A CRÔNICA METAFÍSICA EM “OSTRA FELIZ NÃO FAZ PÉROLA” E
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A CRÔNICA METAFÍSICA EM “OSTRA FELIZ NÃO FAZ PÉROLA” E
I ENCONTRO DE DIÁLOGOS LITERÁRIOS: Um olhar para além das fronteiras ISSN - 000-000 258 A CRÔNICA METAFÍSICA EM “OSTRA FELIZ NÃO FAZ PÉROLA” E “DO UNIVERSO À JABUTICABA”, DE RUMBEM ALVES Adriana Jesuino Francisco (UNESP/Assis) Orientador: Vicentônio Regis do Nascimento Silva (UEL) RESUMO Ostra feliz não faz pérola (2008) e Do universo à jabuticaba (2010) – reunião de crônicas do pedagogo, cronista, ensaísta, teólogo, psicanalista e filósofo Rubem Alves – tratam literariamente de temas filosóficos e educacionais sem no entanto criar sistemas filosóficos ou teorias pedagógicas. Das crônicas sobressaem mensagens de desejos de efeitos práticos dos discursos, abordando assuntos universais e permanentes, estabelecendo laços de intimidade com o leitor que não apenas compreende as mensagens, mas igualmente as reconhece, inserindo-se no mesmo grupo social do enunciador. Diferentemente das perspectivas de estudiosos que a classificam na transitoriedade diária do contexto social, econômico, cultural, político ou religioso, o texto de Rubem Alves enquadra-se na crônica metafísica, conceito elaborado por Afrânio Coutinho, para quem a efemeridade do gênero é apenas uma possibilidade, mas não a única. No caso de Rubem Alves, especificamente nas obras analisadas, as crônicas são reflexões filosóficas universais que não se condicionam ao tempo. PALAVRAS-CHAVE: crônica metafísica; efemeridade; universalidade. 258