Jornal de Umbanda Sagrada

Jornal de Umbanda Sagrada
Ano VI
nº 73
Distribuição Gratuita
São Paulo,
Maio de 2006
NEGRO DA COSTA
Livro de Umbanda é livro de terreiro; negro
também quer escrever. Mão calejada nunca
pegou em lápis na terra, mas negro já tem luz
e “cavalo”, sabe “escrevinhar”; deixa a língua
de negro tirar seu “ponteiro” e de seus
companheiros:
Mão de negro na terra
foi calejada;
Alma de negro no céu
foi por Zambi iluminada.
Auê!
Auê! - Auá!
Povo de Loanda
Também vai escrevinhá.
Mãe preta que tanto chorou,
lá na sombra da palmeira,
Quando o branco sem dó
Seu filho escravizou,
É mãe preta que trabalha
no serviço do Senhor
Escravo muito sofreu,
pagando erros do passado;
apenas escravo morreu,
seu espírito foi lavado.
Os filhos que com os pretos
gostam de conversar.
ficam sempre benzidos,
porque negro sabe rezar.
Viva o nosso Zambi,
que tanto nos ajudou,
deixando-nos passar pelo mundo
escravos de um mau senhor.
A carne negra sofreu!
O espírito purificou!
Viva o nosso Zambi,
que nos salvou!
No terreiro de Umbanda,
Preto Velho vem salvar;
Fazendo sua reza, pede a Zambi,
Pra todo filho ajudar.
Trecho extraído do livro “Umbanda” de Florisbela M. Sousa
Franco - Editora Espiritualista - Edição nº 1 de 1949
Cláudio Gianfardoni -  direitos reservados - www.gianfardoni.arq.br
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São Paulo, Maio de 2006
Jornal de Umbanda Sagrada
Jornal de Umbanda Sagrada
Muito mais que um jornal - A sua religião em fascículos...
EDITORIAL
Olá irmãos na Fé, simpatizantes
da Umbanda, amigos e leitores do
Jornal de Umbanda Sagrada:
Chegamos ao mês dedicado aos
nossos amados Pretos e Pretas –
Velhas na Umbanda. Os homenageamos, dedicando-lhes o dia 13 de
Maio, que marca a data da Libertação dos Escravos, que custou dedicação, luta e até mesmo a vida de
muitos abolicionistas. Que teve na
personalidade de Princesa Isabel, o
papel final de seu enlace aqui nas
“terras de Cabral”.
O presente aprende com o passado para ter um futuro melhor. O regime de escravidão se deu em muitas
culturas, como a egípcia, a romana,
nações africanas e outras; mas o que
está mais marcado em nossas mentes
e cultura, é o sofrimento do negro
em nossa terra. Quem, entre nós,
não foi escravo em outra encarna-
ção, senhor de escravos, capitão do
mato ou ainda o infeliz que tinha como
trabalho açoitar na chibata os “negros rebeldes”?
Mais do que na cultura trazemos
em nosso inconsciente estas lembranças e vemos na figura do preto-velho
alguém muito especial que soube viver
a fé nos Orixás e nas palavras de Jesus
Cristo.
Nesta edição do JUS temos na
capa uma imagem feita por nosso
irmão Cláudio Gianfardoni que expressa a figura do Preto-velho de forma ímpar. e nas páginas seguintes vamos nos deliciar com textos que nos
guiarão pelo caminho da Sabedoria
dos Pretos Velhos.
Um grande abraço, Alexandre Cumino.
E R R ATA
Na edição do JUS número 72, de Abril de 2006, a
autoria do texto “Castañeda e o ânimo do guerreiro”
de Carlos Castañeda, foi erroneamente atribuída a
Leni Saviscki. Portanto, onde se lê “por
Leni Saviscki” leia-se “enviado por Leni Saviscki”
As belas imagens que o
JUS vem reproduzindo em
suas capas, tem sido
generosamente cedidas
por nosso irmão
Cláudio Gianfardoni,
que através de seu trabalho
retrata a profundidade
do Humano e o que o
transcende. Para conhecer
a trajetória e a versatilidade
dos trabalhos desse
excepcional artista
visite o site:
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Jornal de Umbanda Sagrada
É uma obra filantrópica, cuja missão é contribuir para o
engrandecimento da religião, divulgando material
teológico e unificando a comunidade Umbandista.
Os artigos assinados são de inteira
responsabilidade dos autores, não refletindo
necessariamente a opinião deste jornal.
As matérias e artigos deste jornal podem e devem ser
reproduzidas em qualquer veículo de comunicação. Favor
citar o autor e a fonte (J.U.S.).
Jornal de Umbanda Sagrada
São Paulo, Maio de 2006
LIÇÕES DE VIDA
COMUNICAÇÕES
IRMÃO X / CHICO XAVIER
A história parece brejeira, mas
o fato é autêntico.
Rafael Provenzano escutava os
grandes comentaristas do Evangelho, entre despeitado e infeliz. Atormentado de inveja. Queria também
falar às massas, comover a multidão.
Nada lhe fulgia tanto aos olhos como
a tribuna. E aguardava, ansioso, o
dia em que pudesse alcançar aquele
ponto saliente no espaço, de onde a
sua voz conseguisse impressionar
centenas de ouvidos. Embora fixado
à semelhante ambição, era empregado de singela sapataria. E a sua
especialidade era bater pinos em
sola.
Bastas vezes, surpreendia-se no
trabalho, mentalizando público enorme e ele a falar, a falar sob aplausos
quentes. Talvez por isso fosse
ranzinza. Conflito permanente entre
a vocação e a profissão. A família e
os companheiros pagavam a
diferença. A esposa e as quatro
filhinhas, em casa, sofriam-lhe a
teimosia e o desespero. Irritadiço,
classificava-se à conta de tirano doméstico. Apurava com esmero o
hábito de chacoalhar e ferir. A
tensão não se limitava ao círculo mais
íntimo. A parentela toda agüentava
espancamentos morais. Entre
amigos era temido na condição de
crítico impertinente. Apesar de tudo
isso, a paixão de Rafael era pregar
solenemente a verdade cristã nos
templos espíritas.
Certa noite, quando falava Martinho, o orientador espiritual da reunião mediúnica de que era participante, Rafael consultou o comunicante a respeito de seus velhos propósitos.
- Sim, meu filho – comentou o
benfeitor, através do médium -, você
poderá ensinar, mais tarde, das tribunas. Agora, porém, é cedo. Convém estudar, preparar-se, aprender
a servir...
E prosseguiu explicando que
banca de solador era também lugar
“PRETO-VELHO”
ALEXANDRE CUMINO
Pai Antonio foi o primeiro pretovelho a se manifestar na Religião de Umbanda em seu médium Zélio Fernandino
de Morais onde se estabeleceu a Tenda
Nossa Senhora da Piedade. Assim, ele
abriu esta “linha” para nossa religião,
introduzindo o uso do cachimbo, guias
e o culto aos Orixás.
O “Preto-velho” está ligado à cultura religiosa Afro Brasileira em geral e
à Umbanda de forma específica, pois
dentro da Religião Umbandista este
termo identifica um dos elementos formadores de sua liturgia, representa uma
“linha de trabalho”, uma “falange de
espíritos”, todo um grupo de mentores
espirituais que se apresentam como negros anciões, ex-escravos, conhecedores dos Orixás Africanos.
São trabalhadores da espiritualidade, com características próprias e
coletivas, que valorizam o grupo em
detrimento do ego pessoal, ou seja, são
simplesmente pretos e pretas velhas com
Pai João e Vó Maria, por exemplo.
Milhares de Pais João e de Avós
Maria, o que mostra um trabalho
despersonalizado do elemento individual valorizando o elemento coletivo
identificado pelo termo genérico “pretovelho”. Muitos até dizem “nem tão preto
e nem tão velho” ainda assim “preto
velho fulano de tal”. A falta de informação é a mãe do preconceito, e, no caso
do “preto-velho”, muitos que são leigos
da cultura religiosa Umbandista ou de
origem africana desconhecem valor
do “preto-velho” dentro das mesmas.
Preto é Cor e Negro é Raça, logo o
termo “pretovelho” torna-se
característico e
com sentido apenas dentro de um
contexto, já que
fora
de
tal
contexto o termo
de uso amplo e
irrestrito seria
“Negro Velho”,
“Negro Ancião”
ou ainda “Negro
de idade avançada” para identificar o homem
da raça negra que
encontra-se já na
“terceira idade”
(a melhor idade).
Por conta disso
alguns sentem-se desconfortáveis em
utilizar um termo que à primeira vista
pode parecer desrespeitoso ao citar um
amável senhor negro, já com suas
madeixas brancas, cachimbo e sorriso
fácil, por trás do olhar de homem sofrido, que na humildade da subjugação
forçada e escrava encontrou a
liberdade do espírito sobre a alma,
através da sabedoria vinda da Mãe
África, na figura de nossos Orixás, vindo
de encontro à imagem e resignação de
nosso senhor Jesus Cristo.
Alguns preferem chamá-los apenas de “Pais Velhos” o que é bonito ao
ressaltar a paternidade, mas ao mesmo
santo. Podia demonstrar fé e abnegação pelo exemplo, edificar, inspirar, auxiliar...
Provenzano ouviu paciente, mas
saiu desapontado.
Decorridas algumas
semanas, o grupo se
aprestava à reunião, em
sala adequada. Conversa
amena. Uma hora faltando para o início das orações. Rafael chega, alegre. Participa que deseja
expor ao estimado Martinho o estudo de um belo
sonho e contou aos circunstantes que, na noite
anterior, se vira espiritualmente, fora do corpo
físico. Sentira-se volitando, leve qual pluma ao
vento. E contemplara nos céus um
cartaz com seis letras “A.D.P.S.B.P.”
em projeção radiante. Tomara nota
de tudo ao despertar.
Dona Emília, que supunha nos
sonhos um constante veículo para
grandes ensinamentos, inquiriu dele,
quanto à conclusão a que chegara.
- Pois a senhora não compreende?
E Rafael explanou para o auditório interessado:
- Segundo a minha intuição, as
letras querem dizer: “Agora Deves
Pregar Sem Bater Pinos”.
NA
Página -3
E acentuou que, apesar de algum
sacrifício para a família, se dipunha
a tentar outro emprego. Precisava
de algum tempo livre. Se isso redun-
dasse em privações e provações,
afirmava-se pronto para o que desse e viesse. Por fim, declarou-se cansado de bater couro de boi para
calçados. Aspirava a posição diferente.
No horário justo, a pequena
assembléia se entregou às tarefas
que, naquela noite, se vinculavam a
desobsessão.
Atividades preparatórias. Preces. E começou movimentado socorro às entidades enfermas. Martinho ocupava o médium esclarecedor, que, de quando em quando,
CULTURA BRASILEIRA
tempo oculta a raça que no caso é
motivo de orgulho. São eles que souberam passar por uma vida de
escravidão com honra e nobreza de
caráter, mais um motivo de orgulho em
se auto-afirmar “nêgo véio” e exescravo; talvez assim se mantenham
para que nunca nos
esqueçamos que
em qualquer situação temos ainda
oportunidade de
evoluir. Quanto
mais adversa maior
a oportunidade de
dar o testemunho
de nossa fé.
O “preto-velho” é um ícone da
Umbanda, resumindo em si boa parte
da filosofia umbandista. Assim, os espíritos desencarnados de ex-escravos se identificam e muitos outros que não foram
escravos, nesta condição, assim se
apresentam também em homenagem a
eles, por tê-los como Mestres no astral.
No imaginário popular, por falta de
informação ou por má fé de alguns
formadores de opinião, a imagem do
“preto-velho” pode estar associada por
alguns a uma visão preconceituosa, há
ainda os que se assustam “com estas
coisas” pois não sabem que a Umbanda
é uma religião e como tal tem a única
proposta de nos religar a Deus, manifestando o espírito para a caridade e
desenvolvendo o sentimento de amor
ao próximo. Não existe uma Umbanda
“boa” e uma Umbanda “ruim”, existe
orientava os serviços, dava idéias.
Rafael pediu vez para conversar. O instrutor, contudo, recomendou-lhe esperasse. Necessário desincumbir-se de obrigações mais
urgentes. Entender-se-iam no fim.
Com efeito, ao término das atividades, Martinho convidou-o à palavra. Algo tímido, Provenzano
narrou o sonho, referiu-se às letras
luminosas que descobrira no firmamento, como que brilhando especialmente para ele, e reasseverou os
antigos desejos. Queria ser grande
conferencista e prometia consagrarse de corpo e alma, aos ensinamentos públicos do Evangelho.
O amigo espiritual, sereno, perguntou sobre a interpretação que
ele, o interessado, dera à letras.
Rafael repetiu, impávido: “Agora
Deves Pregar Sem Bater Pinos”.
O benfeitor espiritual, todavia,
pintou expressão de complacência
no rosto do médium e observou:
- Efetivamente, Rafael, você esteve fora do corpo de carne e viu,
de fato a mensagem do plano espiritual... Mas, engana-se quanto ao
que julga ter lido. As letras querem
dizer simplesmente: “Antes De Pregar Seja Bom Primeiro”.
Extraído do Livro “Cartas e Crônicas”
Francisco Cândido Xavier pelo
Espírito Irmão X / Editora FEB
E NA
sim única e exclusivamente uma única
Umbanda que faz o bem, caso contrário não é Umbanda e assim é com os
“Preto-velhos”, todos fazem o bem sem
olhar a quem, caso contrário não é de
fato um “preto-velho”, pode ser alguém
disfarçado de “velho-negro”, o “preto
velho” trabalha única e exclusivamente
para a caridade espiritual.
São espíritos que se apresentam
desta forma e que sabem que em
essência não temos raça nem cor, a cada
encarnação, temos uma experiência
diferente. Os pretos velhos trazem
consigo o “mistério ancião”, pois não
basta ter a forma de um velho, antes,
precisam ser espíritos amadurecidos e
reconhecidos como irmãos mais velhos
na senda evolutiva.
Quanto menos valor se dá a forma, mais valor se dá à mensagem, e
“preto-velho” fala devagar, bem baixinho; quando assim se pronuncia, todos se aquietam para ouví-lo, parecenos ouvir na língua Yorubá a palavra
“Atotô”, saudação a Obaluayê que quer
dizer exatamente isso: “silêncio”.
Nas culturas antigas o “velho” era
sempre respeitado e ouvido como fonte
UMBANDA
viva do conhecimento ancestral. Hoje
ainda vemos este costume nas culturas
indígenas e ciganas. Algumas tradições
religiosas mantêm esta postura frente o
sacerdote mais velho, trata-se de uma
herança cultural religiosa tão antiga
quanto nossa memória ou nossa história pode ir buscar, tão antigos também
são alguns dos pretos velhos que se
manifestam na Umbanda.
Muitos já estão fora do ciclo reencarnacionista, estão libertos do karma,
já desvendaram o manto da ilusão da
carne que nos cobre com paixões e
apegos que inexoravelmente ficarão
para trás no caminho evolutivo.
Por tudo isso e muito mais, no dia
13 de Maio, dia da libertação dos escravos eu os saúdo: “Salve os Pretos
Velhos! Salve as Pretas Velhas! Adorei
as Almas! Salve nosso Amado Pai
Obaluayê, Atotô meu Pai! Salve nossa
Amada Mãe Nanã Buroquê, Saluba
Nana!”
Usamos para eles velas brancas ou
bicolores, metade preta e metade branca, tomam café e fumam cachimbo.
Contatos:[email protected]
Ouça os programas:
A Magia da Vida
COM
RUBENS SARACENI
Terça-feira das 13h00 às 13h30
Falando de Umbanda
ALEXANDRE CUMINO E JORGE SCRITORI
AGORA ÀS SEXTAS À PARTIR DAS 17HOO
COM
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São Paulo, Maio de 2006
Doutrina e Cultura
Umbandista
Almas de Luz
POR
FERNANDO
SEPE
Lá no céu, no plano sutil, no astral superior, existem muitos espíritos que há tempos, já saíram dos ciclos reencarnacionistas.
São mestres no amor e no equilíbrio, são
consciências despertas para a realidade do
TODO.
Mesmo assim, eles não alçam vôos mais
altos, não partem para o infinito, porque
insistem em virar seus olhos para nós encarnados. E assim eles fazem, não por recompensa, mas apenas pela sua natureza magnânima e bondosa. São mestres, amparadores, guias ou apenas irmãos mais velhos
de senda e jornada, que trabalham anonimamente nos bastidores espirituais da humanidade, sempre ajudando, auxiliando,
aconselhando...
Essas almas nobres, que acessamos
através da sintonia e do amor, a todos protegem, e basta nos ligarmos a eles para
sentirmos suas vibrações luminosas.
Nesse universo infinito, com infinitas
dimensões, quantos “olhos” não olharão pela gente, quantas bocas não nos falarão,
quantas mãos não trabalharão junto de
nós? Em um universo cortado por infinitas
ondas mentais, quem escreve o quê? Quem
escuta, compõe ou faz uma poesia? Quem
cria o quê? Quem, enfim, está sozinho?
É uma pena que a humanidade ainda
não abriu seus olhos, e cega, ignora esses
mestres luminosos que insistem em auxiliála. Ignoram que existem consciências superiores, que apenas esperam uma abertura
em nossos corações, para neles adentrarem
e lá fazerem sua morada eterna. Ignoram
que nada fazemos a sós.
Onde estivermos, “olhos”, “mãos”, mas
principalmente “corações”, estarão juntos
de nós. No universo tudo é vida, tudo é
sentimento e pensamento, tudo é sintonia...
Serei eu que escrevo esse texto? Ou
será uma consciência que vive em outra
realidade, plano ou planeta? Ora, o que isso
importa? Não mais importa-me se essa
comunicação é mediúnica ou anímica. O que
isso muda?
No momento, o que nos interessa, é
apenas abrir os olhos das pessoas para esse
universo espiritual, que desabrocha para
todos aqueles que abrem suas mentes
e seus corações.
Entendam, a intuição é a voz de Deus
manifestando-se em você. Nem o melhor
clarividente poderá ver aquilo que não mais
forma tem, e apenas luz o é. Nem o melhor
clauriaudiente poderá escutar aquele que
não fala, apenas ama.
Mas aquele que tiver a intuição desperta, escutará suas palavras, sentirá sua presença, e o verá em todo seu esplendor e
formosura. Ela (a intuição) traz, como um
vento estelar, as bênçãos, as palavras e a
luz dos guias, mestres e amparadores da
humanidade...
Contatos:[email protected]
Jornal de Umbanda Sagrada
grada nos chega através dos
Pretos-Velhos, que no dia 13 de
maio, são homenageados pela
maioria dos terreiros.
MÔNICA BEREZUTCHI
Irmãos leitores, quero agradecer o incentivo que vocês têm
demonstrado através de e-mail,
cartas e telefonemas. O carinho
com que vocês recebem as matérias, só me faz refletir o quanto
a nossa Amada Umbanda é uma
Religião que têm nos seus fundamentos a responsabilidade e o
compromisso de sempre buscar
mais e mais ensinamentos, pois
só assim, evoluiremos com sabedoria. Enfim, muito obrigada!
Agradeço ao Divino Pai Olorum
por fazer parte da vida de vocês.
Saibam que assumi um compromisso de estar sempre repassando os ensinamentos ritualísticos e litúrgicos que adquiri, com
seriedade e simplicidade.
Sabedoria, seriedade, evolução, humildade, paciência, ponderação, calma, transformação
e compreensão. Essas atribuições que nos levam ao Mistério
Ancião, que na Umbanda Sa-
MISTÉRIO ANCIÃO:
Sustentado pelo Orixás, Pai Oxalá, Pai Obaluaiê, Pai Omulu e Mãe
Nanã Buruquê. Ancião
vem de velho, sábio e
profundo conhecedor
dos mistérios divinos.
Muitos ainda não
incorporam seus Guias
ou Eles ainda não pediram uma oferenda
especifica, mas você
sente que é o momento de oferendá-los. A oferenda na realidade não é para os guias, mas
para nós mesmos. Nós é que
estamos precisando dessa
essência para adquirir as
atribuições já citadas acima.
Então vamos lá:
• Pipoca, coco seco, bolo de
fubá.
• Vinho tinto suave, vinho
licoroso, café.
• Velas brancas, branca/
preta, violeta, lilás e roxa.
• Arruda, guiné e alecrim.
• Podem ser usados alguns
elementos como, palha da
costa, semente de lágrima de
Nossa Senhora, cruz de madeira e pedras como a turmalina negra, cristal, ônix branco
e preto, ametista e rubelita.
Na Umbanda as oferendas não precisam ser
luxuosas e nem dispendiosas, a realização de
uma oferenda depende
mais do coração do que do
bolso, ninguém sabe mais
da sua situação íntima
do que seus Guias e
Mentores.
Então meu amigo(a) não tenha vergonha se você tiver apenas um dos elementos acima,
pois o que vale é a sua intenção
e a sua Fé.
Afinal os Pretos-Velhos são
a própria manifestação de simplicidade amor e humildade, e não
espere autorização de dirigentes
espirituais que tem sua conduta
longe destas manifestações de
humildade, faça por você e para
seu beneficio quantas vezes for
necessário pois ninguém é dono
da sua mediunidade e muito
menos de um Mistério Divino.
Contatos:[email protected]
Jornal de Umbanda Sagrada
São Paulo, Maio de 2006
Louvor a Ogum
em Bauru e região
Sr. Evandro de Ogum
escoltando a imagem
de São Jorge
UNIÃO
DE
No ultimo dia 23 de Abril de 2006
a União de Tendas de Umbanda e
Candomblé do Brasil, presidida por
Pai Jamil Rachid, com o apoio da
Associação Paulista de Umbanda,
balhos da noite.
Como este evento é de suma importância para o movimento Umbandista, a TVUS estava presente e gravou o Correndo Gira com a cobertura
completa do evento e entrevistas nos
terreiros. O programa será veiculado
durante todo o mês de Maio pelo site
www.tvus.com.br, não deixe de
assistir e participe concorrendo a
prêmios. Deixo meu fraterno abraço
a todos rogando ao Divino Pai Ogum
que abra nossos caminho agora e
sempre.
Após a procissão, Sr. Evandro de
Ogum iniciou o discurso de agradecimento e exaltação do Orixá. Com a
presença de Pai Élcio de Oxalá entoaram o Hino da Umbanda, após o Hino
Nacional. Também presente, Pai Guimarães discursou sobre o Movimento
Chega e a importância de uma Conscientização Política e Social dentro da
Umbanda, discurso este complementado por Pai João de São Paulo.
Na seqüência todos unidos entoaram pontos em louvor e exaltação
a Pai Ogum com a queima de fogos.
Assim, cada templo foi iniciar os tra-
TENDAS
REALIZA A
[email protected]
49ª FESTA
Superior Órgão
de Umbanda do
Estado de São
Paulo e Associação Beneficente de Umbanda Vale dos
Orixás, realizou a
grande homenagem a São Jorge
– Orixá Ogum, no
Ginásio do Ibirapuera em São
Paulo.
Teve sua imagem conduzida pelo
Corpo de Bombeiros acompanhado da
Cavalaria num cortejo de carros e
ônibus, saindo da sede da União, em
Pinheiros até o Ginásio do Ibirapuera.
DE
SÃO JORGE
Com a presença de centenas de
Templos de Umbanda, vindos de
várias cidades do estado de São
Paulo. Em especial com a presença
do Templo de Umbanda Pai Oxalá e
Mamãe Inhansã com sede em Portugal e também de outros estados
do Brasil; presidentes de outras federações e autoridades Municipais e
Estaduais.
Nosso Patrono e Grande Guerreiro teve uma linda homenagem,
preparada e realizada com muito
amor e fé.
O ponto culminante do evento
deu-se ás 18h00 com a prece em
conjunto, tendo a participação de
centenas de assistentes e os
caboclos incorporados.
MELHOR PREÇO
Grande coleção de
ATENÇÃO SACERDOTE UMBANDISTA:
INFORMAÇÃO IMPORTANTE !!!
As leis exigem que os Centros,
Tendas e Templos estejam regularizados e assim possam reivindicar e
exigir seus direitos.
Todos os Templos e Associações
devem ter em suas mãos o seu
Estatuto Social atualizado
(Diretoria e Conselho), conforme a
Lei n °. 10.406/2002. Este estatuto
sai em nome de sua casa de trabalho.
Regularize-se, cumpra a sua
obrigação de estar trabalhando
RODRIGO QUEIRÓZ
Aconteceu no dia 22 de Abril a
17ª Festa a Ogum de Bauru e região.
Organizada pela Federação Espírita
de Umbanda e Candomblé do Estado
de São Paulo, presidida por Sr. Evandro de Ogum. Este evento é um
marco na cidade de Bauru e grande
região, estando registrada no Calendário Turístico do Estado e reunindo
anualmente centenas de religiosos e
seus respectivos templos.
Com templos de várias cidades
como Barra Bonita, Amparo, São Manuel, Araraquara e outros, transformaram o Sambódromo de Bauru em
um imenso terreiro.
Ás 20h30 deu-se início a procissão
em louvor a São Jorge, onde sua imagem carregada por fiéis, liderada pelo
Sr. Evandro de Ogum foi escoltada
pela cavalaria da polícia militar empunhando suas espadas. Este momento é o ponto forte do evento onde todos se reúnem com emoção e
reverências ao Divino Pai da Lei Suprema, Sr. Ogum.
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Plantão para tirar dúvidas, todas
as 5ª. feiras – das 14:00 às 17:00
horas, na sede do Colégio de
Umbanda Sagrada, Rua Serra da
Bocaina, 427 – próximo ao Metrô
Belém – São Paulo.
Vem aí...FESTIVAL DE CURIMBA
Aguardem !!! Está chegando o I FESTIVAL DE CURIMBAS promovido
pela AUEESP e pelo Superior Órgão de Umbanda do Estado de São Paulo. No
próximo mês aguardem todas as informações sobre inscrições, local e data
desse evento. - Sandra – (11) 6954-7014
Festa de Ogum no
Santuário
Nacional da
Umbanda
SUCESSO ABSOLUTO! Mais de 5 mil pessoas
estiveram no Vale dos
Orixás do SANTUÁRIO
NACIONAL DA UMBANDA durante a SEMANA DE OGUM que ocorreu de 22 a 30 de abril.
No dia 23, o número de ônibus transportando a família umbandista foi tão
grande que ocupava quase 1km da Estrada do Montanhão.
A festividade transcorreu em clima de muita alegria e sem nenhum
incidente. OGUM NHÊ MEU PAI!
Festa na FUGABC
Em maio de 2006, a FEDERAÇÃO
UMBANDISTA DO GRANDE “ABC”
completará 34 anos.
Este ano, a F.U.G.”ABC” orgulhase em informar a sua comunidade a
marca de 2007 Templos de Umbanda
devidamente registrados.
Sempre superando metas, em 11
de março, tivemos a satisfação de
receber em nosso quadro o Recanto
de Oxalá Pai Antonio de Aruanda, que recebeu o número de registro 2.000. O Babalaô Milton Mussini foi o felizardo que no ano de
2.006, recebeu o número de registro
2.006.
Para comemorar o evento, bem
como, a FORMATURA DO 24º
BARCO, a FEDERAÇÃO UMBANDISTA DO GRANDE “ABC”, fará realizar
no próximo dia 24 de junho de 2006,
uma grande festividade no Teatro
Paulo Machado de Carvalho em São
Caetano do Sul (o maior do Grande
“ABC”), montando inclusive, o
clássico CONGÁ AO VIVO.
Este evento inclui-se já nos
preparativos para comemoração do
Centenário da Umbanda, dentro a
programação PARABÉNS UMBANDA, programada pelo ICAPRA, de
nosso irmão Marcelo Fritz.
No orkut, visite nossas comunidades:
• Falando de Umbanda
• Teologia de Umbanda Sagrada
• Jornal de Umbanda Sagrada
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São Paulo, Maio de 2006
Jornal de Umbanda Sagrada
Jornal de Umbanda Sagrada
São Paulo, Maio de 2006
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Abolição à brasileira
PAI RONALDO LINARES
No Brasil, as pendengas judiciais,
os tortuosos caminhos legais da
Câmara e do Senado, os entraves e
recuos provocados por infinitas discussões partidárias, os conflitos entre os liberais e conservadores que
antecediam a aprovação de qualquer
nova lei contra a escravidão, devese acrescentar o fato de que, finalmente depois de aprovadas, essas
leis tornavam-se letra morta, por isso
é que no Brasil a luta legal contra a
escravidão durou 80 anos.
Por pressão inglesa, a abolição
tornou-se uma questão nacional e,
numa jogada política, o gabinete do
Visconde do Rio Branco, do Partido
Conservador, promulgou em 28 de
setembro de 1.871 a Lei do Ventre
Livre (de poucos efeitos práticos dava liberdade aos filhos dos escravos nascidos a partir dessa data,
mas ficavam sob a tutela dos seus
senhores até os 21 anos), tirando a
bandeira abolicionista das mãos do
Partido Liberal e garantindo que a
libertação dos escravos fosse um
processo “lento, gradual e seguro”.
Em Recife, é fundada uma associação abolicionista por alunos da
Faculdade de Direito. Entre eles,
Castro Alves, Plínio de Lima, Rui Barbosa, Aristides Spínola e Regueira
Costa.
Em São Paulo destaca-se o trabalho de um ex-escravo (um dos maiores heróis da causa abolicionista), o
advogado Luiz Gama, responsável
pessoalmente pela libertação de mais
de 1.000 cativos.
Em 1.880, políticos importantes
como Joaquim Nabuco e José do Pa-
ENTREVISTA
Quem é Guimarães d´Ogum?
Sou um homem lutador, que deseja
vencer as batalhas da vida da melhor
forma possível. Aos 42 anos, me vejo
envolvido em uma missão religiosa, que
há muito tempo atrás as entidades já
haviam me prevenido, mas eu não havia
compreendido e hoje compreendo. As
experiências que a vida me proporcionou, me talharam e me deram os
alicerces necessários para suportar as
adversidades e adversários em favor da
luta que acreditamos ser o melhor caminho para nossa comunidade. Não
tenho medo de enfrentar a inúmeras
situações adversas que a vida me
coloca, fui criado pelo mundo, pois muito jovem tive que sair de casa. Sou de
família que era Umbandista. Minha mãe
freqüentava o templo de minha TIA
YOLANDA em Santo André, até meados
de 75, quando ela e meu pai se mudaram
para o Paraná, onde passaram a
freqüentar o Templo do Pai Mauricio
“Cantinho do PAI JOÃO” na cidade de
Londrina. Minha mãe faleceu quando
eu tinha 14 anos, por problemas de saúde provocados por um casamento conturbado e problemático, que havia terminado cerca de um ano antes. Meu pai
sempre foi um homem difícil, violento e
agressivo. Tinha problemas mentais provocados pelos seus vícios. Era um homem que nunca teve raiz ou valorizou
sua família. Aos 16 anos, por causa dos
maus tratos, saí de casa e acabei vindo
para São Paulo, onde por benção de
Deus, encontrei famílias maravilhosas,
que me acolheram e se tornaram a
família que nunca tive. Graças a eles,
me tornei um homem do qual me
orgulho, pois não tenho vícios. Tenho
COM
trocínio criam no
Rio de Janeiro, a
Sociedade Brasileira Contra a Escravidão. Advogados,
artistas, intelectuais, jornalistas e
políticos engajamse em movimentos
e arrecadam fundos para pagar
cartas de alforria.
O país foi tomado
pela causa abolicionista e em 1.884
o Ceará decretou o fim da escravidão
em seu território.
Em 28 de setembro de 1.885,
tentando prolongar um pouco mais a
abolição, o Parlamento aprovou a Lei
Saraiva Cotegipe ou Lei dos Sexagenários pelo gabinete liberal do Conselheiro José Antonio Saraiva e aprovada no Senado, comandado pelo
presidente do Conselho de Ministros,
o Barão de Cotegipe. A lei concedia
liberdade aos escravos com mais de
60 anos mediante indenização. Pensando friamente, a Lei dos Sexagenários beneficiou os senhores de escravos, permitindo que se livrassem
dos “mais velhos” e cansados.
No início de 1.888, a impopularidade de Coelho Bastos (chefe de po-
lícia do Rio de Janeiro), fez cair o
ministério de Cotegipe (que afrontava
abertamente a Princesa Isabel). Os
conservadores permaneceram no
poder, tendo como presidente do ministério João Alfredo.
Em abril de 1.888, Alfredo pensou em propor a abolição imediata
da escravatura obrigando os libertos
a trabalharem com seus senhores por
módica retribuição por mais dois anos.
Porém no mês seguinte, não mais
conseguiu retardar o processo abolicionista, agora liderado pela própria
Princesa Isabel.
Em 13 de maio de 1.888, Isabel
Cristina Leopoldina Augusta Micaela
Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon, Princesa Imperial
do Brasil, nascida no Rio de Janeiro
em 1.846, filha de D. Pedro II e Dona
Teresa Cristina, casada com Gastão
de Orleans (neto do rei francês Luís
Filipe), promulgou a LEI ÁUREA abolindo a escravidão no Império Brasileiro durante um dos períodos em que
assumiu a regência em razão das viagens de seu pai. Foi, por isso, cognominada a Redentora do Brasil. Foi
condecorada com a Rosa de Ouro
pelo Papa Leão XII e, com a Proclamação da República Brasileira, exilouse na França até sua morte em
PAI GUIMARÃES D´OGUM
meus filhos, minha esposa, meu trabalho
e minha religião. E o mais importante:
tenho um sonho onde todos nós poderemos ser beneficiados. Sonho em ver
ainda em vida, a nossa Umbanda organizada e unida na luta pelos seus Direitos,
onde cada um possa ter liberdade religiosa e condições de realizar atividades
de cunho social, e nossos templos sejam
uma extensão do lar de cada filho de fé.
A quantos anos o senhor é
médium de Umbanda?
Ingressei definitivamente na Umbanda
aos 19 anos. Até esta data relutava muito
em aceitar os chamados da minha missão, mas ao encontrar MÃE ANTONIA
D´OXUM, que tinha seu templo na Vila
Formosa em São Paulo, fui eliminando
meus medos. Durante 4 anos fiquei em
desenvolvimento e recebendo dela os
ensinamentos necessários. Tive que me
afastar por quase 2 anos, devido ao
trabalho. Em abril de 1999, fiz minha
última obrigação na casa, onde permaneci por mais 1 ano. Depois, abri as
atividades do TEMPLO DE UMBANDA
ESTRELA GUIA em Diadema, fazendo a
festa de abertura oficial em 27 de Janeiro
de 2001, após cumprir 1 ano de
atividades internas. Assim, estamos com
nossa casa aberta religiosamente há 7
anos, e juridicamente há 6 anos. Infelizmente, Mãe Antonia foi para Aruanda
há quase 2 anos por complicações nos
rins. Ela, em sua caminhada religiosa de
mais de 40 anos, deixou dois filhos com
suas próprias casas abertas: eu e o Pai
Fábio d´Oxóssi. Os filhos remanescentes
passaram, na sua maioria, a fazer parte
da casa de Pai Fábio, por estarem
próximos à Vila Formosa.
1.921. A Princesa Isabel elegeu a
data do aniversário de seu bisavô
Dom João VI para sancionar a
redação que aboliu a escravatura no
Brasil. A palavra Áurea vem do latim
aurum e quer dizer feito de ouro,
banhado a ouro.
O QUE COMEMORAR
NO DIA 13 DE MAIO?!
Por mais que se diga ou se faça
para comemorar e/ou homenagear
os Pretos-Velhos que foram escravizados para atender interesses daqueles que sempre se julgaram acima
de tudo e de todos, desde os primeiros tempos até os dias de hoje, datas
como estas nos convidam a reflexões
realistas e conscientes sobre essas
mesmas comemorações.
Nenhum ato ou palavra será suficiente para apagar todo o mal que
foi feito a esse povo e às conseqüências que isso desencadeou. Mais de
100 anos não foram suficientes para
que os países escravocratas pudessem acertar as contas com seu
“negro” passado. Muitas negras criaram os filhos das brancas, enquanto
não sabiam o destino de seus filhos.
Fizeram isso com muita dedicação e
amor, como pode se comprovar em
pesquisas, relatos, filmes e até
mesmo nas novelas, oferecendo seu
peito cheio de leite a esses bebês e
apegando-se a eles.
Contatos:[email protected]
não desanimem diante dos que pregam
e praguejam desânimo. Acreditem na
forças de nossos Orixás, falem com eles
e sigam as suas orientações.
O que levou o senhor a
criar a ABRATU - AssoSendo o coordenador do Moviciação Brasileira dos
mento CHEGA como o senhor tem
Templos de Umbanda e
sido recebido nos encontros com
Candomblé?
as lideranças contatadas?
Meu sonho ao assumir a misAs lideranças do interior têm nos recesão de comandar um Templo,
bido muito bem, aderindo prontamente
sempre foi o de fazer dele um
nossas propostas. Aqui na capital, a
espaço onde as pessoas
adesão tem sido grande, juntando bons
pudessem ter atendimento
nomes e grandes lideranças. O trabalho
espiritual, e também ajudar as
está apenas começando, e tudo vai dar
pessoas em outras áreas de sua
certo, eu tenho certeza, pois à frente
vida, ou seja, que o espaço
do comando estão pessoas vitoriosas
Rubens Saraceni e Guimarães d´Ogum
do Templo também fosse utilina vida, tais como MESTRE RUBENS
zado para cursos, palestras e atividades
comunidade orientações, apoio e espeSARACENI, MEGITO PAI DANCY, MÃE
de apoio social. Assim, em meados de
rança que tem unido bons nomes e
ADA D´OMULU, PAI ÉLCIO D´OXALA,
2002, nasceu a ABRATU. Hoje ela é uma
grandes lideranças em defesa dos ideais
MÃE MERCEDES, PAI VARELA, MÃE
instituição respeitada e que está
que preservam e buscam os direitos
CONCEIÇÃO, PAI KAOBAKESSY e
construindo algo diferente, com ajuda
coletivos para nossa comunidade. Tudo
muitos outros. As vitórias serão conde amigos e de outras Federações, que
isto já era um trabalho que vínhamos
quistadas, não tenho dúvidas.
imbuídos dos mesmos ideais, juntaram
realizando de com certas dificuldades.
fileiras nesta luta.
E um dia, em conversa com o amigo e
Qual a sua mensagem a
MESTRE RUBENS SARACENI, ele procomunidade umbandista?
E o seu envolvimento com a
pôs a criação deste movimento. Esta
Eu gostaria muito que as lideranças de
política?
idéia foi tão boa e teve um eco nos
todas as vertentes religiosas afrodesMe conscientizei de que a política está
corações das pessoas.
cendentes, dessem uma oportunidade
em nossas vidas, presente em tudo em
ao nosso trabalho.
todos, até mesmo nos que a rejeitam.
O que o senhor espera do
Venham com o Movimento CHEGA
Eu não quero ficar velho e deixar um
Movimento CHEGA no futuro?
participar de um fato histórico que irá
legado pior que recebi e sonho em ver
Espero que as pessoas que estão no
mudar todo o destino de nossa
minha comunidade incluída e particiMovimento, sejam fiéis aos seus ideais e
comunidade.
pando de todas as decisões que possam
influenciar a vida dos meus irmãos de
fé. E é na política, na participação direta
que iremos ajudar o homem, a família, a
ter uma vida melhor.
Movimento de Conscientização Umbandista
M OVIMENTO C HEGA !
O que levou a apoiar o
Movimento CHEGA, o Movimento
de Conscientização Política nos
Cultos Afro Brasileiros?
Este Movimento tem levado para nossa
Participe!
Informações: 11 5599-4673 - 3534-9826
Site: www.movimentochega.com.br
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São Paulo, Maio de 2006
A LINHA DO ORIENTE
NA UMBANDA
• LUA RECOMENDADA (PARA OFERENDA MENSAL):
Segundo dia do quarto minguante ou primeiro dia
da Lua Cheia.
EDMUNDO PELIZZARI (RAS ADEAGBO)
A Linha do Oriente é parte da herança da
Umbanda brasileira. Ela é composta por inúmeras
entidades, classificadas em sete
falanges e maioritariamente de origem
oriental. Apesar disso, muitos espíritos
desta Linha podem apresentar-se como
caboclos ou pretos velhos.
O Caboclo Timbirí (caboclo japonês)
e Pai Jacó (Jacob do Oriente, um preto
velho bastante versado na Cabala
Hebraica), são os casos mais conhecidos. Hoje em dia, ganha força o culto do Caboclo Pena de Pavão, entidade que trabalha com as forças espirituais divinas de origem indiana.
Mas nem todos os espíritos são orientais no sentido comum da palavra.
Esta Linha procurou abrigar as mais
diversas entidades, que a princípio não se
encaixavam na matriz formadora do brasileiro
(índio, português e africano).
A Linha do Oriente foi muito popular de 1950
a 1960, quando as tradições budistas e hindus se
firmaram entre o povo brasileiro. Os imigrantes
chineses e japoneses, sobretudo, passaram a
freqüentar a Umbanda e trouxeram seus ancestrais e costumes mágicos.
Antes destas datas, também era comum
nesta Linha a presença dos queridos espíritos
ciganos, que possuem origem oriental. Mas
tamanha foi a simpatia do povo umbandista por
estas entidades, que os espíritos criaram uma
“Linha” independente de trabalho, com sua
própria hierarquia, magia e ensinamentos. Hoje
a influência do Povo Cigano cresce cada vez mais
dentro da Umbanda.
Existem muitas maneiras de classificar esta
Linha e este pequeno artigo, não pretende colocar
uma ordem na maneira dos umbandistas
estudarem esta vertente de trabalho espiritual.
Deixo a palavra final para os mais velhos e sábios,
desta belíssima e diversificada religião. Coloco
aqui algumas instruções que colhi com adeptos e
médiuns afinados com a Linha do Oriente.
Namaste e Salve o Oriente!
CARACTERÍSTICAS DA LINHA DO ORIENTE:
• LUGARES PREFERIDOS PARA OFERENDAS:
As entidades gostam de colinas descampadas,
praias desertas, jardins reservados (mas também
recebem oferendas nas matas e santuários ou
congás domésticos).
• CORES DAS VELAS: Rosa, amarela, azul clara,
alaranjada ou branca.
• BEBIDAS: Suco de morango, suco de abacaxi,
água com mel, cerveja e vinho doce branco ou
tinto.
• TABACO: Fumo para cachimbo ou charuto.Também utilizam cigarro de cravo.
• ERVAS E FLORES: Alfazema, todas as flores
que sejam brancas, palmas amarelas, monsenhor
branco, monsenhor amarelo.
• ESSÊNCIAS: Alfazema, olíbano, benjoim, mirra,
sândalo e tâmara.
• PEDRAS: Citrino, quartzo rutilado, topázio imperial (citrino tornado amarelo por aquecimento)
e topázio.
• DIA
DA SEMANA RECOMENDADO PARA O CULTO E
OFERENDAS SEMANAIS:
Quinta-feira.
• GUIAS OU COLARES: Colar com cento e oito contas
(108), sendo 54 brancas e 54 amarelas. Enfiar
seqüencialmente uma branca e uma amarela.
Fechar com firma branca. As entidades indianas
também utilizam o rosário de sândalo ou tulasi de
Babají
Jornal de Umbanda Sagrada
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A TV Espiritualista tem uma
programação que fica 24 horas
no ar, além de um arquivo onde pode-se conferir vários outros programas que já foram ao ar.
A programação conta com muitos comunicadores e representantes de vários segmentos religiosos,
exotéricos, ocultistas e muitos outros que podemos ver abaixo na grade de programação.
Gostaríamos de ressaltar a grande abertura que a TV Espiritualista está dando para a Umbanda
que até então não tinha muito espaço na mídia aberta.
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Pai Jacó
do Oriente
108 contas (japa
mala). Algumas
criam suas próprias guias, segundo o mistério que trabalham.
CLASSIFICAÇÃO DA LINHA DO ORIENTE
Suas Falanges, Espíritos e Chefes:
01 - Falange dos Indianos:
Espíritos de antigos sacerdotes, mestres,
yogues e etc. Um de seus mais conhecidos integrantes é Ramatis. Está sob a chefia de Pai Zartu.
02 - Falange dos Árabes e Turcos:
Espíritos de mouros, guerreiros nômades do
deserto (tuaregs), sábios marroquinos, etc... A
maioria é muçulmana. Uma Legião está composta
de rabinos, cabalistas e mestres judeus que
ensinam dentro da Umbanda a misteriosa Cabala.
Está sob a chefia de Pai Jimbaruê.
03 - Falange dos Chineses, Mongóis
e outros Povos do Oriente:
Espíritos de chineses, tibetanos, japoneses,
mongóis, etc. Curiosamente, uma Legião está integrada por espíritos de origem esquimó, que trabalham muito bem no desmanche de demandas e
feitiços de magia negra. Sob a chefia de Pai Ory
do Oriente.
04 - Falange dos Egípcios:
Espíritos de antigos sacerdotes, sacerdotisas
e magos de origem egípcia antiga. Sob a chefia de
Pai Inhoaraí.
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O5 - Falange dos Maias, Toltecas,
Astecas e Incas:
Espíritos de xamãs, chefes e guerreiros destes
povos. Sob a chefia de Pai Itaraiaci.
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06 - Falange dos Europeus:
Não são propriamente do Oriente, mas integram esta Linha que é bastante sincrética. Espíritos de sábios, magos, mestres e velhos guerreiros
de origem européia: romanos, gauleses, ingleses,
escandinavos, etc. Sob a chefia do Imperador
Marcus I.
Maiores Informações: (11) 6950-8622/ 6950-8178
07 - Falange dos Médicos e Sábios:
Os espíritos desta Falange são especializados
na arte da cura, que é integrada por médicos e
terapeutas de diversas origens. Sob a chefia de
Pai José de Arimatéia.
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Jornal de Umbanda Sagrada
São Paulo, Maio de 2006
VISITANTES
CASSIO RIBEIRO
Não sei quanto tempo estou
aqui. Sei que faz muito tempo que
ninguém me procura. No começo
achei estranho, sempre fui uma pessoa reclusa, mas de vez em quando
recebia algumas visitas. Não por
minha vontade, sempre achei que
vinham atrás de meu dinheiro.
Mesmo parentes chorosos condoídos com meu estado de saúde não
me convenciam.
E assim, aos poucos foram se
afastando um a um. Até mesmo os
imbecis de meus empregados
acabaram sumindo. Fiquei só,
nunca mais me alimentei, mas
estranhamente não senti fome.
Agora até que melhorei, pois a
doença que tanto me torturava
também já a muito não me
incomoda. Estou feliz, posso ficar
aqui, cuidando de minha fortuna.
Ouço passos no andar de
baixo, vozes chegam abafadas até
aqui. Minha paz está para acabar,
sinto que estão vindo até meu
quarto e não gosto disso.
A porta se abre e estranhamente percebo uma luz que adentra
logo atrás dela. Ouço vozes, mas
não a vejo. Falam de mim, ou
melhor, estão falando comigo.
Apuro meus ouvidos, sinto algo
estranho, uma tontura, percebo
que por entre a luz existem pessoas
que me olham condoídas. Não
preciso de compaixão de ninguém,
esbravejo enquanto eles sorriem e
me chamam para perto.
A contragosto vou até eles. Então a cena terrível: Ali, em cima da
minha cama, uma ossada vestindo
minhas roupas! Tenho nojo, quero
correr, mas eles não permitem.
Percebo que estão orando.
Então vejo o que não queria:
Sou eu que estou na cama, ou melhor, tudo o que restou de meu
corpo. Docemente eles me falam
que morri há muito tempo e que
não havia ninguém a meu lado, já
ERA
LENI SAVISCKI
Firma o ponto minha gente
Preto Velho vai chegar
Ele vem de Aruanda
Ele vem prá trabalhar...
Era dia de “gira de preto velho” naquele terreiro. Enquanto os consulentes
chegavam ansiosos e esperançosos em
levar de volta a “solução” daqueles problemas que atrapalhavam suas vidas, na
frente do congá os médiuns vestidos de
branco concentravam, ligando-se aos
seus protetores e guias. O ambiente
denotava simplicidade e era mobiliado
apenas por algumas cadeiras para
acomodar os consulentes. Poucas
banquetas para os médiuns que serviriam
de “aparelhos” às entidades espirituais e o
congá, onde um vaso de flores, outro de
ervas e os elementos ar, fogo, água e
terra se faziam presentes.
Iniciando-se a sessão através de pontos cantados e orações, após uma leitura
espiritualista elucidativa, iniciavam-se as
incorporações de maneira moderada. Do
lado astral, as falanges de trabalhadores
já haviam chegado muito tempo antes
dos médiuns e ali já haviam preparado o
ambiente fluidicamente. Uma varredura
energética havia sido feita pelos elementais
onde primeiramente atuaram as salamandras e após as sereias e ondinas, fazendo
com que toda a matéria astralina densa
que ali se encontrava, fosse transmutada
permitindo a chegada dos espíritos tra-
que em meus últimos dias despedi
os empregados e tratei de expulsar
os poucos parentes que se preocupavam comigo. Fora um tolo.
Agora via com clareza que minha fortuna de nada valera e agora
sentia-me fraco e desamparado. Foram meus visitantes pediram a Lei
Maior que me amparasse pois eu
mesmo nada pedi.
Não tive coragem de me dirigir
à luz. Apenas chorei sinceramente
arrependido por ter sido uma
pessoa tão medíocre, fraca e
calculista.
Neste instante uma luz intensa
invadiu o quarto, tive sono e sentime flutuar. Quando acordei estava
num hospital espiritual onde,
durante muito tempo, reaprendi
valores há muito renegados ou
esquecidos.
Finalmente recebi a chance de
servir a luz e aceitei com carinho e
emoção. Hoje ao lado de outros
irmãos da luz, também amparo
àqueles que já deveriam ter chegado, mas se perderam como eu um
dia...
DIA DE
Contatos:[email protected]
GIRA
balhadores.
Na porta do ambiente, junto à firmação de ponto riscado e da presença
do elemento fogo, postava-se o guardião
da Casa, Exu Gira Mundo, impondo respeito e segurança. Num raio de 360º ao
redor da construção, uma guarnição dos
caboclos na egrégora de Ogum formavam
uma verdadeira muralha armada, impedindo a invasão de seres indesejáveis ao
bom andamento do trabalho da noite. A
construção toda estava no interior de uma
grande pirâmide iluminada na cor violeta,
com grande e grossa placa de aço imantado na parte inferior impedindo que o
excesso de energia telúrica desequilibrasse
a polaridade positiva que era captada
pelos sete anéis giratórios que ladeavam a
pirâmide, representando as Sete Linhas
de Umbanda. Cada um desses anéis destacava-se na cor fluídica de seu Orixá e
emitiam um harmonioso som diferenciado.
Cada um dos consulentes que adentrava ao ambiente passava agora primeiro
pela defumação que queimava junto à
porta, em cumbuca de barro, exalando o
cheiro das ervas perfumadas sendo
incineradas pelo carvão vegetal. Equipes
de limpeza se movimentavam no lado
espiritual, recolhendo as larvas astrais e
outras espécies de energias deletéreas que
ali eram desagregadas dos corpos dos
consulentes, as quais não eram totalmente
absorvidas pelo carvão ou transmutadas
pelo elemento fogo.
Em alvíssimas vestes, os amados Pais
e Mães, na sua roupagem fluídica de Pretos
Velhos, trazendo a alegria estampada em
sua energia, tomavam conta de seus
“aparelhos” médiuns, atuando no chacra
básico dos mesmos, obrigando-os a
dobrar as suas costas à semelhança de
velhos arqueados, incentivando-os ao
trabalho fraterno.
DE
Página -9
DALAI LAMA
NO BRASIL
SANDRA SANTOS
O líder máximo do budismo tibetano,
Prêmio Nobel da Paz em 1989, Tenzin
Gyatso, o 14º. Dalai Lama (que significa
oceano de sabedoria) considerado pelos
budistas a reencarnação do Buda da
Compaixão, chegou em São Paulo dia 26
de abril. O religioso e líder político já esteve
no Brasil em 1992 e 1999 para falar sobre
questões ambientais e educação.
No dia 27 esteve no Templo Chinês Zu
Lai, onde funciona a Universidade Livre
Budista, em Cotia falando sobre a “Natureza e
treinamento da mente no Budismo tibetano”.
Dia 28 o Palácio do Anhembi ficou lotado,
inclusive com médicos e pesquisadores da
Universidade Federal de São Paulo que ouviram
uma palestra sobre “Compaixão e sabedoria – a
construção da saúde pessoal e coletiva”, onde
também se debateu o risco de médicos e enfermeiros
desenvolverem frieza encarando o sofrimento de
pacientes. Na parte da manhã do dia 29, no Ginásio
do Ibirapuera compartilhou com os presentes suas
experiências de 70 anos de vida, descontraído
brincou muito com a platéia e falou sobre “O poder
da compaixão”. À tarde, cerca de 5.000 pessoas
participaram do Ato Inter-Religioso “Pelo entendimento entre os povos, onde o Dalai Lama subiu ao
Altar da Catedral da Sé, ao lado de Dom Cláudio
Hummes, Rabino Henry Sobel, Monja Coen, Skeik
Armand, Daniel Calmanowitz, Ciro Leão, Iyá Sandra
Epega, Marly Pedra, Paulo Santos e outros líderes
religiosos encerrando sua terceira visita ao Brasil.
Não podemos deixar de citar a coordenação
de todo esse mega evento da competentíssima
professora Lia Diskin da Associação Palas Athena,
a qual já tivemos a honra de recebê-la para uma
palestra na sede do Colégio de Umbanda.
PRETO VELHO
E assim de consulente em consulente,
de caso em caso, com a paciência e
sabedoria que lhes é peculiar, entre uma
baforada e outra de palheiro ou de alguma
espanada com o galho de ervas na aura
daqueles filhos, os bondosos espíritos
cumpriam sua missão. Eram conselhos,
corrigendas, desmanche de magias
negras, de elementares artifícios negativos,
limpeza e equilíbrio dos corpos sutis,
retirada de aparelhos parasitas e às vezes,
alguns puxões de orelha necessários, em
forma de alerta. Tudo de acordo com o
merecimento do consulente, pois cada um
trazia consigo a amostragem de sua “ficha
cármica” onde estavam impressos o que a
Lei permitia ser mudado, bem como o que
ainda era necessário que com eles
permanecesse.
Vó Benta, espírito portador de grande sabedoria e humildade, apresentandose naquele local com o corpo astral de
negra velha de pequena estatura, com
roupas simples e alvas, cuja saia comprida
e larga era coberta por um avental onde
um bolso era recheado de ervas e patuás
tinha uma maneira simplista e diplomática
de fazer com que os filhos entendessem
que eles próprios eram seus médicos
curadores:
-Minha mãe, acho que estou sendo
vítima de “trabalho feito” pela minha exmulher...
Sorrindo e com linguagem peculiar,
segurava com firmeza as mãos do moço
passando-lhe com isso confiança e com a
voz recheada de afeto respondia:
-Negra velha vai explicar para que o
filho entenda: Quando sua casa está
totalmente fechada, fica escura e nada
pode entrar, às vezes nem a poeira. Não é
isso? Quando o filho abre as janelas e
portas, a luz do sol entra invadindo todos
os cantos, mas podem entrar também as
moscas, baratas, formigas e até ladrões,
não é? Para a sujeira e os bichos, o filho
pode usar a vassoura, para os ladrões a
lei, a segurança. E para a luz do sol? Ah,
essa filho, fica ali iluminando até que o
filho feche toda a casa outra vez. Assim
também é a nossa casa interna; quando
nos fechamos para a vida, para o trabalho,
ficamos no escuro e ao nos abrirmos,
deixamos a luz entrar, mas ficamos sujeitos
a todas as outras energias que pululam ao
nosso redor. Como acontece na casa
material, onde não houver os atrativos
da sujeira e do lixo, os insetos não se
aproximam. Se estivermos equilibrados,
sem raiva, mágoa, ciúmes, vícios e todos
esses lixos que os filhos buscam na matéria,
nada nem ninguém consegue afetar nossa
energia, nossa vida. Só o sol permanece
no coração de quem procura manter-se
limpo.
Negra Velha sabe que esse mundão
está de cabeça para baixo. No lado material
os filhos andam desarvorados pela
dificuldade de sustento de suas famílias,
quando não, em busca de supérfluos. Mas
mesmo assim, é preciso lembrar aos filhos,
que embora estejam na matéria e sujeitos
a ela, a vida real está no espírito imortal. É
preciso dar mais atenção, senão
prioridade, à essência em detrimento do
restante, para que possa haver o equilíbrio
dos elementos inerentes à vida, na sua
totalidade.
O mal que é enviado aos filhos, só vai
instalar-se se encontrar no endereço
vibratório, ambiente adequado. Sem
contar que, o medo é porta aberta e
atrativo para a entrada do desequilíbrio.
O medo é sentimento muito usado pelas
energias da esquerda, uma vez que
fragiliza o corpo emocional facilitando sua
atuação mórbida.
Por outro lado, negra velha pergunta
para o filho: Se a desordem não houvesse
Contatos: [email protected]
se instalado, por acaso o filho estaria aqui,
sentado no chão, em frente à preta velha,
buscando humildemente ajuda espiritual?
Nem sempre o que nos parece mal, é tão
prejudicial assim. Pode ser o remédio adequado para o momento, ou talvez a estremecida necessária no corpo astral dos filhos,
para que a ordem possa reinstalar-se.
As trevas, meu filho, estão vinte e
quatro horas de plantão. E os filhos, acaso
estão? Não adianta orar e não vigiar, pois
o pensamento é energia e com ele nos
adequamos ao campo energético que
quisermos.
Antes da hora grande as falanges da
egrégora dos Pretos Velhos, despediramse de seus aparelhos, alguns precisando
largar e desfazer a vestimenta astral usada
para que pudessem chegar até os aparelhos
mediúnicos e voltavam agora para as bandas de Aruanda, onde continuariam suas
atividades no mundo astral. Pois como diz
a Vó Benta, “se pensam que morrer é dormir e descansar, os filhos estão muito
enganados. Desse lado tem muito trabalho
e como nem o Pai está imóvel, quem somos
nós cuja ficha cármica demonstra um vasto débito, para nos aposentarmos?”.
Agora as velas apagam-se, os elementos voltam a integrar a natureza, os
elementais após limparem o ambiente retornam aos seus devidos reinos, os elementares foram desagregados pela força e
sabedoria dos pretos velhos e os médiuns
voltam aos seus lares com a sensação de
paz que só é sentida por aqueles que cumprem com seus deveres.
Preto velho já foi,
Já foi prá Aruanda,
A benção meu Pai
Saravá prá sua banda.
contatos:[email protected]
E R R ATA
Na edição do JUS número 72, de Abril de 2006, a
autoria do texto “Castañeda e o ânimo do guerreiro”
de Carlos Castañeda, foi erroneamente atribuída a
Leni Saviscki. Portanto, onde se lê “por
Leni Saviscki” leia-se “enviado por Leni Saviscki”
Página -10
São Paulo, Maio de 2006
Jornal de Umbanda Sagrada
JUS MIRIM
JÁ ESTÁ NAS BANCAS A EDIÇÃO NÚMERO 12 DA REVISTA ESPIRITUAL DE UMBANDA - ADQUIRA A SUA!
Jornal de Umbanda Sagrada
São Paulo, Maio de 2006
QUALIDADES
POR LAURA CARRETA DOS SANTOS
Certas coisas nunca mudam. A
tecnologia está presente nos
menores detalhes da nossa rotina,
fazendo-nos acelerar o cumprimento
de nossas tarefas, e ainda assim,
estamos todos sempre correndo de
um lado para o outro. Há sempre
alguma coisa a fazer, algo novo a
aprender, e assim, vamos preenchendo os dias da nossa existência.
Quantos dias ficamos sem ver o
sol, sem admirar uma flor, sem sorrir
de volta para uma criança? Estamos
sempre marchando em frente,
DOS
Página -11
PRETOS VELHOS
tentando chegar a um lugar que
desconhecemos, sem saber exatamente o porquê de estar aqui. Quase
nunca paramos para pensar no
quanto esses pequenos detalhes
realmente fazem diferença.
Quando recém nascidos, precisamos sobretudo de amor e atenção.
Conforme vamos crescendo, precisamos de simplicidade, tolerância e
disciplina para que possamos aprender a desempenhar pequenas tarefas que vão se tornando cada vez
mais complexas com o passar dos
anos.
Quem de nós, independente da
idade, não é humilde o bastante para
admitir que sente necessidade de
proteção ou conselhos antes de
tomar uma decisão importante?
Quem nunca disse, “se eu soubesse
o que sei hoje há alguns anos, minha
vida seria totalmente diferente?”
Amor, atenção, simplicidade,
tolerância, disciplina e humildade são
qualidades que recebemos com o
passar dos anos, e que, não por
acaso, descrevem os queridos Pretos
Velhos na Umbanda.
Esses espíritos amadurecidos,
entre suas inúmeras atribuições,
mostram aos encarnados através de
atitudes generosas, a importância de
se cultivar a doçura e a simplicidade
no seu dia a dia.
Com eles, aprendemos que além
dos limites da corrente do tempo, é
sempre tempo de ouvir, de compartilhar, de aprender e tranqüilamente
evoluir.
Nossa missão é transparente, e
possível de ser completada. É só ter
tranqüilidade para enxergá-la e
concluí-la. Simples assim.
PONTO DOS PRETOS VELHOS (Demanda)
Tem mironga no terreiro,
Tem mironga no congá,
Quem não pode com mironga,
Não carrega patuá.
PONTO DOS PRETOS VELHOS (Chamada)
É preto, é preto, é preto,
É preto no meu congá,
É preto, é preto, é preto,
Vamos todos saravá.
Extraídos do livro “No Reino dos Pretos Velhos” de José Maria Bittencourt – Editora Pallas
As imagens inseridas nesta página são de autoria de Joaquim Vilela, feitas com a
autorização de Tia Neiva e gentilmente cedidas a esta publicação por Leonardo Marques
Página -12
São Paulo, Maio de 2006
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Ministrado por Adriano Camargo
MÓDULO I (BÁSICO): Curso Prático e Apostilado
O tradicional encontro com o vegetal. Um fantástica viagem
pelo história, botânica e uso das ervas dentro das religiões
em todas as épocas. As ervas e os Orixás. Desmitificando o
uso das ervas.
MÓDULO II ÁGUAS E ERVAS
A prática da magia natural, o uso dos elementos líquidos
(águas, álcool, azeite, etc), preparo prático dos banhos e
das águas de cabeça (amacis) Venha para esse fantástico
encontro com as águas e seu uso com as ervas.
(Somente para quem já fez o Módulo Básico).
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Ministrante: Mãe Mercedes
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Neste mês de MAIO, estamos iniciando as inscrições
do 25º BARCO DO CURSO SOBRE MEDIUNIDADE,
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FORMAÇÃO SACERDOTAL da F. U. G. ABC
As aulas serão ministradas por PAI RONALDO LINARES aos sábados
(um sábado por mês) e a aula inicial será realizada no dia 05 DE
AGOSTO DE 2.006. O curso terá duração total entre 15 e 17 meses.
DURANTE O CURSO, OS ALUNOS:
• Verão desvendados todos os mistérios sobre a História da Umbanda
e suas raízes; • Entrarão em contato com a Mediunidade em seus
Diferentes Aspectos e as Diferentes Formas de Mediunidade; •Terão
a oportunidade de conhecer as Lendas Africanas sobre os Orixás; •
com Ortiz Belo de Souza Aprenderão como realizar cerimônias de Batizados, Casamentos e
Pompas Fúnebres; • Terão o conhecimento necessário para utilização
Este curso visa o aprimoramento e abertura de faculdades
correta de ervas, velas, etc...; • Terão aulas práticas sobre as
especiais, tais como: • Abertura dos Mistérios da espada física e
Obrigações a cada Orixá, sabendo o que são e para que servem; •
espiritual; • Percepção extra sensorial; • Aprimoramento e
Verão desmistificados os trabalhos com Exus e a melhor forma de
aprendizagem na manipulação de poderes mediúnicos;
fazê-los, aprendendo a assentar suas imagens e a organizar uma
• Iniciação aos poderes dos Portais; • Desdobramento
Tronqueira ou Reino; • Aprenderão sobre Ifá e o Jogo de Búzios; •
consciente; • Tratamentos de saúde através da espiritualidade;
Receberão letras de músicas e preces umbandistas, bem como a letra
• Iniciação para orientação espiritual; • Aproximação de poderes do Hino à Umbanda e principalmente, a forma correta de cantá-lo;
adormecidos; • Vivência e manipulação de pedras e outros.
Para fazer sua inscrição dirija-se:
Curso em 8 semanas com apostila e certificado
PORTAIS DE LIBERTAÇÃO
NOVAS TURMAS PRIMEIRO MÓDULO
Espaço Luz Ametrino- Rua Silva Bueno,1042 Ipiranga
Sábados - Inscrições: 6161-5957
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Espaço Espelhos da Alma
Rua Antonio de Barros,1972 Tatuapé
Sextas feiras- Inscrições 6193-6962
Espaço Lua Branca
Rua Lopes Chaves, 114 - Metrô Mal. Deodoro
Sextas feiras- Inscrições 3663-3368
Templo de Doutrina Umbandista “Pai Oxalá e Pai Ogum”
Rua Lopes Chaves, 114 - Metrô Mal. Deodoro
Sextas feiras- Inscrições 3663-3368
Shopping Plaza Chic - INÍCIO: 25 DE JUNHO
Rua Antonio de Barros, 400 - Tatuapé
Domingos - Inscrições 6192-8845 / 6101-1165
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Jornal de Umbanda Sagrada
DOUTRINA E CULTURA UMBANDISTA
Ministrantes: Monica Berezutchi e Cecília Martin
PORTAL DE LUZ DO PAI OBALUAIÊ
Ministrantes: Monica Berezutchi e Cecília Martin
NÚCLEO DE CURIMBA TAMBOR DE ORIXÁ
Ministrante: Severino Sena
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Ministrantes: Marcelo e Mônica Berezutchi
DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO - TURMAS ABERTAS
Ministrantes: Marcelo e Monica Berezutchi
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Ministrantes: Monica Berezutchi e Cecília Martin
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você passa a conhecer profundamente a sua religião.
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São Paulo, Maio de 2006
Jornal de Umbanda Sagrada
Espaço do Erveiro
ADRIANO CAMARGO
Salve turminha das ervas e do
amor ao elemento vegetal.
Constantemente recebo ligações
de irmãos umbandistas com dúvidas
sobre o uso das ervas, e principalmente sobre o nome de alguma erva
que foi recomendada por um guia
no terreiro. É mais comum do que
imaginamos esse tipo de questionamento, e não se espante se acontecer
com você mesmo.
Se o guia recomenda uma erva
comum à região que estamos, ou bastante conhecida, tudo bem, encontramos essa erva nos quintais, na feira ou em uma boa casa de ervas. No
entanto, se é uma erva de nome pouco comum, ou mesmo uma “corruptela” lingüística, por exemplo, um
nome parecido, fica muito difícil de
ajudar.
Bons médiuns procuram trazer
para seu conjunto de conhecimento,
pelo menos um número interessante
de ervas para diferentes fins, ou mesmo procura aprender o básico para
não bloquear a ação de seus guias.
Um Caboclo é o manifestador
vivo de seu mistério pessoal, que por
sua vez é manifestador de um
mistério maior (Oxóssi), que por sua
vez é manifestador de um mistério
maior ainda que é o Criador.
No entanto, ele se serve de seu
médium para essa manifestação e se
esse médium, aparelho físico, não estiver apto a captar todas, ou pelo
menos a maioria das informações
contidas nessa comunicação, com
certeza irá deturpar esse conhecimento. Não precisamos de médiuns
eloqüentes, versados em latim ou capazes de fazer dissertações científicas
a respeito das ervas, apenas médiuns
com BOM SENSO para filtrar aquilo
que está chegando e passar da
melhor forma possível.
A você, consulente que já
passou por isso, sabe da dificuldade
de encontrar certas “determinações”
dos guias.
Quando me perguntam sobre
alguma erva dessas que citei, difíceis
até de identificar por mera semelhança, recomendo que volte ao
guia e pergunte novamente se é isso
mesmo; ou mesmo que questione
seu médium sobre o preparo. Esse
com certeza deverá saber do que se
trata.
Coisas absurdas
são vistas todos os
dias. Recomendações
para banhos com folhas de mandrágora
ou olíbano, (ervas
muito difíceis de encontrar
aqui no Brasil), ervas que aparecem na bíblia ou livros iniciáticos que porventura esse
médium tenha lido e achado
bonito o nome. Ervas com nomes em outras línguas também
fazem o desespero de alguns. E
também banhos com resinas que
se usam apenas para defumação,
pois, se são resinas, no banho
provocarão uma oleosidade
inaceitável, por exemplo a mirra ou
o benjoim.
Questione com respeito e coerência qualquer preparo com ervas
que você não entender. Pergunte
ao próprio guia, ao cambone (que
deve também ter algum conhecimento a respeito), sobre onde en-
contrar a erva. Pergunte se poderá
substituir, e por qual, caso não encontre a erva.
Vamos aproveitar a oportunidade e homenagear as nossas
mamães, já que é mês de maio, passando um preparo de banho ou
defumação na irradiação de
duas Mamães Orixás:
Banho ou defumação
de Mamãe Oxum: rosa
cor-de-rosa, calêndula,
camomila,
colônia, melissa, rosa
branca e erva doce.
Banho ou defumação de
Mamãe Iemanjá: manjericão
comum, rosa branca, erva de
bicho, jasmim (flor), alfazema, anis
estrelado e macela.
É isso aí turminha, lembramos
que se você quer aprender um
pouco mais sobre as ervas e seu
uso magístico e religioso, vamos
estudar.
Bençãos de Mamãe Natureza em
nossas vidas!!! Força, saúde e determinação!
ADRIANO CAMARGO
ERVEIRO DA JUREMA
Tel. (11) 4177-1178
[email protected]
www.ervasdajurema.com.br
Leia
“O Guardião da Meia Noite”
e o “Guardião das Sete Encruzilhadas”
de Rubens Saraceni - Editora MADRAS
www.madras.com.br
ENCONTRO DOS FORMANDOS
“PORTAIS
DE
LIBERTAÇÃO”
ORTIZ BELO DE SOUZA
Se realizou no dia 29/04/06 no
Shopping Plaza Chic, a Cerimônia de
confraternização e absorção dos Mistérios Espadados, dos formandos dos
Portais de Libertação.
O dirigente Ortiz Belo de Souza, neste
encontro através dos Mestres que sustentam
o Mistério Portais, deu por iniciado a Grande
tarefa do Bem e da Luz através do entendimento do Poder do CRIADOR e das faculdades mediúnicas, reunindo vários iniciados
neste Mistério.
Foi dado aos incentivadores o Título de
Honra ao Mérito, por trabalhos prestados a
espiritualidade e ao incentivo no trabalho
dos Portais. Entre eles estão o Mestre Rubens
Saraceni, Fábio Mega Patrício, Luiz Carlos
Patrício (Editora Panorama), Roberto Trin-
dade, Espaço Eternos Aprendizes da Umbanda comandado por Alexandre Cumino,
Espaço Espelhos da Alma comandado por
Solange e Marco, Espaço Sete Luzes comandado por Marcelo Eloy, Espaço Lua
Branca comandado por Júlio e Cida, Templo
Ylê Ogum Acauã Dirigido por Pai Reno,
Espaço Arcanjo Miguel comandado por
Angela Amaral, Templo Pai Oxalá e Pai Ogum
Dirigido por Mãe Mercedes.
Foi finalizado com grande trabalho
coletivo a todos os presentes, que receberam
benções de Luz e Cura sobre suas vidas.
www.ofa-portais.com.br
CONVITE ESPECIAL
“ A Caminho do Centenário da Umbanda “
É com muita satisfação que convidamos
todos, em sua segunda vez, para a grande
festividade, “A CAMINHO DO CENTENÁRIO DA UMBANDA “. Que se realizará
no dia 23/07/2006 a partir das 9:h30. Será
um grande evento o dia inteiro. Traga sua
família, teremos grupos artísticos, palestras,
feira com artigos a preços especiais, praça
de alimentação e muito mais. Vamos passar
um dia especial com pessoas especiais!
Aos sacerdotes, médiuns, simpatizantes,
aos dirigentes de federação, as personalidades que trabalham em prol da Umbanda.
É um convite aberto a todos.
Endereço: Rua Antonio de Barros, 400
- Tatuapé - Local : Shopping Plaza Chic
Mais Informações: 6192-8845/ 6101-1165/
9991-6184 e-mail- [email protected]
Meu amigo, o anjo!
WAGNER BORGES
Olá, my friend!
Você ainda se lembra daquele
tempo bom, quando nós voávamos
juntos, como irmãos na luz?
Nós parecíamos dois anjos, contentes com a liberdade de ir e vir pelos
céus da existência. Mas, você cismou
de reencarnar na terra... E eu fiquei
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sentindo sua falta... Os meus vôos já
não eram os mesmos sem a sua
companhia.
Ah, cara! Quanta saudade!
Eu compreendo os seus motivos,
e sei que são justos e bondosos, por
isso vou seguindo minha jornada, mas
sem o esquecer.
Sabe, quando você partir daí, de
volta para casa, muitos irão chorar,
mas eu estarei rindo e esperando-o.
Eles não sabem disso, mas o tempo
todo tem gente entrando e saindo dos
corpos terrestres.
Tem gente chorando, na partida;
tem gente rindo, na chegada... E
isso rola nos dois planos, o físico e
o extrafísico. O espírito é o mesmo, com corpo ou sem corpo!
E eu continuo seu amigo, mesmo sem você me ver.
Então, é isso! Eu só queria lhe
dizer o quanto gosto de você. E
que a saudade é grande, mas,
também é grande a compreensão
em cima disso, e a paciência...
Vamos fazer o seguinte: eu continuarei voando por aqui, com saudade, mas com amor e alegria; e
você continuará sendo o espírito
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leal e consciente que sempre foi, nos
caminhos terrestres, fazendo o que você
precisa fazer. Mas, não se esqueça de
ser feliz! Um grande abraço!
Do seu amigo, o anjo.
contatos: www.ippb.org.br
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Jornal de Umbanda Sagrada
São Paulo, Maio de 2006
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São Paulo, Maio de 2006
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