Não pode ser vendido separadamente.

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Não pode ser vendido separadamente.
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Fotos de Carlos Ribeiro Rocha
Portugal Inovador
Índice
7
4
Clínica Drª Sónia Costa
Prazer em trabalhar pelo seu sorriso
Ensino e Formação
27
Felgueiras
44
Saúde
51
Tomar
60
Minho e
Douro Litoral
8
St. Peter’s School
Rigor, excelência e ambição
em regime bilingue
46
Cong. Nossa
Srª da Caridade
“A Caridade é a principal das virtudes”
52
Kebab Oriental
Uma aposta de sucesso
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Julho I 3
Prazer em trabalhar
pelo seu sorriso
Sónia Costa é natural de Paços de
Ferreira, mas foi sempre na vizinha vila
de Lousada que se dedicou à Medicina
Dentária. Iniciou este seu projeto em
1999, e a opção por Lousada surgiu da
vontade de preencher uma necessidade. No fundo, quis trazer a este local
algo que ainda não existia.
Este espírito inovador manifestou-se logo de início. A Clínica Sónia
Costa, na altura a funcionar com uma
só sala, começou logo por ser pioneira
na utilização de tecnologias que deram
a conhecer a este público uma nova
forma de trabalhar. Sublinha-se, a
este respeito, o exemplo do ortopantomógrafo, aparelho de raio-x que
permite que, logo na primeira consulta,
o tratamento seja feito a partir de um
diagnóstico mais preciso e completo.
4 I Julho
Conforme nos conta a responsável, “foi
um grande investimento, mas resultou
em que os nossos pacientes começassem logo a perceber que a nossa
prestação de serviço diferenciava-se
de tudo o que havia à volta”.
Naturalmente, a maneira como
a sua clínica tem vindo a marcar a
diferença deve-se a mais fatores.
Sobre as chaves do seu sucesso e
afirmação, Sónia Costa lembra-nos
que “não existe um livro de receitas”,
mas tem procurado manter-se fiel a um
conjunto de princípios que continua a
ter bem presentes. A sua filosofia de
trabalho pauta-se, constantemente,
por palavras como “sacrifício, perseverança, diferenciação, disponibilidade,
proximidade e paixão”.
Sem esquecermos os restantes,
proximidade e paixão são dois termos
nos quais pensamos imediatamente
quando ficamos a conhecer o ambiente que se vive na Clínica Sónia Costa.
Há, de facto, uma grande familiaridade
entre os profissionais desta casa e os
seus pacientes, assim como um prazer
natural em acompanhá-los e em con-
Carlos Ribeiro Rocha
Carlos Ribeiro Rocha
A Clínica Médico Dentária Drª Sónia Costa, em Lousada, reforçou este ano o seu serviço ao
paciente com a mudança para novas instalações. A responsável e a sua equipa ajudaramnos a conhecer o trabalho que aqui é desenvolvido.
Carlos Ribeiro Rocha
Portugal Inovador
Portugal Inovador
áreas de intervenção, Ortodontia e
Implantologia. A primeira define-se pela
dedicação à prevenção e correção das
más posições dos dentes e dos maxilares, beneficiando, por conseguinte,
a função mastigatória e também a
estética da face e do sorriso. Para
este efeito, a Clínica Sónia Costa tem
como destaque o recurso ao método
Invisalign. É uma solução inovadora,
reconhecida pela vantagem estética
face aos brackets convencionais (por
ser, como o nome indica, praticamente
invisível), pelo conforto e pela eficácia
no alinhamento dos dentes. Já dentro
da Implantologia, direcionada para a
reabilitação de desdentados parciais
ou totais, existe aqui a possibilidade
de ser efetuada com recurso a cirurgia
guiada, o que reduz significamente
Carlos Ribeiro Rocha
tribuir para a melhoria da sua saúde e
da sua autoestima.
Foi também a pensar neles que a
clínica passou, há poucos meses, para
as suas novas instalações. Para além
de ter significado uma expansão para
quatro salas e uma capacidade para
acolher um amplo leque de especialidades, este novo espaço trouxe também um novo nível de conforto a quem
visita a Clínica Sónia Costa. “Tirar
alguém de casa para ir ao dentista não
é fácil e foi essa a preocupação que
tivemos ao criar este espaço. Quisemos dar-lhes esse conforto e sinto que
os nossos pacientes perceberam que
o investimento foi para eles”, explica.
Carlos Ribeiro Rocha
Como já foi dito, estas novas condições permitem um funcionamento clínico diferenciado, nomeadamente na
cobertura completa de diferentes áreas
como a Ortodontia, Implantologia, Endodontia, Odontopediatria, Dentisteria
e Prótese Fixa e Removível. Cada uma
destas é garantida por profissionais
especializados, que compõem uma
equipa que Sónia Costa tem liderado
com harmonia e sentido de união.
Para Francisco Quelhas Lima,
Soraia Meira e Joana Pinto, equipa
de Dentisteria, o funcionamento por
especialidades “permite um trabalho
final mais completo e satisfatório. No
caso da Dentisteria, o paciente beneficia de uma reconstrução dentária com
qualidade, sem recorrer a trabalhos
de prótese de fixa mais dispendiosos ou invasivos”. Rita Rodrigues,
Odontopediatra, mostra-se de acordo
quando afirma que, para si, “não faria
sentido trabalhar de uma outra forma”. Elucidando-nos melhor acerca
da ligação entre os elementos desta
equipa, refere-nos que, mensalmente,
são feitas “reuniões de grupo onde são
discutidos diversos casos clínicos, com
partilha de conhecimentos e a inevitável melhoria técnica”.
Além desta saudável dinâmica
de grupo, outros dois fatores que
garantem a eficácia deste trabalho
passam pela formação constante
destes profissionais e pelo recurso a
equipamentos de ponta. Sónia Costa
fala-nos do caso específico das suas
Carlos Ribeiro Rocha
Especialidades
Julho I 5
Carlos Ribeiro Rocha
Carlos Ribeiro Rocha
Carlos Ribeiro Rocha
Miguel Ferri
Portugal Inovador
o pós-operatório e transmite grande
segurança em zonas da cavidade oral
onde há que ter relativo cuidado com
certas estruturas anatómicas, como
o nervo alveolar inferior ou os seios
maxilares.
Um exemplo claro da aposta em
novos métodos e recursos foi o investimento num microscópio destinado
ao trabalho de Endodontia. O res6 I Julho
ponsável por esta área, Hugo Sousa
Dias, apresenta-nos este equipamento
como “uma peça muito importante
para casos com um determinado
nível de dificuldade. Este e outros,
como o localizador ou os motores de
Endodontia, são ferramentas para que
o trabalho seja mais previsível e tenha
uma qualidade maior”.
Já Rita Rodrigues salienta-nos
um equipamento de última geração
que utiliza “com muita frequência e
sucesso, que são os óculos para ver e
ouvir filmes a 3D. São uma mais-valia
na área da Odontopediatria, uma vez
que as crianças ficam completamente
absorvidas pelo que estão a ver e a
ouvir. Abstraem-se dos instrumentos
médicos e respetivos sons, diminuindo,
por conseguinte, a sua ansiedade”. A
Odontopediatria está a merecer, aliás,
uma grande ênfase dentro do trabalho
desta clínica e vários pediatras encaminham as crianças suas pacientes
para aqui.
Um trabalho
promissor
Para além de se apresentar de
forma mais robusta dentro daquilo que
tem que ver com a Medicina Dentária,
a Clínica Sónia Costa progrediu, igualmente, no sentido de ter no seu leque
de serviços outras especialidades
médicas. Estas são, nomeadamente,
a Medicina Geral e Familiar, Pediatria,
Podologia, Psicologia, Terapia da Fala,
Ginecologia e Nutrição.
Em jeito de balanço quer acerca
destes 16 anos quer das recentes novidades, Sónia Costa não tem dúvidas
em mostrar-se satisfeita: “Estamos em
Lousada, que é uma vila, e conseguimos colocar aqui uma clínica equiparável ao que existe nos grandes centros”.
A comprová-lo está a constante atração de novos pacientes, muitos deles
oriundos de várias grandes cidades da
região Norte. Agora, apontando para a
continuidade desta sua criação, Sónia
Costa aproveita para nos deixar com
uma frase de Fernando Pessoa: “O
Homem é do tamanho do seu sonho”. |
Portugal Inovador
Julho I 7
Portugal Inovador
Rigor, excelência e ambição
em regime bilingue
Com uma forte aposta na internacionalização, o St. Peter’s School cedo se afirmou
como uma referência no ensino para todo o país.
Fundado em 1993 e sediado
em Palmela desde 1999, o St.
Peter ’s School é um instituto
de excelência que, desde o nível pré-escolar até ao 12º ano,
prepara os seus alunos para
os principais desafios da vida,
através de um sistema de educação bilingue, em que “parte
dos conteúdos é lecionada em
português e outra em inglês”, tal
como explica a diretora Isabel
Simão. São aspetos como este
que permitiram a este estabelecimento de ensino trazer “inovação
para o distrito e para a região”
que, por sua vez, se traduziram
no crescimento do colégio.
8 I Julho
Hoje, cerca de 1100 alunos
frequentam esta instituição que
detém o estatuto de escola internacional, certificado pelo IB
– International Baccalaureate.
O St. Peter’s School trata-se,
por este motivo, de um colégio
“com um currículo diferenciado”
onde, paralelamente à qualidade
da educação, é despertado nos
alunos um espírito de “rigor e
exigência”. Os resultados, tal
como refere a diretora da instituição, são bem visíveis através
do “destaque obtido nos rankings
nacionais” e no sucesso dos
estudantes. Uma obra “extrema-
mente gratificante” que é o fruto
da constante “luta” que se trava
a cada ano.
De Portugal para o
Mundo
A certificação IB constitui, por
seu turno, uma autêntica mais-valia também para os educandos, pois permite que “qualquer
aluno possa ter acesso a uma
universidade estrangeira ou
nacional com grande destaque”,
acrescenta Isabel Simão. Não
admira, por isso mesmo, que
muitos dos antigos alunos do
colégio se encontrem atualmen-
Portugal Inovador
mento dado à dimensão pessoal
e social dos alunos, que o colégio St. Peter’s School se assume
como sinónimo de um instituto
de grande excelência. Em suma,
mais do que formar jovens para
ter sucesso em Portugal ou no
estrangeiro, este é um estabelecimento que ensina cada um dos
seus discentes “a lidar com os
diversos desafios da vida”. Uma
escola de referência que gera,
portanto, pessoas de referência.
Portas abertas à
comunidade
te empregados ou bolseiros em
países como Alemanha, Reino
Unido ou Espanha. Já no que
respeita ao território nacional, é
comum que os estudantes que
passam por este estabelecimento de ensino avancem para
instituições como a Universidade
Nova e a Universidade Católica
de Lisboa, bem como a Universidade do Porto.
Outra prova do ensino de
excelência ministrado pela St.
Peter’s School encontra-se nos
protocolos que o colégio estabeleceu com diversas entidades
internacionais. Para além das
certificações de nível máximo
no Inglês, ao abrigo do British
Council, os alunos podem ver
também o seu currículo validado
em língua espanhola pelo Instituto Cervantes ou, entre outros
idiomas, também no Alemão,
através do Goethe-Institut. Já
no que respeita a instituições de
ensino superior, o colégio tem
uma parceria exclusiva com o
Felician College, que se traduz
no acesso direto a múltiplos
cursos e bolsas nesta instituição
norte-americana.
Formar seres
humanos
Mas não é apenas a grande oferta curricular que faz do
St. Peter’s School um colégio,
a todos os títulos, exemplar.
Igualmente importante, tal como
salienta Isabel Simão, é “a
formação humana de todos os
alunos”. Assim, para além de
“aprenderem a ser ambiciosos
e competitivos de um ponto de
vista saudável”, bem como a
lutar “por chegar cada vez mais
longe”, todos os jovens são
também encaminhados “a fazer
trabalho social”, com o objetivo
de desenvolver o “espírito de
solidariedade e a consciência
social”, explica a diretora. Já de
modo a assegurar o bem estar
pessoal e o sucesso académico, cada educando tem à sua
disposição um precetor que faz
um acompanhamento personalizado e detalhado ao longo do
ano letivo.
Outro aspeto em que o colégio St. Peter’s School aposta fortemente são as atividades extracurriculares. Ao todo, são mais
de trinta as hipóteses para o desenvolvimento das competências
pessoais dos alunos. Entre elas,
incluem-se modalidades como
o râguebi, o ténis, a natação, o
voleibol ou a equitação. Outra
componente muito trabalhada é
a expressão artística, existindo a
possibilidade de aulas de canto,
mas também de diversos instrumentos musicais, como o piano
ou o violoncelo.
É tendo em conta uma oferta
educativa e extracurricular tão
vasta, bem como o forte investi-
De muito estudo e dedicação se faz a vida no colégio St.
Peter’s School. No entanto, ao
longo do ano letivo, existe também espaço para a realização de
vários eventos que, para além
de proporcionarem um momento
de descontração para os alunos,
constituem uma autêntica oportunidade para estreitar de laços
entre a comunidade envolvente
e a escola.
Exemplo disso mesmo é o
“Family Day”, uma data especial que, a cada ano letivo, é
dedicada a um tema diferente.
Com data marcada para o dia 26
de setembro, o próximo “Family
Day” terá como tema “O caminho das Índias” e contará com
diversas atividades artísticas e
desportivas onde pais, alunos e
docentes terão a oportunidade
de passar um dia singular no
colégio St. Peter ’s School. O
convite está, por isso, lançado
à comunidade. |
Julho I 9
Portugal Inovador
Ensinar a empreender
O presidente da Comunidade Intermunicipal de Viseu Dão Lafões fala-nos de um projeto
que reúne escolas e alunos em volta de uma palavra: empreendedorismo.
Abrangendo um total de 14 municípios, a Comunidade Intermunicipal
de Viseu Dão Lafões (CIMVDL) foi
criada em 2007 e protagoniza, hoje
em dia, “uma série de projetos supramunicipais”, que vão do turismo
à modernização administrativa, sem
esquecer o empreendedorismo.
São iniciativas como esta que fazem com que, ano após ano, todos
estes concelhos se revejam “como
uma verdadeira comunidade”, refere
José Morgado Ribeiro, presidente
do Conselho Intermunicipal.
Claro está que, entre as prioridades de um organismo preocupado
com o bem-estar da sua região,
não poderia faltar o investimento na
educação. É tendo em vista precisamente este aspeto que a CIMVDL
– em parceria com organismos
como, por exemplo, o Instituto de
Emprego e Formação Profissional,
10 I Julho
a Associação Industrial da Região
de Viseu ou os agrupamentos de
escolas – aferiu “as necessidades
do mercado laboral”, de forma a “repartir os cursos profissionais pelas
diversas escolas” e garantir que a
oferta educativa “vá de encontro ao
mercado de trabalho”, explica José
Morgado Ribeiro.
Com uma aposta forte em
áreas como a Restauração e
o Tu r i s m o , m a s t a m b é m e m
vertentes como o Design, o
Marketing ou as Energias Renováveis, a CIMVDL pretende que
os estabelecimentos de ensino
se traduzam, assim, “numa ferramenta e numa mais-valia para
que os jovens possam ser bem-sucedidos”. De facto, e tal como
recorda o presidente do Conselho
Intermunicipal, “esta comunidade rapidamente percebeu que
deveria motivar os jovens a ser
empreendedores”.
Empreender, que é como quem
diz “encarar a vida como um desafio
e dar sempre o melhor naquilo que
se faz”. Ou seja, “ter iniciativa, estar
presente e querer mudar sempre
alguma coisa”, complementa José
Morgado Ribeiro. É precisamente
por este motivo que a CIMVDL promove desde 2010-2011, o projeto
“Escolas Empreendedoras”, um conceito inovador em que jovens dos 14
municípios que compõem a comunidade apresentam as suas ideias
de negócio num concurso anual.
Aos alunos com as propostas mais
promissoras são atribuídos prémios.
Mas se dúvidas houvesse relativamente à importância que a
CIMVDL atribui a este tipo de iniciativas, basta recordar que este ano o
projeto “Escolas Empreendedoras”
– até aqui pensado para estudantes
do 2º ou 3º ciclos, bem como para
os alunos do ensino secundário e
profissional – foi também alargado ao
1º ciclo do ensino básico. “Há quatro
anos, ninguém tinha esta visão”, refere José Morgado Ribeiro, numa alusão à altura em que este projeto foi
iniciado. O balanço, até ao momento,
tem sido bastante positivo. E é precisamente este tipo de iniciativas que
demonstra não só a preocupação
da CIMVDL para com o ensino na
região, mas também o modo como
ela se tornou uma referência na área
do empreendedorismo. |
Portugal Inovador
Pensamento no futuro
O Agrupamento de Escolas de Santa Comba Dão pretende dotar o concelho e a região de
uma estrutura educativa dinâmica e sólida, capaz de projetar o futuro.
Situado entre Viseu e Coimbra,
o agrupamento tira proveito da sua
situação privilegiada, quer por meio
rodoviário, quer ferroviário, contribuindo para a formação integral dos
alunos através de uma escola de
elevada qualidade científica, técnica
e humana. Uma instituição exigente
e com a responsabilidade social
que as escolas públicas devem ter,
dando grande atenção às carências
dos alunos.
Neste espaço, não se pemite que
as diferenças socioeconómicas sejam
um entrave à integração na comunidade escolar ou ao sucesso. Refira-se,
por exemplo, a Sala de Multideficiência, dotada de múltiplas valências.
Outra mais-valia é a interação com a
Associação de Pais. A componente
de apoio à família destaca-se também
na resposta social, pois a maioria dos
encarregados de educação não tem
um horário laboral compatível com o
escolar, ficando assegurada a per-
manência das crianças em atividades
de enriquecimento escolar e apoio
complementar.
É desta forma que o agrupamento
se concentra em dinamizar os seus
programas educativos, dotando os
cerca de 1500 alunos – de diversos
anos, ciclos de ensino regular e cursos
Vocacionais, de Educação e Formação e Cursos Profissionais – de competências que permitam, no futuro,
fixá-los no concelho. Neste universo
estão inseridos os alunos que foram
absorvidos da extinta Profiacademus.
A formação profissional é um dos
pontos fortes do agrupamento. Da
oferta profissionalizante, os alunos,
numa taxa próxima dos 100%, são
inseridos na vida profissional através
de estágios, resultantes de protocolos
estabelecidos com entidades locais e
vizinhas, garantindo que lhes são dadas as oportunidades para a entrada
efetiva no mercado de trabalho.
No entanto, a Escola não se
resume à área pedagógica e muitas
são as aprendizagens que os alunos
adquirem, através de um trabalho colaborativo permanente que visa a educação e a aprendizagem. Destaca-se
a Biblioteca Escolar que, através dos
projetos dinamizados e consolidados
ao longo dos anos, se constituiu uma
Biblioteca de Mérito. Este espaço está
dotado de uma equipa de professores
de diferentes áreas, o que se reflete
na riqueza científica, pedagógica
e cultural que promove ações que
premeiam o mérito dos alunos em
projetos regionais, nacionais e internacionais.
Destacam-se outros projetos de
relevo: Ciencia en Accion, ERASMUS+, Plano Nacional Cinema, PORDATA, Escola Promotora de Saúde
e Segurança, Saúde Oral Biblioteca
Escolar, Ciência na Escola - Ilídio
Pinho, Projeto-piloto de Programação
no 1ºCEB, Projeto +Contigo e Escola
Segura. |
Julho I 11
Portugal Inovador
Agrupamento
inclusivo e ajustado
às necessidades
O Agrupamento de Escolas Figueira Mar inclui sete
estabelecimentos, tendo como sede uma instituição
centenária.
Data de 1888 a origem da Escola
Secundária Dr. Bernardino Machado,
anteriormente Escola Industrial e
Comercial da Figueira da Foz. É uma
referência histórica a nível do ensino
técnico no distrito de Coimbra, servindo
aquele que é também o concelho mais
industrializado da região. Esse legado
mantém-se na dinâmica atual da escola, apoiada em condições privilegiadas
para o efeito.
A Secundária Dr. Bernardino Machado, para além dos diversos Cursos Científico-Humanísticos, alvo
de crescente procura, concentra a
oferta de ensino profissional do agrupamento. Nessa matéria, o Curso de
Manutenção Industrial, na variante
de eletromecânica, é um dos mais
solicitados. Uma vocação e, simultaneamente, uma solução que está
completamente em sintonia com as
necessidades expressas pelo tecido
económico local. Como nos relata o
diretor do agrupamento, Pedro Mota
Curto, “a escola tem protocolos com
dezenas de empresas e todas elas
necessitam destes técnicos”. Também
em virtude dessa aproximação à indústria e das solicitações daí resultantes,
uma nova aposta para o ano que vem
será o curso de Eletrónica, Automação
e Comando.
12 I Julho
Outro curso que irá constar da
oferta profissional para 2015-2016 é a
formação em Apoio Psicossocial. Uma
área sem relação com as já referidas,
mas igualmente inserida nesta lógica
de ajustamento às perspetivas de
empregabilidade. “Está previsto que
daqui por alguns anos a população
da Figueira da Foz decresça para os
níveis de 1950 mas com uma elevada
percentagem de idosos. Este curso
tem muito a ver com isso, nomeadamente com o apoio em lares, centros
de saúde ou hospitais”, indica.
Outra grande inovação que nos é
apontada pelo diretor estará também
no secundário, mas dentro do ensino
vocacional, com o curso de Aquacultura. “É uma inovação, de facto.
Um curso diferente e no qual iremos
investir, em parceria com a FOR-MAR.
O mar é parte integrante do futuro de
Portugal e, aqui perto, existe Aquacultura na Foz do Mondego, na Tocha e
em Mira. Será um curso de dois anos,
com três mil horas de formação, em
que metade dessas horas deverão
ser lecionadas na FOR-MAR e em
empresas”, explica.
Por fim, sintetizando aquela que é a
realidade do ensino neste agrupamento e a vivência da comunidade que a
integra, Pedro Mota Curto sublinha que
o ambiente é “muito familiar e muito
próximo das pessoas” e que se procura
“prestar um verdadeiro serviço público,
que aceita e apoia todos os alunos”. A
inclusão é, efetivamente, uma palavra-chave nas escolas do Agrupamento,
com a presença de largas dezenas de
alunos com necessidades educativas
especiais, distribuídos pelos sete estabelecimentos de ensino. |
Portugal Inovador
Via para a empregabilidade
Desde a sua génese, o Agrupamento de Escolas de Soure assume uma missão clara:
dinamizar o concelho e adaptar os jovens ao mercado de trabalho.
A funcionar desde 2006 como uma
estrutura que agrega todos os níveis de
educação desde o pré-escolar até ao
ensino secundário, o Agrupamento de
Escolas de Soure cobre uma “grande
expressão geográfica”. Ao todo, são
12 jardins de infância, 11 escolas de
1º ciclo, uma EB 1,2 e uma instituição
de ensino secundário propagados
“por uma área de cerca de 35 km de
extensão”, tal como refere o adjunto da
direção, João Martins.
Somando um total de, aproximadamente, 1500 alunos distribuídos
pelos diversos níveis de ensino, este
agrupamento proporciona uma oferta
variada. Em termos de 3º ciclo, por
exemplo, o próximo ano letivo contará
com os cursos vocacionais de Secretariado, Mecanotecnia e Informática,
para além da via regular. Já no ensino
secundário, paralelamente aos programas científico-humanísticos, o ciclo
de 2015/16 terá cursos profissionais
dedicados à Restauração, à Manutenção Industrial/Eletromecânica e ao
Multimédia. De salientar, ainda, é a
existência de duas turmas, em regime
noturno, de Educação e Formação de
Adultos (EFA).
Uma oferta formativa como esta
não surge, todavia, por acaso. Assim,
perante a região em que se insere, o
Agrupamento de Escolas de Soure
assume um compromisso. “A nossa
missão a longo prazo passa por intervir
na qualificação académica e profissional do nosso concelho”, explica o
diretor, João Pereira. Um objetivo que,
sob o ponto de vista da direção, está a
ser cumprido. A prova está nas “boas
taxas de empregabilidade” que se fazem notar, com particular ênfase, nos
cursos de Mecânica e Restauração.
“Isto para nós é extremamente
gratificante”, refere João Martins, pois
“mostra que o trabalho que está a
ser feito nas escolas é de qualidade”
e, acima de tudo, “direcionado para
as necessidades do mercado”. Mas
se o rigor e a qualidade são aspetos
indispensáveis no ensino praticado no
Agrupamento de Escolas de Soure,
importa lembrar que estes não são os
únicos princípios transmitidos. “Queremos também dar azo a que os nossos
alunos sejam empreendedores e
criativos”, explica o adjunto da direção.
Tudo isto, por uma razão simples:
“Temos que preparar os jovens para
entrar numa sociedade e num mercado de trabalho cada vez mais competitivos”, acrescenta. “Essa é uma
preocupação que temos e procuramos
criar todas as condições para que os
alunos possam singrar”, remata João
Martins. Tudo a postos, por isso, para
mais um ano letivo de olhos fixos no
futuro. |
Julho I 13
Portugal Inovador
Ensino
em
Santarém
A Escola Secundária Sá da
Bandeira é uma referência
educativa na cidade de
Santarém, mas também
junto das comunidades
vizinhas. Posicionada numa
zona nobre da cidade,
rodeada de espaços verdes,
esta instituição encerra em
si uma história secular.
É a escola sucessora do antigo liceu de Santarém e acolhe
os seus alunos num edifício
com mais de 60 anos que recebeu recentemente obras de
requalificação, encontrando-se
em excelente estado de preservação. Entre os seus principais
motivos de orgulho, está a sua
integração na rede de escolas
associadas da UNESCO, o que
tem mobilizado os seus alunos
para a participação em diversas
atividades e encontros à escala
internacional.
Atualmente faz parte do agrupamento de escolas com designação homónima, que inclui a
EB 2,3 D. João II. A sua oferta
educativa, para 2015/2016, irá
incluir os cursos científico-humanísticos de Ciências e Tecnologias, Línguas e Humanidades e
Ciências Socioeconómicas, assim como os cursos profissionais
de Energias Renováveis, Auxiliar
de Saúde, Marketing, Apoio à
Gestão Desportiva, Gestão de
Equipamentos Informáticos. Já
a escola básica está a disponibilizar um curso vocacional de 3º
ciclo, de dois anos. |
14 I Julho
Portugal Inovador
Tomar: tradição e futuro
Tomar é um município atraente, seguro
e com qualidade de vida, apostado em
preservar a sua História à medida que forma
jovens com o pensamento no futuro.
Com uma excelente localização
geográfica – situada praticamente
no centro do território nacional –
Tomar é uma cidade de grande
carga histórica, o que se reflete
não apenas no facto de ter servido
de sede à Ordem dos Templários,
mas também em monumentos
como o Convento de Cristo, reconhecido como Património Mundial
da Humanidade pela UNESCO.
Com mais de 42 mil habitantes,
as ofertas de ensino que o Município proporciona à comunidade são
vastas. “Temos todos os graus de
ensino, desde o pré-escolar até ao
ensino superior, através de um Instituto Politécnico sediado no nosso
território”, explica Anabela Freitas,
presidente da câmara de Tomar.
Neste leque de oferta, existe espaço para o ensino profissional,
bem para como a presença de um
Centro de Formação Profissional,
detido pelo IEFP.
É este conjunto de infraestruturas e serviços que permite à autarca afirmar que “não é necessário
sair de Tomar para se conseguir
ter acesso quer a qualificação
académica, quer profissional”. Já
no que respeita à articulação entre
as ofertas de ensino profissional e
o mercado de trabalho, Anabela
Freitas lamento o facto de “a legislação ser demasiado apertada”,
dificultando a “margem de manobra para as direções das escolas
e centros de formação poderem
adaptar melhor a sua oferta” às
necessidades existentes.
No próximo ano letivo, haverá
uma luta pela maior “articulação
entre as ofertas formativas em
todo o território de Tomar” pois, tal
como refere a autarca, “a ligação
com as associações empresariais
é fundamental e permite aumentar
o leque de oportunidades para os
nossos jovens cidadãos”. Neste
momento, já existe uma parceria
entre o Instituto Politécnico de
Tomar, o Município e a SoftINSA,
empresa pertencente ao Grupo
IBM, através da qual “já foram
criados perto de 200 postos de
trabalho com cidadãos jovens e
qualificadas que acabarão por se
fixar, assim o esperamos, com
a família, no concelho”, explica
Anabela Freitas, numa alusão ao
grande esforço que tem sido feito
nesta área.
No entanto, tão importante
para o concelho como a riqueza
da oferta formativa e educativa,
são as tradições e valores que
contribuíram para fazer de Tomar
uma cidade única. “Iniciámos um
projeto-piloto junto do ensino pré-escolar e do 1º ciclo, através do
qual introduzimos, enquanto atividades extracurriculares, os jogos
tradicionais que fazem parte da
Festa dos Tabuleiros”, explica Anabela Freitas, acreditando ser esta
uma forma de, através do ensino,
“se perpetuar a nossa memória e
a nossa cultura”.
Considerando que o Município
está “bem servido” no que respeita
às ofertas de ensino, a autarquia
de Tomar tem, no horizonte, a
ambição de se candidatar ao
Portugal 2020. Nos planos está “a
construção de um centro escolar”,
de modo a melhor servir as necessidades de quem tem um futuro
pela frente. Sempre com inovação
e tradição à mistura. |
Julho I 15
Portugal Inovador
Agrupamento
com respostas
completas
O Agrupamento de Escolas Marcelino Mesquita do Cartaxo
reúne toda a oferta pública do concelho, beneficiando de
equipamentos modernos como a recentemente edificada
Escola Básica dos 2º e 3º ciclos.
O referido estabelecimento é
a sede deste conjunto de nove
escolas, cuja constituição ocorreu
a 3 de julho de 2012. Falamos de
uma realidade que cobre todas as
etapas de ensino do pré-escolar ao
ensino secundário. Dentro deste
último, há uma ampla oferta de
cursos, centrados não na sede do
agrupamento, mas sim na Escola
Secundária do Cartaxo, a poucas
centenas de metros.
Nos científico-humanísticos,
estão contempladas as quatro
vertentes (Ciências e Tecnologias;
Línguas e Humanidades; Ciências Socioeconómicas e Artes
Visuais), nas quais José Dias, da
direção, nota que “não tem havido
grandes níveis de insucesso”. No
ensino profissional, a oferta para
2015/2016 vai passar pelas formações nas áreas do Comércio,
Informática de Gestão, Instalações
Elétricas, Turismo e Restauração
(com a expectativa de abrir com
as variantes Cozinha/Pastelaria
16 I Julho
e Restaurante/Bar). Segundo o
depoimento do nosso interlocutor,
a escola está capacitada de forma
adequada para a lecionação destes
cursos, quer quanto aos seus recursos humanos e materiais quer em
relação aos protocolos e parcerias
estabelecidos para o encaminhamento dos seus formandos. De
referir, igualmente, que o agrupamento aderiu ao ensino vocacional
com turmas dos 2º e 3º ciclos.
Fora do âmbito curricular, José
Dias destaca-nos também a dinâmica que aqui está a ser desenvolvida, referindo-nos exemplos como
o Clube das Línguas ou o Clube
Europeu, devidamente orientados
pelo coordenador de projetos do
agrupamento. “A escola, hoje em
dia, é cada vez mais uma escola
de projetos e atividades”, comenta.
Atualmente, ao nivel de Educação Especial, o agrupamento
dispõe de uma unidade para alunos
com multidificiência (EB 2,3) e uma
unidade para alunos com a Espectro do Autismo (1º Ciclo) prevendo-se a existência no próximo ano
letivo de uma outra a unidade para
alunos com o Espectro do Autismo
(EB2,3).
O diretor , Jorge Tavares , realça
ainda as numerosas vitórias ao nível do desporto escolar e a riqueza
do seu Plano Anual de Atividades .
O facto de o agrupamento figurar
no 1º terço do Ranking Nacional do
Ensino Básico e motivo de orgulho.
A escola secundária tem sido aposta, ainda, como escola de artes e
escola de oportunidades. |
Portugal Inovador
Melhoria contínua
dos resultados
É esta a realidade que Irene Ermida, diretora do Agrupamento de Escolas Miguel Torga, em
Sabrosa, tem observado ao longo da sua presença junto desta comunidade.
A inauguração da Escola Básica
e Secundária Miguel Torga data de
1982. Atualmente, é sede de um
agrupamento que reúne também,
dentro do concelho de Sabrosa, os
jardins de infância de Gouvinhas,
Parada do Pinhão, Souto Maior,
Sobrados e S. Martinho de Anta e
a Escola Básica Fernão Magalhães,
centro escolar cujo funcionamento
teve início em 2010. No total, este
conjunto de escolas atende às necessidades educativas de cerca de
sete centenas de alunos.
A nossa interlocutora, professora nesta escola há 20 anos, presidente do conselho executivo entre
2003 e 2009 e diretora há dois,
mostra-se satisfeita com a evolução
registada: “A parte da indisciplina
felizmente diminuiu bastante. Hou-
ve uma diminuição de ocorrências
e uma melhoria generalizada do
comportamento dos alunos. É claro
que isto é um trabalho gradual que
se vai fazendo com os professores,
assistentes operacionais e também
com os encarregados de educação.
Estes últimos são um agente muito
importante no acompanhamento
dos educandos e na interação
com a própria escola e, de há
uns tempos para cá, nota-se uma
afluência e uma implicação maiores
da sua parte”. Continuando, este
balanço estende-se igualmente ao
aproveitamento escolar: “Também
se tem verificado um aumento de
entradas no ensino superior, assim
como uma melhoria na quantidade
de casos em que os alunos entram
na primeira opção. De facto, o que
eu noto é que, quando vim para
cá, a escola tinha resultados muito
mais baixos do que aqueles que
tem agora”.
Irene Ermida nota também que
a captação de alunos que vêm, inclusivamente, de outras localidades
é um “sinal de que o agrupamento
está com um funcionamento atrativo e que a sua imagem junto das
pessoas é positiva”. A contribuir
para esse funcionamento está a
forma como tem assumido a “multiplicidade de papéis que a escola
cada vez mais deve ter”, sendo
disso exemplo os clubes e projetos que esta comunidade escolar
dinamiza ao longo do ano letivo.
Apostando na melhoria dos resultados escolares, tem sido opção do
agrupamento a diversificação das
medidas de sucesso educativo que
vão desde as habituais (apoio educativo, tutorias, assessorias, Gabinete de atendimento dos alunos,
Salas de estudo, SPO, etc.) até ao
desenvolvimento de vários projetos
(Plano Nacional de Leitura, PESES,
Eco-escolas, Clubes temáticos,
Rádio-escola, Saber +, Eco-clube,
Clube Palavras com História, Clube de Teatro, Clube do Desporto
Escolar, etc.). “Desde o pré-escolar
ao 12º ano, tentamos implementar
projetos que enriqueçam culturalmente os alunos e também as suas
aprendizagens”, indica.
Por fim, dentro da oferta formativa para 2015/2016, no âmbito do
ensino profissional, a Escola Básica
e Secundária Miguel Torga irá abrir
o curso de Técnico de Multimédia,
sendo esta uma formação já com
tradição na escola. |
Julho I 17
Portugal Inovador
Português e Inglês
desde tenra idade
Prestes a comemorar 80 anos, a Queen Elizabeth’s School é uma referência incontornável
do ensino bilingue em Portugal.
Criada em 1935, a Queen
Elizabeth’s School foi a concretização do sonho de criança de Margaret
Denise Eileen Lester, a fundadora
desta escola, a qual apesar de ter
nacionalidade britânica “sempre foi
uma apaixonada pela História de
Portugal e dos Descobrimentos”,
recorda Conceição Oliveira Martins, membro da direção colegial do
colégio e presidente do conselho
de administração da Fundação Denise Lester. Foi esse encanto pelo
nosso país que levou Miss Lester a
estabelecer residência permanente
em Portugal e a “conceber de raiz
uma escola inglesa para crianças
portuguesas” com ensino bilingue
e, mais tarde, a doar em vida a escola que criou com o esforço do seu
trabalho e de que era proprietária, a
uma fundação privada de utilidade
pública com o seu nome para garantir a continuidade da sua obra.
Miss Denise Lester pretendia que
fizesse parte integrante da cultura da
18 I Julho
Queen Elizabeth’s School um ensino
de excelência da língua inglesa a
par do currículo oficial português,
bem como incutir nos alunos a
importância do “estreitamento dos
laços históricos entre Portugal e o
Reino Unido”, a aliança mais antiga
do Mundo.
Em consonância com os ideais
preconizados pela Instituidora da
Fundação Denise Lester – que comemora no corrente ano os seus 50
anos – a exposição à língua inglesa
é feita o mais cedo possível, começando presentemente na valência
da creche, tendo continuidade no
ensino pré-escolar e no 1º ciclo do
ensino básico. A coexistência entre
as culturas portuguesa e inglesa é
assegurada pelo facto de existirem
sempre professores britânicos
na equipa de docentes da Queen
Elizabeth´s School e de administradores britânicos de entre os membros do conselho de administração
da Fundação Denise Lester, entidade que administra superiormente
esta Escola.
A aprendizagem do Inglês contudo, não se resume apenas ao
domínio da língua mas à vivência
da cultura anglo-saxónica no meio
escolar. “Preservamos muitas das
tradições culturais britânicas nas
atividades escolares que realizamos,
as quais dão à Queen Elizabeth’s
School uma identidade tão singular”,
explica Conceição Oliveira Martins.
INTERNACIONALIZAÇÃO
DO ENSINO
Enquanto instituição de referência, a Queen Elizabeth’s School “tem
apostado na internacionalização do
ensino e na certificação externa”.
De facto, o ensino da língua inglesa
ministrado neste colégio é certificado
desde 1998 pelos Young Learners
English Tests da Universidade de
Cambridge, bem como pelos exames dos Integrated Skills in English
do Trinity College de Londres.
Ao longo deste ano letivo, a
Queen Elizabeth’s School implementou também um currículo integrado
bilingue, o Programa Internacional
Educativo Primário da Universidade
de Cambridge, fazendo uso de uma
metodologia inovadora na Aprendizagem Integrada de Línguas e
Portugal Inovador
Conteúdos. “Consideramos que os
nossos alunos já têm um nível de
Inglês que lhes permita aprender
certos conteúdos disciplinares nesta
segunda língua”, explica Conceição
Oliveira Martins. Como tal, este ano
já foram lecionadas em inglês as disciplinas de Ciências e Matemática,
a par do currículo oficial português,
uma vez que a Queen Elizabeth’s
School em 2013 foi aceite pela
Universidade de Cambridge como
Primary Cambridge School.
Aprendizagem fora de
aulas
A Queen Elizabeth’s School
dispõe ainda de um vasto leque
de atividades complementares de
oferta educativa, tendo em vista o
desenvolvimento pessoal e social
dos alunos. Abertos à participação
de “toda a comunidade educativa”
encontram-se os Clubes de Inglês,
em que os alunos são expostos, com
maior profundidade e intensidade à
língua inglesa, mas sempre de uma
forma não formal, através da construção de portofolios de trabalhos e
a realização de projetos.
Existem, todavia, clubes dedicados á prática de modalidades desportivas como karaté, futebol, ballet,
ténis, patinagem e natação. Outra
das áreas desenvolvidas pela Queen
Elizabeth’s School é a educação e
expressão musical, em parceria com
a empresa Foco Musical. Na tentativa de despertar a sensibilidade dos
alunos para a música, os alunos
são convidados a interagir com a
Orquestra Didática da Foco Musical
que culmina ao longo do ano com a
realização de diversos concertos de
estilos musicais diferentes.
Caso para dizer que, ao longo
de quase oito décadas de existência, a Queen Elizabeth’s School
manteve inalterados não só os
ideais da sua política educativa,
como se tem norteado sempre pela
qualidade dos serviços educativos
que presta. E tudo indica que assim
continuará a ser depois de festejar
o 80º aniversário da sua criação,
em novembro.|
Julho I 19
Portugal Inovador
Formar com
criatividade
com vista à
empregabilidade
Há 29 anos que o CEARTE responde, a nível nacional, às necessidades de formação no
setor do Artesanato e das pequenas empresas.
Sediado em Coimbra, o CEARTE – Centro de Formação Profissional do Artesanato é o único Centro
de formação oficial para o setor.
Gerido pelo IEFP e pela Cáritas
Diocesana de Coimbra, este é um
Centro que faz, todos os anos, “o
levantamento da necessidade de
formação” para lhe responder em
todo o país “em parceria com as
entidades locais”, refere o diretor,
Luís Rocha. O resultado é um uni20 I Julho
verso de “cerca de 300 cursos de
formação e 4000 formandos”. Uma
oferta que varia entre os níveis III e
V de qualificação profissional, com
certificações escolares referentes
ao 9º e 12º ano.
“Temos formação em todas as
áreas ligadas ao Artesanato, quer
em regime de formação inicial para
jovens e adultos, quer na formação
contínua de ativos”, explica Luís
Rocha. Mas existem também outras
áreas privilegiadas no CEARTE.
Nomeadamente, “as que têm forte
empregabilidade” e “aquelas que
respondem às necessidades desta região”. Exemplo disso são as
formações de Técnico de Multimédia, Programador de Informática,
Design de Moda ou Hotelaria e
Restauração, Restauro de Madeira
e Arte Sacra, Eletricidade e Técnico
de Sistemas Solares.
Existe “uma fortíssima componente tecnológica” nos cursos, já
que os formadores “estão sempre
ligados ao mercado de trabalho”,
refere o diretor. Outro aspeto que
faz do CEARTE uma referência é
“o nível dos equipamentos” – não
apenas no que toca à qualidade,
mas também ao seu número.
Tudo isto em nome de um objetivo: “Contribuir para o aumento
da qualificação dos portugueses,
para o rejuvenescimento do setor
do Artesanato e para a criação de
alternativas de emprego”, conclui.
Os resultados falam por si. “Nos
tempos em que a taxa de desemprego é tão elevada, o CEARTE
tem levantamentos fidedignos feitos
seis meses após o final da formação”, explica o diretor, sublinhando
que “o último resultado deu quase
70% de empregabilidade por conta
própria ou de outrém”.
Portugal Inovador
Apoios aos formandos
A generalidade da formação
do CEARTE tem apoios sociais,
designadamente subsídio de transporte, de alojamento, fornecimento
de refeição em espécie e bolsa de
profissionalização.
Empreender com
apoio
“Uma parte da formação do
CEARTE é muito voltada para o
autoemprego”, algo que Luís Rocha
descreve como “uma oportunidade”, mas também “um processo
difícil e exigente”. Quem pretende
desenvolver um negócio deve,
como tal, ter acesso a “um bom
acompanhamento e consultoria”.
Por esse motivo, o Centro oferece
apoio quer na fase de elaboração
do plano de negócios, quer na
etapa seguinte: o arranque da
empresa.
Outra palavra-chave no CEARTE é “inovação”. Para a concretizar,
todavia, o diretor defende que “é
preciso ter conhecimento e o apoio
de pessoas especializadas”. É aqui
que entra o Laboratório de Orientação Criativa, outro dos serviços que
o Centro proporciona. “Temos acesso a uma base de dados de tendências de moda e mercado e, a partir
dela, vamos adaptando os produtos
e as empresas” e “orientando os
produtores às novas exigências e
aos gostos do consumidor atual”.
Tudo isto em nome do futuro: não
só do artesanato, mas também de
Portugal. |
Julho I 21
Portugal Inovador
Ensino equestre
incomparável
Com uma forte componente prática, os cursos ministrados na EPDRAC visam não só o
sucesso dos seus alunos, mas também o crescimento da região.
Fundada em 1990, a Escola
Profissional de Desenvolvimento
Rural de Alter do Chão (EPDRAC)
é um estabelecimento de ensino
com uma oferta formativa sui
generis e bastante atenta “às necessidades da região” em que se
insere, tal como refere a diretora
Maria Conceição Matos. À sua
disposição, os alunos do ensino
básico e, em particular, do nível secundário dispõem de um conjunto
de cursos vocacionais, alguns dos
quais pioneiros. Tal é o caso dos
cursos de Técnico Ferrador e de
Produção Animal.
22 I Julho
Entre o leque de propostas
formativas, no entanto, contam-se ainda os cursos de Técnico
de Gestão Cinegética, Técnico
de Produção Agrária e Técnico de
Gestão Equina. Já a acompanhar
esta oferta, está uma equipa de
23 docentes “com uma grande
vivência nesta atividade, com um
vasto know-how, experiência e
estatuto”, explica Maria Conceição
Matos. Entre o corpo técnico da escola encontram-se vultos na área
equestre como o campeão nacional de CCE, João Duarte Silva,
ou Filipe Caixeirinha, campeão de
Raides e treinador com currículo
em Portugal e no estrangeiro.
Com uma oferta formativa singular e uma equipa de docentes
tão reputada, não admira que o
estatuto de referência da EPDRAC
continue a crescer. “Neste momento, temos uma procura de todo o
país e das Ilhas”, explica a diretora,
antes de acrescentar que existem
alunos de outras nacionalidades,
nomeadamente de Espanha, interessados em obter formação na
escola. Outro aspeto a salientar
é a qualidade das infraestruturas.
“Estamos sediados dentro da coudelaria de Alter do Chão e temos, a
nível equestre, das melhores instalações”, garante Maria Conceição
Matos. À disposição dos alunos,
existem “picadeiros, campos de
ensino, pistas de cross e um campo de obstáculos ótimo”. Quanto à
disponibilidade de cavalos, a escola dispõe de cavalos cedidos pela
Coudelaria e outros que lhe foram
doados que são utilizados por alunos que não possuem cavalo. De
entre os que a escola possui e os
cavalos dos alunos, temos à nossa
guarda cerca de uma centena de
cavalos.
Outro aspeto forte da EPDRAC
Portugal Inovador
são as parcerias que a escola tem
estabelecido com entidades tão
diversas como a Companhia das
Lezírias ou a Coudelaria de Alter,
mas também com instituições de
peso no setor equestre, como a
Escola Nacional de Equitação e a
Federação Equestre Portuguesa.
Já a pensar no futuro dos alunos,
existem protocolos com “diversas
escolas de equitação e coudelarias de vários pontos do país” e
com a Escola Superior Agrária de
Elvas ou o Instituto Politécnico de
Portalegre.
Dinamizar a região
Para além de toda a componente formativa, a EPDRAC é um
estabelecimento de ensino que se
dedica à “realização de diversas
atividades que envolvem toda
a comunidade”. Exemplo dessas iniciativas são os concursos
equestres federados que a escola
tem dinamizado nos últimos anos.
“Temos tido aqui o CCE, os campeonatos regionais de ensino, bem
como os campeonatos regionais e
nacionais de obstáculos”, refere a
diretora. O objetivo é que os alunos
“aprendam, participem, organizem
e disputem esta atividade que é tão
importante para eles”, sintetiza.
Já outra das finalidades passa
pela vontade de contribuir para
a dinamização do concelho. “Organizámos este ano a 1ª feira
Agropecuária de Alter do Chão”,
explica Maria Conceição Matos,
aludindo a uma iniciativa que “foi
um verdadeiro sucesso” em termos
de adesão. Caso para dizer que
o futuro de Alter do Chão passa,
cada vez mais, pela EPDRAC. |
Julho I 23
Portugal Inovador
24 I Julho
Portugal Inovador
Julho I 25
Portugal Inovador
Opinião
Diáspora empresarial
portuguesa
A diáspora empresarial portuguesa é uma realidade ainda pouco conhecida no nosso país,
mas que representa um importante fator da nossa economia e um ainda maior potencial.
Existem, espalhados um pouco
por todo o Mundo, muitos milhares de empresários portugueses
e lusodescendentes que detêm
desde microempresas ou negócios
unipessoais até grandes conglomerados de empresas, inclusivamente
multinacionais.
O retrato deste tecido empresarial é, como seria de esperar,
parcialmente convergente com o
das nossas comunidades em geral.
França, Estados Unidos, Canadá,
Brasil, Venezuela e África do Sul
são alguns dos países nos quais
temos um maior número de empresários, os quais já não se restringem aos setores mais tradicionais
do agroalimentar, do retalho e da
construção, mas que desenvolvem
ativdade também nos setores de
maior inovação e incorporação
tecnológica.
Encontramos, naturalmente,
diferentes tipos de comunidades
empresariais conforme o país, com
diferentes tipos de implantação e
diferentes tipos de relacionamento
com a economia nacional. É natural
e compreensível que os empresários residentes na Europa tenham
um muito maior contacto e proximidade económica e comercial com o
nosso país do que os das Américas,
por exemplo, onde ademais se
podem defrontar com dificuldades
próprias das legislações e regulamentações locais.
Contamos hoje também com um
novo tipo de perfil entre as nossas
comunidades: o do gestor, do executivo altamente qualificado que
26 I Julho
não é exatamente coincidente com
o tradicional perfil do empresário
das comunidades mas que, até pela
importância dos carfos que em muitos casos ocupa, não pode deixar
de ser considerado neste contexto.
Países como Angola, Moçambique,
Brasil ou o próprio Reino Unido
são alguns dos destinatários desta
emigração, mais recente, em que
se incluem estes quadros.
Tendo em atenção esta realidade e a consequente necessidade
de assegurar uma abordagem
diferenciada da mesma têm sido
levadas a cabo diversas medidas
tendentes a uma maior ligação
entre a diáspora empresarial e a
economia nacional. Desde logo
foi criado o Gabinete de Apoio ao
Investidor da Diáspora, cujas competências se centram na promoção,
apoio e facilitação do investimento
originário das comunidades. Em
estreita articulação com a AICEP,
cabe ao gabinete assegurar que o
potencial investidor possua informação adequada e beneficie das
melhores condições, dentro do quadro legal aplicável e acompanhar
os projetos de investimento na sua
fase de implementação.
Por outro lado, têm sido promovidos com regularidade encontros
empresariais das comunidades
portuguesas em parceria com instituições como a AICEP, a CIP, a
CIEP ou os municípios, entre outras
entidades, e contaram, para além
dos convidados da diáspora, com
a presença de Bancos, empresas
e parceiros institucionais nacio-
nais, visando promover parcerias
e oportunidades de negócio. Nos
eventos têm participado centenas
de empresários de sucesso da
nossa diáspora, oriundos de todos
os continentes, a quem demos a
conhecere alguns dos principais
exportadores portugueses nos respetivos setores, bem como diversas
entidades públicas e privadas que
os podem ajudar a comprar ou investir em Portugal.
Finalmente, temos promovido
a criação de redes de contacto
envolvendo o tecido empresarial
das comunidades, quer através de
uma relação cada vez mais próxima
com as Câmaras de Comércio e
outras associações empresariais
quer incentivando o associativismo
empresarial da diáspora quer ainda
através da criação de uma plataforma de negócios em português (com
tecnologia portuguesa e desenvolvida por empresas portuguesas),
a 560emnegocios.pt que possui
neste momento 2.000 registos e
promove de forma gratuita um ambiente de rede e interações entre
os diversos agentes.
A diáspora é pois uma realidade
que projeta a capacidade de Portugal muito para além das nossas
fronteiras, constituíndo um fator potenciador das nossas exportações
e da internacionalização da nossa
economia. O potencial é enorme
e muito há ainda a fazer, mas o
caminho já começou a ser feito. |
José Cesário
Secretário de Estado das
Comunidades Portuguesas
Portugal Inovador
Julho I 27
Portugal Inovador
“Aqui entra um cliente,
sai um amigo”
Do sonho à prática, Marta de Sousa dinamiza um projeto pioneiro em Felgueiras no âmbito
da beleza, saúde e bem-estar.
Marta de Sousa é a empresária
por detrás do conceito Urban SPA,
uma das mais recentes empresas
do concelho de Felgueiras, criada em janeiro do presente ano.
Perante uma sociedade cada vez
mais sujeita às pressões do quotidiano – causadoras de stress e
outros problemas associados –,
a nossa entrevistada decidiu dar
vida a um projeto que veio colmatar as necessidades da população,
preenchendo um nicho de mercado que estava ainda por explorar
nesta região.
Ali o corpo e a mente são trabalhados de forma personalizada,
muito focada nas necessidades
de cada indivíduo, sem recurso
a tecnologia. Às massagens de
relaxamento, específicas e complementares, aliam-se consultas
28 I Julho
de Fisioterapia, Podologia, Nutricionismo e sessões de Reiki.
Esforçando-se para oferecer um
conjunto de valências diferenciadoras, Marta de Sousa – atualmente, a frequentar o mestrado
em Reiki –, aposta nesta terapia
complementar no âmbito das Terapias e Medicinas Alternativas.
“Algo que nos preocupa é o bem
estar das mães e pais que muitas
vezes vêm acompanhados pelos
filhos. Para que possam desfrutar
das mais-valias deste espaço em
plena tranquilidade, temos a preocupação de colocar as crianças
ao cuidado de uma das nossas
colaboradoras”, salienta.
O CLIENTE E O REIKI
O Reiki apresenta-se como
uma prática terapêutica que pro-
cura isolar e aliviar a mente das
preocupações diárias. Segundo
a profissional, Marta de Sousa,
“é uma dádiva poder ajudar quem
precisa, através da prática do
Reiki. Com o auxílio desta terapia,
nós, seres de luz, procuramos
isolar-nos e aliviar a mente das
preocupações do dia a dia”. Centrada no indivíduo, é no decorrer
de cada sessão que a terapeuta
tem noção das necessidades do
utente, “através da energia do
universo e da energia vital”. Muitas
são as pessoas que procuram este
tratamento por mera curiosidade,
todavia, e como acontece no Urban SPA, a honestidade é crucial
para direcionar os utentes para as
práticas mais apropriadas. “Tentamos sempre informar quem nos
visita e, se o entendermos, explicar
que aquele não é o caminho mais
indicado. Felizmente as terapias
alternativas em Portugal começam
a ganhar um público cada vez
maior, porque estamos a atingir
resultados excelentes, que a Medicina Convencional só consegue
através do recurso a medicação”.
Proativa e empreendedora,
Marta de Sousa tem como objetivos, a médio prazo, alargar este
conceito de SPA a outros concelhos; a profissional ambiciona
ainda vir a expandir o seu âmbito
de ação, nomeadamente, no campo das massagens e Fisioterapia
Desportiva. |
Portugal Inovador
Tradição familiar numa
empresa promissora
Com 14 anos de porta aberta e com mais uns quantos de conhecimento de mercado, a
Cassauto destaca-se com responsabilidade e profissionalismo no ramo do abate de veículos
e comercialização de peças automóvel.
Patrick Castro, gerente deste centro de abate, nasceu em
França. Filho de emigrantes
portugueses passou a vida entre cá e lá. Aos 20 anos, decide
estabelecer-se em terras lusas e
é com o apoio do pai que funda a
Cassauto, em 2001. Desde então
a empresa tem expandido consideravelmente, ocupando agora
um espaço remodelado de uma
antiga fábrica de calçado com uma
área de 4.800m2 de pavilhão, e
espaço de parque aberto, também
ocupado com viaturas.
Foi em 2008, perante normativas comunitárias, que a Cassauto
se credenciou como Centro de
Abate devidamente certificado
pelas entidades oficiais. Devidamente organizados, Patrick
Castro estima ter cerca de 260
automóveis constantemente em
exposição. O processo de receção
e desmantelamento destes veículos em fim de vida é acompanhado
ao detalhe e a equipa de 11 colaboradores garante o serviço de
qualidade: “Todos se esforçam
para que a empresa funcione de
forma irrepreensível”, garante.
Com quatro pessoas na venda
ao balcão, outros quatro funcionários no desmantelamento e um
na recolha, Patrick Castro conta
ainda com a colaboração da irmã
e única mulher na empresa, Sandrina Castro, que ao longo dos
últimos dez anos adquiriu competências para assumir a vertente
administrativa e financeira da
Cassauto. Valorizando a estrutura
inicial de uma empresa familiar, o
gerente mantém por perto também
o pai, que vê como “um excelente
professor”. O nosso entrevistado
acrescenta ainda: “Aprendi muito com ele. Ainda hoje lhe peço
conselhos, que normalmente
resultam”.
Atualmente, a empresa mantém
relações de importação e exportação com países como França,
Espanha ou Inglaterra, e investe
ainda na compra e venda de peças usadas, trabalhando sempre
com garantia no material que
comercializa. O investimento em
equipamentos que sustentam esta
logística, não descura as preocupações ambientais, e a Cassauto
assume ainda no processo a sua
responsabilidade ecológica.
A empresa está creditada para
a receção de motores e caixas
de velocidade para reciclagem e
equipada para o encaminhamento
de resíduos tóxicos e metais ferrosos e não ferrosos dos automóveis
abatidos. Num mercado cada vez
mais competitivo, a aposta da
Cassauto recai, a longo prazo,
na expansão e no complemento
dos serviços que dispõe para uma
resposta mais eficaz aos clientes.
Até porque, “apesar de toda a
estrutura que apresentamos, isto
já começa a ficar pequeno”, confessa Patrick Castro. |
Julho I 29
Portugal Inovador
Primar pela diferença
é o objetivo
Localizada em Lagares, no concelho de Felgueiras, a Zurkleding Unipessoal Lda. centra-se
na comercialização e reparação de máquinas de costura industriais para o fabrico de calçado,
uma das fortes apostas da região.
com grande peso na economia
do concelho de Felgueiras, para
além de ter o know-how para
proceder à manutenção de máquinas específicas do ramo, esta
empresa é uma montra daquilo
que de mais inovador surge em
termos de equipamentos. Falamos desde máquinas de costura,
máquinas de facear, máquinas
de cola e outras peças industriais.
Dinâmica empresarial
Criada por Carlos Pereira,
a Zurkleding Unipessoal Lda.
nasceu em 2011. Com vista a
criar o seu próprio negócio, o
empresário contou com a ajuda
do filho, José Carlos Pereira, que
frequentou o curso de formação
de Técnico de Reparação de
Equipamentos Industriais. Atualmente, conta também com a presença de outro colaborador com
formação específica nesta área.
A Zurkleding Unipessoal Lda.
baseia a sua atividade na comercialização e reparação de máquinas de costura industriais para a
produção de calçado, garantindo
também a assistência técnica às
mesmas.
Direcionada para um setor
30 I Julho
A empresa concentra-se na
fidelização do cliente, na medida
em que está sempre disponível
para atuar perante a sua solicitação, tornando-a assim única
e indispensável no concelho de
Felgueiras.
Os seus principais clientes
são as fábricas de calçado localizadas na região, às quais
prestam, sempre que solicitado,
serviços de assistência, nomeadamente, nas máquinas de
costura industriais do calçado.
Deste modo, aliam o serviço
prestado na reparação e auxílio
técnico, à produção, reforçando
a sua ação como dinamizadores
da economia local.
Criada em plena conjuntura
económica aparentemente desfavorável, contornar a crise é
uma prioridade e tem sido feita
de forma credível e consciente.
Num mercado altamente competitivo, o objetivo passa por
prestar um serviço de qualidade,
eficaz e que aposte na exclusividade. “Primar pela diferença”,
como afirma José Carlos Pereira,
é o principal objetivo e dever da
Zurkleding Unipessoal Lda., através da boa prestação dos seus
serviços e de uma competente
assistência técnica.
Quanto a objetivos futuros, a
empresa pretende crescer e alargar horizontes de modo a vingar
pelos seus valores de qualidade,
rigor e confiança. |
Portugal Inovador
O segredo é a boa gestão
Fundada há cerca de 25 anos no concelho de Felgueiras, a Tabacaria Domivantagem Lda.
é a única empresa de tabaco na região. Esta é uma empresa familiar, criada pelos pais de
Marta de Sousa, atual gestora deste negócio local.
FIDELIDADE,
CREDIBILIDADE E
INOVAÇÃO
Apesar das condicionantes
que rodeiam o negócio do tabaco,
a Domivantagem Lda. continua a
destacar-se no mercado. Os clientes são fiéis e gostam do serviço
prestado que cria uma onda de
confiança e credibilidade junto da
marca.
Na Tabacaria Domivantagem
Lda. os contratempos são resolvidos presencialmente e a prioridade, nas palavras de Marta de
Sousa, é “estimar o cliente”.
O SEGREDO DO
NEGÓCIO
A Tabacaria Domivantagem
Lda. é uma empresa que concentra
as suas funções na comercialização e distribuição de tabaco,
contemplando a venda a retalho ou
através de máquinas de vending.
Laborando num setor continuamente sujeito a alterações e imposições legais — nomeadamente a
Lei n.º 37/2007 de 14 de agosto
entrou em vigor no primeiro dia
do ano de 2008, cuja regra geral
determina que não se pode fumar
em recintos fechados destinados
a utilização coletiva: edifícios
públicos, estabelecimentos de
restauração, bebidas ou dança,
locais de trabalho, de atendimento
público, transportes e destinados
a menos de 18 anos, entre outros
— a Tabacaria Domivantagem Lda.
orienta da melhor maneira possível
estas barreiras.
Aliado a estas restrições está
o consecutivo aumento do preço
do tabaco que leva muitos comerciantes a ponderar o aluguer de
uma máquina de vending, dado
que muitos clientes começam a
optar pelo conhecido “tabaco de
enrolar”. Para fazer face a estas
mudanças na procura, Marta de
Sousa assume que a Tabacaria
Domivantagem Lda. está agora
a apostar na procura de novos
produtos, para assim contornar a
situação e continuar a satisfazer
o cliente.
O verdadeiro segredo para se
vingar no mercado, apesar dos
entraves legislativos, é gerir da
melhor maneira o negócio, através
da prestação de bons serviços e
do fortalecimento de uma boa relação com o cliente. Neste setor, o
que rege a Domivantagem Lda. é
dar ao cliente o seu devido valor,
encarando-o como primordial no
negócio, preservando-o sempre
e respondendo às suas necessidades.
Quanto a futuros projetos, o
objetivo passa por dar continuidade ao trabalho iniciado pelos pais
de Marta de Sousa, apostando na
consolidação e na boa gestão feita
até aqui. |
Julho I 31
Portugal Inovador
Flores com arte e bom gosto
Com um vasto leque de produtos e serviços ao seu dispor, na Yasmin Flores encontra tudo
o que precisa para qualquer ocasião.
Já são “cerca de 20 anos” de vida
dedicados, em exclusivo, às flores.
“Sempre gostei de viver à volta delas
e dos jardins”, conta-nos Isabel Ribeiro
que, antes de se tornar florista, chegou
mesmo a trabalhar na sua plantação.
No entanto, depois de uma série de
anos passados enquanto florista por
conta de outrém, foi a vez de a nossa
entrevistada sentir o desejo estabelecer o seu próprio negócio. Foi assim
que surgiu, há nove anos, a Yasmin
Flores.
À sua disposição, encontrará neste
estabelecimento “todo o tipo de flores,
quer de produção nacional, quer flores importadas” de países como, por
exemplo, a Holanda ou o Equador,
explica Isabel Ribeiro. Mas a gama de
serviços não se fica por aqui. “Fazemos também vários tipos de trabalhos,
como arranjos florais ou rosas naturais
enceradas”, bem como “decoração de
32 I Julho
cestos, de peças artificiais, de cerâmicos e vidros”, acrescenta a empresária.
De modo a facilitar o dia a dia dos
clientes, existe também a possibilidade
de realizar entregas ao domicílio.
Com muita experiência na área,
uma série de conhecimentos acumulados ao longo dos anos e, acima
de tudo, uma “enorme paixão pelas
flores”, não admira que Isabel Ribeiro
e a Yasmin Flores se tenham afirmado como uma referência na região.
“Desde há nove anos que as pessoas
me aceitaram muito bem, os meus
clientes são excecionais”, afirma Isabel
Ribeiro. Entretanto, o sucesso da iniciativa levou a empresária a investir na
abertura de uma segunda loja, também
no concelho de Felgueiras, situada em
Vila Verde.
Motivo mais do que suficiente para
se traçar um balanço bastante positivo
relativamente à forma como a Yasmin
Flores se tem implementado no mercado. “As rosas têm sempre muita
procura durante todo o ano, pois os
felgueirenses gostam muito deste tipo
de flor”, refere a nossa entrevistada.
Caso para dizer, por isso, que as flores
nunca passam de moda e são necessárias “para todo o tipo de eventos,
festas e funerais”.
E poderão as flores ainda fazer a
diferença numa sociedade como a de
hoje em dia? A Yasmin Flores prova-nos que sim. De facto, na tentativa de
dinamizar o dia de S. Valentim na sua
região e na procura de atrair a curiosidade dos jovens casais, Isabel Ribeiro
apostou, há oito anos, na criatividade.
Assim sendo, para celebrar o Dia dos
Namorados, afixou vários desenhos
e poemas nas monstras da sua loja,
tentando sensibilizar os felgueirenses
para esta data especial. O sucesso da
iniciativa não podia ter sido maior. “Vi
que os jovens paravam para ler e observar a montra”. Depois, “começáram
a aumentar as encomendas” e, agora,
“todos os anos os jovens vêm aqui procurar flores, mesmo nos aniversários”.
Caso para dizer que, se há algo capaz
de atravessar credos e gerações é a
beleza das flores. |
Portugal Inovador
“O segredo está na massa”
Agostinho de Sousa e Rosa Alves foram os fundadores da Casa de Pão-de-ló de Margaride
de Agostinho de Sousa, Sucr., marca registada, aberta desde 1933.
Atualmente quem gere este
negócio familiar são a segunda e a
terceira gerações, respetivamente,
Henrique Ribeiro e Ermelinda da
Conceição Alves de Sousa (filha
do fundador) e Rosa da Conceição
de Sousa Ribeiro (neta), que dão
continuidade à tradição do Pão-de-ló de Margaride, em Felgueiras.
A Casa de Pão-de-ló de Margaride de Agostinho de Sousa, Sucr.
conseguiu, desde muito cedo,
conquistar os seus visitantes “pelo
estômago”, sendo visitada por netos ou bisnetos de antigos clientes,
assim como novos apreciadores
das especialidades da freguesia
de Margaride. Os doces de deixar
“água na boca” são vendidos para
todo o território nacional, assim
como para o mercado externo.
Os produtos mais procurados,
para além da especialidade da casa
(Pão-de-Ló de Margaride), são
as Lérias e as Cavacas. No Natal
além destes produtos, confecionam
também o Bolo-Rei. O chocolate –
preto, leite, caramelo, cappuccino,
branco, morango, laranja e limão –
é procurado quer no Natal, quer na
Páscoa. Todos eles doces bastante
apetecidos.
Durante as romarias, além das
especialidades da casa, são vendidas as Bailarinas, as Cavacas
de Chocolate, os Cacetes, os Rosquilhos Pequenos, os Rosquilhos
Grandes e o Pão Teixeira, exclusivamente ao fim de semana.
Rosa da Conceição de Sousa
Ribeiro, a terceira geração da
Casa de Pão-de-ló de Margaride de
Agostinho de Sousa, Sucr., decidiu
trazer algo novo aos já sobejamente
conhecidos doces confecionados
nesta empresa familiar e, para
isso, realizou uma formação inicial
onde aprendeu a arte e a técnica
de confeção de bombons sem
recheios, só com frutos secos e
trufas de chocolate, tornando assim
a sua vida e a dos que a rodeiam
ainda mais doce. “Queria fazer algo
mais, sentia que faltava concretizar
algo que fosse só meu e consegui”,
salienta a gerente.
Os bombons “Rosa Sousa”,
marca registada e feitos a partir de
chocolate belga, “são produzidos
de novembro até abril e, durante o
resto do ano, só são comercializados mediante encomenda – para
casamentos e batizados – de forma
a não sofrerem qualquer alteração
nas suas características devido ao
calor que se faz sentir durante as
estações da primavera e do verão”,
refere Rosa da Conceição de Sousa
Ribeiro.
A novidade foi bem aceite por
todos os clientes da Casa de Pão-de-ló de Margaride de Agostinho
de Sousa, Sucr., “embora não
sendo um produto muito acessível
teve logo imensa procura desde
que foi colocado à venda na semana de Páscoa, em 2005”, alude
a confeiteira.
Rosa da Conceição de Sousa
Ribeiro indica ainda que “cada vez
mais a população procura este
género de doces para se destacarem em festas como casamentos,
comunhões e batizados de forma a
terem algo belíssimo e ao mesmo
tempo delicioso para oferecer”,
finaliza.
Os produtos confecionados na
Casa de Pão-de-ló de Margaride de
Agostinho de Sousa são de venda
exclusiva nesta casa, sita apenas
no Largo Alexandre Herculano, nº
17, em Margaride-Felgueiras. |
Julho I 33
Portugal Inovador
Contas & Artes
Na Três Artes, pai e filha dão suporte contabilístico e fiscal às empresas, numa política “que
segue rigoramente os princípios legais, defendendo sempre os seus clientes”. Juntando o útil
ao agradável, de uma paixão pelo restauro sobra ainda tempo para as artes e antiguidades.
vai do grande ao pequeno empresário, Vitorino Sousa reforça que,
perante o rigor presente, “os empresários, mais ou menos jovens,
têm de encarar a atividade com
responsabilidade”. Com o suporte de projetos para o programa
2020, o contabilista salienta que
“este novo código de investimento
incentiva a fazer num ano, o que
se faria em dois ou três”, trazendo
vantagens para novas iniciativas,
embora “ainda apareçam poucas”,
reconhece.
Restauro de Arte
Com experiência adquirida no
campo, Vitorino Moreira Sousa
decide abandonar a multinacional
onde trabalhava enquanto Técnico
Oficial de Contas para se dedicar
aos estudos e abrir o próprio escritório de contabilidade. Foi numa
empresa produtora de vinhos, onde
esteve durante 15 anos, que iniciou
o seu percurso profissional, numa
altura em que a licenciatura em
Contabilidade tão pouco existia.
De um trabalho pontual de
Contabilidade que exercia na sua
residência a par do emprego fixo,
Vitorino Sousa recorda a época em
que “trabalhava com ‘teares mecânicos’, as máquinas de contabilidade que eram quase como teares da
indústria têxtil. A gravação era na
tarja magnética da folha de papel”.
Atualmente, os meios são outros,
34 I Julho
inclusive de formação, já que esta
é uma área que exige constante
atenção dos profissionais para as
mudanças legislativas.
Foi por isso que em 2000,
decide ingressar na Universidade
Fernando Pessoa, onde concluiu a
licenciatura em Contabilidade e um
MBA em Gestão. Do mestrado que
frequentou em Ciências Empresariais ficou pendente a tese quando,
em 2003, abre a Três Artes, na vila
do Coronado - Trofa. Este é um
gabiente de Contabilidade que oferece, entre outros serviços, apoio a
projetos de investimento, seguros e
processamento de salários. A colaborar consigo o empresário conta
com a filha, Ana Sousa, formada
em Comércio Internacional, e mais
duas colaboradoras.
Com um leque de clientes que
Tendo em conta o espaço do
gabinete, a Três Artes reserva lugar
à conservação e restauro de peças
de Arte e antiguidades. Com a filha,
Isabel Sousa, formada em Conservação e Restauro e a iniciativa de
Ana Sousa, este é um lugar onde
as irmãs exibem peças em louça e
madeira, reabilitadas, bem como
materiais, como tintas por vezes
difíceis de encontrar, que comercializam no meio.
É um hobbie que, tal como a
Contabilidade, se faz com gosto
e dedicação. Com mais de uma
década, a empresa familiar preza
pela proximidade ao cliente, e um
suporte integral à atividade dos empresários: “Vamos lutando, fazemos
praticamente de tudo”, afirma Vitorino Sousa que termina relembrando
a velha máxima: “A manager that
rests rusts!”. |
Portugal Inovador
“Muita alegria, esforço e
vontade de trabalho”
A operar há mais de 15 anos, a Pedro Carneiro Sociedade Unipessoal, Lda. é um exemplo
de resiliência perante a crise que afetou o setor têxtil.
O “bichinho” cresceu desde
cedo em Pedro Carneiro. Muito por
influência da família, “que nasceu
no setor têxtil” – precisamente a
área a que também o empresário
acabou por se dedicar. “Comecei
a trabalhar com 18 anos neste
ramo”, recorda o gerente da Pedro
Carneiro Sociedade Unipessoal,
Lda., empresa por si desenvolvida
em 1999.
Com uma equipa constituída
atualmente por 13 pessoas, esta
é uma PME que se dedica à criação de “todo o tipo de artigos e
malhas, exceto t-shirts e sweats”.
“Dedicamo-nos à produção de artigos elaborados”, refere o gerente.
Já o mercado-alvo passa apenas
pela exportação, que Pedro Carneiro descreve como “diferente e
mais fiável”.
Independentemente do produto
que seja solicitado, a Pedro Carneiro Sociedade Unipessoal, Lda.
oferece uma série de garantias
indispensáveis. Em primeiro lugar,
existe o “compromisso com a qualidade”. Depois, há a certeza de
que “os prazos não falham”, pois a
empresa lida apenas com clientes
exigentes. Por fim, é estabelecida
uma relação de proximidade entre
quem encomenda e presta os serviços, já que se “discutem sempre
todos os aspetos, como o preço e
os prazos”.
Hoje, a Pedro Carneiro Sociedade Unipessoal, Lda. é uma
firma com um futuro risonho, mas
nem sempre foi assim. Ao longo
de um percurso de 16 anos, houve
momentos bastante complicados,
quer para a empresa, quer para a
área dos têxteis. “Passei dificuldades, como é lógico”, recorda Pedro
Carneiro. “Sentiram-se imensas no
setor quando se abriram as portas ao mercado asiático”, devido,
nomeadamente, à disparidade de
preços.
Dada a conjuntura, foram muitas
as firmas que se viram forçadas a
encerrar a atividade. Um pensamento contra o qual, todavia, Pedro
Carneiro decidiu lutar. “Quando a
situação se complicou, eu procurei
clientes, não fiquei parado”. Paralelamente, “apostámos na qualidade
e foi por isso que conseguimos
avançar”, lembra. A conclusão des-
Entre o arsenal de utensílios
utilizados na Pedro Carneiro
Sociedade Unipessoal, Lda.
incluem-se as máquinas de
costura Flat-Lock, que permitem
o trabalho com tipos de tecidos
bastante específicos. Mais uma
prova de que esta é uma firma
de olhos fixos na qualidade e
no futuro.
te desfecho? “Os clientes gostaram
e é por isso que se tornaram fiéis
e, quando isso acontece, não há
volta a dar”.
As expectativas quanto ao futuro
são, como tal, animadoras. “O setor
está a levantar-se devagarinho,
degrau a degrau”. Por isso mesmo,
Pedro Carneiro acredita que “quem
conseguiu sustentar-se até agora,
aguentará mais 10 ou 15 anos”.
Tudo isto não só devido à política de
qualidade que norteia a firma, mas
também graças ao espírito de equipa – “quase uma família” – que se
sente entre os trabalhadores. E que
frase poderia demonstrar isto melhor do que o lema “muita alegria,
esforço e vontade de trabalho”? |
Julho I 35
Portugal Inovador
Profissionais de confiança
Daniel Costa esteve à conversa com a Portugal Inovador para nos falar sobre a experiência
de mais de três décadas que a família tem na área das instalações elétricas e trabalhos de
pichelaria.
A Electrogémeos criada pelos
irmãos Daniel e Jorge Costa conta
uma experiência de 30 anos no
setor das instalações elétricas de
média e baixa tensão; projetos
elétricos e licenciamentos industriais; ar comprimido; pichelaria e
sistemas de aquecimento central.
O pai, Daniel Ribeiro Costa,
incentivou os filhos a aprenderem
esta atividade e estes sentiram-se
desde logo integrados no mercado
(apesar da adaptação às constantes exigências). “Na época, tínhamos 15 anos, ao longo do tempo
fomos evoluindo com os profissionais da casa. Eu mais direcionado
para a execução no terreno e o meu
irmão na parte comercial”, indica.
A formação adquirida ao longo
do tempo aliada a esse know-how revelou-se uma mais valia
para o melhor posicionamento da
empresa. “Temos três formações
anuais, essa componente é pro-
36 I Julho
movida e nós procuramos estar
atualizados e atentos a inovação.
Atualmente, estou formado como
técnico responsável pela execução das instalações elétricas e
estamos disponíveis para efetuar
os mais diversos tipos de trabalho
nas áreas da eletricidade e pichelaria. Elaboramos orçamentação e
propomos diferentes soluções aos
nossos clientes, indicando-lhes as
vantagens de cada uma em termos
de proteção e segurança. Estamos
70% direcionados para a indústria,
e 15% para particulares”, evidencia.
Embora o principal enfoque da
empresa esteja nas montagens
elétricas, não deixam também de
comercializar alguns equipamentos
(sistemas de aquecimento, painéis
solares, alarmes, entre outros). O
trabalho apesar de estar mais concentrado no concelho de Felgueiras e zonas limítrofes, estende-se
ainda por todo o território nacional.
Primando pelo rigor e serviço de
qualidade os empresários seguem
os seus compromissos com confiança no mercado, adaptando a sua
atuação em cada local que operam.
Como mais valias e principais pontos
diferenciadores os nossos interlocutores apontam “a assistência técnica
(considerando a qualidade que se
pode executar nas instalações).
Temos o nosso próprio método de
trabalho e procuramos executá-lo
para que o cliente fique satisfeito.
Para que a capacidade de resposta seja eficiente e o espírito de
equipa fortalecido Daniel Costa e o
seu irmão Jorge Costa contam ainda
com mais cinco técnicos. A aposta
nos recursos humanos revela-se
uma prioridade para os empresários
e por isso salientam que “quando se
investe num colaborador a formação
é essencial. Temos dado a oportunidade a estagiários, através das
escolas profissionais, para que se
possam integrar na especialidade e
adquirir a prática com base na sua
formação enquanto formandos”.
Expansão
Presentemente Daniel e Jorge Costa Montagens Eléctricas
repensa sobre os seus objetivos
empresariais e pondera criar outro
ponto de assistência. “O mercado
é aliciante, no momento em que
tivermos algumas garantias talvez
façamos a abertura de uma filial”,
sintetiza. |
Portugal Inovador
Nova geração na mecânica
O negócio de família que começou focado nos escapes, está entregue a uma nova geração.
Dois irmãos, Vítor Pereira e Jorge Pereira, prometem mais inovação e diversificação na
oficina Escapes Felgueiras.
Vítor Pereira e Jorge Pereira
arregaçaram mangas e assumiram a oficina do pai há cerca
de um ano. Com uma história
de duas décadas no mercado,
os dois irmãos renovam atendimento, apostam na imagem e
diversificam a oferta da Escapes
Felgueiras.
O que começou por ser uma
oficina de montagem de escapes, hoje é uma casa polivalente
que abrange desde os serviços
rápidos de manutenção automóvel ao trabalho mais vasto
com baterias, ar condicionado
ou pára-brisas, serviço este que
os irmãos Pereira acabaram por
inaugurar na região. Preservando o serviço da montagem de
escapes, “quer o cliente precise
de mudar só uma lâmpada, quer
precise de um escape, vem cá”,
refere Vítor Pereira.
É com este atendimento completo e personalizado e uma relação de confiança, que a empresa
fideliza os felgueirenses, alguns
clientes desde a primeira hora.
Localizada estrategicamente no
centro da cidade, a oficina serve
todo o concelho de Felgueiras,
que representa 80% da carteira
de clientes. Ainda com alguns
serviços para Guimarães e Lixa,
onde chegaram a manter filiais,
aqui os orçamentos são ajustados aos interesses dos que
os visitam, mantendo sempre o
garante de qualidade.
A aposta de Vítor e Jorge
Pereira incide ainda na formação
contínua e ao conhecimento de
campo que foram adquirindo com
o pai, acrescentam formações
especializadas tanto ao nível
concreto do setor como na área
de gestão, higiene e segurança
no trabalho e certificações técnicas. O controlo financeiro é
apertado, e nos últimos oito anos
o negócio expandiu, sendo hoje
uma consistente estrutura de
empresa familiar.
“Começar uma oficina não é
difícil, manter toda a logística é
que é complicado” sustenta Vítor
Pereira.
Este é um mercado competitivo, e por isso a prioridade dos
dois irmãos passa por estabilizar
este espaço e, num horizonte
mais longínquo, alargar o investimento. |
Julho I 37
Portugal Inovador
Transformar com criatividade
Um projeto criado pelas mãos de Rui Lopes e Rui Reis manifesta-se com qualidade na
personalização. Há quatro anos a explorar o mercado nacional, encontramos assim a 2R
Publicidade, em Felgueiras.
“Somos uma empresa jovem,
criativa, dinâmica, responsável e
dotada de recursos”, é assim que
começam por se caracterizar. Foi
em 2011 que enveredaram pelo
ramo da publicidade, o know-how
que já tinham adquirido até então
permitia-lhes laborar com segurança: “Trabalhávamos os dois no
setor e decidimos formar a nossa
empresa”, avançam.
Cativados pelo serviço de proximidade, o cliente poderá encontrar
aqui decoração de viaturas, decoração de montras, decoração de
stands, papel de parede, impressão
digital, corte de vinil, montagem
de reclames e transformação de
acrílico.
No seu trabalho diário reconhecem que a gestão do tempo, aliada à
constante aposta de equipamentos
são dois fatores preponderantes
para a consolidação de uma estrutura viva e sólida: “O nosso segredo
é a paixão que temos pelo trabalho
38 I Julho
e pelos desafios e objetivos a alcançar, por isso acreditamos que somos
uma empresa com espírito e que
amamos o que fazemos, como tal
os trabalhos realizados conseguem
ir para além das expectativas do
cliente. Apresentamos sempre soluções completas de publicidade e
promovemos cada vez mais o negócio dos nossos clientes”, sublinham.
Aqui, onde os gostos e a imaginação se ajustam às diferentes
necessidades, percecionar a ideia
que o cliente tem em mente é o verdadeiro desafio. “Muitas das vezes
somos nós que dizemos aos clientes
o que é melhor para aquele tipo de
situação, transformamos as ideias,
temos o esboço e transformamo-lo,
mas também há quem chegue aqui
sem ideia nenhuma”, constata. A
carteira de clientes que ganharam
ao longo dos anos faz com que
os seus trabalhos sejam divulgados amplamente fora do concelho
de Felgueiras. “O cliente estará
sempre em primeiro lugar, nós não
queremos ser só mais um porque
para a próxima ele irá voltar, e é
esse conhecimento que nos leva
a trabalhar dessa forma. Não se
trata de um trabalho fixo, mas sim
personalizado”, garantem.
Essa diversidade e desafio constantes fazem com que os dois empresários estabeleçam parcerias
com outros profissionais. Atentos
aos contextos em que poderão aplicar os diferentes materiais atestam
que as empresas revelam cada vez
uma maior preocupação pela divulgação da sua imagem e identidade.
O balanço que agora fazem da
atividade é positivo, e reconhecem
que numa área onde a criatividade
é constantemente posta à prova
a conquista tem de ser gradual e
consistente. No futuro esperam que
o seu trabalho continue a progredir
na mesma linha de atualização para
poderem continuar a avançar nos
projetos com o espírito dinâmico e
jovem em que se afirmam. “O conhecimento é o valor de confiança
que partilhamos com os nossos
clientes”, findam. |
Portugal Inovador
Profissionalismo nos setores
da torção e da bobinagem
O sucesso alcançado é fruto da equipa fantástica que compõe a Kimguimas, impossível de replicar.
Tudo começou com uma alcunha. Joaquim Guimarães, ou
melhor, Kimguimas, proprietário da
empresa homónima, foi apelidado
por um grupo de amigos, algo que se
perpetuou até aos dias de hoje. Um
nome do agrado do próprio e que se
tornou imagem de marca.
Com vinte anos na indústria têxtil, a Kimguimas, empresa com sede
na Vila das Aves, dedica-se, maioritariamente, à torção e bobinagem de
fios têxteis. Especializados em torção e dupla torção, possuem outras
valências na área, nomeadamente
na parafinação, depuração, compra
e venda de fios. A capacidade de
adquirir o fio, obrigatoriamente fora
do país, visto não existir produção
suficiente em Portugal, e acompanhar todo o processo até à fase
final, é uma mais-valia e garantia de
qualidade do produto.
Com seis funcionários a laborar
a tempo inteiro, divididos por dois
turnos, Joaquim Guimarães não
tem qualquer problema em atribuir
o mérito a quem o acompanha
nesta aventura. “Os funcionários
da Kimguimas não me veem como
patrão, mas sim como mais um
elemento da equipa. São eles o
motor desta empresa, trabalham de
forma incansável, dando o máximo”.
Um exemplo flagrante desta dedicação ao trabalho é a capacidade
de abdicarem de dias de lazer, em
prol da empresa. “Em épocas de
maior volume de encomendas,
os funcionários oferecem-se para
trabalhar sábados, de forma a garantir o cumprimento dos prazos
dados aos clientes”. Essa atitude
proativa e empenhada é devidamente recompensada. “Nunca nesta
empresa foi necessário adaptar as
remunerações dos funcionários às
alterações do salário mínimo. Todos
eles recebem valores superiores ao
normal, algo que se coaduna com a
produção demonstrada”, explica-nos
o proprietário.
Sendo um setor em permanente
evolução, com inovações mecânicas
e tecnológicas, torna-se fundamental uma formação constante dos
colaboradores. Para além de reduzirem os custos, as novas máquinas
facilitam o trabalho e aumentam a
produção. E até nisso a equipa da
Kimguimas se mostra incansável:
“São elementos com muitos anos
de experiência. Sempre que surge
alguma dificuldade procuram auxiliar
e ensinar os colegas, fomentando o
espírito de equipa”, explica Joaquim
Guimarães.
Com esta base sólida e promissora, o empresário olha já para o
futuro de forma a potenciar e aumentar a produção da empresa. “Vamos
introduzir duas novas máquinas que
consomem menos e têm taxas de
produção bastante mais elevadas.
Além disso, iremos reestruturar a fábrica de forma a aumentar o espaço
disponível”, conclui. |
Julho I 39
Portugal Inovador
EPS, pelo presente
e futuro da inovação
Dedicada ao fabrico de poliestireno expansivo, mais vulgarmente denominado como
“esferovite”, atua em todo o mercado nacional e brevemente abraçará um novo desafio. Foi
esse trajeto que fomos conhecer junto de Manuel Machado e sua equipa.
Tendo começado a dar os
seus primeiros passos em 2011,
a empresa vive sob uma visão
empreendedora, sincronizando-se aos objetivos e constantes
adaptações de mercado. “Atentos à legislação, observámos a
obrigatoriedade da certificação
energética e a qualidade e o conforto inerente a todo o edificado
e aí vimos uma possibilidade: dar
cobertura a uma área dos isolamentos térmicos na construção
civil. Recentemente, verificámos
o aparecimento de um novo produto, que é a “bola” para os puffs,
nós não fazíamos, mas depois
repensamos em todo o nosso
processo e demos seguimento
esse nicho de mercado ”, começa
por expor.
Neste momento a “bola” corresponde já a 15% do volume de
faturação e é um mercado com
propenso a continuar a crescer,
nunca colocando de parte o seu
primeiro e primordial objetivo:
cobrir as necessidades do setor
da construção.
Para percebermos melhor o
dia a dia da empresa o nosso in40 I Julho
terlocutor revelou-nos por breves
palavras o processo de fabrico:
“Compramos a matéria-prima,
isto é o poliestireno expansível,
para que através de processos
termodinâmicos possa ser expandido até 50 vezes mais. Posteriormente, é compactado para
de seguida estabilizar durante
uma semana em cubos gigantes.
Só após esse repouso é que se
procede à fase final, o corte em
placas que será adaptado mediante a orientação do projeto,
as condições climatéricas e a
dimensão do edifício”.
Quando questionado sobre
o crescimento da empresa e a
disponibilidade de expansão para
um nível superior Manuel Machado responde positivamente:
“2014 já foi um ano de afirmação
e temos grandes expectativas
para 2015”. Encontra-se agora a preparar a ampliação das
suas instalações na perspetiva
de oferecer cada vez mais e
melhores soluções. “Atualmente
temos 2400 m 2, vamos alargar
mais mil”, indica. Esse espaço
integrará novos escritórios para
a administração, o departamento
comercial, o departamento técnico, o departamento de qualidade,
aumentando consequentemente
a área de produção. Brevemente
iniciar-se-á uma nova fase do
projeto, “já posso dizer em primeira mão, para além do fabrico
da base que já fazemos iremos
também realizar o acabamento
em parceria com uma empresa
turca, será o nosso próximo compromisso”.
Com toda esta estrutura a EPS
delineia estratégias a pensar não
só nos recursos financeiros e materiais, mas também nos recursos
Portugal Inovador
humanos. É sob uma formação de
rigor e qualidade que opera todo
o quadro profissional. Atualmente
a equipa de 20 pessoas labora
com o objetivo de alcançar as
suas metas e prosperar.
M2
Já na segunda parte da nossa
conversa Manuel Machado descreveu-nos um segundo projeto.
Este com mais anos no mercado
implementou-se quando Manuel
Machado terminou a sua licenciatura na Faculdade de Engenharia
do Porto. “M2 é um gabinete de
estudos de Engenharia Civil e é
responsável por grande parte dos
investimentos concretizados em
Felgueiras”, traduz. Atualmente,
encontra-se vocacionado para
as diferentes especialidades de
Arquitetura, Desenho Urbano,
Engenharia Civil (estruturas,
hidráulica, saneamento, vias
de comunicação), Engenharia
Industrial, Planeamento e Reabilitação, Restauro e Conservação
do Património.
Atuando no concelho de Felgueiras e zonas limítrofes a
equipa encontra-se unida pelas
diferentes áreas do conhecimento
para produzir com versatilidade e
especificidade na sua dimensão.
“Na época, exercia a atividade
de engenheiro na sua plenitude,
atualmente é a minha mulher que
gere grande parte da estrutura”,
conta.
Embora a sua vida tenha ganho um novo rumo não deixou de
acompanhar as mudanças que
ocorreram nas áreas da Arquitetura e Engenharia e é por isso
que hoje conclui que “a Arquitetura está melhor implantada do
que há 20 anos, o empenho foi de
todos, todos nós ajudamos a que
este caminho fosse trilhado, e a
colaboração entre o Engenheiro
Civil e a Arquitetura é frutífera”. |
Julho I 41
Portugal Inovador
Aposta na qualidade
e na inovação
A Rigor Pack, fundada há quatro anos, é uma reconhecida empresa de componentes para
calçado, destinados ao mercado interno e à exportação, com sede em Margaride, Felgueiras.
“Conseguimos dar um maior reforço
a este setor, visto que este produto
tende a escassear. Deste modo,
conseguimos tornar-nos autossuficientes e ao mesmo tempo fornecer
este produto a outras empresas”,
expõe João Lopes.
Tecnologias de
produção
João Lopes, empresário que
deu origem a esta empresa de
componentes para calçado, implementou uma nova visão, dando
maior impulso a esta firma de cariz
familiar. Já Manuel Lopes, o pai,
detém mais de 20 anos de experiência no setor enquanto comercial
e empresário em nome individual.
Os seus principais mercados
são a Alemanha, Itália, França e
Inglaterra sendo que atingem também outros países por via das em42 I Julho
presas portuguesas de calçado que
exportam para os quatro cantos do
Mundo. Mesmo perante este âmbito
global, Manuel Lopes orgulha-se de
afirmar que “o forte da Rigor Pack
ainda é o mercado nacional”.
Atento às necessidades do setor, durante o corrente ano, a aposta
recai na criação de outra empresa,
também de componentes de calçado, mais especificamente “as viras”,
que vêm complementar o trabalho
já desenvolvido pela Rigor Pack.
“Deter a mais moderna tecnologia é essencial para dar resposta
a todas as necessidades que nos
chegam”, vinca Manuel Lopes. A
Rigor Pack investe em maquinaria
e métodos industriais avançados
para poder tirar o melhor partido
de qualquer material. “Para potencializar a tecnologia, contamos
com profissionais experientes e
devidamente formados”.
A experiência, aliada à maquinaria permite-lhes desenvolver todo o
tipo de solas e viras, em diferentes
materiais, como o couro, o aglomerado, neolite, TR/PVC/PU e TTU,
micro e ráfia, e ainda desenvolver
diferentes e inovadores tipos de
acabamentos.
Com o objetivo de prestar um
Portugal Inovador
serviço cada vez mais completo
aos seus clientes, a Rigor Pack
aposta na pesquisa e desenvolvimento constante de novas soluções, que pretendem responder
às necessidades do mercado. Esta
atitude aliada à sua flexibilidade de
produção permite-lhe responder a
pequenas e grandes encomendas
com rapidez e qualidade.
Metas
Com vista a atender às necessidades de um mercado abrangente,
a Rigor Pack aposta na aquisição
de moldes, conseguindo assim
disponibilizar “uma panóplia imensa
de produtos diferenciados” onde é
possível discutir o preço pela inovação e qualidade do produto final.
Cada sola é projetada com a
melhor qualidade para o uso específico do calçado, sendo cumpridos
os objetivos principais tais como:
melhor desempenho, nível máximo
de conforto e maior qualidade ao
longo do tempo, com a consciência
de um trabalho árduo e contínuo em
prol do cliente.
Num meio onde proliferam
empresas dedicadas aos componentes para calçado, a Rigor Pack
distingue-se pelo cumprimento dos
prazos de entrega, qualidade, soluções à medida, rigor, criatividade,
inovação e flexibilidade, com total
respeito pelo meio ambiente.
As metas a atingir passam por
“servir com respeito e dedicação;
ir ao encontro das suas necessidades; estar sempre à altura das
exigências do mercado; cimentar
um lugar de destaque nas suas
escolhas; procurar novos desafios;
e expandir o leque de contatos comerciais”, refere João Lopes.
Promover constantemente uma
relação próxima de confiança e de
parceria com os seus clientes é um
objetivo para esta empresa que acredita que “juntos podemos prestar um
melhor e mais completo serviço”. |
Julho I 43
Portugal Inovador
Ser Fisioterapeuta
na visão de António Gaspar
António Gaspar, reconhecido como “o fisioterapeuta da seleção”, decidiu enveredar pela
área empresarial “pela grande necessidade de profissionais, então existente no mercado”,
desde os tempos em que era fisioterapeuta no Sport Lisboa e Benfica.
A experiência profissional de
António Gaspar desenrolou-se
sempre no seio do desporto de
alta competição, com pessoas que
44 I Julho
exigem uma otimização de todos
os recursos físicos, “procurando
recuperar o mais rápido possível
de lesões sofridas”, relata.
Sempre atento às necessidades do mercado, foi ajustando as
suas áreas de intervenção “ouvindo as sugestões dos clientes que
de algum modo funcionam como
um elo importante no crescimento
e inovação do espaço”. “A saúde,
atualmente, tem de ser vista como
um trabalho de equipa e uma complementariedade entre as várias
valências”, esta é a frase chave
do seu discurso.
Nesta conversa com a revista
Portugal Inovador, António Gaspar reforça que os valores que
o definem enquanto empresário
“são acima de tudo, a constante
tentativa de concretização dos
seus objetivos e a forma como
encara a saúde, a sua área de
intervenção; imbuindo toda a
equipa nesse conceito, por forma
a prestar um serviço de qualidade,
com exigência e rigor”.
No papel de empresário, “a
união e a dos colaboradores, a par
de uma gestão rigorosa e planeada” são a base do seu sucesso.|
Portugal Inovador
Uma médica dentista amiga do
seu paciente
Formada em Odontologia pela Universidade de Marília e detentora do título de cirurgiã
dentista, Odete Castro, natural de São Paulo (Brasil), atualmente reside em Fafe, onde
fundou, há 18 anos, a Clínica Dentária Espaço Dental.
adequado. “Faço tudo para poder
ajudar o meu paciente”, é assim
que Odete Castro assume o seu
papel enquanto profissional de
saúde. Uma das suas prioridades
na rotina diária do consultório
passa por tornar as pessoas
felizes, para assim conseguir
fazer do seu paciente um amigo.
“O objetivo é fidelizar o cliente e
atender às suas necessidades”,
reforça.
AS CRIANÇAS COMO
PACIENTES
Odete Castro decidiu, após o
término do seu curso, estabelecer-se em Fafe dado ser filha de
fafenses. Residente em Portugal
desde 1994, foi em 1997 que
abriu uma clínica onde disponibiliza todos os serviços, em todas
as especialidades da Medicina
Dentária em prol da comunidade.
Apoiada pela sua equipa, a
profissional tem “no sorriso de
cada paciente” o seu foco, sendo
esse um dos motivos que a levou
a optar por esta área médica. Na
Clínica Dentária Espaço Dental,
o conceito de trabalho assenta
numa base altamente profissional, mas com um forte cunho
familiar – a dentista, a colaboradora e o paciente –, para que o
sentimento de confiança invada
o ambiente do consultório e os
laços de empatia possam ser
criados.
LADO HUMANO
“As dores de dentes são terríveis. A minha prioridade é atender
imediatamente quem as sente”,
foi esta uma das promessas que
fez quando concluiu o curso. O
lado humano na profissão de
dentista passa por olhar para o
paciente, estudar o seu nível social e ajudá-lo da melhor maneira
possível, fazendo um orçamento
Com um brilho no olhar, Odete
Castro admite que gosta de atender os mais jovens. “É importante
tratar bem uma criança, porque
a primeira visita é extremamente
marcante. Se ela gostar do dentista, dificilmente sentirá receio
em frequentar as consultas”,
opina, reforçando também o facto
de comunicar e cativar com facilidade com os mais novos. Nestas
idades, Odete Castro foca-se na
prevenção e nos cuidados orais
para que a criança não venha a
ter futuros problemas e consequente dor de dentes. Com base
nisto, dá relevância à ação promovida pelo governo português
– o cheque dentista – salientando
a sensibilização para os hábitos
de higiene oral, para uma melhor
saúde dentária dos mais novos. |
Julho I 45
Portugal Inovador
“A Caridade é a principal
das virtudes”
Esta é a máxima em destaque na entrada
principal do centenário edifício, estilo barroco,
que acolhe a Congregação de Nossa Senhora
da Caridade, em Viana do Castelo. É em
função dos outros e para os outros que esta
Instituição se afirma, assumindo a missão de
priorizar os valores humanos.
É com simpatia e abertura
que somos recebidos no Lar da
Congregação de Nossa Senhora
da Caridade pelo atual presidente, António José Morgado,
e o tesoureiro da casa, Carlos
Barbosa. Ambos, bem como toda
a equipa que aqui colabora, se
dedicam com entrega e orgulho
à Instituição, para que todos se
sintam em casa.
Foi em 1779, pela mão do
fundador José da Costa Pimenta
46 I Julho
Jarro, que então “Congregação e
Hospital de Velhos e Entravados
da Nossa Sr.ª da Caridade”. Em
1885 D. Carlos doou à Instituição
o antigo convento de Sant’Ana
aquando da extinção das ordens
religiosas que, depois de obras
de adaptação, foi inaugurada em
1905, onde a partir dessa data
funciona a Instituição. O edifício
mantém a riqueza histórica, com
uma torre setecentista e uma
igreja que preserva os altares da
época e onde hoje se realizam
ainda missas diárias, abertas
à população e transmitidas na
televisão de rede interna do Lar.
O património é cuidadosamente conservado, tendo a
Instituição reservado um espaço
para o que acaba por ser um
museu próprio de arte sacra e
de elementos que fazem parte
da história da casa: desde os
primeiros estatutos firmados pela
Rainha D. Maria I aos objetos
que os mais de três mil utentes,
que ao longo dos anos, foram
deixando na casa.
Há vinte anos a trabalhar na
instituição, António Morgado,
hoje presidente e «arquivista»
da Congregação nos tempos
livres, revela que há atas onde
“até a lenha usada na cozinha
está contada”. Quando iniciou
funções, encontrou “vinte e três
cilindros elétricos, não havia
água quente para toda a gente.
Atualmente, temos uma caldeira
a gás e produzimos energia fotovoltaica”.
Portugal Inovador
Vida Nova
Com revisão de estatutos, a
“Congregação de Velhos e Entravados” afirmou-se enquanto
“Congregação de Nossa Senhora da Caridade”, Instituição Particular de Solidariedade Social,
no intuito de trazer dignidade
e qualidade de vida à terceira
idade. A criação e melhoria das
condições do Lar é um trabalho
contínuo desenvolvido ao longo
dos anos e que tem transformado
o antigo convento numa segunda
casa.
Com capacidade para 150
utentes grande parte deles é
autónoma: “São na maioria
pessoas de cá, que têm amigos
e vida fora do Lar. Comem e
dormem aqui, mas saem à rua
e passam o tempo pela cidade”,
afirma Carlos Barbosa. Das
sessões de desenho, ao grupo
de concertinas e às cantorias
de fado, a vida faz-se bastante
ativa. Para além dos cerca de
70 colaboradores, a participação
da comunidade é uma mais-valia
para dinamizar o dia a dia, e há
ainda voluntários para aulas de
crochê, ensaios de teatro e aulas de música. Carlos Barbosa
fortalece a essência do Lar ao
afirmar que “aqui não damos
anos à vida, gostamos de dar
vida aos anos”.
De portas abertas, a envolvência da família é sempre
motivada, e “felizmente, há familiares que aparecem todos os
dias”, releva António Morgado.
Com uma equipa dinâmica e
dedicada e um bom número de
jovens profissionais a trabalhar
em regime de estágio, a relação
com o utente é próxima: “Alguns
estão sempre à porta à nossa
espera”, admite Carlos Barbosa.
Cuidar miúdos e
graúdos
Em 2010, após a recuperação
de um edifício cujo uma parte
havia sido doada à Instituição,
a Congregação decide colmatar
certa carência local na oferta aos
mais novos e abre a Creche “O
Beija-Flor”. Esta é uma creche
que presta cuidados a crianças
até os 36 meses de idade com
atividades didáticas, físicas e
recreativas. A ponte com o lar é
feita em eventos especiais, como
as janeiras ou comemorações
como a Festa da Padroeira que
acontece todos os anos no dia
29 em junho.
Para além disso e em complemento com o Lar, a Instituição
dispõe de uma clínica de medicina
física e reabilitação, com terapia da
fala e fisioterapia, que já vai com
duas décadas de serviço à comunidade. No total, a Congregação
emprega mais de 90 profissionais,
que são “o espelho desta Instituição”, refere Carlos Barbosa.
A proposta desta equipa é
um serviço humano de quem
realmente se empenha e entrega
ao desafio que é prestar auxílio
à comunidade já que essa é a
“principal das virtudes”. |
Julho I 47
Portugal Inovador
Conhecimento,
experiência e simpatia
A prestar um serviço de excelência há 19 anos na área da Medicina Oral, a Dra. Conceição
Batista Ribeiro Medicina Dentária, Lda. é o espaço ideal para preservar o seu sorriso.
“uma equipa multidisciplinar”, oferecendo deste modo “um serviço de
extrema qualidade” numa altura em
que “o mercado de trabalho é bastante competitivo e, por vezes, até
desleal”, explica Conceição Batista
Ribeiro. Caso para dizer que, à sua
espera, terá uma equipa com vasta
formação académica e experiência
profissional.
Instalações ampliadas
“Quando terminei o ensino
secundário, quis tirar um curso na
área da saúde”, começa por explicar Conceição Baptista Ribeiro,
licenciada em Medicina Dentária
pelo Instituto de Ciências de Saúde-Norte. Logo em 1996, altura em
que concluiu os estudos, a nossa
entrevistada deu início à sua vida
profissional “trabalhando à percentagem num consultório” em São
Julião de Freixo, concelho de Ponde de Lima. É nesse concelho que
Conceição Batista Ribeiro acabou,
efetivamente, por estabelecer o seu
próprio espaço, em 2002.
Antes disso, porém, abriu um
consultório em Caldas das Taipas,
em 1997, onde ainda hoje exerce a
sua atividade, intercalando-a com
as práticas clínicas em São Julião
de Freixo. Sempre a pensar no melhor serviço possível para o cliente,
mas também “com a consciência da
necessidade de uma formação diferenciada e complementar” à licenciatura, desde cedo que Conceição
Batista Ribeiro foi aperfeiçoando
a sua formação, nomeadamente
48 I Julho
através de “pós-graduações nas
variadas valências da Medicina
Dentária”.
Em parceria com o marido, Alfredo Ferreira Lopes, também ele
formado em Medicina Dentária,
optaram por especializações diferentes, o que lhes permitiu criar
Depois de uma mudança de
sede em 2010, o consultório de
Caldas das Taipas conta com “instalações modernas e funcionais”,
inseridas “num espaço agradável”.
Assim sendo, neste momento integram o espaço da clínica “dois
gabinetes dentários, uma sala de
esterilização, uma sala de Raio X”,
bem como a receção e uma sala de
espera bastante confortáveis.
A estas instalações, acrescem-se “dois gabinetes para prestação de serviços de Fisioterapia,
Portugal Inovador
Medicina Tradicional Chinesa e
Psicologia”, outras áreas da saúde
que permitem à equipa, liderada por
Conceição Batista Ribeiro, prestar
um leque mais vasto de tratamentos. “Com estas instalações podemos oferecer um melhor serviço
aos nossos pacientes, aos quais
prometemos manter sempre uma
formação contínua de qualidade”,
afirma.
Bom atendimento
Mas existem também outras
garantias deixadas a quem visita os
consultórios de Conceição Batista
Ribeiro, nomeadamente a utilização
“das melhores técnicas e materiais,
de forma a conseguir proporcionar
as melhores respostas às sucessivas situações clínicas que nos vão
surgindo”, explica a médica dentista.
No fundo, “quando se faz tudo por
amor, compromisso e honestidade
pela profissão, tudo se torna mais
fácil e gratificante”, sintetiza.
Relativamente a este último
assunto, a nossa entrevistada é
perentória: “O que mais me realiza
nesta profissão é a satisfação dos
meus pacientes”, nomeadamente
“quando lhes conseguimos devolver a função, a saúde e o sorriso”.
A prova de que esta gratificação é
mútua está na fidelidade dos clientes que passam pelo consultório de
Conceição Batista Ribeiro: “Faz-me
imensamente feliz ver entrar pela
porta da clínica aqueles pacientes
que, ano após ano, nos são leais”.
A eles, a profissional agradece a
confiança. Eles, entretanto, agradecem-lhe o sorriso. |
Julho I 49
Portugal Inovador
“É pelos utentes
que cá estamos”
Em Ponte da Barca ou em Arcos de Valdevez, a Fisibarca é a sua clínica de referência na
área da Medicina Física e Reabilitação.
Começou a trabalhar como
fisioterapeuta em clubes desportivos, mas cedo nasceu em Paulo
Oliveira, sócio-gerente da Fisibarca, o desejo de “trabalhar por
conta própria”, pois “tinha ideias
diferentes” e desejava desenvolver
um negócio de qualidade. O sonho
realiza-se em julho de 2005, altura em que o fisioterapeuta abre,
em conjunto com o sócio Marco
Fonseca, uma clínica dedicada à
Medicina Física.
“A primeira ideia que surgiu foi
criar um espaço num local sem
oferta na área”, recorda Paulo
Oliveira. Depois de alguma deliberação, os dois fisioterapeutas
optaram pelo concelho de Ponte
da Barca, permitindo, deste modo,
que a população local tivesse
finalmente acesso a este tipo de
cuidados sem ter que se deslocar
para outras regiões.
50 I Julho
Um dos princípios na génese
da Fisibarca está na qualidade e
profissionalismo dos seus colaboradores. Tal como refere Paulo Oliveira, “na nossa clínica não temos
auxiliares de saúde”. Posto isto,
ao serviço dos utentes encontra-se
uma equipa composta apenas por
“profissionais licenciados”. Uma
atitude que acarreta “custos” mas
que, de acordo com o fisioterapeuta, se traduziu numa “mais-valia”,
já que “as pessoas reconhecem”
esta aposta.
Os serviços de saúde que a
Fisibarca oferece englobam-se
em áreas como a Fisioterapia, a
Fisiatria, a Ortopedia, a Terapia
da Fala, a Enfermagem ou a Osteopatia. Mas, independentemente
da necessidade que faça o cliente
deslocar-se à clínica, existe uma
segurança: “Prezamos por fazer
com que seja sempre o mesmo
profissional a fazer o acompanhamento”, garante Paulo Oliveira.
Outra das mais-valias está na
escolha dos equipamentos: “Apostamos nas marcas de topo e nas
mais conceituadas e os resultados
aparecem”.
Foi precisamente esse sucesso
junto da população local que levou
os dois sócios-gerentes a querer
expandir os seus serviços para
outros municípios com as mesmas
necessidades. “Havia pessoas de
outros concelhos que iam a Ponte
da Barca” para receber tratamento.
Motivo suficiente para “fazermos
mais uma aventura e abrirmos,
em 2009, a filial em Arcos de Valdevez”, recorda o fisioterapeuta
arcuense.
Apesar das dificuldades que
o setor da saúde atravessou nos
últimos anos, Paulo Oliveira faz
um balanço positivo do trajeto que
a Fisibarca desenvolveu em ambos os concelhos. A prova está na
afluência de utentes que traz, por
sua vez, mais uma necessidade
de adaptação futura. “Temos para
breve um projeto de mudança de
instalações na sede, em Ponte da
Barca, devido ao crescente número de utentes”, explica o fisioterapeuta. Um empreendimento que
coincidirá com o 10º aniversário da
clínica e que será feito com gosto,
pois, tal como refere, “é pelos utentes que cá estamos”. |
Portugal Inovador
Julho I 51
Portugal Inovador
Uma aposta de sucesso
A Kebab do Oriente, criada e gerida por José Ferreira e Susana Luís, apresenta aos
portugueses uma especialidade da gastronomia turca. Dinamismo, rigor e diversidade são
as características que predominam no espírito de iniciativa destes empresários.
Inseridos na zona industrial
de Tomar, contam-nos agora
como impulsionaram o desenvolvimento da atividade. “Somos
recentes no mercado, temos dois
anos e meio, mas já laborávamos
neste setor antes de erguermos
o projeto. Temos as nossas viaturas, gerimos as nossas próprias
entregas e assim fornecemos
de Norte a Sul do país. Como
trabalhamos com três prestigiantes fabricantes alemães e com
alguns revendedores de renome,
em Espanha, o produto chega a
Portugal com a devida segurança
e qualidade”, garantem.
É sob essa representação
que o Kebab do Oriente cresce
a cada dia nas suas competências, nunca esquecendo as boas
referências do ramo. Comercializando mais de 24 toneladas por
mês, respeitam com o sistema
rigoroso de HACCP as suas
origens e o saber de fabricação
turco. José Ferreira e Susana
Luís não deixam ainda assim
de verificar que 60% dos seus
clientes são estrangeiros, mais
especificamente “paquistaneses,
indianos, turcos e uma camada
52 I Julho
de emigrantes que vieram da
Suíça e da França”.
Kebab em Portugal
O petisco de origem turca
é Halal, como tal não inclui
carne de porco. Divulgado em
diferentes composições pode
ser apresentado sob a forma de
rolos de diferentes tamanhos e
preparado com base de diversas
carnes: como vitela, perú, frango
e borrego. Respondendo aos
gostos de diferentes culturas e
camadas sociais, é um produto
rico, repleto de versatilidade e
originalidade. Complementando
estes ingredientes, a Kebab do
Oriente dedica-se de igual forma
à venda de suplementos. À volta
do produto podemos encontrar o
pão turco, o pão pita, o durüm,
lahmacun (pizza turca), falafel,
hambúrguer 100% vaca (Halal),
cebola frita, batata frita, batata
palha, milho, cogumelos, salsichas e nuggetes de frango; nas
embalagens, saquetas Doner
Keba e box para sacos de molho; em matéria de molhos, pita/
samurai, mostarda, maionese e
ketchup. “O nosso objetivo foi
sempre focar-nos no kebab, mas
nunca esquecemos tudo o resto.
Com os suplementos, conseguimos chegar a outras franjas
de negócio. O nosso principal
cliente trabalha em roulottes.
Tentamos preencher tudo aquilo
que esse negócio necessita para
que estes possam dispor de um
conjunto de ofertas no local”,
sublinha.
Nos últimos cinco anos o
Portugal Inovador
kebab tem apresentado um
crescimento e maior aceitação.
Presente nas grandes feiras,
tem substituído muitos produtos
nas roulottes noturnas e a abertura de casas especializadas
no kebab é já uma realidade
do mundo globalizado. Quando
questionados sobre a recetividade em Portugal, os empresários
respondem: “Tem sido cada vez
maior. Lembro-me que quando
estive em França, vinha às vezes
a Portugal e não se viam por cá
nem pizzarias nem restaurantes
chineses, atualmente já estão
vulgarizados. Quando deixei
esse país já havia lá uma grande
procura pelo kebab, ao contrário
do que se verificava por cá. Hoje
por sua vez há cada vez mais! É
uma questão de modas”, expõe.
Uma refeição que se caracteriza
pela sua rapidez e diversidade faz com que todo o público
(desde os mais jovens até aos
mais adultos) se sinta atraído
pelo preço e qualidade da confeção. Ainda assim a adaptação
do kebab e a procura por novos
produtos é uma preocupação
constante destes jovens empresários. “Começámos recentemente a vender produtos que
nada têm a ver com o kebab, mas
sim com tapas, como as asas de
frango. Muito brevemente, introduziremos também as pizzas
individuais que são sempre um
bom acompanhamento, e assim
alargaremos a nossa oferta, com
variedade e preço”, informam.
Toda a estrutura foi erguida para
dar uma resposta de confiança e,
em colaboração com outra empresa, dispõe-se a chegar ainda
mais longe. “Estabelecemos uma
parceria para podermos efetuar
vendas de todos os produtos e
equipamentos necessários para
o bom funcionamento das lojas
que se dedicam, ou venham
a d e d i c a r, a o k e b a b . D e s s e
modo, ajudamos na montagem e
prestamos todo o tipo de apoio
(formação e assistência às máquinas) para que o cliente se
sinta orientado durante todo o
processo”, esclarecem.
Localizados no Centro do
país, José Ferreira e Susana
Luís ponderam estrategicamente as suas decisões. Movidos
pelo sucesso e pela dinamização de um produto cada vez
mais procurado, gerem assim
uma equipa de seis pessoas.
Consistentes na colaboração
e na entreajuda, lutam incessantemente pelos objetivos da
empresa. “Eu responsabilizo-me
pela parte contabilística, a Susana Luís concentra-se mais nas
encomendas, e depois temos os
motoristas que circulam em todo
o país. É mais concretamente na
zona da Grande Lisboa que temos verificado um grande boom
de negócios”, refere.
Vitalidade para o
futuro
É já no final deste ano (dezembro) que a Kebab do Oriente
completa três anos de existência, e já se revelam perspetivas
de um crescimento saudável e
próspero. “Neste momento, não
pensamos abrir outra filial, preferimos em primeiro lugar consolidar o que temos. Uma base
segura permite-nos crescer”,
sustentam. |
Julho I 53
Portugal Inovador
Elos de confiança
Foi na Zona Industrial de Tomar que encontrámos Filipe Alves e seus pais. À conversa
com eles, percebemos melhor a realidade empresarial da região bem como a posição do
empresário na atual conjuntura.
Foi em 1986 que os pais de Filipe Alves deram início à atividade da
atual TOMARALVES. Durante esse
percurso profissional ocorreram
diversas alterações que lhes foram
permitindo crescer e adaptar-se às
exigências do mercado. “Começámos por ser uma empresa num
54 I Julho
espaço de 25m2, entretanto fomos
crescendo de forma sustentável.
Na época, tínhamos duas áreas,
uma de venda de eletrodomésticos,
outra de material elétrico, mas foi
sempre o nosso objetivo focalizarmo-nos para o setor industrial. Os
meus pais, desde muito cedo sem-
pre foram pessoas de trabalho, não
tinham formação superior, foram
aprendendo com o que a vida lhes
ia ensinando”, inicia.
Sempre com a ambição de
progredir, foram ajustando os
espaços comerciais consoante a
necessidade. Hoje num espaço de
2000m2 com todas as condições,
olham para o futuro respeitando a
sua missão e os seus pilares basilares. No decorrer desse tempo
“mudámos de instalações algumas
vezes até construirmos este espaço
onde nos encontramos, queremos
dar um salto em frente. Sempre foi
nosso objetivo trabalhar com as
grandes marcas, sermos um elo
de ligação com as soluções, gerar
contacto direto. Aos poucos fomos
colhendo os frutos do nosso trabalho”, salientam.
Portugal Inovador
Atualidade
Presentemente os empresários
têm a oportunidade de verificar
que grande parte das suas ideias
se concretizou com segurança
e estabilidade. Distribuidora das
mais conceituadas marcas no
setor, a TOMARALVES labora
com o know-how que tanto lhes
é exigido, na busca permanente
por satisfazer os seus clientes.
Estabelece-se desse modo um
elo de ligação entre o problema
e a solução, baseada na forte
política de qualidade e confiança
que os caracteriza. “Possuímos um departamento técnico
qualificado que nos permite dar
respostas concisas a diferentes
áreas de mercado, comercializamos os produtos e soluções,
damos aconselhamento e apoio
técnico sempre que necessário,
tentamos ir sempre ao encontro
das necessidades de cada um.
Estamos mais direcionados para a
indústria, mais concretamente em
três grandes vertentes: eletricidade, automação e pneumática. São
áreas que exigem uma panóplia
de conhecimento enorme, dada
a sua abrangência e complexidade. Isso envolve imenso saber,
envolve uma relação estreita com
as marcas, envolve formação”,
sintetizam.
No seu pensamento e ação
laboral prevalecem valores como
o dinamismo, a eficiência, a qualidade dos produtos comercializados, a credibilidade nas soluções
apresentadas, a boa relação estabelecida com os seus clientes,
a valorização pelo apoio técnico e
logístico, bem como dos estudos
de projeto e conceção.
Hoje em dia têm também mais
dois pontos de venda, um em
Abrantes e o outro em Tomar.
Tomar
Nesta localidade como no
resto país vivem-se tempos de
mudança. Filipe Alves sente que
a adaptação e a atualização nas
mais diversas áreas tem de ser
constante e como tal a motivação e a disponibilidade laboral
cada vez maior. Ainda assim não
deixa de apontar que “as novas
tecnologias permitem-nos atuar
de uma outra forma, com outras
ferramentas e outra rapidez.
A tecnologia ajuda, mas é só
isso que ela faz, não substitui
ninguém”.
Futuro
Quando questionados sobre
os projetos e novidades da TOMARALVES num futuro próximo,
os três empresários responderam num espírito de colaboração e expansão: “Queremos
continuar a crescer de forma
sustentável, aprofundar os nossos conhecimentos e ser cada
vez mais eficientes”, concluem. |
Julho I 55
Portugal Inovador
Rumo ao crescimento
Foi com apenas 12 anos de idade que Luís Ferreira iniciou o seu trajeto profissional. É sob
um olhar retrospetivo e atual que observa o setor da construção civil.
A razão pela qual iniciou este
percurso em tão tenra idade é
traduzida pelas suas palavras:
“Com 12 anos (tinha apenas a
sexta classe), o meu pai, perante
algumas dificuldades financeiras,
conseguiu um emprego para mim
na construção civil. Ao longo do
tempo, estive sempre ligado ao
ramo”. A consolidação nesta área
fez com que, gradualmente, tenha
vindo a propor-se a novos desafios
e aprendizagens. “Aos 18 anos emigrei para a Alemanha e aí comecei
a aprimorar o nível técnico. Mais
tarde, a convite de duas empresas já com alguma dimensão, fui
trabalhar para Alemanha e Angola
como chefe de equipa. Nesse
campo, comecei a ter noção do que
significava chefiar outras pessoas,
preparar e organizar obras, fazer
medições”, revela.
Após essa experiência, come-
56 I Julho
çou a ponderar criar o seu próprio
negócio em parceria com o seu
irmão. No regresso a Portugal ambos se encontravam predispostos a
encarar esse novo desafio. Começaram por comprar uma carrinha e
contratar um funcionário: “Naquela
época, iniciámo-nos no Hospital de
Tomar e tudo começou por correr
bem, tínhamos 20 anos e queríamos evoluir”, conta. Mais tarde, por
força das circunstâncias, a sociedade terminou e seguiram diferentes
projetos. Foi sob esse novo rumo
que nasceu a Valcop.
Construção e
Reabilitação
Nesta equipa composta por 20
colaboradores as áreas de formação e conhecimento são distintas.
“Neste momento, contamos com
pedreiros, ladrilhadores, estucadores e engenheiros civis que prestam
apoio em diversas vertentes (planos de segurança para os andaimes, medição e orçamentação de
obras)”. Apesar de a palavra crise
ser tão pronunciada entre os diferentes intervenientes do setor da
construção civil, o nosso entrevistado revela que durante os últimos
seis anos têm crescido na casa dos
10%. “Verificámos que na construção de raiz os obstáculos são
maiores, por isso começámos por
nos dedicar mais à reabilitação, que
acaba por ser mais interessante”,
evidencia. Embora efetuem obras
em todo o país, neste momento
encontram-se focados na reabilitação de edifícios nas zonas de
Tomar, Ourém, Coimbra e Lisboa.
Ainda assim o nosso interlocutor
não deixa de referir que “é cada vez
mais difícil encontrar jovens que
ambicionem enveredar por este
ramo. O trabalho da construção
nunca é visto como bem remunerado dado ser muito duro”.
Expansão
Presentemente, Luís Ferreira
concentra-se em criar condições
para expandir para o continente
africano. “Embora tenha este escritório e outro na Sabacheira”, finda. |
Complementando a atividade,
a Valcop foca-se na compra e
venda de todo o tipo de equipamento de construção: andaimes,
betoneiras, cofragens, gruas,
vigas de geradores, prumos,
entre outros.
Portugal Inovador
Mestre defensor da nossa história
Encontrámos Luís Domingos em pleno estaleiro de obra na cidade de Torres Novas. Ali
ouvimos este profissional falar das suas viagens e da experiência que lhe permite hoje,
realizar a construção e reabilitação de casas em pedra, adobe e taipa apiloada.
Foi com apenas 16 anos que Luís
Domingos rumou a Lisboa para auxiliar
o pai, encarregado geral. Na capital,
começou a estudar à noite na Escola
Machado Castro tendo completado o
4º ano do curso de Mestre de Obras. Já
como encarregado, passou por várias
empresas de construção civil e esteve
11 anos no estrangeiro: “Em Moçambique, trabalhei em várias obras de
reabilitação, com profissionais na
área de Arquitectura, e obtive novos
contactos de construção, nomeadamente no Norte de Moçambique, em
Manica, adquirindo o conhecimento
e as realidades, sustentabilidade e
durabilidade das construções em terra,
tomando o gosto por esta área. Participei posteriormente em outras obras
de construção em países, como São
Tomé e Príncipe e Angola.
Em 2008, já em Portugal, decide
dar origem à empresa Aldeias de Pedra – Construções Unipessoal, Lda.,
empresa que oferece todos os seus
conhecimentos em reabilitação, com
base em produtos naturais que respeitam o património coletivo. “Reabilitar
edifícios antigos, significa preservar
uma grande parte dos elementos
construídos e consumir menores
quantidades de energia, com a aplica-
ção de materiais tradicionais naturais
(madeira, pedra, terra, areia, cal, etc.)
por oposição ao uso de materiais industriais, artificiais como o cimento, o
aço, o alumínio, etc. Proceder a uma
reabilitação adequada, requer um
conhecimento dos materiais a aplicar,
e nem todos os materiais são compatíveis, como o cimento, o qual tem
qualidades indiscutíveis, mas que em
argamassas destinadas à recuperação
de alvenarias antigas não é aconselhável, dadas as suas características
que o tornam incompatível com os
materiais antigos, como a insuficiente
permeabilidade ao vapor da água,
o elevado módulo de elasticidade, a
presença de hidróxidos alcalinos que
podem reagir com as soluções salinas
que penetram por capilaridade, originado sais solúveis muito prejudiciais
às alvenarias e outros elementos
estruturais”.
Como sabemos que são compatíveis?”, questiona o profissional, que
fala com alma e profundo gosto da sua
arte. A equipa de profissionais realiza
obras de reabilitação ou de raiz, chave
na mão”. Totalmente formada por si “é
multifuncional”, fazendo trabalhos de
carpintaria, serralharia e forja. “Temos
um nível de carpintaria completamente
diferente, feita no local, totalmente
ajustada às necessidades do cliente.
As tintas são feitas por nós à base
de óleos e pigmentos naturais, assim
como as argamassas de cal aérea ou
terra estabilizada, e o tratamento das
madeiras”, revela.
Por outro lado as obras antigas
têm uma durabilidade comprovada por
séculos de existência, enquanto certas
soluções modernas possuem muitas
vezes um comportamento ainda imprevisto, em tempos de vida que se
deseja para os edifícios antigos. Aplicar
materiais com tempos de vida de 10 ou
20 anos, num imóvel com três ou mais
séculos é transportar problemas para
o futuro a curto prazo.
Luís Domingos sente-se desconfortável com o rumo que a construção
civil teve em Portugal e agora tem a
reabilitação urbana. “Nesse sentido, a
construção alternativa em argamassas
produzidas pela empresa Aldeias de
Pedra, as quais são elaboradas com
o mesmo método dos antepassados,
e apresentam características de resistência, durabilidade, plasticidade e
ausência de fissuras, deixando respirar a construção, porque impede a
condensação da humidade no interior
das casas, tornando-o saudável. A
Escola Machado Castro deu-me as
ferramentas para evoluir, lamento que
tenha fechado portas.”, explica-nos.
Toda esta obra feita dentro e fora de
portas, leva a que institutos de ensino
superior convidem este profissional
a expor as suas técnicas, nomeadamente no que confere à construção
em taipa apiloada, adobe e terra
palha, uma das suas especialidades.
A empresa Aldeias de Pedra, respeita
o património e constrói com sustentabilidade. A experiência do mestre Luís
Domingos tem permitido salvar muitas
construções com séculos de existência, preservando assim os símbolos da
nossa história e cultura. |
Julho I 57
Portugal Inovador
A cuidar do
património de todos
Os impulsionadores do projeto Officios conheceram-se enquanto estudantes do Instituto
Politécnico de Tomar. A empresa que criaram prevalece face ao panorama nacional, apoiada
pela formação e experiência adquirida enquanto trabalhadores independentes.
O s u r g i m e n t o d a O ff i c i o s
prendeu-se com a criação de
um atelier de Conservação e
Restauro onde, “pudessemos
exercer a nossa atividade, inicialmente através de pequenos
trabalhos para a família e posteriormente para o mercado”,
revelam os seus fundadores. A
ideia original era muito simples:
exercer uma atividade de conservação e restauro livre de ideias
empresariais ou objetivadas pelo
lucro. “Tudo tem surgido devido
a um trabalho consistente e dinamizador na proteção e salvaguarda do património”, referem.
Este projeto ainda é recente,
mas o reconhecimento já obtido
é uma prova dada de que “a Of-
58 I Julho
ficios veio para ficar”.
Os valores que regem a conduta destes empresários passam
por colocar sempre em primeiro
plano o objeto de intervenção;
sendo que a sua estratégia assenta numa oferta de ações de
qualidade, seguindo o Código
Deontológico de Reversibilidade,
Compatibilidade e respeito pela
Autenticidade da obra.
Num labor tão minucioso, a
mais-valia da Officios são os
seus técnicos qualificados, sendo que a empresa destaca-se
pela procura de novas técnicas
e equipamentos, produtos e
materiais de forma a manter-se
na vanguarda da Conservação
e Restauro.
Podemos encontrar a assinatura da Officios em trabalhos de
Reabilitação de Património Edificado, Conservação e Restauro e
também Reabilitação Estrutural
de Edifícios. Cantarias, rebocos
tradicionais, azulejaria, estuques
e escultura são os trabalhos
onde se destacam, contando ainda com parcerias para as áreas
de pintura mural e talha dourada.
Rodrigo Figueira, um dos
sócios, salienta: “O nosso fator
de diferenciação é procurarmos
sempre a melhor forma para
executar determinada tarefa, o
que nos torna numa empresa
muito versátil e com ideias inovadoras”.
Os sócios realçam as intervenções nos Túmulos de Santa
Maria do Castelo, em Abrantes,
Casas Pintadas em Évora, em
parceria com a Mural da História,
mais recentemente, os trabalhos
desenvolvidos em parceria com a
STB na Igreja das Chagas em Lamego e no restauro e recuperação
de fachadas do Palácio Nacional
de Queluz, pelo desafio que obtiveram ao realizar estes projetos.
“Seriedade e dedicação” são
os valores que a Officios pretende deixar como imagem de marca num mercado que necessita
de ser olhado com maior atenção
e conhecimento. |
Portugal Inovador
Encante-se pela história templária
enquanto desfruta de um bom vinho
A Herdade dos Templários, nome por qual é mais conhecida
a Quinta do Cavalinho – Vinhos, Lda. dedica-se à produção
e comercialização de vinhos de qualidade desde 1989 em
Valdonas, Tomar.
Esta herdade possui uma área
de 30 hectares, sendo que 18 estão dedicados à vinha, à adega de
vinificação, salão de eventos e duas
casas de turismo local, “ainda em fase
embrionária”.
Paula Costa, a gerente que abraçou este projeto, conta que “as vinhas
estão plantadas em solo profundo
de origem xistosa e argilo-calcária,
seco à superfície e rico em água na
transição para o subsolo”. Dotadas
de rega gota a gota, para controlar
o “nível de stress hídrico”, as vinhas
apresentam “sistemas de condução
que garantem a exposição solar e
arejamento necessários para maturações mais equilibradas e uvas de
alta qualidade assentes numa seleção das melhores castas regionais,
nacionais e internacionais”. A título
de exemplo, Paula Costa salienta
que as castas tintas produzidas na
herdade são: Touriga Nacional, Aragonez, Castelão, Alicante Bouschet,
Syrah, Cabernet Sauvignon e Merlot;
dentro das castas brancas, é possível encontrar o Arinto, Fernão Pires,
Moscatel Galego Branco, Moscatel
Roxo, Chardonnay, Sauvignon Blanc,
Riesling e Gewürztraminer.
Os vinhos produzidos nesta herdade espelham as tradições centenárias
da cidade Templária na “arte de bem
produzir o vinho, quer através de uma
identidade de marca fortemente associada aos Templários, quer através do
florescimento das vinhas no seu ambiente natural, dando sentido prático
à teoria que o vinho faz-se na vinha”,
salienta Paula Costa. Todos os vinhos
apresentam, pelo menos, “50% de
castas nacionais expressando, em
cada garrafa, o “terroir” (terreno) e a
identidade do vinho português”.
Atualmente, na Quinta do Cavalinho são produzidos e comercializados os vinhos das marcas “Vale
das Donas; Herdade dos Templários;
Templários monocasta e Convento de
Tomar Reserva; Herdade dos Templários Grande Escolha/Garrafeira e Sellium (vinho licoroso)”. Estes chegam
ao consumidor do mercado interno
através de parceiros comerciais regionais, “que atuam em garrafeiras/
lojas gourmet de venda ao público”,
mas a herdade também comercializa
os seus produtos a nível internacional,
“já estamos no caminho da internacionalização estando já presentes nos
mercados dos EUA, Canadá, Brasil
e alguns países da Europa.
As medalhas e distinções obtidas
nos mais conceituados concursos e
revistas nacionais e internacionais
corroboram perante o mercado a
qualidade e consistência dos néctares
produzidos na Quinta do Cavalinho.
“Proporcionar refeições mais agradáveis aos consumidores, um pouco
por todo o Mundo, divulgando através
dos seus vinhos, as origens tomarenses” é por onde passa o futuro desta
herdade segundo nos conta Paula
Costa. O consumidor pode adquirir
os vinhos da Herdade através do site
www.herdadedostemplarios.pt. |
Julho I 59
Portugal Inovador
Recuperar o
património coletivo
José Araújo dedicou-se, há mais de 50 anos, à reabilitação e restauro de Arte Sacra e em
talha, devolvendo-lhe o resplendor e a perfeição de tempos idos. Atualmente, são os filhos,
António e Rui Araújo, que dão continuidade ao minucioso trabalho da Capitellum.
Com a constante ambição de ampliar os objetivos a que esta empresa
familiar se propôs, os percursores do
projeto não se preocupam apenas
em “reanimar” uma arte milenar,
como também insistem na melhor
forma de integrá-la nos tempos
atuais.
Ao todo aqui laboram 28 colaboradores - entre entalhadores, desenhadores, marceneiros, carpinteiros,
pintores, pintores douradores e escultores -, técnicos habilitados para
manusear peças de arte singulares
ou executar novas, à medida dos
anseios dos que os contactam.
A Capitellum tem vindo a desenvolver a sua atividade ao longo
de duas gerações com centenas
de obras realizadas nas áreas de
execução de peças de Arte e Arte
Sacra tais como: altares; mesas de
celebrações; ambões; tocheiros, imagens em madeira; cadeirais; púlpitos;
sanefas; cornijas; forros lisos, em
caixonetes e pintados; pinturas a óleo
sobre tela ou madeira; genuflexórios;
soalhos; estruturas de suporte aos
60 I Julho
tetos; isolamentos; douramentos;
pinturas; entre outros. Dedicando-se
também ao restauro e à conservação
de talha dourada; pintura mural;
pintura de cavalete (tela e madeira);
madeiras e imagens.
Desde a sua fundação, a oficina
tem “uma metodologia de trabalho
fundamentada nos princípios básicos
de conservação e restauro do Património Histórico e Artístico seguindo
sempre os critérios definidos nos
tratados internacionais sobre conservação e restauração”. Estes passam
pela “mínima intervenção, sendo
esta sempre justificada; utilização
de métodos e materiais tradicionais,
sendo que todos os produtos que
utilizados são sempre devidamente
testados no campo da restauração; a
reintegração ajusta-se ao que estiver
em falta utilizando sempre materiais
reversíveis e documentando todo o
processo; toda a restauração será
sempre precedida pela realização
de estudos prévios necessários,
incluindo os mesmos que a análise
laboratorial determine originalmente,
utilizando suportes, preparação de
pigmentos, entre outros”.
Estes princípios aliam-se a valores e a características, tais como a
qualidade, a capacidade, a minúcia
Portugal Inovador
e o detalhe, colocados em tudo o
que fazem e que pode ser visto nas
inúmeras obras já realizadas.
De entre todos os projetos de
restauro já destacam-se “obras em
Alpendorada e Matos, em Fonte Boa,
em Abelheira e Soutelo Douro, sendo
que algumas são fundamentadas
com recurso a fotografias antigas
de casamentos, batizados e comunhões”, até porque casos há em que
os edíficios estão deveras debilitados
ou como já aconteceu “uma das
igrejas foi completamente destruída
num incêndio”, indica António Araújo.
Quando questionado sobre as
mais valias do trabalho neste setor,
António Araújo refere “ser uma área
muito gratificante, que permite o
convívio com vários quadrantes da
sociedade, a descoberta de novos
sítios, o património, a população e
as tradições de cada local visitado”,
esclarece.
Dando continuidade ao trabalho
iniciado pelo progenitor, os nossos
intervenientes têm o árduo objetivo
de “terminar com a deterioração de
obras de arte e devolver, dentro das
suas possibilidades, o seu estado original, respeitando a marca do tempo
sem falsidades históricas”.
De futuro, a aposta em novos
equipamentos está no horizonte dos
empresários que apelam à sensibilização das camadas mais jovens da
população para se “dedicarem a esta
arte, dado que tende a desaparecer,
verificando-se a redução do número
de profissionais de restauro e conservação, presentes no mercado”,
conclui António Araújo. |
Julho I 61
Portugal Inovador
Da advocacia ao notariado
Natural de Oliveira de Azeméis, Susana Sousa formou-se em Advocacia há 15 anos. Apesar
de ter iniciado funções num escritório de advogados em Ovar, confessa que o trabalho que
desenvolvia em registos e notariado sempre a apaixonou.
Por isso mesmo acabou por
encarar o desafio já no último
concurso, em época especial de
exames, para Notariado. Na altura, Susana Sousa revela que “foi
uma aventura. Mas sabia que ia
conseguir”. Começou por estagiar
no Cartório de Santa Maria da
Feira e é com sucesso que gere
hoje o Cartório Notarial de Vieira
do Minho. Residente em Paços
de Ferreira, conta que na altura
“mediante as licenças, Vieira do
Minho era a zona mais próxima” e
pela qual se acabou por se apaixonar. “As pessoas acarinharam-me
desde o início”.
Pela lei de extensão de competência territorial, os atos jurídicos
do notário devem circunscrever-se
ao município do cartório em questão. Mas, excecionalmente, e mediante despacho oficial, o notário
pode exercer os atos em mais de
uma circunscrição territorial contígua. Susana acabou por, dentro
dos parâmetros oficiais, estender
a sua área de ação ao concelho
de Montalegre, onde não existe
62 I Julho
ainda cartório notarial privado e
onde a nossa interlocutora presta
pontualmente serviços.
Atirando a possibilidade de
um segundo escritório em Montalegre, Susana Sousa afirma que
“de um modo geral, podemos ter
colaboradores, mas somos nós,
notários, que temos de praticar
os atos. Não podemos delegar
os atos, e além disso as pessoas
querem ver o notário, falar com
ele”. Com duas funcionárias licenciadas em Direito, Isabel e Virgínia, a colaborar consigo, Susana
concorda que o desafio de trabalhar neste escritório é diferente
quando o comparamos com um
cartório no centro de uma grande cidade: “Aparecem situações
muito complexas nomeadamente
registos que envolvem escrituras
antigas”.
Entre serviços de escrituras,
registos ou certificações, muitas
das competências desempenhadas pelo notário podem igualmente ser atribuídas a outras entidades. Certificação de documentos
e traduções, reconhecimento de
assinaturas e autenticações são
alguns dos exemplos. Algumas
funções atribuídas a estes profissionais têm tido alterações, como
é o caso dos inventários, ou seja
partilhas litigiosas, que antes
tratados em Tribunal, são hoje
Portugal Inovador
Serviços
Registos
- Automóvel
- Predial
- Comercial
Escrituras
- habilitação de herdeiros
- usucapião
- partilhas
Traduções
Certificados
responsabilidade dos cartórios
notariais.
Ainda assim, a imagem do
notário enquanto delegado da fé
pública mantém-se, a par da sua
importância na sociedade civil.
“O notário continua a ser um parceiro de confiança. As pessoas
procuram-nos porque estamos
acessíveis”.
Em Vieira do Minho, Susana
garante: “Tentamos resolver o
melhor possível, o mais rápido
possível.” No cartório prima-se
pela simpatia e pela relação próxima com o cliente. “Espero que
se mantenha como agora”, acrescenta a entrevistada. |
Procurações
Autenticações
Reconhecimento Assinaturas
Sociedades – dissoluções e
constituição
Hipotecas
Julho I 63
Portugal Inovador
Tratar com
dedicação e criatividade
Há quase dez anos que Marlene Miranda gere um salão de cabeleireiro onde a aposta incide
na formação constante e na qualidade tanto do produto como do serviço.
Foi ainda adolescente que Marlene
Miranda descobriu o seu talento e decidiu apostar nele. Aos 13 anos, altura
em que frequentava o ensino básico,
a jovem barcelense saiu da escola
regular para apostar na formação para
cabeleireira em Braga. Natural de
Barcelos, acabada a formação iniciou
funções num salão da cidade.
Aí trabalhou durante cerca de oito
anos. Mas a necessidade de continuar
a apostar na formação, fê-la optar por
um segundo curso na área, desta feita
no Porto. “Ainda hoje sinto a necessidade de crescer, e continuo sempre
a investir no meu conhecimento profissional”, revela. Do Porto voltou a
trabalhar em Barcelos, por conta de
outrem, e uns anos mais tarde, em
2006, cumpre o sonho de abrir negócio
próprio.
64 I Julho
É na avenida Alcaides de Faria,
no Edifício Barcelense, que Marlene
Miranda desenvolve um trabalho próprio e criativo: “Oferecemos todos os
serviços, dos cortes aos tratamentos
capilares, mas o que nos diferencia é
a maneira de os fazer e os produtos
com que trabalhamos”. Mantendo a
iniciativa de procurar sempre o que é
melhor no mercado para oferecer aos
clientes, no salão de Marlene Miranda
trabalha-se com uma marca americana de produtos 94% ecológicos,
que a profissional representa também
enquanto formadora. Aposta inovadora
numa fórmula amiga do ambiente, que
espelha o cariz contemporâneo deste
salão, perto de cumprir uma década
de existência.
O que começou com duas profissionais – Marlene Miranda e uma
colega – passa hoje por uma equipa de
cinco cabeleireiras e uma esteticista,
num salão que fideliza clientes desde
o primeiro dia: “Temos pessoas de
Lisboa, Porto, até da Suíça e outros
países, que vêm cá regularmente”.
A proximidade com que prestam
o serviço e o investimento em marcas
de referência garantem o sucesso do
salão. Marlene Miranda já passou por
formações em países como os EUA,
em particular Nova Iorque, Holanda e
por Espanha, onde voltará em breve
para mais experiências que a tornam
a cada passo uma profissional de
referência. Porque a concorrência é
salutar: “Faz-nos crescer e procurar
sempre o melhor. ”
Para além da visita em breve a
Madrid, nos planos desta jovem cabeleireira está o aumento do salão, com
investimento especial nas condições
de conforto do cliente. “Era o meu
sonho”, confessa-nos e cá estaremos
para assistir à sua realização. |
Portugal Inovador
Quer trocar de janelas?
Procure um especialista
Se está a pensar em construir ou reabilitar a sua habitação saiba que a escolha das janelas
é fundamental para a eficiência energética de todo o espaço.
O projeto Space Details nasceu
do know-how que o nosso entrevistado, Rogério Martins, acumulou na
temática das janelas. Com base na
experiência que lhe é reconhecida,
o profissional oferece um serviço de
proximidade com vista a perceber
as necessidades de cada casa, a
sua envolvência e atividade. Recolhendo um conjunto de dados é feito
um diagnóstico das reais necessidades do espaço e selecionados
os materiais ideias para compor as
janelas. “O nosso conceito baseia-se nas janelas de gama média/alta.
Os nossos clientes pagam para ter
um serviço de excelência”, explica.
Na Space Details, o cliente tem a
garantia de um acompanhamento
pormenorizado, de detalhe. “Oferecemos aquilo que ele realmente
necessita”, reforça.
O trabalho que a empresa tem
vindo a realizar tem conquistado
uma série de clientes que apenas
percebem as vantagens de uma
boa escolha de acabamentos após
a execução da obra. “Muitas vezes
o cliente adjudica o trabalho, mas
só tem noção da qualidade do trabalho no final. Como sócio gerente
da Space Details, orgulho-me de
verificar que os nossos clientes
ficam realmente satisfeitos com
os resultados obtidos”. O objetivo
desta empresa bracarense passa
por alargar horizontes, dando a
conhecer, a um maior número de
pessoas, as potencialidades da
janela na boa gestão térmica e
acústica do espaço.
Perante a realidade atual, o
empresário afirma que o público
começa a ter noção da importância
de colocar umas janelas ajustadas,
“essa consciência está já presente
quer através da informação passada pelos arquitetos quer pelo passa
a palavra de clientes satisfeitos.
Da mesma forma que já se vê o
capoto para efeitos de isolamento,
é percebida a importância de se
trocar as janelas”. E na área da
reabilitação esta questão tem sido
colocada em prática. Segundo
Rogério Martins “a janela ideal terá
que ter em conta as condicionantes,
independentemente de marcas,
passando sempre pela prescrição
correta. “Desde que façamos um
acompanhamento junto dos arquitetos, recolhemos mais valias do
trabalho apresentado”.
A equipa da Space Details
conta já com uma equipa de 29
colaboradores, presentes em obras
de referência a nível nacional e
internacional. No mercado externo
França e Canadá são os países
que mais requisitam a experiência
destes especialistas. Em todos os
casos o acompanhamento e a montagem são feitos presencialmente
de forma a garantir a excelência
do serviço.
Perante um percurso sustentável assente no rigor, seriedade e
profissionalismo, Rogério Martins
assume que 2015 tem superado
todas as expectativas: “Se mantivermos este rácio de trabalho este
será um ano de excelência”. |
Julho I 65
Portugal Inovador
“A nossa profissão
é uma arte”
Foi por estas palavras que Manuela Costa e Paula Costa
deram início a esta nossa conversa. A casa completa este
ano o seu 19º aniversário e vive todos os dias sob a visão
inovadora e dedicada das duas empresárias.
No salão Marie J. Costa, localizado na avenida S. Gonçalo, em
Guimarães, Manuela Costa começou por nos falar sobre o que as
alicia nesta área onde a criatividade
é posta à prova a cada instante.“É
um trabalho artístico e fascinante,
porque temos o dom de transformar
as pessoas, o que é extraordinário”,
aviva.
Atentas mais ao mundo feminino, verificam que nos últimos anos
a mulher portuguesa tem vindo a
arriscar cada vez mais. A par desta
mudança, o acesso à informação
também é cada vez maior o que faz
com que a cliente que a procura se
preocupa mais com o estado saudável do seu cabelo. A formação e
a constante atualização revela-se
deste modo como uma prioridade
na vida de ambas. Primando por
uma oferta completa incluem no seu
66 I Julho
espaço “meios de diagnóstico do
couro cabeludo e seus tratamentos
indispensáveis, serviço de manicure e colocação de gel. Na parte da
estética, contemplamos ainda massagens por procedimentos manuais
e de máquinas, SPA e pedicure”.
Dispomos também de um espaço
reservado para as noivas”.
Tendo como objetivo promover
esse trabalho, a Marie J. Costa participou na ExpoNoiva. “O casamento é um dia marcante e o penteado
é tão importante como o vestido.
Procuramos sempre valorizar essa
vertente, por isso atendemos a
noiva numa área particular para lhe
dar a máxima atenção possível”,
sublinham.
Sob a perspetiva de expansão
profissional, a Marie J. Costa procurará num futuro próximo efetuar
algumas obras. “Em relação a
projetos, gostaríamos de vir a promover neste espaço a abertura da
parte unissexo, com vista a ter a
visita de mais clientes masculinos.
Apesar de sermos uma microempresa, a longo prazo tencionamos
abrir outros espaços fora de Guimarães”, findam. |
Portugal Inovador
Na Farmácia S. Mamede
o utente é especial
Com mais de uma década ao serviço da comunidade, a Farmácia S. Mamede, em Matosinhos,
preza pela atenção redobrada às necessidades dos seus utentes.
Serviços
Na Farmácia S. Mamede trata-se
os utentes pelo nome e as crianças
têm lugar especial. A política do espaço
assenta na personalização do atendimento e na relação de confiança com
o cliente.
Marina Serrano, proprietária e
diretora técnica, concluiu o curso de
Farmácia há cerca de 30 anos, tendo
iniciado a carreira profissional em
Análises Clínicas. Acabou por se especializar em Farmácia Hospitalar e,
pouco depois de abrir a S. Mamede,
em 2003, é convidada para exercer
funções na Direção de Serviços Farmacêuticos do Hospital de Matosinhos,
onde adquire - ao longo de cinco anos
- uma bagagem essencial à gestão da
sua própria farmácia. “A Farmácia S.
Mamede completa-me. Gosto muito
deste projeto”, salienta com orgulho.
Atualmente, dedica grande parte
do seu tempo ao papel de gestora,
cada vez mais exigente, mas os utentes já sentem a sua falta ao balcão. A
equipa com quem trabalha, no entanto,
colmata essa ausência com dedicação
e empenho. Na Farmácia S. Mamede
cooperam uma administrativa, quatro
farmacêuticos, duas técnicas, e alguns
colaboradores para os finais de semana, já que as portas estão abertas
todos os dias.
Com uma oferta que vai desde os
rastreios, às consultas de nutrição e
podologia, a Farmácia S. Mamede
acaba por inserir-se na comunidade
com um papel social importante enquanto conselheiros de confiança. O
acompanhamento faz-se na atenção
às prescrições médicas, no aconselhamento constante sobre os medicamentos e na distribuição dos mesmos, com
especial foco no apoio à terceira idade.
Com gabinete personalizado,
segundo Marina Serrano, “quando
as pessoas estão com problemas,
podemos sentar-nos com elas, mesmo que seja só para conversar um
pouco”. A diferença faz-se por isso,
no atendimento. Os mais pequenos,
inclusive, contam com espaço para
- Entrega de medicamentos ao
domicílio
- Determinação de parâmetros
bioquímicos
- Medição de tensão arterial
- Rastreios
- Teste de Gravidez
- Peso, altura, IMC, IMG
- Consulta de Nutrição
- Espaço Animal
- Realização de manipulados
- Consultas de Podologia
- Recolha de medicamentos
usados
- Recolha de Radiografias
- Aconselhamento dermofarma
cêutico e cosmético
- Administração de vacinas e
medicamentos
- Consulta/Aconselhamento
farmacêutico
desenho e brincadeira, alguns doces
para a viagem, e pinturas faciais em
dias especiais.
“Somos credíveis e leais com os
nossos clientes. Não podemos só
vender medicamentos, temos de dar
atenção às pessoas, e isso é essencial numa farmácia”, realça a diretora
técnica. Quanto aos planos para o
futuro, o essencial para esta equipa
é, nas palavras da sua representante,
“continuar a dar sempre o nosso melhor”, algo que com certeza garante o
sucesso desta farmácia. |
Julho I 67
Portugal Inovador
De geração em geração
marcam a diferença
Dedicados há mais de meio século à comercialização das melhores carnes, o clã Jacinto
Ribeiro faz do atendimento ao público e da inovação as suas grandes apostas.
É uma tradição de negócio centenária. “Estamos a falar de um ramo
iniciado pelo meu trisavô”, explica Ana
Jacinta Ribeiro, filha do fundador das
Carnes Jacinto. O comércio das carnes, arte transmitida de geração em
geração, em que Jacinto Pereira Ribeiro (pai) se aventurou foi continuado
pelo filho, José Jacinto Pereira Ribeiro
(filho) com a parceria da sua esposa,
Carminda Escrivães. Foi, assim, há
mais de 40 anos que nasceu a Carnes
Jacinto, negócio à frente do qual ainda
se encontram, conjuntamente com os
três filhos.
“O trabalho, as grandes ideias e
a qualidade na carne nunca foram
descuradas”, relata Ana Ribeiro. “Acho
que essa foi a chave do sucesso e faz
com que continuemos a apresentar
um produto diferenciado”. Com duas
lojas sediadas na Apúlia e uma equipa de colaboradores de qualidade, a
Carnes Jacinto afirmou-se como uma
referência no setor, quer pela qualidade
dos seus produtos, quer pela sua longa
História.
Mais-valias
Uma das grandes ideias que a
tem distinguido é a aposta nas carnes
68 I Julho
maturadas – “animais que são abatidos
em idade adulta”, cuja carne é sujeita
a um processo de digestão enzimática
pelo frio entre 30 a 60 dias. O resultado
é um “produto diferenciado em termos
de qualidade e sabor. A maturação das
carnes, é uma arte que faz parte da história das Carnes Jacinto. “O nosso pai
é um visionário, crescemos a “comer”
carne maturada” - afirmam os filhos de
José Jacinto. Este produto de elevada
qualidade é muito procurado pelos
estabelecimentos de restauração que
primam pela excelência.
Mas existem outros princípios
imprescindíveis. “Trabalhamos com
produtores que conhecemos bem e fazemos a seleção dos animais in loco”,
explica a nossa entrevistada. Há ainda
uma aposta na carne certificada minhota. Este é um dos poucos espaços
certificados para a comercialização de
vitela minhota, uma das melhores raças do mundo em qualidade de carne.
“Em suma, comercializamos produtos
acima da média” refere Sérgio Ribeiro.
Cliente em primeiro
lugar
Tão importante como a qualidade
da carne é o tratamento dado a quem
visita qualquer um dos espaços comerciais. Existe, por isso, uma preocupação em criar uma “interligação”
entre os clientes e os colaboradores,
garantindo de um atendimento cuidado
e personalizado.
Para clientes mais exigentes, que
procuram apenas produtos de excelên-
cia, as Carnes Jacinto oferecem uma
grande variedade de produtos, como
as carnes maturadas dos melhores
animais nacionais, carnes certificadas,
enchidos tradicionais e especialidades
“gourmet”. “As pessoas que vêm de
longe ou que fazem compras mensais
levam o produto todo preparado para
armazenarem”, explicam. “São estes
cuidados que fazem a diferença, não
basta adquirir boa carne”. É por esse
motivo que “mais do que ter produtos
de excelência, queremos também facilitar ao máximo a vida das pessoas”,
sintetizam.
Online é o caminho
Já relativamente ao futuro, existe a
vontade de “manter e tentar aumentar”
a Carnes Jacinto, sempre de olhos
postos na “inovação”, aponta Sérgio
Ribeiro. “Dentro em breve, vamos
lançar uma loja online”, iniciativa inédita
em Portugal no comércio de carnes.
“Vamos experimentar levar o produto
à casa das pessoas”. Caso para se
dizer, por isso, que tão antiga como
a História da Carnes Jacinto é a sua
vontade de inovar. |
Portugal Inovador
A melhor solução
para o seu negócio
A Mesquimatic é uma referência no âmbito da conceção e instalação de soluções industriais
de portas e automatismos.
O líder deste projeto, Sérgio
Mesquita, tem uma experiência de
mais de 20 anos no setor, facto que
o posiciona como um dos poucos
profissionais em Portugal com conhecimento para prestar assistência a programações antigas.
Em 2007, deparando-se com
uma lacuna no âmbito da assistência técnica a grandes indústrias,
Sérgio Mesquita decidiu arriscar
num projeto próprio. Assim surge a
Mesquimatic, na Póvoa de Varzim,
focada na indústria, “um setor que
não pode parar e que exige uma
rapidez de resposta e capacidade
para solucionar problemas acima
da média”. Com vista a um atendimento de excelência, a Mesquimatic detém equipamentos próprios
para prestar assistência com total
segurança às grandes estruturas
industriais. Uma aposta constante
em equipamentos e formação que
o nosso entrevistado designa como
“fundamental”. Recentemente,
“dada a ambição de aumentar o raio
de ação, algo que apenas pode ser
feito com qualidade e proximidade,
abrimos, em agosto de 2014, uma
filial a Sul, no Seixal”, revela-nos. Já
este ano a direção planeia a inauguração de outro espaço, desta feita
no Algarve, “decisão que vem ao
encontro da vontade em alargar a
parceria com as cadeias de hotéis,
hospitais e indústria”.
Devido ao conhecimento que
Sérgio Mesquita detém da área,
naturalmente surgiu a oportunidade
de fazer revenda, com apoio técnico, a instaladores profissionais,
como nos explica o empresário:
“Existem muitos instaladores que
prestam serviços a particulares e
que perante situações mais complexas recorrem aos nossos conhecimentos”. Perante a construção
em Portugal, que não responde a
medidas standard, “tanto podemos
deparar-nos com portões de três
metros como de sete, o que em termos técnicos é bastante exigente”,
esclarece.
ção automóvel, uma solução alia a
velocidade e a eficácia num único
equipamento. Este mecanismo é
um produto Mesquimatic dado que
concilia a melhor produção, com
a maior segurança existentes no
mercado, a um preço altamente
competitivo. Fabricado na Europa,
com know-how e aplicação exclusivos da Mesquimatic. A Mesquimatic
vai de encontro às necessidades
de cada cliente, personalizando as
portas para cada área de negócio,
encontrando soluções caso a caso.
Pensando a longo prazo, Sérgio
Mesquita pretende deixar as ferramentas para que os filhos deem
continuidade ao projeto mantendo
toda a qualidade e capacidade de
resposta já existentes. Desta feita
o empresário ambiciona criar uma
linha de apoio ao cliente que permita anular etapas à distância, o que
pode, em alguns casos, solucionar
a questão sem a presença do
técnico e num espaço ainda mais
reduzido de tempo. |
Inovação
Atenta às necessidades do mercado, a Mesquimatic concebeu um
portão automático que está já a ser
introduzido nos centros de carga e
distribuição e nos centros de inspe-
Julho I 69
Portugal Inovador
A sua opção de confiança
Desde a sua criação, a RE/MAX veio revolucionar o mercado imobiliário, através da liderança
e do sucesso alcançados. Na região de Águeda, o mesmo acontece, graças à criação e à
afirmação da agência First Choice, sediada na rua dos Bombeiros Voluntários n.º 64.
A First Choice nasceu em
maio de 2014 com o intuito de
ser a primeira opção para quem
procura serviços de mediação
imobiliária em Águeda, no distrito de Aveiro. Segundo Paulo
Paz, gerente da loja, a filosofia
concentra-se na seleção dos
Consultores Imobiliários, “pessoas credíveis que representem
a marca com responsabilidade”
procurando sempre a satisfação
do cliente. “A equipa é formada
70 I Julho
por nove elementos, que são
alvo de um acompanhamento
e de uma formação constantes.
O objetivo passa por atribuir
um valor acrescentado a toda a
organização, fazendo com que
a maioria dos Consultores Imobiliários permaneça na rede e
saiba que ao trabalhar connosco
adquire condições excecionais
para desenvolver com sucesso a
sua atividade”, explica-nos.
Os clientes da First Choice
têm a garantia de um acompanhamento personalizado e
constante. Todos os assuntos
de apoio jurídicos e financeiros associados à operação de
compra e venda são assegurados por uma equipa que “nos
apoia na vertente burocrática
e de financiamento, junto das
entidades bancárias, de modo a
que o agente se concentre em
exclusivo na realização de um
negócio favorável para o cliente”.
O selo de garantia da First Choice passa pelo cumprimento dos
acordos feitos e pela realização
de um plano de marketing personalizado, ajustado à realidade de
cada imóvel.
A RE/MAX é a marca líder do
mercado nacional de mediação
imobiliária e a rede trabalha
em parceria, assim sendo, a
First Choice realiza negócios de
Norte a Sul: “Fazemos vendas
em todos os pontos do país, por
exemplo, um cliente da região
de Aveiro que pretenda comprar
um apartamento no Algarve,
Portugal Inovador
como segunda habitação, pode
falar connosco e nós fazemos a
pesquisa das opções presentes
no mercado, apresentando-lhe
a que mais se ajusta às suas
pretensões. Essa é uma das
vantagens do trabalho em rede,
dado que, tendo agentes em todo
o país (40 agentes só no distrito
de Aveiro), conseguimos encontrar sempre a melhor solução”.
Principais investidores
A realidade dos emigrantes
é de alguma forma o barómetro
das economias locais e nacionais. Existem dois panoramas:
quem não quer regressar ao país
natal e põe a sua casa à venda;
e quem teve de procurar emprego fora do país, mas ambiciona
retornar.
Sendo uma empresa de referência mundial, a RE/MAX é
detentora da confiança de muitos
emigrantes. Paulo Paz fala-nos
dessa relação: “Trabalhar para
emigrantes é um processo muito
rápido, dado que eles aproveitam
para comprar casa no período
de férias. Para o proprietário
que pensa em vender a sua habitação, o ideal é falar connosco, pois terá aqui um leque de
opções para poder efetuar uma
venda rápida e segura”.
Perante a crise económica
que afetou o mercado, nos
últimos anos, a Banca viu-se
perante uma carteira de imóveis
que ficou disponível a preços
bastante apelativos. Aproveitando essa realidade, “a RE/MAX
foi o primeiro parceiro a nível
nacional a comercializar produto
da Banca”, salienta Paulo Paz.
“As empresas de mediação
imobiliária tiveram que se ajustar
às circunstâncias”, a queda do
poder de compra dos cidadãos
levou-as a procurar soluções,
a analisar o perfil socioeconómico dos clientes de modo a
apresentar-lhes um produto que
não defraldasse as suas expectativas. “É este o nosso papel
e aquilo que nos diferencia de
outras empresas de mediação
imobiliária. Na RE/MAX FIRST
CHOICE o sucesso em muito
advém do passa a palavra”.
Objetivos futuros
Paulo Paz assume a sua pretensão de ser uma referência no
seio da rede. Quanto a planos
para o futuro, estes passam “por
continuar a apresentar o melhor
serviço, sendo uma referência
para os clientes; a primeira escolha para um trabalho eficaz”.
O gestor explica que neste momento a equipa comercial está a
ser reforçada, sendo que o crescimento, assente numa gestão
sustentável, é a prioridade futura
da First Choice. |
Julho I 71
Portugal Inovador
Ideias que brilham
A Duplo Impacto é a maior e mais conceituada empresa de brindes publicitários em
Vale de Sousa desde 1994.
Albino Pacheco orgulha-se
da empresa que construiu: “Somos uma empresa com 19 anos
de tradição e notoriedade ao
nível de produção de artigos
publicitários”, explica o gerente.
A Duplo Impacto, que atua
quer a nível nacional, quer a
nível internacional, é constituída por equipas de profissionais
aptas a criar projetos e proceder
à montagem da publicidade:
“Temos equipas especializadas
na montagem de toda a publicidade que fazemos e capazes de
elaborar maquetes. Apostamos
numa boa base de dados na
Internet e foi desta forma que
alcançámos o mercado externo”,
refere Albino Pacheco.
72 I Julho
Entre os serviços que apresentam destaca-se a criação de
logótipos e imagem corporativa,
decoração de montras e espaços
comerciais, decoração de viaturas, publicidade móvel e sonora,
impressão digital em grandes
formatos, estamparia, tampografia, serigrafia, e serviços
gráficos. A relação que todos os
funcionários criam com os seus
clientes faz com que a empresa
tenha vários clientes fidelizados:
“Temos uma grande proximidade
com o cliente. Criámos uma boa
relação e isso facilita o nosso
trabalho”, conta Albino Pacheco.
Atualmente a empresa produz
quase todos os produtos que
vende. A grande aposta da Duplo
Impacto é a rapidez e qualidade
com que prestam o serviço: “Em
todos os trabalhos que elaboramos primamos pela qualidade. A
grande vantagem é que fazemos
tudo aqui, o que facilita na hora
de entregar o produto ao cliente.
Hoje em dia, em 42/72 horas o
cliente tem o que pretende”, refere o empresário.
Futuramente, Albino Pacheco
prevê para a Duplo Impacto o
aumento das instalações: “Pretendo aumentar o negócio e para
isso tenho que alargar o espaço
da empresa e apostar em mais
equipamentos, sempre com inovação e qualidade”, conclui.|
Portugal Inovador
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