Kawasaki Ninja 300 é baby ninja com a faca nos dentes!

Transcrição

Kawasaki Ninja 300 é baby ninja com a faca nos dentes!
Kawasaki Ninja 300 é baby ninja com a faca nos dentes!
Kawasaki Ninja 300 (Foto: Kawasaki)
Assim como no universo dos automóveis, as motos mudam constantemente. Algumas apenas
passam por reestilizações, enquanto outras são alteradas por completo. Bom exemplo de nova
moto é a Kawasaki Ninja 300. Conhecida pelo motor bicilíndrico arisco e pela boa ciclística, ela
foi reformulada por completo. Ficou tão boa de andar e olhar, que passa bem pela irmã maior,
a Ninja 600. Tantas qualidades cobram seu preço, R$ 18 mil (standard) e R$ 20 mil (Special
Edition com freios ABS).
Pequena. E arisca!
Como toda esportivinha que se preze, a Ninja foi criada para impressionar. Além do bom
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desempenho, a moto melhorou em aspectos antes criticados: o painel que era simples demais
mudou por completo. Assim como o acabamento em geral, bem superior. Embora tenha
perdido o medidor de temperatura da água, recebeu conta-giros de boa dimensão e
velocímetro digital em tela de cristal líquido - agora com adição da função “Eco”, que informa
condução econômica. O escapamento também é mais bem acabado e agressivo.
Carenagens, faróis e rabeta também são todos novos, e dão a impressão de se tratar de uma
esportiva maior. Até mesmo o pneu traseiro é mais largo em 1 cm (140/70 R17). Só mesmo
comprimento e largura (2.015 mm x 715 mm) denunciam se tratar de uma “baby ninja”. Mas,
apesar de ser a menor escala das Ninja, faz jus ao mítico nome: vai de 0 a 100 km/h em
rápidos 7 segundos e atinge 174 km/h.
Além dos números superlativos, a nova 300 supera com maestria a falta de força em baixos
giros da Ninja 250 R. Pode-se ir passando marchas (são seis curtas e precisas) que a 300
aceita sem reclamar. Mérito do maior torque: 2,8 kgfm a 10.000 rpm.
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Quando se chega perto de 8.000 rpm, rotação em que a maioria das motos comuns está
“esgoelada”, o motor dispara até 12.000 rpm! A faixa vermelha do conta-giros – onde ocorre o
corte eletrônico da injeção – fica a elevados 13.000 giros. Em outras palavras, o prazer de
pilotar aumentou, e a moto instiga a ser usada também no cotidiano.
Graças à menor necessidade de acelerar fundo, o consumo melhorou: se na 250 era difícil
passar de 20 km/l (média urbana), na nova versão pode-se superar 23 km/l (sem abusos). Uma
ótima marca para sua proposta. Demais melhorias se estenderam ao quadro (de aço
reforçado) e aos coxins do motor. Até mesmo as pedaleiras são novas, agora de metal – ante
as emborrachadas. Na prática, isso se traduz em baixo nível de vibração e firmeza do conjunto.
As suspensões também foram recalibradas. Dianteira com garfos invertidos ficou um pouco
mais firme, enquanto o monobraço traseiro recebeu acerto mais suave. Incomodam apenas os
assentos com pouca espuma, um tanto duros após algum tempo guiando, e o esterço limitado
do guidão. Porém, este é estreito e recuado, favorecendo uma posição de pilotagem quase
ereta.
Esguia, a moto tem retrovisores rebatíveis que auxiliam no uso urbano – e também ao rodar
rápido em rodovias. A “bolha” frontal é outro item que auxilia o condutor contra os resíduos da
estrada, em especial ao “deitar” sobre o tanque.
Se a ideia for encarar pistas ou track days, sobra agilidade e precisão de trajetória. E não
faltará poder de frenagem, tampouco recursos mais avançados, como a embreagem
deslizante, que impede trancos na roda traseira em reduções de marcha abruptas.
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Na versão avaliada, com sistema de ABS opcional, pode-se frear em entradas de curva de
maneira esportiva. E sem medo: a intervenção do antitravamento é precisa e bem modulada.
Ao adquirir o ABS como opcional, leva-se a Special Edition, que traz de “brinde” adesivos em
branco e grafite. E também agrega os tão copiados detalhes verdes nas rodas negras.
Rodando, os adesivos formam círculos verdes que ficam em evidência.
Conclusão
Embora custe cerca de R$ 4 mil a mais que a Ninja 250, a nova 300 promete reinar entre as
esportivas compactas. Sua concorrente mais próxima, a Honda CBR 250 R tailandesa, oferece
praticamente 50% a menos de potência (26,4 cv) a um valor menor: R$ 16.5 mil standard e R$
20 mil com freios ABS. Porém, a Ninjinha agora consegue aliar boa performance na cidade e
acima da média na estrada. E de quebra, agrega status de moto maior.
Exemplo de eficiência
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Com apenas 174 kg, essa Kawasaki desfruta de saudáveis 39 cv a elevados 11.000 rpm. Potência
A máquina funciona de forma suave, e isso não é por acaso: mais de 40% de seu “miolo” é novo, o
Para chegar à maior cilindrada, o curso foi ampliado de 41,5 mm para 49 mm. Isso trouxe o benefí
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