Importância dos besouros rola-bosta (Coleoptera

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Importância dos besouros rola-bosta (Coleoptera
Importância dos besouros rola-bosta (Coleoptera: Scarabaeidae:
Scarabaeinae) para o município de Bagé, Rio Grande do Sul
Pedro Giovâni da Silva1
Franciéle Carneiro Garcês da Silva2
Mário André da Rosa Garcia2
Elaine Bisparo Coelho3
Lisiane Andrade Martins4
Resumo: A subfamília Scarabaeinae agrupa os besouros conhecidos popularmente
como rola-bostas. Os principais recursos alimentares utilizados por estes besouros
são excrementos de animais (coprofagia), carcaças em decomposição (necrofagia) e
frutos apodrecidos (saprofagia), os quais eles decompõem e incorporam ao solo.
Estes organismos apresentam diversas formas de utilização do recurso alimentar e
apresentam elevada diversidade na região Neotropical. Eles promovem a remoção e
incorporação de matéria orgânica em decomposição no ciclo de nutrientes,
aumentam a aeração do solo através da escavação de túneis, prolongando sua
capacidade produtiva. O município de Bagé faz parte da microrregião da Campanha
do Rio Grande do Sul e possui características como a predominância de campos
naturais utilizados principalmente para a prática pecuária. Neste tipo de ecossistema
a atuação dos besouros rola-bosta é extremamente importante. Com objetivo de
estabelecer bases de conhecimento sobre estes organismos no município de Bagé,
onde predomina a prática pecuária, realizou-se o presente trabalho através de
pesquisa bibliográfica. Até o momento, poucos são os trabalhos e informações
referentes à escarabeidofauna de Bagé, necessitando urgente de estudos mais
aprofundados.
Palavras-chave: Rola-bosta, coprofagia, necrofagia, campo natural, Bagé.
Abstract: The Scarabaeinae subfamily groups the beetles popularly known as dung
beetles. The main food resources used by these beetles are animal’s excrement
(coprophagy), decaying carcasses (necrophagy) and rotten fruit (saprophagy), which
they decompose and enter the soil. These organisms have several ways to use the
food resource and present a high diversity in the Neotropical region. They promote
the removal and incorporation of organic matter decomposition in nutrient cycling,
increase soil aeration by tunneling, extending their productive capacity. The
Biólogo, PPG. Biodiversidade Animal, Universidade Federal de Santa Maria, 97105-900, Santa
Maria, RS, ([email protected]). 2. Núcleo de Pesquisa em Ecologia Aplicada,
Universidade da Região da Campanha, 96400-000, Bagé, RS, ([email protected]),
([email protected]). 3. Bióloga, Secretaria do Meio Ambiente, Prefeitura Municipal de Lavras
do Sul, 97390-000, Lavras do Sul, RS, ([email protected]). 4. Bióloga, Autônoma, 96450000, Dom Pedrito, RS, ([email protected]).
1
municipality of Bagé is part of the micro-region of “Campanha” of Rio Grande do Sul
and has features such as the prevalence of natural grassland used primarily for
cattle. In this type of ecosystem, the performance of dung beetles is extremely
important. Aiming to establish bases of knowledge about these organisms in the city
of Bagé, dominated by cattle was carried out this work through literature review. At
this moment, there are few studies and information about the fauna of Scarabaeinae
of Bagé, requiring urgent future studies.
Keywords: Dung beetle, coprophagy, necrophagy, natural grassland, Bagé.
INTRODUÇÃO
A
subfamília
Scarabaeinae
compreende
os
besouros
conhecidos
popularmente como “rola-bostas”. Este grupo pertence à ordem Coleoptera, o maior
grupo de animais conhecidos (BORROR & DELONG, 1969; BOOTH et al., 1990).Os
escarabeíneos ou escaravelhos são chamados de “rola-bosta” devido principalmente
ao comportamento que muitas espécies têm de formar bolas com o recurso
alimentar e de cavar túneis no solo para onde rodam as esferas de alimento onde
também depositam seus ovos (HALFFTER & MATTHEWS, 1966).
Com esse tipo de comportamento, esses coleópteros realizam um controle
biológico natural de muitos insetos e outros organismos que se desenvolvem nos
recursos utilizados como alimento. Em especial, nas áreas utilizadas para pecuária,
estes insetos desempenham papel fundamental na reciclagem de nutrientes e
controle de parasitos bovinos, uma vez que ao retirarem e revolverem as massas
fecais de bovinos, utilizadas por dípteros e nematódeos, tornam-na inóspita para o
desenvolvimento destes organismos, já que aceleram o ressecamento do recurso e
levam ovos dos parasitos para o interior do solo onde não conseguem
desenvolverem-se (FLECHTMANN et al., 1995). Ao enterrar porções e desestruturar
massas fecais, aceleram o processo de incorporação no solo dos nutrientes contidos
no recurso, além de aumentar a aeração e infiltração edáfica através da construção
de galerias subterrâneas.
As principais fontes de alimento das espécies de Scarabaeinae são
excrementos de grandes animais (coprofagia), e carcaças ou cadáveres em
decomposição (necrofagia); alguns ainda utilizam frutos decompostos como recurso
alimentar (saprofagia). Outros estudos salientam a utilização de fungos (micetofagia)
como alimento alternativo. A utilização e atuação sobre estes materiais colocam
2
esse grupo de insetos como componentes fundamentais na manutenção dos
ecossistemas onde estão inseridos (HANSKI & CAMBEFORT, 1991).
Contudo, estes organismos respondem de várias maneiras aos impactos
antrópicos no ambiente, como a prática pecuária, sendo utilizados ainda como
bioindicadores, principalmente em áreas de florestas e savanas tropicais
(HALFFTER & FAVILA, 1993). Esta resposta às mudanças ambientais pode se dar
através da estrutura de sua comunidade, populações, diversidade e abundância nos
diferentes ecossistemas.
Com base nos aspectos ressaltados, é importante a realização de
levantamentos de Scarabaeinae em regiões de predominância da prática pecuária,
caso do município de Bagé, Rio Grande do Sul, visando estabelecer bases teóricas
sobre o grupo em questão. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi organizar
informações sobre o grupo em questão através de extensa pesquisa bibliográfica.
SUBFAMÍLIA SCARABAEINAE
A subfamília Scarabaeinae pertence à ordem Coleoptera, a maior e mais
diversa ordem da classe Insecta (BORROR & DELONG, 1966; BOOTH et al., 1990).
Agrupa-se ainda na subordem Polyphaga a maior da ordem Coleoptera, que
compreende a maioria de suas 160 famílias, aproximadamente. Essa subfamília
ainda faz parte da série Scarabaeiformia e da superfamília Scarabaeoidea
(CAMBEFORT, 1991).
Coleópteros de Scarabaeinae são detritívoros (VAZ-DE-MELLO, 1999, 2000),
promovendo a remoção e reingresso da matéria orgânica no ciclo de nutrientes,
aumentando a aeração do solo e prolongando a sua capacidade produtiva
(MILHOMEM et al., 2003). Os escarabeíneos são importantes em estudos de
fragmentos vegetais, pois se alimentam de frutas, fezes e carcaça oriundas dos
vertebrados.
A maioria das espécies deste grupo tem por hábito enterrar porções de fezes
em túneis escavados próximos ao depósito de recursos, com as quais se alimentam
e produzem suas progênies (VAZ-DE-MELLO et al., 2001), ocasionando a
desestruturação da massa fecal, local de reprodução de muitos ecto e endoparasitos
de bovinos (FLECHTMANN et al., 1995). Com este comportamento diminuem a
disponibilidade de locais para reprodução das moscas e helmintos que parasitam o
3
gado bovino, podendo assim ser consideradas como competidores e controladores
biológicos naturais destes (RIDSDILL-SMITH et al., 1986).
Além disso, a ação deste grupo de insetos faz com que sejam levados, para o
interior do solo, os excrementos que ficariam acumulados sobre a superfície
(WARTERHOUSE, 1974; FINCHER et al., 1981), resultando na melhora da estrutura
e fertilidade do solo (CALAFIORI, 1979).
A coprofagia é um modo de alimentação no quais os animais se nutrem de
excrementos. A subfamília Scarabaeinae possui muitas espécies que se alimentam
de fezes (HALFFTER & MATTHEWS, 1966; HALFFTER, 1991), sendo que a grande
maioria é atraída pelas fezes humanas (HALFFTER & MATTHEWS, 1966). Contudo,
existem espécies estenofágicas, que são atraídas somente por fezes de uma
espécie em particular (FREY, 1961; HALFFTER & MATTHEWS, 1966; SCHIFFLER,
2003). Outras ainda são foréticas de determinados mamíferos (HALFFTER &
MATTHEWS, 1966; HALFFTER, 1991), como o canguru (MATHEWS, 1972), e até
de caracóis (ARROW, 1932). Contudo, têm-se buscado espécies particulares de
massas fecais de bovinos ocorrentes em determinadas regiões para que sejam
utilizadas no controle biológico da mosca-dos-chifres, focalizando, dessa forma,
espécies naturais ou já estabelecidas na região.
Outros membros dessa família são necrófagos, ou seja, os necrófagos assim
como os saprófagos (que se alimentam de matéria vegetal, principalmente frutos,
em decomposição), foram recentemente derivados de uma linhagem ancestral de
coprófago (HALFFTER & MATTHEWS, 1966). Utilizam tanto cadáveres frescos
como em decomposição nos estágios de larva e adulto (HALFFTER & MATTHEWS,
1966). Muito comuns na América do Sul (HALFFTER & MATTHEWS, 1966) e no
sudeste mexicano, os Scarabaeidae compõem a maioria dos artrópodes necrófilos
(MORÓN & CAMAL, 1986).
Ainda tem sido admitida uma divisão de três grupos funcionais (guildas)
baseados na maneira com a qual os escarabeídeos utilizam o recurso alimentar
(CAMBEFORT & HANSKI, 1991; DOUBE, 1991; GILL, 1991): rodadores
(telecoprídeos), escavadores (paracoprídeos) e residentes (endocoprídeos). Um
quarto grupo, embora pequeno e pouco frequente pode ser adicionado:
cleptoparasitas (SCHEFFLER, 2002). A maioria das espécies de Scarabaeinae
mostra alguma forma de alocação de recurso. Isso permite que eles reduzam a
competição (entre escarabeíneos e também entre outros grupos de insetos) por
4
comida e espaço, e também para proteger oalimento contra condições adversas do
meio, como excessivo calor e seca (SCHEFFLER, 2002).
Segundo Louzada (1995), na América do Sul as espécies roladoras
pertencem às tribos Canthonini, Eucranini e Sisyphini. Depois de chegarem até as
fezes, os rodadores retiram um pedaço o qual levam a outro local, distante cerca de
vários metros (HANSKI & CAMBEFORT, 1991). Halffter & Matthews (1966)
salientam que o método mais comum de transporte desses recursos é formando
uma bola, a qual é rodada pelo macho, pela fêmea ou ambos os sexos, então
enterrada e utilizada como alimento e para chocar os ovos. O desenvolvimento da
habilidade de rodagem do recurso alimentar foi possível graças à adaptação das
tíbias posteriores para um formato curvo e alongado (HALFFTER & EDMONDS
1982).
As espécies que compõem o grupo das escavadoras no continente sulamericano, pertencem às tribos Dichotomini, Phanaeini e Onthophagini (LOUZADA,
1995). Os escavadores encontram o recurso alimentar e formam um túnel em
qualquer direção abaixo ou ao seu lado, para o qual pedaços de comida são levados
(SCHIFFLER, 2003). O túnel, na maioria das vezes, é totalmente construído antes
do recurso ser levado para baixo (HALFFTER & MATTHEWS, 1966). Segundo
Cambefort & Hanski (1991), estas espécies apresentam tíbias anteriores muito
desenvolvidas, o que facilita a abertura de túneis no solo. Nos escavadores, o papel
do macho é quase sempre secundário em relação ao da fêmea (SCHIFFLER, 2003).
A construção do ninho é sempre conduzida pela fêmea sozinha e pode ser feito para
atrair o macho (CAMBEFORT & HANSKI, 1991).
Diferente das espécies anteriores, os residentes permanecem na porção de
recurso, alimentando-se ou nidificando, sem o relocar dentro do hábitat. Por causa
disso, eles são mais expostos às condições ambientais (DOUBE, 1991). As espécies
residentes apresentam adaptações para a vida dentro do recurso (SCHIFFLER
2003). No caso dos Oniticellini, representantes da fauna de residentes sulamericanos, as pernas médias tiveram um desenvolvimento exagerado, o que
permitiu a manipulação do recurso dentro da fonte (HALFFTER & EDMONDS,
1982).
Os cleptoparasitas ocorrem em regiões temperadas (MARTÍN-PIERA &
LOBO, 1993; LOBO & HALFFTER, 2000), mais são muito comuns em regiões
áridas, tropicais e subtropicais (CAMBEFORT, 1991; HANSKI & CAMBEFORT,
5
1991; SCHIFFLER, 2003). Eles são considerados escavadores modificados (GILL,
1991), os quais não escavam ou não estabelecem seus ninhos, nidificando com
outras espécies, tanto rodadores ou escavadores (CAMBEFORT, 1991).
Dessa forma, nas regiões onde há uma quantidade alta de grandes
herbívoros, como ambientes pecuários, os escarabeíneos desempenham papel
fundamental na ciclagem de nutrientes e controle biológico.
Hanski & Cambefort (1991) salientam que este grupo de insetos,
principalmente em florestas e savanas, forma uma comunidade bem definida em
termos taxonômicos e funcionais. Por serem eficientes na remoção dos materiais de
que se alimentam, são considerados um dos componentes fundamentais na
manutenção
de
vários
ecossistemas
(HALFFTER
&
MATTHEWS,
1966),
especialmente o terrestre (DURÃES et al., 2005). Por essas características, vêm
sendo cada vez mais utilizados como bioindicadores ambientais em florestas
tropicais (HALFFTER & FAVILA, 1993). Estes mesmos autores salientam que estes
besouros representam um grupo excepcional para a comparação das paisagens
com graus diferentes de distúrbios antropogênicos, onde a floresta tropical dominou
originalmente. E é na análise da biodiversidade no nível de comunidade que os
besouros de Scarabaeinae fornecem um parâmetro vantajoso em ecossistemas
tropicais de florestas e nos ecossistemas derivados destas.
Além disso, Villani & Wright (1990) ressaltam que a movimentação destes
besouros e outros organismos de serapilheira está associada às mudanças de
temperatura do solo, que por sua vez é influenciada pela presença de diferentes
tipos de vegetais. Porém, os escarabeíneos que possuem natureza sedentária, são
mais vulneráveis às mudanças ambientais (KIMBERLING et al., 2001).
McGeoch et al. (2002), ressaltam em seu trabalho que vários indivíduos desta
família são bons bioindicadores da qualidade e do estado de conservação do hábitat
em savanas africanas.
Os escarabeíneos são besouros facilmente amostrados, sendo várias
populações de suas espécies muito grandes, de modo que o monitoramento destes
torna-se prático. Contudo, muitas regiões brasileiras não foram devidamente
amostradas e as populações destes insetos ainda não são totalmente conhecidas
(VAZ-DE-MELLO, 2000).
MUNICÍPIO DE BAGÉ, RIO GRANDE DO SUL
6
Bagé é um município integrante da meso-região Sudoeste e da microrregião
da Campanha do Rio Grande do Sul, com área aproximada de 4.096 km2 (IBGE,
2009). A Campanha gaúcha inclui a porção ao sul da Serra do Sudeste e a oeste da
Depressão Central do Estado, abrangendo vários municípios (BELTON, 1994).
Caracteriza-se pelas pequenas ondulações (as coxilhas) e a altitude variando entre
60 e 300 metros, com uma grande quantidade de campos naturais, existindo
somente poucos lugares com uma cobertura significativa de árvores (PIMENTEL,
1940). Tem clima subtropical semi-úmido, com chuvas regularmente distribuídas
durante todo o ano. Nos últimos anos enfrenta sérios problemas com estiagem no
período quente do ano.
De todas as regiões naturais do Rio Grande do Sul, a Campanha gaúcha,
onde o município de Bagé está inserido, é a que mais ostenta o caráter de campo
sul-brasileiro, pois a vegetação silvática resume-se à borda setentrional, chegando a
se constituir em mata virgem, deixando todo o resto à flora graminácea, sulcada
pelos tênues cordões de mata de galeria (RAMBO, 1956). Esta região é
tradicionalmente usada para a criação de bovinos, e atualmente possui um rebanho
de 320.000 cabeças aproximadamente (IBGE, 2009). Estes criados nos campos ou
formações campestres, que são ecossistemas com o solo coberto geralmente por
gramíneas, podendo haver trechos sem nenhuma cobertura vegetal e muito
espaçadamente ocorrer subarbustos e arbustos (GRISI, 2000).
A prática da pecuária na região afeta o solo, a vegetação rasteira e arbustiva,
e para se abrir espaços para áreas de campo, muitas áreas de mata nativa são
derrubadas. Dessa forma, vários organismos do ecossistema são prejudicados.
O grupo de coleópteros que mais de destaca em ambientes destinados à
pecuária são os escarabeíneos (Coleoptera, Scarabaeidae, Scarabaeinae). Estes
insetos evoluíram de tal forma que são praticamente os besouros em maior
abundância dependentes dos excrementos de grandes herbívoros. Desempenham
um papel ecológico positivo em relação às práticas antrópicas, pois enterram
porções de fezes de no solo, aumentando sua fertilidade, aeração, combatendo
parasitas do gado dependentes de excremento, além de retirar da superfície
grandes porções de excrementos.
Os estudos sobre o grupo na região sem recentes. Destacam-se os
levantamentos realizados por Audino (2007), Silva et al. (2007, 2008, 2009) em
7
áreas de campo nativo, pastagem cultivada e floresta nativa. Para uma região
baseada na prática pecuária, estudos sobre os besouros “rola-bosta” do município
de Bagé devem merecer especial atenção.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A fauna de Scarabaeinae do município de Bagé ainda não é totalmente
conhecida, pois muitos ecossistemas do município não foram devidamente
estudados, e, além disso, poucos e relativamente recentes são os trabalhos
enfocando a presente subfamília na região.
Provavelmente, a falta de informações e divulgação regional dos estudos
sobre estes organismos de outros estados e países, tem contribuído para que esta
linha de pesquisa seja ainda incipiente no município. Trabalhos futuros de
levantamento e inventário em diferentes áreas possibilitarão o conhecimento da real
distribuição e lista de espécies de Scarabaeinae ocorrentes no município de Bagé,
em vista de serem organismos extremamente benéficos para a região devido às
suas características.
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