gerda Malaperis.
Todo material que compõe este arquivo foi retirado da Internet,
GRATUITAMENTE. Portanto, solicitamos que aqueles que dele fizerem
uso NÃO O COMERCIALIZEM. O intuito de reuni-lo em um único
arquivo foi o de facilitar o estudo. Esta foi a única razão pela qual nos
propusemos a executar este trabalho, que estamos disponibilizando
GRATUITAMENTE em nosso site:
www.jperegrino.com.br.
O livro Gerda Malaperis! de Claude Piron é utilizado no Curso Gerda,
que é um curso intermediário de Esperanto. O livro é um romance policial.
O livro Lasu min paroli plu! também de autoria de Claude Piron é
composto de histórias curtas especialmente adaptadas para os estudantes
do curso Gerda Malaperis.
O Vortareto que acompanha os capítulos, está em Esperanto-PortuguêsEsperanto. As explicações das palavras em Esperanto, foram retiradas
do Bazaj radikoj Esperanto-Esperanto, que não é um dicionário e, sim,
uma ajuda para aqueles que lêem um pouco em Esperanto.
DIVULGUEM PARA SEUS AMIGOS.
Ribeirão Preto - SP - março/2006
Relacionar-se Bem –
Manuel Segura e Margarita
Arcas
Sempre será um desafio para os
professores do Ensino Fundamental educar seus alunos
para que, além de serem cidadãos conscientes, sejam éticos
no trato com outras pessoas. A
proposta do Programa Relacionar-se Bem, dos autores, é a
de mostrar tanto ao professor
das crianças entre 4 e 12 anos
quanto aos seus pais que é
possível inserir nelas pensamentos ou habilidades cognitivas
necessárias para solucionar
problemas interpessoais, sempre
tão presentes em nosso dia-adia.
Grupo Editorial Madras
Tel.: (11) 6959 1127 – Fax: (11)
6959 3090
www.madras.com.br
Peregrino
Informação, Cultura e Livre Expressão
Prepare-se para vencer – R.
O. Dantas
Este livro é uma coletânea de
pensamentos, provérbios,
adágios, salmos, trovas, poemas, mensagens e reflexões. Sua
leitura vai lhe oferecer duas
oportunidades: 1. buscar incentivo para a prática da automotivação e de aumento de sua autoestima; dois aspectos da personalidade necessários no nosso
dia-a-dia; 2. desfrutar de uma
leitura muito agradável e fácil
através de mensagens encorajadoras, ditas por homens e
mulheres do mundo inteiro. A
mensagem que eles nos deixaram é bem simples e clara:
Acredite em si mesmo!
Editora Textonovo
Tel.: (11) 3085 4879 / 3088
6221 – Telefax: (11) 3088 0130
www.editoratextonovo.com.br
ILUSÕES DE ÓTICA
Acredita que a figura ao lado pode aparecer em pelo menos oito modos diferentes?
PALESTRAS - GRATUITAS
1 - QUALIDADE DE VIDA E PAZ INTERIOR
Local e data: FEFFA - Fraternidade Ecumênica Filosófica Francisco de Assis, Rua
Liberdade, 182 - 2 andar, dia 4 de março às 15h.
Informações: Oefe Souza - (16) 3636 6039
2 - O LIVRO DE URÂNTIA
Local e data: Câmara Municipal de Ribeirão Preto, dia 29 de março, às 19h30.
Temas: Revelações para a Quinta Etapa Evolutiva do Planeta e seus Habitantes,
Ampliação da Consciência Cósmica e, Elevação da Percepção Espiritual.
Informações: Nílcio - (16) 3629 2888.
Taquigrafia para crianças e
adultos – Paulo Amorim
Cardoso
É comum se perguntar sobre a
facilidade de se aprender a
Taquigrafia. Na grafia comum
basta conhecer 23 letras do
alfabeto, aprender a formar
sílabas e, com elas então,
formam-se as palavras. Na
Taquigrafia são apenas 18 sinais,
por intermédio dos quais
podemos escrever tudo que
quisermos. Dezoito pequenos
sinais, simples e fáceis de serem
assimilados. Em apenas dez
dias, tempo inferior a qualquer
sistema de alfabetização, você
aprende a ler e a escrever em
Taquigrafia Estenital.
Paulo Amorim Cardoso
Caixa Postal, 12162
Fortaleza – CE – CEP: 60021970
11
Peregrino
12
Ribeirão Preto - SP - março/2006
Informação, Cultura e Livre Expressão
Assinar / Anunciar
(16) 3621 9225 / 9992 3408
Exposição “Sideral”
No MIS - Museu da Imagem e do Som, mezanino da casa da Cultura,
está aberta a exposição individual da fotógrafa Elza Rossato, do grupo
Amigos da Fotografia, com curadoria de Nilton Campos, e é acompanhada
de texto (abaixo) de Antônio Carlos Tórtoro, Diretor para Projetos Culturais
do GAF.
A abertura ocorreu às 20 horas e 30 minutos, na Praça Alto de São
Bento, s/no.
Os horários para visitação são os seguintes: de terça a sexta-feira, das 9
às 18 horas; sábados, domingos e feriados, das 12 às 18 horas.
A mostra ficará no MIS até 16 de abril.
Sideral
No chão, o barro,
a umidade,
o cheiro forte da chuva
e as bolinhas de gude
de uma infância feliz
que preservar não pude.
No ar, o frio,
a tristeza,
a cor escura do dia
e a fantasia de um universo
composto de um espectro a se
reproduzir,
num espaço sideral limitado,
de vibrações a transluzir.
No meu fitar deslumbrado,
a escuridão,
só a dor de um arrepio
e o desvario de um cosmos
composto por esferas incandescentes,
de corpos que se aglutinam
reluzentes, envolventes,
cuja beleza mentalmente surrupio.
No céu de nuvens refletidas,
o nada, da hora nona da paixão,
uma sensação de solidão,
um orgasmo silencioso
que mexe com o coração,
numa composição complexa
reflexa,
carregada de íntima emoção.
No horizonte com o sol,
uma nesga de esperança
em infinito arco-íris esférico
que ilumina o chão,
o ar, folhas secas de um pomar,
as nuvens no veludo negro cósmico,
e o meu olhar.
Antônio Carlos Tórtoro
GAF – Grupo Amigos da
Fotografia
Diretor de Projetos Culturais
[email protected]

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