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4 Relatório econômico e financeiro 102 Relatório financeiro consolidado 102Resumo do exercício de 2014 para o Grupo Santander 104 Resultados do Grupo Santander 110 Balanço do Grupo Santander 120Informação por segmentos 123Europa continental 137Reino Unido 140 América Latina 155Estados Unidos 158 Atividades Corporativas 160 Informação por segmentos secundários 160 Banco Comercial 162 Banco Global de Atacado 165 Gestão de Ativos e Seguros RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO RESUMO DO EXERCÍCIO Relatório financeiro consolidado Resumo do exercício de 2014 para o Grupo Santander No exercício de 2014, a economia mundial cresceu acima de 3%, reflexo de uma revitalização das economias desenvolvidas, princi palmente do Reino Unido e dos Estados Unidos, e de uma mode ração no crescimento dos países emergentes. Esse ambiente de crescimento não ficou isento de episódios de incertezas e de volatilidade nos mercados. Além disso, a ativi dade bancária voltou a ser afetada por taxas de juros que perma neceram em mínimos históricos em muitas economias. Somado a isso, as novas exigências regulatórias estão afetando também as receitas e os custos do sistema financeiro. Nesse ambiente, o Grupo Santander está concentrando sua ges tão em dar impulso a medidas que permitam aumentar o nível do lucro e da rentabilidade, ao mesmo tempo em que mantém um balanço sólido, com liquidez e de baixo risco. Os aspectos mais destacados na gestão do Grupo em 2014 foram: • Solidez de resultados. Durante os últimos anos, e apesar do cenário difícil, o Grupo Santander demonstrou sua capacidade de geração de resultados recorrentes, com o apoio da diversi ficação geográfica e focos de gestão adaptados a cada mer cado. Isso permitiu obter resultados positivos ao longo de todos os exercícios da crise e estar em boa posição para apro veitar um ciclo econômico de maior crescimento. O Grupo Santander obteve um lucro atribuído de 5,816 bilhões de euros no exercício de 2014, o que representou um aumento de 39,3% em relação a 2013. Esse crescimento foi motivado pela boa evolução de três grandes linhas da demonstração de resultados: – A receita aumentou em comparação à queda do ano ante rior, em virtude da tendência de crescimento da margem de juros e de comissões. – As provisões para perdas com créditos continuaram em seu processo de normalização e melhoria do custo de crédito. Esse crescimento também aconteceu de forma generalizada considerando as regiões geográficas, com todas as unidades aumentando o resultado antes de impostos em sua moeda de gestão. • Aceleração da atividade. A evolução dos volumes reflete a es tratégia adotada pelo Grupo em segmentos, produtos e países. O ano apresentou uma mudança nas tendências do crédito, que depois da queda em exercícios anteriores, registrou alta em 2014, tanto em pessoas físicas como jurídicas. Esse cresci mento foi observado em nove das dez grandes unidades do Grupo. Também em recursos, o ano terminou com maior crescimento do que em 2013. De forma similar ao crédito, essa expansão foi generalizada em termos de países e foi compatibilizada com uma política de redução do custo financeiro, especialmente nos países em que as taxas de juros eram mais baixas. • Houve avanços no programa de transformação comercial, que tem como eixos principais a melhoria do conhecimento dos clientes do Grupo, a gestão especializada de cada segmento, o desenvolvimento de um modelo de distribuição multicanal e a melhoria contínua da experiência dos clientes com o Banco. Entre as medidas realizadas, estão um novo front comercial, a expansão do modelo Select para os clientes de alta renda e o lançamento do programa Advance para PMEs. Com tudo isto, o objetivo é aumentar o vínculo e satisfação do cliente em todas as unidades. • Sólida estructura de financiación y liquidez. – As despesas cresceram abaixo da inflação média do Grupo, favorecidos pelos processos de integração realizados (Espa nha e Polônia), e pelo plano de eficiência e produtividade em três anos lançado no final de 2013. 102 A melhoria da posição de liquidez foi um objetivo prioritário na estratégia do Grupo nos últimos anos, e foi obtida graças à ca pacidade de captação no mercado de varejo da extensa rede de agências e ao acesso amplo e diversificado aos mercados de atacado, por meio do modelo de filiais. RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO RESUMO DO EXERCÍCIO Em 2014, o índice de créditos líquidos sobre depósitos e o de depósito mais captação em médio e longo prazo sobre créditos permaneceram nos níveis de conforto tanto no nível do Grupo como nas principais unidades. Aproveitamos a melhoria do ambiente de mercado com taxas mais baixas para emitir em prazos mais longos, aumentando a reserva de liquidez para cerca de 230.000 milhões de euros. Tudo isso permitiu atingir antecipadamente os índices regula tórios no Grupo e nas principais unidades. • Melhoria da qualidade de crédito do Grupo. Os principais in dicadores de risco evoluíram de forma positiva no exercício. Em primeiro lugar, houve destaque para a redução de entradas líquidas de créditos em mora, que, sem taxas de câmbio nem pe rímetro, tiveram queda de 51% no ano. O índice de inadimplência melhorou, passando de 5,61% no final de 2013 para 5,19% no final de 2014, o que se repetiu em todos os trimestres do exercício. Espanha, Brasil, Reino Unido e Estados Unidos registram melhor evolução. Por outro lado, a cobertura registrou alta de 2 pontos percentuais, chegando a 67%. • Solvência reforçada. O Grupo encerrou o ano com níveis ele vados de capital, que foi reforçado com o aumento de capital de 7,5 bilhões de euros realizado no mês de janeiro de 2015. Depois disso, o Grupo passou a ter um índice de capital (CET1) phase-in de 12,2% e, considerando fully loaded de 9,7%. Esses níveis posicionam o Santander entre os grupos bancá rios com maior solidez de capital a nível internacional, tendo em conta seu modelo de negócio, diversificação geográfica e resistência a cenários adversos de stress. • Aumento da rentabilidade. A evolução dos resultados e do balanço se refletiu na melhoria dos índices financeiros de ges tão e de rentabilidade. A eficiência melhorou 1,1 pontos percentuais no ano, atingindo 47%, posição de destaque em relação aos concorrentes; o lucro por ação aumentou 24%, e a rentabilidade sobre o capital tangí vel (RoTE) avançou 1,4 ponto percentual, chegando a 11,0%, já incluindo neste último o aumento de capital. • Além disso, e com o objetivo de obter um melhor posiciona mento competitivo, o Grupo implantou uma série de iniciati vas, as quais devem se refletir na melhoria dos resultados futuros: 1. Aquisição na Espanha, por parte do Santander Finance, de 51% da Financiera El Corte Inglés. 2. Aquisição, pelo Santander Consumer Finance, do negócio da GE Capital na Suécia, Dinamarca e Noruega, principalmente os segmentos de crédito direto e cartões. 3. Acordo inédito do Santander Finance com o Banque PSA Fi nance, unidade de financiamento de veículos do Grupo PSA Peugeot Citröen, para a colaboração em diversos países eu ropeus. Durante o mês de janeiro de 2015 foram obtidas as aprovações regulatórias para iniciar atividades na França e no Reino Unido. 4. A realização de uma oferta de aquisição de minoritários do Banco Santander Brasil, aceita por títulos representativos de 13,65% do capital social, pela qual a participação do Grupo Santander passou a ser de 88,30% do capital. 5. Aquisição, por parte do Banco Santander Brasil, da institui ção GetNet para fortalecer o negócio de adquirência. 6. Criação, pelo Banco Santander Brasil, de uma joint-venture com o Banco Bonsucesso, visando dar impulso às atividades do segmento de crédito consignado, que deve ser concreti zada no primeiro trimestre de 2015. 7. Acordo para a aquisição da empresa canadense Carfinco, es pecializada no financiamento de veículos. Taxas de câmbio: Paridade 1 euro=moeda 2014 Dólar USA Libra Real brasileiro Novo peso mexicano Peso chileno Peso argentino Zloty polaco Câmbio final 1,214 0,779 3,221 17,868 737,323 10,277 4,273 2013 Câmbio médio 1,326 0,806 3,118 17,647 756,718 10,747 4,185 Câmbio final 1,379 0,834 3,258 18,073 724,579 8,990 4,154 Câmbio médio 1,327 0,849 2,852 16,931 656,524 7,220 4,196 103 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO Resultados do Grupo Santander Lucro atribuído de 5,816 bilhões de euros em 2014, com aumento de 39,3%. Além disso, o resultado antes de impostos cresceu em todas as unidades em sua moeda. A receita comercial (margem de juros e comissões) cresceu 7,9% sem efeito da taxa de câmbio, frente à queda registrada em 2013. Um controle rígido das despesas, com queda de 0,6% graças ao plano de eficiência e produtividade. Continuidade da tendência de redução das provisões para perdas com créditos (-14,4%), com tendência à normalização. Melhoria da rentabilidade: RoTE +1,4 p.p. (até 11,0%). O Grupo Santander continua com seu processo de melhoria dos resultados e de normalização da rentabilidade, com um lucro atribuível à Controladora de 5,816 bilhões de euros no exercício de 2014, o que representa um aumento de 39,3% em relação a 2013. Esse resultado já está ajustado à entrada em vigor, retroativa mente, da interpretação da norma contábil internacional CINIIF21, a qual implica um reconhecimento contábil antecipado dos apor tes aos fundos garantidores de depósitos, o que deve reduzir os lucros do ano passado em 195 milhões de euros e o lucro de 2012 em 12 milhões de euros. O forte crescimento se deve ao bom comportamento das principais linhas da demonstração de resultados e à melhoria da atividade em praticamente todas as unidades de negócio. Destaque para a evolução das receitas comerciais, que voltam a crescer após a queda em 2013, e para a redução das provisões para perdas com créditos, agora em queda. Além disso, há uma contenção da despesas, resultado do plano de eficiência e produtividade anunciado. Antes de analisar a evolução das linhas da demonstração de resul tados, detalha-se a seguir os itens que afetaram a comparação com o ano passado: Resultados Milhões de euros Margem de juros Comissões líquidas Resultados líquidos de operações financeiras Outras receitas Rendimentos sobre instrumentos de capital Resultados de equivalência patrimonial Outras receitas/despesas operacionais (líquidos) Margem bruta Despesas totais Despesas administrativas Despesas de pessoal Outras despesas administrativas Amortização de ativos tangíveis e intangíveis Margem líquida Provisões para perdas com créditos Perdas com outros ativos Outros resultados e provisões Resultado antes dos impostos sobre o lucro (ordinário) Imposto de renda Lucro líquido das operações continuadas (ordinário) Resultado de operações descontinuadas (líquida) Lucro líquido do período (ordinário) Resultado atribuído aos acionistas não controladores Lucro líquido atribuído ao Grupo (ordinário) Líquido de ganhos e saneamentos Lucro líquido atribuído ao Grupo LPA (euros) LPA diluído (euros) Promemória: Ativos Totais Médios Recursos Próprios Médios* 2014 29.548 9.696 2.850 2013 28.419 9.622 3.496 Variação absoluta 1.129 74 (646) % 4,0 0,8 (18,5) % sem TC 8,8 5,4 (16,1) 2012 31.914 10.125 2.691 519 435 243 (159) 42.612 (20.038) (17.781) (10.213) (7.568) (2.257) 22.574 (10.562) (375) (1.917) 9.720 (2.696) 7.024 (26) 6.998 1.182 5.816 — 5.816 383 378 283 (278) 41.920 (20.158) (17.758) (10.276) (7.482) (2.400) 21.762 (12.340) (524) (1.535) 7.362 (1.995) 5.367 (15) 5.352 1.177 4.175 — 4.175 136 57 (39) 119 693 120 (23) 63 (86) 143 813 1.778 149 (382) 2.357 (701) 1.657 (11) 1.646 5 1.641 — 1.641 35,5 15,0 (14,0) (42,7) 1,7 (0,6) 0,1 (0,6) 1,1 (6,0) 3,7 (14,4) (28,4) 24,9 32,0 35,1 30,9 73,2 30,8 0,4 39,3 — 39,3 37,1 16,7 (5,7) (36,8) 6,2 3,0 3,9 2,8 5,3 (3,3) 9,1 (10,5) (27,6) 28,3 41,3 44,5 40,1 70,2 40,0 7,1 49,3 — 49,3 259 423 185 (349) 44.989 (20.236) (18.044) (10.474) (7.570) (2.193) 24.753 (13.521) (853) (1.437) 8.942 (2.617) 6.325 70 6.395 1.066 5.329 (3.047) 2.283 0,479 0,478 0,385 0,383 0,094 0,095 24,4 24,7 0,546 0,542 1.203.260 82.545 1.230.166 71.509 (26.906) 11.036 (2,2) 15,4 1.287.619 72.689 (*) Recursos próprios. Fundos próprios + ajustes de avaliação. Em 2014, dato proforma considerando o aumento de capital de janeiro de 2015. 104 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO • Um ambiente macroeconômico global de recuperação mais fa vorável, apesar dos sinais de fraqueza surgidos em algumas economias europeias e emergentes durante a segunda metade de 2014. • Mercados onde as condições financeiras melhoraram, mas as taxas de juros foram mantidas baixas, em geral. • Um ambiente regulatório mais exigente, com impactos na limi tação de receitas e aumentos de custos. • Para facilitar a análise comparativa com o período anterior, as informações financeiras de períodos anteriores foram reformu ladas (não auditadas), conforme descrito na página 120 do pre sente relatório. As mudanças devem-se principalmente ao fato de considerar como se a assunção do controle do Santander Consumer USA (SCUSA), realizada em 2014, e a perda de con trole das sociedades gestoras no encerramento de 2013 tives sem ocorrido nos períodos anteriores apresentados. Assim, os ganhos e saneamentos não recorrentes são divulgados separa damente como Líquido de ganhos e saneamentos. Os ganhos correspondem à operação de Altamira (385 milhões de euros líquidos), à saída a Bolsa do SCUSA (730 milhões de euros líquidos), a modificação nos compromissos por pensões no Reino Unido (224 milhões de euros líquidos) e a operação de Seguros (250 milhões de euros líquidos). Por outro lado, foram realizados débitos a custos de reestru turação, perda de valor de ativos intangíveis e outros sanea mentos por um valor conjunto, líquido de impostos, de 1,589 bilhão de euros. Portanto, o impacto desses números sobre o lucro é nulo. • Um efeito perímetro positivo de 2 p.p., resultado das incorpora ções da Financiera El Corte Inglés, GetNet e o negócio de finan ciamento ao consumo da GE Capital nos países nórdicos, além da aquisição de participações minoritárias no Brasil em setem bro de 2014. • O impacto das taxas de câmbio de diferentes moedas em rela ção ao euro é de 4/5 p.p. negativos para o total do Grupo na comparação em termos de receitas e custos durante o ano pas sado. Por grandes áreas geográficas, o impacto foi negativo no Brasil (-8/-9 p.p.), México (-4 p.p.) e Chile (-14/-15 p.p.), e posi tivo no Reino Unido (+6p. p.). Nos Estados Unidos apenas houve impacto (+0.1 p.p.). A seguir os comentários sobre a evolução das principais linhas da demonstração de resultados: Resultados por trimestres Milhões de euros 2013 Margem de juros Comissões líquidas Resultados líquidos de operações financeiras Outras receitas Rendimentos sobre instrumentos de capital Resultados de equivalência patrimonial Outras receitas/despesas operacionais (líquidos) Margem bruta Despesas totais Despesas administrativas Despesas de pessoal Outras despesas administrativas Amortização de ativos tangíveis e intangíveis Margem líquida Provisões para perdas com créditos Perdas com outros ativos Outros resultados e provisões Resultado antes dos impostos sobre o lucro (ordinário) Imposto de renda Lucro líquido das operações continuadas (ordinário) Resultado de operações descontinuadas (líquida) Lucro líquido do período (ordinário) Resultado atribuído aos acionistas não controladores Lucro líquido atribuído ao Grupo (ordinário) Líquido de ganhos e saneamentos Lucro líquido atribuído ao Grupo LPA (euros) LPA diluído (euros) 2014 1T 7.206 2.484 967 66 59 66 (59) 10.722 (5.068) (4.497) (2.631) (1.865) (571) 5.655 (3.142) (110) (262) 2.141 (577) 1.564 — 1.564 359 1.205 — 1.205 2T 7.339 2.494 880 134 145 58 (69) 10.847 (5.088) (4.485) (2.606) (1.879) (602) 5.760 (3.399) (126) (422) 1.812 (453) 1.359 (14) 1.345 294 1.050 — 1.050 3T 6.944 2.300 995 94 72 80 (58) 10.333 (4.943) (4.381) (2.478) (1.902) (562) 5.390 (3.025) (141) (368) 1.856 (518) 1.338 (0) 1.337 282 1.055 — 1.055 4T 6.930 2.345 653 89 102 79 (92) 10.017 (5.060) (4.395) (2.559) (1.836) (665) 4.957 (2.774) (146) (483) 1.554 (447) 1.107 (1) 1.106 242 864 — 864 1T 6.992 2.331 767 34 31 65 (63) 10.124 (4.847) (4.256) (2.455) (1.801) (590) 5.277 (2.695) (87) (347) 2.149 (569) 1.579 (0) 1.579 277 1.303 — 1.303 2T 7.370 2.403 511 204 220 42 (58) 10.488 (4.906) (4.360) (2.515) (1.844) (546) 5.582 (2.638) (71) (438) 2.435 (664) 1.771 (0) 1.771 318 1.453 — 1.453 3T 7.471 2.439 952 99 72 72 (45) 10.961 (5.070) (4.509) (2.572) (1.937) (560) 5.891 (2.777) (67) (491) 2.556 (649) 1.908 (7) 1.901 296 1.605 — 1.605 4T 7.714 2.524 620 182 112 64 6 11.040 (5.216) (4.656) (2.670) (1.985) (560) 5.824 (2.452) (151) (642) 2.580 (814) 1.766 (19) 1.746 291 1.455 — 1.455 0,116 0,115 0,098 0,098 0,096 0,095 0,076 0,076 0,113 0,113 0,122 0,122 0,131 0,131 0,112 0,112 105 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO Margem de juros Comissões líquidas Milhões de euros Milhões de euros O conjunto das receitas se situa em 42,612 bilhões de euros, com um aumento de 1,7% em relação ao exercício de 2013. Sem o im pacto da taxa de câmbio, esse número sobe 6,2%. Trata-se de um crescimento de qualidade, apoiado nos aumentos nas alavancas mais comerciais das linhas de receitas (margem de juros e comis sões), e aliado a uma queda nos resultados de operações financei ras, as quais representam somente 7% das receitas do Grupo. Os maiores destaques do ano são: • O crescimento das receitas se deve, fundamentalmente, à margem de juros, a qual representa 69% das receitas e totaliza 29,548 bilhões de euros, após um aumento de 4,0% em compa ração ao mesmo período do ano passado (ou de 8,8% sem efeito da taxa de câmbio). Sobre este último destaca-se: – Melhora generalizada em todos os países, exceto o Brasil, com crescimentos muito positivos na Espanha, Reino Unido, Estados Unidos e Chile. – Boa evolução dos créditos, com crescimentos em todas as unidades, exceto Portugal, onde o sistema financeiro en frenta um processo de desalavancagem atualmente. – Crescimento dos recursos compatível com quedas no custo médio, principalmente nos países desenvolvidos. Se em vez de por conceito, analisa-se a margem de juros por áreas geográficas, destaca-se: – Evolução favorável no Reino Unido (+16,5%) e nos EUA (+11,2%), com aumentos de dois dígitos graças ao esforço rea lizado para reduzir o custo dos depósitos no varejo, no pri meiro caso, e o aumento na atividade de consumo (SCUSA), no segundo. A Europa continental cresceu 7,9% sem taxa de câmbio, com crescimento em todas as unidades. Destaque para a Espanha, com um aumento de 9,4% por maior ativi dade e queda no custo do passivo. Por último, a América La tina cresce em seu conjunto pelo aumento nos volumes. – O Brasil foi a única unidade que apresentou queda (-2,7%), devido à queda nos spreads derivados do câmbio de mix para segmentos de menor risco. Essa evolução foi compensada pela melhoria associada ao custo de crédito, o que levou sem margem de juros sem provisões a crescer 11,5% no ano. Comissões líquidas Milhões de euros Comissões por serviços Fundos de investimento e pensão Serviços de títulos Seguros Comissões líquidas 106 2014 5.827 913 763 2.193 9.696 2013 5.851 831 655 2.284 9.622 Variação absoluta (24) 81 108 (91) 74 % (0,4) 9,8 16,4 (4,0) 0,8 2012 6.217 903 678 2.326 10.125 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO Despesas totais Eficiência Milhões de euros % • Continuando com a evolução dos resultados, as comissões al cançaram 9,696 bilhões de euros, com aumento de 0,8%, ou 5,4% sem o efeito das taxas de câmbio. Essa linha foi afetada pela queda na atividade em alguns mercados, devido ao am biente econômico, e por impactos regulatórios que afetaram al guns países nos segmentos de seguros e cartões por limites nas taxas de intercâmbio. Em detalhe, o melhor comportamento é visto nos fundos de investimento, de títulos e custódia, de as sessoria e direção e de operações, e de câmbio de moedas. • Os outros resultados operacionais chegaram a 519 milhões de euros, um aumento de 136 milhões e 35,5%. Esse cresci mento é o resultado líquido dos seguintes movimentos: au mento de 57 milhões nos rendimentos de instrumentos de capital; aumento de 119 milhões em outros produtos e custos operacionais, fundamentalmente pelo aumento na geração de operações de leasing nos Estados Unidos; e queda de 39 mi lhões nos resultados de equivalência patrimonial, devido ao menor perímetro no negócio de gestão de ativos. • A somatória da margem de juros e comissões aumentou 7,9% sem taxa de câmbio, e representou 92% da receita total do Grupo (91% em 2013). As despesas totais tiveram queda de 0,6% em comparação a 2013. Sem o impacto das taxas de câmbio, o incremento teria sido de 3,0% ou de 2,2% sem perímetro, um crescimento inferior em mais de um ponto porcentual em relação à taxa de inflação média nas regiões onde o Grupo atua (3,6%). Esse é o resultado do plano trienal de efi ciência e produtividade anunciado no fim de 2013, o qual levou a uma economia de 1,1 bilhão de euros no seu primeiro ano. Parte des sas economias foi usada como investimento para aumentar a produ tividade do negócio. • Os resultados de operações financeiras tiveram queda de 18,5% devido à queda nos resultados obtidos na atividade de banco de atacado e na gestão da carteira de ativos e passivos. Despesas totais Milhões de euros Despesas de pessoal Outras despesas administrativas Tecnologia e sistemas Comunicações Publicidade Imóveis e instalações Impressos e suprimentos Despesas tributárias Outras despesas Despesas administrativas Amortizações Despesas totais 2014 10.213 7.568 936 489 654 1.775 155 460 3.098 17.781 2.257 20.038 2013 10.276 7.482 985 540 637 1.815 169 458 2.879 17.758 2.400 20.158 Variação absoluta (63) 86 (49) (51) 17 (40) (13) 2 219 23 (143) (120) % (0,6) 1,1 (4,9) (9,5) 2,7 (2,2) (7,8) 0,5 7,6 0,1 (6,0) (0,6) 2012 10.474 7.570 877 660 669 1.750 167 422 3.025 18.044 2.193 20.236 107 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO Provisões para perdas com créditos Custo do crédito Milhões de euros % Os comportamentos foram diferenciados por unidade: • Um primeiro bloco formado pelas unidades envolvidas em pro cessos de integração (Espanha e Polônia) ou reestruturação (Portugal), que apresentaram reduções nominais. O Brasil tam bém apresentou uma evolução excelente, o que demonstra o esforço que está sendo realizado de acordo com o plano de me lhoria da eficiência, refletido no aumento nominal de 1,0% (-0,6% sem perímetro) frente a uma inflação superior a 6%. • Em um segundo bloco, o Reino Unido está compatibilizando in vestimentos em seu plano de transformação digital, comercial e em agências com melhora da eficiência, o mesmo que no Chile. • Por último, maiores aumentos no México e Argentina, por seus planos de expansão ou de melhoria da capacidade comercial, e nos Estados Unidos, imerso em um processo de melhora fran quia do Santander Bank e de adaptação às exigências regulató rias, com aumento de 7,6%. A evolução das receitas e despesas reflete uma melhora na efi ciência de um ponto percentual no ano, situando-se em 47%, uma taxa que se compara muito favoravelmente aos principais concor rentes europeus e norte-americanos. Consequentemente, a margem líquida foi de 22,574 bilhões de euros, aumento de 3,7% em comparação a 2013 (+9,1% sem im pacto da taxa de câmbio). As provisões para perdas com créditos situam-se em 10,562 bi lhões de euros, 14,4% abaixo do resultado do anterior. Sem a taxa de câmbio, a queda das provisões teria sido de 10,5%. Por uni dade, as principais reduções foram registradas no Reino Unido ( 45,7%), Espanha (-27,6%), Brasil (-17,7%) e Portugal (-35,7%) pela melhoria na situação macroeconômica e pela gestão do balanço. Nas demais grandes unidades, o único aumento significativo foi registrado nos EUA devido às maiores provisões realizadas pelo SCUSA, em parte pelo aumento no volume de atividade regis trado após o acordo com a Chrysler. Por outro lado, as linhas de perda de valor de outros ativos e ou tros resultados são negativas em 2,292 bilhões de euros (2,059 bi lhões no exercício anterior). Ganhos de operações e saneamentos líquido de impostos Milhões de euros 108 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO Provisões para perdas com créditos Milhões de euros 2014 11.922 (24) (1.336) Para créditos Para risco-país Ativos em suspenso recuperados Total 10.562 Finalmente, o resultado antes de impostos é de 9,720 milhões de euros, 32,0% acima de 2013. Após considerar impostos, operações interrompidas e participa ções minoritárias, o lucro atribuível tem aumento de 39,3%, atingindo 5,816 bilhões de euros (49,3% sem o impacto das taxas de câmbio). 2013 13.405 2 (1.068) 12.340 Variação absoluta (1.483) (26) (268) (1.778) % (11,1) — 25,1 (14,4) 2012 15.497 (2) (1.974) 13.521 ações realizado para atender o pagamento de importâncias equi valentes aos dividendos para acionistas que optaram por receber ações do Santander. O lucro por ação de 2014 é de 0,48 euros (24,4% acima do ano passado), cuja evolução foi afetada pelo aumento do número de O RoE (lucro atribuível à Controladora sobre o resultado de fundos próprios mais ajustes por avaliação) se situa em 7,0% e o RoTE em 11,0%, em ambos os casos considerando efetivo o aumento de capi tal realizado como se tivesse sido feito durante todo o exercício. Por outro lado, o RoRWA teve queda de 1,3%. Em todos os casos melhoram sobre os resultados do exercício anterior. Lucro líquido Lucro por ação Milhões de euros Euros (*) Lucro líquido ajustado à entrada em vigor com caráter retroativo da interpretação da normativa contábil internacional CINIIF 21. ROTE* % (*) RoTE: Lucro líquido atribuído ao Grupo / (cifra média de capital + reservas + lucro retido + ajustes por valoração – ágio – outros intangíveis). Em 2014, proforma considerando o aumento de capital de janeiro de 2015. 109 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO Balanço Milhões de euros Ativo Caixa e depósitos em bancos centrais Ativos financeiros para negociação Instrumentos de dívida Crédito a clientes Instrumentos de patrimônio Derivativos Empréstimos em instituições de crédito Outros ativos financeiros avaliados pelo seu valor justo Crédito a clientes Outros (empréstimos em instituições de crédito, instrumentos de dívida e instrumentos de patrimônio) Ativos financeiros disponíveis para venda Instrumentos de dívida Instrumentos de patrimônio Empréstimos e recebíveis Empréstimos em instituições de crédito Crédito a clientes Instrumentos de dívida Participações Ativos tangíveis e intangíveis Ágio Outros ativos Total ativo 2014 69.428 148.888 54.374 2.921 12.920 76.858 1.815 42.673 8.971 2013 77.103 115.309 40.841 5.079 4.967 58.920 5.503 31.441 13.255 Variação absoluta (7.675) 33.579 13.533 (2.158) 7.953 17.938 (3.688) 11.232 (4.285) % (10,0) 29,1 33,1 (42,5) 160,1 30,4 (67,0) 35,7 (32,3) 2012 118.488 177.917 43.101 9.162 5.492 110.319 9.843 28.356 13.936 33.702 115.251 110.249 5.001 781.635 51.306 722.819 7.510 3.471 26.109 27.548 51.293 1.266.296 18.185 83.799 79.844 3.955 731.420 57.178 666.356 7.886 3.377 18.137 24.263 49.279 1.134.128 15.517 31.452 30.406 1.046 50.216 (5.872) 56.463 (376) 93 7.972 3.284 2.014 132.168 85,3 37,5 38,1 26,4 6,9 (10,3) 8,5 (4,8) 2,8 44,0 13,5 4,1 11,7 14.420 92.339 87.797 4.542 770.349 54.817 708.473 7.059 2.427 17.346 25.652 50.005 1.282.880 109.792 5.544 — 79.048 25.200 62.318 33.127 3.830 25.360 961.053 122.437 608.956 193.059 17.132 19.468 713 15.376 27.331 1.176.581 91.664 6.292 94.695 8.500 1 58.910 27.285 42.311 26.484 4.086 11.741 880.115 92.390 572.853 182.234 16.139 16.499 1.430 14.599 20.680 1.053.830 84.479 5.667 15.097 (2.956) (1) 20.138 (2.085) 20.007 6.644 (255) 13.619 80.937 30.047 36.103 10.825 993 2.969 (717) 776 6.651 122.752 7.185 625 15,9 (34,8) (100,0) 34,2 (7,6) 47,3 25,1 (6,3) 116,0 9,2 32,5 6,3 5,9 6,2 18,0 (50,2) 5,3 32,2 11,6 8,5 11,0 143.244 8.897 1 109.746 24.600 45.418 28.638 4.904 11.876 971.659 134.467 589.104 210.577 18.238 19.273 1.425 16.019 23.369 1.201.133 81.268 80.026 5.816 (471) (10.858) 8.909 89.714 1.266.296 75.044 4.175 (406) (14.153) 9.972 80.298 1.134.128 4.982 1.641 (64) 3.295 (1.063) 9.416 132.168 6,6 39,3 15,8 (23,3) (10,7) 11,7 11,7 Passivo e patrimônio líquido Passivos financeiros para negociação Depósitos de clientes Obrigação por emissão de títulos Derivativos Outros Outros passivos financeiros avaliados pelo seu valor justo Depósitos de clientes Obrigação por emissão de títulos Depósitos captados junto à bancos centrais e à instituições de crédito Passivos financeiros avaliados pelo custo amortizado Depósitos captados junto à bancos centrais e à instituições de crédito Depósitos de clientes Obrigação por emissão de títulos Passivos subordinados Outros passivos financeiros Contratos de seguros passivos Provisões Outros passivos Total passivo Recursos próprios Capital Reservas Lucro líquido atribuível à Controladora Menos: dividendos e remunerações Ajustes de avaliação Participação de acionistas não controladores Patrimônio líquido total Total passivo e patrimônio líquido 110 5.161 74.475 2.283 (650) (9.471) 9.950 81.747 1.282.880 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO Balanço do Grupo Santander Crescimento generalizado em crédito e recursos em 2014: • No crédito, aumento nos 10 mercados chave, exceto Portugal, com destaque para os países da América Latina. • Em recursos, também crescimento geral, com maior foco no custo dos depósitos e na comercialização de fundos de investimento. • O índice de créditos líquidos / depósitos do Grupo é de 113% (112% em dezembro de 2013). O índice CET1 fully loaded atingiu 9,7% depois do aumento de capital realizado em janeiro de 2015. O índice de capital total fully loaded é de 11,8%. Em 31 de dezembro de 2014, o total de negócios geridos e comer cializados pelo Grupo Santander totalizou 1,428 trilhão de euros, dos quais 89% (1,266 trilhão) correspondem a ativos do balanço, e o restante a fundos de investimento, fundos de pensão e ativos sob gestão. As variações nas taxas de câmbio das moedas em que o Grupo opera tiveram impacto significativo na evolução dos saldos no ano. Dessa forma, considerando as taxas de câmbio finais, com va lorização de 14% do dólar americano, 7% da libra e em torno de 1% do real brasileiro e do peso mexicano, enquanto o peso chileno e o argentino desvalorizaram 2% e 13%, respectivamente, e o zloty polonês 3%. Isso levou a uma incidência positiva de 3-4 pontos percentuais nas variações de créditos e recursos de clientes na comparação ao ano anterior. Por outro lado, no crédito, existe um efeito de perímetro positivo, inferior a um ponto percentual, decorrente das incorporações da financeira El Corte Inglés e do negócio da GE nos países nórdicos, ambas na unidade Santander Consumer Finance. Crédito a clientes Distribuição dos ativos totais O crédito bruto a clientes do Grupo atingiu 761,928 bilhões de euros no final de dezembro, com alta de 7% no ano. Sem conside rar o efeito das variações das taxas de câmbio e eliminando aqui sições temporárias de ativos (ATAs), o crescimento dos saldos foi de 5%, com um avanço sustentável em todos os trimestres do ano. A seguir detalha-se as variações por regiões em 2014: Dezembro 2014 EUA: 8% Resto: 4% Resto América Latina: 3% Espanha: 25% Chile: 3% México: 4% Brasil: 12% Reino Unido: 28% Portugal: 3% Polônia: 2% Alemanha: 3% Ativ. imob. Espanha: 1% Resto Europa: 4% Na Europa continental, evolução desigual por unidades. Redu ções em Portugal, atualmente afetada pela baixa demanda por crédito; e na Atividade Imobiliária Descontinuada na Espanha, pela manutenção da estratégia de redução desse tipo de risco. Por outro lado, houve crescimento no Santander Consumer Finance, em parte favorecido pelo perímetro; na Polônia, com boa evolução em produtos e segmentos; e na Espanha, invertendo a tendência dos últimos ano com o aumento do crédito em empresas e administrações públicas. Crédito a clientes Milhões de euros Crédito à Administrações Públicas Espanholas Crédito a outros setores residentes Carteira comercial Crédito com garantia real Outros créditos Crédito ao setor não residente Crédito com garantia real Outros créditos Créditos a clientes (bruto) Provisões para perdas - crédito Créditos a clientes (líquido) Promemoria: Ativos Duvidosos Administração Pública Outros setores residentes Não residentes 2014 17.465 154.905 7.293 96.426 51.187 589.557 369.266 220.291 761.928 27.217 734.711 40.424 167 19.951 20.306 2013 13.374 160.478 7.301 96.420 56.757 537.587 320.629 216.958 711.439 26.749 684.690 41.088 99 21.763 19.226 Variação absoluta 4.091 (5.572) (8) 6 (5.570) 51.970 48.637 3.333 50.489 468 50.021 (664) 68 (1.812) 1.080 % 30,6 (3,5) (0,1) 0,0 (9,8) 9,7 15,2 1,5 7,1 1,7 7,3 (1,6) 69,1 (8,3) 5,6 2012 16.884 183.130 8.699 103.890 70.540 558.572 339.519 219.052 758.586 27.014 731.572 36.002 121 16.025 19.856 111 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO • Na Espanha (excluindo a unidade de Atividade Imobiliária Des continuada), o crédito bruto a clientes, descontando aquisições temporárias de ativos, subiu 2% com o seguinte detalhamento: – O crédito a pessoas físicas totalizou 59,746 bilhões de euros, dos quais 47,333 bilhões representaram crédito imobiliário para a compra de imóveis residenciais. Essa carteira repre senta as linhas de financiamentos para a compra do primeiro imóvel residencial das famílias, com uma forte concentração nos tranches mais baixos do loan to value (73% com LTV infe rior a 80%). No ano, o saldo do crédito imobiliário registrou queda de 6%, uma vez que o forte aumento de 64% na produ ção não compensou as amortizações realizadas. – Os empréstimos concedidos diretamente a PMEs e pessoas jurídicas sem finalidade imobiliária, e que totalizaram 86,459 bilhões de euros, constituíram o item mais relevante dentro das operações de crédito, representando 53% do total. Seu crescimento no ano atingiu 5%, favorecido pelo plano espe cial para a promoção do segmento de PMEs. – O crédito a administrações públicas espanholas registrou crescimento considerável no exercício, devido ao aumento do financiamento, tanto à Administração Central como a Corpo rações Locais e Administrações Autônomas, em virtude da participação em operações corporativas, como do financia mento do chamada déficit tarifário elétrico. • Em Portugal, houve queda de 5% em relação ao mesmo período do ano anterior, devido ao ambiente de desalavancagem do país, o que levou o Santander Totta a ganhar participação de mercado em pessoas físicas e jurídicas. Quanto a esses dois úl timos itens, os saldos em construção e imobiliário, que repre sentam menos de 2% dos créditos a clientes no país, tiveram queda de 27%. • Na Polônia, o crédito registrou alta de 7% no ano em moeda local, com crescimento generalizado por produtos e segmentos. Destaque para PMEs (+11%) e grandes empresas, segmento em processo de desenvolvimento no país, que teve alta de 32%, porém sobre uma base pequena. • No Santander Consumer Finance, os saldos aumentaram 9%, com comportamentos diferentes por países. Dessa forma, em suas respectivas moedas locais, a Alemanha, que representou quase 50% do crédito da área, manteve saldos estáveis, na Polô nia houve crescimento de 6%, e nos Países Nórdicos e na Espa nha os aumentos foram de 48% e 32%, respectivamente, ambos favorecidos pelo efeito de perímetro. Em Portugal e na Itália foi mantido o ajuste da carteira. A nova produção em 2014 teve expansão de 14% em relação ao mesmo período de 2013. Em sua composição por produtos, au mentos significativos no crédito direto, cartões e veículos novos, que continuam a manter uma evolução melhor do que o setor. • Por fim, o crédito líquido incluído na unidade de Atividade Imo biliária Descontinuada na Espanha totalizou 3,787 bilhões de euros, com uma redução no ano de 1,948 bilhões, represen tando 34%. No Reino Unido, o saldo de crédito a clientes registrou alta de 3% em libras no ano. Em critério local, crescimento de 1% no crédito imobiliário e de 8% em empréstimo a pessoas jurídicas. A América Latina registrou aumento de 12% frente ao ano ante rior em moeda constante, com avanços importantes em todos os países: Brasil (+10%), México (+18%), Chile (+8%), Argentina (+23%), Uruguai (+17%) e Peru (+28%). Crédito a clientes (bruto) Créditos a clientes Bilhões de euros % sobre áreas operacionais. Dezembro 2014 EUA: 9% Resto América Latina: 2% Chile: 4% Espanha: 22% México: 4% Brasil: 10% Reino Unido: 34% (*) Sem efeito do tipo de cambio: +3,3% 112 Portugal: 3% Polônia: 2% Alemanha: 4% Ativ. imob. Espanha: 1% Resto Europa: 5% RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO Gestão de risco de crédito* Milhões de euros 2014 41.709 5,19 28.046 21.784 Ativos inadimplentes e duvidosos Índice de inadimplência (%) Provisões Específicas Coletivas Índice de cobertura (%) Custo de crédito (%) ** 6.262 67,2 1,43 2013 42.420 5,61 27.526 22.433 5.093 64,9 1,69 Variação absoluta (711) (0,42 P.) 520 (650) 1.170 2,3 P. (0,26 P.) % (1,7) 1,9 (2,9) 23,0 2012 36.761 4,55 27.704 22.213 5.491 75,4 2,38 * Não considera risco país ** Provisões para perdas com créditos 12 meses / carteira de crédito média Nota: Índice de inadimplência: Ativos inadimplentes e duvidosos/Carteira de Crédito com garantias e avais Por fim, alta de 4% em dólares nos Estados Unidos, relacionada às securitizações e vendas de ativos realizadas no segundo se mestre do ano (+7% excluindo esse efeito). Em termos de unida des, o Santander Bank registrou crescimento de 1% (6% excluindo vendas de ativos), o SCUSA elevou seus saldos em 13%, favorecido pela aliança estratégica com a Chrysler, e em Porto Rico houve redução de 16% dentro do ambiente de redu ção da alavancagem do setor. Com esta evolução, no final de 2014, a Europa continental repre sentou 37% dos créditos líquidos a clientes do Grupo (22% na Es panha), o Reino Unido 34%, a América Latina 20% (10% no Brasil) e os Estados Unidos representaram os 9% restantes. ção de 51% em relação ao exercício anterior, com quedas genera lizadas em todas as regiões. Destaque para Espanha, Portugal, Polônia, Reino Unido e Chile. Os ativos inadimplentes e duvidosos apresentaram redução de 711 milhões de euros no ano, atingindo 41,709 bilhões no final de 2014. Esse saldo, aliado aos níveis atuais de investimento, situaram a taxa de inadimplência do Grupo em 5,19%, represen tando a primeira redução anual (-42 pontos-base) desde o iní cio da crise. As entradas em mora líquidas atingiram 9,652 bilhões de euros, excluindo os efeitos de perímetro e taxas de câmbio, uma redu- Para cobrir essa inadimplência, foi contabilizado no balanço um fundo total para créditos de liquidação duvidosa de 28,046 bi lhões de euros, dos quais 6,262 bilhões correspondem a fundos para provisões coletivas. O fundo total teve um discreto au mento no ano (+2%), o que, aliado à redução dos riscos de atra sos, permitiu registrar cobertura de 67% no final do exercício (65% em dezembro de 2013). Inadimplência e cobertura. Total Grupo Inadimplência e cobertura. Principais unidades % % Riscos 113 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO O custo do crédito (expresso como o percentual representado por provisões para perdas com crédito dos últimos doze meses em re lação à média das operações de crédito no mesmo período) atin giu 1,43% (1,69% em dezembro de 2013). Excluindo SCUSA, que pelo tipo de operação tem um nível elevado de provisões e recu perações, o custo do crédito atingiu 1,15%, frente a 1,53% em de zembro de 2013. As informações mais detalhadas sobre a evolução do risco de cré dito, dos sistemas de controle e acompanhamento ou dos mode los internos de risco para o cálculo de provisões estão incluídas no capítulo específico de Gestão do Risco deste relatório. Recursos de clientes sob gestão e comercializados O total de recursos de clientes sob gestão, incluindo fundos de in vestimento, fundos de pensão e ativos sob gestão, atingiu 1,023 trilhões de euros, com alta de 8% em relação a dezembro de 2013. Excluindo o impacto das taxas de câmbio, o aumento foi de 5%. A estratégia adotada de forma geral é crescer em contas à vista, reduzir passivos caros e comercializar fundos de investimento. O resultado foi um aumento de 9% nas contas à vista (com alta nas dez unidades principais), redução de 5% nas contas a prazo e cres cimento de 18% em fundos de investimento. • Na Espanha, o total de recursos aumentou 5% na comparação com dezembro de 2013. O país é um exemplo claro da estratégia adotada no ano: aumento de 25% em contas à vista e de 28% em fundos de investimento, consolidando a liderança do Grupo Santander em fundos imobiliários. Por outro lado, os saldos a prazo tiveram queda de 22%. • Em Portugal, o total de recursos registrou crescimento de 5% (+4% de depósitos de clientes sem CTAs e +21% dos fundos de investimento). Destaca-se o forte aumento das contas à vista, ao passo que as contas a prazo mantiveram os mesmos saldos do final de 2013. • Na Polônia, e em moeda local, houve alta de 12% nos depósitos e sem variação nos fundos de investimento, totalizando um crescimento conjunto de 10%. • Por fim, o Santander Consumer Finance registrou redução de 2% nos depósitos, em virtude da política de redução dos saldos de maior custo na Alemanha, que representaram 81% dos depó sitos da área. Considerando esses conceitos, isto é, o agregado de depósitos ex cluindo as cessões temporárias de ativos (CTAs) e fundos de inves timento, o aumento foi de 9% (+6% excluindo o impacto das taxas de câmbio). No Reino Unido, os depósitos de clientes sem cessões (em libra) aumentaram 3%, devido à estratégia de substituição de depósitos caros e menos estáveis pelos que oferecem uma maior oportuni dade de vinculação. Nesse sentido, as contas à vista cresceram 24% em 2014, devido ao aumento em contas correntes impulsio nado pelo bom desempenho da comercialização dos produtos da gama 1|2|3, que compensaram a redução dos saldos a prazo. En quanto isso, os fundos de investimento caíram 8% no ano. Em termos de regiões geográficas, a Europa continental mostrou a seguinte evolução por unidades principais: Na América Latina, houve aumento de 14% em moeda constante no total de depósitos sem cessões temporárias mais os fundos de Recursos de clientes sob gestão e comercializados Recursos de clientes sob gestão e comercializados Bilhões de euros % sobre áreas operacionais. Dezembro 2014 TOTAL +8,2%* Outros +19,0% Empréstimos e passivo subor dinados +5,7% EUA: 7% Resto América Latina: 3% Chile: 4% Brasil: 15% Depósitos +6,5% Reino Unido: 30% (*) Sem efeito de tipo de cambio: +5,0% 114 Espanha: 25% México: 5% Portugal: 3% Polônia: 3% Alemanha: 3% Resto Europa: 2% RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO Recursos de clientes sob gestão e comercializados Milhões de euros 2014 9.349 163.340 88.312 67.495 7.532 474.939 273.889 151.113 49.937 647.628 196.890 17.132 861.649 124.708 11.481 25.599 161.788 1.023.437 Administrações Públicas residentes Outros setores residentes Vista Prazo Outros Setor não residente Vista Prazo Outros Depósitos de clientes Obrigação por emissão de títulos* Passivos subordinados Recursos de clientes em balanço Fundos de investimento Fundos de pensão Patrimônios administrados Outros recursos de clientes sob gestão e comercializados Recursos de clientes sob gestão e comercializados 2013 7.745 161.649 74.969 80.146 6.535 438.442 230.715 161.300 46.427 607.836 186.321 16.139 810.296 103.967 10.879 21.068 135.914 946.210 Variação absoluta 1.604 1.691 13.343 (12.650) 998 36.497 43.175 (10.187) 3.509 39.791 10.569 993 51.354 20.741 602 4.531 25.873 77.227 % 20,7 1,0 17,8 (15,8) 15,3 8,3 18,7 (6,3) 7,6 6,5 5,7 6,2 6,3 19,9 5,5 21,5 19,0 8,2 2012 8.487 157.011 71.526 75.414 10.071 461.141 228.698 179.503 52.940 626.639 215.482 18.238 860.359 100.709 10.076 18.952 129.737 990.096 (*).- Inclui notas promissórias de varejo (milhões de euros): 274 em dezembro 2014, 3.553 em dezembro 2013 e 11.536 em dezembro 2012 investimento. Em sua composição: Brasil registrou alta de 12%; México, 13%; Chile, 17%; Argentina, 37%; Uruguai, 18%; e Peru, 32%. Por fim, nos Estados Unidos a somatória de depósitos sem ces sões temporárias e fundos de investimento apresentou alta de 6%. No detalhamento, os depósitos aumentaram 5% e seguem uma trajetória de melhoria em sua composição e custo similar ao apresentado por outras unidades (à vista: +7%; a prazo: -10%). Ao mesmo tempo, os fundos de investimento aumentaram 79% sobre uma base pequena. Além dos avanços anteriores, os fundos de pensão registraram crescimento de 5% na Espanha e de 7% em Portugal, únicos países em que esse produto é comercializado. Em 2014, foram realizadas emissões de dívida sênior a médio e longo prazo no valor de 26,423 bilhões de euros e de cédulas hipo tecárias de 7,711 bilhões de euros. Destaques: a colocação do Santander Totta no valor de 1,750 bi lhão de euros em duas emissões de covered bonds hipotecários, depois de quatro anos sem presença no mercado de covered bonds internacional; a emissão sênior de 1,5 bilhão de euros realizada no mercado europeu pelo Banco Santander S.A. no primeiro trimes tre; as operações do Santander UK no mês de setembro, colo- Créditos / depósitos. Total Grupo % Em termos dos segmentos mais importantes, a Europa continental representa 36% dos recursos sob gestão e comercializados de clientes (25% correspondem à Espanha), Reino Unido 30%, Amé rica Latina 27% (15% no Brasil) e Estados Unidos os 7% restantes. Em conjunto com a captação de depósitos de clientes, o Grupo Santander considera estratégico manter uma política seletiva de emissão nos mercados internacionais de renda fixa, buscando adaptar a frequência e o volume de operações de mercado às ne cessidades estruturais de liquidez de cada unidade, bem como à receptividade de cada mercado. 115 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO Fundos de investimento sob gestão e comercializados Milhões de euros Espanha Portugal Polônia Reino Unido América Latina EUA Total cando a dívida sênior no mercado norte-americano no valor de 1,5 bilhão de dólares e covered bonds no mercado europeu por 1,5 bi lhão de euros; a emissão em novembro por parte de Banco San tander S.A. Espanha de uma cédula hipotecária em duas tranches no valor agregado de 3 bilhões e prazos de 10 e 20 anos, respecti vamente, o maior prazo de uma cédula desde o início da crise; e a dívida sênior emitida pelas diversas unidades europeias do San tander Consumer Finance no valor total de 4,571 bilhões de euros nos mercados locais em que operam. Em termos de atividade de securitização, as filiais do Grupo realiza ram colocações de diversas securitizações no mercado durante o ano de 2014, somando um total de 13,391 bilhões de euros, principal mente por meio de unidades de financiamento ao consumo. Essa atividade de emissão demonstra a capacidade de acesso do Grupo Santander aos diferentes segmentos de investidores insti tucionais por meio de mais de dez unidades com capacidade de emissão, inclusive a matriz, Banco Santander, S.A., e as principais filiais nos países em que atua. Tudo isso reafirma a política de fi- 2014 42.183 1.276 3.430 9.524 66.657 1.640 124.708 2013 33.104 1.050 3.525 9.645 55.835 807 103.967 Variação absoluta 9.078 226 (96) (122) 10.821 833 20.741 % 27,4 21,5 (2,7) (1,3) 19,4 103,3 19,9 2012 26.720 1.544 2.460 13.919 54.606 1.460 100.709 liais autônomas em liquidez do Grupo, de forma que cada uma adapte sua política de emissão à evolução de seu balanço. Por outro lado, em 2014, ocorreram em todo o Grupo vencimentos e amortizações de dívida a médio e longo prazo no montante de 33,765 bilhões de euros, compostos da seguinte forma: dívida sê nior totalizando 20,111 bilhões de euros; cédulas hipotecárias com 10,175 bilhões de euros; subordinadas com 1,731 bilhão de euros; e preferenciais com 1,749 bilhão de euros. A evolução do crédito e dos recursos levou o índice de crédito / depósitos a atingir 113% em dezembro, dentro da zona de con forto do Grupo (em torno de 120% ou menos). Por sua vez, o ín dice de depósitos mais financiamento de médio / longo prazo sobre créditos atingiu 116%, mostrando a estrutura confortável de financiamento. Em termos de financiamentos provenientes de bancos centrais, o Grupo participou em 2014 dos leilões de liquidez de longo prazo condicionados ao volume e evolução do crédito não imobiliário Fundos de pensão sob gestão e comercializados Milhões de euros Espanha Portugal Total 116 2014 10.570 911 11.481 2013 10.030 848 10.879 Variação absoluta 539 63 602 % 5,4 7,4 5,5 2012 9.289 787 10.076 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO (TLTRO) realizados pelo Banco Central Europeu. No total dos dois leilões, foi obtida uma liquidez de 8,200 bilhões de euros, por meio dos bancos da Espanha, Portugal e SCF. Os derivativos de negociação totalizaram 76,858 bilhões de euros no ativo e 79,048 milhões no passivo, com altas em comparação ao mesmo período do ano anterior, devido à queda nas taxas na curva de longo prazo. Outras rubricas do balanço Recursos próprios e índices de solvência O total de ágio atingiu 27,548 bilhões de euros, com aumento de 3,284 bilhões em 2014 por conta da saída à bolsa do SCUSA, as in corporações da Getnet e do negócio da GE nos países nórdicos, e em virtude da evolução das taxas de câmbio, principalmente do dólar americano e da libra. Os ativos financeiros disponíveis para venda totalizaram 115,251 bi lhões de euros, um número que representa um aumento de 31,452 bilhões e 38% sobre o contabilizado no final do ano passado, de vido aos aumentos das posições da dívida da Espanha, Portugal, Reino Unido, Brasil e Estados Unidos. O total de fundos próprios, depois de lucros retidos, chegou a 91,664 bilhões de euros, com crescimento de 7,185 bilhões (9%) no ano. Durante 2014, ocorreram diversas emissões de ações ordinárias para atender aos acionistas que optaram por receber o valor equi valente aos sucessivos dividendos em ações nos programas San tander Dividendo Elección. Dessa forma, em função dos quatro scrip dividend realizados no ano, dois para o terceiro e o quarto dividendos de 2013 e os outros dois para o primeiro e segundo de 2014, foi emitido um total de 880.057.105 ações, com um percen tual de aceitação total de 87,1%. Patrimônio líquido e capital com natureza de passivo financeiro Milhões de euros Capital Prémio de emissão Reservas Valores próprios Lucro atribuído Menos: dividendos e remunerações Fundos próprios Ajustes de avaliação Recursos próprios Participação de acionistas não controladores Patrimônio líquido Participações preferenciais em passivos subordinados Patrimônio líquido e capital com natureza de passivo financeiro 2014 6.292 38.611 41.425 2013 5.667 36.804 38.248 Variação absoluta 625 1.807 3.177 % 11,0 4,9 8,3 (10) 5.816 (471) 91.664 (10.858) 80.806 8.909 89.714 6.978 (9) 4.175 (406) 84.479 (14.153) 70.326 9.972 80.298 4.053 (1) 1.641 (64) 7.185 3.295 10.480 (1.063) 9.416 2.925 11,1 39,3 15,8 8,5 (23,3) 14,9 (10,7) 11,7 72,2 (287) 2.283 (650) 81.268 (9.471) 71.797 9.950 81.747 4.740 96.692 84.351 12.341 14,6 86.487 2012 5.161 37.302 37.460 117 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO Além disso, no mês de setembro, foram emitidas 370.937.066 ações para atender à troca decorrente da oferta de aquisição de minoritários do Banco Santander Brasil, S.A. Quanto aos ajustes por avaliação, houve uma melhoria de 3,295 bi lhões de euros, com incidência do impacto positivo exercido pelas taxas de câmbio sobre o valor das participações em subsidiárias estrangeiras (em parte protegidas por coberturas) e pelas avalia ções das carteiras, principalmente de renda fixa. Com isso, os recursos próprios encerraram 2014 em 80,806 bi lhões de euros, com aumento de 10,479 bilhões e de 15% no ano. Somando os 7,500 bilhões do aumento de capital realizado em ja neiro de 2015, os recursos próprios subiram para 88,306 bilhões. Os recursos próprios computáveis do Grupo, já atualizados com o aumento do capital, atingiram 77,854 bilhões de euros. computáveis como capital adicional de nível 1 (additional tier 1 ou AT1) e com as quais reforçou sua solvência (Tier 1). Essas operações envolveram valores de 1,500 bilhão de euros (em março), 1,500 bilhão de dólares (em maio) e 1,500 bilhão de euros (em setembro), com taxas anuais de 6,25% 6,375% e 6,25%, respec tivamente, para os primeiros cinco anos nas duas primeiras e nos primeiros sete na última. Todas registraram um considerável ex cesso de demanda por parte dos investidores internacionais aos quais foram dirigidas, tornando necessário realizar os devidos ra teios em cada uma delas. Do ponto de vista qualitativo, o Grupo Santander apresenta índi ces sólidos e adequados a seu modelo de negócios, à estrutura do balanço e a seu perfil de risco. O índice CET1 (common equity tier 1) phase-in é de 12,2%, igual ao índice de Capital Tier 1, enquanto o índice total é de 13,3%. No âmbito da nova norma europeia para recursos próprios e vol tadas exclusivamente para investidores qualificados, o Banco San tander, S.A. realizou em 2014 três emissões de participações contingentemente conversíveis em ações ordinárias do Banco, Em termos fully loaded, o índice CET1 é de 9,7% e o índice total é de 11,8%. Todos esses índices, e incorporando o aumento de capi tal realizado em janeiro de 2015. Fundos próprios computáveis*. Dezembro 2014 Índice de capital. Fully loaded Milhões de euros % CET1 (Capital Principal Nível I) Phase-in 71.598 Fully loaded 56.282 Fundos próprios base Fundos próprios computável Ativos ponderados pelo risco 71.598 77.854 585.243 61.010 68.570 583.366 12,2 12,2 13,3 9,7 10,5 11,8 CET1 capital ratio* T1 capital ratio Índice de Basileia (*).- Dado proforma, considerando o aumento de capital de janeiro de 2015 118 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO Agências de rating O acesso do Grupo aos mercados de financiamento no atacado e o custo das emissões, dependem, em parte, das classificações das agências de rating. As agências de classificação revisam periodicamente os ratings do Grupo. A classificação da dívida depende de uma série de fatores endógenos da entidade (solvência, modelo de negócio, capacidade de geração de resultados) e outros exógenos relacionados com o ambiente econômico global, a situação do setor e do risco soberano das localidades onde atua. A classificação e a perspectiva do rating soberano da Espanha me lhorou em 2014. Moody’s elevou a classificação de Baa3 para Baa2 e a perspectiva de estável a positiva; a Fitch elevou a classificação de BBB para BBB+, confirmada em outubro; e, em maio, a S&P ele vou de BBB- para BBB. Em alguns casos, a metodologia das agências limita o rating de um banco acima do rating soberano da sua sede; por esse motivo, ape sar dos bons fundamentos do Grupo, o rating do Grupo pode estar limitado pelo rating soberano espanhol. No final de 2014, o Banco Santander era o único banco no mundo com um rating acima do rating soberano de sua sede em quatro agências, após as elevações registradas em 2014 por parte da Mo ody’s, de Baa2 para Baa1 com perspectiva estável; da Fitch, de BBB+ para A- com perspectiva estável; e da S&P de BBB para BBB+ também com perspectiva estável. A classificação com a DBRS con tinua em A. Essas classificações superiores ao rating soberano são reconhecimentos da solidez financeira e da diversificação do San tander. No primeiro trimestre do ano de 2014, o Grupo obteve a classifica ção A+ e A, respectivamente, pela GBB Rating e Scope. A boa avaliação que as agências têm do perfil de crédito do San tander é refletida no rating por fundamentos individuais do Banco, os quais, no caso da S&P, o coloca em "a-", um nível de rating equi valente a outros bancos concorrentes, incluindo aqueles domicilia dos em países em melhor situação macroeconômica. Agências de rating DBRS Fitch Ratings GBB Rating Moody’s Standard & Poor´s Scope Longo prazo A A A+ Baa1 BBB+ A Curto prazo R1(bajo) F2 P-2 A-2 Perspectiva Negativa Estável Estável Estável Estável Estável 119 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS Descrição de segmentos Em 2014, o Grupo Santander manteve os critérios gerais aplicados em 2013, bem como os segmentos de negócio, com as seguintes exceções: 1) Nas demonstrações financeiras do Grupo: • O Grupo apresentou a Interpretação CINIIF 21 “Taxas”, a qual aborda a contabilização dos passivos para pagar gravames dentro da NIC 37. Sua adoção deve modificar a contabilização dos apor tes realizados pelo Santander UK ao Financial Services Compensa tion Scheme, bem como os aportes feitos por instituições financeiras espanholas do Grupo ao Fundo de Garantia de Depósi tos. De acordo com a norma, a referida mudança foi aplicada re troativamente, procedendo a modificação dos saldos dos exercícios de 2013 (impacto de -195 milhões de euros no lucro atri buído e de -65 milhões de euros nas reservas do Grupo) e de 2012 (impacto de -12 milhões de euros no lucro atribuído e de -53 mil hões de euros nas reservas do Grupo). • Por outro lado, algumas operações corporativas realizadas pelo Grupo recentemente implicam mudanças no método de consoli dação. A assunção do controle do Santander Consumer USA (SCUSA), realizada em 2014, significa passar a consolidar a em presa por integração global em lugar de pelo método de equiva lência patrimonial e, por outro lado, a renúncia ao controle das sociedades gestoras vendidas, refletida no encerramento do exer cício de 2013, significa que passam a ser consolidadas pelo mé todo de equivalência patrimonial em lugar de por interação global. São oferecidas informações proforma com as demonstra ções financeiras do Grupo referentes a períodos anteriores, mo dificadas para facilitar a comparabilidade, como se essas mudanças tivessem se efetivado nos períodos correspondentes. 2) Nas regiões geográficas, após as mudanças: • A área geográfica dos Estados Unidos passa a incluir o Santander Bank, Santander Consumer USA, o qual, conforme indicado, havia sido consolidado pelo método de equivalência patrimonial e passa a fazer parte da consolidação por integração global, além de Porto Rico, que anteriormente figurava como incluído na América Latina. • As unidades vendidas do Santander Asset Management passam a ser consolidadas pelo método de equivalência patrimonial, con forme indicado acima, nos diversos países. 3) Outros ajustes: • Ajuste anual do perímetro do Modelo de Relação Global de clien tes entre o Banco Comercial e Global Banking & Markets. Essa mudança não tem impacto sobre os segmentos principais (ou ge ográficos). • Modificação da área de Gestão de Ativos e Seguros, que passa a ser chamada de Private Banking, Gestão de Ativos e Seguros. Em relação aos dados publicados em 2013 foram incorporadas as uni 120 dades de Private Banking doméstico da Espanha, Portugal, Itália, Brasil, México e Chile, onde é feita uma gestão compartilhada com os bancos locais. Também inclui o Santander Private Ban king na América Latina. Em termos comparativos, os dados dos períodos anteriores dos segmentos principais e secundários foram reformulados para in cluir as mudanças nas áreas afetadas. A elaboração das demonstrações financeiras de cada segmento de negócio é realizada a partir da agregação das unidades operacio nais básicas que existem no Grupo. A informação de base corres ponde tanto aos dados contábeis das unidades jurídicas que integram cada segmento como os disponíveis dos sistemas de in formação de gestão. Em todos os casos são aplicados os mesmos princípios gerais utilizados no Grupo. A estrutura das áreas operacionais de negócios é apresentada em dois níveis: Nível principal (ou geográfico). A atividade das unidades opera cionais é segmentada por área geográfica. Essa visão coincide com o primeiro nível de gestão do Grupo e reflete o posiciona mento do Santander nas três áreas de influência monetária no mundo (euro, dólar e libra). Os segmentos divulgados são os se guintes: • Europa Continental. Incorpora todos os negócios do Banco Co mercial, Banco de Atacado, Private Banking e Gestão de Ativos e Seguros realizados na região, bem como a Unidade de Ativi dade Imobiliária Descontinuada na Espanha. Ficam disponibili zadas informações financeiras detalhadas da Espanha, Portugal, Polônia e Santander Consumer Finance (as quais incorporam todos os negócios na região, incluindo os três países citados). • Reino Unido. Inclui os negócios de Banco Comercial, Banco de Atacado, Private Banking, Gestão de Ativos e Seguros desenvol vidos pelas por diversas unidades e filiais do Grupo ali presen tes. • América Latina. Abrange todas as atividades financeiras que o Grupo desenvolve por meio de seus bancos e filiais na América Latina. Também inclui as unidades especializadas do Santander Private Banking, como uma unidade independente administrada globalmente, e os negócios de Nova York. As demonstrações de resultados do Brasil, México e Chile estão detalhadas. • EUA. Inclui os negócios do Santander Bank, Santander Consu mer USA e Porto Rico. Nível secundário (ou de negócios). A atividade das unidades de ne gócio é distribuída por tipo de negócios nos seguintes segmentos: Banco Comercial, Banco de Atacado, Private Banking, Gestão de Ativos e Seguros e a unidade de Negócios Imobiliários Desconti nuada na Espanha. RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS • Banco Comercial. Compreende todos os negócios do Banco en volvendo clientes, exceto Private Banking e Banco Corporativo ge ridos de pelo Modelo de Relação Global. Por seu peso relativo, as principais áreas geográficas são destacadas (Europa Continental, Reino Unido, América Latina e Estados Unidos). Além disso, inclui os resultados de posições de hedging em cada país, tomadas no âmbito do Comitê de Gestão de Ativos e Passivos de cada um deles. • Banco Global de Atacado (GBM). Reflete o rendimento dos ne gócios de Banco Corporativo Global, Banco de Investimento e Mercados em todo o mundo, incluindo títulos do tesouro com gestão global, tanto em termos de comércio e distribuição aos clientes (sempre após a partilha realizada com os clientes de Banco Comercial), bem como o negócio de renda variável. • Private Banking, Gestão de Ativos e Seguros. Inclui a incorpo ração, pelo Grupo, do desenho e gestão dos negócios de fundos de investimentos, pensões e seguros, em alguns casos através de unidades distintas totalmente controladas pelo Grupo, e em ou tros de unidades onde o Grupo participa através de joint ventures com especialistas. Essas unidades remuneram as redes de distri buição utilizadas para a comercialização desses produtos (basi camente do Grupo, embora sem exclusividade) por meio de acordo de partilha de receitas. Portanto, o resultado considerado nesse segmento é, para cada uma das unidades incluídas (de acordo com sua participação e modo de consolidação), o resul Distribuição do lucro por segmentos geográficos operacionais*. 2014 Resto América Latina: 5% Chile: 6% México: 8% Além dos negócios operacionais descritos, tanto por área geográfica quanto setor, o Grupo continua a manter a área de Atividades Cor porativas. A área incorpora os negócios de gestão centralizada re lativos a participações financeiras, a gestão financeira da posição estrutural de câmbio e de risco de juros estrutural da matriz, bem como da gestão da liquidez e dos recursos próprios por meio de emissões e securitizações. Como holding do Grupo, administra o total de capital e reservas, as atribuições de capital e a liquidez com o resto dos negócios. Como saneamentos, inclui amortização de ágio e não inclui os custos dos serviços centrais do Grupo que são apropriados às áreas, com ex ceção das despesas corporativas e institucionais relacionadas com o funcionamento do Grupo. Os dados das diferentes unidades do Grupo relacionadas abaixo foram elaborados de acordo com os mesmos critérios utilizados para o Grupo, e podem não coincidir com aqueles publicados in dividualmente por cada entidade. Distribuição do lucro por segmentos de negócios operacionais*. 2014 Banco Comercial: 72% Europa continental: 33% América Latina: 38% EUA: 10% tado líquido entre a receita bruta e o custo de distribuição deri vado dos acordos de partilha. Além disso, inclui o negócio de Pri vate Banking, conforme definido anteriormente. Private Banking, Gestão de Ativos e Seguros: 8% Banco Comercial Europa continental: 21% Espanha: 14% Portugal: 2% Polônia: 6% Banco Global de Atacado: 20% Alemanha: 5% Resto Europa: 6% Brasil: 19% Banco Comercial Reino Unido: 17% Banco Comercial EUA: 9% Reino Unido: 19% Banco Comercial América Latina: 25% (*) Sem incluir a unidade de atividade imobiliária descontinuada na Espanha. 121 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS PRINCIPAIS Margem líquida Milhões de euros Europa continental dos quais: Espanha Portugal Polônia Santander Consumer Finance Reino Unido América Latina dos quais: Brasil México Chile EUA Áreas operacionais Atividades Corporativas Total Grupo 2014 2013 Absoluta % % sem TC 6.485 3.515 465 795 1.857 2.651 11.049 7.092 1.812 1.343 3.611 23.795 (1.221) 22.574 5.969 3.220 421 725 1.720 2.276 12.186 8.194 1.796 1.322 2.975 23.406 (1.644) 21.762 515 295 44 70 137 375 (1.137) (1.102) 16 20 636 390 423 813 8,6 9,2 10,5 9,6 8,0 16,5 (9,3) (13,5) 0,9 1,5 21,4 1,7 (25,7) 3,7 8,8 9,2 10,5 9,3 8,0 10,6 0,4 (5,4) 5,2 17,0 21,3 6,5 (25,7) 9,1 2014 2013 Absoluta % % sem TC 2.078 1.121 189 358 891 1.576 3.150 1.558 660 509 800 7.605 (1.789) 5.816 1.115 466 114 334 794 1.149 3.181 1.577 713 435 801 6.246 (2.071) 4.175 963 655 75 24 97 427 (31) (20) (53) 74 (1) 1.359 282 1.641 86,4 140,5 65,1 7,2 12,3 37,1 (1,0) (1,3) (7,4) 17,0 (0,1) 21,8 (13,6) 39,3 87,4 140,5 65,1 6,9 12,3 30,2 10,8 8,0 (3,5) 34,8 (0,2) 27,5 (13,6) 49,3 Lucro líquido atribuído ao Grupo Milhões de euros Europa continental dos quais: Espanha Portugal Polônia Santander Consumer Finance Reino Unido América Latina dos quais: Brasil México Chile EUA Áreas operacionais Atividades Corporativas Total Grupo Crédito a clientes Milhões de euros Europa continental dos quais: Espanha Portugal Polônia Santander Consumer Finance Reino Unido América Latina dos quais: Brasil México Chile EUA Áreas operacionais Total Grupo 2014 2013 Absoluta % % sem TC 266.827 157.047 23.180 16.976 60.448 251.191 144.714 74.373 25.873 30.550 67.175 729.908 734.711 266.355 159.753 24.482 16.214 56.024 231.046 128.684 66.446 22.269 28.783 57.374 683.460 684.690 471 (2.706) (1.302) 761 4.424 20.145 16.030 7.927 3.604 1.767 9.801 46.448 50.021 0,2 (1,7) (5,3) 4,7 7,9 8,7 12,5 11,9 16,2 6,1 17,1 6,8 7,3 (0,6) (1,7) (5,3) 7,7 7,9 1,6 12,1 10,7 14,9 8,0 3,1 3,3 3,8 2014 2013 Absoluta % % sem TC 255.719 178.446 24.016 20.144 30.847 202.328 137.726 68.539 28.627 23.352 46.575 642.348 647.628 256.138 181.117 24.191 18.503 30.878 187.467 122.176 61.490 24.663 20.988 39.206 604.985 607.836 (418) (2.671) (174) 1.641 (30) 14.862 15.551 7.049 3.964 2.364 7.369 37.363 39.791 (0,2) (1,5) (0,7) 8,9 (0,1) 7,9 12,7 11,5 16,1 11,3 18,8 6,2 6,5 (0,1) (1,5) (0,7) 12,0 (0,1) 0,8 12,1 10,2 14,8 13,2 4,6 3,0 3,4 Depósitos de clientes Milhões de euros Europa continental dos quais: Espanha Portugal Polônia Santander Consumer Finance Reino Unido América Latina dos quais: Brasil México Chile EUA Áreas operacionais Total Grupo 122 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS PRINCIPAIS Europa continental Milhões de euros Resultados Margem de juros Comissões líquidas Resultados líquidos por operações financeiras Outras receitas* Margem bruta Despesas totais Despesas administrativas Despesas de pessoal Outras despesas administrativas Amortização de ativos tangíveis e intangíveis Margem líquida Provisões para perdas com créditos Outros resultados e provisões Resultado antes dos impostos sobre o lucro Imposto de renda Lucro líquido das operações continuadas Resultado de operações descontinuadas (líquida) Lucro líquido do período Resultado atribuído aos acionistas não controladores Lucro líquido atribuído ao Grupo Variação absoluta 622 37 (321) 20 357 158 106 171 (66) 52 515 724 184 1.423 (406) 1.017 (20) 997 33 963 % 7,7 1,1 (41,5) 12,1 2,9 (2,4) (1,8) (4,9) 2,9 (6,9) 8,6 (20,1) (24,2) 88,6 115,6 81,0 345,3 79,8 24,8 86,4 50.317 37.319 38.547 6.148 39.902 438.589 256.138 16.781 406 1.430 59.440 79.309 25.086 55.278 48.559 6.719 328.602 471 15.543 15.539 27.207 (311) (17.379) 41.070 (418) 2.654 4 (717) 17.449 22.641 (543) 9.998 9.810 187 12.237 0,2 30,9 41,6 70,6 (5,1) (43,6) 9,4 (0,2) 15,8 1,0 (50,2) 29,4 28,5 (2,2) 18,1 20,2 2,8 3,7 4,35 52,1 9,13 57,3 58.033 6.160 3,76 (2,7) (0,20) (0,1) (1.788) (678) (3,1) (11,0) 2014 8.728 3.457 453 184 12.822 (6.337) (5.632) (3.316) (2.315) (706) 6.485 (2.880) (576) 3.030 (756) 2.273 (26) 2.247 168 2.078 2013 8.107 3.420 774 164 12.465 (6.495) (5.737) (3.488) (2.249) (758) 5.969 (3.603) (759) 1.607 (351) 1.256 (6) 1.250 135 1.115 266.827 266.355 65.859 52.858 65.754 5.838 22.523 479.659 255.719 19.435 409 713 76.889 101.950 24.543 65.275 58.369 6.906 340.839 8,11 49,4 8,93 57,2 56.245 5.482 % sem TC 7,9 1,1 (41,5) 12,2 3,0 (2,3) (1,7) (4,8) 3,1 (6,8) 8,8 (20,0) (24,2) 89,4 116,8 81,8 363,0 80,5 24,4 87,4 Balanço Crédito a clientes** Ativos financeiros para livre negociação (sem créditos) Ativos financeiros disponíveis para venda Instituições de crédito** Imobilizado Outros ativos Total ativo/passivo e patrimônio líquido Depósitos de clientes** Obrigação por emissão de títulos** Passivos subordinados** Passivos por contratos de seguros Instituições de crédito** Outros passivos Capital e reservas*** Outros recursos de clientes sob gestão e comercializados Fundos de investimento e de pensão Patrimônios administrados Recursos de clientes sob gestão e comercializados 0,6 30,9 42,3 70,9 (4,9) (43,4) 9,7 0,1 17,2 3,3 (50,1) 30,1 28,7 (1,7) 18,3 20,4 2,8 4,0 Indicadores (%) e outras informações ROE Eficiência (com amortizações) Índice de inadimplência Índice de cobertura Número de funcionários Número de agências (*).- Inclui rendimentos sobre instrumentos de capital, resultados de equivalência patrimonial e outras receitas/despesas operacionais (**).- Inclui a totalidade de saldos em balanço neste conceito (***).- Não inclui o lucro do exercício 123 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS PRINCIPAIS Europa continental Lucro atribuído em 2014 de 2,078 bilhões de euros, 86,4% acima do registrado em 2013, devido ao bom comportamento de todas as grandes linhas da demonstração de resultados. • As receitas cresceram 2,9% apoiadas na melhora da margem de juros (+7,7%, com bom comportamento em todas as unidades). • As despesas recuaram 2,4%, com quedas na Espanha, Portugal e Polônia. • As provisões para perdas com crédito tiveram queda de 20,1%, com recuo na Espanha, Portugal e Santander Consumer Finance. A estratégia de crescimento foi direcionada ao aumento do crédito em um ambiente de demanda ainda baixa e à redução do custo do passivo. • Controle de custos e aproveitamento de sinergias. • Gestão ativa de riscos. Além disso, foram intensificadas as ações voltadas para dar impulso aos segmentos considerados estratégicos, especialmente no con texto das PMEs e empresas. Atividade Os créditos sem aquisições temporais de ativos registraram um au mento de 2% em 2014 devido à evolução registrada na Espanha, Polô nia e Santander Consumer. No sentido contrário, registraram quedas em Portugal, que continua seu processo de desalavancagem e, princi palmente, a Atividade Imobiliária Descontinuada na Espanha. Em relação ao passivo, a evolução de depósitos sem cessões, com crescimento de 2% em relação ao fechamento de 2013, reflete a po lítica de redução do custo dos depósitos e o aumento da comerciali zação de fundos de investimento, que registraram alta de 24%. Além disso, os fundos de pensão tiveram crescimento de 6%. Resultados A Europa continental inclui todas as atividades realizadas nessa área geográfica, correspondentes a banco comercial, banco global de atacado, private banking e gestão de ativos e seguros, bem como os negócios imobiliários descontinuados na Espanha. Ambiente e estratégia Em 2014, as unidades da Europa continental desenvolveram suas atividades em um ambiente de crescimento moderado, com dife renças significativas por país e sob taxas de juros baixas. A elevada liquidez do sistema facilitou as emissões corporativas e um melhor acesso de empresas e famílias ao crédito bancário. Tudo isso não impediu uma nova queda no crédito na Zona do Euro (em outubro, -1,5% em comparação ao mesmo período do ano passado), reflexo da desalavancagem de algumas economias e da desintermediação. Os depósitos de empresas e famílias mantiveram seu ritmo de cres cimento, em torno de 3%. Nesse contexto foram concluídas as integrações das redes comer ciais na Espanha e dos bancos da Polônia. Além disso, foram manti das as linhas estratégicas gerais dos últimos exercícios: A comparação com o exercício de 2013 foi muito favorável nas prin cipais linhas da demonstração de resultados. As receitas registraram alta de 2,9%, sustentadas pela expansão da margem de juros (+7,7%). A redução observada no custo dos depó sitos impactou de forma positiva a margem de juros em todas as unidades. Por outro lado, as comissões tiveram aumento de 1,1%, le vando em consideração na Espanha o efeito da incorporação de clientes procedentes do Banesto ao programa Queremos ser tu Banco e impactos regulatórios na Espanha, Portugal e Polônia. As despesas tiveram queda de 2,4%, devido aos recuos na Espanha (-6,7%), Polônia (-2,2%) e Portugal (-0,9%). A evolução das receitas e despesas implica um aumento de 8,6% na margem líquida e uma melhoria de 2,7 pontos percentuais no índice de eficiência, que se situa abaixo de 50%. Por outro lado, as provisões para perdas com crédito tiveram queda de 20,1% sobre 2013, com recuo em todas as unidades, exceto Polônia. • Defesa das margens tanto nos ativos como no passivo. • Política de redução do custo dos depósitos em todas as unidades da área. Consequentemente, a margem líquida após provisões atingiu 3,605 bilhões de euros, com alta de 52,4%, percentual que chega a 86,4% no lucro atribuído, devido à menor incidência de saneamentos e outros resultados. Atividade Margem bruta Margem líquida Lucro líquido % var. 2014/2013 (euros constantes) Milhões de euros constantes Milhões de euros constantes Milhões de euros constantes 124 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS PRINCIPAIS Espanha Milhões de euros 2014 4.768 1.796 284 149 6.997 (3.482) (3.130) (1.929) (1.201) (352) 3.515 (1.745) (173) 1.597 (469) 1.127 — 1.127 6 1.121 2013 4.358 1.832 610 153 6.954 (3.734) (3.349) (2.115) (1.234) (384) 3.220 (2.411) (135) 674 (207) 467 0 467 1 466 Variação absoluta 411 (36) (326) (4) 43 252 219 185 34 33 295 666 (38) 923 (263) 660 (0) 660 5 655 % 9,4 (2,0) (53,5) (2,8) 0,6 (6,7) (6,5) (8,8) (2,7) (8,5) 9,2 (27,6) 28,3 136,9 127,0 141,2 (100,0) 141,2 414,9 140,5 Crédito a clientes** Ativos financeiros para livre negociação (sem créditos) Ativos financeiros disponíveis para venda Instituições de crédito** Imobilizado 157.047 62.470 38.353 48.881 3.423 159.753 47.062 25.608 25.092 4.111 (2.706) 15.408 12.745 23.789 (688) (1,7) 32,7 49,8 94,8 (16,7) Outros ativos Total ativo/passivo e patrimônio líquido Depósitos de clientes** Obrigação por emissão de títulos** Passivos subordinados** Passivos por contratos de seguros Instituições de crédito** Outros passivos Capital e reservas*** Outros recursos de clientes sob gestão e comercializados Fundos de investimento e de pensão Patrimônios administrados Recursos de clientes sob gestão e comercializados 5.166 315.340 178.446 704 6 539 38.519 86.235 10.891 58.554 52.605 5.949 237.710 21.183 282.808 181.117 3.953 8 525 22.759 62.926 11.521 48.267 42.976 5.291 233.344 (16.017) 32.531 (2.671) (3.248) (2) 14 15.759 23.308 (629) 10.288 9.629 658 4.367 (75,6) 11,5 (1,5) (82,2) (21,9) 2,7 69,2 37,0 (5,5) 21,3 22,4 12,4 1,9 9,88 49,8 7,38 45,5 24.979 3.511 3,93 53,7 7,49 44,0 27.237 4.067 5,95 (3,9) (0,11) 1,5 (2.258) (556) (8,3) (13,7) Resultados Margem de juros Comissões líquidas Resultados líquidos por operações financeiras Outras receitas* Margem bruta Despesas totais Despesas administrativas Despesas de pessoal Outras despesas administrativas Amortização de ativos tangíveis e intangíveis Margem líquida Provisões para perdas com créditos Outros resultados e provisões Resultado antes dos impostos sobre o lucro Imposto de renda Lucro líquido das operações continuadas Resultado de operações descontinuadas (líquida) Lucro líquido do período Resultado atribuído aos acionistas não controladores Lucro líquido atribuído ao Grupo Balanço Indicadores (%) e outras informações ROE Eficiência (com amortizações) Índice de inadimplência Índice de cobertura Número de funcionários Número de agências (*).- Inclui rendimentos sobre instrumentos de capital, resultados de equivalência patrimonial e outras receitas/despesas operacionais (**).- Inclui a totalidade de saldos em balanço neste conceito (***).- Não inclui o lucro do exercício 125 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS PRINCIPAIS Espanha O lucro atribuído chegou 1,121 bilhão de euros com um incremento anual de 140,5% e melhoria em todas as linhas. Destaques: • Aumento da margem de juros (alta de 9,4%), reflexo da redução no custo dos depósitos. • Redução de 6,7% em despesas por conta das sinergias da fusão e planos de otimização. • Queda de 27,6% nas provisões para perdas com crédito devido à forte redução de entradas em mora e melhora na qualidade do crédito. Em atividade: aumento na produção do crédito frente a 2013 com saldos crescentes no ano. O conjunto de depósitos mais fundos de investimento compõe o crescimento de volumes com queda no custo do passivo. Na Espanha, o Grupo Santander conta com uma presença comer cial sólida (3.511 agências, 4.986 caixas automáticos e 12,6 milhões de clientes), reforçada por negócios globais em produtos e seg mentos-chave (banco de atacado, private banking, gestão de ati vos, seguros e cartões). Ambiente e estratégia A previsão de otimização das redes e do quadro de funcionários está permitindo antecipar a obtenção de sinergias de gastos, con tribuindo positivamente para a eficiência e rentabilidade. Quanto aos negócios, destaque para o forte impulso da estraté gia Santander Advance, com a qual o Banco aspira se transformar na entidade de referência para o crescimento das PMEs, por meio do apoio financeiro e do compromisso integral com seu de senvolvimento. Com essa iniciativa, a produção de novos créditos e a captação de clientes avançou, o que constituiu um evidente ponto de inflexão na atividade com as PMEs. Em 2014, mais de 10.000 empresas e PMEs participaram de atividades não financeiras, seja de treina mento (presencial, workshops à distância) ou de promoção de ne gócios internacionais (conexão virtual de empresas espanholas com potenciais clientes no Reino Unido, Brasil, México e Polônia). Além disso, foi processada a concessão de 6.000 bolsas de treina mento e práticas empresariais. No segmento de pessoas físicas, o projeto Queremos ser tu banco foi modificado para inserir diferentes níveis à função da vincula ção do cliente com o Banco a fim de proporcionar uma melhor ex periência ao cliente. Quanto aos recursos, o Banco manteve a estratégia de otimização do custo do passivo iniciada em meados de 2013, depois de alcan çados níveis elevados de liquidez do balanço. O índice de créditos líquidos / depósitos ficou em 88%. Em 2014, a Espanha mostrou uma sólida recuperação de cresci mento, aliada à melhora das condições financeiras (prêmio de risco a 10 anos em 107 p.b. no encerramento de 2014). Isso impul sionou os fluxos de crédito do banco de varejo, tanto no seg mento de pessoas físicas como PMEs. Entretanto, o saldo do crédito de empresas e famílias voltou a cair afetado pela desala vancagem de alguns setores e pelo aumento nas emissões por grandes empresas. Por outro lado, os depósitos registraram uma ligeira queda em um ambiente de taxas baixas, o que favorece os fundos de investimento. Isso está possibilitando uma forte redução dos custos do passivo, especialmente depósitos a prazo, e um aumento de comissões pela comercialização de fundos de investimento. Nesse segmento, o Banco se posiciona nos fundos de maior valor para o cliente, o que permite liderar as captações líquidas do mercado e continuar aumentando a participação. Foi concluída a integração da rede do Santander, Banesto e Banif, além da continuidade do exercício de especialização da rede co mercial na Espanha, com a migração de clientes dentro do pro cesso de fusão. Atividade No final de 2014, foram implementados planos para aumentar o posicionamento em algumas regiões específicas, onde o Banco tem presença abaixo de sua participação natural. A atividade de crédito continua em processo de recuperação, com maior geração de novos créditos, tanto a pessoas físicas (hipote- Atividade Margens s/ ATMs Margem bruta % var. 2014/2013 % Milhões de euros 126 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS PRINCIPAIS cas: +64%; consumo: +72%), como jurídicas (+29% sem desconto comercial). Foram concedidas 400.000 operações de crédito e empréstimo por 34 bilhões de euros, o que supôs um aumento da participação de mercado de 84 pontos básicos. O saldo de créditos brutos a clientes, sem aquisições temporais de ativos, aumentou no exercício em 3,8 bilhões de euros, o que re presenta um fato diferencial versus a maior parte dos concorren tes e do setor como um todo. No passivo, a somatória de depósitos sem cessões e fundos de in vestimentos registrou um aumento de 5% no ano. No detalhamento, os depósitos à vista registraram alta de 25% e os depósitos a prazo tiveram redução de 22%. Essa evolução re flete a estratégia mencionada de redução do custo do passivo, re fletindo a evolução da margem de juros. No ano, houve uma redução do custo das novas produções em 94 p.b., traduzindo-se em uma queda no custo do estoque de depósitos de 64 p.b. entre os dois períodos. Essa redução nos depósitos a prazo foi acompanhada por um au mento contínuo nos fundos de investimentos geridos e comercia lizados pelo Santander, com aumento de 28% em comparação interanual. A explicação para essa evolução está no aumento na demanda por esses produtos e na evolução dos mercados, com sua respectiva reavaliação. Por outro lado, o saldo gerido em fundos de pensão teve aumento de 5%. Por fim, as cessões temporárias de ativos registraram que das de aproximadamente 3 bilhões de euros nos últimos doze meses, em virtude da redução da atividade em câmaras de com pensação. As demais receitas, que incluem comissões, ROF e outros resulta dos operacionais, registraram queda no ano. As comissões foram afetadas pela estratégia Queremos ser tu banco e as mudanças re gulatórias, os ROF pela queda da receita no banco de atacado, e os outros resultados pelo menor perímetro das alianças nos negó cios de gestão de fundos e seguros. A redução nas despesas durante o ano totalizou 6,7%, em conse quência das sinergias obtidas no processo de fusão e planos de otimização implantados. As provisões para perdas com crédito, que continuam em processo de normalização, foram a principal alavanca do lucro, chegando a 1,745 bilhão de euros, 27,6% abaixo das registradas em 2013. Todos os fatores acima resultaram em um lucro atribuído de 1,121 bilhão de euros frente a 466 milhões no ano anterior, represen tando um crescimento de 140,5%. A taxa de inadimplência atingiu 7,38%, com queda de 11 p.b. no ano. Por outro lado, em dezembro, a cobertura atingiu 45%, per manecendo estável em relação ao ano anterior. O destaque foi a redução de entradas líquidas em inadimplência no ano, que fica ram 92% abaixo das registradas em 2013. Estratégia e objetivos em 2015 • Aumento da base de clientes. Foco na vinculação com au mento da transacionalidade e vendas cruzadas. • Aumento da participação em ativos, com maior ênfase em PMEs (Plan Advance). Resultados A margem de juros no exercício chegou a 4,768 bilhões de euros, representando um aumento de 9,4% sobre o ano anterior. Esse au mento reflete o bom comportamento do custo do passivo e o iní cio da recuperação da atividade de crédito. • Dar continuidade à melhoria do custo do crédito. Eficiência Margem líquida Custo do crédito Lucro líquido % Milhões de euros % Milhões de euros • Estratégia de captação e fortalecimento do negócio agroali mentar. 127 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS PRINCIPAIS Portugal Milhões de euros 2014 546 280 88 42 956 (491) (419) (297) (122) (72) 465 (124) (99) 243 (57) 185 — 185 (4) 189 2013 514 318 51 34 916 (495) (417) (299) (118) (79) 421 (192) (78) 150 (44) 106 — 106 (8) 114 Variação absoluta 32 (38) 37 8 40 4 (3) 2 (4) 7 44 69 (20) 92 (14) 79 — 79 4 75 % 6,3 (11,8) 72,9 23,8 4,3 (0,9) 0,7 (0,5) 3,6 (9,0) 10,5 (35,7) 26,2 61,4 30,8 74,1 — 74,1 (52,4) 65,1 Crédito a clientes** Ativos financeiros para livre negociação (sem créditos) Ativos financeiros disponíveis para venda Instituições de crédito** Imobilizado 23.180 2.082 7.011 2.163 729 24.482 1.831 4.724 2.895 821 (1.302) 252 2.288 (732) (92) (5,3) 13,7 48,4 (25,3) (11,2) Outros ativos Total ativo/passivo e patrimônio líquido Depósitos de clientes** Obrigação por emissão de títulos** Passivos subordinados** Passivos por contratos de seguros Instituições de crédito** Outros passivos Capital e reservas*** Outros recursos de clientes sob gestão e comercializados Fundos de investimento e de pensão Patrimônios administrados Recursos de clientes sob gestão e comercializados 6.450 41.616 24.016 2.855 0 27 11.538 559 2.620 2.501 2.187 314 29.372 7.096 41.848 24.191 2.329 0 75 12.319 356 2.579 2.041 1.898 142 28.560 (646) (232) (174) 526 (0) (48) (781) 204 41 460 289 172 812 (9,1) (0,6) (0,7) 22,6 (71,6) (63,6) (6,3) 57,3 1,6 22,5 15,2 120,7 2,8 8,10 51,4 8,89 51,8 5.410 594 5,78 54,1 8,12 50,0 5.608 640 2,32 (2,7) 0,77 1,8 (198) (46) (3,5) (7,2) Resultados Margem de juros Comissões líquidas Resultados líquidos por operações financeiras Outras receitas* Margem bruta Despesas totais Despesas administrativas Despesas de pessoal Outras despesas administrativas Amortização de ativos tangíveis e intangíveis Margem líquida Provisões para perdas com créditos Outros resultados e provisões Resultado antes dos impostos sobre o lucro Imposto de renda Lucro líquido das operações continuadas Resultado de operações descontinuadas (líquida) Lucro líquido do período Resultado atribuído aos acionistas não controladores Lucro líquido atribuído ao Grupo Balanço Indicadores (%) e outras informações ROE Eficiência (com amortizações) Índice de inadimplência Índice de cobertura Número de funcionários Número de agências (*).- Inclui rendimentos sobre instrumentos de capital, resultados de equivalência patrimonial e outras receitas/despesas operacionais (**).- Inclui a totalidade de saldos em balanço neste conceito (***).- Não inclui o lucro do exercício 128 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS PRINCIPAIS Portugal Lucro atribuído de 189 milhões de euros, com alta de 65,1% frente a 2013, devido a: • Aumento da margem de juros (+6,3%) como consequência da redução no custo de financiamento. • Redução das despesas (-0,9%). • Redução das provisões para perdas com crédito (-35,7%). A evolução de depósitos e créditos melhorou o índice de créditos líquidos/depósitos, que chegou a 97 O Santander Totta é o terceiro banco do país em termos de ativos, com foco de negócio em banco comercial. Conta com uma rede de 594 agências, mais de 3 milhões de clientes e participação de mer cado de 10%. No passivo, foi possível conciliar uma estratégia de redução no custo com um notável avanço dos depósitos, uma vez que foram aproveitadas as oportunidades do mercado e um efeito de flight to quality para crescer. No ativo, e apesar do ambiente de redução da alavancagem do setor, o Santander Totta deu grande ênfase no segmento de pes soas jurídicas, o que se refletiu em um ganho de 72 pontos-base de participação na nova produção de crédito frente a 2013. Durante 2014, os índices de capital permaneceram bastante sólidos, encerrando o ano com o CET1 CRD IV/CRR de 15,1%, muito acima do mínimo exigido. No primeiro semestre do exercício, com um ambiente de mercado mais favorável, o Banco voltou aos mercados internacionais por meio de duas emissões de covered bonds. A primeira, em final de março, de 1 bilhão de euros com vencimento em 3 anos, e a se gunda, no início de junho, no valor de 750 milhões de euros em 5 anos. Com essas emissões, que registraram uma grande demanda, o Banco reduziu sua exposição no Banco Central Europeu. Atividade Ambiente e estratégia Em 2014, Portugal recuperou taxas de crescimento positivas, finali zou o Programa de Ajuste Econômico e Financeiro, e voltou aos mercados de capitais internacionais aproveitando a forte queda no prêmio de risco. Entretanto, o saldo total de crédito continuou a baixar, em virtude da redução da alavancagem na economia, espe cialmente em empresas. Por outro lado, os depósitos permanece ram estáveis ao longo do ano, contribuindo para a posição de liquidez do setor. Em 2014, a estratégia do Santander Totta permaneceu muito con centrada no aumento dos níveis de rentabilidade e nas participa ções de mercado nos diversos segmentos. Simultaneamente, a gestão da margem de juros e o controle da inadimplência conti nuam a ser objetivos críticos de atuação. Em recursos, os depósitos de clientes registraram um aumento de 4% frente ao final de 2013, em virtude do forte crescimento de contas à vista (+17%). Junto a isso, houve também um avanço de 21% em fundos de investimento. Esses crescimentos, em um mercado que permaneceu basica mente estável, implica um ganho de 73 pontos-base de participa ção no agregado de depósitos e fundos de investimento. Por outro lado, o crédito continuou a recuar (-5% em 2014) em um ambiente de redução da alavancagem. Apesar disso, houve um ganho de 46 pontos-base de participação de mercado em doze meses, tanto em pessoas físicas como em jurídicas (principal mente). Destacamos os aumentos significativos na produção de crédito imobiliário, em um mercado que se mostra mais dinâmico, Atividade Margens s/ ATMs Margem bruta % var. 2014/2013 % Milhões de euros 129 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS PRINCIPAIS com ganho de participação de mercado de 112 pontos-base nos úl timos doze meses, e em PMEs onde o aumento é de 104 pontos base. Essa evolução dos negócios contribuiu para que o índice de cré dito líquido sobre depósitos chegasse a 97% no final do exercício, representando uma melhoria frente a índice 101% em 2013. O Santander Totta encerrou o ano com taxa de inadimplência de 8,89%, frente a 8,12% no final de 2013. Por outro lado, a cobertura atingiu 52% (50% em dezembro de 2013). No critério local, os índi ces de inadimplência e cobertura permaneceram significativa mente menores em relação à média do setor, de acordo com os últimos dados disponíveis. Resultados As despesas (491 milhões de euros) mostraram queda pelo quinto ano consecutivo (-0,9% frente ao ano anterior), devido à manu tenção de uma política de otimização da rede comercial adequada ao ambiente de negócios. A evolução da receita e despesas implicou em uma melhora de 2,7 pontos percentuais no índice de eficiência, que chegou a 51,4%. As provisões para perdas com crédito totalizaram 124 milhões de euros, com queda de 35,7% frente a 2013, tirando proveito da redu ção das entradas em mora (-69%) nos últimos doze meses. Consequentemente, o resultado antes de impostos atingiu 243 milhões de euros, com alta de 61,4% em relação ao ano anterior. Considerando impostos e minoritários, o lucro atribuído de 2014 totalizou 189 milhões de euros, com crescimento de 65,1% em comparação ao ano passado. Em 2014, o Santander Totta recuperou o caminho de cresci mento do lucro, depois de um bom comportamento registrado pelas principais linhas da demonstração de resultados. O desta que foi o crescimento das receitas em um ambiente de negócios ainda frágil. A receita total registrou alta de 4,3%, atingindo 956 milhões de euros no final de 2014. Esse crescimento ocorreu devido à evolu ção positiva da margem de juros e dos resultados de operações fi nanceiras, que compensou a queda em comissões líquidas. Em sua composição, a margem de juros atingiu 546 milhões de euros, com alta de 6,3% em relação a 2013, em virtude da redução nos custos de financiamento, em especial dos depósitos. As comissões totalizaram 280 milhões de euros, com queda de 11,8% na comparação com o ano anterior, afetadas pela redução no volume de negócios e por mudanças regulatórias. Estratégia e objetivos em 2015 • Aumento da vinculação de clientes com maior esforço em PMEs/pessoas jurídicas. • Aumentar as participações de mercado, principalmente em pessoas jurídicas, com expectativa de alterar a tendência dos últimos anos e voltar a crescer em volumes. • Dar continuidade ao processo de normalização do custo dos depósitos e do crédito. Os resultados de operações financeiras atingiram 88 milhões de euros, crescendo em comparação a 2013 em virtude de ganhos na gestão de carteiras. • Manter planos de eficiência para reduzir os custos pelo sexto ano consecutivo. Eficiência Margem líquida Custo do crédito Lucro líquido % Milhões de euros % Milhões de euros 130 • Reforçar o negócio internacional. RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS PRINCIPAIS Polônia Milhões de euros Resultados Margem de juros Comissões líquidas Resultados líquidos por operações financeiras Outras receitas* Margem bruta Despesas totais Despesas administrativas Despesas de pessoal Outras despesas administrativas Amortização de ativos tangíveis e intangíveis Margem líquida Provisões para perdas com créditos Outros resultados e provisões Resultado antes dos impostos sobre o lucro Imposto de renda Lucro líquido das operações continuadas Resultado de operações descontinuadas (líquida) Lucro líquido do período Resultado atribuído aos acionistas não controladores Lucro líquido atribuído ao Grupo Variação absoluta 54 35 (39) 9 58 11 7 3 4 5 70 (18) 16 68 (28) 40 — 40 16 24 % 7,0 8,6 (33,2) 46,2 4,4 (1,9) (1,2) (0,9) (1,7) (9,0) 9,6 10,8 — 12,3 26,3 9,0 — 9,0 14,2 7,2 532 5.325 667 273 2.095 25.106 18.503 121 333 84 1.206 2.984 1.875 3.631 3.525 106 22.588 761 634 491 394 (37) 446 2.688 1.641 110 4 (6) 55 891 (7) (117) (96) (21) 1.638 4,7 119,1 9,2 59,1 (13,5) 21,3 10,7 8,9 91,0 1,1 (7,4) 4,6 29,9 (0,4) (3,2) (2,7) (19,8) 7,3 15,85 45,0 7,84 61,8 12.363 830 0,31 (2,7) (0,42) (1,5) (392) (42) (3,2) (5,1) 2014 834 435 79 28 1.376 (581) (532) (309) (223) (48) 795 (186) 11 620 (135) 485 — 485 127 358 2013 780 400 119 19 1.317 (592) (539) (312) (227) (53) 725 (167) (6) 552 (107) 445 — 445 111 334 16.976 16.214 1.166 5.816 1.061 236 2.540 27.794 20.144 230 337 77 1.261 3.876 1.869 3.515 3.430 85 24.226 16,16 42,2 7,42 60,3 11.971 788 % sem TC 6,7 8,3 (33,3) 45,8 4,1 (2,2) (1,5) (1,2) (2,0) (9,3) 9,3 10,5 — 12,0 25,9 8,7 — 8,7 13,9 6,9 Balanço Crédito a clientes** Ativos financeiros para livre negociação (sem créditos) Ativos financeiros disponíveis para venda Instituições de crédito** Imobilizado Outros ativos Total ativo/passivo e patrimônio líquido Depósitos de clientes** Obrigação por emissão de títulos** Passivos subordinados** Passivos por contratos de seguros Instituições de crédito** Outros passivos Capital e reservas*** Outros recursos de clientes sob gestão e comercializados Fundos de investimento e de pensão Patrimônios administrados Recursos de clientes sob gestão e comercializados 7,7 125,4 12,3 63,6 (11,1) 24,7 13,9 12,0 96,5 4,0 (4,7) 7,6 33,6 2,5 (0,4) 0,1 (17,5) 10,3 Indicadores (%) e outras informações ROE Eficiência (com amortizações) Índice de inadimplência Índice de cobertura Número de funcionários Número de agências (*).- Inclui rendimentos sobre instrumentos de capital, resultados de equivalência patrimonial e outras receitas/despesas operacionais (**).- Inclui a totalidade de saldos em balanço neste conceito (***).- Não inclui o lucro do exercício 131 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS PRINCIPAIS Polônia (variações em moeda local) Lucro depois de impostos em 2014: 358 milhões de euros, com alta de 6,9% frente a 2013: • Forte aumento da receita comercial no ano (+7,2%) e boa gestão de despesas (-2,2%). • O resultado antes de impostos atingiu 620 milhões de euros (+12,0%). O lucro atribuído foi afetado pelo aumento dos impostos e pela participação de minoritários. Foi concluída com sucesso a integração com o Kredyt Bank, com melhoria em produtividade e atividade. Aumento em créditos e depósitos, mantendo uma sólida estrutura de financiamento. Foi dada continuidade ao programa estratégico Next Generation Bank, com o objetivo principal de ser o Bank of First choice para os clientes. O Santander se posicionou como o terceiro banco do país em ter mos de participação de mercado em créditos e depósitos (8,9% e 9,5%, respectivamente, incluindo o negócio do Santander Consu mer Finance na Polônia). Excluindo essa operação, as participa ções são de 7,5% em créditos e 8,3% em depósitos. Conta com 788 agências e 115 pontos de atendimento. Ambiente e estratégia Em 2014, a economia polonesa apresentou um crescimento acima de 3% em parte favorecido pela queda nas taxas de juros e pela es tabilidade do zloty frente ao euro. Isso possibilitou uma acelera ção no saldo de crédito durante o ano (+7%), com maior foco em empresas do que em consumo. Os depósitos (+8%) acompanha ram essa evolução em um ambiente de juros que aumenta o atra tivo dos fundos de investimento. A fusão entre BZ WBK e Kredyt Bank foi concluída no segundo se mestre do ano. Esse processo foi realizado com uma gestão de custos bastante eficaz pelas medidas de eficiência adotadas e pela boa execução do plano de integração do antigo Kredyt Bank. Isso também se refletiu no aumento da produtividade. O modelo de negócio do Grupo na Polônia continua a ser de banco comercial, com destaque em gestão de ativos, intermedia ção de valores, e factoring e leasing. Durante o ano, foi impulsionada a participação da área de Global Banking & Markets (GBM) nos negócios do Banco na Polônia, por meio da oferta de serviços bancários aos grandes clientes do BZ WBK e aos clientes globais do Banco Santander. Em 2014, a car teira de clientes do GBM no país contava com quase 150 empre sas, incluindo os 36 principais grupos poloneses. Nesse segmento, houve um aumento de 44% nos depósitos de clientes e de 34% nos empréstimos. Em cartões, mobile banking e interne banking, o Santander conti nuou em posição de liderança, comercializando diferentes produ tos e iniciativas. Por exemplo, o internet banking BZWBK 24 ganhou relevância e as vendas pela plataforma apresentaram um aumento de 52%. A partir de novembro, os empréstimos em di nheiro e a possibilidade saques a descoberto em contas correntes também foram incluídos no mobile banking. Com relação ao segmento de cartões, e apesar do aumento da re gulamentação nesse mercado (redução recente das taxas de inter câmbio), o Banco continuou mostrando boa evolução. O número de cartões de débito emitidos foi de 680.000 (+19%) e o de car tões de débito foi de 57.000 (+9% frente a 2013). Estes últimos, também apresentaram aumentos relevantes nos saldos totais e de faturamento (+11% e +14%, respectivamente). Tudo isso oferece um grande potencial de receita para os próxi mos anos. Além disso, o Banco deu continuidade ao programa Next Generation Bank para o desenvolvimento do negócio em todos os níveis. Neste programa, estão envolvidos todas as áreas de negócios e segmentos de produtos, além do conselho de admi- Atividade Margens s/ ATMs Margem bruta % var. 2014/2013 (euros constantes) % Milhões de euros constantes 132 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS PRINCIPAIS nistração. O programa se concentra nos clientes e em sua satisfa ção, e tem como objetivo principal simplificar os processos e pro dutos como parte de sua estratégia. Atividade No final de dezembro de 2014, a Polônia registrou 16,976 bilhões de euros em crédito líquido e 20,144 bilhões em depósitos de clientes, mantendo uma estrutura sólida de financiamento, com provada pelo índice de créditos líquidos / depósitos de 84% (88% em dezembro de 2013). Na comparação com o ano anterior, os cré ditos brutos aumentaram 7% e os recursos 10%. Na área de retail, 2014 foi um bom ano no que se refere ao cresci mento dos volumes. Em depósitos, houve forte crescimento gra ças ao sucesso das campanhas realizadas no segundo semestre do exercício. Em créditos, foi um ano recorde em vendas, com cresci mento frente a 2013 de 27% em crédito imobiliário, 20% em PMEs e 7% em empréstimos em dinheiro. Na área de banco corporativo, foram lançadas diversas campanhas dirigidas a esse segmento, a fim de facilitar o acesso ao crédito e a formas alternativas de financiar o desenvolvimento do negócio. O destaque do ano foram as áreas de leasing e factoring. A carteira de factoring registrou um aumento de 36%, alta de 33% nas ven das, o que possibilitou chegar à terceira posição do mercado com uma participação de 13%. Por outro lado, a carteira bruta de lea sing aumentou 18%, com crescimento de 35% na nova produção (PMEs +32% e demais empresas +53%). de queda de juros. As comissões líquidas registraram alta de 8,3%, com destaque para as de crédito comercial e de seguros. Por fim, os ROF apresentaram queda de 33,3% (-40 milhões), em virtude de ganhos elevados obtidos em 2013, em um ambiente de queda acentuada de taxas de juros. As despesas recuaram 2,2% no ano, refletindo as sinergias da inte gração. A evolução das receitas e despesas implica una melhoria de 2,7 pontos percentuais no índice de eficiência, que chegou a 42,2%. As provisões para perdas com crédito registraram alta de 10,5%, com melhora da qualidade do crédito no ano. Assim, ao final de dezembro de 2014, a taxa de inadimplência atingiu 7,42%, frente a 7,84% no final de 2013. Por fim, o lucro atribuído foi afetado pelo aumento nos impostos (+25,9%) e pela participação minoritária (+13,9%). O lucro antes de impostos totalizou 620 milhões de euros, representando um au mento de 12,0% em relação a 2013. Em resumo, o Santander continuou a mostrar resultados superio res ao de seus concorrentes na Polônia, reforçados pelo sucesso da estratégia comercial e aumento na produtividade. Estratégia e objetivos em 2015 • Ser o primeiro banco dos clientes e funcionários, concen trando-se em conseguir maior satisfação dos mesmos. Resultados O lucro atribuído atingiu 358 milhões de euros, com alta de 6,9% frente a 2013. Esse crescimento teve como base a receita comer cial e a boa gestão das despesas, que causou um avanço da margem líquida de 9,3%. • Aumentar a participação de mercado em pessoas jurídicas. • Manter a liderança em cartões, mobile banking e internet ban king. Em termos de receita, a margem de juros aumentou 6,7% graças ao aumento dos volumes e à gestão dos spreads em um ambiente • Melhorar em eficiência, produtividade e rentabilidade, man tendo sólida estrutura de liquidez e capital. Eficiência Margem líquida Custo do crédito Lucro líquido % Milhões de euros constantes % Milhões de euros constantes 133 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS PRINCIPAIS Santander Consumer Finance Milhões de euros 2014 2.459 836 3 12 3.309 (1.452) (1.237) (664) (572) (215) 1.857 (544) (37) 1.277 (320) 956 (26) 930 39 891 2013 2.333 787 (7) (2) 3.111 (1.391) (1.172) (646) (526) (219) 1.720 (565) (70) 1.085 (255) 830 (6) 824 31 794 Variação absoluta 126 49 10 14 198 (61) (65) (19) (46) 4 137 21 33 191 (65) 126 (20) 106 8 97 % 5,4 6,2 — — 6,4 4,4 5,5 2,9 8,8 (1,8) 8,0 (3,7) (47,2) 17,6 25,6 15,2 345,2 12,8 27,1 12,3 Crédito a clientes** Ativos financeiros para livre negociação (sem créditos) Ativos financeiros disponíveis para venda Instituições de crédito** Imobilizado 60.448 87 988 5.476 786 56.024 864 705 8.158 934 4.424 (776) 283 (2.682) (148) 7,9 (89,9) 40,1 (32,9) (15,8) Outros ativos Total ativo/passivo e patrimônio líquido Depósitos de clientes** Obrigação por emissão de títulos** Passivos subordinados** Passivos por contratos de seguros Instituições de crédito** Outros passivos Capital e reservas*** Outros recursos de clientes sob gestão e comercializados Fundos de investimento e de pensão Patrimônios administrados Recursos de clientes sob gestão e comercializados 3.734 71.520 30.847 15.646 66 — 13.333 4.091 7.537 7 7 — 46.566 3.723 70.409 30.878 10.377 64 — 18.060 3.901 7.128 6 6 — 41.326 10 1.111 (30) 5.268 2 — (4.727) 189 408 1 1 — 5.241 0,3 1,6 (0,1) 50,8 3,3 — (26,2) 4,9 5,7 9,8 9,8 — 12,7 10,89 43,9 4,82 100,1 13.046 579 9,95 44,7 4,01 105,3 11.695 613 0,94 (0,8) 0,81 (5,2) 1.351 (34) 11,6 (5,5) Resultados Margem de juros Comissões líquidas Resultados líquidos por operações financeiras Outras receitas* Margem bruta Despesas totais Despesas administrativas Despesas de pessoal Outras despesas administrativas Amortização de ativos tangíveis e intangíveis Margem líquida Provisões para perdas com créditos Outros resultados e provisões Resultado antes dos impostos sobre o lucro Imposto de renda Lucro líquido das operações continuadas Resultado de operações descontinuadas (líquida) Lucro líquido do período Resultado atribuído aos acionistas não controladores Lucro líquido atribuído ao Grupo Balanço Indicadores (%) e outras informações ROE Eficiência (com amortizações) Índice de inadimplência Índice de cobertura Número de funcionários Número de agências (*).- Inclui rendimentos sobre instrumentos de capital, resultados de equivalência patrimonial e outras receitas/despesas operacionais (**).- Inclui a totalidade de saldos em balanço neste conceito (***).- Não inclui o lucro do exercício 134 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS PRINCIPAIS Santander Consumer Finance Em 2014, os focos de gestão foram: O lucro atribuído foi de 891 milhões de euros, 12,3% superior a 2013, em virtude de: • Crescimento da receita (+6,4%), com base na melhoria da margem de juros e comissões (+5,6% no total). • Considerando perímetro constante, houve redução nas despesas (-0,5%). • Redução de provisões para perdas com crédito (-3,7%). Aumento de participação de mercado rentável. • O impulso da nova produção e a venda cruzada de acordo com o momento de cada mercado e com base nos acordos de marca e na penetração em carros usados. • O aproveitamento de suas vantagens competitivas no mercado europeu de financiamento ao consumo. Vários acordos obtidos e/ou concretizados no ano reforçaram a posição da SCF: • Na Espanha, somos líderes em consumo desde o início do ano. Alta qualidade de crédito em relação aos padrões do negócio: inadimplência de 4,82% e cobertura de 100%, devido à entrada da GE Nordics (3,86% e 106% sem seu efeito). • Nos Países Nórdicos durante o quarto trimestre, e com a aquisi ção do negócio da GE, chegamos à posição de liderança em veí culos, crédito direto e cartões. Os acordos obtidos reforçaram o potencial de crescimento futuro. • A partir de 2015, e em diversos países europeus (incluindo França e Suíça, onde a SCF não opera atualmente), foi imple mentado o acordo com o Banque PSA Finance reforçará a lide rança da SCF no segmento automotivo. Atividade Ambiente e estratégia Em 2014, as unidades do Santander Consumer Finance (SCF) na Europa continental desenvolveram suas atividades em um am biente de recuperação moderada do consumo (+1% na compara ção com o mesmo período do ano passado no terceiro trimestre da zona do euro) e dos emplacamentos de veículos de pessoas fí sicas (+5% na comparação com o mesmo período do ano passado no footprint), além de um aumento na concorrência. O investimento em crédito bruto atingiu 63,509 bilhões de euros no final de 2014, com alta de 9% em comparação ao final do ano anterior. Em termos geográficos, houve aumentos significativos nos Países Nórdicos e na Espanha, tirando proveito das incorpora ções realizadas, bem como na Polônia. Na Alemanha, houve ape nas variação, e quedas em Portugal e na Itália. Nesse ambiente, o SCF continuou a ganhar participação de mer cado, apoiado em um modelo de negócios que foi reforçado nos últimos anos. Suas bases são uma elevada diversificação geográ fica com massa crítica em produtos chave, eficiência superior a dos pares comparáveis e um sistema de controle de riscos e recu perações em comum, que permite manter uma alta qualidade do crédito. Em 2014, a nova produção totalizou 25,073 bilhões de euros, com crescimento de 14% em relação a 2013. Em termos de produtos, esse aumento se apoiou em crédito direto e cartões (em con junto, +37%) e em veículos novos, que propiciou crescimento de 8%, um nível que ultrapassou a taxa de emplacamentos. Em ter mos de unidades, todas apresentaram crescimento em moeda local. Destaque para a Polônia (+21%), países periféricos (apre sentando crescimento de dois dígitos), Países Nórdicos (+12%) e Alemanha (+3%). Distribuição por carteiras de produtos Nova produção % Bilhões de euros Financiamento veículos estoque: 5% Bens duráveis: 6% Veículos novos: 23% Hipotecas: 14% Cartão de crédito e outros: 11% Veículos usados: 21% Produto direto: 20% 135 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS PRINCIPAIS Quanto ao passivo, destaca-se a estabilidade em depósitos de clientes (em torno de 30,800 bilhões de euros), elemento diferen cial frente aos concorrentes. cobertura de 100%. Ambos índices foram atingidos pela incorpo ração do negócio da GE nos Países Nórdicos já que, sem seu efeito, a inadimplência chegou a 3,86%, com cobertura de 106%. Em termos da captação no atacado, foram realizadas em 2014 emissões sênior e securitizações em um valor total de 6,750 bi lhões de euros, frente a 6,200 bilhões captados em 2013. A margem líquida depois de provisões para perdas com crédito apresentou alta de 13,7% no ano, com aumentos em todas as gran des unidades. Assim, no final do exercício de 2014, o total de depósitos de clien tes e emissões-securitizações em médio e longo prazo no mer cado cobriram 73% do crédito líquido. O destaque foi o crescimento na Polônia (+11,7% em virtude do aumento da receita e da redução dos custos operacionais), nos Países Nórdicos (+24,1%, devido ao forte aumento da receita, fa vorecida pelo perímetro), e a recuperação dos periféricos (com bom comportamento tanto em receita como em despesas e provi sões). Na Alemanha houve crescimento de 8,9%, com comporta mento favorável da receita, em especial de comissões, e redução em despesas e provisões. Resultados O lucro atribuído em 2014 totalizou 891 milhões de euros, com crescimento de 12,3% em relação ao exercício anterior. Esse au mento foi ligeiramente favorecido pelas novas incorporações. Em termos das linhas da demonstração de resultados, a gestão de diferenciais de ativo e a redução do custo do passivo absorveram a queda nas taxas de juros e levaram a margem de juros a oferecer um aumento de 5,4%. Por outro lado, houve crescimento de 6,2% em comissões. Assim, a receita total obtida atingiu 3,309 bilhões, com crescimento de 6,4% em comparação ao ano anterior. As despesas apresentaram alta de 4,4%, totalmente em virtude da incorporação de novas unidades na Espanha e Países Nórdicos (em perímetro constante, houve queda de 0,5%). Essa evolução da receita e das despesas implica uma melhoria de 0,8 pontos percentuais no índice de eficiência, que chegou a 43,9%. As provisões para perdas com crédito mostraram redução de 3,7%, atingindo níveis mínimos do custo do crédito, que permaneceu abaixo de 1%, e refletindo uma alta qualidade do crédito para os padrões do negócio. O índice de inadimplência atingiu 4,82%, com Por fim, o Reino Unido (incluído para efeitos contábeis no Santan der UK), o lucro atribuído atingiu 113 milhões de euros em 2014, implicando, sem o efeito da taxa de câmbio, um aumento de 6,2% sobre o obtido em 2013. Estratégia e objetivos em 2015 • Foco na integração de novas operações conjuntas com PSA e o negócio adquirido da GE Nordics. • Impulsar da nova produção, com defesa das margens, de acordo com o momento de cada mercado e com base nos acor dos de marca e na penetração em carros usados. • Potencializar a venda cruzada por meio de ferramentas de TI, bem como o financiamento online. Margens s/ ATMs Margem líquida Lucro líquido % Milhões de euros Milhões de euros 136 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS PRINCIPAIS Reino Unido Milhões de euros Resultados Margem de juros Comissões líquidas Resultados líquidos por operações financeiras Outras receitas* Margem bruta Despesas totais Despesas administrativas Despesas de pessoal Outras despesas administrativas Amortização de ativos tangíveis e intangíveis Margem líquida Provisões para perdas com créditos Outros resultados e provisões Resultado antes dos impostos sobre o lucro Imposto de renda Lucro líquido das operações continuadas Resultado de operações descontinuadas (líquida) Lucro líquido do período Resultado atribuído aos acionistas não controladores Lucro líquido atribuído ao Grupo 2014 4.234 1.028 241 37 5.541 (2.890) (2.458) (1.613) (845) (432) 2.651 (332) (318) 2.001 (425) 1.576 — 1.576 — 1.576 2013 3.451 992 403 36 4.881 (2.605) (2.181) (1.401) (780) (424) 2.276 (580) (236) 1.460 (301) 1.159 (9) 1.149 — 1.149 Variação absoluta 784 36 (162) 2 660 (285) (277) (212) (65) (8) 375 248 (82) 541 (123) 418 9 427 — 427 % 22,7 3,6 (40,1) 5,6 13,5 10,9 12,7 15,1 8,4 1,8 16,5 (42,8) 34,9 37,1 40,9 36,0 (100,0) 37,1 — 37,1 % sem TC 16,5 (1,7) (43,2) 0,2 7,7 5,3 7,0 9,2 2,8 (3,4) 10,6 (45,7) 28,0 30,1 33,8 29,1 (100,0) 30,2 — 30,2 Balanço Crédito a clientes** Ativos financeiros para livre negociação (sem créditos) Ativos financeiros disponíveis para venda Instituições de crédito** Imobilizado Outros ativos Total ativo/passivo e patrimônio líquido Depósitos de clientes** Obrigação por emissão de títulos** Passivos subordinados** Passivos por contratos de seguros Instituições de crédito** Outros passivos Capital e reservas*** Outros recursos de clientes sob gestão e comercializados Fundos de investimento e de pensão Patrimônios administrados Recursos de clientes sob gestão e comercializados 251.191 231.046 39.360 11.197 14.093 2.700 35.695 354.235 202.328 69.581 5.376 — 26.700 35.833 14.415 9.667 9.524 143 286.953 28.831 6.003 17.136 2.498 38.229 323.743 187.467 64.092 5.805 — 26.882 26.855 12.642 9.645 9.645 — 267.010 20.145 10.528 5.193 (3.043) 202 (2.534) 30.492 14.862 5.489 (429) — (182) 8.978 1.774 21 (122) 143 19.943 8,7 36,5 86,5 (17,8) 8,1 (6,6) 9,4 7,9 8,6 (7,4) — (0,7) 33,4 14,0 0,2 (1,3) — 7,5 11,21 52,2 1,79 41,9 25.599 929 8,87 53,4 1,98 41,6 25.421 1.011 2,34 (1,2) (0,19) 0,3 178 (82) 0,7 (8,1) 1,6 27,5 74,2 (23,2) 1,0 (12,8) 2,2 0,8 1,4 (13,5) — (7,2) 24,7 6,5 (6,4) (7,8) — 0,4 Indicadores (%) e outras informações ROE Eficiência (com amortizações) Índice de inadimplência Índice de cobertura Número de funcionários Número de agências (*).- Inclui rendimentos sobre instrumentos de capital, resultados de equivalência patrimonial e outras receitas/despesas operacionais (**).- Inclui a totalidade de saldos em balanço neste conceito (***).- Não inclui o lucro do exercício 137 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS PRINCIPAIS Reino Unido (variações em libras) O lucro atribuído foi de 1,270 bilhão de libras, 30,2% superior a 2013: • A margem de juros aumentou 16,5% no ano, registrando alta pelo oitavo trimestre consecutivo. • Eficiência em despesas, absorvendo o aumento no investimento. • As provisões caíram 45,7% por conta da melhoria da qualidade em todas as carteiras e de um ambiente de crédito mais favorável. O número de clientes 1/2/3 continua em alta, atingindo 3,6 milhões de pessoas, com melhoria do perfil de risco, aumento na vinculação e maior volume de atividade. Houve forte crescimento em créditos (+8%) e depósitos (+7%) de pessoas jurídicas, favorecido pelo desenvolvimento de produtos inovadores e aumento da capacidade de distribuição. aprofundar o relacionamento com os clientes e aumentar a transa cionalidade e a vinculação. Esses produtos, que continuam a ser co mercializados com grande sucesso, contribuíram para aumentar os saldos em contas correntes em 47% nos últimos doze meses. Além disso, o Santander UK continuou a dar impulso à proposta Select para clientes de alta renda, a fim de oferecer produtos e serviços di ferenciados aos diversos segmentos. Também houve investimento na reforma de agências e em tecnologia. Durante o ano, foram efetuadas diversas melhorias em todas as plata formas digitais, incluindo serviços de internet banking e mobile ban king, bem como a introdução de mais tecnologia nas agências. Tudo isso se refletiu em um aumento na satisfação dos clientes, situando o Santander como o banco que mais melhorou a satisfação do cliente desde dezembro de 2012, diferenciando-se de seus concorrentes. A diversificação do negócio do Santander UK é cada vez maior, gra ças ao crescimento de suas capacidades no segmento de pessoas ju rídicas, o que permitiu expandir sua participação nesse mercado e ampliar a oferta de produtos e serviços. Dessa forma, foi mantido o apoio aos negócios do Reino Unido, com crescimento de 8% no cré dito a pessoas jurídicas nos últimos doze meses em comparação à diminuição registrada no setor. Também foi observada uma boa evo lução dos depósitos, que registraram alta de 7%, com um aumento de 33% na abertura de contas correntes. Ambiente e estratégia Em 2014, o Reino Unido registrou uma forte aceleração de sua ativi dade, o que causou a valorização de sua moeda frente ao euro em um ambiente de queda nos juros e de grandes impulsos quantitati vos. Nesse ambiente, o crédito ao setor privado apresentou cresci mento limitado (+2%), com aumento no crédito para a compra de imóveis residenciais pela recuperação da atividade de crédito imobi liário, favorecida pela alta do preço dos imóveis. Persiste o recuo em pessoas jurídicas. Por outro lado, os depósitos mantiveram cresci mento próximo a 5%. A estratégia do Santander UK continuou centrada em três priorida des: potencializar a vinculação e a satisfação dos clientes; ser o “banco de referência” para as empresas do Reino Unido, e manter a solidez e a rentabilidade do balanço. O Santander UK continuou a apoiar seus clientes em um momento de recuperação econômica em todas as regiões. Em banco retail, esse processo foi impulsionado pela gama 1/2/3 World, criada para A solidez de balanço continua apoiando estrutura do Banco, com ín dices de capital, financiamento e liquidez também muito sólidos. Nesse sentido, o Santander UK conta com uma das melhores posi ções de capital dentre as principais instituições britânicas e passou no exame de stress test de 2014 da Prudential Regulation Authority, com um índice de capital, considerando o padrão end point Basel III CET1, de 7,9% (muito acima do limite de 4,5%). Isto demonstra sua solidez de balanço, e sua resistência a uma possível recessão econô mica no Reino Unido. No final de dezembro de 2014, o índice de capital atingiu 11,9%, con siderando o padrão CRD IV end point Common Equity Tier 1, e o ín dice de alavancagem chegou a 3,8%. Atividade O Santander UK concentra sua atividade no Reino Unido, uma vez que apenas 3% de seus ativos estão fora do país. Aproximada mente 79% dos créditos são compostos por crédito imobiliário re- Atividade Margem de juros s/ ATMs Margem bruta % var. 2014/2013 (euros constantes) %. Em critério local Milhões de euros constantes 138 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS PRINCIPAIS sidencial de alta qualidade, sem exposição a hipotecas self-certified ou subprime, uma vez que os empréstimos buy-to-let representam em torno de 2% do total de empréstimos. O índice de créditos lí quidos / depósitos atingiu 124%, com alta de um ponto percentual frente a 2013. Esse crescimento foi apoiado pela margem de juros, que apresen tou alta de 16,5%, graças ao esforço para reduzir o custo dos depó sitos retail, seguindo a estratégia descrita anteriormente. A receita total registrou aumento de 7,7%, absorvendo a redução em comis sões e ROF. Usando o critério local, os empréstimos atingiram 190,700 bilhões de libras, 2% acima de 2013, devido principalmente ao crescimento de 1% no crédito imobiliário e de 8% em empréstimos a pessoas jurídicas. As despesas aumentaram 5,3% no ano, com continuidade de inves timentos nos segmentos de retail e empresas, compensados em parte pelos planos de eficiência em andamento. Esses programas de investimento continuam apoiando a transformação do negócio, uma vez que facilitam as bases para uma melhoria futura da efi ciência. No final de 2014, a eficiência atingiu 52,2%, com melhoria de 1,2 ponto percentual frente a 2013. A produção bruta de crédito imobiliário chegou a 26,260 bilhões de libras, 43% acima de 2013, incluindo 5,600 bilhões de libras di recionados a compradores de primeiro imóvel, e 1,200 bilhão de li bras correspondentes ao programa Help to Buy. A produção líquida de crédito imobiliário ultrapassou 2 bilhões de libras em 2014, colocando o Santander UK novamente em trajetória de cres cimento nesse segmento. A expectativa é manter esse desempe nho em 2015. Pela sua parte, o crédito a pessoa jurídicas e PMEs registrou alta de 8%. No final de 2014, o Santander UK contava com 3,6 milhões de clientes na categoria de produtos 1/2/3 World, depois do aumento de 1,2 milhão no ano. Esse crescimento foi sustentado pela conta corrente 1/2/3, que atrai os clientes porque oferece uma melhor oportunidade de vinculação: 93% desses clientes têm sua conta corrente principal no Santander UK. Dessa forma, o total dos sal dos em contas correntes atingiu 41,100 bilhões de libras, com o aumento de 47% frente a 2013, representando 1 bilhão de libras ao mês. Os depósitos comerciais, que atingiram 152,400 bilhões de libras, registraram alta de 4% frente a 2013, devido à continuidade da es tratégia de redução de depósitos no varejo, que são caros e de curto prazo (principalmente vencimentos de produtos eSaver de maior custo) e a sua substituição pelos que oferecem uma maior oportunidade de vinculação e produtos ISA de custo mais baixo. Resultados O lucro atribuído ao Grupo foi de 1,270 bilhão de libras, 30,2% su perior a 2013. As provisões para perdas com crédito recuaram 45,7%, em vir tude da melhoria da qualidade do balanço e do melhor ambiente econômico. O índice de inadimplência atingiu 1,79% em dezem bro de 2014 (1,98% em comparação ao final de 2013). Foi mantido o critério conservador em loan-to-value, com LTV médio de 65% em novos empréstimos, incluindo Help to Buy, e de 47% no esto que de crédito imobiliário. O índice de inadimplência do seg mento de pessoas jurídicas caiu para 2,96%, frente a 3,01% em dezembro de 2013. Em resumo, os resultados refletiram um aumento na rentabilidade e confirmam o progresso apresentado durante o ano, principal mente na margem de juros, o que melhorou sua ponderação sobre ativos médios rentáveis, atingindo 1,85% no quarto trimestre de 2014, em comparação a 1,71% no mesmo período de 2013. Estratégia e objetivos em 2015 Serão mantidas as estratégias e tendências de 2014: • No ativo, crescer no crédito a pessoas jurídicas e imobiliário. • No passivo, aumentar o número de clientes que têm sua conta principal com o Santander UK. • Melhorar o índice de eficiência, com uma gestão de margens que permita um aumento maior na receita do que nas despesas. • Manter boa qualidade do crédito, tanto em pessoas físicas como jurídicas. • Continuar a fortalecer a base de capital, mantendo ao mesmo tempo uma posição conservadora em liquidez. Eficiência Margem líquida Custo do crédito Lucro líquido % Milhões de euros constantes % Milhões de euros constantes 139 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS PRINCIPAIS América Latina Milhões de euros Resultados Margem de juros Comissões líquidas Resultados líquidos por operações financeiras Outras receitas* Margem bruta Despesas totais Despesas administrativas Despesas de pessoal Outras despesas administrativas Amortização de ativos tangíveis e intangíveis Margem líquida Provisões para perdas com créditos Outros resultados e provisões Resultado antes dos impostos sobre o lucro Imposto de renda Lucro líquido das operações continuadas Resultado de operações descontinuadas (líquida) Lucro líquido do período Resultado atribuído aos acionistas não controladores Lucro líquido atribuído ao Grupo Variação absoluta (1.034) (95) (499) 32 (1.596) 459 354 196 158 105 (1.137) 1.316 (295) (116) 14 (102) (0) (102) (71) (31) % (6,9) (2,0) (48,1) 64,0 (7,7) (5,4) (4,7) (4,7) (4,7) (11,7) (9,3) (20,5) 54,4 (2,2) (1,2) (2,5) (100,0) (2,5) (8,3) (1,0) 23.097 20.822 28.073 3.895 40.354 244.925 122.176 28.987 4.833 — 24.489 44.999 19.442 65.599 55.835 9.764 221.595 16.030 12.788 10.394 (4.174) 72 2.151 37.262 15.551 2.933 1.635 — 10.773 3.054 3.316 13.695 10.821 2.874 33.813 12,5 55,4 49,9 (14,9) 1,9 5,3 15,2 12,7 10,1 33,8 — 44,0 6,8 17,1 20,9 19,4 29,4 15,3 13,76 41,0 5,00 85,4 85.320 5.789 0,29 1,0 (0,35) (0,7) (311) (60) (0,4) (1,0) 2014 13.879 4.565 538 83 19.065 (8.017) (7.226) (4.012) (3.214) (790) 11.049 (5.119) (839) 5.091 (1.151) 3.940 — 3.940 790 3.150 2013 14.913 4.660 1.037 51 20.661 (8.475) (7.580) (4.207) (3.372) (895) 12.186 (6.435) (543) 5.207 (1.165) 4.042 0 4.042 861 3.181 144.714 128.684 35.886 31.216 23.899 3.967 42.505 282.187 137.726 31.920 6.467 — 35.263 48.053 22.758 79.294 66.657 12.637 255.407 14,04 42,0 4,65 84,7 85.009 5.729 % sem TC 2,9 9,1 (41,3) 86,7 2,3 5,0 5,9 5,9 5,8 (2,0) 0,4 (12,7) 73,3 9,4 12,7 8,5 (100,0) 8,5 0,3 10,8 Balanço Crédito a clientes** Ativos financeiros para livre negociação (sem créditos) Ativos financeiros disponíveis para venda Instituições de crédito** Imobilizado Outros ativos Total ativo/passivo e patrimônio líquido Depósitos de clientes** Obrigação por emissão de títulos** Passivos subordinados** Passivos por contratos de seguros Instituições de crédito** Outros passivos Capital e reservas*** Outros recursos de clientes sob gestão e comercializados Fundos de investimento e de pensão Patrimônios administrados Recursos de clientes sob gestão e comercializados Indicadores (%) e outras informações ROE Eficiência (com amortizações) Índice de inadimplência Índice de cobertura Número de funcionários Número de agências (*).- Inclui rendimentos sobre instrumentos de capital, resultados de equivalência patrimonial e outras receitas/despesas operacionais (**).- Inclui a totalidade de saldos em balanço neste conceito (***).- Não inclui o lucro do exercício 140 12,1 51,9 49,0 (16,2) 1,9 4,0 14,3 12,1 9,6 33,1 — 42,4 5,4 15,4 18,5 18,1 20,3 14,1 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS PRINCIPAIS América Latina (variações em moeda constante) Lucro atribuído em 2014: 3,150 bilhões de euros, com aumento de 10,8% interanual: • As receitas apresentaram aumento de 2,3%, por conta de margem de juros e comissões. • As despesas subiram (+5,0%) tendo em vista os investimentos em expansão comercial, principalmente no México, Chile e Argentina, e as pressões inflacionárias. • As provisões para perdas com crédito recuaram 12,7%, basicamente pela melhoria no Brasil. Quanto à atividade comercial, houve um avanço de 12% em crédito e de 11% em depósitos. O Grupo Santander é a primeira franquia internacional da região, conta com 5.729 pontos de atendimento (incluindo agências tradi cionais e pontos de atendimento bancário), uma base de mais de 49 milhões de clientes e participação de mercado de 9,9% em cré ditos e 10,1% em depósitos. A estratégia em 2014 esteve focada na expansão, consolidação e melhoria do negócio comercial na região. Reforçou-se a oferta especializada de produtos e serviços de acordo com as necessidades dos clientes, o que contribui para o crescimento do negócio a longo prazo e para aumentar a transa cionalidade dos clientes. Por sua vez, continua a prudência em riscos e as medidas que estão sendo implantadas para melhorar a eficiência deverão refletir na rentabilidade. Em seguida, destacam-se os aspectos mais relevantes da ativi dade e os resultados do Grupo. Todos os percentuais de variação são expressos sem impacto das taxas de câmbio. Atividade O crédito sem aquisições temporárias aumentou 12% em relação a dezembro de 2013. Por país, destacam-se os crescimentos no México (+18%), Argentina (+23%) e Uruguai (+17%). Os depósitos sem cessões cresceram 11% interanual. Houve um aumento generalizado em todos os países, tanto nos depósitos à vista (+15% no total da região), como nos depósitos a prazo, que aumentaram 8%. Ao mesmo tempo, os fundos de investimento aumentaram 18%. Ambiente e estratégia Resultados Em 2014, a região registrou uma desaceleração de sua atividade em função do contexto internacional. Com uma intensidade desi gual entre os países, as autoridades alteraram as taxas de juros, às vezes reduzindo, para apoiar o crescimento (México e Chile), às vezes aumentando, para conter a inflação (Brasil). Esse recuo também se refletiu nos sistemas financeiros operados pelo Santander, desacelerando o segmento bancário como um todo. Contudo, o total de crédito manteve um crescimento intera nual de 11%, com maior impulso nas empresas e no crédito imobi liário do que no consumo. Os depósitos aumentaram 8%, muito em função dos depósitos à vista. As moedas se desvalorizaram frente ao dólar, não frente ao euro, registrando uma valorização ligeira, com a exceção do peso chi leno e do argentino. A receita totalizou 19,065 bilhões de euros, um aumento de 2,3% sobre o ano anterior: • A margem de juros cresceu 2,9%, afetada pela mudança de mix para produtos de menor custo de crédito, mas também de margens mais reduzidas. A isso se somou a pressão sobre os spreads, particularmente no Brasil e México. Esses impactos foram neutralizados com o aumento dos volumes e a redução do custo do crédito. • As comissões aumentaram 9,1% interanual, com um cresci mento generalizado nos vários países. Destacam-se as proce dentes de cartões (+9,8%) e seguros (+4,4%). Atividade Margens s/ ATMs Margem bruta % var. 2014/2013 (euros constantes) % Milhões de euros constantes 141 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS PRINCIPAIS América Latina. Resultados Milhões de euros 2014 Brasil México Chile Argentina Uruguai Peru Restantes Subtotal Santander Private Banking Total 12.008 3.072 2.197 1.158 255 52 2014 % % sem TC (2,9) (11,2) 6,0 1,7 (2,3) 12,6 (9,8) 0,8 34,3 14,9 26,5 33,0 18.773 292 391,3 (7,8) 0,8 394,9 2,3 0,7 19.065 (7,7) 2,3 32 Lucro líquido atribuível à Controladora Margem líquida Margem bruta 7.092 1.812 2014 1.558 660 509 298 54 % % sem TC (5,4) (13,5) 5,2 0,9 % % sem TC 8,0 (1,3) 29,3 36,0 24 24,7 (3,5) 34,8 33,3 16,2 31,1 (22,9) 0,5 (54) (3,7) (3,1) 10.907 142 (23,3) (9,4) (4,3) 3.049 101 (0,8) (4,8) 11.049 (9,3) 3.150 (1,0) 1.343 591 97 35 (62) 1,5 17,0 (14,2) 6,6 27,8 21,6 (4,4) 0,4 (7,4) 17,0 (10,5) 1,9 11,4 (4,9) 10,8 • Os resultados de operações financeiras caíram 41,3% relativa- mente a 2013, quando as receitas aumentaram com a venda de carteiras, principalmente no Brasil. Depois de incorporar provisões e outros saneamentos, o lucro antes de impostos ficou em 5,091 bilhões de euros, com au mento de 9,4%. As despesas aumentaram 5,0% por conta de investimentos na rede de agências (algumas tradicionais e outras voltadas a segmentos de clientes prioritários), de projetos comerciais, de pressões inflacionárias em convênios e de serviços contratados. Também houve certo impacto pela consolidação da GetNet no Brasil. Por conta disso, a margem líquida totalizou 11,049 bilhões de euros. A maior taxa fiscal efetiva, principalmente no México, e a queda dos minoritários no Brasil fizeram com que o lucro atribuído em 2014 fosse de 3,150 bilhões de euros (+10,8%). As provisões para perdas com crédito caíram 12,7%, em função do recuo de 17,7% no Brasil, acentuando a mudança de tendência registrada no começo de 2013. O México também apresentou ligeira diminuição e, no Chile, a situação se repetiu. A melhoria no custo do crédito refletiu a queda da inadimplên cia no ano. A taxa de inadimplência encerrou o ano em 4,65%, uma redução de 35 pontos-base em relação ao encerramento de 2013, impactada positivamente pelo Brasil. Por outro lado, a co bertura atingiu 85%. Estratégia e objetivos em 2015 Melhorar o negócio e a franquia comercial na região: • Aumentar a base e a vinculação transacional dos clientes. • Oferecer propostas de valor inovadoras (Programa Santander Advance para PMEs, Select para alta renda, e ser o banco tran sacional das empresas). • Melhorar a produtividade e rentabilidade graças aos planos de eficiência e qualidade de serviço. E tudo isso com uma vigilância permanente da qualidade dos riscos. Eficiência Margem líquida Custo do crédito Lucro líquido % Milhões de euros constantes % Milhões de euros constantes 142 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS PRINCIPAIS Brasil Milhões de euros Resultados Margem de juros Comissões líquidas Resultados líquidos por operações financeiras Outras receitas* Margem bruta Despesas totais Despesas administrativas Despesas de pessoal Outras despesas administrativas Amortização de ativos tangíveis e intangíveis Margem líquida Provisões para perdas com créditos Outros resultados e provisões Resultado antes dos impostos sobre o lucro Imposto de renda Lucro líquido das operações continuadas Resultado de operações descontinuadas (líquida) Lucro líquido do período Resultado atribuído aos acionistas não controladores Lucro líquido atribuído ao Grupo 2014 8.959 2.836 96 117 12.008 (4.916) (4.407) (2.386) (2.021) (509) 7.092 (3.682) (805) 2.604 (679) 1.926 — 1.926 368 1.558 2013 10.067 2.871 540 41 13.518 (5.324) (4.743) (2.563) (2.180) (581) 8.194 (4.894) (499) 2.802 (763) 2.039 — 2.039 461 1.577 Variação absoluta (1.108) (35) (444) 76 (1.510) 408 336 177 159 72 (1.102) 1.212 (307) (197) 85 (113) — (113) (93) (20) 74.373 66.446 7.927 18.256 22.939 10.276 2.640 27.803 156.287 68.539 21.903 4.368 — 22.826 25.684 12.967 49.806 46.559 3.248 144.616 10.321 14.175 14.734 2.793 25.456 133.925 61.490 20.002 2.734 — 12.929 25.229 11.542 42.640 39.675 2.965 126.866 7.935 8.764 (4.458) (153) 2.347 22.362 7.049 1.901 1.634 — 9.897 455 1.425 7.166 6.884 282 17.750 11,9 76,9 61,8 (30,3) (5,5) 9,2 16,7 11,5 9,5 59,8 — 76,6 1,8 12,4 16,8 17,3 9,5 14,0 13,28 40,9 5,05 95,4 46.464 3.411 12,64 39,4 5,64 95,1 49.371 3.566 0,64 1,6 (0,59) 0,3 (2.907) (155) (5,9) (4,3) % (11,0) (1,2) (82,2) 187,8 (11,2) (7,7) (7,1) (6,9) (7,3) (12,4) (13,5) (24,8) 61,5 (7,0) (11,1) (5,5) — (5,5) (20,2) (1,3) % sem TC (2,7) 8,0 (80,6) 214,7 (2,9) 1,0 1,6 1,8 1,4 (4,2) (5,4) (17,7) 76,5 1,6 (2,8) 3,3 — 3,3 (12,7) 8,0 Balanço Crédito a clientes** Ativos financeiros para livre negociação (sem créditos) Ativos financeiros disponíveis para venda Instituições de crédito** Imobilizado Outros ativos Total ativo/passivo e patrimônio líquido Depósitos de clientes** Obrigação por emissão de títulos** Passivos subordinados** Passivos por contratos de seguros Instituições de crédito** Outros passivos Capital e reservas*** Outros recursos de clientes sob gestão e comercializados Fundos de investimento e de pensão Patrimônios administrados Recursos de clientes sob gestão e comercializados 10,7 74,9 60,0 (31,0) (6,6) 8,0 15,4 10,2 8,3 58,0 — 74,6 0,7 11,1 15,5 16,0 8,3 12,7 Indicadores (%) e outras informações ROE Eficiência (com amortizações) Índice de inadimplência Índice de cobertura Número de funcionários Número de agências (*).- Inclui rendimentos sobre instrumentos de capital, resultados de equivalência patrimonial e outras receitas/despesas operacionais (**).- Inclui a totalidade de saldos em balanço neste conceito (***).- Não inclui o lucro do exercício 143 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS PRINCIPAIS Brasil (variações em moeda local) Lucro atribuído em 2014: 1,558 bilhão de euros, com aumento de 8,0% em moeda local. 2) Melhorar a recorrência e a sustentabilidade: crescer em negó cios com maior diversificação de receita, mantendo ao mesmo tempo uma prudente gestão do risco. • A receita apresentou queda de 2,9%, por conta da margem de juros (mudança de mix) e ROF. Melhoria em comissões. 3) Manter a disciplina de capital e liquidez com o objetivo de con servar a solidez de balanço, gerenciar as mudanças regulatórias e aproveitar as oportunidades de crescimento. • As despesas cresceram apenas 1%, muito abaixo da inflação. 4)Aumentar a produtividade por meio de uma agenda intensa de transformação produtiva. • A qualidade creditícia continua melhorando: as provisões diminuíram 17,7% no ano e a inadimplência recuou 59 pontos-base. 5) Fortalecer os segmentos de negócio com participação inferior à natural. Os créditos e depósitos aumentaram a uma taxa de 10%, com crescimento superior aos bancos privados. O Santander Brasil é o terceiro maior banco privado do país em termos de ativos e o primeiro entre os estrangeiros. Presente nas principais regiões do Brasil, conta com uma rede de 3.411 agências e pontos de atendimento bancário (PABs), 14.856 caixas automáti cos e mais de 31 milhões de clientes. Ambiente e estratégia Em 2014, a atividade bancária no Brasil desenvolveu-se em um ambiente de crescimento próximo a zero e com juros mais altos para conter a inflação, pressupondo a desvalorização do real frente ao dólar (ligeira valorização em relação ao euro). A desace leração econômica refletiu-se em um menor crescimento do cré dito (+11% em dezembro), o qual continua motivado pelo crédito direcionado (+20%) e pelos bancos estatais, que dobraram em crescimento em relação aos privados (+16% contra +6%, respecti vamente). Por outro lado, o total de recursos de clientes aumen tou 10% interanual, com um peso crescente dos fundos de investimentos e outras captações (debêntures e letras financei ras), com expansão de 26%. Nesse ambiente, o Santander Brasil, como banco universal com en foque comercial, manteve as seguintes diretrizes: 1) Aumentar a preferência e a vinculação dos clientes: oferecer produtos e serviços segmentados, simples e eficientes, por meio de uma plataforma multicanal, com o objetivo de melho rar a satisfação de nossos clientes. Ao longo de 2014, houve avanço em todas essas diretrizes estraté gicas, com, entre outras iniciativas, a reformulação dos canais de atendimento e o lançamento do novo modelo comercial, que permite uma gestão mais eficiente e ágil dos negócios. Nos segmen tos de pessoas físicas e PMEs, foram lançados novos produtos, firmados outros acordos, inauguradas agências Select (85 em 2014) e fortalecido o negócio de adquirência. Quanto ao seg mento de veículos, foi alcançada a liderança em financiamentos com 19% de participação de mercado). • Reformulação dos canais de atendimento com a criação de um novo conceito de “multicanalidade” para melhorar a experiência dos clientes com processos mais simples e acessíveis. Nesse sentido, destacamos o lançamento de versões atualizadas do App Minha Conta, do novo Internet Banking e do caixa especial para retirada em dólares. • Lançamento do Santander Conta Conecta, conta corrente desti nada aos segmentos de pessoas físicas e PMEs, oferecendo um dispositivo que permite receber pagamentos com cartões em smartphones e tablets. Atualmente, o Banco conta com quase 60.000 contas. • Acordo para a criação de uma joint-venture com o Banco Bonsu cesso S.A. para alavancar as atividades no segmento de crédito consignado e também ampliar a oferta de produtos e melhorar a capacidade de distribuição e comercialização. A expectativa é en cerrar a operação no primeiro trimestre deste ano. • Aquisição de 50% do SuperBank, uma plataforma digital que ofe rece a venda de produtos e serviços financeiros para o segmento massivo de pessoas físicas, com uma estrutura mais eficiente. Atividade Margens s/ ATMs Margem bruta % var. 2014/2013 (euros constantes) % Milhões de euros constantes 144 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS PRINCIPAIS • Fortalecimento do negócio de adquirência, com a conclusão da compra da GetNet. O Banco Santander (Brasil) S.A. tem partici pação indireta de 88,5%. • Lançamento do Pague Direto, novo produto de meio de paga mento que oferece uma solução orientada para o segmento das PMEs. Esse produto permite aos estabelecimentos comerciais pagarem seus pedidos no terminal de pagamentos do Santan der de uma forma mais prática, rápida e segura. • Ao final de 2014, foi lançado o Modelo Comercial CERTO, que consiste em oferecer maior simplicidade e dedicação comercial aos clientes. O modelo conta com uma plataforma única de ges tão comercial, com ferramentas mais integradas e alinhadas com uma “visão cliente”, favorecendo o aumento do volume de negócios, a eficiência e o foco no cliente. Resultados As receitas totalizaram 12,008 bilhões de euros, com uma diminuição de 2,9% interanual, principalmente pela redução no ROF, em função de menores ganhos de atividades. Além disso, a margem de juros bai xou devido à mudança no mix de produtos para segmentos de risco reduzido e em virtude da compressão dos spreads de crédito. As comissões, por outro lado, totalizaram 2,836 bilhões de euros em 2014, com crescimento de 8,0%, sustentadas pelos cartões, que apresentaram alta de 9%, e pelo banco transacional, com 15%. Parte desse crescimento é decorrente da aquisição da GetNet. Excelente evolução das despesas, com aumento de 1,0% (diminui ção de 0,6% sem perímetro) em relação às taxas de inflação acima de 6%, o que mostra o esforço realizado nos últimos anos no con trole dos mesmos. Atividade O crédito a clientes apresentou expansão de 10% interanual, su perior à média dos bancos privados, sustentada pelo crédito imo biliário (+34% - segmento no qual o Banco ainda tem baixa penetração de mercado) e pelas grandes empresas, que cresceu 24%. Houve também aumento nos segmentos de menor risco/spreads, como agronegócio (+23%) e BNDES (+21%), nos quais o Banco pretende aumentar sua participação de mercado. Por outro lado, o financiamento ao consumo diminuiu 4% nos últi mos doze meses, em um mercado que desacelera o crédito conce dido a PMEs, o negócio ficou estável, após cair nos trimestres anteriores com aporte positivo de adquirência. Os depósitos sem cessões temporárias registraram crescimento de 8% interanual, com bom comportamento dos depósitos à vista (+10%). Enquanto isso, os fundos de investimento subiram 16%. As participações de mercado do Santander Brasil em dezembro atingiram 8,1% para o total de crédito, com 12,4% referente ao cré dito livre, e de 7,9% para depósitos. A estratégia seguida nos últimos meses está permitindo aumentar a participação de mercado em segmentos nos quais o Banco tem presença reduzida, como BNDES (+32 pontos-base) ou crédito imobiliários a pessoas físicas (+32 pontos-base), assim como em veículos, no qual o Santander é líder de mercado. Por outro lado, as provisões para perdas com crédito apresentaram boa evolução, com uma queda de 17,7% no exercício. Tudo isso im plica um custo do crédito de 4,9%, abaixo dos 6,3% do final de 2013. Essa evolução fez com que a margem líquida sem provisões aumen tasse 13,0%. O índice de inadimplência apresentou melhoria de 0,6 ponto percentual, atingindo 5,05%. Após impostos e minoritários, o lucro atribuído ficou em 1,558 bi lhão de euros, com crescimento de 8,0% interanual. Estratégia e objetivos em 2015 • Continuar a melhoria comercial e a percepção positiva dos ser viços pelos clientes. • Aumentar a base de clientes e incrementar a vinculação com produtos mais rentáveis. • Manter a tendência favorável do crédito. • Melhorar a produtividade comercial por meio de ferramentas ágeis e modernas. • Manter custos abaixo da inflação. • Oferecer uma proposta de valor inovadora a PMEs, por meio do programa global Santander Advance. Eficiência Margem líquida Custo do crédito Lucro líquido % Milhões de euros constantes % Milhões de euros constantes 145 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS PRINCIPAIS México Milhões de euros Resultados Margem de juros Comissões líquidas Resultados líquidos por operações financeiras Outras receitas* Margem bruta Despesas totais Despesas administrativas Despesas de pessoal Outras despesas administrativas Amortização de ativos tangíveis e intangíveis Margem líquida Provisões para perdas com créditos Outros resultados e provisões Resultado antes dos impostos sobre o lucro Imposto de renda Lucro líquido das operações continuadas Resultado de operações descontinuadas (líquida) Lucro líquido do período Resultado atribuído aos acionistas não controladores Lucro líquido atribuído ao Grupo Variação absoluta 62 (12) 24 (22) 52 (36) (24) (14) (10) (12) 16 44 (15) 45 (127) (82) — (82) (29) (53) % 2,9 (1,6) 17,0 94,6 1,7 2,9 2,1 2,4 1,9 9,9 0,9 (5,5) (89,8) 4,5 160,7 (8,8) — (8,8) (13,4) (7,4) 8.685 3.387 7.975 402 5.681 48.398 24.663 2.896 931 — 5.494 11.601 2.814 10.349 10.349 — 38.838 3.604 1.500 1.238 (917) 38 (136) 5.328 3.964 370 157 — 658 (597) 775 1.174 1.174 — 5.665 16,2 17,3 36,6 (11,5) 9,5 (2,4) 11,0 16,1 12,8 16,9 — 12,0 (5,1) 27,5 11,3 11,3 — 14,6 15,15 40,5 3,66 97,5 14.745 1.258 (0,91) 0,5 0,18 (11,4) 2.188 89 14,8 7,1 2014 2.182 770 165 (45) 3.072 (1.260) (1.129) (607) (522) (131) 1.812 (756) 2 1.057 (207) 851 — 851 191 660 2013 2.120 783 141 (23) 3.021 (1.225) (1.105) (593) (512) (120) 1.796 (801) 17 1.012 (79) 933 — 933 220 713 25.873 22.269 10.185 4.624 7.058 440 5.545 53.726 28.627 3.266 1.088 — 6.152 11.004 3.589 11.523 11.523 — 44.504 14,25 41,0 3,84 86,1 16.933 1.347 % sem TC 7,3 2,6 21,9 102,9 6,0 7,2 6,5 6,7 6,2 14,6 5,2 (1,6) (89,4) 8,9 171,8 (4,9) — (4,9) (9,7) (3,5) Balanço Crédito a clientes** Ativos financeiros para livre negociação (sem créditos) Ativos financeiros disponíveis para venda Instituições de crédito** Imobilizado Outros ativos Total ativo/passivo e patrimônio líquido Depósitos de clientes** Obrigação por emissão de títulos** Passivos subordinados** Passivos por contratos de seguros Instituições de crédito** Outros passivos Capital e reservas*** Outros recursos de clientes sob gestão e comercializados Fundos de investimento e de pensão Patrimônios administrados Recursos de clientes sob gestão e comercializados Indicadores (%) e outras informações ROE Eficiência (com amortizações) Índice de inadimplência Índice de cobertura Número de funcionários Número de agências (*).- Inclui rendimentos sobre instrumentos de capital, resultados de equivalência patrimonial e outras receitas/despesas operacionais (**).- Inclui a totalidade de saldos em balanço neste conceito (***).- Não inclui o lucro do exercício 146 14,9 15,9 35,0 (12,5) 8,3 (3,5) 9,7 14,8 11,5 15,6 — 10,7 (6,2) 26,1 10,1 10,1 — 13,3 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS PRINCIPAIS México (variações em moeda local) Resultado antes de impostos de 1,057 bilhão de euros, com aumento de 8,9%, motivado por: • Crescimento de 6,0% em receitas, sustentado pelo dinamismo da atividade e gerenciamento de spreads. • Os custos subiram 7,2% pela maior capacidade instalada. Abertura de 95 agências em 2014. • As provisões para perdas com crédito recuaram 1,6%. • A normalização da carga tributária efetiva e os minoritários levaram o lucro atribuído a 660 milhões de euros, com diminuição de 3,5%. Aceleração da atividade comercial. O crédito aumentou 18% e os depósitos sem cessões temporárias subiram 14%. O Santander é o terceiro banco do país em volume de negócios e tem participação de mercado de 13,8% em créditos e 13,7% em de pósitos. Ao final de 2014, contava com 1.347 agências e mais de 11 milhões de clientes. Ambiente e estratégia Em 2014, a economia mexicana, apesar de abaixo de seu potencial, apresentou certa recuperação e a expectativa é que continue a melhorar ao longo de 2015, apoiada na solidez econômica dos EUA e nas reformas estruturais do governo. A redução da taxa de juros também contribuiu para essa recuperação, uma vez que houve desvalorização do peso frente ao dólar (ligeira valorização em re lação ao euro). Nesse ambiente, o crédito do sistema financeiro do país registrou uma ligeira desaceleração (+9% interanual) em função do crédito ao consumo, com aumento em empresas (+9%) e no âmbito imobiliário (+9%). Os depósitos cresceram 9%, moti vados pelos depósitos à vista. Nesse contexto, o Santander México continuou fortalecendo sua franquia comercial com enfoque em seu plano de expansão, na melhoria da qualidade de serviço, na inovação e na criação de re lacionamentos mais estreitos com os clientes. O plano de expansão, iniciado em 2012, prevê inaugurar 185 novas agências bancárias no país (95 aberturas em 2014), o que permitiu chegar a uma participação de mercado em agências de 16,2% em setembro. Também houve aumento no número de caixas automá ticos, totalizando 5.528 (incluindo os novos caixas Full Function). Essa maior capacidade instalada foi acompanhada por uma me lhoria nas plataformas de venda multicanal e na ampliação da oferta de produtos. No que diz respeito à atividade multicanal e à inovação, as iniciati vas de Internet e Mobile Banking, e de melhoria da experiência e segurança do cliente continuaram sendo desenvolvidas por meio da plataforma Huella Vocal. Também foram integradas as lojas 7/eleven à rede de correspondentes (1.800 novos pontos), che gando a 16.350 pontos de atendimento adicionais na rede de agên cias tradicionais. Quanto à estratégia, o Santander México centrou-se no desenvol vimento do banco comercial, especialmente nos segmentos de PMEs, empresas e pessoas físicas. Concretamente nos segmentos de empresas, o Banco reforçou sua posição tornando-se uma das principais opções do sistema mexi cano. No segmento de PMEs, foi lançado o programa Santander PMEs (dentro do programa global do Grupo Santander Advance) com o objetivo de continuar promovendo o crescimento desse im portante setor para o país. O programa, como nos outros países, consiste em uma oferta integral, não somente financeira, com bene fícios para as PMEs como bolsas, capacitação, apoio para o desen volvimento de suas empresas, internacionalização, etc. Santander México encerrou 2014 com 18 centros PMEs (6 novas aberturas esse ano) e 6 novas agências especializadas. Essa estratégia se refletiu em um aumento de 26% no crédito concedido às PMEs. Quanto às pessoas físicas, destaca-se o segmento de crédito imo biliário, em que continuou oferecendo uma ampla gama de produ tos com o objetivo de atender às necessidades dos clientes, tais como o Crédito Imobiliário Light, com pagamento inicial baixo; o 10 *1000, que trabalha com pagamentos fixos; e o Premier, entre outros. Além disso, foi adquirida uma pequena carteira imobiliá ria, com a qual o Santander se consolida como a segunda institui ção de crédito imobiliário do país. Atividade Margens s/ ATMs Margem bruta % var. 2014/2013 (euros constantes) % Milhões de euros constantes 147 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS PRINCIPAIS Quanto ao consumo, foi lançado o crédito para segmentos de alta renda e novos produtos de cartões de crédito. Entre esses últimos, destaque para o primeiro cartão de marca compartilhada com a American Express e o primeiro cartão voltado ao agronegócio. Em relação ao segmento de alta renda, consolidou-se o modelo de atendimento Select por meio de 121 agências especializadas (14 novas aberturas em 2014) e o Contact Center Select, com a finali dade de oferecer um serviço diferenciado. Durante o ano, houve o lançamento do Mundo Select, com produtos e serviços exclusivos. Atividade As atividades comentadas foram traduzidas em crescimentos su periores aos obtidos pelo Grupo em 2013, tanto em créditos quanto em depósitos, o que permitiu superar o comportamento do setor no ano. O crédito aumentou 18% no exercício, principalmente em função das PMES (+26%) e do crédito imobiliário (+17%). Também apre sentaram altas, ainda que em menor percentual, o consumo (+15%) e os cartões (+5%). juros de referência e pela redução dos spreads, seguindo uma es tratégia de mudança de mix para produtos de menor risco. Isso foi compensado pela expansão nos volumes. As despesas aumentaram 7,2%, refletindo novos projetos comer ciais e maior capacidade instalada. Tal fator levou a uma expansão da margem líquida de 5,2%. As provisões para perdas com crédito caíram 1,6% no ano, bem abaixo em função do crescimento natural que acompanha a ex pansão de 18% no crédito, favorecida pelos cargos pontuais (prin cipalmente pelas construtoras) em 2013. O índice de inadimplência ficou em 3,8%, mantendo-se bastante estável no exercício (3,7% em dezembro de 2013). Por outro lado, a cobertura atingiu 86%. O lucro antes de impostos alcançou 1,057 bilhão de euros, com au mento de 8,9%. Depois da dedução de impostos (cuja carga tributária aumentou 19,5% em relação a 7,8% em 2013) e minoritários, o lucro atribuído ficou em 660 milhões de euros. Houve crescimento de 14% nos depósitos, com a melhoria de sua estrutura e maior foco nas contas à vista, que aumentaram 14%. Por outro lado, os fundos de investimento apresentaram uma ex pansão de 10%. Essa evolução permitiu ao Banco ganhar participação de mercado, tanto em créditos quanto em depósitos. Nos dois casos, em torno de 1 ponto percentual em doze meses. Resultados As receitas registraram alta de 6,0% no ano, em função do bom comportamento da margem de juros, que apresentou elevação de 7,3%, e das comissões, com aumento de 2,6%. Estratégia e objetivos em 2015 • Manter o foco nos segmentos de PMEs, empresas e pessoas físicas. • Impulso do negócio por meio da inovação tecnológica e mul ticanalidade, com a finalidade de aumentar a vinculação transacional dos clientes. As receitas foram prejudicadas por um crescimento econômico menor frente ao inicialmente previsto, pela baixa das taxas de • Posicionar o Banco como líder no financiamento do “Plano de Infraestrutura” anunciado pelo governo, e nos projetos re lacionados com a reforma do setor energético. Eficiência Margem líquida Custo do crédito Lucro líquido % Milhões de euros constantes % Milhões de euros constantes 148 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS PRINCIPAIS Chile Milhões de euros Resultados Variação absoluta 38 (42) (51) 3 (52) 72 36 23 13 36 20 76 (28) 68 48 116 — 116 42 74 % 2,2 (11,4) (30,5) 22,5 (2,3) (7,8) (4,4) (4,6) (4,1) (33,5) 1,5 (12,8) — 9,3 (45,1) 18,7 — 18,7 22,7 17,0 1.388 2.385 2.599 327 3.072 38.553 20.988 6.022 1.147 — 4.253 4.021 2.122 5.469 4.067 1.402 33.626 1.767 1.687 (111) 1.238 20 (392) 4.210 2.364 628 (163) — 129 911 341 1.787 1.497 291 4.616 6,1 121,5 (4,7) 47,7 6,2 (12,8) 10,9 11,3 10,4 (14,2) — 3,0 22,6 16,1 32,7 36,8 20,7 13,7 17,19 41,2 5,91 51,1 12.200 493 2,70 (2,3) 0,06 1,3 (119) (18) (1,0) (3,7) 2014 1.734 329 116 18 2.197 (854) (782) (484) (299) (72) 1.343 (521) (24) 798 (59) 739 — 739 230 509 2013 1.696 371 167 14 2.249 (926) (819) (507) (312) (108) 1.322 (597) 4 730 (107) 623 — 623 187 435 Crédito a clientes** 30.550 28.783 Ativos financeiros para livre negociação (sem créditos) Ativos financeiros disponíveis para venda Instituições de crédito** Imobilizado Outros ativos Total ativo/passivo e patrimônio líquido Depósitos de clientes** Obrigação por emissão de títulos** Passivos subordinados** Passivos por contratos de seguros Instituições de crédito** Outros passivos Capital e reservas*** Outros recursos de clientes sob gestão e comercializados Fundos de investimento e de pensão Patrimônios administrados Recursos de clientes sob gestão e comercializados 3.075 2.274 3.837 347 2.680 42.763 23.352 6.650 985 — 4.382 4.932 2.463 7.256 5.564 1.693 38.242 19,89 38,9 5,97 52,4 12.081 475 Margem de juros Comissões líquidas Resultados líquidos por operações financeiras Outras receitas* Margem bruta Despesas totais Despesas administrativas Despesas de pessoal Outras despesas administrativas Amortização de ativos tangíveis e intangíveis Margem líquida Provisões para perdas com créditos Outros resultados e provisões Resultado antes dos impostos sobre o lucro Imposto de renda Lucro líquido das operações continuadas Resultado de operações descontinuadas (líquida) Lucro líquido do período Resultado atribuído aos acionistas não controladores Lucro líquido atribuído ao Grupo % sem TC 17,8 2,2 (19,9) 41,2 12,6 6,3 10,2 10,0 10,5 (23,4) 17,0 0,5 — 26,0 (36,7) 36,8 — 36,8 41,4 34,8 Balanço 8,0 125,4 (3,0) 50,2 8,1 (11,2) 12,9 13,2 12,4 (12,7) — 4,8 24,8 18,1 35,0 39,2 22,8 15,7 Indicadores (%) e outras informações ROE Eficiência (com amortizações) Índice de inadimplência Índice de cobertura Número de funcionários Número de agências (*).- Inclui rendimentos sobre instrumentos de capital, resultados de equivalência patrimonial e outras receitas/despesas operacionais (**).- Inclui a totalidade de saldos em balanço neste conceito (***).- Não inclui o lucro do exercício 149 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS PRINCIPAIS Chile (variações em moeda local) Lucro atribuído em 2014 de 509 milhões de euros, um aumento de 34,8%. • A receita cresceu 12,6%, sustentada pela margem de juros (+ 17,8%) e por comissões (+2,2%). • As despesas cresceram 6,3%, um pouco acima da inflação, por conta dos desenvolvimentos tecnológicos. • As provisões para perdas com crédito se repetiram, com melhoria do custo de crédito. Quanto à atividade, houve crescimento de 8% interanual em crédito, principalmente nos segmentos-alvo: pessoas físicas de alta renda (16%) e empresas (8%). Os depósitos cresceram 13%, com destaque para os depósitos à vista (+16%). O Santander é o principal banco do Chile em termos de ativos e clientes, com uma destacada orientação ao varejo (pessoas físicas e PMEs). Suas participações de mercado são de 19,2% em créditos e 17,6% em depósitos. Destaque para sua participação em crédito a pessoas físicas: é o principal banco do país com participação em consumo de 24,6% e em crédito imobiliário de 20,9% (participa ções excluindo os investimentos do Corpbanca na Colômbia). Conta com uma rede de distribuição de 475 agências e 1.645 caixas automáticos, atendendo 3,6 milhões de clientes. Ambiente e estratégia O Chile registrou uma desaceleração econômica em 2014, acima do esperado, apesar da redução das taxas de juros e da forte des valorização do peso em relação ao dólar e em menor medida em relação ao euro. Contudo, os créditos do sistema (excluindo o in vestimento do Corpbanca na Colômbia) aumentaram 11% intera nual, sustentados pelas pessoas físicas, considerando que as empresas apresentaram desaceleração em linha com o investi mento. Os depósitos registraram alta de 10%, frente às menores taxas e à maior atratividade dos fundos monetários. Os depósitos mais fundos de investimentos se expandiram atingindo 14%. Nesse ambiente, o Grupo mantém seu objetivo de assegurar a rentabilidade a longo prazo em um cenário de redução de margens e maior regulamentação. Para isso, o plano estratégico do Santander Chile reconhece a importância de posicionar o cliente no centro da estratégia, procurando consolidar a franquia nas po sições de liderança mantidas historicamente. A estratégia está ba seada em três pilares fundamentais: • Melhorar a qualidade do três atendimento e a experiência dos clientes. • Foco no negócio de banco comercial, especialmente com clien tes do varejo (pessoas físicas de renda média e alta, e PMEs) e empresas médias. • Gestão conservadora dos riscos e uma melhoria contínua dos processos para ganhar eficiência operacional. Essa gestão se reflete nos negócios. Em matéria de qualidade de serviço, a satisfação dos clientes melhorou em todas as redes e ca nais, estreitando os diferenciais com a concorrência. Houve con solidação do modelo Select e avanço contínuo do NEO CRM (Client Relationship Management) por segmentos de negócio, com expansão em toda a rede comercial por meio de NEO PMEs e NEO ONE (uma versão para supervisores). Esse fato vem se traduzindo em um crescimento sustentado da base de clientes (+7% desde março de 2013, data de lançamento do Select e do NEO CRM) junto com uma melhoria importante na vinculação transacional. Finalmente, quanto ao segmento de car tões de crédito, houve a renovação do acordo com a companhia aérea LATAM (Lanpass) por mais 5 anos. Os esforços realizados se refletiram no prêmio de Melhor Private Banking em 2014 pela revista Euromoney e no prêmio de Melhor Página Web para Clientes Pessoas Físicas pelo Global Finance. No segmento de empresas, o Banco continuou melhorando o mo delo de atendimento especializado desenvolvido em 2013, voltado ao crescimento dos produtos com maior valor agregado para o cliente e sustentando-se em ofertas diferenciadas como Santander Trade e Santander Passport, na incorporação de oito centros em presariais durante o ano e na definição de um novo modelo de qualidade próprio do segmento. O GBM apresentou com sucesso seu plano TOP 20 para se reposi cionar entre os 20 principais grupos econômicos presentes no Chile, resultando em crescimento de receita e lucro. O foco recaiu principalmente sobre os clientes multinacionais, graças às vanta gens proporcionadas pelas capacidades globais do Grupo. Atividade Margens s/ ATMs Margem bruta % var. 2014/2013 (euros constantes) % Milhões de euros constantes 150 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS PRINCIPAIS No mercado de emissão de títulos internacionais, foram coloca dos mais de 6,800 bilhões de dólares, o que fez com que fôssemos líderes no mercado local de financiamento das principais obras de infraestrutura, incluindo a Ponte Chacao, ligando a ilha Chiloé com o continente no futuro. Atividade A estratégia seguida resultou na alta de 8% do crédito, com avan ços de 16% em alta renda e de 8% em empresas, segmentos-alvo. Por outro lado, os depósitos aumentaram 13% ao ano, com expan são dos depósitos à vista de 16%. Finalmente, durante o ano foram realizadas diversas emissões. Entre elas, o Santander foi o primeiro banco chileno a acessar o mercado australiano, com títulos em dólares australianos em feve reiro de 2014 Resultados Global Connect e market-making) mostrou bom comportamento por conta da maior demanda para cobertura de risco cambial devido à desvalorização do peso. As despesas cresceram 6,3%, um pouco acima da inflação, devido tanto à indexação dos contratos, aluguéis e salários à mesma, como pela desvalorização da taxa de câmbio que afeta particular mente os contratos de serviços tecnológicos, indexados ao dólar e ao euro. Por outro lado, as provisões para perdas com crédito pratica mente se repetiram (+0,5%), o que implica melhoria em termos do custo de crédito. A taxa de inadimplência registrou 5,97% e a cobertura 52%. O lucro antes de impostos apresentou um aumento de 26,0%. Depois da dedução de impostos, cuja alíquota tributária diminuiu 7% devido à atualização dos impostos diferidos de acordo com a reforma tributária, e minoritários, o lucro atribuído cresceu 34,8% no ano, atingindo 509 milhões de euros. A receita registrou alta de 12,6% na comparação ao ano anterior, com o seguinte detalhamento: • A margem de juros aumentou 17,8%, motivada pelo crescimento dos volumes nos segmentos-alvo, pelo mix mais favorável de depósitos e pelo aumento da receita da carteira UF indexada pela inflação. • As comissões cresceram 2,2% ao ano, ainda impactadas pelos efeitos regulatórios sobre comissões de seguros. Destaque para o aumento das comissões de meios de pagamento (+11%), fundos de investimento (+17%) e banco transacional (+14%). Estratégia e objetivos em 2015 Esses objetivos pertencem ao plano para o período 2014-2017: • Continuar a transformação do banco comercial, com a finali dade de desenvolver uma nova forma de relacionamento com os clientes. • Gerir o desenvolvimento das pessoas, transformando-as em motivadoras da cultura centrada no cliente. • Os ROF caíram 19,9% sobre o ano anterior, principalmente pelos resultados reduzidos da carteira de gestão de ativos e passivos. Alternativamente, a atividade de clientes (Santander • Crescer nos segmentos de empresas, instituições e GBM. Eficiência Margem líquida Custo do crédito Lucro líquido % Milhões de euros constantes % Milhões de euros constantes • Aumentar a vinculação por meio do Select. 151 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS PRINCIPAIS Argentina (variações em moeda local) O Santander Rio obteve em 2014 um lucro atribuído de 298 mi lhões de euros, o que significa um aumento de 33,3% em moeda local. O Santander Rio é o primeiro banco do país em volume de ativos, empréstimos e recursos de clientes, com participação de 9,2% em créditos e de 9,5% em depósitos. Conta com 396 agências e 2,5 mi lhões de clientes. • Também deu continuidade ao plano de transformação das agências, adaptando o modelo de atendimento às necessida des atuais dos clientes, melhorando a automatização e a auto gestão. Em dezembro de 2014, o Santander Río contava com 68 agências transformadas. • Por outro lado, dentro do programa de Inclusión Financiera, o Banco inaugurou duas agências de bancarização na área metro politana de Buenos Aires, procurando incorporar ao sistema fi nanceiro clientes não bancarizados. Além disso, iniciou a oferta do produto de microcréditos, em associação com governos mu nicipais. Ambiente e estratégia Em 2014, a atividade bancária se desenvolveu em um ambiente de contração econômica, inflação e liquidez elevadas. A forte desvalo rização do peso frente às moedas fortes no início do ano levou a uma taxa de juros Badlar máxima em abril (27%), reduzida poste riormente e estabilizada em torno de 20%. O crédito, com queda de duração (60% do total com menos de um ano), desacelerou ao longo do período (+20%), principalmente no que tange às empre sas, ao passo que o crédito de cartões (+34%) teve seu peso aumen tado. Maior crescimento dos depósitos (+31%), mais estável e equilibrado entre à vista e a prazo, para elevar a liquidez do sistema. A estratégia comercial do Banco continua focada em potencializar sua penetração e vinculação nos segmentos de pessoas físicas de alta renda e PMEs, desenvolvendo novas funcionalidades dos prin cipais produtos e com ações de melhoria da qualidade do serviço. Dentro da estratégia comercial, o Banco manteve seu foco nos serviços transacionais, recebimentos e meios de pagamento, me diante uma oferta ajustada às necessidades de cada segmento de clientes. O objetivo é continuar aumentando a receita recorrente, a partir do financiamento com depósitos à vista de baixo custo, e a receita mais ampla de serviços. Cabe destacar as seguintes atuações realizadas no ano: • Lançamento do Select, com o objetivo de melhorar a oferta de valor aos clientes de alta renda e oferecer um atendimento per sonalizado. O Banco continuou incentivando os produtos e ser viços Infinity Black e inaugurando espaços e corners Select, destinados a atender às necessidades do segmento. Essas ações permitem incrementar a venda cruzada, a vinculação transacional e a rentabilidade desses clientes. Argentina. Atividade Argentina. Lucro líquido % var. 2014/2013 (euros constantes) Milhões de euros constantes • Lançamento do projeto para a construção de dois novos edifí cios corporativos. Estima-se que os mesmos estarão operacio nais em 2017, fortalecendo o uso eficiente de recursos e espaços. O trabalho do Santander Rio foi reconhecido em 2014 com vários prêmios: Melhor Banco da Argentina pela revista Euromoney; Me lhor Banco da Argentina pela Internet e Melhor Empresa para tra balhar na Argentina, pelo Great Place to Work Institute. Atividade Quanto à atividade, o crédito aumentou 23% interanual, destacando o crescimento nas PMEs e empresas. Por outro lado, os depósitos apresentaram expansão de 31%, com crescimento a prazo (+40%) e à vista (+26%). Crescimentos e tendências em crédito e depósitos bas tante alinhados com o mercado. Resultados A estratégia comercial se refletiu em um aumento de 38,8% na margem de juros e de 29,6% em comissões, que, somados ao incremento dos ROF, levaram o crescimento do total da receita em 34,3%. As despesas cresceram 41,8%, após a ampliação e transformação da rede de agências. A margem líquida aumentou 27,8%. As provisões para perdas com crédito subiram 52,3% sobre uma base pequena. O custo do crédito chegou a 2,54%, refletindo uma elevada qualidade do crédito, com a taxa de inadimplência em 1,61% e a cobertura em 143%. Estratégia e objetivos em 2015 • Ganhar penetração nos segmentos de pessoas físicas de alta renda e PMEs por meio de uma maior vinculação. • Potencializar os produtos de transacionalidade. • Aumentar a rede de agências, principalmente nas regiões do interior do país com alto potencial econômico. • Continuar o projeto de transformação das agências e melho rias tecnológicas para aumentar a eficiência e qualidade dos serviços. 152 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS PRINCIPAIS Uruguai (variações em moeda local) dade de facilitar o acesso ao sistema financeiro a novas em presas. O lucro atribuído foi de 54 milhões de euros, com aumento de 16,2% sobre 2013. • O apoio a empresas do Estado permanece, com o financia mento a projetos importantes para o país. O Grupo manteve sua posição de liderança no Uruguai, como pri meiro banco privado, com participação de mercado em créditos de 17,7% e em depósitos de 15,1%, ao passo que a financeira Creditel é a que tem maior posicionamento e reconhecimento da marca. O Grupo tem em conjunto uma rede de 90 agências e mais de 500.000 clientes. • Melhoria na qualidade do serviço, com diminuição das reclama ções e menor tempo de resposta. A pesquisa de mercado mos tra uma satisfação de clientes em alta, sendo que os cartões de crédito e débito são os produtos com melhor avaliação. Ambiente e estratégia No que tange a volumes, o crédito aumentou 17% interanual, destacando o crescimento de pessoas físicas (+19%) e PMEs (+31%). Os depósitos, por outro lado, apresentaram incremento de 18%. Em 2014, o Uruguai mostrou um nível de crescimento elevado em relação aos países vizinhos (+3,4% estimado) ainda que inferior a 2013. Com a inflação em queda (8,3% em dezembro), as taxas em moeda nacional se mantiveram em níveis elevados, segundo a desvalorização do peso frente ao dólar (estável contra o euro) e a alta volatilidade no mercado interbancário de 1 dia. No sistema, créditos e depósitos apresentaram crescimentos equilibrados (+21% e +20%, respectivamente). Quanto à estratégia, o Banco manteve seu foco na qualidade do atendimento ao cliente e em realizar uma oferta de acordo com suas necessidades e pelo canal mais adequado em cada caso. Do ponto de vista comercial, as atuações de destaque no ano foram: • Lançamento do cartão de débito Select, com alta aceitação no mercado e penetração na base de clientes, garantindo a vincula ção transacional. • Foco em ser o banco transacional das empresas, incrementando a vinculação e desenvolvendo produtos inovadores no mercado. Atividade Resultados A receita cresceu 14,9% sem taxa de câmbio, bastante sustentada pela alta da margem de juros (+ 20,5%) e por comissões (+24,1%). As despesas cresceram 11,2%, depois de absorver o aumento de custo devido ao plano de melhoria de eficiência implementado. O índice de eficiência melhorou 2,1 pontos percentuais, chegando a 62,0%, sendo que a margem líquida aumentou 21,6%. As provisões para perdas com crédito, sobre uma base muito redu zida, aumentaram 37,5%. A inadimplência ficou em 1,22% e a cober tura em 217%. Em consequência disso, a margem líquida após provisões registrou alta de 16,0% e o lucro atribuído, de 16,2%. • Em PMEs, houve o lançamento do Mi proyecto, uma campanha de crédito inovadora de apoio a esse segmento, com a finali- Resumindo, o Banco continuou avançando em seus objetivos de ge ração de resultados recorrentes, com maior peso de clientes a partir do crescimento do negócio de varejo, da otimização do gasto e da melhoria da eficiência. Uruguai. Atividade Uruguai. Lucro líquido % var. 2014/2013 (euros constantes) Milhões de euros constantes Estratégia e objetivos em 2015 • Manter a estratégia do negócio, focada no crescimento do segmento varejista. • Posicionar sua liderança nos segmentos Select, PMEs, rendas médias e mercado massivo. • Melhorar a eficiência • Manter baixos níveis de inadimplência. 153 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS PRINCIPAIS Peru (variações em moeda local) O lucro atribuído foi de 24 milhões de euros em 2014, com au mento de 31,1% interanual em moeda local. por um sócio internacional de trajetória ampla na América Latina. A sociedade conta com um modelo de negócio especializado, fo cado no serviço e com participações que permitem o acesso aos clientes que compram veículos novos em todas concessionárias presentes no país. Ambiente e estratégia Atividade Em 2014, a economia peruana registrou uma desaceleração em seu crescimento (+2,6% estimado), que continuou fortemente ba seada na demanda interna (em torno de 5%). Com uma inflação sob controle (+3,2%), o Banco Central reduziu as taxas de juros, contribuindo à desvalorização versus o dólar (6%), não frente ao euro. No sistema, créditos e depósitos apresentaram crescimen tos de 13% e 4%, respectivamente. Os créditos aumentaram 28% ao ano, enquanto que os depósitos subiram 32%, em adição a um crescimento estável do financia mento no médio prazo. Nesse ambiente, o Grupo Santander enfocou sua atividade no país no banco corporativo, no banco comercial de empresas e a prestar serviço aos clientes globais do Grupo. Priorizou-se uma re lação próxima com os clientes e a qualidade do serviço, aprovei tando simultaneamente as energias operacionais e do negócio com outras unidades do Grupo. Em 2014, uma nova instituição financeira especializada em crédito para veículos consolidou sua atividade no Uruguai, introduzida Peru. Atividade % var. 2014/2013 (euros constantes) Peru. Lucro líquido Resultados A receita total aumentou 33,0% (principalmente pela margem de juros, que subiu 36,6%), ao passo que os custos apresentaram alta de 27,3%. Consequentemente, o índice de eficiência melhorou 1,5 ponto percentual, chegando a 32,8%, ao passo que a margem líquida aumentou 36,0%. As provisões para perdas com crédito subiram 82,0% sobre uma base pequena. A taxa de inadimplência se manteve bastante redu zida (0,23%) e sua cobertura se situou em níveis muito elevados. Estratégia e objetivos em 2015 Milhões de euros constantes • Aumento do crédito ao segmento corporativo, a clientes glo bais e a grandes empresas do país. • Incentivar o desenvolvimento de assessoria em banco de in vestimentos e estruturação financeira em infraestruturas pú blicas por meio de associações público-privadas. • Continuidade ao desenvolvimento do negócio de financia mento a veículos, em um ambiente econômico estável e de crescimento sustentável. Colômbia O Banco Santander de Negócios Colômbia, S.A., a nova subsidiá ria do Grupo no país, iniciou suas operações durante o mês de ja neiro de 2014. A Colômbia é um mercado importante para o Grupo. O terceiro país da região em população e oferece um elevado potencial de crescimento econômico com base nos planos do país de infraestru tura e desenvolvimento econômico e social. Os investimentos es trangeiros no país comprovam esse potencial e mostram o interesse crescente das empresas em instalar-se na Colômbia. 154 O novo banco tem um capital de 100 milhões de dólares. Seu objetivo é o mercado corporativo e empresarial, com um foco especial em clientes globais, clientes do programa Internatio nal Desk do Grupo e os clientes locais em processo de interna cionalização. O Banco Santander de Negócios Colômbia obteve uma licença bancária com permissão para operar como banco local, para todos os efeitos. Nesse sentido, os produtos centrais serão banco de investimento, produtos de tesouraria e hedging de ris cos, financiamento de comércio exterior e produtos de financia mento de capital de giro em moeda local, como o confirming. RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS PRINCIPAIS Estados Unidos Milhões de euros Resultados Margem de juros Comissões líquidas Resultados líquidos por operações financeiras Outras receitas* Margem bruta Despesas totais Despesas administrativas Despesas de pessoal Outras despesas administrativas Amortização de ativos tangíveis e intangíveis Margem líquida Provisões para perdas com créditos Outros resultados e provisões Resultado antes dos impostos sobre o lucro Imposto de renda Lucro líquido das operações continuadas Resultado de operações descontinuadas (líquida) Lucro líquido do período Resultado atribuído aos acionistas não controladores Lucro líquido atribuído ao Grupo Variação absoluta 471 83 66 161 781 (145) (107) (71) (36) (38) 636 (713) 95 19 26 45 — 45 46 (1) % 11,3 13,9 69,5 — 16,1 7,7 6,3 7,4 4,9 20,7 21,4 46,9 — 1,4 (6,5) 4,6 — 4,6 26,3 (0,1) 149 8.978 1.649 2.144 6.474 76.768 39.206 11.989 1.225 — 11.966 4.464 7.918 5.392 807 4.585 57.811 9.801 777 3.716 813 4.715 390 20.213 7.369 4.010 (453) — 5.288 1.446 2.554 2.160 833 1.327 13.086 17,1 521,6 41,4 49,3 219,9 6,0 26,3 18,8 33,4 (37,0) — 44,2 32,4 32,2 40,1 103,3 28,9 22,6 9,04 38,8 3,09 148,1 15.334 821 (1,09) (2,8) (0,55) 44,7 585 (10) 3,8 (1,2) 2014 4.642 683 162 155 5.643 (2.031) (1.813) (1.029) (784) (219) 3.611 (2.233) 11 1.389 (370) 1.019 — 1.019 219 800 2013 4.172 600 96 (6) 4.861 (1.887) (1.705) (958) (747) (181) 2.975 (1.520) (85) 1.370 (395) 975 — 975 174 801 67.175 57.374 926 12.695 2.462 6.858 6.864 96.982 46.575 16.000 772 — 17.254 5.910 10.472 7.552 1.640 5.912 70.897 7,96 36,0 2,54 192,8 15.919 811 % sem TC 11,2 13,7 69,4 — 16,0 7,6 6,2 7,3 4,7 20,6 21,3 46,8 — 1,3 (6,6) 4,5 — 4,5 26,2 (0,2) Balanço Crédito a clientes** Ativos financeiros para livre negociação (sem créditos) Ativos financeiros disponíveis para venda Instituições de crédito** Imobilizado Outros ativos Total ativo/passivo e patrimônio líquido Depósitos de clientes** Obrigação por emissão de títulos** Passivos subordinados** Passivos por contratos de seguros Instituições de crédito** Outros passivos Capital e reservas*** Outros recursos de clientes sob gestão e comercializados Fundos de investimento e de pensão Patrimônios administrados Recursos de clientes sob gestão e comercializados 3,1 447,3 24,5 31,5 181,7 (6,7) 11,2 4,6 17,5 (44,5) — 26,9 16,5 16,4 23,3 78,9 13,5 8,0 Indicadores (%) e outras informações ROE Eficiência (com amortizações) Índice de inadimplência Índice de cobertura Número de funcionários Número de agências (*).- Inclui rendimentos sobre instrumentos de capital, resultados de equivalência patrimonial e outras receitas/despesas operacionais (**).- Inclui a totalidade de saldos em balanço neste conceito (***).- Não inclui o lucro do exercício 155 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS PRINCIPAIS Estados Unidos (variações em dólares) Lucro atribuído em 2014: 1,061 bilhão de dólares, estável frente a 2013. Antes de participação minoritária, alta de 4,5%. • A receita registrou alta de 16,0%, com melhorias em todas as linhas. • As despesas aumentaram 7,6%, devido, principalmente, aos custos associados a conformidades regulatórias. • As provisões para perdas com crédito tiveram alta de 46,8% devido ao SCUSA. Em atividade: • O Santander Bank registrou aumento no crédito a pessoas jurídicas e melhoria da estrutura dos recursos. • Houve um crescimento considerável em originações e vendas no SCUSA, em virtude da aliança estratégica com a Chrysler. O perímetro do Santander US inclui a atividade de banco comercial, por meio do Santander Bank e Banco Santander Porto Rico, e o ne gócio de financiamento ao consumo, por meio do Santander Consu mer USA (SCUSA). Com 705 agências e 2 milhões de clientes, o Santander Bank desen volve um modelo de negócios orientado a clientes do varejo e a pes soas jurídicas. Sua atividade está localizada no noroeste dos EUA, região que concentra 22% do PIB nacional. O Santander Porto Rico conta com 54 agências bancárias, 410.000 clientes e participações de mercado de 10,0% em créditos e de 11,7% em depósitos, além de uma rede de 52 lojas para o atendimento de clientes de consumo. O Banco concentra suas atividades em pessoas físicas e jurídicas. A SCUSA, com sede em Dallas, é uma empresa especializada em fi nanciamento ao consumo, especialmente em empréstimos e leasing de veículos novos e usados (principalmente direcionados a clientes do varejo, embora também a concessionárias de veículos), e em cré dito ao consumidor sem garantia, além de gestão de cobrança (servi cing) de carteiras para terceiros. Entorno económico O setor bancário desenvolveu sua atividade em um ambiente eco nômico em aceleração ao longo de 2014. Isso permitiu, com taxas de juros em níveis mínimos, a redução dos estímulos quantitativos e a valorização do dólar frente ao euro. Como reflexo, em dados de setembro, e tomando como fonte o “Quarterly Banking Profile” da FDIC, o crédito total aumentou 5%, basicamente sustentado em pessoas jurídicas (comerciais e industriais), cartões e veículos a pes soas físicas. Esse último reflete o aumento das vendas e do financia mento de veículos novos e usados. Por outro lado, houve alta de 5% em depósitos, com maior peso de depósitos à vista do que a prazo, em virtude do ambiente de juros. Banco Comercial A estratégia no banco comercial foi desenvolvida através do Santan der Bank e do Banco Santander Porto Rico. O Santander Bank* concentrou a estratégia comercial de 2014 no crescimento de empréstimos a pessoas jurídicas, e na consolidação do negócio derivado do financiamento de veículos no ativo e no au mento e melhoria da qualidade dos depósitos no passivo. Além disso, foram implementadas medidas de otimização do balanço, as quais terão um impacto positivo nos resultados no futuro. Durante o ano, continuou o crescimento do crédito a pessoas jurídi cas (comerciais e industriais), liderado por Global Banking and Mar kets. Também foi efetuada a consolidação das operações no segmento de financiamento automotivo, o qual se espera que seja uma das principais fontes de crescimento para o Santander Bank nos próximos anos, obtendo sinergias da experiência global do Grupo e a local da SCUSA. No segmento de varejo, bom funcionamento do produto inovador Extra20, lançado no final de 2013. Seu principal objetivo é a captação de novos clientes, o aumento da vinculação e o aumento dos depósi tos à vista (core). Em cartões, o destaque foi o lançamento do cartão Bravo, dirigido ao segmento de alta renda. Em depósitos, a estratégia comercial se concentrou em conseguir aumentos em contas à vista e reduções em depósitos a prazo. Além disso, o negócio de captação de depósitos com instituições públicas (Government Banking) manteve seu bom andamento. Por outro lado, durante o segundo semestre, houve uma reestrutura ção do balanço do Banco, com a venda de 700 milhões de dólares de ativos improdutivos e securitização de 2,1 bilhões de dólares de cré dito imobiliário. Os resultados obtidos nessas ações foram destina dos ao reposicionamento do balanço em termos de rentabilidade, cancelando dívida histórica no longo prazo com custos superiores aos de mercado. Atividade Margens s/ ATMs Margem bruta % var. 2014/2013 (euros constantes) % Milhões de euros constantes 156 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS PRINCIPAIS Tudo isso se refletiu na evolução do crédito, que apresentou alta de 6% frente ao ano anterior sem considerar as ações referentes ao balanço mencionadas, e com um aumento de 7% em depósitos (+11% em depósitos core à vista). Em relação aos resultados, o lucro atribuído do Santander Bank em 2014 foi de 490 milhões de dólares, com queda de 10,6% na comparação com o ano anterior. Houve redução de 5,2% na receita, afetada pelo recuo da carteira de investimentos, com impacto na margem de juros, bem como a queda nas comissões, principalmente devido à nova regulamenta ção sobre descobertos. As despesas aumentaram 9,7% em relação ao ano anterior, devido à necessidade de se adaptar aos requisitos regulatórios, bem como o reflexo do esforço em investimentos em tecnologia (cai xas automáticos, mobile banking e cartões). Quanto à qualidade do crédito, o bom comportamento continua, com taxa de inadimplência de 1,41% (-82 pb em relação a 2013) e cobertura de 109%, reflexo da melhoria na composição da carteira e à rígida gestão do risco. Isso permitiu que as provisões ficassem em níveis muito reduzidos. O Santander Porto Rico se destaca frente aos concorrentes por sua boa qualidade de crédito, nível de capitalização, liquidez e qualidade do serviço. Com relação à atividade comercial, foi adotada uma estratégia de redução da alavancagem, que motivou uma redução de 16% no crédito. O lucro atribuído foi de 90 milhões de dólares, 12,1% abaixo do ano anterior, queda produzida pelo reconhecimento de ativos fis cais diferidos realizado em 2013. Sem esse efeito, o lucro antes de impostos aumentou 5,2%. Quanto à qualidade do crédito, o índice de inadimplência atingiu 7,45% (+116 pb em 2014) com cobertura de 56% (-6 pp). sem garantia. A estratégia dos últimos trimestres foi dirigida a aumen tar as produções, mas mantendo a estabilidade dos saldos no balanço, em consequência da realização de securitizações e vendas de carteiras. A SCUSA continuou buscando oportunidades de expansão na opera ção de gestão de cobrança de carteiras para terceiros (servicing), como o acordo firmado no segundo trimestre de 2014 com Citizens Bank of Pennsylvania para a venda da carteira prime de financia mento de veículos, mantendo a gestão de cobrança, operação que se somou a um acordo já existente com o Bank of America. Com relação a atividades, houve aumento de 25% na produção e de 13% nos saldos no balanço, em grande parte pelo acordo firmado com a Chrysler em 2013. Nos últimos trimestres, não menor cresci mento do balanço. Essa evolução se refletiu no aumento da receita (+32,3% na compa ração com o ano anterior), o qual, porém, não se traduziu totalmente no lucro, devido a maior exigência de provisões (+45,6%), em parte vinculadas ao aumento da produção e à carteira de consumo sem garantia. No que se refere ao lucro atribuído, o crescimento foi de 16,5% ao ano atingindo 481 milhões de dólares. A taxa de inadimplência recuou 38 pb em 2014, chegando a 3,97% e a cobertura atingiu níveis muito elevados (296%). (*) Inclui Santander Holding USA Estratégia e objetivos em 2015 • Banco comercial (Santander Bank e Porto Rico): - No segmento de varejo, o foco se concentra na captação e vinculação de clientes. Consolidar Select. - Em pessoas jurídicas e GBM, crescimento nos segmentos comercial e industrial e em depósitos transacionais. • Em financiamento ao consumo (SCUSA): Financiamento ao consumo - Consolidação do negócio em consequência do acordo com a Chrysler. No primeiro trimestre de 2014, a SCUSA concluiu sua oferta pública de venda de ações e iniciou as operações na Bolsa de Nova York. - Em crédito automotivo e leasing, a estratégia será originar para vender, mantendo um balanço estável. - Incremento do negócio de servicing para terceiros. Em 2014, deu continuidade a seu plano de financiamento de veículos decorrente do acordo com a Chrysler, bem como de ações e acordos que lhe permitiram manter o crescimento em créditos de consumo • Reforçar as estruturas de governança e controle, por meio de investimentos adicionais em tecnologia, riscos e conformi dade regulatória. Eficiência Margem líquida Custo do crédito Lucro líquido % Milhões de euros constantes % Milhões de euros constantes 157 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS PRINCIPAIS Atividades Corporativas Milhões de euros Resultados Margem de juros Comissões líquidas Resultados líquidos de operações financeiras Outras receitas Rendimentos sobre instrumentos de capital Resultados de equivalência patrimonial Outras receitas/despesas operacionais Margem bruta Despesas totais Despesas administrativas Despesas de pessoal Outras despesas administrativas Amortização de ativos tangíveis e intangíveis Margem líquida Provisões para perdas com créditos Outros resultados e provisões Resultado antes dos impostos sobre o lucro (ordinário) Imposto de renda Lucro líquido das operações continuadas (ordinário) Resultado de operações descontinuadas (líquida) Lucro líquido do período (ordinário) Resultado atribuído aos acionistas não controladores Lucro líquido atribuível à Controladora (ordinário) Líquido de ganhos e saneamentos Lucro líquido atribuído ao Grupo 2014 (1.937) (37) 1.456 60 30 (28) 58 (458) (763) (653) (243) (410) (111) (1.221) 2 (571) (1.790) 6 (1.785) — (1.785) 4 (1.789) — (1.789) 2013 (2.223) (50) 1.186 139 35 (10) 114 (948) (696) (555) (221) (333) (141) (1.644) (201) (436) (2.282) 218 (2.064) (0) (2.064) 7 (2.071) — (2.071) Variação absoluta 286 13 270 (79) (5) (18) (56) 490 (67) (98) (22) (77) 31 423 203 (135) 491 (212) 279 0 279 (3) 282 — 282 % (12,9) (26,2) 22,8 (56,9) (13,8) 170,1 (49,3) (51,7) 9,7 17,7 9,8 23,0 (21,8) (25,7) — 30,8 (21,5) (97,4) (13,5) (100,0) (13,5) (43,1) (13,6) — (13,6) 2.916 7.285 643 27.548 42.130 72.189 56.127 208.837 5.279 59.954 4.107 53.179 86.318 — — — 69.340 2.743 10.676 477 24.254 17.712 65.088 61.880 182.829 2.851 64.470 3.871 30.926 80.711 — — — 71.192 173 (3.391) 167 3.294 24.419 7.100 (5.753) 26.009 2.428 (4.516) 236 22.253 5.608 — — — (1.852) 6,3 (31,8) 35,0 13,6 137,9 10,9 (9,3) 14,2 85,2 (7,0) 6,1 72,0 6,9 — — — (2,6) 2.633 2.432 201 8,3 Balanço Ativos financeiros para livre negociação (sem créditos) Ativos financeiros disponíveis para venda Participações Ágio Liquidez prestada ao Grupo Dotação capital ao resto do Grupo Outros ativos Total ativo/passivo e patrimônio líquido Depósitos de clientes* Obrigação por emissão de títulos* Passivos subordinados* Outros passivos Capital e reservas do Grupo** Outros recursos de clientes sob gestão e comercializados Fundos de investimento e de pensão Patrimônios administrados Recursos de clientes sob gestão e comercializados Meios operativos Número de funcionários (*).- Inclui a totalidade de saldos em balanço neste conceito. (**).- Sem incluir o lucro do exercício. 158 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS PRINCIPAIS Atividades Corporativas No ano, resultado negativo de 1,789 bilhão de euros. • Esse resultado significa uma melhora de 13,6% em relação aos 2,071 bilhões de euros no exercício passado. • A melhoria teve origem na margem de juros (queda no custo das emissões) e nos ROFs (melhoria nos resultados por gestão de ativos e passivos). Dentro das Atividades Corporativas, a área de Gestão Financeira desenvolve as funções globais de gestão do balanço, tanto do risco de juros estrutural e risco de liquidez (este último por meio da realização de emissões e securitizações), como da posição es trutural das taxas de câmbio: • O risco da taxa de juros é administrado de forma ativa por meio da assunção de posições no mercado. Essa gestão tem como objetivo suavizar o impacto das variações nas taxas sobre a margem de juros, e é realizada por meio de bônus e derivativos com alta qualidade de crédito e liquidez, além de baixo consumo de capital. • A gestão da liquidez estrutural tem como objetivo financiar a atividade recorrente do Grupo em condições ideais de prazo e custo, mantendo um perfil adequado (em volumes e prazos) com a diversificação das fontes de financiamento. Além disso, e de forma independente da gestão financeira des crita, a área de Atividades Corporativas é responsável pela gestão do total de capital e reservas e pelas alocações de capital a cada uma das unidades, além de proporcionar a liquidez que algumas unidades de negócio possam precisar. O preço sob o qual essas operações são realizadas é a taxa do mercado (euribor ou swap) acrescido do prêmio com o qual, em conceito de liquidez, o Grupo arca pela imobilização dos fundos durante o prazo da operação. Por fim, e de forma marginal, nessa área estão refletidas as partici pações de caráter financeiro realizadas pelo Grupo dentro de sua política de otimização de investimentos. No detalhamento das demonstrações de resultados, os principais aspectos a destacar são: • A margem de juros apresentou um valor negativo de 1,937 bi lhão de euros frente a um prejuízo de 2,223 bilhões em 2013. Essa melhoria se deve exclusivamente à queda no custo finan ceiro pelo recuo dos saldos médios em aberto de recursos no atacado, após captações da matriz inferiores a vencimentos e amortizações (diretamente relacionados à existência de depósi tos de clientes superiores aos créditos). • Os resultados de operações financeiras, produzidos basica mente pela gestão centralizada do risco de juros e câmbio da matriz, bem como os de renda variável, registraram um aporte positivo de 1,456 bilhão de euros em 2014, 22,8% acima do regis trado no ano passado. • A gestão da exposição a oscilações nas taxas de câmbio nos ati vos e no equivalente dos resultados em euros das unidades também é realizada de forma centralizada. Essa gestão (que é dinâmica) é feita por meio de instrumentos financeiros derivati vos de taxa de câmbio, otimizando constantemente o custo fi nanceiro das coberturas. • As despesas, embora inferiores aos do ano passado devido a um efeito combinado de uma estabilidade nas despesas com pes soal (em que se começa a ver o resultado dos planos de eficiên cia corporativos) e o aumento nas despesas relacionadas a operações corporativas em desenvolvimento. Além disso, é pre ciso levar em conta o aumento dos gastos em função dos requi sitos regulatórios. Nesse sentido, a cobertura dos investimentos líquidos nos ativos dos negócios no exterior tem como objetivo neutralizar o impacto na conversão para euros dos saldos das principais entidades con solidáveis cuja moeda funcional seja diferente do euro. • As provisões para perdas com crédito registraram uma libera ção de 2 milhões de euros em 2014, frente a uma alocação de 201 milhões de euros em 2013, quando foi contabilizada uma despesa decorrente do processo de integração na Espanha. A política do Grupo considera necessário minimizar o impacto das oscilações bruscas nas taxas de câmbio sobre essas exposições de caráter permanente em situações de alta volatilidade nos merca dos. Os investimentos que atualmente possuem cobertura são os do Brasil, Reino Unido, México, Chile, Estados Unidos, Polônia e Noruega, e os instrumentos utilizados são spot, fx forwards ou tú neis de opções. A posição coberta por hedge é de 15,546 bilhões de euros. • A linha de outros resultados inclui o valor líquido entre as dife rentes provisões e saneamentos e resultados positivos. No ano, foi registrado 571 milhões negativos em comparação aos 436 mi lhões também negativos no ano passado. A diferença se deve fundamentalmente a saneamentos por contingências realizados no último trimestre de 2014. Por outro lado, as exposições de caráter temporário, isto é, relati vas aos resultados contribuídos pelas unidades do Grupo nos pró ximos doze meses quando se tratar de moedas diferentes do euro, também serão administradas de forma centralizada, a fim de limi tar sua volatilidade em euros. • Por último, a linha de impostos registrou uma recuperação de 6 milhões de euros (218 milhões em 2013), consequência do au mento da carga tributária, associada aos aumentos nos resulta dos nas unidades de negócio na Espanha. 159 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS SECUNDÁRIOS Banco Comercial Lucro atribuído em 2014 de 5,870 bilhões de euros, com aumento de 21,8%. Excluindo a taxa de câmbio, o aumento foi de +26,4%, em virtude de: • Aumento da receita por margem de juros • Controle de custos • Redução de provisões. O Grupo avançou na transformação do banco comercial no ano, por meio de três eixos: No que se refere a aprofundar o conhecimento dos clientes, houve avanços na melhoria das capacidades analíticas e foi desenvolvido um novo front comercial com o objetivo de disponibilizar esse co nhecimento a todos os canais e assim melhorar a produtividade comercial e a satisfação dos clientes. Essa ferramenta comercial, baseada em uma melhor prática do Chile, já está em desenvolvimento no Brasil, Espanha, Estados Unidos e Reino Unido. Durante 2015, será concluída a implanta ção da ferramenta nessas regiões, estendendo-a para o resto do Grupo. • Gestão especializada de segmentos: implantação de Santander Select, Santander Advance, Club Santander Trade e Passaporte Santander. Com base em um melhor conhecimento do cliente, em 2014 houve um avanço importante na implantação dos modelos espe cializados por segmentos. Destaca-se o avanço em três frentes: • Desenvolvimento do modelo de distribuição multicanal. • Expansão do modelo Select para os clientes de alta renda. Em 2014, foi implantado na Argentina, Uruguai, Portugal, Estados Unidos e Alemanha. Isso implica que o modelo Select já está dis ponível em 11 países e presta serviços a 2 milhões de clientes. • Melhoria da experiência dos clientes. O segmento de Banco comercial representa 85% da receita e 72% do lucro atribuído obtido pelas áreas operacionais do Grupo em 2014. Estratégia Durante 2014, foram obtidos avanços importantes no programa de transformação do banco comercial, que tem como eixos princi pais a melhoria do conhecimento dos clientes, a gestão especiali zada de cada segmento, o desenvolvimento de um modelo de distribuição multicanal e a melhoria contínua da experiência dos clientes com o Banco. Tudo isso, promovendo a inovação e apro veitando ao máximo as oportunidades ligadas ao posicionamento internacional do Grupo Santander. Como parte dos benefícios para os clientes Select, foi lançado o cartão de Débito Global Select, que recebeu o prêmio como uma das Melhores Ideias de 2014 por parte da revista Atualidade Econômica. • Lançamento do programa Advance, para que sejamos o parceiro de referência das PMEs. O programa Advance tem como obje tivo apoiar as PMEs em seu desenvolvimento e crescimento, oferecendo uma poderosa oferta financeira e medidas de apoio não financeiras. Durante 2014, foi lançado na Espanha, México e Portugal e a expectativa é que se estenda aos demais países do Grupo durante 2015. Banco Comercial Milhões de euros Resultados Margem de juros Comissões líquidas Resultados líquidos de operações financeiras Outras receitas* Margem bruta Despesas totais Margem líquida Provisões para perdas com créditos Outros resultados e provisões Resultado antes dos impostos sobre o lucro Imposto de renda Lucro líquido das operações continuadas Resultado de operações descontinuadas (líquida) Lucro líquido do período Resultado atribuído aos acionistas não controladores Lucro líquido atribuído ao Grupo 2014 28.493 7.700 615 (177) 36.631 (16.659) 19.972 (9.736) (1.335) 8.901 (2.070) 6.831 (26) 6.805 935 5.870 2013 27.745 7.817 1.111 (330) 36.343 (16.948) 19.395 (10.874) (1.057) 7.464 (1.678) 5.786 (15) 5.771 952 4.819 Variação absoluta 748 (117) (497) 153 288 289 577 1.138 (279) 1.437 (392) 1.045 (11) 1.034 (17) 1.050 2,7 (1,5) (44,7) (46,4) 0,8 (1,7) 3,0 (10,5) 26,4 19,2 23,4 18,1 73,2 17,9 (1,8) 21,8 629.874 522.388 583.915 508.237 45.959 14.151 7,9 2,8 % % sem TC 7,0 3,4 (41,8) (44,2) 5,2 2,2 7,9 (5,9) 32,4 24,5 29,6 23,0 70,2 22,8 4,2 26,4 Magnitudes do negócio Crédito a clientes Depósitos de clientes (*).- Inclui rendimentos sobre instrumentos de capital, resultados de equivalência patrimonial e outras receitas/despesas operacionais 160 4,0 (0,6) RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS SECUNDÁRIOS Banco Comercial. Resultados Milhões de euros Margem bruta Europa continental Reino Unido América Latina EUA Total Banco Comercial 2014 10.125 4.984 16.058 5.464 36.631 Margem líquida % % sem TC 5,9 6,1 13,9 (9,4) 16,8 0,8 8,1 0,5 16,7 5,2 • Lançamento do Club Santander Trade e Passaporte Santander para colocar a globalidade do Banco a serviço dos clientes. O Club Santander Trade foi lançado em meados de 2014, aju dando a gerar novas oportunidades de negócios internacionais, por facilitar que exportadores e importadores estejam conecta dos entre si. Até esta data, o portal recebeu mais de 1 milhão de visitantes. O Passaporte Santander é um modelo de atendimento especiali zado, que oferece aos clientes a possibilidade de atendimento em todas as filiais do Santander, de forma homogênea, aproveitando o posicionamento internacional do Grupo. Foi mantido o impulso à multicanalidade, com o objetivo de que os clientes possam se relacionar com o Banco da forma mais con veniente para eles. Alguns exemplos concretos são: 2014 5.046 2.410 9.018 3.499 19.972 Lucro atribuído % % sem TC 18,5 18,8 18,2 (12,0) 22,8 3,0 12,1 (2,7) 22,7 7,9 2014 1.694 1.398 2.037 741 5.870 % % sem TC 71,4 72,4 43,4 (5,2) 4,9 21,8 36,1 5,8 4,8 26,4 cedido ao Chile como a melhor web da América Latina em oferta de produtos financeiros e em pagamento de faturas e ao Santan der Rio como o melhor banco em Internet na Argentina. Continua-se a trabalhar em todos os países com o objetivo de me lhorar a experiência dos clientes. O caso do Reino Unido merece destaque, onde, por meio de seu programa Simple, Personal and Fair e do sucesso da conta 1/2/3, tem sido possível obter melhorias recorrentes nos níveis de satisfação dos clientes. Incentiva-se também a inovação como alavanca chave para liderar o mercado em um ambiente em constante mudança. Como re flexo dessa filosofia, foi lançado o SANTANDER ideas:), uma rede social corporativa que permite aproveitar melhor a diversidade, o talento e a inteligência de todos os funcionários do Grupo. • Webs comerciais novas e melhores na Argentina, Espanha, Por tugal e Reino Unido. Foram lançados três desafios relacionados com a transformação do banco comercial, a melhoria da gestão do talento e a transfor mação das agências, com o compromisso de implantar as melho res ideias geradas pelos funcionários. • Novos aplicativos móveis na Alemanha, Brasil, Polônia, Porto Rico e Uruguai, e o novo conceito de banco móvel simples, Smartbank, no Reino Unido e o sWallet na Espanha. Nos próximos meses, o Santander continuará a avançar no pro cesso de transformação dos bancos comerciais, evoluindo até um modelo cada vez mais simples, pessoal e justo. • Novos serviços, como o consultor virtual na Polônia, que permite a assessoria remota aos clientes, a capacidade de colabo ração online cliente-gestor na Espanha ou a possibilidade de pagamentos P2P entre telefones no Reino Unido, Polônia, Espa nha e México. Resultados • Lançamento do gestor digital na Espanha, aplicativo para tablet que oferece suporte à atividade comercial dos gestores de empresa. Como reconhecimento à proposta de valor em multicanalidade, o banco comercial recebeu prêmios da revista Global Finance, con- Essa evolução ocorreu devido às principais linhas da demonstra ção de resultados: aumento de 5,2% na receita, impulsionada pela margem de juros, que apresentou alta de 7,0%; controle das des pesas, que recuaram 1,4% em termos reais; e redução de 5,9% nas provisões para perdas com crédito. Margem líquida Lucro líquido Milhões de euros constantes Milhões de euros constantes Estratégia e objetivos em 2015 Em 2014, o lucro atribuído atingiu 5,870 bilhões de euros, com alta de 21,8% frente a 2013. Sem a incidência das taxas de câmbio, o crescimento foi de 26,4%. Dar continuidade ao processo de transformação dos bancos co merciais do Grupo, com foco especial em: • Conhecer melhor os clientes por meio da melhoria das capaci dades de inteligência comercial. • Fortalecer a franquia Santander, por meio da implantação de modelos especializados e propostas globais. • Avançar na transformação multicanal do banco comercial, e no impulso dos canais digitais. • Tudo isso, com foco claro na experiência do cliente e aprovei tando ao máximo as oportunidades ligadas ao posicionamento internacional do Grupo Santander. 161 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS SECUNDÁRIOS Banco Global de Atacado Lucro atribuído de 1,614 bilhão de euros (+10,0% frente ao ano anterior; 16,3% em euros constantes). Destaques: • Solidez das receitas (+2,5%) e forte redução das provisões (-41,4%), ambas em euros constantes. • Aumento das despesas por investimento em franquias em desenvolvimento. A eficiência (36,4%) é referência do setor. Foi mantido o do foco no cliente (89% das receitas) e na gestão ativa de riscos, liquidez e capital. Em 2014, o Santander Global Banking & Markets (SGB&M) gerou 12% da receita e 20% do lucro atribuído das áreas operacionais do Grupo. Estratégia Em 2014, o SGB&M manteve os principais pilares de seu modelo de negócio focado no cliente, nas capacidades globais da divisão e em sua interação com as unidades locais, dentro de uma gestão ativa dos riscos, capital e liquidez. • Potencializar os resultados da franquia de clientes nas demais regiões, com o objetivo de ganhar participação de mercado. • Criar a unidade de Financing Solutions & Advisory para oferecer uma solução integral às necessidades de assessoria e de finan ciamento estrutural dos clientes. • Tudo isso dentro de uma rígida gestão sobre o consumo de ati vos ponderados pelo risco, com o objetivo de maximizar a ren tabilidade da área. Resultados e atividade Em 2014, o lucro atribuído da área registrou alta de 10,0%, totali zando 1,614 bilhão de euros. Descontando o efeito das taxas de câmbio, o crescimento chegou a 16,3% em comparação ao ano anterior, com base na solidez da receita e na forte redução de provisões. A margem bruta aumentou 2,5%, sustentada pela margem de juros e comissões (+13,4% no total). A forte queda no ROF (-32,8%), decorrente do impacto dos mercados nas operações com clientes e ajustes de avaliação, causou uma redução na visibili dade das receitas. • Desenvolver junto com o Banco Comercial uma oferta de pro dutos de alto valor para os diferentes segmentos de clientes em todas as unidades do Grupo. As despesas (+6,5%) refletiram os investimentos em mercados de alto potencial, em especial no Reino Unido e EUA. A combinação das receitas e das despesas leva a um índice de eficiência de 36,4%, um patamar que continua a ser uma das referências do setor, e manteve uma margem líquida estável frente a 2013 em euros constantes (+0,4%). • Dar impulso ao negócio transacional no Reino Unido, Estados Unidos e Polônia. A forte redução das provisões para perdas com crédito (-41,4%), basicamente concentrada na Espanha e no México, aumentou a As atuações básicas do SGB&M se concentraram em: Banco Global de Atacado Milhões de euros Resultados Margem de juros Comissões líquidas Resultados líquidos de operações financeiras Outras receitas* Margem bruta Despesas totais Margem líquida Provisões para perdas com créditos Outros resultados e provisões Resultado antes dos impostos sobre o lucro Imposto de renda Lucro líquido das operações continuadas Resultado de operações descontinuadas (líquida) Lucro líquido do período Resultado atribuído aos acionistas não controladores Lucro líquido atribuído ao Grupo 2014 2.533 1.414 747 302 4.997 (1.820) 3.177 (546) (107) 2.524 (689) 1.835 — 1.835 220 1.614 2013 2.361 1.293 1.154 279 5.088 (1.764) 3.324 (953) (70) 2.301 (637) 1.664 — 1.664 197 1.468 Variação absoluta 172 121 (407) 23 (91) (56) (147) 406 (36) 223 (52) 171 — 171 24 147 % 7,3 9,4 (35,3) 8,4 (1,8) 3,2 (4,4) (42,7) 51,6 9,7 8,2 10,3 — 10,3 12,1 10,0 86.589 84.496 85.390 61.427 1.199 23.068 1,4 37,6 % sem TC 13,5 13,2 (32,8) 8,2 2,5 6,5 0,4 (41,4) 47,7 16,9 16,6 17,0 — 17,0 22,5 16,3 Magnitudes do negócio Crédito a clientes Depósitos de clientes (*).- Inclui rendimentos sobre instrumentos de capital, resultados de equivalência patrimonial e outras receitas/despesas operacionais 162 (0,2) 36,5 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS SECUNDÁRIOS margem líquida depois de provisões em 17,9% em comparação ao ano anterior, crescimento mantido no lucro atribuído. sico, em virtude de uma retração generalizada de margens na Eu ropa, que não foi compensada pelo resultado das demais regiões. Esses resultados foram sustentados pela solidez e diversificação das receitas de clientes, que representaram 89% da receita total da área e que registraram alta de 1,0% na comparação com 2013, sem consi derar o efeito das taxas de câmbio (em euros, 2,9%), com diferenças por subáreas de negócios: Financing Solutions & Advisory O segmento de Financing Solutions & Advisory(2) mostrou em 2014 uma evolução crescente da receita, que permitiu encerrar o ano com um aumento de 15,1% excluindo o efeito das taxas de câmbio (+11,6% em euros), graças à sólida evolução de seus diferentes negócios. Banco Transacional No Global Transaction Banking(1) foi registrado um aumento de 2,8% na receita de clientes em euros constantes com boa contribuição da maioria das atividades em um ambiente de contenção de spreads e baixas taxas de juros. Em euros, houve queda de 2,3% devido ao im pacto da desvalorização das moedas latino-americanas. Em termos de negócios, houve uma melhoria em trade finance, com forte crescimento em todas as regiões. Merecem destaque o Reino Unido, as unidades localizadas na Ásia, bem como os três grandes países da América Latina, região que, em 2014, voltou a receber prê mios por parte do setor em operações significativas. Também se destacou a posição de liderança mantida pelo Santander em export finance pela ajuda aos clientes em suas grandes operações de exportação, além do forte crescimento em Working Capital Solu tions, fruto da expansão em um contexto em que as empresas estão conscientes das vantagens competitivas representadas pela gestão eficaz de sua cadeia de suprimentos. As operações mais relevantes do ano foram: a participação como lead arranger em um financiamento no valor de 300 milhões de dóla res com garantia MIGA (Multilateral Investment Guarantee Agency) com prazo de 12 anos; a participação como arranger no Bono Pemex com garantia US Exim de 1 bilhão de dólares; também a assinatura de um Receivables Purchase Program (desconto de contas a receber) no valor de 500 milhões de dólares, que incorpora estruturas de mi tigação de risco por meio de uma apólice de seguro de crédito da Euler Hermes. Por outro lado, em 2014, foi mantida a sólida contribuição do negó cio de cash management. O destaque foi a evolução no Brasil e no México, onde o Santander deu impulso a uma oferta local combi nada com soluções regionais de gestão de tesouraria. A isso se somou a crescente contribuição das unidades europeias. Em Project finance, o Santander continuou a ser um dos bancos líde res em nível mundial, contribuindo de forma ativa para a adequação do negócio e do mercado às novas condições regulatórias e de finan ciamento. Em 2014, o SGBM voltou a se destacar na colocação de Project bonds para Europa, México e Brasil, implicando uma evolu ção para um negócio com menor consumo de capital. Também me recem destaques os resultados da colaboração com a área de Trade and Export Finance na estruturação de transações, que combinam fi nanciamentos em longo prazo com o apoio de instituições de cré dito (dois deals fechados no ano), e também a atividade de assessoramento, principalmente na América Latina, onde o Banco ocupa as primeiras posições dentre as league tables. Dentre as operações mais relevantes, se sobressaem: a emissão de um novo Project bond para uma subsidiária do grupo brasileiro Ode brecht no valor de 580 milhões de dólares, na qual o Santander atuou como global coordinator e rating advisor; a assessoria do déficit tarifário e o projeto Capibara na Espanha; a assessoria e a futura par ticipação na dívida da Ramones junto com o projeto Ventika I e II no México, e no Complexo Eólico Alto Sertão II da Renova no Brasil. Em empréstimos corporativos sindicalizados, o Santander também manteve posições de referência na Europa e na América Latina. O destaque foi a participação da SGBM durante 2014 em empréstimos sindicalizados para grandes empresas como: Imperial Tobacco, no valor de 7,750 bilhões de libras no qual atuou como underwriter, boo krunner e mandated lead arranger; Bayer no valor de 14,200 bilhões de dólares, como mandated lead arranger; BSkyB, em duas opera ções, em valores de 6,500 bilhões de euros e 1,450 bilhão de libras, nos quais atuou como mandated lead arranger. Houve também boa evolução de custódia-liquidação, com base prin cipalmente na recuperação da Espanha e na contribuição do Brasil. Por outro lado, houve queda na contribuição do financiamento bá- No mercado de capitais, e em resposta ao cenário de desintermedia ção enfrentado atualmente pela indústria financeira, o Santander potencializou suas capacidades de originação e distribuição, o que lhe permitiu liderar os rankings em diversas regiões e mercados, indo desde emissões brasileiras em euros até um local e específica, como o de Housing Associations no Reino Unido. As emissões realiza das em euros para os Tesouros do Brasil e do Chile, e também para a Codelco, a primeira realizada por uma empresa chilena em 15 anos, Margem líquida Lucro líquido Detalhe margem bruta Milhões de euros constantes Milhões de euros constantes Milhões de euros Clientes -3%* (*) Sem efeito taxa de câmbio: receitas totais +3%; clientes: +2% 163 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS SECUNDÁRIOS são bons exemplos. Além disso, o SGBM continuou a fortalecer suas capacidades globais com projetos de crescimento no mercado High Grade nos Estados Unidos, Private Placements e High Yield na Europa. Em corporate finance, o SGBM também aproveitou a posição do Grupo nos mercados e clientes relevantes para participar de ope rações significativas. Destaques: a assessoria à American Tower na compra da brasileira BR Towers; o aumento de capital da Fibra Uno no México, a segunda maior colocação da história do país, na qual o Santander atuou como coordenador global; a assessoria na oferta pública de aquisição da Orange sobre 100% da Jazztel, na OPV da Endesa e no aumento de capital da FCC, todas na Espa nha; e também a OPA da Energis para aumentar sua participação na brasileira Coelce. Por fim, o negócio de A&CS continua a aumentar sua contribuição para o grupo em paralelo com o crescimento de sua carteira de clientes em todas as regiões. Dentre as operações mais relevan tes, destaca-se as de operating lease financing de 3 Boeing 777-300 ER para a Singapore Airlines e o bridge equity financing de um pro jeto eólico de 138 MW no México para Renovalia e First Reserve. todas as unidades, com uma contribuição mais desigual do seg mento de clientes corporativos. Forte queda na receita derivada da formação de mercados na Europa, compensada apenas em parte pelo aumento na América Latina. Em termos de produtos, o destaque foi o aumento por colocação primá ria de emissões de crédito e a queda no mercado secundário de pro dutos flow na Europa. Aumento da contribuição da renda variável, com alta na receita de clientes, em euros constantes, apoiada na solidez da atividade na Eu ropa, tanto no mercado primário como no secundário, compensando a queda registrada nos países latino-americanos. Fragilidade dos mer cados organizados de derivados, nos quais o Grupo mantém posições de liderança na Espanha (MEFF – Mercado Español de Futuros Finan cieros) e no México, com participações em liquidação e execução acima de 20%, em todos os ativos listados (taxas de câmbio, taxas de juros e Índices de Bolsa). Mercados Estratégia e objetivos em 2015 A área de Global markets(3) sofreu uma redução de 12,2% na receita de clientes em comparação com o mesmo período do ano anterior ( 9,1% excluindo o efeito da taxa de câmbio) sob forte influência da re dução da contribuição das unidades europeias. As atuações básicas para 2015 se concentrarão em: Houve uma evolução da receita do negócio de vendas, que repre sentou mais de metade da receita da área, com base no cresci mento de dois dígitos em euros constantes nos três grandes países da América Latina. Também houve aumentos, embora mais mode rados, na Espanha e no Reino Unido. Em termos de tipos de clien tes, houve aumento nos segmentos de retail e institucional em • Dar continuidade às linhas de atuação do exercício anterior: colaboração com redes varejistas; aposta na capacidade tran sacional; impulso de franquias com alto potencial (Reino Unido, Estados Unidos e Polônia). • Ampliar a oferta de produtos de crédito para clientes corpora tivos e investidores. • Avançar na cobertura na Ásia e na região andina, em linha com o aumento da atividade do Grupo nessas regiões. Ranking em 2014 Prêmio Prêmio Prêmio Prêmio Prêmio Prêmio Prêmio Prêmio Prêmio Prêmio Prêmio Prêmio N1. N1. N1. N1. N1. Atividade Área País / região Fonte Best Trade Advisor in Latin America Best Supply Chain Finance Bank in Latin America Best Commodity Finance Ban in Latin America Best Export Finance Arrager in Latin America Best Overall Trade Bank in Latin America Best Trade Finance Bank in Latin America Americas Oil & Gas Deal of the Year: Los Ramones Sur Europe Power Deal of Year: Gemini Middle East & Africa Refinery Deal of the Year: Star Rafineri North American Renewables Deal of the Year - Regulus SSAR Bond / Euro Bond: Spain’s € 10Bn 10-year bond Latin America Bond: Fibra Uno’s US$1Bn dual-tranche bond Equities Research Iberia Equities Research Iberia Equities Sales Iberia Equities Sales Trading Iberia Equities Corporate Access Iberia GTB GTB GTB GTB GTB GTB FS & Advisory FS & Advisory FS & Advisory FS & Advisory FS & Advisory FS & Advisory Global Markets Global Markets Global Markets Global Markets Global Markets América Latina América Latina América Latina América Latina América Latina América Latina America Europa Middle East y Africa North America Espanha América Latina Iberia Iberia Iberia Iberia Iberia Trade Finance Trade Finance Trade Finance Trade Finance Trade Finance GTR Project Finance International Project Finance International Project Finance International Infrastructure Journal IFR IFR Institutional Investors Thomson Reuters Extel Thomson Reuters Extel Thomson Reuters Extel Thomson Reuters Extel (*).- Ranking de acordo critério seleção. (1) Global Transaction Banking (GTB): Inclui as operações de cash management, trade finance, financiamento básico e custódia. (2) Financing Solutions & Advisory (FS&A): inclui as unidades de originação e distribuição de empréstimos corporativos ou financiamentos estruturados, as equipes de originação de bônus e securitização, as unidades de corporate finance (fusões e aquisições –M&A–; mercados primários de renda variável –ECM–; soluções de investimento para clientes corporativos via derivativos –CED-); além de asset & capital structuring. (3) Global Markets (GM): Inclui a venda e distribuição de derivativos de renda fixa e variável, taxa de juros e inflação; negociação e hedging de taxa de câmbio e mercados monetários a curto prazo para clientes de atacado e varejo do Grupo; gestão contábil associada à distribuição; e intermediação de renda variável e derivativos para soluções de investimento e hedging. 164 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS SECUNDÁRIOS Private Banking, Gestão de Ativos e Seguros O lucro atribuído em 2014 totalizou 703 milhões de euros, com alta de 18,4% frente a 2013. • Sem o efeito de perímetro (venda de 50% das gestoras em 2013) e da taxa de câmbio, o lucro teria registrado alta de 31,3%. • A receita total para o Grupo (incluindo cedida para as redes) representou 10% do total de áreas operacionais, com crescimento de 6,8% frente ao ano passado em termos constantes de perímetro e taxas de câmbio. Private Banking: a recuperação da receita e a redução das provisões impulsionaram o lucro atribuído a taxas de dois dígitos (+16,9% frente ao mesmo período do ano anterior em euros constantes). Gestão de Ativos: em termos constantes, houve aceleração da receita total (+22,4% frente ao ano anterior) e do lucro atribuído, que dobrou em relação a 2013. Seguros: aumento da receita (+2,9% em termos constantes), aliada à valorização do negócio por meio de operações corporativas. Em 2014, o lucro atribuído de Private Banking, Gestão de Ativos e Seguros atingiu 703 milhões de euros, representando 8% das áreas operacionais do Grupo. Estratégia Private Banking. Durante 2014, foi dada continuidade ao processo de desenvolvimento e implantação de um modelo homogêneo que oferece soluções integrais para as necessidades financeiras dos clientes com maior patrimônio do Grupo por meio de unida des comerciais especializadas por regiões geográficas, que contam com o apoio de outras áreas globais do Grupo. Seus pilares básicos são: • Segmentação, como ferramenta para definir uma oferta de valor adequada e eficiente, e que também atenda às necessida des das próximas gerações. • Vinculação e satisfação de todas as necessidades do cliente. • Aposta multicanal voltada para um ambiente cada vez mais di gital. Um fato importante no ano foi a integração das três redes espe cializadas na Espanha, que consolidarão o Santander como refe rência para os clientes de alto patrimônio no país. Gestão de Ativos. Com base na aliança estratégica com a Warburg Pincus e General Atlantic para impulsionar o negócio global de gestão de ativos, a área continuou a avançar em seu modelo de comercialização, o qual se apoia na solidez e no conhecimento de seus mercados locais. Dentre os aspectos chave de 2014, houve destaque para: • Uma revisão e adequação geral da oferta de produtos, com au mento do foco no cliente e em suas necessidades de investi mento em poupança. • Um esforço importante na formação das redes comerciais para reforçar o conhecimento da oferta de produtos e garantir sua correta distribuição de acordo com as características de cada cliente. • A extensão e consolidação de soluções de investimento na forma de fundos perfilados em oito dos países core do Grupo, Private Banking, Gestão de Ativos e Seguros Milhões de euros Resultados Margem de juros Comissões líquidas Resultados líquidos de operações financeiras Outras receitas* Margem bruta Despesas totais Margem líquida Provisões para perdas com créditos Outros resultados e provisões Resultado antes dos impostos sobre o lucro Imposto de renda Lucro líquido das operações continuadas Resultado de operações descontinuadas (líquida) Lucro líquido do período Resultado atribuído aos acionistas não controladores Lucro líquido atribuído ao Grupo 2014 462 610 32 402 1.506 (579) 927 (0) (7) 919 (193) 726 — 726 23 703 2013 498 547 43 343 1.431 (575) 857 (50) (19) 787 (171) 616 — 616 22 594 Variação absoluta (36) 63 (11) 59 75 (4) 70 50 12 132 (22) 110 — 110 1 109 % (7,3) 11,5 (25,8) 17,2 5,2 0,8 8,2 (99,2) (62,0) 16,8 12,8 17,9 — 17,9 4,6 18,4 % sem TC (5,6) 13,4 (24,7) 23,6 8,0 2,1 11,9 (99,2) (61,4) 21,1 14,8 23,0 — 23,0 14,2 23,3 (*).- Inclui rendimentos sobre instrumentos de capital, resultados de equivalência patrimonial e outras receitas/despesas operacionais. 165 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS SECUNDÁRIOS bem como o lançamento de categorias especializadas para o segmento Select em três deles. Seguros. Durante 2014, a área continuou a avançar na construção de um modelo de negócios sustentável, com foco no cliente e em suas necessidades de proteção. Seu objetivo: construir relações de confiança de longo prazo com base na experiência do cliente, so luções de proteção adaptadas a cada segmento e um modelo ino vador de comercialização multicanal. Os focos de atuação do exercício foram: • Ampliar a gama de seguros open market, com maior grau de seg mentação e multicanalidade. Com lançamentos de seguros para diferentes perfis de clientes em todos os países, o principal foco se concentrou nos segmentos Select (alta renda) e Advance (PMEs). • Potencializar o negócio de bancassurance por meio de alianças estratégicas com seguradoras líderes no mundo, o que permite aos clientes do Santander ter acesso a um catálogo de produtos mais amplo e inovador. Em 2014, foi firmado um acordo com a CNP para o desenvolvimento do negócio de seguros do Santan der Consumer Finance na Europa e foi ampliado o acordo de co laboração com a Aegon para o mercado português. Resultados e atividade Durante o exercício, a divisão de Private Banking, Gestão de Ati vos e Seguros mostrou uma tendência de melhoria sustentável da receita e das margens, o que levou seu lucro atribuído no último trimestre a atingir níveis de pico em dois anos. Em relação a 2013, o destaque foi o aumento da margem bruta no acumulado do ano (+5,2%), absorvendo a redução do perímetro (venda de 50% das gestoras no quarto trimestre de 2013) e à des valorização das moedas da América Latina. A estabilidade das des pesas e a redução de saneamentos motivaram um aumento de 18,4% no lucro atribuído em relação a 2013. Excluindo esses efei tos, as duas variáveis mostram crescimentos mais significativos (11,2% e 31,3%, respectivamente). Em uma perspectiva mais global, a receita total gerada para o Grupo por esses três negócios globais (incluindo a contabilizada pelas redes comerciais) totalizou 4,528 bilhões de euros (+1,9% in teranual, com perímetro e taxas de câmbio constantes) e repre sentou 10% da receita total das áreas operacionais. Private Banking. A área aumentou seu lucro atribuído para o Grupo em 2014 para 319 milhões de euros (+15,7%; +16,9% em euros constantes), com boa evolução da receita, despesas e provisões. • Por outro lado, os acordos estratégicos com a Zurich nos cinco países latino-americanos, com Aegon na Espanha e com Aviva na Polônia continuaram a cumprir seus objetivos. Sem o efeito da taxa de câmbio, a receita apresentou uma recupe ração no ano, com base na receita mais comercial (+3,9%), com Margem líquida Lucro líquido Receitas totais Milhões de euros constantes Milhões de euros constantes Milhões de euros (*) A perímetro e taxa de câmbio homogêneos: Total +7%, Seguros +3%, Gestão de Ativos +22%, Private Banking: +2% Private Banking, Gestão de Ativos e Seguros. Resultados Milhões de euros Margem bruta Private Banking Gestão de Ativos Seguros Total 166 2014 889 162 455 1.506 % % sem TC 1,0 2,4 29,8 33,7 6,7 12,2 5,2 8,0 Margem líquida 2014 481 121 325 927 % % sem TC 1,9 3,0 50,0 57,0 7,0 14,4 8,2 11,9 Lucro atribuído 2014 319 114 270 703 % % sem TC 15,7 16,9 36,8 43,1 14,9 24,0 18,4 23,3 RELATÓRIO ANUAL 2014 RELATÓRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS SECUNDÁRIOS despesas (+1,6%) crescendo abaixo da inflação. Sua combinação permitiu elevar a margem líquida (+3,0% em moeda constante) e melhorar a eficiência a 46%, nível que é referência no setor. Por fim, a forte queda das provisões para perdas com crédito explica as taxas de crescimento do lucro. Em termos de países, houve destaque para a contribuição de Es panha e Portugal. Na América Latina, houve melhor evolução no Brasil e no Chile, com contribuições mais estáveis das demais unidades. Estratégia e objetivos em 2015 Estratégia e objetivos em 2015 Gestão de Ativos • Continuar a desenvolver um modelo de negócios sustentável com base nas capacidades institucionais e de distribuição da aliança estratégica em andamento. • Dar continuidade a extensão aos mercados em que o Grupo opera de soluções perfiladas mais diversificadas e adaptadas aos diversos segmentos de clientes com o objetivo de lhes oferecer um maior valor agregado. Private Banking Foi mantido o foco na consolidação do modelo de assessoria in tegral aos clientes do segmento, permitindo aumentar o número de clientes, sua satisfação e os ativos geridos. Dessa forma, os aspectos chaves são o desenvolvimento de: • uma oferta de valor que inclua capacidade transacional, finan ciamento e assessoria em matéria de investimento; • e de uma plataforma tecnológica que garantisse a qualidade na prestação do serviço, e que permita adequar as recomen dações ao perfil de risco do cliente. Gestão de Ativos. Em 2014, o lucro atribuído da área atingiu 114 mi lhões de euros, com alta de 36,8% frente ao ano anterior, depois da absorção da venda de 50% das gestoras e da desvalorização das moe das latino-americanas. Em termos constantes de perímetro e taxas de câmbio, o lucro atribuído teria duplicado (+100,4%), basicamente sus tentado no aumento da contribuição das gestoras compartilhadas. Em relação à sua contribuição total para o Grupo, a receita gerada pelo negócio no exercício (incluindo comissões cedidas às redes) atingiu 1,039 bilhão de euros, com alta de 13,3% frente a 2013 (+22,4% com perímetro e câmbio constantes). O aumento no volume de negócios contribuiu para esse resultado. O total de ativos comercializados e geridos atingiu 162 bilhões de euros, com alta de 17% ante dezembro de 2013, com taxas de câmbio constantes. Desse valor, 136 bilhões correspondem a sociedades e fundos de investimento e de pensões e o restante a carteiras geridas de clientes que não fazem parte dos fundos. Em termos de regiões geográficas, três países concentram mais de três quartos do volume: Seguros. Em 2014, o negócio atingiu um lucro atribuído ao Grupo de 270 milhões de euros, com alta de 14,9% frente a 2013. Excluindo o efeito das taxas de câmbio, o lucro atribuído teria apresentado alta de 24,0%, com base principalmente no aumento da contribuição das seguradoras compartilhadas em 50% em alianças estratégicas. Em termos de sua contribuição total para o Grupo, a receita gerada pelo negócio no exercício (incluindo comissões cedidas às redes) atingiu 2,600 bilhões de euros no semestre, com alta de 2,9% em comparação ao gerado em 2013 considerando as taxas de câmbio constantes (-1,7% em câmbio corrente). A evolução do resultado total para o Grupo foi similar (resultado antes de impostos, mais comissões cedidas às redes), com aumento de 3,0% frente ao mesmo período do ano anterior em euros constan tes, com evolução diferenciada por regiões geográfica: • A Europa reduziu ligeiramente sua contribuição no ano (-0,8%). A melhor evolução do Santander Consumer Finance (+5,8%) e Polô nia (+42%) compensaram as quedas registradas na Espanha, Por tugal e Reino Unido. • A América Latina aumentou seu resultado total (+8,1%) em um ambiente regulatório cada vez mais rígido. Maior impacto do Chile (-4,1%). Os demais países continuaram a aumentar seu re sultado total, em especial o México (+18,5%). • Por fim, houve um aumento da contribuição dos Estados Unidos, de 8,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior, com base na distribuição de seguros de terceiros do Santander Bank e na atividade das unidades de Porto Rico. • Espanha, com 59 bilhões de euros em ativos geridos, com aumento de 21% sobre o final de 2013. Destaca-se neste caso a evolução de Santander Asset Management que, com o apoio de captações de produtos mistos perfilados (quatro fundos incluídos nos top tem do ano), consolidou sua liderança em fundos mobiliários. Estratégia e objetivos em 2015 • Na América Latina, o Brasil aumentou seus ativos, totalizando 50 bilhões de euros (alta de 15% interanual em reais), impulsionado por clientes dos segmentos de alta renda e corporativos. • Contribuir para aumentar a vinculação dos clientes das diver sas unidades do Grupo, com uma gama de produtos mais seg mentada e adaptada a suas necessidades. • O México aumentou em 10% seus ativos em pesos no ano, che gando a 11,500 bilhões de euros, em vista da robusta demanda de fundos perfilados Select e Elite durante o exercício. • Facilitar a contratação por meio de qualquer dos canais dispo níveis no Banco. Dentre as demais unidades, destaca-se o grande crescimento dos volumes em moeda local no Chile (+35%), Portugal (+23%) e Estados Unidos (+25%). Seguros • Aumentar o peso de produtos de proteção não vinculados. • Extrair o máximo valor das alianças estratégicas com segura doras líderes mundiais no desenvolvimento de um modelo de negócios sustentável. 167