Peregrino
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Peregrino IMPRESSO Informação, Cultura e Livre Expressão www.jperegrino.com.br 1ª edição - Maio / 2000 Você também “góstia?” RibeirãoPreto Preto - SP - Ano - Abril/2005 -- R$ R$1,00 1,00 Ribeirão - SP - Ano IV -VNº- Nº 41 -12 Setembro/2003 TUMORES DE MAMAS: O QUE FAZER... A Língua Portuguesa Já repararam como é fácil adaptar-se às coisas das quais se reclama? É só notar o quanto as mulheres reclamam de seus maridos e estão com eles há anos, muitas vezes sem mover uma palha para mudar a situação. O marido segundo elas não as deixa fazer nem isso e nem aquilo... Tumores das glândulas mamárias são as neoplasias mais freqüentes em cadelas e a terceira mais freqüentes em gatas. Eles representam cerca de 42% de todos os tumores. A média de vida, ao diagnosticar, está entre 10 e 11 anos... Os lingüistas têm hoje boas razões para sustentar que um grande número de línguas da Europa e da Ásia provêem de uma mesma língua de origem, designada pelo termo indo-europeu. Com exceção do basco, todas as línguas oficiais dos países da Europa ocidental pertencem a ... Página 2 Página 3 Páginas 6 e 7 Peregrino 2 Informação, Cultura e Livre Expressão Editorial H á mais de quinhentos anos este Brasil, lindo e trigueiro, nos dizeres do nosso saudoso Ari Barroso foi encontrado. Chegaram aqui os portugueses e como não podiam deixar de amar nossa amada terrinha e, acrescidos da certeza de que nela tudo daria e dela tudo se retiraria especialmente ouro e pedras preciosas, ficaram. Se poderíamos ter sido mais felizes em mãos espanholas, inglesas etc... há controvérsias. Se os portugueses também poderiam ter sido mais felizes em outras plagas, também não sabemos. Porém independentemente de terem sido bons ou não para nós, há um legado deixado por eles indiscutivelmente muito importante: a língua portuguesa. De lá para cá estamos não só incorporando termos de outras línguas o que faz parte de um processo normal de evolução, mas também estamos perdendo contato com nossas raízes. Cada vez mais assimilamos uma linguagem voltada para nossos interesses imediatos, já que vivemos em um mundo do já e agora, o que também é de certa forma normal. Porém, a língua não deve deixar de ser cultuada e não há motivo para que não seja bem falada. Os portugueses sejam de que categorias sociais forem, falam corretamente. Conosco acontece o inverso. Quando dizemos nós, não queremos dizer apenas os que não têm conhecimento gramatical, as pessoas mais simples, os que não lêem nunca, mas também os que se arvoram em conhecedores da língua “inculta e bela”. Não se trata aqui da cobrança de termos mais eruditos ou de expressões mais elaboradas ou de cultuar termos empolados, mesóclises e outros que tais. Temos visto assassinatos verbais sendo perpetrados pelos mais diferentes órgãos de comunicação. Faixas de rua que não respeitam concordâncias verbais, propagandas de televisão utilizando regências verbais inadequadas e por aí afora. Políticos que cometem erros absurdos de português! Professoras de português que cometem erros crassos! E, se pessoas que tem razoável influência sobre a massa falam incorretamente, manca estará daqui a pouco a pobre língua portuguesa. Vamos resgatar-lhe a riqueza! Mariza Helena CAPA www.apbp.com.br Reprodução de Pintura Original Haras – Mariusz Maczka Original pintado com a boca. Temas Abordados Arte (Música, Pintura, Escultura, Arquitetura, Cinema), Ecologia, Misticismo, Ciência, Filosofia, Psicologia, História, Mitologia, Museus, Povos, Países e Costumes, Saúde, Literatura e outros que se enquadrem na filosofia de nosso periódico. JPeregrino Comunicação Visual Ltda. Direção José Roberto Ruiz - MTb 36.952 Redatora Mariza Helena R. Facci Ruiz [email protected] WebDesign Francisco G. R. Ruiz Impressão Gráfica Spaço As idéias emitidas em artigos, matérias ou anúncios publicitários, são de responsabilidade de seus autores e, não são expressão oficial do informativo, salvo indicação explícita neste sentido. Endereço para correspondência: Av. Guilhermina Cunha Coelho, 350 A6 - City Ribeirão - Ribeirão Preto - SP 14021-520 - Telefone: (0**16) 621 9225 / 9992 3408 Site: www.jperegrino.com.br / e-mail: [email protected] Ribeirão Preto - SP - Abril/2005 Você também “góstia?” Já repararam como é fácil adaptar-se às coisas das quais se reclama? É só notar o quanto as mulheres reclamam de seus maridos e estão com eles há anos, muitas vezes sem mover uma palha para mudar a situação. O marido segundo elas não as deixa fazer nem isso e nem aquilo, não as deixa decidir sobre as suas próprias vidas. Os homens também reclamam. As mulheres são umas jararacas, não lhes dão liberdade, têm ciúmes do reflexo delas no espelho, eles não podem nem sair para uma cervejinha depois de semana extenuante de trabalho. E pasmem tudo permanece no mesmo lugar. Reclamamos de nosso local de trabalho, dizemos que as condições não nos servem e ficamos lá ano após ano, um tal de lamento ininterrupto, sempre apontando as mesmas coisas. Procuramos outra coisa para fazer. Não. Procuramos algo para fazer conjuntamente para que o trabalho não seja tão entediante. Não. Ficamos ali estagnados. Reclamamos dos amigos, dizemos que eles não retribuem à altura o que queremos deles, mas não tomamos nenhuma atitude quanto a mudar de amigos, ou quanto a melhorar a relação de amizade. Não olhamos para nós e procuramos detectar quais são as nossas novas necessidades no que diz respeito a amigos. Ficamos ali, petrificados. Reclamamos da política e colocamos no governo a culpa pelos nossos infortúnios, mas não fazemos política de boa vizinhança, organizando primeiro a nossa casa, depois quem sabe a vizinhança, o bairro, a cidade até quem sabe atingir urbe e orbe. Ficamos ali, estanques. JPeregrino Parece que somente a nossa boca é capaz de agir, para falar, muitas e muitas vezes coisas que levam ao reino-docoisa-nenhuma, onde nada dá certo, ao contrário, onde tudo piora. Sim, porque o falar muito e agir de menos ocasiona a raiva, mágoa, insegurança, medo. Os culpados de tudo são os outros, que nos invadem, que fazem conosco isso e aquilo. Entramos em um círculo vicioso e nos embrenhamos cada vez mais na não ação. Afinal, se nada me diz respeito quem tem que tomar alguma atitude não sou eu. Engraçado é que como na maioria das vezes eu me relaciono com gente parecida comigo, ficamos todos ali na firma “dias e dias parados”. Podemos e devemos nos acostumar a viver bem. Acostumar-se com o ruim é fácil, muito fácil. Não é à toa que a personagem cômica do programa de televisão apanha do marido e diz “Eu góstio”. Viver bem, também não é fácil. Dá um medo danado, insegurança danada, faz com que a gente atente para mágoas, raivas e mil outras coisas difíceis. A vantagem está que viver bem, começar a viver bem, dizer não as mesmices da vida pode modificar a qualidade dessa mesma vida para melhor, o que venhamos e convenhamos é vantagem mais do que suficiente. Mariza Helena Ribeiro Facci Ruiz Terapeuta Floral Practitioner pela Dr. Edward Bach Foundation, escritora e membro da UBE [email protected] (16) 621 9225 / Comunicação Visual Ltda. 9992 3408 e-mail: [email protected] Ribeirão Preto - SP - Abril/2005 TUMORES DE MAMAS: O QUE FAZER... Tumores das glândulas mamárias são as neoplasias mais freqüentes em cadelas e a terceira mais freqüentes em gatas. Eles representam cerca de 42% de todos os tumores. A média de vida, ao diagnosticar, está entre 10 e 11 anos. Tumores mamários raramente acometem machos, embora a incidência estimada esteja em torno de 0 a 2,7%, e a probabilidade de serem malignos é alta. Algumas raças possuem maior risco: Poodle, Cocker Spaniel, Pastor Alemão entre outras. A incidência é menor em raças mestiças comparadas às raças puras. Em cadelas, o efeito protetor da ovariosalpingohisterectomia (castração) e a presença de receptores hormonais esteróides em tecidos tumorais indicam seu envolvimento no desenvolvimento de tumor de mama. O risco de desenvolvimento de tumor mamário é de aproximadamente 0,5% para cadelas que foram castradas antes do primeiro cio, 8% depois do primeiro cio e 26% após o segundo cio. Após estas etapas o efeito protetor é mínimo. A administração de progestágenos (anticoncepcionais) de longa duração para a prevenção do estro (cio) tem sido associada com tumores benignos em cadelas. Terapia estrogênica usada para o controle de gestação também aumenta o risco de tumores mamários. Episódios de pseudociese (falsa gestação ou gestação Peregrino 3 Informação, Cultura e Livre Expressão psicológica) podem aumentar o aparecimento de lesões préneoplásicas. Obesidade e dieta rica em gordura na juventude têm sido associadas com o aumento dos riscos do aparecimento de tumores mamários. ASPECTOS CLÍNICOS: Aparecimento do tumor, sexo, raça, idade, administração de hormônios sexuais, fase do ciclo estral, parto, episódios de pseudogestação, data do aparecimento, velocidade de crescimento do tumor, devem ser ponderados. Cuidados na palpação de todo tecido das glândulas mamárias, identificação de cada tumor, seu tamanho e sua fixação (na pele e tecidos profundos), consistência, sinais inflamatórios e úlceras, presença e característica de secreção de leite também devem ser observados. A ocorrência é maior nos pares caudais das glândulas mamárias. Os linfonodos (gânglios) axilares e inguinais também devem ser examinados; biópsia aspirativa por agulha fina destes nódulos pode ser útil no diagnóstico de metástases (migração de células tumorais para outras partes do corpo).Para a determinação do estágio clínico, são necessários exames radiológicos, hemograma completo, painel bioquímico e ultrassonografia abdominal. DIAGNÓSTICO: A biópsia aspirativa por agulha fina é útil na diferenciação entre tumor benigno e maligno, devido ‘a natureza bem diferenciada de muitos desses tumores. É importante avaliar as características estruturais, áreas diferentes de tumor, grau de crescimento e de lesão. Resultados histopatológicos são decisivos para orientar a conduta terapêutica, pois podem indicar malignidade e alto risco de recorrência e metástase pulmonar. TRATAMENTO: O tratamento de escolha é a mastectomia (ressecção cirúrgica) parcial ou total, unilateral ou bilateral total. A seleção da técnica depende do tamanho do tumor, número de glândulas mamárias acometidas, local, fixação entre os tecidos anexos e estado clínico do paciente.Estudos recentes indicaram que a ovariosalpingohisterectomia recorrente, a remoção de tumor mamário, prolonga a sobrevida não somente em pacientes com tumor benigno, mas também em portadores de tumor maligno. O uso de quimioterapia no tratamento de tumor mamário maligno é controverso e é indicado se a paciente tem alto risco de metástase. Outras terapias adjuvantes incluem radioterapia, imunoterapia e laserterapia, que são pouco usuais nas rotinas do dia a dia, devido ao alto custo. PROGNÓSTICO: É reservado para as seguintes situações: tamanho tumoral grande (acima de 3cm de diâmetro); invasão linfática, metástase local para linfonodos distantes, fixação em tecidos anexos, ulceração, citologia anaplásica e rápido crescimento tumoral. O prognóstico não é influenciado pela extensão da ressecção cirúrgica. O tempo de sobrevida é de 4 a 17 meses para animais com tumor maligno. Embora os pulmões sejam locais mais freqüentes de metástases, outros locais incluem o cérebro, fígado, linfonodos abdominais, rins, coração, glândulas adrenais e ossos. COMO PREVENIR: Ovariosalpingohisterectomia precoce em cadelas é um fator importante para o decréscimo dos riscos de tumores mamários. Aos proprietários devem ser devidamente orientados para o exame das glândulas mamárias, diagnóstico e tratamento precoce. CONCLUSÃO Estudos ainda são necessários para elucidar os aspectos controversos na terapia dos tumores mamários. Cirurgia radical ou local deve ser considerada caso a caso. O uso de quimioterapia como terapia adjuvante é também considerável, dado o potencial benéfico do manejo e o risco dos efeitos colaterais. Pintor Sketchbook, 1938 Jackson Pollock (1912 – 56), pintor norte-americano, figura-chave do expressionismo abstrato. Suas obras iniciais eram figurativas, mas no princípio da década de 40 adotou um estilo abstrato notável pela sua energia e pela sua impressão de mistério e primitivismo. Em 1946, começou a trabalhar com a tela no chão, espargindo ou espalhando a tinta sobre toda a sua superfície, criando padrões de grande vitalidade. Durante a década de 50, realizou quase sempre obras de grandes dimensões, usando algumas vezes apenas tinta preta. Nos últimos anos de sua vida retornou à técnica mais tradicional. Embora no início o público tenha se chocado com sua obra, atualmente é consagrado como o líder de uma geração que colocou Nova Iorque à frente dos movimentos vanguardistas. Dr. Mussi A. de Lacerda Médico Veterinário Arca de Noé Hospital Veterinário [email protected] Sem título, 1944 Peregrino 4 Ribeirão Preto - SP - Abril/2005 Informação, Cultura e Livre Expressão POSSE NA ARE - ACADEMIA RIBEIRÃOPRETANA DE EDUCAÇÃO No próximo dia 1º de abril de 2005, às 20 horas, no Anfiteatro do Centro Universitário “Barão de Mauá”, estarão tomando posse mais cinco membros efetivos da ARE, idealizada e presidida por Antônio Carlos Tórtoro, fundada no dia 3 de agosto de 2002, e que teve sua origem em reuniões ordinárias da ARL – Academia Ribeirãopretana de Letras. Oito são seus fundadores: Ely Vieitez Lanes, Luiz Carlos Raya, Nilva Mariani, Alfredo Palermo, Rita M. Mourão, Waldomiro W. Peixoto, Antônio Ruffino Netto e Antônio Carlos Tórtoro, membros efetivos da ARL. Os nomes dos Patronos das 33 primeiras Cadeiras foram os mesmos dos professores homenageados há alguns anos, no Theatro Pedro II, pelo Grupo Gerenciador Ribeirão 2000, e as demais foram completadas com nomes dos fundadores da ARE. Agora, tomam posse, como membros efetivos, Filomena Elaine Paiva Assolini na Cadeira no. 5, Patrono Divo Marino; Antônio Marmo Cassoni, Cadeira no. 12, Patrono João Álvares da Costa; Marilda Franco de Moura Vasconcelos, Cadeira no. 13, Patrono Jorge Ambrust Figueiredo; Dalton de Souza Amorim, Cadeira no. 22, Patrona Maria de Lourdes Jorge e Patrícia Helena Cury Domingos de Oliveira, Cadeira no. 30, Patrono Ruben Cione. Na cerimônia solene de posse, os neo-acadêmicos receberão, além do certificado, o Medalhão de Mérito Educacional “Prof. Nicolau Dinamarco Spinelli”, confeccionado pela artista plástica Maria Mirlene Freitas Rodrigues, acadêmica da ALARP – Academia de Letras e Artes de Ribeirão Preto. Também, pela primeira vez, será ouvido em público o Hino da ARE, com música de Wilson Salgado, acadêmico da ARL, e letra do presidente da ARL e da ARE, Antônio Carlos Tórtoro, com as intérpretes Dione Lima Pereira, Nadir Rodrigues Vieira, José Inácio Capellaro e Wilson Salgado. Fundada com a finalidade de aperfeiçoar, ampliar e aprofundar recursos humanos e científicotecnológicos, na área da Educação, assim como perseguir a interdependência entre seus sistemas e subsistemas, a ARE lançou, em junho de 2004, o concurso: Meu Mestre Inesquecível. Esse concurso estará entregando troféus aos sete mestres mais votados: Vera Lúcia Hanna, Giovana Velho Andreolli Guedes, Eliana Padovan Donato, Camila Garcia Aguilera, Eunice Figueira (in memorian), Eduardo L. Franchin (falecido após ser o mais votado) e Cyro Armando Catta Preta (de Orlândia). Pelo menos um pouquinho estamos buscando saldar uma dívida que cada um de nós tem com os diversos educadores que fizeram de nós o que hoje somos. Colaboração: Antônio Carlos Tórtoro Presidente da ARL e da ARE FALAR BEM... Prezado Leitor, nesta coluna, espero poder esclarecer algumas dúvidas a respeito da Língua Portuguesa. 1. Férias...Sol...praia... A meterologia anuncia tempo bom!!! E o Português anuncia erro!!! Prezado amigo leitor, mesmo (de vez enquando!!!) o noticiário errando, ele não erra o nome do serviço!!! O correto é METEOROLOGIA. 2. Livros e mais livros para encardenar? Escola nova, para o seu filho, livros com capas novas... Aproveite a leitura dos novos livros, principalmente, uma boa Gramática! O correto é encadernação. Exemplo correto: Quem fez a encadernação dos fascículos? 3. Eu ouvi de uma professora no final do ano: __ Minha cardeneta está em ordem!!! Mas a Língua Portuguesa em desordem... Cuidado com os erros básicos... O correto é caderneta. Dica: caderneta lembra caderno. Colaboração: Renata Carone Sborgia Advogada e Profª de Português e Inglês [email protected] DE POETAS E BORBOLETAS Rita Marciano Mourão (*) Não, hoje não quero falar das incógnitas da vida nem tão pouco dos becos sem saída que estancam os ideais. Hoje quero falar da festa das palavras que escorrem cadenciadas das mãos do poeta, incorporam-se à envolvente sensualidade e se agarram às voláteis asas da esperança. Hoje quero falar de eternidade. Quero falar do poeta que nunca foge ao encontro marcado com o versos mesmo que o reverso esteja dilacerado pelo tempo. Na releitura de cada estrofe, ele esfolia os próprios sentimentos convalescentes no frio leito da alma. Muitas vezes, as rimas são guizos peçonhentos que arranham os ouvidos e levam até a boca um gosto de sangue. Ainda assim, o poeta segue anônimo, malabarista a se equilibrar no giro vivo da inspiração que acompanha o tempo e o vento para reter , no corpo dos versos , os seus efêmeros momentos. Escreve, Poeta! Das tuas mãos jorram mananciais de fé mesmo quando o Abismo e o Silêncio acenam ameaçadores. Tu és o Verbo que se faz carne para eternizar o apressado vôo das borboletas inquietas. Tu és um parceiro de Deus Criador e através das tuas palavras recrias o mundo encantado dos Poetas! (*) Pertence a ARL, ARE e UBT Visite nossa página de ESTATÍSTICAS Ribeirão Preto - SP - Abril/2005 Peregrino A cura pela natureza A sua Marca no Perfume O perfume já era conhecido na Antiguidade, mas foi só no século XIX que teve seu grande impulso. Hoje ele se tornou um complemento indispensável à toalete. Se você quiser um perfume exclusivo, que marque a sua presença, faça-o em casa. Não é difícil, e os ingredientes (inclusive os frascos) podem ser encontrados nas casas especializadas. UM TOQUE PESSOAL Romântico, discreto, exuberante ou sensual: cada perfume tem sua característica própria. Escolha aqui aquele que mais combina com você. Perfumes florais: todos os perfumes têm uma dosagem de essência de flores, mas em alguns ela é dominante, como nos de jasmim, rosa ou cravo. Perfumes secos: preparados com essências secas (musgo, madeira) ou frutas. Perfumes quentes: aromas marcantes, feitos com essências vegetais e frutas doces. Perfumes aromáticos: aqueles em que predominam as essências picantes: louro, açafrão, magnólia, gardênia, sândalo e absinto. 5 Informação, Cultura e Livre Expressão Perfumes suaves: feitos com essência de rosa, violeta, lilás e outras flores de aroma delicado. Conheça as plantas Anêmona-papoula (Anemone coronaria) COLÔNIA DE ALFAZEMA Esta é uma receita básica. Se você preferir outro perfume, é só variar a essência, mantendo as mesmas dosagens. Coloque 10 g de essência de alfazema em 200 g de álcool neutro ou de cereais e deixe descansar durante pelo menos 24 horas, agitando levemente a mistura de vez em quando. Acrescente um copo de água destilada, pingando aos poucos para não turvar a mistura. Filtre com papel apropriado ou num funil vedado com algodão. Depois de pronto, coloque num frasco bem fechado e guarde em lugar escuro, pelo menos por 20 dias. Quanto mais prolongado for esse período de repouso, maior será a fixação da essência utilizada. Para fazer um extrato mais concentrado, basta diminuir a quantidade de álcool: 90 g para 10 g de essência. A variedade de cores faz com que a anêmona-papoula seja uma das mais apreciadas flores de corte. Como elas têm pouco tempo de vida, plante-as em março, respeitando um intervalo de 15 dias entre um plantio e outro. Assim, elas florescerão num período mais amplo. Luz: Alta intensidade para o crescimento e altíssima para a floração, bem junto a uma janela de face norte ou leste. Temperatura: 15 a 20ºC. Água: Mantenha o solo do vaso úmido. Adubação: A cada mês, no período de crescimento. Propagação: Brotos e tubérculos. Cuidados especiais: Plante os tubérculos numa mistura com 50% de matéria orgânica. Problemas comuns: Se as pontas e bordas das folhas ficarem marrons, aumente a umidade. Se houver pouca ou nenhuma flor, mude para local mais iluminado. Fonte: Flora – Essencial – Um guia prático para a saúde e beleza. O Segredo das frutas Máscaras amaciantes Fonte: Flora – Essencial – Um guia prático para a saúde e beleza. O segredo das ervas Aipo (Apium graveolens) Eis outra planta muito utilizada na culinária, como condimento, mas pouco conhecida por suas propriedades medicinais. Além disso, dizem, o aipo é um poderoso afrodisíaco capaz de despertar paixões e de dar sabor à vida. Parte utilizada: Folha. Ajuda a tratar de: Afecções das vias urinárias, escorbuto, febre, flatulência, suspensão menstrual, sudorese excessiva. Fonte: Flora – Essencial – Um guia prático para a saúde e beleza. Abacate Corte um abacate ao meio, retire a polpa e coloque-a em um recipiente de vidro, madeira ou cerâmica. Acrescente duas colheres (sopa) de mel e amasse bem, até que a mistura adquira a consistência de um creme. Passe, em movimentos circulares, no rosto, nas mãos, nos cotovelos, nos joelhos e em outras áreas ressecadas do corpo. Deixe por meia hora e depois retire com água fria abundante. Fonte: Flora – Essencial – Um guia prático para a saúde e beleza. Para anunciar ligue: (16) 621 9225 / 9992 3408 Peregrino 6 Informação, Cultura e Livre Expressão Ribeirão Preto - SP - Abril/2005 A Língua Portuguesa História O período pré-românico Os lingüistas têm hoje boas razões para sustentar que um grande número de línguas da Europa e da Ásia provêem de uma mesma língua de origem, designada pelo termo indoeuropeu. Com exceção do basco, todas as línguas oficiais dos países da Europa ocidental pertencem a quatro ramos da família indo-européia: o helênico (grego), o românico (português, italiano, francês, castelhano, etc.), o germânico (inglês, alemão) e o céltico (irlandês, gaélico). Um quinto ramo, o eslavo, engloba diversas línguas atuais da Europa Oriental. Algumas línguas da Europa no II milênio a.C. Os celtas estavam situados de início no centro da Europa, mas entre o II e o I milênios a.C. foram ocupando várias outras regiões, até ocupar, no século III a.C., mais da metade do continente europeu. Os celtas são conhecidos, segundo as zonas que ocuparam, por diferentes denominações: celtiberos na Península Ibérica, gauleses na França, bretões na Grã-Bretanha, gálatas no centro da Turquia, etc. Surpreendentemente, nenhuma língua céltica subsistiu na Península Ibérica, onde a implantação dos celtas ocorreu em tempos muito remotos (I milênio a.C.) e cuja língua se manteve na Galiza (região ao norte de Portugal, atualmente parte da Espanha) até o século VII d.C. O período românico Embora a Península Ibérica fosse habitada desde muito antes da ocupação romana, pouquíssimos traços das línguas faladas por estes povos persistem no português moderno. A língua portuguesa que tem como origem a modalidade falada do latim, desenvolveu-se na costa oeste da Península Ibérica (atuais Portugal e região da Galiza, ou Galícia) incluída na província romana da Lusitânia. A partir de 218 a.C., com a invasão romana da península, e até o século IX, a língua falada na região é o romance, uma variante do latim que constitui um estágio intermediário entre o latim vulgar e as línguas latinas modernas (português, castelhano, francês, etc.). Durante o período de 409 d.C. a 711, povos de origem germânica instalamse na Península Ibérica. Algumas influências dessa época persistem no vocabulário do português moderno em termos como roubar, guerrear e branco. A partir de 711, com a invasão moura da Península Ibérica, o árabe é adotado como língua oficial nas regiões conquistadas, mas a população continua a falar o romance. Algumas contribuições dessa época ao vocabulário português atual são arroz, alface, alicate e refém. No período que vai do século IX (surgimento dos primeiros documentos latino-portugueses) ao XI, considerado uma época de transição, alguns termos portugueses aparecem nos textos em latim, mas o português (ou mais precisamente o seu antecessor, o galego-português) é essencialmente apenas falado na Lusitânia. O galego-português No século XI, com o início da reconquista cristã da Península Ibérica, o galego-português consolidase como língua falada e escrita da Lusitânia. Os árabes são expulsos para o sul da península, onde surgem os dialetos moçárabes, a partir do contato do árabe com o latim. Em galegoportuguês são escritos os primeiros documentos oficiais e textos literários não latinos da região, como os cancioneiros (coletâneas de poemas medievais): Cancioneiro da Ajuda, Cancioneiro da Vaticana e Cancioneiro Colocci-Brancutti. À medida em que os cristãos avançam para o sul, os dialetos do norte interagem com os dialetos moçárabes do sul, começando o processo de diferenciação do português em relação ao galego-português. A separação entre o galego e o português se iniciará com a independência de Portugal (1185) e se consolidará com a expulsão dos mouros em 1249 e com a derrota em 1385 dos castelhanos que tentaram anexar o país. No século XIV surge a prosa literária em português, com a Crónica Geral de Espanha (1344) e o Livro de Linhagens, de dom Pedro, conde de Barcelona. O português arcaico Entre os séculos XIV e XVI, com a construção do império português de ultramar, a língua portuguesa faz-se presente em várias regiões da Ásia, África e América, sofrendo influências locais (presentes na língua atual em termos como jangada, de origem malaia, e chá, de origem chinesa). Com o Renascimento, aumenta o número de italianismos e palavras eruditas de derivação grega, tornando o português mais complexo e maleável. O fim desse período de consolidação da língua (ou de utilização do português arcaico) é marcado pela publicação do Cancioneiro Geral de Garcia de Resende, em 1516. O português moderno No século XVI, com o aparecimento das primeiras gramáticas que definem a morfologia e a sintaxe, a língua entra na sua fase moderna: em Os Lusíadas, de Luis de Camões (1572), o português já é, tanto na estrutura da frase quanto na morfologia, muito próximo do atual. A partir daí, a língua terá mudanças menores: na fase em que Portugal foi governado pelo trono espanhol (1580-1640), o português incorpora palavras castelhanas (como bobo e granizo); e a influência francesa no século XVIII (sentida principalmente em Portugal) faz o português da metrópole afastar-se do falado nas colônias. Nos séculos XIX e XX o vocabulário português recebe novas contribuições: surgem termos de origem greco-latina para designar os avanços tecnológicos da época (como automóvel e televisão) e termos técnicos em inglês em ramos como as ciências médicas e a informática (por exemplo, checkup e software). O português no mundo O mundo lusófono (que fala português) é avaliado hoje entre 170 e 210 milhões de pessoas. O português, oitava língua mais falada do planeta (terceira entre as línguas ocidentais, após o inglês e o castelhano), é a língua oficial em sete países: Angola (10,3 milhões de habitantes), Brasil (151 milhões), Cabo Verde (346 mil), Guiné Bissau (1 milhão), Moçambique (15,3 milhões), Portugal (9,9 milhões) e São Tomé e Príncipe (126 mil). O português é uma das línguas oficiais da União Européia (ex-CEE) desde 1986, quando da admissão de Portugal na instituição. Em razão dos acordos do Mercosul (Mercado Comum do Sul), do qual o Brasil faz parte, o português é ensinado como língua estrangeira nos demais países que dele participam. Em 1996, foi criada a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que reúne os países de língua oficial portuguesa com o propósito de aumentar a cooperação e o intercâmbio cultural entre os países membros e uniformizar e difundir a língua portuguesa. Na área vasta e descontínua em que é falado, o português apresenta-se, como qualquer língua viva, in- ternamente diferenciado em variedades que divergem de maneira mais ou menos acentuada quanto à pronúncia, a gramática e ao vocabulário. Tal diferenciação, entretanto, não compromete a unidade do idioma: apesar da acidentada história da sua expansão na Europa e, principalmente, fora dela, a língua portuguesa conseguiu manter até hoje apreciável coesão entre as suas variedades. No estudo das formas que veio a assumir a língua portuguesa na África, na Ásia e na Oceania, é necessário distinguir dois tipos de variedades: as crioulas e as não crioulas. As variedades crioulas resultam do contato que o sistema lingüístico português estabeleceu, a partir do século XV, com sistemas lingüísticos indígenas. O grau de afastamento em relação à língua mãe é hoje de tal ordem que, mais do que como dialetos, os crioulos devem ser considerados como línguas derivadas do português. O português na Europa Na faixa ocidental da Península Ibérica, onde o galego-português era falado, atualmente utiliza-se o galego e o português. Esta região apresenta um conjunto de falares que, de acordo com certas características fonéticas, podem ser classificados em três grandes grupos: Dialetos galegos; Dialetos portugueses setentrionais; e Dialetos portugueses centro-meridionais. O galego A maioria dos lingüistas e intelectuais defende a unidade lingüística do galego-português até a atualidade. Segundo esse ponto de vista, o galego e o português modernos seriam parte de um mesmo sistema lingüístico, com diferentes normas escritas (situação similar à existente entre o Brasil e Portugal, onde algumas palavras têm ortografias distintas). A posição oficial na Galiza, entretanto, é considerar o português e o galego como línguas autônomas, embora compartilhando algumas características. O português na América História da língua no Brasil No início da colonização portuguesa no Brasil (a partir da descoberta, em 1500), o tupi (mais precisamente, o tupinambá, uma língua do litoral brasileiro da família tupi-guarani) foi usado como língua geral na colônia, ao lado do português, principalmente graças aos padres jesuítas que haviam estudado e difundido a língua. Em 1757, a utilização do tupi foi proibida por uma Provisão Real. Tal medida foi possível porque, a essa altura, o tupi já estava sendo suplantado pelo português, em virtude da chegada de muitos imigrantes da metrópole. Com a expulsão dos jesuítas em 1759, o Ribeirão Preto - SP - Abril/2005 português fixou-se definitivamente como o idioma do Brasil. Das línguas indígenas, o português herdou palavras ligadas à flora e à fauna (abacaxi, mandioca, caju, tatu, piranha), bem como nomes próprios e geográficos. Com o fluxo de escravos trazidos da África, a língua falada na colônia recebeu novas contribuições. A influência africana no português do Brasil, que em alguns casos chegou também à Europa, veio principalmente do iorubá, falado pelos negros vindos da Nigéria (vocabulário ligado à religião e à cozinha afrobrasileiras), e do quimbundo angolano (palavras como caçula, moleque e samba). Um novo afastamento entre o português brasileiro e o europeu aconteceu quando a língua falada no Brasil colonial não acompanhou as mudanças ocorridas no falar português (principalmente por influência francesa) durante o século XVIII, mantendo-se fiel, basicamente, à maneira de pronunciar da época da descoberta. Uma reaproximação ocorreu entre 1808 e 1821, quando a família real portuguesa, em razão da invasão do país pelas tropas de Napoleão Bonaparte, transferiu-se para o Brasil com toda sua corte, ocasionando um reaportuguesamento intenso da língua falada nas grandes cidades. Após a independência (1822), o português falado no Brasil sofreu influências de imigrantes europeus que se instalaram no centro e sul do país. Isso explica certas modalidades de pronúncia e algumas mudanças superficiais de léxico que existem entre as regiões do Brasil, que variam de acordo com o fluxo migratório que cada uma recebeu. No século XX, a distância entre as variantes portuguesa e brasileira do português aumentou em razão dos avanços tecnológicos do período: não existindo um procedimento unificado para a incorporação de novos termos à língua, certas palavras passaram a ter formas diferentes nos dois países (comboio e trem, autocarro e ônibus, pedágio e portagem). Além disso, o individualismo e nacionalismo que caracterizam o movimento romântico do início do século intensificaram o projeto de criação de uma literatura nacional expressa na variedade brasileira da língua portuguesa, argumento retomado pelos modernistas que defendiam, em 1922, a Peregrino 7 Informação, Cultura e Livre Expressão necessidade de romper com os modelos tradicionais portugueses e privilegiar as peculiaridades do falar brasileiro. A abertura conquistada pelos modernistas consagrou literariamente a norma brasileira. Zonas dialetais brasileiras A fala popular brasileira apresenta uma relativa unidade, maior ainda do que a da portuguesa, o que surpreende em se tratando de um país tão vasto. A comparação das variedades dialetais brasileiras com as portuguesas leva à conclusão de que aquelas representam em conjunto um sincretismo destas, já que quase todos os traços regionais ou do português padrão europeu que não aparecem na língua culta brasileira são encontrados em algum dialeto do Brasil. A insuficiência de informações rigorosamente científicas e completas sobre as diferenças que separam as variedades regionais existentes no Brasil não permite classificá-las em bases semelhantes às que foram adotadas na classificação dos dialetos do português europeu. Existe, em caráter provisório, uma proposta de classificação de conjunto que se baseia - como no caso do português europeu - em diferenças de pronúncia. Segundo essa proposta, é possível distinguir dois grupos de dialetos brasileiros: o do Norte e o do Sul. Pode-se distinguir no Norte duas variedades: amazônica e nordestina. E, no Sul, quatro: baiana, fluminense, mineira e sulina. O português na África Em Angola e Moçambique, onde o português se implantou mais fortemente como língua falada, ao lado de numerosas línguas indígenas, falase um português bastante puro, embora com alguns traços próprios, em geral arcaísmos ou dialetos lusitanos semelhantes aos encontrados no Brasil. A influência das línguas negras sobre o português de Angola e Moçambique foi muito leve, podendo dizer-se que abrange somente o léxico local. Nos demais países africanos de língua oficial portuguesa, o português é utilizado na administração, no ensino, na imprensa e nas relações internacionais. Nas situações da vida cotidiana são utilizadas também línguas nacionais ou crioulos de origem portuguesa. Em alguns países verificou-se o surgimento de mais de um crioulo, sendo eles, entretanto compreensíveis entre si. Essa convivência com línguas locais vem causando um distanciamento entre o português regional desses países e a língua portuguesa falada na Europa, aproximando-se em muitos casos do português falado no Brasil. Angola Em 1983, 60% dos moradores declararam que o português era sua língua materna. A língua oficial convive com várias outras línguas nacionais, como o quicongo, o quimbundo, o umbundu, o chocue, o mbundo (ou ovimbundo) e o oxikuanyama. Cabo Verde Falam-se crioulos que mesclam o português arcaico a línguas africanas. Os crioulos dividem-se em dois grandes grupos: os das ilhas de Barlavento, ao norte, e os das ilhas de Sotavento, ao sul. Guiné Bissau Em 1983, 44% da população falava crioulos de base portuguesa, 11% falava o português e o restante, inúmeras línguas africanas. O crioulo da Guiné-Bissau possui dois dialetos, o de Bissau e o de Cacheu, no norte do país. Moçambique O português é a língua oficial falada por 25% da população, mas apenas 1,2% a considera como língua materna. A maioria da população fala línguas do grupo banto. São Tomé e Príncipe Em São Tomé fala-se o forro e o moncó (línguas locais), além do português. O forro era a língua falada pela população mestiça e livre das cidades. No século XVI, naufragou perto da ilha um barco de escravos angolanos, muitos dos quais conseguiram nadar até a ilha e formar um grupo étnico a parte. Este grupo fala o moncó, um outro crioulo de base portuguesa, mas com mais termos de origem banta. Há cerca 78% de semelhanças entre o forro (ou sãotomense) e o moncó (ou angolar). Existe também o português de São Tomé, que guarda muitos traços do português arcaico na pronúncia, no léxico e até na construção sintática. Era a língua falada pela população culta, pela classe média e pelos donos de propriedades. Atualmente, é o português falado pela população em geral, enquanto que a classe política e a alta sociedade utilizam o português europeu padrão, muitas vezes aprendido durante os estudos feitos em Portugal. A ilha do Príncipe fala o principense, um outro crioulo de base portuguesa, que se pode considerar como um dialeto do crioulo são-tomense Outras regiões A influência portuguesa na África deu-se também em algumas outras regiões isoladas, muitas vezes levando à aparição de crioulos de base portuguesa: Ano Bom, na Guiné Equatorial, Casamança, no Senegal. O português na Ásia e Oceania Embora nos séculos XVI e XVII o português tenha sido largamente utilizado nos portos da Índia e sudeste da Ásia, atualmente ele só sobrevive na sua forma padrão em alguns pontos isolados: em Macau, no estado indiano de Goa e no Timor Leste. Dos crioulos da Ásia e Oceania, outrora bastante numerosos, subsistem apenas os de Damão, Jaipur e Diu, na Índia; de Málaca, na Malásia; do Timor; de Macau; do Sri-Lanka; e de Java, na Indonésia (em algumas dessas cidades ou regiões há também grupos que utilizam o português). Fonte www.linguaportuguesa.ufrn.br Peregrino 8 Informação, Cultura e Livre Expressão A MALDITA CARÊNCIA Como diziam os Titãs: “Você tem fome de quê?” Depois de um bom tempo tendo relacionamentos não satisfatórios, ou depois de um grande período de seca (sem relacionamento nenhum), a tal carência afetiva aparece. Surge a vontade de ser abraçado, beijado, amado e desejado por alguém. Até aqui, tudo certo. Vamos entender a carência como fome de afeto. A complicação começa quando a pessoa não tem outros objetivos fortes na vida, além do amoroso. Não tem outras preocupações consistentes. Então este aspecto passa a ser priorizado com intensidade. Por exemplo, se você tem um filho doente, consegue pensar em carência? Não. Se você tem um trabalho que exige de você toda a sua criatividade, e você o adora, sua carência seria muito grande? Provavelmente não. Na ausência de outros objetivos que satisfaçam a pessoa, como estar realizado no trabalho, ou bem consigo mesmo, a carência continua existindo, mas com baixa intensidade. Ela não atrapalha. Quando a carência toma proporções maiores do que a desejada, as “fomes” aparecem. “Você tem fome de quê?” A fome de carinho e atenção pode surgir disfarçada de fome por comida. É muito comum confundir as “fomes”. Desde criança isso acontece. Muitas crianças são recompensadas com um doce, um chocolate, quando tiram uma nota boa na escola, ou quando se comportaram direito. Um aplauso, ou um abraço seria o mais adequado, não acha? A carência, para alguns pode ser confundida com fome de poder. Esta pessoa tenta ter o máximo de amigos, de contatos possível. Parece que quanto mais for conhecido, quanto mais amigos tiver, menos vazio sentirá. O mesmo acontece com aquela pessoa que a cada noite tem um parceiro (a) diferente. São tentativas de aplacar a sua fome de afeto. É uma triste tentativa de reunir migalhas de carinho na esperança de aplacar uma grande fome. A carência é uma péssima conselheira. Quando ela aparece, todo sapo horroroso é confundido com uma princesa linda ou um galã de cinema. Depende do tanto que a pessoa bebeu, ou às vezes nem foi preciso. “De tanto procurar e não encontrar nada, qualquer sapo serve”. Note o quanto esta pessoa perdeu os valores próprios. Afinal, qualquer coisa só serve para qualquer um. Você se vê como um qualquer? A carência deve ser primeiro entendida. “Você tem fome de quê?” Fome de carinho, afeto, proteção, amor? Se você está sozinho, procure dar a si mesmo uma dose a mais de atenção. Faça o que você realmente Ribeirão Preto - SP - Abril/2005 gosta e se sinta realizado, nem que seja nas horas vagas. Pessoas satisfeitas que conseguem executar seus dons têm um nível de carência mínimo. Cultive amizades sadias. Bons amigos são aqueles que se preocupam com você e são bons colos e ouvidos quando precisamos. Se você está acompanhado e mesmo assim se sente carente, cabe avaliar onde está ocorrendo a falha. Será que é no relacionamento ou em você mesmo? Lembre-se que nenhuma pessoa pode fazer você feliz fora você mesma. A sua realização pessoal é um conjunto formado de realizações em diversas áreas: amorosa, profissional, autoestima, espiritual, saúde e social. Devemos tentar nos realizar pelo menos um pouquinho em cada uma delas. Não adianta exigir demais de uma área para tentar suprir outra. Então, sua fome é de quê? Colaboração: Maria de Fátima Hiss Olivares Psicóloga Clínica [email protected] MACUCO A ficha do bicho Nome popular: Macuco Nome científico: Tinamus solitarius Onde vive: De Pernambuco a Argentina e Paraguai Quanto pesa: A fêmea, maior, pesa 1,8 quilos. Habitat: Chão das matas O que come: Frutas, sementes e insetos. Reprodução: Seis ovos, choca 20 dias. O macuco é uma ave de carne tão boa que o caipira diz que a onça aprendeu a piar imitando macuco, para atraílo. Também conta que, quando o caçador vai atrás do macuco, pode encontrar a onça, mas o que acontece é que tanto o homem como a onça são atraídos pelo canto da ave, que pia até de noite. Sem levar em conta a lenda, a verdade é que os homens e carnívoros caçam o macuco há milênios e a ave só sobrevive porque a fêmea bota tanto que apenas a destruição da mata está conseguindo acabar com o macuco. O macho jovem do macuco tem uma única fêmea, mas, ao envelhecer, passa a acasalar com duas ou mais e o azar é dele, porque nessa espécie o domínio é da fêmea, que é também maior que o macho. Quando os filhotes nascem, a fêmea os deixa com o pai, que precisa manter juntos os macuquinhos e arranjar aranhas e vermes para todos, pois a proteína animal é vital para o crescimento dos filhotes. O ninho do macuco é no chão e a fêmea geralmente bota 6 ovos, mas em cativeiro, talvez por se sentir segura, faz posturas de até 12 ovos azul-turquesa, muito bonitos. O macuco se dá bem em cativeiro, porque seu coração é tão pequeno que não irriga os músculos do peito para os vôos longos, e por isso a ave prefere o chão. Fonte: 100 Animais Brasileiros publicados no Estadão de Luiz Roberto de Souza Queiroz. Ribeirão Preto - SP - Abril/2005 “Auto estima acima de tudo.” Uma das principais origens de vários sintomas de mal estar inclusive físico é a tal baixa de auto-estima. Todos falam, todos comentam, brincam até, mas o papo é sério. Podemos até generalizar e dizer que a auto-estima está baixa, tudo na vida caminha mal. A saúde, o desempenho profissional, o carisma, a estética, o pique, a vontade, enfim praticamente tudo. Tanto é verdade que a autoestima possui um chakra especial em nosso Corpo energético, só para ela. Esse local fica no tórax, abaixo da clavícula esquerda, acima do peito. Quando conseguimos elevar a auto-estima, começamos a nos enxergar melhor, mais bonitos, mais interessantes. Passamos a nos perdoar e resgatar o bom de nossa alma. Em conseqüência passamos a permitir que tudo melhore em nossa vida. Atraímos pessoas mais adequadas e saudáveis para nosso Peregrino 9 Informação, Cultura e Livre Expressão convívio, em todos os níveis de relacionamentos. Deixamos de sentir possessividade e ciúmes doentio. Passamos a aceitar elogios e agradecimentos em nosso coração. Enfim, paramos de sabotar nossas realizações e objetivos pessoais. Existem alguns cristais que auxiliam diretamente a resgatar a nossa auto-estima. O quartzo rosa é o primeiro que devemos eleger. Usar a pedra ou tomar o elixir de cristal de quartzo rosa resgata muito rapidamente esse nosso recurso tão precioso: Auto-estima = Amor Próprio. Permita-se. Dr. Osvaldo Coimbra Junior Sintonizador do Sistema de elixires Cristais de Oz Médico Radiestesista Holístico. [email protected] Cerefólio - Anthriscus cerefolium O cerefólio não é muito comum na culinária brasileira. Condimento muito conhecido e utilizado na culinária francesa, onde é tão comum quanto a nossa salsa. Neste país o cerefolio é considerado indispensável na culinária do dia-a-dia. E na verdade o cerefólio se parece muito com a salsa, e pode até ser confundido se a pessoa se atentar somente para o formato das folhas e se esquecer de pegar algumas folhinhas e sentir os aromas. O cerefólio é uma planta anual, isto é, tem de ser semeada todo ano, pois seu ciclo é curto, em alguns meses a semente germina, cresce, floresce, frutifica e morre. Suas flores são pequenas e de cor branca formando uma inflorescência tipo umbela. O nome em latim significa folha da alegria, e fazia muito sucesso entre os romanos. O local de origem do cerefólio provavelmente é a região do Cáucaso, na Rússia; e foi difundido pela Europa provavelmente pelos antigos romanos, onde se aclimatou muito bem. Para seu cultivo prefere locais de temperatura amena. Se aclimatou muito bem no clima típico da Grã-Bretanha, parecendo gostar de sol com um pouco de tempo nublado. Já quanto ao solo, prefere solos drenados e férteis. A aplicação de estercos curtidos vem favorecer bastante a cultura. A propagação é feita por sementes, e devem ser semeadas com freqüência para ter sempre folhas novas e aromáticas. Semeia-se em terreno definitivo, não suportando o transplante. A colheita se dá a partir da 6 a 8 semana da semeadura. Utiliza-se principalmente as folhas, mas pode-se utilizar as flores também. Na Europa já por muitos anos o cerefólio é usado como medicamento, possuindo uma ação diurética, expectorante, estimulante, combate eczemas e desordens digestivas. O cerefólio possui um sabor fresco, lembrando um pouco o anis. Pode ser usado no frango, peixe, em vegetais refogados, encorporado na manteiga, saladas e ovos mexidos. Pode-se preparar um delicioso vinagre aromatizado deixando alguns ramos de cerefólio fresco macerando em um vinagre de vinho branco. A erva irá adicionar um flavor agradável e suave ao seu prato. Praticamente pode-se usar o cerefólio onde normalmente se usa a salsa, ou seja, em praticamente qualquer prato. Ademar Menezes Jr Eng. Agrônomo – Especializado em Plantas Medicinais [email protected] Para anunciar ligue (16) 621 9225 / 9992 3408 10 Peregrino Ribeirão Preto - SP - Abril/2005 Informação, Cultura e Livre Expressão Terrível Novidade Johan Valáno É uma novidade chocante. Você sabe, que decidi contar às minhas crianças que devo ir embora. Quando me decidi, de nenhuma maneira imaginei que fosse tão difícil. De fato, no momento em que me movimentei para falar com elas, é que me conscientizei de que não era capaz disso. Compreenda-me. É possível a um homem normal dirigir-se aos filhos e dizer-lhes: “Tenho uma novidade para vocês. Em breve, vou-me embora. Em breve seu pai deixará para sempre esta casa...?” Como se pode dizer isso a crianças a quem se ama? Entretanto, eu devia. A questão estava decidida. Eu devia fazer isso. Começarei pela garota, decidi-me. Ela estava em seu quarto, fazendo um trabalho da escola. Olhou-me com olhar espantado. Com certeza pressentiu, que alguma coisa anormal ocorria. Eu a abordei: “Clara”, eu disse “devo informar-lhe algo. Triste novidade, muito triste”. Sua expressão transformou-se: de espanto há um momento, agora se tornara preocupada. “Você sabe... Certamente você observou que sua mãe e eu... bem... nossa relação não é boa. Nós... não mais conseguimos nos relacionar com amor. Nós... É difícil para um viver com o outro, dia após dia, hora após hora, minuto após minuto. Sua mãe é uma ótima mulher, prestativa, de bom coração, lúcida. De alguma maneira, eu continuo a amar sua mãe. Mas conviver na mesma casa não mais é possível. Nós decidimos, que eu irei embora... Não tema, eu voltarei para vê-la, para brincar com você, falar com você. Tanto quanto for possível. Mas passarei a residir em outra casa”. Ela me olhou. Sob seu olhar, senti-me como um indivíduo sem coração tirando de um desprotegido ser humano algo que fosse o que tinha de mais caro. “Se você e a mamãe decidiram isso...” ela começou, e havia algo muito infeliz em sua voz. Observei que lágrimas vinham aos seus olhos, que com um esforço hercúleo ela impedia que caíssem. Apenas acrescentou: “Bom... se é assim...” E depois de olhar-me de uma maneira onde não se via ódio, nem temor, mas apenas infelicidade, ela saiu do quarto, e logo depois também de casa. Senti-me infinitamente cansado, e apenas metade do que devia fazer tinha sido feito. Eu mais temia a entrevista com Alan, o garoto, porque ele é mais jovem e mais sensível. Também mais expansivo, com mais facilidade de exprimir o que sente. Quando a ele me dirigi, ele brincava com seus pequeninos automóveis. Resolvi dar cabo da dolorosa tarefa tão rápido quanto possível: “Vim para lhe dizer algo muito importante”, disse, com o mais sério tom de voz. Os veiculozinhos logo pararam, e Alan me dirigiu seus belos olhos azuis, tão plenos do mais tranqüilo amor, que meu coração ficou constrangido. Ele tem por mim um enorme amor. Sou para ele Pai, com “P” maiúsculo. Pai é, para ele, o mais adorável todopoderoso: super-homem, capaz de tudo sempre superar. E eu agora destruirei essa sua idéia a meu respeito. Minhas palavras serão um golpe, após o que nada restará dessa imagem de pai. Será justo que este poderoso homem imaginário, porém amado, seja destruído? Alan não será muito frágil para sobreviver a esse golpe? Novamente reuni a totalidade das forças que pude encontrar em mim, e balbuciei: “Alan, em breve eu partirei. Não mais viverei aqui contigo. Não mais morarei nesta casa.” O garoto me encarou com expressão interrogativa. E começou a rir. Eu esperava o que quer que fosse, menos isso. Ele pensou que eu não estivesse falando sério! Para ele o pai é a metade tão natural, tão indispensável do amado par, que não poderia ser sério que esta metade pudesse afastar-se, separando-se da outra metade. Que eu me fosse, isso seria simplesmente impossível. Esse dizer do pai só poderia ser uma brincadeira. “Alan, eu falo sério, isto não é uma brincadeira. Eu compreendo, que você de início não me acreditou, porque você espera muito que eu não tenha dito a verdade. Mas é verdade, Alan, eu irei embora. Você ficará aqui com a mamãe e com Clara. E eu não viverei mais com você. Eu...” Ele sente agora, que não se trata de um conto imaginário, que eu digo a pura verdade. Mas não pode aceitála. Ele subitamente perdeu a cor. Pareceu tão pequenino, tão desprotegido, que eu senti como se todo o aposento girasse ao meu redor. “Destruí seu coração, sua alegria, possivelmente sua capacidade de amar e ser feliz”, pensei. Alan deu um grito. Ele estendeu seus pequenos braços, suas pequenas mãos, e bateu-me dando um enorme, longo, inumano grito, e depois de bater-me várias vezes, saiu a correr em prantos. Fiquei ali em pé, sem conseguir pensar, sem conseguir sentir. Nunca imaginei que fosse possível sentir o peso de tão grande infelicidade. Sentime o mais desprezível torturador de todo o mundo. Não pude mais saber quem eu era, o que devia fazer, para onde se direcionaria o caminhar da minha vida. “De fato eu quis isso?” Perguntei-me a mim mesmo. Mas de lugar nenhum surgiu qualquer resposta. De: TREZORO. LA ESPERANTA NOVELARO. 1887-1986. Segundo Volume. BUDAPEST, 1989, P.616619. Curso de Literatura “Voja”o en Esperanto-Lando”, de Boris Kolker. Tradução e Colaboração: Neusa Priscotin Mendes APERP – Associação PróEsperanto de Ribeirão Preto. [email protected] PEREGRINO - EDIÇÕES ANTERIORES Estão disponíveis em nosso site, para download as edições de 2.003 e 2.004 do PEREGRINO no formato PDF, além de arquivos no formato ZIP sobre Mitologia, Filosofia, Recursos Literários, Psicofilosofia Huna; Curso, Gramática e Dicionário de Esperanto, tudo GRATUITAMENTE. APROVEITE Assinatura do Peregrino 06 meses - R$15,00 / 12 meses - R$30,00 Através dos telefones (0**16) 621 9225 / 9992 3408, pelo e-mail: [email protected], ou deposite no Banco Itaú - Ag. 0332 - Conta: 74194-1 e envie o comprovante do depósito juntamente com seus dados para Av. Guilhermina Cunha Coelho, 350 A6 - Ribeirão Preto - SP CEP: 14021-520. Ribeirão Preto - SP - Abril/2005 Peregrino Informação, Cultura e Livre Expressão 11 Fator Extraterrestre – Jan Val Ellam Este é um livro único, o autor apresenta nesta obra pontos que nos fazem refletir sobre a origem da vida em nosso planeta, o entendimento do chamado “elo perdido” da gênese humana, nosso isolamento cósmico, abduções, entre outros assuntos ligados a fatores extraterrestres que sempre marcaram nossa existência. Apoiado em fundamentos filosóficos, científicos e religiosos, traz à razão os elementos necessários à compreensão do momento atual e da urgente construção da cidadania planetária para que, no futuro, possamos viver com outras humanidades cósmicas. Zian Editora Ltda. Tel.: (11) 3999 0169 www.zianeditora.com.br Tarô, Carma e Numerologia – Um estudo para o código da alma – Nei Naiff Informática, Conceitos e Aplicações – Marcelo Maçuda e Pio Armando Benini Filho Analise seu nome para diagnosticar os problemas e talentos. Qual o propósito da vida humana? O que devemos aprender espiritualmente? O que é carma? Qual a influência das vidas passadas na atual encarnação? Perguntas como essas vêm sendo indagadas e procuradas pela sociedade moderna. O autor põe à disposição de todos os seus leitores a técnica de análise cármica do nome que permite a descoberta da missão espiritual e da harmonia nos relacionamentos afetivos, profissionais e sociais. Um método inovador, prático e seguro. A melhor auto-ajuda se faz por meio do autoconhecimento! Nova Era Tel.: (21) 2585 2000 www.record.com.br Indicado como material de apoio aos cursos de informática e disciplinas afins dos demais cursos. Pode ser utilizado tanto por professores e alunos como por profissionais de todas as áreas, que necessitem adquirir conhecimentos sobre informática. Apresenta a importância da segurança das informações, os fatores de risco, acessos indevidos, segurança de programas (vírus, worms, cavalos de Tróia, etc...), rotina para proteção das informações, segurança física, autenticação, criptografia, antivírus e firewall. Editora Érica Ltda. Tel.: (11) 295 3066 / Fax: (11) 6197 4060 www.editoraerica.com.br Meditação e Relaxamento – Felício Bombonato Jr. Esta obra tem por fim único ajudar o ser humano a reencontrar dentro de si a sua verdadeira essência, a sua identidade de ser natural e assim poder instalar dentro de si a sua natureza original, que é um estado de quietude interior. Destina-se também a pessoas que se encontram enfermas, para que, ao ouvi-lo, tratem também de serenar suas mentes, e assim poder acelerar o processo de cura. É composto de três faixas: Meditação taoísta – Sentar com calma; Relaxamento vitalizante e Prática para captação da energia celeste. Felício Bombonato Jr. Tel.: (16) 624 1045 [email protected] Espiritualização e Cidadania Planetária – Jan Val Ellam Depois de Percepção e Vida, Jan Val Ellam lança mais algumas sementes para a reflexão dos aspectos filosóficos, históricos e espirituais que marcaram a Humanidade e suas equivocadas visões de mundo através das épocas. Zian Editora Ltda. Tel.: (11) 3999 0169 www.zianeditora.com.br Peregrino 12 Ribeirão Preto - SP - Abril/2005 Informação, Cultura e Livre Expressão Inteligências Múltiplas E studos e pesquisas nas últimas décadas têm modificado o conceito de uma inteligência única e geral para um conceito muito mais abrangente que entende uma variedade de inteligências que Gardner e a equipe da Universidade de Harvard descreveram como Inteligências Múltiplas. Incluem inicialmente dimensões: lógico / matemática, verbal / lingüística, musical, espacial, corporal / sinestésica, interpessoal, intrapessoal. Incluímos nesse artigo mais uma inteligência: a naturalista, que consta de seus últimos estudos, muito importante neste momento planetário em que vivemos. Crianças renascem com a missão de conservar e melhorar o ambiente, plantas e animais. Penso que para a futura medicina essa sabedoria será imprescindível para a cura de muitas doenças e a solução para muitos problemas. Os cinco primeiros anos de vida são fundamentais para um bom desenvolvimento, embora a estimulação para o melhor desempenho ou afloramento de novas habilidades sempre obtenha ótimos resultados. É mais ou menos como se praticássemos uma ginástica cerebral. Os jogos despertam a curiosidade e interesse das crianças e dos adolescentes, sendo instrumentos excelentes e valiosos principalmente por seu caráter lúdico. Todos temos talentos em potencial a serem desenvolvidos. A visão estreita que valoriza um único padrão de inteligência está ultrapassada e precisamos ousar mais, apoiando e aprovando nossas crianças quando demonstram dotes artísticos ou habilidades não cobradas no âmbito acadêmico, como forma de estimulá-las a treinar e aprimorar os seus talentos e como forma eficaz de aumentar sua autoestima e individualização. Os jogos ou atividades da coluna “Estímulos”, podem ser utilizados de acordo com a idade e a capacitação da criança. Sem pressionar nunca, do contrário, perde sua característica motivacional e prazerosa. Aproveitar algumas oportunidades comuns no dia-a-dia e acrescentar essas atividades enriquece a tarefa dos pais e dos professores. O desenvolvimento dessas habilidades tem como objetivo o refinamento da Inteligência Emocional e da Inteligência Espiritual. Pessoas com QE (quociente emocional), se dão melhor nos relacionamentos interpessoais afetivos ou profissionais. Lidam melhor com provocações e criticas, geralmente saindo-se bem nos contratempos e desafios da vida. Conectando-nos com a sabedoria Universal e com a sabedoria Divina desenvolveremos virtudes morais, entenderemos melhor a dinâmica sublime que governa o planeta e a vida de todos nós. A criança que tem compreensão espiritual entende melhor o propósito da vida. Reconhecendo nossa natureza espiritual e divina podemos praticar a religião que nos parece melhor e animar nossos filhos a participarem. Esse é o principio da Inteligência Espiritual, que eleva o homem à pratica do respeito às diferenças, da fraternidade, solidariedade, esperança e fé no amor para a conquista da paz. Na próxima edição continuaremos com o estudo detalhado das Habilidades. Denilde A. M. Lourenço Pedagoga, Psicopedagoga, Terapeuta e Pesquisadora dos Florais Arco-Íris [email protected] O que é HUNA? O ensinamento básico dos três EUS. Uma das partes mais importantes do ensinamento antigo é que não somos apenas uma mente, mas que somos feitos com três mentes. O Kahuna sabia disso há milhares de anos. Possuíam um sistema psicológico e de saúde mental, muito mais desenvolvido até em comparação aos dias atuais. Em 1970, Milton Erickson, M.D., trouxe para o Ocidente a percepção do nível de entendimento dos antigos havaianos. Ele tinha quase um completo entendimento da Mente Consciente e da Mente Inconsciente e suas funções. A mente consciente: Muito tempo antes do Dr. Erickson, os antigos havaianos chamavam a mente consciente, Uhane (Alma, um espírito). Primeiro, perceba que você não é apenas uma Mente Consciente. A Mente Consciente é a lógica, razoável, parte racional de você – a parte de você, que você conhece, e chama “Eu” quando você diz, “Eu penso... Eu sou... Eu faço... Eu tenho…” Os ensinamentos dos antigos do Havaí dizia que havia uma Mente Consciente, uma Mente Inconsciente e uma Mente Consciente Superior. Cada uma delas separada e distinta das outras. A Mente Consciente escondia da consciência uma Mente Inconsciente, que tinha certas funções específicas diferenciadas da Mente Consciente. Mais longe, havia, também escondida da Mente Consciente, uma Mente Consciente Superior que também tinha funções muito específicas e que também era distinta da Mente Consciente. A Mente Consciente não podia perceber também diretamente essas mentes, exceto em certos estados de consciência. A mente inconsciente: O que chamamos de Mente Inconsciente, os antigos Kahunas chamavam, Uhihipili. Se olharmos o significado das palavras raízes que compõem a palavra: u: o centro de nossas emoções de onde vêm os sentimentos; o elemento mãe; o leite da vida; ni: derramar um líquido; hi: jogar longe com força qualquer líquido da boca; pili: tocar, juntar, associar-se com, estar com, relação próxima. A Mente Inconsciente é uma parte muito importante de você. Pense sobre isso apenas um momento. Eis uma parte de você que faz seu corpo correr, faz seu coração bater, faz o sistema linfático circular, a respiração continuar e muitas outras coisas. Considere isto também. O quanto você está ciente das várias coisas que sua Mente Inconsciente faz? Talvez o mais importante seja o quanto você conhece a sua Mente Inconsciente. Você considera sua Mente Inconsciente como um amigo próximo e confiável, ou você e sua inconsciência são estranhos? Os anciãos ensinavam que confiar e conhecer a Mente Inconsciente é algo muito importante.Qualquer que seja sua relação com sua Mente Inconsciente, você provavelmente descobrirá que você é muito mais próximo a ela do que imaginava. Os anciões, os La’au Kahea (os Kahunas que eram psicólogos), postulavam que a Mente Inconsciente tinha certas funções, que poderíamos chamar de Diretivas Primordiais da Mente Inconsciente; O Eu superior: Um grande Kahuna disse que o gênero humano é composto de uma parte material e outra espiritual - o gênero humano é feito igualmente de matéria e espírito, como um ímã em que um pólo é matéria e o outro espírito. Se este é o caso, o todo do gênero humano ainda não é bem conhecido pela psicologia ocidental. O Kahuna diz que também somos uma Mente Consciente Superior. O termo usado nos tempos antigos era Aumakua, significando: Au: Uma chama de fogo através do ar, como um espírito; ou espírito; seu, meu, espírito de outra pessoa. Makua: Pais, mais velho, maturo. Como é a relação entre as três mentes dos homens e, como são elas conectadas? Este é um assunto para a nossa próxima edição. Nota: Tradução e adaptação livre de José Roberto Ruiz e Mariza Helena Ribeiro Facci Ruiz Fonte: Huna.com