Inovação - AIMinho

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Inovação - AIMinho
CADERNOS TÉCNICOS
• Inovação
AIMinho
Associação Industrial do Minho
CADERNOS TÉCNICOS
• Inovação
AIMinho
Associação Industrial do Minho
caderno técnico · Inovação
2
ÍNDICE
1. Introdução ao conceito de inovação, sistema de inovação e processo de inovação
Parte I – Conceito de inovação, sistema de inovação e processo de inovação
1. Conceito de inovação.................................................................................................4
2. Sistema de inovação ..................................................................................................5
3. Processo de inovação ..............................................................................................10
Parte II – Apoio ao fomento da inovação empresarial na região do Minho
1. Objectivos .................................................................................................................13
2. Actividades ...............................................................................................................13
3. Principais resultados................................................................................................14
2. Inovação nos produtos, processos e organizações
Parte I – Visão geral da inovação
1. Risco de inovar .........................................................................................................17
2. Risco de não inovar..................................................................................................17
3. Motivações para inovar............................................................................................17
Parte II – Caracterização geral da inovação
1. Tipos de inovação ....................................................................................................18
2. Natureza da inovação ..............................................................................................18
3. Classes da inovação .................................................................................................18
4. Exemplos..................................................................................................................18
3. Gestão da inovação
1. Como gerar ideias....................................................................................................20
2. Fazes do processo de inovação ..............................................................................26
3. Inovação nas empresas...........................................................................................26
4. Inovação e qualidade
1. Inovação e qualidade – considerações gerais ........................................................30
2. Inovação baseada em processos.............................................................................33
3. Inovação centrada nos clientes ...............................................................................35
4. Inovação suportada pelos colaboradores...............................................................37
5. Inovação inspirada noutras organizações ..............................................................39
1. Introdução ao conceito de inovação,
sistema de inovação e processo de inovação
PARTE I
INTRODUÇÃO AO CONCEITO DE INOVAÇÃO,
SISTEMA DE INOVAÇÃO E PROCESSO DE INOVAÇÃO
1. Conceito de inovação
2. Sistema de inovação
3. Processo de inovação
PARTE II
APOIO AO FOMENTO DA INOVAÇÃO EMPRESARIAL
NA REGIÃO DO MINHO
1. Objectivos
2. Actividades
3. Principais resultados
caderno técnico · Inovação
3
INTRODUÇÃO AO CONCEITO DE INOVAÇÃO, SISTEMA DE INOVAÇÃO E PROCESSO DE INOVAÇÃO
caderno técnico · Inovação
4
Inovação é:
. Algo de “revolucionário” que pelas suas características/atributos torna obsoletas as soluções anteriormente existentes.
INOVAÇÃO é sinónimo de produzir, assimilar
e explorar com êxito a novidade, nos domínios
económico e social.
. Introdução de novos processos, conceitos ou produtos,
que melhor satisfaçam os clientes (externos ou internos).
. Identificação permanente de novas necessidades, possuindo
simultaneamente a capacidade para a sua materialização,
quer sejam produtos ou métodos.
. Todo o novo procedimento / mecanismo capaz de aumentar
a eficácia de processos já existentes ou processos
completamente novos.
. Todo o processo que mobilize a organização numa
transformação quantitativa, que produzirá resultados
visíveis de efeitos benéficos.
. Movimento gerador de ideias que levem à criação, de
forma gradual ou radical, de “coisas” novas, como novos
produtos, processos ou negócios.
1.
Inovar é assim:
. renovar e alargar a gama de produtos e serviços e dos
mercados associados;
. criar novos métodos de produção, de aprovisionamento
e de distribuição;
. introduzir alterações na gestão, na organização do trabalho
e nas condições de trabalho, bem como nas qualificações
dos trabalhadores.
Livro Verde sobre a Inovação, Comissão Europeia, 1996
Conceito de inovação | NATUREZA DA INOVAÇÃO
INCREMENTAL
DISTINTIVA
REVOLUCIONÁRIA
PRODUTO
Texto simulado Texto simulado de trabalho, bem como nas
qualificações dos trabalhadores. Texto simulado dições de
trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto simulado
dições de trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto
simulado dições de trabalho, bem como nas qualificações dos
tra.
PROCESSO
PROCEDIMENTO/
MÉTODO
Tipicamente as empresas evoluem no mapa da inovação da direita para
a esquerda e de cima para baixo.
Adriano Freire, 1997
INCREMENTAL
DISTINTIVA
REVOLUCIONÁRIA
PRODUTO
Desenvolvimento
PROCESSO
Gestão
da qualidade
total
Investigação
Reengenharia
PROCEDIMENTO/
MÉTODO
Cada via de inovação tem um posicionamento distinto.
Adriano Freire, 1997
Texto simulado Texto simulado de trabalho, bem como nas
qualificações dos trabalhadores. Texto simulado dições de
trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto simulado
dições de trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto
simulado dições de trabalho, bem como nas qualificações dos
tra.
Sistema de inovação
5
caderno técnico · Inovação
2.
Fornecedores
de Equipamento
Fornecedores
de Materiais
Empresas
Parceiras
Auditores e
Consultores
Recursos
Humanos
Empresas
Concorrentes
Estrutura
Produtiva
Estrutura
Comercial
Estrutura
Organizativa
Estrutura
Financeira
Ciências e
Tecnologia
EMPRESA
Investidores
Legisladores
Mercado
Profissional
Mercado
Clientes
Texto simulado Texto simulado de trabalho, bem como nas
qualificações dos trabalhadores. Texto simulado dições de
trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto simulado
dições de trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto
simulado dições de trabalho.
Texto simulado Texto simulado de trabalho, bem como nas
qualificações dos trabalhadores. Texto simulado dições de
trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto simulado
dições de trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto
simulado dições de trabalho.
Sistema de inovação
caderno técnico · Inovação
6
Recursos
Humanos
novas tecnologias e processos
fornecedores
de equipamento
novas ideias, modernização
Estrutura
Produtiva
Estrutura
Comercial
Estrutura
Organizativa
Estrutura
Financeira
EMPRESA
Texto simulado Texto simulado de trabalho, bem como nas
qualificações dos trabalhadores. Texto simulado dições de
trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto simulado
dições de trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto
simulado dições de trabalho.
Recursos
Humanos
materiais
fornecedores
de materiais
requisitos
(materiais e logísticos)
Estrutura
Produtiva
Estrutura
Comercial
Estrutura
Organizativa
Estrutura
Financeira
EMPRESA
Texto simulado Texto simulado de trabalho, bem como nas
qualificações dos trabalhadores. Texto simulado dições de
trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto simulado
dições de trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto
simulado dições de trabalho.
caderno técnico · Inovação
7
Recursos
Humanos
recursos humanos
mercado
profissional
oportunidades de carreira
Estrutura
Produtiva
Estrutura
Comercial
Estrutura
Organizativa
Estrutura
Financeira
EMPRESA
Texto simulado Texto simulado de trabalho, bem como nas
qualificações dos trabalhadores. Texto simulado dições de
trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto simulado
dições de trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto
simulado dições de trabalho.
Recursos
Humanos
novas ideias, soluções
ciência &
tecnologia
problemas, intenções
Estrutura
Produtiva
Estrutura
Comercial
Estrutura
Organizativa
Estrutura
Financeira
EMPRESA
Texto simulado Texto simulado de trabalho, bem como nas
qualificações dos trabalhadores. Texto simulado dições de
trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto simulado
dições de trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto
simulado dições de trabalho.
caderno técnico · Inovação
8
Recursos
Humanos
empresas
parceiras
aproveitamento de
oportunidades conjuntas
Estrutura
Produtiva
Estrutura
Comercial
Estrutura
Organizativa
Estrutura
Financeira
EMPRESA
Texto simulado Texto simulado de trabalho, bem como nas
qualificações dos trabalhadores. Texto simulado dições de
trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto simulado
dições de trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto
simulado dições de trabalho.
Recursos
Humanos
materiais
fornecedores
de materiais
requisitos
(materiais e logísticos)
Estrutura
Produtiva
Estrutura
Comercial
Estrutura
Organizativa
Estrutura
Financeira
EMPRESA
Texto simulado Texto simulado de trabalho, bem como nas
qualificações dos trabalhadores. Texto simulado dições de
trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto simulado
dições de trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto
simulado dições de trabalho.
caderno técnico · Inovação
9
Recursos
Humanos
soluções, recomendações
consultores
problemas, projectos
Estrutura
Produtiva
Estrutura
Comercial
Estrutura
Organizativa
Estrutura
Financeira
EMPRESA
Texto simulado Texto simulado de trabalho, bem como nas
qualificações dos trabalhadores. Texto simulado dições de
trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto simulado
dições de trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto
simulado dições de trabalho.
Recursos
Humanos
empresas
parceiras
aproveitamento de
oportunidades conjuntas
Estrutura
Produtiva
Estrutura
Comercial
Estrutura
Organizativa
Estrutura
Financeira
EMPRESA
3.
Processo de inovação
caderno técnico · Inovação
10
OBSERVAÇÃO
DEFINIÇÃO DE
UMA ESTRATÉGIA
FINANCIAMENTO
IMPLEMENTAÇÃO
EXPLORAÇÃO
OBSERVAÇÃO
DEFINIÇÃO DE
UMA ESTRATÉGIA
FINANCIAMENTO
IMPLEMENTAÇÃO
EXPLORAÇÃO
FASE 1 . OBSERVAÇÃO
. Análise das tecnologias, do mercado e do ambiente
. Levantamento das necessidades / oportunidades de Inovação
. Procura de possíveis soluções / desenvolvimento das ideias
Texto simulado Texto simulado de trabalho, bem como nas
qualificações dos trabalhadores. Texto simulado dições de
trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto simulado
dições de trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto
simulado dições de trabalho.
Texto simulado Texto simulado de trabalho, bem como nas
qualificações dos trabalhadores. Texto simulado dições de
trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto simulado
dições de trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto
simulado dições de trabalho.
Processo de inovação
OBSERVAÇÃO
caderno técnico · Inovação
DEFINIÇÃO DE
UMA ESTRATÉGIA
11
FINANCIAMENTO
IMPLEMENTAÇÃO
EXPLORAÇÃO
FASE 2 . DEFINIÇÃO DE UMA ESTRATÉGIA
. Avaliação da posição estratégica
. Formulação de estratégias
. Definição de uma calendarização
Texto simulado Texto simulado de trabalho, bem como nas
qualificações dos trabalhadores. Texto simulado dições de
trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto simulado
dições de trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto
simulado dições de trabalho.
OBSERVAÇÃO
DEFINIÇÃO DE
UMA ESTRATÉGIA
Texto simulado Texto simulado de trabalho, bem como nas
qualificações dos trabalhadores. Texto simulado dições de
trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto simulado
dições de trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto
simulado dições de trabalho.
FINANCIAMENTO
IMPLEMENTAÇÃO
EXPLORAÇÃO
FASE 3 . FINANCIAMENTO
. Análise das tecnologias, do mercado e do ambiente
. Levantamento das necessidades / oportunidades de Inovação
. Procura de possíveis soluções / desenvolvimento das ideias
Texto simulado Texto simulado de trabalho, bem como nas
qualificações dos trabalhadores. Texto simulado dições de
trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto simulado
dições de trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto
simulado dições de trabalho.
Texto simulado Texto simulado de trabalho, bem como nas
qualificações dos trabalhadores. Texto simulado dições de
trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto simulado
dições de trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto
simulado dições de trabalho.
Processo de inovação
caderno técnico · Inovação
12
OBSERVAÇÃO
DEFINIÇÃO DE
UMA ESTRATÉGIA
FINANCIAMENTO
IMPLEMENTAÇÃO
EXPLORAÇÃO
FASE 4 . IMPLEMENTAÇÃO
. Planeamento da implementação
. Organização da estrutura de gestão do(s) projecto(s)
. Iniciação do(s) projecto(s)
Texto simulado Texto simulado de trabalho, bem como nas
qualificações dos trabalhadores. Texto simulado dições de
trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto simulado
dições de trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto
simulado dições de trabalho.
OBSERVAÇÃO
DEFINIÇÃO DE
UMA ESTRATÉGIA
Texto simulado Texto simulado de trabalho, bem como nas
qualificações dos trabalhadores. Texto simulado dições de
trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto simulado
dições de trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto
simulado dições de trabalho.
FINANCIAMENTO
IMPLEMENTAÇÃO
EXPLORAÇÃO
FASE 5 . EXPLORAÇÃO
. Tomada de decisões sobre os métodos de exploração
. Obtenção de patentes (se aplicável)
. Formalização de parcerias adequadas
. Finalização de contratos
Texto simulado Texto simulado de trabalho, bem como nas
qualificações dos trabalhadores. Texto simulado dições de
trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto simulado
dições de trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto
simulado dições de trabalho.
Texto simulado Texto simulado de trabalho, bem como nas
qualificações dos trabalhadores. Texto simulado dições de
trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto simulado
dições de trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto
simulado dições de trabalho.
1. Objectivos
2. Actividades
I)
1. Recolha de informações actualizadas sobre inovação na
Região
Caracterizar a situação actual no que respeita à inovação
nas empresas na Região do Minho, tendo em atenção o:
. contexto da Região e do País e a realidade internacional,
em que se inserem;
. posicionamento geral face à inovação.
II)
Sensibilizar as empresas da Região do Minho para questões
essenciais ligadas à inovação, nomeadamente no que respeita
a:
. inovação nos produtos, processos e organizações;
. gestão da inovação;
. inovação e qualidade.
Identificar, na Região do Minho, boas práticas no domínio
da inovação empresarial, nomeadamente no que respeita a:
2. Realização de workshops:
. Inovação nos Produtos, Processos e Organizações;
. Gestão da Inovação;
. Inovação e Qualidade.
3. Identificação e disseminação de casos de inovação de sucesso
4. Dinamização de parcerias empresariais focadas na Inovação
5. Disseminação boas práticas de inovação junto da comunidade
empresarial da Região
III)
. geração de ideias inovadoras;
. selecção de ideias inovadoras;
. implementação de ideias inovadoras.
IV)
Disseminar, na Região do Minho, boas práticas no domínio
da inovação empresarial, nomeadamente no que respeita a:
. constituição de grupos de empresas com objectivos comuns
no âmbito da inovação;
. desenvolvimento de projectos de inovação com carácter
demonstrativo.
V)
Disseminar, junto de toda a comunidade empresarial da
Região do Minho, boas práticas no domínio da inovação empresarial, através da:
. divulgação de informação sobre inovação empresarial na
Região;
. disponibilização de conteúdos electrónicos sobre inovação
empresarial na Região.
3. Principais resultados
1. Desenvolver conhecimentos no domínio da gestão de
inovação, nas empresas participantes;
2. Desenvolver referências de suporte ao fomento da inovação
empresarial;
3. Dinamizar parcerias no domínio da inovação empresarial,
através de actividades de grupo.
13
caderno técnico · Inovação
2. Apoio ao Fomento da Inovação Empresarial
na Região do Minho
3.
Principais resultados – Parcerias
caderno técnico · Inovação
14
FORNECEDORES
A SUA EMPRESA
FORNECEDORES
FORNECEDORES
FORNECEDORES
CLIENTES
CLIENTES
CLIENTES
A SUA EMPRESA
CLIENTES
caderno técnico · Inovação
15
MERCADO COMUM – CONCORRENTES
MERCADO
CONCORRENTES
A SUA EMPRESA
CONCORRENTES
FORNECEDORES
MERCADO COMUM – NÃO CONCORRENTES
MERCADO
NÃO CONCORRENTES
A SUA EMPRESA
FORNECEDORES
NÃO CONCORRENTES
Inovação nos produtos, processos e organizações
caderno técnico · Inovação
16
PARTE I
VISÃO GERAL DA INOVAÇÃO
. Risco de inovar
. Risco de não inovar
. Motivações para inovar
PARTE II
CARACTERIZAÇÃO GERAL DA INOVAÇÃO
. Tipos de Inovação
. Natureza da inovação
. Classes da inovação
. Exemplos
Geral da Inovação
17
Riscos de inovar:
Riscos de não inovar:
. O produto não satisfazer as necessidades do cliente, não
sendo por isso aceite pelo mercado ou sendo-o dificilmente;
“As companhias prestam muita atenção ao custo de fazer alguma
coisa. Deviam preocupar-se mais com os custos de não fazer nada.”
Philip Kotler, especialista de marketing
. A inovação implicar elevados investimentos que podem não
ser rentabilizados ao longo do ciclo de vida do produto;
“Nesta empresa você será despedido por não cometer erros.”
Steven Ross, CEO da Time Warner
. Verificar-se incapacidade para implantar a inovação;
. A concorrência aproveitar a inovação, fazendo benchmarking
e desenvolvendo rapidamente uma imitação de uma forma
mais eficiente ou que ultrapasse a inovação inicial pela
incorporação de alguns elementos distintivos;
. Existir escassez de meios financeiros para tornar efectiva a
ideia inovadora;
. A obsolência dos produtos/serviços tornando-os desajustados
do mercado;
. A diminuição da rentabilidade, com a:
- Redução do valor dos produtos/serviços;
- Diminuição das receitas;
. A perda de imagem da empresa e dos produtos;
. Assumir um risco demasiado elevado que leve os financiadores
do projecto a exigir uma remuneração superior, difícil de
satisfazer;
. A perda de competitividade (e.g. custos de produção superior);
. Ser ultrapassado por parceiros quando a inovação é feita em
parceria/risco de transferência de know-how;
. A perda de oportunidades de negócio;
. A empresa tornar-se dependente do novo produto;
. Criar-se uma concentração excessiva de recursos e atenções
no novo produto, em detrimento da qualidade e da comercialização dos produtos já existentes.
. A perda de posição e quota de mercado;
. Não acompanhamento dos padrões tecnológicos/ equipamentos e tecnologias obsoletos;
. A redução do ciclo de vida expectável para o produto.
Motivações para inovar:
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
O aumento dos lucros/margens;
A diversificação de produtos;
A diferenciação de produtos;
A satisfação das necessidades dos consumidores,
nomeadamente as emergentes;
A fidelização do cliente;
A manutenção ou aumento da quota de mercado;
A manutenção de uma posição estratégica no mercado;
O aproveitamento de novas oportunidades de negócio;
A criação de mercados;
A personalização do serviço;
. O reforço da capacidade competitiva no mercado
(e.g. redução de custos de produção);
. O aproveitamento de economias de escala;
. O aproveitamento de sinergias
(e.g. gama de produtos, tecnologias, estrutura comercial);
. A melhoria da qualidade dos produtos;
. A melhoria dos processos de fabrico;
. A modernização tecnológica;
. A minimização da erosão do negócio;
. O reforço da imagem no mercado;
. A protecção contra os ciclos económicos.
caderno técnico · Inovação
1. Visão
caderno técnico · Inovação
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2.
Caracterização Geral da Inovação
Tipos de inovação | Exemplos
.
.
.
.
.
.
.
.
.
Inovação de conceito
Inovação de processo
Criação de marca
Aperfeiçoamento gradual
Reorganização tecnológica
Reformulação
Inovação de serviço
Inovação de design
Inovação de embalagem
INOVAÇÃO DE CONCEITO
Telefone celular
Via verde
INOVAÇÃO DE PROCESSO
Banco 7
Shopping Direct
CRIAÇÃO DE MARCA
Jeep
Visa
APERFEIÇOAMENTO GRADUAL
Normas ISO 9000
Escova de dentes
REORGANIZAÇÃO TECNOLÓGICA
Mimo TMN
Iogurte c/ pedaços
REFORMULAÇÃO
Pilhas Duracell
SKIP tablets
INOVAÇÃO DE SERVIÇO
Loja do Cidadão
Linha Atlântico
INOVAÇÃO DE DESIGN
Vista Alegre
Swatch
INOVAÇÃO DE EMBALAGEM
Coca-Cola
Mateus Rosé
INOVAÇÃO DE PRODUTO
Walkman
Tamagotchi
INOVAÇÃO DE PROCESSO
Código de barras
Mimo TMN
INOVAÇÃO DE PROCEDIMENTO
Normas ISO 9000
Shopping Direct
Classes da inovação
. Incremental
. Distintiva
. Revolucionária
Natureza da inovação
. Inovação de produto
. Inovação de processo
. Inovação de procedimento
INCREMENTAL
PRODUTO
Escova de dentes
Pilhas Duracell
SKIP tablets
PROCESSO
PROCEDIMENTO/
MÉTODO
Normas ISO 9000
DISTINTIVA
REVOLUCIONÁRIA
Tamagoschi
Coca-Cola
Swatch
Vista Alegre
Escova de dentes
Pilhas Duracell
SKIP tablets
Mimo TMN
Banco 7
Código de barras
Shopping Direct
Via Verde
Texto simulado Texto simulado de trabalho, bem como nas
qualificações dos trabalhadores. Texto simulado dições de
trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto simulado
dições de trabalho, bem como nas qualificações dos traTexto
simulado dições de trabalho, bem como nas qualificações dos
tra. Texto simulado Texto simulado de trabalho, bem como nas
qualificações dos trabalhadores. tra.
Gestão da inovação
1. COMO GERAR IDEIAS
2. FASES DO PROCESSO DE INOVAÇÃO
3. INOVAÇÃO NAS EMPRESAS
caderno técnico · Inovação
19
caderno técnico · Inovação
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Gestão da inovação
1. Como gerar ideias | Diálogo interno
Modo A | COMAND AND CONTROL
Administração
Faz isto!
Sim,
senhor.
Resto
Modo B | FACE OFF
Administração
Diga-me
o que sabe
fazer.
Resto
Diga-me
o que quer.
Modo C | COAH
Administração
That’s good
let’s do it
Here is an
opportunity!
Resto
Como gerar ideias | Gestão do insucesso
Como gerar ideias | Perigos da ignorância
. Separar as ideias das pessoas
- As ideias falham com frequência
- As pessoas muitas vezes não falham
. Gestão de topo – Sobrestimação do risco total
– “Não podemos entrar nos negócios dos nossos clientes”
– “Não devemos perturbar as relações com os nossos parceiros”
– “Devemos concentrar-nos no mercado que conhecemos bem”
. Reposicionar os bons colaboradores
. A primeira ideia mal sucedida merece uma
atenção especial – estabelece um referencial
. O insucesso permite a aprendizagem
PESSIMISMO GERADO PELO DESCONHECIMENTO
. Gestão intermédia / projectos – Subestimação do risco específico
– “….. E depois fazemos o desenvolvimento e estabelecemos
uma parceria com a Microsoft”
– “……e depois obtemos uma licença do governo Chinês”
– “……e depois recrutaremos um gestor local, de grande
competência”
caderno técnico · Inovação
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caderno técnico · Inovação
22
Como gerar ideias | Exemplos
OPTIMISMO GERADO PELO DESCONHECIMENTO
Exemplo 1
A Royal Ford Lincoln Mercury Co., empresa Canadiana
com 50 empregados, implementou um sistema de qualidade total (TQM). Uma sugestão dos consultores foi
desenvolvida brilhantemente pela empresa: 100 melhoramentos em 100 dias. Cada empregado tinha uma quota
de duas ideias para melhoramentos que devia conceber
e implementar. Foi afixado um quadro com o calendário
de execução das várias ideias, uma por dia.
No dia respectivo, o empregado autor da ideia em causa
tinha de a implementar, colocando depois no quadro os
custos (caso houvesse), os benefícios e os ganhos que
a nova ideia implicara (se quantificáveis).
Cada ideia podia custar até 25 dólares, sem necessidade
de qualquer aprovação das despesas. O sistema gerou
grande entusiasmo, um clima de discussão sobre melhoramentos, o aparecimento de ideias em resultado de
outras já implementadas, e a associação entre alguns
empregados das suas quotas de 25 dólares para implementação de ideias de maior custo. A empresa decidiu
posteriormente expandir o conceito para os 365 dias do
ano.
Exemplo 2
A unidade fabril da Ford em Louisville (EUA ) desenhou
e construiu a carrinha de mercadorias ligeira Ranger.
Quando o gabinete de desenhadores terminou o projecto,
os desenhos foram afixados nas paredes para os empregados analisarem e fazerem sugestões de alterações,
escrevendo mesmo por cima dos desenhos. Receberamse 300 ideias, e várias foram implementadas durante os
3 meses seguintes.
Uma ideia representativa das vantagens deste tipo de
envolvimento de todos os quadros da empresa veio de
um mecânico júnior: "Por que é que temos de apertar
as porcas do fundo do chassis por baixo? Tenho de ficar
numa fossa a segurar uma máquina de apertar pesada
sobre a minha cabeça. Às vezes canso-me e deixo passar
alguns chassis enquanto descanso. Não poderíamos
virar o chassis ao contrário e apertar as porcas por cima?"
Quando a ideia foi analisada, verificou-se que a resposta
era a habitual: "sempre se apertaram as porcas assim",
já ninguém se conseguia lembrar bem porquê. A alteração,
que não teve custos, melhorou a eficiência e qualidade
da linha, para além das condições de trabalho dos empregados.
23
caderno técnico · Inovação
Como gerar ideias | Exemplos
caderno técnico · Inovação
24
Como gerar ideias | Exemplos
Exemplo 3
Godfrey (1998) cita o exemplo da empresa norteamericana fabricante dos modelos Cadillac que, quando
lançou 800 linhas telefónicas para receber reclamações,
ficou surpreendida por mais de 80% das 2400 chamadas
recolhidas no primeiro mês serem sugestões para próximos modelos em vez de reclamações dos existentes.
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caderno técnico · Inovação
Como gerar ideias | Exemplos
caderno técnico · Inovação
26
2. Fases do processo de inovação | Gestão dos recursos humanos
Sugestões
. Disponibilize tempo adequado aos recursos humanos
. Não liberte pessoas para iniciativas de risco muito cedo
. Escolha pessoas bem mais juniores do que o seu instinto
lhe indica
. Eles não têm a ideia daquilo que não podem fazer!!
. Faça alterações rápidas – muitas pessoas não se adequam
a este tipo de trabalho
. Não culpe – apenas mude a equipa muito rapidamente
. Não dependa das mesmas “caras” de sempre – novo sangue
e capacidades são cruciais
. Parcerias são cruciais e favorecem o desenvolvimento de
disciplina interna
3. Inovação nas empresas | Tipos de liderança
yes
Slow-moving
Grey-haired
Bureaucrats
Revolutionaries
Can you change
your company?
Cost &
efficincy
addicts
One-time
Visionaries
no
no
yes
Can you change
your industry?
Inovação nas empresas | Potenciais ortodoxias
. Concepção do produto ou serviço (como definimos
o que vendemos?)
– (cor, forma, tamanho, embalagem, frequência, variabilidade,
etc.)
. O interface com o cliente (como interagimos
com o nosso cliente?)
– (directamente, via intermediários, etc.)
. Processos (como operamos?)
– (in/outsource, etc.)
. Benefícios para o cliente (porque é que os clientes nos
compram produtos ou serviços?)
– (preço, escolha, marca, etc,)
. Preço (qual é o nosso modelo económico?)
– (fixo, variável, margem, garantia, etc.)
Inovação nas empresas | Competências
CAPACIDADES
PROCESSOS
COMPETÊNCIAS
VALORES E
COMPORTAMENTOS
ACTIVOS
Conjunto de capacidades, processos, activos e comportamentos,
que potenciam uma diferenciação competitiva
caderno técnico · Inovação
. O cliente (quem nos compra?)
– (empresas, consumidor, segmento XYZ, etc.)
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Inovação nas empresas | Fazer acontecer
caderno técnico · Inovação
28
PLANEAMENTO DA EMPRESA
ORTODOXIAS
DESCONTINUIDADES
OPORTUNIDADES:
NOVO ESPAÇO
NOVAS REGRAS
ALIANÇAS E PARCERIAS
MOTOR ECONÓMICO
ESTRUTURAS E POLÍTICAS
CLIENTES
COMPETÊNCIAS
NUCLEARES
ANÁLISE
FLUXO E CARTEIRA
DE OPORTUNIDADES
ARQUITECTURA
ESTRATÉGICA
(CRITÉRIOS)
CAPACIDADES INTERNAS
DECISÃO
REALIZAÇÃO
Inovação e qualidade
1. INOVAÇÃO E QUALIDADE – CONSIDERAÇÕES GERAIS
2. INOVAÇÃO BASEADA EM PROCESSOS
3. INOVAÇÃO CENTRADA NOS CLIENTES
4. INOVAÇÃO SUPORTADA PELOS COLABORADORES
5. INOVAÇÃO INSPIRADA NOUTRAS ORGANIZAÇÕES
caderno técnico · Inovação
29
1. Inovação e qualidade | Considerações gerais
caderno técnico · Inovação
30
Inovação e Qualidade são duas áreas do conhecimento que,
advindo de diferentes protagonistas e com desenvolvimento
autónomo, se têm vindo claramente a aproximar, através de
uma gradual comunhão de princípios, metodologias e agentes,
fruto da sua própria evolução.
INOVAÇÃO
Qualidade pode e deve ajudar em muito a Inovação,
estimulando-a, fornecendo-lhe ferramentas adequadas para a
tornar mais eficaz e orientando-a na direcção adequada, que
se prende, em última análise, com a capacidade para satisfazer
e encantar clientes.
Por sua vez, a Inovação assume-se como processo vital no
sucesso e melhoria das organizações, fazendo por isso cada
vez menos sentido encarar a Qualidade e a Excelência
desprovidas de uma vertente importante de Inovação.
QUALIDADE
Faz cada vez menos sentido encarar a Qualidade sem Inovação,
e a Inovação sem a orientação e os estímulos da Excelência e
da Qualidade
Inovação e a Qualidade apresentam-se como fulcros nevrálgicos
no funcionamento das organizações. Hoje em dia, partilham
princípios e abordagens, chegando por vezes a fundir-se.
Assiste-se assim à crescente integração da inovação e da
qualidade num contexto de gestão inspirada nas pessoas,
processos e organizações.
Evolução da Qualidade no Século XX
INSPECÇÃO
Anos 30
CONTROLO
ESTATÍSTICO
DA QUALIDADE
Anos 50
GARANTIA
DA QUALIDADE
Anos 70
QUALIDADE
TOTAL
Anos 80
As fortes transformações nos mercados levaram à emergência,
nos anos 50, dos sistemas de garantia da qualidade. Fruto das
melhorias na gestão pela qualidade introduzidas na década de
70, as organizações começaram a adoptar uma postura de
Qualidade Total que implica e incide sobre tudo e todos.
Assiste-se, portanto, a um progresso do conceito que, à
semelhança do sucedido no campo da Inovação, deixa
claramente de se resumir ao produto, para passar a incluir de
forma decisiva pessoas, processos, e estruturas.Actualmente,
numa das suas possíveis definições [ISO (1994)], Qualidade
é considerada como "o conjunto de propriedades e
características de uma entidade que lhe conferem aptidão para
satisfazer necessidades explícitas ou implícitas."
PROCESSOS
INOVAÇÃO
QUALIDADE
PESSOAS
ORGANIZAÇÕES
A gestão pela Qualidade Total implica uma orientação crescente
para as práticas de INOVAÇÃO
O modelo de excelência desenvolvido pela European Foundation
for Quality Management (EFQM) é reconhecido como um
óptimo guia de orientação para a Gestão pela Qualidade Total
dando adequado destaque aos aspectos ligados à INOVAÇÃO!
QUALIDADE
INOVAÇÃO
A adopção de ferramentas e metodologias específicas à
QUALIDADE estimulam o processo de INOVAÇÃO no seio das
Organizações.
Em particular, a presença da Inovação no universo da Qualidade
torna-se progressivamente mais visível:1. Como já foi referido,
na grande linha de força da melhoria, é cada vez mais evidente
e pacífico que os esforços de progresso através de pequenos
passos podem e devem ser complementados com saltos
quânticos, de progresso assente em grandes passos,
aproximando, portanto, da Inovação a perspectiva de melhoria
contínua adoptada em Gestão pela Qualidade.2. Ao mesmo
tempo, as técnicas e ferramentas que fazem parte dos arsenais
geralmente associados às lutas da Qualidade têm vindo a
progredir no sentido de um enriquecimento especialmente
relevante no que diz respeito à prática da Inovação.
31
caderno técnico · Inovação
No início do século XX, o conceito de Qualidade centrava-se
na inspecção do produto acabado, complementada, por volta
dos anos 30, pelo controlo estatístico da qualidade.
As ferramentas básicas da área da QUALIDADE desempenham
um importante papel enquanto catalisadoras da Inovação.
caderno técnico · Inovação
32
FLUXOGRAMAS E MAPAS DE PROCESSOS
FORMULÁRIOS DE RECOLHA DE DADOS
CARTAS DE CONTROLO ESTATÍSTICO
INOVAÇÃO
DIAGRAMA DE CAUSA-EFEITO
DIAGRAMA DE PARETO
HISTOGRAMAS
DIAGRAMAS
Trata-se de ferramentas com elevado impacto visual e
extremamente simples - requerem apenas papel, canetas,
criatividade, imaginação e empenho por parte dos membros
das equipas de trabalho que as utilizam. Apesar de toda a
simplicidade, estas ferramentas têm demonstrado ser
extremamente poderosas e suficientes na resolução de uma
grande fracção (mais de 80%) dos problemas com que uma
organização se vê confrontada. Estimulam e ajudam a construir
uma abordagem estruturada para a recolha de informação,
respectiva análise e correspondentes tomadas de decisão em
torno dos processos. Os fluxogramas e mapas ou cartas de
processos são ferramentas que se destinam precisamente a
ilustrar as várias etapas de um processo, ordenadas de modo
sequencial. Permitem com isso clarificar, definir, estruturar e
documentar processos. Constituem, assim, o primeiro passo
na identificação e compreensão daqueles e estimulam todo
um trabalho de reflexão que pode conduzir à sua simplificação,
optimização e redução de ciclos temporais. Tal consegue-se
através de alterações sucessivas, incluindo a modificação de
determinados passos, eliminação de etapas sem valor
acrescentado, etc.: uma caracterização adequada é mais de
meio caminho andado para a Inovação, acompanhamento e
melhoria dos processos. Os formulários de recolha de dados,
ou folhas de verificação, permitem planear e conduzir a recolha
e análise de dados de uma forma organizada. Servem para
Novas metodologias de concepção e planeamento da
QUALIDADE são especialmente relevantes no que diz
respeito à prática da INOVAÇÃO.
METODOLOGIAS
ÁREAS DE INOVAÇÃO
Teoria da Resolução Inventiva de Problemas (TRIZ)
Inovação nos Processos e Métodos organizacionais
Desdobramento da função Qualidade (DFQ)
Novos Produtos e Serviços
Análise Modal de Falhas e Efeitos (AMFE)
Novos Processos e Produtos
2. Inovação baseada em Processos
caderno técnico · Inovação
33
A Norma NP EN ISO 8402 define PROCESSO como "um
conjunto de recursos e de actividades inter-relacionadas que
transformam elementos de entrada em elementos de saída".
INOVAÇÃO
PROCESSO
De acordo com esta definição, um processo é constituído por
várias etapas, tarefas ou actividades, possui um princípio e um
fim. Utiliza uma série de elementos de entrada, trabalha-os,
QUALIDADE
acrescenta-lhes valor e, como resultado, obtém-se um produto
(tangível) ou um serviço (intangível).
A orientação para os PROCESSOS fomenta a Inovação
e a Qualidade no seio das Organizações
Descrição alargada de um processo (adaptado de Sá, 1998)
NECESSIDADE
NECESSIDADE
VALOR
ACRESCENTADO
FORNECEDORES
ENTRADAS
CLIENTES
SAÍDAS
INDICADORES DE
DESEMPENHO
FEEDBACK
FEEDBACK
A gestão de um processo pressupõe o estabelecimento de um
conjunto de indicadores de desempenho enquadrado entre os
fornecedores e os clientes do referido processo.
Os processos não são assim exclusivos de sectores de
actividade, indústrias ou empresas específicas, estando
igualmente presentes em todas as nossas tarefas do dia-a-dia,
da mais simples à mais complexa.
caderno técnico · Inovação
34
ESTRUTURA DE ORGANIZAÇÕES CENTRADAS EM DEPARTAMENTOS (A) E PROCESSOS (B)
A)
B)
SAÍDA
ENTRADA
A INFORMAÇÃO
FUI PARA CIMA
A POLÍTICA E AS DECISÕES
DESENROLAM-SE
DE FORMA DESCENDENTE
A CADEIA DE EVENTOS É HORIZONTAL
Estrutura inadequada à capacidade de Inovação e velocidade
de mudança
Estrutura optimizada na perspectiva de maximizar o valor
acrescentado aos clientes.
A forma clássica de perspectivar a orgânica e gestão de uma
organização assenta numa estrutura vertical, baseada em
departamentos algo estanques e com hierarquias de gestão
bastante rígidas.
Esta estrutura pode ser eficaz na execução rotineira de
actividades repetitivas, mas é absolutamente inadequada e
incapaz no que diz respeito a dotar as organizações de agilidade,
capacidade de Inovação e velocidade de mudança. Para alcançar
estes objectivos, a Gestão pela Qualidade tem apontado
claramente para modelos complementares ou alternativos.
Nestes, as organizações, sofrendo uma rotação de 90º, passam
a ser estudadas e a funcionar na horizontal, enquanto conjuntos
articulados de processos que são globalmente optimizados na
perspectiva de maximizar o valor acrescentado aos clientes.
3. Inovação centrada nos Clientes
O CLIENTE DEVE DESEMPENHAR UM PAPEL CENTRAL NA
INOVAÇÃO DOS PROCESSOS, DOS PRODUTOS E DOS SERVIÇOS,
PARA QUE ESTA SEJA EFICAZ.
INOVAÇÃO
CLIENTES
QUALIDADE
Um cliente insatisfeito transmite, em média, a sua insatisfação a um
grupo de 8 a 16 pessoas. Tão ou mais grave ainda é o facto de 91%
dos clientes insatisfeitos não voltarem à empresa. E por cada cliente
que reclama, existem 16 que não o fazem, apesar de igualmente
insatisfeitos [Ganhão e Pereira (1992)]. Estes resultados alertam-nos
para a importância de que se reveste, hoje em dia, a satisfação e
lealdade do cliente para a sobrevivência das organizações.
Os clientes tornaram-se mais exigentes sendo que as decisões
de compra centram-se cada vez mais nos benefícios da qualidade
e design de produtos, do serviço prestado antes, durante e
após a venda, da fiabilidade, o cumprimento de prazos de
entrega, etc.
Tanto ou mais importante que a posição que a empresa
ocupa, é agora a sua capacidade de adaptação, de Inovação
e a velocidade de mudança que determina a sua sobrevivência.
caderno técnico · Inovação
35
caderno técnico · Inovação
36
Etapas fundamentais na aplicação do Desdobramento da Função Qualidade
RECOLHA DAS VOZES DOS CLIENTES
CLIENTES
TRANSFORMAÇÕES DAS VOZES EM REQUISITOS
ANÁLISE E ESTUDO DOS REQUISITOS
DEFINIÇÃO DO CONCEITO DE PRODUTO
INOVAÇÃO
CONVERSÃO DOS REQUISITOS DO CLIENTE EM ESPECIFICAÇÕES DO PRODUTO
CONCEITO, ESPECIFICAÇÕES E CARACTERÍSTICAS DO PRODUTO
Com o objectivo ultrapassar algumas das lacunas decorrentes da
aplicação de formas clássicas e sequenciais no desenvolvimento de
novos produtos, foram sendo construídas diversas alternativas no seio
da Qualidade. Em particular, o desdobramento da Função Qualidade
(QFD) surge neste contexto enquanto metodologia poderosa, com
provas dadas de sucesso e eficácia.•visa encantar o cliente; •tem em
vista o desenvolvimento de novos produtos; •olha a mudança enquanto
oportunidade e por antecipação; •se centra na voz do cliente enquanto
fonte e destinatário de todo o processo; •se preocupa também com o
estabelecimento de confrontos e formas de diferenciação face à
concorrência; •se baseia no trabalho de equipas interfuncionais.
"O QFD é um processo de planeamento dirigido para o cliente com a
finalidade de orientar a concepção, produção e marketing dos produtos".
Inovação suportada pelos Colaboradores
37
caderno técnico · Inovação
4.
OS COLABORADORES SÃO OS GRANDES MOTORES E PROTAGONISTAS NOS PROCESSOS DE QUALIDADE E INOVAÇÃO NAS EMPRESAS.
INOVAÇÃO
COLABORADORES
QUALIDADE
É hoje em dia ponto assente que o bloco unitário de construção das
organizações fortes em Inovação e Qualidade se situa na equipa e não
no indivíduo.
As pessoas são os grandes motores e protagonistas da Inovação e da
Qualidade, feitas para e pelo Homem. Importa, por issso, gerir as
organizações de modo a serem criadas estruturas e métodos internos
de funcionamento e motivação que permitam o florescimento da
semente de criatividade que existe em cada um dos seus colaboradores,
envolvendo-os na Qualidade e na Inovação. Em particular, importa
criar uma cultura de interiorização da dupla missão do trabalho (Shiba,
1993), ou seja, a ideia de que a função de cada colaborador se desdobra
em duas vertentes:
. executar um conjunto de actividades (manutenção);
. desafiar constantemente esse mesmo conjunto de actividades,
procurando formas de as melhorar, substituir ou eliminar (Inovação).
Inovação suportada pelos Colaboradores
A MOTIVAÇÃO DOS COLABORADORES ASSUME UMA
IMPORTÂNCIA CRUCIAL NO PROCESSO DE INOVAÇÃO
A AUSÊNCIA DE
RECONHECIMENTO
E RECOMPENSA
EMPRESA COM
PROBLEMAS
COLABORADORES
DESMOTIVADOS
INOVAÇÃO
COLABORADORES
MOTIVADOS
AUSÊNCIA DE
INOVAÇÃO
RECONHECIMENTO
E RECOMPENSA
CICLO NEGATIVO
CICLOPOSITIVO
(adaptado de Sturm, "Human Creativity-Innovation-Properity")
EMPRESA DE
SUCESSO
caderno técnico · Inovação
38
Importa gerir as organizações de modo a serem criadas estruturas e
métodos internos de funcionamento e motivação que permitam o
florescimento da semente de criatividade que existe em cada um dos
seus colaboradores, envolvendo-os na Qualidade e na Inovação e que
envolvam, entre outros, os seguintes aspectos:
2. criação de inúmeros e eficazes canais de comunicação, em todas
as direcções e sentidos, e estabelecimento simultâneo de mecanismos
de combate à surdez da organização perante os seus colaboradores. Este
é o fermento que, perdido o medo de arriscar, faz crescer e desenvolver
o bolo da melhoria e da Inovação;
1. abolição de eventuais climas de medo ou terror perante o erro não
intencional. É preciso assumir o risco inerente a tentar fazer diferente,
reconhecendo que cada erro cometido, desde que convenientemente
aproveitado, representa uma excelente oportunidade de melhoria. Estimular
e premiar a criatividade, uma certa dose de irreverência ou a vontade de
experimentar coisas novas deve ser parte integrante das práticas de
gestão em empresas inovadoras;
3. implementação de sistemas de reconhecimento e recompensa
coerentes com os almejados objectivos de melhoria e Inovação, que
evitem um ciclo de destruição do progresso substituindo-o por um outro
ciclo positivo de crescimento, Inovação, Qualidade e sucesso.
Formas de Participação dos Colaboradores
.
.
.
.
Sistemas de recolha de Sugestões
Teoria da Resolução Inventiva de Problemas (TRIZ)
Equipas de Melhoria e Círculos de Criatividade
Brain Storming
As empresas devem criar estruturas e sistemas (incluindo
vertentes de comunicação) que permitam tirar partido dos
contributos individuais e, especialmente, de equipas para
a Inovação e Qualidade.
A recolha estruturada de sugestões faz parte integral dos
Sistemas da Qualidade implantados nos mais diversos
tipos de organizações espalhados pelo mundo. Surgem
sob as mais variadas formas e modalidades, desde a
tradicional caixa de sugestões a esquemas mais elaborados
como o da General Electric, que criou num número verde
para estimular os empregados a partilhar com a empresa
as suas descobertas e novos métodos de trabalho. As
intranets e as tecnologias de informação em geral abrem
igualmente novas oportunidades de comunicação,
formulação e apresentação de ideias inovadoras.
Teoria de Resolução de Problemas Inventivos".
Desenvolvida pelo cientista russo Genrikh Altshuller em
1946 , esta abordagem para obter inovações de projecto
permite atacar problemas de engenharia de uma maneira
sistemática, com base na ciência e na tecnologia. Procura
aumentar consideravelmente a criatividade científica
dos indivíduos, levando-os a pensar e raciocinar em
campos que vão para além da sua formação técnicocientífica de base e da sua experiência profissional.
Um domínio típico de intervenção das Equipas de
Melhoria é o da Inovação centrada no desenvolvimento
de um novo produto ou serviço.
5. Inovação inspirada noutras Organizações
EXISTE UM ENORME POTENCIAL DE INOVAÇÃO DECORRENTE
DE TRABALHO EFECTUADO EM CONJUNTO COM OUTRAS
ORGANIZAÇÕES
INOVAÇÃO
ORGANIZAÇÕES
A actual complexidade que caracteriza o mundo dos negócios, realizados
cada vez mais à escala global, torna extremamente difícil ser bem
sucedido tendo por base apenas competências internas. Assim, nota-
QUALIDADE
se um esforço progressivamente maior das empresas em trabalhar de
forma concertada, não apenas com os clientes, como já foi visto, mas
também com os seus fornecedores.
AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO
FORNECEDOR/CLIENTE
SELECÇÃO DA EQUIPA
A constituição de equipas de
qualidade fornecedor/cliente
acelera a identificação das melhores
práticas noutras organizações,
estimulando o processo de
INOVAÇÃO
Modelo de funcionamento das Equipas
de Inovação Fornecedor/ Cliente
(adaptado de Norausky, "A Competitive Advantage:
Customer and Supplier Innovations Teams")
DETERMINAÇÃO DOS
QUOCIENTES DE ENFOQUE
NA INOVAÇÃO
FASE OPERACIONAL
RESULTADOS
RECONHECIMENTO E
RECOMPENSA
REJUVENESCIMENTO
DA EQUIPA
caderno técnico · Inovação
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caderno técnico · Inovação
40
Ao invés de decisões exclusivamente baseadas no factor preço,
verifica-se uma evolução clara no sentido de estabelecer relações
duradouras e de plena confiança mútua com um leque reduzido
de fornecedores, devidamente aprovados e avaliados em função
dos níveis de desempenho e sistemas da qualidade que
possuem. Criam-se, deste modo, elos de ligação que, muito
para além do cariz estritamente comercial, configuram um
verdadeiro espírito de equipa entre fornecedores e clientes.
Surgem parcerias sólidas, assentes num profundo
conhecimento de parte a parte, através das quais os
fornecedores ajudam os seus clientes (e vice-versa) a resolver
problemas, fazer face a imprevistos, desenvolver novos produtos
ou tecnologias, etc., com vantagens para ambos.
Inovação e Qualidade | Conclusões
. É cada vez mais intensa a presença e o lugar que a Inovação
ocupa no seio da Qualidade, sendo igualmente verdadeiro o
recíproco;
. as metodologias e abordagens da Qualidade podem contribuir
de forma decisiva para orientar a Inovação e conduzi-la na
direcção mais adequada, ao mesmo tempo que aceleram e
aumentam a eficácia dos respectivos processos;
. os colaboradores são os motores dos processos da Qualidade
e da Inovação;
Qualidade pode e deve ajudar em muito a Inovação, estimulandoa, fornecendo-lhe ferramentas adequadas para a tornar mais
eficaz e orientando-a na direcção adequada, que se prende, em
última análise, com a capacidade para satisfazer e encantar
clientes.
Por sua vez, a Inovação assume-se como processo vital no
sucesso e melhoria das organizações, fazendo por isso cada
vez menos sentido encarar a Qualidade e a Excelência
desprovidas de uma vertente importante de Inovação.
Faz cada vez menos sentido encarar a Qualidade sem Inovação,
e a Inovação sem a orientação e os estímulos da Excelência e
da Qualidade.
Inovação e a Qualidade apresentam-se como fulcros nevrálgicos
no funcionamento das organizações. Hoje em dia, partilham
princípios e abordagens, chegando por vezes a fundir-se.
Assiste-se assim à crescente integração da inovação e da
qualidade num contexto de gestão inspirada nas pessoas,
processos e organizações.
Inovação
Propriedade
Associação Industrial do Minho
Conteúdos
SPI - Sociedade Portuguesa de Inovação
Edição e Produção gráfica
Caderno Verde - comunicação S.A.

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