Quirão 151
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Ano XXXIII - Nº 151 - Maio de 2016 Zootecnia: 50 anos de estudos no Brasil Goiás contra a carne clandestina 2 Editorial ANO XXXIII n° 151 – Maio de 2016 Zootecnia e sua importância para o agronegócio brasileiro No dia 13 de maio comemoramos o Dia do Zootecnista, profissional das ciências agrárias fundamental para o agronegócio brasileiro. Nesta edição do Quirão falamos da primeira escola de Zootecnia do Zoot. Elis Aparecido Centro-Oeste, a então Escola Superior de Ciências Agrárias de Rio Bento Conselheiro efetivo do Verde (ESUCARV), que era mantida pela Fundação de Ensino SupeCRMV-GO rior de Rio Verde (FESURV), atual Universidade de Rio Verde (UniRV). Mostramos depoimentos de profissionais que participaram deste momento histórico no sudoeste goiano, em 1985, e desbravaram os caminhos para esta grande profissão em Goiás. A zootecnia surgiu na França em 1948, quando o conde Gasperin propôs a divisão do ensino das plantas (agronomia), do estudo das técnicas de criação dos animais. Também foi ele quem sugeriu o nome Zootecnia, aceito em quase todos os países, exceto os da língua inglesa que preferiram o termo “Animal Science”. Para tanto, foi criada no Instituto Agronômico de Versailles em Paris a “cátedra” Zootecnia e escolhido para lecionar, sob concurso, o jovem naturalista Emile Beaudment, que, aliás, com sua tese revolucionária para época, considerou os “animais como verdadeiras máquinas vivas, transformadoras e valorizadoras dos alimentos”, tese essa que continua até hoje como o fundamento teórico da Zootecnia em todo mundo, pois o jovem Emile já previa aí a relação: máquina animal x fazenda empresa. No Brasil a zootecnia surgiu por meio da luta do Engenheiro Agrônomo Otávio Domingues, considerado o pai da Zootecnia no país, mas que infelizmente não viveu para ver seu sonho realizado, pois faleceu em 1965. O professor Domingues deixou um excelente legado para as gerações futuras com sua abnegação para conseguir realizar o sonho de criar um curso nessa área do conhecimento agrário. Contribuiu ainda com uma das definições mais completas e objetivas do segmento quando considerou a Zootecnia “uma ciência aplicada que estuda e aperfeiçoa os meios de promover a adaptação econômica do animal ao ambiente criatório e deste ambiente ao animal”. O primeiro curso de Zootecnia do Brasil foi criado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), na cidade de Uruguaiana-RS, em 13 de maio de 1966, portanto, há 50 anos. Os Zootecnistas goianos têm motivos para comemorar. Hoje, o Estado de Goiás, cuja economia é movida pelo agronegócio, possui sete instituições de ensino que oferecem o curso. Aproveitamos o momento para parabenizar os profissionais que conseguem alavancar os números do agronegócio brasileiro, setor que em 2015 foi responsável por 23% da fatia no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, um crescimento de 1,8% no ano passado em relação ao ano anterior. Com certeza precisamos de mais profissionais capazes de enxergar o agronegócio como elemento fundamental na economia brasileira. Para isso, esses profissionais precisam estar atentos às novas tecnologias, assim como serem capazes de desenvolver principalmente habilidades humanísticas e de gestão. O conhecimento técnico já não é mais suficiente. O profissional precisa ser múltiplo e atento. Outra questão discutida mundialmente é o desafio de reduzir a fome e a miséria no mundo, por meio da produção racional de alimentos. O Brasil, com seu destaque na agricultura e pecuária, tem grande responsabilidade no contexto de formar profissionais comprometidos com esses grandes temas atuais e tão necessários para a sobrevivência de animais, humanos e meio ambiente. Parabéns a todos os Zootecnistas de Goiás! Mensagens “Foi esclarecedor, sanando várias dúvidas e mostrando caminhos para exercer bem a profissão”. Med. Vet. Altino de Deus Filho, sobre Seminário Básico, dia 18 de março. “O conteúdo foi muito bom e os apresentadores conhecem o assunto.” Méd. Vet. Ricardo Ribeiro Alves, sobre Seminário Avançado, dia 4 de março. Quirão A mitologia grega relata que a medicina dos animais teria sido descoberta pelo Centauro Quirão (Chiron), figura metade homem, metade animal, filho de Saturno e da ninfa Fílira. Em sua mão direita conduz a serpente e o bastão, atributos de Esculápio, seu discípulo, símbolo da arte de curar. Conselho Regional de Medicina Veterinária de Goiás Goiânia: Avenida Universitária, n° 2169 Setor Leste Universitário. Cep: 74610-100. Goiânia-GO. Fone/Fax: (62) 3269-6500. E-mail: [email protected] Rio Verde Rua Goiânia, Qd 47 Lote 1-A n° 2329, Jd. Goiás, Rio Verde-GO. Cep: 75903-380 Fone: (64) 3613-2417. E-mail: [email protected] Funcionamento: das 09h às 12h e das 13h às 17h. www.crmvgo.org.br www.facebook.com/crmvgo www.twitter.com/crmvgo Presidente Méd. Vet. Benedito Dias de Oliveira Filho CRMV-GO 0438 Vice-presidente Méd. Vet. Wanderson Alves Ferreira – CRMV-GO 0524 Secretária-geral Méd. Vet. Rosângela de O. Alves Carvalho – CRMV-GO 2316 Tesoureiro Méd. Vet. Rafael Costa Vieira – CRMV-GO 5255 Conselheiros Efetivos Méd. Vet. Edward Robinson Lacerda – CRMV-GO – 1232 Zoot. Elis Aparecido Bento – CRMV-GO 0254/Z Méd. Vet. Marcius Ribeiro de Freiras – CRMV-GO 0973 Méd. Vet. Mércia de Oliveira Silva – CRMV-GO 1136 Méd. Vet. Olízio Claudino da Silva – CRMV-GO 0547 Méd. Vet. Ronaldo Medeiros de Azevedo – CRMV-GO 1193 Conselheiros Suplentes Méd. Vet. Arthur Francisco Júnior – CRMV-GO – 1751 Méd. Vet. Cidervane Rabelo da Pascoa – CRMV-GO – 2004 Méd. Vet. Ingrid Bueno Atayde – CRMV-GO 2738 Méd. Vet. Luciano Schneider da Silva – CRMV-GO 2765 Méd. Vet. Stiwens Roberto T. Orpinelli – CRMV-GO 4308 Méd. Vet. Valdir Cardoso Martins – CRMV-GO 0949 Jornalista Responsável: Denise Duarte Reg. Prof. GO 917-JP Fotos: Denise Duarte Contato com a Redação Assessoria de Comunicação do CRMV-GO (62) 3269-6531/8102-5680 [email protected] Programação Visual Darts Comunição & Marketing (62) 3932-2249 | 3646-5028 Tiragem: 10 mil exemplares Periodicidade: bimestral Impressão: Cir Gráfica (62) 3202-1150 Vet Giro ANO XXXIII n° 151 – Maio de 2016 3 Labvet conquista selo de acreditação do Inmetro Foto: Divulgação O Laboratório de Análise e Diagnóstico Veterinário (Labvet) da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) foi acreditado pelo Inmetro, no último dia 28 de abril, para os seguintes escopos: Imunodifusão em Gel de Ágar (IDGA) para o diagnóstico de Anemia Infecciosa Equina; Fixação de Complemento para o diagnóstico de Mormo; Teste do Antígeno Acidificado Tamponado (AAT), Teste do Anel do Leite (TAL) e 2- Mercaptoetanol para o diagnóstico de Brucelose. Todos os resultados dos ensaios referentes a esses escopos já estão sendo emitidos com o símbolo da acreditação. Acreditação significa outorgar a uma organização um certificado de avaliação que expressa a conformidade com um conjunto de requisitos previamente estabelecidos. Portanto, a acreditação de laboratórios, segundo os requisitos estabelecidos na norma ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005, é realizada pela Divisão de Acreditação de Laboratórios do Inmetro e representa o reco- nhecimento formal da competência técnica do laboratório, sendo uma maneira segura de identificar que a instituição oferece a máxima confiança em seus serviços. Para isso, o Labvet foi avaliado, conforme requisitos fundamentados na NBR ISO/ IEC 17025:2005, e foi constatado que o laboratório de diagnóstico animal da Agrodefesa atende à legislação vigente, preza pelo bom atendimento ao cliente, cumpre boas práticas para realização de ensaios, garante a validade dos reagentes e produtos utilizados, realiza calibração de aparelhos e equipamentos, faz capacitação da sua equipe de trabalhadores e permite toda a rastreabilidade do processo. Neste contexto, a acreditação do Labvet traz vantagens como melhoria da transferência interna de conhecimento, melhoria da organização, aumento da competitividade, aumento da satisfação e fidelidade dos clientes, exigência de mercado, redução de custos, motivação da equipe e, especialmente, a confiabilidade nos resultados, como ressaltou o Méd. Vet. Rafael Costa Vieira, gerente do Labvet e também tesoureiro do CRMV-GO. Para alcançar o status de laboratório Acreditado, o Labvet percorreu um longo caminho durante o processo, sendo relevante destacar o comprometimento de toda a equipe (foto) na manutenção e melhoria contínua do Sistema de Gestão da Qualidade, o compromisso da Direção da Agrodefesa e o investimento financeiro do Governo do Estado e do Fundo para o Desenvolvimento da Agropecuária do Estado de Goiás (Fundepec). Zona Livre de Peste Suína Clássica Goiás, outros 13 Estados e o Distrito Federal estão na expectativa para obter em maio, durante a assembleia da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), a certificação de área livre de peste suína clássica (PSC). A Comissão Científica da OIE aprovou o pleito brasileiro que solicita o reconhecimento dos estados do Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo, Sergipe, Tocantins, parte do Amazonas, além do Distrito Federal. Entre as exigências do código sanitário de animais terrestres da OIE para que se consiga a certificação estão as notificações de suspeita de doença hemorrágica ou aumento de mortalidade, melhorar barreiras Consulte no site sanitárias fixas, estabelecer corredores sanitários e barreiras volantes. Atualmente, apenas os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina possuem a certificação internacional, obtida em maio de 2015. Desde 2015, a peste suína clássica (PSC) passou a fazer parte da lista de doenças de reconhecimento oficial da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), juntamente com febre aftosa, peste bovina, encefalopatia espongiforme bovina, peste dos pequenos ruminantes e peste equina, por exemplo. A partir de então, o reconhecimento de país ou área livre da doença é obtido através de certificação da OIE. Com a nova regra, a peste suína clássica deixou de ser uma doença de auto declara- Foto: Divulgação ção para ser de reconhecimento oficial. Na situação anterior, cada país membro poderia declarar seu território ou parte dele como livre da doença. Com a nova regra, os países membros solicitam a certificação internacional à Organização Mundial de Saúde Animal. Assessoria de Comunicação do CFMV com informações do Mapa Consulte no site do CRMV-GO os seguintes banners: Links Úteis (com informações sobre as entidades ligadas ao agronegócio), Convênios com o CRMV-GO (temos convênio com a Qualicorp), Classificados (com ofertas de empregos, venda de equipamentos e outros anúncios), Agenda da Diretoria, entre outras informações importantes para você ficar por dentro das notícias do CRMV-GO. Informe-se! Mande suas sugestões para: [email protected]. Nosso site tem uma média de 10 mil visitas por mês. 4 Clicks ANO XXXIII n° 151 – Maio de 2016 Reunião, dia 11 de março, na Delegacia Estadual de Meio Ambiente (Dema) sobre atuações dos órgãos referente aos maus tratos dos animais (Resolução CFMV n° 1069/2015). O presidente do CRMV-GO, Méd. Vet. Benedito Dias de Oliveira Filho, a Coordenadora Técnica do CRMV-GO, Méd. Vet. Raquel de Sousa Braga e Comissão de Bem-estar Animal do CRMV-GO se reuniram com o delegado da Dema, Alexandre Otaviano Nogueira. Mais de 350 quilos de alimentos não perecíveis e 61 quilos de ração para pets foram arrecadados nos três primeiros Seminários de Responsabilidade Técnica de 2016. Os 372 quilos de alimentos foram doados, dia 4 de abril, para o Movimento Jovens Livres, instituição filantrópica que existe há 47 anos, pioneira no Brasil no atendimento a toxicômanos. Na foto, a coordenadora técnica do CRMV-GO, Méd. Vet. Raquel de Sousa Braga e o fundador do Movimento Jovens Livres, Paulo de Oliveira Brasil (de barba) e Jorcelino José Soares, também da entidade, cuja sede administrativa está no Parque Industrial de Goiás, em Goiânia. Os 61 quilos de ração foram doados para a Associação Protetora e Amiga dos Animais (Aspaan), de Anápolis, dia 19 de abril. Acompanhe as notícias do Projeto RT Solidário. Veja mais na página 9. Reunião ocorrida no dia 14 de março, no CRMV-GO, discutiu as estratégias para as próximas etapas da operação “Goiás contra a carne clandestina”, deflagrada no ano passado. Vários órgãos participam do projeto, desencadeado pelo Ministério Público Estadual (MP-GO) e que tem o CRMV-GO como parceiro. A promotora Alessandra de Melo e Silva, do Centro de Apoio Operacional (CAO) do Consumidor, está à frente dos trabalhos. Veja matéria na página 11. Profissionais da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) se reuniram no auditório do CRMV-GO, nos dias 28 e 29 de março, para um curso de atualização do Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (SISBOV). O órgão concluiu, em fevereiro, o relatório anual do Sisbov de 2015. Segundo o documento, 76 propriedades que fazem parte do Sistema foram auditadas e 31 reauditadas. Deste total, 11 foram consideradas não conformes. Parabólica ANO XXXIII n° 151 – Maio de 2016 5 Goiânia será a capital dos pequenos animais No último dia 20 de abril, o presidente da Associação Nacional dos Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (Anclivepa Goiás), Méd. Vet. Ronaldo Medeiros de Azevedo, lançou uma rodada de negócios do 37° Congresso Brasileiro da Anclivepa (CBA) 2016. Na oportunidade, foi inaugurada a nova sede da associação, localizada na Avenida Contorno, n° 73, no Centro de Goiânia, com amplo espaço para atividades teóricas e práticas, um marco para os Médicos Veterinários clínicos de pequenos animais do Estado. O presidente do CRMV-GO, Méd. Vet. Benedito Dias de Oliveira Filho, participou da solenidade de inauguração, assim como várias outras autoridades e empresários parceiros do CBA 2016. As inscrições on-line para o 37° CBA foram computadas até o dia 30 de abril. Os interessados em participar do maior evento nacional de clínicos veterinários de pequenos animais, que será realizado em Goiânia, de 12 a 14 de maio, poderão fazer suas inscrições no Centro de Convenções de Goiânia, onde acontecerá o congresso. Acesse a programação científica e social pelo www.anclivepa2016. com.br. Na próxima edição do Quirão vamos divulgar os registros do evento, que deve reunir cerca de três mil profissionais na capital goiana. Hospital-Modelo O CBA traz, entre outras novidades, um hospital-modelo e um pet shop-modelo para tirar as dúvidas dos profissionais que querem montar ou adequar suas empresas de acordo com a Resolução do CFMV n° 1015/2012, que estabelece critérios para estabelecimentos veterinários. Fiscais do CRMV-GO e Vigilância Sanitária estarão presentes para tirar as dúvidas. A programação científica está repleta de novidades e traz o Fórum Internacional de Nutrição, curso de gestão de clínicas, novidades sobre epilepsia canina, anorexia em gatos, zoonoses e medicina felina, novas perspectivas para a Parvovirose canina, acupuntura no tratamento da dor crônica, entre outros importantes temas, inclusive o Congresso Brasileiro de Odontologia Veterinária, um dos sete eventos paralelos ao CBA. Uma palestra inédita em tempos de crise: Quero ir embora. Como ser médico veterinário nos EUA? Tudo que o profissional gostaria de saber e não tinha para quem perguntar, no dia 13 maio, às 14 horas, com o Méd. Vet. Ronaldo Casimiro. Acesse o site do congresso para saber mais. Veja os registros da inauguração da nova sede da Anclivepa Goiás em www.crmvgo.org.br (Galeria de Fotos) e também nas redes sociais. Nova sede da Anclivepa Goiás, no Centro de Goiânia Coleta nos estabelecimentos veterinários Foto: Divulgação Comurg A Associação Nacional dos Clínicos Veterinários de Pequenos Animais – seção Goiás (Anclivepa-GO) está em negociação com a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) sobre o recolhimento do lixo hospitalar e retirada das carcaças de animais nos estabelecimentos veterinários. A proposta da entidade é que as carcaças, quando não contaminadas, poderiam ser depositadas junto ao lixo comum, de acordo com o horário pré-estabelecido da coleta, desde que o material esteja devidamente embalado e acondicionado. Materiais passíveis de contaminação ambiental seriam encaminhados via coleta seletiva de lixo hospitalar, ao valor pré-estabelecido pela Comurg, que hoje é de R$ 3,51 por quilo, ou ainda encaminhados para outras empresas que também realizam trabalho de coleta. De acordo com o Méd. Vet. Ronaldo Medeiros de Azevedo, presidente da Anclivepa Goiás, as carcaças poderiam ser encaminhadas pelos estabelecimentos para o aterro sanitário em transporte próprio quando assim considerar necessário, mediante pagamento do valor pré-estabelecido entre as partes e com a quantidade mínima determinada. Representantes da Anclivepa, CRMV-GO e Comurg vão se reunir para definir o assunto e acertar os valores. Acompanhe aqui no Quirão, site e redes sociais as decisões. 6 Especial ANO XXXIII n° 151 – Maio de 2016 Zootecnia: 50 anos de estudos no Brasil Selo comemorativo dos 50 anos da Zootecnia promovido pela Associação Brasileira dos Zootecnistas (ABZ). Baixe o arquivo no site www.abz.org.br/zootecnia/logomarca-50-anos. O primeiro curso de Zootecnia do Brasil foi criado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), na cidade de Uruguaiana-RS, no ano de 1966, portanto, há 50 anos. Este fato ocorreu 13 anos após a primeira proposta curricular para um curso de Zootecnia ter sido elaborada. A profissão de Zootecnista foi regulamentada em 4 de dezembro de 1968 pela Lei Federal 5.550, assinada pelo então presidente Arthur da Costa e Silva. Nessa época os profissionais estavam ligados aos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (CREAs). De acordo com o Art. 4° da Lei 5.550, “a fiscalização do exercício da profissão de Zootecnista será exercida pelo Conselho Federal e pelos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, enquanto são instituídos os Conselhos de Medicina Veterinária ou os da própria entidade de classe”. Com a criação dos Conselhos Regionais de Medicina Veterinária, em outubro de 1968, os Zootecnistas passariam a ser fiscalizados pelos CRMVs, de acordo com o Decreto-lei n° 425, publicado em 21 de janeiro de 1969, que revogou o Art. 4° da Lei 5.550. Em 12 de julho de 1969, por meio do Parecer 406, Resolução n° 6, foi estabelecido o currículo mínimo e a duração para o curso de Zootecnia. O Zootecnista pode atuar em empresas e propriedades rurais com melhoramento de rebanhos, acompanhamento de abate de animais, preparação de rações, manejo de pastagens, elaboração de projetos agropecuários e gestão de negócios agrícolas. Seu campo inclui ainda exposições e feiras agropecuárias e atividades de ensino, pesquisa e extensão. O Centro-Oeste, devido à grande quantidade de propriedades rurais, é um bom campo para esse profissional, que está em ascensão devido ao aumento populacional, ao mesmo tempo em que diminuem as terras de cultivo, o que gera pressão por uma produção agrícola eficiente, lucrativa e capaz de atender à demanda por alimentos, que é crescente. Primeira turma do Centro-Oeste A primeira turma de Zootecnia da região Centro-Oeste foi da então Escola Superior de Ciências Agrárias de Rio Verde (EsucaRV), que era mantida pela Fundação de Ensino Superior de Rio Verde (FesuRV), atual Universidade de Rio Verde (UniRV). A professora aposentada da Unirv, Zoot. Isabel Dias Carvalho, que é da primeira turma formada em 1985, conta como foi na época da graduação inédita em Goiás. “Um glamour”, segundo ela, que ainda guarda o convite de formatura e o jornal com o resultado do vestibular. Nessa turma, que iniciou os estudos em 1981 e concluiu em 1985, 17 profissionais se graduaram, sendo 11 homens e seis mulheres. A Zoot. Isabel Dias Carvalho conta ainda que, depois do glamour da formatura, a preocupação era muito grande com o mercado de trabalho na década de 80, Conectados Site do CRMV-GO – Cerca de 10 mil visitas por mês Facebook – Mais de 6 mil curtidas Twitter – Mais de 1,9 mil seguidores por causa da novidade do curso. “Ninguém sabia exatamente o que iríamos fazer”, comentou ela ao destacar que, mesmo assim, todos os profissionais formados nessa primeira turma do Centro-Oeste seguiram carreira e se estabeleceram no mercado. O Zoot. Luiz Antônio Cruvinel Nunes também é da primeira turma do Centro-Oeste e atualmente ocupa o cargo de gerente da fábrica de rações da Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (Comigo), em Rio Verde. Ele foi o primeiro Zootecnista contratado pela empresa, em 1992, quando a fábrica de ração produzia 12 toneladas por hora contra as 120 toneladas por hora Siga-nos Zootecnista Isabel Dias Carvalho que ainda guarda o convite de formatura (no detalhe). www.crmvgo.org.br facebook.com/CRMVGO twitter.com/CRMVGO Especial ANO XXXIII n° 151 – Maio de 2016 7 Foto: Bruno Kamogawa/Comigo Instituições de ensino em Goiás Em Goiás, existem sete instituições de ensino que oferecem o curso, atualmente: - Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), em Goiânia – www.pucgoias.edu.br - Universidade Estadual de Goiás (UEG), câmpus São Luís de Montes Belos – www.slmb.ueg.br - Universidade Federal de Goiás, câmpus Jataí – www.jatai.ufg.br - Escola de Zootecnia da UFG, câmpus Goiânia – www.evz.ufg.br - Instituto Federal Goiano, câmpus Rio Verde - www.rioverde.ifgoiano.edu.br Zootecnista Luiz Antônio Cruvinel Nunes, que é da primeira turma de Zootecnistas do Centro-Oeste, formada em 1985, e foi o primeiro Zootecnista da Comigo, em Rio Verde. produzidas hoje. A Cooperativa possui em seus quadros atuais três zootecnistas no setor de produção e outros três no departamento comercial. Cruvinel conta que quando a turma se formou, as pessoas pensaram que Zootecnia era um curso da escola agrícola da cidade, de nível médio. “O desconhecimento era grande porque as pessoas só conheciam a veterinária e a agronomia”. Mas ele levou apenas dois anos para se ingressar na área. O gerente da Comigo frisou que o mercado é muito promissor, principalmente no setor de granjas, pois o manejo adequado e o foco na produção são exatamente as habilidades requeridas pelos grandes empregadores. “Penso que a Zootecnia está muito melhor hoje em dia”, destacou ele. Campanha Hoje, existem 1.590 Zootecnistas inscritos em Goiás, até abril de 2016, sendo 914 ativos e 676 inativos. Para o presidente da Comissão Estadual de Zootecnia do CRMV-GO, Zoot. Fabrício Estrela Mendon- - Instituto Federal Goiano, câmpus Ceres – www.ifgoiano.edu.br/ceres - Instituto Federal Goiano, câmpus Morrinhos – www.ifgoiano.edu.br/morrinhos ça, também sócio-diretor da Biox, o propósito do Zootecnista é gerar valor para o agronegócio brasileiro nas diversas áreas da produção animal do país, ocupando as funções em organizações de trabalho públicas e privadas. O Zootecnista de sucesso, além das competências técnicas, deve reunir competências humanísticas como trabalhar bem em equipe, obedecer a hierarquias, liderar e tomar decisões. Deve possuir ainda habilidades gerenciais para contribuir com os agentes envolvidos em determinado negócio ou setor produtivo para alavancar os resultados. “Aproveito para parabenizar os profissionais de Goiás que focam em seus propósitos e contribuem com a valorização do agronegócio no Estado”, destacou Estrela. O mote da campanha 2016 pelo Dia do Zootecnista desenvolvido pelo sistema CFMV/CRMVs é “Zootecnista: um profissional para criar, manejar e melhorar a genética dos rebanhos brasileiros”. Veja no site www.crmvgo.org.br o material (impresso e vídeo) e compartilhe os CENSURA PÚBLICA conteúdos. Atenção para o 5° Ciclo de Palestras da Zootecnia, em comemoração ao Dia do Zootecnista. Data: 18 de junho de 2016, no auditório da Faeg, no Setor Sul, em Goiânia-GO. Iniciativa da Comissão de Zootecnia do CRMV-GO. Inscrições e programação disponíveis a partir da segunda quinzena de maio no site www.crmvgo.org.br. Foto: Arquivo Pessoal Zootecnista Fabrício Estrela Mendonça O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Goiás – CRMV-GO, Autarquia Federal de fiscalização do exercício profissional, no uso de suas atribuições legais conferidas pela Lei Federal nº 5.517, de 23 de outubro de 1968, regulamentada pelo Decreto nº 64.704, de 17 de junho de 1969, consoante a decisão proferida pelo Plenário do Conselho Federal de Medicina Veterinária, na Septuagésima Nona (LXXIX) Sessão Especial de Julgamento, nos autos do Processo Ético- profissional CFMV nº 3540/2015 e CRMV-GO nº 9758/2014, vem executar a penalidade de CENSURA PÚBLICA EM PUBLICAÇÃO OFICIAL, com fundamento no artigo 33, alínea “c” da Lei Federal nº 5.517/68, aplicada ao Médico Veterinário ISAÍAS ALVES VELOSO, CRMV-GO 1623, pela violação aos artigos 1º; 3º; 5º; 6º, inciso I; 13 incisos V e IX; 14, incisos I e III; 24, inciso I, todos do Código de Ética do Médico Veterinário, Resolução CFMV nº 722/2002. Goiânia, 23 de março de 2016. Benedito Dias de Oliveira Filho Méd.Vet. CRMV-GO 0438 Presidente 8 Fique por dentro ANO XXXIII n° 151 – Maio de 2016 Manejo do porquinho-da-índia em cativeiro O porquinho-da-índia (Cavia porcellus) é encontrado na América do Sul (Peru, Argentina, Brasil e Uruguai). É um dos animais silvestres preferidos em Goiás. No hábitat natural possui atividade diurna e forma grupos de 8-10 indivíduos, sendo o macho dominante. Apesar do nome que levam, os porquinhos-da-índia nada têm a ver com suínos, e nem mesmo são originários da Índia. O nome “porquinhos” refere-se ao som que produzem, similar ao grunhir dos porcos. E “da Índia”, é devido ao fato de serem originários da América do Sul, ou “Índias Ocidentais”. Por terem os europeus confundido a América do Sul com as Índias, deram este nome a estes animais que aqui encontraram. A maturidade sexual ocorre a partir da 10º semana de vida nos machos e da 6º nas fêmeas. O período de gestação é de 59-72 dias, com um número de crias de 2-5 indivíduos que desmamam com 3-4 semanas de vida. A longevidade média em cativeiro é de 4 a 5 anos. Os porquinhos-da-índia são herbívoros e, por isso, necessitam de uma alimentação rica em fibras, como capim, feno e vegetais verdes escuros. Os vegetais podem ser servidos em porções (cerca de 1 copo) uma ou mais vezes ao dia. Já o feno e o capim devem ser fornecidos em quantidade ilimitada. O consumo das fibras é vital para a boa saúde deste animal, uma vez que promove o desgaste dos dentes, mantém em pleno funcionamento o sistema digestivo, auxilia na produção dos cecótrofos, que são fezes consumidas pela manhã que fornecem vitaminas e diminui o consumo de carboidratos (ração e frutas, principalmente), que podem causar problemas se fornecidos em excesso e de baixa qualidade. Por não possuírem a enzima necessária para a síntese de vitamina C, esta deve ser suplementada, de preferência, por meio de alimentos que Foto: Divulgação contenham teores elevados desta vitamina. Os dentes incisivos, molares e pré-molares têm crescimento contínuo, o que aumenta as chances de patologia dentária, se não fornecidos alimentos e materiais que promovam o desgaste. A falta de apetite é um motivo frequente de consultas veterinárias em porquinhos-da-índia. É um sintoma inespecífico, que pode ser ocasionado por muitas enfermidades. Não comer é extremamente sério, pois com cerca de 16 a 20 horas sem se alimentar, as células começam a se “romper”, causando um quadro de lipidose hepática, principalmente em animais obesos. Deste ponto em diante, o estado do porquinho-da-índia só tende a piorar, em especial quando este sintoma persiste por 2 dias ou mais. Somado a isso, tem-se o fato de que estes animais tendem a não lutar contra doenças e começam a recusar alimentos, o que os enfraquece ainda mais. Portanto, se o porquinho-da-índia não está comendo, leve-o a um Médico Veterinário especializado imediatamente. Para o alojamento do porquinho-da-índia, o ideal é o cercadinho com telas aramadas, uma vez que este permite que sejam montados espaços de diversos tamanhos e formatos. O fundo pode ser feito com plástico ou emborrachado grosso (soft). É desaconselhado o uso de gaiolas de outros pequenos roedores (como hamsters, ratos e chinchilas), aves e aquários. Gaiolas para coelhos devem ser evitadas. Além de o local ser pequeno, o porquinho-da-índia precisa de espaço para se exercitar. A restrição de atividade física causa obesidade, pododermatite, problemas de coluna e impactação intestinal. Se usadas, devem ter no mínimo 76 x 91cm, o chão não deve ser de grade e o porquinho-da-índia deve ser solto várias vezes ao dia. Se viveiro externo, estes podem ser feitos de madeira e cercado com telas aramadas, possuir telhado para proteção do sol e chuva e o ambiente deve ser fresco e ventilado, de modo a minimizar correntes de ar, odores e aumento de umidade. O piso pode ser de grama natural. A convivência entre coelhos e porquinhos-da-índia deve ser evitada. Os coelhos, em geral, são portadores da bactéria Bordetella bronchiseptica, que é inofensiva para a espécie, ao passo que para os porquinhos-da-índia essa bactéria causa pneumonia e abortamento. Autores: Méd. Vet. Marina Mendonça de Miranda, especialização em Clínica Médica e Cirúrgica de Animais Selvagens e Exóticos e membro da Associação Brasileira de Veterinários de Animais Selvagens (Abravas) e Méd. Vet. Bruno Ferreira Carneiro, mestrando em Ciência Animal pela UFG e também membro da Abravas. Proprietários da Clínica Refúgio Silvestre, em Goiânia. REFERÊNCIAS: 1- QUESENBERRY, K. E; DONNELLY, T. M.; MANS C. Biology, Husbandry and Clinical Techniques of Guinea Pigs and Chinchillas. In: QUESENBERRY, K. E.; CARPENTER, J. W. Ferrets, Rabbits and Rodents- Clinical medicine and surgery Missouri: Elsevier, 2012, p. 279-294. 2- TEIXEIRA, V. N. Rodentia-Roedores Exóticos. In: CUBAS, Z. S.; SILVA, J. C. R.; CATÃO-DIAS, J. L. Tratado de Animais Selvagens – Medicina Veterinária. Segunda edição. São Paulo: Roca, 2014, p. 1169-1208. CENSURA PÚBLICA O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Goiás – CRMV-GO, Autarquia Federal de fiscalização do exercício profissional, no uso de suas atribuições legais conferidas pela Lei Federal nº 5.517, de 23 de outubro de 1968, regulamentada pelo Decreto nº 64.704, de 17 de junho de 1969, consoante a decisão proferida pelo Plenário do Conselho Regional de Medicina Veterinária, na Centésima Trigésima Primeira Sessão Especial de Julgamento, nos autos do Processo Ético- profissional nº 31/2015, vem executar a penalidade de CENSURA PÚBLICA EM PUBLICAÇÃO OFICIAL, com fundamento no artigo 33, alínea “c” da Lei Federal nº 5.517/68, aplicada ao Médico Veterinário ATAÍDES CÉSAR CASTANHEIRA NETO, CRMV-GO 6420, pela violação aos artigos 1º; 3º; 13 incisos IX e XX; 14, incisos I e VIII, todos do Código de Ética do Médico Veterinário, Resolução CFMV nº 722/2002. Goiânia, 25 de abril de 2016. Benedito Dias de Oliveira Filho Méd.Vet. CRMV-GO 0438 Presidente Responsabilidade Técnica ANO XXXIII n° 151 – Maio de 2016 9 Preenchimento da ART on-line As Anotações de Responsabilidade Técnica (ARTs) já podem ser preenchidas on-line (Resoluções CFMV n° 1041/2013 e 683/2001). As três vias do documento são preenchidas no site, então, o profissional deve imprimí-las, assiná-las e enviá-las ao CRMV-GO para homologação. A Coordenadora Técnica do CRMV-GO, Méd. Vet. Raquel de Sousa Braga, informou que a vantagem da ART on-line é evitar preenchimentos incorretos que são responsáveis por mais de 40% das devoluções de ART, em média, o que torna moroso o processo de homologação. No preenchimento via web, a maioria dos campos apresenta uma explicação para facilitar o entendimento, portanto, as chances de erros são quase nulas. Clique no banner Tudo sobre RT, que está em destaque no site www.crmvgo.org.br e acesse o menu Anotações de RT. Mais informações pelo (62) 3269-6527 ou [email protected]. Boletos para homologação de ART O CRMV-GO informa que os boletos emitidos para homologação de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) serão enviados exclusivamente para os e-mails da empresa e do profissional RT. Fique atento e verifique também sua caixa de lixo eletrônico. Mantenha seu endereço eletrônico sempre atualizado! Mais informações pelo (62) 3269-6527 ou [email protected]. Registro de clínicas, consultórios e hospitais Os proprietários de estabelecimentos veterinários devem enviar os documentos de registo das clínicas, consultórios e hospitais apenas após o término das obras da unidade e aquisição dos equipamentos, já que é necessária uma vistoria dos fiscais para saber se o local está de acordo com a Resolução CFMV n° 1015/2012, antes de liberar o registro. Mais informações pelo (62) 3269-6527. Projeto RT Solidário Em 2016, o CRMV-GO implantou o Projeto “RT Solidário”, cujo objetivo é estimular a responsabilidade social dos profissionais inscritos em Goiás que participam das atividades de Educação Continuada. Cada Seminário de Responsabilidade Técnica tem um “custo” de 2 quilos de alimentos não perecíveis ou ração para pets. Os alimentos são doados para instituições filantrópicas de Goiânia. O projeto faz parte das ações de Responsabilidade Social do CRMV-GO e os profissionais se mostram sempre dispostos a colaborar. Agradecemos a todos pelas importantes doações. Acompanhe no menu Tudo sobre RT – Projeto RT Solidário as arrecadações e os registros das entregas dos produtos (veja foto da primeira entrega dos alimentos na página 4). Seja você também um RT Solidário! A Coordenação Técnica do CRMV-GO informa que o Seminário Básico de RT, que estava programado para o dia 17 de junho, em Goiânia, foi remanejado para o dia 10 de junho. Programe-se! Mais informações pelo (62) 3269-6527. 10 Fique por dentro ANO XXXIII n° 151 – Maio de 2016 Médicos Veterinários, Zootecnistas e a Pegada Hídrica Foto: Arquivo Pessoal Entender a água como elemento fundamental para a vida e para a economia é um passo importante para que o Brasil tornese verdadeiramente um país desenvolvido. Ter água de qualidade significa, também, ter uma população mais saudável, um meio ambiente melhor uma economia mais fortalecida. No dia 22 de março comemoramos o Dia Mundial da Água e no dia 22 de abril, o Dia do Planeta Terra. O consumo de água no planeta está ligado às diversas funções da água, tanto no cotidiano das pessoas, como na produção de alimentos, roupas, papel e entre outros. E, a quantidade de água usada para esses meios é enorme e muitas vezes desproporcional. Segundo dados da Water Footprint, para produzir um quilo de carne bovina, por exemplo, são gastos 15,5 mil litros de água, um pouco mais que os dez mil litros de água gastos para fazer um quilo de algodão. Compreender como fazer um uso mais sustentável e equitativo da água é um dos grandes desafios que se colocam a empresas e cidadãos para as próximas décadas. Nesse contexto, surge o conceito de Pegada Hídrica. E você conhece sua pegada hídrica? Se nunca ouviu falar sobre Pegada Hídrica, é bom saber: ela é um indicador do uso da água que analisa sua utilização de forma direta e indireta, tanto do consumidor quanto do produtor. A Pegada Hídrica de um indivíduo, comunidade ou empresa é definida como o volume total de água doce que é utilizado para produzir os bens e serviços consumidos pelo indivíduo, comunidade ou produzidos pelas empresas. A Pegada Hídrica é dividida em três tipos: a azul, que mede o volume das águas de rios, lagos e lençóis freáticos, usualmente utilizadas na irrigação, processamentos diversos, lavagens e refrigeração; a pegada hídrica verde, que se relaciona à água das chuvas, necessária ao crescimento das plantas; e a pegada hídrica cinza, que mede o volume necessário para diluição de um determinado poluente até que a água em que este efluente foi misturado retorne a condições aceitáveis, de acordo com padrões de qualidade estabelecidos. Sendo assim, com base nos dados da ONU, a Pegada Hídrica de cada brasileiro é de 2.027 m3/ano, que está acima da média global de 1.385 m3/ano. Isso ocorre basicamente por causa da nossa relevante produção agrícola. Outra informação interessante é que 9,2% desta Pegada Hídrica per capita se refere a produtos importados, ou seja, é a água virtual contida nos produtos que importamos. Sobrevivemos às mudanças climáticas, hiperinflação, excesso de impostos, períodos de recessão, estamos atordoados com as frentes de corrupção, mas como sobreviver e progredir nos negócios sem água? Não é possível aceitar que esparsas campanhas de diminuição de consumo de água pela população resolvam o problema. É preciso que o agronegócio e o setor industrial participem efetivamente na gestão e o no uso sustentável dos recursos naturais. Nós, Médicos Veterinários e Zootecnistas, precisamos saber gerenciar bem o uso da água quando atuamos nos processos produtivos, pois somos responsáveis pelo futuro da alimentação no Brasil e no mundo. Cerca de 72% da água captada no país vai para a produção agrícola, o que está em linha com a média de 70% no mundo, segundo a ANA (Agência Nacional de Águas). O fato é que não há como produzir alimentos, fibras e outros produtos agrícolas sem água. Se considerarmos a dependência do agronegócio neste recurso e o conteúdo de água em produtos como leite (85% a 90%), mel (13% a 23%), carne (70% a 75%) e ovo (75%), poderíamos até criar o termo “agrohidronegócio”. Finalizando, podemos então concordar em uma coisa: o Brasil tem água o bastante para todos, mas precisamos aprender a geri-la de forma mais eficiente e combater os desperdícios. Consulte mais em www.pegadahidrica.org. Méd. Vet. Márcia Cristina Barnabé Membro da Comissão de Responsabilidade Técnica do CRMV-GO Mestre em Produção Animal Especialista em Certificação Ambiental e Produção Mais Limpa SUSPENSÃO DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Goiás – CRMV-GO, Autarquia Federal de fiscalização do exercício profissional, no uso de suas atribuições legais conferidas pela Lei Federal nº 5.517, de 23 de outubro de 1968, regulamentada pelo Decreto nº 64.704, de 17 de junho de 1969, consoante a decisão proferida pelo Plenário do Conselho Regional de Medicina Veterinária, na Centésima Trigésima Sessão Especial de Julgamento, nos autos do Processo Ético- profissional nº 13/2015, vem executar a penalidade de SUSPENSÃO DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL, POR 30 (TRINTA) DIAS com fundamento no artigo 33, alínea “d” da Lei Federal nº 5.517/68, aplicada ao Médico Veterinário ARTHUR MARTINS DE SOUZA, CRMV-GO 4360, pela violação aos artigos 1º; 5º; 6º incisos I, VI e VII; 14, incisos I e VII; 24 inciso I; e art. 37, todos do Código de Ética do Médico Veterinário, Resolução CFMV nº 722/2002. Goiânia, 25 de abril de 2016. Benedito Dias de Oliveira Filho Méd.Vet. CRMV-GO 0438 Presidente Fique por dentro ANO XXXIII n° 151 – Maio de 2016 11 Campanha Goiás contra a carne clandestina Gravação de vídeo sobre carne clandestina que será usado pela Escola Superior do Ministério Público de Goiás. Reunião ocorrida no dia 14 de março, no CRMV-GO, discutiu as estratégias para as próximas etapas da operação “Goiás contra a carne clandestina”, deflagrada no ano passado. Vários órgãos participam do projeto, desencadeado pelo Ministério Público Estadual (MP-GO): CRMV-GO, Vigilâncias Sanitárias, Procon, Ministério da Agricultura (Mapa), Sebrae Goiás, Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), entre outros. Em 2015, cerca de 25 toneladas de alimentos foram apreendidas nas operações conjuntas ocorridas nas cidades de: Jussara, Santa Fé, Cristalina, Santo Antônio do Descoberto, São Miguel do Araguaia, Bonópolis, Catalão, Três Ranchos, Ouvidor, Silvânia, Padre Bernardo e Mimoso de Goiás. Foram visitados mais de 240 estabelecimentos em 2015. No dia 22 de março, a equipe da Escola Superior do Ministério Público gravou um vídeo com o presidente do CRMV-GO, Méd. Vet. Benedito Dias de Oliveira Filho e com a Coordenadora Técnica do CRMV-GO, Méd. Vet. Raquel de Sousa Braga, para ser usado em um curso à distância (EAD) de 60 horas sobre carne clandestina, projeto voltado para promotores e assistentes que atuam nas comarcas de Goiás. Todos os representantes dos órgãos envolvidos na campanha Goiás contra a Carne Clandestina darão seus depoimentos que servirão de suporte para as ações dos promotores. O vídeo estará disponível no segundo semestre deste ano no site www.crmvgo.org.br menu Imprensa – Vídeos e será amplamente divulgado nos canais de comunicação do CRMV-GO. Confira o trabalho! Veja os materiais (impresso e áudios) da campanha no site www.crmvgo.org.br. No dia 4 de abril, os fiscais do CRMV-GO, Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) e Procon estiveram no município de Taquaral onde foi apreendida cerca de 1,5 tonelada de produtos impróprios para consumo e carne sem procedência, alimentos que estavam sendo comercializados em casas de carne e supermercados da cidade. Outra fiscalização, em Cristalina, dias 19 e 20 de abril, resultou na prisão de quatro pessoas por comércio de carne clandestina e apreensão de cerca de 2 toneladas de carne. Os fiscais estiveram em cerca de 40 estabelecimentos. As denúncias sobre venda de carne clandestina em Goiás são recebidas pelo número 127, do MPE. Veja no site www.crmvgo.org.br os materiais (impresso e áudios) da campanha e compartilhe! Fiscalização em Taquaral Mutirão de Conciliação do CRMV-GO Ações de execução do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Goiás (CRMV-GO) foram negociadas no Mutirão de Conciliação de 25 de abril até 06 de maio. A ação foi promovida pelo Centro Judiciário de Conciliação (Cejuc-GO), em parceria com a 12ª Vara, onde já estão sendo tratadas e negociadas as ações de execução envolvendo o Conselho. O Mutirão aconteceu na Sala de Audiências de Conciliação, no Térreo do Edifício Sede da Justiça Federal, no Centro de Goiânia. Além das partes intimadas, qualquer pessoa interessada em regularizar sua situação pôde comparecer. Existem cerca de 800 processos pendentes na 10° e 12° Varas da Justiça Federal envolvendo pessoas físicas e jurídicas devedoras do CRMV-GO. 12 Eventos ANO XXXIII n° 151 – Maio de 2016 MAIO JUNHO 03 12 a 14 37° Congresso Brasileiro da Anclivepa (CBA) Local: Goiânia-GO Informações: www.anclivepa2016.com.br Seminário Avançado de Responsabilidade Técnica. Tema: Comércio de Produtos Agropecuários Local: Caldas Novas-GO Informações: Informações: (62) 3269-6527 e www.crmvgo.org.br 7e8 I Seminário Nacional sobre o Papel do Médico Veterinário e Zootecnista na área ambiental Local: Cuiabá-MT Informações: www.cfmv.gov.br. 25 a 29 20 16 a 18 AGOSTO 18 Congresso Mundial de Oncologia Veterinária Local: Foz do Iguaçu-PR Informações: www.wvcc2016.com.br/ 8 a 10 Curso: ABC da Emergência na Clínica Cirúrgica Local: Goiânia-GO Informações: Anclivepa Goiás pelo (62) 3565-4608. Seminário Básico de Responsabilidade Técnica Local: Goiânia-GO Informações: Informações: (62) 3269-6527 e www.crmvgo.org.br VII Conferência Internacional de Medicina Veterinária do Coletivo Local: Porto Alegre-RS Informações: www.itecbr.org Seminário Avançado de Responsabilidade Técnica. Tema: Indústria Cárnea Local: Goiânia-GO Informações: Informações: (62) 3269-6527 e www.crmvgo.org.br 01 Seminário Avançado de Responsabilidade Técnica. Tema: Comércio de Produtos Agropecuários Local: Goiânia-GO Informações: Informações: (62) 3269-6527 e www.crmvgo.org.br Seminário Avançado de Responsabilidade Técnica. Tema: Estabelecimentos Veterinários Local: Goiânia-GO Informações: Informações: (62) 3269-6527 e www.crmvgo.org.br 10 20 JULHO 5° Ciclo de Palestras da Zootecnia Local: Auditório da Faeg Informações: www.crmvgo.org.br 05 Seminário Avançado de Responsabilidade Técnica. Tema: Comércio de Produtos Agropecuários Local: Jussara-GO Informações: Informações: (62) 3269-6527 e www.crmvgo.org.br 18 e 19 Curso: Cirurgia do Abdome e Tórax em Pequenos Animais Local: Goiânia-GO Informações: Anclivepa Goiás pelo (62) 3565-4608. 19 Seminário Avançado de Responsabilidade Técnica. Tema: Indústria Láctea Local: Goiânia-GO Informações: Informações: (62) 3269-6527 e www.crmvgo.org.br Consulte o ícone Eventos e Cursos no site www.crmvgo.org.br para acessar a agenda completa. Boletins eletrônicos CRMV-GO Verifique a caixa de lixo eletrônico, spam ou promoções. Configure para receber o material na sua caixa de entrada. Mantenha seu e-mail atualizado! A PÓS-GRADUAÇÃO QUE VOCÊ PRECISA ESTÁ AQUI REFERÊNCIA EM SAÚDE ÚNICA, COM VÁRIOS CURSOS NAS ÁREAS DE: • CLÍNICA MÉDICA E CIRÚRGICA • PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO ANIMAL • SAÚDE PÚBLICA • CIÊNCIAS AGRÁRIAS Inscreva-se 62 3622 6300 • 0800 725 6300 Apoio: ® Acesse: www.qualittas.com.br • facebook/qualittaspos
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