Biografia - Festival Terras Sem Sombra

Transcrição

Biografia - Festival Terras Sem Sombra
Alberto Rosado
Piano
Nasceu em Salamanca em 1970. Principiou os estudos musicais na cidade
natal e prosseguiu-os em Budapeste, com Peter Nagy, e em Amsterdão,
com Jan Wijn. A partir de 1994 trabalhou regularmente com Josep Colom,
em Alcalá de henares, onde também estudou música de câmara com
Ferena Rada. Em 1997 iniciou uma estreita colaboração com Luca
Chiantore.
Em 1999 integrou o Plural ensemble e o Projecto Genhard. Estas
iniciativas levam-o a entrar em contacto com os directores Fabian
Panisello, José Ramón Encinar, Zsolt Nagy, Jean Paul Dessy e Peter Rundel
e a começar uma estreita relação com muitos compositores de Espanha
e de outros países euriopeus. Desde então tem marcado presença em
festivais e concertos nas principais cidades da Europa, América e Japão.
Tem actuado como solista com algumas das melhores orquestras
europeias. Realizou gravações para as etiquetas Naxos, Col Legno e
Verso, com obras de Ligeti, Messiaen, Takemitsu, Cage, Camarero,
Panisello, Del Puerto, além das obras completas para piano de José
Manuel Lopes López e Cristóbal Halffter.
Dedica-se à música de câmara e piano contemporânea e coordena o
Estúdio de Música Contemporânea do Conservatorio Superior de Música
de Salamanca.
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Shyla Aboubacar
Balafão, camani nguni, kalimba
Nasceu em 1982 na localidade de Kindia, da etnia sousou (Guiné-Conacri).
Aos 7 anos, começou a tocar bongoma, por iniciativa própria, ao mesmo
tempo que aprendeu inúmeros cantos tradicionais.
Aos 13 anos, integrou um grupo de folclore, como cantor e executante
de bongoma, aperfeiçoando simulta nea mente os conhecimentos de
bolom, instrumento muito utilizado pelos ballets de Conacri. Aos 17,
começou a estudar com o mestre Kakissi, antigo percussionista do Ballet
Joliba, instruindo-se nos segredos do djembe e do dumdum e passando
a pertencer ao grupo de dança Bassikolo.
Pela mesma altura, trabalhou numa oficina de instrumentos, tornou-se
um perito na feitura do bolon e do bongoma.
Em 2001, após realizar inúmeras actuações em hotéis e de ser professor
de estrangeiros, conheceu o cantor Seidou, da Serra Leoa, contratando-o para colaborar num disco; com ele, fez digressões por vários países.
Nos finais desse ano, estabeleceu-se em Espanha, como músico da banda
de Seidou e da companhia Nube Negra, realizando concertos em todo
o país. Leccionou em Pamplona e Madrid e participou no Africa Festival
de Würzburg. Em 2002, fundou a sua própria banda, Obibase.
É uma das vozes mais destacadas e um dos músicos africanos com maior
conhecimento da cultura da Guiné-Conacri.
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Justin Tchatchoua
Tum laah, balafão, sanza
Natural da República dos Camarões, descende de uma família de músicos:
o pai era um virtuoso do balafão e inculcou-lhe o amor pela música
tradicional, introduzindo-o nos segredos dos ritmos africanos e de uma
ampla gama de cadências musicais.
Revelou cedo um talento inato para a arte, colaborando em projectos
educativos, promovendo o uso dos instrumentos étnicos entre os mais
jovens e actuando como contador de histórias tradicionais. Tem escrito
obras teatrais de cariz pedagógico, como Baah Mambala. O seu single
Love me the way I do, produzido por Rogers All Stars, em 1982, vendeu
quase um milhão de exemplares na Nigéria.
Culminando o seu sonho africano, chegou a Espanha em 1983, onde deu
provas de um estilo musical inconfundível e único. Tem vindo a realizar
um esforço sistemático para o desenvolvimento e a integração da
convivência intercultural, através do seu trabalho de promoção, salvaguarda e valorização dos instrumentos tradicionais, o que lhe granjeou
o reconhecimento de diversas instituições e o tornou um dos artistas
africanos mais apreciados.
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Bangura Husmani
Cabaça, nkul, sheker, ngogoma
Também conhecido por Anstel, entrou aos 15 anos na escola do Ballet
Fareta, de Conacri, onde fez a formação em música tradicional e se
especializou em percussão. Colaborou com esta instituição até 2003,
chegando a alcançar o grau de cheff batteur (primeiro percussionista).
Entre 1998 y 2003, integrou o Ballet Merveilles de Guinée, como
dundunfola (intérprete de dundun), e o Ballet AJK Danse, como percussionista. Durante este periodo, participou activamente em celebrações
e festividades típicas da vida tradicional da Guiné.
Paralelamente, leccionou e acompanhou aulas de dança de grandes
mestres, em inúmeros pontos da Guiné-Conacri e do Senegal, fre quentadas por alunos oriundos vários países. Tem continuado a dedicarse, até hoje, ao ensino.
Como membro de diversas companhias, tem feito inúme ras apre sentações artísticas em teatros, festivais e concertos, com realce para
o Festival Intercontinental de West-Africa, no Palais du Peuple (Conacri).
Em Espanha, onde passou a viver em 2003, fundou e dirigiu diversos
eventos.
Na qualidade de percussionista, trabalhou com Axe Malinke, Allatantou,
Shakatribe, Tumbata, Bogui jui e Nakany Kanté.
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Polo Vallejo
Apresentação e textos
Doutorado em Ciências da Música, etnomusicólogo, pedagogo e
compositor, é membro do Laboratoire de Musicologie Comparée et
Anthropologie de la Musique da Université de Montréal (Canadá) e
assessor da Carl Orff-Stiftung, em Dießen (Alemanha).
Referência internacional no campo da pedagogia e da musicologia
experimental, realiza trabalhos de terreno em África, desde 1987, com
destaque para um estudo pioneiro sobre a sistemática musical dos
wagogo da Tanzânia.
Desenvolve actualmente duas linhas de investigação experimental: uma
sobre as polifonais vocais profanas e religiosas da Geórgia (Cáucaso) e
a outra acerca de repertórios infantis na região de Kedougou (Senegal).
Autor de vasta bibliografia e de um documental, Africa: The Beat,
premiado em importantes festivais de cinema, tem vasta experiência
como criador e apresentador de concertos didácticos e cursos de
formação e investigação musical nos cinco continentes.
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