Peregrino

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Peregrino
Peregrino
IMPRESSO
Informação, Cultura e Livre Expressão
www.jperegrino.com.br
1ª edição - Maio / 2000
Você também “góstia?”
RibeirãoPreto
Preto
- SP
- Ano
- Abril/2005 -- R$
R$1,00
1,00
Ribeirão
- SP
- Ano
IV -VNº- Nº
41 -12
Setembro/2003
TUMORES DE MAMAS:
O QUE FAZER...
A Língua Portuguesa
Já repararam como é fácil adaptar-se às coisas das
quais se reclama? É só notar o quanto as mulheres
reclamam de seus maridos e estão com eles há
anos, muitas vezes sem mover uma palha para
mudar a situação. O marido segundo elas não as
deixa fazer nem isso e nem aquilo...
Tumores das glândulas mamárias são as neoplasias
mais freqüentes em cadelas e a terceira mais
freqüentes em gatas. Eles representam cerca de
42% de todos os tumores. A média de vida, ao
diagnosticar, está entre 10 e 11 anos...
Os lingüistas têm hoje boas razões para sustentar
que um grande número de línguas da Europa e da
Ásia provêem de uma mesma língua de origem,
designada pelo termo indo-europeu. Com exceção
do basco, todas as línguas oficiais dos países da
Europa ocidental pertencem a ...
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Páginas 6 e 7
Peregrino
2
Informação, Cultura e Livre Expressão
Editorial
H
á mais de quinhentos anos este Brasil, lindo e trigueiro, nos
dizeres do nosso saudoso Ari Barroso foi encontrado.
Chegaram aqui os portugueses e como não podiam deixar de
amar nossa amada terrinha e, acrescidos da certeza de que nela tudo
daria e dela tudo se retiraria especialmente ouro e pedras preciosas,
ficaram. Se poderíamos ter sido mais felizes em mãos espanholas,
inglesas etc... há controvérsias. Se os portugueses também poderiam
ter sido mais felizes em outras plagas, também não sabemos. Porém
independentemente de terem sido bons ou não para nós, há um legado
deixado por eles indiscutivelmente muito importante: a língua
portuguesa. De lá para cá estamos não só incorporando termos de
outras línguas o que faz parte de um processo normal de evolução,
mas também estamos perdendo contato com nossas raízes. Cada vez
mais assimilamos uma linguagem voltada para nossos interesses
imediatos, já que vivemos em um mundo do já e agora, o que também
é de certa forma normal. Porém, a língua não deve deixar de ser
cultuada e não há motivo para que não seja bem falada. Os portugueses
sejam de que categorias sociais forem, falam corretamente. Conosco
acontece o inverso. Quando dizemos nós, não queremos dizer apenas
os que não têm conhecimento gramatical, as pessoas mais simples,
os que não lêem nunca, mas também os que se arvoram em
conhecedores da língua “inculta e bela”. Não se trata aqui da cobrança
de termos mais eruditos ou de expressões mais elaboradas ou de
cultuar termos empolados, mesóclises e outros que tais. Temos visto
assassinatos verbais sendo perpetrados pelos mais diferentes órgãos
de comunicação. Faixas de rua que não respeitam concordâncias
verbais, propagandas de televisão utilizando regências verbais
inadequadas e por aí afora. Políticos que cometem erros absurdos de
português! Professoras de português que cometem erros crassos! E,
se pessoas que tem razoável influência sobre a massa falam
incorretamente, manca estará daqui a pouco a pobre língua portuguesa.
Vamos resgatar-lhe a riqueza!
Mariza Helena
CAPA
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Reprodução de Pintura Original
Haras – Mariusz Maczka
Original pintado com a boca.
Temas Abordados
Arte (Música, Pintura, Escultura, Arquitetura, Cinema), Ecologia, Misticismo, Ciência, Filosofia, Psicologia, História, Mitologia, Museus, Povos, Países e Costumes, Saúde, Literatura e outros que se enquadrem na filosofia de
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Ribeirão Preto - SP - Abril/2005
Você também “góstia?”
Já repararam como é fácil
adaptar-se às coisas das quais
se reclama? É só notar o
quanto as mulheres reclamam
de seus maridos e estão com
eles há anos, muitas vezes
sem mover uma palha para
mudar a situação. O marido
segundo elas não as deixa
fazer nem isso e nem aquilo,
não as deixa decidir sobre as
suas próprias vidas. Os
homens também reclamam.
As mulheres são umas
jararacas, não lhes dão
liberdade, têm ciúmes do
reflexo delas no espelho, eles
não podem nem sair para uma
cervejinha depois de semana
extenuante de trabalho. E
pasmem tudo permanece no
mesmo lugar. Reclamamos de
nosso local de trabalho,
dizemos que as condições não
nos servem e ficamos lá ano
após ano, um tal de lamento
ininterrupto, sempre apontando as mesmas coisas.
Procuramos outra coisa para
fazer. Não. Procuramos algo
para fazer conjuntamente para
que o trabalho não seja tão
entediante. Não. Ficamos ali
estagnados. Reclamamos dos
amigos, dizemos que eles não
retribuem à altura o que
queremos deles, mas não
tomamos nenhuma atitude
quanto a mudar de amigos, ou
quanto a melhorar a relação
de amizade. Não olhamos
para nós e procuramos
detectar quais são as nossas
novas necessidades no que diz
respeito a amigos. Ficamos
ali, petrificados. Reclamamos
da política e colocamos no
governo a culpa pelos nossos
infortúnios, mas não fazemos
política de boa vizinhança,
organizando primeiro a nossa
casa, depois quem sabe a
vizinhança, o bairro, a cidade
até quem sabe atingir urbe e
orbe. Ficamos ali, estanques.
JPeregrino
Parece que somente a nossa
boca é capaz de agir, para
falar, muitas e muitas vezes
coisas que levam ao reino-docoisa-nenhuma, onde nada dá
certo, ao contrário, onde tudo
piora.
Sim, porque o falar muito
e agir de menos ocasiona a
raiva, mágoa, insegurança,
medo. Os culpados de tudo
são os outros, que nos
invadem, que fazem conosco
isso e aquilo. Entramos em
um círculo vicioso e nos
embrenhamos cada vez mais
na não ação. Afinal, se nada
me diz respeito quem tem que
tomar alguma atitude não sou
eu. Engraçado é que como na
maioria das vezes eu me
relaciono com gente parecida
comigo, ficamos todos ali na
firma “dias e dias parados”.
Podemos e devemos nos
acostumar a viver bem. Acostumar-se com o ruim é fácil,
muito fácil. Não é à toa que a
personagem cômica do programa de televisão apanha do
marido e diz “Eu góstio”.
Viver bem, também não é
fácil. Dá um medo danado,
insegurança danada, faz com
que a gente atente para
mágoas, raivas e mil outras
coisas difíceis. A vantagem
está que viver bem, começar
a viver bem, dizer não as
mesmices da vida pode
modificar a qualidade dessa
mesma vida para melhor, o
que venhamos e convenhamos é vantagem mais do
que suficiente.
Mariza Helena Ribeiro
Facci Ruiz
Terapeuta Floral
Practitioner pela Dr.
Edward Bach Foundation,
escritora e membro da
UBE
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(16) 621 9225 /
Comunicação Visual Ltda.
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TUMORES DE
MAMAS: O QUE
FAZER...
Tumores das glândulas mamárias são as neoplasias mais
freqüentes em cadelas e a terceira
mais freqüentes em gatas. Eles
representam cerca de 42% de todos
os tumores. A média de vida, ao
diagnosticar, está entre 10 e 11 anos.
Tumores mamários raramente
acometem machos, embora a
incidência estimada esteja em torno
de 0 a 2,7%, e a probabilidade de
serem malignos é alta.
Algumas raças possuem maior
risco: Poodle, Cocker Spaniel, Pastor
Alemão entre outras. A incidência é
menor em raças mestiças comparadas às raças puras. Em cadelas,
o efeito protetor da ovariosalpingohisterectomia (castração) e a
presença de receptores hormonais
esteróides em tecidos tumorais
indicam seu envolvimento no
desenvolvimento de tumor de mama.
O risco de desenvolvimento de
tumor mamário é de aproximadamente 0,5% para cadelas que
foram castradas antes do primeiro
cio, 8% depois do primeiro cio e
26% após o segundo cio. Após estas
etapas o efeito protetor é mínimo.
A administração de progestágenos (anticoncepcionais) de longa
duração para a prevenção do estro
(cio) tem sido associada com
tumores benignos em cadelas.
Terapia estrogênica usada para o
controle de gestação também
aumenta o risco de tumores
mamários. Episódios de pseudociese
(falsa gestação ou gestação
Peregrino
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Informação, Cultura e Livre Expressão
psicológica) podem aumentar o
aparecimento de lesões préneoplásicas. Obesidade e dieta rica
em gordura na juventude têm sido
associadas com o aumento dos riscos
do aparecimento de tumores mamários.
ASPECTOS CLÍNICOS: Aparecimento do tumor, sexo, raça,
idade, administração de hormônios
sexuais, fase do ciclo estral, parto,
episódios de pseudogestação, data do
aparecimento, velocidade de
crescimento do tumor, devem ser
ponderados. Cuidados na palpação de
todo tecido das glândulas mamárias,
identificação de cada tumor, seu
tamanho e sua fixação (na pele e
tecidos profundos), consistência,
sinais inflamatórios e úlceras,
presença e característica de secreção
de leite também devem ser observados.
A ocorrência é maior nos pares
caudais das glândulas mamárias. Os
linfonodos (gânglios) axilares e
inguinais também devem ser
examinados; biópsia aspirativa por
agulha fina destes nódulos pode ser
útil no diagnóstico de metástases
(migração de células tumorais para
outras partes do corpo).Para a
determinação do estágio clínico, são
necessários exames radiológicos,
hemograma completo, painel
bioquímico e ultrassonografia
abdominal.
DIAGNÓSTICO: A biópsia
aspirativa por agulha fina é útil na
diferenciação entre tumor benigno e
maligno, devido ‘a natureza bem
diferenciada de muitos desses
tumores. É importante avaliar as
características estruturais, áreas
diferentes de tumor, grau de
crescimento e de lesão. Resultados
histopatológicos são decisivos para
orientar a conduta terapêutica, pois
podem indicar malignidade e alto
risco de recorrência e metástase
pulmonar.
TRATAMENTO: O tratamento
de escolha é a mastectomia (ressecção cirúrgica) parcial ou total,
unilateral ou bilateral total. A
seleção da técnica depende do
tamanho do tumor, número de
glândulas mamárias acometidas,
local, fixação entre os tecidos anexos
e estado clínico do paciente.Estudos
recentes indicaram que a ovariosalpingohisterectomia recorrente, a
remoção de tumor mamário, prolonga a sobrevida não somente em
pacientes com tumor benigno, mas
também em portadores de tumor
maligno. O uso de quimioterapia no
tratamento de tumor mamário
maligno é controverso e é indicado
se a paciente tem alto risco de
metástase. Outras terapias adjuvantes incluem radioterapia,
imunoterapia e laserterapia, que são
pouco usuais nas rotinas do dia a dia,
devido ao alto custo.
PROGNÓSTICO: É reservado
para as seguintes situações: tamanho
tumoral grande (acima de 3cm de
diâmetro); invasão linfática, metástase local para linfonodos
distantes, fixação em tecidos anexos,
ulceração, citologia anaplásica e
rápido crescimento tumoral.
O prognóstico não é influenciado
pela extensão da ressecção cirúrgica.
O tempo de sobrevida é de 4 a 17
meses para animais com tumor
maligno. Embora os pulmões sejam
locais mais freqüentes de metástases,
outros locais incluem o cérebro,
fígado, linfonodos abdominais, rins,
coração, glândulas adrenais e ossos.
COMO PREVENIR: Ovariosalpingohisterectomia precoce em
cadelas é um fator importante para
o decréscimo dos riscos de tumores
mamários. Aos proprietários devem
ser devidamente orientados para o
exame das glândulas mamárias,
diagnóstico e tratamento precoce.
CONCLUSÃO
Estudos ainda são necessários
para elucidar os aspectos controversos na terapia dos tumores
mamários. Cirurgia radical ou local
deve ser considerada caso a caso. O
uso de quimioterapia como terapia
adjuvante é também considerável,
dado o potencial benéfico do manejo
e o risco dos efeitos colaterais.
Pintor
Sketchbook, 1938
Jackson Pollock (1912 – 56), pintor
norte-americano, figura-chave do
expressionismo abstrato. Suas obras
iniciais eram figurativas, mas no
princípio da década de 40 adotou um
estilo abstrato notável pela sua
energia e pela sua impressão de
mistério e primitivismo. Em 1946,
começou a trabalhar com a tela no
chão, espargindo ou espalhando a
tinta sobre toda a sua superfície,
criando padrões de grande vitalidade.
Durante a década de 50, realizou
quase sempre obras de grandes
dimensões, usando algumas vezes
apenas tinta preta. Nos últimos anos
de sua vida retornou à técnica mais
tradicional. Embora no início o
público tenha se chocado com sua
obra, atualmente é consagrado como
o líder de uma geração que colocou
Nova Iorque à frente dos movimentos vanguardistas.
Dr. Mussi A. de Lacerda
Médico Veterinário
Arca de Noé Hospital Veterinário
[email protected]
Sem título, 1944
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Ribeirão Preto - SP - Abril/2005
Informação, Cultura e Livre Expressão
POSSE NA ARE - ACADEMIA
RIBEIRÃOPRETANA DE EDUCAÇÃO
No próximo dia 1º de abril de
2005, às 20 horas, no Anfiteatro do
Centro Universitário “Barão de
Mauá”, estarão tomando posse mais
cinco membros efetivos da ARE,
idealizada e presidida por Antônio
Carlos Tórtoro, fundada no dia 3 de
agosto de 2002, e que teve sua origem
em reuniões ordinárias da ARL –
Academia Ribeirãopretana de
Letras.
Oito são seus fundadores: Ely
Vieitez Lanes, Luiz Carlos Raya,
Nilva Mariani, Alfredo Palermo,
Rita M. Mourão, Waldomiro W.
Peixoto, Antônio Ruffino Netto e
Antônio Carlos Tórtoro, membros
efetivos da ARL.
Os nomes dos Patronos das 33
primeiras Cadeiras foram os mesmos
dos professores homenageados há
alguns anos, no Theatro Pedro II,
pelo Grupo Gerenciador Ribeirão
2000, e as demais foram completadas
com nomes dos fundadores da ARE.
Agora, tomam posse, como
membros efetivos, Filomena Elaine
Paiva Assolini na Cadeira no. 5,
Patrono Divo Marino; Antônio
Marmo Cassoni, Cadeira no. 12,
Patrono João Álvares da Costa;
Marilda Franco de Moura
Vasconcelos, Cadeira no. 13, Patrono
Jorge Ambrust Figueiredo; Dalton
de Souza Amorim, Cadeira no. 22,
Patrona Maria de Lourdes Jorge e
Patrícia Helena Cury Domingos de
Oliveira, Cadeira no. 30, Patrono
Ruben Cione.
Na cerimônia solene de posse, os
neo-acadêmicos receberão, além do
certificado, o Medalhão de Mérito
Educacional “Prof. Nicolau
Dinamarco Spinelli”, confeccionado
pela artista plástica Maria Mirlene
Freitas Rodrigues, acadêmica da
ALARP – Academia de Letras e
Artes de Ribeirão Preto.
Também, pela primeira vez, será
ouvido em público o Hino da ARE,
com música de Wilson Salgado,
acadêmico da ARL, e letra do
presidente da ARL e da ARE,
Antônio Carlos Tórtoro, com as
intérpretes Dione Lima Pereira,
Nadir Rodrigues Vieira, José Inácio
Capellaro e Wilson Salgado.
Fundada com a finalidade de
aperfeiçoar, ampliar e aprofundar
recursos humanos e científicotecnológicos, na área da Educação,
assim como perseguir a interdependência entre seus sistemas e
subsistemas, a ARE lançou, em junho
de 2004, o concurso: Meu Mestre
Inesquecível.
Esse concurso estará entregando
troféus aos sete mestres mais
votados: Vera Lúcia Hanna, Giovana
Velho Andreolli Guedes, Eliana
Padovan Donato, Camila Garcia
Aguilera, Eunice Figueira (in
memorian), Eduardo L. Franchin
(falecido após ser o mais votado) e
Cyro Armando Catta Preta (de
Orlândia).
Pelo menos um pouquinho
estamos buscando saldar uma dívida
que cada um de nós tem com os
diversos educadores que fizeram de
nós o que hoje somos.
Colaboração: Antônio Carlos
Tórtoro
Presidente da ARL e da ARE
FALAR BEM...
Prezado Leitor, nesta coluna, espero poder esclarecer
algumas dúvidas a respeito da Língua Portuguesa.
1. Férias...Sol...praia...
A meterologia anuncia tempo bom!!!
E o Português anuncia erro!!!
Prezado amigo leitor, mesmo (de vez enquando!!!)
o noticiário errando, ele não erra o nome do
serviço!!!
O correto é METEOROLOGIA.
2. Livros e mais livros para encardenar?
Escola nova, para o seu filho, livros com capas novas...
Aproveite a leitura dos novos livros, principalmente, uma boa Gramática!
O correto é encadernação.
Exemplo correto: Quem fez a encadernação dos fascículos?
3. Eu ouvi de uma professora no final do ano:
__ Minha cardeneta está em ordem!!!
Mas a Língua Portuguesa em desordem...
Cuidado com os erros básicos...
O correto é caderneta.
Dica: caderneta lembra caderno.
Colaboração: Renata Carone Sborgia
Advogada e Profª de Português e Inglês
[email protected]
DE POETAS E BORBOLETAS
Rita Marciano Mourão (*)
Não, hoje não quero falar das
incógnitas da vida
nem tão pouco dos becos sem
saída que estancam os ideais.
Hoje quero falar da festa das
palavras
que escorrem cadenciadas das
mãos do poeta,
incorporam-se à envolvente
sensualidade
e se agarram às voláteis asas da
esperança.
Hoje quero falar de eternidade.
Quero falar do poeta que nunca
foge ao encontro marcado com o
versos
mesmo que o reverso esteja
dilacerado pelo tempo.
Na releitura de cada estrofe, ele
esfolia os próprios sentimentos
convalescentes no frio leito da
alma.
Muitas vezes, as rimas são guizos
peçonhentos
que arranham os ouvidos e levam
até a boca um gosto de sangue.
Ainda assim, o poeta segue
anônimo,
malabarista a se equilibrar no giro
vivo da inspiração
que acompanha o tempo e o vento
para reter , no corpo dos versos ,
os seus efêmeros momentos.
Escreve, Poeta!
Das tuas mãos jorram mananciais
de fé
mesmo quando o Abismo e o
Silêncio acenam ameaçadores.
Tu és o Verbo que se faz carne
para eternizar o apressado vôo das
borboletas inquietas.
Tu és um parceiro de Deus
Criador
e através das tuas palavras
recrias o mundo encantado dos
Poetas!
(*) Pertence a ARL, ARE e UBT
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ESTATÍSTICAS
Ribeirão Preto - SP - Abril/2005
Peregrino
A cura pela natureza
A sua Marca no Perfume
O perfume já era conhecido na
Antiguidade, mas foi só no século
XIX que teve seu grande impulso.
Hoje ele se tornou um complemento
indispensável à toalete. Se você
quiser um perfume exclusivo, que
marque a sua presença, faça-o em
casa. Não é difícil, e os ingredientes
(inclusive os frascos) podem ser
encontrados nas casas especializadas.
UM TOQUE PESSOAL
Romântico, discreto, exuberante ou
sensual: cada perfume tem sua
característica própria.
Escolha aqui aquele que
mais combina com
você.
Perfumes florais: todos
os perfumes têm uma
dosagem de essência de flores, mas
em alguns ela é dominante, como nos
de jasmim, rosa ou cravo.
Perfumes secos: preparados com
essências secas (musgo, madeira) ou
frutas.
Perfumes quentes: aromas
marcantes, feitos com essências
vegetais e frutas doces.
Perfumes aromáticos: aqueles em
que predominam as essências
picantes: louro, açafrão, magnólia,
gardênia, sândalo e absinto.
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Perfumes suaves: feitos com essência
de rosa, violeta, lilás e outras flores
de aroma delicado.
Conheça as plantas
Anêmona-papoula
(Anemone coronaria)
COLÔNIA DE ALFAZEMA
Esta é uma receita básica. Se você
preferir outro perfume, é só variar a
essência, mantendo as mesmas
dosagens. Coloque 10 g de essência
de alfazema em 200 g de álcool
neutro ou de cereais e deixe
descansar durante pelo menos 24
horas, agitando levemente a
mistura de vez em
quando. Acrescente um
copo de água destilada, pingando aos
poucos para não
turvar a mistura.
Filtre com papel apropriado ou num funil
vedado com algodão. Depois de
pronto, coloque num frasco bem
fechado e guarde em lugar escuro,
pelo menos por 20 dias. Quanto mais
prolongado for esse período de
repouso, maior será a fixação da
essência utilizada. Para fazer um
extrato mais concentrado, basta
diminuir a quantidade de álcool: 90
g para 10 g de essência.
A variedade de cores faz com que a anêmona-papoula seja uma das mais
apreciadas flores de corte. Como elas têm pouco tempo de vida, plante-as
em março, respeitando um intervalo de 15 dias entre um plantio e outro.
Assim, elas florescerão num período mais amplo.
Luz: Alta intensidade para o crescimento e altíssima para a floração, bem
junto a uma janela de face norte ou leste.
Temperatura: 15 a 20ºC.
Água: Mantenha o solo do vaso úmido.
Adubação: A cada mês, no período de crescimento.
Propagação: Brotos e tubérculos.
Cuidados especiais: Plante os tubérculos numa mistura com 50% de matéria
orgânica.
Problemas comuns: Se as pontas e bordas das folhas ficarem marrons,
aumente a umidade. Se houver pouca ou nenhuma flor, mude para local mais
iluminado.
Fonte: Flora – Essencial – Um guia prático para a saúde e beleza.
O Segredo das frutas
Máscaras amaciantes
Fonte: Flora – Essencial – Um
guia prático para a saúde e
beleza.
O segredo das ervas
Aipo (Apium graveolens)
Eis outra planta muito utilizada na culinária, como condimento, mas pouco
conhecida por suas propriedades medicinais. Além disso, dizem, o aipo é um
poderoso afrodisíaco capaz de despertar
paixões e de dar sabor à vida.
Parte utilizada: Folha.
Ajuda a tratar de: Afecções das vias
urinárias, escorbuto, febre, flatulência,
suspensão menstrual, sudorese excessiva.
Fonte: Flora – Essencial – Um guia prático para a saúde e beleza.
Abacate
Corte um abacate ao meio, retire a polpa e coloque-a em um recipiente
de vidro, madeira ou cerâmica. Acrescente duas colheres (sopa) de mel
e amasse bem, até que a mistura adquira a consistência de um creme.
Passe, em movimentos circulares, no rosto, nas mãos, nos cotovelos,
nos joelhos e em outras áreas ressecadas do corpo. Deixe por meia hora
e depois retire com água fria abundante.
Fonte: Flora – Essencial – Um guia prático para a saúde e beleza.
Para anunciar ligue:
(16) 621 9225 / 9992 3408
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Ribeirão Preto - SP - Abril/2005
A Língua Portuguesa
História
O período pré-românico
Os lingüistas têm hoje boas razões
para sustentar que um grande número
de línguas da Europa e da Ásia
provêem de uma mesma língua de
origem, designada pelo termo indoeuropeu. Com exceção do basco,
todas as línguas oficiais dos países da
Europa ocidental pertencem a quatro
ramos da família indo-européia: o
helênico (grego), o românico (português, italiano, francês, castelhano,
etc.), o germânico (inglês, alemão) e
o céltico (irlandês, gaélico). Um
quinto ramo, o eslavo, engloba
diversas línguas atuais da Europa
Oriental.
Algumas línguas da Europa no II
milênio a.C.
Os celtas estavam situados de início
no centro da Europa, mas entre o II e
o I milênios a.C. foram ocupando
várias outras regiões, até ocupar, no
século III a.C., mais da metade do
continente europeu. Os celtas são
conhecidos, segundo as zonas que
ocuparam, por diferentes denominações: celtiberos na Península
Ibérica, gauleses na França, bretões na
Grã-Bretanha, gálatas no centro da
Turquia, etc.
Surpreendentemente, nenhuma língua
céltica subsistiu na Península Ibérica,
onde a implantação dos celtas ocorreu
em tempos muito remotos (I milênio
a.C.) e cuja língua se manteve na
Galiza (região ao norte de Portugal,
atualmente parte da Espanha) até o
século VII d.C.
O período românico
Embora a Península Ibérica fosse
habitada desde muito antes da
ocupação romana, pouquíssimos
traços das línguas faladas por estes
povos persistem no português
moderno.
A língua portuguesa que tem como
origem a modalidade falada do latim,
desenvolveu-se na costa oeste da
Península Ibérica (atuais Portugal e
região da Galiza, ou Galícia) incluída
na província romana da Lusitânia. A
partir de 218 a.C., com a invasão
romana da península, e até o século
IX, a língua falada na região é o
romance, uma variante do latim que
constitui um estágio intermediário
entre o latim vulgar e as línguas latinas
modernas (português, castelhano,
francês, etc.).
Durante o período de 409 d.C. a 711,
povos de origem germânica instalamse na Península Ibérica. Algumas
influências dessa época persistem no
vocabulário do português moderno
em termos como roubar, guerrear e
branco.
A partir de 711, com a invasão moura
da Península Ibérica, o árabe é
adotado como língua oficial nas
regiões conquistadas, mas a população continua a falar o romance.
Algumas contribuições dessa época ao
vocabulário português atual são arroz,
alface, alicate e refém.
No período que vai do século IX
(surgimento dos primeiros documentos latino-portugueses) ao XI,
considerado uma época de transição,
alguns termos portugueses aparecem
nos textos em latim, mas o português
(ou mais precisamente o seu
antecessor, o galego-português) é
essencialmente apenas falado na
Lusitânia.
O galego-português
No século XI, com o início da
reconquista cristã da Península
Ibérica, o galego-português consolidase como língua falada e escrita da
Lusitânia. Os árabes são expulsos para
o sul da península, onde surgem os
dialetos moçárabes, a partir do contato
do árabe com o latim. Em galegoportuguês são escritos os primeiros
documentos oficiais e textos literários
não latinos da região, como os
cancioneiros (coletâneas de poemas
medievais): Cancioneiro da Ajuda,
Cancioneiro da Vaticana e Cancioneiro Colocci-Brancutti.
À medida em que os cristãos avançam
para o sul, os dialetos do norte
interagem com os dialetos moçárabes
do sul, começando o processo de
diferenciação do português em
relação ao galego-português. A
separação entre o galego e o português
se iniciará com a independência de
Portugal (1185) e se consolidará com
a expulsão dos mouros em 1249 e
com a derrota em 1385 dos
castelhanos que tentaram anexar o
país. No século XIV surge a prosa
literária em português, com a Crónica
Geral de Espanha (1344) e o Livro de
Linhagens, de dom Pedro, conde de
Barcelona.
O português arcaico
Entre os séculos XIV e XVI, com a
construção do império português de
ultramar, a língua portuguesa faz-se
presente em várias regiões da Ásia,
África e América, sofrendo influências
locais (presentes na língua atual em
termos como jangada, de origem
malaia, e chá, de origem chinesa).
Com o Renascimento, aumenta o
número de italianismos e palavras
eruditas de derivação grega, tornando
o português mais complexo e
maleável. O fim desse período de
consolidação da língua (ou de
utilização do português arcaico) é
marcado pela publicação do
Cancioneiro Geral de Garcia de
Resende, em 1516.
O português moderno
No século XVI, com o aparecimento
das primeiras gramáticas que definem
a morfologia e a sintaxe, a língua entra
na sua fase moderna: em Os Lusíadas,
de Luis de Camões (1572), o
português já é, tanto na estrutura da
frase quanto na morfologia, muito
próximo do atual. A partir daí, a língua
terá mudanças menores: na fase em
que Portugal foi governado pelo trono
espanhol (1580-1640), o português
incorpora palavras castelhanas (como
bobo e granizo); e a influência
francesa no século XVIII (sentida
principalmente em Portugal) faz o
português da metrópole afastar-se do
falado nas colônias.
Nos séculos XIX e XX o vocabulário
português recebe novas contribuições:
surgem termos de origem greco-latina
para designar os avanços tecnológicos
da época (como automóvel e
televisão) e termos técnicos em inglês
em ramos como as ciências médicas
e a informática (por exemplo, checkup e software).
O português no mundo
O mundo lusófono (que fala
português) é avaliado hoje entre 170
e 210 milhões de pessoas. O
português, oitava língua mais falada
do planeta (terceira entre as línguas
ocidentais, após o inglês e o
castelhano), é a língua oficial em sete
países: Angola (10,3 milhões de
habitantes), Brasil (151 milhões),
Cabo Verde (346 mil), Guiné Bissau
(1 milhão), Moçambique (15,3
milhões), Portugal (9,9 milhões) e São
Tomé e Príncipe (126 mil).
O português é uma das línguas oficiais
da União Européia (ex-CEE) desde
1986, quando da admissão de Portugal
na instituição. Em razão dos acordos
do Mercosul (Mercado Comum do
Sul), do qual o Brasil faz parte, o
português é ensinado como língua
estrangeira nos demais países que dele
participam. Em 1996, foi criada a
Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP), que reúne os
países de língua oficial portuguesa
com o propósito de aumentar a
cooperação e o intercâmbio cultural
entre os países membros e uniformizar
e difundir a língua portuguesa.
Na área vasta e descontínua em que é
falado, o português apresenta-se,
como qualquer língua viva, in-
ternamente diferenciado em variedades que divergem de maneira
mais ou menos acentuada quanto à
pronúncia, a gramática e ao
vocabulário. Tal diferenciação, entretanto, não compromete a unidade
do idioma: apesar da acidentada
história da sua expansão na Europa e,
principalmente, fora dela, a língua
portuguesa conseguiu manter até hoje
apreciável coesão entre as suas
variedades.
No estudo das formas que veio a
assumir a língua portuguesa na África,
na Ásia e na Oceania, é necessário
distinguir dois tipos de variedades: as
crioulas e as não crioulas. As
variedades crioulas resultam do
contato que o sistema lingüístico
português estabeleceu, a partir do
século XV, com sistemas lingüísticos
indígenas. O grau de afastamento em
relação à língua mãe é hoje de tal
ordem que, mais do que como
dialetos, os crioulos devem ser
considerados como línguas derivadas
do português.
O português na Europa
Na faixa ocidental da Península
Ibérica, onde o galego-português era
falado, atualmente utiliza-se o galego
e o português. Esta região apresenta
um conjunto de falares que, de acordo
com certas características fonéticas,
podem ser classificados em três
grandes grupos: Dialetos galegos;
Dialetos portugueses setentrionais; e
Dialetos portugueses centro-meridionais.
O galego
A maioria dos lingüistas e intelectuais
defende a unidade lingüística do
galego-português até a atualidade.
Segundo esse ponto de vista, o galego
e o português modernos seriam parte
de um mesmo sistema lingüístico, com
diferentes normas escritas (situação
similar à existente entre o Brasil e
Portugal, onde algumas palavras têm
ortografias distintas). A posição oficial
na Galiza, entretanto, é considerar o
português e o galego como línguas
autônomas, embora compartilhando
algumas características.
O português na América
História da língua no Brasil
No início da colonização portuguesa
no Brasil (a partir da descoberta, em
1500), o tupi (mais precisamente, o
tupinambá, uma língua do litoral
brasileiro da família tupi-guarani) foi
usado como língua geral na colônia,
ao lado do português, principalmente
graças aos padres jesuítas que haviam
estudado e difundido a língua. Em
1757, a utilização do tupi foi proibida
por uma Provisão Real. Tal medida foi
possível porque, a essa altura, o tupi
já estava sendo suplantado pelo
português, em virtude da chegada de
muitos imigrantes da metrópole. Com
a expulsão dos jesuítas em 1759, o
Ribeirão Preto - SP - Abril/2005
português fixou-se definitivamente
como o idioma do Brasil. Das línguas
indígenas, o português herdou
palavras ligadas à flora e à fauna
(abacaxi, mandioca, caju, tatu,
piranha), bem como nomes próprios
e geográficos.
Com o fluxo de escravos trazidos da
África, a língua falada na colônia
recebeu novas contribuições. A
influência africana no português do
Brasil, que em alguns casos chegou
também à Europa, veio principalmente do iorubá, falado pelos
negros vindos da Nigéria (vocabulário
ligado à religião e à cozinha afrobrasileiras), e do quimbundo angolano
(palavras como caçula, moleque e
samba).
Um novo afastamento entre o
português brasileiro e o europeu
aconteceu quando a língua falada no
Brasil colonial não acompanhou as
mudanças ocorridas no falar português (principalmente por influência
francesa) durante o século XVIII,
mantendo-se fiel, basicamente, à
maneira de pronunciar da época da
descoberta. Uma reaproximação
ocorreu entre 1808 e 1821, quando a
família real portuguesa, em razão da
invasão do país pelas tropas de
Napoleão Bonaparte, transferiu-se
para o Brasil com toda sua corte,
ocasionando um reaportuguesamento
intenso da língua falada nas grandes
cidades.
Após a independência (1822), o
português falado no Brasil sofreu
influências de imigrantes europeus
que se instalaram no centro e sul do
país. Isso explica certas modalidades
de pronúncia e algumas mudanças
superficiais de léxico que existem
entre as regiões do Brasil, que variam
de acordo com o fluxo migratório que
cada uma recebeu.
No século XX, a distância entre as
variantes portuguesa e brasileira do
português aumentou em razão dos
avanços tecnológicos do período: não
existindo um procedimento unificado
para a incorporação de novos termos
à língua, certas palavras passaram a
ter formas diferentes nos dois países
(comboio e trem, autocarro e ônibus,
pedágio e portagem). Além disso, o
individualismo e nacionalismo que
caracterizam o movimento romântico
do início do século intensificaram o
projeto de criação de uma literatura
nacional expressa na variedade
brasileira da língua portuguesa,
argumento retomado pelos modernistas que defendiam, em 1922, a
Peregrino
7
Informação, Cultura e Livre Expressão
necessidade de romper com os
modelos tradicionais portugueses e
privilegiar as peculiaridades do falar
brasileiro. A abertura conquistada
pelos modernistas consagrou literariamente a norma brasileira.
Zonas dialetais brasileiras
A fala popular brasileira apresenta
uma relativa unidade, maior ainda do
que a da portuguesa, o que surpreende
em se tratando de um país tão vasto.
A comparação das variedades dialetais
brasileiras com as portuguesas leva à
conclusão de que aquelas representam
em conjunto um sincretismo destas,
já que quase todos os traços regionais
ou do português padrão europeu que
não aparecem na língua culta
brasileira são encontrados em algum
dialeto do Brasil.
A insuficiência de informações
rigorosamente científicas e completas
sobre as diferenças que separam as
variedades regionais existentes no
Brasil não permite classificá-las em
bases semelhantes às que foram
adotadas na classificação dos dialetos
do português europeu. Existe, em
caráter provisório, uma proposta de
classificação de conjunto que se
baseia - como no caso do português
europeu - em diferenças de pronúncia.
Segundo essa proposta, é possível
distinguir dois grupos de dialetos
brasileiros: o do Norte e o do Sul.
Pode-se distinguir no Norte duas
variedades: amazônica e nordestina.
E, no Sul, quatro: baiana, fluminense,
mineira e sulina.
O português na África
Em Angola e Moçambique, onde o
português se implantou mais fortemente como língua falada, ao lado
de numerosas línguas indígenas, falase um português bastante puro,
embora com alguns traços próprios,
em geral arcaísmos ou dialetos
lusitanos semelhantes aos encontrados
no Brasil. A influência das línguas
negras sobre o português de Angola e
Moçambique foi muito leve, podendo
dizer-se que abrange somente o léxico
local.
Nos demais países africanos de língua
oficial portuguesa, o português é
utilizado na administração, no ensino,
na imprensa e nas relações internacionais. Nas situações da vida
cotidiana são utilizadas também
línguas nacionais ou crioulos de
origem portuguesa. Em alguns países
verificou-se o surgimento de mais de
um crioulo, sendo eles, entretanto
compreensíveis entre si.
Essa convivência com línguas locais
vem causando um distanciamento
entre o português regional desses
países e a língua portuguesa falada na
Europa, aproximando-se em muitos
casos do português falado no Brasil.
Angola
Em 1983, 60% dos moradores
declararam que o português era sua
língua materna. A língua oficial
convive com várias outras línguas
nacionais, como o quicongo, o
quimbundo, o umbundu, o chocue, o
mbundo (ou ovimbundo) e o
oxikuanyama.
Cabo Verde
Falam-se crioulos que mesclam o
português arcaico a línguas africanas.
Os crioulos dividem-se em dois
grandes grupos: os das ilhas de
Barlavento, ao norte, e os das ilhas de
Sotavento, ao sul.
Guiné Bissau
Em 1983, 44% da população falava
crioulos de base portuguesa, 11%
falava o português e o restante,
inúmeras línguas africanas. O crioulo
da Guiné-Bissau possui dois dialetos,
o de Bissau e o de Cacheu, no norte
do país.
Moçambique
O português é a língua oficial falada
por 25% da população, mas apenas
1,2% a considera como língua
materna. A maioria da população fala
línguas do grupo banto.
São Tomé e Príncipe
Em São Tomé fala-se o forro e o
moncó (línguas locais), além do
português. O forro era a língua falada
pela população mestiça e livre das
cidades. No século XVI, naufragou
perto da ilha um barco de escravos
angolanos, muitos dos quais
conseguiram nadar até a ilha e formar
um grupo étnico a parte. Este grupo
fala o moncó, um outro crioulo de
base portuguesa, mas com mais
termos de origem banta. Há cerca 78%
de semelhanças entre o forro (ou sãotomense) e o moncó (ou angolar).
Existe também o português de São
Tomé, que guarda muitos traços do
português arcaico na pronúncia, no
léxico e até na construção sintática.
Era a língua falada pela população
culta, pela classe média e pelos donos
de propriedades. Atualmente, é o
português falado pela população em
geral, enquanto que a classe política
e a alta sociedade utilizam o português
europeu padrão, muitas vezes
aprendido durante os estudos feitos
em Portugal.
A ilha do Príncipe fala o principense,
um outro crioulo de base portuguesa,
que se pode considerar como um
dialeto do crioulo são-tomense
Outras regiões
A influência portuguesa na África
deu-se também em algumas outras
regiões isoladas, muitas vezes levando
à aparição de crioulos de base
portuguesa: Ano Bom, na Guiné
Equatorial, Casamança, no Senegal.
O português na Ásia e Oceania
Embora nos séculos XVI e XVII o
português tenha sido largamente
utilizado nos portos da Índia e sudeste
da Ásia, atualmente ele só sobrevive
na sua forma padrão em alguns pontos
isolados: em Macau, no estado indiano
de Goa e no Timor Leste.
Dos crioulos da Ásia e Oceania,
outrora bastante numerosos, subsistem
apenas os de Damão, Jaipur e Diu, na
Índia; de Málaca, na Malásia; do
Timor; de Macau; do Sri-Lanka; e de
Java, na Indonésia (em algumas
dessas cidades ou regiões há também
grupos que utilizam o português).
Fonte
www.linguaportuguesa.ufrn.br
Peregrino
8
Informação, Cultura e Livre Expressão
A MALDITA CARÊNCIA
Como diziam os Titãs:
“Você tem fome de quê?”
Depois de um bom tempo tendo
relacionamentos não satisfatórios, ou
depois de um grande período de seca
(sem relacionamento nenhum), a tal
carência afetiva aparece. Surge a
vontade de ser abraçado, beijado,
amado e desejado por alguém. Até
aqui, tudo certo.
Vamos entender a carência como
fome de afeto.
A complicação começa quando a
pessoa não tem outros objetivos
fortes na vida, além do amoroso. Não
tem outras preocupações consistentes. Então este aspecto passa a
ser priorizado com intensidade. Por
exemplo, se você tem um filho
doente, consegue pensar em
carência? Não. Se você tem um
trabalho que exige de você toda a sua
criatividade, e você o adora, sua
carência seria muito grande? Provavelmente não.
Na ausência de outros objetivos
que satisfaçam a pessoa, como estar
realizado no trabalho, ou bem
consigo mesmo, a carência continua
existindo, mas com baixa intensidade. Ela não atrapalha. Quando a
carência toma proporções maiores do
que a desejada, as “fomes” aparecem.
“Você tem fome de quê?”
A fome de carinho e atenção pode
surgir disfarçada de fome por
comida. É muito comum confundir
as “fomes”. Desde criança isso
acontece. Muitas crianças são
recompensadas com um doce, um
chocolate, quando tiram uma nota
boa na escola, ou quando se
comportaram direito. Um aplauso,
ou um abraço seria o mais adequado,
não acha?
A carência, para alguns pode ser
confundida com fome de poder. Esta
pessoa tenta ter o máximo de amigos,
de contatos possível. Parece que
quanto mais for conhecido, quanto
mais amigos tiver, menos vazio
sentirá. O mesmo acontece com
aquela pessoa que a cada noite tem
um parceiro (a) diferente. São
tentativas de aplacar a sua fome de
afeto. É uma triste tentativa de reunir
migalhas de carinho na esperança de
aplacar uma grande fome.
A carência é uma péssima
conselheira. Quando ela aparece,
todo sapo horroroso é confundido
com uma princesa linda ou um galã
de cinema. Depende do tanto que a
pessoa bebeu, ou às vezes nem foi
preciso. “De tanto procurar e não
encontrar nada, qualquer sapo serve”.
Note o quanto esta pessoa perdeu os
valores próprios. Afinal, qualquer
coisa só serve para qualquer um.
Você se vê como um qualquer?
A carência deve ser primeiro
entendida. “Você tem fome de quê?”
Fome de carinho, afeto, proteção,
amor?
Se você está sozinho, procure dar
a si mesmo uma dose a mais de
atenção. Faça o que você realmente
Ribeirão Preto - SP - Abril/2005
gosta e se sinta realizado, nem que
seja nas horas vagas. Pessoas
satisfeitas que conseguem executar
seus dons têm um nível de carência
mínimo.
Cultive amizades sadias. Bons
amigos são aqueles que se preocupam
com você e são bons colos e ouvidos
quando precisamos.
Se você está acompanhado e
mesmo assim se sente carente, cabe
avaliar onde está ocorrendo a falha.
Será que é no relacionamento ou em
você mesmo? Lembre-se que
nenhuma pessoa pode fazer você
feliz fora você mesma. A sua
realização pessoal é um conjunto
formado de realizações em diversas
áreas: amorosa, profissional, autoestima, espiritual, saúde e social.
Devemos tentar nos realizar pelo
menos um pouquinho em cada uma
delas. Não adianta exigir demais de
uma área para tentar suprir outra.
Então, sua fome é de quê?
Colaboração: Maria de Fátima
Hiss Olivares
Psicóloga Clínica
[email protected]
MACUCO
A ficha do bicho
Nome popular: Macuco
Nome científico: Tinamus solitarius
Onde vive: De Pernambuco a
Argentina e Paraguai
Quanto pesa: A fêmea, maior, pesa
1,8 quilos.
Habitat: Chão das matas
O que come: Frutas, sementes e
insetos.
Reprodução: Seis ovos, choca 20
dias.
O macuco é uma ave de carne tão boa
que o caipira diz que a onça aprendeu
a piar imitando macuco, para atraílo. Também conta que, quando o
caçador vai atrás do macuco, pode
encontrar a onça, mas o que acontece
é que tanto o homem como a onça
são atraídos pelo canto da ave, que
pia até de noite.
Sem levar em conta a lenda, a
verdade é que os homens e carnívoros
caçam o macuco há milênios e a ave
só sobrevive porque a fêmea bota
tanto que apenas a destruição da mata
está conseguindo acabar com o
macuco.
O macho jovem do macuco tem uma
única fêmea, mas, ao envelhecer,
passa a acasalar com duas ou mais e
o azar é dele, porque nessa espécie o
domínio é da fêmea, que é também
maior que o macho.
Quando os filhotes nascem, a fêmea
os deixa com o pai, que precisa
manter juntos os macuquinhos e
arranjar aranhas e vermes para todos,
pois a proteína animal é vital para o
crescimento dos filhotes.
O ninho do macuco é no chão e a
fêmea geralmente bota 6 ovos, mas
em cativeiro, talvez por se sentir
segura, faz posturas de até 12 ovos
azul-turquesa, muito bonitos. O
macuco se dá bem em cativeiro,
porque seu coração é tão pequeno que
não irriga os músculos do peito para
os vôos longos, e por isso a ave
prefere o chão.
Fonte: 100 Animais Brasileiros
publicados no Estadão de Luiz
Roberto de Souza Queiroz.
Ribeirão Preto - SP - Abril/2005
“Auto estima
acima de tudo.”
Uma das principais origens de
vários sintomas de mal estar
inclusive físico é a tal baixa de
auto-estima.
Todos falam, todos comentam, brincam até, mas o papo é
sério.
Podemos até generalizar e
dizer que a auto-estima está
baixa, tudo na vida caminha mal.
A saúde, o desempenho
profissional, o carisma, a estética,
o pique, a vontade, enfim praticamente tudo.
Tanto é verdade que a autoestima possui um chakra especial
em nosso Corpo energético, só
para ela. Esse local fica no tórax,
abaixo da clavícula esquerda,
acima do peito.
Quando conseguimos elevar a
auto-estima, começamos a nos
enxergar melhor, mais bonitos,
mais interessantes. Passamos a
nos perdoar e resgatar o bom de
nossa alma. Em conseqüência
passamos a permitir que tudo
melhore em nossa vida.
Atraímos pessoas mais
adequadas e saudáveis para nosso
Peregrino
9
Informação, Cultura e Livre Expressão
convívio, em todos os níveis de
relacionamentos.
Deixamos de sentir possessividade e ciúmes doentio.
Passamos a aceitar elogios e
agradecimentos em nosso
coração.
Enfim, paramos de sabotar
nossas realizações e objetivos
pessoais.
Existem alguns cristais que
auxiliam diretamente a resgatar
a nossa auto-estima.
O quartzo rosa é o primeiro
que devemos eleger.
Usar a pedra ou tomar o elixir
de cristal de quartzo rosa resgata
muito rapidamente esse nosso
recurso tão precioso: Auto-estima
= Amor Próprio.
Permita-se.
Dr. Osvaldo Coimbra Junior
Sintonizador do Sistema de
elixires Cristais de Oz
Médico Radiestesista
Holístico.
[email protected]
Cerefólio - Anthriscus cerefolium
O
cerefólio não é muito
comum na culinária
brasileira. Condimento
muito conhecido e utilizado na
culinária francesa, onde é tão
comum quanto a nossa salsa.
Neste país o cerefolio é
considerado indispensável na
culinária do dia-a-dia. E na
verdade o cerefólio se parece
muito com a salsa, e pode até ser
confundido se a pessoa se atentar
somente para o formato das
folhas e se esquecer de pegar
algumas folhinhas e sentir os
aromas. O cerefólio é uma planta
anual, isto é, tem de ser semeada
todo ano, pois seu ciclo é curto,
em alguns meses a semente
germina, cresce, floresce,
frutifica e morre. Suas flores são
pequenas e de cor branca
formando uma inflorescência tipo
umbela. O nome em latim
significa folha da alegria, e fazia
muito sucesso entre os romanos.
O local de origem do cerefólio
provavelmente é a região do
Cáucaso, na Rússia; e foi
difundido pela Europa provavelmente pelos antigos
romanos, onde se aclimatou
muito bem. Para seu cultivo
prefere locais de temperatura
amena. Se aclimatou muito bem
no clima típico da Grã-Bretanha,
parecendo gostar de sol com um
pouco de tempo nublado. Já
quanto ao solo, prefere solos
drenados e férteis. A aplicação de
estercos curtidos vem favorecer
bastante a cultura.
A propagação é feita por
sementes, e devem ser semeadas
com freqüência para ter sempre
folhas novas e aromáticas.
Semeia-se em terreno definitivo,
não suportando o transplante. A
colheita se dá a partir da 6 a 8
semana da semeadura. Utiliza-se
principalmente as folhas, mas
pode-se utilizar as flores também.
Na Europa já por muitos anos o
cerefólio é usado como medicamento, possuindo uma ação
diurética, expectorante, estimulante, combate eczemas e
desordens digestivas.
O cerefólio possui um sabor
fresco, lembrando um pouco o
anis. Pode ser usado no frango,
peixe, em vegetais refogados,
encorporado na manteiga, saladas
e ovos mexidos. Pode-se preparar
um delicioso vinagre aromatizado deixando alguns ramos
de cerefólio fresco macerando em
um vinagre de vinho branco. A
erva irá adicionar um flavor
agradável e suave ao seu prato.
Praticamente pode-se usar o
cerefólio onde normalmente se
usa a salsa, ou seja, em praticamente qualquer prato.
Ademar Menezes Jr
Eng. Agrônomo –
Especializado em Plantas
Medicinais
[email protected]
Para anunciar ligue
(16) 621 9225 / 9992 3408
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Peregrino
Ribeirão Preto - SP - Abril/2005
Informação, Cultura e Livre Expressão
Terrível Novidade
Johan Valáno
É
uma novidade chocante. Você
sabe, que decidi contar às
minhas crianças que devo ir
embora. Quando me decidi, de
nenhuma maneira imaginei que fosse
tão difícil. De fato, no momento em
que me movimentei para falar com
elas, é que me conscientizei de que
não era capaz disso.
Compreenda-me. É possível a um
homem normal dirigir-se aos filhos e
dizer-lhes: “Tenho uma novidade para
vocês. Em breve, vou-me embora. Em
breve seu pai deixará para sempre esta
casa...?” Como se pode dizer isso a
crianças a quem se ama? Entretanto,
eu devia. A questão estava decidida.
Eu devia fazer isso.
Começarei pela garota, decidi-me. Ela
estava em seu quarto, fazendo um
trabalho da escola. Olhou-me com
olhar espantado. Com certeza
pressentiu, que alguma coisa anormal
ocorria. Eu a abordei: “Clara”, eu disse
“devo informar-lhe algo. Triste
novidade, muito triste”. Sua expressão transformou-se: de espanto há
um momento, agora se tornara
preocupada.
“Você sabe... Certamente você
observou que sua mãe e eu... bem...
nossa relação não é boa. Nós... não
mais conseguimos nos relacionar com
amor. Nós... É difícil para um viver
com o outro, dia após dia, hora após
hora, minuto após minuto. Sua mãe é
uma ótima mulher, prestativa, de bom
coração, lúcida. De alguma maneira,
eu continuo a amar sua mãe. Mas
conviver na mesma casa não mais é
possível. Nós decidimos, que eu irei
embora... Não tema, eu voltarei para
vê-la, para brincar com você, falar
com você. Tanto quanto for possível.
Mas passarei a residir em outra casa”.
Ela me olhou. Sob seu olhar, senti-me
como um indivíduo sem coração
tirando de um desprotegido ser
humano algo que fosse o que tinha de
mais caro.
“Se você e a mamãe decidiram isso...”
ela começou, e havia algo muito
infeliz em sua voz. Observei que
lágrimas vinham aos seus olhos, que
com um esforço hercúleo ela impedia
que caíssem. Apenas acrescentou:
“Bom... se é assim...” E depois de
olhar-me de uma maneira onde não
se via ódio, nem temor, mas apenas
infelicidade, ela saiu do quarto, e logo
depois também de casa.
Senti-me infinitamente cansado, e
apenas metade do que devia fazer
tinha sido feito. Eu mais temia a
entrevista com Alan, o garoto, porque
ele é mais jovem e mais sensível.
Também mais expansivo, com mais
facilidade de exprimir o que sente.
Quando a ele me dirigi, ele brincava
com seus pequeninos automóveis.
Resolvi dar cabo da dolorosa tarefa
tão rápido quanto possível: “Vim para
lhe dizer algo muito importante”,
disse, com o mais sério tom de voz.
Os veiculozinhos logo pararam, e
Alan me dirigiu seus belos olhos azuis,
tão plenos do mais tranqüilo amor, que
meu coração ficou constrangido. Ele
tem por mim um enorme amor. Sou
para ele Pai, com “P” maiúsculo. Pai
é, para ele, o mais adorável todopoderoso: super-homem, capaz de
tudo sempre superar. E eu agora
destruirei essa sua idéia a meu
respeito. Minhas palavras serão um
golpe, após o que nada restará dessa
imagem de pai. Será justo que este
poderoso homem imaginário, porém
amado, seja destruído? Alan não será
muito frágil para sobreviver a esse
golpe? Novamente reuni a totalidade
das forças que pude encontrar em
mim, e balbuciei: “Alan, em breve eu
partirei. Não mais viverei aqui
contigo. Não mais morarei nesta
casa.”
O garoto me encarou com expressão
interrogativa. E começou a rir. Eu
esperava o que quer que fosse, menos
isso. Ele pensou que eu não estivesse
falando sério! Para ele o pai é a metade
tão natural, tão indispensável do
amado par, que não poderia ser sério
que esta metade pudesse afastar-se,
separando-se da outra metade. Que
eu me fosse, isso seria simplesmente
impossível. Esse dizer do pai só
poderia ser uma brincadeira.
“Alan, eu falo sério, isto não é uma
brincadeira. Eu compreendo, que você
de início não me acreditou, porque
você espera muito que eu não tenha
dito a verdade. Mas é verdade, Alan,
eu irei embora. Você ficará aqui com
a mamãe e com Clara. E eu não viverei
mais com você. Eu...”
Ele sente agora, que não se trata de
um conto imaginário, que eu digo a
pura verdade. Mas não pode aceitála. Ele subitamente perdeu a cor.
Pareceu tão pequenino, tão desprotegido, que eu senti como se todo
o aposento girasse ao meu redor.
“Destruí seu coração, sua alegria,
possivelmente sua capacidade de
amar e ser feliz”, pensei.
Alan deu um grito. Ele estendeu seus
pequenos braços, suas pequenas
mãos, e bateu-me dando um enorme,
longo, inumano grito, e depois de
bater-me várias vezes, saiu a correr em
prantos.
Fiquei ali em pé, sem conseguir
pensar, sem conseguir sentir. Nunca
imaginei que fosse possível sentir o
peso de tão grande infelicidade. Sentime o mais desprezível torturador de
todo o mundo. Não pude mais saber
quem eu era, o que devia fazer, para
onde se direcionaria o caminhar da
minha vida. “De fato eu quis isso?”
Perguntei-me a mim mesmo. Mas de
lugar nenhum surgiu qualquer
resposta.
De: TREZORO. LA ESPERANTA
NOVELARO. 1887-1986. Segundo
Volume. BUDAPEST, 1989, P.616619. Curso de Literatura “Voja”o en
Esperanto-Lando”, de Boris Kolker.
Tradução e Colaboração: Neusa
Priscotin Mendes
APERP – Associação PróEsperanto de Ribeirão Preto.
[email protected]
PEREGRINO - EDIÇÕES ANTERIORES
Estão disponíveis em nosso site, para download as edições de
2.003 e 2.004 do PEREGRINO no formato PDF, além de
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Ribeirão Preto - SP - Abril/2005
Peregrino
Informação, Cultura e Livre Expressão
11
Fator Extraterrestre – Jan Val
Ellam
Este é um livro único, o autor
apresenta nesta obra pontos que nos
fazem refletir sobre a origem da vida
em nosso planeta, o entendimento do
chamado “elo perdido” da gênese
humana, nosso isolamento cósmico,
abduções, entre outros assuntos
ligados a fatores extraterrestres que
sempre marcaram nossa existência.
Apoiado em fundamentos filosóficos, científicos e religiosos, traz
à razão os elementos necessários à
compreensão do momento atual e da
urgente construção da cidadania
planetária para que, no futuro,
possamos viver com outras
humanidades cósmicas.
Zian Editora Ltda.
Tel.: (11) 3999 0169
www.zianeditora.com.br
Tarô, Carma e Numerologia – Um
estudo para o código da alma – Nei
Naiff
Informática, Conceitos e
Aplicações – Marcelo Maçuda e
Pio Armando Benini Filho
Analise seu nome para diagnosticar os
problemas e talentos. Qual o propósito
da vida humana? O que devemos
aprender espiritualmente? O que é
carma? Qual a influência das vidas
passadas na atual encarnação? Perguntas como essas vêm sendo
indagadas e procuradas pela sociedade moderna. O autor põe à
disposição de todos os seus leitores a
técnica de análise cármica do nome
que permite a descoberta da missão
espiritual e da harmonia nos
relacionamentos afetivos, profissionais e sociais. Um método
inovador, prático e seguro. A melhor
auto-ajuda se faz por meio do
autoconhecimento!
Nova Era
Tel.: (21) 2585 2000
www.record.com.br
Indicado como material de apoio aos
cursos de informática e disciplinas
afins dos demais cursos. Pode ser
utilizado tanto por professores e
alunos como por profissionais de
todas as áreas, que necessitem adquirir
conhecimentos sobre informática.
Apresenta a importância da segurança
das informações, os fatores de risco,
acessos indevidos, segurança de
programas (vírus, worms, cavalos de
Tróia, etc...), rotina para proteção das
informações, segurança física, autenticação, criptografia, antivírus e
firewall.
Editora Érica Ltda.
Tel.: (11) 295 3066 / Fax: (11) 6197
4060
www.editoraerica.com.br
Meditação e Relaxamento – Felício
Bombonato Jr.
Esta obra tem por fim único ajudar o ser
humano a reencontrar dentro de si a sua
verdadeira essência, a sua identidade de
ser natural e assim poder instalar dentro
de si a sua natureza original, que é um
estado de quietude interior. Destina-se
também a pessoas que se encontram
enfermas, para que, ao ouvi-lo, tratem
também de serenar suas mentes, e assim
poder acelerar o processo de cura. É
composto de três faixas: Meditação
taoísta – Sentar com calma; Relaxamento
vitalizante e Prática para captação da
energia celeste.
Felício Bombonato Jr.
Tel.: (16) 624 1045
[email protected]
Espiritualização e Cidadania
Planetária – Jan Val Ellam
Depois de Percepção e Vida, Jan Val
Ellam lança mais algumas sementes
para a reflexão dos aspectos
filosóficos, históricos e espirituais
que marcaram a Humanidade e suas
equivocadas visões de mundo
através das épocas.
Zian Editora Ltda.
Tel.: (11) 3999 0169
www.zianeditora.com.br
Peregrino
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Ribeirão Preto - SP - Abril/2005
Informação, Cultura e Livre Expressão
Inteligências
Múltiplas
E
studos e pesquisas nas últimas
décadas têm modificado o
conceito de uma inteligência
única e geral para um conceito muito
mais abrangente que entende uma
variedade de inteligências que
Gardner e a equipe da Universidade
de Harvard descreveram como
Inteligências Múltiplas. Incluem
inicialmente dimensões: lógico /
matemática, verbal / lingüística,
musical, espacial, corporal /
sinestésica, interpessoal, intrapessoal.
Incluímos nesse artigo mais uma
inteligência: a naturalista, que consta
de seus últimos estudos, muito
importante neste momento planetário em que vivemos. Crianças
renascem com a missão de conservar
e melhorar o ambiente, plantas e
animais. Penso que para a futura
medicina essa sabedoria será
imprescindível para a cura de muitas
doenças e a solução para muitos
problemas.
Os cinco primeiros anos de vida são
fundamentais para um bom desenvolvimento, embora a estimulação
para o melhor desempenho ou
afloramento de novas habilidades
sempre obtenha ótimos resultados. É
mais ou menos como se praticássemos uma ginástica cerebral.
Os jogos despertam a curiosidade e
interesse das crianças e dos
adolescentes, sendo instrumentos
excelentes e valiosos principalmente
por seu caráter lúdico.
Todos temos talentos em potencial a
serem desenvolvidos.
A visão estreita que valoriza um
único padrão de inteligência está
ultrapassada e precisamos ousar
mais, apoiando e aprovando nossas
crianças quando demonstram dotes
artísticos ou habilidades não
cobradas no âmbito acadêmico,
como forma de estimulá-las a treinar
e aprimorar os seus talentos e como
forma eficaz de aumentar sua autoestima e individualização.
Os jogos ou atividades da coluna
“Estímulos”, podem ser utilizados de
acordo com a idade e a capacitação
da criança. Sem pressionar nunca, do
contrário, perde sua característica
motivacional e prazerosa. Aproveitar
algumas oportunidades comuns no
dia-a-dia e acrescentar essas
atividades enriquece a tarefa dos pais
e dos professores.
O desenvolvimento dessas habilidades tem como objetivo o
refinamento da Inteligência Emocional e da Inteligência Espiritual.
Pessoas com QE (quociente
emocional), se dão melhor nos
relacionamentos interpessoais
afetivos ou profissionais.
Lidam melhor com provocações e
criticas, geralmente saindo-se bem
nos contratempos e desafios da vida.
Conectando-nos com a sabedoria
Universal e com a sabedoria Divina
desenvolveremos virtudes morais,
entenderemos melhor a dinâmica
sublime que governa o planeta e a
vida de todos nós.
A criança que tem compreensão
espiritual entende melhor o
propósito da vida.
Reconhecendo nossa natureza
espiritual e divina podemos praticar
a religião que nos parece melhor e
animar nossos filhos a participarem.
Esse é o principio da Inteligência
Espiritual, que eleva o homem à
pratica do respeito às diferenças, da
fraternidade, solidariedade, esperança e fé no amor para a conquista
da paz.
Na próxima edição continuaremos
com o estudo detalhado das
Habilidades.
Denilde A. M. Lourenço
Pedagoga, Psicopedagoga,
Terapeuta e Pesquisadora dos
Florais Arco-Íris
[email protected]
O que é HUNA?
O ensinamento básico dos três
EUS.
Uma das partes mais importantes do
ensinamento antigo é que não somos
apenas uma mente, mas que somos
feitos com três mentes. O Kahuna
sabia disso há milhares de anos.
Possuíam um sistema psicológico e
de saúde mental, muito mais
desenvolvido até em comparação aos
dias atuais.
Em 1970, Milton Erickson, M.D.,
trouxe para o Ocidente a percepção
do nível de entendimento dos antigos
havaianos. Ele tinha quase um
completo entendimento da Mente
Consciente e da Mente Inconsciente
e suas funções.
A mente consciente: Muito tempo
antes do Dr. Erickson, os antigos
havaianos chamavam a mente
consciente, Uhane (Alma, um
espírito).
Primeiro, perceba que você não é
apenas uma Mente Consciente. A
Mente Consciente é a lógica,
razoável, parte racional de você – a
parte de você, que você conhece, e
chama “Eu” quando você diz, “Eu
penso... Eu sou... Eu faço... Eu
tenho…”
Os ensinamentos dos antigos do
Havaí dizia que havia uma Mente
Consciente, uma Mente Inconsciente
e uma Mente Consciente Superior.
Cada uma delas separada e distinta
das outras. A Mente Consciente
escondia da consciência uma Mente
Inconsciente, que tinha certas
funções específicas diferenciadas da
Mente Consciente. Mais longe,
havia, também escondida da Mente
Consciente, uma Mente Consciente
Superior que também tinha funções
muito específicas e que também era
distinta da Mente Consciente. A
Mente Consciente não podia
perceber também diretamente essas
mentes, exceto em certos estados de
consciência.
A mente inconsciente: O que
chamamos de Mente Inconsciente, os
antigos Kahunas chamavam,
Uhihipili. Se olharmos o significado
das palavras raízes que compõem a
palavra:
u: o centro de nossas emoções de
onde vêm os sentimentos; o elemento
mãe; o leite da vida;
ni: derramar um líquido;
hi: jogar longe com força qualquer
líquido da boca;
pili: tocar, juntar, associar-se com,
estar com, relação próxima.
A Mente Inconsciente é uma parte
muito importante de você. Pense
sobre isso apenas um momento. Eis
uma parte de você que faz seu corpo
correr, faz seu coração bater, faz o
sistema linfático circular, a
respiração continuar e muitas outras
coisas. Considere isto também. O
quanto você está ciente das várias
coisas que sua Mente Inconsciente
faz? Talvez o mais importante seja o
quanto você conhece a sua Mente
Inconsciente. Você considera sua
Mente Inconsciente como um amigo
próximo e confiável, ou você e sua
inconsciência são estranhos? Os
anciãos ensinavam que confiar e
conhecer a Mente Inconsciente é algo
muito importante.Qualquer que seja
sua relação com sua Mente
Inconsciente, você provavelmente
descobrirá que você é muito mais
próximo a ela do que imaginava.
Os anciões, os La’au Kahea (os
Kahunas que eram psicólogos),
postulavam que a Mente Inconsciente tinha certas funções, que
poderíamos chamar de Diretivas
Primordiais da Mente Inconsciente;
O Eu superior: Um grande Kahuna
disse que o gênero humano é
composto de uma parte material e
outra espiritual - o gênero humano é
feito igualmente de matéria e
espírito, como um ímã em que um
pólo é matéria e o outro espírito. Se
este é o caso, o todo do gênero
humano ainda não é bem conhecido
pela psicologia ocidental. O Kahuna
diz que também somos uma Mente
Consciente Superior. O termo usado
nos tempos antigos era Aumakua,
significando:
Au: Uma chama de fogo através do
ar, como um espírito; ou espírito;
seu, meu, espírito de outra pessoa.
Makua: Pais, mais velho, maturo.
Como é a relação entre as três mentes
dos homens e, como são elas conectadas? Este é um assunto para a nossa
próxima edição.
Nota: Tradução e adaptação livre
de José Roberto Ruiz e Mariza
Helena Ribeiro Facci Ruiz
Fonte: Huna.com

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