Jornal "Bombeiros de Portugal" – Edição 341 – fevereiro 2015

Transcrição

Jornal "Bombeiros de Portugal" – Edição 341 – fevereiro 2015
Presidente da LBP
lança desafios ao Primeiro Ministro
Página 25
Foto: Marques Valentim
Foto: Sérgio Santos
Fevereiro de 2 0 1 5 E dição : 341 A no : XXXII 1,25€ D irector : R ui R ama da S ilva
SOCORRO NA NEVE
Página 17
1ª. reunião do Conselho Executivo da LBP
Página 7
Transporte de doentes
Estado retirou 26 milhões em 3 anos
Página 32
2
FEVEREIRO 2015
E depois vêm os seus alertas
para a acumulação de macas
das ambulâncias por manifesto aumento da procura e a sua
indisponibilidade para acorrer
a novos pedidos de socorro.
Mas os bombeiros também
bem sabem, e têm alertado,
para um outro cenário recorrente que indicia problemas
sociais graves.
No cenário, em certos picos
a tocar o dantesco, criado pelo
recurso massivo aos serviços
de urgências por aqueles que,
sem dúvida, deles necessitam,
surge um outro cenário igualmente preocupante que faz
abrir a cortina sobre fenómenos mais comuns do que, à
primeira vista, se possa parecer. Falo das pessoas, na esmagadora maioria dos casos
idosos, que também acorrem
às urgências para simplesmente terem com quem falar,
para verem gente e poderem
desabafar com quem ali também esteja.
Esta é a outra realidade com
que os bombeiros se têm confrontado cada vez mais e que
compagina, sem nenhuma
margem para dúvida, a doença da solidão.
Arrepia pensar que, não
sendo as urgências dos hospi-
tais o local mais indicado para
o convívio numa lógica de senso comum, contudo, é precisamente para ali que há gente
que se dirige na ânsia de ver
outra gente, de ter companhia
e de sentir aconchego.
Este é o outro lado dramático das urgências dos hospitais
e dos centros de saúde que
traduzem outras doenças, estritamente sociais, muito graves mas com pouca visibilidade, e que não podem passar
despercebidas nem ficar sem
resposta.
Como agora, porventura,
nunca houve tantas respostas
sociais mas, como agora também, nunca houve um crescimento dos problemas, tão
grande, tão diversificado e
tão envergonhado, com todo
o grau de complexidade associado, quer no despiste, quer
no tratamento.
Os bombeiros também procuram responder a isso de diferentes formas. Não só na
prestação do socorro, nestas
situações mais socorro social
que físico, mas também no
transporte programado de
doentes, os bombeiros demonstram que têm uma alma
grande e que se preocupam
com o bem-estar e o apoio
Foto: Lusa
H
á fenómenos dos tempos
modernos que arrepiam
e com os quais os bombeiros diariamente se vêem
confrontados.
É comum na opinião pública
pensar-se que, por princípio,
as pessoas só acorrem às urgências hospitalares em situação de manifesta aflição, mesmo que, como muito se tem
dito e escrito, a propósito, nos
últimos tempos, à aflição de
cada um se associe também a
aflição de muitas outras pessoas pelas muitas horas de espera a que estão obrigadas até
serem atendidas depois da
triagem.
Associadas ao tempo de espera, ou não, ou a qualquer
outro motivo que não cabe
aqui abordar, têm-se registado
um conjunto de mortes ocorridas nas urgências, que lamentavelmente compõem ainda
mais o cenário de sofrimento
traçado por quem trabalha e
frequenta as unidades hospitalares mais referenciadas
pela falta de resposta atempada.
Esta é uma realidade com
que os bombeiros convivem
habitualmente sempre que
surgem picos de procura, seja
no período da gripe ou outros.
O ”bem-estar” das urgências
àqueles que regularmente
conduzem para tratamentos,
para exames e tantas outras
situações. Quantas vezes os
bombeiros são o ombro amigo onde se desabafa, onde se
busca apoio e conforto humano que nem a sociedade nem
às vezes as próprias famílias
garantem. Quantas vezes são
os bombeiros a apoiar nas
burocracias próprias dos hospitais e com as quais os
doentes não estão familiarizados ou com estado de espírito ou discernimento para as
cumprir.
Os técnicos de saúde, os
médicos, mas também os
bombeiros, poderão testemunhar a vivência de muitas
dessas situações no meio
hospitalar. Todos sabemos
que desumanamente há
muitas pessoas a ocupar camas hospitalares apenas por
não terem para onde ir ou
não terem quem cuide delas.
Mas há outras pessoas
que nem chegam aos hospitais. Os bombeiros sabem-no bem. E vejam com
quantas situações eles se
debatem no dia-a-dia, em
que fica evidente que, muitas vezes, o pretenso pedido
de socorro se fica a dever
apenas à doença do século,
a solidão. São os próprios,
na esmagadora maioria idosos, que reconhecem perante os bombeiros que é essa
a sua doença. E os bombeiros nunca ficam indiferentes
a eles, mesmo que a sociedade, muitas vezes, passe
ao lado.
Artigo escrito de acordo
com a antiga ortografia
qualificar a missão dos bombeiros, com ganhos óbvios
para as populações.
Em Vila de Rei, como, felizmente, noutros concelhos do
País, os apoios financeiros concedidos aos bombeiros são
complementados ou reforça-
dos, com a valorização e o reconhecimento dos homens e
mulheres que, norteados pelo
lema “vida por vida”, assumem
as mais complexas e duras
missões, arriscando tudo em
prol seu semelhante.
Sofia Ribeiro
JORNAL@LBP
Exemplo que importa replicar
o final da passada semana,
uma equipa de jornal Bombeiros de Portugal esteve em
Vila de Rei, com o intuito dar a
conhecer, em próxima edição,
os bombeiros locais. A simpática receção, merecedora dos
maiores agradecimentos, foi
complementada com um périplo por aquele concelho do distrito de Castelo Branco, com
paragem no centro Geodésico
de Portugal, onde, acolhidos
por um cativante cicerone, os
forasteiros se deixaram levar
numa visita virtual ao município de Vila de Rei, tendo como
cenário a Serra da Milriça,
emoldurada numa paisagem
de sonho.
As surpresas não terminaram e de regresso à vila, presidente e comandante dos Voluntários de Vila de Rei deram
a conhecer o Museu do Fogo e
da Resina, um equipamento
cultural onde fica claro a importância que o município reconhece aos bombeiros. Inaugurado em 2013, este é um
espaço sem grandes pretensões, mas que surpreende o visitante nomeadamente na ala
dedicada aos soldados da paz,
Fotos: Marques Valentim
N
onde objetos vários, fotografias e um pequeno mas elucidativo filme dão conta na missão cumprida com rigor e excelência pelos voluntários do
concelho.
Este reconhecimento contrasta com o tratamento displicente que muitas autarquias
dispensam ao “braço armado”
da Proteção Civil.
Há muito que os bombeiros
defendem que o investimento
nos corpos de bombeiros, não
pode estar dependente das
“sensibilidades” dos executivos
camarários, exigindo regras
que obriguem os municípios a
assumir responsabilidades.
Na verdade, também nesta
matéria, em Portugal há de
tudo: das câmaras que apoiam
muito, às que se recusam investir um cêntimo no setor,
uma injustiça identificada no
projeto da nova Lei de Financiamento, mas cuja correção
conta com a oposição da Associação Nacional de Municípios
Portu¬gueses (ANMP) que
considera a proposta “inconstitucional”, porque impõe uma
contribuição mínima obrigatória para entida¬des de direito
privado.
E enquanto as entidades
com responsabilidades no setor se travam de argumentos,
muitas associações humanitárias de bombeiros voluntários
de todo País, continuam, abnegadamente – algumas com penosa dificuldade –a servir a nação, socorrendo, salvando vidas.
Existem exemplos de boas
práticas, de parcerias bem-sucedidas, que têm permitido
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FEVEREIRO 2015
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS MUNICÍPIOS PORTUGUESES…
Foto: Marques Valentim
P
odemos afirmar que, sem margem para dúvida, desde a fundação das primeiras Associações
Humanitárias de Bombeiros Voluntários em Portugal, há mais de século e
meio, nunca se encontraram mecanismos universais, justos e equitativos para satisfazer as necessidades
de funcionamento e sustentabilidade
dessas estruturas. Nasceram e cresceram, desde logo, fruto do entusiasmo e da abnegação dos seus fundadores, mais preocupados com o cuidar dos outros do que com as suas
próprias fragilidades institucionais.
Fragilidades tão grandes que, noutros
domínios e noutras instituições, só
por si justificariam a inatividade. Mas
com os bombeiros as coisas foram e
continuam a ser sempre diferentes,
ou seja, não fazem depender do facto
de disporem de todas as condições
para garantir a qualquer hora e em
qualquer circunstância a prestação do
socorro.
À data da fundação, todas as associações de bombeiros voluntários
nasceram, desde logo, da exclusiva
vontade das próprias comunidades
locais, organizadas em torno da busca e das soluções para a satisfação
das suas necessidades e do desenvolvimento das suas atividades ao longo
de décadas.
Mercê da localização, dos recursos
próprios, nomeadamente da quotização garantida pelos sócios sempre
simbólica mas economicamente sempre incipiente, mercê dos apoios locais, da capacidade dos seus próprios
dirigentes e das forças vivas locais,
assim foram crescendo e desenvolvendo-se as associações humanitárias de bombeiros. Todas elas, em comum, nasceram do nada e, com
maior ou menor celeridade, conseguiram ir atingindo, esforçada e entusiasticamente, patamares de capacidade e competência que têm constituído um exemplo de eficiência e eficácia na sociedade portuguesa. Com
Porquê?!
maior importância quando se trata
das necessidades básicas das populações ao nível do seu bem-estar e do
seu próprio socorro.
Ao esforço visível de cada associação, com relatos históricos verdadeiramente heroicos, contudo, durante
muito tempo, os poderes constituídos
não cuidaram de criar, desenvolver e
generalizar os mecanismos de apoio
para a satisfação dos meios considerados mínimos para a sustentabilidade das associações. Durante muitas
décadas ficaram, acima de tudo, entregues a si próprios e à mercê da casuística dos poderes central e local.
Para a história, sublinho, ficam provas e exemplos de como foi possível
satisfazer as necessidades dos cidadãos a partir de muito pouco ou nada.
Mais tarde, com a criação do SNB,
por vontade expressa dos bombeiros
e das suas associações, algo foi mudando. Os apoios foram surgindo de
forma regular mas também o espírito
e os princípios que os enformaram
foram-se diluindo dos resultados prá-
ticos disso, ou seja, dos montantes e
da lógica da sua atribuição.
Após sucessivas alterações aos
apoios e à própria nomenclatura da
sua entidade emissora (SNPC e depois ANPC) há 7 anos surgiu o PPC,
em vigor até ao presente.
Já muito se disse do PPC, sobre o
caráter provisório que se eternizou e
o desfasamento crescente relativamente à realidade em mudança constante das associações, apesar das
atualizações que foi possível garantir
entretanto. Hoje a situação é bem diferente. Estamos á beira de fazer história e, finalmente, garantir uma lei
de financiamento que se adeque à
realidade.
Era nossa expectativa que essa Lei
conseguisse traduzir na prática aquilo
que a própria legislação diversa, no
fundo, há muito, já consagra e obriga, ou seja, o entendimento entre a
Administração Central, a Administração Local e a Sociedade para o mesmo fim. Trata-se de cumprir a lei repartindo, segundo quotas-partes,
responsabilidades ao nível da garantia da sustentabilidade das associações de bombeiros voluntários. E,
ainda por cima quando, apesar dos
custos, sublinhe-se, falamos do Exército de bem fazer mais barato e mais
competente que alguma vez houve
em Portugal.
A Associação Nacional de Municípios Portugueses entendeu não participar nesse processo negocial, porventura alheia ao alcance desse processo, das suas vantagens mútuas e
das obrigações que há muito competem aos municípios e respetivos presidentes. Aliás, como é sabido, muitos municípios há muito que assumiram o papel de apoiar as respetivas
associações de bombeiros e, estou
certo, vão continuar a fazê-lo. Outros, porém, entenderam continuar a
não o fazer. Os cidadãos dos seus
municípios, melhor que ninguém, saberão fazer o melhor e o mais acertado juízo sobre tal atitude.
Em qualquer dos casos, a Lei vai
existir, não haja dúvida, e só contam
aqueles que dela quiserem fazer parte.
Desenvolvemos um processo negocial participado, diria até musculado, que permitiu, não só vencer claramente a inércia instalada em torno
do PPC mas, melhor, partir para um
novo paradigma em torno do financiamento das associações numa lógica atual, moderna e com futuro.
Poderemos entender que se podia
ter ido mais longe e que o apoio do
Governo poderia ser maior. Estou
crente que, por ora e nas atuais circunstâncias, fomos até onde foi possível, mesmo que a nossa insatisfação
possa manter-se. Continuaremos a
contar com os municípios responsáveis, com os benfeitores, com os associados e com a comunidade em geral.
A História não deixará de registar, de
testemunhar e de fazer justiça a quem
quis ou não fazer parte do processo.
Os Bombeiros continuarão sempre
prontos a lutar por mais e melhores
condições. Não o pedem para eles. Pedem, sempre, mas para os outros.
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FEVEREIRO 2015
AVEIRO
“A
to de todas as outras cujo papel
devo também realçar”, defendeu
o comandante Marta Soares sublinhando que, “não obstante a
essência, a grande força dos
bombeiros assentar essencialmente nas associações e corpos
de bombeiros cabe também às
federações um papel muito importante como a plataforma
mais próxima para em articulação com a LBP pugnar pelas necessidades dos bombeiros e dos
cidadãos”.
É com base nessas mudanças
e nas novas exigências que o
presidente da LBP defende “o reforço do papel e da ação das federações” garantindo a sua auscultação cada maior, na articulação e concertação em torno dos
temas mais importantes e mais
candentes que se apresentam
aos bombeiros.
Na mesa que presidiu à sessão, além do presidente da LBP,
estiveram presentes, o presidente da Câmara Municipal de
Aveiro, Ribau Esteves, o presidente da Autoridade Nacional de
Proteção Civil (ANPC), Francisco
Grave Pereira, do presidente da
Escola Nacional de Bombeiros,
José Ferreira, e o diretor nacio-
nal de bombeiros da ANPC, Pedro Lopes.
A comemoração do 50º aniversário da Federação de Bombeiros de Aveiro ficou marcada
por um desfile apeado e motorizado de todas as associações e
corpos de bombeiros seus associados e a sessão solene durante
a qual se procedeu ao descerramento das fotos de todos os dirigentes e comandantes que durante meio século asseguraram a
presidência daquela estrutura.
Assim, no salão da Federação
passam a figurar as fotos, do comandante Adelino Lopes Ferreira
de Almeida, David Cristo, Alberto
Branco Lopes, Faria Gomes, José
Valente de Pinho Leão, comandante António Machado, comandante Ramiro Alegria, Mário Saraiva, comandante António Castro, comandante António Valente
e comandante Gomes da Costa.
Recorde-se que recentemente
decorreram na Federação de
Aveiro as eleições para os órgãos
sociais
do
triénio
2015/2017. As presidências dos
três órgãos passam a ser asseguradas pelo comandante Gomes da Costa (assembleia-geral), Paulo Marco Costa Braga
(direção) e Rogério Vieira da Silva (conselho fiscal).
Foto: Sérgio Santos
s exigências do futuro
são cada vez mais,
mas os bombeiros portugueses estão preparados para
as enfrentar e nada lhes meterá
medo” afirmou o presidente da
Liga dos Bombeiros Portugueses
(LBP), comandante Jaime Marta
Soares, na sessão comemorativa do 50.º aniversário da Federação de Bombeiros do Distrito
de Aveiro, a mais antiga do país.
“Vão haver mudanças, vão
haver novos paradigmas mas
nós temos que estar preparados
para eles e temos que os saber
enfrentar”, alertou o presidente
da LBP afirmando que “os bombeiros portugueses sabem de
onde vêm, onde estão, para
onde vão e, acima de tudo sabem aquilo que representam na
sociedade portuguesa” e que,
perante os poderes constituídos,
“saberão sempre responder com
lealdade, com disponibilidade
mas assumindo sempre a sua
autonomia, a sua força e a sua
independência perante quem
quer que seja”.
“A Federação de Aveiro foi e é
uma federação bem organizada,
um ponto de referência, um farol
de grande relevância no conjun-
Foto: Sérgio Santos
Presidente da LBP defende reforço das federações
CASTELO BRANCO
D
otar aquela estrutura de
uma nova sede é um dos
objetivos traçados pelos novos
órgãos sociais da Federação dos
Bombeiros de Castelo Branco
cuja posse decorreu recentemente.
O comandante José Neves,
dos Voluntários de Castelo
Branco, sucede ao comandante
José Mariano na liderança da direção federativa, assumindo o
compromisso de dar continuidade à obra encetada. O recrutamento de novos bombeiros e
a formação dos operacionais
são outros objetivos traçados.
A presidência da assembleia-geral continua a ser assegurada por Dâmaso Rito acompanhado pelo vice, Manuel Milheiros Joaquim, pelo primeiro secretário
António
Filipe
Gonçalves, pelo segundo secre-
Nova sede é objetivo
tário Emídio Mora e, como suplentes, Fernando Farinha e António Luís.
Na direção, além do presidente, José Neves, foram eleitos: o vice-presidente José Ma-
nuel Alves, o secretário administrativo Paulo Mariano, o secretário técnico João António
Costa, o tesoureiro Fernando
Mendes, os primeiro e segundo
vogais, Joaquim Fonseca e
Hugo Martins, e os suplentes
Vitor Nunes e Albino Gaspar.
No conselho fiscal, a presidência foi assumida por Joaquim Matias, acompanhado
pelo vice José Marques, o se-
cretário relator Porfírio Saraiva
e os suplentes António Rodrigues e José Araújo Marques.
Para conselheiros nacionais
da Liga dos Bombeiros Portugueses em representação da
Federação foram eleitos Alexandre Silva e João Carlos Serras. Para integrar o Conselho
Nacional Operacional da LBP foi
eleito António Manuel Leitão.
5
FEVEREIRO 2015
LISBOA
“N
Fotos: Marques Valentim
Lei de Financiamento segue para o Parlamento
ão trocamos a estabilidade dos bombeiros por uma polémica política. A nova Lei de Financiamento segue em breve para
o Parlamento onde será alvo de
um debate alargado”, declarou
João Almeida, o secretário de
Estado da Administração Interna instado a fazer um ponto de
situação sobre as negociações
da futura legislação. O repto foi
lançado por António Carvalho
no discurso de posse como presidente re-eleito da Federação
dos Bombeiros do Distrito de
Lisboa (FBDL) para o triénio
2015/2017.
A cerimónia decorreu nos
Bombeiros Voluntários de Sintra, na passada quinta-feira, 25
de fevereiro. Nela, perante uma
sala cheia de dirigentes e operacionais, António Carvalho referiu que a posição da Associação Nacional de Municípios Portugueses, que já fez saber que
não aceita a proposta do Governo, foi recebida como um KO,
numa imagem de dureza asso-
ciado ao Box. Alertando para os
efeitos desta posição, o dirigente acrescentou ainda à sua lista
de preocupações o “silêncio” do
presidente do INEM com quem
“não consegue” reunir, e ainda
o processo de aquisição de
Equipamentos de Proteção Individual que até ao momento, e
passado um ano, ainda não
teve qualquer impacto nos
bombeiros do distrito, denunciou.
Antes mesmo das palavras
do secretário de Estado, Jaime
Marta Soares lamentou a posição da ANMP rejeitando que tenha sido imposta aos municípios qualquer proposta “inconstitucional” no decorrer das negociações. “Tal como acontece
com o poder central, os bombeiros precisam de saber com o
que contam. Não podemos continuar a viver de esmolas num
cenário em que há câmaras que
dão muito aos bombeiros, como
é exemplo a autarquia de Sintra, e outras nada dão”, referiu
o dirigente.
Basílio Horta, o presidente da
câmara de Sintra, lembrou no
seu discurso que o seu município dá anualmente aos bombeiros do concelho cerca de um
milhão e 600 mil euros, sublinhando no entanto que entende
a posição da ANMP nesta matéria. “Consideramos que esta é
mais uma intromissão na autonomia dos municípios. Tudo isto
tem a ver com o afastamento
que o Governo tem em relação
às autarquias. Mais grave, o deficiente entendimento que o
Governo tem das matérias
constitucionais”, referiu o autarca eleito pelo PS.
João Almeida, o secretário de
Estado da Administração Interna
assumiu que estava “insatisfeito” com este processo, admitindo que o Governo queria ir mais
longe. Segundo o governante, o
ministério vai apresentar o novo
modelo de financiamento na forma de proposta de lei, com a esperança de que em sede de discussão parlamentar se possa
agora chegar a um consenso.
MADEIRA
R
Eleitos tomam posse
ocha da Silva tomou mais uma vez posse da
presidência da Federação de Bombeiros da
Região Autónoma da Madeira em cerimónia que
contou com a presença do presidente do conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), comandante Jaime Marta Soares.
Acompanham Rocha da Silva nos órgãos federativos eleitos, Manuel Baeta, como presidente da assembleia-geral, e Gabriel Drumond, presidente do conselho fiscal.
Na cerimónia de posse, realizada no auditório do Instituto de Segurança Social da Madeira, Rocha da Silva insurgiu-se contra a “secundarização” dos bombeiros perante o aparecimento de outras estruturas pertencentes,
nomeadamente, a forças militarizadas envolvidas em missões de socorro. Sublinhou, a
propósito, que “os bombeiros não devem ficar
como a infantaria rasa de um sistema em que
há uma cavalaria, que é a elite”.
A Federação dos Bombeiros
do Distrito de Lisboa congrega
56 associações humanitárias e
corpos de bombeiros, tendo nos
seus quadros mais de oito mil
bombeiros voluntários.
Para o triénio de 2015/2017,
acompanham o comandante
António Carvalho, 21 elementos, entre dirigentes e operacionais das associações.
A assembleia-geral continua
a ser presidida por José Bento
Marques, tendo, como vice,
Luis Miguel Batista, como secretário, Eugénio Marques,
como secretário-adjunto, Alberto Fernandes, e vogal, Jorge Vicente.
Acompanham o comandante
António Carvalho, na direção,
Pedro Araújo, António Gualdino,
Rui Silva e Manuel Varela (vice-presidentes), e os vogais, Pedro Ernesto, Carlos Fernandes,
Rodolfo Batista e Carlos Pereira.
O conselho fiscal, presidido
por Simenta Mordido, é ainda
composto pelo vice, Pedro
Lima, pelo secretário, Paulo
Santos, pelo relator, Miguel Oliveira, e pelo vogal Luís Filipe
Silva.
Como conselheiros nacionais
da LBP foram eleitos Moreira Vicente e Pedro Araújo e, como
conselheiro do conselho nacional operacional da LBP, Pedro
Ernesto.
6
FEVEREIRO 2015
NOS 150 ANOS “DIÁRIO DE NOTÍCIAS”
Recordando a II Grande Parada dos Bombeiros Portugueses
Pesquisa/Texto:
Luís Miguel Baptista
H
á momentos da vida do
país e do seu sistema social que são de todo indissociáveis da história dos bombeiros portugueses. Os 150
anos do jornal “Diário de Notícias”, cujas comemorações decorrem até 30 de Maio, assim
exemplificam.
Na verdade, o mais antigo
jornal generalista de Portugal
soube sempre estar ao lado dos
vulgarmente designados “sol-
dados da paz”, pugnando pela
melhoria e dignificação dos
seus serviços.
Um dos exemplos mais marcantes, a par do ex-Prémio
Bombeiro do Ano, instituído em
1982 (abordado na edição de
Dezembro 2013, do “BP”), vê-se consubstanciado na organização da II Grande Parada dos
Bombeiros Portugueses, ocorrida em Lisboa, no dia 16 de Junho de 1935, com a colaboração da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP).
Inicialmente previsto para o
QUELUZ
Boletim assinala
93.º aniversário
A
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Queluz publicou nova edição do seu boletim, alusivo, em especial, à comemoração do
93.º aniversário comemorado no final
do ano transacto.
O boletim insere ainda uma extensa
entrevista com o presidente da direcção, Ramiro Ramos, sob o título “Temos uma corporação especial e queremos ser os melhores do concelho”.
Segue-se um mosaico fotográfico dos
principais momento do aniversário,
uma entrevista ao comandante Joaquim Santos e um extenso conjunto de
agradecimento a 34 empresas de Queluz, Massamá e Monte Abraão que, por
diversas formas, contribuíram e apoiaram a comemoração do referido aniversário.
dia 18 de Agosto, por ocasião
da celebração do Dia do Bombeiro, o evento foi antecipado a
fim da sua integração no programa das Festas da Cidade daquele ano.
Representações de bombeiros de todo o país rumaram a
Lisboa, para tomar parte no
desfile apeado e motorizado.
O número de participantes
saldou-se num verdadeiro êxito: 2488 homens e 114 viaturas
(15 carros de pessoal, 110 carros de combate, 2 ambulâncias
e 17 auto-macas).
A parada teve como pano de
fundo as principais artérias da
Baixa de Lisboa, sendo assistida, ao longo de todo o percurso, por enorme multidão, desperta pela vistosidade dos fardamentos e das viaturas, para
além dos estandartes e das
bandas de música que marcaram a cadência das garbosas e
disciplinadas formações de
bombeiros.
Em termos organizativos, as
forças motorizadas concentraram-se em Belém, na Avenida
da India, dirigidas pelo comandante do então Batalhão de Sapadores Bombeiros de Lisboa,
major Frederico Vilar, enquanto
as forças apeadas, sob a orientação do comandante dos Bombeiros Voluntários Portuenses,
major Gabriel Cardoso, reuniram entre a Praça de D. Pedro
IV e a Praça dos Restauradores.
Os vários corpos de bombeiros desfilaram por ordem alfabética, apresentando à frente
os principais veteranos dos
bombeiros portugueses, entre
os quais o comandante honorário Júlio Cardoso, dos Bombeiros Voluntários de Lisboa, mais
tarde patrono do Museu da LBP.
Numa tribuna instalada na
Avenida da Liberdade, assistiu
à parada o Presidente da República, general Óscar Carmona,
acompanhado do ministro do
Interior, Manuel Rodrigues Júnior, e do governador civil de
Lisboa, tenente-coronel João
Luís de Moura, entre outras altas entidades do Estado.
Os membros do Conselho
Administrativo e Técnico da
LBP, presentes em força, tomaram lugar de destaque, relatando, a propósito, o Boletim
de Confederação, referente a
Junho de 1935, que “quando
seguiam da Praça dos Restauradores para o local que lhes
era destinado as Corporações
que se achavam ali postadas
prestaram-lhes a continência,
tocando os respectivos clarins”.
À noite, realizou-se uma
marcha luminosa, “original iniciativa cujo efeito excedeu toda
a espectativa”, cita a revista
“Ilustração”, de 1 de Julho de
1935, que adianta, descrevendo:
“As viaturas concentraram-se
às 22 horas na avenida da India
e cada bombeiro recebeu uma
provisão de fogo de artifício.
Uma hora depois o cortejo pôs-se a caminho. Ao chegar ao
Terreiro do Paço a iluminação
do percurso imediato foi atenuada e principiou a queima de
fogo, dos veículos em marcha.
O aspecto feérico da longa fila
de carros, donde jorravam fachos de luz, era deslumbrante.
A todo o momento subiam no ar
foguetes que se derramavam
depois em lágrimas refulgentes
de luz ante os olhares da multidão maravilhada.”
As imagens que apresentamos, extraídas do mesmo magazine (o Arquivo Nacional Torre do Tombo dispõe de um significativo acervo fotográfico),
dão ideia da grande dimensão
dos eventos, os quais constituíram um marco de afirmação
dos bombeiros portugueses,
num momento de pujante reorganização do sector, diga-se,
em bom rigor, decorrente do
movimento fundacional da Liga
dos Bombeiro Portugueses,
despoletado cinco anos antes.
Vai, pois, fazer 80 anos, a 16
de Junho, que ficou patente, segundo a imprensa, “o gráu de
desenvolvimento a que o serviço de incêndios, chegou no nosso país, mercê de numerosas
boas vontades”. Certamente
que, ao contemplar tais palavras, os repórteres fizeram-no,
também, justamente, com o
pensamento na LBP, porquanto
o próprio Presidente da República contactando com os seus
dirigentes felicitou-a “pela bela
demonstração de força, de altruismo e patriotismo, que acabava de presencear, dirigindo-lhe expressões de incitamento
para a sua acção benemérita”.
Parabéns ao “Diário de Notícias”, pelos seus 150 anos. E
parabéns, ainda, pelo fragmento de história proporcionado,
fruto de um jornalismo de causas e, como tal, sensível a factos socialmente importantes e
estruturantes.
Artigo escrito de acordo
com a antiga ortografia
Site do NHPM da LBP:
www.lbpmemoria.wix.com/
nucleomuseologico
7
FEVEREIRO 2015
LBP 2015/2017
Fotos: Marques Valentim
Conselho Executivo reúne pela primeira vez
O
Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses (CE/LBP)
para o triénio 2015/2017, presidido pelo comandante Jaime Marta
Soares, reuniu-se pela primeira vez na sede da Confederação, em Lisboa.
A reunião serviu para passar em revista os objetivos traçados para
o novo mandato e fazer o ponto de situação sobre os temas candentes
no universo dos bombeiros portugueses, nomeadamente, o arranque
das negociações para o Cartão Social do Bombeiro, a Lei do Financiamento das Associações e as dificuldades surgidas com a posição da
Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), o estreitamento das relações e auscultação das federações, o calendário a cumprir em 2015 relativamente aos três Conselhos Nacionais previstos
nos estatutos da LBP, a realização do Dia do Bombeiro Português e dos
Concursos Nacionais de Manobras para Bombeiros e Cadetes.
O CE da LBP aprovou ainda, por unanimidade, as propostas, de organograma dos departamentos e unidades orgânicas da LBP e a distribuição de pelouros pelos membros do Conselho, apresentadas pelo
seu presidente, comandante Jaime Soares.
REVIVER MAIS
A
Nova direção toma medida social
“Reviver Mais”, Associação dos Operacionais e
Dirigentes dos Bombeiros Portugueses, vai
criar um Gabinete de Apoio Social, destinado a
socorrer eventuais casos de comprovada precariedade.
Tal medida, anunciada pelo presidente do recém-empossado conselho de administração executivo (CAE), Luís Miguel Baptista, por ocasião de
mais um encontro trimestral da Delegação de
Portalegre, ocorrido no Crato, a 7 de Fevereiro,
enquadra-se na atividade do Departamento de
Ação Social (DAS) da Associação e resulta da recente integração, nos órgãos sociais, em regime
de voluntariado, de uma assistente social. Refira-se, a propósito, que o DAS conta, também, no
seu elenco técnico, com uma psicóloga.
O referido Gabinete funcionará ainda como
apoio aos delegados distritais da “Reviver Mais”,
cuja missão vai estar em análise numa reunião
de trabalho a realizar brevemente em Coimbra,
objetivada, sobretudo, pela valorização e dinamização do papel daqueles responsáveis, num contexto de proximidade da instituição face aos seus
destinatários.
Entretanto, realiza-se a 28 de março, na cidade de Lisboa, a primeira assembleia geral ordinária do triénio 2015-2017, a qual coincidirá com o
cumprimento de um programa social, da responsabilidade do setor de Animação Sociocultural, a
divulgar oportunamente, consubstanciado, entre
outros aspetos, numa sessão de teatro, no Teatro
Maria Vitória, onde se encontra em cena a revista
à portuguesa “Tudo Isto é Fardo”. Esta iniciativa
conta com a especial atenção do empresário teatral Helder Freire Costa, que se disponibilizou
apoiar a causa da “Reviver Mais”, proporcionando
aos respetivos sócios um benefício cultural, segundo condições vantajosas.
Por sua vez, um dos principais desígnios da Associação, a construção da projetada Casa do
Bombeiro, decorrente do ajustamento do CAE a
uma nova metodologia de funcionamento, passou a estar sob a responsabilidade – à semelhança de um departamento específico – da vice-presidência do comandante QH tenente-coronel
França de Sousa, que acumula a relação com os
bombeiros do Quadro de Honra, a nível nacional.
VILA MEÃ
“O
Passivo limpo até final do ano
passivo superior a um
milhão de euros, que
existia quando tomámos posse,
é hoje de 250 mil euros, e será
liquidado até final de 2015”, garante o presidente da direção
dos Bombeiros de Vila Meã,
concelho de Amarante. Ricardo
Vieira confirma que a Associação conseguiu diminuir o passivo em mais 750 mil euros des-
de 2011. Segundo o mesmo
responsável, quando a atual direção assumiu funções, além do
passivo verificou também que
as receitas da associação estavam penhoradas e havia dois
meses de ordenados em atraso,
com dívidas a 92 credores.
O presidente dos Bombeiros
de Vila Meã explica que “tivemos de fazer planos de paga-
ANGRA DO HEROÍSMO
Presidente da ANPC de visita aos Açores
N
o passado dia 13 de fevereiro a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Angra
do Heroísmo, Terceira – Açores, recebeu as visitas,
do presidente da Autoridade Nacional de Proteção
Civil, major-general Francisco Miguel da Rocha
Grave Pereira e do comandante operacional nacional (CONAC), José Manuel Moura. A visita foi acompanhada pelo presidente do Serviço Regional de
Proteção Civil, elementos da Inspeção de Bombeiros, direção e comando da Associação.
No início, os visitantes foram recebidos com uma
formatura do corpo de bombeiros da Associação.
Depois, visitaram as instalações do quartel e Núcleo Museológico dos Bombeiros de Angra do Heroísmo. No final da visita, houve trocas de lembranças entre as autoridades visitantes e a direção
da Associação.
mentos e, ao longo destes
anos, temos cumprido, faltando
apenas um”, explicou.
Ricardo Vieira reconheceu
que o investimento em equipamentos para os bombeiros não
é o desejado, devido aos constrangimentos da dívida mas,
mesmo assim, aponta o facto
de terem conseguido investir
em duas novas viaturas.
8
FEVEREIRO 2015
ALMOÇAGEME
ULF para florestais e grande ângulo
A
Escola Nacional de Bombeiros (ENB), a Câmara Municipal de Sintra, a Federação dos
Bombeiros do Distrito de Lisboa e os Bombeiros
Voluntários de Almoçageme acabam de protocolar a criação de uma Unidade Local de Formação
(ULF).
Instalada no quartel dos bombeiros locais, a
ULF de Almoçageme pretende responder às necessidades formativas dos 57 corpos de bombeiros do distrito de Lisboa nas áreas de combate a
incêndios florestais e de salvamento em grande
ângulo.
Com a criação desta unidade, a ENB aumenta
a sua rede de infraestruturas de formação, passando a contar com 36 ULF protocoladas, das
quais 9 criadas pela atual Direção, em Castelo
Branco, Macedo de Cavaleiros, Coimbra, Fronteira, Paredes de Coura, Porto, Vila Real de Santo
António e Monchique (a instalar no futuro Centro
de Recursos e Proteção Civil).
No final da cerimónia, o presidente da ENB aproveitou para distribuir a nova versão do Manual de
Funcionamento das ULF, um documento que tem
como principais objetivos, a uniformização de procedimentos, a minimização de falhas de organização e a rentabilização dos recursos humanos e logísticos envolvidos no processo formativo.
O processo de instalação nacional de ULF não
está, ainda, concluído, sendo objetivo da ENB
instalar, preferencialmente, duas unidades por
distrito, com exceção de Lisboa e Porto que necessitarão de um número correspondente à sua
dimensão. Neste momento, só o distrito de Beja
não tem ULF.
CASCAIS
Fotos: Marques Valentim
Município assinala semana da proteção civil
A
Câmara Municipal de Cascais, através do Departamento de Proteção
Civil, os agentes locais de segurança e
socorro daquela área, com especial incidência nas cinco associações de
bombeiros voluntários do concelho, e o
“Cascaishopping” promoveram a habitual semana da proteção civil.
A edição deste ano centrou-se no
tema “Riscos Urbanos”, tema do semi-
nário realizado no mesmo local bem
como de muitos exercícios e demonstrações de competências e meios ali
realizados.
A exposição de meios dos bombeiros
voluntários (Cascais, Alcabideche, Parede, Estoril e Carcavelos e S. Domingos de Rana), PSP, GNR, Marinha, SEF,
Polícia Municipal e Proteção Civil Municipal, entre outros, distribuiu-se pelos
dois pisos do centro comercial e foi visitada por muitos frequentadores do
espaço bem como por muitas crianças
do concelho, neste caso, em deslocações programadas para o efeito.
ALERTA VERMELHO
PARA A SEGURANÇA
AUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL
P
or vezes, durante momentos livres no quartel ou no
decorrer de instruções, treinos
e missões, o empenho e a criatividade dos bombeiros portugueses resulta em novas ideias
e perspetivas, para resolver
problemas e aumentar a segurança das operações. Estas
inovações podem ter o potencial de ser replicado ou adaptado a outros Corpos de Bombeiros (CBs) ou situações operacionais.
A identificação de boas práticas é uma metodologia amplamente utilizada em várias
organizações e âmbitos de intervenção. O National Volunteer Fire Council, uma das as-
O meu corpo de bombeiros é um exemplo a seguir!
sociações que tem desenvolvido programas de promoção da
saúde e segurança dos bombeiros voluntários nos Estados
Unidos da América, aponta
quatro eixos fundamentais:
comportamento, equipamento, normas e regulamentos,
treino.
Boas práticas de
segurança e saúde: que
vantagens?
As melhores práticas de segurança e saúde resultam na diminuição de lesões e/ou acidentes decorrentes da atividade
operacional, aumentam a capacidade de resposta, a eficácia e
a eficiência da prestação de socorro. Ao partilhar uma boa
prática que hoje é uma mais valia para a missão dos bombeiros
do seu CB, pode contribuir para
que esta melhoria seja alargada
a todos os CBs.
A divulgação das melhores
orientações e práticas leva ao
aumento do conhecimento por
parte de todos, em que a
transferência de saberes se
traduz em melhor operacionalidade, mais saúde e mais se-
gurança para todos os bombeiros. Cada bombeira e cada
bombeiro, cada equipa, cada
secção, cada CB pode fazer a
diferença, com a sua realidade
e conhecimentos únicos.
Esta propagação possibilita
ainda que cada CB construa
uma reputação mais positiva,
tanto junto dos restantes CBs,
como junto da população, amigos e associados. Partilhar os
sucessos é promover o melhor
que há em cada CB e tornar os
bombeiros em Portugal uma
força cada vez mais especializada e reconhecida pela sociedade.
O desafio é, então, melhorar
as condições de trabalho, re-
duzir os riscos, diminuir o potencial de causar dano, promover a saúde, segurança e
eficiência dos bombeiros portugueses. Que medidas foram
desenvolvidas até hoje? O que
posso fazer para tornar o meu
CB ainda melhor? Poderei
transformar o meu CB num
exemplo para os outros? Para
tal, todos contam, sem exceção. Vamos juntar sinergias
para conseguirmos que os
bons exemplos sejam por todos conhecidos e seguidos!
[email protected] – Divisão
de Segurança, Saúde e
Estatuto Social da Direção
Nacional de Bombeiros
(ANPC)
9
FEVEREIRO 2015
LEI DE FINANCIAMENTO
Governo avança sem os municípios
Está pronta a nova Lei de Financiamento do setor dos bombeiros.
O Governo avança sozinho com o diploma depois de terem falhado
as negociações com a Associação Nacional dos Municípios
Portugueses (ANMP). A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP)
não poupa nas críticas e volta a alertar para os prejuízos que
decorrem desta posição. O novo diploma prevê um aumento real
na ordem dos 12 por cento.
Texto: Patrícia Cerdeira
Fotos: Marques Valentim
A
Liga dos Bombeiros Portugueses diz que esta era
uma oportunidade histórica. “Desde o 25 de abril que o
Estado não se disponibilizava a
incluir bombeiros sapadores e
municipais num processo integrado de financiamento. Nem
assim, os municípios aceitaram”, lamenta Jaime Marta Soares, acrescentando que desta
recusa saem prejudicados os
bombeiros e as populações.
O Jornal Bombeiros Portugal
tentou, sem sucesso, uma posição por parte da ANMP face a
esta posição da Liga. No entan-
to, e assumindo que o dossier
“ainda não está fechado”, fonte
da ANMP referiu ao ‘BP’ que de
momento nada mais há a acrescentar, remetendo para o parecer já emitido sobre esta matéria. Recorde-se que a Associação Nacional de Municípios Portugueses considera que a
proposta de Lei de Financiamento dos bombeiros é “inconstitucional” porque impõe
uma contribuição mínima obrigatória, para entidades de direito privado. “Convém lembrar
que não há, no ordenamento
jurídico relativo às autarquias
locais, normas legais que imponham a transferência obrigatória de verbas mínimas a favor
de entidades privadas, mesmo
que desenvolvam atividades de
interesse público municipal”,
referiu a ANMP recentemente A
ANMP defende que “qualquer lei
que estabeleça uma obrigatoriedade de transferência obrigatória de verbas para entidades privadas, e os bombeiros
voluntários são associações de
direito privado, será, sempre,
violadora do Princípio da Autonomia do Poder Local, consagrado na Constituição.
Confrontado com esta posição, João Almeida, secretário
de Estado da Administração Interna, diz apenas que a proteção civil é uma responsabilidade de todos, da administração
central e dos municípios. “O financiamento municipal dos corpos de bombeiros representa, e
deve representar, uma componente essencial do financiamento daqueles. Porém, aquele
financiamento é muito desigual,
existindo municípios que não financiam adequadamente os
seus corpos de bombeiros. Isto
gera graves dificuldades do
ponto de vista operacional.
Neste âmbito, uma Lei de Financiamento dos corpos de
bombeiros ganharia em regular
também alguma forma de financiamento mínimo por parte
dos municípios”, referiu em declarações ao ´BP`. Sobre o que
ganham os bombeiros com a
nova Lei de Financiamento, o
governante refere que o novo
diploma “trará estabilidade e
previsibilidade ao financiamento dos corpos de bombeiros”, ao
mesmo tempo que concretiza
PROFISSIONAIS SAEM À RUA
erca de 700 bombeiros profissionais de
todo o país manifestam-se, no passado
dia 25 de fevereiro em Lisboa, para contestarem a falta de efetivos nas corporações e
a “indiferença da classe política, em relação
às reivindicações da classe”. Promovida
pela Associação Nacional de Bombeiros
Profissionais (ANBP) e pelo Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais (SNBP), a
iniciativa trouxa a Lisboa bombeiros de
todo o país. Segundo o presidente da ANPB,
Fernando Curto, os bombeiros continuam à
espera de novas admissões e que seja publicada legislação referente ao setor, como
a relativa a horários de trabalho, novas regras de aposentação e de progressão na
carreira, assim como o reconhecimento de
profissão de risco. Fernando Curto explicou
que, há mais de três anos, a secretaria de
Estado da Administração Interna elaborou
um projeto de decreto de lei que foi remetido para a secretaria de Estado da Administração Local, onde se encontra até agora, sem avanço.
Foto: Arquivo
C
Agradecimentos apenas ao MAI
“As câmaras querem admitir bombeiros,
mas o Governo impede-as, porque não podem fazer novas admissões”, disse, acrescentando que faltam mais de cinco mil profissionais.
Fardados, os bombeiros profissionais exi-
biram vários cartazes. Em alguns deles podia ler-se “Obrigado, Ministério da Administração Interna”, “Obrigado, Dr. Miguel Macedo”, o ex-ministro da tutela, e “Obrigado,
Dr. Filipe de Ávila”, Secretário de Estado da
Administração Interna.
um modelo de financiamento
baseado em critérios de risco,
com a introdução do fator população e área abrangida pelos
corpos de bombeiros para determinar o financiamento disponível. “O financiamento estará, assim, mais próximo das
reais necessidades operacionais
dos corpos de bombeiros”, conclui. Contra a ideia de que esta
nova lei não é mais do que o
atual PPC “melhorado”, João Almeida explica que sendo verdade que a Lei de Financiamento
acolhe a experiência adquirida
com o PPC, a verdade é que “introduz alterações significativas,
não só ao nível da distribuição
do financiamento (com a introdução da população e da área
abrangida como fatores determinantes), mas também pela
previsibilidade e estabilidade
introduzidas no financiamento
às AHBV, uma vez que o PPC
era estipulado com caráter
anual”.
Ainda segundo João Almeida,
o financiamento dos corpos de
bombeiros passa a ter em conta
o território e a população
abrangida pela área de atuação
dos corpos de bombeiros, para
além dos fatores já anteriormente considerados, designadamente o índice de risco da
área de atuação, o número de
bombeiros do quadro ativo e de
comando e o número de ocorrências verificadas e, nessa medida, traduz-se num financiamento mais justo e mais próximo das necessidades operacionais de cada corpo de
bombeiros”. Com base neste
algoritmo, diz o secretário de
Estado da Administração Interna, estão pensados também
mecanismos para acautelar “reduções” ou “aumentos significativos”.
O futuro modelo de financiamento conta ainda com o contributo da sociedade civil e das
entidades privadas que mais
beneficiam com as atividades
da proteção civil. Segundo João
Almeida este é um processo
que “ocorrerá gradualmente”
no âmbito legislativo e contratual do Estado em relação às
entidades que se pretende envolver.
10
FEVEREIRO 2015
TAVIRA
SEIXAL
Um veículo com histórias
Grande
Um quartel sede, dois destacamentos, mais de 90 funcionários e
114 operacionais são apenas alguns dos indicadores da dimensão
da Associação Humanitária dos Bombeiros Mistos do Seixal, uma
instituição com peso no concelho e que acusa o peso da
responsabilidade no serviço de excelência prestado aos mais 130
mil habitantes de um território, a todos os títulos exigentes.
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Marques Valentim
A
A
notícia chegou-nos através do blogue “Safeplace52” gerido pelo bombeiro municipal de
Tavira, João Horta, Bombeiro de Mérito da Liga
dos Bombeiros Portugueses em 2011.
Faz o ponto de situação de uma antiga viatura
de combate a incêndios que em tempos idos
equipou os Municipais de Tavira, foi posteriormente cedida aos Voluntários de Marvão e agora,
fora do serviço operacional, encontra-se à venda
na Net.
“Uma máquina que deixa saudades e entusiasmo aos bombeiros que como eu ainda combateram apoiados pela sua dinâmica”, lembra João
Horta, a propósito. E recorda, entre outros, “uma
das suas últimas intervenções num dantesco incêndio no Barranco do Velho, onde o incêndio lavrava com brutal intensidade e mesmo na estrada uma frente que vinha nas copas de uns sobreiros lambeu literalmente o veículo, com um grande susto par todos nós”.
O então PSM2 dos Municipais de Tavira, da
marca e modelo “Mercedes-Benz-laf- 311- 4x4”,
de 1958, chegou àquele corpo de bombeiros em
1988 vindo da Alemanha a rodar. Foi o primeiro
veículo pesado todo o terreno ao seu serviço.
Com a obtenção de novas viaturas do género,
o veículo foi abatido e cedido aos Bombeiros de
Marvão onde terminou o serviço operacional, encontrando-se agora à venda na Net através do
“OLX”.
VILA DE REI
Arregaçaram as mangas com resultado à vista
N
o último verão, elementos
do corpo ativo dos Bombeiros Voluntários de Vila de Rei
juntaram-se e disponibilizaram-se perante a direção e comando no sentido de aproveitar a
época do Dispositivo Especial
de Combate aos Incêndios Florestais (DECIF) para, nos tempos mortos, pintarem o quartel
e a casa escola. Sabendo que
esse era um dos principais desejos da direção que, por motivos financeiros, ainda não tinha
tido a possibilidade de o concretizar, os operacionais envolvidos decidiram ajudar assim a
Associação e o seu corpo de
bombeiros.
A direção e o comando não
deixaram de “agradecer e testemunhar o apreço do gesto assumido com empenho e sacrifício pelos bombeiros”.
Com o apoio de uma empresa de distribuição de tintas conseguiram então “realizar o sonho que já vinha sendo acalentado há algum tempo atrás”, e
apesar do esforço desenvolvido
nesse sentido foi sempre possível manter a prontidão de todos os grupos que
estavam incluídos no DECIF.
“Sem muito mais palavras e aproveitando este
espaço a direção e o quadro de comando agradecem publicamente a todos os elementos do corpo
Ativo que de uma forma ou de outra se ofereceram para cumprir este projeto” conforme nos foi
reiterado pela direção e pelo comando durante
uma recente visita feita às instalações renovadas.
poucos dias de deixar a
direção, o ainda presidente Carlos Lopes, faz a
honras da casa e apresenta ao
jornal Bombeiros de Portugal a
Associação Humanitária dos
Bombeiros Mistos do Seixal.
Com orgulho e satisfação, dá
conta da missão desempenhada
pela equipa que liderou durante
anos e que, certamente, voltará
a integrar em breve, logo que
saúde o permita, porque esta é
uma casa que exige uma gestão
rigorosa, diária, muito tempo e
trabalho que o dirigente por,
agora, não pode garantir.
Prestes a “passar a pasta” a
António Pires de Matos, antigo
comandante e ex-dirigente na
instituição, Carlos Lopes revela
a extensa atividade deste corpo
de bombeiros que dá emprego
a 92 pessoas, na maioria bombeiros, que servem o quartel
sede mas também os destacamentos de Miratejo (Corroios) e
de Foros de Amora. No total,
entre assalariados e voluntários
são 114 os elementos que integram o corpo ativo garantindo
prontidão e qualidade no socorro prestado aos mais de 130 mil
habitantes do concelho.
Esta é uma enorme embarcação que dirigentes e bombeiros
teimam, há anos, em levar a
bom porto, numa missão complexa só superada com o apoio
da Câmara Municipal do Seixal,
um aliado de sempre. Carlos
Lopes declara mesmo que sem
a ampla intervenção da autarquia, seria impossível manter a
operacionalidade do contingente, a sobrevivência desta instituição com quase quatro décadas de atividade, marcadas pelos bons serviços prestados
dentro e fora das fronteiras
deste território do distrito de
Setúbal.
Por outro lado, o dirigente
destaca também a colaboração
das juntas de freguesia, também “sempre atentas” às necessidades do corpo de bombeiros.
Contudo, aos importantes
apoios externos importa acrescentar receita, para que seja
possível satisfazer os compromissos assumidos, nomeadamente com os funcionários e os
fornecedores. Assim, para além
do serviço prestado, os Bombeiros do Concelho do Seixal
gerem um centro de manutenção de extintores “devidamente
certificado” e ainda um posto
de abastecimento de combustíveis e de lavagem de automóveis, verbas “complementares”
a que se juntam outras, designadamente as provenientes do
aluguer de um terreno a uma
gasolineira, no lugar de Santa
Marta do Pinhal.
“Andamos sempre à procura
de recursos que permitam minimizar as repercussões dos cortes que o setor tem vindo a sofrer” reforça o comandante José
Raimundo, dando como exem-
plo a roulotte de “comes e bebes”, que leva diretores e bombeiros a percorrer todas as festas concelhias, apenas com o
intuito de gerar fundos para
aquisição de equipamentos de
proteção individual para os
bombeiros.
As vias rodoviárias merecem
particular atenção dos operacionais, bem como o parque industrial, a “área urbana muito
complicada” e a razoável mancha florestal, tanto no concelho
como na envolvente, e impõem
aos operacionais elevados níveis de preparação, por isso
mesmo, a formação surge como
uma questão primordial, como
sublinham José Raimundo e o
2.º comandante José Mendes.
“Em matéria de ocorrências
temos um pouco de tudo”,
acrescenta o responsável operacional, dando conta da importância da Unidade Local de Formação instalada no destacamento dos Foros da Amora,
onde muitas ações são desenvolvidas.
A frota dos Bombeiros do
Seixal integra 67 viaturas, dois
barcos e três veículos de apoio,
mas é chegado o momento de
começar a ponderar a renovação de algumas viaturas, a acusar o desgaste dos muitos quilómetros percorridos.
“Nesta casa, um carro com
três, quatro anos está velho”
diz o comandante sustentando
que “nos 7220 serviços de
11
FEVEREIRO 2015
responsabilidade, exigência redobrada
emergência, registados no ano
passado, as ambulâncias dos
Bombeiros do Seixal realizaram
mais 208 mil quilómetros, sendo que os 266 acidentes ocorridos neste concelho obrigaram a
cumprir mais de 11400”.
Os elevados níveis de operacionalidade merecem o reconhecimento tanto da população
como das empresas da região,
como assevera Carlos Lopes:
“Normalmente, as nossas solicitações são atendidas, pode-
mos contar com ótimos parceiros”.
Apesar do elevado número
de assalariados, que refira-se
também cumprem serviço voluntário, a associação muito
tem apostado em chamar mais
efetivos para a causa, porque
importa assegurar o futuro e,
também, ir colmatando os problemas do presente que têm
empurrado muitos elementos
para o quadro de reserva. Os
jovens não se furtam aos ape-
los dos Bombeiros do Seixal
que, todos os anos, conseguem
promover duas recrutas de forma a introduzir “sangue novo”
no corpo ativo.
Projetos não faltam, contudo
direção e comando destacam a
intenção de avançar com uma
candidatura a fundos comunitários para uma intervenção no
quartel sede visando, no essencial, a remoção de fibrocimento
de parte cobertura do complexo
operacional e ainda a ampliação
SOURE
a nossa última edição incluímos uma reportagem alusiva à Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Soure e associada à passagem do 125.º aniversário da instituição.
A paginação da referida edição, onde se incluiu a posse dos Órgãos Sociais da Liga dos
Bombeiros Portugueses (LBP) para o triénio
2015/2017, implicou alguns constrangimentos de espaço que levaram, no caso da repor-
tagem alusiva aos Voluntários de Soure, à não
inclusão da foto de grupo que hoje reproduzimos, onde se incluem, a direção, o comando e
muitos elementos do corpo de bombeiros.
Aproveitamos para endereçar um abraço a
todos os visados, aproveitando para lhes agradecer a disponibilidade demonstrada, que nos
permitiu de juntar os bombeiros acabados de
sair de turno com os que entretanto tinham entrado de serviço.
Foto: Marques Valentim
N
A foto que faltou
da área de parqueamento de
viaturas.
A atual dimensão desta instituição contrasta com a despretensão da modesta Associação
Humanitária dos Bombeiros do
Seixal, fundada em 1977 por
um grupo cidadãos, entre eles
João Maria Viçoso Freire, que
com um pequeno efetivo e poucos recursos criou as fundações
de uma obra que, quase 40
anos depois, ainda não parou
de crescer.
12
FEVEREIRO 2015
FERREIRA DO ALENTEJO
A
Bombeiros perdem figura carismática
Foto: Sérgio Santos
prematura morte de Joaquim
Camacho, presidente da Associação Humanitário dos Bombeiros
Voluntários de Ferreira do Alentejo,
deixou de luto os bombeiros de Portugal.
O dirigente de 56 anos de idade
morreu, no passado dia 11 de fevereiro, dentro do seu carro à porta do
Centro de Saúde. Segundo fonte dos
Voluntários de Ferreira do Alentejo,
na noite anterior ao trágico acontecimento Joaquim Camacho sentiu-se
“indisposto e tinha a tensão alta”, o que o levou,
na manhã do dia seguinte, a deslocar-se á unidade de saúde local.
Depois disso pouco se sabe, apenas que o vice-presidente da associação dos bombeiros o encontrou pelas 22 horas dentro da viatura destravada junto ao centro de saúde, tendo alertado as
autoridades. Para o local foi deslocada a viatura
médica de emergência e reanimação (VMER) do
Hospital de Beja, mas, nada havia a fazer e médico limitou-se confirmou o óbito.
O corpo. que esteve em câmara ardente na
casa mortuária de Ferreira do Alentejo, foi a enterrar no passado dia 12 de fevereiro.
Além de presidente da direção dos Bombeiros
Voluntários de Ferreira do Alentejo, Joaquim Camacho pertencia ao Conselho Nacional de Bom-
beiros e estava muito ligado ás instituições da
sua terra, onde era um cidadão muito ativo e participativo,
Uma equipa do jornal Bombeiros de Portugal
esteve, há poucos meses, em Ferreira do Atelentejo, e foi com enorme satisfação que privou com
Joaquim Camacho, verdadeiro ativista das coisas
dos bombeiros, um homem rendido à causa.
Foi com a maior tristeza que recebemos a inesperada e trágica notícia deixou consternados e
bem mais pobres, não só os Voluntários de Ferreira do Alentejo, mas todos bombeiros de Portugal.
À família enlutada, à associação e aos amigos
de Joaquim Camacho o jornal Bombeiros de Portugal endereça as mais sentidas condolências.
Até sempre, Senhor Presidente!
BARREIRO SUL E SUESTE
Chefe deixa saudade
F
aleceu, no passado dia 12 de
fevereiro, vítima de doença
prolongada, o chefe do quadro
ativo dos Bombeiros Voluntários do Barreiro - Sul e Sueste,
Fernando José Silva Moita.
Fernando Moita iniciou a sua
carreira de bombeiro nos Voluntários da Moita, concelho de
onde era natural, no ano de
1988, como Cadete. Fruto do
seu empenho, esforço, experiência e competência, percorreu os diferentes postos até
atingir a categoria de chefe, posto que ocupava,
sendo o mais graduado do corpo de bombeiros do
Sul e Sueste. Do seu currículo consta também o
serviço prestado nos Bombeiros Voluntários do
Barreiro (Corpo de Salvação Pública), tendo sido
admitido nos Voluntários do Sul
e Sueste, no ano de 2007.
O currículo inclui um conjunto vasto de cursos e ações de
formação, tendo, desde a sua
entrada nos Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste, acumulando a atividade de voluntário
com a atividade como bombeiro
assalariado, assegurado um
conjunto de funções, nomeadamente na área da emergência
pré-hospitalar, onde a sua ação
contribuiu sobremaneira para a
sua organização, qualificação e modernização.
Fernando Moita era casado e pai de dois filhos,
um dos quais integra também o Corpo de Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste, como estagiário.
BARCELINHOS
aleceu José Torres Quintela, Subchefe do Quadro de Honra dos
Bombeiros Voluntários de Barcelinhos.
José Quintela era único sobrevivente do grupo de operacionais
que em 1949 sofreu um violento e trágico acidente de viação, a
caminho de um incêndio em Esposende. O bombeiro 23, que naquela altura tinha 24 anos de idade, ficou em estado grave, mas
nunca perdeu o entusiasmo pela causa.
Bombeiro dedicado, esteve sempre presente em todas as chamadas dos Voluntários de Barcelinhos, sendo por isso uma figura
que muito marcou esta instituição. A sua partida deixa saudade,
conforme expressam, em comunicado, direção, comando e corpo
ativo.
FAFE
D
Juve tem nova delegada
epois de Paulo Soares, por razões profissionais ter deixado
vago o lugar de Delegado da Juvebombeiro de Fafe, foi eleita Filipa Ribeiro que, depois de ter ocupado o lugar de subdelegada de 2010 a 2013, assume a estrutura até 2016.
A nova delegada vai inicialmente trabalhar na escolha da sua
equipa de trabalho, na preparação do Plano de Atividades de
2015 e na captação de novos elementos.
Foto: José Torres Quintela
Associação mais pobre
F
PENACOVA
Trabalho e
A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Penacova
assinalou, no passado dia 24 de fevereiro, 85 anos de valerosos
serviços prestados à população deste concelho do distrito de Coimbra.
As entidades e os cidadãos penacovenses unem-se no apoio aos
soldados da paz, atendendo às suas solicitações e necessidades com o
mesmo grau de prontidão com que os bombeiros se apresentam em
todos os teatros de operações.
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Marques Valentim
É
com natural entusiamo, e
orgulho na ação desenvolvida que o presidente da
direção Paulo Almeida Dias e
comandante António Simões
Santos falam da Associação
Humanitária dos Bombeiros
Voluntários de Penacova fundada a 24 de fevereiro de
1930, até porque esta é uma
instituição que se renova a
cada dia, que se adapta às novas exigências não acusando o
desgaste do tempo que passa.
Na verdade, por aqui, o trabalho e ambição de fazer mais e
melhor parecem ser suficientes
para perpetuar o legado
À entrada do quartel, em jeito de tributo, uma placa identifica cada um dos penacovenses que contribuiu para a constituição do corpo de bombeiros, gente comprometida com
o bem comum e que, ainda
hoje, inspira dirigentes e bombeiros: António Esteves Amaral Viseu, Gualter Pereira Viseu, Alípio Carvalho, Alípio da
Costa Miguel, Álvaro Alberto
Santos, Álvaro Martins Coimbra, António Casimiro Guedes
Pessoa, António da Costa, António Joaquim Pinto, Augusto
Luís, Evaristo Joaquim Pinto,
Joaquim Correia Almeida Leitão, Joaquim Luís, José Alberto
de Almeida e José Augusto Pimentel.
O corpo de bombeiros, composto por 123 operacionais,
serve, atualmente, cerca de 17
mil habitantes, na grande
maioria concentrados nos centros urbanos de Penacova, Lorval e S. Pedro de Alva
Embora a componente do
voluntariado seja a grande
mais-valia desta instituição, o
número crescente de solicitações, impôs a criação de uma
estrutura profissional que integra cerca de 20 funcionários,
apenas os indispensáveis para
assegurar o pleno funcionamento deste quartel, como salienta o presidente.
Esta é uma casa que se pauta pela organização e rigor e,
assim sendo, com viabilidade
económica. Para além da receita própria proveniente dos diversos serviços prestados, os
Bombeiros de Penacova podem
contar com o total apoio da câmara municipal e, também das
juntas de freguesia, entidades
atentas às dificuldades e às
solicitações desta associação
que, abnegadamente, serve o
próximo, cumprindo em todos
os momentos o lema “Vida por
Vida”.
O presidente teme, contudo,
pela estabilidade financeira
tendo em conta que, recentemente, o corpo de bombeiros
passou, para efeito de transporte de doentes não urgentes, a dividir o território com a
Cruz Vermelha Portuguesa
que, tecnicamente, “só opera
em 25 por cento do território”,
mas, precisamente, nas freguesias mais populosas. O processo está ainda numa fase
inicial não sendo, por isso,
possível avaliar o impacto desta nova realidade, contudo
Paulo Almeida Dias alerta:
“Tememos perder uma fatia
importante de receita e que
nos permite manter equilibradas as contas”.
Numa outra vertente, comando e direção destacam a
“excelente” relação com a comunidade que se une no apoio
a esta nobre causa. O dirigente
recorda que em 2013, quando
os bombeiros perderam duas
viaturas num incêndio foi até
“complicado
gerir
tantos
apoios”
“Os bombeiros estão no coração dos penacovenses”, enfatiza o comandante.
Esta forte ligação tem permitido também a renovação do
corpo ativo, porque jovens com
vontade de servir a causa não
faltam, conforme destacam direção e comando, dando conta
dos 24 recrutas que, em breve,
poderão integrar as fileiras dos
Voluntários de Penacova.
O comandante dá ainda nota
dos “37 cadetes infantes e estagiários”, uma garantia de futuro que confirma o sucesso de
uma estratégia de aproximação à comunidade escolar, encetada há já alguns anos.
Com natural vaidade, o responsável operacional fala de
um grupo muito unido e trabalhador, salientando que os piquetes, noturnos e de fim de
semana são assegurados “apenas por voluntários”, que a
“troco de uma sandes”, cumprem com mérito e excelência,
a missão de socorrer, de salvar
vidas.
O quartel começou a ser
construído na década de 70 do
século passado, mas só ficou
concluído e foi ocupado em
1995, o que aliás acabou por
impor, nos últimos anos várias
intervenções que permitiram
13
FEVEREIRO 2015
ambição perpetuam legado
reconverter, adaptar, reformular e ampliar diversas áreas
para que os operacionais possam usufruir de condições para
cumprirem a sua missão. Ainda assim o comandante reivindica a construção da casa escola, equipamento que considera importante, tendo em
conta que a formação do corpo
ativo é uma questão fundamental e prioritária.
O comandante não esconde
orgulho no que diz ser “o me-
lhor corpo de bombeiros do
mundo” salientando a juventude e qualificação de um grupo
“muito bem preparado”.
“Nunca tive tantas viaturas,
nem tanto pessoal, nem mesmo equipamento tão bom” faz
questão de salientar António
Simões Santos, defendendo
que só assim é possível atuar
num concelho com “vias muito
perigosas, dois rios, praias fluviais, áreas com escarpas muito acentuadas e muita flores-
ta”, perigos que levam o comando a investir em equipamento diferenciado e a apostar
em grupos especiais como é
caso das equipas de Intervenção em Meio Aquático e de Salvamento e Resgate.
Registe-se, a título de curiosidade, que o comandante António Simões em tempos idos
integrou os órgãos sociais da
associação, que aliás foram
porta de entrada no quartel e o
presidente Paulo Almeida Dias,
antes de assumir as funções de
dirigente, integrou o corpo de
bombeiros.
O sucesso desta parceria, recentemente renovada pelos associados que reconduziram os
órgãos sociais para mais um
mandato, tem permitido dar
continuidade e conferir notoriedade ao projeto de expansão da
instituição, sendo, por isso, um
bom exemplo, a ser seguido pelos associações e corpos bombeiros de Portugal.
“PARQUE VERDE 2015”
Matérias perigosas em exercício
U
ma colisão de um veículo ligeiro
com um camião cisterna, duas
vitimas encarceradas, fuga e derrame de combustível, foi o cenário do
exercício “Parque Verde 2015”, promovido pelos Bombeiros de Penacova para assinalar o final de mais um
período de instrução sobre matérias
perigosas.
O simulacro realizado com meios
reais, (LIVEX) que envolveu 40 operacionais e nove veículos permitiu
também testar o sistema e os equipamentos de comunicações.
Do briefing que marcou o encerramento desta ação, comando e corpo
de bombeiros identificaram as questões que importa melhorar e concordram na importância destes exercícios na preparação dos operacionais.
14
FEVEREIRO 2015
ANADIA
Êxito assenta na partilha
Um carismático
decano do
associativismo e
uma jovem
operacional,
constituem a dupla
improvável que dá
rosto
aos Voluntários da
Anadia.
Gerações diferentes,
sensibilidades
distintas não
prejudicam o
sucesso de um
projeto que assenta
na partilha de
experiências e de
conhecimentos,
mas, sobretudo,
numa total e
incondicional
entrega à causa dos
bombeiros.
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Marques Valentim
M
ário Augusto Teixeira dispensa
apresentações:
Integra há mais de quatro décadas os órgãos sociais
da Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários da Anadia, sendo, assim, uma figura
sobejamente conhecida no seio
dos bombeiros de Portugal pelos quais e para os quais muito
tem trabalhado.
O carismático dirigente faz
questão de acompanhar os jor-
nalistas numa visita guiada às
instalações dos Voluntários da
Anadia, onde sobressaem espaço, organização e rigor. Acompanhado pelo tesoureiro, Carlos
Cavaleiro e pela comandante
Ana Matias, o presidente, no
papel de cicerone, começa por
respigar pedacitos da história
desta instituição fundada em
dezembro de 1933, salientando, entre outros episódios, o da
inauguração do atual quartel
sede, no início da década de 80
do século passado. Este acontecimento precipitou uma nova
estratégia que permitiu relançar uma instituição até então
“esmagada” pela estagnação, a
enfrentar dificuldades várias,
com lacunas a nível operacional, com a falta de recursos humanos e a escassez de equipamentos e viaturas.
A mudança de casa, sublinha
o dirigente, abriu caminho a
uma espécie de revolução. Trabalho e investimento permitiram reescrever a história deste
corpo de bombeiros que em
poucos anos modernizou o parque de viaturas, garantiu a formação dos operacionais, conquistou o estatuto de Posto
INEM, investiu no sistema informático e adquiriu vários
equipamentos.
No extenso relatório que traduz tão grande atividade constam ainda, como refere Mário
Teixeira, obras de beneficiação
nas áreas operacionais e nos
espaços dedicadas aos efetivos,
criação de novos gabinetes e
reformulação do salão nobre.
Ainda assim, “esta é uma
instituição financeiramente es-
tável”, acentua o dirigente, referindo que o projeto de expansão foi concretizado “com todas as cautelas com uma gestão muito cuidada, rigorosa”,
destacando que o êxito da
equipa que lidera só foi possível com “a colaboração e o empenho de todos os bombeiros”.
“Temos as contas em dias”,
enfatiza, dando conta do estrito cumprimento das obrigações
assumidas tanto com os 32
funcionários da instituição,
como com todos os fornecedores.
Este processo de crescimen-
to sustentado foi acompanhado
de perto pela autarquia que ao
longo dos anos provou estar ao
lado dos seus bombeiros, não
apenas com o financiamento
da Equipa de Intervenção Permanente (EIP) mas, também,
apoiando no re-equipamento
do quartel e na requalificação
das instalações.
A obra é vasta mas parece
não ter fim à vista, tendo em
conta que importa, agora, continuar a investir na proteção e
segurança dos operacionais, na
renovação da frota e na aquisição de “mais alguns computa-
15
FEVEREIRO 2015
de experiências
MATOSINHOS-LEÇA
Visita à SILOPOR
dores” para equipar as salas de
formação.
No comando há meia dúzia
de meses, Ana Matias garante
que está totalmente focada no
projeto que abraçou com firme
determinação. Ingressou neste
corpo de bombeiros há cerca de
14 anos, e não obstante uma
interrupção para cumprir o percurso académico, conhece muito bem esta instituição, que
tem como mais-valia os recursos humanos. Fala com orgulhos dos seus “rapazes e raparigas”, operacionais de mão-cheia, sempre disponíveis para
servir.
A comandante assumiu como
prioridade a formação, um projeto que está no terreno a fazer
“mexer” a estrutura, que nesta
vertente estava um “pouco parada”. Da mesma forma, a responsável operacional fala da
importância da instrução e também da preparação física dos
elementos do corpo ativo, uma
questão a que foi dada especial
atenção e está a merecer a
adesão de um número crescente de bombeiros.
Atualmente, integram o efetivo dos Voluntários da Anadia
meia centena de elementos a
que se juntarão muito em breve, outros 20, ainda a cumprir
estágio.
Por aqui destaca-se a robustez do voluntariado, a avaliar
pelo sucesso da escola de cadetes e infantes, um projeto assinado por Ana Matias, que arrancou nos passado mês de setembro, com sucesso garantindo. Cerca 50 crianças e jovens,
dos 6 aos 17 anos aprendem a
ser bombeiros, trocam outras
atividades para cumprirem um
plano de formação, que embora
adaptado às diferentes faixas
etárias, se pauta pelo rigor, com
“notas, promoções, mas, também, chumbos”.
“Tenho noção que talvez de
dez, apenas um fique, mas
acredito que os outros nove não
esquecem a experiência e vão
respeitar, para sempre, os bombeiros”, afirma Ana Matias.
Também o presidente não esconde entusiasmo pela iniciativa, salientando a importância
de todas as atividades que permitam abrir as portas da associação à comunidade.
Ana Matias dá ainda conta da
atividade “Bombeiro por uma
semana”, que nas férias da Páscoa, mobiliza a petizada que a
associação ponderar promover
durante o verão.
Com “rapazes e rapariga” extremamente esforçados e dedicados, a comandante assegura
ter missão facilitada e, por isso
defende que todos os apoios e
incentivos são poucos para
quem dá tanto a troco de nada.
“Temos que dar condições ao
voluntariado para que permaneça nos quartéis ou então resta-nos partir para a profissionalização”, defende esta enge-
nheira rendida à causa dos
bombeiros, uma “fraqueza”,
que, aliás, partilha com o presidente da direção e que, certamente, muito tem contribuído
para fortalecer esta dupla improvável, mas condenada ao
êxito.
Mario Teixeira e Ana Matias
são, assim, exemplo de trabalho e abnegação que em setores distintos, cumprem a sua
missão com rigor e excelência
honrando e acrescentando valor
ao legado dos pioneiros Armando Cancela de Abreu, Fernando
de Melo Costa e Almeida, Óscar
Manuel Guedes Alvim, Júlio Augusto dos Santos Maia, Serafim
Tavares Alves, Luís de Melo
Osório, Alberto Paulo Menano e
Manuel Ferreira Alves o padre
Abel Condesso. Mais de oito décadas volvidas, cumpre-se, na
integra, a aspiração do grupo
de jovens fundadores, agora refletida num projeto próspero e
de futuro.
O
comando do Corpo de Bombeiros de Matosinhos-Leça
proporcionou recentemente uma visita guiada aos
seus elementos, às instalações da SILOPOR - Silos de
Leixões. A visita foi acompanhada pelo chefe de segurança
daquela empresa, durante a qual foi possível tomar conhecimento do plano de emergência interno, dos caminhos de
evacuação e procedimentos de atuação naquelas instalações, bem como tipo de cooperação prevista com o corpo de
bombeiros em caso de necessidade de intervenção.
Segundo o comandante António José Amaral, “ o plano de
instrução para o nosso corpo de bombeiros em 2015 contempla a visita a 6 unidades industriais e, ou serviços de
grande nível de perigosidade”.
Ainda, segundo aquele responsável, “estas visitas operacionais revelam-se também de enorme importância, pelo estreitamento de relações que se pretende com o tecido empresarial da área de atuação do corpo de bombeiros.”
16
FEVEREIRO 2015
ESPOSENDE
Mobilização dos voluntários é exemplo
O voluntariado é, sem dúvida, a força motriz
dos Bombeiros de Esposende. Com apenas
cinco assalariados este quartel continua a
conseguir dar resposta às solicitações de
parte substancial do território deste
concelho do distrito de Braga, talvez
porque, a atividade operacional tenha vindo
a diminuir nos últimos anos, apesar do
número de ocorrências continuar a
aumentar, questão que preocupa e indigna
dirigentes e operacionais, obrigados
partilhar a sua missão com várias outras
entidades, após 124 anos de bons serviços
prestados ao concelho e ao País
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Marques Valentim
A
Associação Humanitária
dos Bombeiros Voluntários de Esposende assinalou no passado dia 6 de janeiro
o 124.º aniversário, já a pensar
nas comemorações do próximo
ano, que direção e comando fazem questão que “sejam em
grande” e voltadas para o exterior, para que a história e o
exemplo não se percam e porque importa fomentar o desenvolvimento desta instituição,
que nos últimos anos perdeu
alguma relevância.
A simpatia e o entusiasmo
com que o presidente Agostinho
Pinto Teixeira e o comandante
Juvenal Almeida Campos recebem a equipa do Jornal Bombeiros de Portugal denunciam
trabalho e entrega a causa dos
bombeiros e ao movimento do
voluntariado que, em Esposende, exibe vitalidade.
Esta é uma casa, a todos os
títulos, arrumada, onde nada
falta, nem o exemplo, uma imagem de marca construída a pulso por um punhado de homens
e mulheres, voluntários abnegados que prestam socorro à
população, complementando o
trabalho de apenas cinco assalariados.
Agostinho Pinto Teixeira fala
com orgulho deste grupo, garantindo que sem esta força seria impossível continuar a dar
uma resposta de qualidade à
população. Contudo, o comandante faz questão de referir
que, nos últimos anos, o número de serviços prestado por este
corpo de bombeiros decresceu,
salientando contudo, que o número de ocorrências “tem vindo
a aumentar”. Juvenal Campos
explica que o elevado número
de entidades que operarem no
concelho, tanto no socorro
como no transporte de doentes,
tem retirado serviço aos Bombeiros de Esposende, que registe-se dividem o concelho com
os Voluntários de Fão. O responsável operacional aponta o
dedo ao trabalho do Centro de
Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do Porto, reconhecendo-lhe debilidades várias,
nomeadamente o desconhecimento do território.
“Vários núcleos da Cruz Vermelha, bem como outras entidades tanto do concelho, como
de outras áreas do distrito entram na nossa zona de intervenção” adverte Juvenal Campos, garantindo que essa realidade obrigou a associação a
adaptar-se a uma nova realida-
de, a reajustar meios às reais
necessidades.
Atualmente, servem nos Voluntários de Esposende 43
bombeiros, operacionais bem
preparados, que se superam todos os dias no cumprimento do
lema “Vida por Vida”, como salientam os porta-vozes da instituição, cientes, contudo que
importa chamar mais pessoas
para o quartel, sobretudo jovens para assegurar a imprescindível renovação corpo de
bombeiros, ainda que os dez
estagiários e outros tantos recrutas na nova escola sejam
garantia de reforço do corpo
ativo.
Direção e comando consideram primordial restabelecer os
elos de união com a população,
repor as ligações que se perderam em 1986, quando a associação deixou o centro de Esposende para se instalar num
novo complexo, na época, nos
arrabaldes da cidade. Ainda que
operacional e, agora, bem localizado, pois a expansão do
concelho criou novas centralidades, o quartel-sede está encaixado numa emaranhada
rede viária que compromete a
prontidão exigida aos operacionais do socorro. O presidente
revela que a mudança para outra área chegou a ser pondera-
da, mas o projeto “não tinha
pernas para andar” pois os ganhos em acessibilidades, não
eram proporcionais às condições que as atuais instalações
ainda disponibilizam tanto aos
elementos do quadro ativo,
como aos do quadro de honra
que por ali se reúnem muitas
vezes, como aos associados.
A estabilidade financeira da
associação contrasta com falta
de apoios, nomeadamente das
empresas locais pouco sensibilizadas para esta causa. Agostinho Teixeira. contudo, dá conta
que a autarquia, “na medida
das possibilidades” investe nos
bombeiros do município, com
um subsídio anual, que “aliás
até foi reforçado” mas também
atendendo a solicitações pontuais, nomeadamente financiando viaturas e equipamentos.
“Nunca temos tudo o queremos, mas nós dispomos dos
meios necessários para dar resposta às solicitações da nossa
área de intervenção e até para
apoiar, quando necessário, as
congéneres do interior do distrito”, refere o comandante, falando da recente aquisição de uma
ambulância, porque importa,
sempre, acrescentar qualidade
ao socorro prestado. Da mesma
forma, Juvenal Campos diz-se
atento tanto à preparação e formação como à segurança dos
operacionais pelo que os equipamentos de proteção individual são um investimento programado.
E para que as comemorações
do 125.º aniversário possam
ser um marco na já longa e venerável história desta associação humanitária, os Voluntários
de Esposende, mais uma vez
unem-se no desígnio comum de
servir o próximo, o mesmo que
norteou os pioneiros Francisco
da Silva Loureiro, João de Miranda Magalhães e José da Silva Vieira, bem como alguns outros homens bons que no dia 6
janeiro de 1891 subscreveram
a ata de instalação provisória
da então Associação Humanitária Espozendense.
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FEVEREIRO 2015
SERRA DA ESTRELA
N
esta época do ano, o
ponto mais alto de Portugal Continental acolhe
um manto branco que chama
milhares de turistas a esta região, cenário que o jornal
Bombeiros de Portugal acompanhou no terreno com os
bombeiros que integram o dispositivo de socorro do Plano de
Operações Nacional da Serra
da Estrela (PONSE).
Uma resposta articulada e
eficiente a qualquer tipo de
emergência no maciço central
da Serra da Estrela é a função
dos agentes de proteção civil
dos distritos de Castelo Branco
Socorro na neve
e Guarda, que se dividem em
turnos e equipas multidisciplinares.
Bombeiros voluntários e elementos Força Especial de Bombeiros (FEB) partilham um espaço exíguo e com parcas condições estruturais, apenas
aquecido pela camaradagem
dos operacionais que em alguns momentos do dia, quando o fluxo de visitantes abranda, conseguem partilhar experiências e muitas episódios vividos naqueles vales e
montanhas.
Para além ações de vigilância nas áreas de maior risco,
estes operacionais têm a seu
cargo o posto de socorros primários, onde são recebidas e
tratadas todas as vítimas de
pequenas escoriações, provocadas por quedas na neve, ou,
se necessário, encaminhadas
para as unidades hospitalares.
No dia em que a equipa “BP”
acompanhou este grupo, estavam escalados para maciço
central os bombeiros de Manteigas e Loriga com equipamentos de primeira intervenção para resgate na neve, bem
como de ambulâncias 4x4. No
Sabugueiro, a aldeia mais alta
de Portugal, o socorro era as-
segurado pelos Voluntários de
São Romão apoiados por uma
ambulância de socorro, meios
que permitiam uma primeira
intervenção no âmbito da
emergência pré-hospitalar.
Desta forma, uma resposta
eficaz na prevenção e socorro
na Serra da Estrela. é garantida por uma unidade de comando, controlo e gestão operacional que integra bombeiros da
Covilhã, Gouveia, Loriga, Manteigas, São Romão e Seia; o
grupo de resgate em montanha da FEB e o o grupo de
montanha dos GIPS da GNR.
Sérgio Santos
18
D
FEVEREIRO 2015
SANTO TIRSO
SINES
Amarelos repetem experência
Mãe e filho recebem cuidados
ois voluntários dos Bombeiros Voluntários Tirsenses (Amarelos) foram,
no passado dia 21 de janeiro, os parteiros de emergência de um bebé, na freguesia
de S. Miguel do Couto.
O alerta chegou ao quartel, por volta das 6 horas da
manhã, dando conta de uma
mãe em trabalho de parto.
Quando chegaram ao local,
os bombeiros Cristina Mariana Guimarães e Carlos Godinho verificaram que não era
possível transportar a mãe
para a maternidade do Hospital de Vila Nova de Famalicão, pois o nascimento estava eminente.
Iniciaram então a preparação da grávida, enquanto aguardavam o apoio da equipa da ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV) do Hospital de Santo Tirso. O pequeno Lucas nasceu
pouco tempo depois. Ainda compareceu no local
Viatura Médica de Famalicão.
O recém-nascido e a sua mãe foram transportados para o Hospital de Famalicão.
Esta não é uma situação nova para estes bombeiros, tendo em conta que para Mariana este já
é o terceiro parto efetuado e para Carlos, o segundo. Ainda assim, é sempre com emoção que
cada uma destas experiências é vivida.
O
s Bombeiros Voluntários de
Sines deslocaram-se na
passada dia 19 de fevereiro,
para um incomum serviço de
pré-hospitalar. Passavam pouco
minutos das 16 horas e a equipa de bombeiros foi ativada
para a zona das Barradas, Sines, para um situação de parto,
com informação que a o bebé já
teria nascido.
Após a chegada ao local, os
dois bombeiros constataram o
nascimento da criança, tendo
então procedido ao corte do
cordão umbilical e cuidados
pré-hospitalares, com o apoio
da viatura médica (VMER) do
Hospital do Litoral Alentejano.
O recém-nascido foi encaminhado com urgência para o Hospital do Litoral Alentejano com o
apoio da viatura médica e a mãe da criança foi
também transportada minutos depois por uma
outra ambulância dos Bombeiros Voluntários de
Sines.
ABRANTES
ALFÂNDEGA DA FÉ
Parteiros na A4
A
A4 foi mais uma vez palco
da realização de um parto
numa ambulância de bombeiros. Desta fez coube aos Voluntários de Alfândega da Fé a demonstração dessa capacidade
em articulação com a VMER de
Bragança.
Tudo aconteceu a caminho do
Hospital de Bragança. Os bombeiros Emídio Silva e Tiago Penarroias conduziam uma parturiente a caminho daquele estabelecimento hospitalar quando
a Carolina entendeu, afinal, vir
Depois de prestados os devidos cuidados e
constatado que se encontravam estabilizados,
mãe e bebé foram encaminhados para o Hospital
de São Bernardo, Setúbal, em ambulância dos
Bombeiros Voluntários de Sines, atendendo que a
Unidade Médica do Litoral Alentejano não tem
serviço de Obstetrícia.
O
ao mundo nas mãos dos bombeiros com o apoio dos elementos do INEM em plena autoestrada A4. A primeira avaliação
conjunta feita pelos bombeiros
e pela equipa da VMER quando
se encontraram no sentido de
Bragança foi prosseguir a marcha e ir acompanhando o espaçamento das contrações. Na segunda avaliação, feita poucos
quilómetros depois, aconselhou
a paragem e a realização do
parto. Ocorreu no passado dia
20, às 3h55 da madrugada.
Bombeiros estreiam-se
s bombeiros Sylvie Alvarez
e Ricardo Daniel, dos Bombeiros Voluntários de Abrantes,
realizaram no domingo, dia 15
de fevereiro, um serviço inesperado e em que se estrearam
com sucesso.
A chamada chegou à central
dos Bombeiros de Abrantes pelas 12.42 horas e, treze minutos depois, Ricardo e Sylvie já
se encontravam no Tramagal, a
cerca de 12 quilómetros de distância, para socorro a Elisabete
Pires que se encontrava em
trabalho de parto.
No local, ao avaliarem a parturiente, verificaram que teriam que fazer o parto, pois
não havia tempo para chegar
ao hospital. E, como previram, assim aconteceu.
Já dentro da ambulância, mesmo à saída da casa
da parturiente, nascia a Anabela nas mãos dos
dois bombeiros, marcava o relógio 13.15. Depois, os bombeiros seguiram com mãe e filha
para o Hospital de Abrantes onde a assistência
médica reconheceu o bom trabalho executado
pelos bombeiros. Mãe e filha encontram-se bem
de saúde e a Sylvie e o Ricardo estão de parabéns.
SINES
Treino na refinaria
PAMPILHOSA
N
Operacionais em ação
o passado dia 21, pelas 18:25, os Bombeiros Voluntários de Pampilhosa foram acionados para um acidente com homem de cerca
de 80 anos que ao cortar um pinheiro, foi atingido pelo mesmo na queda. O octogenário ficou prostrado no chão sem se conseguir movimentar e foi encontrado minutos depois por
familiares que o procuravam e deram o alerta
para os bombeiros. O acidente ocorreu em local de difícil acesso, no meio de pinhais, entre
as localidades de Lendiosa e Malaposta do
Carqueijo. Nessa misão esteve envolvida uma
ambulância de socorro com três operacionais
que tiveram de ser auxiliados por mais seis e
uma viatura de apoio devido ao difícil acesso
ao local do incidente. A vitima foi transportada
ao Centro Hospitalar da Universidade de
Coimbra (CHUC) e a GNR esteve também
presente no local.
No mesmo dia, pelas 22:44, os Voluntários
de Pampilhosa foram acionados para um despiste de um veículo ligeiro, no IC2/N1 sentido
NS, na zona do Carqueijo, do qual resultou um
ferido ligeiro. O transito esteve condicionado
durante alguns minutos até à chegada da Brigada de Tânsito da GNR que tomou conta da
ocorrência.
A vitima, de cerca de 30 anos, foi transportada ao CHUC pelos Voluntários de Pampilhosa.
O
s Bombeiros de Sines estiveram de regresso
à Refinaria Galp Energia, para mais um treino
que envolveu 20 operacionais e contou, também
com a participação de nove elementos dos Voluntários Vendas Novas.
Durante uma manhã, os bombeiros realizaram
um conjunto de ações práticas no campo de treinos da refinaria, onde em conjunto com as equipas de segurança daquela unidade, praticaram as
técnicas de extinção de Incêndios.
Este foi o primeiro treino realizado com elementos de outro corpo de bombeiros, sendo intenção do comando dos Voluntários de Sines dar
continuidade a ações desta natureza, que permitem “aproximar os operacionais ao mesmo tempo
aperfeiçoar as técnicas”.
Este responsável operacional salienta, ainda, “a
abertura da Refinaria Galp Energia, que desde o primeiro momento recebe os bombeiros no seu campo
de treino, contribuindo para a dos bombeiros”.
19
FEVEREIRO 2015
D
VILA POUCA DE AGUIAR
SETÚBAL
Bombeiros em formação
Sapadores e estudantes em exercício
ecorreu no dia 7 de fevereiro, na Praça João Paulo II,
em Vila Pouca de Aguiar mais
uma ação de formação dos
bombeiros locais, desta feita na
vertentes do salvamento e desencarceramento e do socorro
pré hospitalar. Esta atividade
teve como objectivos testar os
conhecimentos e aperfeiçoar
técnicas de salvamento e desencarceramento por parte dos
operacionais envolvidos.
O exercício mobilizou três
viaturas e 22 operacionais e 12
estagiários que puderam acompanhar os procedimentos e viver de perto a realidade de um corpo
de bombeiros.
A iniciativa, que foi acompanhada um formador
do curso Tripulante de Ambulância de Socorro
(TAS) dos Bombeiros de Mirandela, assentou na
simulação de vários cenários com viaturas ligeiras de passageiros em acidentes rodoviários envolvendo diversas vítimas encarceradas.
A realização destas acções tem por base a determinação demonstrada pelo comandante dos
Voluntários de Vila Pouca de Aguiar Borges Machado, “em dotar os operacionais dos conhecimentos e técnicas adequadas a cada ação tendo
em atenção os múltiplos cenários que podem surgir no dia-a-dia dos bombeiros”. Da mesma forma o responsável operacional defende que estas
iniciativas permitem motivar os operacionais.
VILA FRANCA DE XIRA
Corpo ativo reforça técnicas
O
s Bombeiros Voluntários de Vila Franca de
Xira mobilizaram o corpo ativo durante o
mês de fevereiro para treino de técnicas de
salvamento e desencarceramento.
Nestas ações, integradas no plano anual de
formação interna, os operacionais estiveram
no centro de abate de veículos “Batistas” onde
testaram as diversas técnicas em “veículos sinistrados”.
Sérgio Santos
O treino, com a simulação de
vítimas e em diferentes contextos de socorro, foi dinamizado no
quartel da Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal,
numa ação impulsionada pelo
“Critical ESS”, entidade formativa em emergência da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Setúbal.
Soa o alerta. Um choque entre
duas viaturas, um veículo ligeiro
e um motociclo, faz quatro vítimas. No carro, o condutor está
encarcerado, enquanto o passageiro está gravemente ferido e
queixa-se da cervical. No chão,
os dois ocupantes da mota gritam por auxílio.
Para o local são destacadas
quatro viaturas da Companhia de
Bombeiros Sapadores de Setúbal, uma para o cenário de acidente rodoviário simulado, as
restantes para os outros dois
teatros de operações montados,
uma explosão no prédio com feridos e uma tentativa de suicídio,
com um ferido encurralado num
poço.
“Este exercício permitiu que
estes futuros enfermeiros pudessem aplicar, em contexto real,
procedimentos de atuação em
vários teatros de operações, em
particular na estabilização de vítimas”, salientou o comandante
da Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal, Paulo Lamego.
O responsável destacou, igualmente, a troca de experiências
entre os Sapadores e a comunidade escolar, sendo que para alguns dos estudantes “esta foi a
primeira vez que estiveram envolvidos em exercícios de maior
complexidade no terreno”.
O exercício, com o envolvimento de cerca de uma centena
de pessoas, entre sapadores e
mais de seis dezenas de alunos,
permitiu aos estudantes adquirir,
em contexto real, competências
essenciais à futura atuação enquanto profissionais de saúde
em situações de catástrofe e
emergência.
A articulação estabelecida entre o “Critical ESS” e a Companhia de Bombeiros Sapadores de
Setúbal procurou, igualmente,
proporcionar aos participantes
uma experiência pedagógica
profissional diferente e inovadora, com vista a reforçar a proximidade entre a comunidade escolar e os Sapadores.
AZAMBUJA
Simulacro envolve autocarro escolar
CACILHAS
V
Ação conjunta em navio de guerra
inte elementos dos Bombeiros Voluntários
de Cacilhas participaram recentemente na
Base Naval de Lisboa (BNL) no Alfeite, num
exercício conjunto com 60 operacionais da
Marinha de Guerra Portuguesa.
O exercício ocorreu a bordo da fragata
“Vasco Gama”, atracada na BNL, e teve como
principal objetivo testar a articulação das duas
U
ma colisão entre um autocarro escolar e uma
viatura ligeira de passageiros no Largo do
Rossio, na Azambuja foi a encenação montada
para a realização de um simulacro.
Um cenário de multivítimas com a definição
das prioridades de evacuação, a par da extração
das vítimas encarceradas na viatura ligeira, permitiu testar a intervenção técnica dos operacionais dos Voluntários da Azambuja.
Sérgio Santos
forças, quase uma centena de intervenientes,
em caso de emergência no combate a um incêndio naval.
No final o resultado constatado pela equipa
de avaliação do Estado-maior da Marinha revelou-se muito positivo, admitindo-se, desde,
logo as vantagens de vir a repetir este tipo de
experiências.
20
FEVEREIRO 2015
CASCAIS
ARRUDA
Treze anos de formação conjunta
De regresso
Nos últimos anos, a Associação Humanitária dos Bombeiros
Voluntários de Arruda dos Vinhos como que se arredou da sua
matriz, assumindo várias outras missões
que quase a desvirtuaram.
De regresso às origens, uma renovada equipa de dirigentes, gente
que vive e sente a causa, munida de determinação por um
audacioso plano de atividades tenta restituir os pergaminhos a
esta centenária instituição.
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Marques Valentim
N
ão têm sido fáceis os últimos meses no quartel
sede dos Voluntários da
Arruda dos Vinhos. Erros de estratégia obrigaram um punhado
de associados a resgatar a instituição de um processo declínio. Rui Silva, figura bem conhecida dos bombeiros de Portugal, depois de algum tempo
arredado da instituição, regressa e assume a missão de reunir
a equipa certa para encetar um
novo ciclo marcado pela prosperidade.
Assim, para além de Rui Silva, na presidência da assembleia geral, pode contar com
José Seixas, na direção e Rui
Alves, no conselho fiscal, coadjuvados por um grupo multidisciplinar com capacidade e vontade de inverter o curso da história, como faz questão de
acentuar no recém-empossado
José Seixas.
No decorrer de uma visita às
instalações dos Bombeiros de
Arruda dos Vinhos, os dirigentes revelam que esclarecem
que a situação herdada reflete
A
s cinco associações de bombeiros voluntários do concelho de Cascais (Alcabideche,
Cascais, Estoril, Parede e Carcavelos – S. Domingos de Rana)
estão neste momento a realizar
a 13.ª edição de formação conjunta inicial de bombeiros. Ao
longo desses anos beneficiaram
deste tipo de formação mais de
400 estagiários dos cinco corpos de bombeiros.
A decisão de arrancar com
aquele tipo de formação foi decidido no seio do Secretariado
das Associações de Bombeiros
Voluntários do Concelho de
Cascais Trata-se de uma experiência, inédita à época, que
tem permitido, não só uniformizar o modelo de formação no
seu conjunto, mas também assegurar a preparação prática integrada entre os elementos dos
cinco corpos de bombeiros.
A ideia, segundo fonte do Secretariado, “ de início não foi fácil de implantar, houve que ven-
cer as quintinhas e, ao longo do
tempo, ir vencendo todos esses
e outros constrangimentos”.
Juntaram-se os formadores
das diferentes áreas das associações envolvidas e para satisfazer as necessidades pedagógicas, nomeadamente, quanto
ao número de formandos, “muitas vezes têm chegado à meia
centena”, foi necessário constituir duas turmas e articular
todo o programa de formação
nesse sentido.
A Câmara Municipal de Cascais tem assegurado também o
apoio a esta formação conjunta
garantindo o conjunto de meios
necessários à sua concretização.
opções erradas tomadas nos últimos anos quando a associação centrou todas as atenções
na gestão de uma academia de
tempos livres para crianças e
jovens, descurando a missão do
corpo de bombeiros.
Apesar de todos os pesares,
a operacionalidade e a qualidade do socorro prestado às populações nunca estiveram em
causa, como sublinha o comandante Acácio Raimundo, contudo são elevados prejuízos acumulados. José Seixas fala com
preocupação das dívidas a fornecedores, mas sobretudo aos
mais de 20 funcionários, que
desde a primeira hora se mostraram disponíveis em apoiar a
direção neste intrépido propósito, como revela José Seixas.
“Por vezes temos que dar um
passo atrás para depois dar
dois à frente”, diz o presidente,
dizendo-se “motivado e encorajado” para imprimir êxito a esta
espinhosa missão. “Estamos a
fazer um grande esforço para
restabelecer o equilíbrio, tendo
consciência plena que corremos
contra o tempo… este trabalho
terá que ser feito em poucos
meses”, acrescenta o dirigente.
Para além das questões financeiras, surge como prioritária a (re)aproximação à comunidade, pois só dessa forma é
possível sensibilizar as pessoas
para a causa, garantir apoios e
até despertar vocações nos
mais novos, que afinal são o futuro da associação. Numa outra
vertente, o projeto Clube Mais,
em fase de implementação,
visa a criação de parcerias com
as empresas locais, conforme
explica o vice-presidente Fernando Barata Mendes, apostado em aumentar o número de
associados, menos de quatro
mil num universo de cerca de
16 mil habitantes. Nesta senda,
refira-se que os Voluntários da
Arruda dos Vinhos já estão na
internet (www.bv-arruda.pt),
um meio importante para dar
visibilidade e dignificar uma
história com 125 anos, valorizando a missão cumprida pelos
bombeiros. Paralelamente, estão a ser promovidas outras
21
FEVEREIRO 2015
DOS VINHOS
às origens
ações e atividades, nomeadamente, o tradicional Baile da
Chita, que já no próximo dia 21
de março, volta a abrir as portas do quartel às dezenas de
candidatas, de todas as idades,
aos títulos de rainha, dama e
princesa da chita.
Todo este dinamismo está a
ser acompanhado de perto pela
Câmara Municipal de Arruda
dos Vinhos que, atenta às necessidades do corpo de bombeiros, tem respondido afirmativamente as todas as solicitações.
Rui Silva fala mesmo do “grande apoio da Câmara Municipal
que mesmo em tempos difíceis
aumentou o valor do subsídio
anual, que já era substancial”.
“Somos o braço armado da
proteção civil do concelho e, felizmente, a autarquia reconhece-nos esse estatuto”, reforça o
comandante.
Por estes dias, todos os contributos parecem poucos para
devolver estabilidade a esta
casa e dotar os cerca de 70 elementos do corpo de bombeiros
de todas as condições de trabalho, sobretudo de alguma organização e serenidade que têm
faltado nos últimos meses.
No rol, grande, de prioridades estão consignadas obras de
requalificação no quartel, renovação do parque de viaturas e a
aquisição de um gerador, bem
como fardamento e de equipamento de proteção individual.
Mas, por agora, resta “gerir o
que existe, poupar viaturas e
equipamentos”, como defende
Rui Silva, certo que esta situação é temporária e que, brevemente, será possível retomar
ao investimento, imprescindível
para uma instituição há mais de
um século comprometida com o
progresso e a modernização.
Peritos em fazer muito com
muito pouco os bombeiros conseguem enfrentar todas as adversidades com o firme propósito de acrescentar prontidão e
eficácia ao socorro prestado às
populações
“Em termos operacionais
nada se perdeu”, garante o comandante Acácio Raimundo,
salientando a preparação e a
formação, que os homens mulheres não descuram, ainda que
a esta procura pelo conhecimento implique inúmeros sacrifícios, tanto no plano familiar
como profissional, mas “estes
bombeiros não falham, são excelentes, dão todas garantias”
como destaca o comandante.
Hoje, tal como naquele dia
10 de junho de 1889, também
um punhado de arrudenses, se
uniu, só que desta feita para
restaurar o legado dos pioneiros, cidadãos dos quais se desconhece a identidade, mas cujo
exemplo perdura numa obra de
relevante interesse local e até
nacional que preserva, intactos
os pilares do altruísmo e da solidariedade.
22
FEVEREIRO 2015
FORMAÇÃO CONJUNTA
D
ecorreu no nas instalações
dos Voluntários de Alverca
uma cerimónia que marcou o
culminar da Escola Conjunta de
Formação para Ingresso na Carreira de Bombeiro Voluntário do
ano 2013/2014 com a imposição de divisas aos 17 novos
bombeiros de 3.ª e o arranque
oficial de uma nova recruta.
Este projeto, que se realizou
pelo segundo ano consecutivo,
uniu cinco dos seis corpos de
bombeiros do Concelho de Vila
Franca de Xira na missão comum de formar com qualidade
os futuros bombeiros do concelho, fomentando o trabalho em
equipa, a articulação entre as
diferentes equipas, a normalização de procedimentos e o espírito de camaradagem.
Desta conjugação de esforços, os corpos de bombeiros
envolvidos lançaram dois novos
projetos este ano, que passam
por elaborar uma formação específica em conjunto para os
elementos que se encontram a
concorrer para a progressão na
carreira de bombeiro e também
União dá frutos
ABRANTES
A
um conjunto de exercícios em
CPX e Livex para os elementos
de comando e do corpo ativo
nas vertentes de incêndios florestais, urbanos e industriais e
cenários de multivítimas.
A cerimónia contou com a
presença do presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita, do vereador da
Proteção Civil, António Oliveira,
do CODIS de Lisboa, Carlos
Mata, bem como dos comandantes e presidentes de direção
Corpos de Bombeiros de Alverca, Castanheira do Ribatejo,
Póvoa de Santa Iria, Vialonga e
Vila Franca de Xira), dos forma-
dores e instrutores, bombeiros
e estagiários.
Quadro ativo reforçado
pós conclusão da instrução inicial de Bombeiro e concluído o período de estágio em Contexto de Trabalho, foram
promovidos ao posto de bombeiro de 3ª, no dia 17 de Janeiro de 2015, 12 elementos, que juraram Bandeira e foram
incluídos no quadro ativo, reforçando a capacidade de resposta operacional dos Voluntários de Abrantes.
Na mesma cerimónia, foram apresentados ao corpo de
bombeiros, os 16 elementos que ingressaram na recruta de
2015.
PAÇO DE SOUSA
Quartel prepara futuro
CASCAIS
T
omaram posse no passado
dia 27 de janeiro, os órgãos
sociais da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários
de Cascais, para o biénio
2015/16.
Rui Rama da Silva assume,
assim, o 13.º mandato consecutivo, como presidente da direção numa equipa que integra
Vítor Neves (vice-presidente),
Artur Magalhães (vice-presidente), João Marques Valentim
(1.º secretário), Manuel da
Costa Matos (2.º secretário),
José Pintéus (tesoureiro) Carlos
Nascimento (tesoureiro-adjunto), os vogais Alexandre Faria e
Carlos Santos e, ainda, Américo
Marques Nuno Garcia e João
Equipa renova compromisso
Guimas, como vogais suplemtes.
Na assembleia geral João
Parracho volta a assumir a presidência coadjuvado por Joaquim Piedade Aguiar (vice-presidente) e os secretários Sofia
Ribeiro e Aurélio Rangel.
Por sua vez Armando Mendonça preside ao conselho fiscal
apoiado por Joaquim Miguel
Murteira Pechirra (secretário),
José Barroca Maia (relator),
Joaquim Manuel Silva Santos e
João da Costa Leite (suplentes).
Na cerimónia, testemunhada
pelos três elementos da estrutura de comando dos Voluntários de Cascais, Rui Rama da
Silva agradeceu á equipa que o
D
epois de um período conturbado, regressa a estabilidade a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Paço de
Sousa, onde já se projeta o futuro. Assim sendo, a direção anuncia,
“com grande satisfação”, o início de uma recruta, iniciativa que
está a mobilizar não só a nova estrutura de comando mas todo o
corpo ativo.
Esta escola conta com 12 formandos, um importante reforço
para o corpo de bombeiros e a prova que em Paço de Sousa o voluntariado está bem vivo e os jovens continuam sensíveis ao lema
“vida por vida”.
acompanha “há alguns anos”
neste projeto e reiterou o compromisso assumido com os
bombeiros e com os associados
assente na uma rigorosa gestão
de recursos, sem descurar os
investimentos no corpo de
bombeiros, indispensáveis para
a prontidão da resposta e qualidade do socorro prestados às
populações.
CASTELO BRANCO
Homenagem a dirigente
A
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Castelo
Branco prestou homenagem ao seu presidente da assembleia-geral, Rogério Pernes Mota, recentemente re-eleito para o mesmo
cargo para o quadriénio 2015/2018.
O homenageado, distinguido pela Liga dos Bombeiros Portugueses com o crachá de ouro, é uma figura incontornável do universo
dos bombeiros, a que está associado há quarenta anos.
Rogério Pernes Mota iniciou a atividade de dirigente de bombeiros como vogal da assembleia-geral da Associação entre 1971 e
1973, desempenhou as funções de presidente da direção entre
1974 e 76 e as de presidente da assembleia-geral, ininterruptamente, a partir de 1977.
A Liga dos Bombeiros Portugueses fez-se representar nesta homenagem pelo vice-presidente do conselho executivo, Adriano Capote. Estiveram também presentes, o presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, Luís Correia, e o comandante distrital de
operações de socorro da ANPC, comandante Rui Esteves.
23
FEVEREIRO 2015
VIDAGO
F
FORNOS DE ALGODRES
Bombeiros com novo elenco
T
omaram posse, recentemente, os novos órgãos sociais dos
Bombeiros Voluntários de Fornos de Algodres, para o biénio
2015/2016, numa cerimónia testemunhada por muitos associados,
representantes de instituições congéneres do distrito da Guarda e
ainda Gil Barreiros, vice-presidente do Conselho Executivo da Liga
de Bombeiros Portugueses e António Fonseca, Comandante Operacional Distrital da Guarda.
A equipa recém empossada integra na direção Fernando António
Almeida Rodrigues (presidente), Carlos Manuel Oliveira Lote (vice-presidente administrativo), André Veiga Santos Pereira (vice-presidente cultural), Ana Isabel Paulo Melo Santos (1.º secretário),
António José Rebelo Azevedo (2.º secretário), Joaquim Fernando
Costa Moreira (1.º tesoureiro), Luís Miguel Pina Ferreira (2.º tesoureiro) e Maria Isabel Cardoso Amaral Menano e Bruno António
Rodrigues Faustino (vogais).
Na presidência da assembleia geral, António Manuel Pina Fonseca é secundado por João Alberto Sequeira da Fonseca (vice-presidente) e João Carlos Figueiredo Tavares.
Para o conselho fiscal foram empossados José Maria Abreu Castelo Branco (presidente), Pedro Miguel Freitas Freire Lucas (secretário) e João Manuel Pina Gomes (relator).
VINHAIS
A
Orgãos sociais
tomam posse
Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vinhais conta com novos órgãos sociais para o triénio
2015/2017.
A assembleia-geral é presidida por Américo Jaime Afonso
Pereira, tendo como primeiro e segundo secretários, Luís Alberto Guedes e António Manuel Rodirgues.
A direção, presidida por José Humberto Martins é composta por Luís António Alves (vice), primeiro e segundo secretários, José António Marques e Carlos Correia, o tesoureiro
Manuel Isaías Borges. O primeiro e segundo vogais, Maria
Isabel Silva e Vitor Luís, e os suplentes, Rui Gonçalves, Francisco Reis e Ricardo Afonso.
O conselho fiscal é presidido por Horácio Afonso tendo,
como secretário, Maria José Guedes, como relator, Belmiro
Correia, e suplentes, Rui Rodrigues e Jorge Tomé.
O comandante do corpo de bombeiros é José António
Afonso Marques.
Novos dirigentes em funções
rancisco Oliveira, há 37 anos
ligado á instituição, foi reeleito presidente da direção da
Associação Humanitária de
Bombeiros Voluntários de Vidago, para os próximos 3 anos,
na sequência das eleições para
os novos corpos gerentes que
decorreram no dia 29 de Dezembro transato. A lista encabeçada por Francisco Oliveira
foi a única lista concorrente e
foi votada por unanimidade
dos associados presentes na
assembleia-geral eletiva.
A posse dos órgãos eleitos
para o triénio 2015/2017 decorreu em cerimónia realizada
em 24 de Janeiro último, com a
presença do presidente da Câmara Municipal de Chaves, António Cabeleira.
A Associação Humanitária de Bombeiros
Voluntários de Vidago foi fundada há 47
anos, e é detentora de um corpo de bombeiros com 50 elementos no corpo ativo,
22 viaturas para intervenção, uma área
operacional de 100,27 quilómetros quadrados, e uma população de 5700 pessoas
que se distribuem pelas freguesias de
Anelhe, Vilela do Tâmega, Vilas Boas, Loivos, Stª Leocádia, Povoa de Agrações,
Oura, Arcossó, Selhariz, Vilarinho das Paranheiras e Vidago.
A direção agora re-eleita conta com cinco elementos que estão ligados à estrutura desde a sua fundação, no já longínquo
ano de 1967 (Silvino Rodrigues, Cmdt Q/
Honra Emílio Lage Medeiros, Horácio Ferreira, e Cmdt Q/ Honra Fernando Cadete.
A aposta forte na formação dos bombeiros, o recrutamento de novos bombeiros e
a substituição do telhado do quartel que
ainda está com placas de fibrocimento são
os principais objetivos traçados pelos órgãos sociais para o novo mandato.
A Associação Humanitária de Bombeiros
Voluntários de Vidago continuará a desenvolver, igualmente, um conjunto significativo de iniciativas de angariação de fundos
de forma a poder fazer face às despesas
de aquisição de dois novos veículos operacionais que estão em falta um VFCI (Veiculo Florestal de Combate a Incêndios) e
uma ABSC (Ambulância de Socorro). A
este propósito, recorde-se que, em Se-
tembro passado foi adquirido um novo veículo de transporte de doentes, sem qualquer apoio financeiro das administrações
central ou local.
A direção é assim presidida por Francisco Oliveira, a assembleia-geral por Fernando Carvalho e o concelho fiscal por Horácio Ferreira.
A assembleia-geral conta ainda com o
vice Emílio Lage Medeiros, o secretário
Augusto Pereira Carvalho e os vogais Mário Jorge Ferreira Faria e Germano Ferreira
dos Santos.
Na direcção constam ainda, o vice
Eduardo Júlio Alves Brás, o tesoureiro Silvino Teixeira Rodrigues, o primeiro secretário Mário Rui da Silva Queirós, o segundo secretário Agripino Rodrigues Oliveira e
os vogais Cândido Machado Alves, Luís
Eduardo Teixeira Costa, Manuel do Couto,
José Miguel Ligeiro Santos, Joaquim João
Oliveira Sousa e Fernando Gonçalves Cadete.
Do conselho fiscal fazem também parte,
o vice Amável Baía, o relator Carlos Teixeira Carvalho e os suplentes, André Chaves
Vidal dos Reis Rodrigues e António Manuel
Monteiro Rodrigues.
24
FEVEREIRO 2015
CETE
Formação é aposta
SETÚBAL
J
osé Luís Silva é o novo comandante dos Bombeiros Voluntários de Cete. A tomada de
posse oficializou uma situação
que, na prática, já acontecia
desde abril do ano passado,
quando Rui Gomes foi substituído interinamente por aquele
que agora é o seu sucessor.
As primeiras medidas de José
Luís Silva passam pela escolha
da restante equipa de comando
e pela aposta na formação dos
voluntários.
Bombeiro há 26 anos, José
Luís Ribeiro da Silva nasceu, há
44 anos, em Cete e foi também
nesta freguesia de Paredes que
cresceu e se fixou com a família
e onde, em 1988, se fez bombeiro iniciando um percurso que
o levou, 16 anos depois, a ser
nomeado 2º comandante.
Em 2006 foi convidado pela
direção para trabalhar a tempo
inteiro nos bombeiros. José Luís
Silva deixou o emprego como
carpinteiro metalúrgico e dedicou-se, então, em exclusivo ao
lema “Vida por Vida”.
“Agora, tenho de continuar
com o projeto que já vinha a
ser implantado”, afirma o novo
responsável operacional dos
bombeiros de Cete.
Depois da “escolha da equipa
de comando”, a aposta é na
formação e na construção de
uma unidade de formação interna, diz. José Luís Silva que,
também, pretende contribuir
para o equilíbrio financeiro da
instituição, garantindo que os
bombeiros vão continuar a realizar eventos para angariar receitas.
“Conseguimos com o apoio
das empresas da região oferecer um fato de proteção contra
incêndios urbanos a cada bombeiro e vamos continuar a ter
os nossos próprios eventos”,
afiança.
Na mesma cerimónia, 15 homens e mulheres foram promovidos a bombeiros de 3.ª e outros quatro a bombeiros de 1.ª
e receberam as respetivas insígnias.
BP com Verdadeiro Olhar
A
Ex-árbitro e militar assume estrutura
Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Setúbal aproveitou
a tomada de posse dos novos órgãos sociais para proceder, também, à posse do
novo comandante do seu corpo de bombeiros.
O major e engenheiro civil João Francisco Ferreira é o novo comandante dos
Voluntários de Setúbal, empossado em
cerimónia que contou com as presenças
do vice-presidente da Liga dos Bombeiros
Portugueses (LBP), Rodeia Machado, e da
comandante distrital da ANPC, Patrícia
Gaspar, e do vereador da Proteção Civil
da Câmara de Setúbal, Carlos Rabaçal.
João Ferreira tem um vasto currículo
como militar do Exército, de que passou à
reserva em dezembro último e como árbitro de futebol, a cuja carreira pôs termo
em maio de 2013. Nesta qualidade, o
novo comandante dos Voluntários de Setúbal, dirigiu 50 jogos internacionais,
duas supertaças Cândido de Oliveira e
uma final da Taça de Portugal, em 2011.
ANGRA DO HEROÍSMO
Comando reconduzido
O
s elementos do comando do Corpo
de Bombeiros Voluntários de Angra
do Heroísmo, o comandante Luís Picanço, o segundo comandante Ruben Toste
e o adjunto de comando Jorge Silva,
após terminarem a segunda comissão
de serviço no Comando no dia 11 de fevereiro de 2015, foram reconduzidos
para mais uma comissão de serviço de 5
anos.
“Passados estes 10 anos de comando,
percebemos que conseguimos atingir a
maior parte dos objetivos aos quais nos
propusemos e isto só foi possível com a
colaboração de todos os intervenientes,
direções, entidades diversas e todos os
elementos do corpo de bombeiros” afirmou-nos o comandante Luís Picanço.
O mesmo responsável explica que
“aceitamos o desafio em continuarmos
porque pensamos e queremos servir
ainda mais e melhor a população em
geral, dar ênfase ao estatuto social do
bombeiro em relação à população, promover o contacto social entre os bombeiros e a população, buscar melhores
condições pessoais e técnicas para o
corpo de bombeiros, são alguns dos objetivos que nos propomos efetuar nesta
comissão”.
SOURE
N
Estagiários visitam CDOS
o passado dia 8 de fevereiro, os estagiários dos Bombeiros Voluntários de Soure, fizeram uma visita ao Comando
Distrital de Operações de Socorro de Coimbra (CDOS Coimbra).
Os cerca de 20 elementos foram acompanhados pelos subchefes Jaime Lopes, Jorge Carvalho, Benedita Branco e Rita
Alegre.
Os participantes dão conta de
uma iniciativa, produtiva e enriquecedora, que permitiu ao formandos conhecerem o funcionamento da Proteção Civil dis-
trital, no âmbito das diversas
missões do Comando Distrital.
Os responsáveis dos Bombeiros de Soure fazem questão de
agradecer ao Comandante Distrital de Operações de Socorro
de Coimbra, comandante Carlos
Luís, “pela disponibilidade em
ceder as instalações, bem como
aos operadores de serviço, que
acompanharam o grupo nesta
visita”.
FIGUEIRA DA FOZ
A
Bombeiritos no centro de operações
escola de infantes e cadetes
da Associação Humanitária
de Bombeiros Voluntários da
Figueira da Foz visitou o Centro
distrital de operações de socorro de Coimbra.
Esta ação teve como objetivo
principal dar a conhecer aos jovens o funcionamento e organização deste centro de operações, as instalações e a interação nas operações de socorro
entre os vários agentes de proteção civil
distritais.
O interesse demonstrado pelos peque-
nos bombeiros nas temáticas abordadas
deixou o comandante João Moreira, o adjunto Nélson Fadigas bem como todos os
formadores satisfeitos pelo trabalho de
sensibilização e educação dos bombeiritos.
Sérgio Santos
25
FEVEREIRO 2015
VALE DE CAMBRA
Fotos: Marques Valentim
Presidente da LBP lança desafios ao PM
D
urante a sessão solene da
inauguração do novo quartel dos Bombeiros Voluntários
de Vale de Cambra, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, comandante Jaime
Marta Soares, lembrou ao Primeiro-ministro, Pedro Passos
Coelho presente, que “o que se
passa em Portugal é um caso
único no espaço universal, um
país que tem como principal
agente da Proteção Civil a força
do voluntariado, milhares de
mulheres e homens oriundos
das associações humanitárias,
voluntários e altruístas na defesa de pessoas e bens”.
Ao lembrar todos os bombeiros portugueses “ mas de forma
particular os bombeiros voluntários” o presidente da LBP
adiantou que “hoje voluntariado nos bombeiros é sinal de
competência e profissionalismo”.
O comandante Jaime Soares
lembrou os serviços prestados
pelos bombeiros, 90 por cento
do transporte de doentes não
urgentes e 81 por cento da
emergência pré-hospitalar a solicitação do INEM e sublinhou
ao primeiro-ministro “que a
vida dos bombeiros portugueses hoje não é uma vida fácil,
pelo exercício da sua função de
alto risco”. E, com clara alusão
à problemática da floresta, recordou que “há necessidade
que outros a montante façam
aquilo que é da sua responsabilidade para evitar que tantas e
tantas vezes os bombeiros correm riscos, porque antecipadamente não foi feito aquilo que
devia ser feito”. O presidente da
LBP lembrou, a propósito, “a
urgência da criação do Observatório Nacional para os Fogos
Florestais há muito reivindicado
pela LBP”.
O comandante Marta Soares
lembrou a Passos Colho a urgência da criação, proposta
pela LBP, do Cartão Social do
Bombeiro, e ainda a importância dos incentivos ao voluntariado, da importância de “retomar a contagem de tempo de
serviço para efeitos de reforma,
que já existiu e deixou de haver”.
O presidente da LBP frisou
que “ a vida dos bombeiros não
tem sido fácil, mas mais fácil
que há três anos atrás”, lembrando “as dificuldades que
conseguimos ultrapassar”.
“Está tudo feito, não está,
está muito aquém de estar concluído, ainda falta muito”, sublinhou o comandante Jaime Soares ao lembrar a excelente colaboração havida com o anterior
titular do MAI, Miguel Macedo, e
a sua equipa que, está certo, irá
continuar com a nova ministra.
“Foi possível fazer reformas que
estavam por fazer há 15, até 20
anos lembrando “o compromisso que a cada um compete num
processo negocial” e que “nunca renego a confiança que os
bombeiros depositaram em
mim para os representar”.
O presidente da LBP recordou
ainda a Lei do Financiamento
“que está em cima da mesa
para se concretizar”. Lembrou
ter-se já obtido do Governo
uma resposta, “ não há dimensão do que desejaríamos mas
se calhar um pouco melhor do
que à partida” e o rotundo não
da Associação Nacional dos Municípios Portugueses, motivo
para apelar aos autarcas presentes na inauguração para que
“no âmbito das suas competên-
cias no seio da ANMP possam
fazer retroceder essa posição e
para que se sentem à mesa das
negociações”.
Em resposta ao presidente da
LBP, o primeiro-ministro fez
questão de salientar que iria
analisar todas as questões versadas.
Os Bombeiros Voluntários de
Vale de Cambra conseguiram
agora concretizar a edificação
de um novo quartel pensado há
mais de 13 anos para substituir
o anterior construído em 1972
em pleno centro urbano e já
sem condições operacionais.
O novo quartel começou a
ser construído em 2012 num
terreno cedido pela Câmara
Municipal e onde pretendem em
breve construir também uma
área social contígua às novas
instalações estritamente operacionais. A obra orçou 1,4 milhões de euros, 830 mil dos
quais comparticipados por fundos comunitários, 100 mil pela
autarquia e os restantes pela
instituição e por benfeitores.
Um deles, o comendador Ilídio
Pinho, foi homenageado durante a sessão solene inaugural.
Na mesma sessão o vice-presidente da direção, António Augusto Almeida, foi distinguido
com o crachá de ouro da LBP e
4 bombeiros com a medalha de
serviços distintos grau ouro da
LBP, Filipe Aguiar, Manuel Fevereiro, Manuel Pereira e Manuel
da Costa.
Destaque também para a entrega de medalhas de assiduidade da LBP, relativas a 25 anos
de serviço, ao comandante Victor Machado e aos bombeiros,
Rui Gonçalves, Jorge Pinho, Ernesto Ferreira, Carlos Costa,
Lúcio Martins e Manuela Almeida.
A sessão solene, muito concorrida, contou também com as
presenças, da ministra da Administração Interna, Anabela
Rodrigues, dos secretários de
Estado da Administração Inter-
na e Adjunto e do Desenvolvimento Regional, João Almeida e
Castro Almeida, do presidente
da Câmara de Vale de Cambra,
José Pinheiro, do presidente da
ANPC, major-general Grave Pereira, do comandante operacional do Agrupamento Distrital do
Centro Norte da ANPC, António
Ribeiro, do comandante distrital, José Birmarck, e do segundo comandante, Manuel Ribeiro, acompanhados da presidente da assembleia-geral dos
Bombeiros de Vale de Cambra,
Ângela Matos Gomes, do presidente da direção, Miguel Soares, do comandante Victor Machado, e dos restantes órgãos
sociais da instituição.
26
FEVEREIRO 2015
BARCELINHOS
Secretário de Estado visita obra
J
oão Almeida, secretário de Estado da Administração Interna, visitou, recentemente, as obras do futuro quartel dos Voluntários de Barcelinhos, respondendo assim a um convite da associação.
O governante mostrou-se satisfeito com
o avanço dos trabalhos, deixando votos de
sucesso para a instituição, bem como para
todos que servem a nobre causa de salvar
vidas. João Almeida sublinhou, ainda, a atividade desenvolvida pelos Bombeiros de
Barcelinhos, em prol da comunidade.
Dias antes, também o presidente da Câmara Municipal de Barcelos, Miguel Costa
Gomes acompanhado pela vereação, puderam também confirmar que a empreitada
decorre a bom ritmo, prevendo-se que,
conforme o estabelecido, já em meados de
junho o novo complexo possa acolher o corpo de bombeiros.
Direção e comando fazem questão de sublinhar o importante contributo da autarquia para a concretização deste projeto,
nomeadamente com a cedência do terreno.
LORIGA
C
SOURE
N
Troca de experiências
o âmbito do plano de instrução de
2015, os estagiários do Corpo de
Bombeiros de Soure, visitaram, no
mês passado, o quartel dos Voluntários de Pombal.
Esta foi “uma tarde produtiva na
partilha de conhecimentos e realida-
des” que em muito contribuiu para o
enriquecimento destes homens e mulheres que futuramente abraçam tão
nobre causa, conforme destaca o comando dos Voluntários de Soure, que
salienta ainda a simpatia com que o
grupo foi recebido em Pombal.
Bombeiros
agradecem
om o intuito de aumentar e melhorar
a resposta em matéria
de incêndios florestais,
a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Loriga
promoveu, recentemente, uma campanha de angariação de fundos que permitiu a aquisição de uma
viatura pesada de combate a incêndios.
Este investimento só foi possível mercê do apoio da
Assembleia de Compartes dos Baldios de Gondufo e
de Balocas e Vide, juntas de freguesia de Teixeira e
de Alvoco da Serra, União das freguesias de Vide e
Cabeça, entre outras instituições e particulares. Eventos como o “Dia da Mulher”, “ Festa do Benfica” e “Caminhada ao Fontão” permitiram, também, angariar
mais algumas verbas, importante para a compra do
veículo.
Em comunicado dirigentes e bombeiros agradecem
“a todos os que contribuíram por esta causa”, reconhecendo que “sem o donativo de todos a compra
desta viatura não seria possível”.
BUCELAS
A
Comunidade
oferece ambulância
Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Bucelas inaugurou, recentemente, uma nova ambulância
de transporte múltiplo (ABTM) no decorrer das festividades
do aniversário da freguesia de Bucelas.
A viatura de transporte de doentes foi adquirida com o
apoio da junta de freguesia de Bucelas e da “Bucelas Aventura”, uma empresa que têm organizado provas desportivas
em parceria com o corpo de bombeiros, cujas receitas revertem na totalidade para a Associação.
Sérgio Santos
COJA
Corpo ativo recebe equipamentos
A
Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Coja assinalou, no passado dia
25 de janeiro, o 52.º aniversário com a entrega
de novos fardamentos e equipamentos ao corpo
ativo.
Em formatura, os soldados da paz cojenses
acolheram as entidades convidadas que juntamente com os associados e a população assistiram à sessão solene, que teve como ponto alto,
a oferta da empresa Natura e da Câmara Municipal de Arganil de noventa equipamentos de
proteção individual (EPI) para incêndios florestais.
No momento das alocuções o presidente da
direção Jorge Matos Silva mostrou-se satisfeito
com as prendas que chegaram ao quartel em
dia de aniversário e que incluíram ainda cinco
desfibrilhadores para as ambulâncias, adquiri-
dos com verbas amealhadas em campanhas de
angariação de fundos e ainda com contributos
da autarquia arganilense e da empresa que representa a marca “Licor Beirão”.
Por sua vez o comandante Paulo Tavares reforçou os agradecimentos às entidades que têm
colaborado com a instituição salientando que os
novos equipamentos são uma mais-valia tanto
para a segurança e proteção dos bombeiros,
como para a qualidade do socorro prestado às
populações.
Entre as entidades presentes destacam-se o
presidente da Câmara Municipal de Arganil, Ricardo Pereira Alves, o comandante distrital Carlos Luís (ANPC) e o comandante António Simões, presidente da Federação dos Bombeiros
do Distrito de Coimbra.
Sérgio Santos
27
FEVEREIRO 2015
SETÚBAL
A
Companhia de Bombeiros
Sapadores de Setúbal assinalou, no dia 21 de fevereiro, o
229.º aniversário com a apresentação do novo veículo florestal de combate a incêndios
(VFCI), estando, assim, concluído o processo de re-equipamento que traduz um enorme
investimento da autarquia.
Na sessão solene, o comandante Paulo Lamego relembrou
o seu passado de militar para
falar de coesão e espírito de
equipa que são imagem de
marca da companhia.
Por sua vez a edil setubalense, Maria das Dores Meira, su-
Concluído processo de reequipamento
blinhou a importância do investimento feito no corpo de sapadores ao abrigo da candidatura
a fundos europeus no âmbito
do projeto “Resiliência Setúbal
+”, que permitiu adquirir vários
veículos multifunções e outros
equipamentos
fundamentais
para melhorar a prestação do
socorro às populações do concelho. Concluindo a sua alocução garantiu que a autarquia
continuará empenhada, junto
da “Associação Nacional de Municípios Portugueses, na procura de soluções que permitam a
progressão dos sapadores nas
sua carreira, novas admissões,
a re-estruturação deste setor
ou a redefinição das fontes de
financiamento dos corpos de
bombeiros profissionais”.
Os convidados assistiram
também à apresentação de um
simulador de combate a incêndios estruturais. Na ocasião foi,
ainda, descerrada uma placa de
agradecimento aos bombeiros
Fernando Pratas, Fernando Ribeiro, Fernando Salgueiro, Jor-
ge Parrulas e a Jaime Palongo
que recuperaram uma viatura
antiga – Chevrolet 1927 com
escada Magirus
Associaram-se às comemorações, entre outras entidades, o
vice presidente da Liga dos
Bombeiros Portugueses, Rodeia
Machado e pelo segundo comandante distrital Rui Costa
(ANPC).
Sérgio Santos
VIALONGA
Fotos: Marques Valentim
Melhoramentos não apagam sonho
O
s melhoramentos introduzidos nas
instalações que datam da fundação da Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de Vialonga há
38 anos foram mostrados no decurso
das comemorações do aniversário. Estes melhoramentos foram antecedidos
de outros, realizados em anos em anteriores mas, como referiu o presidente da direção, José Luís Rocha, e o comandante Luís Rodrigues, já não será
possível fazer muito mais para acolher
com dignidade os bombeiros que ali
dão o seu melhor.
O sonho de um novo quartel, em dia
de aniversário, voltou a estar no centro das atenções, formulado por todos
os responsáveis da Associação.
A sessão solene comemorativa inclui, em primeiro lugar, a promoção de
cinco estagiários a bombeiros de 3ª,
Mário Reis Santos, Fábio Simões, Luís
Ribeiro, Gonçalo Guiomar e João Carlos Tavares, e a entrega de medalhas
de assiduidade da Liga dos Bombeiros
Portugueses (LBP) ao bombeiro Duarte Ferreira (10 anos) e, por 15 anos,
aos bombeiros, Hugo Paulino, Lúcia
Lopes, Ricardo Pinheiro e Lídia Alves.
Foram também distinguidos, pelos
relevantes trabalhos em prol da instituição os bombeiros, Gabriel Ferreira,
Maria Natália da Silva, João Sarabanda, Lídia Alves e Lúcia Lopes, e homenageados um conjunto de empresas e
cidadãos pelo apoio dado à Associação, nomeadamente, Mário Figueiredo
e Tiago Soares.
Durante as intervenções, destaque
para as informações prestadas pelo
comandante Luís Rodrigues no âmbito
da formação do corpo de bombeiros.
Segundo aquele responsável, em
2014 registou-se uma aposta clara
com o maior número de horas de sem-
pre aplicadas nesse domínio, que já
está a continuar no ano em curso. Referiu ainda que a nova escola de estagiários dispõe de oito elementos e que
em 2015 contam ter completo o quadro de comando.
No final da cerimónia decorreu no
exterior do quartel a inauguração de
uma viatura de combate a incêndios
florestais usada, adquirida com o
apoio do corpo activo e da Junta de
Freguesia de Vialonga e reabilitada
com a participação dos próprios bombeiros.
A sessão contou com a presença do
vereador José António Oliveira, em representação da Câmara Municipal de
Vila Franca de Xira, do vogal da LBP,
Rui Rama da Silva, do vice-presidente
da Federação de Bombeiros do Distrito
de Lisboa, comandante Manuel Varela,
do presidente da Junta de Freguesia
de Vialonga, José António Gomes,
acompanhados pelo vice-presidente
da assembleia-geral da Associação,
Paulo Infante, do presidente da direção, José Luís Rocha, do comandante
Luís Rodrigues, e restantes órgãos sociais, incluindo ainda alguns dos fundadores.
ANGRA DO HEROÍSMO
A
atribuição do crachá de ouro
da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) ao chefe Paulo Silveira e da medalha de mérito,
grau ouro, aos três elementos do
comando dos Bombeiros Voluntários de Angra do Heroísmo, Terceira - Açores, constituiu um momento alto das comemorações
recentes do Dia da Padroeira e da
própria associação.
O aniversário da associação é
em 1 de março mas, como sempre foi apanágio da instituição,
aproveita-se o Dia da Padroeira,
Nossa Senhora da Conceição,
para assinalar a efeméride.
As cerimónias tiveram início
pela manhã com o hastear das
bandeiras, seguindo-se a habitual missa em memória dos bombeiros, dirigentes e associados
Crachá de ouro para o chefe Paulo Silveira
falecidos. Após a missa, deu-se
lugar ao desfile de todos os elementos e viaturas do corpo de
bombeiros.
Ao fim da manhã procedeu-se
à formatura geral para receção às
autoridades locais, nomeadamente, o Secretário Regional da
Saúde, em representação do Presidente do Governo Regional, o
presidente do Serviço Regional
de Proteção Civil e Bombeiros dos
Açores, o presidente da Câmara
Municipal de Angra do Heroísmo
e outras autoridades civis e militares.
Após esta formatura e receção,
teve lugar à entrega dos machados aos estagiários e a imposição
das medalhas de assiduidade aos
bombeiros com 5, 10, 20 e 25
anos de serviço efetivo. Seguiu-
-se a entrega do crachá de ouro
da LBP ao chefe Paulo Silveira e a
atribuição das medalhas de ouro
de mérito ao comandante Luís Picanço, ao segundo comandante
Ruben Toste e ao adjunto de Comando Jorge Silva.
O momento mais alto das cerimónias aconteceu quando um ra-
paz de 11 anos, acompanhado do
pai, entregou a Medalha de Mérito da Câmara Municipal de Angra
do Heroísmo ao nadador salvador
Fabiano Silva devido ao fato deste o ter salvo em paragem cardiorrespiratória com manobras
de suporte básico de vida numa
zona balnear. Refira-se que, os
Bombeiros Voluntários de Angra
do Heroísmo são responsáveis
pelas zonas balneares do concelho, conforme protocolo assinado
por 4 anos entre a Associação e a
Câmara Municipal.
Após estas cerimónias, realizou-se o habitual almoço de confraternização com todos os bom-
beiros, familiares, dirigentes,
convidados e autoridades civis e
militares presentes.
Saliente-se o fato do Hino dos
Bombeiros Voluntários de Angra
do Heroísmo ter sido tocado pela
primeira vez durante as cerimónias por duas bandas filarmónicas locais.
28
FEVEREIRO 2015
AZAMBUJA
Fotos: Marques Valentim
Tributo a dirigentes e bombeiros
A
Associação Humanitária de
Bombeiros Voluntários de
Azambuja aproveitou a comemoração do seu 83.º aniversário para prestar homenagem
póstuma ao bombeiro de 2.ª,
Francisco José Farinha Graça,
com a medalha de serviços distintos grau prata da Liga dos
Bombeiros Portugueses (LBP).
Com a mesma distinção, também propostas à LBP pela direção e comando da instituição,
foram distinguidos, o segundo
comandante Hélder Santos, e
os dirigentes António das Dores
Fialho Lança (1986/2006) e
José Manuel Oliveira Braz
(1971/2006).
As homenagens incluíram
ainda um minuto de silêncio em
memória do chefe do QH Joaquim Carvalho.
A sessão solene acolheu também a promoção, a bombeiro
de 3.ª dos estagiários Rui Jardim, Bruna Cartaxeiro, Manuel
Vieira, Carlos Freixo e Jenice
Lopes, e a estagiários um grupo
6 dos 19 elementos do grupo de
cadetes.
Com a medalha de assiduidade de 25 anos foi distinguido o
bombeiro de 3.ª José Gomes,
com a de 20, o segundo comandante Hélder Santos e os bombeiros Fernando Conceição, Rodrigo Monteiro, João Neno e
João Frias, com a de 10, a bombeira Marina Jardim, e com a 5
anos, os bombeiros David Miranda, Patrícia Silva, Nádia Sil-
va, Flávio Valada, Ricardo Neves e Bruno Gomes.
Foi também prestada homenagem ao trabalho desenvolvido em prol da Associação por
Arlindo Oliveira e distinguido o
bombeiro voluntário com mais
assiduidade, 2014 horas de serviço, no ano transato, o bombeiro de 3.ª Ricardo Neves.
A sessão solene, presidida
pelo presidente da Câmara Municipal da Azambuja, Luís Manuel Abreu de Sousa, antigo
bombeiro e dirigente, contou
também com as presenças do
vogal da LBP, Rama da Silva, do
presidente da Federação de
Bombeiros de Lisboa, comandante António Carvalho, do comandante distrital da ANPC, co-
mandante Carlos Mata, tendo
como anfitriãs, os presidentes
da assembleia-geral, direção e
conselho fiscal, António José
Matos, André Salema e Inês
Louro, e o comandante Armando Baptista.
AVEIRO
Velhos assinalam 133.º aniversário
A
Associação Humanitária de
Bombeiros Voluntários de
Aveiro – Velhos assinalou o
133.º aniversário com as IV
Jornadas Técnicas de Emergência o exercício “Moliceiro 2015”,
sem descurar a cerimonia evocativa de tão importante data.
As jornadas técnicas, subordinadas à temática da emergência pré-hospitalar, reuniram
no Centro de Congressos de
Aveiro foi mais de 200 participantes que tiveram a oportunidade de enriquecer os seus conhecimentos com os reputados
oradores convidados. Destaque
para as intervenções do tenente-coronel médico Joaquim Cardoso que falou da “interligação
de meios em teatro de operações”, bem como de Jody Rato,
formador da Escola Nacional de
Bombeiros que dissertou sobre
a “Abordagem à vítima em situação politraumatizada e enfermeiro Clifton Gala, do INEM
a propósito do “Apoio de uma
ambulância SIV na ajuda ao tripulante”. A “Preservação de
provas em local do crime”. O
professor catedrático Pinto da
Costa, docente de Medicina Legal e o inspetor Polícia Judiciária Carlos Ademar debaterem
questões ligadas à “Preservação de provas em local do crime”.
A sessão comemorativa do
aniversário realizou-se no dia
31 janeiro e incluiu a alvorada
festiva, seguida do hastear das
bandeiras, a homenagem aos
bombeiros falecidos e a apresentação das forças em parada
a Ribau Esteves, presidente da
Câmara Municipal de Aveiro.
Na cerimónia destaque para
a tomada de posse do chefe Gilberto Branco como adjunto de
comando e as promoções do
subchefe Ricardo Guerra a Oficial Bombeiro de 2.ª, e de três
outros elementos a bombeiros
de 1.ª, para além a da receção
a 14 novos operacionais.
Foram ainda distinguidos todos os soldados da paz que
completaram 5, 10, 15, 20, 25,
35 e 40 anos de dedicação á
causa, com medalhas de assiduidade e dedicação da Liga de
Bombeiros Portugueses e da
Associação Humanitária de
Bombeiros Voluntários de Aveiro Velhos.
O comandante Carlos Pires e
Vitor Silva, presidente da direção da Associação Humanitária
dos Bombeiros Voluntários de
Aveiro - Velhos, usaram da palavra, assim como o presidente
da câmara municipal.
O desfile apeado e motorizado, antecedeu a inauguração e
bênção de uma ambulância de
socorro e de uma outra de
transporte múltiplo.
Seguidamente os elementos
da escola de estagiários efetuaram uma demonstração operacional de progressão para combate a incêndio urbano.
A terminar as festividades,
no dia 7 de fevereiro o exercício
“Moliceiro 2015”. Que teve
como cenário o terminal sul do
Porto de Aveiro, e simulou um
incêndio de grandes proporções
num armazém, que mobilizou,
para além deste corpo de bombeiros, os Voluntários de Aveiro
- Novos, de Ílhavo e de Vagos,
Autoridade Marítima, Autoridade Nacional de Proteção Civil,
Polícia de Segurança Pública e
Administração do Porto de Aveiro.
29
FEVEREIRO 2015
MONTIJO
Fotos: Sérgio Santos
Distinção para o segundo comandante
O
segundo comandante dos Bombeiros Voluntários do Montijo, Américo José da Silva Moreira, foi distinguido com o crachá de ouro da Liga
dos Bombeiros Portugueses (LBP), por proposta
da Associação. A entrega da distinção foi feita
pelo presidente da Câmara Municipal do Montijo,
Nuno Canta, a convite do representante da LBP
presente, Rui Rama da Silva, no decorrer da sessão solene comemorativa do 106.º aniversário da
instituição.
Américo Moreira é bombeiro há 37 anos, tendo
feito a progressão na carreira de bombeiro em
todos os postos, aspirante (1973/1974), bombeiro de 3.ª (1974/1975), bombeiro de 2.ª
(1975/1989), bombeiro de 1.ª (1989/1991) e
subchefe (1991/1992). Em 1992 passou a integrar o quadro de comando como adjunto, como
segundo comandante entre 99 e 2002 e, a partir
de 2011, como comandante em substituição.
Durante a sessão solene procedeu-se à promoção a subchefe do bombeiro de 1.ª Luís António
Margarida Rua, e passaram a bombeiros de 3.ª
os estagiários, Maria Laginha Carretas Pires, Sandra Carla Machado Cordeiro, Cristela Monteiro
Claro dos Santos e Ana Filipa Almeida Moreira.
Com a medalha de assiduidade de 20 anos da
LBP foram distinguidos, os bombeiros de 1.ª, Natalina José Viegas Amado e Nuno Ricardo Queluz,
e o bombeiro de 2.ª João Nuno Faustino. A medalha de 10 anos foi atribuída ao bombeiro de 2.ª.
Filipe Alexandre Cardita e aos bombeiros de 3.ª,
Paulo José Borges e Ruben Almas.
Por fim, a medalha de assiduidade de 5 anos
foi entregue aos bombeiros de 3.ª David Monteiro, Ricardo Oliveira, Catarina Pimenta e André
Ramalho, e à estagiária Maria Laginha Carretas
Pires.
Na oportunidade, Os Bombeiros do Montijo
prestaram homenagem à benemérita Fátima
Lima e distinguiram diversos particulares e entidades, incluindo a LBP, com lembranças.
A cerimónia contou também com as presenças
do comandante Vitor Laginha, da comandante
distrital de Setúbal da ANPC, Patrícia Gaspar, do
vice-presidente da Federação de Bombeiros do
Distrito de Setúbal, João Ludovico, do presidente
da assembleia-geral da Reviver Mais, Lourenço
Baptista, do ex-presidente da mesa dos congressos da LBP, Duarte Caldeira, dos presidentes da
assembleia-geral e da direção da associação, Luís
Graça e Rui Pimenta.
SINES
Escola assinala 2.º aniversário
A
Escola de Infantes e Cadetes dos Voluntários de Sines assinalou no dia 7 de janeiro o 2.º aniversário, um dia especial, dedicado aos bombeiros mais novos.
Os festejos tiveram início com o tradicional hastear da bandeira no quartel-sede
dos Bombeiros Voluntários de Sines, seguido do desfile da Escola de Cadetes e Infantes pela principal artéria da cidade, acompanhada pela fanfarra da instituição.
Os festejos prosseguiram com um lanche convívio seguido de um simulacro de
desencarceramento e incêndio numa viatura, que permitiu aos pupilos colocar em
prática alguns dos seus conhecimentos.
Terminados os trabalhos, os pequenos assistiram a um filme evocativo dos dois anos
da escola e os elementos que se destacaram neste percurso foram distinguidos
com diplomas.
O programa prosseguiu com um almoço
convívio, com a contribuição dos país dos
pequenos bombeiros, seguido de uma tarde
de muita música, karaoke e atividades várias.
Registe-se que a Escola de Infantes e Cadetes conta, atualmente, com cerca de 50
elementos, que reúnem todas os sábados à
tarde, no quartel dos Bombeiros Voluntários de Sines.
BRASFEMES
A
academia da Associação
Humanitária de Bombeiros
Voluntários de Brasfemes foi
distinguida no passado dia 27
de janeiro, em Lisboa, com o
Prémio de Inovação Social
2014 (Mãos Dadas – comunidade e solidariedade).
Esta distinção da Associação
Portuguesa de Criatividade e
Inovação (APGICO) visa pre-
Academia de jovens recebe prémio
miar iniciativas com relevância
atual, em termos de inovação
social, sustentabilidade e envolvimento da comunidade
sendo o projeto da “Academia
de Bombeiros” um dos premiados numa cerimónia em
que esteve presente o adjunto
de comando Horário Ferreira e
a responsável pelo projeto, a
bombeira Tânia Sequeira.
Em 2007 os Bombeiros Voluntários de Brasfemes deram
início a este projeto que ao
longo de oito anos veio formando homens e mulheres
solidários e de caráter, tendo
sido desde então uma “lufada
de ar fresco” no voluntariado
do corpo de bombeiros, como
salienta o comandante Acácio
Monteiro.
O responsável operacional
orgulha-se da equipa que “trabalha de uma forma dedicada,
honesta e competente” com
objetivos de acompanhar e
orientar os jovens cadetes e
infantes a assegurarem um futuro promissor tanto na associação como no seio da comunidade.
Sérgio Santos
TORRES NOVAS
N
o passado dia 13 de janeiro, a turma do 12.º ano da disciplina de
Multimédia B da Escola Maria Lamas de
Torres Novas, passou parte do dia no
quartel dos Bombeiros Voluntários Torrejanos.
A visita teve como objetivo dar a conhecer aos alunos algumas das áreas
em que os bombeiros são chamados a
intervir, tendo tido a oportunidade de
experimentar algumas dessas tarefas.
Nesse sentido, efetuaram a subida ao
3.º andar pela auto escada e foram
evacuados do edifício com recurso a
equipamento de grande ângulo.
Noutra dos cenários criados para o
Estudantes de artes nos bombeiros
efeito, executaram a estabilização de
um veiculo e efetuaram algumas manobras de desencarceramento. Outra
das áreas em que foram envolvidos, foi
na estabilização e imobilização de uma
vítima de queda,. Aqui fizeram de socorrista mas também de vítima. Depois, foram transportados pelas ruas
da cidade tomando conhecimento da
realidade dentro de uma célula sanitária.
A visita inseriu-se no trabalho que
tem a ser desenvolvido pelos bombeiros na captação de novos jovens.
Após a visita, a turma do 12.º ano
de Artes aceitou pela primeira vez uma
“encomenda” de um cliente real para a
elaboração de um cartaz publicitário
apelativo ao ingresso dos jovens nas
fileiras dos bombeiros. Até agora, nos
termos curriculares, só tinham realizado trabalhos, cartazes, vídeos e design
gráfico, mas para clientes fictícios.
“Será muito gratificante e aliciante
para os alunos fazerem o cartaz, panfletos e talvez um pequeno filme publicitário com este caso real e no qual
participaram realmente, dando a conhecer o trabalho realizado pelos bombeiros”, como disse no final a professora Cristina Nascimento, que acompanhou a turma durante a visita.
30
FEVEREIRO 2015
CANTANHEDE
D
ecorrer de 27 de fevereiro e
31 de março, no edifício da
Junta de Freguesia da Sanguinheira, um curso de noções básicas de socorrismo, promovido
pela Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de Cantanhede (AHBVC).
Esta é a 16.ª edição de uma
formação que visa dotar o cidadão comum de conhecimentos
A
Sara Carneiro, bombeira
nos Voluntários de Peso da
Régua, e o Alexandre Coelho,
bombeiro nos Voluntários de
Vila Real – Cruz Verde, “aceitaram concretizar a prova de fogo
tão esperada e desejada” ao
dar o nó no passado dia 10 de
janeiro na igreja matriz do Peso
da Régua. Ali juntaram amigos,
familiares e até o Grupo Coral
dos Bombeiros Voluntários da
Cruz Verde “que puderam prestigiar os noivos com os seus
cânticos e simpatia”, conforme
descreve uma amiga de ambos, Eliana Medeiros.
Segundo a Eliana, “tudo começou quando a noiva chegou
trazida numa viatura de bombeiros, onde surgiu deslumbrante com o seu vestido em
tons de pérola e vermelho
(símbolo do fogo e do amor que
os une)”. A cerimónia religiosa
seria também assinalada no
início com a entrada das damas
de honor com símbolos marcantes, uma Bíblia, uma pom-
teóricos e práticos de socorrismo, “para que todos possam ser
prestadores de primeiros socorros, elos do Sistema Integrado
de Emergência Médica”.
Dos conteúdos lecionados destaque para matérias como: “assistência à vítima: abordagem ao
acidente/sinistro”; “alterações
do conhecimento: alcoolismo
agudo, convulsões, epilepsia, li-
potímia, síncope, hipoglicémia”;
“Dores pré-cordiais”, “Hemorragias, intoxicações, queimaduras,
feridas e afogamentos”; “Lesões
músculo-esqueléticas”; “Traumatismos”; “Reanimação cardio-respiratória” e “Primeiros Socorros Psicológicos”.
A formação será ministrada
pela equipa de formadores voluntários do Gabinete de Saúde
da AHBVC, composta por médicos, enfermeiros e bombeiros.
O curso tem a duração total de
20 horas e desenvolve-se em
sessões de duas horas e meia,
em horário pós-laboral.
Podem inscrever-se, nos serviços da Junta de Freguesia de
Sanguinheira, todos os interessados com mais de 17 anos de
idade e sem formação na área.
PESO DA RÉGUA
CARCAVELOS
Bombeiros em “prova de fogo”
Venda de garagem
a favor da fanfarra
ba, o chapéu do uniforme número um de bombeiro e um
machado.
Terminada a cerimónia, a saída da igreja, os noivos foram
surpreendidos com a presença
de duas alas feitos por bombeiros dos Voluntários da Cruz Ver-
CANTANHEDE
Caça Sabores
já tem data marcada
E
Formação comunitária
stá agendada para o próximo dia 14 de março, a quarta edição
do Caça Sabores/Festival Gastronómico de Caça, iniciativa a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede,
em estreita colaboração com os caçadores do concelho.
Pela mesa vão passar as mais variadas peças de caça de várias
zonas do país.
No certame serão servidas diversas aves selvagens, bem como
coelho, lebre, javali e gamo. Esta será, portanto, uma oportunidade a não perder para os apreciadores deste tipo de carne que é,
aliás, conhecida pelos seus benefícios para a saúde, devido ao baixo teor de gordura.
A confeção dos pratos a serem apresentados está, mais uma
vez, a cargo de voluntários e de restaurantes locais.
Esta iniciativa visa angariar fundos para os Bombeiros Voluntários de Cantanhede, que assim apelam ao apoio de todos os caçadores da região, para que apoiem esta causa, doeando peças de
caça para jantar.
Os donativos devem ser entregues no quartel.
de, muito arroz e pétalas pelo
ar e a pomba a iniciar o voo.
Depois, foi a foto de grupo e a
partida de todos para o copo de
água onde todas as mesas estavam designadas simbolicamente por “mesa do capacete
florestal”, “mesa das divisas”,
“mesa dos aparelhos de primeiros socorros”, e outras. Até o
corte do bolo foi feito por um
machado de bombeiro.
Agradecemos a colaboração
dada pela Eliana Medeiros e desejamos as maiores felicidades
à Sara e ao Alexandre.
A
Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Carcavelos e São Domingos de Rana vai promover no próximo dia 28
uma venda de garagem cujas receitas reverterão para a aquisição
de equipamento para a fanfarra.
Essa é uma das informações insertas no último número da sua
newsletter onde se incluem, também, as estatísticas de serviços
prestados pelo corpo de bombeiros em janeiro último, as regalias
para os associados e a convocatória para a próxima assembleia-geral da instituição.
ANIVERSÁRIOS
1 de março
Bombeiros Voluntários de Angra do Heroísmo . . . . . . . . . . . 93
Bombeiros Voluntários de Samora Correia . . . . . . . . . . . . . 40
Bombeiros Voluntários de Vila de Rei . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
2 de março
Bombeiros Voluntários de Castro de Aire . . . . . . . . . . . . . . 137
Bombeiros Voluntários de Ponte da Barca . . . . . . . . . . . . . 80
3 de março
Bombeiros Voluntários de Tabuaço . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
Bombeiros Voluntários do Beato . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
4 de março
Bombeiros Voluntários de Belmonte . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
5 de março
Bombeiros Voluntários de Cerva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
6 de março
Bombeiros Municipais de Alpiarça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
7 de março
Bombeiros Voluntários de Alvaiázere . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
8 de março
Bombeiros Voluntários de São Bartolomeu de Messines . . . . 38
Bombeiros Voluntários de Canha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
9 de março
Bombeiros Voluntários de Colares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125
Bombeiros Voluntários de Fontes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
11 de março
Bombeiros Municipais da Figueira da Foz . . . . . . . . . . . . . . 150
Bombeiros Voluntários do Dafundo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103
13 de março
Bombeiros Sapadores de Coimbra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 234
15 de março
Bombeiros Voluntários de Moscavide e Portela . . . . . . . . . . 88
Bombeiros Voluntários de Mesão Frio . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
Bombeiros Voluntários de Resende . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
16 de março
Bombeiros Voluntários de Amarante . . . . . . . . . . . . . . . . . 93
Bombeiros Voluntários de Fão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Tazem . . . . . . . . . . 50
Bombeiros Voluntários de Torre Dona Chama . . . . . . . . . . . 37
17 de março
Bombeiros Voluntários da Graciosa . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
18 de março
Bombeiros Voluntários de Braga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 138
19 de março
Bombeiros Voluntários de Guimarães . . . . . . . . . . . . . . . . . 138
Bombeiros Voluntários de Monção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115
20 de março
Bombeiros Voluntários de Leixões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
21 de março
Bombeiros Municipais de Tavira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127
Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital . . . . . . . . . . 93
Bombeiros Voluntários de Melgaço . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
Bombeiros Voluntários de Oliveira do Bairro . . . . . . . . . . . . 41
22 de março
Bombeiros Municipais de Viana do Castelo . . . . . . . . . . . . . 235
23 de março
Bombeiros Voluntários de Vendas Novas . . . . . . . . . . . . . . 89
24 de março
Bombeiros Voluntários de Gonçalo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
25 de março
Bombeiros Voluntários de Barcarena . . . . . . . . . . . . . . . . . 135
Bombeiros Voluntários de Albufeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
26 de março
Bombeiros Voluntários Viseenses . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129
29 de março
Bombeiros Voluntários de Aguda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
Bombeiros Privativos Toyota Caetano . . . . . . . . . . . . . . . . 31
30 de março
Bombeiros Voluntários de Mafra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
Bombeiros Voluntários de Montelavar . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Fonte: Base de Dados LBP
31
FEVEREIRO 2015
ALBUFEIRA
Donativos chegam ao quartel
O
Grupo MGM Muthu
Hotels, entregou à
Associação Humanitária
dos Bombeiros Voluntários um cheque no valor
de 11 223.euros, resultante de uma campanha
que consistiu em adicionar 1 euro à conta de
cada cliente, aquando
do “check out” da unidade. Esta ação que decorre desde 2007, tem gerado receitas importantes para
a manutenção, renovação e
modernização de equipamentos.
O montante foi entregue no
decorrer de uma cerimónia que
reuniu, junto ao Hotel Clube
Praia da Oura, Monicca Maran,
diretora corporativa do MGM
Muthu Hotels, Nuno Jorge, diretor Financeiro do grupo, António Coelho, comandante dos
Voluntários de Albufeira e Sónia
Santos, técnica de marketing
dos Bombeiros.
Por proposta do Supermerca-
do Iceland, os Bombeiros do
Concelho de Albufeira, marcaram presença neste estabelecimento situado no Retail Park
com o objetivo de angariar fundos para aquisição de Equipamento de Proteção Individual
para combate a incêndios.
Esta ação permitiu aos bombeiros arrecadar 223 euros, valor que permitirá adquirir um
equipamento.
Nesta onda solidária, também o departamento de informática dos Hotéis Real entregou à Associação Humanitária
dos Bombeiros Voluntários um
donativo no valor de 400 euros.
Dois membros do grupo, José
Eduardo Semedo e Adriano Pedro, foram recebidos na instituição pelo diretor Nuno Correia,
bem como pelo 2.º comandante
dos bombeiros, Rui Fernandes,
o adjunto de comando Francisco Abreu, Sónia Santos, pelo
responsável do departamento
de marketing dos bombeiros,
Gonçalo Coelho.
A verba reverterá, também,
para aquisição de equipamento
para os operacionais.
BARCELINHOS
O
Instituto de beleza
apoia bombeiros
s Bombeiros Voluntários de Barcelinhos receberam, recentemente, Instituto de Beleza Pasion, cinco equipamentos de proteção individual para incêndios.
A empresa de Barcelos, propriedade de Fernanda Cunha,
apoia deste forma a causa dos bombeiros, gesto solidário
que os Voluntários de Barcelinhos muito agradecem.
IDANHA-A-NOVA
D
em fevereiro de 1995
Oferta de EPI urbanos
ez fatos “Nomex” completos
e dez capacetes foram os
equipamentos de proteção individual para incêndios urbanos
oferecidos aos bombeiros locais
pela Associação Juvenil Social
Cultural e Recreativa de Idanha-a-Nova, uma
Instituição constituída por jovens bombeiros de Idanha-a-Nova. A este apoio associou-se
também o Núcleo de Idanha-a-Nova da Juvebombeiro através
das receitas arrecadas em 2013
com a realização do concerto
dos “Quinta do Bill”.
O objetivo da associação Juvenil é também realizar atividades de diversos géneros, com o
fim de “angariar fundos para
melhor equipar a casa mãe”, a
Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de Idanha-a-Nova.
Para os jovens envolvidos na
iniciativa, “esta oferta só foi
possível graças a todos aqueles
que contribuíram de uma forma
empenhada e voluntária, para
que os projetos se tenham realizado com sucesso”.
BUCELAS
O
Geminação reativada
acordo geminação, firmado em 1997 entre as associações humanitárias de
bombeiros voluntários de Bucelas e Tarouca foi no último
ano revitalizada pelo comando e órgãos sociais destas
instituições.
Assim, e na vertente desportiva do protocolo, seis
bombeiros atletas de Tarouca
participaram no passado dia
1 de fevereiro na terceira edição do “Trail Running Bucelas” uma prova organizada
pela “Bucelas Aventura” e
pela associação anfitriã.
Cerca de 880 atletas participaram nesta prova marcada
por muita lama, cursos de
água, percursos diversificados com distâncias de 15 e 27
quilómetros.
Os soldados da paz fazem
um balanço positivo desta iniciativa, que mereceu nota positiva dos participantes, e
permitiu consolidar esta antiga geminação.
Sérgio Santos
32
FEVEREIRO 2015
TRANSPORTE DE DOENTES
Estado assume poupança
de 26 milhões em três anos
O
Ministério da Saúde anunciou recentemente o alargamento das isenções no transporte de doentes. Segundo as
novas regras, este serviço será
suportado pelo Estado para os
utentes com “paralisia cerebral
e situações neurológicas, que
resultem em limitação motora”.
“Para os doentes transplantados e insuficientes renais crónicos, que realizem diálise peritoneal ou hemodiálise domiciliária, o Serviço Nacional de Saúde passa igualmente a
assegurar os encargos de trans-
portes, independentemente do
número de deslocações mensais”, lê-se num documento divulgado pelo ministério de Paulo Macedo.
O transporte de doentes não
urgentes custou ao Estado em
2014 cerca de 56 milhões de
euros e programa orçamental
da saúde para este ano prevê
uma redução para 53 milhões.
Como será então possível então alargar as isenções com
menos três milhões no orçamento?
Confrontada com esta reali-
LOUVOR/REPREENSÃO
A todos os dirigentes associativos que com o
apoio dos comandos e dos bombeiros, a exemplo dos Voluntários de Vila Meã, têm desenvolvido um esforço notável para a sustentabilidade
e saneamento das contas das suas instituições.
A todas as entidades, oficiais e outras, que
com o atraso sistemático no pagamento às associações e corpos de bombeiros pelos serviços
prestados põem em causa o normal funcionamento delas e a capacidade de resposta para o
socorro.
dade, a Administração Central
dos Sistemas de Saúde (ACSS)
refere ao “Bombeiros de Portugal” que o Orçamento de Estado para 2015 foi feito com base
na “previsão” elaborada pelo
Governo e, em função das alterações que vierem a ser registadas, serão “efetuados os
ajustes necessários”. Nas respostas enviadas à nossa redação, a ACSS assume que, perante o alargamento das isenções, o impacto previsto será
de um “reforço orçamental e
não o contrário”, o que se traduzirá num aumento de serviços prestados”. Ainda segundo
a ACSS o novo regime de transporte de doentes não urgentes
em vigor desde 2011, aplicável
aos utentes do SNS que não sejam beneficiários de um subsistema de saúde, permitiu a implementação de uma “harmonização de procedimentos” a nível nacional e o exercício de um
“controlo mais eficaz” sobre os
diversos serviços prestados aos
utentes do SNS.
Segundo os dados disponibilizados pela ACSS ao “Bombeiros de Portugal”, verifica-se um
decréscimo acentuado nos valores gastos pelo Estado neste
tipo de serviço. Em 2011, o
transporte de doentes não ur-
A Crónica
do bombeiro Manel
A
migos, quantas vezes na nossa
vida, em especial vida de bombeiros, nos vemos na necessidade de
nos safarmos por nós próprios.
Quando estamos num teatro de operações com quem é que contamos?
Contamos com os companheiros
com quem estamos e com quem temos que resolver o que for necessário para levar a água ao moinho e
resolver a situação, seja um fogo florestal que temos que atalhar ali, um
incêndio urbano numa casa onde temos que entrar em busca de alguém,
uma operação de salvamento em
grande ângulo onde a missão de
cada um faz depender a segurança
de todos e o êxito da mesma, uma
ação de desencarceramento onde o
espírito de equipa é fundamental.
gentes custou ao País 122,6 milhões de euros. Dados provisórios de 2014, referem-se a um
gasto de 95,4 milhões. Feitas as
contas, em três anos, a poupança ronda os 26 milhões de
euros.
Patrícia Cerdeira
Custos com transportes de
doentes não urgentes
em MEUR
2011
122,6
2012
100,0
2013
98,8
2014 (provisório)
95,4
Safar por nós próprios
Se formos a ver, em tudo o que
fazemos o sucesso da intervenção
depende do saber fazer e, acima disso, saber fazer em conjunto.
Quando entramos nos bombeiros
essa é uma das regras básicas. Isto
não é para artistas mas para gente
que sabe o que quer e sabe fazê-lo
em conjunto.
E quando se trata de fazer um cortejo de oferendas, como aqui temos
feito, ou fazer outras coisas que no
fundo acabam por ter o mesmo sentido, ou seja, obter apoios para comprar equipamentos, viaturas ou outras coisas importantes para a nossa
missão, aí está novamente a importância de fazer tudo isso em grupo.
Quando cá chegou a primeira ambulância foi uma festa. O que suá-
mos a pedir de porta em porta nas
aldeias para a conseguir. E conseguimos. Depois vieram outras viaturas
para as quais também tivemos que
lutar. Há anos os governos civis iam
dando algumas ajudas, os benfeitores também, a Gulbenkian chegou a
dar ambulâncias e o Estado, quando
havia só duas inspeções, Norte e Sul,
também dava qualquer coisa. Mas o
esforço principal ficava sempre para
nós.
Depois veio o SNA e a seguir o
INEM, que foram distribuindo ambulâncias por algumas associações. E o
então SNB entregava também ambulâncias a quem não recebia do
INEM. Aconteceu muitas vezes e até
ainda cá temos uma dessas ambulâncias vermelhas. Depois deixaram
de entregar. Foram-se os planos de
re-equipamentos, como na altura
lhes ouvi chamar, veio o SNBPC e a
ANPC e mais próximo o QREN. Mas
ambulâncias para quem não recebida do INEM nada. Ouvi dizer que o
QREN não aceitava candidaturas
para ambulâncias e até acredito que
seja assim. Então que se arranje outra solução. O INEM diz que agora a
principal ideia é haver um PEM em
cada concelho e ainda não há. Por
isso, a esperança de outras associações conseguirem ambulâncias vai
ser menor. Nós até conseguimos
agora mais uma cá para a associação
mas para a conseguir tivemos que
voltar á fórmula do passado, ou seja,
de casa em casa, de aldeia em aldeia. Não me importei de o fazer
mas pensei sempre que não seria
necessário voltar a isso. Também
nisto temos que nos safar por nós
próprios.
[email protected]
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