Edição nº 14 - Portal Concepcionista

Transcrição

Edição nº 14 - Portal Concepcionista
14
Experiência Marcante
Alunos do Recanto Betânia-SP
visitam escola com alunos especiais
26
Ano VII - Nº 14 - Junho 2006
Seções
EDITORIAL
DESTAQUE
Rumos da Educação
Seminário realizado em Passos-MG
discute os desafios da sala de aula
Colégio Maria Imaculada de São Paulo celebra 70
anos de existência - PÁGINA 8
Uma escolha Divina
HOMENAGEM
Todos somos chamados a ser
colaboradores na construção
do Reino de Deus
CF 2006
PASTORAL
42
ATIVIDADES
ESPIRITUALIDADE
Princípios Educativos
Aconteceu na Espanha a II Assembléia
Internacional de Religiosas e Leigos
Concepcionistas
VOCAÇÃO
PELO MUNDO
PEDAGOGIA
AÇÃO COMUNITÁRIA
CIDADANIA
38
A Campanha da Fraternidade de 2006 nos convida
a refletir sobre a inclusão das pessoas com
deficiência - PÁGINA 17
50
Nossa Língua
A Língua Portuguesa e a sua
individualidade
PROJETOS
61
PSICOLOGIA
Nossa Capa
Eleições e Cidadania
Orientações e critérios para a
escolha dos canditados
73
Colégio Imaculada Conceição de Passos-MG
mobiliza a cidade em ato pela Vida
PÁGINA 66
Infância e Escola
Qual é o momento certo para
colocar o filho na escola?
Expediente
Fachada, Irmãs e Funcionários
da Sede Provincial - SP
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INTEGRAÇÃO EM REVISTA é uma publicação das Religiosas Concepcionistas
Missionárias do Ensino „ Diretora Responsável: Ir. Wanilda Melo Barbara
([email protected]) „ Produção Gráfica: Edenilson S. Coelho
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INTEGRAÇÃO
„ Junho 2004
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4
n
Brasil
Na multiplicidade de concepções que as pessoas têm, articulam-se as memórias acerca de uma pessoa ou acontecimento, que concatenados dão coerência e nova expressividade aos fatos. Neles estão contidas idéias, ideais e
sonhos das pessoas.
A bola, um objeto tão pequeno, prende nesses dias, a atenção de milhões
de pessoas e embora seja um objeto externo a cada pessoa, vem carregado de
significados. O que vem a ser isto?
Se pararmos apenas numa análise racional do objeto: bola, vamos constatar que parece tudo uma tolice. Então, como é possível que tantas pessoas
deixem seus afazeres, alterem seus programas e se coloquem diante da TV
como se estivessem diante de um objeto sagrado?
Como explicar que tantas pessoas gastem milhões de dinheiro para poderem ver de perto a bola rolando em algum gramado verde de um país, que
nesse momento parece ser o único do mundo, pelo menos para aqueles
grupos que estão envolvidos na competição?
Realmente, numa consideração isolada, isso tudo parece sem sentido.
Como explicar a convergência de todos em torno de uma única causa? Mas,
na realidade constatamos que há algo mais forte que dá novo significado à
bola. Percebemos que há várias questões, pessoas, sentimentos e realidades
que se convergem. Diante desse fato, o que poderia se limitar a uma subjetividade, assume proporções gigantescas, mundiais, globais.
Vários países e pessoas se unem diante de um evento que une os sentimentos, expectativas, sonhos de milhões de pessoas, ainda que poucos sejam os que possam usufruir dos benefícios dessa competição.
Constatamos que entre os diferentes sentidos/sentimentos/ raciocínios,
existem interconexões entre as distintas localidades, sendo que há algo que
aglutina tudo em torno de uma única meta: vencer um campeonato, ser
reconhecido como o melhor país do mundo, pelo menos no futebol, manifestar a alegria que envolve todo o povo diante dessa festa comum...
Há sem dúvida um sentimento único em todos, é toda uma nação que está
presente naquele objeto mágico e naquelas pessoas, convocadas para
corresponder aos anseios, sonhos e desejos mais profundos de todos os
demais compatriotas.
Tudo isto é, sem dúvida, uma grande maravilha de aglutinação das pessoas em torno de um sonho comum.
E como faz pensar a força magnética exercida pela bola que corre no
gramado, impulsionada pela atenção, pela presença, pela habilidade, pela
arte e pela astúcia dos profissionais da competição!
Quem dera esse mesmo impulso, essa mesma paixão, pudesse envolver os
povos das nações participantes na Copa, para a conquista de objetivos humanitários que visassem a obtenção de melhores condições de vida para os
povos do Planeta! Creio que não necessitaríamos tamanho empenho para
combater a fome, o analfabetismo, o desemprego, a violência, as guerras, o
cuidado com a natureza, etc.
A competição mundial de futebol, traz para todos nós uma grande lição:
podemos nos unir, podemos integrar nossas energias em prol de outras
causas também, sobretudo nesses momentos em que estamos nos aproximando das eleições no Brasil. O que dizer da escolha daqueles que deverão
ser os representantes do povo na condução do governo do País? Que time
vamos escolher? Seremos capazes de escolher pessoas que correspondam
aos ideais, aos sonhos, aos anseios de nossa gente? Seremos capazes de
escolher aqueles que alcançarão para nós a taça da vitória da superação da
fome e da miséria, do analfabetismo, do desemprego, da superação das diferenças sociais, e da conquista de cuidados com a saúde de todos?
Queira Deus que possamos aprender a lição que a FIFA nos dá e caminhemos em direção à grande conquista, do campeonato a ser vencido para o bem
do povo brasileiro.
IR. WANILDA MELO BARBARA
ABRIGO JESUS, MARIA E JOSÉ
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?
Vamos torcer pelo
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DESTAQUE
Desde 1912 no Brasil, as irmãs
Concepcionistas Missionárias
do Ensino escolheram o estado
de São Paulo para abrigar a
sede da Congregação no Brasil.
É no bairro de Vila Mariana,
zona Sul da cidade de São
Paulo que está localizada a
casa-mãe que acolhe as outras
obras concepcionistas,
sediando encontros e cursos e
centralizando todas as suas
atividades empresariais, sejam
administrativas, financeiras,
jurídicas, etc.
Inspiradas no ideal de sua
Fundadora, a Beata Carmen
Sallés: “adiante, sempre
adiante, Deus proverá”, em
1992 as irmãs Concepcionistas
deram um passo fundamental
para a melhoria e eficiência de
sua atuação no Brasil.
Sede
Provincial
Espaço de unidade, crescimento,
encontro e projeção
o
O nome é Sede Provincial, mas na
verdade do dia-a-dia, ela é Casa-Mãe
da Província, tanto que sua missão é
“acolher as Irmãs da Província” e, claro, de todas as Províncias e Delegações Concepcionistas que, porventura
vierem ao Brasil.
Casa Mãe da Província, a sede provincial representa, para a Congregação, o que a capital do Brasil representa para a Nação: ali é a “sede”, o
lugar onde reside a Superiora Provincial e realizam-se as reuniões do Governo Provincial, o GP. Ali se tomam
as decisões necessárias para o governo da Província em unidade com a
Congregação.
Por isso, a Sede se situa em um
Centro maior, com mais facilidades
de acesso, seja no plano religioso, cultural, e de comunicação.
Como as paróquias dependem da
Diocese, as Dioceses dependem da
Sede Papal e uma não teria razão de
ser sem as demais, assim é Sede Provincial. Ela é responsável por unir as
Casas numa mesma linha
congregacional, mantê-las informadas dos assuntos da Província, de toda
a Congregação e, ao mesmo tempo,
torná-las partícipes nos acontecimentos e decisões.
CONTINUA
INTEGRAÇÃO
„
Junho 2006
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DESTAQUE
Situada desde 1983 na Rua
Humberto I, Vila Mariana, a Sede Provincial acolhe com solicitude as Irmãs
e os membros da grande família concepcionista, que a ela se dirigem para
as reuniões.
Atualmente, funciona na Sede Provincial a Equipe Econômica Provincial, a Equipe Administrativa, que, com
seus funcionários, dão assistência técnica-administrativa aos Colégios e
Casas da Província. Esta Organização
resultou de um processo iniciado em
1992 com a assessoria de uma equipe externa de consultores, com a finalidade de avaliar a realidade educacional dos colégios inseridos no contexto nacional para adequá-los à
inserção no mercado nas áreas: evangelização, pedagogia e administrativa.
Criou-se então, em 1995, a Coordenação Provincial de Educação para:
6
„
Garantir a unidade da ação
educativa nas diversas escolas da
província;
„
dar continuidade às inovações
introduzidas nas áreas: Pedagógica, Evangelização e Administrativa.
INTEGRAÇÃO
„
Junho 2006
Em 1996 iniciou-se um plano de
reestruturação com o objetivo de centralizar, na Sede da Província, as atividades administrativas até então
exercidas por cada obra.
Esta centralização foi motivada
pelos seguintes aspectos:
„
„
criar diretrizes e procedimentos
idênticos para os colégios da província;
garantir a transparência das atividades realizadas em cada colégio;
„
atender, com maior eficácia, as exigências legais;
„
oferecer às casas, orientações nos
aspectos organizacionais, jurídicos,
informática, etc.
„
otimizar os custos;
„
fortalecer a identidade evangelizadora, pedagógica e administrativa das diferentes unidades da
Rede Concepcionista de Ensino.
Em janeiro de 1997 determinou-se
a ordem de centralização das atividades: Contabilidade, Financeiro, Departamento Pessoal, Informática, Patrimônio, Assessoria Jurídica, Investimentos
e Compras, numa articulação conjunta com a Direção de Cada Unidade.
Hoje todas as atividades previstas nos
objetivos estão centralizadas na Sede
Provincial, onde a equipe de profissionais interage com as casas tornando
o trabalho cada vez mais eficaz.
Na área de informática, foi possível o desenvolvimento de softwares
sob medida para atender as necessidades e particularidades de cada colégio, seja na tesouraria, secretaria,
biblioteca, almoxarifado e outros.
Também neste setor vem sendo desenvolvido o projeto “Quanto mais,
menor”, que visa desde a padronização de configuração de computadores até a unificação das compras de
periféricos de informática entre os
colégios.
Na área de recursos humanos,
além do processamento da folha de
pagamento e apuração de impostos
de todas as obras, e vem sendo desenvolvidos os planos de cargos e salário e o suporte junto aos órgãos governamentais como Receita Federal,
Ministério do Trabalho e Previdência
Social, garantindo a adequação às leis
trabalhistas vigentes no país.
No ano de 2004 foi criado o Setor
de Comunicação, responsável pelo
desenvolvimento da identidade
institucional da província, criação e
execução de projetos gráficos e foi
implantado o projeto de gerenciamento do Portal de internet.
Existem hoje serviços de terceiros
para assessoria jurídica global e jurídica especializada para entidades filantrópicas, bem como assessoria
contábil. Está presente a constante preocupação em manter a administração
cada vez mais transparente com auditoria dos balanços por uma empresa de auditoria independente, de acordo com as normas na CVM.
Muitas das atividades exercidas
hoje, com certeza terão que ser diariamente aperfeiçoadas, corrigidas e
adaptadas às exigências de crescimento do ser humano e à evolução
tecnológica.
Hoje, percebemos que a contratação da Equipe de Consultoria em 1992
e a implantação do plano de reestruturação organizacional foram decisões
acertadas para que a Província pudesse enfrentar as diversas turbulências
A centralização das
atividades possibilitou,
em grande parte,
que os estabelecimentos
de ensino da província
pudessem se manter e até
crescer nesta fase difícil
pela qual passa o setor
educacional no país.
no setor de ensino público, privado,
religioso e filantrópico no Brasil.
Nos últimos anos, houve grande
aperfeiçoamento na área de educa-
ção, tornando cada vez mais difícil a
existência de colégios que não se enquadrassem devidamente nas novas técnicas. A estas, aliam-se as dificuldades na área social que exigem dos colégios uma administração
equilibrada. A centralização das atividades possibilitou, em grande parte, que os estabelecimentos de ensino da província pudessem se manter e até crescer nesta fase difícil pela qual passa o setor educacional
no país. Isto nos faz prosseguir na
certeza de que trabalhando juntos
e somando forças, atenderemos mais
e melhor aos objetivos da missão evangelizadora confiada às irmãs
Concepcionistas, formando cidadãos conscientes e atuantes na sociedade e oferecendo ensino de qualidade.
Enfim: a Sede Provincial, sob a proteção de Maria Imaculada, é e sempre será a Casa Mãe, em que a solidariedade, a hospitalidade, a disponibilidade e o serviço estão presentes
construindo a unidade congregacional.
Não importa a distância que separa
uma casa das outras da Congregação,
não importa o oceano que as divide,
pois suas águas apenas simbolizam a
unidade de toda a Congregação espalhada nos quatro Continentes em
quatorze países e mantida unida pelas Sedes Provinciais e Delegações que
convergem todas para a Sede Geral,
a Casa Mãe da Congregação que fica
na rua Princesa, em Madri-Espanha.
INTEGRAÇÃO
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HOMENAGEM
Colégio Maria Imaculada de São Paulo - 70 anos
Missa de Ação de Graças
a
As Festividades dos 70 anos do
Colégio Maria Imaculada iniciaramse com Missa em Ação de Graças,
contando com a participação de toda
a Comunidade Educativa. No dia 07/
04, com a presença dos alunos do
CMI, no dia 08/04, com a dos pais,
alunos e educadores.
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INTEGRAÇÃO
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Junho 2006
O hino “Adelante, siempre
adelante”, convidou-nos a, com ânimo e coragem, celebrar esse momento especial.
A Palavra de Deus foi apresentada com emoção e graça. Alunos do
Ensino Médio prepararam uma Expressão Corporal, finalizada com a
montagem de uma estrela que simbolizava a força da Palavra que guia,
ilumina e conduz todo o Povo de
Deus.
No ofertório, os alunos do Ensino
Fundamental I partilharam seus dons,
através das artes, da poesia e da música. O som harmonioso das flautas
doces atraiu a entrada de símbolos
que marcaram a vida de tantos alunos que passaram pelo CMI – SP nesses 70 anos de história.
As orações da comunidade trouxeram representantes dos diversos
segmentos da escola, oferecendo
seus louvores e fazendo suas preces
por mais longos anos de paz e unidade.
Encerrando a celebração, os alunos do Ensino Fundamental II deram
graças, através de um acróstico com
o nome do Colégio ressaltando palavras, sentimentos e ações, que estão
na base da educação e da
evangelização Concepcionista. União,
Coragem, Determinação, Amizade e
Conhecimento foram alguns dos “tijolos” que construíram e sustentam o
Colégio Maria Imaculada SP.
Foi só o início de um ano especial,
um ano de festa e de comemorações
que marcam a superação das dificuldades e a dedicação de religiosas e
leigos, adultos, jovens e crianças que
seguindo o exemplo de Me. Carmen
Sallés, constroem, diariamente, a vida
do Colégio.
Márcia Rêda
Coordenadora de Pastoral - CMI-SP
Os alunos da Educação Infantil fizeram a acolhida, rememorando a
fundação da Congregação das Irmãs
Concepcionistas Missionárias do Ensino, o caráter missionário da obra espalhada pelo mundo e o carisma
Mariano que envolve a todos, desde
os mais pequeninos até os jovens.
INTEGRAÇÃO
„
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HOMENAGEM
Educadores, alunos,
familiares, amigos do
“Maria Imaculada” têm,
agora, uma só vontade:
aplaudir a todas as
religiosas que por aqui
passaram e que hoje o
dirigem e o mantêm, com
tanta competência e
seriedade, desejando ao
nosso colégio outros
vitoriosos 70 anos.
s
Nobre Missão
São 70 anos de uma trajetória plenamente vitoriosa, mas marcada, em
diversos momentos, por dificuldades
e problemas de toda a natureza.
Temos, por isso, de reconhecer a
sabedoria que inspirou a fundadora do
Colégio Maria Imaculada, imbuída da
nobre missão de criar uma instituição
de ensino, que tivesse como escopo a
formação integral de crianças e jovens.
Os resultados estão espelhados na
pujança da instituição, vigiada e amparada pela Mãe de Jesus, na preparação de milhares de alunos que, daqui, saem para a vida, levando os conhecimentos adquiridos no campo da
ciência e da tecnologia, valorizados
pelo tempero da fé cristã, que ilumina e salva.
O “Maria Imaculada” não é só um
colégio, mas também uma instituição
enriquecida pela integração professoraluno-colégio-família.
10
INTEGRAÇÃO
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Junho 2006
E é muito mais. Um centro de irradiação do amor, que recusa o egoísmo, da fé que nos torna próximos
de Maria e de Deus, da solidariedade, que nos legitima como cristãos autênticos, que fazem da sua existência a prática do Evangelho.
Está aí o segredo desse grande
Colégio: a vivência da educação
como um gesto permanente de aproximação de uns com os outros, em
que o trabalho não é encarado como
um fardo, mas como um compromisso prazeroso.
É claro que esplêndida emoção, o
incontido entusiasmo que a todos nos
domina, não podem significar que a
obra está acabada...
O plano de Deus não é uma obra
acabada, como um livro que se fecha após terminar sua leitura. É
ininterrupto, é permanente, é infinito.
Somos todos testemunhas da ampliação da instituição, que procura
atender à demanda da comunidade,
acrescendo o que precisa, numa ex-
traordinária combinação do moderno
com o tradicional.
O “Maria Imaculada” tem características singulares. Ele não pode ser
visto por dados estatísticos nem submetido a comparações.
Suas preocupações metodológicas
transcendem os padrões convencionais, ao centrar seus ensinamentos em
valores, em princípios morais e éticos,
posto que a carga acumulada de conhecimentos técnicos e científicos não
assegure o florescimento da personalidade dignamente integrada no meio
onde vive.
É indispensável que a escola aponte para a estrada do bem, bloqueando, por antecipação, qualquer opção
de perigoso desvio.
A preleção e a oração se completam. O saber e a virtude só engrandecem. A fé é o ponto de partida
para a vida com Deus.
Deixo como mensagem para reflexão, uma advertência que Santa Teresa de Jesus fez às suas monjas:
“A terra que não é lavrada se cobrirá de abrolhos e espinhos, ainda que
seja fértil; assim também o entendimento da gente”.
Cumpre-nos, nos 70 anos do Colégio Maria Imaculada, retemperados e
retemperadas pelas lições vitoriosas já
alcançadas, redobrar o esforço para
aprimorar, cada vez mais, o magistério, em todas as suas feições, agregando, sempre mais, valores cristãos
autênticos, sem os quais todo o conhecimento se desqualifica por lhe
faltar um rumo e um sentido.
Educadores, alunos, familiares,
amigos do “Maria Imaculada” têm,
agora, uma só vontade: aplaudir a
todas as religiosas que por aqui passaram e que hoje o dirigem e o mantêm, com tanta competência e seriedade, desejando ao nosso colégio outros vitoriosos 70 anos.
Que Deus abençoe a todos nós!
Profº Antonio Fernandes Neto
Pai da Profª Maria Amélia Cavalcanti
Ferreira Fernandes e avô dos alunos Ana
Clara, João Felipe e Antônio da 1ª Série
do EM, 6ª Série do EF e do Jardim II na
Educação Infantil CMI – SP
INTEGRAÇÃO
„
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11
HOMENAGEM
Às Mães pelo seu dia
Embalagem
Os alunos prepararam também as
embalagens para depositarem o presente. Montaram uma caixinha de cartolina e enfeitaram-na com adesivos,
desenhos e frases alusivas ao dia das
mães.
No dia da festa, as mães, famílias,
equipe educativa, alunos e demais
convidados ficaram maravilhados e
agradecidos com a homenagem e
presentes.
Laços de Família
n
No dia 13 de maio de 2006, às 9
horas, os alunos da Educação Infantil
e de 1ª a 4ª séries do Ensino Fundamental do CIC Machado, preparados
pelos seus professores regentes e de
Educação Física, ofereceram às mães,
homenagens e presentes, pelo seu
grande dia. A festa seguiu a programação abaixo:
12
„
Oração por intenção às mães e às
famílias;
„
Dança com as alunas da Academia: Dance CIC, do Colégio;
„
Canto para a mamãe, com as crianças da Educação Infantil e de 1ª
a 4ª séries;
„
Gincana, entre as mães e alunos,
da Educação Infantil e da 1ª à 4ª
séries.
„
Oferta de presentes. Os alunos fizeram sabonetes de glicerina para
presentear às mães. Seu entusiasmo foi muito grande ao produzirem os presentes. Eles escolheram
o corante, a essência (perfume) e
a fôrma para o presente da mamãe. O material foi também preparado pelas crianças.
INTEGRAÇÃO
„
Junho 2006
Modo de Fazer:
1
2
3
4
5
6
·
Picar a barra de glicerina em pedacinhos e colocar numa vasilha esmaltada;
·
levar ao fogo, colocando-a dentro de uma vasilha de água
quente, em “banho Maria”.
·
Quando o produto já estiver derretido, colocar o perfume e o
corante (anilina líquida);
·
Misturar os produtos, mexendoos com um bastão de vidro;
·
Escolher uma fôrma alusiva ao
dia das mães, com formato de
coração, flores, com frases: “parabéns mamãe”, “mamãe eu te
amo” etc.
·Após 30 min, o sabonete deve
ser retirado da fôrma e envolvido num plástico bem fino.
Os alunos ficaram maravilhados
com a sua “fabricação”, e ao verem
a beleza dos sabonetes, de várias cores, formatos e perfumes.
As Irmãs e Equipe Educativa perceberam, com grande alegria, que
através das homenagens, os objetivos propostos foram atingidos: agradecer a Deus a presença maternal e
amorosa da mãe na família; pedir a
Deus pela unidade e paz nas famílias, instituição natural e querida por
Deus; possibilitar e fortalecer os vínculos de família, os laços de
fraternidade; oportunizar a vivência
á
h
Cdas 17h
o
O Colégio Imaculada Conceição –
Passos-MG, decidiu inovar na comemoração pelo Dia das Mães.
O Colégio sempre preparou seus
alunos para a comemoração do Dia
das Mães, confeccionando cartazes,
alegorias, e mensagens.
Neste ano, criamos um diferencial, pois sabemos que o Dia das Mães
não é apenas no 2º domingo de maio
e sim todos os dias. Partindo deste
pressuposto, foi escolhido um presente que fosse preparado pelos alunos,
valorizando seus talentos e organizamos o Chá das 17h, que seria o momento da entrega do presente e uma
forma de estreitar a relação mãe-filho-escola.
Para a realização do chá, houve
envolvimento dos alunos e professores. As salas foram decoradas com
mensagens dedicadas às mamães e
o Chá foi servido pelos próprios filhos.
Tivemos um final de tarde muito
gostoso e percebemos que as crianças ficaram muito mais motivadas e
empolgadas, assim como as mamães
que participaram plenamente do Chá
das 17h.
Veja o depoimento de algumas
mamães:
“Eu amei!“Desde que estou
aqui, sempre gostei de todas
as comemorações, mas esta eu achei
mais aconchegante, foi bem descontraída.” – Adriana Garcia Pereira Guimarães (Mãe da Lavínia Pereira
Fagundes)
“Foi muito bom! Tive a oportunidade de conhecer outras
mães e os alunos estavam muito
empolgados” – Juliana Neves da
Silveira Queiroz (Mãe do Lúcio Flávio
Queiroz).
“Meus filhos estudam no CIC
desde o jardim. Todos os anos
há uma comemoração pelo Dia das
Mães e eu sempre participei: a comemoração deste ano foi a melhor,
foi muito tocante e acolhedora pois
aproximou as mães dos seus filhos no
ambiente de trabalho do filho (que é
a sala de aula). Esta inovação do Colégio foi ótima” – Adriana Polez Rocha (Mãe do aluno Pedro Polez Rocha)
dos valores: a solidariedade, a gratidão, o respeito; integrar harmonicamente todos os setores que interagem
na escola: direção, equipe educativa,
alunos e famílias; despertar o amor e
gratidão dos filhos para com os pais.
Irmã Vanilda Rodrigues Pereira
Coordenadora Pedagógica
INTEGRAÇÃO
„
Junho 2006
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CF 2006
Experiência Marcante
“Levanta-te, chega prá cá e
vem para o meio!
Levanta-te, une teu canto ao
nosso cantar!
Levanta-te, chega prá cá e
vem para o meio!
Levanta-te, vem companheiro
a vida brindar!”
(Trecho do Hino da CF-2006)
u
Um dos objetivos do nosso Projeto
Educativo
Concepcionista
é
oportunizar aos educandos a vivência
dos valores éticos, cristãos, o respeito
a outras culturas e a busca da
FRATERNIDADE UNIVERSAL. Com o
intuito de favorecer a vivência deste
objetivo, a CF/ 2006 comoveu o coração dos alunos do Recanto Betânia.
Perceberam que a deficiência se
encontra em todas as raças, idades,
nacionalidades, religião, gênero e classes sociais, e numa experiência concreta, viram que as deficiências são
14
INTEGRAÇÃO
„
Junho 2006
diferenças entre os seres humanos.
Diferenças, que na maioria das vezes,
independem da vontade humana, mas
estão nos Planos ocultos de Deus.
Temos em nosso município uma
Escola para pessoas diferentes e especiais, cuja clientela varia de 4 a 50
anos. Com base na diversidade existente na população escolar com essas
características, a Escola busca
dimensionar o sentido e o alcance dos
conteúdos disciplinares adequando–os
à ação educativa de forma peculiar a
esses educandos.
A escola foi criada em 2003, tem
como objetivos específicos: o desenvolvimento global das potencialidades
dos alunos com necessidades especiais; a preparação do portador de necessidades especiais para a vida escolar e social, através de uma participação ativa no mundo social, cultural,
dos desportos, das artes e do trabalho; promover e garantir ao portador
de necessidades especiais com atraso
no desenvolvimento de aprendizagem,
aquisição e manutenção das atividades da vida diária, voltados aos cuidados pessoais, entre outros.
Dois momentos foram marcantes
para os alunos do Recanto Betânia: o
primeiro, no dia da abertura oficial do
ano letivo, com a Missa a São José.
Nesse dia, 15 alunos da Escola BeijaFlor estiveram presentes na celebração fazendo a procissão da entrada:
“Levanta–te e vem para o meio”,
”,
foi o hino que todos cantaram num
misto de oração, emoção e surpresa
ao perceberem pessoas diferentes e
felizes.. A celebração terminou e todos queriam abraçá–los e continuar
com eles. O segundo encontro foi em
uma visita à Escola Beija–Flor, dos alunos que fazem parte dos grupos da
Infância Missionária e dos que participam do grupo “IV PILARES” (oração,
ação, reflexão e lazer). Foi uma tarde
marcante na vida dos alunos dos dois
grupos. Conheceram a Proposta Pedagógica de Escola, seus educadores,
os espaços, as oficinas que são oferecidas aos alunos.
Na formação social e pessoal os
educadores trabalham com as imagens positivas dos alunos, ampliando
sua autoconfiança; identificam suas
limitações e possibilidades e agem de
acordo com elas. Ajudam na identificação e no enfrentamento de situações de conflitos. Vivem e valorizam
ações de cooperação e solidariedade,
desenvolvendo atitudes relacionadas
com a higiene, alimentação, confor-
to, segurança, proteção do corpo, cuidados com aparência. Conduz os alunos a expressarem seus desejos, sentimentos, vontades e desagrados,
agindo com progressiva autonomia.
Ajuda–os a familiarizarem-se com a
imagem do próprio corpo, conhecendo aos poucos seus limites e as sensações que ele produz.
Quanto carinho e dedicação dos
educadores! A experiência foi
marcante na vida dos alunos, sobretudo a dedicação dos educadores.
Vejam o que eles disseram:
“Levantamos, fomos para o meio!”
Foi no brilhar de cada um daqueles olhares dos convidados ilustres para
Missa de abertura do Ano Letivo de
2006 do Centro Educacional “Recanto Betânia,” que irmã Lúcia percebeu
a necessidade de se inserir no meio
da Comunidade Beija- Flor.
“Quatro Pilares” e Infância
Missionária, envolvendo alunos e ex–
alunos, partimos para a visita à Escola Beija–Flor. Fomos recepcionados
pelo Diretor Mário, acompanhado
pela coordenadora pedagógica
Estelmar e pelo fisioterapeuta da Instituição Luiz, que é deficiente visual
e representou o nosso País nos jogos
Paraolímpicos de Atenas. Esse fisioterapeuta, muito querido na Entidade,
é conhecido como o que não vê, porém, é o que enxerga mais longe e
percebe tudo que acontece na Escola. Fato que nos chamou muita atenção.
Depois de conhecer as instalações
e as pessoas que impulsionam e as
que são impulsionadas pela obra, um
sentimento se destacou entre nós. “Se
essas pessoas não se sentem diferentes, porque diferenciá –las?”.
Voltamos empenhados em
ver nas pessoas deficientes,
habilidades e competências fortalecidas pela vontade de serem cidadãos
como os outros. (Nathália Meira , exaluna do Rec. Betânia e membro do
grupo IV Pilares).
Passar algumas horas com
pessoas deficientes foi muito
bom. Foi legal conhecer pessoas alegres, felizes e que fazem muitas coisas interessantes. Todos estavam empolgados com a nossa visita e, quando entramos nas salas, demonstraram
grande contentamento. (Carlos
Eduardo Antunes de Oliveira Filho
– 8ª série.)
Foi muito gratificante estar
em contato com pessoas que
têm necessidades especiais. Fez-me
ver que são pessoas maravilhosas e
nos servem de exemplo mostrando que
suas deficiências não os impedem de
serem felizes e realizarem seus sonhos. (Bianca Pedroso Pimentel, 8ª
série e do Grupo IV Pilares.)
Foi inesquecível, pois aprendi que apesar das dificuldades a serem superadas, as pessoas
com necessidades especiais, da Escola Beija – Flor, encaram a vida não
como uma desgraça e sim como uma
vitória a cada dia. Essa perseverança
é sustentada pela dedicação e carinho dos funcionários e familiares.
Hoje posso dizer que vejo a vida
com outros olhos e agradeço a Deus
por ter me dado a oportunidade de
conhecê–los. (Aluna Nicolle Silva
Amorim – 8ª série).
Foi muito bom, pois deixamos
as diferenças de lado, por
que às vezes nós somos os deficientes por rejeitar as pessoas especiais,
os deficientes, quando podemos
aprender muito com eles. A deficiência é só uma palavra para aquelas
pessoas, pois enfrentam as barreiras
do dia a dia e mostram para nós que
eles são capazes de fazer o que muito de nós não fazemos. (Érika
Lethicia Garcia – 7ª B e do Grupo IV
Pilares)
Ir. Vera Lucia Marini
Diretora do Centro Educacional Recanto
Betânia
INTEGRAÇÃO
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Junho 2006
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CF 2006
Com os olhos do coração
A visão do afeto
Na linguagem do afeto
não há barreiras para
quem deseja vencer e não
é preciso enxergar para
“ver”
ver” as coisas belas do
Aprendendo a
ser solidários na
mundo.
Leitura em Braille, calculadora que
“fala”, relógios, ratos, sapos, bruxas
e muita magia... Estes foram ingredientes trazidos pela escritora mineira
Elizete Lisboa, na terça-feira, 28 de
março de 2006, aos alunos de Educação Infantil a 4ª série do Colégio Regina Pacis-BH. Em um ambiente mágico, a mais temida das vilãs das histórias infantis, a bruxa, trouxe consigo não só seus feitiços, mas também
l
grandes lições de vida. Nessa esfera
de magia e encantamento, o temor
deu lugar à admiração, pela autora e
pela personagem – que apesar de feia
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INTEGRAÇÃO
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e velha, era extremamente simpática
Na ocasião as crianças ouviram
duas histórias de Elizete: “A bruxa
mais velha do mundo” e “Que será
que a bruxa está lavando”? – e
conheceram um pouco do universo
daqueles que possuem algum tipo de
deficiência visual, incluindo um
minicurso de alfabeto em Braille.
Cega desde a infância, Elizete é
prova viva de que se pode fazer a diferença, superando limites e permitindo que o coração fale mais alto.
Trazendo a proposta de reflexão
da CNBB, Campanha da Fraternidade
2006, que tem como lema “Levantate, vem para o meio”, para dentro do
ambiente escolar, às crianças puderam, elas mesmas mergulharem no
universo daqueles que superam e promovem pequenas, porém importantes transformações no mundo.
Muito mais do que provocar a curiosidade e o compromisso com a causa das pessoas com deficiências, o
evento deu voz e vez àqueles que,
habitualmente e por vezes de maneira até preconceituosa, não são vistos,
considerados ou valorizados em suas
potencialidades.
Elizete conseguiu, ser, ver, mas
com profunda consciência, se fazer
enxergar, ganhando visibilidade, o talento da escritora, da mulher-guerreira que enfrenta adversidades, rompe
barreiras e alcança a todos pela poesia e pelo afeto, despertando quem
se aproxima de sua obra - e de sua
via – para o compromisso com o ser
humano.
As crianças aprenderam, acima de
tudo, que a linguagem do afeto é bem
mais clara, que não há barreiras para
quem deseja vencer, que não é preciver” as coisas beso enxergar para “ver”
las do mundo.
Pensando nisso, ganha sentido especial, a frase do ilustre autor de “O
Pequeno Príncipe”, “... Eis o meu segredo. É muito simples: se vê bem com
o coração. O essencial é invisível para
os olhos”. (Antoine de Sain-Exupéry)
Escola Inclusiva
“(...) convertei nosso
coração para acolhermos
a todos com amor
fraterno, de maneira
especial as pessoas com
deficiência. Ajudai-nos a
promover a autonomia e
a plena realização desses
nossos irmãos na família,
na sociedade e na igreja”
(da oração da CF-2006)
Quando pensamos nos benefícios que a inclusão
traz, a primeira idéia que
nos surge é a de que as
pessoas com deficiência terão mais
chances de se desenvolver. O importante é fornecer meios para os estudantes fazerem parte do mundo.
A Educação Especial tem como
objetivo quebrar as barreiras que impedem o jovem de exercer a sua cidadania.
O atendimento educacional especializado é apenas um complemento
da escolarização, e não, substituto.
O suporte familiar é de extrema importância para o desenvolvimento do
jovem e para a melhoria da sua autoestima.
Apesar de ter características
peculiares, o jovem deficiente tem
personalidade, carrega uma história
e muitas experiências que o torna
único.
Incluir significa oferecer educação
de qualidade para todos. Mas somente isto não basta. É preciso trabalhar
diariamente com o respeito aos demais e a solidariedade ao próximo, e
oferecer oportunidade para que o aluno portador de deficiência se integre
ao ambiente e se destaque por suas
qualidades pessoais.
O tema da Campanha da
Fraternidade deste ano, tem muito a
nos ajudar na formação de cidadãos
conscientes, com um olhar voltado
para o próximo, um ser mais solidário
e justo.
Mª Rosângela C.V de Araújo
Diretora Pedagógica do CMI - Brasília
INTEGRAÇÃO
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CF 2006
É normal ser diferente
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Iniciamos o ano de 2006, no Colégio Maria Imaculada-SP, unidos às
solicitações da Igreja, explicitada pelo
Tema da Campanha da Fraternidade
2006, promovida pela CNBB e pelo
grito de milhares de deficientes que
clamam por oportunidades e dignidade.
Na semana pedagógica, envolvemos os professores com o tema, sen-
Inclusão da pessoa
sibilizando-os para a causa, com a
presença da teóloga Maria Paula
Rodrigues, autora do livro: “Deficiência: uma questão de política?”, livro
que, durante o primeiro bimestre, foi
trabalhado com os alunos de 8ª série
do Ensino Fundamental à 3ª série do
Ensino Médio, nas disciplinas de Ensino Religioso, Português e Redação. Foi
esse, também, um dos temas para
reflexão, na 1ª Reunião Geral.
Em todos os segmentos do Colégio, a questão da deficiência e, principalmente, a necessidade de quebrar
preconceitos para que haja uma verdadeira inclusão, foram abordadas.
Através de vídeos, filmes, visitas a
entidades que trabalham com deficientes, elaboração de clips, acrósticos,
sonetos, os alunos tiveram a oportunidade de se aproximarem de uma
realidade tão próxima a eles, mas,
muitas vezes, tratada com distanciamento e indiferença.
Na Educação Infantil, através de
livros paradidáticos, músicas e dinâ-
micas de grupo, as crianças puderam
perceber as diferenças pessoais existentes entre todos os seres humanos
e o valor do respeito e da solidariedade, como base para a estruturação de
qualquer grupo social.
Refletiram, assim, sobre a idéia de
que “é normal ser diferente”, tema
escolhido para a Festa da Família deste
ano.
INTEGRAÇÃO
„
Junho 2006
deficiente e quebra dos
preconceitos foram temas
abordados em diversas
atividades do CMI-SP
Em uma ensolarada manhã de sábado, as famílias vieram ao Colégio
para vivenciarem de uma maneira
lúdica e divertida, pequenas ações
com as quais os deficientes se deparam cotidianamente.
Pular pneus com os olhos vendados, colocar o “rabo no burrinho”,
andar com as pernas amarradas, fazer cestas em jogo de basquete sen-
tados e brincar de mímica foram algumas das atividades preparadas pela
equipe de Educadoras do Infantil e
incrementadas pela equipe do CEMI
– Complexo Esportivo Maria Imaculada. Crianças e adultos ficaram motivados com as atividades.
Tivemos, ainda, apresentações
musicais das crianças e uma linda
peça teatral, encenada pela Ciapicnic
– “Panos e Lendas”, que retratou, de
maneira magistral, o ciclo da vida, as
lendas brasileiras e o Cancioneiro folclórico nacional.
O tempo litúrgico da Quaresma
chegou ao fim e com ele a Páscoa. A
vida nova do Cristo ressuscitado nos
alimenta no desejo e na inquietação
de crianças e jovens deficientes ou
não, que anseiam por um mundo mais
justo e fraterno.
Márcia Reda
Orientadora Pedagógica –
Educação Infantil - CMI/SP
PASTORAL
Cristo Ressuscitou!
n
Na preparação para a Páscoa,
a Creche Madre Carmen Sallés e
Obra Social Maria Imaculada, trabalharam com a conscientização
do verdadeiro sentido, ou seja, o
sentido religioso dos símbolos
pascais.
Cada turma ficou responsável
por explorar um dos símbolos, ficando assim distribuídos:
Maternal
Maternal
Jardim I
Jardim II
Turma A
Turma B
Turma C
Turma D
I–
II –
–
–
–
–
–
–
O Coelho
O Ovo
O Girassol
O Peixe
A Uva
O Trigo
A Vela
O Cordeiro
Todas as turmas fizeram apresentação de seu símbolo com muita alegria, entusiasmo e dedicação. Para
essas apresentações foram utilizados
vários recursos: encenação, dramatização, apresentação em mural montando quebra-cabeça, músicas e aula
expositiva abordando o tema: como
plantar um girassol.
O trabalho desenvolvido, as atividades realizadas e as apresentações feitas, favoreceram nas crianças, a
internalização do verdadeiro sentido da
Páscoa, que é Vida Nova, Cristo Ressuscitado dentre os mortos para nos
salvar.
As crianças viveram esses momentos com muita intensidade e levaram
para casa o trabalho realizado por
elas, com mensagem de otimismo e
de alegria cristã para todos os pais e
familiares.
Eliana Conceição Alves
Monitora – Obra Social Maria Imaculada
INTEGRAÇÃO
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Junho 2006
19
PASTORAL
m
É Pascoa!
É Partilha!
Mais uma vez, é Páscoa! É Jesus
Cristo dentro de nós. Em nosso íntimo, renovam-se as virtudes teologais
da fé, da esperança e da caridade e a
certeza de que em Cristo e com Cristo seremos sempre vencedores.
Cristo vive e está no meio de nós,
renovando-nos cotidianamente. Ele é
o mais fiel dos companheiros e o mais
precioso Amigo que nos transmite a
verdadeira alegria que nada, nem ninguém pode nos tirar.
A alegria é uma virtude que se expressa na face e na vida de todo aquele que caminha ao lado de Jesus Cristo. E assim, como os discípulos de
Emaús, nós temos Cristo Ressuscitado ao nosso lado, bem junto a nós e
Ele nos questiona sobre a razão de
nossas dúvidas, incertezas e medos.
Devemos então, aprender com
Cléofas e seu companheiro a deixar
que Jesus Cristo fortaleça a nossa fé,
revele detalhadamente as Escrituras
e parta o Pão conosco. Sim, é o Senhor Jesus que nos une e nos santifica. Ele aquece o nosso coração, fazendo-o transbordar de felicidade, dilatando-o ao compartilhar o verdadeiro Amor.
Com esse espírito pascal realizamos
um trabalho com as crianças da Creche Lar Escola Carmen Sallés-SP, juntamente com os pais, sobre a importância da partilha, mostrando o quanto contribui para a edificação de nossas vidas. Durante o período da Páscoa as crianças desenvolveram atividades atraentes e diferentes das do
dia-a-dia; confeccionaram cartazes
com os símbolos da páscoa, aprenderam várias músicas e tiveram momen-
tos de oração e reflexão na capela das
irmãs.
Para vivenciar a partilha, as crianças trouxeram vários tipos de pães e
fizemos um delicioso café da manhã.
Foi um momento muito especial. Antes da partilha o maternal fez uma
apresentação ressaltando a páscoa
como Vida Nova. O jardim I dramatizou a ressurreição de Jesus e o jardim
II encenou a partilha através da
música “a Sementinha”.
Neste clima de festa e de alegria
as Irmãs, Glória e Celina, concluíram
nossos momentos festivos deixando
claro para nossas crianças o verdadeiro significado da Páscoa e da Partilha. Tivemos também a visita dos adolescentes missionários do CMI-SP que
trouxeram ovos de páscoa e fantasiados de coelhinhos alegraram ainda
mais as crianças. Foi muito legal!
Educar também é partilha. É poder
ver e transmitir a beleza das coisas que
Deus criou seguindo os ensinamentos
deixados por Carmem Sallés.
Nilva Maria Torres de Souza
Coordenadora Pedagógica da Creche Lar
Escola Carmen Sallés - SP
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INTEGRAÇÃO
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A homenagem da Creche Madre Carmen Sallés e a
Obra Social Maria Imaculada - Samambaia/DF, no aniversário de Madre Carmen Sallés, teve como embasamento
o livro da Me. Assunción Valls “Carmen Sallés, mulher de
ontem e de hoje”, traduzido por Me. Maria Pilar
Vasconcellos.
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Jardim I - Primeira Eucaristia;
Jardim II - Primeira intuição para a vida religiosa;
Turma A - A Intuição de Madre Carmen Sallés para
fundar a Congregação;
Turma B - A confiança que Madre Carmen Sallés depositava na Divina Providência e em Maria Imaculada;
Turma C - Vários locais da presença das concepcionistas
hoje;
Turma D – Os tempos atuais da Congregação das
Concepcionistas Missionárias do Ensino, enfatizando
quando se fundou os Colégios: Madre Carmen Sallés e
CONTINUA
Todas as educadoras contaram a história de Madre
Carmen utilizando vários recursos, tais como:
dramatizações, fantoches, e teatro de varas, e construindo
maquetes, porém, cada turma enfatizou mais fortemente
uma fase específica da vida dela:
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Maternal I - O nascimento de Madre Carmen é um
presente de Deus;
Maternal II - Maria Imaculada impulsiona a vida de
Madre Carmen Sallés;
INTEGRAÇÃO
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PASTORAL
PASTORAL
Ao final do dia, todas as turmas realizaram festa com
bolo, doces, pirulitos e balões para homenagear a aniversariante.
O trabalho realizado, e os exemplos deixados por Madre Carmen Sallés, suscitaram entusiasmo nas crianças e
educadores, levando-os a perceber que também são capazes de surpreender a humanidade dando respostas positivas ao mundo tão sedento de valores, bastando apenas
seguir o mandamento do amor ensinado por Jesus: amar a
Deus sobre todas as coisas e ao outro como a ti mesmo.
Telma Lúcia Lopes Campolino
Coordenadora de Pastoral da Creche Madre Carmen Sallés /
Obra Social Maria Imaculada – Samambaia - DF
Maria Imaculada em Brasília - Distrito Federal e especialmente a Creche Madre Carmen Sallés e Obra Social
Maria Imaculada.
Numa atividade interdisciplinar e para que a vida de
Madre Carmen Sallés fosse bem explorada, as educadoras
fizeram (juntamente com as crianças) pesquisas, utilizaram mapas, globo terrestre, e dicionários para explorar palavras desconhecidas por eles.
Na seqüência das homenagens prestadas, foi realizada
na capela, uma celebração em ação de graças pelo Dom
da vida de Madre Carmen, pois celebrar o aniversário dela
é motivo de júbilo para todos na terra e com certeza também lá no céu.
Grupo Jovem Carmen Sallés
O Colégio Imaculada Conceição de Machado/MG iniciou o primeiro Grupo Infanto-Juvenil Carmen Sallés, com
os seguintes objetivos:
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Aprofundar na Palavra de Deus;
Viver a solidariedade, a ajuda mútua;
Descobrir, desenvolver e partilhar seus dons;
Aprofundar temas como amizade, preconceito, relacionamento, responsabilidade, a Palavra de Deus, família, respeito à vida, cidadania, saúde, limites, dentre outros;
Viver os valores: solidariedade, amizade, partilha, fé,
alegria, amor...;
Viver o compromisso de cristão;
Colaborar nas atividades extra-classes do CIC: encontros, gincanas, esportes ...;
Colaborar com as pessoas carentes;
Formar uma comunidade de vida, na alegria, na solidariedade e partilha;
Contagiar os colegas e demais pessoas do Colégio
com sua amizade e serviço.
INTEGRAÇÃO
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O grupo formado pelos alunos da 5ª e 6ª séries se
reúne, às sextas-feiras, às 16 horas. O primeiro encontro
foi no dia 24 de março de 2006, na Quadra Poliesportiva
do Colégio, para o início de suas atividades. Padre Paulo, da Paróquia Sagrada Família, acolheu o grupo e abençoou a todos.
Irmã Vanilda Rodrigues Pereira
Coordenadora - CIC-Machado/MG
Evangelização na Casa do
Pequeno Cristo
o
Outro dia, escutei alguém dizer
“Que eu veja em cada uma daquelas
crianças um pequeno Cristo”. Essa fala,
em sentido de prece, foi muito significativa para mim. A expressão me falou do sentido de ver Jesus nas pessoas, principalmente nos menos favorecidos, aqueles que são os prediletos
de Deus Pai, e, de maneira especial,
nas crianças do Pequeno Cristo.
A casa do Pequeno Cristo é
uma instituição que atende 80 crianças e adolescentes do Morro das Pedras, no bairro Nova Granada em Belo
Horizonte. A situação das crianças é
preocupante, devido a uma série de
problemas como: violência, desemprego, drogas, pobreza etc.
Nós, Irmãs, Noviças e Postulantes
estamos presentes nessa realidade
com o apoio à Casa e no trabalho de
Evangelização. Durante a semana,
todas as tardes a postulante Adriana
Maia e a Noviça Elaine Maria colaboram, prestando serviço às crianças nas
tarefas escolares, estudos e reforço.
Nas manhãs de sábado, nós, as noviças, vamos à Casa do Pequeno Cristo
para ajudar nas aulas de catequese,
formação espiritual humana e cristã.
Este é o segundo ano que a experiência vem dando certo, apesar das dificuldades e desafios. A alegria é enorme quando se percebe que algo em
alguém ou na situação é transformado!
No dia 20 de abril de 2006, foi comemorada a Páscoa dos alunos e educadores da Casa do Pequeno Cristo.
Juntamente com essa festa, tivemos
Batizados, 1ª Eucaristia e Crisma. Participaram das cerimônias: Jéssica, 04 anos
(Batismo), Julimara e Luide, 12 anos
(Batismo e 1ª Eucaristia) e Marcos, 9
anos (Batismo, 1ª Eucaristia e Crisma).
A celebração foi emocionante, preparada pela Ir. Lourdes Marques e
pelas noviças, Elaine, Maria José e
Elisângela. Percebia-se o entusiasmo
e a expectativa em todos os olhares
presentes, principalmente das crianças, pais, padrinhos.
Essas crianças, foram preparadas
com muito carinho e amor, desde o
ano passado para receber os sacramento. No coração delas foi plantada
uma sementinha de amor que sabemos ser um bem para as famílias e
crescimento do Reino de Deus.
Em toda a pastoral desenvolvida na
Casa do Pequeno Cristo está presente a espiritualidade Mariana, pois em
Maria Imaculada temos o modelo de
Mãe e de educadora. Com Ela realizamos nossa missão, procurando
como nos ensina nossa fundadora
Carmem Sallés, dar vida às suas palavras: “Encontrareis Cristo no coração das crianças”.
O trabalho é imenso, os desafios
são diversos, mas procuramos ver em
cada criança e adolescente um Pequeno Cristo que está em nossas mãos.
E sempre adiante, com os sorrisos
das crianças e a alegria espontânea
de cada um!
Elisângela Marcela Beifuss Noviça Concepcionista do 1º ano – Belo
Horizonte
INTEGRAÇÃO
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ATIVIDADES
ATIVIDADES
RECANTO BETÂNIA EMBU GUAÇU SP
Momentos de Espiritualidade,
Cultura e Lazer
Domingo, dia 09/04/2006, dois grupos muito animados
participaram de um roteiro que contemplou visitas a diversos pontos turísticos da cidade de São Paulo.
O dia começou com a concentração e a acolhida no
Recanto Betânia. O primeiro lugar a ser visitado foi o Mosteiro de São Bento, onde participaram da Procissão e Missa de Ramos, acompanhados por um belo canto
gregoriano. Após a missa dirigiram–se para o passeio e
almoço no Mercado Municipal, em que tiveram a oportunidade de experimentar diversas guloseimas.
O ponto turístico seguinte foi o Parque da Luz, onde
conheceram a gruta recém descoberta e tiveram a oportunidade de admirar uma paisagem pitoresca. A observação da arquitetura histórica da Estação da Luz não escapou aos olhos atentos dos visitantes. Para concluir o percurso turístico, os grupos visitaram as dependências do
Colégio Maria Imaculada, no Bairro Paraíso e foram acolhidos como parte da família Concepcionista. Na capela
imponente do Colégio houve um encontro com o Senhor.
Um dos momentos mais marcantes do encontro foi a oração partilhada dos Salmos e as orações espontâneas, feitas não só pelos dois grupos visitantes, mas também pelas
irmãs da comunidade.
Após o encontro na capela foi servido um lanche preparado com muito carinho e dedicação pelas irmãs da comunidade.
O auge do dia aconteceu na troca de experiência entre
os grupos nos momentos do deslocamento de um ponto
ao outro. Histórias, piadas, criatividade, partilha e
companheirismo foram os principais elementos dessa experiência.
Enfim, buscar algo melhor e dividir com os irmãos é o
principal objetivo dos dois grupos que vivenciaram um dia
especial.
Angélica
Secretária do MLC- Rec. Betânia
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INTEGRAÇÃO
Junho 2006
COLÉGIO MARIA IMACULADA SÃO PAULO SP
Nano Aventura
No dia 09/03/06, estivemos com os alunos das 8ª séries EF fazendo uma
“Nano Aventura”. Ela é resultado de uma parceria entre o Instituto Sangari,
Museu Exploratório de Ciências da Unicamp, Laboratório Nacional de Luz
Sincroton e a Prefeitura de Campinas.
Este projeto objetiva despertar a curiosidade para o mundo das ciências,
especialmente da nanociência e a nanotecnologia.
Os participantes simularam a visita a um laboratório científico, explorando a
escala nanométrica e as possibilidades tecnológicas proporcionadas pela manipulação da matéria e da vida na escala dos átomos e moléculas. Tudo virtualmente, em 3D. Após essa vivência, os alunos fizeram um estudo interdisciplinar
nas áreas de Química, Ciências e Matemática, aprofundando os conhecimentos do que puderam descobrir.
Profª Celi, Profª Nancy e Profª Solange - CMI – São Paulo
Premiação
A aluna Renata Amaral 8ª série A
do Colégio Maria Imaculada de São
Paulo conquistou, brilhantemente, o
2º lugar, no Concurso Internacional de
Redação de Cartas dos Correios/2006
(Fase Estadual). No dia 02/05, os representantes da instituição, vieram ao
Colégio para a premiação: um
microsystem para a aluna e outro para
o CMISP.Parabéns Renata!
Bienal do Livro
Os alunos da 6ª série do EF
ao 3º ano do EM do CMI-SP tiveram a oportunidade de visitar
a Bienal do Livro/2006, no dia
15/03, das 14h30 às 19h30.
Acompanhados de professores e uma religiosa da escola,
eles puderam visitar estandes,
manusear livros e mergulhar no
fascinante mundo da leitura.
Foi um programa especial e
diferente da rotina das aulas;
outra oportunidade de estimular e conscientizá-los sobre o
prazer de ler.
INTEGRAÇÃO
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ATIVIDADES
ATIVIDADES
COLÉGIO MADRE CARMEN SALLÉS
CIC PASSOS MG
DF
Aprendendo na Prática
“Com esse projeto conseguimos
aprofundar a matéria. Foi uma forma
bem descontraída de testar o que vimos em sala”. (Amanda Salomão da
2ª série “A”)
Seminário Educacional
“Durante o Sarau, tivemos a oportunidade de fazer parte e de ver como
funcionavam os saraus no Romantismo, tocando diversas músicas da época e declamando poesias. Aprendemos de forma muito agradável, com
as apresentações e pesquisas fora da
sala de aula”. (Ingrid Orlandi Meira
da 2ª série “B”)
No dia 03 de maio foi realizado no
Colégio Madre Carmen Sallés o Primeiro Sarau, com o intuito de colocar
em prática o conteúdo de Literatura
estudado durante o bimestre: o Romantismo. Naquele período, as poesias e músicas eram apresentadas ao
público em folhetins e saraus; este último era feito na casa de algum nobre
ou burguês. Poucos podiam declamar
poesia, pois a maioria da população
não sabia ler. O evento era regado com
boa música e comida.
O Sarau aconteceu no Palácio Castro Alves (antiga lanchonete do colégio), o espaço foi ocupado com móveis antigos que o próprio colégio forneceu, além da decoração feita pelos
alunos da 2ª série do Ensino Médio.
Houve grande preocupação quanto
aos convites, que foram personalizados e adornados com poesia da época. Cada aluno foi encarregado de levar um prato ou bebida para o café
da manhã ocorrido durante o evento.
A partir de pesquisas feitas pelos
alunos, foram declamadas diversas poesias; algumas da época do Romantismo e outras dos dias atuais, mas
que apresentavam características semelhantes às do período romântico.
As músicas tocadas no evento foram
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INTEGRAÇÃO
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cuidadosamente escolhidas, houve
apresentação de músicas românticas
eruditas, como Beethoven e Chopin,
e música contemporânea.
Foram convidados para o evento,
além dos alunos da 2ª série do Ensino
Médio, a diretora do colégio, os coordenadores e os professores. Por trás
de todo esse trabalho estava a comissão dos alunos da 2ª série do Ensino
Médio, que organizou e tornou possível a concretização do Primeiro Sarau
do Colégio Madre Carmen Sallés.
Por Ingrid Orlandi Meira e Talita
Ferreira - Alunas da 2ª série do Ensino
Médio do colégio Madre Carmen Sallés Brasília
Alguns depoimentos
“O sarau foi muito construtivo para
o aprendizado dos alunos da 2ª série
do Ensino Médio e conhecimento do
Romantismo estudado em sala”. (Felipe Guedes da 2ª série “B”)
“Adorei ser uma das coordenadoras, apresentar e declamar no Sarau.
Montando esse evento, a preocupação não foi só em decorar uma poesia para declamar, mas sim, pesquisar
o estilo de música, decoração e os artistas daquela época. (Talita Ferreira
da 2ª série “B”)
O Sarau foi um evento de grande
sucesso comemorado pela equipe
organizadora, que espera que esse
tenha sido apenas o primeiro de muitos momentos do tipo”. (Ivy Araújo da
2ª série “B”)
“Foi com muita alegria que acolhi
a idéia de realizarmos um sarau no
Colégio Madre Carmen Sallés.
Durante as aulas de literatura, nas
quais abordávamos a poesia do século XIX, alguns alunos propuseram a
atividade, que foi recebida pela turma com muito entusiasmo.
Toda a preparação, que envolveu
confecção de convites, decoração do
ambiente e pesquisa de textos e músicas do período, ficou sob a responsabilidade dos alunos.
O prazer com que desenvolveram
o trabalho foi fruto da motivação e da
dedicação do grupo. Com tudo isso,
é possível afirmar que houve aprendizagem de fato”. (Professora Soraia
Cristina Real Karia)
Os desafios da sala de
aula na sociedade do
conhecimento
e da informação
Um evento marcante para a Província das Irmãs Concepcionistas do
Ensino foi o que reuniu mais de 150
educadores de três escolas de diferentes cidades.
Do quê estamos falando?
Do Seminário Educacional, ministrado pelo professor Gustavo Martins*,
em Passos - MG, para Professores, Coordenações e Direções dos Colégios
Concepcionistas das cidades de Machado, Mococa e Passos, no dia 06
de maio.
O tema do seminário foi: Os desafios da sala de aula na sociedade do conhecimento e da informação.
Durante o evento, os educadores
puderam refletir sobre os novos papéis, conhecimentos, habilidades e
atitudes requeridas para os professores na sociedade do conhecimento.
Após uma manhã enriquecida pela
exposição do Prof. Gustavo, em que
foi enfatizada a importância de “ela-
borar uma aula consistente, com
conteúdos, e que consiga desenvolver competências nos alunos:
conhecimento, habilidade, atitude;
uma aula sintonizada com o novo
perfil de alunos que temos:
questionador, crítico, desafiador,
que domina a tecnologia”, os professores foram divididos por áreas, e orientados a elaborar uma
aula que motivasse o aluno a
aprender, a desejar conhecer.
Esse Seminário foi muito
proveitoso. Através de partilhas
e reflexões, todos puderam
Prof. Gustavo d
aprofundar mais sobre a impore
Ávila Martins
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nos dias atuais. É preciso busGraduado em En
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Religioso- CMI-Mococa/SP
INTEGRAÇÃO
Junho 2006
27
ATIVIDADES
CRECHE MADRE CARMEN SALLÉS E OBRA SOCIAL MARIA IMACULADA DF
Dia do Índio
Experiência que transforma
No dia 19 de abril as crianças da Creche Madre Carmen Sallés tiveram a oportunidade de vivenciar momentos significativos da cultura indígena cantando, dançando
e aprendendo sobre a realidade dos índios que vivem em
tribos. Conheceram seus hábitos alimentares e experimentaram a tapioca após visitarem a exposição.
As turmas da obra Social Maria Imaculada integraramse com os educandos da educação infantil de forma harmoniosa e contribuíram com eficácia para o bom êxito das
comemorações. Cada turma ficou responsável por uma
apresentação de forma interdisciplinar. O jardim II apre-
Clemência Rodrigues da Silva Santos
Coordenadora da Creche e Obra Social Maria Imaculada
Samambaia DF
INTEGRAÇÃO
Junho 2006
A Creche Madre Carmen Sallés e Obra Social Maria
Imaculada, realizam mensalmente reuniões formativas com
os pais. No início do ano de 2006 foi-lhes apresentado “O
projeto Educativo Concepcionista” e “Carmen Sallés e Sua
Obra” em slides com explicações das educadoras.
O objetivo das reuniões é fortalecer a união de todos no
compromisso com a pedagogia de Madre Carmen Sallés e
com a missão de evangelizar através da educação preventiva. É também um incentivo para a participação ativa dos
pais na vida de seus filhos e para que cultivem valores
para o bem, e assim, impeçam que o mal prevaleça.
É grande a adesão e participação dos pais, que reconhecem a importância do trabalho realizado, além de serem agradecidos às Irmãs Concepcionistas por tudo que
elas representam e fazem pela comunidade da Expansão
da Samambaia Norte em Brasília – DF.
Telma Lúcia Campolino
Coordenadora de Pastoral da Creche Madre Carmen Sallés e
Obra Social Maria Imaculada / Samambaia - DF
Formação e Aprimoramento
sentou uma dança indígena trabalhando o esquema corporal. Álbuns de desenhos feitos pelo jardim I, maternal I e II
retrataram a cultura indígena.
Os educandos da Jornada Ampliada fizeram maquetes
e caracterizaram-se de índios. Numa celebração, apresentaram orações espontâneas pedindo respeito aos índios e
pedindo por suas necessidades. Aprendendo dos índios o
amor pela natureza, os alunos também se comprometeram ajudar a preservá-la começando pelos cuidados com o
meio ambiente em suas casas e sala de aula.
28
Aliados na arte de educar
O conhecimento crítico da realidade em que se desenvolvem as atividades cotidianas é fundamental a formação em valores dos funcionários inseridos no processo de
formação dos educandos. Por isso, valorizando essas relações a Creche Madre Carmen e Obra Social Maria Imacu-
lada oferecem semanalmente uma hora de estudo dos serventes, vigias e cozinheiras.
Com o aprimoramento profissional, oferecemos condições melhores de aproveitamento do tempo e do material
de trabalho, levando-os a atuarem de maneira ativa, integrada e consciente de seu papel no processo educativo.
Para a formação religiosa foram realizados, no primeiro
bimestre, estudo do livro “Carmen Sallés e Sua Obra” e no
segundo bimestre deu-se início ao estudo do livro do Pe.
Libânio “Como saborear a celebração Eucarística”.
Nossa proposta visa à formação de um grupo coeso, espiritual e revigorado para agir diariamente com mais energia e
sinergia, fazendo do trabalho momento de integração e de
vida.
Clemência Rodrigues Silva Santos
Coordenadora da Creche e Obra Social Maria Imaculada – Samambaia DF
INTEGRAÇÃO
Junho 2006
29
ATIVIDADES
ATIVIDADES
CMI MOCOCA SP
CIC MACHADO MG
Celebrações de fé, alegria e amor
Durante a Semana Santa, os alunos da Educação Infantil se prepararam para a Páscoa, orando, cantando e louvando a Jesus, sinal de luz e esperança de uma vida nova.
Também comemorou-se a Campanha da Fraternidade/2006
e o nascimento de Madre Carmen Sallés, nossa fundadora
e mestra. As datas foram comemoradas em apresentações dos alunos em 3 dias consecutivos:
No dia 10/04 os alunos do 2º Período da Profª Luciana
apresentaram: Nas pegadas de Jesus e Maria, queremos
mostrar Madre Carmen Sallés, firme na fé e na oração.
Semeou a semente de esperança para um mundo mais
cristão.
Cantando a música Aos olhos do Pai, os alunos do 3º
Período, dividiu o palco com os alunos portadores de deficiência da Escola Estadual de Ensino Especial Hilda Nogueira da Gama que demonstram com expressão corporal
que é normal ser diferente, que a convivência com os próprios limites fortalece a cada um de nós.
A emoção tomou conta do espetáculo! Todos percebemos que as pessoas têm características próprias e devem
saber usar essa diferença de forma positiva. Foi um verdadeiro aprendizado que ilustrou com chave de ouro o tema
da Campanha da Fraternidade deste ano: “Levanta-te, vem
para o meio!”
Aos alunos do Maternal e 1º Período coube a apresentação sobre a Páscoa.
Com o auxílio das professoras do Maternal e 1º Período: Simone, Talita e Kassiana, os alunos se caracterizaram de coelhinhos e dramatizaram a música Coelhinho
Brincalhão e cantaram A Páscoa Chegou Alegre, come-
No dia 11/04 foi a vez dos alunos do 3º Período da Profª
Adriana: Assim pensou a fundadora Madre Carmen Sallés:
“O verdadeiro amor a Deus nos levará a amar os irmãos e
nos unirá a Ele”.
morando com alegria a ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, encerrando-se as festividades que antecedem à
Páscoa.
Com o auxílio das professoras do Maternal e 1º Período: Simone, Talita e Kassiana, os alunos se caracterizaram de coelhinhos e dramatizaram a música Coelhinho
Brincalhão e cantaram A Páscoa Chegou Alegre, comemorando com alegria a ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Marly Botazini Rodrigues
Profª Ms. Em Educação
30
INTEGRAÇÃO
Junho 2006
Noite LíteroMusica
O lançamento do livro
Ad-Versos da Professora e
Mestra em Literatura,
Olga dos Santos Caixeta
Vilela, na noite do dia 08
de março de 2006, registrou um dos acontecimentos culturais e literários mais significativos para o CIC e Câmpus Universitário do Centro
Superior de Ensino e Pesquisa da Fundação Educacional
de Machado, onde também leciona. A escolha da data
coincidiu com o dia de homenagear a Mulher de todos os
dias: O Dia Internacional da Mulher.
Organizado e realizado pela Academia Machadense de
Letras Plínio Motta, à qual pertence a agora escritora Olga
Caixeta, o lançamento culminou com noite de autógrafos,
que reuniu além de familiares e parentes mais próximos,
colegas acadêmicos, professores, estudantes, diretores de
escolas e muitos amigos.
A sessão solene, aberta pelo Presidente da AML,
Comendador Abel Faleiro, seguiu-se com a apresentação
do livro pela Profª Mestra Selma Botazini Pereira e uma
série de homenagens à escritora, desde declamações de
seus poemas, números musicais, entrega de cartão de prata e flores. A homenagem mais significativa ficou por conta da família, representada pelo esposo e filhos, o que
muito emocionou a escritora.
Ao final da solenidade, quando a autora do livro AdVersos falou de sua obra e agradeceu as homenagens,
passou, então, a autografar o livro para o público que lotou
o Salão Nobre do Câmpus Universitário.
CMI-Mococa
homenageia
as mães
“Quando nasce uma criança, nasce uma Mãe!”
Para homenagear a “Mulher-Mãe”, o CMI de Mococa
organizou uma criativa programação.
Na quinta-feira (11/5), às 19h30 aconteceu, no Auditório Madre Carmen Sallés, a Celebração Eucarística com as
mães, alunos e familiares: momento de gratidão a Deus
pelo dom de gerar vidas. Cônego João Antonio Darci, com
sua sabedoria, soube transmitir uma mensagem de fé e
otimismo sobre a realidade da mulher hoje. Alunos de 1ª
a 4ª entregaram às mães os presentes que foram preparados por eles.
Alunos e professores da Educação Infantil (Maternal,
Níveis 1, 2 e 3), no dia 12/5 às 10h45 e às 16h15 apresentaram uma movimentada e colorida homenagem com danças e músicas, também no Auditório: alegria e reconhecimento à Mamãe, presença forte em suas vidas.
Os pequeninos do Maternal tiveram uma atividade diferente em sala de aula, no dia 12/5, às 10h15 e às 15h45:
um pouquinho da manhã e da tarde com a Mamãe na
escola: pintaram, brincaram com massa de modelagem,
cantaram e dançaram com a Mamãe.
O objetivo a ser alcançado com essas atividades é cultivar no coração da criança e do adolescente, a gratidão.
Rosária do Carmo Lopes Lorenti Soares.
Coordenadora do Segmento 1.- Colégio Maria Imaculada de
Mococa/SP.
Marly Botazini Rodrigues
Profª Ms. Em Educação
INTEGRAÇÃO
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31
ESPIRITUALIDADE
Encontrar é fazer
Congresso Eucarístico Nacional
“Ele está no meio de nós”
Na Eucaristia, nos associamos à
Como imagem maravilhosa
desta vitalidade eucarística, encontramos no evangelho a parábola da Videira, aplicada à Igreja.
O tronco inabalável e de onde nos
vem a seiva da Graça é Cristo, e
nós somos os ramos. Nele, no Cristo, somos inseridos para produzir
muitos frutos: “aquele que permanece em mim e eu nele, esse produz muito fruto”. Assim, não podemos nos distanciar da Eucaristia, alimento salutar da Mesa da Palavra e
da Partilha. Sem esta participação,
nunca saberemos qual é o sabor da
Vida de Amor que Deus nos quer dar..
Não podemos viver sem Cristo,
pois, como Ele mesmo diz, “sem mim
nada podeis fazer” (Jo 15,5). Por
isso, neste banquete de Amor, experimentemos a ternura da solidariedade vivida entre nós. Celebremos a Eucaristia, experiência de vida para todos, e vida plena, abundante. Mesmo para quem já não vislumbra mais
a esperança!
oferta que ele vos faz, ó Pai,
pela vida do mundo. Com ele,
vos oferecemos as alegrias e as
esperanças, as tristezas e as
angústias das mulheres e dos
homens de hoje.
a
(da Oração do Congresso)
Aconteceu entre os dias 18 a 21
de maio o 15° Congresso Eucarístico
Nacional, na cidade de Florianópolis
– SC, que foi transformada num
grande altar do Brasil.
O tema – “Ele está no meio
de nós! Vinde e vede!” – expressa a certeza do Mistério
Pascal de Cristo que dá vitalidade à nossa caminhada de fé. Tal
viço e pujança a Igreja colhe na
Vigília Pascal, mãe de todas as nossas celebrações litúrgicas. Assim, ressuscitada de suas mortes e curada em
suas feridas pela Misericórdia e Amor
de Deus, a comunidade cristã testemunha com fé, ousadia e, acima de
tudo, com alegria, seu ser eucarístico.
De fato, nascemos da Eucaristia,
pois ela é quem edifica a obra do Senhor, a Igreja, compreendida como o
Corpo de Cristo Ressuscitado, estendido na história. A sua tarefa e milagre nunca muda: alimentar e purificar o coração dos homens. O Pão Vivo,
descido do céu e perpetuado pela
efusão do Espírito Santo, perpassa a
comunidade, nutre e fortalece a intimidade com Deus, e dispõe cada um
de nós a realizar o mandamento de
Jesus, o Amor, através da delicadeza
do gesto de “lavar uns os pés dos ou-
32
INTEGRAÇÃO
„
Junho 2006
tros” (cf. Jo 13,5). Como afirma um
santo padre da Igreja, participando do
sacrifício de Cristo, não só o recebemos, mas também Ele recebe cada
um de nós. “O que é o pão? É o corpo de Cristo. E em que se transformam aqueles que o recebem? No corpo de Cristo” (Cf. S. João Crisóstomo, 407).
Eis porque se faz necessário um
Congresso Eucarístico. Sua finalidade
é captar no presente vivo da história o
valor da eucaristia para salvação do
homem. É sua missão retomar aquela
mesma consciência do centurião romano, que exclamou: “Senhor, eu não
sou digno de que entreis em minha
morada, mas dizei uma só palavra e
serei salvo” (Mt 8,8).
Pe. Nivaldo dos Santos Ferreira
Pároco da Paróquia Santíssima Trindade
– Belo Horizonte; Assessor espiritual do
Colégio Regina Pacis – Belo Horizonte
e
re
Viver
Encontrar é ir ao encontro do outro, é um gesto de disponibilidade, de
crescimento, um ato de coragem. O
encontro é uma oportunidade de se
deixar encantar e encantar. A oração
é um encontro de encantamento entre Deus e sua criação, entre nós e
Deus, entre nós e o outro, entre nós e
o Universo com Deus.
As crianças têm muito a nos ensinar sobre isso: capacidade de encantar e de se encantar. Refletir sobre
nossa maneira de ver o mundo e tudo
que está presente nele é também um
ato de encontro.
O maior gesto de encontro que a
religião cristã nos propõe é o de Deus
com o Universo, obra de suas mãos
(Sl 19,1). Enviar seu filho Jesus Cristo
ao encontro da humanidade perdida
em seu caminho, constitui o maior
gesto que pode existir: Deus que se
faz homem para habitar entre nós. O
Universo não pode ser mais o mesmo
depois da vida de Jesus entre nós. Isso
é comunicação de amor sem igual.
Hoje, como nunca, os meios de
comunicação, cada vez mais avançados, proporcionam o encontro entre
as pessoas. Esse é o Admirável mundo novo, como tão bem descreveu no
seu romance homônimo, o escritor
inglês Aldous Huxley. Entretanto, temse que cuidar para que não haja iso-
lamento: desconectar do mundo real
para se conectar ao mundo abstrato um encontro que pode se transformar
em desencontro. Cada vez mais, o ato
de estar na presença do outro, participando com ele da realidade nossa e
dos demais, faz-se distante. São as
contradições do mundo dito “pósmoderno”. No entanto, não há de se
chorar as desgraças de nossos dias.
Isso não é o mais saudável. Primeiro,
faz-se necessário se encantar com a
alegria das crianças e dos jovens. E
agradável foi ver as turmas do ensino
fundamental (5ª a 8ª), do Colégio Regina Pacis de Belo Horizonte, nos Encontros de Convivência realizados em
Santa Luzia/MG. As duas ocasiões (08/
03 – 5ª e 6ª, e 27/04 – 7ª e 8ª) foram
dias de re-encontros, brincadeiras e
descontração.
Encontrar-se com o outro é desfrutar da presença de Deus. Essa é também uma forma de oração: perceber
o outro como um lugar onde habita
Deus. Valorizar sua presença em nossa vida é abrir espaço para que Deus
também se aproxime de nós: “Porque,
onde estiverem dois ou três reunidos
em meu nome, aí estou eu no meio
deles”. (Mt 18,20)
Encontros de Convivência são oportunidades preciosas para que haja
integração entre as turmas, tempo
apropriado para criar e estreitar laços.
Como nos diz a Raposa no diálogo
com o Pequeno Príncipe: “Os homens
não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho
nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm
mais amigos”.
Fiquemos, pois, com o exemplo das
crianças, para quem a vida é um eterno encontro: sempre descobrem algo
bonito e prazeroso.
Finalizando, deixemos o Pequeno
Príncipe nos falar: “Os homens cultivam cinco mil rosas num mesmo jardim... e não encontram o que procuram... E, no entanto, o que eles buscam poderia ser achado numa só rosa,
ou num pouquinho d’água...”
Aldo Júnior, profº Ensino Religioso
Colégio Regina Pacis - BH
INTEGRAÇÃO
„
Junho 2006
33
ESPIRITUALIDADE
Em Jesus Ressuscitado
entendemos que a última
palavra de Deus não é a
morte, mas a vida e uma
vida plena.
a
A palavra Páscoa advém do grego
e do hebraico, significa passagem.
Para o povo judaico, ela recorda a
saída do Egito, onde o povo esteve
escravo por séculos, para a liberdade.
O povo que andava pelo deserto custava a crer no Amor que a tudo perdoa.
Páscoa,
Festa da Vida!
Para nós cristãos, a Páscoa é a passagem da morte de Cristo para a vida,
sendo, portanto, a maior festa cristã.
Ela é preparada com o tempo litúrgico
da Quaresma, quarenta dias, que tem
seu início na Quarta Feira de Cinzas.
A Páscoa é o ponto culminante da
Semana Santa, quando revivemos a
prisão, paixão, morte e ressurreição
de Jesus.
A Semana Santa se inicia com a
entrada de Jesus em Jerusalém. É o
Domingo de Ramos, no qual, o povo
que vai ao seu encontro, O saúda cantando e acenando com ramos de oliveira. A multidão o acolhe com
“hosanas”, aclamando o filho de
Maria e de José, Rei de Israel.
Durante a semana santa, milhares de fiéis, por todo o mundo, saem
para refazer o caminho do Senhor até
o Calvário, como fizeram Maria e os
Apóstolos até o lugar de seu sepultamento.
Em Jesus, tudo faz parte de um
único mistério, o MISTÉRIO DA REDENÇÃO, o mistério de um Deus que
vem caminhar pelos caminhos da humanidade, experimentar a dor, o sofrimento e a morte. Um mistério que
ultrapassa a morte com a plenitude
da Vida com a Ressurreição.
Em Jesus Ressuscitado entendemos
que a última palavra de Deus não é a
morte, mas a vida e uma vida plena.
É por isso que a Páscoa é a maior Fes-
ta Cristã e como dizia São Paulo: Se
Cristo não tivesse ressuscitado, vã seria a nossa fé.
É também por isso que a celebração da Páscoa é marcada por diversos símbolos, que assinalam a passagem do mundo das trevas (a morte)
para o mundo da luz (a vida).
O GIRASSOL, Flor que se
distingue das demais por girar a procura do sol. Mesmo
que ele esteja escondido. Simbolicamente, como o girassol se volta sempre para o sol, nós devemos estar voltados para o sol, Jesus, recebendo
Dele sua força e calor.
O SINO, anuncia o Aleluia
para a Igreja. Canta as alegrias da Ressurreição.
Diz a história que na antiguidade, por ocasião do período de Páscoa, os povos pagãos reverenciavam Ostera,
deusa da Primavera, representada por Perséfone na
mitologia grega e, Ceres na
mitologia romana. Ela aparece segurando um ovo na mão e observando um COELHO, símbolo da fertilidade, o OVO simboliza o nascimento, o surgimento da vida. E para nós,
Cristãos, na Páscoa, Jesus Cristo se
tornou fonte inesgotável de “Vida
Nova: “Eis que faço novas todas as
coisas” (Ap 21, 5)
f
O CÍRIO, a grande vela, significa a luz de Cristo, vem
gravada as letras gregas:
Alfa e Omega, primeira e última do
alfabeto, significando que Cristo é o
princípio e o fim de todas as coisas.
O PEIXE, os Cristãos que
eram perseguidos por sua fé,
se reconheciam pelo símbolo do peixe, que escrito em grego, tem
as letras do título de Jesus Cristo,
“Mestre”.
A CRUZ, traduz o sofrimento
e o renascimento de Cristo.
34
INTEGRAÇÃO
„
Junho 2006
O CORDEIRO, sacrificado
pelos judeus, que o comiam
na Páscoa, rememorando a
libertação da escravidão egípcia. Para
o cristianismo, Jesus é o Cordeiro de
Deus, sacrificado para a salvação da
humanidade.
Sheyla Cotilha
Coordenadora do Setor Pastoral do
CMI - RJ
INTEGRAÇÃO
„
Junho 2006
35
ESPIRITUALIDADE
Mês de Maio
Mês de Maria
Mês das Mães
Será que o mês de maio foi
escolhido por acaso para
representar o mês das mães?
Este é o mês consagrado a Maria,
“Mãe do Salvador”. Portanto, mês
consagrado à maternidade.
Quem ama festeja! Quem ama conhece!
Quem ama louva!
“Uma entre todas foste a escolhida:
foste tu Maria, serva preferida,
Mãe do meu Senhor,
Mãe do meu Salvador.
Maria cheia de graça e consolo.
Venha caminhar com teu povo.
Nossa Mãe sempre serás.”
Falar de Maria é despertar o amor filial: que requer
proximidade, afeto, compreensão, sensibilidade, conhecimento...
É levar o filho a conhecer a sabedoria, a humildade, a
coragem, a determinação, a força, a pureza, a simplicidade, a confiança... e outros valores incontáveis e de suma
importância.
É promover o bem de forma antecipada, para que o
mal não encontre espaço para se instalar.
Ela, Maria, serve de referencial a homens e mulheres,
que se achegam independente de idade, raça ou credo,
que conseguem romper barreiras diante dos obstáculos
que a vida impõe.
Difundir o Carisma Concepcionista e a devoção Mariana
em nossos colégios é uma das Missões fundamentais do
Setor Pastoral, dos educadores e de toda a equipe. Contamos com a colaboração das mães, que vem se mostrando inquietas e se preocupam com a realidade atual da
sociedade, que dá maior ênfase aos valores mercadológicos
deixando para segundo plano os valores espirituais e a
percepção do ser humano na sua busca incessante pelo
transcendente.
Mesmo que por alguns períodos de sua vida, não se dê
conta disso.
Vamos festejar!!!!
Com flores a Maria, Mãe de Deus.
Com o terço a Maria, Mãe da Igreja.
Com o véu a Maria, Mãe da Humanidade.
Com a coroa, símbolo da realeza,
confirmamos o seu título de Rainha e Nossa Senhora,
Mãe do Nosso Senhor.
36
INTEGRAÇÃO
„
Junho 2006
“Maria, queremos te conhecer melhor e ofertar-te o
nosso amor. Queremos pedir-te para manter sempre
puro o nosso coração, para que possamos dizer sem
complexos ou vergonha:
-Mãe, eu te amo!”
Quem ama canta!
O mês de maio é muito importante para a Igreja e em
especial para nós Concepcionistas.
Concepcionista é uma palavra derivada de concepción,
palavra espanhola que quer dizer: concepção, que significa gerar (no útero).
Esta palavra deu origem ao nome Conceição, que está
diretamente ligado a VIRGEM IMACULADA: Maria..
Ela não se esquece de nós, e junto de Deus ela tudo
pode em nosso favor.
Em louvor a Imaculada Conceição, e relembrando o
que disse o Anjo Gabriel ao saudar a “Mãe Maria” e,
aproveitando este mês todos somos convocados a fazer
nossas súplicas e agradecimentos por tudo o que Deus nos
concede, através do pedido de Maria. Isso é o que invocamos quando rezamos...
Maria, aquela que foi concebida sem pecado, é consolo
e alegria para nós. A “Mãe do Filho de Deus”, “Mãe do
próprio Deus encarnado”, glorificada como Rainha de todos os eleitos, “Mãe da Igreja” e nossa.
Nosso louvor à “Mãe da Humanidade”.
Sheya Cotilha
CMI-RJ / Coord. Pastoral
“Ave Maria”
INTEGRAÇÃO
„
Junho 2006
37
Vocação
VOCAÇÃO
“Antes mesmo de te modelar
no ventre materno
eu te conheci;
antes que saísses do ventre
materno
eu te consagrei”
(Jeremias 1,5).
38
INTEGRAÇÃO „
„ Junho 2006
e
Estas palavras de Jeremias marcam
o início da história de cada pessoa, é
uma história que tem sua origem no
próprio Deus Criador. É o olhar de
Deus que conhece sua obra nos seus
mínimos detalhes.
Podemos afirmar que toda pessoa
é chamada e amada por Deus, desde
toda a eternidade e, Dele, recebe luz
e força. Na história das vocações o
critério decisivo é a escolha divina:
“Eu vos escolhi” (Jo 15,16).
O Pai escolhe pessoalmente e quer
que nos relacionemos com Ele como
filhos, por meio de seu Filho Jesus,
guiados pelo Espírito Santo. A vocação tem sua origem no coração da
Trindade e seu destino é o coração
da humanidade e, portanto, toda vocação comporta a dimensão do serviço à comunidade. Ninguém é auto-
suficiente, nem existe para si mesmo,
para realização dos próprios gostos. É
impossível seguir a Cristo sem ser atraído pelo Pai.
Não é suficiente o chamado de
Deus. A concretização de uma vocação só se dá quando a pessoa responde, de modo livre e espontâneo, movida unicamente pelo amor.
A vida de cada ser humano está
em função dos outros de tal forma que,
toda pessoa pode repetir com Jesus:
“vim para servir, sou um simples operário da vinha do Senhor e posso contar com a sua graça”.
A consciência da dimensão
trinitária da vocação desperta para a
necessidade de uma espiritualidade de
comunhão com o Pai, de busca de Sua
vontade: “eis que venho ó Deus para
fazer a tua vontade” (Heb 10,9). Se é
o Pai que nos chama, é o Filho que
nos envia e o Espírito que nos unge
com sua força e amplia as fronteiras
da missão para que a mensagem seja
levada até os confins da terra.
Jesus, em sua oração sacerdotal,
chama a atenção para a unidade.
Mesmo havendo diversidade de dons,
Ele insiste: “Que todos sejam um
como eu sou um com o Pai”. Ao sermos chamados passamos a fazer parte do mesmo corpo no qual, os dons
recebidos, são para a utilidade de todos (cf I Cor 12,7).
Os dois mil anos que nos separam
da mensagem proclamada e ensinada por Jesus, podem dificultar para
nós a descoberta da novidade de suas
palavras. Mas se considerarmos que,
ao longo deste tempo, são inúmeros
os testemunhos de pessoas que viveram o encantamento pelo amor da
Trindade, pessoas humildes, que fizeram a fascinante experiência de
amar e de serem amados, poderemos, nós também, experimentar a comunhão trinitária no serviço aos irmãos.
Como colocar a vida a
serviço da vida?
As vocações específicas
Jesus, em diversas circunstâncias e
utilizando os meios mais variados chama pessoalmente a muitos para se
tornarem “operários em sua vinha”.
Esse chamado atravessa a história e
se estende a todos os povos. Em diferentes épocas da vida, todos são convocados a se tornarem seus discípulos
porque a ninguém é permitido permanecer na ociosidade. Ao chamado à
vida, só se pode responder com vida.
Pelo batismo todos os cristãos leigos são chamados a uma vida santa,
são chamados a ser “fermento na
massa”, que dizer, a viverem como
filhos de Deus no meio do mundo, em
suas atividades profissionais, na família, na Igreja. Nesses ambientes é que
vão proclamar sua fé em Jesus e testemunhar os valores do Reino.
À Vida Consagrada cabe, especificamente, contemplar as coisas divinas e viver em conformidade com
Cristo para se dedicar ao serviço da
humanidade, particularmente dos
mais pobres e excluídos.
O ministério ordenado, a vocação
sacerdotal também se insere no quadro do chamado universal; sua missão é servir o povo, sendo sinal de
Deus, que é Pai e Mãe de todos; é
buscar a unidade, fortalecer a comunhão eclesial, cuidar do rebanho,
manifestando-lhe a compaixão do Pai;
procurar a ovelha perdida, curar a doente.
Em nosso mundo que se apresenta
tão auto-suficiente, descrente, materialista, Cristo continua chamando
pessoas para manifestar seu amor e
sua ternura. Sua ordem é: Ide pelo
mundo... Como o Pai me enviou, eu
também vos envio.
Para responder ao chamado de Jesus é necessário um coração generoso, pronto e audaz, porque o campo
evangelizador é imenso.
VOCÊ SE DISPÕE? QUER SER UM
SEGUIDOR DE JESUS? COMO?
Oração pelas
Vocações
Paulo VI
Senhor, pelo Batismo, vós nos chamastes
à santidade e à cooperação generosa
na salvação do mundo.
Na messe que é tão grande auxiliai-nos
a corresponder à nossa missão de
membros do Povo de Deus.
Qualquer que seja o chamado, que cada
um de nós seja verdadeiramente outro
Cristo no meio dos homens.
Ó Senhor, por intercessão de Maria, Mãe
da Igreja, concedei-nos o dom
misericordioso de muitas e santas vocações
sacerdotais, religiosas, missionárias e
leigas de que a Igreja necessita.
Amém
Ir. Vera Costa Milani
RCM
INTEGRAÇÃO
„
Junho 2006
39
40
INTEGRAÇÃO
„
Junho 2006
INTEGRAÇÃO
„
Junho 2006
41
PELO MUNDO
II Assembléia Internacional
de Religiosas e Leigos Concepcionistas
„ Elaboração
dos princípios
educativos, motivadores da missão
educativa- evangelizadora concepcionista que darão luz, impulso,
unidade e coerência nas diversas
formas de realizar o serviço
educativo.
„ Explicitação das prioridades de in-
tervenção nos diferentes grupos:
comunidade religiosa, professorado, família, alunos, agentes de
pastoral, pessoal auxiliar, voluntários, igreja local, sociedade.
„ Proposta de estratégias de atua-
ção a nível pessoal, familiar, social, eclesiástico, que possam desenvolver-se nos planejamentos
educativos de cada lugar concreto.
Os princípios Educativos Concepcionistas
Fortalecer um ambiente
educativo onde se vivam
os valores evangélicos
que identificam a escola
Concepcionista é um dos
desafios apontados pela
II Assembléia
Internacional de
Religiosas e Leigos
42
INTEGRAÇÃO
„
Junho 2005
n
Nos dias 23 a 28 de fevereiro de
2006 realizou-se na cidade de Madrid
Espanha, a II Assembléia Internacional Concepcionista de Religiosas e
Leigos. A assembléia teve como tema:
Os princípios Educativos Concepcionistas. Contou com a participação de
educadores procedentes da Espanha,
Brasil, Coréia do Sul, Estados Unidos,
Guiné Equatorial, Japão, México, República Democrática do Congo, República Dominicana e Venezuela. O
Brasil foi representado por Ir. Wanilda
Melo Bárbara, Coordenadora Provincial de Educação e membro da Equipe Internacional de Educação e pela
educadora Jussara Papado Cavedal,
coordenadora pedagógica do Colégio
M. Carmen, de Brasília.
O trabalho foi coordenado por M.
Pilar Gonzalez Cordero, responsável
pela missão educativa da Congregação das Religiosas Concepcionistas
Missionárias do Ensino e coordenadora da Equipe Internacional de Educação. Contou com a assessoria do Pe.
Angel Miranda, Salesiano.
A Assembléia teve como objetivo,
melhorar a qualidade da ação
educativa concepcionista.
Para atingir esse objetivo a proposta de trabalho consistiu na:
O trabalho teve início com uma
análise das escolas nas diferentes realidades da Congregação. Essa análise propiciou um conhecimento que
apontou para o que é cada escola nos
diversos países, para a realidade de
nossos jovens e crianças, das equipes
educativas, das famílias e os desafios
encontrados em relação a cada um
dos grupos mencionados.
Diante da realidade apresentada os
participantes da Assembléia se questionaram: Como esse contexto interpela a identidade de nossas escolas?
Vários questionamentos dos educadores presentes fizeram parte da reflexão como: Quem? O quê? Onde?
Quando? Por que e para quê as pessoas APRENDEM? E AINDA: Quem?
O quê? Onde? Quando? Por que as
pessoas ensinam?
Esses e outros questionamentos
foram favorecendo a explicitação das
EXPECTATIVAS, INQUIETAÇÕES,
HORIZONTES e ATITUDES dos educadores concepcionistas, tais como:
„ Responder às necessidades da sociedade, da igreja, dos jovens;
„ sentimento de Otimismo: podemos
construir a partir de nossa própria
realidade, a partir do que temos;
„ maior convencimento de que a
missão educativa concepcionista
faz parte do Plano de Deus;
„ sentimento de esperança e de fé
no que está em nossas mãos;
„ necessidade de fortalecer a cons-
ciência de Pertença, de identidade própria;
„ adaptação crítica às mudanças, a
partir da própria vocação;
„ assumir tarefa de promotores de
mudança, não só de sujeitos passivos ou acompanhantes da mudança.
CONTINUA
INTEGRAÇÃO
„
Junho 2006
43
PELO MUNDO
Decorrente dessa realidade foi elaborado o documento que define as linhas gerais de atuação pastoral das
escolas concepcionistas, abordando os
seguintes aspectos:
„ Nossos objetivos educativo-pasto-
rais
„ Nosso estilo educativo
„ Políticas e linhas de ação
„ Missão, visão e valores
„ Propostas e atividades
„ As raízes da missão concepcionis-
ta
„ Um projeto de pessoa, de Igreja,
de Sociedade e de escola
O documento e as propostas elaboradas foram enviados as escolas da
congregação para serem estudados,
internalizados e para que possam ser
considerados e assumidos no dia a dia
da missão educativa concepcionista.
Os momentos vividos na Assembléia contribuíram para que a escola
concepcionista redescubra seu ardor
missionário diante das necessidades
mais urgentes de nosso mundo e envolva, cada vez mais, religiosas e leigos na missão de crer e de criar uma
escola que evangeliza, uma escola em
pastoral, uma escola – novo areópago
– que anuncia Jesus Cristo como a Boa
Notícia que o mundo precisa ouvir,
conhecer, acolher, testemunhar e
anunciar.
Quando se compartilha
uma coisa … se divide
Quando se compartilha
um conhecimento …
multiplica-se
Quando se compartilha a
vida … se semeia
Ir. Wanilda Melo Bárbara, RCM
44
INTEGRAÇÃO
„
Junho 2006
PEDAGOGIA
n
Isabel não tem mão, tem cabelos encaracolados e é negra.
No decorrer dos dias penso: Qual a
melhor forma de ensinar ludicamente?
Como fazer para diminuir a violência
que está tão presente em nosso mundo?
Essas questões me fizeram retornar
ao tempo em que eu era ainda uma
criança, numa infância difícil, mas com
lembranças muito boas, como por
exemplo, o respeito pela professora, o
carinho com os colegas e tudo isso sem
nenhuma discriminação.
Essas recordações despertaram em
mim um desejo: o de manter essa inocência nos corações de cada criança
do maternal I, minimizando a discriminação e diminuindo a rebeldia. Para
isso criamos uma boneca, a Isabel. Ela
não tem mão, tem cabelos encaracolados e é negra. Com isso quis trabalhar o tema da Campanha da
Fraternidade e a discriminação racial.
A boneca foi um recurso utilizado
em vários momentos em sala de aula,
para contar histórias, desenvolver o
gosto pela leitura, mostrar que somos
capazes de promover a paz, de sermos solidários, de partilhar, e de tratar as pessoas com igualdade.
A construção da boneca Isabel foi
feita em parceria com as crianças, provocando na turma momentos de muita interação e alegria. Eles tiveram a
oportunidade de sugerir vários nomes,
até que dentre tantos escolheram o
nome Isabel.
Consegui com esse trabalho resgatar a auto-estima e criar laços afetivos
entre as crianças. Como resultado do
trabalho percebo que as crianças passaram a conviver em harmonia, sem
preconceitos de raça e de cor, demonstrando que todos somos iguais
perante Deus e perante os homens, e
o que precisamos é deixar que o amor
prevaleça entre nós.
Gláucia Pereira de Sousa
Professora do Maternal da Creche Madre Carmen Sallés - Samambaia - DF
INTEGRAÇÃO
Junho 2006
45
PEDAGOGIA
É preciso critérios,
valores e, mais ainda,
estabelecer relações e
hierarquias entre
esses valores, para
nortear as ações em
sociedade.
46
INTEGRAÇÃO
Junho 2006
a
A função da educação é preparar
indivíduos com habilidades e competências para atuarem no meio em que
estarão inseridos, além de provocarem melhorias para si próprios e para
os outros. Assim, que relação há entre educação, empreendedorismo e
ética?
O Empreendedorismo trata das
questões relativas a alguém capaz de
fazer algo por esforço próprio, promover mudanças, investir em melhorias
pessoais e coletivas.
A ética é um convite à profunda
reflexão crítica de toda atividade humana, pautada nos princípios do respeito mútuo, solidariedade e diálogo.
Nunca o Empreendedorismo precisou tanto da educação; nunca a educação precisou tanto do Empreendedorismo e nunca, ambos, precisaram
tanto da Ética.
O conteúdo do tema Empreendedorismo e Ética, não é novo. É novo
ter um documento inserido no Projeto
Pedagógico, que possibilite a discussão desse assunto no conteúdo escolar.
Um dos objetivos deste componente curricular é propor atividades que
ajudem o aluno a pensar sobre sua
conduta e a dos outros, a partir de
princípios, e não de receitas prontas.
Parte-se do pressuposto de que é preciso critérios, valores e, mais ainda,
estabelecer relações e hierarquias entre esses valores,
para nortear as ações em
sociedade.
Inserir o Empreendedorismo na Escola significa estar preparado para
lidar com esse perfil e
abraçar a desafiante tarefa de transformar, em
realidade, o ideal apresentado na lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB), nos
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), e nas Diretrizes
Curriculares
Nacionais
(DCN). Significa colocar em
prática as diretrizes e os
pilares da educação nacional, nesse
cenário de contradições em que
estamos inseridos.
O ambiente familiar representa um
espaço privado, que não forma para
o espaço público (a sociedade como
um todo, com suas exigências de cidadania).
A escola, complemento da família, representa a transição do espaço
privado para o público. Há coisas,
como o respeito ao coletivo em detrimento do individual, que não se aprendem apenas na família, mas na escola, onde se inicia o viver no espaço
público.
A escola tem também compromisso com a formação da cidadania, que
pressupõe a dimensão ética e implica
que também deva ser ética. A grande lição, a melhor aula de Ética, está
na experiência do convívio social. A
postura do professor e da escola deve
ser a encarnação dos valores pregados. Algumas questões éticas devem
ser colocadas, explicadas e não discutidas; outras devem ser discutidas.
Se tudo for discutido, o aluno não
vivencia a heteronomia e a ética parece ser relativa, mera questão de
opinião.
Na educação ética, não se deve
usar a imposição, mas a inspiração
e a cooperação, para que o aluno
aprenda, não apenas racionalmente,
Algumas questões éticas
devem ser colocadas,
explicadas e não
discutidas; outras devem
ser discutidas. Se tudo for
discutido, o aluno não
vivencia a heteronomia e a
ética parece ser relativa,
mera questão de opinião.
mas envolvendo os sentimentos e toda
sua personalidade. É preciso distinguir
o sentir do agir (conduta). A ética
normaliza as ações, mas não os sentimentos. Para vencer o preconceito, não adianta normalizar o pensamento; é importante dar informações,
historiar, trabalhar com o raciocínio,
a lógica.
Segundo Bernardo Toro, é preciso
formar alunos com consciência democrática e internacional, sendo esta a
única maneira de garantir a construção de um mundo de justiça e paz.
Há coisas como o respeito ao coletivo em detrimento do individual, que
não se aprendem apenas na família,
mas na escola, onde se inicia o viver
no espaço público.
Acreditamos, que a cultura do empreendedorismo e ética:
prepara os alunos para responderem a mudanças, aceitá-las e
liderá-las;
promove a criatividade e a inovação;
conduz a novas aventuras empreendedoras, novos trabalhos e oportunidades de empregos;
prepara os alunos para as futuras
responsabilidades que deverão assumir, gerenciando a própria vida
e tentando manter e melhorar a
qualidade de vida de todos os cidadãos.
Ao propormos este estudo, pretendemos estabelecer uma cultura que
incentive os alunos a serem inovadores, criativos, responsáveis e autoconfiantes e, conseqüêntemente, a melhorarem a qualidade de vida.
Educar para criar auto-imagem
positiva, exige ver o aluno em sua dimensão ética, não humilhá-lo, nem
“mimá-lo”; usar sempre o elogio sincero, não “seduzir”, mas conduzir.
Vera Lúcia Werneck Cardoso
Orientadora Educacional do CMI Brasília
INTEGRAÇÃO
Junho 2006
47
PEDAGOGIA
Partilhando
Experiências
Para Margareth Gregório,
cabe ao professor ajudar,
orientar, desafiar e
oferecer vários recursos
para o desenvolvimento
dos alunos como leitores e
escritores.
q
Quando se fala em produção de
texto, logo vem a idéia de uma escrita correta e ordenada, sem erros gramaticais e uma estrutura impecável.
Mas como conseguir chegar a essa
superfície com dinamismo e competência? Essa foi mais uma oportunidade que o Colégio Regina Pacis ofereceu às professoras do Ensino Fundamental I. Uma oficina de produção
de texto, dirigida por Margareth
Gregório Prado, professora a mais de
20 anos, com uma vasta experiência
em metodologia de português e que
também trabalha no Colégio Regina
Pacis com a 4ª série do Ensino Fundamental.
“Tão importante quanto o conteúdo, são os educadores”, essa foi uma
das falas da professora referindo-se ao
A profissão de
processo de letramento dos alunos,
que têm uma visão de mundo. O problema é conseguir passá-la para o
papel e classificar suas idéias.
Produzir um texto é muito mais que
escrever várias linhas, demarcar os erros encontrados pelo professor e apontar onde ocorreu a falha. É importante passar o encanto da escrita para
os alunos, ter paixão e propiciar recursos que permitam que eles viagem
através do uso da língua, construindo
e reconstruindo a linguagem.
Para isto, cabe ao professor ajudar, orientar, desafiar, oferecer meios e recursos para o desenvolvimen-
to dos alunos como leitores e como
escritores.
“O estímulo e a intervenção do
professor é essencial para que o aluno ganhe autonomia como leitor”, diz
Margareth ao apresentar as propostas de diferentes maneiras de produzir textos: o que escrever, para quem
escrever, porque escrever e como escrever.
Outra proposta feita pela professora foi o de revisão textual, pois ela
é fundamental nessa ação. Um texto
deve ser relido e reescrito quantas
vezes forem necessárias para tornálo dinâmico. Assim, o aluno perceberá que é um usuário da língua escrita, porque a cada instante estará
refazendo a sua produção, apresentando novas versões, observando com
propriedade os detalhes do que escreveu.
A produção é o espaço para o
exercício da originalidade, da
criatividade e da criticidade.
Ângela Visconte
Professora da 2ª Série do EF do colégio
Regina Pacis – Belo Horizonte
48
INTEGRAÇÃO
Junho 2006
Professor(a)
Somos mais que uma figura que fica à frente de um
quadro negro, ou em uma sala de aula transmitindo
n
conhecimentos.
Nestes últimos cinco anos, venho
me questionando sobre uma escolha
profissional, a profissão de professor,
pois não é fácil ser professor.
Durante séculos exigiu-se que o
docente fosse modelo de virtudes, e
mais recentemente, que desempenhe
funções distintas, capaz de mudar o
comportamento e atitudes de diferentes esteriótipos de alunos.
Será uma profissão impossível,
como afirmava Freud? Não vou discorrer o conceito de profissão numa
perspectiva sociológica, mas relatar,
sem pretensões, as estratégias, angústias, preocupações e, principalmente,
as atribuições de um professor.
Sabemos que o mundo caminha a
uma velocidade assustadora. Estamos
na era da informação. O conhecimento torna-se o maior patrimônio do homem. Aprendemos todos os dias, buscamos informações em jornais, revistas, internet, livros, mas será que toda
essa informação é absorvida? Estamos
nos tornando autodidatas e esquecendo da figura tão importante que é o
professor?
Nós assumimos, cada vez mais, responsabilidades perante os alunos, porque deixamos de ser apenas meros
transmissores de conhecimentos, para
nos tornar orientadores, ou seja, deixamos de ser exemplo, para ser referência.
Somos mais que uma figura que
fica à frente de um quadro negro, ou
em uma sala de aula transmitindo
conhecimentos. Devemos observar
cada aluno como um ser único, pois
temos responsabilidade com o futuro.
Devemos direcionar nosso olhar para
o ser, e não para o todo. Precisamos
personalizar a informação para que
cada aluno adquira somente o que lhe
é útil no dia-a-dia, pois cada educando tem um caminho, uma história de
vida e uma vivência diferente.
Nós, professores, não podemos ser
meros educadores. Cotidianamente,
assumimos facetas de pai, mãe, amigo, confidente, e, acima de tudo, um
incentivador, uma referência. E é por
estas e outras que escolhi a profissão
de professor.
A partir dessas considerações, penso que a construção de uma identidade ou profissão é uma questão de
aprendizagem. Precisamos sempre nos
perguntar: Quem queremos ser? O
que queremos fazer?
Essas perguntas nos afligem, porque o amanhã é incerto. Entretanto,
como profissionais, não podemos esquecer que temos um papel importantíssimo a desempenhar: conduzir
a formação de alunos.
Tarefa árdua que desencadeia conflitos existenciais.
Profª Taciana Rossana
CMI - DF
INTEGRAÇÃO
Junho 2006
49
PEDAGOGIA
Corpo e Movimento
A Educação Física ao alcance de todos
A Educação Física é a área
do conhecimento que
introduz e integra os alunos
na cultura corporal do
movimento, com finalidade
A assessora de Carmen Silva,
autora do livro de Português
Descobrindo a Escrita, esteve
presente no dia 10/04/2006,
no Colégio Regina Pacis
para falar sobre a
metodologia usada para um
português sem traumas e
decorebas.
c
Como sabemos, o português é uma
língua complexa e cheia de regras.
Quando as conhecemos, fica mais fácil escrever, porém decorá-las para
colocá-las em prática é algo chato.
Assim Eliete, assessora de Carmen
Silva, autora do livro de Português
Descobrindo a Escrita, demonstrou aos
educadores do Regina Pacis no último dia 10 de abril de 2006.
Para ela a criança tem muito que
aprender com os erros, mas os professores tendem a corrigir somente
50
INTEGRAÇÃO
Junho 2006
O Português
e sua individualidade
esses erros, e descartar o “resto”. E
que valor tem o que a criança escreve? Que sentido se dá ao enfatizar o
erro sem evidenciar os acertos? Pois
foi deste modo que ela começou a
explanar a metodologia do livro de
Carmem Silva, Descobrindo a Escrita.
O livro oferece ao professor a oportunidade para que vivencie com seus
alunos esse confronto, fazendo uma
conexão entre interpretação de texto, ortografia e gramática.
Destacar as idéias principais fazendo análise e inferência é uma das formas que o professor pode trabalhar
com seus alunos. “Não adianta destacar os erros na produção de texto,
pois estes podem aparecer mais de
uma vez ao longo de suas escritas. O
mais plausível é fazer com que os alunos enxerguem o que falta em seu
texto em relação ao conteúdo, e realizar paralelamente um trabalho sobre o erro ortográfico”, diz Eliete.
Uma outra orientação da assessora foi a de trabalhar um tipo de legenda de erros. Assim, se no meio
do texto um aluno vê um triângulo,
ele saberá que ali faltou um parágrafo ou um tipo de pontuação, por
exemplo.
Esse avanço na escrita se dá de
forma gradativa. Avançar na interpretação faz com que os alunos reflitam
sobre a linguagem utilizada no texto
e a forma como ele foi organizado.
Olhando as particularidades do texto
a partir de hipóteses encontradas, a
reflexão fica mais fácil e só assim a
conceituação acontece.
O português tem que ser encanto,
descoberta, prazer para ser
aprofundado e envolver os alunos na
sistematização de conceitos que possam ser colocados em prática.
de lazer, de expressão de
sentimentos, de afetos e
emoções, de manutenção e
melhoria da saúde.
Partindo dessa afirmativa, a Educação Física rompe com o tratamento
tradicional dos conteúdos que favorecem os alunos com aptidões claras.
Adota o eixo estrutural de ação pedagógica inclusiva, apontando para uma
aprendizagem que busca o desenvolvimento da autonomia, da aceitação
do outro, das limitações, da cooperação, da participação social e da afirmação de valores e princípios democráticos. Portanto, procura garantir a
todos a possibilidade de usufruir de
jogos, esportes, danças, lutas, ginásticas e competições.
Na aula de Educação Física, como
prática pedagógica inclusiva podemos
citar os principais objetivos como:
Favorecer a adaptação de vínculo
entre o ambiente escolar e o professor;
propor atividades que favoreçam a
vivência, a experimentação, o controle e o deslocamento do corpo;
desenvolver o gosto e o prazer pelas atividades motoras;
estimular a criatividade e a expressão corporal;
oferecer ambiente e recreações de
diferente ordem corporal;
Criar um ambiente de igualdade e
competitividade sadia;
favorecer a integração social.
Mélchior Campos Dullius
Prof. de Educação Física do
CIC – Machado/MG
Elizângela Sales Barbosa da Silva
Professora da 3ª série do EF do Colégio
Regina Pacis – Belo Horizonte
INTEGRAÇÃO
Junho 2006
51
PEDAGOGIA
Volta às aulas!
!
m
o
b
e
Qu
Que bom poder voltar e
continuar a nos preparar
para a vida numa escola
que nos estimula a crer,
alimentando nossa fé.
52
INTEGRAÇÃO
Junho 2006
v
Voltar verbo transitivo que significa retornar, regressar, recomeçar,
reiniciar...
Que bom poder voltar!
Que bom poder retornar à escola,
rever os amigos, os professores e toda
a comunidade educativa concepcionista!
Que bom poder regressar, estudar,
adquirir novos conhecimentos e enfrentar desafios, quando tantos não
conseguem!
Que bom perceber que a vida é um
eterno recomeçar!
Que bom poder acordar, respirar
profundamente, observar o nascer do
dia, o ressurgir do sol e encarar a vida
de frente, afrontar o dia-a-dia com
seus sucessos e insucessos, suas alegrias e tristezas e com seus encantos
e desencantos!
Que bom poder continuar a busca
de uma educação concepcionista que
visa o crescimento do bem em detrimento do mal! Uma educação que
chega ao coração e que transforma
o indivíduo, lenta e gradualmente, em
um ser capaz de anunciar e testemunhar não só os valores humanos como
os cristãos, seguindo os ensinamentos
do Evangelho de Jesus Cristo, calcados em Maria Imaculada como fonte
inspiradora!
Que bom seguir uma Educação Personalizada e Comunitária que visa
desenvolver o educando não só como
indivíduo crítico, consciente e responsável pelo seu crescimento pessoal,
como também pela sua integração e
capacidade de influenciar na constru-
ção de uma sociedade mais justa, fraterna e solidária!
Que bom acreditar em uma educação que proporciona a socialização, a autonomia, a liberdade e a
criatividade dos seus alunos e que
tem como objetivo o desenvolvimento da personalidade do indivíduo, sustentada no amor, no compromisso
social e na solidariedade para com o
próximo!
Que bom estudar e trabalhar numa
escola que proporciona a todos a oportunidade de, ao iniciar os trabalhos de
cada dia, abrir o coração a Deus e,
junto com Maria Imaculada, pedir a
condução nos caminhos da vida, com
uma oração que nos oferece a possibilidade de comunicação com Ele,
num diálogo simples, como se fala com
um grande amigo!
Que bom, ao final do dia, ter aprendido com Madre Carmen Sallés
que “O dia terá sido digno se ao finalizar, antes de dormir, o coroamos com
um Salve à Rainha Mãe de Misericórdia”!
Que bom poder voltar e continuar
a nos preparar para a vida numa escola que nos estimula a crer, alimentando nossa fé, como nos ensina a
fundadora quando diz que “Nossas limitações são muitas mas, podemos
utilizá-las como ponto de apoio para
colocar nossa confiança em Deus” e
que “Nossa confiança na misericórdia de Deus deve ser ilimitada! Ele
nos dará o que necessitamos”. Na firme convicção no AMOR de nosso
Deus, poderemos levar em frente tudo
o que entendemos ser de sua vontade.
Enfim, que bom poder iniciar o ano
letivo de 2006 com entusiasmo, disposição, coragem e perseverança para
conquistar nossos sonhos, sem esquecer de auxiliar o próximo, para ele
também conquistar os seus, lembrando, ainda, de agradecer a Deus por
acreditarmos no seu Amor infinito e
misericordioso por todos nós!
Viajando na
leitura
a
“A literatura de um povo, diz Gonçalves de Magalhães, é o desenvolvimento do que ele tem de mais sublime nas idéias, de mais filosófico no
pensamento, de mais heróico na moral e de mais belo na natureza.”
Fala-se muito em formar leitores.
Mas o que é exatamente um leitor? É
possível dizer que são pessoas que sabem usufruir dos mais diferentes tipos
de livros, das mais diferentes literaturas.
A literatura tem como objetivo melhorar a compreensão dos seres humanos e do mundo em que está inserido visando mais ao desenvolvimento de atitudes do que de aquisição de
conhecimentos e habilidades.
A literatura infantil contribui para
o crescimento emocional, cognitivo e
para identificação pessoal da criança,
propiciando-lhe a resolução de diferentes problemas, despertando sua
criatividade, sua autonomia e sua
criticidade, que são elementos necessários na formação da criança de nossa sociedade.
A imaginação da criança pode ser
comparada à de um artista. Ela tem
o poder de transformar um pequeno
círculo colorido em diferentes formas
criando objetos multicores que flutuam no mundo do faz de conta.
A oportunidade de pegar um livro
cheio de aventuras e viajar com os
personagens pelo mundo encantado
jamais será destruída com o passar do
tempo.
O trabalho com leitura, seja em
classe, seja extraclasse, deve ser uma
prática constante. Assim, as 1as séries
estão desenvolvendo o Projeto “Viajando na Leitura” a fim de despertar nos alunos o interesse por esse
mundo mágico e encantador.
“O livro é aquele brinquedo que
por incrível que pareça, entre um mistério e um segredo, põe idéias na cabeça” (Maria Dinorah)
Professoras Dalva e Maria Vanilda
1as séries A e B do Colégio Madre
Carmen Sallés - Brasília
Professora Viviane Peter da Silva
Pedagoga, com Especialização em Orientação Educacional, e Pós-graduada em
Docência Universitária.- Professora da 4ª
série do EF do Colégio M. Carmen Sallés
INTEGRAÇÃO
Junho 2006
53
PEDAGOGIA
Então,
Vamos brincar?
“ O Lúdico é eminentemente
educativo no sentido em
que constitui a força
impulsora de nossa
curiosidade a respeito do
mundo e da vida, o
princípio de toda
descoberta e toda criação. “
(Santo Agostinho)
É através do brincar que a criança
se encontra com o mundo de corpo e
alma.
Também é através do brincar que
a criança vê e constrói o mundo, expressa aquilo que tem dificuldade de
colocar em palavras. Sua escolha é
motivada por processos e desejos íntimos, pelos seus problemas e ansiedades. É brincando que a criança aprende que, quando se perde no jogo, o
mundo não acaba. “O jogo e a brincadeira permitem ao educando criar,
imaginar, fazer de conta, funcionam
como laboratório de aprendizagem,
permitem ao educando experimentar,
medir, utilizar, equivocar-se e funda-
é
mentalmente aprender”. (Pedagogia
lúdica – Jogos e Brincadeiras de A a
Z- p. 07)
Podemos considerar que, desde os
primeiros anos da infância, encontram-se processos criativos que se refletem, sobretudo nos jogos. É através deles que as crianças reelaboram,
criativamente, combinando fatos entre si e construindo novas realidades
de acordo com seus gestos e necessidades. Também nesses jogos aparecem toda a experiência acumulada da
criança. Neles as lideranças são desenvolvidas, e aí ela aprende a obedecer e respeitar regras e normas. “A
maneira de brincar e jogar sofre uma
profunda modificação no que diz respeito à questão da sociabilidade”.
(PCN volume 07 - p. 60)
Segundo Vygotsky do ponto de
desenvolvimento da criança, a brincadeira traz vantagens sociais, cognitivas
e afetivas. Ainda, segundo esse autor, a brincadeira possui três características: a imaginação, a imitação e a
regra. Elas estão presentes em todos
os tipos de brincadeiras infantis, tanto
nas tradicionais, naquelas de faz-deconta, como ainda nas que exigem
regras.
Podemos observar que brincar não
significa simplesmente recrear-se, isto
porque é a forma mais completa que
a criança tem de comunicar-se consigo mesma e com o mundo. Nesse brincar está a verbalização, o pensamento, o movimento, gerando canais de
comunicação.
A linguagem cultural própria da criança é o lúdico. A criança comunicase através dele e por meio dele irá ser
agente transformador, sendo o brincar um aspecto fundamental para se
chegar ao desenvolvimento integral.
“ ... Os jogos e brincadeiras constituem-se admiráveis instituições sociais”
(Piaget), por meio deles as crianças
exercitam a criatividade, a liberdade
com responsabilidade, a autonomia e
a cidadania, pois aprendem a argumentar, a raciocinar e a respeitar
regras .
Não devemos esquecer que brincar é altamente importante na vida
da criança, primeiro por ser uma atividade na qual ela já se interessa naturalmente e, segundo, porque desenvolve suas percepções, sua inteligência, suas tendências à experimentação, seus instintos sociais.
Portanto, a brincadeira e as situações de jogos são fundamentais para
uma vida saudável.
E você? Já pensou em um jogo que
possa interessar a toda família e em
seus benefícios?
Aproveite os momentos que você
tem com seu filho para brincar.
Então, vamos brincar?
Hugo Baldan Júnior, professor de Geografia do CIC Machado, desenvolveu com os alunos da 5ª série uma atividade nas qual aplicou os princípios da
EPC.
O trabalho teve como objetivo, abordar o conteúdo sobre o Sistema Solar de uma maneira a proporcionar aos alunos, um melhor entendimento
sobre o assunto, proporcionar a integração entre a turma, através de troca
de idéias e experiências.
Com o roteiro nas mãos, três etapas deviam ser seguidas:
1ª etapa: Trabalho Independente/Pessoal
Princípio da EPC: Atividade, Autonomia e Liberdade
Leitura e estudo do material apresentado na apostila. Síntese e anotações. Discussão, relatos de conhecimentos prévios, troca de informações e dúvidas posteriores.
2ª etapa: Trabalho Coletivo
Princípio da EPC: Sociabilidade e Comunicação
Pesquisa extra-classe de interesse dos alunos, de um subtema a respeito do assunto, como por exemplo: asteróides, cometas, planetas e
outros.
3ª etapa: Partilha
Princípio da EPC: Criatividade
Os trabalhos atenderam o critério criatividade, com apresentação no
power-point, programa “Vídeo-Game” com perguntas e respostas e
montagem de uma sala de aula com professor e aluno ensinando/
aprendendo sobre o Sistema Solar. Também construíram maquetes e
planetários para as suas apresentações.
As atividades desenvolveram-se ao longo de 7 aulas, sendo 3 para montagem, discussão e organização das apresentações; 3 aulas para as apresentações e 1 aula para auto-avaliação com a partilha dos grupos sobre os pontos
positivos e negativos dos trabalhos.
Marly Botazini Rodrigues
Profª Ms. Em Educação- CIC Machado/MG
BIBLIOGRAFIA:
Pedagogia lúdica – jogos de
Brincadeiras de A a Z. – Tânia Dias
Queiroz e João Luiz Martins.
Editora Rideeel.
Parâmetros Curriculares Nacionais
Volume 7 – Educação
Física.
Maria Anisail Alves
Coordenadora Pedagógica –
1ª Fase do Ensino Fundamental
Colégio Madre Carmen Sallés – DF
54
INTEGRAÇÃO
Junho 2006
INTEGRAÇÃO
Junho 2006
55
PEDAGOGIA
Pensamento
Uma forma de organizar o
A importância da
“A magia do mundo infantil, a
transparência da criança, sua inocência,
espírito de curiosidade, precisam e devem
ser estimulados e preservados, enquanto
dura esta fase tão especial que é a infância,
para que quando adulta, tenha sua
sensibilidade revitalizada com gratificantes
lembranças de sonhos infantis”.
É nesse contexto que a Educação
Musical entra como um importante
mediador no desenvolvimento de habilidades físicas, mentais, verbais, sociais e emocionais, tendo como característica própria a liberdade de criar e adaptar. É um trabalho de desenvolvimento global que possibilita a
criança usar toda sua capacidade
para uma aprendizagem de acordo
com seu ritmo, tendo como ponto de
partida, seu próprio corpo.
A Educação Infantil é a porta de
entrada para a linguagem musical,
que é trabalhada no sentido de contribuir para que o processo de crescimento e conhecimento do mundo
aconteça de um modo sensível e harmônico. O contato da criança com a
música deve ser bem organizado, de
modo a possibilitar aquisição de capacidades possíveis e necessárias ao
seu desenvolvimento pleno.
É por intermédio da música que se
desenvolve na criança a sensibilida-
56
INTEGRAÇÃO
Junho 2006
Música
na Educação Infantil
de, a percepção, a observação, a atenção, a autoconfiança, o raciocínio, a
criatividade, a auto-estima, a linguagem, a socialização, a expressão corporal e verbal, é esse conjunto de
habilidades que fica na criança e a
capacita a desempenhar qualquer função em sua vida, pois por meio de
cantigas e de ações existentes nas
músicas, ela aprende que alegrias e
tristezas, conquistas e perdas, coragem e medo podem ocorrer, mas também podem ser resolvidos.
Brincando com a Música
Os conteúdos musicais dentro da
Educação Infantil são desenvolvidos
em forma de brincadeiras, jogos e
dramatizações. É comum ainda, utilizar músicas ligadas a temas de interesse. Brincadeiras de roda são as mais
trabalhadas, pois são atividades recreativas que envolvem o corpo, o som,
o ritmo e o movimento, levando a criança a uma identificação sociocultural,
conscientizando-as e conduzindo-as à
aceitação natural de si mesma e com
relação aos colegas, formando a noção de “nós”.
Essas atividades dão oportunidade
à criança de manifestar suas alegrias,
suas virtudes, seus medos e frustrações, seus desejos e suas angústias,
de forma permissível socialmente,
dando asas à sua imaginação, dividindo suas fantasias com o outro.
A música na escola permite o fortalecimento das relações humanas
como a amizade, companheirismo,
troca de carinho e afeto, sentimentos
e valores que acompanham uma pessoa em toda sua vida. É um trabalho
lúdico onde a fantasia se faz presente, entrando em contato com várias
sensações, facilitando o alcance de
objetivos com resultados altamente
compensadores!
Elaine Caproni da Silva
Profª de Educação Musical
CIC Machado/MG
Eliete Prado é professora do
Ensino Fundamental I no
Colégio Santo Agostinho, e é
nome de referência quando
o assunto é matemática,
matéria na qual se
especializou. Com essa visão
cotidiana de um contexto
matemático, traz para a
concepção pedagógica uma
prática teoria que se dá
muito mais do que meras
continhas
n
No dia 28 de março deste ano, as
professoras da Educação Infantil, CA
e Ensino Fundamental I foram convidadas a participar de uma Oficina de
Matemática, promovida pelo Colégio
Regina Pacis. A oficina foi conduzida
pela professora Eliete Prado, formada
em matemática, tendo como objetivo demonstrar a organização do pensamento e a reflexão sobre a metodologia que norteia a prática pedagógica. “Na matemática temos que ter
atitudes matemáticas”, disse Eliete,
que com vários exemplos do cotidiano, demonstrou a importância de desenvolver bons hábitos de comunicação, sistematização e argumentação,
dando ênfase às estratégias utilizadas,
e demonstrou também, assim como
a matemática está presente em todas as situações de nossa vida.
A matemática é corriqueira, mas a
percepção quanto a esta afirmativa
deve ser feita de forma natural e organizada. Se uma situação é colocada para o aluno, “solta”, sem fundamentação teórica e prática, esse aluno está sujeito a fazer aquelas famosas continhas sem saber para que servem.
Um exemplo do cotidiano que
Eliete evidenciou foi o tempo de um
semáforo. Para que um acione e o
outro se apague, tem que haver uma
situação matemática, para que tudo
corra bem, como se fosse o famoso
MMC(MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM),
ou seja, com a classificação de números múltiplos é possível determinar
um intervalo de tempo. Outro exemplo: “um cano em nossa casa furou,
não temos ninguém por perto e nem
somos exímios bombeiros hidráulicos,
o que faríamos nessa hora”? Esse tipo
de situação-problema faz com que os
alunos pensem um melhor jeito de
sanar a dificuldade. Isto faz com que
eles ordenem o seu pensamento.
Eliete usou teorias Piagetianas para
transpor suas afirmativas, “pensar é
uma característica do sujeito, por isso,
o registro tem que ser feito desde
cedo. Colocar no papel o raciocínio
da criança faz com que ela concretize suas idéias. Com isso, o educador
revê o erro como catalisador no processo de aprendizagem, favorecendo
a apropriação de um significado para
as expressões matemáticas.”
Para encerrar Eliete levou várias
sugestões de jogos matemáticos, de
fácil construção, com palitos de picolés, emborrachados, etc. As professoras tiveram um contato com os jogos, divertiram-se e perceberam como
tornar a matéria, considerada um “bicho de sete cabeças”, em brincadeira de criança.
Elizângela Sales Barbosa da Silva
Professora da 3ª série do EF do Colégio
Regina Pacis – Belo Horizonte
INTEGRAÇÃO
Junho 2006
57
PEDAGOGIA
Laboratório:
Espaço de experimentação e comprovação
Situações do dia-a-dia são
oportunidades para
desenvolver habilidades
o
de raciocínio e motivar o
aprendizado.
O Colégio Imaculada Conceição de
Passos acredita que acabou o tempo
em que fazer experiência era sinônimo de plantar feijão em algodão mo-
lhado. Por isso, priorizou a experimentação nas aulas ministradas nos laboratórios.
O ensino de Ciências, Biologia e
Química deve ajudar o aluno a compreender o mundo em que ele vive.
Para isso, é necessário combinar leituras, observações, experimentos e
registros para coletar, organizar e discutir informações. Através de experimentações, os alunos podem testar
explicações sobre determinados fenômenos, confrontando-as com as evi-
dências empíricas fornecidas pelo experimento e a partir delas, formular
novas explicações.
Ao aplicar os conteúdos em situações do dia-a-dia, oferecemos aos alunos, oportunidades de vivenciar as
experiências, que são importantes para
desenvolver habilidades de raciocínio
e motivá-los ao aprendizado.
Os alunos ganham muito com a
vivência da educação personalizada
dentro dos laboratórios. Eles aprendem
a se comportar, a conhecer e manusear as vidrarias de maneira correta e
também têm a oportunidade de conhecer as propriedades de algumas
plantas e observar as reações químicas das soluções e reagentes, como
fazer misturas e seus processos de fracionamento entre sólidos, fracionamento de misturas homogêneas: a
destilação, destilação fracionada, fusão fracionada. Isso dá ao aluno a clareza do desconhecido, da imaginação
e agrega valores ao seu dia-a-dia.
Temos o objetivo de formar estudiosos e pesquisadores e, por que não,
grandes cientistas?
Laura Borges Silva
Bióloga e Técnica dos laboratórios
58
INTEGRAÇÃO
Junho 2006
AÇÃO COMUNITÁRIA
Tracoma
Prevenção é a solução
Alunos do Centro
Educacional
“Recanto Betânia”,
participaram do
Programa
gratuito da
Secretaria de
Saúde de Embu
Guaçu.
n
Na 1ª etapa do Programa, o Dr.
Paulo Canineo (oftalmologista), fez
uma palestra para os educadores sobre a doença- TRACOMA- que atinge
muitas crianças de algumas regiões do
Brasil. Na Região de Embu Guaçu, o
índice não é muito elevado, mas chega a prejudicar um bom grupo de crianças.
Na 2ª etapa do Programa consistiu na vinda do Dr. Paulo, para examinar os alunos do Pré à 4ª Série sendo que, em três dias todos foram examinados. O Programa constatou, durante a visita, tracoma em alguns alunos, que após uma consulta médica,
terão acompanhamento no tratamento.
Dos 322 alunos do Recanto Betânia
examinados, Dr. Paulo Canineo detectou que 20% apresentaram os sintomas. Familiares e educadores fica-
ram animados, pois vários problemas
visuais apresentados pelos alunos e
que interferiam diretamente na aprendizagem, estão sendo tratados.
Atenção! Saiba alguns sintomas da
doença:
TRACOMA é uma doença dos
olhos causada pela bactéria
“Clamídea Tracomatis” que ocorre
principalmente nas crianças. O tratamento é fácil, mas se não realizado,
com passar do tempo, prejudica a visão do portador da doença.
Os sintomas são: olhos vermelhos
e irritados, lacrimejantes de areia nos
olhos e intolerância à luz.
A transmissão ocorre por meio da
secreção dos olhos de pessoas já contaminadas ou de objetos contaminados,
vale ressaltar ainda que a transmissão
é mais freqüente em ambientes coletivos como escolas e creches.
INTEGRAÇÃO
„
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59
CIDADANIA
Eleições:
Liderança e Compromisso:
Critérios para escolha
dos candidatos
Uma aliança
nas Relações
Humanas
60
INTEGRAÇÃO
„
Junho 2006
n
Não há dúvidas quanto à importância do bom relacionamento para
o bom êxito dos trabalhos realizados na Escola. É com esse espírito
que se elegeu um grupo de alunos para exercer as funções de líder
e vice-líder de turma entre os alunos
de 5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental, em conjunto com a Equipe
Diretiva.
De início, o Professor José Maria
Henrique Andrade ministrou palestras
sobre Liderança, passando pelas turmas, acompanhado da orientadora
Andréa Guimarães Pessoa, que na
oportunidade conscientizou os alunos
das características fundamentais que
um líder deve inspirar, como: respeito, confiança, compromisso, motivação, firmeza, amizade, cooperação,
dentre outros.
Partindo daí, cada turma escolheu
3 (três) candidatos que possuíam tais
características, sendo somente 2 (dois)
a ocupar os cargos. E no dia 06 de
abril de 2006, deu-se eleição para a
escolha de líderes.
No dia 19/04/2006, os representantes de turma reuniram-se com a Equipe Diretiva para receberem os cumprimentos, motivação e orientações sobre suas funções. Notou-se que eles
sentiram-se felizes e agradecidos pela
escolha; e puderam expressar isso, também, publicamente, na manhã do dia
seguinte para os demais colegas de 5ª
a 8ª séries, mostrando seu compromisso, dinamismo e vontade em abraçar
a causa.
Para encerrar esse momento, Irmã
Caridade, assim se expressou:
“Eles foram escolhidos por vocês
para realizar e colaborar junto conosco
em nossas tarefas e atividades, que
serão muitas. Porém, para que o trabalho frutifique e seja bom, é preciso
que todos vocês colaborem. A escola não
é representada somente por líderes, mas
por você, você, cada um de vocês. E sei
que posso contar com vocês”!
Marly Botazini Rodrigues
Profª Ms. Em Educação – CIC Machado/MG
Aproxima-se o momento das
eleições, evento decisivo que marcará siginificamente os rumos do
nosso país para os próximos quatro anos.
Cada pessoa tem, sem dúvida,
uma contribuição a dar para a
melhoria do mundo e esta contribuição passa pela escolha responsável daqueles que terão a responsabilidade de liderar o processo de
administração e aplicação dos
bens públicos para atender as necessidades de todos. Está em nossas mãos ajudar a construção de
um país renovado, justo e solidário.
Para nos ajudar nessa escolha,
a CNBB preparou um documento
de orientações aos eleitores.
Dastacamos aqui parte desse documento, que poderá nos auxiliar
para a eleição de pessoas comprometidas com o bem de todos.
é
É fundamental discernir o perfil ético e as verdadeiras motivações dos
que se apresentam como candidatos.
O primeiro critério para votar em um
candidato é sua posição em relação à
defesa da dignidade da pessoa humana e da vida, em todas as suas manifestações, desde a sua concepção até
o seu fim natural com a morte. Há
várias outras questões. Por que os candidatos aspiram ao poder? Por que querem se manter no poder? Qual a prática do poder como serviço ao bem
comum?
O povo mobilizado necessita de
informações suficientes para um bom
discernimento. Será que os eleitores
se lembram do nome do candidato em
quem votaram na eleição anterior?
Esta dificuldade se acentua nas eleições para as casas legislativas, quando o imenso número de candidatos
dificulta um discernimento mais consistente por parte dos eleitores.
A corrupção eleitoral ainda é um
problema enraizado na mentalidade
do nosso povo. Muitos acham natural
a troca do voto por algum favor do
candidato. É preciso instalar uma nova
consciência política iluminada pelo
lema inicial dessa mobilização: “voto
não tem preço, tem conseqüências”.
Nesse sentido, eleitores e elegíveis,
todos temos que mudar.
O exercício da cidadania comporta
o controle social sobre o bem comum.
Sem esta atitude por parte dos cidadãos, muitos políticos sentem-se confortavelmente instalados em seus interesses particulares. Muitos continuarão o expediente escuso da compra
e venda de votos, apesar dos dispositivos da Lei n° 9.840' , de 1999, que
altera o Código Eleitoral, contra a
corrupção eleitoral.
CONTINUA
INTEGRAÇÃO
„
Junho 2006
61
CIDADANIA
O compromisso com a constante
superação da fraude eleitoral, começando com as nossas práticas políticas,
é um bom critério para eleger candidatos que ocuparão cargos públicos.
Os critérios da escolha devem levar em consideração tanto a honestidade pessoal, quanto a sua trajetória,
voltada aos interesses da coletividade.
Os bons parlamentares e gestores
públicos primam pelos compromissos
honrados, sempre em estreita ligação
com as necessidades reais da população. A transparência na gestão nunca lhes permite o expediente promíscuo na gestão do bem público, como
se fosse um bem particular.
É preciso prestar muita atenção nos
candidatos despreparados, cujas plataformas camuflam interesses particulares. Isso acontece quando improvisam políticas de compensação. São
incapazes de apresentar metas claras
de governo, políticas consistentes, planejadas e definidas por etapas e orçamentos.
São candidatos oportunistas, sem
compromissos com partidos ou que
utilizam as suas siglas para ganhar
eleições. Têm como prática a compra
de votos, sem escrúpulos, reproduzindo o esquema da corrupção eleitoral.
Prometem favores. Por isso se transformam em líderes políticos hábeis,
com longa experiência na arte de enganar os eleitores. Acostumam mal o
povo, fazendo dele refém, dependente de esmolas e promessas de benefícios imediatos.
É bom desconfiar de candidatos
sustentados por campanhas financeiras vultosas que facilitam a compra
de votos, pois eles podem tentar recuperar, de alguma forma, o investimento realizado, utilizando-se dos privilégios adquiridos no exercício da
função pública.
É importante conhecer e divulgar
informações a respeito de candidatos:
Quem são eles, sua origem política, o
que já realizaram em prol da população, qual é a sua história, quais são
suas propostas, se estão vinculadas ao
programa de um partido ou se estão
atreladas apenas a grupos de interesses financeiros.
Igualmente importante é encontrar
canais de participação, viabilizando o
62
INTEGRAÇÃO
„
Junho 2006
controle social entre os eleitores e os
candidatos a serem escolhidos e eleitos, assegurando aos eleitores o controle social sobre os projetos de governo, além dos apresentados por candidatos.
Sinais indicadores de verdadeiras
motivações dos candidatos: a honestidade e a competência demonstradas pelos serviços prestados com transparência administrativa e financeira.
Tudo isso deve ser continuamente avaliado e reconhecido pela população.
As propostas de políticas públicas
devem defender e promover a dignidade da vida e do convívio humano,
salvaguardando sempre o bem comum em nível nacional e estadual. A
inclusão social é o grande desafio para
o Brasil, a ser conquistado com a participação de todos os cidadãos.
Orientações da Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil - 2006
Oração do Cristão
na Política
Deus da vida e Senhor da história,
Pai de todos nós,
em vosso Filho Jesus Cristo,
pela força do Espírito Santo,
já vencestes o pecado, a escravidão
e a morte.
Queremos fazer da Política,
direito e dever da cidadania,
um serviço à vida e à libertação
integral de todos.
Concedei-nos construir um Brasil
novo,na convivência fraterna, no
respeito às diferenças,
sem exclusão e sem privilégios,
onde se abracem a justiça e a paz.
Que os valores do vosso Reino
orientem sempre mais as decisões
e a ação política em nosso País!
Ajude-nos a intercessão de Maria,
nossa Mãe Aparecida,
das santas e santos companheiros
da caminhada.
Vosso Filho Jesus Cristo, caminho,
verdade e vida, nos ilumine na
construção de uma nova sociedade
justa e solidária. Amém.
Indignação muda. O povo está a
par dos acontecimentos e desse mar
de putridão que assola nossa política.
Porém, apresenta-se omisso, sem voz
perante a massa. Há, também, o povo
ignaro, que não sabe o que se passa
ao redor, não interessado nesse assunto por ser demasiadamente “complicado”.
Mesmo com a intensa divulgação
da mídia em relação a todas as facetas
da política, muitas pessoas tampam
os ouvidos, fecham os olhos, não se
interessam por praticamente nada relacionado ao governo de sua própria
nação, pelo simples fato do assunto
não “interferir” em sua medíocre vida.
Contanto que continue ganhando seu
dinheiro e alimentando sua família,
exclui-se na torre de marfim da ignorância.
Para que não haja total perda de
esperança, há uma pequena parcela
da população com o mínimo de intelecto, capaz de discernir o céu do inferno. Porém, falta-lhes algo: coragem
de tomar uma atitude que desencadeie uma mudança radical nos padrões
políticos de nosso país; essa parcela,
porém, não é suficiente para nos fazer rever nossos conceitos, porque,
como diz Eduardo Alves da Costa em
seu poema, No caminho de
Maiakówski “arrancam-nos a voz da
garganta”.
E... a nada forte
jangada da política
brasileira leva-nos
através da tormenta e nós,
povo ocioso, sem
remos, ficamos a
ver navios.
André Carletti
Aluno do 3º ano
A – Ensino Médio do CMI SP
PROJETOS
A descoberta do laboratório
p
Para tornar os projetos mais significativos e possibilitar às crianças o estabelecimento de múltiplas relações,
foi proposto o uso do laboratório de
ciências como um recurso didático que
possibilita a ampliação do conhecimento sobre as questões levantadas
(hipóteses).
A prática do uso do laboratório se iniciou com o
levantamento do material
a ser utilizado. Nesse momento foi imprescindível o
apoio da Professora Patrícia, responsável pelo laboratório.
O uso do laboratório tornou alguns projetos muito
mais interessantes, como
foi o caso do projeto Abelhas. Através do microscópio os alunos identificaram
as partes de uma flor, o
néctar e as partes da abelha. Houve exploração do
favo, da colméia e, por fim,
a degustação do mel puro.
Outro assunto abordado
foi a importância da higiene e as conseqüências da
falta da mesma. A sujeira
que não pode ser vista a
olho nu, aquela que se encontra debaixo das unhas,
a diferença entre a água tratada e a
da torneira, as frutas e verduras que
não foram lavadas, tornaram-se motivos de investigações e de comprovações de hipóteses levantadas pelos
alunos e pela professora.
No momento, a turma está investigando sobre os cuidados com as plan-
tas, a função de cada uma das partes
que as compõem, e o que acontece
se estas tiverem suas folhas ou raízes
arrancadas. Esta se tornou necessária
no dia em que um aluno questionou
sobre o que poderia acontecer com
uma determinada planta que um de
seus colegas arrancou no parquinho.
A partir dos questionamentos que surgem entre
as próprias crianças se inicia a reflexão sobre acontecimentos da vida diária e
sobre aspectos que muitas
vezes são desconsiderados
por parecerem óbvios demais. Um olhar mais atento sobre o cotidiano permite que as crianças se aproximem de conteúdos conceituais e procedimentos das
ciências e favorece o desenvolvimento de atitudes
como: a curiosidade, a dúvida diante do evidente, a capacidade de formular questões e o respeito ao meio
ambiente, evidenciando que
aprender é construir significados e atribuir sentidos.
Jane Barbosa Chaves Pôssas
Prof.ª CA - Colégio Regina
Pacis – Belo Horizonte
INTEGRAÇÃO
Junho 2006
63
PROJETOS
JogoaPictórico
brincadeira na
a
A turma do 2° período do Colégio Regina Pacis
em Belo Horizonte, transformou sua sala de aula em um
museu de artes, com exposições de obras famosas de Monet
e também das obras, ainda pouco conhecidas, mas de igual
importância, dos artistas do 2° período.
O projeto iniciou-se a partir de uma conversa na roda
em sala de aula, com a idéia de se conhecer mais sobre as
plantas: “De que vivem as plantas?”, “O que elas comem?”, “De onde vêm as sementes?”, “Tem semente
pra tudo?”, “Todas as plantas dão flores?”, “Por que algumas flores têm perfumes e outras não?”. Essas questões levantadas pelas crianças possibilitaram inúmeras formas de aprendizagem e de ampliação de conhecimento
sobre o mundo social e natural.
Trabalhar este tema com as crianças não significou somente conhecer a importância e características das plantas, e sim construir atitudes de respeito e preservação à
vida e ao meio ambiente, uma vez que o futuro do nosso
planeta depende desta consciência ecológica formada desde pequenos.
Todo o conteúdo explorado no projeto foi relacionado
com Arte, disciplina essencial na Educação Infantil, desenvolvendo habilidades
críticas e reflexivas nas
crianças. Entende-se
como arte, a capacidade de expressão por
traço, desenho ou pintura, utilizado como
um instrumento de
aprendizagem que
desperta nas crianças
a sensibilidade e habilidade da observação,
valorização
e
criatividade.
Conhecemos e
apreciamos algumas
pinturas famosas de
Monet, que, assim
64
INTEGRAÇÃO
Junho 2006
arte
como os alunos do 2° período, demonstrava seu gosto pelas flores e plantas, retratando-as em suas telas. Conhecer
Monet foi também conhecer a arte Impressionista, o estilo
e a interpretação das obras em uma determinada época
da história da arte.
Desta forma, o Projeto abrangeu vários conteúdos tornando-se interdisciplinar, envolvendo Ciências, Artes e também a literatura, através do livro “Linéia no jardim de
Monet”, escrito por Christina Bjork e Lena Anderson, traduzido por Ana Maria Machado, que se configurou em
eixo norteador. Este livro conta a história de uma criança
que também gosta de plantas e teve a oportunidade de
conhecer o jardim de Monet e suas obras, relatando, no
livro, com grande entusiasmo, sua experiência, despertando nos nossos pequenos leitores o desejo de seguir os seus
passos.
Várias atividades, pesquisas e estudos foram feitos no
decorrer do projeto, e para finalizar, a sala de aula se transformou em um museu, com bilheteria,
exposições dos quadros de Monet com
explicações, obras de
releitura e construções
pessoais
do
impressionismo representadas pelos alunos,
lanchonete e lista de
visitantes.
Antes da abertura
do museu aos visitantes: colegas das demais classes, professores, coordenadoras, diretora e pais, desenvolvemos um Jogo Pictórico que consistiu em
uma brincadeira de “faz de conta”. Enquanto as crianças
brincavam de museu, aprimoravam suas habilidades de
apreciação, reflexão e crítica frente às obras expostas.
Para iniciar o jogo, os alunos receberam símbolos que
representavam seus sentimentos e críticas frente aos quadros. Eram no total cinco símbolos que representavam:
Símbolos e Significados
atividade, valorizando o que cada criança pensa e observa nas telas, destacando sua opinião pessoal e individualidade.
Após o Jogo Pictórico, o museu foi aberto para visitação
com direito a entrega de bolo aos visitantes. Durante a
exposição, as crianças explicavam aos visitantes as obras
e vida de Monet. Uma legenda explicando o Jogo Pictórico também foi exposta para interpretação dos visitantes.
Obra que mais gostou
Obra que não gostou
Obra que não entendeu
Obra que levaria para casa
Obra que acha ser a mais valiosa
Os alunos coloriram os símbolos e escreveram o seu
nome para identificação dos visitantes. A cada momento
que entravam no museu, observavam as telas expostas,
comentavam suas opiniões com os colegas e atribuíam os
símbolos nas obras que escolhiam. Uma aluna mencionou
que a tela que ela mais gostou foi também a que ela não
entendeu, mostrando como o trabalho de apreciação e
interpretação pessoal das obras é intenso para as crianças.
Os resultados foram os seguintes:
Ao terminar a visitação, a atividade foi registrada através de um desenho livre e foi oportunizada uma conversa
sobre essa prazerosa brincadeira de faz de conta, que é na
verdade uma rica experiência de apreciação, sensibilidade
e reconstrução, formando crianças capazes de mudar com
criatividade a realidade que vivemos.
Resultados do Jogo Pictórico (em geral)
Obra que
mais
gostou
Ponte japonesa (1899). Monet todos
os dias estudava a ponte que ficava
em seu jardim para pintá-la.
Obra que
não
gostou
Ponte Japonesa (1923). Quando mal
conseguia enxergar. Monet teve catarata nos olhos e quase todos os
quadros que pintava nesta época
eram vermelhos.
Obra que
não
entendeu
Ninféias (1910). Pintura do lago que
ficava em seu jardim rodeado de
ninféias coloridas. O impressionismo
neste quadro é quase abstrato.
Obra que Nascer do Sol (1874). Pintura do nascer do sol no Rio Sena. Monet pinlevaria
para casa tou vários quadros do sol nascente e
tentava passar nas telas sua impressão da luz do sol na água.
Obra que
acha ser a
mais
valiosa
Ponte japonesa (1899). Monet descobriu que a ponte de seu jardim tinha um aspecto diferente a cada
época do ano, por isso a pintava várias vezes.
Vale ressaltar o papel do professor como mediador da
BIBLIOGRAFIA
VYGOTSKY, lev.S. Psicologia da Arte. Trad. Paulo Bezerra.
SP: Martins Fontes, 1999.
SPODEK, Bernard e outro. Ensinando crianças de três a
oito anos. Porto Alegre, Ed. Artmed, 1989.
BJÕRK, Christina; ANDERSON, Lena. Linéia no Jardim de
Monet. Trad. Ana Maria Machado. São Paulo: Moderna,
1992. Título original: Linnea i malarens tradgard.
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil /
Ministério da educação e do desporto, Secretaria de
Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1998. 3v.:il.
Carolina Dominici
Professora da Educação Infantil / 2° período - Pedagoga, pós
graduanda em Alfabetização e Educação Infantil
INTEGRAÇÃO
Junho 2006
65
PROJETOS
Em defesa da
Colégio Imaculada
Conceição de Passos
promove uma grande
mobilização na cidade
contra o Projeto de Lei
que libera a prática
do aborto no Brasil
66
INTEGRAÇÃO
Junho 2006
t
Trabalhar projetos na escola torna
o processo educacional mais dinâmico, vivo e autêntico, portanto muito
mais interessante e mais próximo dos
valores que, a toda hora, devem ser
vivenciados na sala de aula, visando
à formação integral da pessoa no
exercício da sua cidadania.
O CIC Passos, como uma instituição religiosa e educacional atenta ao
seu papel de agente transformador,
não só aceita o desafio de formar o
indivíduo, mas também abraça projetos que possam colaborar para a assimilação de valores sustentáveis que
trazem mais luz à educação. Há anos
que os temas solidariedade, justiça,
amizade, respeito e confiança vêm
desencadeando debates e reflexões
dentro e fora da sala de aula.
Em fevereiro deste ano, numa iniciativa da equipe de Pastoral, o Proje-
to de Lei 1.135/91, que libera completamente o aborto no Brasil, por
qualquer motivo, desde a concepção
até o nascimento durante todos os
nove meses da gravidez, foi tema da
reunião promovida pela Pastoral com
os educadores. Procurando assegurar
a todo cidadão o acesso à informação para a sua formação crítica, montou-se, a partir daí, o Projeto: CIC –
Em Defesa da Vida. Mais do que informar, alertar e prevenir a população passense sobre o estarrecedor Projeto de Lei que tramita na Comissão
de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, em Brasília, o
trabalho tinha como objetivo maior promover o envolvimento efetivo da comunidade através de ações que deveriam ser desencadeadas em favor
da vida – o mais fundamental de todos os direitos humanos – e contra a
descriminalização do aborto no Brasil. Definidas e planejadas as atividades que seriam desenvolvidas durante o mês de março, o Projeto VIDA
invadiu as salas de aula, extrapolou
as fronteiras do CIC, adentrou igrejas, visitou escolas e lojas, caminhou
por bairros, ruas e praças.
Ainda divulgando o hediondo Projeto de Lei 1.135/91, o CIC foi responsável, no dia 16/03, por dois grandes momentos que aqui devem ser
registrados:
neceram na Praça de 8h às 20h e conseguiram 2.300 adesões.
Vale também lembrar o trabalho
incansável do pessoal envolvido, a disponibilidade e paciência utilizadas
para explicar a todos que por lá passavam o objetivo do Manifesto. Foram proveitosas as horas de contato
direto e de coleta de assinaturas.
Viam-se a perplexidade e a indignação da maioria dos passenses ao saber o teor do Projeto de Lei.
Montagem de uma tenda/stand,
na Praça Geraldo Silva Maia, denunciando o problema à população e convocando o cidadão passense a aderir
ao movimento, assinando o Manifesto que seguiria para Brasília a fim de
pressionar as autoridades governamentais.
Para execução dessa atividade, professores, funcionários e alunos perma-
Carreata em defesa da vida e
contra a legalização do aborto.
Para sua realização, foram providenciados cartazes, faixas, carro de
som, carro temático, bandeiras e divulgação através das imprensas escrita, falada e televisiva. Dela participaram direção, alunos, pais e simpatizantes que saíram às ruas reivindicando medidas viáveis fundamentadas
principalmente no DIREITO À VIDA.
Nas suas andanças, o CIC – Em
Defesa da Vida mobilizou a população, dividiu opiniões, multiplicou esperanças, colheu frutos, ganhou significativas adesões e conseguiu, através de e-mails, telegramas e telefonemas enviados a deputados empenhados em impedir a legalização do
aborto, chegar à Capital Federal.
Coube ao CIC neutralizar o (anti)
Projeto 1.135/91, usando a força de
seu trabalho e da sua crença. Fica em
todos a certeza de que a pedagogia
de projetos, centrada nos valores humanos, é árvore que dará bons frutos, pois foi plantada em terreno fértil, adubada com o entusiasmo daqueles que acreditam que não há maior
espetáculo que o “espetáculo da
vida”.
CIC Passos / MG
INTEGRAÇÃO
Junho 2006
67
PROJETOS
Projeto BH
JK
de
“Um povo que não conhece a sua história está limitado ao presente
da atual geração; esse povo não compreende nem sua geração; esse
povo não compreende nem sua própria natureza e existência, na
impossibilidade em que se acha de relacioná-las com o passado que
as explica; muito menos pode antecipar coisa alguma sobre o futuro.
c
Somente a história pode dar a um povo a consciência de si mesmo”.
Com a finalidade de preservar a
memória de Minas, através da importância de JK para o cenário
belorizontino, mineiro e brasileiro,
os professores da área de Humanas
– Línguas, Literatura Brasileira e Filosofia – sob a coordenação da Profª
Anelise Swerts de Oliveira Lima,
elaboraram o Projeto BH de JK.
O projeto destaca Juscelino
Kubistchek, como o estadista do
século, por seus feitos e obras em
Minas Gerais, ao exercer o cargo
de prefeito de Belo Horizonte e o
de Governador do Estado. Juscelino foi extraordinariamente capaz
de planejar, executar e conseguir
fazer o país crescer 50 anos em
cinco. Portanto, é preciso valorizar
a história, a arte, a literatura e a arquitetura belorizontina, enfatizando
a colaboração significativa do governo JK para o progresso da capital
mineira.
Esse projeto interdisciplinar foi desenvolvido com os alunos de 5ª a 8ª
séries do Ensino Fundamental e de 1ª
a 3ª séries do Ensino Médio, com as
seguintes atividades:
1. Estudo e pesquisa sobre a vida de
JK;
2. Ascensão política de JK, em nível
municipal, estadual e federal;
3. Correntes políticas do período JK;
4. Escritores e poetas de BH;
5. Pesquisa arquitetônica;
6. Quadro natural de BH (relevo, clima, vegetação, população, economia);
7. Gripe Espanhola, doença que atacou Minas Gerais por volta de
1918, época em que JK definiu seu
futuro profissional como médico;
8. Fórum de debates sobre a vida de
JK, com palestras;
9. Excursão a Belo Horizonte, seguindo um roteiro de viagem como Avenida Amazonas, Colégio Regina
Pacis, Museu Abílio Barreto, Palácio da Liberdade, Palácio das Artes, Parque das Mangabeiras,
Pampulha, dentre outros;
10.Feira da Mineiridade – Exposição
e apresentação de trabalhos das
disciplinas envolvidas.
O projeto BH de JK culminou com
a Feira da Mineiridade, no dia 25/04/
2006, e contou com apresentações de
cunho artístico e cultural, como danças, músicas, teatro, jornal falado,
maquetes, vídeo com “Retrospectiva
da Era JK”, confecção de cartazes,
mapas, álbum, mural e varal de poesias e histórias em quadrinhos.
A seguir, podemos constatar o
aprendizado das atividades do projeto, na poesia JK
JK, autoria dos alunos
da 8ª série, Gustavo Mendes Blanco e
Marina Xavier Mendes
Marly Botazini Rodrigues
Profª Ms. Em Educação
CIC Machado/MG
Nasceu em Diamantina,
Batalhou como estudante,
Entrou para a Medicina
Um jovem de futuro brilhante!
Líder nato em sua região
Preocupava-se com os mais pobres.
Trabalhava para a população,
Embuído de sentimentos nobres.
De Diamantina a Belo Horizonte,
Passando por grande dificuldade,
Da Medicina fez sua fonte
Formando-se na Universidade.
Um dia descobriu a Política,
A qual abraçou com ferrenho ardor.
Ganhou sua primeira eleição
Para o cargo de Vereador.
A vereança foi só o começo
De uma carreira de louvor,
Sendo mais uma vez eleito
Agora para Governador.
Em Minas construiu a Pampulha,
Com a marca da competência
E assim nasceu a fagulha,
Que o levou à Presidência.
Exercendo o cargo mais alto,
Vislumbrou aquela maravilha.
Escolheu o centro do Planalto,
Para a construção de Brasília.
Grande líder empreendedor,
Um político desenvolvimentista,
Um homem trabalhador,
Com uma visão progressista.
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INTEGRAÇÃO
Junho 2006
INTEGRAÇÃO
Junho 2006
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PROJETOS
Uma ponte entre
a
Alunos das 5ªs séries do Colégio
Imaculada Conceição, motivados pela
professora de História, não mediram
esforços para conhecer um pouco do
passado da nossa história, através da
Arqueologia e Paleontologia.
Conhecer o passado permite à humanidade compreender melhor o presente e o futuro.
Aprenderam que a arte surgiu no
final do período Paleolítico. E que por
causa do frio as pessoas passavam
muito tempo dentro das cavernas,
motivo que as levou a começar a desenhar, pintar, registrando os seus
desejos e necessidades em cavernas,
grutas e mesmo em lajes de pedra e
ao ar livre. Nesses locais encontramse muitas pinturas em várias cores,
como: o vermelho, amarelo, branco,
preto e outras. Ao conjunto dessas fi-
&
passado
pres ente
guras dá-se o nome de arte rupestre.
A maioria das figuras nas cavernas
retrata seres humanos, animais caçados e objetos, além de simples traços.
Desenhavam usando pedaços de carvão, pedra, tinta extraída das plantas.
As pinturas rupestres comprovam
que os primeiros grupos humanos que
ocupavam o território brasileiro eram
caçadores.
Através dos estudos da história, os
alunos tiveram a idéia aproximada da
importância das pinturas de milhões
de anos. A partir dessas descobertas
muniram-se de tintas, extratos de plantas, carvão e pedras e, no laboratório, retrataram, transformaram tudo o
que aprenderam em verdadeiras obras
de arte.
Na Paleontologia estudaram não só
sobre os fósseis, que são restos ou
vestígios de animais e
vegetais que viveram em
tempos passados e ficaram preservados nas rochas, mas também que
esses trazem muitas informações de como
eram a vida e o planeta
centenas de milhares de
anos atrás.
Para compreender
melhor a importância dos
fósseis, os alunos encontraram um modo criativo
de comprovar a Ciência.
Fabricaram os seus próprios
fósseis, com folhas de árvores e argila. Os fósseis criados
pelos alunos não enganariam
um paleontólogo, mas os
educandos tiveram uma excelente idéia de como funciona o processo de fossilização.
Para dar continuidade aos estudos
sobre os fósseis, o Colégio Imaculada
Conceição (Passos), planejou uma excursão com os alunos ao Museu dos
Dinossauros em Peirópolis, município
de Uberaba (MG). Lá conheceram
cenários paleoambientais, fósseis,
reconstituições dos animais e vegetais que habitavam aquela região.
A aprendizagem se faz com a pesquisa e ludicidade e a missão do educador e da escola é saber mostrar ao
aluno a beleza, o poder das idéias e
o aprender a fazer.
Veja a seguir a opinião de alguns
alunos sobre a excursão ao Museu dos
Dinossauros:
“É muito bom ver que o
Brasil, além de suas
riquezas culturais,
naturais tem uma enorme
diversidade de fósseis nos
museus. Depois de
milênios de anos,
podemos ver essas
riquezas, porque alguns
brasileiros preservaram os
fósseis”.
(Danylo Rodrigues Santos Alves da
Costa - 5ª série – Alfa)
balhando. Saber que o filhote de
tiranossauro nasceu bem pequeno e
que pesava apenas 600 gramas. E
também aprender que a era dos
dinossauros acabou provavelmente
pela queda de um meteoro gigante.
Adorei ver a réplica do dinossauro no
jardim do museu”. (Patrícia Junqueira
Maia Soares – 5ª série- Beta)
“Eu aprendi muitas coisas:
- que existiram dinossauros mais ferozes que o dinossauro Rex; que
dinossauros enormes nasciam com
600 gramas; que existia dinossauros
do meu tamanho. Aprendi e me diverti muito. Foi uma excursão interessante e legal. Nunca vou esquecer!”
(Alexandra Costa Farjalla – 5ª série Beta)
“Gostei do grande dinossauro da
entrada, das réplicas e inclusive da
quantidade e do tamanho dos dentes. Aprendi que não foram encontrados todos os ossos, porque alguns
dinossauros viviam à beira dos
rios.Conheci as fezes fossilizadas
(coprólitos). Nas paredes do museu há
desenhos do tempo geológico e de
árvores araucárias, que estão em
extinção. •Aprendi muito sobre o passado. Levarei minha família a
Peirópolis para ensinar-lhes o que
aprendi”. (Andressa Alvarenga Ribeiro – 5ª série - Beta)
CONTINUA
“Foi legal ver o paleontólogo tra-
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PROJETOS
“Gostei muito de ter visto um fóssil do dente do dinossauro. Foi interessante ver o Paleontólogo trabalhar
separando um fóssil de uma pedra.
Achei a excursão legal, quero voltar
a Peirópolis”. (Lorena Júlia Siqueira
Borges - 5ª série - Alfa
“Como os Paleontólogos, com apenas ossos, podem reconstituir a
fisionomia do animal? É muito interessante! É fantástico!” (Betina
Rabello - 5ª série - Alfa)
“
Achei interessante uma espécie de
dinossauro parecido com um crocodilo. Gostei porque era um fóssil verdadeiro (real). E também adorei saber
como se estuda sobre um fóssil” (Anna
Clara Mattar Silveira - 5ª série – Beta)
“Eu achei a excursão muito interessante, porque estudamos divertindo”. (Stefhanie Zorzin Borges – 5ª série - Alfa)
“Foi muito legal. Fomos ao museu
conhecer réplicas e reconstituições de
várias espécies de dinossauros que
existiram. Conheci um paleontólogo
que com um pincel estava descobrindo mais fósseis”.(Bruna Maia Bueno
Oliveira – 5ª série - Alfa)
“Gostei do dinossauro bebê, é muito
interessante um dinossauro que nasce menor que a gente, cresce mais
de 3 metros. E também é importante,
interessante conhecer coisas novas e
aprender mais um pouco sobre a Préhistória”. (Bruna de Oliveira Vilela - 5ª
série - Alfa
Alimentação que vem das
plantas
As educadoras do Abrigo Jesus Maria José desenvolveram com as crianças o Projeto: “Alimentação que vem das plantas”, enfatizando a importância da alimentação para a saúde.
As crianças puderam ver de perto e participar
do plantio da horta com a ajuda do agrônomo
Anderson, que lhes ensinou sobre a preparação
da terra e os cuidados para se ter verduras e legumes de boa qualidade.
As professoras não esqueceram de mostrar às crianças os cuidados com a higiene que se deve ter ao preparar uma boa salada.
Todo tempo de duração do projeto foi de grande aprendizagem
para as crianças, pois todas foram participativas e curiosas. O projeto
não só favoreceu o enriquecimento cultural das crianças como ajudou também na mudança de atitude, pois desde o desenvolvimento
do mesmo as crianças passaram a se interessar por alimentos que
antes INTEGRAÇÃO
não comiam. Junho 2006
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“Adorei ver os ovos dos
dinossauros. Não imaginava que um
ovo de dinossauro pudesse ser tão
grande! Também foi uma emoção
quando vi, em frente ao museu, um
dinossauro enorme de pedra. Parecia um sonho!” Lívia Maria Silveira 5ª série - Alfa
“A sensação de descobrir o que
aconteceu no planeta, na época dos
dinossauros, é muito emocionante”.
Caio Carvalho Amparado - Alfa
Laura Borges Silva
Bióloga – Técnica do Laboratório
CIC Passos/MG
PSICOLOGIA
o
O sonho de qualquer mãe é ter o filho embaixo de suas
“asas” o maior tempo possível, bem protegido de tudo e
de todos, mas chega o dia em que a criança se liberta e
corre para o outro colo, o do professor. Atualmente, esse dia está chegando cada vez mais cedo.
Por conta do trabalho e das novas obrigações,
as mães têm antecipado a ida das crianças
para a escola. E levar a criança para a escola é muito melhor do que deixá-la com
a babá. A escola é um ambiente de
vivência muito rico, independente da idade da criança.
Decidir o momento certo para colocar o
filho na escola, nem sempre é uma escolha
dos pais. Frequentemente isso ocorre por uma
necessidade. “Para que o processo de adaptação aconteça de forma satisfatória, os pais precisam estar seguros de sua decisão sobre a
primeira escola”.
É importante ter certeza de que é o momento certo para colocar a criança na escola e evitar desistências no meio do caminho. Decisão tomada, local escolhido, começa-se o momento de viver o processo
de adaptação, tão importante para pais
e filhos, que vão ficar separados durante
o período escolar. Durante o processo de
adaptação a criança vai estabelecer os
primeiros vínculos de confiança e de segurança na escola.
Cada idade da criança demanda preocupações diferentes para os pais.
Para que se possa compreender de forma mais ampla o tema da afetividade na
educação infantil, faz-se necessário tratar rapidamente da psicologia do desenvolvimento infantil.
A infância é uma etapa biologicamente
útil, que se caracteriza como sendo o período de adaptação progressiva ao meio físico
e social. Adaptação é “equilíbrio”, cuja conquista dura toda infância e adolescência e
define a estruturação própria desses períodos existenciais. Em cada estágio há um
estilo característico, através do qual a criança constrói seu conhecimento.
Estágio pré-operacional – 2 a 6 anos – desenvolvimento
da capacidade simbólica (símbolos mentais: imagens e palavras que representam objetos ausentes); explosão lingüística, característica do pensamento (egocentrismo, intuição,
variância), pensamento dependendo das ações externas,
as crianças pensam como se estivessem assistindo a
um filme com uma série de quadros estáticos. Elas
concentram-se em estados sucessivos e não reconhecem a transformação de um estado para o
outro. No experimento com conservação, elas focalizam na água como ela está em cada um dos
copos em vez de na água que é derramada de
um copo para outro e, assim não percebem que
a quantidade de água é a mesma.
A criança extrai suas vivências principalmente
do contato com outras pessoas, adultos ou crianças. Se os que a rodeiam a tratam com carinho,
reconhecem seus direitos e se mostram atenciosas, a criança experimenta um bem estar emocional, um sentimento de segurança, de proteção. O bem-estar emocional ajuda o desenvolvimento normal da personalidade da criança e a
formação de qualidades que a tornam positiva, fazendo-a mostrar-se
benevolente com outras pessoas.
Encorajar a criança a descobrir
e inventar, sem ensinar ou dar
conceitos prontos: a resposta pronta só é dada quando a pergunta da
criança focaliza um ato social arbitrário (funções do objeto cotidiano);
manter-se atento à série de descobertas que as crianças vão fazendo,
dando-lhes o máximo de possibilidade para isso. Dar atenção, encorajando-as a construir e a se conhecer. Dar maior incentivo à pergunta que à resposta. É muito importante cuidar do aspecto afetivo no
processo ensino-aprendizagem, levando-se em conta que a criança é
diferente, cognitiva e afetivamente
em cada fase do seu desenvolvimento.
Andréa Guimarães Pessoa
Orientadora Pedagógica do CIC Machado
INTEGRAÇÃO
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PSICOLOGIA
Jogos de competição
auxiliam na formação da personalidade
Nesse ritmo acelerado de
vida, a competição
domina tudo; desde o
lugar na condução até a
vaga para um filho na
“O jogo é uma atividade particularmente poderosa para estimular a vida social e a
faculdade.
atividade construtiva da criança.” (Jean Piaget)
o
Os jogos são recursos que devem
ser utilizados na escola para ajudar o
aluno em sua formação. O ato de jogar estimula a curiosidade, a iniciativa e a autoconfiança, proporcionando a aprendizagem, o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e
da concentração da atenção.
As atividades com jogos podem trazer às crianças enormes benefícios,
como: alegria, formas sadias e socialmente aceitas de explorar as próprias
possibilidades e de descobrir o mundo ao seu redor, oportunidade de conhecer a si mesmo e aos outros, aprender a se subordinar às regras, liberdade de expressão, aprender a perder,
entre outros. Também é preciso ensinar às crianças que as pessoas são
boas em algumas coisas, mas não em
tudo.
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INTEGRAÇÃO
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A história nos mostra que, atendidas as exigências da sobrevivência, o
homem sempre buscou formas variadas de auto-expressão.
Desde a antigüidade, o lúdico tem
sido uma constante na vida humana,
porém variando a atitude com que o
homem o vem percebendo. Tal modificação na sua maneira de pensar é
explicada pelo reconhecimento das
contribuições que a atividade recreativa pode trazer à personalidade do
indivíduo e à sociedade.
Através de jogos de competição, o
ser humano é capaz de amadurecer
e passa a ter mais segurança nos seus
atos. Sabe o que quer e até onde
pode chegar. Distingue entre o bem
e o mal e tem um relativo domínio
sobre suas emoções.
A alegria e o alívio de tensões que
acompanham o prazer de competir,
CONTINUA
revelam-se como fatores de equilíbrio
emocional. Nada é mais importante
do que esse equilíbrio numa época
como a nossa, em que a saúde mental vive ameaçada pela presteza em
que a vida se transforma. Não só vivemos em mudança, como tão rápida ela é, que o que ontem era sonho
ou projeto, hoje é algo corriqueiro.
Nesse ritmo acelerado de vida, a competição domina tudo; desde o lugar
na condução até a vaga para um filho na faculdade.
O progresso tecnológico, com suas
constantes modificações vem somarse a tudo isto, para abalar ainda mais
as raízes do homem.
O mais importante a compreender
em relação à prática de atividades
competitivas, é que ela não constitui
somente um lazer, mas também uma
necessidade. Não é simplesmente
uma coisa de que a criança gosta, mas
algo de que precisa para crescer. É
mais do que parte essencial da sua
educação: é parte essencial do processo através do qual ela avança para
a idade adulta. Mais do que isso, ajuda a crescer de maneira saudável,
tornando-se um adulto mais firme nas
suas decisões.
Atividades lúdicas com jogos
favorecem o desenvolvimento das
habilidades de:
Fortalecimento das capacidades físicas
Desenvolvimento dos sentidos
motores e rítmicos
Desenvolvimento das habilidades
de manipular os objetos
Desenvolvimento da consciência
do corpo e espaço
“As situações-problema contidas na
manipulação de certos materiais, se
estiverem adequadas às necessidades
do desenvolvimento da criança, fazemna crescer através da procura de soluções e de alternativas.” (Cunha)
Por: Sheila Faccin
Coordenadora Pedagógica – Educação
Infantil – CMCS/ DF)
INTEGRAÇÃO
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75
PSICOLOGIA
ficando como ela quer, o que nem
sempre é o ideal para aquele momento ou situação.
Hoje não se questiona o alto nível
de informação que uma criança da
classe média tem. Ela discute assunto que os adultos assustam. “Mas fulano tão pequeno entende alguma
coisa sobre isto?” As crianças lidam
com computador com facilidade, entendem brinquedos eletrônicos
como se fosse a coisa mais simples
do mundo.
A correria do dia a dia, o rápido
desenvolvimento tecnológico e o
tempo restrito da convivência
familiar, quando não são bem
administrados, acabam causando
uma confusão na mente da criança,
Criança precisa de
que fica sem parâmetros.
Autoridade e Liderança
“Amor construtivo
é aquele que dá
suporte, dá apoio e
coloca limites”
Luckesi
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q
Quando os adultos de hoje param
para pensar no tempo em que eram
crianças, acabam lembrando da rigidez que havia na educação. Quem se
atrevia a responder aos pais, professores ou qualquer pessoa que fosse
mais velha? A maioria, por mais perdida que fosse, abaixava a cabeça e
escutava com respeito os “puxões de
orelha”. Hoje é comum vermos
crianças enfrentando seus pais, com
tapas e gritos, exigindo isto e aquilo
e, na maioria das vezes, o pai não
consegue controlar tanta rebeldia.
Nem tanto ao mar, nem tanto a
terra. O equilíbrio está sempre a meio
termo. Havia uma vantagem antigamente. As crianças eram bem
educadas, tinham mais respeito umas
com as outras, porém não tinham voz,
eram submissas. Há uma vantagem
na audácia das crianças de hoje. Elas
conseguem expor suas idéias, porém
muitas são mal educadas. Será possí-
vel conseguir tratar a criança de forma que ela seja educada e, ao mesmo tempo, faça valer a sua voz, com
respeito acima de tudo? É o ideal e,
segundo os psicólogos e educadores,
perfeitamente possível.
A correria do dia a dia, o rápido
desenvolvimento tecnológico e o tempo restrito da convivência familiar,
quando não são bem administrados,
acabam causando uma confusão na
mente da criança, que fica sem
parâmetros. O que pode e o que não
pode? Maria passa o período da manhã na escola, almoça com a mãe, a
avó a leva ao balé, mas é a empregada que ajuda a fazer o “para casa”.
A professora deixa andar descalço. A
mãe acha um absurdo porque vai sujar o pé demais, já avó diz que vai
entrar bicho no pé. Pela empregada
tanto faz. “Meu Deus como tem que
ser mesmo?”, pergunta Maria, que
acaba brigando com todo mundo e
Mas e os valores humanos, o valor à vida, o amor, o respeito? “Neste ponto as crianças andam confusas, porque seus pais estão confusos”. As coisas hoje chegam às mãos
das pessoas prontas, devido ao avanço tecnológico. Muitos pais dão um
computador para seu (sua) filho(a),
sem antes questionar o porquê. Será
que é para que ele possa passar o
tempo e não exigir a presença dos
pais, será que é para que possa brincar ou desenvolver sua capacidade
intelectual ou,ainda, será porque é
bom que ele saiba trabalhar com
informática para mais tarde ganhar
dinheiro? Qual destes pontos vou incentivar no meu (minha) filho (a)?,
questiona a psicóloga Virgínia de
Macedo Torres.
A criança precisa ter a noção real
das coisas, do que pode e não pode.
O “não” tem que fazer parte do vocabulário utilizado pelos pais.
É essencial que haja na vida da
criança, uma voz forte, com autoridade. A criança precisa ser controlada, ter limites.
Fonte: Jornal Estado de Minas
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PSICOLOGIA
De nada adiantaria fugirmos do
Não adianta
passado, pois ele está vivo dentro
de nós e um dia aparecerá de uma
forma ou de outra.
fugir
fugir
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INTEGRAÇÃO
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A maior dificuldade do ser humano é olhar para dentro de si mesmo.
Queremos ser sempre o centro das
atenções, sem que isso nos leve a falar de nós, tornando cada vez mais
obscuro o tesouro que há dentro de
nós.
Há uma imensa superioridade
dentro de nós. Na verdade queremos que o mundo gire ao nosso redor. Nosso egocentrismo é tão grande, que não nos permitimos ser felizes e não queremos que os outros o
sejam.
Dentro de cada ser humano há um
precioso tesouro, que precisa ser descoberto e lapidado. Esse tesouro é o
nosso passado, o qual deixou marcas
profundas em nós. De nada adiantaria fugirmos dele, pois ele está vivo
dentro de nós e um dia aparecerá de
uma forma ou de outra.
Devemos permitir-nos descobrir
quem somos para alcançarmos a tão
sonhada felicidade, pois ela está dentro de cada ser humano.
É urgentíssimo termos um encontro conosco mesmos, pois, a partir do
momento em que passamos a nos
confrontar, passamos a nos conhecer,
e crescemos como pessoas. Só assim
passaremos a sentir as emoções que
deixamos de experimentar por medo
de encará-las.
Se atingirmos o auto conhecimento, encontraremos o tesouro que existe dentro de nós, conseguiremos nos
realizar, seremos felizes e poderemos
fazer felizes os que estão ao nosso
lado.
Adriana Fátima Gomes
Aspirante Concepcionista do Centro
Vocacional – Mococa SP

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