SANEANTES Qual o melhor produto para se usar? Como avaliar a

Transcrição

SANEANTES Qual o melhor produto para se usar? Como avaliar a
Para abordar este assunto, a diretoria da Câmara de
Químicos da ABRALIMP preparou um material especial, o
químico Miguel Sinkunas, explicou as principais
características dos saneantes, como deve ser feita a
aplicação, como manusear, quais produtos são os
melhores para serem utilizados, etc. Confira todos esses
tópicos no texto abaixo.
SANEANTES
Qual o melhor produto para se usar?
É o produto que vem de um fabricante idôneo, que possui
regularização, Isto revela que algumas etapas de préavaliação já foram feitas, ou seja, garante aos
consumidores confiança de que sua composição foi
considerada apta para o manuseio.
Os testes de eficiência, quando necessários, foram
executados e foram produzidos dentro de BPF (Boas
Práticas de Fabricação), garantindo sua qualidade. É
aquele produto que cumpre, ao menor custo e com maior
garantia, as finalidades propostas.
Como avaliar a idoneidade da empresa e seus produtos?
1) Através da avaliação da documentação oferecida. Lembre-se que é obrigação do fabricante/distribuidor, quando solicitado,
fornecer os dados. Porém, não se esqueça que é sobre a empresa usuária que cabe a responsabilidade quanto à segurança e saúde
de seus funcionários, bem como o compromisso eco-ambiental na aplicação dos produtos.
2) Faça seus próprios testes de eficiência. Normalmente esta etapa é muito difícil, pois depende mais de um julgamento sensorial.
Procure fazer a análise mais perfeita possível, usando critérios apropriados. Por exemplo, ao avaliar o resultado de uma limpeza,
certifique-se de que realmente limpou e não apenas clareou a superfície. Caso tenha outro produto, faça sua aplicação em paralelo
e na mesma condição. Isso pode lhe possibilitar melhor julgamento.
Às vezes, após a aplicação, pode-se esfregar um papel ou tecido branco para verificar algum nível de resíduos. Lembre-se que se
você está aplicando algo profissionalmente e seus resultados, invariavelmente poderão ser a razão de seu sucesso ou fracasso no
mercado!
3) Ao avaliar produtos de acabamento, como no caso de impermeabilização de pisos, não observe somente o resultado imediato,
observe-os a médio e longo prazo.
4) Verifique e compare o custo benefício e não o preço da unidade.
Um produto de custo unitário muito baixo pode ser o mais “caro”, se este não atender a suas necessidades. Após constatar os
resultados positivos, vale examinar também as maiores diluições com resultados satisfatórios.
5) Tenha certeza que o produto comprado será entregue de forma correta.
Exija como garantia especificações e certificados por escrito.
6) Mantenha seus registros de testes e de processos bem definidos para comparação futura.
7) Finalmente, certifique-se que obterá do fabricante/distribuidor uma assistência técnica profissional, consistente e presente, que
o auxiliará no futuro, inclusive com sugestões e processos que poderão aumentar sua produtividade, melhorar os resultados e
reduzir os custos.
Matéria Compilada de texto informativo periódico da ABRALIMP.
Como aplicar os produtos?
O sucesso na aplicação não se deve só à perfeita eleição do produto, e, sim, à perfeita execução de um processo do qual este faz
parte. Todos os parâmetros e componentes, incluindo eventuais equipamentos, acessórios e tempos envolvidos, são de primordial
importância.
Podemos dividir os processos de limpeza em diversas categorias, porém, a que mais nos interessa, por ser a mais comum, é a
limpeza mista, em que se utilizam produtos químicos e ação mecânica. Este tipo de aplicação apresenta variáveis bem definidas
cuja interação é intuitiva e pode ser facilmente compreendida (confira os tópicos).
Já os produtos para impermeabilização de pisos requerem um tratamento especial e diferenciado. Uma boa fonte de consulta é o
MANUAL DE PROCESSOS elaborado e fornecido pela ABRALIMP.
Considerados determinados e fixos:
Tipo e intensidade da sujidade.
Produto a ser utilizado, levando em consideração: tipo de sujidade, substrato, saúde e meio
ambiente.
Agente de ação mecânica e sua forma de aplicação, levando em consideração: agressividade e
condição local.
As variáveis serão:
Concentração do produto.
Ação mecânica (tempo de atuação e força exercida).
Temperatura (natural do local ou provocada).
Tempo de contato (atuação do produto).
Essas variáveis se relacionam entre si, ou seja, o valor de uma pode interferir com o valor da outra, por exemplo: se aumentarmos o
tempo de contato poderemos reduzir a concentração ou a ação mecânica. A temperatura, apesar da importância que tem, não
apresenta, na prática, fator que se tenha controle, exceto quando se utilizam equipamentos específicos.
Como controlar as variáveis?
Concentração
Usar medidores de peso ou volume práticos, porém, confiáveis - Medir criteriosamente.
Usar dosadores ou diluidores automáticos bem calibrados.
Tempo de atuação
Usar um relógio, principalmente em processos com necessidade de tempos maiores.
Ação mecânica
Procurar critérios para reproduzir fielmente processos anteriormente executados com sucesso, como por exemplo:
Uso de enceradeira – anotar a máquina utilizada, tipo e estado do disco ou escova, verificar tipo de movimento executado e
anotar produtividade (m²/hora). A produtividade é um meio seguro para controlar a velocidade de esfregamento.
Uso de hidrojateadora - anotar máquina utilizada, distância do bico ao substrato, verificar tipo de movimento executado e anotar
produtividade (m²/hora).
Uso de fibra de limpeza – anotar tipo, verificar o movimento executado e anotar produtividade (m²/hora).
O uso de máquinas automáticas de lavar pisos permite um ótimo controle de aplicação, bastando somente anotar a
produtividade (m²/ hora) para saber justamente a velocidade dessa aplicação, não esquecendo, é claro, de marcar o tipo de disco
ou escova e regulagem de pressão.
Matéria Compilada de texto informativo periódico da ABRALIMP.
Temperatura
De controle muito difícil, porém importante em operações especiais, como quando se usa uma hidrojateadora com água quente
ou quando se utiliza água quente na diluição de produtos em operações de remoção de ceras.
Como melhorar os resultados?
Toda limpeza normalmente pode ser complementada pela aplicação de produtos com diversas finalidades, como para:
Prolongar o estado de limpeza.
Desinfetar, garantindo maior higienização.
Embelezar, melhorando os resultados, tornando-os mais profissionais.
Todos os processos que envolvem produtos químicos devem ser definidos tendo em vista a situação apresentada.
Levar sempre em consideração a melhor diluição, determinar a freqüência necessária, o modo de aplicação e o tempo para ação do
produto, mão-de-obra e equipamentos. Crie uma folha de processo completa, para a verificação de consumos e tempos envolvidos
na área trabalhada. Fazer a “checagem” ou auditoria, para verificar conformidade quanto à diluição, ordem de aplicação, etc., bem
como avaliar permanentemente os resultados visando melhorias contínuas quanto à qualidade e custo das operações.
Como manipular, diluir e reembalar os saneantes?
Produtos mais concentrados, que permitem maior diluição, têm
normalmente o melhor custo-benefício.
Isto obriga os profissionais a diluírem os materiais de limpeza em um posto
de trabalho ou em uma central, para que sejam levados aos locais onde
serão aplicados.
Este procedimento, no entendimento de alguns, poderia necessitar de
autorização da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), porém,
especificamente, não existe irregularidade nestas operações, uma vez que a
ANVISA permite concentração mais alta em produtos de uso industrial e
também o CRQ (Conselho Regional de Química), baseado na legislação, que
exige um Químico responsável supervisionando as atividades da empresa.
A seguir, algumas sugestões para que estas operações possam ser feitas
dentro de critérios seguros e controlados
1) Diluição e reembalagem de produtos:
Ter a supervisão de um Químico responsável.
Tomar as devidas precauções de segurança, uso indispensável de EPIs (Equipamentos de
Proteção Individual), ter certeza que a embalagem final é adequada e estará bem fechada.
Identificar os produtos reembalados com rótulos que contenham no mínimo:
identificação da empresa, nome do produto, fabricante, número de lote, razão de diluição,
data da reembalagem, identificação do Químico responsável.
2) Sugestão de instruções nos postos de trabalho para manuseio de embalagens abertas
ou contendo produtos diluídos:
Os produtos que estiverem na concentração original devem ser mantidos na embalagem
e bem tampados após o uso. Havendo sobra dos materiais, sempre retorná-los ao mesmo
local do estoque de onde foram retirados.
Os que foram diluídos e sobraram devem ser bem tampados, embalados com uma
identificação visível, que conste, no mínimo, as seguintes informações: nome do produto, o
valor da diluição e a data em que foi feito o processo.
O passo seguinte é encaminhá-los ao estoque, onde deverá estar próximo aos mesmos
produtos na forma concentrada. Vale destacar que estas soluções precisam ser utilizadas o
quanto antes.
Matéria Compilada de texto informativo periódico da ABRALIMP.
Confira alguns conselhos elaborados para facilitar o trabalho com saneantes:
Sempre ao manipular produtos químicos utilize EPI’s (equipamentos de proteção individual) e evite o contato direto. Saiba que
muitos deles, antes usados indiscriminadamente, hoje são considerados prejudiciais ao ser humano e nada nos garante que no
futuro outros não terão o mesmo destino.
Mantenha um arquivo organizado das FISPQ’s (Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico) dos produtos em
estoque. Elas poderão ser úteis em casos de acidentes; ou chame um técnico para organizar o estoque de maneira segura.
Nunca misture produtos diferentes sem autorização expressa.
Nunca misture produtos diluídos aos concentrados, mesmo que seja o mesmo produto.
Ceras que saíram da embalagem original não devem retornar a ela quando esta ainda contiver produto, ou seja, devem receber o
mesmo tratamento dos que foram diluídos.
Sempre que iniciar um novo estoque procure informações e orientação técnicas sobre a condição de armazenagem e possíveis
incompatibilidades.
Produtos inflamáveis praticamente não são mais aplicados, porém, caso exista algum, este deve receber tratamento
diferenciado.
Procure aprender cada vez mais, com consciência e determinação.
Matéria Compilada de texto informativo periódico da ABRALIMP.

Documentos relacionados

Saneantes

Saneantes Os que foram diluídos e sobraram devem ser bem tampados, embalados com uma identificação visível, que conste, no mínimo, as seguintes informações: nome do produto, o valor da diluição e a data em q...

Leia mais