Untitled
Transcrição
Untitled
Agrupamento de Escolas Penafiel Sudeste Sexta-feira ou a Vida Selvagem Autores: alunos do 8ºano Ano letivo 2013/2014 Capítulo I 29 de setembro de 1759. Robinson segue a bordo do Virgínia, galeota holandesa que ruma em direção ao Chile. Aproxima-se o fim de tarde e com ela uma tempestade que ameaça o robusto navio incendiando-lhe o cimo dos mastros e as vergas. O experiente capitão Vam Dayssel, como precaução, mas sempre confiando na resistência do seu navio e não temendo grandes perigos, ordena que todos se recolham no interior e aguardem que a tempestade passe. Enquanto jogam calmamente às cartas, Robinson vai mostrando a sua preocupação em relação à tempestade. O capitão, fumando o seu cachimbo, acalma-o e por vezes até troça dele pela sua juventude e inocência. De repente, o balanço e o vaivém dos dias anteriores pararam, a lanterna estilhaçou-se contra o teto, deixando tudo às escuras, e quando Robinson se dirigia para a porta ao encontro de um grupo de homens que tentava lançar um escaler de salvamento, uma onda atingiu o convés de tal forma que arrastou tudo à sua frente. Capítulo II Quando Robinson acordou, deu por si numa praia, de rosto na areia, sozinho e apenas conseguia avistar, no céu, um bando de gaivotas negras e brancas. A praia estava coberta de peixes mortos, algas e conchas partidas. Via-se a ocidente o Virgínia encalhado e destruído. Robinson levantou-se, fez um chapéu com folhas e, encostado a uma vara, dirigiu-se para a floresta mas a mata era densa e ele tinha dificuldade em avançar, não estava ferido mas estava muito cansado e dorido. À volta, tudo estava calmo, não havia sinal de vida apenas um bode e pensando que era uma ameaça, Robinson pegou num tronco e imobilizou-o com uma pancada na cabeça. Seguiu o seu caminho e depois de uma longa e penosa caminhada encontrou a entrada de uma gruta. Entrou, mas apercebendo-se da sua profundidade decidiu aproveitar o fim do dia para subir ao cume do rochedo, pois depressa escureceria. Ao chegar ao cume, apercebeu-se da imensidão da ilha e também que estava deserta. Juntou-se agora ao cansaço a tristeza de estar sozinho naquela ilha. Naquele momento, descobriu uma espécie de ananás selvagem, comeu-o e adormeceu. Capítulo III Depois de uma noite de descanso Robinson voltou para a praia, indo aos saltos, pois sentia-se bem-disposto. Apesar de estar numa ilha deserta não se sentia desesperado pois é sempre melhor do que estar numa ilha rodeada de canibais. Robinson estava maravilhado com o que via. No momento em que estava a refletir deparou-se com um cadáver de um bode e abutres em volta do bode. Para os afugentar fez rodopiar o pau por cima da cabeça dos pássaros. Carregou o bode e continuou o seu caminho. Quando chegou ao seu destino cortou um pedaço de carne e meteu-a a assar, depois de já ter comido deixou a fogueira acesa para chamar a atenção de algum navio que passa-se e para economizar o isqueiro. Robinson pensou em buscar as armas, utensílios e provisões que estavam no navio, mas não foi buscar o previsto pois pensava que não tardaria que o navio viesse buscá-lo. Teve então a ideia de enterrar o mastro na areia e no cimo pendurar uma vara, pois em caso de alerta ele punha lenha a arder na extremidade da vara e fá-la-ia subir nos ares. Alimentava-se de marisco, raízes de plantas, cocos, bagos, ovos de pássaros e de tartarugas. Passado alguns dias deitou fora o resto do bode porque cheirava muito mal, mas depressa se arrependeu porque os abutres passaram a segui-lo constantemente. De vez em quando, irritado com a presença dos pássaros atirava-lhes pedras e paus. Trabalho elaborado por: Ana Rocha nº5 8ªA Cátia Rocha nº8 8ºA Josefina Silva nº16 8ºA Maria Soares nº22 8ºA Capítulo IV Robinson cansou-se do silêncio e da espera e decidiu iniciar a construção de um barco, mas para isso precisava de ferramentas. Decidiu, então, regressar ao Virgínia e aproveitar tudo o que lhe pudesse ser útil. Com lianas e alguns toros construiu uma jangada e remou em direção ao navio. Parte do casco do navio estava intacto mas o convés estava todo destruído, com mastros quebrados, vergas e cabos emaranhados e nos porões uma grande confusão de destroços. Depois de dar uma volta pelo navio, conseguiu recupera alguma comida, barris de pólvora, ferramentas e também pranchas que iriam servir para o seu barco. Encontrou ainda o famoso barril de tabaco e o cachimbo do capitão. Levou alguns dias até conseguir transportar os seus haveres para terra, mas logo que terminou esta tarefa, começou a construir a sua embarcação, à qual deu o nome de Evasão. Capítulo V Após algum tempo, encontrou um belo tronco de murta que serviria de pecamestra à sua embarcação, mas o trabalho era muito lento pois não conseguia encontrar pregos, ou parafusos, ou uma serra, materiais que o ajudariam a desenvolver o seu trabalho, Ainda assim, Robinson não desistia, acreditava que um navio iria passar por ali. Certa manhã acordou com um barulho que lhe parecia alguém a serrar um tronco. Levantou-se e silenciosamente caminhou na direção do barulho e qual não foi o seu espanto quando deu de caras com dois caranguejos, um serrava o pé dos cocos para os soltar e o outro serrava um coco. Não havendo nada de novo, regressou ao seu trabalho e durante quarenta e cinco dias, aproveitando um bosque de azevinho, fabricou o verniz com o qual untou e impermeabilizou o barco. Terminado o seu barco, começaram as interrogações sobre como este se iria aguentar no mar e depois de muito pensar, acabou por decidir lançá-lo ao mar. Restava agora o problema de como o transportar até lá, pois era difícil arrastar os mais de quinhentos quilos até à água. A sua leitura da Bíblia fizera-o esquecer-se de que o Evasão não era a Arca de Noé e levara-o a cometer o erro de o construir longe da água. Começou então por colocar troncos redondos debaixo do barco para o fazer deslizar mas os seus esforços foram em vão, a fadiga e a raiva foram-lhe toldando os pensamentos. Lembrou-se depois de construir uma vala até ao mar que permitisse a entrada da água e esta o deslocasse, pôs as mãos ao trabalho, mas logo desistiu, pois demoraria anos até o conseguir. Capítulo VI Desencorajado pelo fracasso do Evasão, Robinson começou a seguir os passos de uma manada de pecaris. Despia-se e passava os dias enfiados na lama. Este hábito começou a perturbarlhe o espírito e tinha várias alucinações. Uma delas, foi a visão de um navio que, pensava ele, viria na sua direção. Mas nenhum dos tripulantes o via. Robinson passou o resto da noite na praia. Reparou que numa das janelas estava uma rapariga. Era a sua irmã Lucy, que morrera antes da sua partida. Descobriu, então, que o navio era uma alucinação provocada pelos banhos de lama e decidiu que não voltaria a cair na tentação. Trabalho elaborado por: Daniela Soares nº19 8ºA Estela Teixeira nº11 8ºA Márcia Rocha nº20 8ºA Sónia Rodrigues nº26 8ºA Capítulo VII Robinson explorou a ilha para localizar as fontes e abrigos naturais. Posteriormente, Robinson forma um armazém na gruta e resolve registar, nas páginas dos livros encontrados nos destroços da Virgínia, os acontecimentos do seu quotidiano, num diário, recorrendo para isso à pena do abutre e à tinta do peixe-ouriço. É nesse documento que regista o mapa geográfico da ilha e o nome com que a batizara Speranza. Seguidamente, o sobrevivente domestica animais, cabras e cabritos, e semeia alguns acres de pradaria, começando a civilizar a ilha. Neste capítulo, Robinson encontra, Tenn, o cão do Virgínia, acontecimento que lhe dá alento para continuar e é por isso que decide construir uma casa. Além disso, retoma o hábito de se vestir, especialmente para o jantar. Até então perdera a noção de tempo, por isso constrói um relógio de água – clepsidra- tendo utilizado um garrafão de vidro transparente; no fundo, fez um buraco por onde a água saía; como a água demorava 24 horas a sair do garrafão, gravou nas paredes deste 24 círculos numerados, indicando assim as horas. Com a intenção de se orientar relativamente à passagem do tempo, construiu um mastro – calendário, constituído por um tronco sem casca, no qual fazia todos os dias um pequeno corte, todos os meses um corte mais profundo e, no 12º mês, escrevia o número 1 para indicar os anos. Trabalho elaborado por: Sara Ribeiro nº-19 8ºB Helena Silva nº-9 8ºB Isabel Silva nº-10 8ºB Paulo Jorge Rocha nº-16 8ºB Tiago Rocha nº-20 8ºB Capítulo VIII Neste capítulo, Robinson conclui que, para manter a sua sanidade mental, o trabalho, a disciplina e a exploração de todos os recursos da ilha eram a solução. Quando já gravara mil dias no calendário local, Robinson decide criar leis para a ilha Speranza, desta forma cria uma Constituição com os respetivos artigos, na qual designa-se governador desta ilha e são-lhe conferidos todos os poderes para legislar neste domínio. Outras regras importantes seguidas por Robinson: os habitantes da ilha são obrigados a pensar em voz alta; à sexta-feira, implementou o dia de jejum; estabeleceu que é proibido trabalhar ao domingo; só o governador está autorizado a fumar cachimbo, contudo só uma vez por semana; todos os habitantes da ilha devem abrigar-se em sua casa uma hora após o pôr do sol. Entretanto, alertado por um fumo branco que se erguia no ar, assiste a uma cena de feitiçaria e a um massacre de um índio araucano. Eram os temíveis índios da costa do Chile que costumavam realizar cerimónias com feiticeiros encarregados de descobrir entre os índios o causador de uma desgraça que atingira a tribo - uma má colheita, morte, doença, etc. Com o intuito de proteger a sua casa, Robinson construir a volta da mesma e da entrada da gruta, uma vedação com ameias cujo acesso era defendido por um fosso bastante profundo. Todos os dias, ao pôr-do-sol, procedia à ronda acompanhado de Tenn e, seguidamente, encerrava a fortaleza. Trabalho elaborado por: Sara Ribeiro nº-19 8ºB Isabel Silva nº-10 8ºB Helena Silva nº-9 8ºB Paulo Jorge Rocha nº-16 8ºB Tiago Rocha nº-20 8ºB Capítulo IX Neste capítulo, o Robinson teve de fazer reparações na casa, nos caminhos e currais danificados pelas torrentes de água, pois havia chovido imenso. De seguida, chegou a altura da colheita de cereais e, como esta foi abundante, teve que proceder à limpeza e secagem de outra gruta, pois os grãos já não cabiam na grande. Assim, Robinson pôde confecionar pão, o primeiro que comia desde que chegara à ilha. A abundância de cereais era tanta que provoca a luta contra os ratos. Para os matar, Robinson extraiu de certos cogumelos vermelhos com pintas amarelas um suco acastanhado, tendo embebido em alguns grãos de trigo. Todavia, os ratos comeram esses grãos embebidos no suco e não morreram. Também tentou colocar ratoeiras, nas quais os animais caíam por um alçapão, contudo não deu resultado, pois teria de construir milhares e não dispunha de tempo nem de ajuda. A solução encontrada foi o extermínio dos ratos pretos provenientes do navio Virgínia, provocando uma batalha entre essa espécie e a outra existente na ilha (de cor cinzenta), ao espalhar dois sacos de cereal pela pradaria. Assim sendo, o resultado final foi extermínio dos ratos negros e a supremacia da espécie da ilha (de cor cinzenta). Trabalho elaborado por: Carla Cardoso, nº2 8ºB Carlos Soares, nº3 8ºB Daniela Ferreira, nº14 8ºB Luísa Soares, nº15 8ºB Rogério Tomé, nº17 8ºB Capítulo X Robinson não era vaidoso nem tinha o hábito de se olhar muito ao espelho. Todavia, um dia encontrou um espelho. O seu rosto estava refletido, Robinson não tinha mudado muito, mas uma tristeza invadiu-o, pois não conseguia sorrir. O seu rosto parecia madeira imóvel, porque estava sozinho, e já não havia ninguém para quem sorrir. Tinha comida, bebida, casa, cama, porém não existia ninguém a quem sorrir. Foi então que o olhou para Tenn. O cão estava a sorrir para ele. Embora fosse esquisito, o Tenn estava a sorrir da sua forma. Com emoção, Robinson agarrou na cabeça enquanto movia os lábios. Tenn continuava a sorrir e Robinson olhava-o atentamente para reaprender a sorrir. A partir desse momento, este comportamento foi como um jogo entre eles. Robinson interrompia de repente o trabalho, a caçada ou o seu passeio no areal e fixava Tenn de uma forma especial. E o cão sorria-lhe à sua maneira, enquanto o rosto de Robinson se tornava mais flexível, mais humano e sorria a pouco e pouco. É através do contacto com Tenn que o sobrevivente se humaniza e recupera o seu sorriso. Trabalho elaborado por: Ana Ferreira nº1 8ºB Rúben Pereira Nº 18 8ºB Cíntia Soares nº4 8ºB José Carlos nº12 8ºB Eduarda Ferreira nº7 8ºB Capítulo XI O processo de organização e de civilização da ilha continua a concretizar-se nas várias atividades que preenchem o quotidiano de Robinson. Assim, o seu dia era constituído por várias ações que realizava, regularmente tais como levar-se e vestir-se; ler páginas da Bíblia; içar a bandeira inglesa; ordenhar as cabras; o cultivo de nabos silvestres, luzerna e aveia para alimentar as lebres chilenas; verificar o nível dos viveiros de água doce, onde havia trutas e carpas; de tarde, fazia o recenseamento das tartarugas da ilha; inaugurava uma ponte de lianas construída por cima de um barranco e acabava a construção de uma choupana fetos, que era um posto de observação a fim de vigiar a orla costeira ser detetado. Como estava solitário e sem a presença de outros seres humanos na ilha, Robinson entediava-se e todos esses trabalhos e obrigações diárias. Não obstante, recordava-se dos banhos na lama e a vida de ócio que levara quando chegara à ilha, tendo concluído que essa ociosidade o quase conduzira à loucura, por isso lançava-se de novo ao trabalho. Trabalho elaborado por: Dário Oliveira nº6 8ºB Filipe Silva nº8 8ºB João Ribeiro nº11 8ºB Luís Silva nº13 8ºB Capítulo XII ao XVII Robinson vira vários índios que tentavam matar outro. Então, disparou com a espingarda para um deles. O índio que escapou a tortura, fugiu para perto de Robinson. Este acolheu-o em sua casa. De manhã, ao acordar, Robinson foi verificar se algum deles ainda estava por perto, pois temia pela vida do índio que tinha acolhido. Ao aperceber-se de que não havia ninguém por perto, sorriu. Era o seu primeiro sorriso após se encontrar na ilha. O índio foi batizado de Sexta-Feira (dia em que o Robinson o encontrou). Sextafeira passou a ser o companheiro e criado de Robinson. Ajudavam-se um ao outro, Robinson ensinava -lhe coisas novas até que Sexta-Feira construiu uma piroga, na qual eles percorreram a costa da ilha. Sexta-feira nunca percebera o porquê de Robinson criar todas aquelas leis. Sexta-Feira estava farto de trabalhar e de ser mandado por Robinson, só o fazia porque lhe estava grato, visto que ele lhe salvou a vida. Ao acordar, Sexta-feira não encontrou Robinson (pois tinha ido para a gruta). Então, pegou num cofre e transportou-o até perto de uns catos. Dentro do cofre havia roupas, joias, que Sexta-feira colocou sobre os catos, vestindo-os de ser humano. Na brincadeira com o índio, Tenn atirou-se para a água (onde estava a cultura do arroz). Assim, o índio ao ir salvar o cão secou a cultura do arroz. Trabalho elaborado por: Marta Ferreira nº18 8ºC Rute Almeida nº25 8ºC Capítulo XVIII Quando Robinson saiu da gruta, não conseguia encontrar Sexta-feira, apenas Tenn o esperava. Aqueles dias de ausência tinham provocado muitos danos na ilha Speranza. Tenn levou Robinson às plantações, onde este se apercebeu que a sua plantação de arroz estava seca pela falta de água, pois Sexta- Feira tinha aberto as comportas da água; passando de seguida à recolha dos seus bens que se encontravam espalhados por todo o lado, tentando consertar todos os erros do seu amigo. Os sentimentos de cólera e culpa apoderaram-se cada vez mais de Robinson. Passados estes momentos, começou por sentir a falta de Sexta-Feira e encetou a sua busca, com o seu fiel amigo. Começaram por bater a floresta virgem, os matagais, até que chegados a uma clareira descobriram o que poderia ser o acampamento secreto de Sexta-Feira. Uma rede de lianas, um cadeirão de ramos, uma boneca de palha entrelaçada, que fazia de namorada de Sexta-Feira e um vasto número de objetos, úteis e divertidos, que serviam para o entreter. Robinson ficou invejoso ao ver como o seu amigo se divertia e conseguia viver sem ele e ele que se obrigara a tantas rotinas e a tantos trabalhos! De repente, Tenn ouviu um ruído e aperceberam-se de um corpo desenhado de verde, com um capacete de flores e folhas, era Sexta-Feira disfarçado de homem-planta. Ao encontrarem-se, este faz uma dança à volta de Robinson e logo de seguida, corre para o mar, para se lavar. Trabalho elaborado por: André Soares nº4 8ºD Fábio Costa nº 13 8ºD Pedro Mota nº21 8ºD Pedro Sousa nº22 8ºD Tiago Sampaio nº25 8ºD Capítulo XIX A vida retomou o seu curso dentro dos possíveis. Robinson continuava a fingir que era ele quem mandava em tudo. Sexta-Feira, fingia trabalhar arduamente para manter a civilização. Só o cão é que não fingia dormir a sesta, quanto mais velho ficava, mais gordo e lento ficava. Sexta-Feira encontrou o local onde Robinson escondia o barril do tabaco e o cachimbo. Sempre que podia, ia fumar o cachimbo à gruta. Se Robinson o descobrisse ele iri ter problemas, pois já restava pouco tabaco. Nesse dia, Robinson desceu até à praia para inspecionar as redes que a maré baixa acabara de pôr a descoberto, quando ouviu ao longe uns gritos e uns latidos. Robinson voltou mais cedo do que pensara e chamou o seu amigo com uma voz ameaçadora. Apercebendo-se do desaparecimento do barril do tabaco, pegou no chicote pensando em castiga-lo. Sexta-Feira encaminhou-se para ir ter com ele, mas receando as atitudes do seu amo, atirou o cachimbo para o fundo da gruta, onde estavam arrumados os barris de pólvora, dirigindo-se depois para Robinson. Este estava furioso, levantou o chicote e nesse preciso momento, os tonéis de pólvora explodem… Robinson desmaia mas ainda consegue ver a gruta a ser destruída. Trabalho elaborado por: Ana Ferreira nº1 8ºD Beatriz Rocha nº7 8ºD Cristina Soares nº12 8ºD Iva Barroso nº 14 8ºD Márcia Ferreira nº 19 8ºD Capítulo XX Depois da explosão, Robinson viu Sexta-Feira que lhe dava água para beber mas que este recusava cerrando os dentes. O índio sorriu, pois tinham escapado ilesos da explosão. Robinson despia os farrapos agarrados à sua pele e pegando um pedaço de espelho mirou a sua figura e pôde ver a sua barba meio chamuscada. Ao momento de alívio seguiu-se um momento de desolação, pois as explosões e os fogos continuavam, tudo o que fora construído ao longo do tempo, estava agora completamente destruído. A casa ardera, a muralha desmoronara-se, o templo, o banco, o redil esvoaçara em estilhaços, mais uma explosão, mais uma chuva de pedras e calhaus... A entrada da gruta também ficou obstruída… Robinson recolhia o que podia, tal como Sexta-Feira, só que este, depois de os recolher destruía-os. Tudo ficara destruído, até Tenn, o velho e fiel animal, foi encontrado já sem vida. Caiu a noite e Robinson, que se dirigira ao mar para se lavar, refletia sob a luz da lua. Toda a obra realizada na ilha, os animais, as culturas, as provisões, os objetos , tudo se perdeu entre as explosões. Trabalho elaborado por: Bruno Rodrigues nº8 8ºD Carlos Ferreira nº 10 8ºD João Rodrigues nº16 8ºD José Ricardo nº18 8ºD Paulo Sousa nº 20 8ºD Capítulo XXI Robinson deixou de trabalhar e um conjunto de mudanças assaltaram-no, quer física quer psicologicamente. Sexta-Feira começou a sua nova vida com um longo período de sestas à beiramar. Robinson, por seu lado, transfigurava-se completamente, o cabelo que era curto ou, por vezes, rapado, agora era comprido cheio de caracóis dourados, a barba que antes era grande e lhe dava um ar mais velho, depois de queimada pelas explosões, decidiu cortá-la, tornando-se num homem mais novo mas já sem aspeto de governador ou general. Também o corpo mudou, se quando ele tinha que se expor ao sol, ele se cobria para proteger a sua pele branca e fina, agora, encorajado pelo seu amigo, começou por se expor nu, como fazia Sexta-Feira, e a sua pele ia ficando mais rija e ganhando um tom acobreado. A princípio este gesto era envergonhado, ficava todo encolhido mas com o passar do tempo foi-se sentindo mais confortável. Também os seus músculos estavam agora mais desenvolvidos e salientes devido ao exercício que realizava com o seu companheiro. Todas as atividades diárias se alteraram. Os dias eram passados na praia, em corridas, a nadar, a saltar… Robinson observava atentamente Sexta-Feira e assim aprendia o que devia ser feito numa ilha deserta do Pacífico. Começaram por fabricar arcos e flechas, estas não serviam para matar, mas sim para as fazer voar o mais alto e o mais longe possível, simplesmente pelo mero prazer de as ver planar no céu, como gaivotas. E assim passavam os dias! Trabalho elaborado por: Ana Silva nº2 8ºD Patrícia Cruz nº3 8ºD Bárbara Teixeira nº 6 8ºD Carina Sousa nº 9 8ºD Joana Camilo nº15 8ºD Capítulo XXII Se antes da explosão Sexta-Feira era obrigado a cozinhar segundo os costumes ingleses, agora era este que ensinava a Robinson características das tribos araucânicas, ou até, receitas inventadas. Já não eram necessários todos os utensílios usuais da cozinha civilizada, pois apenas com argila e fogo ele preparava as mais variadas refeições, das mais variadas formas. A argila substituía agora um conjunto de utensílios que não era necessário lavar ou arrumar, o que deixava Sexta-Feira muito satisfeito e o elemento base era o fogo, que devia arder durante algumas horas. Também os ovos já não necessitavam de caçarola e água a ferver, com apenas um furinho em ambos os lados se podia fazer uma espetada de ovos, ao esmo tempo, a carne misturou-se com o peixe, o sal com os alimentos adocicados, a fruta com a carne. Robinson experimentou uma nova cozinha que lhe era desconhecida mas, que com o tempo, por ele muito apreciada. Aprendeu também como se pode retirar açúcar de uma palmeira, transformá-lo em caramelo, guarnecendo depois os frutos, a carne ou o peixe. Trabalho elaborado por: Cláudio Rodrigues nº 11 8ºD Rúben Ferreira nº23 8ºD Tiago Vilela nº nº24 8ºD Capítulo XXIII A propósito de um cozinhado, Robinson e Sexta- Feira discutiram pela primeira vez. Tudo mudara, antes Robinson era o amo e podia ralhar ou bater em Sexta-Feira, mas agora ele era livre e podiam zangar-se um com o outro. A primeira discussão surgiu porque Sexta- Feira decidiu cozinhar rodelas de serpente com guarnição de gafanhotos depois de Robinson já ter sofrido anteriormente uma indigestão com filetes de tartaruga com mirtilos. Robinson, que há dias andava irritado, simplesmente atirou a concha com a comida para a areia e Sexta- Feira como resposta pegou nela e deitou-lha pela cabeça abaixo. Sexta- Feira, chateado, desapareceu durante duas horas para depois voltar com um boneco, a cabeça era feita de coco e os braços, de hastes de bambu, muito parecido com um espantalho, mas cujo rosto continha as feições de Robinson e ao qual deu o nome de Robinson, governador da ilha Speranza. Em frente a Robinson, pegou na concha vazia que havia gerado a discórdia, partiu-a na cabeça do boneco e logo de seguida desatou a rir e abraçou-se a Robinson. Este retirou uma importante lição de amizade da brincadeira do índio. Sexta- Feira, por sua vez, também fazia Robinson perder a paciência comendo vermes de palmeira vivos enrolados com ovos de formiga. Então, Robinson dirigiu-se à praia, desenhou uma estátua na areia, que se assemelhava a Sexta-Feira, e começou a chicoteá-lo nas costas e nádegas. A partir desse dia passou a haver o verdadeiro Robinson e o Robinson boneco, o verdadeiro Sexta- Feira e o Sexta- Feira boneco. Sempre que havia problemas entre eles, recorriam aos bonecos e entre si só trocavam amabilidades. Trabalho elaborado por: Ana Ferreira nº1 8ºD Beatriz Rocha nº7 8ºD Cristina Soares nº12 8ºD Iva Barroso nº 14 8ºD Márcia Ferreira nº 19 8ºD Capítulo XXIV Robinson e Sexta-Feira divertiam-se imenso a fazer um jogo em que cada um fala da personalidade do outro, do que fazia, do que comia… Há uma troca de papéis, por vezes Robinson era o servo, e Sexta-feira era o amo. Eles adoravam o jogo. Capítulo XXV Sexta-feira encontrou um barril de pólvora e os dois amigos encontraram várias maneiras de se divertirem com ela. Por vezes, à noite, faziam festas. Teen há muito que andava cansado. Um dia morreu. Já era velhinho. Capítulo XXVI Um dia encontraram-se papagaios na ilha, por isso quando alguém falava repetiam milhares de vezes. Decidiram arranjar sinais, para comunicar sem serem repetidos. Passaram muito tempo assim, até que os papagaios foram embora, e ai já puderam falar outra vez. Ficaram contentes de ouvir novamente as suas vozes, mas como gostaram de estar em silêncio, permaneceram sem falar. Robinson dedicava-se, agora, a ensinar o inglês ao seu companheiro. Capítulo XXVII Um dia, ao acordar, os dois foram surpreendidos por um bando de papagaios. Qualquer palavra que eles dissessem era repetida pelos papagaios e, assim sendo, Robinson e Sexta-Feira viram-se obrigados a comunicar por linguagem gestual. Capítulo XXVIII Sexta-Feira encontrou uma cabrinha aleijada e dispôs-se a cuidar dela. Anda (a cabrinha) desapareceu. Sexta-Feira encontrou-a com Andoar. Os dois, Andoar e SextaFeira, lutaram e Sexta-Feira feriu-se. Capítulo XXIX Robinson encontrou Andoar e Sexta-Feira. Andoar estava morto e Sexta-Feira estava a rir-se dele. Capítulo XXX Sexta cortou o corpo de Andoar em várias partes: a cabeça pô-la num formigueiro, a pele e os intestinos deixou-os sobre a terra e um braço atirou ao mar. Sexta-Feira queria fazer voar Andoar. Capítulo XXXI Robinson, para perder o medo das alturas, subiu a uma árvore e lá viu Andoar a voar. Capítulo XXXII Sexta-Feira fica muito contente por ter cumprido a sua promessa, de fazer voar Andoar. Capítulo XXXIII Com as tripas e o crânio, Sexta-Feira fez uma harpa eólica, e fez tocar Andoar. Capítulo XXXIV Um dia, Robinson viu um barco aproximar-se da ilha. O barco, chamado Whitebird, parou e Robinson ficou a saber que era um Sábado, dia 22 de Dezembro de 1787. Assim sendo, Robinson encontrava-se na ilha há cerca de 28 anos 2 meses e 22 dias. Robinson não quis continuar no barco e regressar à sua terra, preferiu permanecer na ilha. Porém Sexta-Feira ficou maravilhado com o navio. Capítulo XXXV Ao acordar, Robinson não sabia de Sexta-Feira. Apercebeu-se de que SextaFeira o abandonara na ilha e partira no barco, mas encontrou o grumete do Whitebird, que se escondeu na ilha, pois não queria continuar naquele barco. Deu-lhe o nome de Domingo, dia dos jogos e divertimentos. Assim, Robinson perdeu um companheiro, mas ganhou outro. Trabalho elaborado por: Alunos do 8ºE Alunos do 8ºF Participantes Alunos do 8ºano: Turma-A Turma-B Turma-C Turma-D Turma-E Turma-F Professores Colaboradores: Anabela Alexandra Afonso Célia Durães Deolinda Ferreira Eduardo Naia Sandra Rebelo – PNL Ilustrador convidado: Fernando Sousa A equipa da biblioteca agradece a todos os alunos, professores e direção do Agrupamento que tornaram possível este projeto