Festa da Padroeira e São Pedro Várias atividades Época Balnear

Transcrição

Festa da Padroeira e São Pedro Várias atividades Época Balnear
26
Unindo
Gerações
Congregação de Nª Srª da Caridade VIANA DO CASTELO
ANO IX | Nº 26 | OUTUBRO 2013
MENSAGEM DE UM IDOSO Se meu andar é hesitante e minhas
mãos trémulas, ampare-me...
Se minha audição não é boa e
tenho de me esforçar para ouvir
o que você está a dizer, procure
entender-me...
Se minha visão é imperfeita e o
meu entendimento é escasso,
ajude-me com paciência...
Se minhas mãos tremem e
derrubam comida na mesa ou no
chão, por favor não se irrite, tentei
fazer o melhor que pude...
Se me encontrar na rua, não faça
de conta que não me viu, pare para
conversar comigo, sinto-me tão
só...
Se na sua sensibilidade me vê triste
e só, simplesmente partilhe um
sorriso e seja solidário...
Se lhe contei pela terceira vez a
mesma “história” num só dia, não
me repreenda, simplesmente ouça...
Se me comporto como criança,
cerque-me de carinho...
Festa da Padroeira
e São Pedro
P [4]
Se estou com medo da morte
e tento negá-la, ajude-me na
preparação para o adeus...
Se estou doente e sou um peso
em sua vida, não me abandone, um
dia você terá a minha idade...
A única coisa que desejo neste
meu final da jornada, é um pouco
de respeito e de amor...
Passeio-Peregrinação
ao Santuário de Fátima
P [5]
Um pouco...
Do muito que te dei na vida !!!
(Autor desconhecido)
VISITE O NOSSO SITE
www.caridade-viana.com
Várias atividades
Época Balnear
P [6]
e
espaço da
direção
“
Como é grande a Congregação de Nossa
Senhora da Caridade…
Quando fui convidado para fazer parte dos Corpos Sociais desta Instituição
e, apesar de ter alguma experiência em
Instituições Particulares de Solidariedade Social, confesso que hesitei, pois
tinha a noção como era exigente esta
tarefa.
No entanto, após a tomada de posse e à
medida que fui conhecendo a enorme
dificuldade que no dia-a-dia é preciso
ultrapassar, fiquei entusiasmado com a
missão a desempenhar.
Lembro-me do primeiro dia em que
percorri as instalações do Lar na companhia do Presidente e da constatação de
como era grande toda a sua logística. A
cozinha, a lavandaria/rouparia, as enfermarias, as dezenas de quartos, salas
de banho, refeitórios, salas de convívio,
setor de saúde, gabinete de psicologia,
secretaria, oficinas, enfim um pequeno
mundo, que se destina a prestar serviços
diários a 150 Residentes, assegurados por
um grupo de cerca de 70 colaboradores.
2 Unindo Gerações
”
Para além do Lar que funciona no edifício-sede, a Congregação ainda gere uma
outra resposta social, a Creche Beija-Flor e uma Clínica de Medicina Física
e de Reabilitação, instaladas também no
centro da cidade, mas noutros edifícios
que pertencem à Congregação. A Creche
tem uma capacidade para 66 meninos
dos 3 meses aos 3 anos e tem 18 colaboradoras ao seu serviço. A Clínica presta
serviços de fisioterapia aos Residentes
do Lar e ao público em geral e conta com
a colaboração de 5 profissionais.
Pela grandeza da Instituição; pelos 150
idosos que nela residem; pelos 66 meninos que frequentam a Creche; pela
necessidade de manter o nível de satisfação a que estão habituados; pelas dificuldades que o país atravessa, a Direção,
de que tenho orgulho de fazer parte, está
coesa, motivada e empenhada em manter e, se possível, em melhorar a vida e
o bem-estar de todos aqueles que recorrem aos seus serviços.
Foi também com grande satisfação que
constatei a dedicação e espírito de missão, que a maioria dos colaboradores
põe no desempenho das suas tarefas.
São eles os principais responsáveis pelo
bem-estar e satisfação de todos os utentes e seus familiares.
José Barciela
O Vogal da Direção,
a
atividades
Atividades do
projeto envelhecer
com qualidade
Alguns dos nossos residentes são “clientes” assíduos deste projeto. É sempre uma
quarta-feira diferente em que saem da
Instituição. Aqui ficam as atividades em
que participaram:
•Sessões de cinema na Sede dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo;
•Bailes: Barroselas, Santa Marta, Vila
Franca, Residencial Bela Vila e Castelo
do Neiva;
•Ateliês: “quilling” flores (Vila Rosa),
pintura em azulejos (Museu de Artes
Decorativas);
•Hora do Conto, na Biblioteca Municipal;
Baile na Residencial Bela Vida
•Ação de sensibilização: como produzir sabão com óleo alimentar usado – no CMIA
Testemunhos
“Gosto de participar em tudo,
desde que esteja bem-disposta.
Gosto principalmente de ir aos
bailes, porque adoro dançar e
sinto-me bem.”
Fernanda Marques
“Adoro ir ao teatro porque
sempre foi uma ocupação
que gostava desde pequena.
Gosto de ver peças de teatro e
festivais de folclore. Aprecio
também as palestras na Vila
Rosa e os trabalhos manuais
no Museu do Traje.”
Ação de sensibilização: como produzir sabão com óleo alimentar usado – no CMIA
Idalina Tenedório
“O que mais gosto é de ir ao
cinema e aos bailes, é um
carinho que recebemos. Acho
que é um projeto que funciona
muito bem.”
Ateliê – pintura em Azulejo no Museu de Artes Decorativas
Fernando Nobre
Unindo Gerações 3
a
atividades
Atividades da
Instituição
29 de junho – Festa da
Padroeira e São Pedro
Decorreu no passado dia 29 de junho a
habitual e muito esperada Festa da Padroeira e São Pedro, num dia de muito
calor, que ficou ainda mais quente com o
convívio entre os participantes.
Após o almoço, com sardinha, caldo verde, sobremesas e bom vinho, seguiu-se
um longo período de variedades e animação, que começou com um grupo de
residentes a apresentarem uma marcha
popular, de seguida houve um momento
de representação teatral alusivo à diva
do fado, a senhora Amália Rodrigues.
Como já é habitual contamos, tanto
nos ensaios como no dia da festa, com
a presença do Sr. Leandro Matos e do Sr.
Agostinho Mendes. Este ano juntou-se
a estes dois amigos o Sr. Alberto Marinho com o seu cavaquinho. Este “trio”
animou todos os presentes com músicas
tradicionais transmitindo alegria, ânimo e boa disposição.
A encerrar as festividades, houve um
momento especial. Contamos, pela primeira vez, com a presença do Grupo de
Bombos “Os Amigos da Areia”, da Vila
de Darque. Foi uma atuação brilhante
que encheu de cor e som a nossa casa.
Bem-haja a todos pelo apoio e ajuda que
nos tem dispensado.
Seguiu-se a Escola de Folclore de Santa
Marta de Portuzelo que como já é habitual nos presenteou com uma fabulosa
atuação.
Marchas Populares – Grupo de Residentes
Escola de Folclore de Santa Marta de Portuzelo
Grupo de Bombos “Os Amigos da Areia”
Peça de Teatro – Homenagem a Amália Rodrigues
4 Unindo Gerações
8 e 9 de julho – Passeio-Peregrinação
ao Santuário de Fátima
À semelhança de anos anteriores, os
idosos tiveram a oportunidade de sair
da rotina do dia-a-dia e participar no
passeio-peregrinação a Fátima, uma iniciativa que apreciam bastante.
Foi no dia 8 de Julho que partiu um autocarro rumo ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima, com 28 residentes do
Lar de Idosos da Congregação de Nossa
Senhora da Caridade.
Nesse dia à noite, rezaram o terço na Capela das Aparições e puderam assistir à
Procissão de Velas no recinto do Santuário de Fátima.
Na manhã seguinte, foi celebrada missa, pelo nosso capelão Monsenhor Reis
Ribeiro, na nova Igreja da Santíssima
Trindade. O regresso aconteceu depois
do almoço.
Esta iniciativa contou com a colaboração
do presidente da Direção António Morgado, do tesoureiro Carlos Barbosa, da
enfermeira Ana Margarida Vaz, da psicóloga Diana Pereira, de duas auxiliares
de ação direta Isolina Lajinha e Patrícia
Sousa e do administrativo António Ferreira, que asseguraram a assistência aos
participantes.
Para o ano voltaremos a repetir.
26 de julho - Dia dos Avós
Inserido no XVII Festival de Folclore Internacional do Alto Minho, promovido
pela Viana Festas, recebemos na nossa
instituição no dia 28 de agosto o Grupo
de Folclore da Eslovénia.
Para além de assistirem à atuação deste grupo na nossa Instituição, da parte
da tarde os residentes deslocaram-se ao
Teatro Sá de Miranda onde assistiram à
gala sénior. Este ano viram a atuação dos
grupos da Eslovénia, Lituânia e Espanha.
Durante cerca de 2h, os mais velhos viram, sentiram e ouviram outras culturas, deixando-os maravilhados
28 de agosto - Gala Sénior
No dia 26 de Julho, um grupo de 12 idosos
do Lar da Caridade comemorou o Dia dos
Avós em Vila Nova de Cerveira, no Parque do Castelinho, num evento organizado pela Diocese de Viana do Castelo.
Foi um dia muito bem passado, onde não
faltou a animação. Este ano, alguns idosos do Lar interpretaram a música “Thriller” de Michael Jackson, o que surpreendeu e contagiou todos os presentes.
Unindo Gerações 5
a
atividades
Várias
Atividades
Junho 2013 - Sessões de relaxamento
Quintas-feiras à tarde (quinzenalmente) – Música ao vivo
Julho/agosto 2013 - Época balnear
Todo o Ano - Ginástica
Todo o Ano - Grupos de e Estimulação Cognitiva
Todo o Ano - Aulas de alfabetização
Todo o Ano - Ateliê de trabalhos manuais
Todo o Ano – Cuidar da imagem
6 Unindo Gerações
m
Aldina Moreira
Residente da Congregação de
Nossa Senhora da Caridade
momento dos
residentes
Este é o meu Tempo…
É o Tempo que me faz parar,
Participação na Festa de
São Pedro – Junho 2013
Este é o Tempo do silêncio.
É o tempo que choro e rio
E digo: não tenho tempo!
Passeio a São Silvestre em
Cardielos – Setembro 2012
É o tempo que faço e desfaço
E grito: preciso ter Tempo!
É neste Tempo,
Que uno as margens do Tempo
Baile de Halloween –
Outubro 2012
E vivo a alegria da Salvação!
Atividade Intergeracional na Creche Beija-Flor
- Maio 2011
Unindo Gerações 7
m
momento dos
colaboradores
Ajudantes de
Ação Direta
Alguns dos elementos dessa equipa.
Pediram-nos que escrevêssemos umas
palavras para serem publicadas no Boletim do nosso Lar!
Que grande responsabilidade nos criaram! Dizer, no pequeno espaço que nos
cedem, tudo aquilo que fazemos, não é
fácil.
Com efeito, esta profissão é extremamente complexa, porque o seu alvo é o
ser humano.
Por nós, tem de ser trabalhado e apoiado
em duas vertentes:
- Uma, física em que se proporciona às
pessoas todo o tipo de cuidados de vida
diária;
- Outra, psicológica em que nós, apesar
das nossas vidas pessoais e dos problemas inerentes, temos de estar disponíveis
para ouvir e ajudar a ultrapassar mágoas e
angústias daqueles que não encontrando
respostas dignas no sítio onde vivem, têm
que vir residir para o Lar.
8 Unindo Gerações
Somos nós que lavamos, vestimos, damos de comer a quem não é autónomo.
Somos nós que deitamos, mudamos as
fraldas, fazemos as camas, arrumamos
os quartos e as roupas. Somos nós que
vigiamos a integridade física de quem
está aos nossos cuidados. Somos nós
que damos as boas noites e os bons dias.
Muitas vezes temos de ser os olhos, os
ouvidos, a boca, as mãos, os pés e a cabeça de quem servimos. Trabalhar num
Lar de idosos significa, quase sempre,
ser tudo isto.
Ninguém, por muitos cursos de geriatria
que tenha e por muito bom profissional
que seja, consegue ser um bom AAD, se
não estiver cheio de humanidade, de espírito de sacrifício e de amor pelos outros.
É da qualidade dos nossos serviços que
muitas vezes se faz a avaliação positiva
ou negativa de um Lar.
Somos nós, como alguém dizia – que
damos a cara pelo nosso Lar!
A equipa efetiva das Ajudantes de Ação
Direta é composta por 29 elementos:
Ana Maria Peixoto, Ana Montenegro Lopes, Ana Paula Santos Silva, Carla Sónia
Lima, Cristina Campainha, Fernanda
Brito, Florbela Monteiro, Graça Carvalho, Isolina Lajinha, Lígia Baptista, Maria Antonieta Peres, Maria Aurora Silva,
Maria Celeste Felgueiras, Maria Cristina
Vaz, Maria da Conceição Ferreira, Maria de Fátima Martins, Maria de Lurdes
Couteiro, Maria do Carmo Parente, Maria dos Prazeres Ribeiro, Maria Isabel
Fernandes, Maria Isabel Couteiro, Maria
Vitória Passos, Matilde Pinto, Olga Jaco,
Patrícia Sousa, Patrícia Ribeiro (acumula funções de chefe de setor), Raquel
Castro, Susana Martins, Vanda Gonçalves. Média de idades 47 Anos.
m
momento dos
colaboradores
Estágios
Estágio do curso profissional de animação Sociocultural da Escola Secundária
de Monserrate decorrido no período de
27 de maio a 5 de julho.
Soraia Coelho e Daniela Ferreira
Estagiárias do Curso Profissional de Animador
Sociocultural da Escola Secundária de
Monserrate
Somos alunas do Curso Profissional de
Animador Sociocultural da Escola Secundária de Monserrate e encontramo-nos no último ano do nosso curso. Para
completar o último ano de estágio decidimos realizar a Formação em Contexto
de Trabalho no Lar da Congregação da
Nossa Senhora da Caridade. Ao longo do tempo que permanecemos
no Lar, aprendemos muito com os idosos e eles connosco, eles faziam com
que nos sentíssemos à vontade tanto na
realização das nossas atividades como
noutro tipo de tarefas. Todas as pessoas foram importantes para nós, desde os
idosos, as ajudantes de ação direta, elementos da Direção, a Doutora Diana que
nos ajudou bastante, entre outros.
Ficamos muito satisfeitas com a nossa
escolha de FCT, após termos concluído, o
balanço que fazemos é positivo. Todos os
dias que estivemos na Instituição foram
fundamentais para o nosso crescimento a
nível pessoal, social e profissional.
Acolhimento
Novos Residentes:
Residentes Falecidos:
07/2013 – Rosa Joaquina Baptista Antanôa da Silva
07/2013 – Manuel das Dores de Araújo Rocha Dias
08/2013- Rosa Pires Gomes do Rego
07/2013- Maria Alice Rodrigues Pereira
08/2013- Firmina Afonso Sargento
08/2013- Maria da Conceição Sousa Morais Antas
09/2013- Amadeu Meira de Sá
08/2013- Maria Gonçalves
09/2013- Maria Júlia Martins Moreira Jorge
08/2013- Maria dos Prazeres Pires Costa
09/2013- Júlia Pereira da Costa Fernandes
09/2013- Lucinda Rocha de Sá
Saídas:
03/2013 – Teresa do Menino Jesus Barbosa Pereira
Unindo Gerações 9
s
saúde e
bem-estar
Paulo Portela
Professor de Educação Física
Responsável pela Educação Física
Gerontológica da CNSC
Há ginástica?
Sendo esta a primeira vez que tenho a
oportunidade de apresentar este serviço
prestado à comunidade da Congregação
da Nossa Senhora da Caridade gostaria
de me referir ao seu conteúdo, forma
e dinâmica em que ocorrem estes momentos de “ginástica”. Em primeiro refiro-me à “ginástica” usando aspas pois
na verdade as aulas consistem em atividades de mobilização articular, força e
coordenação que permitam aos utentes desta Instituição a realização, tanto
quanto possível, de atividades de vida
diária (AVD) em autonomia, mantendo
desta forma um grau de independência
na realização das suas rotinas. São atividades realizadas de acordo com as possibilidades dos seus aderentes, tendo
em conta as limitações na mobilidade,
força geral e coordenação. Visam assim,
proporcionar um conjunto de exercícios
realizados na forma sentada dado que a
segurança dos utentes prevalece sobre
os eventuais ganhos com outro tipo de
atividades, muitas vezes divulgadas nos
média, mas que nem sempre se ajustam
às realidades que nos surgem em sujeitos institucionalizados. Assim, dentro
da grande heterogeneidade do grupo
procura-se encontrar um leque de movimentos que na sua natureza estimulem as estruturas funcionais e permi-
10 Unindo Gerações
tam manter a mobilidade e, por vezes,
ganhar mobilidade em membros que
não eram solicitados, consequentemente ficavam limitados de mobilidade. A
máxima inglesa da gerontomotricidade
explica: “If you don’t use it, you loose it”,
traduzindo, “se não usas, perdes”, explicando a necessidade de manter a mobilidade.
Esta atividade ocorre duas vezes por semana durante uma hora, onde sentados
em roda se vão realizando movimentos
que fora deste local não seriam bem
compreendidos. A “ginástica do antigamente” na maioria dos utentes era o trabalho, não tendo eles sido contemplados
com as novas metodologias da educação
física, evidenciando dificuldades na perceção e realização de tarefas simples. A
boa disposição é um fator de destaque,
havendo sempre momentos onde a diversão prevalece como forma de criar um
clima amigável. As tarefas são realizadas
sempre precedidas da chamada, onde é
registada a presença, e acompanhadas
com música que lhes trazem memórias
de tempos passados. No final da aula
alguns exercícios de retorna à calma e
o “grito de guerra” servem para dar por
término à sessão e deixar os utentes com
vontade de repetir a aula, agendando a
sessão seguinte.
Frequentemente são levantadas questões sobre hábitos saudáveis e, dentro
das limitações, se vão respondendo
às questões, congratulando-me com a
curiosidade e atenção dos utentes. Esses momentos de informação, leva a que
uma frase seja constantemente repetida
para meu regozijo pessoal que aqui partilho: “Você é um mestre! É pena que
não seja duas vezes por semana!” e em
côro já lhe vão respondendo: “E é!”
E quando é a próxima aula?
Saio feliz.
c
creche
beija-flor
Início do Ano Letivo 2013/2014
Foi o momento de:
•Conhecermos as crianças e as famílias;
•Aprender, experimentar e traçar caminhos;
•Fazer e refazer documentos…
Iremos TRABALHAR EM EQUIPA, em parcerias com outros contextos educativos…
Vamos transformar os momentos menos positivos em momentos de aprendizagem… e será tudo mais fácil!
Continuação de Bom Ano Letivo!
BEM VINDOS À CRECHE BEIJA-FLOR
Porque tiveste que o fazer,
Porque pensaste em nós,
Porque pões nas nossas mãos
O mais precioso que deste à vida.
Porque te dói a alma
Quando pela primeira vez o deixas…
E te olha com esses olhinhos fixos.
Porque sabemos o que sentes…
Vamos tentar que estas horas na creche
Aquietem todas as tuas ansiedades.
Superem as tuas expectativas e muito, muito
Mais importante que isto…
Que consigamos, entre todos,
Que seja uma criança feliz!
Bem-haja pela confiança!
Bem-haja por nos darem
Esta oportunidade!
Unindo Gerações 11
d
momento da
diretora
“
Arlete Cortez
Diretora do Lar
Aqui encontraram gente
que lhes proporcionou uma
vida digna e equilibrada...
Em Agosto do corrente ano, morreu a
Maria Gonçalves, que por todos era conhecida como a Maria Pequena, dada
a sua estatura, bem aquém do metro e
meio.
Franzina e despachada, “não levava desaforos para casa”! Se lhe perguntavam
alguma coisa ela retorquia zangada, sem
motivo para tal, dando respostas recheadas de palavrões.
Ela era assim, espontânea e atrevida, de
uma abertura total, que punha tudo a
nu, contando minuciosamente algumas
passagens da sua vida. Quem corava, era
quem a ouvia.
Veio para cá com 22 anos, na companhia
da mãe e dos irmãos. Eram pessoas da
“ribeira”, de origem humilde e com problemas de saúde. Todos morreram relativamente novos. A Maria tinha 64 anos.
Veio para cá menina e apesar dos anos
que passaram, continuámos a vê-la
como tal. Sempre pensámos que ela iria
durar muitos mais anos, mas o mal que a
afetou e que a tornou totalmente dependente, passou-nos uma rasteira.
A Maria é um dos muitos casos de jovens
que foram obrigados a “asilarem-se”
numa Instituição. Sem oportunidade de
viverem num ambiente adequado, com
o amor e o apoio de uma família, tiveram que vir para um Lar de Idosos para
terem direitos! Aqui encontraram gente
que lhes proporcionou uma vida digna
e equilibrada, onde não lhes faltaram os
bens essenciais. Contudo, faltou-lhes o
principal! Uma vida própria, o amor dos
pais e dos outros familiares, os amigos
da adolescência, a escola, os colegas da
rua, os namoricos, as brincadeiras das
“escondidas”, do ”mata”, da “macaca” e
do “lencinho”. Brincadeiras simples e divertidas que se faziam ao ar livre e que
dispensavam altas tecnologias e gastos
supérfluos, mas que juntavam meninos
e meninas para se divertirem, fortalecendo amizades futuras.
”
Lembro-me com saudade da Angelina
Lima, do Quim Pinho, do seu irmão Zé,
do José da Silva, do Joaquim da Fonte,
do Toninho e de tantos outros. A família ou porque não queria ou porque não
pôde, deixou-os para trás e não lhes deu
o direito de crescerem num ambiente
normal.
Desse grupo numeroso de Residentes
só nos resta o José Correia, a quem chamamos Zé de S. Pedro. É, nesta Casa, o
último sobrevivente de uma geração de
jovens que foi sacrificada pela miséria,
pela falta de amor, pela vergonha e por
toda uma sociedade que em tempos passados discriminava e queria esconder
aqueles que tinham nascido diferentes.
Lembrando a Maria, evoco todos os outros que um dia fizeram parte da nossa
vida e da história desta Instituição.
Esses nossos “meninos” nem isso tiveram. Ficaram indelevelmente marcados
por uma institucionalização e foram
obrigados a crescer à força, entre adultos, com a rigidez das normas de outros
tempos. Não usufruíram de uma estimulação precoce em devido tempo e
perderam para sempre algumas das suas
possíveis capacidades.
ficha técnica
Propriedade e Administração
Congregação de Nª Srª da Caridade Viana do Castelo
Unindo Gerações
ANO VIII | Nº 26 | Outubro de 2013
Design
Rui Carvalho
Rua dos Bombeiros | 4900-533 Viana do Castelo
Tel. 258 808 010 | Fax 258 808 019
E-mail:[email protected]
Director
António José Morgado
Impressão
Tipografia Viúva José de
Sousa, Filhos, Lda
12 Unindo Gerações
Tiragem
250 exemplares

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