Acesse aqui o PPP completo - COLÉGIO ESTADUAL JOÃO
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GOVERNO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO COLÉGIO ESTADUAL JOÃO BETTEGA – EFM Rua Visconde do Cerro Frio, 2010 - Novo Mundo – Curitiba e-mail: [email protected] PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO CURITIBA 2010 SUMÁRIO INTRODUÇÃO .............................................................................................................1 1. IDENTIFICAÇÃO .......................................................................................................2 1.1 BIOGRAFIA DO PATRONO ...............................................................................2 1.2 HISTÓRICO DO COLÉGIO ................................................................................3 1.2.1 CRONOGRAMA DE AUTORIZAÇÕES ....................................................3 1.3 LOCALIZAÇÃO DO COLÉGIO ...........................................................................4 1.4 MODALIDADES DE ENSINO – 2010 .................................................................5 1.5 DEMANDA – 2010 ..............................................................................................8 1.6 CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERAIS ................................................................8 1.7 PERFIL E FUNCIONAMENTO DA ESCOLA .....................................................9 2. MARCO SITUACIONAL ...........................................................................................11 2.1 APROVEITAMENTO DOS ALUNOS NO ANO DE 2010 ..................................11 2.2 DADOS DO DESEMPENHO ACADÊMICO DA ESCOLA .................................12 2.3 DISCIPLINAS COM ALTAS TAXAS DE REPROVAÇÃO, POR SÉRIE, CICLO E TURNO ...................................................................................................................14 2.4 SÉRIES COM ALTAS TAXAS DE DISTORÇÃO IDADE-SÉRIE .......................14 2.5 C0RPO DISCENTE ...........................................................................................16 2.5.1 PROBLEMAS E NECESSIDADES DO CORPO DISCENTE ....................18 2.6 CORPO DOCENTE ...........................................................................................18 2.7 COMUNIDADE ESCOLAR ................................................................................22 2.8 PROGRAMAS ...................................................................................................22 3. MARCO CONCEITUAL ............................................................................................29 3.1 FUNDAMENTOS POLÍTICOS, FILOSÓFICOS E SOCIOLÓGICOS ................29 3.1.1 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE ...............................................................31 3.1.2 CONCEPÇÃO DE HOMEM ......................................................................33 3.1.3 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO ................................................................34 3.1.4 CONCEPÇÃO DE ESCOLA ......................................................................35 3.1.5 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA .................................................................36 3.1.6 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO .......................................................38 3.1.7 CONCEPÇÃO DE TRABALHO .................................................................40 3.1.8 CONCEPÇÃO DE CULTURA ...................................................................41 3.1.9 CONCEPÇÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA ..........................................42 3.2 CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA NA PERSPECTIVA HISTÓRICO CRÍTICA ......44 3.2.1 CONCEPÇÃO DE ENSINO E APRENDIZAGEM .....................................46 3.2.2 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO ..............................................................48 3.2.3 PROCESSO DE AVALIAÇÃO .................................................................49 3.2.4 PROCESSO DE CLASSIFICAÇÃO ........................................................52 3.2.5 PROCESSO DE RECLASSIFICAÇÃO ...................................................53 3.2.6 PROCESSO DE PROGRESSÃO PARCIAL ...........................................54 3.2.7 PROCESSO DE APROVEITAMENTO DE ESTUDOS ...........................54 3.2.8 PROCESSO DE ADAPTAÇÃO ...............................................................55 3.2.9 PROCESSO DE REVALIDAÇÃO E EQUIVALÊNCIA .............................55 3.2.10 PROCESSO DE FREQUÊNCIA .............................................................57 4. GESTÃO DEMOCRÁTICA .......................................................................................57 4.1 O QUE É GESTÃO DEMOCRÁTICA ................................................................57 4.2 GESTÃO DEMOCRÁTICA NA LEGISLAÇÃO (CONSELHO ESCOLAR, GRÊMIO, APMF, CONSELHO DE CLASSE...) ......................................................58 5. MARCO OPERACIONAL .........................................................................................64 5.1 PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA ................................................64 5.2 PROPOSTA DE PLANO DE TRABALHO DOS AGENTES EDUCACIONAIS I E II .....66 5.3 PLANO DE AÇÃO DO LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS ....................................68 5.4 PLANO DE AÇÃO DA BIBLIOTECA .................................................................77 5.5 PLANO DE AÇÃO DA SALA DE APOIO ...........................................................78 5.6 PLANO DE AÇÃO DA SALA DE RECURSOS ..................................................80 5.7 LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA .................................................................82 5.8 FORMAÇÃO CONTINUADA .............................................................................83 6. PROPOSTA PEDAGÓGICA ......................................................................................85 6.1 DIRETRIZES CURRICULARES DE ARTE .......................................................85 6.2 DIRETRIZES CURRICULARES DE BIOLOGIA ................................................92 6.3 DIRETRIZES CURRICULARES DE CIÊNCIAS ................................................98 6.4 DIRETRIZES CURRICULARES DE EDUCAÇÃO FÍSICA ....................... 118 6.5 DIRETRIZES CURRICULARES DE ENSINO RELIGIOSO ..................... 127 6.6 DIRETRIZES CURRICULARES DE FILOSOFIA ..................................... 131 6.7 DIRETRIZES CURRICULARES DE FÍSICA ............................................ 142 6.8 DIRETRIZES CURRICULARES DE GEOGRAFIA ................................... 150 6.9 DIRETRIZES CURRICULARES DE HISTÓRIA ....................................... 170 6.10 DIRETRIZES CURRICULARES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – ESPANHOL .................................................................................................... 187 6.11 DIRETRIZES CURRICULARES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS .......................................................................................................... 198 6.12 DIRETRIZES CURRICULARES DE LÍNGUA PORTUGUESA ............... 209 6.13 DIRETRIZES CURRICULARES DE MATEMÁTICA .............................. 214 6.14 DIRETRIZES CURRICULARES DE QUÍMICA ....................................... 234 6.15 DIRETRIZES CURRICULARES DE SOCIOLOGIA ............................... 240 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 253 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 254 1 INTRODUÇÃO „O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual João Bettega – Ensino Fundamental e Médio resultou da reflexão crítica da comunidade escolar acontecida em reuniões com pais e alunos, conselhos de classe, e em pesquisas realizadas durante os últimos meses. Nosso Projeto Político Pedagógico tem como meta a melhoria da qualidade de ensino, através de novas formas de organização e práticas pedagógicas, visando o resgate da real função da escola, que é ensinar de forma coletiva e crítica. Este trabalho será centrado no desenvolvimento do aluno, através das diversas áreas de conhecimento com conteúdos significativos e contextualizados, eliminando a ênfase à nota e exercitando uma prática avaliativa centrada na interação alunoprofessor. Essa prática não significa liberação do compromisso com o processo avaliativo, mas, sim um maior comprometimento com a avaliação democrática. Toda a comunidade escolar será envolvida, tendo como objetivo maior o resgate da Escola Pública, onde cada um deve assumir a responsabilidade pela melhoria da qualidade de ensino. 2 1. IDENTIFICAÇÃO 1.1 Biografia do Patrono João Bettega, patrono de nossa escola, era de nacionalidade italiana, nascido na Província de Trento, na Itália, no dia 24 de março de 1864; filho do Senhor Domênico Bettega e dona Angela Bettega. Aos 14 anos veio para o Brasil, na companhia de seus pais. Com 17 anos começou a trabalhar com erva-mate. Casou-se com 19 anos de idade com a senhora Teresa Chemin Bettega e teve 14 filhos sendo: 9 homens: Domingos, Rodolpho, Leão Ermiro, José, Francisco, João Batista, Fiovo, Lídio e Eurico; 5 mulheres: Angelina, Julina, Julia Maria, Margarida e Alba. Senhor João Bettega, nosso patrono, foi contador do Barão do Cerro Azul. Em 1896 João Bettega começou com as serrarias, quando fundou a primeira Colônia Nova Tyril, em Piraquara, Estado do Paraná. Fundou ainda outras serrarias em Rio da Várzea, Pangaré, São João do Triunfo, Rancho das Táboas, Faxinal do Silva, Campo do Tenente e Porto Amazonas. Comprou a fazenda Rio Grande, no atual Município de São José dos Pinhais, foi o primeiro a instalar telefone que ia de Curitiba a Fazenda Rio Grande e o segundo a possuir carro em Curitiba, e também o primeiro exportador de pinho brasileiro para a Argentina, onde abriu uma casa de exportação de madeira, em Buenos Aires. Vendo a necessidade de instrução e lazer para seus operários, fundou na Fazenda Rio Grande de Janeiro, um curso de Homeopatia. Era um homem muito religioso, severo, autoritário, mas possuía um grande coração. Outra característica sua, era o valor que dava ao trabalho e tinha como lema: “LABOR OMNIA VINCIT” (com trabalho o homem vence). Como fruto de prova de seu trabalho incansável, temos hoje as indústrias J. Bettega S/A que continuam a prestar serviços as comunidades, especialmente a Curitiba, através de seus descendentes. A semente plantada pelo italiano João Bettega no solo generoso e fértil de nossa terra, germinou e por certo ainda dará muitos frutos. 3 E hoje, nós, reconhecendo o valor do trabalho por ele realizado, prestamos-lhe a homenagem, escolhendo seu nome para patrono de nossa Escola, para que através de seu exemplo de vida, possamos tê-lo como modelo para a juventude que aqui formamos. 1.2 Histórico do Colégio O Colégio Estadual “João Bettega” – Ensino Fundamental e Médio, foi fundado em outubro de 1978, no governo de Jayme Canet Junior, situado na Rua Visconde do Cerro Frio, s/n, bairro Novo Mundo, no município de Curitiba. O nome “João Bettega” homenageia um antigo morador da região, de origem italiana, proprietário de uma grande madeireira que tinha como lema “LABOR OMNIA VINCIT” (com trabalho o homem vence). O Estabelecimento tem por finalidade atuar no ensino fundamental no período diurno e no ensino médio nos períodos diurno e noturno. O Colégio Estadual “João Bettega” foi criado e autorizado a funcionar com o nome “Escola Campo de Uberlândia” – Ensino de 1° Grau, conforme Decreto n° 5261 de 12 de julho de 1978, passando a integrar o Complexo Escolar “General Moreira Couto” – Ensino de 1° e 2° Graus. Posteriormente, pela Resolução n°1633/78 de 04 de outubro de 1978, passou a chamar-se “Escola João Bettega” – Ensino de 1° Grau. Conforme a Resolução n° 146/83 de 20 de janeiro de 1983, o Complexo Escolar “General Moreira Couto” – Ensino de 1°e 2° Graus, bem como os estabelecimentos que o compunham, Escola “João Bettega” – Ensino de 1° Grau e outras, passaram a denominar-se “Complexo Escolar “General Moreira Couto” – Ensino de 1° e 2° Graus e Escola Estadual “João Bettega” – Ensino de 1° Grau. Funcionaram na Escola Estadual “João Bettega” – Ensino de 1° Grau, desde a data de sua criação até dezembro de 1984, Pré–Escola, 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª e 6ª séries. 1.2.1 Cronograma de Autorizações Ato Data Resolução 1088/83 08 de abril de 1983 Finalidade Implantação de Classe Especial 4 Resolução 524/84 12 de fevereiro de 1985 Implantação de 7 série Resolução 93/86 06 de janeiro de 1986 Implantação de 8 série Resolução 5238/86 16 de dezembro de 1986 Reconhecimento do 1 Grau Resolução 2281/93 27 de abril de 1993 Habilitação Assistente em Administração Resolução 2472/94 Início de 1993 Suspensão gradativa das séries inicias Resolução 512/94 02 de fevereiro de 1994 Suspensão da Classe Especial Parecer 059/95 07 de abril de 1995 Implantação simultânea do Curso de Assistente em Administração no Ensino de 2º Grau. Resolução 3000/97 30 de setembro de 1997 Reconhecimento do Curso Técnico em Administração Deliberação 001/96 24 de abril de 1997 Implantação do Projeto PAI-S e 13/97 No ano de 1998, atendendo as disposições da LDB 9394/96 passou a denominar-se Colégio Estadual “João Bettega” – Ensino Fundamental e Médio. O Colégio, desde a sua fundação, é mantido pelo Governo do Estado do Paraná e administrado em conjunto com a Secretaria de Estado da Educação, nos termos da legislação vigente, com o Núcleo Regional de Educação de Curitiba e Direção da Escola, eleita pela comunidade escolar: corpo docente, funcionários, pais e alunos e normatizado pelo Regimento Escolar aprovado pelo Ato Administrativo n° 178 de 25 de maio de 1996. 1.3 Localização do Colégio O Colégio Estadual João Bettega – Ensino Fundamental e Médio, localiza-se no Bairro Novo Mundo, à Rua Visconde do Serro Frio, 2010, próximo ao 13º Batalhão da Polícia Militar. 5 Os primeiros moradores do bairro foram imigrantes que aqui se estabeleceram como os Gritz, Gomes, Levix, Dudeck, Schier, originários da Alemanha, Itália, Polônia e Espanha. O nome do Bairro “Novo Mundo” deve-se ao imigrante, polonês Alfredo Stengowski, e ao espanhol Joaquim Font que ao se estabelecerem no bairro, denominaram suas casas comerciais de Velho Mundo e Novo Mundo, fatos estes acontecidos no ano de 1909. O bairro onde o Colégio localiza-se é residencial e comercial. Atualmente oferece a infra estrutura básica à sua população contando com farmácias, supermercados, lojas, agências bancárias, shopping, escolas, clínicas médicas, transportes coletivo, tornando o bairro praticamente independente do centro da cidade. A população é formada por diversos níveis sócio-econômicos: classe baixa, média-baixa e média. 1.4 Modalidade de Ensino - 2010 O Estabelecimento de Ensino atende alunos de 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental e alunos de 1ª a 3ª série do Ensino Médio. Possui 777 alunos matriculados e frequentando. Quadro com o número de turmas e número de alunos: Nº de turmas Turno Nº de alunos 5ª 5 T 144 6ª 4 T 123 7ª 4 M/T 129 8ª 3 M 116 1º 4 M/N 111 2º 3 M/N 80 3º 3 M/N 74 TOTAIS 26 - 777 Série 6 Ensino Médio por Blocos Tema / Deman - da O que consta Justificati Material de no marco va da fundamentaconceitual e escolha ção da operacional do tema discussão do PPP Educaç Devido ão Textos Índices de ao fato da Disponíveis Aprovação/ O que consta no regimento escolar Alterações propostas pelo coletivo escolar para os documentos Especifica Alteração no mente Regimento do Básica implantaç no Portal – Reprovação/ sobre o EM Sistema de – Educação evasão; Blocos não Avaliação da Ensino Ensino Básica em Disciplinas consta. Médio Médio Blocos ão do Plano de ação 2010 Troca de experiência entre escolas que já tem EM por Blocos Propor grupo de estudos Escola (de com o tema EM por com maior bimestral para blocos índice de trimestral); Blocos blocos reprovação; Alteração no dos professores em . em 2010 Especificam Regimento grupos de estudos e ea ente sobre o Escolar em cursos com necessida Ensino relação ao possibilidade de de de Médio não Ensino Médio avanços para discussão consta nada. por Blocos; professores que não sobre Alteração no tem possibilidade de esse PPP – sistema avanços tema. de avaliação e Adicionar a legislação dos por por Incentivar a participação Ensino Médio Desafios Educacionais por Blocos. Contemporâneos e Diversidade Criar o grupo da Diversidade na escola para que haja a implementação da legislação junto a toda comunidade escolar selecionar alunos para a inserção nos Programas Mais Educação Formar comissão para implantação dos cursos noturnos pós-médio. 7 A SEED propõe trabalho por blocos no Ensino Médio, contudo o embasamento teórico ainda é superficial. Há a necessidade de maior aprofundamento teórico e prático. Toda mudança angustia. É uma novidade para todos: alunos, professores e equipe. Estamos dispostos a realizar os enfrentamentos necessários, porém com certo receio. Inicialmente a proposta de turmas pares não foi atendida. Os professores estão angustiados em relação às suas aulas para o 2º semestre. Há relatos de experiências de outras escolas, que não foram positivas, mas sabemos que sempre em algo novo há desafios. Em relação à avaliação, os conteúdos serão trabalhados em 1 (um) semestre mas os números de aulas será o mesmo com exceção de algumas disciplinas (Português e Matemática) em que o número de aulas diminuiu, então que conteúdos serão priorizados? A – Como é possível realizar um trabalho de formação voltado para o desenvolvimento humano dentro da escola? Através do desenvolvimento ligado à fundamentação lógico-psicológica da estruturação das disciplinas escolares. Deve-se haver uma interação formativa entre os conceitos científicos e espontâneos. O professor deve ser o mediador para que o aluno obtenha a apropriação conceitual dentro de um saber sistematizado. B – O trabalho com os conteúdos refletem os pressupostos contidos no PPP da escola? As ações pedagógicas de cada disciplina, a cada ano, vão se adaptando às necessidades da comunidade escolar. A educação escolar deve ser um processo que envolva diferentes elementos tais como: políticas, práticas, programas curriculares, interações entre pessoas, ou seja, a escola se constitui em um local do socialização. Os conteúdos devem ser trabalhados de acordo com a realidade do aluno, sendo assim, o professor deve planejar e desenvolver seu trabalho de acordo com esta realidade. 8 1.5 Demanda – 2010 Direçã o 02 Equipe Docentes Docentes Agente Agente Pedagógica Ens. Fund. Ens. Médio Educacional II Educacional I 6 23 16 06 6 1.6 Condições Físicas e Materiais Conforme levantamento feito no final do ano de 2010, o espaço físico do Colégio está distribuído da seguinte forma: - Um salão; - Uma sala para materiais de educação física; - uma biblioteca; - duas canchas esportivas: 1 coberta e 1 descoberta: espaços utilizados pelos alunos nas aulas de Educação Física; - 14 salas de aula, sendo 1 (uma) para Artes. - 1 laboratório de Ciências, Física e Biológico; - 1 sala de informática; - 1 sala de apoio (Português e Matemática) - 1 secretaria; - 2 banheiros na secretaria; - 1 sala de direção; - 1 sala da equipe pedagógica; - 1 sala de professores; - 1 cantina; - 1 cozinha; - 1 pátio coberto; - 1 almoxarifado; - 2 banheiros de professores; - 2 banheiros de funcionários; - 4 banheiros para alunos. 9 1.7 Perfil e funcionamento da escola 1 Dados da Escola Município: Curitiba NRE: Curitiba Nome da escola: Colégio Estadual João Bettega - EFM Endereço da escola: Rua Visconde do Cerro Frio, 1020. E-mail: [email protected] Telefone: ( 41 ) 3276-9731 Nome do diretor: Luiz Carlos Dangelo Telefone Celular: ( 41 ) 9926-0871. Residencial: ( 41 ) 3598-0871 E-mail: [email protected] 2 Localização ( x ) área urbana ( ) área rural ( ) área urbana periférica 3 Nível e modalidade de ensino ministrado na escola ( ) educação pré-escolar ( ( ) ensino fundamental – 1º ao 5º ano ( x ) ensino médio ( ) ensino fundamental – 6º ao 9º ano ( ) alfabetização de adultos ( ) ensino fundamental – 1º ao 9º ano ( ) EJA – fase I ( ) ensino fundamental – 1ª a 4ª série ( ) EJA – fase II ( x ) ensino fundamental – 5ª a 8ª série ( ) EJA – Ensino Médio ( ) educação especial ) ensino fundamental – 1ª a 8ª série 4 Dependências escolares e condições de uso Quantidade de dependências adequadas e inadequadas. Adequada é a dependência cuja estrutura e organização, permitem sua plena utilização. 10 Inadequada é a dependência cuja estrutura e organização não permitem sua plena utilização. Condições de utilização Dependências Quantidade Adequada Inadequada Diretoria 1 X Secretaria 1 X Sala de professores 1 X Sala da equipe pedagógica 1 X Sala de recursos 0 - Sala de leitura ou sala de apoio 1 X Biblioteca 1 Sala de TV e vídeo 1 X Sala de informática 1 X Sala de multimeios 0 - Sala de ciências / laboratório 1 X Auditório - - Sala de aula 14 X Depósito material limpeza 1 Despensa 1 Refeitório 1 X Recreio coberto 1 X X X X Quadra de esportes des- 1 X Quadra de esportes coberta 1 X Cozinha 1 X Área de serviço 1 coberta X 11 Sanitário dos funcionários 1 X Sanitário dos alunos 1 X Vestiário dos alunos 0 - Fonte: Direção As dependências estão adaptadas para os alunos com necessidades educacionais especiais (rampas, sanitários adaptados, portas alargadas, sinalização)? Não 2 MARCO SITUACIONAL 2.1 Aproveitamento dos alunos no ano de 2009 Obs: A tabela está preenchida de acordo com a oferta (ano ou série) 12 NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO DE CURITIBA PROGRAMA PDE ESCOLA – EXERCÍCIO 2010 Aproveitamento dos Alunos – Ano Base para Levantamento de Dados 2009 OBS: O estabelecimento deverá preencher a tabela de acordo com a sua oferta. Série Mat Inicial Adm Após 31 Maio Afast Aband Afast Transf Mat Final Ap Média Ap C C Rep Séries iniciais E.F. 1ª 2ª 3ª 4ª Séries Finais E.F. 5ª 6ª 7ª 8ª Ensino Médio 1ª 2ª 3ª Tx Ap (%) Tx Rep (%) Tx Ab (%) Tx Ap C C (%) #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! 160 138 157 117 7 8 5 4 13 6 19 6 20 21 19 19 147 125 143 102 96 79 56 48 10 27 49 44 28 13 19 4 65,31% 63,20% 39,16% 47,06% 19,05% 10,40% 13,29% 3,92% 8,84% 4,80% 13,29% 5,88% 6,80% 21,60% 34,27% 43,14% 157 96 59 9 8 7 39 19 12 27 8 5 139 96 61 63 60 36 17 13 13 20 4 0 45,32% 62,50% 59,02% 14,39% 4,17% ,00% 28,06% 19,79% 19,67% 12,23% 13,54% 21,31% LEGENDA Mat Inicial = Matrícula Inicial Adm Após 31 Maio = Admitidos Após 31 de Maio Afast Aband = Afastados por Abandono Afast Transf = Afastados por Transferência Mat Final = Matrícula Final Ap Média = Aprovados por Média Ap C C = Aprovados por Conselho de Classe Tx Ap (%) = Taxa de Aprovação em Porcentagem Tx Rep (%) = Taxa de Reprovação em Porcentagem Fonte: Ata de desempenho final. Tabela do PDE-Escola 2010 2.2 Dados do desempenho acadêmico da escola: IDEB OBSERVADO IDEB PROJETADO 2005 2007 2011 2009 2007 2009 Iniciais Finais Iniciais Finais Iniciais Finais Iniciais Finais Iniciais Finais Iniciais Finais 2,9 3,0 4,0 3,0 3,2 3,5 Ensino Fundamental Obs: Escala de 0 a 10 13 Ano 2009 SÉRIE 5ª a 8ª Série INDICADORES 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª Geral Taxa de Aprovação 65,31 63,2 39,16 47,06 53,68 Taxa de Reprovação 19,05 10,4 13,29 3,92 11,66 Taxa de Abandono 8,84 4,8 13,29 5,88 8,2 Fonte: Livro de Resultados Finais Ensino Médio Ano 2009 INDICADORES SÉRIE 1ª à 3ª 1º 2º 3º Geral Taxa de Aprovação 45,32 62,5 59,02 55,61 Taxa de Reprovação 14,39 4,17 0 6,18 Taxa de Abandono 28,06 19,79 19,67 22,5 Ficha-resumo 1 – funcionamento da escola - formulário PDE-Escola 14 2.3 Disciplinas com altas taxas de reprovação, por série, ciclo e turno: Ensino Fundamental e Médio (2009) NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO DE CURITIBA PROGRAMA PDE ESCOLA – EXERCÍCIO 2010 Disciplinas Críticas (Com Baixo Desempenho) no Ensino Fundamental e Médio - (Ano 2009) OBS: O estabelecimento deverá indicar as três disciplinas com maior índice de reprovação. Série Turma Turno Disciplina Nº Total de Alunos Nº de Alunos Reprovados na turma na disciplina Taxa de Reprovação Séries iniciais E.F. #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! 4ª Séries Finais E.F. 5ª 6ª 7ª 8ª T T T T T T M/T M/T M/T M M M Geografia Português Matemáti. História Matemáti. Inglês Geografia História Matemáti. Geografia História Matemáti. 147 147 147 125 125 125 143 143 143 102 102 102 20 19 21 8 12 6 13 14 14 3 3 3 13,61% 12,93% 14,29% 6,40% 9,60% 4,80% 9,09% 9,79% 9,79% 2,94% 2,94% 2,94% M/N M/N M/N M/N M/N M/N Física Geografia Matemáti. Física Geografia Português 139 139 139 96 96 96 13 15 14 2 2 2 9,35% 10,79% 10,07% 2,08% 2,08% 2,08% #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! Ensino Médio 1º 2º 3º 4º OBS: O 4º Ano refere-se as turmas de Educação Profissional. Fonte: Mapa de Turmas e Disciplinas – PDE 2010 2.4 Séries com altas taxas de distorção idade-série: a) Ensino Fundamental e Médio Ano: 2009 15 NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO DE CURITIBA PROGRAMA PDE ESCOLA – EXERCÍCIO 2010 Planilha – Distorção Idade Série - (Ano 2009) Iniciais E.F 1ª 2ª 3ª 4ª Total E.F 5ª 6ª 7ª 8ª Total Médio 1º 2º 3º 4º Total Final Final 147 125 143 102 517 Final 139 96 61 Até 8 Anos Até 9 Anos Até 10 Anos Até 11 Anos Até 12 Anos Mais de 12 anos Total de Alunos com Idade Superior a Série Respectiva Taxa de Distorção Até 12 Anos Até 13 Anos Até 14 Anos Até 15 Anos Até 16 Anos Mais de 16 Anos Superior a Série Respectiva Distorção 37 21 3 2 63 42,86% 25 9 6 40 32,00% 36 22 6 64 44,76% 25 17 8 50 49,02% 37 46 48 55 23 8 217 41,97% Até 16 Anos Até 17 Anos Até 18 Anos Até 19 Anos Até 20 Anos Mais de 20 Anos Superior a Série Respectiva Distorção 28 16 6 1 1 2 54 38,85% 19 9 3 3 2 36 37,50% 8 4 4 2 18 29,51% 296 28 35 23 8 8 6 108 36,49% Fonte: Censo Escolar Situações que foram apontadas no instrumento de diagnostico do PDE que devem ser superadas pela escola a médio e longo prazo. Critério de Qualidade Requisitos Características Escolar Ensino e Aprendizagem Ensino e Se há encaminhamentos específicos aos alunos que não Aprendizagem conseguem terminar as atividades no tempo de aula Se Avaliação contínua do os professores acompanham continuamente o progresso dos alunos e sabem quantos e quais alunos estão em dificuldades em cada disciplina/conteúdo; rendimento dos alunos Se há coleta de dados, arquivos e relatórios sobre o desempenho dos alunos. 16 Critério de Qualidade Requisitos Características Escolar Gestão e administração escolar: Pais e Comunidade Comunicação Se a escola promove eventos que permitam contato entre freqüente entre pais e professores; corpo docente e pais. Se os pais comparecem e participam das reuniões para as quais são convidados. Desempenho Se os históricos acadêmicos recentes mostram melhora em acadêmico relação às médias nacionais/estadual/ regional; dos alunos Se os dados de desempenho demonstram elevação na taxa de aprovação em todas as séries e disciplinas; Resultados Se há evidências de que todas as ações propostas Desempenho geral da escola estabelecidas nos planos de ação da escola são integralmente cumpridas; Se os resultados da escola indicam o cumprimento de sua função social em relação aos serviços prestados. 2.5 Corpo Discente O Colégio Estadual “João Bettega” atende alunos, em sua maioria, com idade entre 10 e 20 anos, com situação sócio-econômica e cultural heterogênea, provenientes do bairro Novo Mundo (Vila Formosa), Portão e arredores. A grande maioria dos alunos pertence às classes sociais D e E, e, uma pequena parcela, C, cujas famílias possuem escolaridade básica e Ensino Fundamental incompleto. Embora as famílias tenham uma renda baixa, variando entre R$ 300,00 (trezentos reais) e R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais), sempre alguém trabalha “fora” e são compostas por três a seis pessoas. Aproximadamente 70% (setenta por cento) das famílias que colaboram na construção do PPP apontaram que possuem moradia própria, sendo que 80% (oitenta por cento) do total dos alunos moram a uma distância inferior a 1 (um) quilômetro da Escola. 17 Em relação à preferência da escolha por este Colégio, aliado ao bom ensino está à proximidade escola – moradia. A Escola recebe a cada ano um novo contingente de crianças e adolescentes que compõem e trazem consigo uma realidade já marcada. É inútil que os professores tentem ignorar tais condições, pois situação: as crianças chegam já com diferentes possibilidades, e as oportunidades que muitas vezes perderam devem contar com condições necessárias de serem recuperadas. Os alunos do Colégio Estadual “João Bettega” utilizam a escola como espaço cultural, social e recreativo. Apresentam boa frequência escolar, entretanto parte destes, são pouco interessados nas atividades escolares, demonstram baixo rendimento e são socialmente e economicamente marginalizados. Eles reivindicam a conservação do prédio, a higiene da escola e o uso do laboratório de informática. Em relação à falta de disciplina, os alunos acreditam que atividades artísticas e culturais, atividades extra-classe, viagens, palestras, etc., podem colaborar para a diminuição da mesma. Na realidade, a indisciplina é um dos maiores problemas enfrentados pela escola. Entretanto ela não deve ser concebida como um conjunto de normas que o aluno deve obedecer, mas como algo mais profundo e mais amplo: a disciplina aquela vivida pela comunidade educativa, e que se expressa nas atitudes de seus membros, em suas motivações e no estilo de suas relações. O problema da indisciplina não se limita somente ao aluno. Há necessidade do envolvimento familiar. Para tanto, a escola oferecia, anualmente, a Escola de Pais, entidade filantrópica, sem fins lucrativos, que ofertava dez círculos de palestras com assunto de interesse de todos os responsáveis. Foi uma grandiosa ajuda, pois conduz à família a uma auto-avaliação e a uma perspectiva de melhora disciplinar do aluno, em 2009 este trabalho tem sido representado pelo Fórum que é uma atividade articulada ao Programa Viva Escola. A Escola representa para estes alunos, a oportunidade de obterem um ensino que garanta condições de construir a cidadania, e o desenvolvimento de capacidades para tomar decisões, fazer análises globalizantes, interpretar informações e participar socialmente, a fim de serem capazes de interferir criticamente na realidade para transformá-la. Neste contexto o objetivo da Escola é ofertar um ensino de qualidade, com ênfase na formação geral básica e fundamentalmente humana. 18 2.5.1 Problemas e Necessidades do Corpo Discente No Colégio Estadual “João Bettega”, percebe-se que os problemas relacionados à questão da indisciplina são ocasionados por: a) Privações sociais e culturais: em virtude do momento econômico, uma parcela significativa dos alunos ficam sozinhos, sem o acompanhamento dos pais, buscando suprir esta necessidade de atenção e afeto; b) resistência causada pela própria idade: a rebeldia de pré-adolescentes e adolescentes frente às regras estabelecidas; c) omissão da família: a transferência de responsabilidades para a escola como se esta fosse efetivamente responsável por toda a formação do aluno; d) falta de conhecimentos básicos e de valores. Cabe a todos enquanto profissionais da educação, efetivar meios para amenizar este quadro ou parte dele, trazendo a família para o interior, para que tome conhecimento de que este processo todo depende de sua colaboração efetiva junto à escola. 2.6 Corpo Docente A elaboração do Projeto Político Pedagógico propõe apresentar uma visão geral da escola, a partir de um conceito de educação, uma vez que toda a sua ação tem que convergir, em última instância, para a efetivação do que seja compreendido por educação. Todos os aspectos que envolvem o comportamento humano hão de servir de subsídios para que, efetivamente, o Projeto Político Pedagógico possa alcançar o seu objetivo máximo, que é a educação. Partindo do princípio que a escola pública somos nós, há necessidade de se pensar coletivamente e inserirmos nessa realidade. Para articular os elementos de cidadania, cultura, conhecimento e formação, é necessário que haja uma apropriação dos conhecimentos científicos, de uma maneira formal para se enfrentar os desafios. Para isso, é essencial que o professor se entenda como sujeito histórico, indivíduo social, produzido na cultura e produtor de cultura. 19 Além dos professores que trabalham com essa realidade escolar, poucos são os que conhecem o aspecto diário dessa escola – alunos que repetem, os que abandonam a escola, os casos de “meu irmãozinho não veio porque não tem tênis”; os que tomam café da manhã feito de mate cozido ou cevada e os que trazem os cadernos manchados porque “caiu goteira dentro de casa, professor...” Não se pode ficar de fora! Todos fazem parte de um país e se está cumprindo uma função dentro dele, e a escola cumpre um papel determinado dentro da estrutura social. Deve-se trabalhar a diversidade no espaço escolar em suas diferentes manifestações com o intuito da promoção da cidadania, lutando contra as desigualdades através do fortalecimento dos laços culturais, das raízes históricas dos diferentes grupos e a consciência das tradições. Poucos avanços são percebidos nessa realidade escolar, pois esta conscientização está em processo de formação. Aos poucos, a comunidade está tomando conhecimento real e verdadeiro do Estatuto da Criança e do Adolescente, dos direitos e principalmente deveres que nele se explicam, e em relação a sua cidadania e a dos outros. Para que o respeito à diversidade seja parte do cotidiano do aluno deve ser realizados propostas de trabalho que assegurem o direito ao conhecimento, contextualizando essa diversidade. O trabalho contemplando os Desafios Educacionais contemporâneos, será realizado atendendo a legislação vigente. Desafios Educacionais Contemporâneos Os desafios educacionais contemporâneos se mostram relevantes para a comunidade escolar na medida em que se voltam às experiências, práticas, representações e identidades. Segundo a SEED, “Desafios Educacionais Contemporâneos”, são demandas que possuem uma historicidade, por vezes fruto das contradições da sociedade capitalista, outras vezes oriundas dos anseios dos movimentos sociais e, por isso, prementes na sociedade contemporânea” (www.diaadia.pr.gov.br). Os Desafios Educacionais Contemporâneos propõem um trabalho partindo das seguintes temáticas: 20 Cidadania e Direitos Humanos: que visa à valorização das ações da cidadania, buscando os princípios da dignidade humana, respeitando os diferentes sujeitos de direitos e fomentando a justiça social. Educação Ambiental: pretende em processo de formação e a busca de informação voltada para a preservação ambiental, qualidade de vida, compreensão das relações entre e o homem e o meio biofísico verificação dos problemas relacionados a esses fatores. Educação Fiscal: tem como proposta estimular o cidadão a refletir sobre a função sócio econômica dos tributos, possibilitar o conhecimento sobre administração pública, incentivar o acompanhamento da aplicação dos recursos e criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão. Enfrentamento à Violência na Escola: Visa ampliar a compreensão e formar uma consciência crítica sobre o tema “violência”, transformando a escola em um espaço onde o conhecimento substitui a força. Prevenção ao Uso Indevido de Drogas: instiga educadores e educandos a conhecer a legislação e debater assuntos como drogadição, vulnerabilidade, preconceito e descriminação ao uso de drogas, narcotráfico, violência, influência de mídias e outros. Diversidade O Programa da Diversidade propõe um trabalho capaz de auxiliar na formulação de políticas educacionais anti-racistas. Eles “... aliam atividades de valorização da história e cultura da população negra brasileira ao conteúdo das disciplinas que compõem a grade curricular dos vestibulares, possibilitando aos alunos(as) e professores(as) uma identidade coletiva crítica e consciente, com proposições nítidas de uma cidadania ativa no combate ao racismo, sexismo e outras formas de exclusão existente na sociedade brasileira.” (MEC. 2007, p.11) No Paraná, o Departamento da Diversidade da SEED inclui os seguintes núcleos de Gênero e Diversidade, Educação Escolar Indígena, Relações Étnico - Raciais e Afrodescendência, Paraná Alfabetizado e Educação do Campo. O Colégio Estadual João Bettega estará desenvolvendo um trabalho de forma interdisciplinar a partir das temáticas: 6. Gênero e Diversidade Sexual: que tem como objetivo garantir o acesso e a permanência dos sujeitos da diversidade na escola, refletir sobre o preconceito, a 21 discriminação e a desigualdade em relação à orientação sexual e á identidade de gênero; discutir os conhecimentos historicamente acumulados sobre saúde, prevenção e direitos sexuais e reprodutivos da juventude. 6.2 Relações Étnico-Raciais e Afrodecendentes: objetiva implementar a Lei nº 10639, produzindo conhecimentos e valores que eduquem para a pluralidade étnicoracial. É preciso que se resignifique o papel da escola pública em nossa sociedade, que ela deixe de ser concebida e concretizada como escola de todos e de pobres, identificada, ainda como escola de baixa qualidade. Ela deve despertar no indivíduo a percepção de agente transformador da realidade. Dentro da escola algumas ações devem ser adotadas pelo coletivo para que isso aconteça, como por exemplo, experiência com produção cultural isenta de preconceitos, resgatando a história, discussão de valores e crenças e reflexão crítica da cultura. Tudo isso suscita o repensar da vida, da sociedade contemporânea. Ver a realidade com sentido crítico significa muito mais do que estar informado sobre os fatos do presente ou do passado; significa ser capaz de interpretar seu sentido. Proporcionar a formação contínua dos professores e funcionários, é essencial para que todas as ações tenham sucesso, porque, infelizmente temos uma sociedade desumana, injusta, violenta, com oportunidades, mas sem condições para efetivá-las com má distribuição de renda, com desemprego, com segregação social, com acepção de credos e pessoas, com falta de estrutura familiar e desvalorização dos bons exemplos. Procurar ajudar aos alunos a descobrirem que estão criando cultura, na medida em que vêm a realidade e a expressam e se expressam. Parece simples dizer isso em tão poucas palavras mas, realizá-lo é um trabalho lento e paciente, só assim construiremos uma sociedade com coletividade, politizada, crítica, com segurança, saúde, justa, que resgata valores éticos e morais, com melhor distribuição de renda, inclusiva e com valorização do trabalhador. LEGISLAÇÃO Lei nº.10.639/03 e Deliberação 04/06 do CEE/PR (História e Cultura Afro Brasileira e Africana); Lei nº.11645/08 (História e Cultura Afro Brasileira, Indígena e Africana); Lei nº.9795/99 (Política Nacional de Educação Ambiental); 22 Lei nº.13381/01 (História do Paraná); Lei nº.11343/06 (Sistema Nacional de Política sobre Drogas); Lei nº.11733/97 e 11734/97 (Educação Sexual e Prevenção à AIDS e DST). 2.7 Comunidade Escolar Diante da necessidade de se preparar para o mundo de trabalho, a comunidade espera que a escola ofereça cursos profissionalizantes, além da formação para o exercício da cidadania. Uma escola que supra as necessidades dos alunos; esteja à sua disposição, valorize o respeito mútuo e ofereça boa qualidade. A permanente qualificação dos profissionais de educação é essencial para a garantia de todas essas necessidades, sendo que a participação dos alunos em palestras, cursos e outras atividades extra-curriculares sejam igualmente ofertadas. Nesse contexto, o Colégio Estadual “João Bettega” tem por objetivo oferecer ensino de qualidade voltado não só para aquisição do conhecimento teórico e prático, como também valores para construção de sua cidadania. 2.8 Programas PROGRAMA VIVA ESCOLA - 2009 A escola integrou-se ao Programa Viva a Escola ao final de 2008, por meio da adesão e do encaminhamento das propostas dos professores ao NRE/SEED. Este programa prevê Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular, que dá condições aos professores, alunos e comunidade escolar de participação em diversas atividades pedagógicas, conforme seus interesses, tais atividades buscam aumentar a interação e integração dos alunos com a comunidade escolar e maior permanência na escola. São quatro as atividades previstas para serem desenvolvidas no colégio, as quais são acompanhadas e coordenadas pela Equipe Pedagógica e Direção da escola; conforme descrição a seguir: 23 1. Cultura Popular do Paraná Esta atividade de Cultura regional que inicialmente é proposta pela Professora Wilma Fontana de Souza, da disciplina de História, propõe uma articulação entre a cultura regional e o contexto vivido pelos alunos, que resultará na produção de novos conhecimentos, como também busca resgatar os alunos, através de diferentes práticas de ensino voltadas à musicalidade, à dança e à representação, fazendo com que os alunos se interessem não apenas pelo que é imposto pela mídia ou pelo grupo que os cercam, mas também por outras culturas e conhecimentos que lhes dêem condições de construir a cidadania, desenvolver capacidades, tomar decisões, fazer análises, interpretar informações e participar socialmente transformando a sua realidade e a sociedade em que vivem. 2. “Educando em comunhão: família e comunidade na escola, realidade e desafios” Esta atividade de Fórum de Estudos e Discussões estruturado pela Professora Roseli Albini Petersen, da disciplina de Língua Portuguesa, propõe integrar a família com a escola e proporcionar a participação dos mesmos, ou seja, um trabalho diretamente com as famílias através de reuniões, palestras, conversas pessoais de orientação à família, junto com as visitas domiciliares. 3. Futebol Cidadão - Esportes Esta atividade proposta pelo Professor Mércio Cabral dos Santos, da disciplina de Educação Física, propõe possibilitar aos alunos, a vivência sistematizada de conhecimentos/habilitades da cultura corporal, balizado por uma postura crítica, no sentido de aquisição da autonomia necessária a uma prática intencional e permanente, que considera o lúdico e os processos sócio-comunicativos. 4. Clube da Ciência – Investigação Científica Esta atividade idealizada pela Professora Simone Cordeiro Barbosa, da disciplina de Ciências, visa integrar o processo de ensino com a pesquisa. Tem por finalidade facilitar a produção de conhecimento e viabilização de tecnologia nas áreas das ciências, em especial na área da Química e da Física que são disciplinas consideradas complexas pelos alunos e, para isso, utiliza-se o fato de que essas áreas lidam com uma enorme diversidade de materiais e transformações que permeiam a vida cotidiana. 24 A execução desta afinidade tem o uso do laboratório de aulas práticas como um elemento facilitador, já que essa forma de docência apresenta ótima aceitação pelos(as) alunos(as), pois, estimula a curiosidade e desenvolve o interesse científico dos mesmos. PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO 2010 O programa Mais Educação, consiste em uma modalidade que viabiliza aos alunos que participam do programa, a educação integral por meio de ações que contribuam para a formação dos alunos. O qual dar-se-á por meio da ampliação de tempos, espaços e oportunidades educativas que qualifiquem o processo educacional e melhorem o aprendizado dos alunos. Não se trata, portanto, da criação ou recriação da escola como instituição total, mas da implicação e da articulação das diversas instituições sociais que já atuam na garantia de direitos de nossas crianças e jovens na co-responsabilidade por sua formação integral.” (Manual Mais Educação, 2008). O Colégio pretende desenvolver 06 (seis) atividades, sendo que quatro delas, são as mesmas do Programa Viva Escola e as outras 02 (duas) são: Inclusão Digital (Informática e tecnologia da informação) e Meio Ambiente (Horta Escolar). Assim como no Programa Viva Escola, todas as atividades serão coordenadas e acompanhadas pela Equipe Pedagógica e diretiva do Colégio. MOMENTO DE LEITURA Justificativa Considerando a rejeição visível à leitura demostrada pelos alunos de Ensino Fundamental e Médio, esta atividade visa, através da exploração de todo o material disponível, incentivar gradativamente a leitura sistemática de 15 min por dia envolvendo toda a comunidade escolar. Esta atividade será designada por MOMENTO DA LEITURA, onde todos participarão escolhendo o material de leitura que mais interessar. Os professores observaram que a atividade de leitura quando exigida dos alunos e avaliada nos termos tradicionais de nota, tornava-se desinteressante, perdendo seu espaço dentro e fora da escola, pela falta de relação com as 25 atividades preferidas dos alunos e distanciamento do tipo de texto e assunto por eles preferidos. Nesta atividade de leitura será enfatizada primordialmente a literatura arte onde a linguagem se apresenta em sua dimensão simbólica, possibilitando múltiplos níveis de leitura, oferecendo à criança a oportunidade de descobrimento de suas capacidades intelectuais, alargamento da dimensão de sua compreensão do universo e ordenação das experiências existenciais já possuídas, assim como a expansão do domínio linguístico. Por possuir o dado estável do conhecimento do lúdico, a criança joga-se na literatura como num jogo interessante, vivência conflitos, desejos, explora sentimentos e emoções, abrindo as margens da criatividade e leitura crítica do mundo. Dinamizando a atividade da leitura, tencionamos despertar gradativamente o interesse pelo ato de ler que se consolidará ao longo das séries do Ensino Fundamental, resgatando, inclusive, o lúdico e prazeroso das atividades escolares. Através da leitura têm ainda a criança e o jovem convivência com variantes regionais e sociais, com diversidades de pontos de vista e experiências culturais. Têm acesso às variantes de normas e registros linguísticos, podendo dispor de um repertório variado que usarão para seu benefício nas diversas situações da vida. Objetivo Geral Vivenciar com as crianças e jovens o mundo mágico da palavra como expressão artística para o deleite do espírito. Objetivos específicos Ler e formar leitores; Modificar a forma de trabalho com a leitura; Desenvolver o leitor polivalente e crítico; Investir no aluno expondo-o a múltiplas possibilidades de leitura; Transformar a leitura em hábito e interesse permanente; Criar condições de ampliação de público e produtores culturais: o leitor assíduo transforma-se em criador; 26 Envolver todos os segmentos da escola no circuito do livro para que se sais do estágio em que só a elite tem acesso ao saber. Fundamentação Teórica Visto ser a escola provedora e detentora do conhecimento sistematizado, está também impregnada de conotação de disciplina, obrigações, pragmatismo. Trabalha-se a inteligência e o raciocínio, visando-se ao que a sociedade espera do indivíduo. É excelente ser este cérebro, mas sobreposto a um ser que se percebe em sua unidade e multiplicidade. Nenhuma educação se faz sem a educação do espírito. Educar não é plasmar, direcionar, mas despertar valores estéticos e éticos, conscientização humana. Educar pela arte é humanizar. A técnica insere o homem no utilitário, a cultura descobre o homem para o homem. “A literatura deve ser menos para instruir que para sugerir e criar, menos para revelar o mundo exterior que para exaltar o espírito, para libertá-lo, conduzi-lo”. (Lourenço Filho). A literatura ruim (literatura de poder que reproduz o discurso de dominação sobre o indivíduo) busca a acomodação, a delimitação, dizendo à criança no que ela deve tornar-se, apresentando um mundo previamente interpretado, através de uma linguagem linear, acabada, com a finalidade de padronizar comportamentos e pessoas. A literatura arte, no entanto, permite o rompimento com estas estruturas de poder do código linguístico (legado pela sociedade burguesa), a formação do pensamento crítico, uma leitura sempre nova da realidade do cotidiano. A literatura forma o cidadão, ator e espectador de sua própria história. Permite-lhe sentir, sentir-se, ser. A arte tem caminhos próprios que não se confundem com o discurso utilitário, com didatismo e catequese. Consiste em ouvir a língua fora do poder, revestida de uma essência sempre nova, no esplendor de uma revelação permanente de linguagem. A leitura é a mais fascinante forma de descoberta do indivíduo nas relações de recreação e recriação entre ele e a obra. É um ato gratuito, é algo útil, para a satisfação dos sentidos, como a musica, a pintura, e dança. Prazer, liberdade e escola não podem ser compatíveis? Por que ver o livro somente dentro da ótica do pragmatismo? “Se beleza é função, está aqui o único fator que se pede à literatura” (Adélia Prado). A arte se auto-sustenta, não tem necessidade 27 de pretextos. Carece tão somente do aval de mestres esclarecidos que usem as clássicas palavras: muito prazer! Metodologia e/ou estratégias É a partir do processo cognitivo, afetivo e sociocultural, onde se entrecruza a busca da racionalidade e da lógica de determinado texto com a busca da produção de sentido, que a leitura se constitui para o sujeito-leitor como uma possibilidade de conhecimento, de prazer e vida. Durante o momento da leitura todos os envolvidos no processo pedagógico para com as suas atividades para leitura diária, obedecendo ao calendário do Momento que cada dia será realizado num horário diferente para não comprometer o trabalho dos professores nas disciplinas com menor carga horária. A alternância de critérios de seleção nas atividades de leitura permitirá que um maior número de alunos passe a participar mais ativamente das práticas de leitura. Dinâmicas para aplicação de técnicas de Leitura 1. Correspondência com escritores, estudantes do contra-turno e escolas vizinhas; 2. Dramatização com caracterização dos personagens e montagem dos cenários; 3. Narração das histórias de maneiras diferentes; 4. Pesquisas sobre os temas lidos; 5. Confecção de anúncios publicitários dos livros lidos e de que mais gostaram; 6. Ilustração de poemas; 7. Visita à bibliotecas e Faróis do Saber; 8. Banco de recortes; 9. Exposição de cartazes que retratem obras lidas; 10. Feiras de Livros; 11. Rodas de leitura e histórias; 12. Escrever, produzir, dirigir e encenar peças teatrais; 13. Criar uma biblioteca de classe. 28 Recursos materiais Prioridade: Literatura – Arte Canções, textos teatrais, H.Q. (histórias em quadrinhos), revistas, jornais, informativos, livros, enciclopédias, dicionários, cartazes, faixas, etc. Recursos humanos Professores, alunos, bibliotecária, serventes, direção, orientação e supervisão educacional, secretária, inspetores, merendeiras, assistentes administrativos, recepcionista, mecanógrafo e outros. Avaliação Para avaliar o andamento e a eficácia do momento, o professor e demais membros dos diferentes segmentos da escola, quando em contato com o aluno, procuram o levantamento de opiniões, questionam pontos de vista, vivenciam o dinamismo do espírito do livro na sala de aula, efetuando a troca contagiante das experiências estéticas vivenciadas. Este compartilhar de descobertas deve ser “o momento” de impulsão para a continuidade de um mergulho mais profundo no mundo fantástico que está sendo vislumbrado. Todos estão cientes de que o processo deve conduzir à fruição prazerosa que a leitura proporciona. Os demais atributos vêm por acréscimo. Constatadas as falhas quanto à obtenção desta fruição, faz-se necessário repensar o processo, retomar posicionamentos, neutralizando toda e qualquer atitude que comprometa negativamente esta atividade gratificante e enriquecedora, este desafio saudável que leva inclusive a alterar os dados de um país cuja tradição histórica não comporta o hábito de se ler por lazer e informação. Faz-se necessárias, portanto, algumas pausas para a troca de informações e discussões com os professores e equipe técnico-pedagógica para análise de variedade de acervo da biblioteca, qualidade dos livros oferecidos, se realmente são literatura – arte, isto é, plurissignificativa, multívoca e não didática e moralizadora que tolheria ao jovem a possibilidade de múltiplas opções na organização de seu mundo, depondo contra o alvo deste momento. 29 O aluno é orientado a analisar sua própria caminhada, seu interesse e progresso, e também retomar posicionamentos toda vez que sentir que houve interrupção ou queda no que tange à fruição prazerosa da leitura. Se não conseguir fazer essa auto-análise sozinho, pedirá auxílio e sugestões a professores e orientadores. Com o intuito de incentivar a participação nesta atividade, o aluno poderá obter um acréscimo na média de todas as disciplinas de até 1 ponto. 3 MARCO CONCEITUAL 3.1 Fundamentos Políticos, Filosóficos, Sociológicos O modelo neo-liberal de sociedade vigente hoje influencia diretamente a educação em que o “domínio privado dos meios de produção permite que uma determinada classe social se aproprie dos frutos do trabalho humano, entre os quais se inclui o conhecimento e os utilize conforme seus interesses”. (KLEIN, 2000). Dentro desse contexto os trabalhadores passam a acreditar na ideia de que cada indivíduo é responsável pela condição em que se encontra, ou seja, o Estado passa a minimizar seu compromisso com o cidadão sobrepondo-se aos interesses do capital. Nessa sociedade capitalista tudo é transformado em mercadoria, inclusive o próprio conhecimento, refletindo diretamente no ensino da escola pública, pois os investimentos neste setor foram brutalmente cortados sendo os recursos destinados prioritariamente para a manutenção do capital. Por isso a escola pública encontra-se nesse estado de sucateamento. As instituições escolares precisam dar conta de todas as funções que lhe são atribuídas, utilizando o mínimo de recursos financeiros e humanos, gerando um processo que está dificultando, a cada dia o acesso da classe trabalhadora ao conhecimento. É um círculo vicioso, pois é o trabalhador que precisa do conhecimento real ofertado pela escola pública para que possa lutar por uma sociedade mais justa, mas nessa perspectiva neo-liberal é o conhecimento ideológico da classe dominante que é repassado nas 30 escolas, justamente para ocultar os verdadeiros mecanismos de exploração dos trabalhadores, criando a falsa impressão de que não é possível superá-los. Um desses mecanismos é a preocupação com o índice de aprovação, segundo Caldas (2004) a pedagogia da aprovação não é necessariamente a pedagogia da aprendizagem, pois quanto maior for o número de alunos aprovados, maior será a garantia de recursos investidos por organizações internacionais como BIRD, UNESCO, FMI, etc., porém, não há preocupação alguma em garantir aos alunos a aprovação em decorrência do real aprendizado, e sim a aprovação pela aprovação, apenas com o objetivo de distribuir a certificação escolar ao maior número de alunos, criando a ilusão de que o trabalhador está tendo acesso a escola. Neves (1999) afirma que nesta década, de acordo com o padrão neo-liberal de desenvolvimento mundial e nacional, o sistema educacional redefiniu-se para formar um novo tipo de trabalhador, o que contribui para a subordinação da escola aos interesses empresariais em favor da alimentação do capitalismo. Reforçou a dualidade do ensino, e para a classe trabalhadora, restou, em lugar da aquisição dos conteúdos científicos-tecnológicos as normas de conduta, ou seja, o novo trabalhador deve ter as competências básicas para ser inserido no mercado de trabalho (operar, acatar, adaptar-se, etc.). Contrário a essa perspectiva o Colégio Estadual João Bettega entende que o acesso à escola está diretamente ligado ao acesso ao conhecimento e que“ a luta pela escola só tem sentido se ela de fato realizar seu papel de socializadora do conhecimento”. (Klein, 2000) Para isso é necessário em primeiro lugar ter definido para qual classe a escola está voltada, para a classe trabalhadora ou para a elite. Segundo Saviani os ideólogos da burguesia proclamaram a escola universal, gratuita e obrigatória, portanto, uma escolaridade comum para todos”....” é preciso um mínimo de instrução para os trabalhadores e este mínimo é positivo para a ordem capitalista, mas ultrapassando esse mínimo, entra-se em contradição com essa ordem social”. Com vistas a garantir a qualidade do ensino na escola pública, todos os esforços possíveis serão realizados para promover a superação da classe trabalhadora permitindo “uma formação democrática que, ao proporcionar valores e conhecimentos, capacite e encoraje seus alunos a exercerem ativamente sua cidadania na construção de uma sociedade melhor.” (Paro, 2001). 31 O Colégio Estadual João Bettega, reuniu o Conselho Escolar no dia três de dezembro de dois mil e oito, onde ficou registrado em ata a deliberação da inclusão do estágio não obrigatório do Ensino Médio no Projeto Político Pedagógico da escola. 3.1.1 Concepção de Sociedade A sociedade é o agrupamento do pensamento de todos os homens ao longo da história que interfere no coletivo deste pensamento e sofre a influencia da coletividade. Assim, as partes influenciam o todo e este influencia as partes, portanto não podemos pensar uma sociedade estática, mas uma sociedade em constante transformação. A mídia é um instrumento dos grupos dominantes para sua perpetuação nesta condição. Assim, cabe-nos questionar as informações transmitidas e a que propósito elas servem: conservação ou transformação social, ou ainda, criar condições para a resistência às ideologias do mercado, veiculados pela mídia. Exatamente por não ser estática esta sociedade não deve aceitar nada como inevitável ou historicamente dado, pois os homens fizeram suas relações, portanto podem modificá-la. Atualmente existe uma apologia do pensamento único. Os neoliberais afirmam que qualquer sociedade que não seja esta baseada na exploração do homem pelo homem, do lucro, da eficácia não é viável. A sociedade desta hegemonia difunde a ideia de que não existe esperança fora do sistema. Que cada indivíduo deve proceder numa espécie de “salve-se quem puder”. Um medo do amanhã. Uma sociedade da exclusão, onde o discurso prega a maximização do lucro como única forma de se chegar a uma sociedade mais justa, mas que na prática se tem visto a maximização da miséria. Na perspectiva neoliberal a sociedade é apenas um enorme supermercado, onde uns são consumidores e outros mercadorias a serem comercializadas. Assim, a escola se torna local privilegiado para transformar o sujeito em consumidor, trabalhador e local de doutrinação para aceitar as diretrizes neoliberais. O discurso neoliberal afirma que a competitividade é um dos principais objetivos da escola. Enquanto instituição esta deve primar pela eficácia e competitividade, quanto deve preparar o aluno para tal. Este educando se tornará assim um indivíduo em defesa de seus 32 próprios objetivos, incapaz de articular-se com outros indivíduos para um projeto de sociedade cujos objetivos sejam coletivos. Uma perspectiva diferente da neoliberal deve oportunizar a participação de todos nas decisões que afetam a coletividade de forma democrática, uma democracia de fato e não apenas no momento do voto, mas uma democracia participativa, agregadora, onde assumam a postura de sujeitos das decisões e não como peões de interesses particulares. Esta democracia deve dispor de instrumentos efetivos de participação política nas decisões. Nesta perspectiva democrática deve-se pensar em distribuição justa dos bens socialmente produzidos, impedindo a exclusão social como tem ocorrido, onde dois terços estão excluídos, muitas vezes da posse do mínimo necessário para sua subsistência, enquanto o terço restante desfruta de mais do que necessita. Estas mudanças devem ser acompanhadas de uma nova perspectiva da exploração do meio ambiente e uma nova relação dessa sociedade com este. Uma nova relação do homem com o homem, sem discriminações contra as minorias ou as diferenças, numa perspectiva de que estas compõem o todo. 3.1.2 Concepção de Homem O homem é um ser social, sua evolução o levou a agregar-se para superar as condições dadas pela natureza. Assim, ao se agrupar, cria referenciais de conduta a serem seguidas por todos os membros do grupo; estabelecem proibições e punições. Criaram instituições como o Estado, para organizar os vínculos entre os grupos humanos. Enfim o homem se organiza socialmente e isto o diferencia dos outros animais. O homem também diverge dos outros animais por ser o único a realizar um trabalho consciente. Ele é capaz de agir na natureza para transformá-la para atender suas necessidades. A organização do trabalho levou o homem a explorar seu semelhante em busca da acumulação de riquezas, onde muitos são alienados do fruto do trabalho socialmente produzido em benéfico de outrem que detém os meios de produção. Assim, aquilo que deveria ser a causa da consciência de sua condição de homem (o trabalho), torna-se, em sua implementação, a causa da alienação de sua condição humana. 33 Uma nova visão de homem deverá privilegiar as relações horizontais entre os indivíduos, uma organização que recoloque o homem na plenitude de sua condição humana. Isto só se dará se este se colocar na condição de sujeito, capaz de refletir sobre suas ações cotidianas, articular um projeto comum para suas comunidades que agreguem toda a diversidade, pois se o ser humano é um ser social, esta diversidade compõe um todo que exige um projeto comum integrador desta diversidade. Quando o indivíduo participa e elabora um projeto de sociedade, este estará agindo sobre as relações socialmente produzidas e transformando-as, portanto estará deixando a condição de objeto para tornar-se sujeito de sua própria história. Na condição de sujeito que produz a história cotidianamente este indivíduo deverá ser um investigador, pois deverá perceber sua realidade e produzir uma teoria explicativa desta realidade que possa orientar a transformação da mesma. Somente é possível pensar em sujeito a partir da coletividade de sujeitos, onde a produção da história se faz coletivamente por meio da produção do conhecimento com significado social. 3.1.3 Concepção de Educação Sendo uma prática específica dos homens a educação atua no sentido de interiorizar a exteriorização, ou seja, transmitir valores sociais, regras e conceitos produzidos ao longo da história. Esta transmissão poderá ser feita de formas diferentes seguindo as determinações de classe social, etnia ou religião, por exemplo. Esta poderá ser usada para manter os valores existentes ou para mudá-los. A educação ao longo da história tem sido usada para manter as diferenças sociais, sendo utilizada pelas classes dominantes como instrumento de perpetuação de sua condição privilegiada. Na atual conjuntura do sistema capitalista a educação assume papel estratégico no projeto neoliberal, utilizando-se dos meios de comunicação de massa para transmitir seus valores e conceitos. Além da transmissão informal através dos meios de comunicação a ação neoliberal se utiliza da escola para preparar os indivíduos para a competitividade do mercado de trabalho, usando o argumento da qualidade e eficácia implementa políticas públicas de educação que visem formar este novo ser social, consumidor, alienado, individualista, dócil, competitivo, subserviente. 34 Na atual perspectiva neoliberal a educação não assumirá, portanto um papel transformador da realidade, mas sim conservador. Exige-se, portanto uma educação que questione seus métodos e os resultados deles provenientes. Um modelo de educação transformadora exige participação de todos os segmentos envolvidos na educação, um compromisso destes segmentos com a transformação que exige a apropriação do conhecimento socialmente produzido ao longo da história para a formação de um indivíduo reflexivo que seja um agente social de transformação. Uma educação que propicie uma condição melhor de vida individual e uma melhor convivência social e que prepare para o usufruto dos bens histórica e socialmente produzidos. Essa educação deverá partir do conhecimento da realidade e aproximando este do saber científico. “o trabalho educativo é o ato de produzir, em cada indivíduo singular a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens”. (Saviani) A democratização das relações no ambiente escolar deverá contemplar o diálogo que orientará a prática educativa segundo os anseios dos grupos sociais a que deve servir. Não uma educação adaptativa, funcional, de treinamento e domesticação do trabalhador, mas uma educação que tenha como preocupação fundamental o trabalho em forma mais ampla, que aglutine as dimensões teóricas e práticas, um trabalho de forma pensada, articulada e cujo produto seja socialmente apropriado. Este trabalho será, portanto, educador para produzir um homem pleno de humanidade. 3.1.4 Concepção de Escola A escola hoje está repleta de contradições. Entre elas pode-se apontar o distanciamento que a mesma impõe em relação à realidade social. Esta escola reproduz as desigualdades e injustiças da estrutura social cotidianamente em nossas salas de aula. Sendo um instrumento de dominação ela reproduz a hierarquia social (os que mandam e os que obedecem). Assim, as deliberações em geral partem de cima para baixo, do poder público estabelecido (união, estados e municípios) para os diretores, destes para os professores, funcionários e destes para os alunos. Neste processo há uma reprodução das relações sociais de dominação, muitas vezes expressas nos currículos escolares e na organização pedagógica e administrativa. Nesta estrutura os professores passam a ser meros executores das políticas públicas. Não lhes é conferido o tempo para a reflexão conjunta, nem dos professores 35 entre si, nem destes com a comunidade escolar. A escola, neste contexto deixa de ser um local de discussão privilegiado e torna-se um local para o exercício e implementação da dominação das elites sobre as massas. A escola no modelo neoliberal prepara o aluno para a competitividade do mercado nacional e internacional. O professor é um mero operário repetidor de tarefas, conteúdos e valores ditados pelas relações de subordinação. A escola que queremos deve privilegiar as relações horizontais de poder. Uma constante ida e vinda da escola para a comunidade e desta para a escola. Uma formulação conjunta da proposta pedagógica, onde os anseios da comunidade, de ordem política, econômica ou social sejam contemplados e devolvidos como instrumental de transformação dessa realidade. Assim, não tem como a escola ser neutra, como aliás, nunca foi, mas sim um instrumento de transformação social. Num contexto de escola democrática dever-se-á garantir o acesso ao saber historicamente elaborado também como forma de superação das desigualdades historicamente produzidas. A escola deve viabilizar as condições para a produção, transmissão e assimilação destes conhecimentos, para isso, deve-se dosá-los e sequenciá-los gradativamente, num currículo escolar organizado por disciplinas. Estes conhecimentos escolares organizados em disciplinas não devem estar isoladas, mas sim, integradas, buscando relações interdisciplinares, pois o conhecimento é em si mesmo interdisciplinar. A forma como se dá a seleção dos conteúdos a serem aplicados nas salas de aula não refletem a realidade onde os educandos das classes não privilegiadas estão inseridos, assim estes conteúdos distantes dificultam a assimilação resultando em fracasso e muitas vezes na exclusão deste indivíduo da instituição. Esta exclusão resulta também da classificação estabelecida nas escolas, pois o educando se sente incapaz diante dos conteúdos apresentados. A escola deve ainda contribuir na construção de valores e conceitos capazes de instrumentalizar os educandos para a superação das desigualdades, superando a visão de que escola boa é a escola que ensina muito, que informa, superando a visão de quantidade pela qualidade. A superação desta escola não deve excluir nem a informação, passo fundamental para a aquisição do conhecimento, mas também a formação nas diversas áreas de conhecimento, pois a falta de conhecimentos e informações é uma das causas da desigualdade entre ricos e pobres. Acácia Zenaide Kuenzer afirma igualmente que para ser um agente social de transformação é necessário que tenha conhecimentos e atitudes que abrangem 36 economia, administração, ecologia, saúde, comunicação, informática, contabilidade, história, sociologia, línguas e outras áreas sem as quais este indivíduo não consegue distinguir, opinar, argumentar e convencer. A escola deve ser um ambiente propício às trocas, um espaço de encontros das diferenças, da diversidade que compõem a totalidade, público no sentido de ser compartilhado por todos os seguimentos sociais que nela se encontram, e, principalmente inclusiva, onde o conhecimento é visto como um processo em eterna construção, produzido coletivamente e de forma individual. Deve ainda unir as várias disciplinas e ser contextualizado. 3.1.5 Concepção de Cidadania Para falar de cidadania, é preciso dar uma introdução mais conceitual e não simplesmente usar uma situação da população. Hoje, muitos brasileiros estão reduzidos a uma triste condição. Reduzidos á condição de catadores de lixo. A reciclagem de lixo virou um negócio altamente rentável, principalmente para os que intermediam a venda. Não se questiona a produção do lixo, mas se agradece a existência do mesmo, ainda que isto degrade a natureza e a condição humana. Como falar em cidadania sem superar a condição desumana em que vive grande parte da população brasileira. Ser cidadão não é apenas ter direitos de consumidor reconhecidos, mas principalmente ter direito a uma vida digna. Assim, o exercício da cidadania passa pelo questionamento das condições em que vive a maioria das pessoas a nossa volta. Esta postura questionadora deve estar atenta também às políticas públicas que buscam atenuar as desigualdades criadas pelo sistema capitalista. Programas paliativos têm substituído os serviços públicos em várias esferas. Nossa história está cheia de exemplos de como somos determinados de fora para dentro, de cima para baixo. Não decidimos nada e somos responsáveis por todos. Devemos parar de nos curvar e exigir um projeto de nação que nos recoloque na condição de sujeitos de nossa história, capaz de conduzir nosso próprio destino. As organizações de bairro, os movimentos sociais, os grupos de defesa dos direitos, entre outras instituições e organizações tem feito um grande papel na explicitação do que é de fato cidadania. Estes movimentos questionam a própria organização do sistema, pois no capitalismo o lucro e a concentração de riquezas, 37 entre elas a terra resultam na exclusão da posse para outros. Tais instituições abrem espaço para a expressão de seus membros. Assim, somente na organização em grupos, nas discussões, na ação pela mudança, na participação política é que nos tornamos cidadãos plenos. Devemos questionar o presente, mudá-lo, fazê-lo funcionar para garantir um futuro para nossos filhos e para o planeta. A reconstrução do conceito de cidadania exige um processo de deseducação dos pré-conceitos criados e veiculados ao longo de nossa história, preconceitos estes que só podem ser desmontados ideologicamente. É preciso substituir o cidadão consumidor por um cidadão crítico e auto-crítico, participativo, capaz de diálogo com interlocutores de diferentes opiniões, indagador. O exercício desta cidadania passa também pela escola, que deve estimular a reflexão coletiva, o diálogo e a capacidade de questionar o poder público, seus gastos e prioridades, pressionando para que o Estado funcione e funcione para todos, não apenas para uma minoria de privilegiados, criando cidadãos de primeira e de segunda classe, separando os que podem consumir dos que não podem como vigora hoje no projeto neoliberal. Neste sentido, existe uma necessidade urgente de formação de cidadãos capazes de defender a soberania nacional, capazes de formular uma ideologia e os meios para concretizá-la, capazes de integrar elementos de várias origens raciais, culturais e religiosas, evitando a xenofobia característica de alguns regimes históricos de caráter nacionalista, já vistos ao longo da história e ainda evitar que os recursos desta nação-potência que é o Brasil sejam apropriados por potências estrangeiras ou apenas por uma minoria nacional cujo discurso de grandeza esconde as desigualdades sociais extremas de nosso país. 3.1.6 Concepção de Conhecimento Todo conhecimento está repleto de ideologia, expressa uma ideologia e foi construído a partir de uma ideologia. Assim, o conhecimento pode estar a serviço de todos, ou apenas de uma categoria social específica, sem levar em conta que o ser humano adquire conhecimento a cada dia de sua vida, este é constituído por todos. Existem várias formas de conhecimento que podem ser de ordem material ou conceptual. Estas formas de conhecimento são produzidas socialmente e apropriados, na maioria das vezes individualmente. Este conhecimento pode ter sua origem no senso comum ou ser fruto de elaboração científica. A sociedade industrial criou uma 38 distinção entre o saber e o fazer, destinando ao trabalhador a segunda parte e ficando com o capitalista burguês a primeira. Assim, destituído do saber, do conhecimento do processo produtivo, o trabalhador tornou-se objeto, perdendo sua dimensão de sujeito, visto aqui como aquele que detém o saber fazer. A escola tem um papel importante na retomada do trabalhador de sua condição de sujeito é necessário que a teoria e a prática sejam reaproximadas. É necessário que o professor seja não apenas um mero retransmissor de informações, mas um agente social de transformação, um estimulador do questionamento, um organizador de debates, um investigador, pois sem ir à realidade dos alunos, sem estar com eles em suas lutas não será capaz de produzir um verdadeiro conhecimento para orientá-lo em sua prática cotidiana em sala de aula. Desta forma, o conhecimento se torna uma coisa viva e ativa, pois gera uma proposta transformadora da realidade, aproxima o professor da realidade dos alunos e estes do professor. A escola, deve ser o elo de ligação entre o saber científico e o senso comum, devolvendo ao trabalhador o conhecimento que lhe foi expropriado. Para Saviani, deve-se partir do empírico, passar-se pelo abstrato e chegar-se ao concreto. Neste caso o conhecimento assume um papel transformador da realidade, pois é fruto de observação da mesma, de formação de teoria explicativa desta realidade, alicerçada não só na observação da realidade, mas na forma como os membros desta comunidade vem esta realidade. Para a implementação desta postura a cerca do conhecimento, é necessário que o professor questione constantemente seus métodos, reflita sobre suas práticas e sobre suas relações com seus educandos, pois, na prática educativa, estão presentes, elementos da subordinação da prática pela teoria, do sujeito aluno pelo professor o que lhe confere a condição de objeto. Uma nova visão do conhecimento na escola implicaria, portanto uma mudança da escola e da postura do professor que deixa de ser o elaborador, o programador e passa a junto com os alunos programar, elaborar. Assim, o educando passa não só a receber um conhecimento pronto e acabado, mas passa a participar da elaboração deste conhecimento. Tal liberdade não se faz sem riscos, nem devem ser deixadas entregues a si mesmas, mas devem se constituir sobre limites éticos, negociados entre os educandos e as autoridades que com eles se relacionam. A busca de um conhecimento ativo não deve impedir a assimilação de elementos culturais consagrados. As tradições não devem ser abandonadas como se fossem obsoletas, pois entre elas existem práticas que se firmaram como essenciais, sendo, portanto, elementos fundamentais para a constituição do ser em sua esfera 39 humana. O conhecimento a ser produzido na escola pública deve pressupor a esfera do senso comum, e uma esfera do saber erudito, metódico e sistematizado, próprio das artes, da filosofia e da ciência. É nessa última esfera de conhecimento que a escola deve centrar seus maiores esforços, pois é este saber que sem ela a sociedade não pode se apropriar. A escola nesta nova perspectiva deve produzir uma forma de conhecimento no educando que seja vivenciada, pois sem isto, torna-se difícil a internalização do conhecimento que permitirá a este indivíduo agir com liberdade de pensamento e com mobilidade suficiente para ser, de fato, um sujeito e um agente de transformação da realidade. Unindo liberdade e compromisso, teoria e prática, senso comum e saber científico. Cabe salientar que nada se faz sem sacrifícios, não se adquire o habitus sem sacrifícios, sem insistência e persistência. Requer salientar ainda, que a escola hoje, parece estar apartada da sociedade e que a menos que se alie a escola à comunidade onde esta está inserida será difícil que esta não veja na escola uma força externa que tenta se impor a ela. 3.1.7 Concepção de Trabalho Segundo Engels, o trabalho transformou o macaco em homem. Para os católicos foi uma punição pelo pecado do primeiro homem. Para um calvinista o trabalho distingue os escolhidos para a salvação dos que serão condenados, pois o pobre invariavelmente é preguiçoso. O trabalho para Marx é responsável pela geração de riqueza que, a despeito de ser produzida pelo trabalhador é apropriada pelo capitalista, dono dos meios de produção, das fábricas, das fazendas, etc. Assim, o trabalhador é visto como produtor de lucro, gerador da mais valia. Na sociedade moderna, inspirada no modelo neoliberal, o trabalhador deve ser utilizado como produtor de riqueza, ser competitivo e consumidor de produtos. Os sindicatos de trabalhadores tiveram conquistas ao longo da história, mas neste momento o “Estado de Bem Estar Social” deve ser removido para garantir o aumento da acumulação capitalista, vista como única forma de universalizar os frutos do progresso técnico obtido a partir do trabalho humano, que neste momento também é expresso pelas máquinas, construídas à partir do trabalho de homens e da acumulação de riqueza pelo capitalista. 40 Esta forma de organização do trabalho perpetua a condição do trabalhador de apêndice das máquinas, de objeto, pois o aliena do fruto de seu trabalho. Uma nova forma de organizar o trabalho deve ser empreendida para que se resgate a humanidade do homem. Neste sentido é preciso restaurar a articulação dos sindicatos livres. A escola deve se constituir num instrumento deste resgate e o educador como articulador deste processo, unindo pais, comunidade e escola para construir uma nova forma de apropriação dos frutos do trabalho que seja mais justo. Tal mudança pressupõe que o educador também seja visto como um trabalhador, engajado num processo transformador, com teoria e práxis. Assim, o trabalho do professor é identificar os elementos produzidos coletivamente pela humanidade que deverão ser apropriados por seus educandos e as estratégias para que estes objetivos sejam atingidos, para que este educando seja de fato um agente social de transformação, além de um ser humano, pois o que o torna humano é o trabalho, mas se ele não se apropria do fruto deste trabalho ele se torna alienado, portanto este deve também transformar a sociedade onde vive, contribuir para melhorála e deve estar preparado para esta tarefa apropriando-se do conhecimento historicamente produzido ao longo da história. É neste contexto que a inserção do estágio não obrigatório, disposto na Lei 11.788/2008 deve ser compreendido, ou seja, o papel do estágio a partir das relações de trabalho. Assim, tal possibilidade permite que o educando tenha contato direto com o mundo do trabalho, sem entretanto, perder seu vínculo com a escola e com os conhecimentos que nela se apropria. O estágio não obrigatório se torna um espaço de ação concreta, de experimentação, onde o educando dará seus primeiros passos no mundo da organização do trabalho, sustentado nos conhecimentos e conceitos que estão sendo trabalhados dentro do ambiente escolar. O Colégio Estadual João Bettega, representado por seu coletivo escolar, adota como fundamento de suas ações educativas a Concepção Histórico Crítica. 3.1.8 Concepção de Cultura A cultura seria a soma da produção de ideias, valores, símbolos, hábitos, atitudes, ou seja, os saberes transmitidos de geração para geração. A cultura é o que 41 produziu o homem e é também o que ele produziu. Suas relações de poder, a arte, a ciência, a linguagem. Cada povo tem uma cultura distinta que está em constante relação com outras culturas, apropriando-se destas e contribuindo para outras culturas. Deste ponto de vista não existem culturas impermeáveis. Em nossa época, a da globalização, isto se evidencia mais ainda. Existe uma intensa produção cultural para consumo. Estas expressões de cultura, tais como o Hip Hop, transpõem barreiras e misturam-se com a cultura de massa de outros países confundindo-se com estas e passando a ser vista como expressão cultural própria. Esta produção de massa para alguns como Saviani deveria aproximar a cultura popular produzida espontaneamente da cultura erudita. Esta nova cultura deve incorporar elementos e ao fazê-lo deve escolher o que é relevante do que não é. Essa nova visão de cultura, que apropria, assimila, reinventa, deve também aproximar os diferentes, deve incluir novos conceitos, novos valores, capazes de tornar o homem mais humano. Aproximar a cultura de vários povos, abarcar numa totalidade, as diferenças culturais de vários povos, não deve retirar destes elementos que lhes distinguam, isto seria uma aculturação. Toda cultura pode ser construída e reconstruída, portanto, a manifestação de alguns interesses sempre pode se sobrepor. A apropriação de elementos da cultura pode ser libertadora ou aprisionadora do ser. Uma nova mentalidade de cultura deve respeitar a diversidade cultural, valorizar o popular e o erudito. A escola deve aproveitar os novos espaços democráticos criados para motivar os educandos a mergulhar na aquisição destes elementos culturais construídos coletivamente e socialmente. 3.1.9 Concepção de Ciência e Tecnologia Durante muito tempo a ciência esteve impregnada de uma concepção de que só o que pudesse ser provado através de um experimento, cujo resultado fosse repetido, seria ciência. Assim, as ciências físicas e a matemática ganharam um status superior às outras áreas da cultura humana, tais como a História ou a Geografia. Uma nova visão sobre a ciência deve levar o indivíduo a compreender a relação sujeito-objeto e compreender como o ser humano se relaciona com as coisas, com a natureza, com a vida. A ciência é o saber metódico, sistematizado e não um saber fragmentado; à cultura erudita e não à cultura popular. A escola deve garantir o acesso 42 a esse saber, que é produto da evolução humana, de contribuições de diversas gerações. Este saber deve ser socializado até atingir a totalidade da população. Enquanto disciplina acadêmica, esta (a ciência) deve ter lugar destacado no ensino. Educar para a ciência só pode ser feito num clima de liberdade e constante estímulo, uma metodologia reprodutivista, verticalizada, onde o aluno acumule conhecimentos estáticos não formará indivíduos questionadores. É preciso uma nova ciência que se fundamente na problematização. Tudo deve ser questionado. No processo de formação deste educando, portanto, é possível que o mesmo questione a autoridade dos professores. Este educando deve ser confrontado com sua realidade e questioná-la, pois só assim poderá mudá-la. Assim, um sujeito de fato, uma ciência investigativa, uma escola plural e aberta à participação da comunidade poderá ser estimuladora do progresso desta ciência. Um subproduto da ciência é a tecnologia, fonte, ao mesmo tempo, de progressos e de sofrimentos. A ciência em sua evolução produziu a glicerina, a mesma ciência, produziu a nitroglicerina. A tecnologia produziu a luz elétrica e alguns homens a usam para provocar dor, torturar. Nesta perspectiva não existe tecnologia ruim, mas pessoas que a usam para o mau. É preciso redirecionar a tecnologia para a libertação humana de suas limitações, uma tecnologia que seja para todos, não apenas para aqueles que por ela podem pagar, mas sim, uma tecnologia que agregue e não divida. Hoje a tecnologia que produz carros modernos em pouco tempo também produz desempregados, famintos, pais de família que perderam seus empregos em nome do aumento do lucro. A mesma tecnologia que facilita a vida das pessoas ao permitir que usem um caixa eletrônico também produz desempregados. A mesma tecnologia produzida para permitir ao homem uma vida mais humana, hoje o afasta de sua humanidade, corrompe-o, como os videogames, a televisão, utilizada como instrumento de doutrinação ideológica, veículo para o consumismo. Enfim, a tecnologia tem sido mal interpretada, como se fosse algo a pairar acima dos homens e como um produto de trabalho dos homens deve contribuir para o bem público. A escola, neste sentido assume o papel de educar um sujeito reflexivo, de livre pensar, com uma atitude responsável, para tal a escola pública deve assumir em seu Projeto Político Pedagógico um papel revolucionário que concretize uma ciência libertadora e uma tecnologia voltada para a concretização dos direitos de um sujeito ativo, consciente e crítico quanto ao uso desta ciência-tecnologia, numa sociedade mais justa, homogênea quanto à distribuição dos recursos e diversificada quanto à sua constituição. 43 3.2 Concepção Pedagógica na Perspectiva Histórico-Crítica A pedagogia histórico-crítica forma-se no final da década de 1970 quando havia uma necessidade histórica de se fazer a crítica da então pedagogia oficial (pedagogia reprodutivista), dada a falta de enraizamento histórico, e a seu forte caráter reprodutor. Este movimento era internacional e neste período as escolas passam a representar a chamada “rebelião social” lideradas pelos estudantes universitários, que eram alimentados por ideologias de esquerda, neste caso, basicamente o marxismo. Porém a constatação principal deste movimento foi o de verificar que as pedagogias existentes perpetuavam as relações de dominação vigente. Depois disto é que os movimentos começam a buscar mudar as bases da sociedade. “Assim perceberam que não era a cultura que modificava a sociedade e sim a sociedade é que modifica a cultura” (Saviani). A pedagogia histórico-crítica, em cuja base está a contribuição de Marx é fundamentada na dialética histórica, expressa no materialismo histórico, que procura compreender e explicar o todo desse processo, abrangendo desde a forma como são produzidas as relações sociais e suas condições de existência até a inserção da educação nesse processo. Isto é, Saviani diz: “vejo a práxis como uma prática fundamentada teoricamente”. A prática é o ponto de partida e o ponto de chegada. A apropriação do conhecimento produzido socialmente é direito de todo homem, na medida em que proporciona ao indivíduo a tomada de decisões de forma mais consciente. Para tanto, a abordagem histórico-crítica, proposta por Demerval Saviani, pressupõe a compreensão a história no contexto da determinação das condições materiais da existência humana, nesta concepção dialética da história, busca-se a compreensão da educação escolar tal como ela se manifesta no presente “entendida esta manifestação presente como resultado de um longo processo de transformação histórica” (Saviani). Esta teoria crítica é aquela que leva em conta os determinantes sociais da educação, em contraposição às teorias não críticas, que acreditam que a educação tem o poder de determinar as relações sociais. O compromisso da educação passa a ser a transformação da sociedade, e não a sua manutenção. Nesse sentido, há a necessidade de especificar a função da escola, que é a transmissão do conhecimento, pois corre-se o risco de desviar 44 o foco para questões secundárias, convertendo-a numa “agência de assistência social” (Saviani)., ou então a implantação de projetos e de trabalhos tematizados de acordo com datas comemorativas sem ter ligação nenhuma com o que é nuclear, ou seja curricular, as atividades extracurriculares devem enriquecer as curriculares e não substituí-las. É papel da escola a transmissão do conhecimento, denominado saber sistematizado. Ele deve ser organizado dentro do período letivo para que o aluno possa evoluir, para que passe a compreender as relações sociais e possa adquirir instrumentos para agir na sociedade. A finalidade da escola deve determinar os métodos e processos de ensinoaprendizagem, para que os alunos possam apreender tais conteúdos, “as formas de tornar assimiláveis os conteúdos estão intimamente relacionadas com a concepção e conteúdos de cada área do conhecimento como também suas formas de ensino”. (Currículo Básico, p.17). Segundo Krug e Rocha é papel da escola efetivar uma organização que possa contribuir para a diversidade de aprendizagens manifestadas pelos educandos, ou seja, significa oportunizar a todos, a aprendizagem, ao mesmo tempo em que dá respostas às necessidades diferenciadas que cada um traz, uma vez que nem todos os educandos conseguem realizar as aprendizagens no mesmo ritmo e condições, pois se encontram em diferentes momentos de sua socialização, possuem informações, vivências, riquezas que a escola precisa resgatar. Os saberes dos alunos devem ser levados em conta, pois muitas vezes relacionam-se a problemas sociais da comunidade, que podem estar articulados aos conteúdos. De acordo com essas considerações é oportuno destacar que é fundamental construir uma nova prática no que se refere ao ato de ensinar e de aprender. É preciso definir quais conteúdos e que abordagem dos conteúdos é necessária para a classe trabalhadora e as condições concretas necessárias para o desenvolvimento efetivo do ensino-aprendizagem dos conteúdos. O que precisa ser ensinado não é qualquer conhecimento, mas o conhecimento teóricoprático voltado para o desenvolvimento da sociedade, para sua transformação. (Klein, 2004 p.49). 45 Dessa forma, os conteúdos escolares não podem se constituir em roteiros repetitivos e métodos produtores de procedimentos indiferenciados e atitudes conformistas. Os conteúdos escolares, são resultados de um exercício de cognição de homens sobre a realidade, a fim de compreender e apreender um certo conjunto de informações que são instrumentos culturais, necessários para que os educandos progridam na sua formação global e não como uma atividade com fim em si mesma. Segundo Klein (2000 p.49), “os alunos devem ter acesso ao máximo de conhecimentos, da forma mais ampla, mais exitosa e no menor tempo possível.” As atividades planejadas, não podem ter um fim em si mesmas, serem realizadas porque são interessantes ou apenas para variar a opção metodológica, mas deve constituir-se visando com que o aluno ou grupo avance em seu desenvolvimento. Mais do que nunca, o professor deve exercer seu papel dentro da escola, que lançando mão de recursos fará com que seu aluno realmente aprenda, pois é para isso que ele está na escola: para realmente aprender de forma que o conhecimento que ela adquire na escola seja capaz de modificar sua visão de mundo. Portanto é inadmissível que os conteúdos apenas sejam repassados, página após página, sem que haja reflexão e vínculo com a realidade. 3.2.1 Concepção de Ensino e Aprendizagem Com base na abordagem materialista dialética da análise da história humana, o desenvolvimento psicológico do homem é parte do desenvolvimento geral dos seres humanos. Para Vygotsky “o aprendizado está voltado para a assimilação de fundamentos do conhecimento científico“ (p. 95). Descobrir as relações reais entre o processo de desenvolvimento e a capacidade de aprendizado do aluno é primordial e essencial para desenvolver uma pedagogia da apropriação daquilo que foi construído pela humanidade, cabendo ao professor o papel importante de instrumentalizar o aluno nesse processo. O processo ensino-aprendizagem na escola difere-se do processo de educação em sentido amplo. Na instituição escolar o aluno precisa entender as bases dos estudos científicos. Neste processo ele parte de suas próprias ideias e 46 significados para se encaminhar por novos caminhos da análise intelectual, das comparações e do estabelecimento de relações lógicas. Os conceitos prévios que os alunos apresentam sobre determinados assuntos são transformados. A escola constitui-se o local onde o aluno pode ter a oportunidade de aprender de forma sistematizada e intencional, o que a sua realidade não dá conta de explicar. Na perspectiva da concepção do desenvolvimento de Vygotsky, a aprendizagem organiza-se por níveis, como uma “ espiral “. O primeiro nível chamado de real é caracterizado pelo conhecimento e atividades, que o indivíduo consegue realizar sozinho (desenvolvimento mental prospectivo). O segundo nível, ou nível proximal, caracteriza-se por situações de aprendizagem que o indivíduo não pode desenvolver independentemente, fazendo-o somente com ajuda, e o terceiro nível, o nível potencial é o que se espera que o indivíduo venha a assimilar. Sendo assim, se considerarmos a perspectiva de Vygotsky, estaremos defendendo uma metodologia que privilegia a mudança, coloca professores e alunos como participantes ativos da própria existência e vinculado às condições materiais de sua época, capazes de aprender com os outros e com o passado, imaginar e planejar o futuro. Para Vygotsky, o desenvolvimento intelectual resulta da relação com o mundo, que se compõe dos processos de interações que fornecem as condições para a atividade do pensamento, as quais possibilitam o processo de construção da aprendizagem. Dentre essas interações que ocorrem no espaço escolar, as mais favoráveis para aprendizagens significativas são as interações no trabalho cooperativo e coletivo, pois é nele que, os alunos podem confrontar os seus pontos de vista a fim de tomar estes processos possíveis de se efetivarem, o espaço escolar deve oferecer as oportunidades necessárias ao pleno desenvolvimento dos alunos. Portanto, conhecendo o nível de desenvolvimento dos alunos, a escola deve dirigir o ensino para os níveis de desenvolvimento que os alunos ainda não atingiram, para que possa avançar em sua compreensão de mundo. Ao adotarmos esta abordagem teórica, estaremos reconhecendo o desenvolvimento como algo que avança por meio de conteúdos socialmente elaborados pelo conhecimento humano e de estratégias cognitivas necessárias para a internalização desses conteúdos. Também Paulo Freire reconhece a aprendizagem como ferramenta que permite no decorrer de seu processo; que o homem aproprie-se das condições de reflexão dos fatos e sobre os fatos da realidade que o cerca; levando o homem a ser o sujeito de sua própria história. Valoriza todos os conhecimentos que partem da análise da realidade do 47 cotidiano do homem e acredita que o homem instrumentalizado pela capacidade de análise crítica tenha acesso ao conhecimento acumulado históricamente e dele partindo, atue em sua própria realidade construindo-a e transformando-a. Então a aprendizagem ocorre quando “ o homem se vê sujeito “. O processo de ensino aprendizagem é vivo e confunde-se com a própria existência do sujeito; assim aquele que ora educada à medida em que se envolve no processo também será educado (educador / educando). Para Paulo Freire a educação é a prática da liberdade; é o movimento pelo qual o homem liberta-se da opressão. O conhecimento é uma ferramenta de libertação, e esta ocorre por meio da reflexão e da ação sobre o meio vindo assim a conquistar sua independência. Segundo Paulo Freire “ a educação problematizadora se faz, assim um esforço permanente através do qual os homens vão percebendo, criticamente, como estão sendo no mundo, com quê e em quê se acham “. Deste modo podemos afirmar que a educação / aprendizagem cumpre sua função fundamental quando humaniza mulheres e homens. Paulo Freire afirma que embora sabendo que estejamos vivendo em meio a muitas desigualdades sociais, nenhuma mudança profunda na sociedade poderá acontecer sem se levar em conta a educação; que, por sua vez, não deve esperar os desdobramentos econômicos e políticos para mudar. Para Paulo Freire a educação pode transformar as pessoas em sujeitos para que eles sintam-se e evolvam-se nesta tarefa / missão de transformar a realidade; fortalecendo o homem enquanto sujeito e cidadão que conhece sua realidade e nela se insere de forma crítica e atuante seja na vida social seja na vida política. 3.2.2 Concepção de Avaliação Do ponto de vista teórico-metodológico esta instituição está em busca de uma prática pedagógica que se efetive em direção à superação da concepção de avaliação enquanto instrumento de seleção, rotulação, classificação, controle e de exclusão, pois como afirma LUCKESI (1995) “tradicionalmente, a avaliação tem como elementos a seletividade, a discriminação, a classificação através das notas, a rotulação, preparando para exames”. Ao enfatizar tal necessidade de superação desta concepção de avaliação, desponta-se também o desafio aos envolvidos na 48 organização do trabalho pedagógico da escola, que é o de romper com os modelos tradicionais, objetivando uma avaliação mais coerente com a visão de uma educação emancipadora, alicerçada no processo de ensino e aprendizagem. O que pressupõe entendê-la como parte integrante de todo o processo educacional, ou seja, coerente com as concepções de sociedade, homem, educação, escola, conhecimento, cultura, trabalho, ensino e aprendizagem explicitadas neste PPP, bem como pautada na intervenção e investigação da aprendizagem. Como também a avaliação segue definições legais estabelecidas pela LDBEN/96 que em seu artigo V preconiza que o rendimento escolar deve observar os critérios de desempenho, ou seja, a avaliação deve ser “continua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre eventuais provas finais”. Nesta perspectiva , cabe ressaltar que o conceito de avaliação precisa estar articulado ao conteúdo e a metodologia, como também aos critérios que permitam enfatizar esta estreita relação, ou seja, delimitar o que é essencial para permitir a reflexão necessária sobre o processo de ensino e aprendizagem, seja quanto aos critérios alcançados ou aos critérios que não foram atingidos, concordando com LUCKESI ao dizer que: “a avaliação tem por finalidade o diagnóstico para tomada de decisões, sempre com vistas à aprendizagem dos alunos, de forma que o professor cumpra com sua tarefa de ensinar e a escola cumpra com sua função social”. Desta forma a avaliação pode ser também um instrumento eficaz para a possibilidade de uma educação emancipatória. Conforme o Regimento Escolar da Escola 3.2.3 Processo de Avaliação Art. 105 - A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento pelo aluno. Art. 106 - A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos. 49 Parágrafo Único - Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização. Art. 107 - A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola. Parágrafo Único - É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um único instrumento de avaliação. Art. 108 - Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão elaborados em consonância com a organização curricular e descritos no Projeto Político-Pedagógico. Art. 109 - A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação dos alunos entre si. Art. 110 - O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar conteúdos/instrumentos/métodos de ensino. Art. 111 - Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma. Art. 112 - Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas. Art. 113 - A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos. Art. 114 - A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem. Art. 115 - A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados, oportunizando ao educando demonstrar o conhecimento adquirido em um segundo momento. Parágrafo Único - A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos e os conteúdos da disciplina. Art. 116 - A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). Art. 117 - Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade de sua vida escolar. 50 Parágrafo Único - Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de Classe. Art. 118 - A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno, aliada à apuração da sua frequência. Art. 119 - Na promoção ou certificação de conclusão, para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio, a média final mínima exigida é de 6,0 (seis vírgula zero), observando a frequência mínima exigida por lei. Art. 120 - Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, que apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, serão considerados aprovados ao final do ano letivo. Art. 121 - Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio serão considerados retidos ao final do ano letivo quando apresentarem: I. frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente do aproveitamento escolar; II. frequência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina. Art. 122 - A média trimestral e a bimestral será obtida através da utilização de diversos instrumentos tais como atividades diárias, trabalhos individuais e em grupo, pesquisas, resumos, experimentos em laboratórios, relatórios, testes, provas, entre outros. Art. 123 - A média trimestral e a bimestral será obtida pela soma do resultado das avaliações realizadas, sendo expressas em uma escala de o (zero) a 10,0 (dez). Parágrafo Único – Os trimestres apresentam pesos distintos, sendo que o primeiro tem peso dois (2), o segundo, peso três (3) e o terceiro, peso cinco (5). Art. 124 - Para efeito de cálculo da média para aprovação, serão aplicadas as seguintes fórmulas: ENSINO FUNDAMENTAL: 1º T X 2 + 2º T X 3 + 3º T X 5 10 ≥ 6,0 51 ENSINO MÉDIO DE BLOCOS: Média semestral: 1º BIM + 2º BIM ≥ 6,0 2 Art. 125 - A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de retenção do aluno, não tendo registro de notas na documentação escolar. Art. 126 - Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão devidamente inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e expedição de documentação escolar. 3.2.4 Processo de Classificação Art. 82 - A classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que o estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos compatíveis com a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos por meios formais ou informais, podendo ser realizada: I. por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase anterior, na própria escola; II. por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país ou do exterior, considerando a classificação da escola de origem; III. independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para posicionar o aluno na série, ciclo, disciplina ou etapa compatível ao seu grau de desenvolvimento e experiência, adquiridos por meios formais ou informais. Art. 83 - A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos profissionais: I. organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da escola para efetivar o processo; II. proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe pedagógica; III. comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado, para obter o respectivo consentimento; IV. arquivar Atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados; V. registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno. 52 Art. 84 - É vedada a classificação para ingresso no ano inicial do Ensino Fundamental. 3.2.5 Processo de Reclassificação Art. 85 - A reclassificação, é o processo pelo qual o estabelecimento de ensino avalia o grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início do ano, levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de estudos compatíveis com sua experiência e desenvolvimento, independentemente do que registre o seu Histórico Escolar. Art. 86 - Cabe aos professores, ao verificarem as possibilidades de avanço na aprendizagem do aluno, devidamente matriculado e com frequência na série/disciplina, dar conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma possa iniciar o processo de reclassificação. Parágrafo Único – Os alunos, quando maior, ou seus responsáveis, poderão solicitar aceleração de estudos através do processo de reclassificação, facultando à escola aprová-lo ou não. Art. 87 - A equipe pedagógica comunicará, com a devida antecedência, ao aluno e/ou seus responsáveis, os procedimentos próprios do processo a ser iniciado, afim de obter o devido consentimento. Art. 88 - A equipe pedagógica do estabelecimento de ensino, assessorada pela equipe do Núcleo Regional de Educação, instituirá Comissão, conforme orientações emanadas da SEED, a fim de discutir as evidências e documentos que comprovem a necessidade da reclassificação. Art. 89 - Cabe à Comissão elaborar relatório dos assuntos tratados nas reuniões, anexando os documentos que registrem os procedimentos avaliativos realizados, para que sejam arquivados na Pasta Individual do aluno. Art. 90 - O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela equipe pedagógica, durante dois anos, quanto aos seus resultados de aprendizagem. Art. 91 - O resultado do processo de reclassificação será registrado em Ata e integrará a Pasta Individual do aluno. Art. 92 - O resultado final do processo de reclassificação realizado pelo estabelecimento de ensino será registrado no Relatório Final, a ser encaminhado à SEED. Art. 93 - A reclassificação é vedada para a etapa inferior à anteriormente cursada. 53 3.2.6 Processo de Progressão Parcial Art. 99 - A matrícula com Progressão Parcial é aquela por meio da qual o aluno, não obtendo aprovação final em até três disciplinas em regime seriado, poderá cursá-las subseqüente e concomitantemente às séries seguintes. Art. 100 - O estabelecimento de ensino não oferta aos seus alunos matrícula com Progressão Parcial. Parágrafo Único - As transferências recebidas de alunos com dependência em até três disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos. 3.2.7 Processo de Aproveitamento de Estudos Art. 127 - Os estudos concluídos com êxito serão aproveitados. Parágrafo Único - A carga horária efetivamente cumprida pelo aluno, no estabelecimento de ensino de origem, será transcrita no Histórico Escolar, para fins de cálculo da carga horária total do curso. Art. 128 – O aproveitamento de estudos de uma disciplina para outras supostamente, iguais ou abrangentes, porém, com nome diverso, somente poderá ser realizado mediante cotejo dos conteúdos programáticos de uma e outra. Parágrafo Único - É vedado o aproveitamento de estudos nos cursos integrados ao Ensino Médio. 3.2.8 Processo de Adaptação Art. 129 - A adaptação de estudos de disciplinas é atividade didático-pedagógica desenvolvida sem prejuízo das atividades previstas na Proposta Pedagógica Curricular, para que o aluno possa seguir o novo currículo. Art. 130 - A adaptação de estudos far-se-á pela Base Nacional Comum. Parágrafo Único - Na conclusão do curso, o aluno deverá ter cursado, pelo menos, uma Língua Estrangeira Moderna. Art. 131 - A adaptação de estudos será realizada durante o período letivo. Art. 132 - A efetivação do processo de adaptação será de responsabilidade da equipe pedagógica e docente, que deve especificar as adaptações a que o aluno está sujeito, elaborando um plano próprio, flexível e adequado ao aluno. Parágrafo Único - Ao final do processo de adaptação, será elaborada Ata de 54 resultados, os quais serão registrados no Histórico Escolar do aluno e no Relatório Final. 3.2.9 Processo de Revalidação e Equivalência Art. 133 - O estabelecimento de ensino realizará a revalidação de estudos completos cursados no exterior referente ao Ensino Fundamental e ao Ensino Médio. Art. 134 - O estabelecimento de ensino, para a equivalência e revalidação de estudos completos, observará: I. as precauções indispensáveis ao exame da documentação do processo, cujas peças, quando produzidas no exterior, devem ser autenticadas pelo Cônsul brasileiro da jurisdição ou, na impossibilidade, pelo Cônsul do país de origem, exceto para os documentos escolares encaminhados por via diplomática, expedidos na França e nos países do Mercado Comum do Sul - MERCOSUL; II. a existência de acordos e convênios internacionais; III. que todos os documentos escolares originais, exceto os de língua espanhola, contenham tradução para o português por tradutor juramentado; IV. as normas para transferência e aproveitamento de estudos constantes na legislação vigente. Art. 135 - Alunos que estudaram em estabelecimentos de ensino brasileiros sediados no exterior, desde que devidamente autorizados pelo Conselho Nacional de Educação, não precisam se submeter aos procedimentos de equivalência e revalidação de estudos. Parágrafo Único - A documentação escolar do aluno oriundo de escola brasileira sediada no exterior deverá conter o número do parecer do Conselho Nacional de Educação que autorizou o funcionamento da escola no exterior e o visto consular. Art. 136 - Para proceder à equivalência e revalidação de estudos completos, o estabelecimento de ensino seguirá as orientações contidas nas instruções emanadas da Secretaria de Estado da Educação. Art. 137 - O estabelecimento de ensino expedirá certificado de conclusão ao aluno que realizar a revalidação de estudos completos do Ensino Fundamental. Art. 138 - A matrícula no Ensino Médio somente poderá ser efetivada após a revalidação de estudos completos do Ensino Fundamental. 55 Art. 139 - A matrícula do aluno proveniente do exterior, que não apresentar documentação escolar, far-se-á mediante processo de classificação, previsto na legislação vigente. Art. 140 - A matrícula de alunos oriundos do exterior, com período letivo concluído após ultrapassados 25% do total de horas letivas previstas no calendário escolar, far-se-á mediante classificação, aproveitamento e adaptação, previstos na legislação vigente, independentemente da apresentação de documentação escolar de estudos realizados. Art. 141 - O estabelecimento de ensino, ao realizar a equivalência ou revalidação de estudos, emitirá a respectiva documentação. Art. 142 - Efetuada a revalidação ou declarada a equivalência, o ato pertinente será registrado junto ao NRE e os resultados integrarão a documentação do aluno. Art. 143 - O aluno oriundo de país estrangeiro, que não apresentar documentação escolar e condições imediatas para classificação, será matriculado na série compatível com sua idade, em qualquer época do ano. Parágrafo Único - A escola elaborará plano próprio para o desenvolvimento dos conhecimentos necessários para o prosseguimento de seus estudos. 3.2.10 Processo de Frequência Art. 101 - É obrigatória, ao aluno, a frequência mínima de 75% do total da carga horária do período letivo, para fins de promoção. Art. 102 - É assegurado o regime de exercícios domiciliares, com acompanhamento pedagógico do estabelecimento de ensino, como forma de compensação da ausência às aulas, aos alunos que apresentarem impedimento de frequência, conforme as seguintes condições, previstas na legislação vigente: I. portadores de afecções congênitas ou adquiridas, infecções, traumatismos ou outras condições mórbidas; II. gestantes. Art. 103 - É assegurado o abono de faltas ao aluno que estiver matriculado em Órgão de Formação de Reserva e que seja obrigado a faltar a suas atividades civis, por força de exercícios ou manobras, ou reservista que seja chamado para fins de exercício de apresentação das reservas ou cerimônias cívicas, do Dia do Reservista. Parágrafo Único – As faltas tratadas no caput deste artigo deverão ser assentadas no Livro Registro de Classe, porém, não serão consideradas no cômputo geral das faltas. 56 Art. 104 - A relação de alunos, quando menores de idade, que apresentarem quantidade de faltas acima de 50% do percentual permitido em lei, será encaminhada ao Conselho Tutelar do Município, ou ao Juiz competente da Comarca e ao Ministério Público. 4 GESTÃO DEMOCRÁTICA 4.1 O que é Gestão Democrática Gestão Democrática é o processo político através do qual, as pessoas na escola discutem, deliberam e planejam, solucionam problemas e os encaminham, acompanham, controlam e avaliam o conjunto das ações voltadas ao desenvolvimento da própria escola. Este processo, sustentado no diálogo e na alteridade, tem com base a participação efetiva de todos os segmentos da comunidade escolar, o respeito a normas coletivamente construídas para os processos de tomada de decisões e a garantia de amplo acesso às informações aos sujeitos da escola. Realizar uma gestão democrática significa acreditar que todos juntos têm mais chances de encontrar caminhos para atender às expectativas da sociedade a respeito da atuação da escola. Ampliando o número de pessoas que participam da vida escolar, é possível estabelecer relações mais flexíveis e menos autoritárias entre educadores e comunidade escolar. Quando pais e professores estão presentes nas discussões dos aspectos educacionais, estabelecem-se situações de aprendizagem de mão dupla: ora a escola estende sua função pedagógica para fora, ora a comunidade influencia os destinos da escola. As famílias começam a perceber melhor o que seria um bom atendimento escolar, a escola aprende a ouvir sugestões e aceitar influências. É importante que as pessoas participem da discussão, em igualdade de condições, sem ter receio de expor posições contrárias. A manipulação de reuniões, na condução de decisões que privilegiam grupos ou mesmo, interesses pessoais, pode gerar situações em que o autoritarismo surge, com máscaras de gestão democrática. 57 4.2 Gestão Democrática na Legislação CF/88: Art.206: O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: VI – gestão democrática do ensino público, na forma da Lei. LDB/96 – LEI 9394/96 Art. 3º.: O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: VIII – gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino. Art. 14: Os sistemas de ensino definirão as normas de GD (...): I – participação dos profissionais da educação na elaboração da proposta pedagógica; II – participação das comunidades escolar e local, em conselhos escolar ou equivalente. Art. 15: Os sistemas de ensino asseguração às escolas progressivos graus de autonomia pedagógica, administrativa e de gestão financeira. Deliberação 16/99, CEE/PR: Art. 4º - A comunidade escolar é o conjunto constituído pelos corpos docente e discente, pais de alunos, funcionários e especialistas, todos protagonistas da ação educativa em cada estabelecimento de ensino. § Único: A organização institucional de cada um desses segmentos terá seu espaço de atuação reconhecido pelo regimento escolar. Art. 5º - A Direção Escolar tem como principal atribuição coordenar a elaboração e a execução da proposta pedagógica, eixo de toda a qualquer ação a ser desenvolvida pelo estabelecimento. Art. 6º - A gestão escolar da escola pública, como decorrência do princípio constitucional da democracia e colegialidade, terá como órgão máximo de direção, um colegiado. 58 - Conselho Escolar É o órgão responsável pelo estudo e planejamento, debate e deliberação, acompanhamento, controle e avaliação das principais ações do dia-a-dia da escola tanto no campo pedagógico, como administrativo e financeiro. De acordo com a Regulamentação do Conselho Escolar, selecionamos alguns parágrafos que explicitam o seu papel: § 1º - O órgão colegiado de direção será deliberativo, consultivo e fiscal, tendo como principal atribuição estabelecer a proposta pedagógica da escola, eixo de toda e qualquer ação a ser desenvolvida no estabelecimento de ensino. § 2º - O órgão colegiado de direção será constituído de acordo com o princípio da representatividade, devendo abranger toda a comunidade escolar, cujos representantes nele terão, necessariamente, voz e voto. § 3º - Poderão participar do órgão colegiado de direção representante dos movimentos sociais organizados, comprometidos com a escola pública, assegurandose que sua representação não ultrapasse 1/5 (um quinto) do colegiado. - Grêmio Estudantil É o órgão máximo de representação dos estudantes a serviço da ampliação da democracia na escola, através das suas funções de representação e organização dos alunos, contribui para a efetivação de uma educação emancipatória e transformadora. - A.P.M.F. (Associação de Pais, Mestres e Funcionários) É um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários que buscam a integração dos segmentos escolares, para discutirem as políticas educacionais e o Projeto Político-Pedagógico da escola Pública, contribuindo para a melhoria da qualidade de ensino. 59 - Conselho de Classe É um órgão colegiado, presente na organização da escola, em que os professores das diversas disciplinas, juntamente com a direção, equipe pedagógica e alunos representantes de turma, se reúnem para refletir, avaliar e propor ações no acompanhamento do processo pedagógico da escola. O Conselho de Classe difundido em muitas escolas precisa ser superado. A visão do Conselho de Classe apenas para definir se o aluno irá passar de ano ou não, já não cabe mais dentro de uma visão progressista de educação. Esta mudança exigirá tempo e maturidade dos envolvidos de forma a obter novas perspectivas e estabelecer uma relação mais efetiva com o processo de avaliação do ensino. O Conselho de Classe, constitui em uma das etapas de fundamental importância dentro da prática pedagógica da escola e tem como objetivo principal propor soluções e encaminhamentos diante das situações levantadas, buscando a melhoria da qualidade de ensino. Visto numa perspectiva democrática, o Conselho de Classe pressupõe a participação de todos os envolvidos no processo pedagógico: direção, equipe pedagógica, professores de todas as áreas e alunos, para discutir, refletir e avaliar a prática pedagógica. No momento do conselho de classe são levantadas pelos professores, as dificuldades encontradas no processo pedagógico com a turma de forma geral, pois, entende-se que o aluno, inserido em uma sala de aula, participa ativamente das relações sociais que ali surgem e, portanto, sua aprendizagem também está relacionada com as mediações existentes entre e com os colegas. São levantadas também questões relacionadas ao processo de aprendizagem especificamente de cada aluno. Para se discutir o trabalho pedagógico em sua especificidade, discutindo o próprio resultado do aluno, a própria relação que tem sido estabelecida entre aluno, professor e conteúdo, num momento de análise e decisão para a tomada de novos rumos deste mesmo processo para orientar as novas relações próximas e futuras. Ao se discutir o processo de aprendizagem do aluno, cada professor tem oportunidade de avaliar o percurso até então percorrido com o intuito de traçá-lo novamente se for necessário, ou permanecer com ele. O que se quer dizer com isso, é que, questionamentos do tipo “o que este aluno já aprendeu, e o que é necessário fazer para que o aluno continue aprendendo?” É um momento para cada professor 60 repensar o encaminhamento metodológico adotado, os critérios de avaliação e definir ações para serem tomadas em conjunto pela escola, no enfrentamento das dificuldades apresentadas, “a diversidade dos depoimentos de pessoas que dominam conteúdos diversos, pelos enfoques pedagógicos variados, que articulados, poderiam trazer à tona a riqueza da totalidade orgânica do processo de ensino, numa busca comum por soluções e pela construção de propostas alternativas de trabalho”. (DALBEN, 1995). O Conselho de Classe também prevê a participação do educando. Como o aluno caracteriza-se como sujeito central deste processo, ele precisa ter a participação ativa nestas reuniões; ele precisa ter conhecimento dos critérios pelos quais está se submetendo e dos parâmetros utilizados nas avaliações. Inicialmente a participação dos alunos se dá em forma de pré conselho, realizando-se reuniões com as turmas, afim de, discutir questões pertinentes ao processo de ensino-aprendizagem, que são levadas posteriormente ao Conselho de Classe. O trabalho junto aos professores se dá em dois momentos: o pré conselho e o conselho. O pré conselho é o momento onde se atua junto aos professores das disciplinas para fazer o levantamento das dificuldades da turma, formas de avaliação, encaminhamentos metodológicos utilizados, perfil da turma, pontos positivos, lideranças, dificuldades, etc. Este levantamento poderá ser feito através de ficha de pré conselho, preferencialmente junto à equipe pedagógica. A partir destas fichas será organizado então o Conselho de Classe, com todo o encaminhamento descrito anteriormente. Posteriormente, no pós conselho, ocorrerá o retorno das informações aos alunos, uma espécie de devolutiva. - O Papel Político dos Dirigentes A função do diretor é a de coordenar o trabalho geral da escola, lidando com os conflitos decorrentes especialmente das relações de poder, mas encaminhando e/ou solucionando os problemas desse cotidiano objetivando sempre o melhor para o desenvolvimento da função pedagógica da escola. “A escola é uma instituição de natureza educativa. Ao diretor cabe, então, o papel de garantir o cumprimento da função educativa que é a razão de ser da escola. Nesse sentido, é preciso dizer que o diretor de escola é antes de tudo, um educador; antes de ser administrador ele é um educador” (Saviani, 1996, p.208). 61 O diretor de escola ocupa posição importante na estrutura do ensino público, uma vez que responde pela articulação da escola com a comunidade em que se insere e, também com a rede que compõe o sistema de ensino. Além disso, e acima de tudo, deve garantir o bom funcionamento da escola, visando o melhor atendimento pedagógico aos alunos. - Mecanismos da Gestão Democrática: - Eleições diretas de Diretores: É o processo pelo qual a comunidade escolar se manifesta e escolhe democraticamente, quem será o dirigente do estabelecimento. 1. Representantes de Turma: O aluno eleito representa a turma em todos os momentos: participa dos conselhos de classe, faz a defesa dos interesses da turma, apresenta os problemas e reivindica soluções. - Eleição de representantes: Dando continuidade ao processo de gestão democrática desenvolvido em nossa escola e baseado em nossa concepção de educação que visa à formação do sujeito, do ser crítico e atuante; elaboramos o espaço de representatividade do aluno na figura do representante de classe. Podem participar deste processo todos os alunos regularmente matriculados e que apresentem disposição para desenvolver as tarefas que fazem parte da função. O processo de escolha se dá no início do ano letivo e é organizado por pedagogos e professores que subsidiam o mesmo. O objetivo da Eleição de Representantes de turma é a de promover junto à escola, a efetiva participação do corpo dos alunos nas diversas atividades nela desenvolvidas. É a abertura do espaço para a atuação dos alunos. 62 O representante de classe é o elo que faz a ligação entre o corpo discente e docente e a direção / equipe pedagógica. Ele deve participar de reuniões, assembléias, conselhos de classe, solenidades e demais eventos que requeiram a presença dos alunos via representação. Também ao aluno representante caberá a função de consulta, argumentação, defesa e repasse dos interesses diversos dos representados.. Assim, como repasse de assuntos e temas discutidos em reuniões gerais e também as respectivas decisões tomadas. Cada sala lança a candidatura dos alunos interessados em vir a ser o representante e após a inscrição faz-se a apresentação de suas propostas. A eleição do aluno representante ocorre em data agendada de acordo com o calendário escolar, via eleição direta. Cada aluno terá direito a um voto; que poderá ser secreto ou não. Os candidatos que obtiverem maior número de votos serão os eleitos isto é o primeiro representante e o primeiro vice-representante que atuam juntos. Os representantes de classe receberão no decorrer do ano letivo, formação continuada permitindo-lhes, fortalecer o conhecimento da função além de apoio da equipe pedagógica para o melhor desenvolvimento de sua tarefa de representar um grupo. 5 MARCO OPERACIONAL Diante da análise realizada no decorrer da elaboração deste documento, destacamos como necessidade e organização que devem ser atendidas em nossa programação a curto e médio prazo estabelecidos nos planos e metas de ação as seguintes: 5.1 Plano de Ação Equipe Pedagógica Princípio Orientador: 63 “Assegurar uma educação de qualidade que promova a igualdade e permanência do aluno na escola visando seu desenvolvimento.” Objetivo: Atuar na gestão pedagógica, criando as condições necessárias ao trabalho pedagógico escolar; prática docente e discente. Ações: As ações a seguir articulam o trabalho pedagógico da escola: Promover e coordenar reuniões pedagógicas e momentos de estudo para reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico-didático; Participar na elaboração do projeto de formação continuada de todos os profissionais da escola; Coordenar a organização do espaço-tempo escolar, intervindo na elaboração do calendário letivo; Coordenar a hora atividade; Apresentar propostas, alternativas, sugestões e ou críticas que promovam o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar, conforme o Projeto Político Pedagógico; Orientar o processo de elaboração dos planejamentos de ensino junto ao coletivo de professores Orientar a comunidade escolar, integrando-a ao processo pedagógico, numa perspectiva transformadora; Articular projetos que promovam a interação escola/comunidade; Acompanhar o processo de construção do conhecimento dos alunos; Intervir para que os alunos possam superar eventuais defasagens e/ou dificuldades; Mediar situações de conflito na interação aluno/professor e aluno/aluno, favorecendo a atitude dialógica; Organizar e coordenar reuniões com os pais, inclusive de entrega dos boletins; 64 Coordenar eleições de representante de classe; Assegurar o cumprimento do P.P.P. junto com a Direção. Orientação quanto ao desenvolvimento do trabalho pedagógico, dos inspetores junto aos alunos; Organizar e coordenar pré conselho e coordenação do Conselho de Classe; Acompanhamento, elaboração e execução do processo avaliativo e da recuperação paralela; Junto a Secretaria articula o trabalho pedagógico e vice-versa. Além das ações acima, pretende-se no início de cada ano letivo, promover uma “Aula Inaugural” para os alunos, onde serão apresentadas as normas e rotina do Colégio. 5.2 Proposta de Plano de Ação dos Agentes Educacionais I e II A profissionalização torna-se estratégica para a escola e a valorização dos funcionários da educação, torna-se condição imprescindível para que os espaços administrativos, de infraestrutura, meio ambiente, alimentar e de multimeios didáticos, com as ações e reflexões do todos na escola, ganham movimento para que de fato expressem uma interação e planejamento educativo. As competências e habilidades primordiais requeridas dos educadores apontam a possibilidade da apropriação produzida e transmitida pela educação com os objetivos de: Valorizar e refletir o seu papel na escola como condição para a construção de novos conhecimentos e modo de agir; Identificar as diversas funções educativas presentes na escola; Compreender o papel do educador escolar; Reconhecer e construir identidade profissional e educativa; 65 Contudo, para que na escola ou em outros espaços de trabalhos pedagógicos, é necessário que, além das competências gerais, outras habilidades e competências específicas sejam apropriadas. AGENTE EDUCACIONAL I Alimentação e infraestrutura Ações - Possuir conhecimento prático e teórico do manejo de horta domiciliar e escolar; - Preparação do cardápio escolar de alto valor nutritivo, de baixo custo, com valor regionalizado e sazonal; - Conhecer os princípios das dietas alimentares, composição de nutrientes e qualidades adquiridas para a alimentação escolar; - Dominar técnicas de relações humanas com crianças, adolescentes e adultos no sentido de acompanhá-los em sua educação alimentar; - Possuir habilidades para dialogar com os profissionais das diversas áreas educacionais; - Possuir conhecimentos teóricos e práticos para o manejo dos equipamentos necessários para a manutenção e conservação do ambiente escolar; - Desenvolver percepções necessárias para identificar as disfunções dos espaços físicos relacionando-os aos fins educacionais e à proposta pedagógica da escola; - Compreender as questões ambientais no contexto da educação para a cidadania e para o trabalho; - Compreender as questões de segurança na escola, no contexto de seu espaço geográfico e do seu Projeto Político Pedagógico. Agente Educacional II Princípios orientadores 66 Os funcionários têm seu princípio orientador baseado na documentação escolar, prestação de suporte aos professores, equipe pedagógica e direção, sendo responsável por toda parte burocrática e atendendo os alunos em suas necessidades como: biblioteca, xerox, transferências, matrícula, declarações, manipulação e atualização do arquivo ativo e inativo, além de manter atualizados os registros escolares dos alunos no sistema informatizado. Ações - Técnico Administrativo - Secretaria - Ter em mãos em tempo hábil toda a documentação solicitada pela direção, pedagogos e alunos, tendo em vista que os documentos devem estar arrumados de maneira a facilitar esse trabalho; - Atender às solicitações do NRE, e repassá-las na íntegra aos demais, sempre que necessário; - Estabelecer um bom relacionamento entre funcionários, professores e alunos, para facilitar o trabalho em equipe; - Prestar atendimento de qualidade à comunidade escolar, alunos, professores, direção, equipe pedagógica e NRE; - Organizar a legislação básica, os amparos legais, leis, decretos, resoluções, pareceres, deliberações federal e estadual, que possuam subsidiar ações pedagógicas e administrativas; - Refletir sobre a importância do funcionário, para o bom desempenho do estabelecimento; - Estar ciente de seu papel de educador, trabalhando com alunos; - Interagir com professores, equipe pedagógica e demais funcionários, com objetivo de cumprir as tarefas necessárias; - Cumprir horários e estar informado sobre as atividades realizadas pelos alunos. Ações – Técnico Administrativo - Biblioteca - Interagir com professores, equipe pedagógica e demais funcionários, com objetivo de cumprir as tarefas necessárias; - Estar ciente de seu papel de educador, trabalhando com alunos; 67 - Manter a arrumação e correta organização dos livros; - Prestar auxilio ao aluno e comunidade nas pesquisas em geral; - Fazer a informatização de acervo bibliográfico e cadastro informatizado de alunos; - Criar no espaço da biblioteca a Leitura cotidiana, como forma de participação social tais como: a hora do conto, leitura visual, e outras que se intercalem e se completem com a intenção de formar diferentes formas de manifestação cultural e social. 5.3 Plano de Ação Laboratório de Ciências 1) Princípios orientadores: Formar conceitos a partir de aulas práticas, estas não devem ser apenas conclusivas, pois deve-se estimular o aluno a fazer investigações, procurando relacioná-las ao seu cotidiano (realidade) fazendo proposições e provocações. As investigações devem ser feitas com base na Metodologia científica. 2) Objetivos: Propor o estudo de problemas reais da nossa região; Levar o aluno a aprender e apreender através de instrumentos na prática; Instigar o aluno, provocando-o para uma atitude de curiosidade e busca ante os fatos e fenômenos do dia-a-dia; Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir de elementos das Ciências Naturais, colocando em prática conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar. 3) Ação: A partir dos aspectos estudados / investigados na própria realidade, o professor orienta para o estado daquele conhecimento em termos globais, até mesmo comparando tecnologias mais e menos avançadas nos diferentes países e, mais uma vez, relacionando com políticas públicas, pobreza e riqueza, níveis de desenvolvimento social, econômico, científico e tecnológico. 68 Assim, podemos utilizar em nossas aulas práticas: jogos, simulações, debates, júris simulados, projetos de investigação e de ação comunitária, entrevistas, palestras, visitas a órgãos públicos da administração municipal, estadual ou federal, a museus e indústrias, pesquisas na internet, documentos (livros, revistas, jornal, peças de arquivo, manuais, linhas do tempo...), filme etc. 4) Detalhamento O ideal é que a escola seja equipada e tenha um laboratório de Ciências, Física, Química e Biologia, é importante pois algumas aulas práticas podem ser feitas em sala de aula (demonstração), mas existem certos tipos de atividades em que o ambiente deve ser adequado (com pias, bancadas, armários, materiais...), o espaço onde possa deixar o material de investigação acontecendo, sem que atrapalhe as aulas de outro professor e que as observações possam ser feitas de uma maneira mais adequada. O material que temos em nosso laboratório está listado a seguir. Temos o material necessário para trabalhar com nossos alunos na sala do laboratório e ainda durante esse ano foi adquirido uma grande quantidade de material que nos viabiliza a utilização do mesmo para o ano de 2010. Laboratório de Ciências Objetivos: Elaborar perguntas e hipóteses, selecionando e organizando dados e ideias para resolver problemas: - como por exemplo, nosso ambiente contém componentes naturais que normalmente são estudados pela física e pela química; possui também seres vivos como plantas, animais e nós mesmos (seres humanos) estudados pela biologia; - outros exemplos – Sexualidade, drogas, gravidez na adolescência... Laboratório de Física Objetivos: - Realização de experimentos e práticas; 69 - Comprovação de conhecimentos teóricos (cálculo de velocidade, noção de espaço e tempo...). - Construção e montagem de material de baixo custo para as aulas práticas. Laboratório de Química Objetivos: - Subsidiar as atividades das disciplinas de caráter teórico-prático; - Servir de suporte para as aulas teóricas (funções ácidos, bases, sais...); - Desenvolver os conhecimentos práticos. Laboratório de Biologia Objetivos: 1. Realização de experimentos e práticas; 2. Comprovação de conhecimentos teóricos e investigação científica; 3. Treinamento, manipulação e produção e uso de material; 4. Construção e montagem de material de baixo custo. 5) Professoras responsáveis: Simone Cordeiro Barbosa MATERIAIS DO LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS, BIOLOGIA, FÍSICA E QUÍMICA 1 - EQUIPAMENTOS 70 1 Acervo geológico 1 2 Agitador magnético 1 3 Balança digital 2 4 Balança mecânica (braços iguais) 2 5 Binoculo 3 6 Esqueleto Humano – 1,68 cm - em resina, c/ rodas 2 7 Estação metereológica 1 8 Lupa de mão 10 9 Manta aquecedora 1 10 Mapas de Anatomia Humana 8 11 Microscópio Binocular 2 12 Microscópio Estereoscópio 1 13 Medidor de pH (pHmetro portátil) 1 14 Relógio de Sol 1 15 Torso bissexual c/ 42 cm e 14 peças 1 2 - REAGENTES 71 Nº ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL QTDE UNID. 1 Acetona 1 Fr 2 Ácido acético glacial comercial, frasco com 1000ml 1 Fr 3 Ácido clorídrico, frasco com 1000ml 0,5 Fr 4 Ácido sulfúrico (diluído a 25%), frasco com 1000ml 1 Fr 5 Alaranjado de Metila, frasco com 10 g 1 Fr 6 Álcool etílico a 70% GL, frasco com 1000ml 7,5 Fr 7 Alumínio em aparas, frasco com 200g 1 Fr 8 Azul de bromotimol, frasco com 20g 1 Fr 9 Azul de metileno aquoso a 2%, frasco com 100ml 1 Fr 10 Azul de metileno concentrado,frasco com 500ml 1 Fr 11 Bálsamo do Canadá, frasco com 100ml 1 Fr 12 Carbonato de Cálcio, frasco com 250g 2 Fr 13 Carbonato de Magnésio, frasco com 250g 1 Fr 14 Cloreto de Sódio sem iodo, pacote com 1000g 0,5 Pct 15 Cobre em asparas, frasco com 200g 1 Fr 16 D – glicose Anidra (Dextrose), frasco com 250g 1 Fr 17 Enxofre em pó, frasco com 200g 1 Fr 72 18 Estanho em aparas, frasco com 200g 1 Fr 19 Fenolftaleína (hidroalcoólica), frasco com 1000ml 1 Fr 20 Formol, frasco com 1000ml 5 Fr 21 Formol em pastilhas, frasco com 500g 1 Fr 22 Glicerina1000ml 1 Fr 23 Hidróxido de amônio, frasco com 1000ml 1 Fr 24 Hipoclorito de sódio 1000ml 25 Magnésio em aparas 200 g 1 Fr 26 Nitrato de prata, frasco com 25g 1 Fr 27 Papel de tornassol azul indicador universal 2 - 28 Papel de tornassol vermelho indicador universal 2 - 29 Peróxido de Hidrogênio, frasco com 1000ml 2 Fr 30 Soda cáustica1000ml 1 Fr 31 Sódio, pacote com 1000 g 1 Pct 32 Uréia, pacote com 1000g 1 Pct 33 Vaselina líquida, frasco com 100g 1 Fr 34 Zinco em aparas, frasco com 100g 1 Fr 73 3 – VIDRARIAS Nº ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL QTDE UNID. 1 Almofariz 1 Un. 2 Balão volumétrico - 100ml 1 Un. 3 Balão volumétrico - 250ml 6 Un. 4 Balão volumétrico - 500ml 12 Un. 5 Balão volumétrico com rolha 6 Un 6 Bandeja quadrada plástico 50cm x 30cm 5 Un. 7 Bastão de Vidro, 6 x 300mm 15 Un. 8 Bico de Bunsen 2 Un. 9 Bureta - 50ml 1 Un. 10 Cabo de bisturi nº4 com 5 lâminas nº 20 a 24 5 Un 11 Condensador para destilação com serpentina 1 Un. 12 Condensador para destilação reto 1 Un. 13 Copo de Becker – 100 ml 7 Un. 14 Copo de Becker – 250 ml 18 Un. 15 Copo de Becker – 400 ml 2 Un. 16 Copo de Becker – 600 ml 6 Un. 74 17 Copo de Becker - 1000ml 1 Un. 18 Copo de Becker de plástico - 150ml 1 Un. 19 Erlenmayer – 50 ml 2 Un. 20 Erlenmayer – 100 ml 2 Un. 21 Erlenmayer – 125 ml 2 Un. 22 Erlenmayer – 250 ml 8 Un. 23 Erlenmayer – 500 ml 3 Un. 24 Erlenmayer – 1000 ml 2 Un. 25 Erlenmayer – 2000 ml 1 Un. 26 Escova para lavar tubo de ensaio 16 x 150mm 7 Un. 27 Funil analítico de haste longa 2 Un. 28 Funil de decantação com rolha e torneira - 250ml 6 Un. 29 Funil de vidro de haste curta liso, 60 mm 8 Un. 30 Garra universal 6 Un. 31 Imã cilíndrico, diâmetro 0,9cm x comprimento 4cm 1 Un. 32 Kitassato - 250ml 1 Un. 33 Lâminas para microscopia (caixa c/ 50) 2 Cx. 34 Lâminas para bisturi, nº 23 25 Un. 75 35 Lamínulas para microscopia, 20 x 20mm, caixa com 100 un. 2 Cx. 36 Lamparina álcool, de 100ml 8 Un. 37 Papel de Filtro 11cm de diâmetro, caixa com 100 unid. 2 Cx. 38 Pinça de madeira para tubo de ensaio 12 Un 39 Pinças inox de ponta fina e reta de 16cm 6 Un. 40 Pipeta graduada 2 ml 2 41 Pipeta graduada 5 ml 2 42 Pipeta graduada 10 ml 12 Un. 43 Pipeta volumétrica 5 ml 2 Un. 44 Pipeta volumétrica 25 ml 2 Un. 45 Pisseti (frasco lavador) 250ml 8 Un. 46 Placa de Petri 100 x 20 2 Un. 47 Proveta de vidro graduada 50 ml 3 Un. 48 Rolha de borracha nº 6, p/ balão de 125ml, com furo 7mm 1 Un. 49 Rolha de Borracha nº 7, com furo de 7mm 3 Un. 50 Rolha de Borracha para tubo 16 x 150mm, com furo 7mm 20 Un. 51 Rolha de Borracha para tubo 16 x 150mm, sem furo 20 Un. 52 Rolo de Pavio para lamparina 2 Metro 76 53 Suporte para tubos de ensaio 8 Un 54 Suporte universal 2 Un. 55 Tela de amianto 5 Un. 56 Termômetro escala externa – 10° C 9 Un. 57 Trena de aço com 2m 1 Un. 58 Tripé metálico 5 Un. 59 Tubo de ensaio 2,5 x 20 cm 5 Un. 60 Tubo de Ensaio, 16 x 150mm 50 Un. 61 Vidro de relógio 80 mm 2 Un. 5.4 Plano de Ação da Biblioteca 1) Finalidade Estimular a pesquisa e a leitura para que o aluno instrumentalize-se e aproprie-se do conhecimento historicamente construído. 2) Objetivos Auxiliar nas várias dificuldades encontradas em nossos alunos do Ensino Fundamental, em relação a Língua Portuguesa e demais disciplinas que envolvem o pensamento linguístico – problemas de ortografia, interpretação e oralidade, daí a necessidade de dinamizar o uso da Biblioteca. 3) Ação 77 Cada professor poderá criar situações em que os alunos possam operar sobre a própria linguagem, reconhecendo e transformando, através de leituras e pesquisas diversificadas, paradigmas próprios da fala de sua comunidade linguística, regularizando-os e adequando-os aos diferentes usos linguísticos, levantando hipóteses sobre as condições contextuais e estruturais em que se apresentam. Para tanto, será de fundamental importância que o professor e funcionário da Biblioteca estejam em sintonia com os assuntos a serem pesquisados e/ou leituras e obras de autores a serem pesquisados pelos alunos, para que o local caracterize-se por um espaço vivo, dinâmico que propicia um efetivo saber. Porém, torna-se utópico falar em ambiente dinâmico para um efetivo saber se a Instituição não se preocupar com a aquisição de materiais projetados para esta finalidade. 4) Detalhamento Há pouca leitura de nossos clássicos literários por nossos alunos e, sobretudo uma total indiferença, devido ao pouco tempo que se tem em sala de aula para aprofundar-se em cada autor, ou ler um livro do mesmo, por exemplo. Com mais exemplares na Biblioteca, será possível trabalhar de forma sistemática as Escolas Literárias estudadas em cada ano do Ensino Médio, bem como fazer referências imediatas sobre cada autor, o que hoje, torna-se difícil. É de fundamental importância que a Instituição, adquira coleções de livros das mais diversas categorias e níveis de leitura, para que, desde as séries iniciais, até o final do Ensino Médio, os alunos encontrem na Biblioteca os materiais de sua busca, para que não haja com isso um desestímulo. A biblioteca está sendo informatizada. Os livros estão sendo catalogados e os alunos cadastrados no sistema, o que facilitará todo o processo de pesquisa e empréstimo, assim como, o controle e cuidado dos mesmos. 5) Sugestões de encaminhamento a) Tendo em vista que a Instituição é de caráter público gratuito, deve-se criar uma forma de pagamento que incentive o aluno positivamente, caso o aluno extravie algum livro, o bibliotecário, juntamente com a Direção do Estabelecimento deve encontrar uma maneira para a reposição do mesmo, respeitando-se a situação 78 econômica do indivíduo, podendo como forma do “pagamento”, realizar um trabalho orientado sob a Supervisão do Bibliotecário. 5.5 Plano de Ação Sala de Apoio A Sala de Apoio à Aprendizagem é uma ação pedagógica para o enfrentamento dos problemas relacionados ao ensino de Língua Portuguesa e Matemática e às dificuldades de aprendizagem percebidas nos alunos matriculados na 5ª série do ensino fundamental, bem como possibilita considerar o tempo escolar dos alunos das 5ª séries com defasagens de aprendizagem na leitura, escrita e no cálculo. O funcionamento da Sala de Apoio à Aprendizagem ocorre no horário contrário ao qual o aluno está matriculado, ou seja, as 5ª séries são ofertadas no turno da tarde e o apoio à aprendizagem se dá no turno da manhã. Até o ano letivo de 2008 o Colégio possuía uma turma de apoio à aprendizagem, em 2009 ampliou-se a demanda ofertando atendimento a duas turmas para a disciplina de Língua Portuguesa e duas turmas para a disciplina de Matemática, cada turma atende 15 (quinze) alunos. Já em 2010, estamos com uma turma de português e uma turma de matemática. A) Princípios orientadores - garantir o acesso, a permanência e a aprendizagem efetiva dos alunos, considerando o processo de democratização e universalização do ensino; - considerar o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo. - Avaliar de forma diagnóstica, contínua e cumulativa, visto que é necessário observar os avanços e as necessidades diferenciadas de aprendizagem dos alunos. Objetivos: Os objetivos e princípios encontram-se fundamentados na LDB 9394/96 e na Resolução nº 208/04 – SEED. 79 Implementar uma ação pedagógica, em conjunto com a SEED, que visa o enfrentamento dos problemas relacionados ao ensino de Língua Portuguesa e Matemática e às dificuldades de aprendizagem identificadas nestas disciplinas. Estender o tempo escolar dos alunos de 5ª série com defasagem de aprendizagem na leitura, na escrita e no cálculo. B) Ação a) atendimento aos alunos de 5ª série com dificuldades de aprendizagem em Língua Portuguesa e Matemática. Este atendimento ocorre em contra turno; b) desenvolvimento de trabalho diferenciado e metodologias adequadas às necessidades individuais dos alunos, pelo professor; c) Planejamento adequado da sala de apoio à aprendizagem, orientado pela equipe pedagógica; d) Organização de reuniões sistemáticas com os professores regentes e de sala de apoio à aprendizagem; e) Definição de cronograma de atendimento aos alunos, por disciplina; f) Avaliação conjunta, para emitir parecer sobre o desempenho escolar dos alunos. C) Detalhamento: a sala de apoio à aprendizagem funciona em contra turno; não deve exceder a 15 (quinze) alunos; são contempladas as disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática; - a carga horária das disciplinas é de 4 horas/aula semanais, conforme a instrução nº. 022/2008- SUED/SEED que define critérios para a abertura da demanda de horas-aula. o desempenho escolar dos alunos da sala de apoio à aprendizagem, ocorre ao final de cada semestre por meio de relatório. A inserção e saída dos alunos, dá-se, mediante Termo de Compromisso, com o conhecimento dos pais. O aluno pode ser desligado sempre que se perceber que suas dificuldades foram sanadas. O desempenho escolar dos alunos da sala de apoio à aprendizagem ocorre ao final de cada semestre por meio de relatório. 80 D) Condições: equipe de professores com formação adequada ao atendimento dos alunos em sala de apoio à aprendizagem; espaço físico adequado e específico à sala de apoio à aprendizagem; E) Recursos materiais: - quadro, giz, apagador, prateleira... - materiais pedagógicos: textos, revistas, livros, jogos e outros. Responsáveis: Equipe Pedagógica Docentes da Sala de Apoio à aprendizagem. 5.6 Plano de Ação Sala de Recursos Compreende-se que a inclusão social somente se efetivará se a pessoa tiver a garantia de acesso ao espaço comum e ao convívio em sociedade, e a mesma for orientada a aceitar as diversidades presentes na sociedade. Neste contexto, se inclui o respeito às especificidades inatas a cada um, garantir oportunidades de desenvolvimento com qualidade, Amparados pelas Diretrizes Nacionais para a Educação especial na educação Básica – Política Educacional/2001. Isto posto, a escola deve preparar-se e se adequar às mudanças de paradigmas da sociedade, reestruturando os ambientes e resgatando valores, e ainda devem repensar as práticas educativas e avaliativas. Estas medidas se fazem necessário para atender as necessidades dos alunos, proporcionando harmonia no convívio de todos. Dentre os encaminhamentos voltados a atender necessidades especiais do alunado pode-se destacar a implantação das salas de recursos nos estabelecimentos de ensino, seguindo critérios estabelecidos pelo pelos gestores do sistema educacional que também é responsável por disponibilizar e 81 alocar profissionais graduados e com especialização para o atendimento complementar ao trabalho pedagógico do ensino regular. É um direito de todos os alunos que necessitam de uma complementação e precisa ser aceito por seus pais ou responsáveis e ou pelo próprio aluno. O atendimento educacional especializado deve ser oferecido em horários distintos das aulas da escola comum, com outros objetivos, metas e procedimentos educacionais. As ações do atendimento educacional são definidas conforme o tipo da deficiência (MEC/SEESP, 2005, p. 9). O atendimento de sala de recursos tem como amparo a constituição Federal/88 na LDEBEN 9.394/96; na lei 10,172/01 que aprova o PNE; na lei 7.853/89, regulamenta pelo decreto 3,298/99 que as pessoas com deficiência na tem o direito a inserção social. Diante destas Resoluções faz necessária a abertura, da sala de recursos no período da manhã e tarde, para atendimento do aluno no contra turno. Para o adequado funcionamento o espaço físico deve ser objeto de preocupação já que este deve ser e é destinado para o atendimento, com espaço físico destinado a estes alunos e atendimento individual ou em pequenos grupos. Deve ainda ser objetivo de preocupação o desenvolvimento de um trabalho integrado em que ocorra a interação do professor do ensino regular e família. O trabalho desenvolvido pelo professor de sala de recursos deve favorecer novas metodologias, planejamentos direcionadas capazes de a aprendizagem proporcionar o de habilidades, desenvolvimento valores, pessoal-escolar. Promovendo um trabalho direcionado a construção e reconstrução do conhecimento, objetivando a aprendizagem do aluno respeitando suas necessidades individuais. 5.7 Laboratório de Informática A informática entrou na educação com a necessidade de transpor as fronteiras do educador convencional, oportunizando uma renovação na forma de trabalhar os conteúdos programáticos, convertendo a aula num espaço real de interação, de troca de resultado, adaptando os dados à realidade dos alunos. 82 Antes de mais nada, devemos compreender que existe uma sociedade da informação mais homogênea, globalizada. As ideologias bem como aspectos da política poderão dar lugar à ciência e à tecnologia, não representando uma ruptura com o passado, mas a sua continuação sob uma forma nova: a tecnologia. Mais do que nunca, caberá ao Governo – para eficácia e sucesso de todo o esforço – a manutenção da informação de toda esta tecnologia, uma ligação com a linguagem. O Laboratório atual da PR Digital, possui 20 computadores, onde somente 16 estão funcionando. Mesmo contando com apoio dos acessores técnico e pedagógico da PR Digital, que dão todo o suporte para o bom funcionamento do laboratório, ainda enfrentamos dificuldades quanto a aquisição de peças para a manutenção, pois os equipamentos já estão fora de linha. Estamos aguardando a instalação de 18 computadores da PROINFO, podendo então, ampliar o atendimento aos professores e alunos. Todo professor deverá elaborar um plano de aula, quando desejar utilizar o laboratório. Faz-se necessário a aplicação da informática em todos os setores da vida moderna. Porém, muitos de nossos alunos não têm ainda conhecimentos nesta área, tornando ainda mais difícil, pois não contamos com um laboratorista permanente que possa auxiliar o professor durante a aula. Hoje a falta de impressoras para a finalização dos trabalhos dos alunos é algo latente, pois as existentes, já são utilizadas nos diversos ambientes do colégio. Com o Laboratório de Informática funcionando, será possível trazer para a sala de aula experiências de vida de todo o mundo. Com a Internet, alunos podem experimentar juntamente com seus professores notícias em tempo real, pesquisar assuntos polêmicos, e os próprios professores poderão contar com um número cada vez maior de ferramentas que despertem nos alunos o prazer de aprender. A Informática atua no sentido de deixar o aluno mais preparado para o mercado de trabalho, haja vista a necessidade cada vez maior do conhecimento dessa tecnologia. A Informática poderá auxiliar o profissional a: A) Motivar o trabalho de pesquisas; B) Buscar na internet ajuda para que possa desenvolver novos conhecimentos; C) Possibilitar resoluções de problemas; 83 D) Desenvolver a criatividade dos alunos; E) Viabilizar a criação de projetos interdisciplinares. 5.8 Formação Continuada A formação continuada é uma das políticas públicas que viabilizam a qualidade da aprendizagem de todos os alunos. A formação continuada abrange os seguintes seguimentos da escola: professores, pedagogos, diretores, funcionários, conselheiros, alunos representantes de turma. É efetivada através de capacitações, onde são feitas leituras, discussões, palestras e seminários; reuniões pedagógicas, conselhos de classe, realizados no espaço escolar. São ofertados diversos cursos, simpósios, palestras, seminários, capacitações etc., fora da escola, o qual todos tem participado, conforme sua necessidade e disponibilidade. No início do ano letivo, a escola estabelece o cronograma das atividades de formação continuada, definidas por ela. PROFUNCIONARIO O colégio conta com 05 funcionários já concluintes do Profuncionário. O Profuncionário integra o Programa Nacional de Valorização dos Profissionais da Educação. Este curso objetiva desenvolver ações capazes de criar estruturas promotoras da valorização dos profissionais da educação, com foco nos funcionários das escolas públicas, com vistas a reverter à dívida histórica do Estado brasileiro com este segmento. Direcionado aos funcionários com o ensino médio concluído ou em fase de conclusão, utiliza instrumentos da educação à distância e também de encontros presenciais. O objetivo geral é promover a habilitação profissional técnica em nível médio nas áreas de Secretariado Escolar, Multimeios Didáticos, Alimentação Escolar e Meio Ambiente e Manutenção da Infra-estrutura Escolar. A proposta pedagógica do Profuncionário visa contribuir para a formação técnica e pedagógica dos funcionários lotados nas escolas, colaborando para a construção da 84 identidade profissional desse segmento, para a elevação do padrão de qualidade dos serviços prestados pela escola e para a democratização da escola como espaço público. As competências referentes ao comprometimento com os valores inspiradores da sociedade democrática. O curso possui uma carga horária de 1260 horas e é composto por três blocos. O primeiro constitui-se da formação pedagógica, com 360 horas; o segundo da prática supervisionada, com 300 horas; e o terceiro da formação técnica, com 600 horas. O curso é oferecido nas modalidades: A distância (80%) e presencial (20%). Com relação aos funcionários do Colégio Estadual João Bettega, 75% dos funcionários QFEB já concluíram ou estão fazendo o curso relativo a área 21. Relativas à Área 21 na Educação Profissional Parecer CNE/CEB nº 16, aprovado em 3 de agosto de 2005: Proposta de Diretrizes Curriculares Nacionais para a área profissional de Serviços de Apoio Escolar; Resolução CNE/CEB Nº5, de 22 de novembro de 2005: Inclui, nos quadros anexos à Resolução CNE/CEB nº 4/99, de 22/12/1999, como 21ª Área Profissional, a área de Serviços de Apoio Escolar. 6 PROPOSTA PEDAGÓGICA 6.1 DIRETRIZES CURRICULARES DE ARTE OBJETIVOS GERAIS O ensina da arte vem viabilizar ao educando um conhecimento amplo e interativo nas diferentes linguagens artísticas e culturais de nossa sociedade e por isso faz-se necessário criar condições de aprendizagem para que o educando através de materiais, instrumentos e contextualização na área de arte, possa adquirir o 85 conhecimento estético do objeto artístico, no desenvolvimento da criação. Propiciar ao educando o conhecimento histórico e as produções artísticas no mundo, no Brasil e seu dia a dia, apropriando-se do conhecimento para o fazer e o criar nas diversas áreas das artes visuais, dança, música e teatro e assim aplicá-las a seu favor. METODOLOGIA DA DISCIPLINA Diante das diretrizes curriculares apresentadas pelo governo do Estado do Paraná, o encaminhamento metodológico no estudo de arte busca uma teorização do estudo nas diferentes áreas da arte no conhecimento da História da Arte nos diversos períodos dos fatos e conhecimentos levando o educando a sentir e perceber, tendo acesso à leitura de obras de arte e seus criadores, contemplando também as áreas de música, teatro, dança e artes visuais, nas séries do ensino fundamental e médio, propiciando a apropriação do educando no fazer artístico, práticas de produção. Nas artes visuais a produção artística dos grandes mestres, pintores, escultores, arquitetos, na História da Arte do mundo, das Américas, no Brasil e no Paraná. Na área de dança promover o conhecimento da dança clássica, seus elementos as mudanças de ritmos ocorridos através dos tempos, no cinema, no teatro e na dança moderna, na dança folclórica no Brasil e no Paraná. Na área de música, a composição da musical, os grandes compositores que fizeram parte da história musical, os elementos que compõem a musicalização, levar o educando e ensinamento dos diferentes ritmos, as grandes mudanças no mundo, instrumentos musicais e a improvisação e a música popular brasileira. Na área do teatro possibilitar ao educando experiências novas de aprender através de suas expressões corporais, aguçando a memorização, a criatividade, a socialização bem como o conhecimento da história do teatro, seus diversos elementos e técnicas, o teatro no mundo e no Brasil. AVALIAÇÃO A avaliação na disciplina de arte será processual e contínua na aprendizagem do educando, na apropriação do aluno dos conteúdos apresentados e estudados em sala de aula com os critérios de avaliação: participação do aluno; apresentação de trabalhos; trabalhos em grupo e individual; utilização de materiais adequados. 86 A recuperação de estudos será através da apresentação de trabalhos práticos e em sala de aula. Conteúdos por Séries 5ª Série / 6º Ano - Elementos de linguagem visual: ponto, linhas, texturas, simetria, volume, composição; - Cores primárias, secundárias e terciárias; - Cores neutras, quentes e frias; - Círculo cromático e decomposição da luz branca; - Introdução a arte figurativa e abstrata; - Arte na Pré-história; - Arte Egípcia; - Arte Greco-Romana; - Introdução à História do Teatro; - Os elementos de linguagem teatral: ator, espaço cenográfico, sonoplastia, figurino; - Introdução a Dança: a música Folclórica, de Salão; - Elementos do Movimento Corporal: aceleração, rotação, formação, coreografia; - Introdução a Música: elementos formais, timbre, ritmo, altura, intensidade; - Construção de instrumentos musicais com sucata: improvisação musical; Conteúdos por Séries 6ª Série / 7º Ano - Fundamentos da linguagem visual: claro-escuro, monocromia e policromia, texturas, contrastes, movimento, peso e equilíbrio; - Arte figurativa e abstrata em variados momentos da História da Arte; - Concretismo; - Introdução ao bidimensional e tridimensional; - Escultura e objeto de arte; - Moda e sociedade; - Letras e números; - História em Quadrinhos; 87 - Expressionismo; - Surrealismo; - Arte moderna no mundo e no Brasil; - Introdução ao Teatro: espaço cenográfico, expressões corporais, expressões vocais, gestuais e faciais; - Técnicas teatrais: jogos, improvisação e mímica; - A Música na história da humanidade: gêneros folclóricos, indígena, popular e étnico; - Construção de instrumentos de corda: monocórdio; - A Dança: movimento corporal, espaço; - Dança e gêneros: folclórica, popular e étnica; Paranaense, Africana, Indígena; Conteúdos por Séries 7ª Série / 8º Ano - Elementos formais: linhas, formas, texturas; - História da Arte: o abstrato e o figurativo; - Impressionismo e Renascimento: a figura humana, gêneros da pintura, retrato e autoretrato, - Perspectiva; - Publicidade e comunicação visual no dia a dia: designers, cartazes, letras e números; - Escultura e objeto de arte; - A pintura no século XX; - Gravura: gravuristas e trabalhos; - Elementos teatrais: personagens, maquiagem, sonoplastia, roteiro; - Jogos Teatrais: expressões corporais; - Dança: moderna, expressões corporais, a dança africana; - As composições: coreografias, sonoplastias, improvisação; - A Música: melodia, harmonia, ritmo; - A música na história do Paraná: artistas paranaenses Conteúdos por Séries 8ª Série / 9º Ano 88 - Elementos formais: linha, forma, textura, volume, cor e luz; - A arte nos países latinos: bidimensional, tridimensional, técnicas de pintura e esculturas; - Construções geométricas: ângulo, bissetriz, concordâncias reta-arco, arco-arco; - Construção de arcos: orientais e ocidentais; - Construção de ovais: regulares e irregulares; - Construção de espirais: 2, 3, 4, 5 centros, giro direita e esquerda; - Construção de polígonos e equivalência de área; - Colagens; - As cores; - Esculturas; - Pinturas; - Elementos formais da Música: altura, duração, timbre, ritmo; - Música Popular Brasileira, música Contemporânea; - Elementos de composição: dramaturgia, sonoplastia, iluminação, figurino; - Jogos teatrais: Diversidade sexual (preconceito), Teatro do Oprimido; Teatro do Absurdo; - Elementos formais: movimento corporal; - Dança moderna, Dança Contemporânea; Performance; Conteúdos por Séries 1ª Série – Ensino Médio - Área Música: Contextualização; - Elementos formais: altura, duração, timbre, intensidade; - Elementos de composição: ritmo, melodia, harmonia, técnicas vocais, instrumental, improvisação e gênero clássico, popular, folclórico; - Movimentos: música Popular Brasileira, música Paranaense, música Popular; - Área Artes Visuais: Contextualização; - Elementos formais: ponto, linha, forma, textura, superfície, volume, cor, luz e sombra; - Elementos de composição: bidimensional, tridimensional, figura e fundo, abstrato e concreto, contrastes, perspectiva, simetria, estilização; - Técnicas de pintura, desenho, modelagem, colagem, escultura, história em quadrinhos, gêneros de paisagens, natureza morta, o cotidiano, histórica; 89 - Movimentos: Arte Ocidental, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Brasileira; - Área Teatro: Contextualização; - Elementos formais: Personagem, expressões corporais, vocais, gestuais e faciais, ações; - Elementos de composição: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímicas, ensaio, roteiros, encenações e leitura dramática. - Gêneros: Tragédia, comédia, drama, mídias, diversidade sexual ( preconceito), cenografia, sonoplastia, figurino, iluminação, direção e produção; - Temas teatrais: prevenção no uso indevido de drogas, educação ambiental, a preservação de rios e mares, fauna e flora, educação fiscal no modelo de compra e vendas, o uso e aplicação de impostos; - Área Dança: Contextualização; - Elementos formais: movimento corporal, tempo e espaço; - Elementos de composição: kinesfera, fluxo, peso, salto e queda, giros, rolamento, movimentos articulares, lento, rápido, moderado, aceleração e desaceleração, deslocamento e direção, planos, improvisação, coreografias; - Gêneros: espetáculos, indústria cultural, moderna, étnica, folclórica, populares e salão; - Movimentos: Pré-História; Greco-Romana; Medieval; Renascimento e Dança Clássica; Conteúdos por Séries 2ª Série – Ensino Médio - Área Música: Contextualização - Elementos formais: altura, duração, timbre, intensidade; - Elementos de composição: ritmo, melodia, harmonia, técnicas vocais, instrumental, improvisação e gênero clássico, popular, folclórico; - Movimentos: a Indústria Cultural, música Engajada, música de Vanguarda; - Área Artes Visuais: Contextualização; - Elementos formais: ponto, linha, forma, textura, superfície, volume, cor, luz e sombra; - Elementos de composição: bidimensional, tridimensional, figura e fundo, abstrato e concreto, contrastes, perspectiva, simetria, estilização; 90 - Técnicas de pintura, desenho, modelagem, colagem, escultura, história em quadrinhos, gêneros de paisagens, natureza morta, o cotidiano, histórica; - Movimentos: Arte Paranaense, Arte Popular, Arte de Vanguarda; - Área Teatro: Contextualização; - Elementos formais: Personagem, expressões corporais, vocais, gestuais e faciais, ações; - Elementos de composição: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímicas, ensaio, roteiros, encenações e leitura dramática. - Gêneros: Tragédia, comédia, drama, mídias, diversidade sexual (preconceito), cenografia, sonoplastia, figurino, iluminação, direção e produção; - Temas teatrais: prevenção no uso indevido de drogas, educação ambiental, a preservação de rios e mares, fauna e flora, educação fiscal no modelo de compra e vendas, o uso e aplicação de impostos; Área Dança: Contextualização; - Elementos formais: movimento corporal, tempo e espaço; - Elementos de composição: kinesfera, fluxo, peso, salto e queda, giros, rolamento, movimentos articulares, lento, rápido, moderado, aceleração e desaceleração, deslocamento e direção, planos, improvisação, coreografias; - Gêneros: espetáculos, indústria cultural, moderna, étnica, folclórica, populares e salão; - Movimentos: Dança Popular; Brasileira; Paranaense; Africana; Indígena; Conteúdos por Séries 3ª Série – Ensino Médio - Área Música: Contextualização - Elementos formais: altura, duração, timbre, intensidade; - Elementos de composição: ritmo, melodia, harmonia, técnicas vocais, instrumental, improvisação e gênero clássico, popular, folclórico; - Movimentos: música Ocidental, música Oriental, música Africana, música LatinoAmericana; - Área Artes Visuais: Contextualização; - Elementos formais: ponto, linha, forma, textura, superfície, volume, cor, luz e sombra; 91 - Elementos de composição: bidimensional, tridimensional, figura e fundo, abstrato e concreto, contrastes, perspectiva, simetria, estilização; - Técnicas de pintura, desenho, modelagem, colagem, escultura, história em quadrinhos, gêneros de paisagens, natureza morta, o cotidiano, histórica; Movimentos: a Indústria Cultural, Arte Contemporânea, Arte Latino-Americana; - Área Teatro: Contextualização; - Elementos formais: Personagem, expressões corporais, vocais, gestuais e faciais, ações; - Elementos de composição: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímicas, ensaio, roteiros, encenações e leitura dramática. - Gêneros: Tragédia, comédia, drama, mídias, diversidade sexual (preconceito), cenografia, sonoplastia, figurino, iluminação, direção e produção; - Temas teatrais: prevenção no uso indevido de drogas, educação ambiental, a preservação de rios e mares, fauna e flora, educação fiscal no modelo de compra e vendas, o uso e aplicação de impostos; - Área Dança: Contextualização; - Elementos formais: movimento corporal, tempo e espaço; - Elementos de composição: kinesfera, fluxo, peso, salto e queda, giro, rolamento, movimentos articulares, lento, rápido, moderado, aceleração e desaceleração, deslocamento e direção, planos, improvisação, coreografias; - Gêneros: espetáculos, indústria cultural, moderna, étnica, folclórica, populares e salão; - Movimentos: Indústria Cultural, Hip Hop, Dança Moderna, Vanguarda, Dança Contemporânea. 6.2 DIRETRIZES CURRICULARES DE BIOLOGIA APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A Biologia é uma ciência, que tem como objetivo estudar e compreender os mais diversos tipos de manifestações denominada “vida”, sabendo diferenciar algo que não 92 se manifesta, ou seja, é inanimável e sua importância nos outros que se manifestam como um todo. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA Levar o aluno a compreender que todos fazemos parte do meio, não somos o centro, mas um conjunto. Fazer como que compreenda tudo o que nos envolve e saber do conhecimento para vivência todas as situações diárias e aproveitá-las. Fazer com quem o aluno se interesse pela biologia, vendo nela algo, da qual ele faz parte e tem necessidade de saber. CONTEÚDOS 1ª ano Estudo da Vida * Diversidade biológica – a) abiótico – biótico. Citologia * Partes específicas da célula; * Membrana (aspectos morfo-fisiológicos); * Citoplasma (aspectos morfo-fisiológicos); * Núcleo (aspectos morfo-fisiológicos). Células procarióticas e eucarióticas Células haplóides e diplóides Divisão celular * Mitose e Meiose. Processos da fogacitase, pinocitase e exocitase. 93 Histologia * Tecido Epitelial (características e funções); * Tecido Conjuntivo (características e funções) (conjunto cartilaginoso, ósseo, adiposo e sanguíneo); * Tecido Muscular (características e funções); * Tecido Nervoso (características e funções); * Tecidos Vegetais; * Tecidos de proteção (características e funções); * Tecidos de revestimento (características e funções); * Tecidos de assimilação (características e funções); * Tecidos de condução (características e funções). Gametogênese * Morfo-fisiologia dos gametas e gônadas; * Os vários tipos de óvulos (alécitos, heterolécito, alolécito); * A formação do zigoto. Ciclo Biogeoquímico * Ciclo da água; * Ciclo do carbono; * Ciclo do Nitrogênio; * Ciclo do Cálcio; * Ciclo do fósforo. Teoria da Evolução * Teoria de Darwin; * Teoria de Lamarck; * Seleção Natural; * Homologia, Analogia. 2ª Ano Classificação dos Seres Vivos * Características dos seres vivos conforme a presença ou ausência da célula; 94 * Vírus: seres à parte (aspectos gerais); Os Reinos e suas características * Reino Monera; * Morfologia, fisiologia; * Níveis de organização celular, hábitat, reprodução, digestão, excreção, respiração: * Bactérias saprofitas e patogênicas; * Bactérias na indústria e no ecossistema; Reino Protista * Morfologia / fisiologia; * Níveis de organização celular, habitat, reprodução, digestão, excreção, respiração. * Patologias relacionadas aos protozoários. Reino Fungi * Morfologia / fisiologia * Níveis de organização celular, hábitat, reprodução, digestão, excreção, respiração; * Os fungos no ecossistema. Reino Vegetal * Morfologia / fisiologia * Briófitas (características gerais) * Pteridófitas (características gerais) * Angiospermas (características gerais) * Gimnospermas (características gerais) * A raíz e o caule (características e funções) * A folha e a flor (características e funções) Reino Animal * Morfologia / fisiologia * Níveis de organização e complexidade 95 Os invertebrados * Características gerais; * Anelídeos, moluscos, artrópodes, etc. Os vertebrados * Características gerais; * Peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Poluição Ambiental * Efeito estufa, camada de ozônio, eutrofização, radiação, chuva ácida. Cadeia e Teia Alimentar * Relações ecológicas; * Produtores, consumidores e decompositores. 3ª Ano Genética * Gens e hereditariedade; * 1ª e 2ª Lei de Mendel; * Síndromes na Genética; * Engenheria genética. Morfologia e fisiologia humana * Nutrição (classificação alimentar, tabela nutricional e calórica). Digestão * Morfo-fisiologia (funções, órgãos e características); * patologia. Respiração * Morfo-fisiologia (funções, órgãos e características); * patologia. Circulação 96 * Morfo-fisiologia (funções, órgãos e características); * patologia. Ósseo * Morfo-fisiologia (funções, órgãos e características); * patologia. Endócrino * Morfo-fisiologia (funções, órgãos e características); * patologia. Linfático * Morfo-fisiologia (funções, órgãos e características); * patologia. Nervoso * Morfo-fisiologia (funções, órgãos e características); * patologia. D.S.T. * Prevenção; * Formas de contágio. Drogadição * Classificação das substâncias; * Efeitos no organismo e consequências bio-psico-sociais. METODOLOGIA DA DISCIPLINA Discussão em grupo; Relatórios quanto ao conteúdo trabalhado; Seminários com participação coletiva; Análises criticas concretas e não concretas dos temas abordados. 97 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Fazer com que o educando compreenda teoricamente o conteúdo para utilizá-lo na pratica; Relatórios em equipes ou individuais; Avaliação escrita e/ou de apresentação; Feira de Ciências; Trabalhos científicos individuais. 6.3 DIRETRIZES CURRICULARES DE CIÊNCIAS APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A Ciência está presente no homem e à sua volta o tempo todo, mesmo antes da descoberta do fogo, o homem usava técnicas para caçar com instrumentos criados por ele mesmo, com materiais disponíveis na natureza, satisfazendo suas necessidades diárias. Com a descoberta do fogo, o homem aprendeu a conservar seus alimentos por um espaço de tempo maior, descobriu-se também uma maneira de fermentar os alimentos... As descobertas e os progressos continuaram e continuam em todos os campos da atividade humana: como na medicina, na informática, no campo da astronomia e tantos outros. Mas por que será que o ensino de Ciências está associado à necessidade de memorização de tantas nomenclaturas? Existe uma razão histórica, ligada ao ensino do século XIX, quando o professor detinha o conhecimento de verdades absolutas e as repassava aos alunos impassíveis e inativos, os quais, por sua vez, deveriam registrar e decorar as informações, sem ter consciência clara do processo histórico da construção do conhecimento como um saber coletivo da humanidade, ou da relação desse conhecimento com suas vidas. As Ciências Naturais, talvez sejam uma das áreas do conhecimento que tenham sofrido mais mudanças, e isso reflete no ensino. Na área de Ciências Biológicas, por exemplo, temos a prática descritiva e organizadora da zoologia e da botânica, 98 passando pela ação polêmica biologia molecular, e da clonagem, da ecologia e da preservação do ambiente. O ensino atual de Ciências Naturais tem como ponto fundamental os conteúdos estruturantes (astronomia, matéria, sistemas biológicos, energia e biodiversidade) que promovem a capacidade do estudante construir seu próprio conhecimento, identificando problemas, elaborando hipóteses para explicá-los, planejando e executando ações para investigar, analisar e interpretar os dados e propor soluções. O ensino de Ciências tornou-se potencialmente mais eficaz para a aprendizagem do aluno, pois tem como base o pluralismo metodológico, ou seja, apresenta diversos métodos de ensino, como: contextualização, problematização, pesquisa, atividade experimental, lúdico entre outros. Segundo as DCE's de 2008, essas novas reflexões têm como partida o fato de ciência não utilizar um único método para todas as suas especialidades, o que gera, para o ensino de Ciências, a necessidade de um pluralismo metodológico que considere a diversidade dos recursos pedagógicos/tecnológicos disponíveis e a amplitude de conhecimentos científicos a serem abordados na escola. OBJETO DE ESTUDO A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que resulta da investigação da Natureza. Entende-se por Natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo, em toda sua complexidade. Ao Homem cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e vida. OBJETIVOS GERAIS 1 - O papel da educação em ciências no ensino fundamental é o de promover reflexões sobre a natureza e suas relações com a tecnologia e a sociedade contemporânea, promovendo aos estudantes oportunidades de compreensão e apropriação desses recursos. 99 2 - O aprendizado é proposto de forma a propiciar aos alunos o desenvolvimento de uma compreensão do mundo, que lhes dê condições de continuamente colher e processar informações, desenvolver sua comunicação, avaliar situações, tomar decisões, ter atuação positiva e crítica em seu meio social. Para isso, o desenvolvimento de atitudes e valores, é tão essencial quanto o aprendizado de conceitos e de procedimentos. Nesse sentido, é responsabilidade da escola e do professor promover o questionamento, o debate, a investigação, visando o entendimento da ciência como construção histórica e como saber prático, superando as limitações do ensino passivo, fundado na memorização de definições e de classificações sem qualquer sentido para o aluno. CONTEÚDOS 5ª Série: * Astronomia: Conhecendo o Universo: sistema solar e Terra; As ciências e os cientistas. * Matéria: Ar: componentes e propriedades do ar; Atmosfera; A água (constituição, ciclo, importância entre outros). * Biodiversidade: Os seres vivos: o que é a vida; Organização dos seres vivos; Distribuição de água no planeta Terra; Biociclos; Ecossistemas do biociclo terrestre; Regiões dos oceanos e mares. O ambiente dos seres vivos: ecossistema e biodiversidade. * Sistemas biológicos: 100 A água e o ar na sobrevivência dos seres vivos; Doenças causadas pelo ar e pela água. * Energia: A água como fonte de energia; Fotossíntese. 6ª Série * Astronomia: 2. Sistema solar (revisão). 3. Ciclos da água. * Biodiversidade: As plantas; Os órgãos vegetativos das plantas (raiz, caule e folha); Os órgãos reprodutores das angiospermas (flor e semente); Os seres vivos: invertebrados inferiores e superiores; Vírus; Os seres vivos: vertebrados; Animais vertebrados (peixes); Animais vertebrados (anfíbios, répteis, aves e mamíferos); * Energia: 1) Fotossíntese; 2) Sistemas biológicos: Respiração, circulação, excreção, temperatura, alimentação, sentidos e sistema nervoso dos peixes. 3) Uso da água como fontes de energia. 4) Estudo da energia; 5) As formas, a conversão e a conservação de energia. * Sistemas biológicos: 101 Respiração, circulação, excreção, temperatura, alimentação, sentidos e sistema nervoso dos anfíbios, répteis, aves e mamíferos. A água nos organismos (importância e função). Relações ecológicas; Controle biológico. * Matéria: Composição química da água e suas propriedades; Estudo da matéria e suas propriedades; Origem e uso de alguns materiais. Unidades de medidas (SI). 7ª Série * Astronomia: Origem e evolução do universo. * Matéria: Constituição da matéria. * Sistemas biológicos: A célula; Os tecidos no corpo humano; A morfologia e a fisiologia dos seres vivos. Digestão e sistema digestório. Respiração e sistema respiratório; Circulação e sistema cardiovascular; Elementos figurados do sangue; - Sistema circulatório; - Funções de relação (cinco sentidos); - Funções de coordenação (cérebro, glândulas endócrinas); - Funções de reprodução, desenvolvimento, hereditariedade, sexualidade, gênero, diversidade sexual e terapia gênica; 102 Inteligência artificial A saúde geral do ser humano. * Biodiversidade: Tecidos, órgãos e sistemas dos vertebrados; Funções vitais. Seres vivos: Excreção e sistema urinário e sistema locomotor; Degradação do ambiente; O ambiente urbano Educação ambiental. * Energia: Alimento e nutrientes; Oxigênio. 8ª Série *Sistemas biológicos: - A importância dos alimentos para uma boa saúde (revisão). - Efeitos da radiatividade nos organismos; - Efeitos das bombas atômicas nos organismos; - Poluentes e tóxicos, com seus efeitos biológicos. * Matéria: Estrutura do átomo, elemento químico, átomo e íon; Substâncias químicas e misturas; Alotropia; Separações dos componentes de misturas. Ligações químicas; Reações químicas; Radiatividade; A história do computador; A linguagem binária. 103 * Energia: Movimento, repouso e referencial; Movimento Uniforme; Movimento Uniforme Variado; Forças ao nosso redor; Forças combinadas; Alavancas; Roldanas; Conceito de calor e temperatura; Transferência de calor; Ligações químicas (fabricação de armas nucleares). Ondas, som e luz; Eletrização, condutores e isolantes, correntes elétricas, resistores, consumo de energia elétrica e seus geradores. * Biodiversidade: - Biotecnologia, transgênicos e projeto genoma. - Evolução. - O ambiente e a poluição. * Astronomia: 7. Poluição na atmosfera e aquecimento global. METODOLOGIA Na disciplina de Ciências é fundamental a postura metodológica, no modo da socialização do saber. Os conteúdos científicos não devem ser transmitidos como verdade, dogmas ou atos de fé. É fundamental apresentar a história da ciência, favorecendo reflexões e questionamentos das ideias subjacentes a ela. A Ciência deve levar o jovem à compreensão do mundo que o cerca, abordando não somente os fatos e princípios científicos, como oferecendo condições para que ele possa tomar posição com relação a esses fatos, analisar as implicações sociais da ciência e da tecnologia. 104 É fundamental que se incentive o aluno a realizar pesquisas contínuas no sentido de se atualizar nos conhecimentos biológicos, acompanhando o progresso dessa ciência e os avanços tecnológicos, que a cada dia oferecem novas alternativas de solução para os problemas da humanidade. Discutindo e avaliando as atualidades científicas, os jovens poderão exercitar o senso crítico, fazer uma análise criteriosa das questões do seu cotidiano; e assim procurar exercer sua cidadania. É necessário que os conteúdos específicos de Ciências sejam entendidos em sua complexidade de relações conceituais, não dissociadas em áreas de conhecimento físico, químico e biológico. Estas devem ser exploradas com atividades experimentais, estabelecer relações interdisciplinares sempre que possível e abordar contextos tecnológicos, sociais, culturais, éticos e políticos. É importante observar que os conteúdos trabalhados em cada série deverão ser flexíveis, no sentido de proporcionar ao aluno uma maior adaptação à sua região. Mas, sempre favorecendo a aquisição do conhecimento científico, onde o professor deve estimular o aluno a fazer leituras e pesquisas em livros, artigos de divulgação científica, jornais e revistas, bem como debates, atividades em grupo entre outros. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO A avaliação não é mais considerada um momento final do processo de ensino. Uma conotação mais abrangente tem sido concebida. A avaliação deve fornecer informações sobre o que foi aprendido pelos alunos. Ela possibilita verificar se os objetivos foram alcançados e informa seu desempenho, avanço e dificuldades, essa avaliação deve ser contínua e cumulativa. Cabe ao professor selecionar os conteúdos que serão avaliados, bem com a utilização de diferentes recursos, como: avaliações escritas e/ou orais, elaboração de relatórios e trabalhos, produção e interpretação de textos, entre outros, para que essa ocorra sem prejuízo ao educando. Far-se-á a recuperação paralela das avaliações realizadas em sala de aula. LEGISLAÇÃO - Lei 39/03 – História e Cultura Afro-Brasileira 105 Afim de promover o desenvolvimento do indivíduo, a escola deve trabalhar em meio ao intuito de resgatar os valores negros; estimular a solidariedade; defender os direitos enquanto cidadão; desmistificar os estereótipos; valorizar a cultura e buscar a identidade africana; protestar contra a ordem colonial e lutar pela emancipação de seus povos oprimidos; buscar o respeito entre todas as culturas. Segundo a Lei 10639/03, em seu Artigo 1º, § 1o- O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas sociais, econômica e política, pertinentes à História do Brasil. Dessa forma, o trabalho em Ciências com a história e cultura afro-brasileira se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos legais e históricos, sendo de forma interdisciplinar ou não. - Prevenção ao Uso Indevido de Drogas Segundo o Caderno Temático de Prevenção ao Uso Indevido de Drogas “precisamos projetar um novo desenho das arenas de enfrentamento ao uso indevido de drogas, trazendo novas possibilidades de arranjos e soluções no processo de formulação e implementação da Política Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas”. (Prevenção ao Uso Indevido de Drogas - Cadernos Temáticos da Diversidade, p. 78). Dessa forma, o trabalho em Ciências com a Prevenção ao uso Indevido de Drogas se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos legais e biológicos, sendo de forma interdisciplinar ou não. - Lei 9799/95 – Educação Ambiental Segundo o Caderno Temático de Educação Ambiental, a Legislação Ambiental se apresenta como uma matriz indispensável para: a) definição de usos permitidos ou proibidos; b) formas e medidas de recuperação, melhoria, conservação e/ou preservação ambiental; c) avaliação e/ou resolução de problemas e situações concretas; d) sensibilização e capacitação de atores sociais de um modo geral e, especialmente, daqueles envolvidos com o planejamento e gestão ambiental; 106 e) construção de direitos e deveres em relação ao meio ambiente; f) embasar e qualificar processos e instrumentos pautados pelo ideal do desenvolvimento sustentável, dentre eles, interessa-nos destacar aqui, a Educação Ambiental (EA) e Agenda 21 Escolar (A21E). (Educação ambiental - Cadernos Temáticos da Diversidade, p. 72). Dessa forma, o trabalho em Ciências com a Educação Ambiental se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos legais e ambientais, sendo de forma interdisciplinar ou não. - Educação Fiscal Segundo o site do Dia a Dia Educação, do Governo do Paraná, “a proposta da Educação Fiscal é estimular o cidadão a refletir sobre a função sócio econômica dos tributos, possibilitar aos cidadãos o conhecimento sobre administração pública, incentivar o acompanhamento, pela sociedade, da aplicação dos recursos públicos e criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão” (http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=287). Dessa forma, o trabalho em Ciências com a Educação Fiscal se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos científicos e econômicos, sendo de forma interdisciplinar ou não. - Enfrentamento a Violência contra a criança e o Adolescente Segundo o site do Dia a Dia Educação, do Governo do Paraná, “a demanda de Enfrentamento à Violência na Escola visa ampliar a compreensão e formar uma consciência crítica sobre a violência e, assim, transformar a escola num espaço onde o conhecimento toma o lugar da força”. (http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=90) Dessa forma, o trabalho em Ciências com o enfrentamento a violência contra a criança e o adolescente se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos biológicos, sociais e políticos, sendo de forma interdisciplinar ou não. - Gênero e Diversidade Sexual 107 Segundo o site Observatório da Mulher, as políticas de inclusão e diversidade na educação básica deverão: 1) Realizar constantemente a análise de livros didáticos e paradidáticos utilizados nas escolas - conteúdos e imagens -, para gênero e de diversidade sexual e, evitar discriminações de quando isso for constatado, retirá-lo de circulação. 2) Desenvolver e ampliar programas de formação inicial e continuada em sexualidade e diversidade, visando a superar preconceitos, discriminação, violência sexista e homofóbica no ambiente escolar, e assegurar que a escola seja um espaço pedagógico, livre e seguro para todos e todas. 3) Rever e implementar diretrizes, legislações e medidas administrativas para os sistemas de ensino promoverem a cultura do reconhecimento da diversidade de gênero, identidade de gênero e orientação sexual no cotidiano escolar. 4) Garantir que a produção de todo e qualquer material didático-pedagógico incorpore a categoria "gênero" como instrumento de análise, e que não se utilize de linguagem sexista, homofóbica e discriminatória. 5) Inserir os estudos de gênero e diversidade sexual no currículo das licenciaturas. (http://observatoriodamulher.org.br/site/index.php?option=com_content&task=view&id= 390&Itemid=49) Dessa forma, o trabalho em Ciências com Gênero e Diversidade se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos biológicos, sociais e políticos, sendo de forma interdisciplinar ou não. CIÊNCIAS ENSINO FUNDAMENTAL: 5ª SÉRIE/6ºANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS ASTRONOMIA Universo ABORDAGEM TEÓRICO- AVALIAÇÃO METODOLÓGICA Os conteúdos específicos da O professor de Ciências precisa disciplina de Ciências, estabelecer critérios e selecionar selecionados a partir de critérios instrumentos a fim de investigar a que levam em aprendizagem significativa sobre: Movimentos consideração o desenvolvimento •O entendimento das ocorrências Terrestres cognitivo do estudante, o número astronômicas como fenômenos da de aulas semanais, as natureza. Movimentos características •O reconhecimento das características celestes regionais, entre outros, devem ser básicas de diferenciação entre estrelas, Sistema solar abordados considerando aspectos planetas, planetas anões, satélites Astros essenciais no ensino de Ciências; a naturais, cometas, asteroides, meteoros história da ciência, a divulgação e meteoritos. 108 científica e as atividades experimentais. •O conhecimento da história da ciência, a respeito das teorias geocêntricas e A abordagem desses conteúdos heliocêntricas. específicos deve contribuir para a formação de conceitos científicos •A compreensão dos movimentos de escolares no processo ensino- rotação e translação dos planetas aprendizagem da disciplina de constituintes do sistema solar. Ciências e de seu objeto de estudo •O entendimento da constituição e propriedades da matéria, suas (o conhecimento científico que resulta da investigação da transformações, como fenômenos da Natureza), levando em natureza. consideração que, para tal •A compreensão da constituição do formação conceitual, há planeta Terra, no que se refere à necessidade de se valorizar as atmosfera e crosta, solos, rochas, concepções alternativas dos minerais, manto e núcleo. estudantes em sua zona cognitiva •O conhecimento dos fundamentos real e as relações substantivas que teóricos da composição da água se pretende com a mediação presente no planeta Terra. didática. •O entendimento da constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos como Para tanto, as relações entre um todo integrado. conceitos vinculados aos •O reconhecimento das características conteúdos estruturantes (relações gerais dos seres vivos. •A reflexão sobre a origem e a conceituais), relações entre os conceitos científicos e conceitos discussão a respeito da teoria celular pertencentes a outras disciplinas como modelo explicativo da (relações interdisciplinares), e constituição dos organismos. relações entre esses conceitos •O conhecimento dos níveis de científicos e as questões sociais, organização celular. tecnológicas, políticas, culturais e •A interpretação do conceito de energia éticas (relações de contexto) se por meio da análise das suas mais fundamentam e se constituem em diversas formas de manifestação. importantes abordagens que •O conhecimento a respeito da direcionam o ensino de Ciências conversão de uma forma de energia em para a integração dos diversos outra. contextos que permeiam os •A interpretação do conceito de conceitos científicos escolares. transmissão de energia. •O reconhecimento das particularidades Todos esses elementos podem relativas à energia mecânica, térmica, auxiliar na prática pedagógica dos luminosa, nuclear, no que diz respeito a possíveis fontes e processos de professores de Ciências, ao fazerem uso de irradiação, convecção e condução. problematizações, •O entendimento dessas formas de contextualizações, energia relacionadas aos ciclos de interdisciplinaridade, pesquisas, matéria na natureza. 109 leituras científicas, atividade em •O reconhecimento da diversidade das grupo, observações, atividades espécies e sua classificação. experimentais, recursos •A distinção entre ecossistema, instrucionais, comunidade e população. atividades lúdicas, entre outros. •O conhecimento a respeito da extinção de espécies. •O entendimento a respeito da formação dos fósseis e sua relação com a produção contemporânea de energia não renovável. •A compreensão da ocorrência de fenômenos meteorológicos e catástrofes naturais e sua relação com os seres vivos. MATÉRIA Constituição da matéria SISTEMAS Níveis de BIOLÓGICOS organização Celular ENERGIA Formas de energia Conversão de energia Transmissão de energia Organização dos Seres vivos BIODIVERSIDADE Ecossistema Evolução dos seres vivos 110 ASTRONO Universo -MIA Os conteúdos específicos da Sistema solar disciplina de Ciências, selecionados a Movimentos Terrestres * O professor de Ciências precisa estabelecer critérios e selecionar instrumentos a fim de investigar a partir de critérios que levam em aprendizagem significativa sobre: consideração o desenvolvimento •O entendimento das ocorrências astronômicas como cognitivo do estudante, o número de fenômenos da natureza. aulas semanais, as características •O reconhecimento das características básicas de regionais, entre outros, devem ser diferenciação entre estrelas, planetas, planetas anões, Movimentos abordados considerando aspectos satélites naturais, cometas, asteroides, meteoros e celestes essenciais no ensino de Ciências; a meteoritos. história da ciência, a divulgação científica •O conhecimento da história da ciência, a respeito das MATÉRIA Constituição da matéria Astros e as atividades experimentais. teorias geocêntricas e heliocêntricas. A abordagem desses conteúdos •A compreensão dos movimentos de rotação e translação específicos deve contribuir para a dos planetas constituintes do sistema solar. formação de conceitos científicos •O entendimento da constituição e propriedades da escolares no processo ensino- matéria, suas transformações, como fenômenos da aprendizagem da disciplina de Ciências e natureza. de seu objeto de estudo (o conhecimento •A compreensão da constituição do planeta Terra, no que científico que resulta da investigação da se refere à atmosfera e crosta, solos, rochas, minerais, Natureza), levando em consideração manto e núcleo. que, para tal formação conceitual, há •O conhecimento dos fundamentos teóricos da composição SISTEMAS Níveis de necessidade de se valorizar as da água presente no planeta Terra. BIOLÓGIC organização concepções alternativas dos estudantes •O entendimento da constituição dos sistemas orgânicos e OS Celular em sua zona cognitiva real e as relações fisiológicos como um todo integrado. substantivas que se pretende com a •O reconhecimento das características gerais dos seres mediação didática. vivos. Para tanto, as relações entre conceitos •A reflexão sobre a origem e a discussão a respeito da vinculados aos conteúdos estruturantes teoria celular como modelo explicativo da constituição dos (relações conceituais), relações entre os organismos. ENERGIA Formas de energia conceitos científicos e conceitos •O conhecimento dos níveis de organização celular. pertencentes a outras disciplinas •A interpretação do conceito de energia por meio da (relações interdisciplinares), e relações análise das suas mais diversas formas de manifestação. entre esses conceitos científicos e as •O conhecimento a respeito da conversão de uma forma questões sociais, tecnológicas, políticas, de energia em outra. Conversão de culturais e éticas (relações de contexto) •A interpretação do conceito de transmissão de energia. energia se fundamentam e se constituem em •O reconhecimento das particularidades relativas à energia importantes abordagens que direcionam mecânica, térmica, luminosa, nuclear, no que diz respeito a Transmis-são de energia o ensino de Ciências para a integração dos diversos contextos que permeiam os condução. conceitos científicos escolares. Organiza-ção BIODIVER dos Seres -SIDADE vivos aos ciclos de matéria na natureza. •O reconhecimento da diversidade das espécies e sua na prática pedagógica dos professores classificação. de Ciências, ao fazerem uso de •A distinção entre ecossistema, comunidade e população. problematizações, contextualizações, •O conhecimento a respeito da extinção de espécies. interdisciplinaridade, pesquisas, leituras •O entendimento a respeito da formação dos fósseis e sua observações, atividades experimentais, seres vivos •O entendimento dessas formas de energia relacionadas Todos esses elementos podem auxiliar Ecossiste-ma científicas, atividade em grupo, Evolução dos possíveis fontes e processos de irradiação, convecção e relação com a produção contemporânea de energia não renovável. recursos instrucionais, atividades lúdicas, •A compreensão da ocorrência de fenômenos meteorolóentre outros. CIÊNCIAS ENSINO FUNDAMENTAL: 6ª SÉRIE/7ºANO gicos e catástrofes naturais e sua relação com os seres vivos. 111 CONTEÚ- CONTEÚDOS DOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA AVALIAÇÃO ESTRUTURA NTES ASTRO- Astros NOMIA Ciências, selecionados a partir de critérios e selecionar instrumentos a fim de investigar a Movimentos Terrestres Movimentos celestes MATÉRIA Constituição da matéria SISTEMAS Célula que levam em consideração o aprendizagem significativa sobre: desenvolvimento cognitivo do estudante, o O professor de Ciências precisa estabelecer critérios e número de aulas semanais, as seleciona instrumentos a fim de investigar características regionais, entre outros, aprendizagem significativa sobre: devem ser abordados considerando •A compreensão dos movimentos celestes a partir do aspectos essenciais no ensino de referencial do planeta Terra. Ciências; a história da ciência, a •A comparação dos movimentos aparentes do céu, noites divulgação científica e as atividades e dias, eclipses do Sol e da Lua, com base no referencial experimentais. Terra A abordagem desses conteúdos •O reconhecimento dos padrões de movimento terrestre, específicos deve contribuir para a as estações do ano e os movimentos celestes no tocante formação de conceitos científicos à observação de regiões do céu e constelações. escolares no processo ensino- •O entendimento da composição físico-química do Sol e a aprendizagem da disciplina de Ciências e respeito da produção de energia solar. de seu objeto de estudo (o conhecimento •O entendimento da constituição do planeta Terra Morfologia científico que resulta da investigação da primitivo, antes do surgimento da vida. e fisiologia Natureza), levando em consideração que, •A compreensão da constituição da atmosfera terrestre dos seres vivos para tal formação conceitual, há primitiva, dos componentes essenciais ao surgimento da necessidade de se valorizar as vida. concepções alternativas dos estudantes •O conhecimento dos fundamentos da estrutura química em sua zona cognitiva real e as relações da célula. Formas de substantivas que se pretende com a •O conhecimento dos mecanismos de constituição da energia mediação didática. célula e as diferenças entre os tipos celulares. Para tanto, as relações entre conceitos •A compreensão do fenômeno da fotossíntese e dos vinculados aos conteúdos estruturantes processos de conversão de energia na célula. (relações conceituais), relações entre os •As relações entre os órgãos e sistemas animais e conceitos científicos e conceitos vegetais a partir do entendimento dos mecanismos BIOLÓGICOS ENERGIA Os conteúdos específicos da disciplina de • O professor de Ciências precisa estabelecer critérios Transmissão de energia pertencentes a outras disciplinas (relações celulares. interdisciplinares), e relações entre esses Origem da vida •O entendimento do conceito de energia luminosa. conceitos científicos e as questões sociais, •O entendimento da relação entre a energia luminosa tecnológicas, políticas, culturais e éticas solar e sua importância para com os seres vivos. (relações de contexto) se fundamentam e •A identificação dos fundamentos da luz, as cores, e a se constituem em importantes abordagens radiação ultravioleta e infravermelha. BIODIVERSIDADE que direcionam o ensino de Ciências para •O entendimento do conceito de calor com energia térmica Organização dos Seres vivos a integração dos diversos contextos que e suas relações com sistemas endotérmicos e permeiam os conceitos científicos ectotérmicos. escolares. •O entendimento do conceito de biodiversidade e sua Todos esses elementos podem auxiliar na amplitude de relações como os seres vivos, o ecossistema Sistemática prática pedagógica dos professores de e os processos evolutivos. Ciências, ao fazerem uso de •O conhecimento a respeito da classificação dos seres problematizações, contextualizações, vivos, de categorias taxonômicas, filogenia. interdisciplinaridade, pesquisas, leituras •O entendimento das interações e sucessões ecológicas, científicas, atividade em grupo, cadeia alimentar, seres autótrofos e heterótrofos. observações, atividades experimentais, •O conhecimento a respeito das eras geológicas e das recursos instrucionais, atividades lúdicas, teorias sobre a origem da vida, geração espontânea e entre outros. biogênese. 112 CIÊNCIAS ENSINO FUNDAMENTAL: 7ª SÉRIE/8ºANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ABORDAGEM TEÓRICO- ESTRUTU- BÁSICOS METODOLÓGICA AVALIAÇÃO RANTES ASTRONO-MIA Origem e evolução do Universo Os conteúdos específicos O professor de Ciências da disciplina de Ciências, precisa estabelecer critérios selecionados a partir de e selecionar instrumentos a critérios que levam em fim de investigar a consideração o aprendizagem significativa desenvolvimento cognitivo sobre: do estudante, o número de • MATÉRIA A reflexão sobre os aulas semanais, as modelos científicos que características regionais, abordam a origem e a entre outros, devem ser evolução do universo abordados considerando • aspectos essenciais no teorias e sua evolução BIOLÓ- ensino de Ciências; a histórica. GICOS história da ciência, a • divulgação científica e as teorias que consideram um atividades experimentais. universo inflacionário e teorias Constituição da SISTEMAS matéria As relações entre as A diferenciação das que consideram o universo A abordagem desses Célula Morfologia e fisiologia e cíclico. conteúdos específicos deve • O conhecimento dos contribuir para a formação fundamentos da classificação de conceitos científicos cosmológica (galáxias, escolares no processo aglomerados, nebulosas, ensino-aprendizagem da buracos negros, lei de Hubble, fisiologia dos disciplina de Ciências e de idade do Universo, escala do seres vivos seu objeto de estudo Universo). (o conhecimento científico • O conhecimento sobre que resulta da investigação o conceito de matéria e sua ENERGIA da Natureza), levando em constituição, com base nos consideração que, para tal modelos atômicos. formação conceitual, há • O conceito de átomo, necessidade de se valorizar íons, elementos químicos, as concepções alternativas substâncias, ligações dos estudantes em sua químicas, reações químicas. 113 zona cognitiva real e as • relações substantivas que leis da conservação da se pretende com a massa. mediação didática. • energia O conhecimento dos compostos orgânico e BIODIVERS Formas de IDADE O conhecimento das Para tanto, as relações relações destes com a entre conceitos vinculados constituição dos organismos aos conteúdos estruturantes vivos. (relações conceituais), • Os mecanismos relações entre os conceitos celulares e sua estrutura, Evolução dos seres vivos científicos e conceitos de modo a estabelecer um pertencentes entendimento de como esses a outras disciplinas mecanismos se relacionam no (relações interdisciplinares), trato das funções celulares. e relações entre esses • conceitos científicos e estrutura e funcionamento dos as questões sociais, tecidos. tecnológicas, políticas, • O conhecimento da O entendimento dos culturais e éticas (relações conceitos que fundamentam de contexto) se os sistemas digestório, fundamentam e se cardiovascular, respiratório, constituem em importantes excretor e urinar abordagens que direcionam • Os fundamentos da o ensino de Ciências para a energia química e suas fontes, integração dos diversos modos de transmissão e contextos que permeiam os armazenamento. conceitos científicos • escolares. fundamentos da energia A relação dos química com a célula (ATP e Todos esses elementos ADP). podem auxiliar na prática • O entendimento dos pedagógica dos professores fundamentos da energia de Ciências, ao fazerem mecânica e suas fontes, uso de problematizações, modos de transmissão e contextualizações, armazenamento. interdisciplinaridade, • pesquisas, fundamentos da energia O entendimento dos leituras científicas, atividade nuclear e suas fontes, modos 114 em grupo, observações, de transmissão e atividades armazenamento. experimentais, recursos • instrucionais, atividades teorias evolutivas. O entendimento das lúdicas, entre outros. CIÊNCIAS ENSINO FUNDAMENTAL: 8ª SÉRIE/9ºANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM ESTRUTURANTES TEÓRICOMETODOLÓGICA ASTRONOMIA Astros Gravitação universal MATÉRIA Propriedades da matéria Morfologia e fisiologia e SISTEMAS fisiologia dos seres vivos BIOLÓGICOS Mecanismos de herança ENERGIA genética BIODIVERSIDADE Formas de energia Conservação de energia Interações ecológicas 6.4 DIRETRIZES CURRICULARES DE EDUCAÇÃO FÍSICA APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA AVALIAÇÃO 115 Coloca-se como necessidade a compreensão da Educação Física enquanto processo educacional no interior do processo histórico de desenvolvimento da sociedade; e, a partir deste entendimento, estabelecer quais os limites e possibilidades de atuação da Educação Física no processo de transformação social. (GUILHERMETI, 1991, p.15). Os conteúdos são integrados, os domínios psicomotor, cognitivo e afetivo são vistos de uma forma globalizada, visando à expressividade corporal do aluno, dentro de uma formação crítica. A Educação Física desenvolve valores como educação para a saúde; educação para o lazer; meio de promoção cultural; instrumento contra a discriminação e exclusão social; fator para a cultura da paz; meio de consciência ambiental. A partir desses valores, de que forma a Educação Física pode contribuir com a aprendizagem? Levando-se em conta de que o objeto de estudo da Educação Física é o movimento humano, e é através deste que as pessoas podem se comunicar e se relacionar com o meio (noção espaço-temporal, percepção, atenção...) e com outras pessoas, além de conhecer-se a si próprio (esquema corporal). Assim, o desenvolvimento motor está altamente relacionado ao desenvolvimento cognitivo e sócio-afetivo, sendo que deficiências em algum destes três aspectos podem causar déficits de desenvolvimento nos demais. É por meio da exploração do ambiente físico, através de seus movimentos básicos, que a criança inicia seu processo de aprendizagem, relacionando-se com situações, objetos e pessoas. Não se pode, portanto, tentar dissociar o aspecto motor do desenvolvimento dos demais aspectos. Uma criança que não tenha desenvolvido de maneira correta sua lateralidade, por exemplo, terá sérias dificuldades de definição da dominância homolateral de algum hemisfério cerebral, o que poderá acarretar problemas na escrita e na leitura, em fases de alfabetização. O não desenvolvimento de aspectos como equilíbrio, ritmo, coordenação motora, esquema corporal, noção espacial, dentre outros; aspectos esses desenvolvidos geralmente na educação infantil e nas séries iniciais; pode acarretar inúmeros prejuízos na vida futura de qualquer ser humano, indo além do campo educacional, adentrando inclusive na sua relação com o mundo do trabalho. Outros conteúdos da Educação Física Escolar, também são essenciais na formação do indivíduo, pelos valores que são trabalhados nestes conteúdos, como, por exemplo, os jogos e as brincadeiras tradicionais, que possuem objetivos pedagógicos que auxiliam na formação do indivíduo, objetivo como: trabalhar a ansiedade; rever os limites; 116 desenvolver a capacidade de realização; desenvolvimento da autonomia; aprimorar a coordenação motora; desenvolver a organização espacial; melhorar o controle segmentar (eficiência mecânica); aumentar a atenção e a concentração; desenvolver antecipação e estratégia; trabalhar a discriminação auditiva; ampliar o raciocínio lógico; desenvolver a criatividade; desenvolver o ritmo corporal, etc. O conteúdo esportivo, apesar de introduzido na escola com objetivos ideológicos, se bem trabalhado com coerência, competência e alguns cuidados com a competitividade e a seletividade, pode desenvolver capacidades e habilidades motoras; condicionamento físico-orgânico; capacidade de raciocínio; formação de valores e comportamentos, que reforçam a moral; a sociabilização; tomadas de decisão; autosuperação, perda da timidez; motivação e auto-realização. As lutas, a dança e o folclore, também possuem enorme valor na formação do aluno crítico, no sentido do desenvolvimento da expressão corporal; do conhecimento histórico das atividades culturais e folclóricas; da criatividade; do ritmo corporal; dos movimentos naturais; dos aspectos afetivos (sensibilidade); harmonia e equilíbrio psicológico. Dentro desses conteúdos, pode haver uma integração entre a Educação Física e a Pedagogia no sentido de que a finalidade principal das duas áreas, como já foi dito anteriormente, é a formação global do indivíduo em todos seus aspectos. Conteúdos como a recreação, os jogos, as brincadeiras, as danças, lutas, o folclore e atividades complementares como acantonamento, passeios, etc; além da própria psicomotricidade, podem ser trabalhados em conjunto por pedagogos e profissionais de Educação Física, numa troca de conhecimentos específicos de cada área, numa integração que só vem a trazer benefícios para ambos os lados, para a Educação e, principalmente para o aluno. Cabe esclarecer que a expressão cultura corporal não pressupõe uma visão fragmentada do homem "porque é difícil imaginar uma atividade humana que não seja culturalmente produzida pelo homem, assim como é difícil imaginar uma atividade cultural manifesta que não seja corporal. O sentido do termo corporal, na perspectiva apresentada, é de unidade/totalidade, na medida em que as produções intelectuais ou cognoscitivas e sócio-afetivas são materializadas e difundidas corporalmente" (Resende & Soares, 1995:11). Para o desenvolvimento da proposta políticos pedagógicos, partem dos pressupostos de que: 117 • a cultura corporal (corpo, ludicidade, saúde, desportivização, lazer, diversidade e mídia) nos dão as multiplas possibilidades de intervenção pedagógica no cotidiano escolar. • cabe a escola socializar os indivíduos com o patrimônio científico e cultural produzido historicamente pela humanidade, de modo que os homens possam adquirir a autonomia necessária a sua interação e intervenção no processo de construção e direção da sociedade; • assim, como a cultura artística (dança, pintura, artes cênicas, arquitetura, etc.), a cultura corporal deve ser um dos conhecimentos/habilidades a ser tratado pedagogicamente no contexto formal. • História e cultura afro-brasileira e africana nos currículos da educação Básica no contexto dos estudos e atividades, que proporciona diariamente, também as contribuições histórico–culturais dos povos indígenas e dos descendentes asiáticos e europeus. OBJETIVOS GERAIS O ensino da Educação Física, na perspectiva da cultura corporal, possibilita aos alunos a vivência sistematizada de conhecimentos/habilidades da cultura corporal, balizada por uma postura crítica, no sentido da aquisição da autonomia necessária a uma prática intencional e permanente, que considere o lúdico e os processos sóciocomunicativos respeitando-se na diversidade, na perspectiva do lazer, da formação cultural e da qualidade coletiva de vida. Necessário também é desvelar o conjunto orgânico de valores sociais, morais, éticos e estéticos subjacentes a cultura corporal identificados com a formação de uma cidadania humanista e democrática, em crítica àqueles que reproduzem a marginalização, os estereótipos, o individualismo, a competição discriminatória, a intolerância com as diferenças, dentre outros valores que reforçam as desigualdades, o autoritarismo. Educação das relações étnicoraciais e diversidade impõe aprendizagem entre brancos e negros e demais segmentos sociais, trocas de conhecimento, quebra de 118 desconfiança, projeto conjunto para contribuição de uma sociedade justa, igual e equânime. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - Esporte; - Jogos e brincadeiras; - Ginástica; - Lutas; - Dança. CONTEÚDOS BÁSICOS 5ª série ESPORTES (Coletivos e Individuais) JOGOS E BRINCADEIRAS (Jogos, brincadeiras, cantigas de roda, jogos inteletivos e jogos cooperativos) DANÇA (Danças folclóricas) GINÁSTICA (Ginástica geral e rítmica) LUTAS (Lutas de aproximação) 6ª série ESPORTES (Coletivos e Individuais) JOGOS E BRINCADEIRAS (Jogos e brincadeiras populares, jogos inteletivos e jogos cooperativos) DANÇA (Danças folclóricas e modernas) GINÁSTICA (Ginástica geral e rítmica) LUTAS (Judô) 7ª série ESPORTES (Coletivos e Individuais) 119 JOGOS E BRINCADEIRAS (Jogos e brincadeiras populares, jogos inteletivos e jogos cooperativos e jogos dramáticos) DANÇA (Danças criativas, circulares e modernas) GINÁSTICA (Ginástica geral e olímpica) LUTAS (Capoeira) 8ª série ESPORTES (Coletivos, individuais e radicais) JOGOS E BRINCADEIRAS (Jogos e brincadeiras populares, jogos inteletivos e jogos cooperativos e jogos dramáticos) DANÇA (Danças criativas, circulares e modernas) GINÁSTICA (Ginástica geral e olímpica) LUTAS (Karatê e esgrima) Ensino Médio ESPORTES (Coletivos, individuais e radicais) JOGOS E BRINCADEIRAS (Jogos e brincadeiras populares, jogos inteletivos e jogos cooperativos e jogos dramáticos) DANÇA (Danças folclóricas, criativas, circulares e dançcas de salão) GINÁSTICA (Ginástica geral e rítmica) LUTAS (Karatê e luta olímpica) CONTEÚDOS ESPECÍFICOS 5ª a 8 série ESPORTE - futebol; voleibol; basquetebol; handebol; futsal; futevôlei; atletismo; natação, tênis de mesa, skate e carrinho de rolemã. 120 JOGOS E BRINCADEIRAS – Pular elástico; 5 marias; mãe pega; mãe da rua; stop; amarelinha;bulica; bets; peteca; corrida de sacos; jogo do pião; caçador; policia; ladrão; gato e rato; adoletá; cap; caranguejo; atirei o pau no gato; ciranda cirandinha; escravos de jó; lenço atrás; dança da cadeira; dama; trilha; xadrez, improvisação; imitação; mímica; futpano; volençol; gato mia; olhos de águia; cadeira livre. DANÇA - fandango; quadrilha; dança de fitas; frevo; samba de roda; batuque; baião; cuá fubá; ciranda; carimbó; valsa; merengue; forró; vanerão; samba; soltinho; xote; bolero; salsa; tango; break; funk; qualidades de movimento; improvisação; atividades de expressão corporal; contemporâneas; folclóricas e sagradas. GINÁSTICA - solo; salto sobre o cavalo; barra fixa; argolas; paralelas assimétricas; corda; arco; bola; maças; fita; alongamentos; ginástica aeróbica; ginástica localizada; step; core board; pular corda; pilates; malabares; tecido; trapézio; acrobacias; trampolim; balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, rodante ponte. LUTAS – Judô, luta olímpica; karatê; esgrima e capoeira e capoeira METOLOGIA - A Educação Física, no sentido dos fins da educação nacional, deve ser entendida como uma disciplina curricular de enriquecimento cultural corporal, fundamental à formação da cidadania dos alunos, calcada num processo de socialização de valores sociais, morais, éticos e estéticos que consubstancia princípios humanistas e democráticos; - O planejamento das atividades de ensino-aprendizagem devem ser abertos e continuamente reelaborados em função da dinâmica dos conflitos e das dificuldades de ensino, baseados nos conteúdos estruturantes, básicos e específicos, de aprendizagem e de convívio social que emergem no decorrer das aulas e nas atividades vinculadas à educação física. Deve, também, ser centrado num efetivo 121 processo de co-decisão, em que o professor decide e sistematiza a proposta de programa a ser desenvolvido, a partir da mediação entre as experiências e expectativas concretas reveladas pelos alunos e as suas necessidades de enriquecimento e emancipação sócio-cultural; - A organização das aulas, voltados para o esporte, dança, ginástica e jogos e brincadeiras; deve romper com as características dos modelos tradicionais de estruturação em partes, bem como o caráter de terminalidade, que condiciona sua dinâmica processual e impõe um direcionamento pragmático à consecução de objetivos considerados imediatos (geralmente definidos em termos comportamentais e subordinados a condições e a critérios rígidos e uniformes de desempenho); - Ações pedagógicas claras do por que devemos optar por este ou aquele método de dar aulas ou avaliar até que ponto nossos alunos estão conseguindo caminhar na direção da proposta que identifica o que se pretende do ensino e que tipo de aluno queremos formar. - As aulas devem ser norteadas por objetivos que evidenciem, claramente, a ação ou conjunto de ações efetivas e essencialmente esperadas dos alunos, em função da tematização da aula ou sequência de aulas planejadas numa dinâmica participativa, desvinculando-os de preocupações técnico-burocráticas tais como formulação em termos operacionais e a contemplação dos fragmentados domínios da aprendizagem (psico - motor, cognitivo e afetivo - social); - Os procedimentos de ensino devem ser abertos às experiências de ação-reflexão dos alunos acerca das habilidades e conhecimentos referentes à cultura corporal, na perspectiva do conflito e da solução de problemas, processos esses que viabilizam as experiências de constatação, análise, hipotetização, experimentação e avaliação dos temas problematizadores e desencadeadores das ações inerentes ao processo ensinoaprendizagem; - A sistemática de ensino do conhecimento/habilidades da cultura corporal deve iniciar pela (a) problematização, apresentação e justificativa dos objetivos a serem atingidos, (b) levantamento (discussão e prática) das experiências, expectativas e dificuldades dos alunos, (c) transmissão sistematizada do conhecimento/habilidade, de modo a aumentar e/ou aprofundar o repertório de experiências e reflexões dos alunos sobre a temática em foco, (d) avaliar, em conjunto com os alunos, o nível de aprendizagem, em função dos objetivos proclamados e no sentido de nortear a decisões a serem tomadas; 122 - Considerando que as metodologias de ensino devem estar sempre subordinadas à relação objetivo/conteúdo de ensino e as características da turma, o professor poderá optar, conforme as situações de ensino, por diferentes tipos de intervenção: - A relação professor-aluno seja dialógica, onde o professor é o responsável pela mediação dos conflitos que emergem da interação do aluno com o meio social e cultural da aula, provocando um ambiente de reflexão, trocas e decisões supridoras das situações problemas. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO “Considera-se na avaliação que o patrimônio cultural que se expressa nas possibilidades corporais, no acervo de conhecimentos sobre a cultura corporal, se diferencia de acordo com a condição de classe dos alunos”.(SOARES, Coletivo de autores, 1992, p. 105). - A avaliação do ensino-aprendizagem deve ter um caráter participativo, cuja função é de um diagnóstico continuado, no sentido de apontar o nível das mudanças qualitativas e quantitativas no processo ativo de apropriação dos conhecimentos, habilidades e esforço crítico e criativo dos alunos, bem como no processo de identificação e superação dos conflitos inerentes ao ensino-aprendizagem; A avaliação é essencial ao processo de ensino-aprendizagem. No contexto da cultura corporal, sua função primordial é de contínuo diagnóstico. Entendemos que o professor de Educação Física deverá estar a todo o momento identificando, refletindo e tomando decisões acerca das experiências do ensino-aprendizagem. A avaliação da Educação Física não deve ter o caráter somativo, ou seja, conferir notas e conceitos que impliquem na aprovação ou reprovação dos alunos. No entanto, esta concepção não dispensa o professor da necessidade de submeter os alunos a diferentes técnicas e instrumentos de medida/avaliação (avaliações teóricas e praticas, provas, trabalhos, testes de esforço) no sentido de constatar e fornecer informações sobre o grau de assimilação dos conhecimentos/habilidades que foram socializados. O elenco de conhecimentos a serem apresentados não esgotam as possibilidades de recorte e seleção de conteúdos de ensino, na perspectiva da cultura corporal a ser transmitida. Em primeiro lugar, porque existe manifestações e 123 expressões da cultura local; em segundo lugar, porque todo conhecimento é provisório, o que justifica a necessidade de orientar os alunos a desenvolver a noção de historicidade para que possa perceber e compreender que a produção humana (qualquer que seja) representa apenas um estágio da humanidade - ou seja, não existiam em determinadas épocas e serão superados em outras. Na perspectiva da cultura corporal, os tipos de conhecimento/habilidades não são abandonados, mas re-significados em termos temáticos e de objetivos. No entanto, considerando as teorias o desenvolvimento e aprendizagem, não podemos prever ou pré-determinar o momento adequado de ensinar determinados conhecimentos/habilidades a alguém. Em cada contexto escolar específico, pode ser que as equipes de professores de educação física, com o tempo, consigam identificar e estruturar, por séries, uma tendência referencial de interesses e de necessidades em relação aos conhecimentos/habilidades a serem privilegiados no ensino da educação física. No entanto, isto dificilmente assegurará uma padronização do que ensinar em cada série. Obviamente, as temáticas aqui descritas possuem níveis de complexidade diferenciados. Assim, o professor deve decidir pelos conteúdos de ensino que serão privilegiados, balizado pelas necessidades, pelas expectativas motivação, pelo nível de desenvolvimento e pela realidade social do seu grupo de alunos, no sentido de fazer cumprir a função da escola e os objetivos específicos da Educação Física. Legislação - Lei 39-03 – História e Cultura Afro-Brasileira - Prevenção ao Uso Indevido e Drogas - Lei 9799-95 – Educação Ambiental - Educação Físcal - Enfrentamento a Violência contra a Criança e o Adolescente. - Gênero e Diversidade Sexual Referências DIRETRIZES Curriculares da Educação Básica – Educação Física; Paraná – 2008. Coletivo de Autores.Metodologia do Ensino da Educação Física.São Paulo; Cortez, 1992. 124 BRASIL. Lei nº 5692, 11 de agosto de 1971. Fixa as Diretrizes e bases para o ensino de primeiro e segundo graus, e dá outras providências, Diário Oficial da Republica Federativa do Brasil, 12 agosto 1971. Parametros Curriculares Nacional. 6.5 DIRETRIZES CURRICULARES DE ENSINO RELIGIOSO APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A disciplina de Ensino religioso proposta pela SEED, visa abordar o fenômeno religioso, contribui para a sua formação da cidadania e construção do conhecimento historicamente produzido pela humanidade. Este ensino promove a reflexão e a informação, propiciando aos estudantes a possibilidade de interagir positivamente uns com os outros de modo respeitoso no convívio social. O objeto de estudo da disciplina de Ensino Religioso é o “ sagrado” com foco no fenômeno religioso e a diversidade religiosa. A possibilidade de estudar as diferentes manifestações do sagrado possibilitando análise e compreensão como núcleo da experiência religiosa que vai ser identificada e traduzida nas diferentes esferas das religiões. As expressões do sagrado diferem de cultura a cultura, e sua compreensão influencia o homem religioso em suas ações e em seu cotidiano dentro dos diferentes aspectos de sua vida e em consequência da vida do grupo. Nessa perspectiva permite que os educandos possam refletir e entender como os grupos sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com o sagrado. E, ainda compreender suas trajetórias, suas manifestações no espaço escolar, estabelecendo relações entre culturas, espaços e diferenças, para que no entendimento destes elementos o educando possa elaborar o seu saber, passando a entender a diversidade de nossa cultura marcada pela religiosidade. 125 OBJETIVO GERAL Proporcionar ao aluno a compreensão do fenômeno religioso analisando e compreendendo o sagrado como o cerne da experiência religiosa do cotidiano que o contextualiza no universo cultural. CONTEÚDOS O Ensino Religioso, assim como as demais áreas do conhecimento, que são discutidas ao longo do Ensino Fundamental, contribuem para o desenvolvimento do sujeito. É ofertado o ensino que domine a leitura, a escrita, as artes e também o desenvolvimento das capacidades de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos, habilidades e a formação de atitudes e valores. Estes conteúdos visam permitir que os educandos se tornem capazes de entender os movimentos específicos da religiosidade das diversas culturas, contribuindo para o desenvolvimento humano em sua coletividade. Conteúdos Estruturantes: A paisagem religiosa Universo Simbólico Religioso Texto Sagrado CONTEÚDOS BÁSICOS Baseados no conteúdo estruturante, que se reflete no conceito de Sagrado, os conteúdos básicos nele estarão alicerçados. Esta organização partirá das manifestações religiosas menos conhecidas ou até desconhecidas para depois chegar às que já são de conhecimento do aluno. 5ª séries - Respeito à diversidade religiosa 126 - Lugares Sagrados - Textos Sagrados orais e escritos - Organizações Religiosas 6ª séries - Símbolos religiosos - Organizações religiosas - Ritos - Festas religiosas - Vida e morte CONTEÚDOS ESPECÍFICOS 5ª série - Lugares Sagrados em diferentes concepções religiosas: Budismo, Judaísmo, Islamismo, Espiritismo, Cristianismo, Religiões Indígenas, Religiões afro-brasileiras (Candomblé, Umbanda – cf. Lei 39/03). - Textos Sagrados orais e escritos das diferentes concepções religiosas: Budismo, Judaísmo, Islamismo, Espiritismo, Cristianismo, Religiões Indígenas, Religiões afrobrasileiras (Candomblé, Umbanda – cf. Lei 39/03). - Estudo das especificidades de cada concepção religiosa analisando as semelhanças em seus conjuntos de princípios e valores: respeito à diversidade religiosa. - Como se organizam algumas concepções religiosas, seus princípios e valores: organizações religiosas** 6ª série - Símbolos religiosos de diferentes concepções religiosas: Budismo, Judaísmo, Islamismo, Espiritismo, Cristianismo, Religiões Indígenas, Religiões afro-brasileiras (Candomblé, Umbanda – cf. Lei 39/03). - Ritos de diferentes concepções religiosas: Budismo, Judaísmo, Islamismo, Espiritismo, Cristianismo, Religiões Indígenas, Religiões afro-brasileiras (Candomblé, Umbanda – cf. Lei 39/03). 127 - Festas religiosas de diferentes concepções religiosas: Budismo, Judaísmo, Islamismo, Espiritismo, Cristianismo, Religiões Indígenas, Religiões afro-brasileiras (Candomblé, Umbanda – cf. Lei 39/03). - A concepção de vida e morte em diferentes concepções religiosas: Budismo, Judaísmo, Islamismo, Espiritismo, Cristianismo, Religiões Indígenas, Religiões afrobrasileiras (Candomblé, Umbanda – cf. Lei 39/03). - Como se organizam algumas concepções religiosas, seus princípios e valores: organizações religiosas** ** Ao estudar as organizações religiosas, seus princípios e valores, analisa-se como as diferentes religiões entendem e explicam as questões referentes a: a) relação entre homem e natureza (cf. Lei 9799/95); b) relações e valores humanos (amor/caridade X violência) – enfrentamento à violência; c) relações entre homem e mulher e seus respectivos papéis sociais e individuais – gênero e diversidade sexual; d) uso e prevenção ao uso indevido de drogas a partir de valores como o amor próprio e o auto-respeito, bem como da análise das relações e papéis sociais dos indivíduos; e) consumo e trabalho (abordagem para a educação fiscal); f) difusão das diferentes religiões que compõem a religiosidade no Estado do Paraná e o respeito pela diversidade de religiões existentes no estado (cf. Lei 07/06). METODOLOGIA A prática pedagógica desenvolvida na sala de aula fomenta o respeito às diversas manifestações religiosas ampliando e valorizando o universo cultural dos alunos. Dessa forma, pretende-se assegurar a especificidade dos conteúdos da disciplina, sem desconsiderar a sua aproximação com as demais áreas do conhecimento. Para contribuir efetivamente com o processo de formação dos educandos, utilizam-se análise de textos, aulas expositivas, atividades escritas e plásticas, reflexão e interpretação de textos. 128 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO A avaliação na disciplina de Ensino Religioso não tem a mesma orientação que a maioria das disciplinas no que se refere à atribuição de notas e/ou conceitos; não se constitui como objeto de reprovação. Mas, a avaliação não pode deixar de ser um dos elementos integrantes do processo educativo e acontece na forma de participação nas aulas, entrega de atividades desenvolvidas em sala de aula, trabalhos individuais e em grupos, verificação nos cadernos e apresentações orais. 6.6 DIRETRIZES CURRICULARES DE FILOSOFIA APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA O ensino de filosofia é um espaço para a criação de conceitos , unindo a filosofia e o filosofar como atividades indissociáveis que dão vida ao ensino de filosofia, levando a o aluno pensar para pensar para obter melhores resultados na vida. Como seria o nosso mundo sem o conhecimento? A partir da curiosidade, própria do ser humano, o conhecimento é impreinsidível, necessário e quase obrigatório. Nós pensamos muito, indagamos muito, questionamos muitas coisas, quem sou? de onde vim? Para onde vou?. Se não tivéssemos à nossa disposição os livros, os jornais, noticiários, a mídia à nossa disposição, faríamos perguntas e nós mesmos responderíamos acordo com a nossa visão de mundo. poderíamos acertar ou errar. A curiosidade nos leva à fonte do conhecimento, assim como a sede nos leva a fonte de água. A filosofia foi por muito tempo relegada a um lugar de pouco destaque como disciplina. No Brasil, desde o período histórico denominado de era Vargas, marcado pelo desenvolvimento industrial do país onde se privilegia a educação técnica e profissional, culminando com seu banimento total no período da Ditadura Militar com a lei LDB 5692/71. Após uma década da redemocratização da política nacional, por meio da LDB 9394/96 em seu artigo 36, a filosofia recebe referência como condição 129 fundamental para o desenvolvimento da cidadania, mas apenas agora ocorreu sua implantação definitiva com o estatuto de disciplina curricular do ensino médio. Após esta breve apresentação histórica do caminho trilhado pela filosofia compete justificar sua relevância. A filosofia, diferente do conhecimento artístico e científico, caracteriza-se por promover a elaboração do pensamento abstrato, crítico, rigoroso e global, possibilitando a passagem de uma visão do mundo infantil, mítica e heterônoma para uma visão de mundo adulta, racional e autônoma. Deve-se considerar a filosofia como uma práxis que tem como objeto de estudo o pensamento e o conhecimento humanos sobre a realidade. Sua tarefa consiste em pensar não qualquer problema, mas aqueles com significado existencial, histórico e social. Estudar e e analisar a realidade presente a partir da tradição filosófica, de forma a superar a visão imediatista e superficial do senso comum, possibilitando a transformação do mundo, eis a nobre tarefa da filosofia. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA A filosofia tem por objetivo a investigasção de problemas históricos relacionados aos valores epiistemológicos, políticos, éticos e estéticos que constituem o que se denomina realidade, criando conceitos e dando novas significações a esta realidade, desvelando, assim, discursos falaciosos e ideologisantes. Proporcionar o desenvolvimento do estilo filosófico no aluno via discussões críticas e criativas com o intuito de formar cidadãos conscientes da importância de seu papel como agente transformador da história. A filosofia, como disciplina curricular deve relacionar o conjunto de conhecimentos produzidos e transmitidos pelos textos filosóficos com a realidade em que se insere o aluno, de modo a formular uma abordagem contemporânea e contextualizada de problemas filosóficos como requisito para a formulação de seus próprios conceitos na construção de um discurso filosófico próprio. Espera-se, potanto que o aluno adquira capacidade de interpretação e contextualização de textos filosóficos, produçaõ de textos analíticos, críticos e coerentes, e desenvolvimento de uma atitude questionadora dos valores, normas e padrões atribuídos ao conjunto de significantes do real. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES 130 Os conteúdos devem ser trabalhados de forma temática, ou seja, apresentar a filosofia , de forma que o aluno tenha uma visão de totalidade e não fragmentada do saber. É interessante também desenvolver a capacidade de pensar no aluno, para que ele possa pensar melhor, melhorando com isso sua maneira de posiciona-se frente os desafios do dia a dia. Desta forma, podemos abordar conteúdos que desperte no aluno o interesse pela filosofia, contando também com a abertura, a fim de adaptar estes conteúdos à realidade de escola e, particularmente do aluno. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - 1º ANO Conceituação de filosofia. O que é filosofia Filosofia Grega Saber mítico Relação Mito e Filosofia Atualidade do mito Teoria do conhecimento CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - 2ºANO Idade Média Renascimento. Correntes filosóficas. Ética Filosofia Política CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - 3º ANO Filosofia e ciência Filosofia da idade Moderna Filosofia contemporânea Filosofia ciência e religião Estética- pensar a beleza 131 CONTEÚDOS EXPECÍFICOS - 1º ANO O que é filosofia O que se pretende com o ensino de filosofia. Conceituação de filosofia. Ordem e desordem. Visão de mundo: Como cada ser humano enxerga o mundo. Origem da filosofia. Filosofia e filosofar A mitologia e filosofia e suas influências no mundo grego. A filosofia grega. A partir da natureza dar explicações do mundo Filósofos da natureza: Tales de mileto, Anaximandro, Heráclito e Demócrito A origem de todas as coisas. Filósofos gregos: Sócrates, Platão e Aristóteles Conhece-te a ti mesmo Só sei que nada sei A possibilidade do conhecimento o Problema da verdade. O conhecimento da lógica CONTEÚDOS ESPECÍFICOS - 2º ANO Mito da caverna Comentários e aprofundamento e atualizações sobre o mito da caverna. O mundo das idéias A lógica de Aristóteles. Escada da natureza Um problema chamado conhecimento. O conhecimento como justificativa teórica. As fontes do conhecimento Correntes filosóficas: O helenismo, o estoicismo, os epicureus, o neoplatonismo. A filosofia na idade média. Idade das luzes ou trevas? Influência da Igreja no pensamento da idade média Patrística e pensamento dos santos padres. 132 Santo Agostinho São Tomas de Aquino Escolástica importância das escolas católicas. A filosofia no período do renascimento Ética e moral Pluralidade da ética Razão desejo e vontade Liberdade autonomia do sujeito. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS - 3º ANO Filosofia moderna. Correntes filosóficas modernas Concepção de ciência Contribuições e limites da ciência Ciência e ideologia Ciência e ética Diferenciar filosofia, ciência e religião. Estética Natureza da arte Estética e sociedade Pensar a beleza METODOLÓGIA DA DISCIPLINA A abordagem teórico-metodológico deve ocorrer mobilizando os estudantes para o estudo da filosofia sem doputrinação e dogmatismo. O ensino de filosofia deverá dialogar com o universo do estudante, a ciência, a arte, a história, a cultura a fim de problematizar e investigar os conteúdos estruturantes e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica tomando como referência os textos clássicos e seus comentadores. Para isso promover-se à reflexões individuais e coletivas, leituras e debates, produções de textos argumentativos, momentos de investigação. 133 O trabalho com os conteúdos se dará em quatro momentos (CF. DCE de filosofia para o ensino médio): Sensibilização: instigar e motivar possíveis relações entre o cotidiano do estudante e o conteúdo filosófico a ser desenvolvido; Problematização: A partir do conteúdo em discussão, professor e alunos levantam questões, identificam problemas e investigam o problematizar Investigação: Análise do problema, recorrendo-se à história da filosofia e aos clássicos, bem como aos seus comentadores, para que o aluno interaja com diferentes maneiras de pensar, compreender e resolver os problemas filosóficos; Criaçao de conceitos: Formulação de conceitos e discurso filosófico próprios. O objetivo deste momento é permitir a relação entre o passado e o presente, compreendendo que a filosofia e que os filósofos pensaram e o modo como solucionaram os problemas nos ajudam também a pensar os nossos problemas sociais. Ao final do processo o estudante estará apto a elaborar conceitos fundamentados em ideais e argumentos filosóficos lógicos, coerentes, críticos e cirativos. O ensino de filosofia está necessariamente ligada à atividade reflexiva do aluno que aprende enquanto interroga e age posicionando frente aos temas, e que, também requer do estudante compromisso consigo mesmo , com o outro e com o mundo. Aulas expositivas e dialogadas. Leitura e interpretação de texto, ou seja, documentos considerados como fontes primárias. Contextualização dos conteúdos trabalhados. Elaboração de síntese em grupo. Reflexões críticas. Problematização dos temas para se chegar ao conteúdo estruturante. RECURSOS Para uma aula de qualidade é necessário utilizar diversos recursos e por isso utilizaremos o mais adequado ao conteúdo que será apresentado. Quadro de giz Jornais Revistas Dinâmicas em grupos 134 Vídeos Músicas Retro-projetor Exercícios de fixação Visitas monitoradas em órgãos públicos e privados TV Pendrive AVALIAÇÃO Na complexidade do mundo contemporâneo, com suas múltiplas particularidades e especializações, espera-se que o estudante possa compreender, pensar e problematizar os conteúdos, elaborando respostas aos problemas solicitados e investigados. A avaliação será contínua, progressiva, sem caráter classificatório e sim como parte do processo ensino aprendizagem, considerando as ações da prática diária do aluno como: participação em sala, cumprimento de seus deveres, respeito ao próximo produções individuais e coletivas. Partindo do pressuposto que a avaliação é contínua, a nota será o resultado de diversas formas de avaliação tais como: atividades realizadas no caderno, trabalhos de pesquisas, trabalhos em grupos, provas formais e participação em sala. Processos de Avaliação As avaliações devem ser flexíveis e não tediosas pois as avaliações tradicionais levam ao desgaste do aluno e não a compreensão esperada pelo professor o qual acaba levando a reprovação do aluno. A avaliação deve ser diagnóstica e formativa, pois deve permitir ao professor a identificação do desenvolvimento de aprendizagem do aluno e, se for necessário, retomar os objetivos de ensino propostos. A recuperação será paralela aos conteúdos trabalhados, contínua e dinâmica, tal como a avaliação, enfatizando os aspectos quantitativos em detrimento dos quantitativos. Instrumentos Provas sem ou com consultas Atividades escritas Trabalho de pesquisa Apresentações orais 135 Produção de cartazes Interpretação de músicas e filmes Participações em debates Trabalhos em grupos LEGISLAÇÃO 1. Lei 39/03 – História e Cultura Afro-Brasileira A fim de promover o desenvolvimento do indivíduo, a escola deve trabalhar em meio ao intuito de resgatar os valores negros; estimular a solidariedade; defender os direitos enquanto cidadão; desmistificar os estereótipos; valorizar a cultura e buscar a identidade africana; protestar contra a ordem colonial e lutar pela emancipação de seus povos oprimidos; buscar o respeito entre todas as culturas. Segundo a Lei 10639/03, em seu Artigo 1º, § 1o- O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil. Dessa forma, o trabalho com a filosofia e cultura afro-brasileira se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos legais e históricos, sendo de forma interdisciplinar ou não. 1. Prevenção ao Uso Indevido de Drogas Segundo o Caderno Temático de Prevenção ao Uso Indevido de Drogas “precisamos projetar um novo desenho das arenas de enfrentamento ao uso indevido de drogas, trazendo novas possibilidades de arranjos e soluções no processo de formulação e implementação da Política Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas”. (Prevenção ao Uso Indevido de Drogas - Cadernos Temáticos da Diversidade, p. 78). Dessa forma, o trabalho em Filosofia com a Prevenção ao uso Indevido de Drogas se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos legais e históricos, sendo de forma interdisciplinar ou não. 1. Lei 9799/95 – Educação Ambiental 136 Segundo o Caderno Temático de Educação Ambiental, a Legislação Ambiental se apresenta como uma matriz indispensável para: a) definição de usos permitidos ou proibidos; b) formas e medidas de recuperação, melhoria, conservação e/ou preservação ambiental; c) avaliação e/ou resolução de problemas e situações concretas; d) sensibilização e capacitação de atores sociais de um modo geral e, especialmente, daqueles envolvidos com o planejamento e gestão ambiental; e) construção de direitos e deveres em relação ao meio ambiente; f) embasar e qualificar processos e instrumentos pautados pelo ideal do desenvolvimento sustentável, dentre eles, interessa-nos destacar aqui, a Educação Ambiental (EA) e Agenda 21 Escolar (A21E). (Educação ambiental - Cadernos Temáticos da Diversidade, p. 72). Dessa forma, o trabalho filosofia com a Educação Ambiental se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos legais e históricos, sendo de forma interdisciplinar ou não. 1. Educação Fiscal Segundo o site do Dia a Dia Educação, do Governo do Paraná, “a proposta da Educação Fiscal é estimular o cidadão a refletir sobre a função socieconômica dos tributos, possibilitar aos cidadãos o conhecimento sobre administração pública, incentivar o acompanhamento, pela sociedade, da aplicação dos recursos públicos e criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão” (http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=287). Dessa forma, o trabalho em História com a Educação Fiscal se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos históricos e econômicos, sendo de forma interdisciplinar ou não. 1. Enfrentamento a Violência contra a criança e o Adolescente Segundo o site do Dia a Dia Educação, do Governo do Paraná, “a demanda de Enfrentamento à Violência na Escola visa ampliar a compreensão e formar uma consciência crítica sobre a violência e, assim, transformar a escola num espaço onde o 137 conhecimento toma o lugar da força”. (http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=90) Dessa forma, o trabalho em filosofia com o enfrentamento a violência contra a criança e o adolescente se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos históricos, sociais e políticos, sendo de forma interdisciplinar ou não. 1. Gênero e Diversidade Sexual Segundo o site Observatório da Mulher, as políticas de inclusão e diversidade na educação básica deverão: 1) Realizar constantemente a análise de livros didáticos e paradidáticos utilizados nas escolas - conteúdos e imagens -, para evitar discriminações de gênero e de diversidade sexual e, quando isso for constatado, retirá-lo de circulação. 2) Desenvolver e ampliar programas de formação inicial e continuada em sexualidade e diversidade, visando a superar preconceitos, discriminação, violência sexista e homofóbica no ambiente escolar, e assegurar que a escola seja um espaço pedagógico, livre e seguro para todos e todas. 3) Rever e implementar diretrizes, legislações e medidas administrativas para os sistemas de ensino promoverem a cultura do reconhecimento da diversidade de gênero, identidade de gênero e orientação sexual no cotidiano escolar. 4) Garantir que a produção de todo e qualquer material didático-pedagó gico incorpore a categoria "gênero" como instrumento de análise, e que não se utilize de 5) linguagem Inserir os sexista, estudos de homofóbica gênero e e discriminatória. diversidade sexual no currículo das licenciaturas. (http://observatoriodamulher.org.br/site/index.php?option=com_content&task=view&i d=390&Itemid=49) Dessa forma, o trabalho em História com Gênero e Diversidade se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos históricos, sociais e políticos, sendo de forma interdisciplinar ou não. 1. Lei 07/06 História do Paraná O Artigo 1º da Lei 07/06 delibera a inclusão dos conteúdos de História do Paraná nos currículos da educação básica, no âmbito do Sistema Estadual de Ensino, 138 objetivando a formação de cidadãos conscientes da identidade, do potencial e das possibilidades de valorização do nosso Estado. Dessa forma, o trabalho com a Filosofia se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos históricos, sociais, políticos econômicos e culturais, sendo de forma interdisciplinar ou não. 6.7 DIRETRIZES CURRICULARES DE FÍSICA APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A Física tem como objeto de estudo o Universo em toda sua complexidade e, por isso, como disciplina escolar, propõe aos estudantes o estudo da natureza, entendida, segundo Menezes (2005), como realidade material sensível. Ressalta-se que os conhecimentos de Física apresentados aos estudantes do Ensino Médio não são coisas da natureza, ou a própria natureza, mas modelos elaborados pelo homem no intuito de explicar e entender essa natureza. Desde tempos remotos, provavelmente no período paleolítico, a humanidade observa a natureza, na tentativa de resolver problemas de ordem prática e de garantir subsistência. Porém, bem mais tarde é que surgiram as primeiras sistematizações, com o interesse dos gregos em explicar as variações cíclicas observadas nos céus. Esses registros deram origem à astronomia, talvez a mais antiga das ciências e, com ela, o início do estudo dos movimentos. Entretanto, apesar dos estudos e contribuições dos mais diversos povos, como os árabes e os chineses, entre outros, as pesquisas sobre a História da Física demonstram que, até o período do Renascimento, a maior parte da ciência conhecida pode ser resumida à Geometria Euclidiana, à Astronomia Geocêntrica de Ptolomeu (150 d. C.) e à Física de Aristóteles (384-322 a.C.). Não é objetivo da Física apenas transmitir conhecimento, mas possibilitar a formação crítica do indivíduo, valorizando desde a abordagem de conteúdos específicos até suas implicações históricas. Isto ocorre quando o aluno consegue desenvolver suas próprias potencialidades e habilidades para exercer seu papel na 139 sociedade, compreender as etapas do método científico e estabelecer um diálogo com temas do cotidiano que se articulam com outras áreas do conhecimento. O ensino da Física terá um significado real quando a aprendizagem partir de ideias e fenômenos que façam parte do contexto do aluno, possibilitando analisar o senso comum e fortalecer os conceitos científicos na sua experiência de vida. CONTEÚDOS Conteúdos Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos Avaliação • Momentum e • Finalidade da Física • formule uma visão geral da ciência (Física), presente no inércia • SI (Sistema final do século XIX e compreenda a visão de mundo dela Estruturantes Internacional de decorrente; • Conservação de Unidades) • compreenda a limitação do modelo clássico no estudo dos quantidade de • Trajetória movimentos de partículas subatômicas, a qual exige outros movimento • Posição escalar modelos físicos e outros princípios (entre eles o da • Deslocamento e Incerteza); • Variação da caminho percorrido • perceba (do ponto de vista relativístico e quântico) a quantidade de • Velocidade escalar necessidade de redefinir o conceito de massa inercial, movimento = média e instantânea espaço e tempo e, como consequência, um conceito básico Impulso • Movimento uniforme da mecânica clássica: trajetória; • Função horária das • compreenda o conceito de massa (nas translações) como posições uma construção científica ligada à concepção de força, • Gráfico do movimento entendendo-a (do ponto de vista clássico) como uma • 3ª Lei de Newton uniforme resistência à variação do movimento, ou seja, uma constante e condições de • Aceleração escalar de movimento e o momentum como uma medida dessa equilíbrio média resistência (translação); • Tipos de movimento • compreenda o conceito de momento de inércia (nas (acelerado e retardado) rotações) como a dificuldade apresentada pelo objeto ao giro, • Movimento relacionando este conceito à massa do objeto e à distribuição uniformemente variado dessa massa em relação ao eixo de rotação. Ou seja, que a • 2ª Lei de Newton Movimento diminuição do momento de inércia implica num aumento de • Equação de Torricelli velocidade de giro e vice-versa; • Gráfico do movimento • associe força à variação da quantidade de movimento de uniformemente variado um objeto ou de um sistema (impulso), à variação da • Queda de corpos velocidade de um objeto (aceleração ou desaceleração) e à (lançamento vertical para concepção de massa e inércia; cima e para baixo) • entenda as medidas das grandezas (velocidade, quantidade • Vetores de movimento, etc.) como dependentes do referencial e de • Lançamentos (oblíquo natureza vetorial; e horizontal) • perceba, em seu cotidiano, movimentos simples que • Movimento circular acontecem devido à conservação de uma grandeza ou • Força quantidade, neste caso a conservação da quantidade de • Equilíbrio movimento translacional ou linear; 140 • Princípio da inércia • compreenda, além disso, a conservação da quantidade de • Princípio fundamental movimento para os movimentos rotacionais; da Dinâmica • perceba que os movimentos acontecem sempre uns • Princípio da ação e acoplados aos outros, tanto os translacionais como os reação rotacionais; • Força de atrito • perceba a influência da dimensão de um corpo no seu comportamento perante a aplicação de uma força em pontos diferentes deste corpo; • aproprie-se da noção de condições de equilíbrio estático, identificado na 1ª lei de Newton e as noções de equilíbrio estável e instável. • reconheça e represente as forças de ação e reação nas mais diferentes situações. • Energia e o Princípio da Conservação da energia • Trabalho de uma força • conceba a energia como uma entidade física que pode se • Potência manifestar de diversas formas e, no caso da energia • Energia cinética e mecânica, potencial em energias cinética, potencial elástica e potencial • Teorema da energia gravitacional; cinética • perceba o trabalho como uma grandeza física relacionada à • Energia potencial transformação/variação de energia; gravitacional e elástica • compreenda a potência como uma medida de eficiência de • Energia mecânica total um sistema físico. Ou seja, é importante entender com que • Impulso de uma força rapidez no tempo ocorrem as transformações de energia, • Teorema do Impulso indicada pela • Estática grandeza física potência. • Hidrostática • Empuxo Gravitação • Leis da • Leis de Kepler • associe a gravitação com as leis de Kepler; • Lei da gravitação • identifique a massa gravitacional diferenciando-a da massa universal inercial, do ponto de vista clássico. • Aceleração da • compreenda o contexto e os limites do modelo newtoniano gravidade tendo em vista a Teoria da Relatividade Geral. • Temperatura e calor • compreenda a Teoria Cinética dos Gases como um modelo • Escalas termométricas construído e válido para o contexto dos sistemas gasosos • Equação termométrica com comportamento definido como ideal e fundamental para • Dilatação (linear, o desenvolvimento das idéias na termodinâmica; superficial e volumétrica) • formule o conceito de pressão de um fluido, seja ele um • Unidades de líquido ou um gás, e extrapole o conceito a outras aplicações quantidade de calor físicas; • Calor sensível e latente • entenda o conceito de temperatura como um modelo • Calor específico baseado nas propriedades de um material, não uma medida, • Capacidade térmica de de fato, do grau de agitação molecular em um sistema; um corpo • diferencie e conceitue calor e temperatura, entendendo o • Princípio da igualdade calor como uma das formas de energia, o que é fundamental e troca de calor para a compreensão do quadro teórico da termodinâmica; • Mudanças de fase • compreeenda a primeira lei como a manifestação do 141 Termodinâmica: Termodinâmica • Curvas de aquecimento Princípio da Conservação de Energia, bem como a sua e resfriamento construção no contexto da termodinâmica e a sua • Lei zero da • Transmissão de calor importância para a Revolução Industrial a partir do Termodinâmica • Lei de Boyle-Mariote entendimento do calor como forma de energia; • Lei de Gay-Lussac • associe a primeira lei à ideia de produzir trabalho a partir de • 1ª Lei da • Lei de Charles um fluxo de calor. Termodinâmica • Equação geral dos • compreenda os conceitos de capacidade calorífica e calor gases perfeitos específico como propriedade de um material identificável no • 2ª Lei da • Primeiro princípio da processo de transferência de calor. Termodinâmica termodinâmica • identifique dois processos físicos: a) os reversíveis e b) os • Segundo princípio da irreversíveis, que vêm acompanhados de uma degradação de termodinâmica energia enunciada pela segunda lei. Esse princípio físico deve ser compreendido como tão universal quanto o de conservação de energia e sugere um estudo da entropia; • compreenda a entropia, uma grandeza que pode variar em processos espontâneos e artificiais, como uma medida de desordem e probabilidade; Eletromagnetismo • Carga, corrente • Princípios da • compreenda a teoria eletromagnética, suas ideias, elétrica, eletrostática definições, leis e conceitos que a fundamentam. campo e ondas • Condutores e isolantes • compreenda a carga elétrica como um conceito central no eletromagnéticas • Processos de eletromagnetismo, pois todos os efeitos eletromagnéticos • Força eletrização estão ligados a alguma propriedade da carga. eletromagnética • Eletroscópio • compreenda que a carga tanto cria quanto sente o campo Equações de • Força elétrica de outra carga, mas o campo de uma carga não se altera na Maxwell: Lei de • Campo elétrico presença de outra carga. Assim, a ideia de campo deve ser Gauss para • Trabalho e potencial entendida como um ente que é inseparável da carga. Deseja- eletrostática/Lei elétrico se que o estudante entenda de Coulomb, Lei • Capacidade de um essa ideia de campo como uma entidade teórica criada no de Ampère, Lei de condutor eletromagnetismo, pois ele é básico para a teoria e mediador Gauss magnética, • Associação de da interação entre cargas; Lei de Faraday) condensadores • compreenda as leis de Maxwell como um conjunto de leis • Corrente elétrica que fornecem a base para a explicação dos fenômenos • Efeitos da corrente eletromagnéticos; elétrica • entenda o campo como uma entidade física dotado de • Estudo dos resistores energia; • Reostatos • apreenda o modelo teórico utilizado para explicar a carga e • Associação de o seu movimento (a corrente elétrica), a partir das resistores propriedades elétricas dos materiais; • Medidores elétricos • associe a carga elétrica elementar à quantização da carga • Geradores e receptores elétrica; • Circuitos elétricos • conheça as propriedades elétricas dos materiais, como por • Substâncias exemplo, a resistividade e a condutividade; magnéticas • conheça as propriedades magnéticas dos materiais; • Campo magnético • entenda corrente elétrica e força como entes físicos que aparecem associados ao campo; 142 • reconheça as interações elétricas como as responsáveis pela coesão dos sólidos, pelas propriedades apresentadas pelos líquidos (viscosidade, tensão superficial) e propriedades dos gases; • compreenda a força magnética como o resultado da ação do campo magnético sobre a corrente elétrica; • entenda o funcionamento de um circuito elétrico, identificando os seus elementos constituintes; • conceba a energia potencial elétrica como uma das muitas formas de manifestação de energia, como a nuclear e a eólica. • compreenda a potência elétrica como uma medida de eficiência de um sistema elétrico; • perceba o trabalho elétrico como uma grandeza física relacionada à transformação/ variação de energia elétrica. • A natureza da • Velocidade da luz • entenda o propósito do estudo da luz no contexto do luz e • Princípio da óptica eletromagnetismo; suas propriedades geométrica • conceba a luz como parte da radiação elétromagnética, • Princípio da localizada entre as radiações de alta e baixa energia, que propagação retilínea da manifesta dois comportamentos, o ondulatório e o de luz partícula, • Princípio da dependendo do tipo de interação com a matéria; reversibilidade dos raios • entenda os processos de desvio da luz, a refração que pode de luz ocorrer tanto com a mudança do meio quanto com a • Princípio da alteração da densidade do meio, além do processo de independência dos raios reflexão, no qual de luz a luz é desviada sem mudança de meio; • Reflexão da luz • entenda os fenômenos luminosos como os de reflexão total, • Associação de dois reflexão difusa, dispersão e absorção da luz, dentre outros espelhos planos importantes para a compreensão de fenômenos cotidianos • Espelhos esféricos que • Refração da luz ocorrem simultaneamente na natureza, porém, às vezes um • Leis da refração ou outro se sobressai; • associe fenômenos cotidianos relacionados à luz como por exemplo: a formação do arcoíris, a percepção das cores, a cor do céu dentre outros, aos fenômenos luminosos estudados; • compreenda a luz como energia quantizada que, ao interagir com a matéria, apresenta alguns comportamentos que são típicos de partículas (por exemplo, o efeito fotoelétrico) e outros de ondas (por exemplo, a interferência luminosa), ou seja, entenda a luz a partir do comportamento dual; • extrapole o conhecimento da dualidade onda-partícula à matéria, como por exemplo, ao elétron. 143 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO As tendências metodológicas tendem tocar diferentes maneiras de ensinar física como: a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma de trabalhar é a utilização de textos originais traduzidos para o português ou não, pois se entende que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científica, a compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas e os obstáculos epistemológicos encontrados. Sendo assim, é necessário ter diversos meios como materiais manipulativos, articulados com as reflexões dos alunos sobre as situações que se deparam e a análise do erro como hipótese de construção do conhecimento, trabalhando a física de forma contextualizada, integrada e relacionada com outros conhecimentos, fazendo com que o aluno compreenda e interprete situações, apropriando-se de linguagens especificas, ou seja, letrar-se fisicamente. AVALIAÇÃO Historicamente, as práticas avaliativas têm sido marcadas pela pedagogia do exame em detrimento da pedagogia do ensino e da aprendizagem (Luckesi, 2002). Como o objetivo de superar tal prática, considera-se que a avaliação deve acontecer ao longo do processo do ensino-aprendizagem, ancorada em encaminhamentos metodológicos que abram espaço para a interpretação e discussão, que considerem a relação do aluno com o conteúdo trabalhado, o significado desse conteúdo e a compreensão alcançada por ele. Para que isso aconteça, é preciso que o professor estabeleça critérios de avaliação claros e que os resultados sirvam para intervenções no processo ensino-aprendizagem, quando necessárias. Assim, a finalidade da avaliação é proporcionar ao aluno novas oportunidades de aprender e possibilitar ao professor refletir sobre seu próprio trabalho, bem como fornecer dados sobre as dificuldades de cada aluno (Abrantes, 1994, p.15). No processo avaliativo, é necessário que o professor faça uso da observação sistemática para diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar oportunidades diversificadas para que possam expressar seu conhecimento. Tais oportunidades devem incluir manifestações escritas, orais e de demonstração, inclusive por meio de 144 ferramentas e equipamentos, tais como materiais manipuláveis, computador e calculadora. Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno: 4. Compreende, por meio de leitura, o problema proposto; 5. Elabora um plano que possibilite a solução do problema; 6. Encontra meios diversos para a resolução de um problema; 7. Realiza o retrospecto da solução de um problema; Dessa forma, no processo pedagógico, o aluno deve ser estimulado a: 8. Partir de situações-problemas internas ou externas à disciplina; 9. Pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos problemas; 10. Elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las; 11. Perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades; 12. Sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada, generalizando e abstraindo. LEGISLAÇÃO O professor dentro dos conteúdos abaixo trabalhará as questões referentes à: - Lei 10639/03 – História e Cultura Afro-Brasileira; - Prevenção ao Uso indevido de Drogas; - Lei 9799/95 – Educação Ambiental; - Educação Fiscal; - Enfrentamento a Violência contra a Criança e o Adolescente; - Gênero e Diversidade Sexual; Todos os conteúdos acima citados (Legislação) serão trabalhados em sala de aula, através de levantamentos de dados e pesquisas entre outras atividades necessárias para a abordagem dos temas, estas atividades poderão ser trabalhadas de forma interdisciplinar ou não. 145 6.8 DIRETRIZES CURRICULARES DE GEOGRAFIA ENSINO FUNDAMENTAL APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A Geografia é considerada uma ciência social e o seu objeto de estudo volta-se para a compreensão e organização do espaço geográfico, entendido como aquele produzido e apropriado pela sociedade e sua relação com o meio (sustentabilidade ambiental), composto por objetos – naturais, culturais e técnicos - e ações pertinentes a relações socioculturais e político – econômicas. Objetos e ações estão interrelacionados (SANTOS, 2000). De acordo com Santos, os objetos que interessam a Geografia não são apenas objetos móveis, mas também imóveis, tal uma cidade, uma barragem, uma estrada de rodagem, um porto, uma floresta, uma plantação, um lago, uma montanha. Tudo isso são objetos geográficos. Esses objetos são do domínio tanto do que se chama a Geografia Física como do domínio do que se chama a Geografia Humana e através da história desses objetos, isto é, da forma como foram produzidos e mudam, essa Geografia Física e essa Geografia Humana se encontram. Dessa perspectiva, os objetos geográficos são indissociáveis das ações humanas, ainda que sejam objetos naturais. Mas o que são as ações? Ação é o próprio homem. Só o homem tem ação, porque só ele tem objetivo, finalidade.[...] As ações humanas não se restringem aos indivíduos, incluindo, também, as empresas, as instituições.[...] As ações resultam de necessidades, naturais ou criadas. Essas necessidades materiais, imateriais, econômicas, sociais, culturais, morais, afetivas é que conduzem os homens a agir e levam a funções . Essas funções, de uma forma ou de outra, vão desembocar nos objetos. [As ações] conduzem à criação e ao uso dos objetos, formas geográficas [...] As duas categorias, objeto e ação, materialidade e evento, devem ser tratadas unitariamente. Os eventos, as ações, não se geografizam indiferentemente. [...] O espaço geográfico deve ser considerado como algo que participa igualmente da condição do social e do físico, um misto, um híbrido. (SANTOS, 2000). 146 É no espaço geográfico – conceito fundamental da ciência geográfica – que se realizam as manifestações da natureza e as atividades humanas. Compreender a organização e as transformações sofridas por esse espaço é essencial para a formação do cidadão consciente e crítico dos problemas do mundo em que vive. É impossível acompanhar e entender as mudanças e os fatos ou fenômenos que ocorrem no mundo, sem conhecimentos geográficos. Na sociedade atual o processo de construção do espaço geográfico é marcado por grandes avanços científicos e tecnológicos, que invadem o cotidiano dos seres humanos e transformam a maneira de como se organizam e interagem. Em contrapartida tem-se como resultado desse processo, a desigualdade social, a dominação econômica, o consumismo e os impactos ambientais. Nesse contexto, o ensino deve subsidiar os alunos a pensar e agir criticamente, buscando elementos que permitam compreender e explicar o mundo, cabendo à geografia a função de preparar o aluno para uma leitura crítica da produção social do espaço. O estudo da Geografia exige que o aluno assuma uma atitude de questionamento, dúvida e curiosidade com o objetivo de encontrar respostas para questões nucleadoras que envolvem a vida social e atenda as suas necessidades do ponto de vista do conhecimento, da habilidade do pensamento, permitindo que testem a partir da complexidade das relações sociais presentes no mundo, a longicidade de suas ideias e do ponto de vista afetivo e social para que possam identificadas em sua problemática pessoal e existencial algumas idéias e dificuldades comuns. OBJETIVOS GERAIS A Geografia atual procura auxiliar na formação de cidadãos conscientes, participantes e dotados de opinião própria; na análise e comparação de fatos ocorridos em diversos locais e em diferentes épocas, para compreensão da configuração sócio espacial dos dias atuais; na visão interdisciplinar dos fatos e fenômenos do espaço geográfico e na aplicação e reconhecimento em sua vida e dos seus conceitos. Para isso se faz necessario Analisar o espaço geográfico local, regional e mundial, tendo como subsídio a cartografia. 147 Possibilitar a conscientização, por parte do aluno, como agente participante - das transformações do espaço geográfico. Criar condições para que o aluno aprofunde os seus conhecimentos dos conceitos básicos da Geografia, entendendo as diversidades e mudanças que acontecem no mundo, tornado-o capaz de pensar esse mundo e perceber-se como parte integrante dele. O aluno deverá identificar as particularidades de uma paisagem, lugar ou território no espaço geográfico, reconhecendo os fenômenos aí encontrados, determinando o processo de sua formação e o papel da tecnologia dos grupos humanos que habitam ou já habitaram esse determinado lugar, paisagem ou território; comparar os fenômenos geográficos e reconhecer as semelhanças e diferenças existentes entre eles, explicando por que elas existem. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO O ensino de Geografia deve propiciar ao aluno uma compreensão de espaço em sua totalidade – distância, localização, semelhanças, diferenças, atividades e sistemas de relações – visando o desenvolvimento da capacidade de apreensão da realidade e formação do raciocínio a respeito do espaço. A problematização dos temas de estudo deverá permitir a análise, a discussão e a crítica e fazer o aluno tomar consciência de seu papel de agente social, estimulando atitudes para o exercício da cidadania. Portanto, a aprendizagem será efetiva quando o conteúdo trabalhado em sala de aula for articulado com o conhecimento que o aluno traz consigo, a partir da sua vivência. CONTEÚDOS - ENSINO FUNDAMENTAL 5ª Série / 6º Ano Conteúdos Estruturantes 148 Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico Dimensão política do espaço geográfico Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico Conteúdos Básicos Formação e transformação das paisagens naturais e culturais. Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais. A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço geográfico. As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista. A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural. As diversas regionalizações do espaço geográfico. Conteúdos Específicos Espaço natural e geográfico. Paisagens cultural e natural. Orientação: como se orientar. Aprendendo a localizar: coordenadas geográficas. A representação do espaço. Introdução à Cartografia: mapas, escalas, plantas; linguagem cartográfica: convenções cartográficas e gráficos. Os movimentos da Terra. Fases da Lua. A natureza e o trabalho humano/Educacao Fiscal A natureza é a fonte da vida. Trabalho humano/História e Cultura Afro-Brasileira. A natureza é transformada em produto pelo trabalho humano. O mercado consumidor e a sociedade de consumo. 149 Revoluções industriais: impactos nas sociedades e na natureza. A agropecuária e as condições ambientais: clima, solo, relevo/Educacao Ambiental. O extrativismo mineral e o meio ambiente: minerais e rochas. 6ª Série / 7º Ano Conteúdos Estruturantes Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico Dimensão política do espaço geográfico Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico Conteúdos Básicos A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. As diversas regionalizações do espaço brasileiro. As manifestações socioespaciais da diversidade cultural, transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. Movimentos migratórios e suas motivações. O espaço rural e a modernização da agricultura. A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização. A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaçogeográfico. A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações. Conteúdos Específicos A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro. 150 A expansão do espaço geográfico. A estrutura da população/História e Cultura Afro-Brasileira. A técnica e a população/ Genero e Diversidade Sexual. Migrações populacionais. Atividades econômicas/ Educacao fiscal. Urbanização. Conhecendo o nosso país. Regiões brasileiras: macro-regiões e regiões geoeconômicas. Região Norte. Região Nordeste. Região Sudeste. Região Sul/História do Paraná. Região Centro-Oeste. 7ª Série / 8º Ano Conteúdos Estruturantes Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico Dimensão política do espaço geográfico Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico Conteúdos Básicos As diversas regionalizações do espaço geográfico. A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente americano. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado. O comércio em suas implicações socioespaciais. A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações. A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço geográfico. As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista. O espaço rural e a modernização da agricultura. 151 A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. Os movimentos migratórios e suas motivações. As manifestações sociespaciais da diversidade cultural. Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais. Conteúdos Específicos O Continente Americano. Espaço geográfico. Colonização do Continente Americano. Povos nativos da América. Política: a América hoje. Paisagens naturais. Estrutura Geológica. Hidrografia das Américas. Exploração dos recursos naturais/Educacao Ambiental. Produção de energia. Impacto ambiental. Industrialização e trabalho/Educacao Fiscal Desenvolvimento urbano/Prevencao ao Uso indevido de Drogas. Estados Unidos e o poder do Capitalismo. Produção agropecuária. Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)/Enfrentamento a Violencia contra a criança e o adolescente. Blocos Econômicos das Américas. 8ª Série / 9º Ano Conteúdos Estruturantes Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico Dimensão política do espaço geográfico Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico 152 Conteúdos Básicos As diversas regionalizações do espaço geográfico. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado. A revolução tecnicocientífico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção. O comércio mundial e as implicações socioespaciais/ Educação Fiscal. A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios. A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. As manifestações socioespaciais da diversidade cultural. Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações. A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re) organização do espaço geográfico. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial. Conteúdos Específicos Diversidade cultural. Globalização/Prevencao ao Uso Indevido de Drogas/Genero e Diversidade Sexual. Desenvolvimento da tecnologia. Mercadorias: transporte e comércio/Educacao Fiscal. Exploração dos recursos naturais/Educacao Ambiental. Impactos ambientais. Crescimento populacional do Mundo. Movimentos migratórios. Geopolítica no Mundo: fronteiras. Conflitos étnicos. Blocos Econômicos. O Continente Europeu: político, físico, clima. Guerra Fria. O fim da União Soviética. O Continente Africano. 153 Apartheid/Historia e Cultura Afro-Brasileira. O Continente Asiático: político, físico, clima/Educacao Ambiental. Conflitos na Ásia/Genero e Diversidade Sexual. Desenvolvimento industrial. Oceania: político, físico, clima, indústria. DIRETRIZES DO ENSINO MÉDIO PRESSUPOSTOS TEÓRICOS Inúmeros autores têm se dedicado a re-significar a Geografia nos níveis de ensino e pesquisa. Nestas diretrizes considera-seque o ensino deve subsidiar os alunos a pensar e agir criticamente, de modo que se ofereçam elementos para que compreendam e expliquem o mundo. Assim, cabe à Geografia prepará-los para uma leitura crítica da produção social do espaço, negando a “naturalidade” dos fenômenos que imprimem passividade aos indivíduos. Como espaço privilegiado de análise e produção de conhecimentos, a escola deve subsidiar os alunos no enriquecimento e sistematização dos saberes para que se tornem sujeitos capazes de interpretar, com olhar crítico, o mundo que os cerca. Por isso, é tarefa do professor e dos alunos terem uma atitude investigativa de pesquisa, recusarem a mera reprodução da interpretação do mundo, feita por outros, e assumirem seu papel de agentes transformadores da realidade. Sobre a teoria e o ensino da Geografia, acrescenta-se que sua relevância está no fato de que todos os acontecimentos do mundo têm uma dimensão espacial, onde o espaço é a materialização dos tempos da vida social. Portanto, há que se empreender um ensino capaz de fornecer aos alunos conhecimentos específicos de Geografia, com os quais ele possa ler e interpretar criticamente o espaço, sem deixar de considerar a diversidade das temáticas geográficas e suas diferentes formas de abordagem. A função da Geografia na escola é desenvolver o raciocínio geográfico, isto é, pensar a realidade geograficamente e despertar uma consciência espacial. Espera-se que o professor empreenda uma educação que contemple a heterogeneidade, a diversidade, a desigualdade e a complexidade do mundo atual, 154 quando a velocidade dos deslocamentos dos indivíduos, instituições, informações e capitais determina a configuração do espaço geográfico. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS Propõe-se que os conteúdos específicos sejam trabalhados de forma crítica e dinâmica, de maneira que a teoria, a prática e a realidade estejam interligadas, em coerência com os fundamentos teóricos propostos. A partir dos conteúdos estruturantes, recomenda-se que se amplie a abordagem dos conhecimentos específicos que deles são derivados, disponíveis em diferentes materiais didáticos. No Ensino Médio os quatro conteúdos estruturantes serão o ponto de partida e de chegada para a seleção e organização dos conteúdos específicos por série, ou seja, para a construção da proposta curricular. Recomenda-se que os conteúdos específicos sejam organizados numa sequência que parta da atual ordem mundial e problematize as relações de poder, as relações sociedade-natureza e as relações espaço-temporais que contribuíram para essa constituição do espaço geográfico. Esse ponto de partida pode se articular, na sequência, com a discussão regional. O professor pode abordar os diversos critérios de regionalização do espaço geográfico até a formação dos atuais blocos regionais e selecionar outros conteúdos específicos que envolverão também aspectos socioambientais e culturais dos diversos recortes espaciais em análise que devem incluir o Brasil e o Paraná. Questões geográficas relacionadas ao atual período histórico poderão ser enfocadas a seguir para que os conceitos básicos da Geografia – lugar, território, paisagem, região, sociedade, natureza e rede – sejam tratados de maneira mais complexa. Essa recomendação de sequência de abordagem de conteúdos apresenta, em linhas gerais, uma possibilidade de organização de conteúdos a serem distribuídos e tratados ao longo do Ensino Médio. É importante que seja preservada a dinâmica do fazer pedagógico por meio da qual os quatro conteúdos estruturantes serão fundamentais para compreender tanto quanto possível o maior número de aspectos que constituem o espaço geográfico. AVALIAÇÃO 155 No decorrer do processo de ensino-aprendizagem, a avaliação se dará de acordo com a L. D. B. (Lei Diretrizes de Bases da Educação) de forma contínua e cumulativa. A avaliação deverá ter uma finalidade diagnóstica, proporcionando elementos para identificar os problemas que estão inviabilizando ou dificultando a consecução dos objetivos, com vistas à preposição e realização de ações capazes de corrigir ou eliminar tais problemas. A avaliação processual deverá ocorrer levando em consideração: - Os diversos níveis de complexidade que um mesmo conteúdo contém; Que a mesma aconteça diariamente e não em momentos exclusivos; A necessidade de definições claras de objetivos da escola, dos conteúdos, meios e processos adequados para a avaliação; - O emprego de diferentes recursos e instrumentos avaliativos; - A concepção de avaliação enquanto situação de aprendizagem, o que implica que as produções dos alunos serão avaliadas observando-se três procedimentos: constatação, reflexão e superação do problema; - Que a constatação do erro faz-se necessário considerando a intrínseca do conteúdo; a possibilidade de dedução e generalização equivocada do conceito; as dificuldades impostas pela competência lingüística do aluno; ausência de prérequisitos; - A necessidade de tomada de decisões pertinentes e promoção de ações concretas de reordenação das condições de execução do processo pedagógico. METODOLOGIA Nossa proposta de trabalho procura ver o educando como um ser humano que vive imerso numa enorme quantidade de informações, sendo que muitas delas são de cunho geográfico. Segundo Cordeiro (2002. p 26), a geografia tornou-se uma fonte importante do conhecimento como ciência social, implicando diretamente nas transformações mundiais, que se dão, no caráter da espacialidade de toda prática social onde há uma dialética entre o homem e o lugar, pois este espaço contribui para a formação do ser humano, contudo isto provoca alterações e transforma o espaço. 156 Essa dialética deve ser compreendida pelos alunos para que possam tomar consciência de que eles e toda a sociedade são agentes no espaço, ou seja, são sujeitos das transformações ocorridas no lugar onde vivem, ou não. Este espaço se refere tanto à realidade micro (sua rua, seu bairro e a região), quanto na macro (sua cidade, seu estado, país e continente), sendo necessário analisar suas estruturas. Diante dessa dialética existente, tendo o homem como sujeito do processo de transformação do espaço, faz-se necessário à aplicação de uma proposta de ensino e aprendizagem sócio-construtivista, da qual o aluno é ativo, por sentir-se sujeito desse processo, que o professor também seja ativo, porque é ele quem faz a mediação do aluno com o objeto, tendo como base importante à observação, localização, relação, compreensão, descrição, expressão e representação, promovendo a auto-reflexão do aluno. Nesse contexto, considera-se, o aluno como um agente social que se apropria do conhecimento historicamente elaborado e que ativamente pode reconstruí-lo pelo aprendizado e pelo exercício de cidadania. Nesse processo, o educando constrói os conceitos geográficos e não simplesmente os recebe prontos. Assim, como os educando, o professor de Geografia também esta exposto a essa grande quantidade de informações. Então destacamos sua importância como problematizador que cria situações de aprendizagem ligadas à vida cotidiana do aluno. Nesse sentido, instiga-o a interpretar, analisar, levantar hipótese, propor soluções e representar as dinâmicas do espaço geográfico. O papel do professor de Geografia também é importante em relação às precauções que devem ser tomadas quando ao uso de recursos tecnológicos nos processos de ensino e aprendizagem, já que eles são veículos da mídia. Embora, no que diz respeito à Geografia, a mídia possibilite ao educando conhecer paisagens e vivências de outras localidades e aprofundar as mediações de seu lugar com o mundo, relacionado o que acontece em nível local com o global, pode também induzir determinados modos de pensamentos e atitudes. Assim, é necessário que o professor auxilie o aluno na leitura das ”entrelinhas” das notícias, reportagens e outras situações apresentadas por esses meios, desenvolvendo assim o pensamento critico. Procuramos basear o trabalho proposto nos recentes avanços teóricos e metodológicos voltados para a construção do conhecimento que resultaram em vários artigo, livros e propostas curriculares. 157 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Durante o andamento dos processos de ensino e aprendizagem da geografia é necessário verificar a validade da prática pedagógica e se os objetivos estão sendo alcançados e, se preciso redirecionar o trabalho e as estratégias desse processo. Entendemos que a avaliação permite confirmar as condições em que se encontram os elementos envolvidos no processo. Para isso, o professor pode utilizar vários instrumentos de avaliação para obter informações sobre o nível de aprendizado dos alunos, entre eles: observações do processo; registro do empenho de cada aluno e aplicações de atividades envolvendo os objetivos que se pretende atingir. Com base nesse entendimento esta proposta de trabalho permite a avaliação constante de forma que dê ao professor pistas concretas do caminho que o educando esta fazendo para observar, descrever, comparar, interpretar, sintetizar, formular hipóteses, analisar e propor soluções no contexto dos conhecimentos construídos com o estudo da Geografia. Atualmente faz-se necessário o resgate e a valorização do contexto psico-sóciocultural do educando e a disciplina de educação artística tem um papel importante neste caminho já que pode preparar o educando para a leitura e a utilização das ferramentas que bombardeiam, amplamente, nossa sociedade no dia-a-dia. E diante dos novos rumos que a educação tem tomado é possível perceber a presença marcante que a disciplina de educação artística tem tomado em vários aspectos, tais como: a ligação que se pode fazer com as demais disciplinas devendo envolver linguagens variadas e valorizar o meio em que o educando está inserido. Nossa proposta visa permitir ao educando a preparação, a leitura e a aplicação dos signos que permeiam o meio psico-sócio-cultural de nossa sociedade atual, o que lhe amplia largamente as formas de comunicação. CONTEÚDOS - ENSINO MÉDIO Conteúdos Estruturantes Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico 158 Dimensão política do espaço geográfico Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico Conteúdos Básicos A formação e transformação das paisagens. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço geográfico. A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais. A revolução técnicocientífica-informacional e os novos arranjos no espaço da produção. O espaço rural e a modernização da agricultura. O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial. A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações. Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios. As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista. A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente. A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. Os movimentos migratórios e suas motivações. As manifestações socioespaciais da diversidade cultural. O comércio e as implicações socioespaciais. As diversas regionalizações do espaço geográfico. As implicações socioespaciais do processo de mundialização. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado. 1ª Série Conteúdos Específicos Os continentes: planisfério, planisfério físico, mapa mundi político e perfil de cada continente. 159 Caracterização do espaço brasileiro: dimensão, localização geográfica e fusos horários. A organização político-administrativa e a divisão regional do Brasil Os complexos regionais brasileiros: Amazônica, Nordeste e Centro-Sul. Geopolítica Brasil: ocupação e expansão do território e fragmentação política. Território e territoriedade no espaço urbano A globalização e os blocos econômicos regionais: União Européia, Nafta e Bloco do Pacífico. Outros blocos econômicos: Alca, Mercosul, Pacto Andino, CEI, Caricon, Aladi, MCCA, Sade, Comesa, Asean e Anzcerta. Recurso natural: água doce A poluição das águas dos mananciais, oceanos e mares. Paisagem e espaço geográfico 2ª Série Conteúdos Específicos A urbanização da humanidade Urbanização e regiões metropolitanas brasileiras Migrações no mundo e no Brasil Nacionalismo, separatismo e minorias étnicas O Islamismo e os conflitos entre o Oriente e o Ocidente. Perfil do Oriente Médio e o conflito entre Judeus e Árabes. Crescimento demográfico População brasileira: distribuição e estrutura Introdução ao tema: dimensão econômica da produção do/ no espaço. A atividade industrial no mundo e no Brasil. Aspectos econômicos, políticos e sociais:das lojas de departamentos, dos hipermercados e fast food. Redes 3ª Série Conteúdos Específicos Sistemas: sócio-econômico-político (capitalismo e socialismo). Sociedade de consumo 160 A questão da fome Introdução temática dimensão sócio-ambiental. Atividades humanas e impactos ambientais. Destruição da natureza: erosão, desertificação e salinização O lixo urbano e os impactos ambientais causados pela população. A poluição do ar: inversão térmica, “ilhas de calor”, chuva ácida, efeito estufa, destruição da camada de ozônio e aquecimento global. Impactos ambientais nos ecossistemas brasileiros Fontes de energia sob a ótica do desenvolvimento e da preservação ambiental. Equilíbrio ecológico na agricultura. Catástrofes naturais. LEGISLAÇÃO Lei 39/03 – História e Cultura Afro-Brasileira A fim de promover o desenvolvimento do indivíduo, a escola deve trabalhar em meio ao intuito de resgatar os valores negros; estimular a solidariedade; defender os direitos enquanto cidadão; desmistificar os estereótipos; valorizar a cultura e buscar a identidade africana; protestar contra a ordem colonial e lutar pela emancipação de seus povos oprimidos; buscar o respeito entre todas as culturas. Segundo a Lei 10639/03, em seu Artigo 1º, § 1o- O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil. Dessa forma, o trabalho com a história e cultura afro-brasileira se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos legais e históricos, sendo de forma interdisciplinar ou não. Prevenção ao Uso Indevido de Drogas 161 Segundo o Caderno Temático de Prevenção ao Uso Indevido de Drogas “precisamos projetar um novo desenho das arenas de enfrentamento ao uso indevido de drogas, trazendo novas possibilidades de arranjos e soluções no processo de formulação e implementação da Política Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas”. (Prevenção ao Uso Indevido de Drogas - Cadernos Temáticos da Diversidade, p. 78). Dessa forma, o trabalho em Ciências com a Prevenção ao uso Indevido de Drogas se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos legais e biológicos, sendo de forma interdisciplinar ou não. 6) Lei 9799/95 – Educação Ambiental Segundo o Caderno Temático de Educação Ambiental, a Legislação Ambiental se apresenta como uma matriz indispensável para: a) definição de usos permitidos ou proibidos; b) formas e medidas de recuperação, melhoria, conservação e/ou preservação ambiental; c) avaliação e/ou resolução de problemas e situações concretas; d) sensibilização e capacitação de atores sociais de um modo geral e, especialmente, daqueles envolvidos com o planejamento e gestão ambiental; e) construção de direitos e deveres em relação ao meio ambiente; f) embasar e qualificar processos e instrumentos pautados pelo ideal do desenvolvimento sustentável, dentre eles, interessa-nos destacar aqui, a Educação Ambiental (EA) e Agenda 21 Escolar (A21E). (Educação ambiental - Cadernos Temáticos da Diversidade, p. 72). Dessa forma, o trabalho em Ciências com a Educação Ambiental se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos legais e ambientais, sendo de forma interdisciplinar ou não. Educação Fiscal Segundo o site do Dia a Dia Educação, do Governo do Paraná, “a proposta da Educação Fiscal é estimular o cidadão a refletir sobre a função socieconômica dos tributos, possibilitar aos cidadãos o conhecimento sobre administração pública, 162 incentivar o acompanhamento, pela sociedade, da aplicação dos recursos públicos e criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão” (http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=287). Dessa forma, o trabalho em Ciências com a Educação Fiscal se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos científicos e econômicos, sendo de forma interdisciplinar ou não. Enfrentamento a Violência contra a criança e o Adolescente Segundo o site do Dia a Dia Educação, do Governo do Paraná, “a demanda de Enfrentamento à Violência na Escola visa ampliar a compreensão e formar uma consciência crítica sobre a violência e, assim, transformar a escola num espaço onde o conhecimento toma o lugar da força”. (http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=90) Dessa forma, o trabalho em Ciências com o enfrentamento a violência contra a criança e o adolescente se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos biológicos, sociais e políticos, sendo de forma interdisciplinar ou não. Gênero e Diversidade Sexual Segundo o site Observatório da Mulher, as políticas de inclusão e diversidade na educação básica deverão: 1) Realizar constantemente a análise de livros didáticos e paradidáticos utilizados nas escolas - conteúdos e imagens -, para evitar discriminações de gênero e de diversidade sexual e, quando isso for constatado, retirá-lo de circulação. 2) Desenvolver e ampliar programas de formação inicial e continuada em sexualidade e diversidade, visando a superar preconceitos, discriminação, violência sexista e homofóbica no ambiente escolar, e assegurar que a escola seja um espaço pedagógico, livre e seguro para todos e todas. 3) Rever e implementar diretrizes, legislações e medidas administrativas para os sistemas de ensino promoverem a cultura do reconhecimento da diversidade de gênero, identidade de gênero e orientação sexual no cotidiano escolar. 4) Garantir que a produção de todo e qualquer material didático-pedagó gico incorpore a categoria "gênero" como instrumento de análise, e que não se utilize de linguagem sexista, homofóbica e discriminatória. 163 5) Inserir os estudos de gênero e diversidade sexual no currículo das licenciaturas. (http://observatoriodamulher.org.br/site/index.php?option=com_content&task=view&i d=390&Itemid=49) Dessa forma, o trabalho em Ciências com Gênero e Diversidade se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos biológicos, sociais e políticos, sendo de forma interdisciplinar ou não. 6.9 DIRETRIZES CURRICULARES DE HISTÓRIA APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Desde a Antiguidade tentou-se fazer da história o objeto de uma verdadeira ciência, onde historiadores e filósofos buscaram encontrar e definir as leis da História. Segundo Jacques Le Goff, essa busca sofreu uma falência significativa, já que “... a possibilidade de uma leitura racional a posteriori da história, o reconhecimento de certas regularidades em seu decurso (fundamento de um comparatismo da história das diversas sociedades e das diferentes estruturas), a elaboração de modelos que excluem a existência de um modelo único (o alargamento da história do mundo no seu conjunto, a influência da etnologia, a sensibilidade para as diferenças e em relação ao outro, caminham neste sentido) permitem excluir o retorno da história a um mero relato”. (LE GOFF, 2003, p.10) A história enquanto disciplina escolar, ao se integrar à área de ciências humanas, possibilita ampliar estudos sobre as problemáticas contemporâneas, situando-as nas diversas temporalidades, servindo como arcabouço, para a reflexão sobre possibilidades ou necessidades de mudanças. Desta forma o ensino de história deve visar a formação dos indivíduos ativos e pensantes na 164 sociedade, preocupados e envolvidos em questões sócio-ambientais, culturais, econômicas e políticas, para assim compreender os processos da sociedade. Segundo as Diretrizes Curriculares de História da SEED-PR, “A história tem como objeto de estudo os processos históricos relativos à ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como a respectiva significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações. As relações humanas produzidas por essas ações podem ser definidas como estruturas sócio-históricas, ou seja, são as formas de agir, de pensar ou de raciocinar, de representar, de imaginar, de instituir, portanto, de se relacionar social, cultural e politicamente”. (PARANÁ, 2006, p.22) A partir dos estudos da Escola dos Annales podemos realizar um planejamento educacional voltado para as relações de poder, cultural e trabalho para direcionar os conteúdos para os termos específicos. OBJETIVO GERAL A função do ensino desejável, no entender dos professores do ensino fundamental e médio, deve dar conta de superar os desafios de desenvolver o senso crítico, rompendo com a valorização do saber enciclopédico, socializando a produção da ciência histórica passando a reprodução do conhecimento à compreensão das formas de como este se produz, formando um homem político capaz de compreender a estrutura do mundo da produção onde ele se insere. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Conhecer realidades históricas singulares, distinguindo diferentes modos de convivência nelas existentes : Caracterizar e distinguir relações sociais da cultura com a natureza e trabalho, em diferentes realidades históricas. Localizar acontecimentos no tempo, dominando noções de medida e noções para distinguí-los por critérios de anterioridade, posterioridade e simultaneidade. 165 Estabelecer relações entre acontecimentos e conceitos históricos no tempo. Utilizar fontes históricas em suas pesquisas escolares. Identificar e analisar lutas sociais, guerras e revoluções. Reconhecer as diferentes formas de relações de poder inter e intragrupos sociais. Compreender a diversidade cultural entre os povos, diferenciar propriedade de posse, propriedade publica de privada e coletiva de individual. Analisar conceitos antigos e contemporâneos sem cair no anacronismo. Desenvolver análises econômicas e políticas. Pesquisar a sociedade em sua totalidade e não buscando apenas o mito do herói Investigar e analisar as correntes historiográficas, principalmente aquelas que trabalham as mentalidades. CONTEÚDOS Os conteúdos devem ser trabalhados de forma temática, ou seja, apresentar a história do Brasil em conjunto com a história européia e a história do oriente, pois o aluno deve ter uma visão de totalidade e não aprender apenas a história dos vencedores mas também a história dos vencidos e colonizados. É necessário apresentar a história regional, indígena e afro brasileira. É interessante também desenvolver as correntes historiográficas como a nova história cultural pois, ela dá subsídios para analisar as relações culturais e suas diferenças que no caso parte dos sujeitos históricos e suas representações no espaço social, político e econômico dentro de uma temporalidade. Desta forma, podemos abordar conteúdos que desperte no aluno o interesse pela história, contando também com a abertura, a fim de adaptar estes conteúdos à realidade de escola e, particularmente do aluno. Vemos a importância de trabalhar os conteúdos estruturantes de forma análoga de acordo com suas especificidades, ou seja, os temas específicos apresentam várias relações, havendo a necessidade de trabalhar os três conteúdos estruturantes ao mesmo tempo. 166 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS – ENSINO FUNDAMENTAL HISTÓRIAENSINO FUNDAMENTAL: 5ª SÉRIE/ 6 OANO - Os Diferentes Sujeitos, suas Culturas e suas Histórias CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Relações de trabalho Relações de Poder Relações culturais CONTEÚDOS BÁSICOS: A experiência humana no tempo. Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo. As culturas locais e a cultura comum. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: 2. O historiador e a produção do conhecimento histórico. 3. Tempo e temporalidade. 4. Fontes e documentos. 5. Patrimônio material e imaterial. 6. Conceitos como Arqueologia, Antropologia e Etnologia. 7. A humanidade e a história. 8. Arqueologia do Brasil e do Paraná. 7) Povos indígenas do Brasil e do Paraná. Surgimento, desenvolvimento da humanidade e grandes migrações. Teorias do surgimento do Homem na América. Egito e Fenícios. Hebreus e Persas. - Gregos e Romanos. - A Europa Feudal (Portugal e Espanha). 167 - O mundo Árabe. - As Cruzadas. - O fim da Idade Média. ENSINO FUNDAMENTAL: 6ª SÉRIE/ 7 OANO -A Constituição Histórica do Mundo Rural e Urbano e a Formação da Propriedade em Diferentes Tempos e Espaços CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Relações de trabalho Relações de Poder Relações culturais CONTEÚDOS BÁSICOS: As relações de propriedade. A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade. As relações entre o campo e a cidade. Conflitos e resistências e produção cultural campo/ cidade. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: As Grandes Navegações. A Chegada dos Europeus na América. Incas, Maias e Astecas. Os povos do Oriente. Formação da sociedade americana e brasileira. Expansão e consolidação do território brasileiro. Renascimento Absolutismo Reforma e contra-reforma. - O ciclo do açúcar 168 - O Brasil Holandês - Os Bandeirantes. - Colonização do território paranaense. - O ciclo do ouro. - Revoltas nativistas e nacionalistas. - A cultura colonial. - Os reinos e sociedades africanas e os contatos com a Europa. - Diáspora africana. - Trabalho escravo. - Quilombos. As conjurações mineira e baiana. As revoluções inglesas no século XVII. Os avanços das ciências. A colonização inglesa da América do Norte. O Iluminismo e seus filósofos. A Independência dos Estados Unidos. A Revolução Francesa. - A ascensão de Napoleão Bonaparte. - A expansão e queda do Império Napoleônico. - A independência das colônias espanholas na América. - A vinda da corte portuguesa para o Brasil. - A administração joanina no Brasil. - A Independência do Brasil. ENSINO FUNDAMENTAL: 7ª SÉRIE/ 8OANO - O Mundo do Trabalho e os Movimentos de Resistência CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Relações de trabalho Relações de Poder Relações culturais 169 CONTEÚDOS BÁSICOS: História das relações da humanidade com o trabalho. O trabalho e a vida em sociedade. O trabalho e as contradições da modernidade. Os trabalhadores e as conquistas de direito. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: - A Revolução Industrial na Inglaterra. 4. O período regencial no Brasil. 5. As revoluções liberais na Europa. 6. O Segundo Império no Brasil. 7. A expansão dos Estados Unidos. 8. A unificação da Alemanha e da Itália. 9. A modernização do Japão. 10. Os movimentos nacionalistas. 11. A Segunda Revolução Industrial. A Emigração Europeia. A partilha da África e da Ásia. O imperialismo na América Latina. O fim da escravidão no Brasil. A mão-de-obra europeia no Brasil. A economia brasileira no final do século XIX. A proclamação da República. A primeira Guerra Mundial. A estrutura política da República Velha. Os movimentos sociais no Brasil. A Revolução Mexicana. As lutas contra o imperialismo na África e na Ásia. A Revolução Soviética. O movimento operário no Brasil. A prosperidade econômica dos Estados Unidos. 170 A sociedade e a cultura da década de 1920. A Semana de Arte Moderna e o tenentismo no Brasil. ENSINO FUNDAMENTAL: 8ª SÉRIE/ 9 OANO – Relações de Dominação e Resistência: a Formação do Estado e das Instituições Sociais CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Relações de trabalho Relações de Poder Relações culturais CONTEÚDOS BÁSICOS: A constituição das instituições sociais. A formação do Estado. Sujeitos, Guerras e revoluções. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: 1. A Grande Depressão de 1929 e seus efeitos. 2. A ascensão do nazi-facismo na Europa. 3. O crescimento industrial da união Soviética. 4. A era Vargas no Brasil. 5. A Segunda Guerra Mundial. - Os governos democráticos brasileiros entre 1945 e 1964. - O golpe militar e a implantação da ditadura no Brasil. - A Guerra Fria: O mundo dividido entre USA e URSS. - A Descolonização da África. - Os conflitos no Oriente Médio, Ásia e América. - Os movimentos sociais dos anos 1960. - A crise do petróleo e suas consequências. 171 - A redemocratização e a crise econômica do Brasil. O governo de Fernando Henrique Cardoso. O neoliberalismo e a globalização da economia. O fim da Guerra Fria e da União Soviética. O fundamentalismo islâmico. De Collor a Lula CONTEÚDOS ESPECÍFICOS – ENSINO MÉDIO ENSINO MÉDIO: 1OANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Relações de trabalho Relações de Poder Relações culturais CONTEÚDOS BÁSICOS: Tema 1: Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre. Tema 6: Cultura e religiosidade. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Arqueologia do Brasil e do Paraná. Povos Indígenas do Brasil e do Paraná. Contatos culturais entre indígenas e europeus. Civilizações antigas orientais. - Rupturas e permanências das sociedades orientais no mundo atual. - Civilizações ocidentais. A) Europa feudal (Portugal e Espanha). 172 ENSINO MÉDIO: 2OANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Relações de trabalho Relações de Poder Relações culturais CONTEÚDOS BÁSICOS: Tema 3: O Estado e as relações de poder Tema 4: Os sujeitos, as revoltas e as guerras. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: B) Grandes navegações. C) Chegada dos Europeus na América. D) Incas, Maias e Astecas. - Brasil colônia. - Renascimento artístico e cultural. - Absolutismo em Portugal e no Brasil. - Economia açucareira. - Colonização do Paraná. - Economia mineradora. - Ação dos Bandeirantes. - Relação entre África e Europa. - A escravidão no Brasil. 5. Revoltas coloniais brasileiras. 6. Revolução Inglesa. 7. Iluminismo. 8. Independência dos Estados Unidos da América. 9. Revolução Francesa. 173 - A vinda da Família Real para o Brasil. - Império Napoleônico. - Mudanças urbanas e culturais no Brasil. - Independência das colônias espanholas. - O ouro das Minas Gerais e os conflitos na colônia. - Revoltas emancipacionistas. ENSINO MÉDIO: 3O ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Relações de trabalho Relações de Poder Relações culturais CONTEÚDOS BÁSICOS: Tema 2: Urbanização e Industrialização. Tema 5: Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e as revoluções. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: 3) O Processo de Independência do Brasil. 4) Período Regencial. 5) Segundo Reinado no Brasil. 6) Revolução Industrial. 7) Expansão dos Estados Unidos da América. 8) Imperialismo. b) Transição da política do Império para a República no Brasil (Fim da escravidão). c) Movimentos sociais (Canudos e Contestado). d) Mão-de-obra europeia no Brasil. e) Economia cafeeira. 174 - Primeira Guerra Mundial. - Contexto político e economia no Brasil no período da Primeira Guerra. - Revolução Russa. - Movimento Operário no Brasil. - Semana da arte moderna no Brasil. - Crise de 1929. - Regimes totalitários. - Segunda Guerra Mundial e participação do Brasil. - Era Vargas. - Guerra Fria. - Governos democráticos. - Ditadura Militar no Brasil. - Redemocratização do Brasil. METODOLOGIA A prática do professor de história visa desenvolver métodos adequados, organizando a apreensão de conteúdos históricos onde o aluno, como um ser pensante e crítico busque interagir com o professor o qual lhe apresenta de forma clara o conteúdo e que desta forma ele possa perceber as mudanças sociais políticas e culturais da sociedade onde ele está inserido. Desta forma, o professor deve apropriar-se e adaptar as diversas formas metodológicas para que todos os alunos, mesmo aqueles com problemas especiais consigam adquirir o conhecimento histórico. Para tanto é necessário partir de uma problematização do conteúdo para que se obtenha o melhor resultado. Formas metodológicas As formas metodológicas são importantes para que o aluno se interesse pelo assunto. Com isso buscaremos desenvolver uma metodologia de trabalho onde o aluno interaja com o conteúdo e desenvolva o seu raciocínio. 175 O aluno deve se apropriar dos fundamentos teóricos para que ele desenvolva a prática de pensar historicamente. - Aulas expositivas e dialogadas. - Leitura e interpretação de texto, ou seja, documentos considerados como fontes primárias. - Contextualização dos conteúdos trabalhados. - Elaboração de síntese em grupo. - Reflexões críticas. - Problematização dos temas para se chegar ao conteúdo estruturante. RECURSOS Para uma aula de qualidade é necessário utilizar diversos recursos e por isso utilizaremos o mais adequado ao conteúdo que será apresentado. Quadro de giz Jornais Revistas Dinâmicas em grupos Vídeos Músicas Retro-projetor Exercícios de fixação Visitas monitoradas em órgãos públicos e privados TV Pendrive AVALIAÇÃO A avaliação tem de ser uma ação que ocorra durante todo o processo de ensino e aprendizagem e não apenas em momentos específicos, caracterizando como fechamento de etapas de trabalho, e terá que envolver não somente o aluno, mas também o professor. 176 Será considerado como boa aprendizagem quando o aluno for capaz de analisar interpretar e produzir textos de história, conseguindo estabelecer relações entre o passado e o presente das experiências vividas em sociedade, compreendendo os conteúdos estruturantes. O professor precisa estabelecer relações entre continuidade / permanência e ruptura / transformação nos processos históricos. Serão avaliados a capacidade de discernimento frente a realidade atual ou frente aos temas estudados. E também as capacidades de posicionar-se diante de fatos presentes e suas relações com o passado. Processos de Avaliação As avaliações devem ser flexíveis e não tediosas pois as avaliações tradicionais levam ao desgaste do aluno e não a compreensão esperada pelo professor o qual acaba levando a reprovação do aluno. A avaliação deve ser diagnóstica e formativa, pois deve permitir ao professor a identificação do desenvolvimento de aprendizagem do aluno e, se for necessário, retomar os objetivos de ensino propostos. Instrumentos Provas sem ou com consultas Atividades escritas Trabalho de pesquisa Apresentações orais Produção de cartazes Interpretação de músicas e filmes Participações em debates Trabalhos em grupos Entrevistas Interpretações de imagens Relatórios de visitas monitoradas E outras formas que ficam a critério dos professores 177 LEGISLAÇÃO Lei 39/03 – História e Cultura Afro-Brasileira A fim de promover o desenvolvimento do indivíduo, a escola deve trabalhar em meio ao intuito de resgatar os valores negros; estimular a solidariedade; defender os direitos enquanto cidadão; desmistificar os estereótipos; valorizar a cultura e buscar a identidade africana; protestar contra a ordem colonial e lutar pela emancipação de seus povos oprimidos; buscar o respeito entre todas as culturas. Segundo a Lei 10639/03, em seu Artigo 1º, § 1o- O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil. Dessa forma, o trabalho com a história e cultura afro-brasileira se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos legais e históricos, sendo de forma interdisciplinar ou não. Prevenção ao Uso Indevido de Drogas Segundo o Caderno Temático de Prevenção ao Uso Indevido de Drogas “precisamos projetar um novo desenho das arenas de enfrentamento ao uso indevido de drogas, trazendo novas possibilidades de arranjos e soluções no processo de formulação e implementação da Política Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas”. (Prevenção ao Uso Indevido de Drogas - Cadernos Temáticos da Diversidade, p. 78). Dessa forma, o trabalho em História com a Prevenção ao uso Indevido de Drogas se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos legais e históricos, sendo de forma interdisciplinar ou não. Lei 9799/95 – Educação Ambiental 178 Segundo o Caderno Temático de Educação Ambiental, a Legislação Ambiental se apresenta como uma matriz indispensável para: a) definição de usos permitidos ou proibidos; b) formas e medidas de recuperação, melhoria, conservação e/ou preservação ambiental; c) avaliação e/ou resolução de problemas e situações concretas; d) sensibilização e capacitação de atores sociais de um modo geral e, especialmente, daqueles envolvidos com o planejamento e gestão ambiental; e) construção de direitos e deveres em relação ao meio ambiente; f) embasar e qualificar processos e instrumentos pautados pelo ideal do desenvolvimento sustentável, dentre eles, interessa-nos destacar aqui, a Educação Ambiental (EA) e Agenda 21 Escolar (A21E). (Educação ambiental - Cadernos Temáticos da Diversidade, p. 72). Dessa forma, o trabalho em História com a Educação Ambiental se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos legais e históricos, sendo de forma interdisciplinar ou não. Educação Fiscal Segundo o site do Dia a Dia Educação, do Governo do Paraná, “a proposta da Educação Fiscal é estimular o cidadão a refletir sobre a função socieconômica dos tributos, possibilitar aos cidadãos o conhecimento sobre administração pública, incentivar o acompanhamento, pela sociedade, da aplicação dos recursos públicos e criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão” (http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=287). Dessa forma, o trabalho em História com a Educação Fiscal se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos históricos e econômicos, sendo de forma interdisciplinar ou não. Enfrentamento a Violência contra a criança e o Adolescente Segundo o site do Dia a Dia Educação, do Governo do Paraná, “a demanda de Enfrentamento à Violência na Escola visa ampliar a compreensão e formar uma consciência crítica sobre a violência e, assim, transformar a escola num espaço onde o 179 conhecimento toma o lugar da força”. (http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=90) Dessa forma, o trabalho em História com o enfrentamento a violência contra a criança e o adolescente se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos históricos, sociais e políticos, sendo de forma interdisciplinar ou não. Gênero e Diversidade Sexual Segundo o site Observatório da Mulher, as políticas de inclusão e diversidade na educação básica deverão: 1) Realizar constantemente a análise de livros didáticos e paradidáticos utilizados nas escolas - conteúdos e imagens -, para evitar discriminações de gênero e de diversidade sexual e, quando isso for constatado, retirá-lo de circulação. 2) Desenvolver e ampliar programas de formação inicial e continuada em sexualidade e diversidade, visando a superar preconceitos, discriminação, violência sexista e homofóbica no ambiente escolar, e assegurar que a escola seja um espaço pedagógico, livre e seguro para todos e todas. 3) Rever e implementar diretrizes, legislações e medidas administrativas para os sistemas de ensino promoverem a cultura do reconhecimento da diversidade de gênero, identidade de gênero e orientação sexual no cotidiano escolar. 4) Garantir que a produção de todo e qualquer material didático-pedagó gico incorpore a categoria "gênero" como instrumento de análise, e que não se utilize de 5) linguagem Inserir os sexista, estudos de homofóbica gênero e e discriminatória. diversidade sexual no currículo das licenciaturas. (http://observatoriodamulher.org.br/site/index.php?option=com_content&task=view&i d=390&Itemid=49) Dessa forma, o trabalho em História com Gênero e Diversidade se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos históricos, sociais e políticos, sendo de forma interdisciplinar ou não. Lei 07/06 História do Paraná O Artigo 1º da Lei 07/06 delibera a inclusão dos conteúdos de História do Paraná nos currículos da educação básica, no âmbito do Sistema Estadual de Ensino, 180 objetivando a formação de cidadãos conscientes da identidade, do potencial e das possibilidades de valorização do nosso Estado. Dessa forma, o trabalho com a História do Paraná se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos históricos, sociais, políticos econômicos e culturais, sendo de forma interdisciplinar ou não. 6.10 DIRETRIZES CURRICULARES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA ESPANHOL APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA De acordo com a Constituição do Brasil (capitulo II, artigo 6), “a educação é um direito de todos” e a sanção da lei 11.161 (05/08/05) o ensino do espanhol tornou-se obrigatório. Isto nos da base para o ensino de uma Língua estrangeira e nos permite a abordagem teórico-metodológica ocorre mobilizando os estudantes para o estudo da língua espanhola ao ter uma leitura maior de mundo e do desejo de ampliar os horizontes culturais, pelo fato de poder interagir com conteúdos, abordagens culturais diversas que proporcionam o aprendizado de outra língua. O ensino da língua espanhola deverá ser feito com qualidade e permitir ao aluno a aquisição de outra língua através do processo continuo e permanente de estudo. Podemos entender de forma geral que o que se quer é a formação cidadã e que a língua apreendida permita entender as diversidades lingüísticas e culturais já existentes, além de permitir uma nova leitura de mundo, do mesmo modo a leitura, a oralidade e a escrita se configuram em discurso como prática social e, portanto, instrumento de comunicação e portanto, transformação. Quando o aluno interage com outras culturas ele pode deduzir, analisar e comparar estes conhecimentos com sua a própria cultura e a partir daí desenvolver maior senso crítico, um agir mais seguro e confiante diante do mundo. Pretende-se que ao conhecer outra língua, o acesso a informação por diversos meios se amplie, e que o aluno tenha condições de ir a procura de informações, 181 instruções e consiga ampliar os meios para resolver as questões que o preocupam, quebrando paradigmas existentes e criando novas maneiras de construir sentidos do mundo, construindo significados para entender e estabelecer uma nova realidade e compreender as diversidades lingüísticas e culturais que influenciarão de forma positiva no aprendizado da língua como discurso para que o aluno se constitua socialmente, compreendendo as inter relações sócias e posicionando-se como sujeito. LEGISLAÇÃO O ensino da disciplina de Língua Estrangeira Moderna no caso a Língua Espanhola, junto aos alunos do ensino médio por blocos deve ocorrer levando-se em conta que tal disciplina está inserida em um contexto maior e bem detalhada junto as Diretrizes Curriculares Educacionais. Ainda que se saiba que os conteúdos devam ser priorizados, devemos buscar empenho para que sempre que possível, acrescentar e incluir e considerar as questões ligadas a legislação de modo a garantir a ampla discussão e reconhecimento do que segue: Lei 39/03 – Historia e cultura Afro-brasileira Segundo Lei 10639/03, em seu Artigo 1º, O conteúdo programático incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro na área social, econômica e política pertinentes à História do Brasil. Assim a Língua Espanhola trabalhara com diversos textos apresentando estas contribuições, como também discutindo e estudando noções de história sobre a colonização e os escravos nos povos que foram colonizados pelos espanhóis. Prevenção ao Uso Indevido de Drogas Segundo o caderno Temático de prevenção ao Uso indevido de Drogas “precisamos projetar um novo desenho de enfrentamento ao uso indevido de drogas, trazendo novas possibilidades de arranjos e soluções no processo de formulação e implementação da Política Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas”. (Prevenção ao uso Indevido de drogas – Cadernos Temáticos da Diversidade, p.78). 182 Fazer debates, pesquisa sobre países que liberam o uso de drogas, também as chamadas drogas legais, álcool e cigarro principalmente, através de textos descritivos e informativos, elaboração escrita em espanhol de conseqüências do uso de drogas, apresentação em grupos. Educação Fiscal Segundo o site do Dia a Dia Educação do Paraná, “ A proposta da Educação Fiscal é estimular o cidadão a refletir sobre a função socioeconômica dos tributos, possibilitar aos cidadãos o conhecimento sobre administração pública, incentivar o acompanhamento, pela sociedade, da aplicação dos recursos públicos e criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão” http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=287). Fazer debates, encontrar noticias em jornais televisivos ou escritos de exemplos de cidadão que fazem valer seus direitos de cidadão, procurar a essência da noticia para ser expressa oralmente ou escrita dependendo do caso em espanhol, com ajuda de dicionários, e gramática. Lei 9799/95 – Educação Ambiental Segundo o Caderno Temático de Educação Ambiental, a Legislação Ambiental se apresenta como uma matriz indispensável para: a) definição de usos permitidos ou proibidos; b) formas e medidas de recuperação, melhoria, conservação e/ou preservação ambiental; c) avaliação e/ou resolução de problemas e situações concretas; d) sensibilização e capacitação de atores sociais de um modo geral e, especialmente, daqueles envolvidos com o planejamento e gestão ambiental; e) construção de direitos e deveres em relação ao meio ambiente; f) embasar e qualificar processos e instrumentos pautados pelo ideal do desenvolvimento sustentável, dentre eles, interessa-nos destacar aqui, a Educação Ambiental (EA) e Agenda 21 Escolar (A21E). (Educação ambiental - Cadernos Temáticos da Diversidade, p. 72). Pedir para os alunos que atitudes são necessárias e favoráveis na preservação e manutenção de nosso entorno, entrar em sites em espanhol que apresentem esta temática, para depois discuti-la. 183 Enfrentamento a Violência contra a criança e o Adolescente Segundo o site do Dia a Dia Educação, do Governo do Paraná, “a demanda de Enfrentamento à Violência na Escola visa ampliar a compreensão e formar uma consciência crítica sobre a violência e, assim, transformar a escola num espaço onde o conhecimento toma o lugar da força”. (http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=90) Pesquisar como outras culturas enfrentam estes temas através de textos, internet, jornais e revistas, comentar e discutir. Gênero e Diversidade Sexual Segundo o site Observatório da Mulher, as políticas de inclusão e diversidade na educação básica deverão: 1) Realizar constantemente a análise de livros didáticos e paradidáticos utilizados nas escolas - conteúdos e imagens -, para evitar discriminações de gênero e de diversidade sexual e quando isso for constatado, retirá-lo de circulação. 2) Desenvolver e ampliar programas de formação inicial e continuada em sexualidade e diversidade, visando a superar preconceitos, discriminação, violência sexista e homofóbica no ambiente escolar, e assegurar que a escola seja um espaço pedagógico, livre e seguro para todos e todas. 3) Rever e implementar diretrizes, legislações e medidas administrativas para os sistemas de ensino promoverem a cultura do reconhecimento da diversidade de gênero, identidade de gênero e orientação sexual no cotidiano escolar. 4) Garantir que a produção de todo e qualquer material didático-pedagógico incorpore a categoria "gênero" como instrumento de análise, e que não se utilize de linguagem sexista, homofóbica e discriminatória. 5) Inserir os estudos de gênero e diversidade sexual no currículo das licenciaturas. (http://observatoriodamulher.org.br/site/index.php?option=com_content&task=view&id= 390&Itemid=49) Apresentar textos e noticias de inclusão social, como outros países se comportam socialmente e como tem superado preconceitos. Lei 07/06 História do Paraná O Artigo 1º da Lei 07/06 delibera a inclusão dos conteúdos de História do Paraná nos currículos da educação básica, no âmbito do Sistema Estadual de Ensino, 184 objetivando a formação de cidadãos conscientes da identidade, do potencial e das possibilidades de valorização do nosso Estado. Trabalhar com os alunos para que apresentem os principais aspectos regionais do Paraná e seus pontos turísticos relevantes. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA: A um tempo não muito distante, algumas décadas atrás aprender uma língua estrangeira era privilégios para poucos, hoje essa realidade tem mudado consideravelmente e o ensino de uma Língua Estrangeira é um direito de todo o cidadão brasileiro amparado pela carta magna que é a constituição do Brasil, assim a Língua Estrangeira Moderna norteia-se no sentido de que o desenvolvimento do estudante deve incorrer por meio da leitura, oralidade e da escrita permitindo a construção do conhecimento e a formação cidadã e, que a língua apreendida seja caminho para o reconhecimento e compreensão das diversidades lingüísticas e culturais já existentes e crie novas maneiras de construir sentidos do e no mundo. Então, a leitura, a oralidade e a escrita se configuram em discurso como prática social e, portanto instrumento de comunicação, interação e aprimoramento. CONTEÚDOS CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social - Fonemas; - Repetição de palavras; - Léxico; - Sintaxes; - Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. CONTEÚDOS BÁSICOS – 1º Ano Ensino Médio ESCRITA: - Tema do texto; 185 - Texto e contexto; - Finalidade do texto; - Interpretação de texto; - Discurso direto e indireto; - Elementos formais; - Elementos Informais; - Elementos composicionais do gênero; - Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; - Acentuação gráfica; - Ortografia; - Concordância verbo/nominal. ORALIDADE: - Contexto; - Fonemas; - Expressões idiomáticas; - Tema do texto; - Finalidade; - Papel do locutor e interlocutor; - Informação; - Elementos extralingüísticos: sotaque, entonação, pausas, gestos,etc. - Adequação do discurso ao gênero; - Variações lingüísticas; - Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos. CONTEÚDOS BÁSICOS – 2º Ano Ensino Médio LEITURA - Conteúdo temático; - Tema do texto; - Finalidade do texto; - Intertextualidade; - Discurso direto e indireto; 186 - Informação; - Léxico; - Elementos composicionais do gênero; - Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, recursos gráficos como: (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; - Semântica: - operadores argumentativos; - Ambigüidade; - Sentido conotativo e denotativo das palavras no texto; ESCRITA - Contexto - Conteúdo temático; - Finalidade do texto; - Tema do texto - Temporalidade - Informação; - Intertextualidade; - Discurso direto e indireto - Elementos composicionais do gênero; - Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); - Concordância verbal e nominal; - Semântica: - figuras de linguagem; - Expressões idiomáticas. - Acentuação gráfica - Ortografia ORALIDADE - Conteúdo temático; - Finalidade; - Informação; - Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas... ; 187 - Adequação do discurso ao gênero; - Variações lingüísticas; - Marcas lingüísticas: regionalismos, coesão, coerência, repetição; - Elementos semânticos; CONTEÚDOS BÁSICOS – 3º Ano Ensino Médio LEITURA - Falsos cognatos; - Palavras de diferente gênero; - Conteúdo temático; - Tema do texto; - Finalidade do texto; - Intertextualidade; - Discurso direto e indireto; - Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto; - Informação; - Situação; - Léxico; - Vozes sociais presentes no texto; - Elementos composicionais do gênero; - Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, recursos gráficos como: (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; - Semântica: - operadores argumentativos; - Ambigüidade; - Sentido conotativo e denotativo das palavras no texto; - Expressões que denotam ironia e humor no texto; ESCRITA - Falsos cognatos; - Palavras de diferente gênero; - Contexto - Conteúdo temático; 188 - Interlocutor; - Finalidade do texto; - Tema do texto - Temporalidade - Informação; - Intertextualidade; - Discurso direto e indireto - Elementos composicionais do gênero; - Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); - Concordância verbal e nominal; - Semântica: - figuras de linguagem; - sentido conotativo e denotativo; - Expressões idiomáticas. - Acentuação gráfica - Ortografia ORALIDADE - Conteúdo temático; - Finalidade; - Informação; - Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas... ; - Adequação do discurso ao gênero; - Variações lingüísticas; - Marcas lingüísticas: regionalismos, coesão, coerência, repetição; - Elementos semânticos; - Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); - Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS 189 No decorrer do aprendizado de línguas estrangeiras se abrem infinitas possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e construir significados por conhecer outras expressões culturais. Dessa forma, que o ensino de Língua Estrangeira se constitua por meio da compreensão da diversidade lingüística e cultural para que o aluno se envolva discursivamente e desenvolva as práticas de leitura, escrita e oralidade levando em conta o seu conhecimento prévio. O uso dos diferentes gêneros textuais permite ao aluno que identifique as diferenças estruturais e funcionais, a autoria e ao público alvo é necessário pautar que na realidade não existe uma cultura melhor que a outra, mas sim culturas diferentes. Neste mesmo sentido a pronunciação de uma determinada região que fala espanhol não é melhor ou certa, mas sim diferente. Interpretação de textos de vestibulares com assuntos diversos e temas como cultura Afro-brasileira, Drogas, violência contra o adolescente, diversidade sexual, educação fiscal, entre outros serão abordados, de modo que o aluno possa conhecer, expressar e defender, e construir formas de ver o mundo. Para tanto serão utilizados recursos como; aulas expositivas principalmente no contexto de estruturas gramaticais, debates, trabalhos em grupo, seminários, com o uso de recursos audiovisuais diversos (vídeo, CD, DVD, CD-ROM, internet, TV multimídia), uso de bibliografia diversa visando facilitar o contato e a interação com a língua. AVALIAÇÃO A avaliação da aprendizagem devera ser diagnóstica, contínua, processual e acumulativa, de modo a cumprir o seu verdadeiro significado, que é o de subsidiar e garantir a construção da aprendizagem bem sucedida. Assim, os conteúdos trabalhados serão sempre discutidos e abordados como forma de se chegar a elevação do nível de conhecimento dos alunos. Vários instrumentos serão utilizados como forma de diversificar e melhor atender as particularidades dos alunos e das turmas, dentre eles, trabalhos escritos, participações em atividades de canto, exercícios de pronuncia, teatro, ditado, construção e representação de diálogos de diálogos que imitem a vida real, provas, pesquisas, interpretações de textos, uso de material específico como revistas e jornais estrangeiros, jornais digitais, dentre outros. 190 Serão utilizadas como referências as orientações que constam no regimento interno da escola, assim como as expressas no Projeto Político Pedagógico do colégio Estadual João Bettega, de modo a assegurar os objetivos propostos no mesmo. 6.11 DIRETRIZES CURRICULARES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Toda língua é uma construção histórica e cultural em constante transformação. Como princípio social e dinâmico, a língua não se limita a uma visão sistêmica e estrutural do código lingüístico. A língua concebida como discurso, não como estrutura ou código a ser decifrado, constrói significados e não apenas os transmite. O sentido da linguagem está no contexto de interação verbal e não no sistema lingüístico. Além disso, ao conceber a língua como discurso, conhecer e ser capaz de usar uma língua estrangeira, permite-se aos sujeitos perceberem-se como integrantes da sociedade e participantes ativos no mundo. Ao estudar uma língua estrangeira, o aluno/sujeito aprende também como atribuir significados para entender melhor a realidade. A partir do confronto com a cultura do ouro, torna-se capaz de delinear um contorno para a própria identidade. Assim, atuará sobre os sentidos passíveis e reconstruirá sua identidade como agente social. No ensino de Língua Estrangeira, a língua, objeto de estudo dessa disciplina, contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade. Ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos, é formar subjetividades, é permitir que se reconheça no uso da língua os diferentes propósitos comunicativos, independentemente do grau de proficiência atingido. As aulas de Língua Inglês se configuram como espaços de interações entre professores e alunos e pelas representações e visões de mundo que se revelam no dia-a-dia. Objetiva-se que os alunos analisem as questões sociais-políticas-econômicas 191 da nova ordem mundial, suas implicações e que desenvolvam uma consciência crítica a respeito do papel das línguas na sociedade. Embora a aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna também sirva como meio de progressão no trabalho e estudos posteriores, este componente curricular, obrigatório a partir dos anos finais do Ensino Fundamental, deve também contribuir para formar aluno críticos e transformadores através do estudo de textos que permitam exploras as práticas de leitura, da escrita e da oralidade, além de incentivar a pesquisa e a reflexão. OBJETIVOS GERAIS O ensino de Língua Estrangeira Moderna , na Educação Básica, propõe superar os fins utilitaristas, pragmáticos ou instrumentais que historicamente têm marcado o ensino desta disciplina. Desta forma espera-se que o aluno: - use a língua em situações de comunicação oral e escrita; - vivencie formas de participação que lhe possibilitem estabeleces relações entre ações individuais e coletivas; - compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social; - tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade; - reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural do país. Destaca-se que tais objetivos são suficientemente flexíveis para contemplar as diferenças regionais, mas ainda assim específicos o bastante para apontar um norte comum na seleção de conteúdos específicos. Entende-se que o ensino da Língua Estrangeira deve considerar as relações que podem ser estabelecidas entre a língua estudada e a inclusão social, objetivando o desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade e o reconhecimento da diversidade cultural. Possibilitar aos alunos que usem uma língua estrangeira em situações de comunicação – produção e compreensão de textos verbais e não-verbais – é também inseri-los na sociedade como participantes ativos, não limitados as suas comunidades locais, mas capazes de conhecimentos. se relacionar com outras comunidades e outros 192 Ao ser exposto às diversas manifestações de uma língua estrangeira e às suas implicações político-ideológicas, o aluno constrói recursos para compará-la à língua materna, de maneira a alargar horizontes e expandir sua capacidade interpretativa e cognitiva. CONTEÚDO ESTRUTURANTE /BÁSICOS Define-se como Conteúdo Estruturante da Língua Estrangeira Moderna o Discurso como prática social . A língua será tratada de forma dinâmica, por meio de leitura, de oralidade e de escrita que são as práticas que efetivam o discurso. Sob tal pressuposto, o trabalho em aula deve partir de um texto de linguagem no contexto em uso, sob a proposta de construção de significados por meio do engajamento discursivo e não pela mera prática de estrutura lingüísticas. Por sua vez, os conteúdos específicos contemplam diversos gêneros discursivos, além de elementos lingüísticos- discursivos, tais como: unidades lingüísticas que se configuram como as unidades de linguagem, derivadas da posição que o locutor exerce no enunciado, temáticas que se referem ao objeto ou finalidade discursiva, ou seja, ao que pode tornar-se dizível por meio de um gênero, e composicionais, compreendidas como a estrutura especificados textos pertencentes a um gênero (BAKHTIN, 1992). Nestas diretrizes, optou-se por não estabelecer conteúdos por série. O professor deve considerar a diversidade de textos existentes e a especificidade do tratamento da língua estrangeira na prática pedagógica, a fim de estabelecer critérios para definir os conteúdos específicos para o ensino. No ato da seleção de textos, propõe-se analisar os elementos lingüísticodiscursivos neles presentes, mas de forma que não sejam levados em conta apenas objetivos de natureza lingüística, mas sobretudo fins educativos, na medida que apresentam possibilidades de tratamento de assuntos polêmicos, adequados à faixa etária e que contemplem os interesses dos alunos. A organização de conteúdos específicos baseados apenas em itens gramaticais não é recomendável, já que contraria a visão de língua em contexto. A gramática será tratada de modo contextualizado. Visto que na disciplina de Língua Estrangeira Moderna, o conteúdo estruturante é o discurso como prática social, é a partir dele que advêm os Conteúdos Básicos: os 193 gêneros discursivos a serem trabalhados nas práticas discursivas, assim como os Conteúdos Básicos que pertencem às práticas da oralidade, leitura e escrita. Caberá ao professor a seleção de gêneros, nas diferentes esferas sociais de circulação (cotidiana, literária/artística, científica, escolar, imprensa,publicitária, política, jurídica, produção e consumo, midiática), de acordo com a Proposta Pedagógica Curricular e com o Plano de Trabalho Docente, adequando o nível de complexidade a cada série. Os gêneros discursivos precisam ser retomados em diferentes séries, respeitando-se o princípio da complexidade crescente. Eis alguns exemplos de gêneros discursivos: bilhetes, cartão, convites, autobiografia, contos, fábulas, artigos, debate, palestra, cartazes, mapas, caricatura, charge, entrevista,anúncio, e-mail, slogan, abaixo-assinado, carta de emprego, contrato, depoimentos, bulas, placas, blog, chat, torpedos, etc. Conteúdos Básicos pertencentes às práticas da leitura, escrita e oralidade: LEITURA - identificação do tema - intertextualidade - intencionalidade - léxico - coesão e coerência - funções das classes gramaticais no texto - elementos semânticos - recursos estilísticos (figuras de linguagem) - marcas lingüísticas (pontuação, recursos gráficos) - variedade lingüística - acentuação gráfica - ortografia ESCRITA - tema do texto - Interlocutor - finalidade do texto - intencionalidade do texto - intertextualidade 194 - condições de produção - informatividade (informações necessárias para a coerência do texto) - léxico - coesão e coerência - funções das classes gramaticais no texto - elementos semânticos - recursos estilísticos (figuras de linguagem) - marcas lingüísticas (pontuação, recursos gráficos) - variedade lingüística - ortografia - acentuação gráfica ORALIDADE - elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos, etc... - adequação do discurso ao gênero - turnos de fala - variações lingüísticas - marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição - pronúncia Com relação aos conteúdos específicos da disciplina, estes deverão estar presentes no Plano de Trabalho Docente, tendo em vista que o foco do trabalho da LEM é o TEXTO, o gênero textual com suas peculiaridades e a análise lingüística necessária à leitura, compreensão e produção textual. METODOLOGIA DA DISCIPLINA A partir do Conteúdo Estruturante Discurso como prática social, serão trabalhadas questões lingüísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas, bem como as práticas do uso da língua: leitura, oralidade e escrita. O ponto de partida da aula será o texto, verbal e não-verbal, como unidade de linguagem em uso. Serão abordados vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação 195 presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e, somente depois de tudo isso, a gramática em si. Sendo assim, o ensino deixa de priorizar a gramática para trabalhar com o texto, sem, no entanto, abandoná-la. Os alunos terão acesso a textos de várias esferas sociais: publicitária, jornalística, literária, informativa, etc, para que possam identificar as diferenças estruturais e funcionais, a autoria, o público a que se destina. O objetivo será interagir com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais. A produção de um texto será feita a partir do contato com outros textos, que servirão de apoio e ampliarão as possibilidades de expressão dos alunos. Serão desenvolvidas atividades significativas, que explorem diferentes recursos e fontes, a fim de que o aluno vincule o que é estudado com o que o cerca. As discussões serão feitas em Língua Materna, pois nem todos os alunos dispõem de um léxico suficiente para que o diálogo se realize em Língua Estrangeira. Essas discussões servirão como subsídio para a produção textual em Língua Estrangeira. O trabalho pedagógico com o texto trará uma problematização e a busca por sua solução despertará o interesse dos alunos para que desenvolvam uma prática analítica e crítica, ampliem seus conhecimentos lingüístico-culturais e percebam as implicações sociais, históricas e ideológicas presentes num discurso – no qual se revele o respeito às diferenças culturais, crenças e valores. A finalidade e o gênero discursivo serão explicitados ao aluno no momento de orientá-lo para uma produção, assim como a necessidade de adequação ao gênero, planejamento,m articulação das partes, seleção da variedade lingüística adequada – formal ou informal. O ensino da Língua Estrangeira, através dos textos, será articulado com as demais disciplinas do currículo para relacionar os vários conhecimentos, fazendo o aluno perceber que alguns conteúdos de disciplinas distintas podem estar relacionados com a Língua Estrangeira. Os conteúdos serão retomados em todas as séries,em diferentes graus de profundidade, levando em conta o conhecimento do aluno. Como recursos metodológicos serão utilizados materiais como: livros didáticos, dicionários, vídeos, DVD, CD-ROM, internet, TV multimídia, etc. AVALIAÇÃO 196 A avaliação tem de ser uma ação que ocorra durante todo o processo de ensino e aprendizagem e não apenas em momentos específicos, caracterizando como fechamento de etapas de trabalho, e terá que envolver não somente o aluno, mas também o professor. Em relação à LEITURA, será avaliado no aluno sua capacidade de: identificar o tema, realizar leitura compreensiva do texto, localizar informações explícitas no texto , ampliar seu horizonte de expectativas, ampliar seu léxico, identificar a idéia principal do texto. Em relação à ESCRITA, será avaliado no aluno sua capacidade de: expressar as idéias com clareza, elaborar e reelaborar texto atendendo as situações de produção propostas e a continuidade temática,diferenciar o contexto de uso de linguagem formal e informal, utilizar adequadamente recursos lingüísticos,usar recursos textuais como coesão e coerência , informatividade, etc, Em relação à ORALIDADE, será avaliado no aluno sua capacidade de: utilizar o discurso de acordo com a situação de produção(formal/informal), apresentar suas idéias com clareza, coerência, mesmo que na língua materna, utilizar adequadamente entonação, pausas, gestos, e respeitar os turnos da fala. Processos de Avaliação As avaliações devem ser flexíveis e não tediosas, pois, as avaliações tradicionais levam ao desgaste do aluno e não a compreensão esperada pelo professor o qual acaba levando à reprovação do aluno. A avaliação deve ser diagnóstica e formativa, pois deve permitir ao professor a identificação do desenvolvimento de aprendizagem do aluno e, se for necessário, retomar os objetivos de ensino propostos. Instrumentos Provas sem ou com consultas Atividades escritas Trabalho de pesquisa Apresentações orais Produção de cartazes Interpretação de músicas e filmes Participações em discussões 197 Trabalhos em grupos Interpretações de imagens E outras formas que ficam a critério dos professores LEGISLAÇÃO Lei 39/03 – História e Cultura Afro-Brasileira A fim de promover o desenvolvimento do indivíduo, a escola deve trabalhar em meio ao intuito de resgatar os valores negros; estimular a solidariedade; defender os direitos enquanto cidadão; desmistificar os estereótipos; valorizar a cultura e buscar a identidade africana; protestar contra a ordem colonial e lutar pela emancipação de seus povos oprimidos; buscar o respeito entre todas as culturas. Segundo a Lei 10639/03, em seu Artigo 1º, § 1o- O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil. Dessa forma, o trabalho em Língua Estrangeira com a História e cultura afrobrasileira se torna pertinente e será desenvolvido de forma interdisciplinar, através de textos pré-selecionados. Prevenção ao Uso Indevido de Drogas Segundo o Caderno Temático de Prevenção ao Uso Indevido de Drogas “precisamos projetar um novo desenho das arenas de enfrentamento ao uso indevido de drogas, trazendo novas possibilidades de arranjos e soluções no processo de formulação e implementação da Política Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas”. (Prevenção ao Uso Indevido de Drogas - Cadernos Temáticos da Diversidade, p. 78). Dessa forma, o trabalho em Lingua Estrangeira com a Prevenção ao uso Indevido de Drogas se torna pertinente e será desenvolvido de forma interdisciplinar , através de textos pré-selecionados. 198 Lei 9799/95 – Educação Ambiental Segundo o Caderno Temático de Educação Ambiental, a Legislação Ambiental se apresenta como uma matriz indispensável para: a) definição de usos permitidos ou proibidos; b) formas e medidas de recuperação, melhoria, conservação e/ou preservação ambiental; c) avaliação e/ou resolução de problemas e situações concretas; d) sensibilização e capacitação de atores sociais de um modo geral e, especialmente, daqueles envolvidos com o planejamento e gestão ambiental; e) construção de direitos e deveres em relação ao meio ambiente; f) embasar e qualificar processos e instrumentos pautados pelo ideal do desenvolvimento sustentável, dentre eles, interessa-nos destacar aqui, a Educação Ambiental (EA) e Agenda 21 Escolar (A21E). (Educação ambiental - Cadernos Temáticos da Diversidade, p. 72). Dessa forma, o trabalho em Língua Estrangeira com a Educação Ambiental se torna pertinente e será desenvolvido de forma interdisciplinar, através de textos préselecionados. Educação Fiscal Segundo o site do Dia a Dia Educação, do Governo do Paraná, “a proposta da Educação Fiscal é estimular o cidadão a refletir sobre a função socieconômica dos tributos, possibilitar aos cidadãos o conhecimento sobre administração pública, incentivar o acompanhamento, pela sociedade, da aplicação dos recursos públicos e criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão” (http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=287). Dessa forma, o trabalho em Língua Estrangeira com a Educação Fiscal se torna pertinente e será desenvolvido de forma interdisciplinar, através de textos préselecionados. Enfrentamento a Violência contra a criança e o Adolescente 199 Segundo o site do Dia a Dia Educação, do Governo do Paraná, “a demanda de Enfrentamento à Violência na Escola visa ampliar a compreensão e formar uma consciência crítica sobre a violência e, assim, transformar a escola num espaço onde o conhecimento toma o lugar da força”. (http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=90) Dessa forma, o trabalho em Língua Estrangeira com o enfrentamento a violência contra a criança e o adolescente se torna pertinente e será desenvolvido de forma interdisciplinar, através de textos pré-selecionados. Gênero e Diversidade Sexual Segundo o site Observatório da Mulher, as políticas de inclusão e diversidade na educação básica deverão: 1) Realizar constantemente a análise de livros didáticos e paradidáticos utilizados nas escolas - conteúdos e imagens -, para evitar discriminações de gênero e de diversidade sexual e, quando isso for constatado, retirá-lo de circulação. 2) Desenvolver e ampliar programas de formação inicial e continuada em sexualidade e diversidade, visando a superar preconceitos, discriminação, violência sexista e homofóbica no ambiente escolar, e assegurar que a escola seja um espaço pedagógico, livre e seguro para todos e todas. 3) Rever e implementar diretrizes, legislações e medidas administrativas para os sistemas de ensino promoverem a cultura do reconhecimento da diversidade de gênero, identidade de gênero e orientação sexual no cotidiano escolar. 4) Garantir que a produção de todo e qualquer material didático-pedagógico incorpore a categoria "gênero" como instrumento de análise, e que não se utilize de linguagem sexista, homofóbica e discriminatória. 5) Inserir os estudos de gênero e diversidade sexual no currículo das licenciaturas. (http://observatoriodamulher.org.br/site/index.php?option=com_content&task=view&i d=390&Itemid=49) Dessa forma, o trabalho em Língua Estrangeira com Gênero e Diversidade se torna pertinente e será desenvolvido de forma interdisciplinar, através de textos préselecionados. Lei 07/06 História do Paraná 200 O Artigo 1º da Lei 07/06 delibera a inclusão dos conteúdos de História do Paraná nos currículos da educação básica, no âmbito do Sistema Estadual de Ensino, objetivando a formação de cidadãos conscientes da identidade, do potencial e das possibilidades de valorização do nosso Estado. Dessa forma, o trabalho em Língua Estrangeira com a História do Paraná se torna pertinente e será desenvolvido de forma interdisciplinar, através de textos préselecionados. 6.12 DIRETRIZES CURRICULARES DE LÍNGUA PORTUGUESA APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA O ensino da Língua Portuguesa remete-nos a uma reflexão sobre a linguagem. Esta é resultante da interação entre o homem e a realidade social em que o mesmo está inserido. A linguagem é mais do que um simples sistema de regras. Segundo Nunan (1989), ela pode ser encarada como um recurso dinâmico para gerar significados; portanto, além de conhecimento, implica também habilidade. Isso significa que, em termos de aprendizagem, precisamos distinguir entre “aprender o que” e “aprender como”. Temos de discernir entre o conhecimento de várias regras gramaticais e a capacidade de usá-las eficientene e apropriadamente para a comunicação. Segundo as Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa da SEED-PR, “O ensino da Língua Portuguesa deve responder às exigências da face moderna da sociedade brasileira contemporânea e, ao mesmo tempo, as contradições postas pela face arcaica que garante ao estudante o efetivo domínio das atividades verbais. Trata-se de superar a forma antiga de ensino que repassa conteúdos gramaticais fragmentados e descontextualizados e que só sabe trabalhar burocraticamente o ler, o escrever, o falar.” (PARANÁ, 2006). 201 Portanto, o objeto de estudo da disciplina é a própria língua, numa concepção sócio-interacionista ou o que a direciona, baseada nas diretrizes curriculares do Estado do Paraná. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA CONTEÚDOS ESPECÍFICOS – ENSINO FUNDAMENTAL LÍNGUA PORTUGUESA: 5ª SÉRIE/6ºANO A 8ª SÉRIE/9º ANO E ENSINO MÉDIO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Leitura: discurso enquanto prática social. CONTEÚDOS BÁSICOS: Os conteúdos básicos serão determinados pelos próprios professores, contemplando as práticas: leitura, escrita, oralidade e análise linguística. LEITURA: • Gêneros textuais discursivos; • Tema do texto; • Finalidade; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Discursos; • Elementos composicionais do texto; • Situcionalidade; • Intertextualidade; 202 • Vozes sociais presentes no texto; • Semântica; • Marcas linguísticas. ESCRITA: • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade; • Informatividade; • Argumentatividade; • Discursos; • Paragrafação; • Marcas linguísticas; • Relação de causa e consequência; • Sintaxe; • Polissemia. ORALIDADE: • Tema do texto; • Finalidade; • Interlocutor; • Adequação do discurso ao gênero; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas; • Turnos de fala; • Intertextualidade; • Contexto de produção da obra literária; • Elementos semânticos. METODOLOGIA 203 A prática do professor de Língua Portuguesa visa desenvolver métodos adequados, para que o aluno, como um ser pensante e crítico, busque interagir com o professor, a qual lhe apresenta de forma clara o conteúdo. Desta forma, ele pode envolver-se com a leitura, a produção e análise dos textos, não isolados, mas contextualizados com a realidade. Formas metodológicas As formas metodológicas são importantes para que o aluno se interesse pelo assunto. Desenvolver-se-á uma metodologia de trabalho onde o aluno interaja com o conteúdo e desenvolva o seu raciocínio. • Aulas expositivas e dialogadas; • Leitura e interpretação de texto; • Contextualização dos conteúdos trabalhados; • Elaboração de síntese em grupo; • Reflexões críticas. RECURSOS Para uma aula de qualidade é necessário utilizar diversos recursos e para tanto, utilizar-se-á o mais adequado ao conteúdo apresentado. Quadro de giz; Jornais; Revistas; Dinâmicas em grupos; Vídeos; Músicas; Retro-projetor; Exercícios de fixação; TR Pendrive; Datashow. 204 AVALIAÇÃO A avaliação é formativa, ocorrendo durante todo o processo de ensino e aprendizagem e não apenas em momentos específicos, caracterizando como fechamento de etapas de trabalho, e terá que envolver não somente o aluno, mas também o professor. Será considerado como boa aprendizagem quando o aluno for capaz de analisar, interpretar e produzir textos, conseguindo estabelecer relações entre o passado e o presente das experiências vividas em sociedade. Processos de Avaliação As avaliações devem ser flexíveis e não tediosas, pois aquelas tradicionais levam ao desgaste do aluno e não à compreensão esperada pelo professor o que acaba levando o aluno à reprovação. Instrumentos • Provas sem ou com consultas; • Produção de textos; • Atividades escritas; • Trabalho de pesquisa; • Apresentações orais; • Produção de cartazes; • Interpretação de músicas e filmes; • Participações em debates; • Trabalhos em grupos; • Entrevistas; • Interpretações de imagens; • E outras formas que ficam a critério dos professores. LEGISLAÇÃO 205 Lei 39/03 – História e Cultura Afro-Brasileira. Prevenção ao Uso Indevido de Drogas. Lei 9799/95 – Educação Ambiental. Educação Fiscal. Enfrentamento a Violência contra a criança e o Adolescente. Gênero e Diversidade Sexual. Lei 07/06 História do Paraná. Dentro dos conteúdos elencados, os professores trabalharão as leis citadas acima. 6.13 DIRETRIZES CURRICULARES DE MATEMÁTICA APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Para que não haja uma ênfase exagerada na linguagem formal do ensino da matemática é necessário que o professor tenha conhecimento histórico de como se constitui a educação. Isso permitirá que o professor tenha clareza sobre seu papel como profissional e sobre o seu compromisso político, em especial em um momento de reestruturação curricular. Os conteúdos e o tratamento que a eles deve ser dado assumem papel centra, uma vez que é por deles que os propósitos da escola se realizam. Para que a aprendizagem seja significativa se faz necessário que os conteúdos sejam analisados e abordados, formando uma rede de significados, levando em conta sua relevância social e sua contribuição para o desenvolvimento intelectual do aluno. O Ensino da Matemática deve propiciar ao aluno compreender a realidade em que esta inserido, desenvolvendo suas capacidades cognitivas e sua confiança para enfrentar desafios, de modo a ampliar os recursos necessários para o exercício da cidadania, ao longo de seu processo de aprendizagem. 206 “O Aluno deve aprimorar o fazer a partir do saber e aprimorar o saber a partir do fazer” (Ubiratan D’Ambrósio), e o professor neste momento deve estimular o educando a pensar, a trabalhar, a processar as informações, ao mesmo tempo, auxiliá-lo a avaliar seus conhecimentos, identificando as diferentes formas de se demonstrar o conhecimento, reconhecendo os limites e possibilidades pessoais no desenvolvimento dos conteúdos, evitando situações de preconceitos e desrespeito que acontecem na relação conhecimento/conteúdo. Valorizar o diálogo nas relações sócias e como instrumento de cooperação, demonstrar disponibilidade para ouvir idéias e argumento dos estudantes. Expressar valores através do conhecimento matemático, traduzindo a realidade vivida em relações numéricas, fazendo o ensino-aprendizagem da matemática de forma contextualizada, utilizando-se de situações concretas e problemáticas, desenvolvendo no aluno uma visão de mundo permeado por valores. OBJETIVOS Valorizar a matemática como um dos agentes transformadores da sociedade. Trabalhar o aluno a partir de sua realidade e possibilitando a este apropriação do conhecimento elaborado, tornando um cidadão consciente e realizador. Proporcionar condições para que o aluno desenvolva a capacidade de analisar, relacionar, comparar, abstrair e generalizar. Desenvolver a autonomia, as habilidades, de raciocínio, reflexão e expressão, preparando-se para a vida pessoal e profissional. Construir, compreender, aplicar e validar estratégias e procedimentos matemáticos para resolver situações-problemas presentes em diversos contextos. Utilizar as diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos disponíveis para ampliar seus conhecimentos. Utilizar o conhecimento matemático para compreender, representar e agir sobre a realidade. Estabelecer conexões entre os diferentes temas matemáticos e entre estes temas, o conhecimento de outras áreas do currículo. Expressar-se oral, crítica e graficamente em situações matemáticas e valorizar a precisão da linguagem e as demonstrações em matemática. CONTEÚDOS 207 SÉRIE/ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS AVALIAÇÃO • Sistemas de * Sequência dos números • Conheça os diferentes sistemas de numeração; naturais; numeração; • Números * Números pares e ímpares; • Identifique o conjunto dos números Naturais; * Operações básicas naturais, comparando e reconhecendo • Múltiplos e envolvendo números seus elementos; divisores; naturais, fracionários e • Realize operações com números • Potenciação e decimais; naturais; radiciação; * Operações inversas; • Expresse matematicamente, oral ou • Números * Múltiplos e divisores; por escrito, situações-problema que fracionários; * Mínimo múltiplo comum; envolvam (as) operações com números * Máximo divisor comum; naturais; NÚMEROS E • Números ÁLGEBRA CONTEÚDOS ESPECÍFICOS decimais. * Número primo e composto; • Estabeleça relação de igualdade e * Números mistos; transformação entre: fração e número * Frações equivalentes; decimal; fração e número misto; * Representação de números • Reconheça o MMC e MDC entre dois decimais; ou mais números naturais; * Comparação de números • Reconheça as potências como decimais. multiplicação de mesmo fator e a radiciação como sua operação inversa; 5ª SÉRIE /6º • Relacione as potências e as raízes ANO quadradas e cúbicas com padrões numéricos e geométricos. GRANDEZAS E MEDIDAS • Medidas de * Perímetro de figuras; • Identifique o metro como unidade- comprimento; * Área de regiões quadradas padrão de medida de comprimento; • Medidas de e retangulares; • Reconheça e compreenda os diversos massa; sistemas de medidas; • Medidas de área; • Opere com múltiplos e submúltiplos do • Medidas de quilograma; volume; • Calcule o perímetro usando unidades • Medidas de de medida padronizadas; tempo; • Compreenda e utilize o metro cúbico • Medidas de como padrão de medida de volume; ângulos; • Realize transformações de unidades • Sistema de medida de tempo envolvendo seus monetário. múltiplos e submúltiplos; • Reconheça e classifique ângulos (retos, agudos e obtusos); • Relacione a evolução do Sistema Monetário Brasileiro com os demais 208 sistemas mundiais; • Calcule a área de uma superfície usando unidades de medida de superfície padronizada; • Geometria Plana; * Formas geométricas e • Reconheça e represente ponto, reta, • Geometria espaciais; plano, semirreta e segmento de reta; Espacial. * Prismas retangulares; • Conceitue e classifique polígonos; * Cubos e pirâmides; • Identifique corpos redondos; * Formas espaciais redondas • Identifique e relacione os elementos GEOMETRIAS (esferas, cilindros e cones); geométricos que envolvem o cálculo de * Formas planas; área e perímetro de diferentes figuras planas; • Diferencie círculo e circunferência, identificando seus elementos; • Reconheça os sólidos geométricos em sua forma planificada e seus elementos. 209 SÉRIE/ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS • Números Inteiros; CONTEÚDOS ESPECÍFICOS * Números positivos e AVALIAÇÃO • Reconheça números inteiros em • Números Racionais; negativos; diferentes contextos; • Equação e * Números opostos ou • Realize operações com números Inequação do 1º simétricos; inteiros; grau; * Operações com números • Reconheça números racionais em • Razão e proporção; inteiros e racionais; diferentes contextos; • Regra de três * Potenciação e raiz • Realize operações com números simples. quadrada; racionais; * Expressões numéricas; • Compreenda o princípio de * Números diretamente e equivalência da igualdade e inversamente proporcionais; desigualdade; * Grandezas diretamente e • Compreenda o conceito de incógnita; inversamente proporcionais; • Utilize e interprete a linguagem algébrica para expressar valores numéricos através de incógnitas; • Compreenda a razão como uma comparação entre duas grandezas numa ordem determinada e a proporção 6ª SÉRIE / NÚMEROS E 7º ANO ÁLGEBRA como uma igualdade entre duas razões; • Reconheça sucessões de grandezas direta e inversamente proporcionais; • Resolva situações-problema aplicando regra de três simples. • Extraia a raiz quadrada exata e aproximada de números racionais; • Reconheça números irracionais em diferentes contextos; • Realize operações com números irracionais; • Compreenda, identifique e reconheça o número π (pi) como um número irracional especial; • Compreenda o objetivo da notação científica e sua aplicação; • Opere com sistema de equações do 1º grau; • Identifique monômios e polinômios e 210 efetue suas operações; • Utilize as regras de Produtos Notáveis para resolver problemas que envolvam expressões algébricas. GRANDEZAS E MEDIDAS • Medidas de * Temperaturas positivas e • Compreenda as medidas de temperatura; negativas; temperatura em • Medidas de diferentes contextos; ângulos. • Compreenda o conceito de ângulo; • Classifique ângulos e faça uso do transferidor e esquadros para medi-los; • Geometria Plana; GEOMETRIAS * Localização de pontos no • Classifique e construa, a partir de • Geometria Espacial; plano; figuras planas, sólidos geométricos; • Geometrias não- • Compreenda noções topológicas euclidianas. através do conceito de interior, exterior, fronteira, vizinhança, conexidade, curvas e conjuntos abertos e fechados. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO • Pesquisa * Cálculo de juros; • Analise e interprete informações de Estatística; * Porcentagem; pesquisas estatísticas; • Juros simples. • Leia, interprete, construa e analise gráficos; • Calcule a média aritmética e a moda de dados estatísticos; • Resolva problemas envolvendo cálculo de juros simples. 211 SÉRIE/ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS • Números Racionais e * Subconjuntos dos N; AVALIAÇÃO • Extrai a raiz quadrada aproximada e Irracionais; * Raiz quadrada aproximada e exata de números racionais; • Sistemas de exata de números racionais; Equações do 1º grau; * Localização dos números • Reconheça números irracionais em diferentes contextos; • Monômios e racionais e irracionais na reta; • Realize operações com números Polinômios; * Número PI; • Produtos Notáveis. * O número irracionais; ; • Compreenda, identifique e reconheça o * Resolução de um sistema de número PI como um número irracional especial; equações do 1º grau com duas incógnitas; • Opere com sistema de equações do 1º * Gráfico das soluções do grau; sistema de equações do 1º • Identifique monômios e polinômios, grau; efetuando suas operações; * Monômios semelhantes ou • Utilize a regra dos produtos notáveis para resolver problemas que envolvam termos semelhantes; NÚMEROS E * Operações com monômios; expressões algébricas. ÁLGEBRA * Redução de termos semelhantes; * Grau de um monômio e grau 7ª SÉRIE/ dos demais polinômios; 8º ANO * Operações com polinômios; * Quadrado da soma e da diferença de dois termos; * Produto da soma pela diferença de dois termos; * Cubo da soma e da diferença de dois termos; * Divisão de polinômio por monômio e polinômio por polinômio. GRANDEZAS E MEDIDAS • Medidas de * Perímetro de um polígono e • Calcule o comprimento da comprimento; da circunferência; circunferência; • Medidas de área; * Área de figuras planas • Calcule o comprimento e área de • Medidas de volume; (retângulo, quadrado, círculo, polígonos e círculo; • Medidas de ângulos. trapézio, triângulo, losango, • Identifique ângulos formados entre retas paralelogramo); paralelas interceptadas por transversal. * Volume de poliedros; • Realize cálculo de área e volume de * Ângulos o.p.v.; poliedros. * Feixe de retas paralelas 212 interceptadas por transversal; • Geometria Plana; * Semelhança de triângulos; • Reconheça triângulos semelhantes; • Geometria Espacial; * Soma dos ângulos internos • Identifique e some os ângulos internos GEOMETRIAS • Geometria Analítica; de um triângulo; de um triângulo e de polígonos regulares; • Geometrias não * Retas paralelas e • Desenvolva a noção de paralelismo, euclidianas. perpendiculares; trace e reconheça retas paralelas num * Plano cartesiano (ponto e plano; pares ordenados); • Compreenda o Sistema de * Fractais. Coordenadas Cartesianas, marque pontos, identifique os pares ordenados (abscissa e ordenada) e analise seus elementos sob diversos contextos; • Conheça os fractais através da visualização e manipulação de materiais e discuta suas propriedades. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO • Gráfico e Informação; * Construção de tabelas e • Interprete e represente dados em • População e amostra.gráficos; diferentes gráficos; * Densidade demográfica. • Utilize o conceito de amostra para levantamento de dados. 213 SÉRIE/ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS AVALIAÇÃO • Números Reais; * Potenciação com expoen- • Opere com expoentes fracionários; • Propriedades dos tes inteiros (pos. e neg); • Identifique a potência de expoente radicais; * Propriedades da fracionário • Equação do 2º potenciação; como um radical e aplique as grau; * Raiz quadrada (exata e não propriedades para a • Teorema de exata) e raiz cúbica; Pitágoras; * Operações e comparações • Extraia uma raiz usando fatoração; • Equações com radicais; • Identifique uma equação do 2º grau na Irracionais; * Racionalização de forma • Equações denominadores; completa e incompleta, reconhecendo Biquadradas; * Potências com expoente seus • Regra de Três fracionários, enfatizando a elementos; Composta. raiz quadrada; • Determine as raízes de uma equação * Reconhecimento de uma do 2º grau utilizando diferentes NÚMEROS E ÁLGEBRA sua simplificação; equação do 2º grau com uma processos; 8ª SÉRIE / 9º ANO incógnita e seus elementos; • Interprete problemas em linguagem * Raízes ou soluções de gráfica e equações do 2º grau algébrica; (completas e incompletas); • Identifique e resolva equações * Fórmula de resolução de irracionais; uma equação do 2º grau; • Resolva equações biquadradas * Relações entre coeficientes através das e raízes de uma equação do equações do 2º grau; 2º grau; • Utilize a regra de três composta em * Equações biquadradas; situações problema. * Regra de Três composta; * Demonstração do teorema de Pitágoras; • Relações Métricas * Elementos de um triângulo • Conheça e aplique as relações no Triângulo retângulo; métricas e trigonométricas no triângulo Retângulo; * Altura de um triângulo retângulo; • Trigonometria no retângulo; • Utilize o Teorema de Pitágoras na GRANDEZAS Triângulo Retângulo. * Diagonal do quadrado; E MEDIDAS determinação * Classificação de triângulos das medidas dos lados de um triângulo quanto aos ângulos e lados; retângulo; • Realize cálculo da superfície e volume de poliedros. 214 • Noção intuitiva de * Representação gráfica de • Dependência de uma variável em Função Afim. uma função; relação à outra; • Noção intuitiva de * Função afim; • Reconheça uma função afim e sua Função Quadrática. * Função quadrática representação gráfica, inclusive sua (definição e gráfico); declividade em relação ao sinal da função; • Relacione gráficos com tabelas que FUNÇÕES descrevem uma função; • Reconheça função quadrática, sua representação gráfica e associe a concavidade da parábola com o sinal da função; • Analise graficamente as funções afim e quadrática. • Geometria Plana; * Razão entre segmentos • Verifique se dois polígonos são • Geometria Espacial; proporcionais; semelhantes estabelecendo relações • Geometria Analítica; * Número de ouro; entre eles; GEOMETRIAS * Proporcionalidade entre • Compreenda e utilize o conceito de triângulos retângulos; semelhança * Feixe de retas paralelas e de triângulos para resolver situações- teorema de Tales; problemas; * Figuras semelhantes e • Aplique os critérios de semelhança dos congruentes; triângulos; * Semelhança de polígonos; • Aplique o Teorema de Tales em * Razão entre perímetros e situações-problemas; áreas de polígonos • Noções básicas de geometria semelhantes; projetiva. * Distância entre dois pontos no plano; TRATAMENTO • Noções de Análise * Frequência absoluta e • Desenvolva o raciocínio combinatório Combinatória; relativa; por meio de situações-problema que • Estatística; * Média, moda e mediana; envolvam contagens, aplicando o • Juros Compostos. * Medidas de tendência princípio multiplicativo; central; • Descreva o espaço amostral em um * Noções de probabilidade experimento aleatório; DA INFORMAÇÃO • Calcule as chances de ocorrer um determinado evento; • Resolva situações-problema que envolvam juros compostos. SÉRIE/ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS AVALIAÇÃO 215 • Números Reais; • Conjunto dos números • Amplie os conhecimentos sobre • Números Naturais, Reais, Inteiros, conjuntos numéricos e aplique em Complexos; Racionais, Iracionais; diferentes contextos; • Sistemas lineares; •Equação Linear; • Compreenda os números complexos e • Matrizes e • Equação Linear; suas operações; Determinantes; • Sistema Linear; • Conceitue e interprete matrizes e suas • Polinômios; • Regra de Crammer operações; • Equações e • Escalonamento de • Conheça e domine o conceito e as Sistemas soluções de problemas que se realizam Exponenciais, • Tipos de matrizes; por meio de determinante; Logarítmicas e • Matriz transposta; • Identifique e realize operações com Modulares. • Igualdade de Matrizes; polinômios; • Operações com Matrizes; • Identifique e resolva equações, • Matriz Inversa; sistemas de equações e inequações, • Estudo dos determinantes; inclusive as exponenciais, logarítmicas e • Cofator de um elemento; modulares. NÚMEROS E Inequações ÁLGEBRA • Teorema de Laplace; • Regra de Sarrus ENSINO MÉDIO • Medidas de Área; * Área de figuras planas • Perceba que as unidades de medidas • Medidas de (retângulo, quadrado, são utilizadas para a determinação de Volume; paralelogramo, triângulo, diferentes grandezas e compreenda a • Medidas de trapézio, círculo) relações matemáticas existentes nas Grandezas Vetoriais; * Volume do prisma, GRANDEZAS suas unidades; • Medidas de pirâmide, tronco de pirâmide, • Aplique a lei dos senos e a lei dos Informática; cilindro, esfera, cone e tronco cossenos de um triângulo para • Medidas de de cone; Energia; * Razões trigonométricas no • Trigonometria. triângulo retângulo; determinar elementos desconhecidos. * Ângulos notáveis; E MEDIDAS * Medidas de um arco e comprimento de um arco; * Círculo trigonométrico; * Funções (seno, cosseno, tangente, cotangente, cossecante, secante); * Gráfico das funções seno, cosseno e tangente; * Redução ao primeiro quadrante. FUNÇÕES • Função Afim; * Plano e coordenadas • Função Quadrática; cartesianas; • Identifique diferentes funções e realize cálculos envolvendo-as; 216 • Função Polinomial; * Domínio, contradomínio e • Aplique os conhecimentos sobre • Função imagem de uma função; funções para resolver situações- Exponencial; * Raiz ou zero de uma problema; • Função função; • Realize análise gráfica de diferentes Logarítmica; * Função inversa; funções; • Função * Características das funções • Reconheça, nas seqüências Trigonométrica; (função crescente ou numéricas, particularidades que • Função Modular; decrescente, coeficientes); remetam ao conceito das progressões • Progressão * Gráfico das funções; aritméticas e geométricas; Aritmética; * Estudo dos sinais das • Generalize cálculos para a • Progressão funções; determinação de termos de uma Geométrica. * Inequações e sistema de sequência numérica. inequações; * Sequência ou sucessão; * Representação de uma progressão; * Termo geral de uma progressão; * Soma dos n termos de uma progressão. • Geometria Plana; * O ponto; • Amplie e aprofunde os conhecimentos • Geometria Espacial; * Distância entre dois pontos; de geometria Plana e Espacial; • Geometria Analítica; * Ponto médio de um • Determine posições e medidas de • Geometrias não- segmento; elementos geométricos através da euclidianas. * Condição de alinhamento Geometria Analítica; de três pontos; • Perceba a necessidade das * A reta geometrias não-euclidianas para a * Equação geral da reta; compreensão de conceitos geométricos, * Coeficiente angular da reta; quando analisados em planos diferentes GEOMETRIAS * Equação reduzida da reta; do plano de Euclides; * Equação paramétrica da • Compreenda a necessidade das reta; geometrias não-euclidianas para o * Retas paralelas e avanço das teorias científicas; concorrentes; • Articule idéias geométricas em planos * Ângulo entre duas retas; de curvatura nula, positiva e negativa; * Distância entre ponto e • Conheça os conceitos básicos da reta; Geometria Elíptica, Hiperbólica e * Circunferência; Fractal. * Equação reduzida da circunferência; * Equação geral da 217 circunferência; * Equação da parábola; * Equação da elipse; * Equação da hipérbole; * Elementos do prisma, pirâmide, cilindro, cone e poliedros; * Teorema de Euler; * Poliedros de Platão. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO • Análise * Princípio fundamental da • Recolha, interprete e analise dados Combinatória; contagem; através de cálculos, permitindo-lhe uma • Binômio de Newton; * Fatorial; leitura crítica dos mesmos; • Estudo das * Arranjo, combinação e • Realize cálculos utilizando Binômio de Probabilidades; permutação simples; Newton; • Estatística; * Números binomiais; • Compreenda a idéia de probabilidade; • Matemática * Triângulo de Pascal; • Realize estimativas, conjecturas a Financeira. * Termo geral do Binômio de respeito de dados e informações Newton; estatísticas; * Elementos do estudo das • Compreenda a Matemática Financeira probabilidades; aplicada ao diversos ramos da atividade * Experimento aleatório, humana; espaço amostral e evento; • Perceba, através da leitura, a * Probabilidade condicional; construção e interpretação de gráficos, a * Multiplicação de transição da álgebra para a probabilidades; representação gráfica e vice-versa. * Eventos independentes; * População e amostra; * Frequência absoluta e relativa; * Distribuição de frequência; * Histogramas e polígono de freqüências; * Frequência relativa e acumulada; * Média aritmética; * Variância; * Desvio padrão; * Moda; * Porcentagem; * Juros simples e composto; * Lucro e desconto; 218 219 LEGISLAÇÃO O professor dentro dos conteúdos citados trabalhará as questões referentes à: - Lei 10639/03 – História e Cultura Afro-Brasileira; - Prevenção ao Uso indevido de Drogas; - Lei 9799/95 – Educação Ambiental; - Educação Fiscal; - Enfrentamento a Violência contra a Criança e o Adolescente; - Gênero e Diversidade Sexual; Todos os conteúdos acima citados (Legislação) serão trabalhados em sala de aula, através de modelagem matemática, etnomatemática, levantamentos de dados entre outras atividades necessárias para a abordagem dos temas, estas atividades poderão ser trabalhadas de forma interdisciplinar ou não. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO As tendências metodológicas tendem tocar diferentes maneiras de ensinar matemática como: a resolução de problemas, a modelagem matemática, o uso de mídias tecnológicas, etnomatemática e a história da matemática. Sendo assim, é necessário ter diversos meios como matérias manipulativos, articulados com as reflexões dos alunos sobre as situações que se deparam e a analise do erro como hipótese de construção do conhecimento, trabalhando a matemática de forma contextualizada, integrada e relacionada com outros conhecimentos, fazendo com que o aluno compreenda e interprete situações, apropriando-se de linguagens especificas, ou seja, letrar-se matematicamente. Segundo George Polya, o professor deve ser mediador do processo de ensinoaprendizagem do educando, deixando que busque outros meios para resolução de problemas não apresentando um único conceito. Orientando, respeitando sua especificidade. Tendo como principio o conhecimento já adquirido pelo educando. O estudante deve adquirir tanta experiência pelo trabalho independente quanto lhe for possível. Mas se ele for deixado sozinho, sem ajuda ou com auxílio insuficiente, é possível que não experimente qualquer progresso. Se o professor ajudar demais nada restará para o aluno fazer. O professor deve auxiliar, nem demais nem de menos, mas de tal modo que ao estudante caiba uma parcela razoável do trabalho (2006, p.01). 220 O professor deixa de ser o detentor do conhecimento e passa a ser o facilitador deste processo, direcionando uma aprendizagem autônoma, motivando a pesquisa. 6.14 DIRETRIZES CURRICULARES DE QUÍMICA PRESSUPOSTOS TEÓRICOS 1 - EMENTA A Química vem sendo desenvolvida desde a antiguidade, primeiramente pelos gregos e posteriormente por muitos alquimistas que buscam dia a dia novas descobertas científicas. Não se pode falar da história da química sem se reportar de fatos políticos, religiosos e sociais. O poder, representado pela riqueza de pedras preciosas levou os alquimistas a descobrirem a extração e tratamento de diversos metais. O contexto histórico do feudalismo, representado por aglomerações urbanas emergentes, pelas péssimas condições sanitárias, pela fome, pelas pestes, gerou um desequilíbrio demográfico e problemas relacionados ao trabalho que também se modificava estruturalmente. Este conturbado momento histórico trazia a preocupação com a relação à mão de obra produtiva e os estudos sobre substâncias minerais para a cura de todas as doenças, sinônimo de vida eterna, enquanto buscas incessantes da humanidade. Experimentos realizados por alquimistas descobriram a extração, produção e tratamento de diversos metais, que possibilitaram o desenvolvimento do modo de produção capitalista, a lógica das reações de produção e economia, como a cura de algumas doenças. No decorrer de nossa história, o desenvolvimento do ser humano como também das civilizações, partiu das necessidades de cada cidadão por um processo de definição dos seus objetivos e formas de trabalho com o intuito de melhor se adaptar às 221 características da sociedade moderna e aperfeiçoar o seu desempenho nessa sociedade. No final do século XIX, com o surgimento dos laboratórios de pesquisa, a Química se consolidou como a principal disciplina associada aos efeitos resultados na indústria Braverman (1987). No século XX, a Química e todas as outras Ciências Naturais tiveram um grande desenvolvimento, em especial nos Estados Unidos e Inglaterra. Com o esclarecimento da estrutura atômica, foi possível entender melhor a constituição e formação das moléculas, em especial a do DNA. Passada a Segunda Guerra Mundial, as pesquisas sobre o átomo foram ainda mais incrementadas no sentido de desvendar as suas características e o bombardeio de núcleos com partículas aceleradas conduziu à produção de novos elementos químicos. A Química passou a ser considerada como disciplina na educação inicialmente na França no governo de Napoleão III e no Brasil, as primeiras atividades de caráter educativo envolvendo a Química, surgiram a partir do século XIX proveniente das transformações de ordem política e econômica que ocorriam na Europa. Considerando-se todo o percurso que a disciplina de Química percorreu em seu trajeto educacional a preocupação atual central é resgatar a especificidade da disciplina de Química, deixando de lado o modo simplista como era tratada nos PCN onde era vista como área do conhecimento, recuperando a importância de seu papel no currículo escolar. Por isso a ênfase dada na importância do estudo da história da disciplina,m em seus aspectos epistemológicos,m buscando uma seleção de conteúdos (estruturantes) que identifiquem a disciplina como campo do conhecimento que se constituíram historicamente nas relações políticas, econômicas, sociais e culturais das diferentes sociedades. Esses são pressupostos considerados fundamentais para uma abordagem pedagógica critica da disciplina de química, que ultrapasse a postura subserviente da educação ao mercado de trabalho. Na medida em que se vive num meio sobre o qual é possível agir, discutir, realizar, avaliar, e onde são criadas condições para o crescimento do aluno e também do professor é importante aproveitarmos as oportunidades apresentadas pela mídia, analisando, criticando e refazendo o seu entendimento para o mundo. Portanto a Química pode ser entendida como a ciência que estuda e também utiliza as transformações que envolvem matéria e energia em constante renovação a fim de nos trazer benefícios para toda a eternidade. 222 2 - OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA Formar um aluno que se aproprie dos conhecimentos químicos e também seja capaz de refletir criticamente sobre o período histórico atual. Analisar as mudanças dos conceitos relacionados a disciplina de química que tem refletido nas áreas do conhecimento, percebendo que estamos diante de um processo histórico com características, avaliações, questionamentos e respostas diversas para cada momento. Desenvolver valores sociais, morais e éticos, a fim de contribuir para a formação de pessoas que aspiram a uma sociedade mais igualitária, solidária e democrática, e ainda que desempenha um papel importante no desenvolvimento tecnológico do país. Possibilitar ao alunado a leitura e interpretação de textos científicos; expressando-se adequadamente de forma oral e escrita. Trabalhar em grupo na resolução de problemas da nossa sociedade a fim de entender a utilização da tecnologia do mundo que nos cerca, partindo do pressuposto de que o aluno já detém um conhecimento historicamente constituído, de que a escola é o local privilegiado para a aprendizagem, que possa utilizar-se dela a fim de tornar-se um cidadão cada vez melhor. 3 - CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO 1º ANO Matéria e energia, átomos e moléculas - transformação da matéria - separação das misturas Estrutura atômica – modelo RUTHERFORD Classificação periódica 223 Ligações químicas Funções químicas inorgânicas - Ácidos - Bases - Sais - Óxidos Reações químicas - Combustão - Explosão - Enferrujamento - Balanceamento 2º ANO Grandezas químicas - Massa atômica - Massa molecular Soluções - Águas naturais - Água potável - Poluição das águas - Água e vida Termoquímica - Produção e consumo de energia nas transformações químicas – térmica, elétrica e nuclear. 224 Cinética química - Rapidez das transformações químicas - Temperatura - Estado de agregação - Concentração - Catalisador Equilíbrio químico – equilíbrio iônico: pH - Controle e modificação do estado de equilíbrio químico – efeito da temperatura, pressão e concentração e aplicações no sistema produtivo. Eletroquímica - Pilhas - Eletrólise - Potenciais de oxidação - Metalurgia 3º ANO Energia nuclear Cadeias carbônicas Funções e suas nomenclaturas Hidrocarbonetos - Petróleo e indústria petroquímica - Hulha e carboquímica - Ciclo do carbono - Poluição atmosférica - Biogás Funções orgânicas 225 - Alcoois - Fenóis - Éteres - Aldeídos - Cetonas - Ácidos carboxílicos - Aminas - Amidas - Isomeria plana e espacial - Reações orgânicas 4 – METODOLOGIA DA DISCIPLINA Em toda História da Humanidade, nunca se viu o Homem com tamanho poder de influenciar o meio em que vive, seja para melhor ou pior; A Química trata de todas as substâncias que compõem o Universo e de todas as mudanças por que passam, por isso é uma das ciências mais importantes; O processo ensino aprendizagem se dá através do desenvolvimento dos fatos e fenômenos que ocorrem no cotidiano, partindo do conhecimento prévio dos estudantes numa seqüência que possa fluir naturalmente, aonde uma idéia vai puxando outra. Assim, apresentando conceitos contextualizados historicamente, inter-relacionando-os com descobertas científicas. Como a concepção científica envolve um saber socialmente constituído e sistematizado, a interdisciplinaridade se faz necessária a fim de relacionar as diferentes disciplinas como, por exemplo, a matemática, dentre outras, para oportunizar a troca de informações que são importantes a apreensão do aluno no que se refere a teoria a fim de entender o cálculo o conceito como um todo. Portanto, em Química devemos considerar o conhecimento do estudante, na difícil e importante tarefa de trabalhar em conjunto com o aluno as bases do conhecimento científico, possibilitando a compreensão dos fenômenos e fatos do cotidiano e formando um cidadão critico. 226 5 – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA A avaliação deve ser concebida de forma processual e formativa, sob as condicionantes do diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorre por meio de interações recíprocas, no dia-a-dia no transcorrer da própria aula e não apenas de modo pontual, portanto sujeita as alterações no seu desenvolvimento. As avaliações em Química se sistematizada através de avaliações escritas e orais, trabalhos escritos com a finalidade de gerar no aluno o espírito de procura de informações, seminários com temas de grande discussão e que gerem diferentes opiniões, palestras com assunto científico a fim de prover novas descobertas de campo, trabalhos em sala com experimentos a fim de questionar os alunos quanto a sua responsabilidade, aulas práticas ministradas por alunos com o intuito de desencadear um processo relacional entre teoria e prática, também, utilizar instrumentos de avaliação que contemplem outras formas de expressão como a leitura, a interpretação de textos como também da tabela periódica. 6.15 DIRETRIZES CURRICULARES DE SOCIOLOGIA FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O ensino de Sociologia para o ensino médio se faz necessário para que os alunos possam refletir sobre a realidade em que vivem, sobre o mundo e o comportamento das pessoas, para que ele possa entender a sociedade. O mundo contemporâneo leva-nos a questionar seus próprios condicionamentos características, geradoras de graves problemas sociais, econômicos, políticos, demográficos, étnicos, religiosos e ecológicos. Essa situação agrava-se ainda mais a crise do ensino, e pôr isso essas novas dinâmicas de desenvolvimento econômico e social exigem uma 227 revisão das propriedades para a educação. Com tudo isto faz-se necessário introduzir nos sistemas de ensino uma discussão sobre a ética, valores morais e cidadania, dando nova dimensão às questões sociais que conquistaram espaço nos currículos da escola pública. Compreender a sociedade é analisar os comportamentos movidos pela racionalidade dos sujeitos com relação aos outros é compreender o agir dos homens que se relacionam uns com os outros. Com isto o aluno deverá entender a realidade e os problemas sociais, questionando e buscando diferentes sentidos e de diversas formas, respostas múltiplas para a construção de caminhos viáveis para a convivência coletiva. O aluno deverá ter conhecimento sociológico suficiente para tentar explicar as relações entre os acontecimentos complexos e diferenciados, unindo fenômenos aparentemente dissociados, permitindo ao homem transpor os limites de sua condição particular para percebê-la como parte de uma totalidade mais ampla que é o todo social. O conhecimento que o aluno deverá ir além das definição, classificação, descrição e estabelecimentos de correlações dos fenômenos da realidade social. Ele deverá interpretar a realidade em que vive, a partir destes conhecimentos, tendo uma visão critica, posicionando diante da situação. Para a seleção do conhecimento, que é tratado, na escola, por meio dos conteúdos da disciplina concorrem tanto os fatores ditos externos, como aqueles determinados pelo regime sócio-político, religião, família, trabalho quanto as características sociais e culturais do público escolar, além dos fatores específicos do sistema como os nives de ensino, entre outros. Além desses fatores, estão os saberes acadêmicos, trazidos para os currículos escolares e neles tomando diferentes formas e abordagens em função de suas permanências e transformações. Embora se compreendam as disciplinas escolares como indispensáveis no processo de sociabilização e sistematização dos conhecimentos, não se pode conceber esses conhecimentos restritos aos limites disciplinares. A valorização e o aprofundamento dos conhecimentos organizados nas diferentes disciplinas escolares são condição para se estabelecerem as relações interdisciplinares, entendidas como necessária para a compreensão da totalidade. 228 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA Garantir aos alunos do ensino médio a compreensão crítica das mudanças ocorridas no processo histórico brasileiro, a partir do binômio trabalho, emprego, problematizando que o emprego passa pela precarização e não pela estabilidade, ampliando o quadro de exclusão. Compreender a sociologia como um conhecimento histórico e socialmente determinado. Perceber criticamente o processo de mundialização da economia e de inserção do país no mercado internacional. Compreender a crise do Estado como uma das expressões da reordenação do funcionamento das democracias ocidentais. Compreender o contexto em que vivemos, onde o mercado de trabalho é extremamente exigente, onde somente os que estiverem super preparados é que estarão com o emprego “garantido”. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Perceber os direitos e deveres do cidadão como fruto de uma construção social. Entender o papel da comunidade, cidadania e minorias no processo de desenvolvimento social. Entender agrupamentos sociais. Perceber como o sistema econômico interfere na sociedade. Ver como funciona o sistema de classe na sociedade brasileira. Conhecer como a cultura influencia no desenvolvimento social de um modo geral. Conhecer como funciona as instituições sociais. 229 Mostrar como a mudança social pode alterar a forma de vida da sociedade. Desenvolver nos alunos a sensibilidade para entender está presente em nossa sociedade. Mostrar aos alunos o papel da escola e a importância do conhecimento, no desenvolvimento pessoal, social e de inserção na vida da sociedade. CONTEÚDOS Os conteúdos devem ser trabalhados de forma temática, ou seja, apresentar a sociologia dentro de um contexto histórico brasileiro pois o aluno deve ter uma visão de conjunto compreendendo com isso a realidade em que vivemos. É interessante também desenvolver no aluno o espírito crítico a respeito dos assuntos pertinentes a vida do brasileiro no que diz respeito ao trabalho, as desigualdades sociais e a política brasileira. Desta forma, podemos abordar conteúdos que desperte no aluno o gosto pela sociologia e a realidade brasileira em que vivemos. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES 1º ANO Conceito de sociologia O estudo da sociedade humana Conceitos básicos para a compreensão da vida social Pensamentos dos Clássicos A socilogia como disciplina científica e curricular Comunidade, cidadania e minorias Agrupamentos sociais Fundamentos econômicos da sociedade 230 2º ANO Sociologia crítica: um recurso cientifico a serviço de ensino Estratificação e mobilidade social A cultura e indústria cultural Socialização e controle social Trabalho, produção e classes sociais 3º ANO As instituições sociais e o processo de socialização Mudança social Poder política e ideologia Direitos, cidadania e movimentos sociais O subdesenvolvimento Instituição escolar Instituição religiosa Instituição familiar CONTEÚDOS ESPECÍFICOS 1º ANO O conceito de sociologia o senso comum o que é ciência o que é um ser alienado Precursores da sociologia: Augusto Comte, Emile Durkhein, Max Weber Karl Marx. 231 A Sociologia no Brasil O ensino da Sociologia: da escola média à universidade brasileira A Sociologia no Ensino Médio do Paraná A Vida socializando Conceitos básicos Contatos primários contatos secundários Contatos primários e secundários Sociabilidade Contatos sociais 2º ANO O ser humano é um ser que convive com os outros Interação social Relação social Processos sociais Cooperação Competição Conflito Acomodação Assimilação A comunidade, suas características e trabalho Sociedade comunitária Sociedade societária A tendência do hoje A cultura do individualismo Interpretação sociológica 232 Os singles 3º ANO Histórico do surgimento da escola fatores que contribuiram para o desenvolvimento da escola Florestan Fernandes o estudo da tribo Tupinambás Hoje será possível o mundo sem escolas Terias explicativas sobre a realidade da escola Paulo Freire o maior educador. O Que são rituais Poque estudar religião Religião como instrumento de poderíamos Fanatismo religiosos Porque a igreja católica tem tanto poderíamos Religiões do Oriente Religiões africanas Religiões do ocidente. Instituição familiar Tipos de famílias Alguns conceitos de família Arranjos familiares CONCEPÇÃO METODOLÓGICA O objeto de estudo e ensino da disciplina de Sociologia são as relações que se estabelecem no interior dos grupos na sociedade, como se estruturam e atingem as relações entre os indivíduos e a coletividade. Ao se constituir como ciência, com o 233 desenvolvimento e a consolidação do capitalismo, a Sociologia tem por base a sociedade capitalista, contudo, não existe uma única forma de interpretar a realidade e esse diferencial deve fazer parte do trabalho do professor. O tratamento dos conteúdos pertinentes à Sociologia fundamenta-se em teorias originárias diferentes, com seu potencial explicativo atrelado a posicionamentos ideológico-políticos, no sentido de visões de mundo presentes nas interpretações. Como disciplina escolar, a Sociologia crítica deve contrastar tradições diversas de pensamento, avaliando-lhes os limites e potencialidades de explicação para os dias de hoje. Ao mesmo tempo, o ensino da disciplina deve recusar qualquer espécie de síntese teórica ou reducionismo sociológico, ou seja, deve tratar pedagogicamente a contextualização histórica e política das teorias, seguindo o rigor metodológico que a ciência requer. A abordagem dada aos conteúdos bem como a avaliação do processo de ensino-aprendizagem estarão relacionadas à Sociologia crítica, caracterizada por posições teóricas e práticas que permitam compreender as problemáticas sociais concretas e contextualizadas em suas contradições e conflitos, possibilitando uma ação transformadora do real. A metodologia deve colocar o aluno como sujeito de seu aprendizado, que o encaminhamento será a leitura, o debate a pesquisa de campo a análise de filmes, com isso o aluno estará apto a relacionar a teoria com a prática vivida por ele. Quanto à metodologia segue a dinâmica: Aulas expositivas. Textos complementares. Estudos individuais, em grupos ou em duplas. Filmes e teatros. Trabalhos em grupos. Plenário e apresentação. Leitura de temas pertinentes ao conteúdo RECURSOS 234 Para uma aula de qualidade é necessário utilizar diversos recursos e por isso utilizaremos o mais adequado ao conteúdo que será apresentado. Quadro de giz Jornais Revistas Dinâmicas em grupos Vídeos Músicas Retro-projetor Exercícios de fixação Visitas monitoradas em órgãos públicos e privados TV Pendrive CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO Os instrumentos de avaliação em Sociologia, atentando para a construção da autonomia do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem da disciplina e podem ser registros de reflexões críticas em debates, que acompanham os textos ou filmes; participação nas pesquisas de campo; produção de textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática, dentre outras possibilidades. Várias podem ser as formas, desde que se tenha como perspectiva ao selecioná-las, a clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da apreensão, compreensão, reflexão dos conteúdos pelo aluno e, sobretudo, expressão oral ou escrita da sua percepção de mundo. Assim a avaliação em Sociologia busca servir como instrumento diagnóstico da situação, tendo em vista a definição de encaminhamentos adequados para uma efetiva aprendizagem. A forma de agir metodologicamente no ensino da Sociologia em nível médio aproxima estudantes e professores nas indagações e esses da realidade social devolvendo o conhecimento científico. Cabe ao ensino das diversas disciplinas curriculares no Ensino Médio e, também da Sociologia, despertar a consciência. A avaliação em sociologia será contínua, progressiva, sem caráter classificatório 235 e sim como parte do processo ensino aprendizagem, considerando as ações da prática diária do aluno como: participação em sala, cumprimento de seus deveres, respeito ao próximo produções individuais e coletivas. Partindo do pressuposto que a avaliação é contínua, a nota será o resultado de diversas formas de avaliação tais como: atividades realizadas no caderno, trabalhos de pesquisas, trabalhos em grupos, provas formais e participação em sala. PROCESSOS DE AVALIAÇÃO As avaliações devem ser flexíveis e não tediosas pois as avaliações tradicionais levam ao desgaste do aluno e não a compreensão esperada pelo professor o qual acaba levando a reprovação do aluno. A avaliação deve ser diagnóstica e formativa, pois deve permitir ao professor a identificação do desenvolvimento de aprendizagem do aluno e, se for necessário, retomar os objetivos de ensino propostos. Instrumentos - Provas sem ou com consultas - Atividades escritas - Trabalho de pesquisa - Apresentações orais - Produção de cartazes - Interpretação de músicas e filmes - Participações em debates - Trabalhos em grupos - Entrevistas - Interpretações de imagens - Relatórios de visitas monitoradas - E outras formas que ficam a critério dos professores - 236 LEGISLAÇÃO Lei 39/03 – História e Cultura Afro-Brasileira A fim de promover o desenvolvimento do indivíduo, a escola deve trabalhar em meio ao intuito de resgatar os valores negros; estimular a solidariedade; defender os direitos enquanto cidadão; desmistificar os estereótipos; valorizar a cultura e buscar a identidade africana; protestar contra a ordem colonial e lutar pela emancipação de seus povos oprimidos; buscar o respeito entre todas as culturas. Segundo a Lei 10639/03, em seu Artigo 1º, § 1o- O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil. Dessa forma, o trabalho com sociologia e cultura afro-brasileira se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos importantes na formação da cultura brasileira. Prevenção ao Uso Indevido de Drogas Segundo o Caderno Temático de Prevenção ao Uso Indevido de Drogas “precisamos projetar um novo desenho das arenas de enfrentamento ao uso indevido de drogas, trazendo novas possibilidades de arranjos e soluções no processo de formulação e implementação da Política Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas”. (Prevenção ao Uso Indevido de Drogas - Cadernos Temáticos da Diversidade, p. 78). Dessa forma, o trabalho em História com a Prevenção ao uso Indevido de Drogas se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos legais e históricos, sendo de forma interdisciplinar ou não. Lei 9799/95 – Educação Ambiental Segundo o Caderno Temático de Educação Ambiental, a Legislação Ambiental se apresenta como uma matriz indispensável para: a) definição de usos permitidos ou proibidos; 237 b) formas e medidas de recuperação, melhoria, conservação e/ou preservação ambiental; c) avaliação e/ou resolução de problemas e situações concretas; d) sensibilização e capacitação de atores sociais de um modo geral e, especialmente, daqueles envolvidos com o planejamento e gestão ambiental; e) construção de direitos e deveres em relação ao meio ambiente; f) embasar e qualificar processos e instrumentos pautados pelo ideal do desenvolvimento sustentável, dentre eles, interessa-nos destacar aqui, a Educação Ambiental (EA) e Agenda 21 Escolar (A21E). (Educação ambiental - Cadernos Temáticos da Diversidade, p. 72). Dessa forma, o trabalho em sociologia com a Educação Ambiental se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos imortantes na preservação do meio ambiente. Educação Fiscal Segundo o site do Dia a Dia Educação, do Governo do Paraná, “a proposta da Educação Fiscal é estimular o cidadão a refletir sobre a função socieconômica dos tributos, possibilitar aos cidadãos o conhecimento sobre administração pública, incentivar o acompanhamento, pela sociedade, da aplicação dos recursos públicos e criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão” (http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=287). Dessa forma, o trabalho em História com a Educação Fiscal se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos históricos e econômicos, sendo de forma interdisciplinar ou não. Enfrentamento a Violência contra a criança e o Adolescente Segundo o site do Dia a Dia Educação, do Governo do Paraná, “a demanda de Enfrentamento à Violência na Escola visa ampliar a compreensão e formar uma consciência crítica sobre a violência e, assim, transformar a escola num espaço onde o conhecimento toma o lugar da força”. (http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=90) 238 Dessa forma, o trabalho em História com o enfrentamento a violência contra a criança e o adolescente se torna pertinente na medida em que se volta aos aspectos históricos, sociais e políticos, sendo de forma interdisciplinar ou não. Gênero e Diversidade Sexual Segundo o site Observatório da Mulher, as políticas de inclusão e diversidade na educação básica deverão: 1) Realizar constantemente a análise de livros didáticos e paradidáticos utilizados nas escolas - conteúdos e imagens -, para evitar discriminações de gênero e de diversidade sexual e, quando isso for constatado, retirá-lo de circulação. 2) Desenvolver e ampliar programas de formação inicial e continuada em sexualidade e diversidade, visando a superar preconceitos, discriminação, violência sexista e homofóbica no ambiente escolar, e assegurar que a escola seja um espaço pedagógico, livre e seguro para todos e todas. 3) Rever e implementar diretrizes, legislações e medidas administrativas para os sistemas de ensino promoverem a cultura do reconhecimento da diversidade de gênero, identidade de gênero e orientação sexual no cotidiano escolar. 4) Garantir que a produção de todo e qualquer material didático-pedagó gico incorpore a categoria "gênero" como instrumento de análise, e que não se utilize de linguagem sexista, homofóbica e discriminatória. 5) Inserir os estudos de gênero e diversidade sexual no currículo das licenciaturas. (http://observatoriodamulher.org.br/site/index.phpoption=com_content&task=view&id=3 90&Itemid=49) Dessa forma, o trabalho em sociologia com Gênero e Diversidade se torna pertinente na medida em que se volta para a convivência com o diferente. 239 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS A construção do Projeto Político Pedagógico vem possibilitando a toda a comunidade escolar, a realização de uma profunda reflexão acerca da prática pedagógica e de todas as questões que envolvem o cotidiano escolar. 240 Todo esse trabalho que visa a melhoria da qualidade da escola pública e o acesso e permanência do aluno na escola, esbarra em muitos obstáculos pelo caminho, assim como desenvolvimento deste Projeto também esbarrou. Uma das questões principais que interferiram no trabalho foi a falta de tempo para estudos, pois construir um texto desta natureza não é tarefa fácil, e muitas vezes faltam elementos teóricos que precisam ser discutidos e aprofundados. Temos clareza que este processo foi apenas iniciado durante o ano de 2005 e está longe de ser esgotado. Ainda existem muitos pontos que precisam ser revistos e discutidos e outros que ainda nem foram abordados e que serão contemplados durante os próximos anos e revistos sempre que necessário. 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABBAGNANO, Nicola – Dicionário de filosofia. 4ª ed. São Paulo Martins Fontes 2000. ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; Martins, Maria Pires - Filosofando. Introdução à filosofia. São Paulo. Editora Moderna. 1995. 241 AZEVEDO, f. Princípios de sociologia: pequena introdução ao estudo da sociologia geral, 11ªedição São Paulo; Ática, 1978. BAIRD, C. Química Ambiental 2ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2002. BATISTA, C. A. M.; MANTOAN, M. T. E. Educação Inclusiva: atendimento educacional especializado. Brasília: MEC/SEESP, 2005. BELTRAN, N. e CISCATO, C.ªM. Química São Paulo: Cortez, l991. BITTENCOURT, Circe (org.). O saber histórico na sala de aula. 2ª ed. 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