Lavoisier, Proust e Dalton.

Aula: 5.
Temática: Breve Biografia de Alguns Grandes Nomes – Lavoisier,
Proust e Dalton.
Já estudamos as leis de Lavoisier, Proust e Dalton. Que tal
conhecermos agora, quem foram esses personagens.
1- Antoine Laurent Lavoisier.
Antoine Laurent de Lavoisier nasceu em 26 de agosto de 1743, em Paris. Filho
de família abastada teve uma esmerada educação, estudando nas melhores
escolas francesas. Freqüentou o Colégio Mazarin, onde se tornou um aluno
brilhante e, na universidade, graduou-se em direito, em 1764.
Recém-graduado, Lavoisier apresentou o seu primeiro trabalho científico, em
1765, na Academia Real de Ciências. No ano seguinte, 1766, a academia
promoveu um concurso sobre a iluminação pública de Paris, que naquele
tempo era feita através de lampiões a óleo. Lavoisier concorreu com seu
trabalho: Memóire sur meilleur septème d’eclairage de Paris (Relatório sobre o
melhor sistema
de iluminação
de Paris). Esse relatório
tratava
do
comportamento e da conveniência dos diferentes combustíveis. Nele, Lavoisier
chegou até a apresentar um desenho detalhado das luminárias. Com isso, foi
agraciado com a medalha de ouro. Admite-se que dessa época remonta o
interesse de Lavoisier pela combustão.
Os trabalhos de Lavoisier abordam temas extremamente relevante. Eles não só
criaram uma escola de pensamento químico, mas também exibem uma
característica fundamental da química, a de uma ciência básica cujas
descobertas têm imensa importância prática e imediata aplicação.
Um dos textos fundamentais é o Traité Élémentaire de Chimie (Tratado
elementar de química), publicado em março de 1789. Trata-se de um resumo
de sua obra e ressalta um traço essencial da personalidade dinâmica de
Lavoisier.
A famosa frase “Na natureza nada se cria, tudo se transforma”, acredita-se ser
de autoria de Antoine Lauren Lavoisier, mas na verdade Lavoisier é autor de
uma frase bastante parecida, mas não exatamente esta:
“As transformações químicas na natureza obedecem a uma lei fundamental, a
lei da conservação da massa”.
2 - Joseph Louis Proust.
Químico e farmacêutico francês, Joseph Louis Proust nasceu em Angers a 29
de setembro de 1754 e morreu na mesma cidade a 5 de julho de 1826. Filho de
um boticário estudou química. Chefiou a farmácia do hospital Salpêtrière, em
Paris. Pronunciou conferências no Palais Royal. Esteve na Espanha, onde
ensinou química na academia de artilharia de Segóvia e em Salamanca.
Trabalhou no recém-instalado laboratório de Carlos IV, em Madrid. Em 1816 foi
eleito para a Academia de Ciências da França. Proust estuda os minerais
espanhóis. Enuncia a lei das proporções definidas (1806) durante sua estada
na Espanha, uma das bases do atomismo químico, e que recebe seu nome.
A lei é formulada em 1808 por John Dalton, mas é o trabalho de Proust que
fornece as provas empíricas que determinam sua aceitação.
Ainda em Madrid, Proust empreende estudos que resultam na descoberta de
um processo de extrair açúcar da uva. Em 1806 volta à França. Durante o
bloqueio continental é convidado por Napoleão I para fundar uma fábrica de
açúcar de acordo com o processo por ele inventado, mas recusa a oferta.
Proust pesquisa ainda os sais dos ácidos orgânicos. É um dos fundadores da
análise química.
3 - John Dalton
Cientista inglês nasceu em Eaglesfield a 6 de Setembro de 1766 e morreu em
Manchester a 27 de Julho de 1844. Começou a carreira como professor
primário, dedicando-se posteriormente ao estudo da Matemática, da Física e
assuntos relacionados à meteorologia. Em 1794 estudou o fenômeno mais
tarde designado por daltonismo, consagrando-se, depois, à área da Química.
São temas constantes nos trabalhos de Dalton: a solubilidade dos gases da
atmosfera na água, a expansão do vapor por ação do calor, a água contida
como vapor na atmosfera.
Dalton estudou também o comportamento dos gases quando eram misturados
sem que sofressem transformações químicas.
Esses estudos foram muito importantes no desenvolvimento das idéias sobre a
constituição da matéria. Para explicar suas observações sobre os gases,
Dalton adotou as idéias do físico e matemático inglês Isaac Newton (16421727) sobre o ar (propostas no século XVIII). Newton admitia que o ar fosse
constituído por pequenas partículas ou átomos de matéria, que se repelia
mutuamente com uma força que aumentava à medida que diminuía a distância
entre elas. Em suma, constituído por partículas em movimento.
Os dados obtidos por Dalton em seus experimentos foram levando-o a mudar
suas idéias a respeito das partículas ou átomos de matéria.
No início, Dalton acreditava que as partículas - blocos físicos fundamentais,
constituintes de qualquer substância seriam as mesmas. Com o decorrer de
seu trabalho, foi chegando à conclusão que os átomos dos diferentes gases
deveriam ser diferentes e lhe ocorreu que a massa poderia ser a propriedade
que diferenciaria os átomos. Assim, a concepção de Dalton sobre a
constituição da matéria é diferente da concepção proposta por Lavoisier. Este
admitia a matéria constituída por elementos. Dalton a considerava constituída
por átomos de massas diferentes. No entanto, essas concepções podem ser
relacionadas admitindo que cada elemento constituinte da matéria seja
formado por átomos de mesma massa.
Como seria possível, então, avaliar a massa de um átomo?
Analisando os dados sobre as quantidades de reagentes e produtos envolvidas
em transformações químicas, Dalton pôde avaliar a massa do átomo de um
elemento comparando massas envolvidas em transformações nas quais um
dos reagentes fosse o mesmo.
Assim, a partir de dados sobre as massas envolvidas nas transformações entre
diferentes substâncias e gás hidrogênio, Dalton pôde construir uma tabela de
massas atômicas de diferentes elementos em relação ao hidrogênio.
O hidrogênio, escolhido como padrão, teve sua massa atômica fixada
arbitrariamente como 1. Assim, dizer que a massa atômica do oxigênio é 7,
segundo Dalton, significa que um átomo de oxigênio tem massa 7 vezes maior
que a de um átomo de hidrogênio.
Amadeo Avogadro, mais tarde, entra em desacordo com Dalton, provando que
a massa de um átomo de oxigênio tem massa 8 vezes maior que a de um
átomo de hidrogênio.
Pelas biografias percebemos que os três viveram numa época muito
produtiva para a química, uma vez que são contemporâneos e suas pesquisas
se complementam e facilitam a compreensão e o estudo da matéria.