Jornal "Bombeiros de Portugal" – Edição 341 – fevereiro 2015
Transcrição
Jornal "Bombeiros de Portugal" – Edição 341 – fevereiro 2015
Presidente da LBP lança desafios ao Primeiro Ministro Página 25 Foto: Marques Valentim Foto: Sérgio Santos Fevereiro de 2 0 1 5 E dição : 341 A no : XXXII 1,25€ D irector : R ui R ama da S ilva SOCORRO NA NEVE Página 17 1ª. reunião do Conselho Executivo da LBP Página 7 Transporte de doentes Estado retirou 26 milhões em 3 anos Página 32 2 FEVEREIRO 2015 E depois vêm os seus alertas para a acumulação de macas das ambulâncias por manifesto aumento da procura e a sua indisponibilidade para acorrer a novos pedidos de socorro. Mas os bombeiros também bem sabem, e têm alertado, para um outro cenário recorrente que indicia problemas sociais graves. No cenário, em certos picos a tocar o dantesco, criado pelo recurso massivo aos serviços de urgências por aqueles que, sem dúvida, deles necessitam, surge um outro cenário igualmente preocupante que faz abrir a cortina sobre fenómenos mais comuns do que, à primeira vista, se possa parecer. Falo das pessoas, na esmagadora maioria dos casos idosos, que também acorrem às urgências para simplesmente terem com quem falar, para verem gente e poderem desabafar com quem ali também esteja. Esta é a outra realidade com que os bombeiros se têm confrontado cada vez mais e que compagina, sem nenhuma margem para dúvida, a doença da solidão. Arrepia pensar que, não sendo as urgências dos hospi- tais o local mais indicado para o convívio numa lógica de senso comum, contudo, é precisamente para ali que há gente que se dirige na ânsia de ver outra gente, de ter companhia e de sentir aconchego. Este é o outro lado dramático das urgências dos hospitais e dos centros de saúde que traduzem outras doenças, estritamente sociais, muito graves mas com pouca visibilidade, e que não podem passar despercebidas nem ficar sem resposta. Como agora, porventura, nunca houve tantas respostas sociais mas, como agora também, nunca houve um crescimento dos problemas, tão grande, tão diversificado e tão envergonhado, com todo o grau de complexidade associado, quer no despiste, quer no tratamento. Os bombeiros também procuram responder a isso de diferentes formas. Não só na prestação do socorro, nestas situações mais socorro social que físico, mas também no transporte programado de doentes, os bombeiros demonstram que têm uma alma grande e que se preocupam com o bem-estar e o apoio Foto: Lusa H á fenómenos dos tempos modernos que arrepiam e com os quais os bombeiros diariamente se vêem confrontados. É comum na opinião pública pensar-se que, por princípio, as pessoas só acorrem às urgências hospitalares em situação de manifesta aflição, mesmo que, como muito se tem dito e escrito, a propósito, nos últimos tempos, à aflição de cada um se associe também a aflição de muitas outras pessoas pelas muitas horas de espera a que estão obrigadas até serem atendidas depois da triagem. Associadas ao tempo de espera, ou não, ou a qualquer outro motivo que não cabe aqui abordar, têm-se registado um conjunto de mortes ocorridas nas urgências, que lamentavelmente compõem ainda mais o cenário de sofrimento traçado por quem trabalha e frequenta as unidades hospitalares mais referenciadas pela falta de resposta atempada. Esta é uma realidade com que os bombeiros convivem habitualmente sempre que surgem picos de procura, seja no período da gripe ou outros. O ”bem-estar” das urgências àqueles que regularmente conduzem para tratamentos, para exames e tantas outras situações. Quantas vezes os bombeiros são o ombro amigo onde se desabafa, onde se busca apoio e conforto humano que nem a sociedade nem às vezes as próprias famílias garantem. Quantas vezes são os bombeiros a apoiar nas burocracias próprias dos hospitais e com as quais os doentes não estão familiarizados ou com estado de espírito ou discernimento para as cumprir. Os técnicos de saúde, os médicos, mas também os bombeiros, poderão testemunhar a vivência de muitas dessas situações no meio hospitalar. Todos sabemos que desumanamente há muitas pessoas a ocupar camas hospitalares apenas por não terem para onde ir ou não terem quem cuide delas. Mas há outras pessoas que nem chegam aos hospitais. Os bombeiros sabem-no bem. E vejam com quantas situações eles se debatem no dia-a-dia, em que fica evidente que, muitas vezes, o pretenso pedido de socorro se fica a dever apenas à doença do século, a solidão. São os próprios, na esmagadora maioria idosos, que reconhecem perante os bombeiros que é essa a sua doença. E os bombeiros nunca ficam indiferentes a eles, mesmo que a sociedade, muitas vezes, passe ao lado. Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia qualificar a missão dos bombeiros, com ganhos óbvios para as populações. Em Vila de Rei, como, felizmente, noutros concelhos do País, os apoios financeiros concedidos aos bombeiros são complementados ou reforça- dos, com a valorização e o reconhecimento dos homens e mulheres que, norteados pelo lema “vida por vida”, assumem as mais complexas e duras missões, arriscando tudo em prol seu semelhante. Sofia Ribeiro JORNAL@LBP Exemplo que importa replicar o final da passada semana, uma equipa de jornal Bombeiros de Portugal esteve em Vila de Rei, com o intuito dar a conhecer, em próxima edição, os bombeiros locais. A simpática receção, merecedora dos maiores agradecimentos, foi complementada com um périplo por aquele concelho do distrito de Castelo Branco, com paragem no centro Geodésico de Portugal, onde, acolhidos por um cativante cicerone, os forasteiros se deixaram levar numa visita virtual ao município de Vila de Rei, tendo como cenário a Serra da Milriça, emoldurada numa paisagem de sonho. As surpresas não terminaram e de regresso à vila, presidente e comandante dos Voluntários de Vila de Rei deram a conhecer o Museu do Fogo e da Resina, um equipamento cultural onde fica claro a importância que o município reconhece aos bombeiros. Inaugurado em 2013, este é um espaço sem grandes pretensões, mas que surpreende o visitante nomeadamente na ala dedicada aos soldados da paz, Fotos: Marques Valentim N onde objetos vários, fotografias e um pequeno mas elucidativo filme dão conta na missão cumprida com rigor e excelência pelos voluntários do concelho. Este reconhecimento contrasta com o tratamento displicente que muitas autarquias dispensam ao “braço armado” da Proteção Civil. Há muito que os bombeiros defendem que o investimento nos corpos de bombeiros, não pode estar dependente das “sensibilidades” dos executivos camarários, exigindo regras que obriguem os municípios a assumir responsabilidades. Na verdade, também nesta matéria, em Portugal há de tudo: das câmaras que apoiam muito, às que se recusam investir um cêntimo no setor, uma injustiça identificada no projeto da nova Lei de Financiamento, mas cuja correção conta com a oposição da Associação Nacional de Municípios Portu¬gueses (ANMP) que considera a proposta “inconstitucional”, porque impõe uma contribuição mínima obrigatória para entida¬des de direito privado. E enquanto as entidades com responsabilidades no setor se travam de argumentos, muitas associações humanitárias de bombeiros voluntários de todo País, continuam, abnegadamente – algumas com penosa dificuldade –a servir a nação, socorrendo, salvando vidas. Existem exemplos de boas práticas, de parcerias bem-sucedidas, que têm permitido 3 FEVEREIRO 2015 ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS MUNICÍPIOS PORTUGUESES… Foto: Marques Valentim P odemos afirmar que, sem margem para dúvida, desde a fundação das primeiras Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários em Portugal, há mais de século e meio, nunca se encontraram mecanismos universais, justos e equitativos para satisfazer as necessidades de funcionamento e sustentabilidade dessas estruturas. Nasceram e cresceram, desde logo, fruto do entusiasmo e da abnegação dos seus fundadores, mais preocupados com o cuidar dos outros do que com as suas próprias fragilidades institucionais. Fragilidades tão grandes que, noutros domínios e noutras instituições, só por si justificariam a inatividade. Mas com os bombeiros as coisas foram e continuam a ser sempre diferentes, ou seja, não fazem depender do facto de disporem de todas as condições para garantir a qualquer hora e em qualquer circunstância a prestação do socorro. À data da fundação, todas as associações de bombeiros voluntários nasceram, desde logo, da exclusiva vontade das próprias comunidades locais, organizadas em torno da busca e das soluções para a satisfação das suas necessidades e do desenvolvimento das suas atividades ao longo de décadas. Mercê da localização, dos recursos próprios, nomeadamente da quotização garantida pelos sócios sempre simbólica mas economicamente sempre incipiente, mercê dos apoios locais, da capacidade dos seus próprios dirigentes e das forças vivas locais, assim foram crescendo e desenvolvendo-se as associações humanitárias de bombeiros. Todas elas, em comum, nasceram do nada e, com maior ou menor celeridade, conseguiram ir atingindo, esforçada e entusiasticamente, patamares de capacidade e competência que têm constituído um exemplo de eficiência e eficácia na sociedade portuguesa. Com Porquê?! maior importância quando se trata das necessidades básicas das populações ao nível do seu bem-estar e do seu próprio socorro. Ao esforço visível de cada associação, com relatos históricos verdadeiramente heroicos, contudo, durante muito tempo, os poderes constituídos não cuidaram de criar, desenvolver e generalizar os mecanismos de apoio para a satisfação dos meios considerados mínimos para a sustentabilidade das associações. Durante muitas décadas ficaram, acima de tudo, entregues a si próprios e à mercê da casuística dos poderes central e local. Para a história, sublinho, ficam provas e exemplos de como foi possível satisfazer as necessidades dos cidadãos a partir de muito pouco ou nada. Mais tarde, com a criação do SNB, por vontade expressa dos bombeiros e das suas associações, algo foi mudando. Os apoios foram surgindo de forma regular mas também o espírito e os princípios que os enformaram foram-se diluindo dos resultados prá- ticos disso, ou seja, dos montantes e da lógica da sua atribuição. Após sucessivas alterações aos apoios e à própria nomenclatura da sua entidade emissora (SNPC e depois ANPC) há 7 anos surgiu o PPC, em vigor até ao presente. Já muito se disse do PPC, sobre o caráter provisório que se eternizou e o desfasamento crescente relativamente à realidade em mudança constante das associações, apesar das atualizações que foi possível garantir entretanto. Hoje a situação é bem diferente. Estamos á beira de fazer história e, finalmente, garantir uma lei de financiamento que se adeque à realidade. Era nossa expectativa que essa Lei conseguisse traduzir na prática aquilo que a própria legislação diversa, no fundo, há muito, já consagra e obriga, ou seja, o entendimento entre a Administração Central, a Administração Local e a Sociedade para o mesmo fim. Trata-se de cumprir a lei repartindo, segundo quotas-partes, responsabilidades ao nível da garantia da sustentabilidade das associações de bombeiros voluntários. E, ainda por cima quando, apesar dos custos, sublinhe-se, falamos do Exército de bem fazer mais barato e mais competente que alguma vez houve em Portugal. A Associação Nacional de Municípios Portugueses entendeu não participar nesse processo negocial, porventura alheia ao alcance desse processo, das suas vantagens mútuas e das obrigações que há muito competem aos municípios e respetivos presidentes. Aliás, como é sabido, muitos municípios há muito que assumiram o papel de apoiar as respetivas associações de bombeiros e, estou certo, vão continuar a fazê-lo. Outros, porém, entenderam continuar a não o fazer. Os cidadãos dos seus municípios, melhor que ninguém, saberão fazer o melhor e o mais acertado juízo sobre tal atitude. Em qualquer dos casos, a Lei vai existir, não haja dúvida, e só contam aqueles que dela quiserem fazer parte. Desenvolvemos um processo negocial participado, diria até musculado, que permitiu, não só vencer claramente a inércia instalada em torno do PPC mas, melhor, partir para um novo paradigma em torno do financiamento das associações numa lógica atual, moderna e com futuro. Poderemos entender que se podia ter ido mais longe e que o apoio do Governo poderia ser maior. Estou crente que, por ora e nas atuais circunstâncias, fomos até onde foi possível, mesmo que a nossa insatisfação possa manter-se. Continuaremos a contar com os municípios responsáveis, com os benfeitores, com os associados e com a comunidade em geral. A História não deixará de registar, de testemunhar e de fazer justiça a quem quis ou não fazer parte do processo. Os Bombeiros continuarão sempre prontos a lutar por mais e melhores condições. Não o pedem para eles. Pedem, sempre, mas para os outros. 4 FEVEREIRO 2015 AVEIRO “A to de todas as outras cujo papel devo também realçar”, defendeu o comandante Marta Soares sublinhando que, “não obstante a essência, a grande força dos bombeiros assentar essencialmente nas associações e corpos de bombeiros cabe também às federações um papel muito importante como a plataforma mais próxima para em articulação com a LBP pugnar pelas necessidades dos bombeiros e dos cidadãos”. É com base nessas mudanças e nas novas exigências que o presidente da LBP defende “o reforço do papel e da ação das federações” garantindo a sua auscultação cada maior, na articulação e concertação em torno dos temas mais importantes e mais candentes que se apresentam aos bombeiros. Na mesa que presidiu à sessão, além do presidente da LBP, estiveram presentes, o presidente da Câmara Municipal de Aveiro, Ribau Esteves, o presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), Francisco Grave Pereira, do presidente da Escola Nacional de Bombeiros, José Ferreira, e o diretor nacio- nal de bombeiros da ANPC, Pedro Lopes. A comemoração do 50º aniversário da Federação de Bombeiros de Aveiro ficou marcada por um desfile apeado e motorizado de todas as associações e corpos de bombeiros seus associados e a sessão solene durante a qual se procedeu ao descerramento das fotos de todos os dirigentes e comandantes que durante meio século asseguraram a presidência daquela estrutura. Assim, no salão da Federação passam a figurar as fotos, do comandante Adelino Lopes Ferreira de Almeida, David Cristo, Alberto Branco Lopes, Faria Gomes, José Valente de Pinho Leão, comandante António Machado, comandante Ramiro Alegria, Mário Saraiva, comandante António Castro, comandante António Valente e comandante Gomes da Costa. Recorde-se que recentemente decorreram na Federação de Aveiro as eleições para os órgãos sociais do triénio 2015/2017. As presidências dos três órgãos passam a ser asseguradas pelo comandante Gomes da Costa (assembleia-geral), Paulo Marco Costa Braga (direção) e Rogério Vieira da Silva (conselho fiscal). Foto: Sérgio Santos s exigências do futuro são cada vez mais, mas os bombeiros portugueses estão preparados para as enfrentar e nada lhes meterá medo” afirmou o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), comandante Jaime Marta Soares, na sessão comemorativa do 50.º aniversário da Federação de Bombeiros do Distrito de Aveiro, a mais antiga do país. “Vão haver mudanças, vão haver novos paradigmas mas nós temos que estar preparados para eles e temos que os saber enfrentar”, alertou o presidente da LBP afirmando que “os bombeiros portugueses sabem de onde vêm, onde estão, para onde vão e, acima de tudo sabem aquilo que representam na sociedade portuguesa” e que, perante os poderes constituídos, “saberão sempre responder com lealdade, com disponibilidade mas assumindo sempre a sua autonomia, a sua força e a sua independência perante quem quer que seja”. “A Federação de Aveiro foi e é uma federação bem organizada, um ponto de referência, um farol de grande relevância no conjun- Foto: Sérgio Santos Presidente da LBP defende reforço das federações CASTELO BRANCO D otar aquela estrutura de uma nova sede é um dos objetivos traçados pelos novos órgãos sociais da Federação dos Bombeiros de Castelo Branco cuja posse decorreu recentemente. O comandante José Neves, dos Voluntários de Castelo Branco, sucede ao comandante José Mariano na liderança da direção federativa, assumindo o compromisso de dar continuidade à obra encetada. O recrutamento de novos bombeiros e a formação dos operacionais são outros objetivos traçados. A presidência da assembleia-geral continua a ser assegurada por Dâmaso Rito acompanhado pelo vice, Manuel Milheiros Joaquim, pelo primeiro secretário António Filipe Gonçalves, pelo segundo secre- Nova sede é objetivo tário Emídio Mora e, como suplentes, Fernando Farinha e António Luís. Na direção, além do presidente, José Neves, foram eleitos: o vice-presidente José Ma- nuel Alves, o secretário administrativo Paulo Mariano, o secretário técnico João António Costa, o tesoureiro Fernando Mendes, os primeiro e segundo vogais, Joaquim Fonseca e Hugo Martins, e os suplentes Vitor Nunes e Albino Gaspar. No conselho fiscal, a presidência foi assumida por Joaquim Matias, acompanhado pelo vice José Marques, o se- cretário relator Porfírio Saraiva e os suplentes António Rodrigues e José Araújo Marques. Para conselheiros nacionais da Liga dos Bombeiros Portugueses em representação da Federação foram eleitos Alexandre Silva e João Carlos Serras. Para integrar o Conselho Nacional Operacional da LBP foi eleito António Manuel Leitão. 5 FEVEREIRO 2015 LISBOA “N Fotos: Marques Valentim Lei de Financiamento segue para o Parlamento ão trocamos a estabilidade dos bombeiros por uma polémica política. A nova Lei de Financiamento segue em breve para o Parlamento onde será alvo de um debate alargado”, declarou João Almeida, o secretário de Estado da Administração Interna instado a fazer um ponto de situação sobre as negociações da futura legislação. O repto foi lançado por António Carvalho no discurso de posse como presidente re-eleito da Federação dos Bombeiros do Distrito de Lisboa (FBDL) para o triénio 2015/2017. A cerimónia decorreu nos Bombeiros Voluntários de Sintra, na passada quinta-feira, 25 de fevereiro. Nela, perante uma sala cheia de dirigentes e operacionais, António Carvalho referiu que a posição da Associação Nacional de Municípios Portugueses, que já fez saber que não aceita a proposta do Governo, foi recebida como um KO, numa imagem de dureza asso- ciado ao Box. Alertando para os efeitos desta posição, o dirigente acrescentou ainda à sua lista de preocupações o “silêncio” do presidente do INEM com quem “não consegue” reunir, e ainda o processo de aquisição de Equipamentos de Proteção Individual que até ao momento, e passado um ano, ainda não teve qualquer impacto nos bombeiros do distrito, denunciou. Antes mesmo das palavras do secretário de Estado, Jaime Marta Soares lamentou a posição da ANMP rejeitando que tenha sido imposta aos municípios qualquer proposta “inconstitucional” no decorrer das negociações. “Tal como acontece com o poder central, os bombeiros precisam de saber com o que contam. Não podemos continuar a viver de esmolas num cenário em que há câmaras que dão muito aos bombeiros, como é exemplo a autarquia de Sintra, e outras nada dão”, referiu o dirigente. Basílio Horta, o presidente da câmara de Sintra, lembrou no seu discurso que o seu município dá anualmente aos bombeiros do concelho cerca de um milhão e 600 mil euros, sublinhando no entanto que entende a posição da ANMP nesta matéria. “Consideramos que esta é mais uma intromissão na autonomia dos municípios. Tudo isto tem a ver com o afastamento que o Governo tem em relação às autarquias. Mais grave, o deficiente entendimento que o Governo tem das matérias constitucionais”, referiu o autarca eleito pelo PS. João Almeida, o secretário de Estado da Administração Interna assumiu que estava “insatisfeito” com este processo, admitindo que o Governo queria ir mais longe. Segundo o governante, o ministério vai apresentar o novo modelo de financiamento na forma de proposta de lei, com a esperança de que em sede de discussão parlamentar se possa agora chegar a um consenso. MADEIRA R Eleitos tomam posse ocha da Silva tomou mais uma vez posse da presidência da Federação de Bombeiros da Região Autónoma da Madeira em cerimónia que contou com a presença do presidente do conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), comandante Jaime Marta Soares. Acompanham Rocha da Silva nos órgãos federativos eleitos, Manuel Baeta, como presidente da assembleia-geral, e Gabriel Drumond, presidente do conselho fiscal. Na cerimónia de posse, realizada no auditório do Instituto de Segurança Social da Madeira, Rocha da Silva insurgiu-se contra a “secundarização” dos bombeiros perante o aparecimento de outras estruturas pertencentes, nomeadamente, a forças militarizadas envolvidas em missões de socorro. Sublinhou, a propósito, que “os bombeiros não devem ficar como a infantaria rasa de um sistema em que há uma cavalaria, que é a elite”. A Federação dos Bombeiros do Distrito de Lisboa congrega 56 associações humanitárias e corpos de bombeiros, tendo nos seus quadros mais de oito mil bombeiros voluntários. Para o triénio de 2015/2017, acompanham o comandante António Carvalho, 21 elementos, entre dirigentes e operacionais das associações. A assembleia-geral continua a ser presidida por José Bento Marques, tendo, como vice, Luis Miguel Batista, como secretário, Eugénio Marques, como secretário-adjunto, Alberto Fernandes, e vogal, Jorge Vicente. Acompanham o comandante António Carvalho, na direção, Pedro Araújo, António Gualdino, Rui Silva e Manuel Varela (vice-presidentes), e os vogais, Pedro Ernesto, Carlos Fernandes, Rodolfo Batista e Carlos Pereira. O conselho fiscal, presidido por Simenta Mordido, é ainda composto pelo vice, Pedro Lima, pelo secretário, Paulo Santos, pelo relator, Miguel Oliveira, e pelo vogal Luís Filipe Silva. Como conselheiros nacionais da LBP foram eleitos Moreira Vicente e Pedro Araújo e, como conselheiro do conselho nacional operacional da LBP, Pedro Ernesto. 6 FEVEREIRO 2015 NOS 150 ANOS “DIÁRIO DE NOTÍCIAS” Recordando a II Grande Parada dos Bombeiros Portugueses Pesquisa/Texto: Luís Miguel Baptista H á momentos da vida do país e do seu sistema social que são de todo indissociáveis da história dos bombeiros portugueses. Os 150 anos do jornal “Diário de Notícias”, cujas comemorações decorrem até 30 de Maio, assim exemplificam. Na verdade, o mais antigo jornal generalista de Portugal soube sempre estar ao lado dos vulgarmente designados “sol- dados da paz”, pugnando pela melhoria e dignificação dos seus serviços. Um dos exemplos mais marcantes, a par do ex-Prémio Bombeiro do Ano, instituído em 1982 (abordado na edição de Dezembro 2013, do “BP”), vê-se consubstanciado na organização da II Grande Parada dos Bombeiros Portugueses, ocorrida em Lisboa, no dia 16 de Junho de 1935, com a colaboração da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP). Inicialmente previsto para o QUELUZ Boletim assinala 93.º aniversário A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Queluz publicou nova edição do seu boletim, alusivo, em especial, à comemoração do 93.º aniversário comemorado no final do ano transacto. O boletim insere ainda uma extensa entrevista com o presidente da direcção, Ramiro Ramos, sob o título “Temos uma corporação especial e queremos ser os melhores do concelho”. Segue-se um mosaico fotográfico dos principais momento do aniversário, uma entrevista ao comandante Joaquim Santos e um extenso conjunto de agradecimento a 34 empresas de Queluz, Massamá e Monte Abraão que, por diversas formas, contribuíram e apoiaram a comemoração do referido aniversário. dia 18 de Agosto, por ocasião da celebração do Dia do Bombeiro, o evento foi antecipado a fim da sua integração no programa das Festas da Cidade daquele ano. Representações de bombeiros de todo o país rumaram a Lisboa, para tomar parte no desfile apeado e motorizado. O número de participantes saldou-se num verdadeiro êxito: 2488 homens e 114 viaturas (15 carros de pessoal, 110 carros de combate, 2 ambulâncias e 17 auto-macas). A parada teve como pano de fundo as principais artérias da Baixa de Lisboa, sendo assistida, ao longo de todo o percurso, por enorme multidão, desperta pela vistosidade dos fardamentos e das viaturas, para além dos estandartes e das bandas de música que marcaram a cadência das garbosas e disciplinadas formações de bombeiros. Em termos organizativos, as forças motorizadas concentraram-se em Belém, na Avenida da India, dirigidas pelo comandante do então Batalhão de Sapadores Bombeiros de Lisboa, major Frederico Vilar, enquanto as forças apeadas, sob a orientação do comandante dos Bombeiros Voluntários Portuenses, major Gabriel Cardoso, reuniram entre a Praça de D. Pedro IV e a Praça dos Restauradores. Os vários corpos de bombeiros desfilaram por ordem alfabética, apresentando à frente os principais veteranos dos bombeiros portugueses, entre os quais o comandante honorário Júlio Cardoso, dos Bombeiros Voluntários de Lisboa, mais tarde patrono do Museu da LBP. Numa tribuna instalada na Avenida da Liberdade, assistiu à parada o Presidente da República, general Óscar Carmona, acompanhado do ministro do Interior, Manuel Rodrigues Júnior, e do governador civil de Lisboa, tenente-coronel João Luís de Moura, entre outras altas entidades do Estado. Os membros do Conselho Administrativo e Técnico da LBP, presentes em força, tomaram lugar de destaque, relatando, a propósito, o Boletim de Confederação, referente a Junho de 1935, que “quando seguiam da Praça dos Restauradores para o local que lhes era destinado as Corporações que se achavam ali postadas prestaram-lhes a continência, tocando os respectivos clarins”. À noite, realizou-se uma marcha luminosa, “original iniciativa cujo efeito excedeu toda a espectativa”, cita a revista “Ilustração”, de 1 de Julho de 1935, que adianta, descrevendo: “As viaturas concentraram-se às 22 horas na avenida da India e cada bombeiro recebeu uma provisão de fogo de artifício. Uma hora depois o cortejo pôs-se a caminho. Ao chegar ao Terreiro do Paço a iluminação do percurso imediato foi atenuada e principiou a queima de fogo, dos veículos em marcha. O aspecto feérico da longa fila de carros, donde jorravam fachos de luz, era deslumbrante. A todo o momento subiam no ar foguetes que se derramavam depois em lágrimas refulgentes de luz ante os olhares da multidão maravilhada.” As imagens que apresentamos, extraídas do mesmo magazine (o Arquivo Nacional Torre do Tombo dispõe de um significativo acervo fotográfico), dão ideia da grande dimensão dos eventos, os quais constituíram um marco de afirmação dos bombeiros portugueses, num momento de pujante reorganização do sector, diga-se, em bom rigor, decorrente do movimento fundacional da Liga dos Bombeiro Portugueses, despoletado cinco anos antes. Vai, pois, fazer 80 anos, a 16 de Junho, que ficou patente, segundo a imprensa, “o gráu de desenvolvimento a que o serviço de incêndios, chegou no nosso país, mercê de numerosas boas vontades”. Certamente que, ao contemplar tais palavras, os repórteres fizeram-no, também, justamente, com o pensamento na LBP, porquanto o próprio Presidente da República contactando com os seus dirigentes felicitou-a “pela bela demonstração de força, de altruismo e patriotismo, que acabava de presencear, dirigindo-lhe expressões de incitamento para a sua acção benemérita”. Parabéns ao “Diário de Notícias”, pelos seus 150 anos. E parabéns, ainda, pelo fragmento de história proporcionado, fruto de um jornalismo de causas e, como tal, sensível a factos socialmente importantes e estruturantes. Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia Site do NHPM da LBP: www.lbpmemoria.wix.com/ nucleomuseologico 7 FEVEREIRO 2015 LBP 2015/2017 Fotos: Marques Valentim Conselho Executivo reúne pela primeira vez O Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses (CE/LBP) para o triénio 2015/2017, presidido pelo comandante Jaime Marta Soares, reuniu-se pela primeira vez na sede da Confederação, em Lisboa. A reunião serviu para passar em revista os objetivos traçados para o novo mandato e fazer o ponto de situação sobre os temas candentes no universo dos bombeiros portugueses, nomeadamente, o arranque das negociações para o Cartão Social do Bombeiro, a Lei do Financiamento das Associações e as dificuldades surgidas com a posição da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), o estreitamento das relações e auscultação das federações, o calendário a cumprir em 2015 relativamente aos três Conselhos Nacionais previstos nos estatutos da LBP, a realização do Dia do Bombeiro Português e dos Concursos Nacionais de Manobras para Bombeiros e Cadetes. O CE da LBP aprovou ainda, por unanimidade, as propostas, de organograma dos departamentos e unidades orgânicas da LBP e a distribuição de pelouros pelos membros do Conselho, apresentadas pelo seu presidente, comandante Jaime Soares. REVIVER MAIS A Nova direção toma medida social “Reviver Mais”, Associação dos Operacionais e Dirigentes dos Bombeiros Portugueses, vai criar um Gabinete de Apoio Social, destinado a socorrer eventuais casos de comprovada precariedade. Tal medida, anunciada pelo presidente do recém-empossado conselho de administração executivo (CAE), Luís Miguel Baptista, por ocasião de mais um encontro trimestral da Delegação de Portalegre, ocorrido no Crato, a 7 de Fevereiro, enquadra-se na atividade do Departamento de Ação Social (DAS) da Associação e resulta da recente integração, nos órgãos sociais, em regime de voluntariado, de uma assistente social. Refira-se, a propósito, que o DAS conta, também, no seu elenco técnico, com uma psicóloga. O referido Gabinete funcionará ainda como apoio aos delegados distritais da “Reviver Mais”, cuja missão vai estar em análise numa reunião de trabalho a realizar brevemente em Coimbra, objetivada, sobretudo, pela valorização e dinamização do papel daqueles responsáveis, num contexto de proximidade da instituição face aos seus destinatários. Entretanto, realiza-se a 28 de março, na cidade de Lisboa, a primeira assembleia geral ordinária do triénio 2015-2017, a qual coincidirá com o cumprimento de um programa social, da responsabilidade do setor de Animação Sociocultural, a divulgar oportunamente, consubstanciado, entre outros aspetos, numa sessão de teatro, no Teatro Maria Vitória, onde se encontra em cena a revista à portuguesa “Tudo Isto é Fardo”. Esta iniciativa conta com a especial atenção do empresário teatral Helder Freire Costa, que se disponibilizou apoiar a causa da “Reviver Mais”, proporcionando aos respetivos sócios um benefício cultural, segundo condições vantajosas. Por sua vez, um dos principais desígnios da Associação, a construção da projetada Casa do Bombeiro, decorrente do ajustamento do CAE a uma nova metodologia de funcionamento, passou a estar sob a responsabilidade – à semelhança de um departamento específico – da vice-presidência do comandante QH tenente-coronel França de Sousa, que acumula a relação com os bombeiros do Quadro de Honra, a nível nacional. VILA MEÃ “O Passivo limpo até final do ano passivo superior a um milhão de euros, que existia quando tomámos posse, é hoje de 250 mil euros, e será liquidado até final de 2015”, garante o presidente da direção dos Bombeiros de Vila Meã, concelho de Amarante. Ricardo Vieira confirma que a Associação conseguiu diminuir o passivo em mais 750 mil euros des- de 2011. Segundo o mesmo responsável, quando a atual direção assumiu funções, além do passivo verificou também que as receitas da associação estavam penhoradas e havia dois meses de ordenados em atraso, com dívidas a 92 credores. O presidente dos Bombeiros de Vila Meã explica que “tivemos de fazer planos de paga- ANGRA DO HEROÍSMO Presidente da ANPC de visita aos Açores N o passado dia 13 de fevereiro a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Angra do Heroísmo, Terceira – Açores, recebeu as visitas, do presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil, major-general Francisco Miguel da Rocha Grave Pereira e do comandante operacional nacional (CONAC), José Manuel Moura. A visita foi acompanhada pelo presidente do Serviço Regional de Proteção Civil, elementos da Inspeção de Bombeiros, direção e comando da Associação. No início, os visitantes foram recebidos com uma formatura do corpo de bombeiros da Associação. Depois, visitaram as instalações do quartel e Núcleo Museológico dos Bombeiros de Angra do Heroísmo. No final da visita, houve trocas de lembranças entre as autoridades visitantes e a direção da Associação. mentos e, ao longo destes anos, temos cumprido, faltando apenas um”, explicou. Ricardo Vieira reconheceu que o investimento em equipamentos para os bombeiros não é o desejado, devido aos constrangimentos da dívida mas, mesmo assim, aponta o facto de terem conseguido investir em duas novas viaturas. 8 FEVEREIRO 2015 ALMOÇAGEME ULF para florestais e grande ângulo A Escola Nacional de Bombeiros (ENB), a Câmara Municipal de Sintra, a Federação dos Bombeiros do Distrito de Lisboa e os Bombeiros Voluntários de Almoçageme acabam de protocolar a criação de uma Unidade Local de Formação (ULF). Instalada no quartel dos bombeiros locais, a ULF de Almoçageme pretende responder às necessidades formativas dos 57 corpos de bombeiros do distrito de Lisboa nas áreas de combate a incêndios florestais e de salvamento em grande ângulo. Com a criação desta unidade, a ENB aumenta a sua rede de infraestruturas de formação, passando a contar com 36 ULF protocoladas, das quais 9 criadas pela atual Direção, em Castelo Branco, Macedo de Cavaleiros, Coimbra, Fronteira, Paredes de Coura, Porto, Vila Real de Santo António e Monchique (a instalar no futuro Centro de Recursos e Proteção Civil). No final da cerimónia, o presidente da ENB aproveitou para distribuir a nova versão do Manual de Funcionamento das ULF, um documento que tem como principais objetivos, a uniformização de procedimentos, a minimização de falhas de organização e a rentabilização dos recursos humanos e logísticos envolvidos no processo formativo. O processo de instalação nacional de ULF não está, ainda, concluído, sendo objetivo da ENB instalar, preferencialmente, duas unidades por distrito, com exceção de Lisboa e Porto que necessitarão de um número correspondente à sua dimensão. Neste momento, só o distrito de Beja não tem ULF. CASCAIS Fotos: Marques Valentim Município assinala semana da proteção civil A Câmara Municipal de Cascais, através do Departamento de Proteção Civil, os agentes locais de segurança e socorro daquela área, com especial incidência nas cinco associações de bombeiros voluntários do concelho, e o “Cascaishopping” promoveram a habitual semana da proteção civil. A edição deste ano centrou-se no tema “Riscos Urbanos”, tema do semi- nário realizado no mesmo local bem como de muitos exercícios e demonstrações de competências e meios ali realizados. A exposição de meios dos bombeiros voluntários (Cascais, Alcabideche, Parede, Estoril e Carcavelos e S. Domingos de Rana), PSP, GNR, Marinha, SEF, Polícia Municipal e Proteção Civil Municipal, entre outros, distribuiu-se pelos dois pisos do centro comercial e foi visitada por muitos frequentadores do espaço bem como por muitas crianças do concelho, neste caso, em deslocações programadas para o efeito. ALERTA VERMELHO PARA A SEGURANÇA AUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL P or vezes, durante momentos livres no quartel ou no decorrer de instruções, treinos e missões, o empenho e a criatividade dos bombeiros portugueses resulta em novas ideias e perspetivas, para resolver problemas e aumentar a segurança das operações. Estas inovações podem ter o potencial de ser replicado ou adaptado a outros Corpos de Bombeiros (CBs) ou situações operacionais. A identificação de boas práticas é uma metodologia amplamente utilizada em várias organizações e âmbitos de intervenção. O National Volunteer Fire Council, uma das as- O meu corpo de bombeiros é um exemplo a seguir! sociações que tem desenvolvido programas de promoção da saúde e segurança dos bombeiros voluntários nos Estados Unidos da América, aponta quatro eixos fundamentais: comportamento, equipamento, normas e regulamentos, treino. Boas práticas de segurança e saúde: que vantagens? As melhores práticas de segurança e saúde resultam na diminuição de lesões e/ou acidentes decorrentes da atividade operacional, aumentam a capacidade de resposta, a eficácia e a eficiência da prestação de socorro. Ao partilhar uma boa prática que hoje é uma mais valia para a missão dos bombeiros do seu CB, pode contribuir para que esta melhoria seja alargada a todos os CBs. A divulgação das melhores orientações e práticas leva ao aumento do conhecimento por parte de todos, em que a transferência de saberes se traduz em melhor operacionalidade, mais saúde e mais se- gurança para todos os bombeiros. Cada bombeira e cada bombeiro, cada equipa, cada secção, cada CB pode fazer a diferença, com a sua realidade e conhecimentos únicos. Esta propagação possibilita ainda que cada CB construa uma reputação mais positiva, tanto junto dos restantes CBs, como junto da população, amigos e associados. Partilhar os sucessos é promover o melhor que há em cada CB e tornar os bombeiros em Portugal uma força cada vez mais especializada e reconhecida pela sociedade. O desafio é, então, melhorar as condições de trabalho, re- duzir os riscos, diminuir o potencial de causar dano, promover a saúde, segurança e eficiência dos bombeiros portugueses. Que medidas foram desenvolvidas até hoje? O que posso fazer para tornar o meu CB ainda melhor? Poderei transformar o meu CB num exemplo para os outros? Para tal, todos contam, sem exceção. Vamos juntar sinergias para conseguirmos que os bons exemplos sejam por todos conhecidos e seguidos! [email protected] – Divisão de Segurança, Saúde e Estatuto Social da Direção Nacional de Bombeiros (ANPC) 9 FEVEREIRO 2015 LEI DE FINANCIAMENTO Governo avança sem os municípios Está pronta a nova Lei de Financiamento do setor dos bombeiros. O Governo avança sozinho com o diploma depois de terem falhado as negociações com a Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP). A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) não poupa nas críticas e volta a alertar para os prejuízos que decorrem desta posição. O novo diploma prevê um aumento real na ordem dos 12 por cento. Texto: Patrícia Cerdeira Fotos: Marques Valentim A Liga dos Bombeiros Portugueses diz que esta era uma oportunidade histórica. “Desde o 25 de abril que o Estado não se disponibilizava a incluir bombeiros sapadores e municipais num processo integrado de financiamento. Nem assim, os municípios aceitaram”, lamenta Jaime Marta Soares, acrescentando que desta recusa saem prejudicados os bombeiros e as populações. O Jornal Bombeiros Portugal tentou, sem sucesso, uma posição por parte da ANMP face a esta posição da Liga. No entan- to, e assumindo que o dossier “ainda não está fechado”, fonte da ANMP referiu ao ‘BP’ que de momento nada mais há a acrescentar, remetendo para o parecer já emitido sobre esta matéria. Recorde-se que a Associação Nacional de Municípios Portugueses considera que a proposta de Lei de Financiamento dos bombeiros é “inconstitucional” porque impõe uma contribuição mínima obrigatória, para entidades de direito privado. “Convém lembrar que não há, no ordenamento jurídico relativo às autarquias locais, normas legais que imponham a transferência obrigatória de verbas mínimas a favor de entidades privadas, mesmo que desenvolvam atividades de interesse público municipal”, referiu a ANMP recentemente A ANMP defende que “qualquer lei que estabeleça uma obrigatoriedade de transferência obrigatória de verbas para entidades privadas, e os bombeiros voluntários são associações de direito privado, será, sempre, violadora do Princípio da Autonomia do Poder Local, consagrado na Constituição. Confrontado com esta posição, João Almeida, secretário de Estado da Administração Interna, diz apenas que a proteção civil é uma responsabilidade de todos, da administração central e dos municípios. “O financiamento municipal dos corpos de bombeiros representa, e deve representar, uma componente essencial do financiamento daqueles. Porém, aquele financiamento é muito desigual, existindo municípios que não financiam adequadamente os seus corpos de bombeiros. Isto gera graves dificuldades do ponto de vista operacional. Neste âmbito, uma Lei de Financiamento dos corpos de bombeiros ganharia em regular também alguma forma de financiamento mínimo por parte dos municípios”, referiu em declarações ao ´BP`. Sobre o que ganham os bombeiros com a nova Lei de Financiamento, o governante refere que o novo diploma “trará estabilidade e previsibilidade ao financiamento dos corpos de bombeiros”, ao mesmo tempo que concretiza PROFISSIONAIS SAEM À RUA erca de 700 bombeiros profissionais de todo o país manifestam-se, no passado dia 25 de fevereiro em Lisboa, para contestarem a falta de efetivos nas corporações e a “indiferença da classe política, em relação às reivindicações da classe”. Promovida pela Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP) e pelo Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais (SNBP), a iniciativa trouxa a Lisboa bombeiros de todo o país. Segundo o presidente da ANPB, Fernando Curto, os bombeiros continuam à espera de novas admissões e que seja publicada legislação referente ao setor, como a relativa a horários de trabalho, novas regras de aposentação e de progressão na carreira, assim como o reconhecimento de profissão de risco. Fernando Curto explicou que, há mais de três anos, a secretaria de Estado da Administração Interna elaborou um projeto de decreto de lei que foi remetido para a secretaria de Estado da Administração Local, onde se encontra até agora, sem avanço. Foto: Arquivo C Agradecimentos apenas ao MAI “As câmaras querem admitir bombeiros, mas o Governo impede-as, porque não podem fazer novas admissões”, disse, acrescentando que faltam mais de cinco mil profissionais. Fardados, os bombeiros profissionais exi- biram vários cartazes. Em alguns deles podia ler-se “Obrigado, Ministério da Administração Interna”, “Obrigado, Dr. Miguel Macedo”, o ex-ministro da tutela, e “Obrigado, Dr. Filipe de Ávila”, Secretário de Estado da Administração Interna. um modelo de financiamento baseado em critérios de risco, com a introdução do fator população e área abrangida pelos corpos de bombeiros para determinar o financiamento disponível. “O financiamento estará, assim, mais próximo das reais necessidades operacionais dos corpos de bombeiros”, conclui. Contra a ideia de que esta nova lei não é mais do que o atual PPC “melhorado”, João Almeida explica que sendo verdade que a Lei de Financiamento acolhe a experiência adquirida com o PPC, a verdade é que “introduz alterações significativas, não só ao nível da distribuição do financiamento (com a introdução da população e da área abrangida como fatores determinantes), mas também pela previsibilidade e estabilidade introduzidas no financiamento às AHBV, uma vez que o PPC era estipulado com caráter anual”. Ainda segundo João Almeida, o financiamento dos corpos de bombeiros passa a ter em conta o território e a população abrangida pela área de atuação dos corpos de bombeiros, para além dos fatores já anteriormente considerados, designadamente o índice de risco da área de atuação, o número de bombeiros do quadro ativo e de comando e o número de ocorrências verificadas e, nessa medida, traduz-se num financiamento mais justo e mais próximo das necessidades operacionais de cada corpo de bombeiros”. Com base neste algoritmo, diz o secretário de Estado da Administração Interna, estão pensados também mecanismos para acautelar “reduções” ou “aumentos significativos”. O futuro modelo de financiamento conta ainda com o contributo da sociedade civil e das entidades privadas que mais beneficiam com as atividades da proteção civil. Segundo João Almeida este é um processo que “ocorrerá gradualmente” no âmbito legislativo e contratual do Estado em relação às entidades que se pretende envolver. 10 FEVEREIRO 2015 TAVIRA SEIXAL Um veículo com histórias Grande Um quartel sede, dois destacamentos, mais de 90 funcionários e 114 operacionais são apenas alguns dos indicadores da dimensão da Associação Humanitária dos Bombeiros Mistos do Seixal, uma instituição com peso no concelho e que acusa o peso da responsabilidade no serviço de excelência prestado aos mais 130 mil habitantes de um território, a todos os títulos exigentes. Texto: Sofia Ribeiro Fotos: Marques Valentim A A notícia chegou-nos através do blogue “Safeplace52” gerido pelo bombeiro municipal de Tavira, João Horta, Bombeiro de Mérito da Liga dos Bombeiros Portugueses em 2011. Faz o ponto de situação de uma antiga viatura de combate a incêndios que em tempos idos equipou os Municipais de Tavira, foi posteriormente cedida aos Voluntários de Marvão e agora, fora do serviço operacional, encontra-se à venda na Net. “Uma máquina que deixa saudades e entusiasmo aos bombeiros que como eu ainda combateram apoiados pela sua dinâmica”, lembra João Horta, a propósito. E recorda, entre outros, “uma das suas últimas intervenções num dantesco incêndio no Barranco do Velho, onde o incêndio lavrava com brutal intensidade e mesmo na estrada uma frente que vinha nas copas de uns sobreiros lambeu literalmente o veículo, com um grande susto par todos nós”. O então PSM2 dos Municipais de Tavira, da marca e modelo “Mercedes-Benz-laf- 311- 4x4”, de 1958, chegou àquele corpo de bombeiros em 1988 vindo da Alemanha a rodar. Foi o primeiro veículo pesado todo o terreno ao seu serviço. Com a obtenção de novas viaturas do género, o veículo foi abatido e cedido aos Bombeiros de Marvão onde terminou o serviço operacional, encontrando-se agora à venda na Net através do “OLX”. VILA DE REI Arregaçaram as mangas com resultado à vista N o último verão, elementos do corpo ativo dos Bombeiros Voluntários de Vila de Rei juntaram-se e disponibilizaram-se perante a direção e comando no sentido de aproveitar a época do Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Florestais (DECIF) para, nos tempos mortos, pintarem o quartel e a casa escola. Sabendo que esse era um dos principais desejos da direção que, por motivos financeiros, ainda não tinha tido a possibilidade de o concretizar, os operacionais envolvidos decidiram ajudar assim a Associação e o seu corpo de bombeiros. A direção e o comando não deixaram de “agradecer e testemunhar o apreço do gesto assumido com empenho e sacrifício pelos bombeiros”. Com o apoio de uma empresa de distribuição de tintas conseguiram então “realizar o sonho que já vinha sendo acalentado há algum tempo atrás”, e apesar do esforço desenvolvido nesse sentido foi sempre possível manter a prontidão de todos os grupos que estavam incluídos no DECIF. “Sem muito mais palavras e aproveitando este espaço a direção e o quadro de comando agradecem publicamente a todos os elementos do corpo Ativo que de uma forma ou de outra se ofereceram para cumprir este projeto” conforme nos foi reiterado pela direção e pelo comando durante uma recente visita feita às instalações renovadas. poucos dias de deixar a direção, o ainda presidente Carlos Lopes, faz a honras da casa e apresenta ao jornal Bombeiros de Portugal a Associação Humanitária dos Bombeiros Mistos do Seixal. Com orgulho e satisfação, dá conta da missão desempenhada pela equipa que liderou durante anos e que, certamente, voltará a integrar em breve, logo que saúde o permita, porque esta é uma casa que exige uma gestão rigorosa, diária, muito tempo e trabalho que o dirigente por, agora, não pode garantir. Prestes a “passar a pasta” a António Pires de Matos, antigo comandante e ex-dirigente na instituição, Carlos Lopes revela a extensa atividade deste corpo de bombeiros que dá emprego a 92 pessoas, na maioria bombeiros, que servem o quartel sede mas também os destacamentos de Miratejo (Corroios) e de Foros de Amora. No total, entre assalariados e voluntários são 114 os elementos que integram o corpo ativo garantindo prontidão e qualidade no socorro prestado aos mais de 130 mil habitantes do concelho. Esta é uma enorme embarcação que dirigentes e bombeiros teimam, há anos, em levar a bom porto, numa missão complexa só superada com o apoio da Câmara Municipal do Seixal, um aliado de sempre. Carlos Lopes declara mesmo que sem a ampla intervenção da autarquia, seria impossível manter a operacionalidade do contingente, a sobrevivência desta instituição com quase quatro décadas de atividade, marcadas pelos bons serviços prestados dentro e fora das fronteiras deste território do distrito de Setúbal. Por outro lado, o dirigente destaca também a colaboração das juntas de freguesia, também “sempre atentas” às necessidades do corpo de bombeiros. Contudo, aos importantes apoios externos importa acrescentar receita, para que seja possível satisfazer os compromissos assumidos, nomeadamente com os funcionários e os fornecedores. Assim, para além do serviço prestado, os Bombeiros do Concelho do Seixal gerem um centro de manutenção de extintores “devidamente certificado” e ainda um posto de abastecimento de combustíveis e de lavagem de automóveis, verbas “complementares” a que se juntam outras, designadamente as provenientes do aluguer de um terreno a uma gasolineira, no lugar de Santa Marta do Pinhal. “Andamos sempre à procura de recursos que permitam minimizar as repercussões dos cortes que o setor tem vindo a sofrer” reforça o comandante José Raimundo, dando como exem- plo a roulotte de “comes e bebes”, que leva diretores e bombeiros a percorrer todas as festas concelhias, apenas com o intuito de gerar fundos para aquisição de equipamentos de proteção individual para os bombeiros. As vias rodoviárias merecem particular atenção dos operacionais, bem como o parque industrial, a “área urbana muito complicada” e a razoável mancha florestal, tanto no concelho como na envolvente, e impõem aos operacionais elevados níveis de preparação, por isso mesmo, a formação surge como uma questão primordial, como sublinham José Raimundo e o 2.º comandante José Mendes. “Em matéria de ocorrências temos um pouco de tudo”, acrescenta o responsável operacional, dando conta da importância da Unidade Local de Formação instalada no destacamento dos Foros da Amora, onde muitas ações são desenvolvidas. A frota dos Bombeiros do Seixal integra 67 viaturas, dois barcos e três veículos de apoio, mas é chegado o momento de começar a ponderar a renovação de algumas viaturas, a acusar o desgaste dos muitos quilómetros percorridos. “Nesta casa, um carro com três, quatro anos está velho” diz o comandante sustentando que “nos 7220 serviços de 11 FEVEREIRO 2015 responsabilidade, exigência redobrada emergência, registados no ano passado, as ambulâncias dos Bombeiros do Seixal realizaram mais 208 mil quilómetros, sendo que os 266 acidentes ocorridos neste concelho obrigaram a cumprir mais de 11400”. Os elevados níveis de operacionalidade merecem o reconhecimento tanto da população como das empresas da região, como assevera Carlos Lopes: “Normalmente, as nossas solicitações são atendidas, pode- mos contar com ótimos parceiros”. Apesar do elevado número de assalariados, que refira-se também cumprem serviço voluntário, a associação muito tem apostado em chamar mais efetivos para a causa, porque importa assegurar o futuro e, também, ir colmatando os problemas do presente que têm empurrado muitos elementos para o quadro de reserva. Os jovens não se furtam aos ape- los dos Bombeiros do Seixal que, todos os anos, conseguem promover duas recrutas de forma a introduzir “sangue novo” no corpo ativo. Projetos não faltam, contudo direção e comando destacam a intenção de avançar com uma candidatura a fundos comunitários para uma intervenção no quartel sede visando, no essencial, a remoção de fibrocimento de parte cobertura do complexo operacional e ainda a ampliação SOURE a nossa última edição incluímos uma reportagem alusiva à Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Soure e associada à passagem do 125.º aniversário da instituição. A paginação da referida edição, onde se incluiu a posse dos Órgãos Sociais da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) para o triénio 2015/2017, implicou alguns constrangimentos de espaço que levaram, no caso da repor- tagem alusiva aos Voluntários de Soure, à não inclusão da foto de grupo que hoje reproduzimos, onde se incluem, a direção, o comando e muitos elementos do corpo de bombeiros. Aproveitamos para endereçar um abraço a todos os visados, aproveitando para lhes agradecer a disponibilidade demonstrada, que nos permitiu de juntar os bombeiros acabados de sair de turno com os que entretanto tinham entrado de serviço. Foto: Marques Valentim N A foto que faltou da área de parqueamento de viaturas. A atual dimensão desta instituição contrasta com a despretensão da modesta Associação Humanitária dos Bombeiros do Seixal, fundada em 1977 por um grupo cidadãos, entre eles João Maria Viçoso Freire, que com um pequeno efetivo e poucos recursos criou as fundações de uma obra que, quase 40 anos depois, ainda não parou de crescer. 12 FEVEREIRO 2015 FERREIRA DO ALENTEJO A Bombeiros perdem figura carismática Foto: Sérgio Santos prematura morte de Joaquim Camacho, presidente da Associação Humanitário dos Bombeiros Voluntários de Ferreira do Alentejo, deixou de luto os bombeiros de Portugal. O dirigente de 56 anos de idade morreu, no passado dia 11 de fevereiro, dentro do seu carro à porta do Centro de Saúde. Segundo fonte dos Voluntários de Ferreira do Alentejo, na noite anterior ao trágico acontecimento Joaquim Camacho sentiu-se “indisposto e tinha a tensão alta”, o que o levou, na manhã do dia seguinte, a deslocar-se á unidade de saúde local. Depois disso pouco se sabe, apenas que o vice-presidente da associação dos bombeiros o encontrou pelas 22 horas dentro da viatura destravada junto ao centro de saúde, tendo alertado as autoridades. Para o local foi deslocada a viatura médica de emergência e reanimação (VMER) do Hospital de Beja, mas, nada havia a fazer e médico limitou-se confirmou o óbito. O corpo. que esteve em câmara ardente na casa mortuária de Ferreira do Alentejo, foi a enterrar no passado dia 12 de fevereiro. Além de presidente da direção dos Bombeiros Voluntários de Ferreira do Alentejo, Joaquim Camacho pertencia ao Conselho Nacional de Bom- beiros e estava muito ligado ás instituições da sua terra, onde era um cidadão muito ativo e participativo, Uma equipa do jornal Bombeiros de Portugal esteve, há poucos meses, em Ferreira do Atelentejo, e foi com enorme satisfação que privou com Joaquim Camacho, verdadeiro ativista das coisas dos bombeiros, um homem rendido à causa. Foi com a maior tristeza que recebemos a inesperada e trágica notícia deixou consternados e bem mais pobres, não só os Voluntários de Ferreira do Alentejo, mas todos bombeiros de Portugal. À família enlutada, à associação e aos amigos de Joaquim Camacho o jornal Bombeiros de Portugal endereça as mais sentidas condolências. Até sempre, Senhor Presidente! BARREIRO SUL E SUESTE Chefe deixa saudade F aleceu, no passado dia 12 de fevereiro, vítima de doença prolongada, o chefe do quadro ativo dos Bombeiros Voluntários do Barreiro - Sul e Sueste, Fernando José Silva Moita. Fernando Moita iniciou a sua carreira de bombeiro nos Voluntários da Moita, concelho de onde era natural, no ano de 1988, como Cadete. Fruto do seu empenho, esforço, experiência e competência, percorreu os diferentes postos até atingir a categoria de chefe, posto que ocupava, sendo o mais graduado do corpo de bombeiros do Sul e Sueste. Do seu currículo consta também o serviço prestado nos Bombeiros Voluntários do Barreiro (Corpo de Salvação Pública), tendo sido admitido nos Voluntários do Sul e Sueste, no ano de 2007. O currículo inclui um conjunto vasto de cursos e ações de formação, tendo, desde a sua entrada nos Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste, acumulando a atividade de voluntário com a atividade como bombeiro assalariado, assegurado um conjunto de funções, nomeadamente na área da emergência pré-hospitalar, onde a sua ação contribuiu sobremaneira para a sua organização, qualificação e modernização. Fernando Moita era casado e pai de dois filhos, um dos quais integra também o Corpo de Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste, como estagiário. BARCELINHOS aleceu José Torres Quintela, Subchefe do Quadro de Honra dos Bombeiros Voluntários de Barcelinhos. José Quintela era único sobrevivente do grupo de operacionais que em 1949 sofreu um violento e trágico acidente de viação, a caminho de um incêndio em Esposende. O bombeiro 23, que naquela altura tinha 24 anos de idade, ficou em estado grave, mas nunca perdeu o entusiasmo pela causa. Bombeiro dedicado, esteve sempre presente em todas as chamadas dos Voluntários de Barcelinhos, sendo por isso uma figura que muito marcou esta instituição. A sua partida deixa saudade, conforme expressam, em comunicado, direção, comando e corpo ativo. FAFE D Juve tem nova delegada epois de Paulo Soares, por razões profissionais ter deixado vago o lugar de Delegado da Juvebombeiro de Fafe, foi eleita Filipa Ribeiro que, depois de ter ocupado o lugar de subdelegada de 2010 a 2013, assume a estrutura até 2016. A nova delegada vai inicialmente trabalhar na escolha da sua equipa de trabalho, na preparação do Plano de Atividades de 2015 e na captação de novos elementos. Foto: José Torres Quintela Associação mais pobre F PENACOVA Trabalho e A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Penacova assinalou, no passado dia 24 de fevereiro, 85 anos de valerosos serviços prestados à população deste concelho do distrito de Coimbra. As entidades e os cidadãos penacovenses unem-se no apoio aos soldados da paz, atendendo às suas solicitações e necessidades com o mesmo grau de prontidão com que os bombeiros se apresentam em todos os teatros de operações. Texto: Sofia Ribeiro Fotos: Marques Valentim É com natural entusiamo, e orgulho na ação desenvolvida que o presidente da direção Paulo Almeida Dias e comandante António Simões Santos falam da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Penacova fundada a 24 de fevereiro de 1930, até porque esta é uma instituição que se renova a cada dia, que se adapta às novas exigências não acusando o desgaste do tempo que passa. Na verdade, por aqui, o trabalho e ambição de fazer mais e melhor parecem ser suficientes para perpetuar o legado À entrada do quartel, em jeito de tributo, uma placa identifica cada um dos penacovenses que contribuiu para a constituição do corpo de bombeiros, gente comprometida com o bem comum e que, ainda hoje, inspira dirigentes e bombeiros: António Esteves Amaral Viseu, Gualter Pereira Viseu, Alípio Carvalho, Alípio da Costa Miguel, Álvaro Alberto Santos, Álvaro Martins Coimbra, António Casimiro Guedes Pessoa, António da Costa, António Joaquim Pinto, Augusto Luís, Evaristo Joaquim Pinto, Joaquim Correia Almeida Leitão, Joaquim Luís, José Alberto de Almeida e José Augusto Pimentel. O corpo de bombeiros, composto por 123 operacionais, serve, atualmente, cerca de 17 mil habitantes, na grande maioria concentrados nos centros urbanos de Penacova, Lorval e S. Pedro de Alva Embora a componente do voluntariado seja a grande mais-valia desta instituição, o número crescente de solicitações, impôs a criação de uma estrutura profissional que integra cerca de 20 funcionários, apenas os indispensáveis para assegurar o pleno funcionamento deste quartel, como salienta o presidente. Esta é uma casa que se pauta pela organização e rigor e, assim sendo, com viabilidade económica. Para além da receita própria proveniente dos diversos serviços prestados, os Bombeiros de Penacova podem contar com o total apoio da câmara municipal e, também das juntas de freguesia, entidades atentas às dificuldades e às solicitações desta associação que, abnegadamente, serve o próximo, cumprindo em todos os momentos o lema “Vida por Vida”. O presidente teme, contudo, pela estabilidade financeira tendo em conta que, recentemente, o corpo de bombeiros passou, para efeito de transporte de doentes não urgentes, a dividir o território com a Cruz Vermelha Portuguesa que, tecnicamente, “só opera em 25 por cento do território”, mas, precisamente, nas freguesias mais populosas. O processo está ainda numa fase inicial não sendo, por isso, possível avaliar o impacto desta nova realidade, contudo Paulo Almeida Dias alerta: “Tememos perder uma fatia importante de receita e que nos permite manter equilibradas as contas”. Numa outra vertente, comando e direção destacam a “excelente” relação com a comunidade que se une no apoio a esta nobre causa. O dirigente recorda que em 2013, quando os bombeiros perderam duas viaturas num incêndio foi até “complicado gerir tantos apoios” “Os bombeiros estão no coração dos penacovenses”, enfatiza o comandante. Esta forte ligação tem permitido também a renovação do corpo ativo, porque jovens com vontade de servir a causa não faltam, conforme destacam direção e comando, dando conta dos 24 recrutas que, em breve, poderão integrar as fileiras dos Voluntários de Penacova. O comandante dá ainda nota dos “37 cadetes infantes e estagiários”, uma garantia de futuro que confirma o sucesso de uma estratégia de aproximação à comunidade escolar, encetada há já alguns anos. Com natural vaidade, o responsável operacional fala de um grupo muito unido e trabalhador, salientando que os piquetes, noturnos e de fim de semana são assegurados “apenas por voluntários”, que a “troco de uma sandes”, cumprem com mérito e excelência, a missão de socorrer, de salvar vidas. O quartel começou a ser construído na década de 70 do século passado, mas só ficou concluído e foi ocupado em 1995, o que aliás acabou por impor, nos últimos anos várias intervenções que permitiram 13 FEVEREIRO 2015 ambição perpetuam legado reconverter, adaptar, reformular e ampliar diversas áreas para que os operacionais possam usufruir de condições para cumprirem a sua missão. Ainda assim o comandante reivindica a construção da casa escola, equipamento que considera importante, tendo em conta que a formação do corpo ativo é uma questão fundamental e prioritária. O comandante não esconde orgulho no que diz ser “o me- lhor corpo de bombeiros do mundo” salientando a juventude e qualificação de um grupo “muito bem preparado”. “Nunca tive tantas viaturas, nem tanto pessoal, nem mesmo equipamento tão bom” faz questão de salientar António Simões Santos, defendendo que só assim é possível atuar num concelho com “vias muito perigosas, dois rios, praias fluviais, áreas com escarpas muito acentuadas e muita flores- ta”, perigos que levam o comando a investir em equipamento diferenciado e a apostar em grupos especiais como é caso das equipas de Intervenção em Meio Aquático e de Salvamento e Resgate. Registe-se, a título de curiosidade, que o comandante António Simões em tempos idos integrou os órgãos sociais da associação, que aliás foram porta de entrada no quartel e o presidente Paulo Almeida Dias, antes de assumir as funções de dirigente, integrou o corpo de bombeiros. O sucesso desta parceria, recentemente renovada pelos associados que reconduziram os órgãos sociais para mais um mandato, tem permitido dar continuidade e conferir notoriedade ao projeto de expansão da instituição, sendo, por isso, um bom exemplo, a ser seguido pelos associações e corpos bombeiros de Portugal. “PARQUE VERDE 2015” Matérias perigosas em exercício U ma colisão de um veículo ligeiro com um camião cisterna, duas vitimas encarceradas, fuga e derrame de combustível, foi o cenário do exercício “Parque Verde 2015”, promovido pelos Bombeiros de Penacova para assinalar o final de mais um período de instrução sobre matérias perigosas. O simulacro realizado com meios reais, (LIVEX) que envolveu 40 operacionais e nove veículos permitiu também testar o sistema e os equipamentos de comunicações. Do briefing que marcou o encerramento desta ação, comando e corpo de bombeiros identificaram as questões que importa melhorar e concordram na importância destes exercícios na preparação dos operacionais. 14 FEVEREIRO 2015 ANADIA Êxito assenta na partilha Um carismático decano do associativismo e uma jovem operacional, constituem a dupla improvável que dá rosto aos Voluntários da Anadia. Gerações diferentes, sensibilidades distintas não prejudicam o sucesso de um projeto que assenta na partilha de experiências e de conhecimentos, mas, sobretudo, numa total e incondicional entrega à causa dos bombeiros. Texto: Sofia Ribeiro Fotos: Marques Valentim M ário Augusto Teixeira dispensa apresentações: Integra há mais de quatro décadas os órgãos sociais da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Anadia, sendo, assim, uma figura sobejamente conhecida no seio dos bombeiros de Portugal pelos quais e para os quais muito tem trabalhado. O carismático dirigente faz questão de acompanhar os jor- nalistas numa visita guiada às instalações dos Voluntários da Anadia, onde sobressaem espaço, organização e rigor. Acompanhado pelo tesoureiro, Carlos Cavaleiro e pela comandante Ana Matias, o presidente, no papel de cicerone, começa por respigar pedacitos da história desta instituição fundada em dezembro de 1933, salientando, entre outros episódios, o da inauguração do atual quartel sede, no início da década de 80 do século passado. Este acontecimento precipitou uma nova estratégia que permitiu relançar uma instituição até então “esmagada” pela estagnação, a enfrentar dificuldades várias, com lacunas a nível operacional, com a falta de recursos humanos e a escassez de equipamentos e viaturas. A mudança de casa, sublinha o dirigente, abriu caminho a uma espécie de revolução. Trabalho e investimento permitiram reescrever a história deste corpo de bombeiros que em poucos anos modernizou o parque de viaturas, garantiu a formação dos operacionais, conquistou o estatuto de Posto INEM, investiu no sistema informático e adquiriu vários equipamentos. No extenso relatório que traduz tão grande atividade constam ainda, como refere Mário Teixeira, obras de beneficiação nas áreas operacionais e nos espaços dedicadas aos efetivos, criação de novos gabinetes e reformulação do salão nobre. Ainda assim, “esta é uma instituição financeiramente es- tável”, acentua o dirigente, referindo que o projeto de expansão foi concretizado “com todas as cautelas com uma gestão muito cuidada, rigorosa”, destacando que o êxito da equipa que lidera só foi possível com “a colaboração e o empenho de todos os bombeiros”. “Temos as contas em dias”, enfatiza, dando conta do estrito cumprimento das obrigações assumidas tanto com os 32 funcionários da instituição, como com todos os fornecedores. Este processo de crescimen- to sustentado foi acompanhado de perto pela autarquia que ao longo dos anos provou estar ao lado dos seus bombeiros, não apenas com o financiamento da Equipa de Intervenção Permanente (EIP) mas, também, apoiando no re-equipamento do quartel e na requalificação das instalações. A obra é vasta mas parece não ter fim à vista, tendo em conta que importa, agora, continuar a investir na proteção e segurança dos operacionais, na renovação da frota e na aquisição de “mais alguns computa- 15 FEVEREIRO 2015 de experiências MATOSINHOS-LEÇA Visita à SILOPOR dores” para equipar as salas de formação. No comando há meia dúzia de meses, Ana Matias garante que está totalmente focada no projeto que abraçou com firme determinação. Ingressou neste corpo de bombeiros há cerca de 14 anos, e não obstante uma interrupção para cumprir o percurso académico, conhece muito bem esta instituição, que tem como mais-valia os recursos humanos. Fala com orgulhos dos seus “rapazes e raparigas”, operacionais de mão-cheia, sempre disponíveis para servir. A comandante assumiu como prioridade a formação, um projeto que está no terreno a fazer “mexer” a estrutura, que nesta vertente estava um “pouco parada”. Da mesma forma, a responsável operacional fala da importância da instrução e também da preparação física dos elementos do corpo ativo, uma questão a que foi dada especial atenção e está a merecer a adesão de um número crescente de bombeiros. Atualmente, integram o efetivo dos Voluntários da Anadia meia centena de elementos a que se juntarão muito em breve, outros 20, ainda a cumprir estágio. Por aqui destaca-se a robustez do voluntariado, a avaliar pelo sucesso da escola de cadetes e infantes, um projeto assinado por Ana Matias, que arrancou nos passado mês de setembro, com sucesso garantindo. Cerca 50 crianças e jovens, dos 6 aos 17 anos aprendem a ser bombeiros, trocam outras atividades para cumprirem um plano de formação, que embora adaptado às diferentes faixas etárias, se pauta pelo rigor, com “notas, promoções, mas, também, chumbos”. “Tenho noção que talvez de dez, apenas um fique, mas acredito que os outros nove não esquecem a experiência e vão respeitar, para sempre, os bombeiros”, afirma Ana Matias. Também o presidente não esconde entusiasmo pela iniciativa, salientando a importância de todas as atividades que permitam abrir as portas da associação à comunidade. Ana Matias dá ainda conta da atividade “Bombeiro por uma semana”, que nas férias da Páscoa, mobiliza a petizada que a associação ponderar promover durante o verão. Com “rapazes e rapariga” extremamente esforçados e dedicados, a comandante assegura ter missão facilitada e, por isso defende que todos os apoios e incentivos são poucos para quem dá tanto a troco de nada. “Temos que dar condições ao voluntariado para que permaneça nos quartéis ou então resta-nos partir para a profissionalização”, defende esta enge- nheira rendida à causa dos bombeiros, uma “fraqueza”, que, aliás, partilha com o presidente da direção e que, certamente, muito tem contribuído para fortalecer esta dupla improvável, mas condenada ao êxito. Mario Teixeira e Ana Matias são, assim, exemplo de trabalho e abnegação que em setores distintos, cumprem a sua missão com rigor e excelência honrando e acrescentando valor ao legado dos pioneiros Armando Cancela de Abreu, Fernando de Melo Costa e Almeida, Óscar Manuel Guedes Alvim, Júlio Augusto dos Santos Maia, Serafim Tavares Alves, Luís de Melo Osório, Alberto Paulo Menano e Manuel Ferreira Alves o padre Abel Condesso. Mais de oito décadas volvidas, cumpre-se, na integra, a aspiração do grupo de jovens fundadores, agora refletida num projeto próspero e de futuro. O comando do Corpo de Bombeiros de Matosinhos-Leça proporcionou recentemente uma visita guiada aos seus elementos, às instalações da SILOPOR - Silos de Leixões. A visita foi acompanhada pelo chefe de segurança daquela empresa, durante a qual foi possível tomar conhecimento do plano de emergência interno, dos caminhos de evacuação e procedimentos de atuação naquelas instalações, bem como tipo de cooperação prevista com o corpo de bombeiros em caso de necessidade de intervenção. Segundo o comandante António José Amaral, “ o plano de instrução para o nosso corpo de bombeiros em 2015 contempla a visita a 6 unidades industriais e, ou serviços de grande nível de perigosidade”. Ainda, segundo aquele responsável, “estas visitas operacionais revelam-se também de enorme importância, pelo estreitamento de relações que se pretende com o tecido empresarial da área de atuação do corpo de bombeiros.” 16 FEVEREIRO 2015 ESPOSENDE Mobilização dos voluntários é exemplo O voluntariado é, sem dúvida, a força motriz dos Bombeiros de Esposende. Com apenas cinco assalariados este quartel continua a conseguir dar resposta às solicitações de parte substancial do território deste concelho do distrito de Braga, talvez porque, a atividade operacional tenha vindo a diminuir nos últimos anos, apesar do número de ocorrências continuar a aumentar, questão que preocupa e indigna dirigentes e operacionais, obrigados partilhar a sua missão com várias outras entidades, após 124 anos de bons serviços prestados ao concelho e ao País Texto: Sofia Ribeiro Fotos: Marques Valentim A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Esposende assinalou no passado dia 6 de janeiro o 124.º aniversário, já a pensar nas comemorações do próximo ano, que direção e comando fazem questão que “sejam em grande” e voltadas para o exterior, para que a história e o exemplo não se percam e porque importa fomentar o desenvolvimento desta instituição, que nos últimos anos perdeu alguma relevância. A simpatia e o entusiasmo com que o presidente Agostinho Pinto Teixeira e o comandante Juvenal Almeida Campos recebem a equipa do Jornal Bombeiros de Portugal denunciam trabalho e entrega a causa dos bombeiros e ao movimento do voluntariado que, em Esposende, exibe vitalidade. Esta é uma casa, a todos os títulos, arrumada, onde nada falta, nem o exemplo, uma imagem de marca construída a pulso por um punhado de homens e mulheres, voluntários abnegados que prestam socorro à população, complementando o trabalho de apenas cinco assalariados. Agostinho Pinto Teixeira fala com orgulho deste grupo, garantindo que sem esta força seria impossível continuar a dar uma resposta de qualidade à população. Contudo, o comandante faz questão de referir que, nos últimos anos, o número de serviços prestado por este corpo de bombeiros decresceu, salientando contudo, que o número de ocorrências “tem vindo a aumentar”. Juvenal Campos explica que o elevado número de entidades que operarem no concelho, tanto no socorro como no transporte de doentes, tem retirado serviço aos Bombeiros de Esposende, que registe-se dividem o concelho com os Voluntários de Fão. O responsável operacional aponta o dedo ao trabalho do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do Porto, reconhecendo-lhe debilidades várias, nomeadamente o desconhecimento do território. “Vários núcleos da Cruz Vermelha, bem como outras entidades tanto do concelho, como de outras áreas do distrito entram na nossa zona de intervenção” adverte Juvenal Campos, garantindo que essa realidade obrigou a associação a adaptar-se a uma nova realida- de, a reajustar meios às reais necessidades. Atualmente, servem nos Voluntários de Esposende 43 bombeiros, operacionais bem preparados, que se superam todos os dias no cumprimento do lema “Vida por Vida”, como salientam os porta-vozes da instituição, cientes, contudo que importa chamar mais pessoas para o quartel, sobretudo jovens para assegurar a imprescindível renovação corpo de bombeiros, ainda que os dez estagiários e outros tantos recrutas na nova escola sejam garantia de reforço do corpo ativo. Direção e comando consideram primordial restabelecer os elos de união com a população, repor as ligações que se perderam em 1986, quando a associação deixou o centro de Esposende para se instalar num novo complexo, na época, nos arrabaldes da cidade. Ainda que operacional e, agora, bem localizado, pois a expansão do concelho criou novas centralidades, o quartel-sede está encaixado numa emaranhada rede viária que compromete a prontidão exigida aos operacionais do socorro. O presidente revela que a mudança para outra área chegou a ser pondera- da, mas o projeto “não tinha pernas para andar” pois os ganhos em acessibilidades, não eram proporcionais às condições que as atuais instalações ainda disponibilizam tanto aos elementos do quadro ativo, como aos do quadro de honra que por ali se reúnem muitas vezes, como aos associados. A estabilidade financeira da associação contrasta com falta de apoios, nomeadamente das empresas locais pouco sensibilizadas para esta causa. Agostinho Teixeira. contudo, dá conta que a autarquia, “na medida das possibilidades” investe nos bombeiros do município, com um subsídio anual, que “aliás até foi reforçado” mas também atendendo a solicitações pontuais, nomeadamente financiando viaturas e equipamentos. “Nunca temos tudo o queremos, mas nós dispomos dos meios necessários para dar resposta às solicitações da nossa área de intervenção e até para apoiar, quando necessário, as congéneres do interior do distrito”, refere o comandante, falando da recente aquisição de uma ambulância, porque importa, sempre, acrescentar qualidade ao socorro prestado. Da mesma forma, Juvenal Campos diz-se atento tanto à preparação e formação como à segurança dos operacionais pelo que os equipamentos de proteção individual são um investimento programado. E para que as comemorações do 125.º aniversário possam ser um marco na já longa e venerável história desta associação humanitária, os Voluntários de Esposende, mais uma vez unem-se no desígnio comum de servir o próximo, o mesmo que norteou os pioneiros Francisco da Silva Loureiro, João de Miranda Magalhães e José da Silva Vieira, bem como alguns outros homens bons que no dia 6 janeiro de 1891 subscreveram a ata de instalação provisória da então Associação Humanitária Espozendense. 17 FEVEREIRO 2015 SERRA DA ESTRELA N esta época do ano, o ponto mais alto de Portugal Continental acolhe um manto branco que chama milhares de turistas a esta região, cenário que o jornal Bombeiros de Portugal acompanhou no terreno com os bombeiros que integram o dispositivo de socorro do Plano de Operações Nacional da Serra da Estrela (PONSE). Uma resposta articulada e eficiente a qualquer tipo de emergência no maciço central da Serra da Estrela é a função dos agentes de proteção civil dos distritos de Castelo Branco Socorro na neve e Guarda, que se dividem em turnos e equipas multidisciplinares. Bombeiros voluntários e elementos Força Especial de Bombeiros (FEB) partilham um espaço exíguo e com parcas condições estruturais, apenas aquecido pela camaradagem dos operacionais que em alguns momentos do dia, quando o fluxo de visitantes abranda, conseguem partilhar experiências e muitas episódios vividos naqueles vales e montanhas. Para além ações de vigilância nas áreas de maior risco, estes operacionais têm a seu cargo o posto de socorros primários, onde são recebidas e tratadas todas as vítimas de pequenas escoriações, provocadas por quedas na neve, ou, se necessário, encaminhadas para as unidades hospitalares. No dia em que a equipa “BP” acompanhou este grupo, estavam escalados para maciço central os bombeiros de Manteigas e Loriga com equipamentos de primeira intervenção para resgate na neve, bem como de ambulâncias 4x4. No Sabugueiro, a aldeia mais alta de Portugal, o socorro era as- segurado pelos Voluntários de São Romão apoiados por uma ambulância de socorro, meios que permitiam uma primeira intervenção no âmbito da emergência pré-hospitalar. Desta forma, uma resposta eficaz na prevenção e socorro na Serra da Estrela. é garantida por uma unidade de comando, controlo e gestão operacional que integra bombeiros da Covilhã, Gouveia, Loriga, Manteigas, São Romão e Seia; o grupo de resgate em montanha da FEB e o o grupo de montanha dos GIPS da GNR. Sérgio Santos 18 D FEVEREIRO 2015 SANTO TIRSO SINES Amarelos repetem experência Mãe e filho recebem cuidados ois voluntários dos Bombeiros Voluntários Tirsenses (Amarelos) foram, no passado dia 21 de janeiro, os parteiros de emergência de um bebé, na freguesia de S. Miguel do Couto. O alerta chegou ao quartel, por volta das 6 horas da manhã, dando conta de uma mãe em trabalho de parto. Quando chegaram ao local, os bombeiros Cristina Mariana Guimarães e Carlos Godinho verificaram que não era possível transportar a mãe para a maternidade do Hospital de Vila Nova de Famalicão, pois o nascimento estava eminente. Iniciaram então a preparação da grávida, enquanto aguardavam o apoio da equipa da ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV) do Hospital de Santo Tirso. O pequeno Lucas nasceu pouco tempo depois. Ainda compareceu no local Viatura Médica de Famalicão. O recém-nascido e a sua mãe foram transportados para o Hospital de Famalicão. Esta não é uma situação nova para estes bombeiros, tendo em conta que para Mariana este já é o terceiro parto efetuado e para Carlos, o segundo. Ainda assim, é sempre com emoção que cada uma destas experiências é vivida. O s Bombeiros Voluntários de Sines deslocaram-se na passada dia 19 de fevereiro, para um incomum serviço de pré-hospitalar. Passavam pouco minutos das 16 horas e a equipa de bombeiros foi ativada para a zona das Barradas, Sines, para um situação de parto, com informação que a o bebé já teria nascido. Após a chegada ao local, os dois bombeiros constataram o nascimento da criança, tendo então procedido ao corte do cordão umbilical e cuidados pré-hospitalares, com o apoio da viatura médica (VMER) do Hospital do Litoral Alentejano. O recém-nascido foi encaminhado com urgência para o Hospital do Litoral Alentejano com o apoio da viatura médica e a mãe da criança foi também transportada minutos depois por uma outra ambulância dos Bombeiros Voluntários de Sines. ABRANTES ALFÂNDEGA DA FÉ Parteiros na A4 A A4 foi mais uma vez palco da realização de um parto numa ambulância de bombeiros. Desta fez coube aos Voluntários de Alfândega da Fé a demonstração dessa capacidade em articulação com a VMER de Bragança. Tudo aconteceu a caminho do Hospital de Bragança. Os bombeiros Emídio Silva e Tiago Penarroias conduziam uma parturiente a caminho daquele estabelecimento hospitalar quando a Carolina entendeu, afinal, vir Depois de prestados os devidos cuidados e constatado que se encontravam estabilizados, mãe e bebé foram encaminhados para o Hospital de São Bernardo, Setúbal, em ambulância dos Bombeiros Voluntários de Sines, atendendo que a Unidade Médica do Litoral Alentejano não tem serviço de Obstetrícia. O ao mundo nas mãos dos bombeiros com o apoio dos elementos do INEM em plena autoestrada A4. A primeira avaliação conjunta feita pelos bombeiros e pela equipa da VMER quando se encontraram no sentido de Bragança foi prosseguir a marcha e ir acompanhando o espaçamento das contrações. Na segunda avaliação, feita poucos quilómetros depois, aconselhou a paragem e a realização do parto. Ocorreu no passado dia 20, às 3h55 da madrugada. Bombeiros estreiam-se s bombeiros Sylvie Alvarez e Ricardo Daniel, dos Bombeiros Voluntários de Abrantes, realizaram no domingo, dia 15 de fevereiro, um serviço inesperado e em que se estrearam com sucesso. A chamada chegou à central dos Bombeiros de Abrantes pelas 12.42 horas e, treze minutos depois, Ricardo e Sylvie já se encontravam no Tramagal, a cerca de 12 quilómetros de distância, para socorro a Elisabete Pires que se encontrava em trabalho de parto. No local, ao avaliarem a parturiente, verificaram que teriam que fazer o parto, pois não havia tempo para chegar ao hospital. E, como previram, assim aconteceu. Já dentro da ambulância, mesmo à saída da casa da parturiente, nascia a Anabela nas mãos dos dois bombeiros, marcava o relógio 13.15. Depois, os bombeiros seguiram com mãe e filha para o Hospital de Abrantes onde a assistência médica reconheceu o bom trabalho executado pelos bombeiros. Mãe e filha encontram-se bem de saúde e a Sylvie e o Ricardo estão de parabéns. SINES Treino na refinaria PAMPILHOSA N Operacionais em ação o passado dia 21, pelas 18:25, os Bombeiros Voluntários de Pampilhosa foram acionados para um acidente com homem de cerca de 80 anos que ao cortar um pinheiro, foi atingido pelo mesmo na queda. O octogenário ficou prostrado no chão sem se conseguir movimentar e foi encontrado minutos depois por familiares que o procuravam e deram o alerta para os bombeiros. O acidente ocorreu em local de difícil acesso, no meio de pinhais, entre as localidades de Lendiosa e Malaposta do Carqueijo. Nessa misão esteve envolvida uma ambulância de socorro com três operacionais que tiveram de ser auxiliados por mais seis e uma viatura de apoio devido ao difícil acesso ao local do incidente. A vitima foi transportada ao Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra (CHUC) e a GNR esteve também presente no local. No mesmo dia, pelas 22:44, os Voluntários de Pampilhosa foram acionados para um despiste de um veículo ligeiro, no IC2/N1 sentido NS, na zona do Carqueijo, do qual resultou um ferido ligeiro. O transito esteve condicionado durante alguns minutos até à chegada da Brigada de Tânsito da GNR que tomou conta da ocorrência. A vitima, de cerca de 30 anos, foi transportada ao CHUC pelos Voluntários de Pampilhosa. O s Bombeiros de Sines estiveram de regresso à Refinaria Galp Energia, para mais um treino que envolveu 20 operacionais e contou, também com a participação de nove elementos dos Voluntários Vendas Novas. Durante uma manhã, os bombeiros realizaram um conjunto de ações práticas no campo de treinos da refinaria, onde em conjunto com as equipas de segurança daquela unidade, praticaram as técnicas de extinção de Incêndios. Este foi o primeiro treino realizado com elementos de outro corpo de bombeiros, sendo intenção do comando dos Voluntários de Sines dar continuidade a ações desta natureza, que permitem “aproximar os operacionais ao mesmo tempo aperfeiçoar as técnicas”. Este responsável operacional salienta, ainda, “a abertura da Refinaria Galp Energia, que desde o primeiro momento recebe os bombeiros no seu campo de treino, contribuindo para a dos bombeiros”. 19 FEVEREIRO 2015 D VILA POUCA DE AGUIAR SETÚBAL Bombeiros em formação Sapadores e estudantes em exercício ecorreu no dia 7 de fevereiro, na Praça João Paulo II, em Vila Pouca de Aguiar mais uma ação de formação dos bombeiros locais, desta feita na vertentes do salvamento e desencarceramento e do socorro pré hospitalar. Esta atividade teve como objectivos testar os conhecimentos e aperfeiçoar técnicas de salvamento e desencarceramento por parte dos operacionais envolvidos. O exercício mobilizou três viaturas e 22 operacionais e 12 estagiários que puderam acompanhar os procedimentos e viver de perto a realidade de um corpo de bombeiros. A iniciativa, que foi acompanhada um formador do curso Tripulante de Ambulância de Socorro (TAS) dos Bombeiros de Mirandela, assentou na simulação de vários cenários com viaturas ligeiras de passageiros em acidentes rodoviários envolvendo diversas vítimas encarceradas. A realização destas acções tem por base a determinação demonstrada pelo comandante dos Voluntários de Vila Pouca de Aguiar Borges Machado, “em dotar os operacionais dos conhecimentos e técnicas adequadas a cada ação tendo em atenção os múltiplos cenários que podem surgir no dia-a-dia dos bombeiros”. Da mesma forma o responsável operacional defende que estas iniciativas permitem motivar os operacionais. VILA FRANCA DE XIRA Corpo ativo reforça técnicas O s Bombeiros Voluntários de Vila Franca de Xira mobilizaram o corpo ativo durante o mês de fevereiro para treino de técnicas de salvamento e desencarceramento. Nestas ações, integradas no plano anual de formação interna, os operacionais estiveram no centro de abate de veículos “Batistas” onde testaram as diversas técnicas em “veículos sinistrados”. Sérgio Santos O treino, com a simulação de vítimas e em diferentes contextos de socorro, foi dinamizado no quartel da Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal, numa ação impulsionada pelo “Critical ESS”, entidade formativa em emergência da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Setúbal. Soa o alerta. Um choque entre duas viaturas, um veículo ligeiro e um motociclo, faz quatro vítimas. No carro, o condutor está encarcerado, enquanto o passageiro está gravemente ferido e queixa-se da cervical. No chão, os dois ocupantes da mota gritam por auxílio. Para o local são destacadas quatro viaturas da Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal, uma para o cenário de acidente rodoviário simulado, as restantes para os outros dois teatros de operações montados, uma explosão no prédio com feridos e uma tentativa de suicídio, com um ferido encurralado num poço. “Este exercício permitiu que estes futuros enfermeiros pudessem aplicar, em contexto real, procedimentos de atuação em vários teatros de operações, em particular na estabilização de vítimas”, salientou o comandante da Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal, Paulo Lamego. O responsável destacou, igualmente, a troca de experiências entre os Sapadores e a comunidade escolar, sendo que para alguns dos estudantes “esta foi a primeira vez que estiveram envolvidos em exercícios de maior complexidade no terreno”. O exercício, com o envolvimento de cerca de uma centena de pessoas, entre sapadores e mais de seis dezenas de alunos, permitiu aos estudantes adquirir, em contexto real, competências essenciais à futura atuação enquanto profissionais de saúde em situações de catástrofe e emergência. A articulação estabelecida entre o “Critical ESS” e a Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal procurou, igualmente, proporcionar aos participantes uma experiência pedagógica profissional diferente e inovadora, com vista a reforçar a proximidade entre a comunidade escolar e os Sapadores. AZAMBUJA Simulacro envolve autocarro escolar CACILHAS V Ação conjunta em navio de guerra inte elementos dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas participaram recentemente na Base Naval de Lisboa (BNL) no Alfeite, num exercício conjunto com 60 operacionais da Marinha de Guerra Portuguesa. O exercício ocorreu a bordo da fragata “Vasco Gama”, atracada na BNL, e teve como principal objetivo testar a articulação das duas U ma colisão entre um autocarro escolar e uma viatura ligeira de passageiros no Largo do Rossio, na Azambuja foi a encenação montada para a realização de um simulacro. Um cenário de multivítimas com a definição das prioridades de evacuação, a par da extração das vítimas encarceradas na viatura ligeira, permitiu testar a intervenção técnica dos operacionais dos Voluntários da Azambuja. Sérgio Santos forças, quase uma centena de intervenientes, em caso de emergência no combate a um incêndio naval. No final o resultado constatado pela equipa de avaliação do Estado-maior da Marinha revelou-se muito positivo, admitindo-se, desde, logo as vantagens de vir a repetir este tipo de experiências. 20 FEVEREIRO 2015 CASCAIS ARRUDA Treze anos de formação conjunta De regresso Nos últimos anos, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Arruda dos Vinhos como que se arredou da sua matriz, assumindo várias outras missões que quase a desvirtuaram. De regresso às origens, uma renovada equipa de dirigentes, gente que vive e sente a causa, munida de determinação por um audacioso plano de atividades tenta restituir os pergaminhos a esta centenária instituição. Texto: Sofia Ribeiro Fotos: Marques Valentim N ão têm sido fáceis os últimos meses no quartel sede dos Voluntários da Arruda dos Vinhos. Erros de estratégia obrigaram um punhado de associados a resgatar a instituição de um processo declínio. Rui Silva, figura bem conhecida dos bombeiros de Portugal, depois de algum tempo arredado da instituição, regressa e assume a missão de reunir a equipa certa para encetar um novo ciclo marcado pela prosperidade. Assim, para além de Rui Silva, na presidência da assembleia geral, pode contar com José Seixas, na direção e Rui Alves, no conselho fiscal, coadjuvados por um grupo multidisciplinar com capacidade e vontade de inverter o curso da história, como faz questão de acentuar no recém-empossado José Seixas. No decorrer de uma visita às instalações dos Bombeiros de Arruda dos Vinhos, os dirigentes revelam que esclarecem que a situação herdada reflete A s cinco associações de bombeiros voluntários do concelho de Cascais (Alcabideche, Cascais, Estoril, Parede e Carcavelos – S. Domingos de Rana) estão neste momento a realizar a 13.ª edição de formação conjunta inicial de bombeiros. Ao longo desses anos beneficiaram deste tipo de formação mais de 400 estagiários dos cinco corpos de bombeiros. A decisão de arrancar com aquele tipo de formação foi decidido no seio do Secretariado das Associações de Bombeiros Voluntários do Concelho de Cascais Trata-se de uma experiência, inédita à época, que tem permitido, não só uniformizar o modelo de formação no seu conjunto, mas também assegurar a preparação prática integrada entre os elementos dos cinco corpos de bombeiros. A ideia, segundo fonte do Secretariado, “ de início não foi fácil de implantar, houve que ven- cer as quintinhas e, ao longo do tempo, ir vencendo todos esses e outros constrangimentos”. Juntaram-se os formadores das diferentes áreas das associações envolvidas e para satisfazer as necessidades pedagógicas, nomeadamente, quanto ao número de formandos, “muitas vezes têm chegado à meia centena”, foi necessário constituir duas turmas e articular todo o programa de formação nesse sentido. A Câmara Municipal de Cascais tem assegurado também o apoio a esta formação conjunta garantindo o conjunto de meios necessários à sua concretização. opções erradas tomadas nos últimos anos quando a associação centrou todas as atenções na gestão de uma academia de tempos livres para crianças e jovens, descurando a missão do corpo de bombeiros. Apesar de todos os pesares, a operacionalidade e a qualidade do socorro prestado às populações nunca estiveram em causa, como sublinha o comandante Acácio Raimundo, contudo são elevados prejuízos acumulados. José Seixas fala com preocupação das dívidas a fornecedores, mas sobretudo aos mais de 20 funcionários, que desde a primeira hora se mostraram disponíveis em apoiar a direção neste intrépido propósito, como revela José Seixas. “Por vezes temos que dar um passo atrás para depois dar dois à frente”, diz o presidente, dizendo-se “motivado e encorajado” para imprimir êxito a esta espinhosa missão. “Estamos a fazer um grande esforço para restabelecer o equilíbrio, tendo consciência plena que corremos contra o tempo… este trabalho terá que ser feito em poucos meses”, acrescenta o dirigente. Para além das questões financeiras, surge como prioritária a (re)aproximação à comunidade, pois só dessa forma é possível sensibilizar as pessoas para a causa, garantir apoios e até despertar vocações nos mais novos, que afinal são o futuro da associação. Numa outra vertente, o projeto Clube Mais, em fase de implementação, visa a criação de parcerias com as empresas locais, conforme explica o vice-presidente Fernando Barata Mendes, apostado em aumentar o número de associados, menos de quatro mil num universo de cerca de 16 mil habitantes. Nesta senda, refira-se que os Voluntários da Arruda dos Vinhos já estão na internet (www.bv-arruda.pt), um meio importante para dar visibilidade e dignificar uma história com 125 anos, valorizando a missão cumprida pelos bombeiros. Paralelamente, estão a ser promovidas outras 21 FEVEREIRO 2015 DOS VINHOS às origens ações e atividades, nomeadamente, o tradicional Baile da Chita, que já no próximo dia 21 de março, volta a abrir as portas do quartel às dezenas de candidatas, de todas as idades, aos títulos de rainha, dama e princesa da chita. Todo este dinamismo está a ser acompanhado de perto pela Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos que, atenta às necessidades do corpo de bombeiros, tem respondido afirmativamente as todas as solicitações. Rui Silva fala mesmo do “grande apoio da Câmara Municipal que mesmo em tempos difíceis aumentou o valor do subsídio anual, que já era substancial”. “Somos o braço armado da proteção civil do concelho e, felizmente, a autarquia reconhece-nos esse estatuto”, reforça o comandante. Por estes dias, todos os contributos parecem poucos para devolver estabilidade a esta casa e dotar os cerca de 70 elementos do corpo de bombeiros de todas as condições de trabalho, sobretudo de alguma organização e serenidade que têm faltado nos últimos meses. No rol, grande, de prioridades estão consignadas obras de requalificação no quartel, renovação do parque de viaturas e a aquisição de um gerador, bem como fardamento e de equipamento de proteção individual. Mas, por agora, resta “gerir o que existe, poupar viaturas e equipamentos”, como defende Rui Silva, certo que esta situação é temporária e que, brevemente, será possível retomar ao investimento, imprescindível para uma instituição há mais de um século comprometida com o progresso e a modernização. Peritos em fazer muito com muito pouco os bombeiros conseguem enfrentar todas as adversidades com o firme propósito de acrescentar prontidão e eficácia ao socorro prestado às populações “Em termos operacionais nada se perdeu”, garante o comandante Acácio Raimundo, salientando a preparação e a formação, que os homens mulheres não descuram, ainda que a esta procura pelo conhecimento implique inúmeros sacrifícios, tanto no plano familiar como profissional, mas “estes bombeiros não falham, são excelentes, dão todas garantias” como destaca o comandante. Hoje, tal como naquele dia 10 de junho de 1889, também um punhado de arrudenses, se uniu, só que desta feita para restaurar o legado dos pioneiros, cidadãos dos quais se desconhece a identidade, mas cujo exemplo perdura numa obra de relevante interesse local e até nacional que preserva, intactos os pilares do altruísmo e da solidariedade. 22 FEVEREIRO 2015 FORMAÇÃO CONJUNTA D ecorreu no nas instalações dos Voluntários de Alverca uma cerimónia que marcou o culminar da Escola Conjunta de Formação para Ingresso na Carreira de Bombeiro Voluntário do ano 2013/2014 com a imposição de divisas aos 17 novos bombeiros de 3.ª e o arranque oficial de uma nova recruta. Este projeto, que se realizou pelo segundo ano consecutivo, uniu cinco dos seis corpos de bombeiros do Concelho de Vila Franca de Xira na missão comum de formar com qualidade os futuros bombeiros do concelho, fomentando o trabalho em equipa, a articulação entre as diferentes equipas, a normalização de procedimentos e o espírito de camaradagem. Desta conjugação de esforços, os corpos de bombeiros envolvidos lançaram dois novos projetos este ano, que passam por elaborar uma formação específica em conjunto para os elementos que se encontram a concorrer para a progressão na carreira de bombeiro e também União dá frutos ABRANTES A um conjunto de exercícios em CPX e Livex para os elementos de comando e do corpo ativo nas vertentes de incêndios florestais, urbanos e industriais e cenários de multivítimas. A cerimónia contou com a presença do presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita, do vereador da Proteção Civil, António Oliveira, do CODIS de Lisboa, Carlos Mata, bem como dos comandantes e presidentes de direção Corpos de Bombeiros de Alverca, Castanheira do Ribatejo, Póvoa de Santa Iria, Vialonga e Vila Franca de Xira), dos forma- dores e instrutores, bombeiros e estagiários. Quadro ativo reforçado pós conclusão da instrução inicial de Bombeiro e concluído o período de estágio em Contexto de Trabalho, foram promovidos ao posto de bombeiro de 3ª, no dia 17 de Janeiro de 2015, 12 elementos, que juraram Bandeira e foram incluídos no quadro ativo, reforçando a capacidade de resposta operacional dos Voluntários de Abrantes. Na mesma cerimónia, foram apresentados ao corpo de bombeiros, os 16 elementos que ingressaram na recruta de 2015. PAÇO DE SOUSA Quartel prepara futuro CASCAIS T omaram posse no passado dia 27 de janeiro, os órgãos sociais da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cascais, para o biénio 2015/16. Rui Rama da Silva assume, assim, o 13.º mandato consecutivo, como presidente da direção numa equipa que integra Vítor Neves (vice-presidente), Artur Magalhães (vice-presidente), João Marques Valentim (1.º secretário), Manuel da Costa Matos (2.º secretário), José Pintéus (tesoureiro) Carlos Nascimento (tesoureiro-adjunto), os vogais Alexandre Faria e Carlos Santos e, ainda, Américo Marques Nuno Garcia e João Equipa renova compromisso Guimas, como vogais suplemtes. Na assembleia geral João Parracho volta a assumir a presidência coadjuvado por Joaquim Piedade Aguiar (vice-presidente) e os secretários Sofia Ribeiro e Aurélio Rangel. Por sua vez Armando Mendonça preside ao conselho fiscal apoiado por Joaquim Miguel Murteira Pechirra (secretário), José Barroca Maia (relator), Joaquim Manuel Silva Santos e João da Costa Leite (suplentes). Na cerimónia, testemunhada pelos três elementos da estrutura de comando dos Voluntários de Cascais, Rui Rama da Silva agradeceu á equipa que o D epois de um período conturbado, regressa a estabilidade a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Paço de Sousa, onde já se projeta o futuro. Assim sendo, a direção anuncia, “com grande satisfação”, o início de uma recruta, iniciativa que está a mobilizar não só a nova estrutura de comando mas todo o corpo ativo. Esta escola conta com 12 formandos, um importante reforço para o corpo de bombeiros e a prova que em Paço de Sousa o voluntariado está bem vivo e os jovens continuam sensíveis ao lema “vida por vida”. acompanha “há alguns anos” neste projeto e reiterou o compromisso assumido com os bombeiros e com os associados assente na uma rigorosa gestão de recursos, sem descurar os investimentos no corpo de bombeiros, indispensáveis para a prontidão da resposta e qualidade do socorro prestados às populações. CASTELO BRANCO Homenagem a dirigente A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Castelo Branco prestou homenagem ao seu presidente da assembleia-geral, Rogério Pernes Mota, recentemente re-eleito para o mesmo cargo para o quadriénio 2015/2018. O homenageado, distinguido pela Liga dos Bombeiros Portugueses com o crachá de ouro, é uma figura incontornável do universo dos bombeiros, a que está associado há quarenta anos. Rogério Pernes Mota iniciou a atividade de dirigente de bombeiros como vogal da assembleia-geral da Associação entre 1971 e 1973, desempenhou as funções de presidente da direção entre 1974 e 76 e as de presidente da assembleia-geral, ininterruptamente, a partir de 1977. A Liga dos Bombeiros Portugueses fez-se representar nesta homenagem pelo vice-presidente do conselho executivo, Adriano Capote. Estiveram também presentes, o presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, Luís Correia, e o comandante distrital de operações de socorro da ANPC, comandante Rui Esteves. 23 FEVEREIRO 2015 VIDAGO F FORNOS DE ALGODRES Bombeiros com novo elenco T omaram posse, recentemente, os novos órgãos sociais dos Bombeiros Voluntários de Fornos de Algodres, para o biénio 2015/2016, numa cerimónia testemunhada por muitos associados, representantes de instituições congéneres do distrito da Guarda e ainda Gil Barreiros, vice-presidente do Conselho Executivo da Liga de Bombeiros Portugueses e António Fonseca, Comandante Operacional Distrital da Guarda. A equipa recém empossada integra na direção Fernando António Almeida Rodrigues (presidente), Carlos Manuel Oliveira Lote (vice-presidente administrativo), André Veiga Santos Pereira (vice-presidente cultural), Ana Isabel Paulo Melo Santos (1.º secretário), António José Rebelo Azevedo (2.º secretário), Joaquim Fernando Costa Moreira (1.º tesoureiro), Luís Miguel Pina Ferreira (2.º tesoureiro) e Maria Isabel Cardoso Amaral Menano e Bruno António Rodrigues Faustino (vogais). Na presidência da assembleia geral, António Manuel Pina Fonseca é secundado por João Alberto Sequeira da Fonseca (vice-presidente) e João Carlos Figueiredo Tavares. Para o conselho fiscal foram empossados José Maria Abreu Castelo Branco (presidente), Pedro Miguel Freitas Freire Lucas (secretário) e João Manuel Pina Gomes (relator). VINHAIS A Orgãos sociais tomam posse Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vinhais conta com novos órgãos sociais para o triénio 2015/2017. A assembleia-geral é presidida por Américo Jaime Afonso Pereira, tendo como primeiro e segundo secretários, Luís Alberto Guedes e António Manuel Rodirgues. A direção, presidida por José Humberto Martins é composta por Luís António Alves (vice), primeiro e segundo secretários, José António Marques e Carlos Correia, o tesoureiro Manuel Isaías Borges. O primeiro e segundo vogais, Maria Isabel Silva e Vitor Luís, e os suplentes, Rui Gonçalves, Francisco Reis e Ricardo Afonso. O conselho fiscal é presidido por Horácio Afonso tendo, como secretário, Maria José Guedes, como relator, Belmiro Correia, e suplentes, Rui Rodrigues e Jorge Tomé. O comandante do corpo de bombeiros é José António Afonso Marques. Novos dirigentes em funções rancisco Oliveira, há 37 anos ligado á instituição, foi reeleito presidente da direção da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vidago, para os próximos 3 anos, na sequência das eleições para os novos corpos gerentes que decorreram no dia 29 de Dezembro transato. A lista encabeçada por Francisco Oliveira foi a única lista concorrente e foi votada por unanimidade dos associados presentes na assembleia-geral eletiva. A posse dos órgãos eleitos para o triénio 2015/2017 decorreu em cerimónia realizada em 24 de Janeiro último, com a presença do presidente da Câmara Municipal de Chaves, António Cabeleira. A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vidago foi fundada há 47 anos, e é detentora de um corpo de bombeiros com 50 elementos no corpo ativo, 22 viaturas para intervenção, uma área operacional de 100,27 quilómetros quadrados, e uma população de 5700 pessoas que se distribuem pelas freguesias de Anelhe, Vilela do Tâmega, Vilas Boas, Loivos, Stª Leocádia, Povoa de Agrações, Oura, Arcossó, Selhariz, Vilarinho das Paranheiras e Vidago. A direção agora re-eleita conta com cinco elementos que estão ligados à estrutura desde a sua fundação, no já longínquo ano de 1967 (Silvino Rodrigues, Cmdt Q/ Honra Emílio Lage Medeiros, Horácio Ferreira, e Cmdt Q/ Honra Fernando Cadete. A aposta forte na formação dos bombeiros, o recrutamento de novos bombeiros e a substituição do telhado do quartel que ainda está com placas de fibrocimento são os principais objetivos traçados pelos órgãos sociais para o novo mandato. A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vidago continuará a desenvolver, igualmente, um conjunto significativo de iniciativas de angariação de fundos de forma a poder fazer face às despesas de aquisição de dois novos veículos operacionais que estão em falta um VFCI (Veiculo Florestal de Combate a Incêndios) e uma ABSC (Ambulância de Socorro). A este propósito, recorde-se que, em Se- tembro passado foi adquirido um novo veículo de transporte de doentes, sem qualquer apoio financeiro das administrações central ou local. A direção é assim presidida por Francisco Oliveira, a assembleia-geral por Fernando Carvalho e o concelho fiscal por Horácio Ferreira. A assembleia-geral conta ainda com o vice Emílio Lage Medeiros, o secretário Augusto Pereira Carvalho e os vogais Mário Jorge Ferreira Faria e Germano Ferreira dos Santos. Na direcção constam ainda, o vice Eduardo Júlio Alves Brás, o tesoureiro Silvino Teixeira Rodrigues, o primeiro secretário Mário Rui da Silva Queirós, o segundo secretário Agripino Rodrigues Oliveira e os vogais Cândido Machado Alves, Luís Eduardo Teixeira Costa, Manuel do Couto, José Miguel Ligeiro Santos, Joaquim João Oliveira Sousa e Fernando Gonçalves Cadete. Do conselho fiscal fazem também parte, o vice Amável Baía, o relator Carlos Teixeira Carvalho e os suplentes, André Chaves Vidal dos Reis Rodrigues e António Manuel Monteiro Rodrigues. 24 FEVEREIRO 2015 CETE Formação é aposta SETÚBAL J osé Luís Silva é o novo comandante dos Bombeiros Voluntários de Cete. A tomada de posse oficializou uma situação que, na prática, já acontecia desde abril do ano passado, quando Rui Gomes foi substituído interinamente por aquele que agora é o seu sucessor. As primeiras medidas de José Luís Silva passam pela escolha da restante equipa de comando e pela aposta na formação dos voluntários. Bombeiro há 26 anos, José Luís Ribeiro da Silva nasceu, há 44 anos, em Cete e foi também nesta freguesia de Paredes que cresceu e se fixou com a família e onde, em 1988, se fez bombeiro iniciando um percurso que o levou, 16 anos depois, a ser nomeado 2º comandante. Em 2006 foi convidado pela direção para trabalhar a tempo inteiro nos bombeiros. José Luís Silva deixou o emprego como carpinteiro metalúrgico e dedicou-se, então, em exclusivo ao lema “Vida por Vida”. “Agora, tenho de continuar com o projeto que já vinha a ser implantado”, afirma o novo responsável operacional dos bombeiros de Cete. Depois da “escolha da equipa de comando”, a aposta é na formação e na construção de uma unidade de formação interna, diz. José Luís Silva que, também, pretende contribuir para o equilíbrio financeiro da instituição, garantindo que os bombeiros vão continuar a realizar eventos para angariar receitas. “Conseguimos com o apoio das empresas da região oferecer um fato de proteção contra incêndios urbanos a cada bombeiro e vamos continuar a ter os nossos próprios eventos”, afiança. Na mesma cerimónia, 15 homens e mulheres foram promovidos a bombeiros de 3.ª e outros quatro a bombeiros de 1.ª e receberam as respetivas insígnias. BP com Verdadeiro Olhar A Ex-árbitro e militar assume estrutura Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Setúbal aproveitou a tomada de posse dos novos órgãos sociais para proceder, também, à posse do novo comandante do seu corpo de bombeiros. O major e engenheiro civil João Francisco Ferreira é o novo comandante dos Voluntários de Setúbal, empossado em cerimónia que contou com as presenças do vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), Rodeia Machado, e da comandante distrital da ANPC, Patrícia Gaspar, e do vereador da Proteção Civil da Câmara de Setúbal, Carlos Rabaçal. João Ferreira tem um vasto currículo como militar do Exército, de que passou à reserva em dezembro último e como árbitro de futebol, a cuja carreira pôs termo em maio de 2013. Nesta qualidade, o novo comandante dos Voluntários de Setúbal, dirigiu 50 jogos internacionais, duas supertaças Cândido de Oliveira e uma final da Taça de Portugal, em 2011. ANGRA DO HEROÍSMO Comando reconduzido O s elementos do comando do Corpo de Bombeiros Voluntários de Angra do Heroísmo, o comandante Luís Picanço, o segundo comandante Ruben Toste e o adjunto de comando Jorge Silva, após terminarem a segunda comissão de serviço no Comando no dia 11 de fevereiro de 2015, foram reconduzidos para mais uma comissão de serviço de 5 anos. “Passados estes 10 anos de comando, percebemos que conseguimos atingir a maior parte dos objetivos aos quais nos propusemos e isto só foi possível com a colaboração de todos os intervenientes, direções, entidades diversas e todos os elementos do corpo de bombeiros” afirmou-nos o comandante Luís Picanço. O mesmo responsável explica que “aceitamos o desafio em continuarmos porque pensamos e queremos servir ainda mais e melhor a população em geral, dar ênfase ao estatuto social do bombeiro em relação à população, promover o contacto social entre os bombeiros e a população, buscar melhores condições pessoais e técnicas para o corpo de bombeiros, são alguns dos objetivos que nos propomos efetuar nesta comissão”. SOURE N Estagiários visitam CDOS o passado dia 8 de fevereiro, os estagiários dos Bombeiros Voluntários de Soure, fizeram uma visita ao Comando Distrital de Operações de Socorro de Coimbra (CDOS Coimbra). Os cerca de 20 elementos foram acompanhados pelos subchefes Jaime Lopes, Jorge Carvalho, Benedita Branco e Rita Alegre. Os participantes dão conta de uma iniciativa, produtiva e enriquecedora, que permitiu ao formandos conhecerem o funcionamento da Proteção Civil dis- trital, no âmbito das diversas missões do Comando Distrital. Os responsáveis dos Bombeiros de Soure fazem questão de agradecer ao Comandante Distrital de Operações de Socorro de Coimbra, comandante Carlos Luís, “pela disponibilidade em ceder as instalações, bem como aos operadores de serviço, que acompanharam o grupo nesta visita”. FIGUEIRA DA FOZ A Bombeiritos no centro de operações escola de infantes e cadetes da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz visitou o Centro distrital de operações de socorro de Coimbra. Esta ação teve como objetivo principal dar a conhecer aos jovens o funcionamento e organização deste centro de operações, as instalações e a interação nas operações de socorro entre os vários agentes de proteção civil distritais. O interesse demonstrado pelos peque- nos bombeiros nas temáticas abordadas deixou o comandante João Moreira, o adjunto Nélson Fadigas bem como todos os formadores satisfeitos pelo trabalho de sensibilização e educação dos bombeiritos. Sérgio Santos 25 FEVEREIRO 2015 VALE DE CAMBRA Fotos: Marques Valentim Presidente da LBP lança desafios ao PM D urante a sessão solene da inauguração do novo quartel dos Bombeiros Voluntários de Vale de Cambra, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, comandante Jaime Marta Soares, lembrou ao Primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho presente, que “o que se passa em Portugal é um caso único no espaço universal, um país que tem como principal agente da Proteção Civil a força do voluntariado, milhares de mulheres e homens oriundos das associações humanitárias, voluntários e altruístas na defesa de pessoas e bens”. Ao lembrar todos os bombeiros portugueses “ mas de forma particular os bombeiros voluntários” o presidente da LBP adiantou que “hoje voluntariado nos bombeiros é sinal de competência e profissionalismo”. O comandante Jaime Soares lembrou os serviços prestados pelos bombeiros, 90 por cento do transporte de doentes não urgentes e 81 por cento da emergência pré-hospitalar a solicitação do INEM e sublinhou ao primeiro-ministro “que a vida dos bombeiros portugueses hoje não é uma vida fácil, pelo exercício da sua função de alto risco”. E, com clara alusão à problemática da floresta, recordou que “há necessidade que outros a montante façam aquilo que é da sua responsabilidade para evitar que tantas e tantas vezes os bombeiros correm riscos, porque antecipadamente não foi feito aquilo que devia ser feito”. O presidente da LBP lembrou, a propósito, “a urgência da criação do Observatório Nacional para os Fogos Florestais há muito reivindicado pela LBP”. O comandante Marta Soares lembrou a Passos Colho a urgência da criação, proposta pela LBP, do Cartão Social do Bombeiro, e ainda a importância dos incentivos ao voluntariado, da importância de “retomar a contagem de tempo de serviço para efeitos de reforma, que já existiu e deixou de haver”. O presidente da LBP frisou que “ a vida dos bombeiros não tem sido fácil, mas mais fácil que há três anos atrás”, lembrando “as dificuldades que conseguimos ultrapassar”. “Está tudo feito, não está, está muito aquém de estar concluído, ainda falta muito”, sublinhou o comandante Jaime Soares ao lembrar a excelente colaboração havida com o anterior titular do MAI, Miguel Macedo, e a sua equipa que, está certo, irá continuar com a nova ministra. “Foi possível fazer reformas que estavam por fazer há 15, até 20 anos lembrando “o compromisso que a cada um compete num processo negocial” e que “nunca renego a confiança que os bombeiros depositaram em mim para os representar”. O presidente da LBP recordou ainda a Lei do Financiamento “que está em cima da mesa para se concretizar”. Lembrou ter-se já obtido do Governo uma resposta, “ não há dimensão do que desejaríamos mas se calhar um pouco melhor do que à partida” e o rotundo não da Associação Nacional dos Municípios Portugueses, motivo para apelar aos autarcas presentes na inauguração para que “no âmbito das suas competên- cias no seio da ANMP possam fazer retroceder essa posição e para que se sentem à mesa das negociações”. Em resposta ao presidente da LBP, o primeiro-ministro fez questão de salientar que iria analisar todas as questões versadas. Os Bombeiros Voluntários de Vale de Cambra conseguiram agora concretizar a edificação de um novo quartel pensado há mais de 13 anos para substituir o anterior construído em 1972 em pleno centro urbano e já sem condições operacionais. O novo quartel começou a ser construído em 2012 num terreno cedido pela Câmara Municipal e onde pretendem em breve construir também uma área social contígua às novas instalações estritamente operacionais. A obra orçou 1,4 milhões de euros, 830 mil dos quais comparticipados por fundos comunitários, 100 mil pela autarquia e os restantes pela instituição e por benfeitores. Um deles, o comendador Ilídio Pinho, foi homenageado durante a sessão solene inaugural. Na mesma sessão o vice-presidente da direção, António Augusto Almeida, foi distinguido com o crachá de ouro da LBP e 4 bombeiros com a medalha de serviços distintos grau ouro da LBP, Filipe Aguiar, Manuel Fevereiro, Manuel Pereira e Manuel da Costa. Destaque também para a entrega de medalhas de assiduidade da LBP, relativas a 25 anos de serviço, ao comandante Victor Machado e aos bombeiros, Rui Gonçalves, Jorge Pinho, Ernesto Ferreira, Carlos Costa, Lúcio Martins e Manuela Almeida. A sessão solene, muito concorrida, contou também com as presenças, da ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues, dos secretários de Estado da Administração Inter- na e Adjunto e do Desenvolvimento Regional, João Almeida e Castro Almeida, do presidente da Câmara de Vale de Cambra, José Pinheiro, do presidente da ANPC, major-general Grave Pereira, do comandante operacional do Agrupamento Distrital do Centro Norte da ANPC, António Ribeiro, do comandante distrital, José Birmarck, e do segundo comandante, Manuel Ribeiro, acompanhados da presidente da assembleia-geral dos Bombeiros de Vale de Cambra, Ângela Matos Gomes, do presidente da direção, Miguel Soares, do comandante Victor Machado, e dos restantes órgãos sociais da instituição. 26 FEVEREIRO 2015 BARCELINHOS Secretário de Estado visita obra J oão Almeida, secretário de Estado da Administração Interna, visitou, recentemente, as obras do futuro quartel dos Voluntários de Barcelinhos, respondendo assim a um convite da associação. O governante mostrou-se satisfeito com o avanço dos trabalhos, deixando votos de sucesso para a instituição, bem como para todos que servem a nobre causa de salvar vidas. João Almeida sublinhou, ainda, a atividade desenvolvida pelos Bombeiros de Barcelinhos, em prol da comunidade. Dias antes, também o presidente da Câmara Municipal de Barcelos, Miguel Costa Gomes acompanhado pela vereação, puderam também confirmar que a empreitada decorre a bom ritmo, prevendo-se que, conforme o estabelecido, já em meados de junho o novo complexo possa acolher o corpo de bombeiros. Direção e comando fazem questão de sublinhar o importante contributo da autarquia para a concretização deste projeto, nomeadamente com a cedência do terreno. LORIGA C SOURE N Troca de experiências o âmbito do plano de instrução de 2015, os estagiários do Corpo de Bombeiros de Soure, visitaram, no mês passado, o quartel dos Voluntários de Pombal. Esta foi “uma tarde produtiva na partilha de conhecimentos e realida- des” que em muito contribuiu para o enriquecimento destes homens e mulheres que futuramente abraçam tão nobre causa, conforme destaca o comando dos Voluntários de Soure, que salienta ainda a simpatia com que o grupo foi recebido em Pombal. Bombeiros agradecem om o intuito de aumentar e melhorar a resposta em matéria de incêndios florestais, a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Loriga promoveu, recentemente, uma campanha de angariação de fundos que permitiu a aquisição de uma viatura pesada de combate a incêndios. Este investimento só foi possível mercê do apoio da Assembleia de Compartes dos Baldios de Gondufo e de Balocas e Vide, juntas de freguesia de Teixeira e de Alvoco da Serra, União das freguesias de Vide e Cabeça, entre outras instituições e particulares. Eventos como o “Dia da Mulher”, “ Festa do Benfica” e “Caminhada ao Fontão” permitiram, também, angariar mais algumas verbas, importante para a compra do veículo. Em comunicado dirigentes e bombeiros agradecem “a todos os que contribuíram por esta causa”, reconhecendo que “sem o donativo de todos a compra desta viatura não seria possível”. BUCELAS A Comunidade oferece ambulância Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Bucelas inaugurou, recentemente, uma nova ambulância de transporte múltiplo (ABTM) no decorrer das festividades do aniversário da freguesia de Bucelas. A viatura de transporte de doentes foi adquirida com o apoio da junta de freguesia de Bucelas e da “Bucelas Aventura”, uma empresa que têm organizado provas desportivas em parceria com o corpo de bombeiros, cujas receitas revertem na totalidade para a Associação. Sérgio Santos COJA Corpo ativo recebe equipamentos A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Coja assinalou, no passado dia 25 de janeiro, o 52.º aniversário com a entrega de novos fardamentos e equipamentos ao corpo ativo. Em formatura, os soldados da paz cojenses acolheram as entidades convidadas que juntamente com os associados e a população assistiram à sessão solene, que teve como ponto alto, a oferta da empresa Natura e da Câmara Municipal de Arganil de noventa equipamentos de proteção individual (EPI) para incêndios florestais. No momento das alocuções o presidente da direção Jorge Matos Silva mostrou-se satisfeito com as prendas que chegaram ao quartel em dia de aniversário e que incluíram ainda cinco desfibrilhadores para as ambulâncias, adquiri- dos com verbas amealhadas em campanhas de angariação de fundos e ainda com contributos da autarquia arganilense e da empresa que representa a marca “Licor Beirão”. Por sua vez o comandante Paulo Tavares reforçou os agradecimentos às entidades que têm colaborado com a instituição salientando que os novos equipamentos são uma mais-valia tanto para a segurança e proteção dos bombeiros, como para a qualidade do socorro prestado às populações. Entre as entidades presentes destacam-se o presidente da Câmara Municipal de Arganil, Ricardo Pereira Alves, o comandante distrital Carlos Luís (ANPC) e o comandante António Simões, presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Coimbra. Sérgio Santos 27 FEVEREIRO 2015 SETÚBAL A Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal assinalou, no dia 21 de fevereiro, o 229.º aniversário com a apresentação do novo veículo florestal de combate a incêndios (VFCI), estando, assim, concluído o processo de re-equipamento que traduz um enorme investimento da autarquia. Na sessão solene, o comandante Paulo Lamego relembrou o seu passado de militar para falar de coesão e espírito de equipa que são imagem de marca da companhia. Por sua vez a edil setubalense, Maria das Dores Meira, su- Concluído processo de reequipamento blinhou a importância do investimento feito no corpo de sapadores ao abrigo da candidatura a fundos europeus no âmbito do projeto “Resiliência Setúbal +”, que permitiu adquirir vários veículos multifunções e outros equipamentos fundamentais para melhorar a prestação do socorro às populações do concelho. Concluindo a sua alocução garantiu que a autarquia continuará empenhada, junto da “Associação Nacional de Municípios Portugueses, na procura de soluções que permitam a progressão dos sapadores nas sua carreira, novas admissões, a re-estruturação deste setor ou a redefinição das fontes de financiamento dos corpos de bombeiros profissionais”. Os convidados assistiram também à apresentação de um simulador de combate a incêndios estruturais. Na ocasião foi, ainda, descerrada uma placa de agradecimento aos bombeiros Fernando Pratas, Fernando Ribeiro, Fernando Salgueiro, Jor- ge Parrulas e a Jaime Palongo que recuperaram uma viatura antiga – Chevrolet 1927 com escada Magirus Associaram-se às comemorações, entre outras entidades, o vice presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Rodeia Machado e pelo segundo comandante distrital Rui Costa (ANPC). Sérgio Santos VIALONGA Fotos: Marques Valentim Melhoramentos não apagam sonho O s melhoramentos introduzidos nas instalações que datam da fundação da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vialonga há 38 anos foram mostrados no decurso das comemorações do aniversário. Estes melhoramentos foram antecedidos de outros, realizados em anos em anteriores mas, como referiu o presidente da direção, José Luís Rocha, e o comandante Luís Rodrigues, já não será possível fazer muito mais para acolher com dignidade os bombeiros que ali dão o seu melhor. O sonho de um novo quartel, em dia de aniversário, voltou a estar no centro das atenções, formulado por todos os responsáveis da Associação. A sessão solene comemorativa inclui, em primeiro lugar, a promoção de cinco estagiários a bombeiros de 3ª, Mário Reis Santos, Fábio Simões, Luís Ribeiro, Gonçalo Guiomar e João Carlos Tavares, e a entrega de medalhas de assiduidade da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) ao bombeiro Duarte Ferreira (10 anos) e, por 15 anos, aos bombeiros, Hugo Paulino, Lúcia Lopes, Ricardo Pinheiro e Lídia Alves. Foram também distinguidos, pelos relevantes trabalhos em prol da instituição os bombeiros, Gabriel Ferreira, Maria Natália da Silva, João Sarabanda, Lídia Alves e Lúcia Lopes, e homenageados um conjunto de empresas e cidadãos pelo apoio dado à Associação, nomeadamente, Mário Figueiredo e Tiago Soares. Durante as intervenções, destaque para as informações prestadas pelo comandante Luís Rodrigues no âmbito da formação do corpo de bombeiros. Segundo aquele responsável, em 2014 registou-se uma aposta clara com o maior número de horas de sem- pre aplicadas nesse domínio, que já está a continuar no ano em curso. Referiu ainda que a nova escola de estagiários dispõe de oito elementos e que em 2015 contam ter completo o quadro de comando. No final da cerimónia decorreu no exterior do quartel a inauguração de uma viatura de combate a incêndios florestais usada, adquirida com o apoio do corpo activo e da Junta de Freguesia de Vialonga e reabilitada com a participação dos próprios bombeiros. A sessão contou com a presença do vereador José António Oliveira, em representação da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, do vogal da LBP, Rui Rama da Silva, do vice-presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Lisboa, comandante Manuel Varela, do presidente da Junta de Freguesia de Vialonga, José António Gomes, acompanhados pelo vice-presidente da assembleia-geral da Associação, Paulo Infante, do presidente da direção, José Luís Rocha, do comandante Luís Rodrigues, e restantes órgãos sociais, incluindo ainda alguns dos fundadores. ANGRA DO HEROÍSMO A atribuição do crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) ao chefe Paulo Silveira e da medalha de mérito, grau ouro, aos três elementos do comando dos Bombeiros Voluntários de Angra do Heroísmo, Terceira - Açores, constituiu um momento alto das comemorações recentes do Dia da Padroeira e da própria associação. O aniversário da associação é em 1 de março mas, como sempre foi apanágio da instituição, aproveita-se o Dia da Padroeira, Nossa Senhora da Conceição, para assinalar a efeméride. As cerimónias tiveram início pela manhã com o hastear das bandeiras, seguindo-se a habitual missa em memória dos bombeiros, dirigentes e associados Crachá de ouro para o chefe Paulo Silveira falecidos. Após a missa, deu-se lugar ao desfile de todos os elementos e viaturas do corpo de bombeiros. Ao fim da manhã procedeu-se à formatura geral para receção às autoridades locais, nomeadamente, o Secretário Regional da Saúde, em representação do Presidente do Governo Regional, o presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores, o presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo e outras autoridades civis e militares. Após esta formatura e receção, teve lugar à entrega dos machados aos estagiários e a imposição das medalhas de assiduidade aos bombeiros com 5, 10, 20 e 25 anos de serviço efetivo. Seguiu- -se a entrega do crachá de ouro da LBP ao chefe Paulo Silveira e a atribuição das medalhas de ouro de mérito ao comandante Luís Picanço, ao segundo comandante Ruben Toste e ao adjunto de Comando Jorge Silva. O momento mais alto das cerimónias aconteceu quando um ra- paz de 11 anos, acompanhado do pai, entregou a Medalha de Mérito da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo ao nadador salvador Fabiano Silva devido ao fato deste o ter salvo em paragem cardiorrespiratória com manobras de suporte básico de vida numa zona balnear. Refira-se que, os Bombeiros Voluntários de Angra do Heroísmo são responsáveis pelas zonas balneares do concelho, conforme protocolo assinado por 4 anos entre a Associação e a Câmara Municipal. Após estas cerimónias, realizou-se o habitual almoço de confraternização com todos os bom- beiros, familiares, dirigentes, convidados e autoridades civis e militares presentes. Saliente-se o fato do Hino dos Bombeiros Voluntários de Angra do Heroísmo ter sido tocado pela primeira vez durante as cerimónias por duas bandas filarmónicas locais. 28 FEVEREIRO 2015 AZAMBUJA Fotos: Marques Valentim Tributo a dirigentes e bombeiros A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Azambuja aproveitou a comemoração do seu 83.º aniversário para prestar homenagem póstuma ao bombeiro de 2.ª, Francisco José Farinha Graça, com a medalha de serviços distintos grau prata da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP). Com a mesma distinção, também propostas à LBP pela direção e comando da instituição, foram distinguidos, o segundo comandante Hélder Santos, e os dirigentes António das Dores Fialho Lança (1986/2006) e José Manuel Oliveira Braz (1971/2006). As homenagens incluíram ainda um minuto de silêncio em memória do chefe do QH Joaquim Carvalho. A sessão solene acolheu também a promoção, a bombeiro de 3.ª dos estagiários Rui Jardim, Bruna Cartaxeiro, Manuel Vieira, Carlos Freixo e Jenice Lopes, e a estagiários um grupo 6 dos 19 elementos do grupo de cadetes. Com a medalha de assiduidade de 25 anos foi distinguido o bombeiro de 3.ª José Gomes, com a de 20, o segundo comandante Hélder Santos e os bombeiros Fernando Conceição, Rodrigo Monteiro, João Neno e João Frias, com a de 10, a bombeira Marina Jardim, e com a 5 anos, os bombeiros David Miranda, Patrícia Silva, Nádia Sil- va, Flávio Valada, Ricardo Neves e Bruno Gomes. Foi também prestada homenagem ao trabalho desenvolvido em prol da Associação por Arlindo Oliveira e distinguido o bombeiro voluntário com mais assiduidade, 2014 horas de serviço, no ano transato, o bombeiro de 3.ª Ricardo Neves. A sessão solene, presidida pelo presidente da Câmara Municipal da Azambuja, Luís Manuel Abreu de Sousa, antigo bombeiro e dirigente, contou também com as presenças do vogal da LBP, Rama da Silva, do presidente da Federação de Bombeiros de Lisboa, comandante António Carvalho, do comandante distrital da ANPC, co- mandante Carlos Mata, tendo como anfitriãs, os presidentes da assembleia-geral, direção e conselho fiscal, António José Matos, André Salema e Inês Louro, e o comandante Armando Baptista. AVEIRO Velhos assinalam 133.º aniversário A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Aveiro – Velhos assinalou o 133.º aniversário com as IV Jornadas Técnicas de Emergência o exercício “Moliceiro 2015”, sem descurar a cerimonia evocativa de tão importante data. As jornadas técnicas, subordinadas à temática da emergência pré-hospitalar, reuniram no Centro de Congressos de Aveiro foi mais de 200 participantes que tiveram a oportunidade de enriquecer os seus conhecimentos com os reputados oradores convidados. Destaque para as intervenções do tenente-coronel médico Joaquim Cardoso que falou da “interligação de meios em teatro de operações”, bem como de Jody Rato, formador da Escola Nacional de Bombeiros que dissertou sobre a “Abordagem à vítima em situação politraumatizada e enfermeiro Clifton Gala, do INEM a propósito do “Apoio de uma ambulância SIV na ajuda ao tripulante”. A “Preservação de provas em local do crime”. O professor catedrático Pinto da Costa, docente de Medicina Legal e o inspetor Polícia Judiciária Carlos Ademar debaterem questões ligadas à “Preservação de provas em local do crime”. A sessão comemorativa do aniversário realizou-se no dia 31 janeiro e incluiu a alvorada festiva, seguida do hastear das bandeiras, a homenagem aos bombeiros falecidos e a apresentação das forças em parada a Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro. Na cerimónia destaque para a tomada de posse do chefe Gilberto Branco como adjunto de comando e as promoções do subchefe Ricardo Guerra a Oficial Bombeiro de 2.ª, e de três outros elementos a bombeiros de 1.ª, para além a da receção a 14 novos operacionais. Foram ainda distinguidos todos os soldados da paz que completaram 5, 10, 15, 20, 25, 35 e 40 anos de dedicação á causa, com medalhas de assiduidade e dedicação da Liga de Bombeiros Portugueses e da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Aveiro Velhos. O comandante Carlos Pires e Vitor Silva, presidente da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Aveiro - Velhos, usaram da palavra, assim como o presidente da câmara municipal. O desfile apeado e motorizado, antecedeu a inauguração e bênção de uma ambulância de socorro e de uma outra de transporte múltiplo. Seguidamente os elementos da escola de estagiários efetuaram uma demonstração operacional de progressão para combate a incêndio urbano. A terminar as festividades, no dia 7 de fevereiro o exercício “Moliceiro 2015”. Que teve como cenário o terminal sul do Porto de Aveiro, e simulou um incêndio de grandes proporções num armazém, que mobilizou, para além deste corpo de bombeiros, os Voluntários de Aveiro - Novos, de Ílhavo e de Vagos, Autoridade Marítima, Autoridade Nacional de Proteção Civil, Polícia de Segurança Pública e Administração do Porto de Aveiro. 29 FEVEREIRO 2015 MONTIJO Fotos: Sérgio Santos Distinção para o segundo comandante O segundo comandante dos Bombeiros Voluntários do Montijo, Américo José da Silva Moreira, foi distinguido com o crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), por proposta da Associação. A entrega da distinção foi feita pelo presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, a convite do representante da LBP presente, Rui Rama da Silva, no decorrer da sessão solene comemorativa do 106.º aniversário da instituição. Américo Moreira é bombeiro há 37 anos, tendo feito a progressão na carreira de bombeiro em todos os postos, aspirante (1973/1974), bombeiro de 3.ª (1974/1975), bombeiro de 2.ª (1975/1989), bombeiro de 1.ª (1989/1991) e subchefe (1991/1992). Em 1992 passou a integrar o quadro de comando como adjunto, como segundo comandante entre 99 e 2002 e, a partir de 2011, como comandante em substituição. Durante a sessão solene procedeu-se à promoção a subchefe do bombeiro de 1.ª Luís António Margarida Rua, e passaram a bombeiros de 3.ª os estagiários, Maria Laginha Carretas Pires, Sandra Carla Machado Cordeiro, Cristela Monteiro Claro dos Santos e Ana Filipa Almeida Moreira. Com a medalha de assiduidade de 20 anos da LBP foram distinguidos, os bombeiros de 1.ª, Natalina José Viegas Amado e Nuno Ricardo Queluz, e o bombeiro de 2.ª João Nuno Faustino. A medalha de 10 anos foi atribuída ao bombeiro de 2.ª. Filipe Alexandre Cardita e aos bombeiros de 3.ª, Paulo José Borges e Ruben Almas. Por fim, a medalha de assiduidade de 5 anos foi entregue aos bombeiros de 3.ª David Monteiro, Ricardo Oliveira, Catarina Pimenta e André Ramalho, e à estagiária Maria Laginha Carretas Pires. Na oportunidade, Os Bombeiros do Montijo prestaram homenagem à benemérita Fátima Lima e distinguiram diversos particulares e entidades, incluindo a LBP, com lembranças. A cerimónia contou também com as presenças do comandante Vitor Laginha, da comandante distrital de Setúbal da ANPC, Patrícia Gaspar, do vice-presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Setúbal, João Ludovico, do presidente da assembleia-geral da Reviver Mais, Lourenço Baptista, do ex-presidente da mesa dos congressos da LBP, Duarte Caldeira, dos presidentes da assembleia-geral e da direção da associação, Luís Graça e Rui Pimenta. SINES Escola assinala 2.º aniversário A Escola de Infantes e Cadetes dos Voluntários de Sines assinalou no dia 7 de janeiro o 2.º aniversário, um dia especial, dedicado aos bombeiros mais novos. Os festejos tiveram início com o tradicional hastear da bandeira no quartel-sede dos Bombeiros Voluntários de Sines, seguido do desfile da Escola de Cadetes e Infantes pela principal artéria da cidade, acompanhada pela fanfarra da instituição. Os festejos prosseguiram com um lanche convívio seguido de um simulacro de desencarceramento e incêndio numa viatura, que permitiu aos pupilos colocar em prática alguns dos seus conhecimentos. Terminados os trabalhos, os pequenos assistiram a um filme evocativo dos dois anos da escola e os elementos que se destacaram neste percurso foram distinguidos com diplomas. O programa prosseguiu com um almoço convívio, com a contribuição dos país dos pequenos bombeiros, seguido de uma tarde de muita música, karaoke e atividades várias. Registe-se que a Escola de Infantes e Cadetes conta, atualmente, com cerca de 50 elementos, que reúnem todas os sábados à tarde, no quartel dos Bombeiros Voluntários de Sines. BRASFEMES A academia da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Brasfemes foi distinguida no passado dia 27 de janeiro, em Lisboa, com o Prémio de Inovação Social 2014 (Mãos Dadas – comunidade e solidariedade). Esta distinção da Associação Portuguesa de Criatividade e Inovação (APGICO) visa pre- Academia de jovens recebe prémio miar iniciativas com relevância atual, em termos de inovação social, sustentabilidade e envolvimento da comunidade sendo o projeto da “Academia de Bombeiros” um dos premiados numa cerimónia em que esteve presente o adjunto de comando Horário Ferreira e a responsável pelo projeto, a bombeira Tânia Sequeira. Em 2007 os Bombeiros Voluntários de Brasfemes deram início a este projeto que ao longo de oito anos veio formando homens e mulheres solidários e de caráter, tendo sido desde então uma “lufada de ar fresco” no voluntariado do corpo de bombeiros, como salienta o comandante Acácio Monteiro. O responsável operacional orgulha-se da equipa que “trabalha de uma forma dedicada, honesta e competente” com objetivos de acompanhar e orientar os jovens cadetes e infantes a assegurarem um futuro promissor tanto na associação como no seio da comunidade. Sérgio Santos TORRES NOVAS N o passado dia 13 de janeiro, a turma do 12.º ano da disciplina de Multimédia B da Escola Maria Lamas de Torres Novas, passou parte do dia no quartel dos Bombeiros Voluntários Torrejanos. A visita teve como objetivo dar a conhecer aos alunos algumas das áreas em que os bombeiros são chamados a intervir, tendo tido a oportunidade de experimentar algumas dessas tarefas. Nesse sentido, efetuaram a subida ao 3.º andar pela auto escada e foram evacuados do edifício com recurso a equipamento de grande ângulo. Noutra dos cenários criados para o Estudantes de artes nos bombeiros efeito, executaram a estabilização de um veiculo e efetuaram algumas manobras de desencarceramento. Outra das áreas em que foram envolvidos, foi na estabilização e imobilização de uma vítima de queda,. Aqui fizeram de socorrista mas também de vítima. Depois, foram transportados pelas ruas da cidade tomando conhecimento da realidade dentro de uma célula sanitária. A visita inseriu-se no trabalho que tem a ser desenvolvido pelos bombeiros na captação de novos jovens. Após a visita, a turma do 12.º ano de Artes aceitou pela primeira vez uma “encomenda” de um cliente real para a elaboração de um cartaz publicitário apelativo ao ingresso dos jovens nas fileiras dos bombeiros. Até agora, nos termos curriculares, só tinham realizado trabalhos, cartazes, vídeos e design gráfico, mas para clientes fictícios. “Será muito gratificante e aliciante para os alunos fazerem o cartaz, panfletos e talvez um pequeno filme publicitário com este caso real e no qual participaram realmente, dando a conhecer o trabalho realizado pelos bombeiros”, como disse no final a professora Cristina Nascimento, que acompanhou a turma durante a visita. 30 FEVEREIRO 2015 CANTANHEDE D ecorrer de 27 de fevereiro e 31 de março, no edifício da Junta de Freguesia da Sanguinheira, um curso de noções básicas de socorrismo, promovido pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede (AHBVC). Esta é a 16.ª edição de uma formação que visa dotar o cidadão comum de conhecimentos A Sara Carneiro, bombeira nos Voluntários de Peso da Régua, e o Alexandre Coelho, bombeiro nos Voluntários de Vila Real – Cruz Verde, “aceitaram concretizar a prova de fogo tão esperada e desejada” ao dar o nó no passado dia 10 de janeiro na igreja matriz do Peso da Régua. Ali juntaram amigos, familiares e até o Grupo Coral dos Bombeiros Voluntários da Cruz Verde “que puderam prestigiar os noivos com os seus cânticos e simpatia”, conforme descreve uma amiga de ambos, Eliana Medeiros. Segundo a Eliana, “tudo começou quando a noiva chegou trazida numa viatura de bombeiros, onde surgiu deslumbrante com o seu vestido em tons de pérola e vermelho (símbolo do fogo e do amor que os une)”. A cerimónia religiosa seria também assinalada no início com a entrada das damas de honor com símbolos marcantes, uma Bíblia, uma pom- teóricos e práticos de socorrismo, “para que todos possam ser prestadores de primeiros socorros, elos do Sistema Integrado de Emergência Médica”. Dos conteúdos lecionados destaque para matérias como: “assistência à vítima: abordagem ao acidente/sinistro”; “alterações do conhecimento: alcoolismo agudo, convulsões, epilepsia, li- potímia, síncope, hipoglicémia”; “Dores pré-cordiais”, “Hemorragias, intoxicações, queimaduras, feridas e afogamentos”; “Lesões músculo-esqueléticas”; “Traumatismos”; “Reanimação cardio-respiratória” e “Primeiros Socorros Psicológicos”. A formação será ministrada pela equipa de formadores voluntários do Gabinete de Saúde da AHBVC, composta por médicos, enfermeiros e bombeiros. O curso tem a duração total de 20 horas e desenvolve-se em sessões de duas horas e meia, em horário pós-laboral. Podem inscrever-se, nos serviços da Junta de Freguesia de Sanguinheira, todos os interessados com mais de 17 anos de idade e sem formação na área. PESO DA RÉGUA CARCAVELOS Bombeiros em “prova de fogo” Venda de garagem a favor da fanfarra ba, o chapéu do uniforme número um de bombeiro e um machado. Terminada a cerimónia, a saída da igreja, os noivos foram surpreendidos com a presença de duas alas feitos por bombeiros dos Voluntários da Cruz Ver- CANTANHEDE Caça Sabores já tem data marcada E Formação comunitária stá agendada para o próximo dia 14 de março, a quarta edição do Caça Sabores/Festival Gastronómico de Caça, iniciativa a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede, em estreita colaboração com os caçadores do concelho. Pela mesa vão passar as mais variadas peças de caça de várias zonas do país. No certame serão servidas diversas aves selvagens, bem como coelho, lebre, javali e gamo. Esta será, portanto, uma oportunidade a não perder para os apreciadores deste tipo de carne que é, aliás, conhecida pelos seus benefícios para a saúde, devido ao baixo teor de gordura. A confeção dos pratos a serem apresentados está, mais uma vez, a cargo de voluntários e de restaurantes locais. Esta iniciativa visa angariar fundos para os Bombeiros Voluntários de Cantanhede, que assim apelam ao apoio de todos os caçadores da região, para que apoiem esta causa, doeando peças de caça para jantar. Os donativos devem ser entregues no quartel. de, muito arroz e pétalas pelo ar e a pomba a iniciar o voo. Depois, foi a foto de grupo e a partida de todos para o copo de água onde todas as mesas estavam designadas simbolicamente por “mesa do capacete florestal”, “mesa das divisas”, “mesa dos aparelhos de primeiros socorros”, e outras. Até o corte do bolo foi feito por um machado de bombeiro. Agradecemos a colaboração dada pela Eliana Medeiros e desejamos as maiores felicidades à Sara e ao Alexandre. A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Carcavelos e São Domingos de Rana vai promover no próximo dia 28 uma venda de garagem cujas receitas reverterão para a aquisição de equipamento para a fanfarra. Essa é uma das informações insertas no último número da sua newsletter onde se incluem, também, as estatísticas de serviços prestados pelo corpo de bombeiros em janeiro último, as regalias para os associados e a convocatória para a próxima assembleia-geral da instituição. ANIVERSÁRIOS 1 de março Bombeiros Voluntários de Angra do Heroísmo . . . . . . . . . . . 93 Bombeiros Voluntários de Samora Correia . . . . . . . . . . . . . 40 Bombeiros Voluntários de Vila de Rei . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 2 de março Bombeiros Voluntários de Castro de Aire . . . . . . . . . . . . . . 137 Bombeiros Voluntários de Ponte da Barca . . . . . . . . . . . . . 80 3 de março Bombeiros Voluntários de Tabuaço . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83 Bombeiros Voluntários do Beato . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83 4 de março Bombeiros Voluntários de Belmonte . . . . . . . . . . . . . . . . . 61 5 de março Bombeiros Voluntários de Cerva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 6 de março Bombeiros Municipais de Alpiarça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66 7 de março Bombeiros Voluntários de Alvaiázere . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 8 de março Bombeiros Voluntários de São Bartolomeu de Messines . . . . 38 Bombeiros Voluntários de Canha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 9 de março Bombeiros Voluntários de Colares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125 Bombeiros Voluntários de Fontes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49 11 de março Bombeiros Municipais da Figueira da Foz . . . . . . . . . . . . . . 150 Bombeiros Voluntários do Dafundo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103 13 de março Bombeiros Sapadores de Coimbra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 234 15 de março Bombeiros Voluntários de Moscavide e Portela . . . . . . . . . . 88 Bombeiros Voluntários de Mesão Frio . . . . . . . . . . . . . . . . . 77 Bombeiros Voluntários de Resende . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65 16 de março Bombeiros Voluntários de Amarante . . . . . . . . . . . . . . . . . 93 Bombeiros Voluntários de Fão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89 Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Tazem . . . . . . . . . . 50 Bombeiros Voluntários de Torre Dona Chama . . . . . . . . . . . 37 17 de março Bombeiros Voluntários da Graciosa . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34 18 de março Bombeiros Voluntários de Braga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 138 19 de março Bombeiros Voluntários de Guimarães . . . . . . . . . . . . . . . . . 138 Bombeiros Voluntários de Monção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115 20 de março Bombeiros Voluntários de Leixões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84 21 de março Bombeiros Municipais de Tavira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127 Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital . . . . . . . . . . 93 Bombeiros Voluntários de Melgaço . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88 Bombeiros Voluntários de Oliveira do Bairro . . . . . . . . . . . . 41 22 de março Bombeiros Municipais de Viana do Castelo . . . . . . . . . . . . . 235 23 de março Bombeiros Voluntários de Vendas Novas . . . . . . . . . . . . . . 89 24 de março Bombeiros Voluntários de Gonçalo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 25 de março Bombeiros Voluntários de Barcarena . . . . . . . . . . . . . . . . . 135 Bombeiros Voluntários de Albufeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 26 de março Bombeiros Voluntários Viseenses . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129 29 de março Bombeiros Voluntários de Aguda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90 Bombeiros Privativos Toyota Caetano . . . . . . . . . . . . . . . . 31 30 de março Bombeiros Voluntários de Mafra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87 Bombeiros Voluntários de Montelavar . . . . . . . . . . . . . . . . 32 Fonte: Base de Dados LBP 31 FEVEREIRO 2015 ALBUFEIRA Donativos chegam ao quartel O Grupo MGM Muthu Hotels, entregou à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários um cheque no valor de 11 223.euros, resultante de uma campanha que consistiu em adicionar 1 euro à conta de cada cliente, aquando do “check out” da unidade. Esta ação que decorre desde 2007, tem gerado receitas importantes para a manutenção, renovação e modernização de equipamentos. O montante foi entregue no decorrer de uma cerimónia que reuniu, junto ao Hotel Clube Praia da Oura, Monicca Maran, diretora corporativa do MGM Muthu Hotels, Nuno Jorge, diretor Financeiro do grupo, António Coelho, comandante dos Voluntários de Albufeira e Sónia Santos, técnica de marketing dos Bombeiros. Por proposta do Supermerca- do Iceland, os Bombeiros do Concelho de Albufeira, marcaram presença neste estabelecimento situado no Retail Park com o objetivo de angariar fundos para aquisição de Equipamento de Proteção Individual para combate a incêndios. Esta ação permitiu aos bombeiros arrecadar 223 euros, valor que permitirá adquirir um equipamento. Nesta onda solidária, também o departamento de informática dos Hotéis Real entregou à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários um donativo no valor de 400 euros. Dois membros do grupo, José Eduardo Semedo e Adriano Pedro, foram recebidos na instituição pelo diretor Nuno Correia, bem como pelo 2.º comandante dos bombeiros, Rui Fernandes, o adjunto de comando Francisco Abreu, Sónia Santos, pelo responsável do departamento de marketing dos bombeiros, Gonçalo Coelho. A verba reverterá, também, para aquisição de equipamento para os operacionais. BARCELINHOS O Instituto de beleza apoia bombeiros s Bombeiros Voluntários de Barcelinhos receberam, recentemente, Instituto de Beleza Pasion, cinco equipamentos de proteção individual para incêndios. A empresa de Barcelos, propriedade de Fernanda Cunha, apoia deste forma a causa dos bombeiros, gesto solidário que os Voluntários de Barcelinhos muito agradecem. IDANHA-A-NOVA D em fevereiro de 1995 Oferta de EPI urbanos ez fatos “Nomex” completos e dez capacetes foram os equipamentos de proteção individual para incêndios urbanos oferecidos aos bombeiros locais pela Associação Juvenil Social Cultural e Recreativa de Idanha-a-Nova, uma Instituição constituída por jovens bombeiros de Idanha-a-Nova. A este apoio associou-se também o Núcleo de Idanha-a-Nova da Juvebombeiro através das receitas arrecadas em 2013 com a realização do concerto dos “Quinta do Bill”. O objetivo da associação Juvenil é também realizar atividades de diversos géneros, com o fim de “angariar fundos para melhor equipar a casa mãe”, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Idanha-a-Nova. Para os jovens envolvidos na iniciativa, “esta oferta só foi possível graças a todos aqueles que contribuíram de uma forma empenhada e voluntária, para que os projetos se tenham realizado com sucesso”. BUCELAS O Geminação reativada acordo geminação, firmado em 1997 entre as associações humanitárias de bombeiros voluntários de Bucelas e Tarouca foi no último ano revitalizada pelo comando e órgãos sociais destas instituições. Assim, e na vertente desportiva do protocolo, seis bombeiros atletas de Tarouca participaram no passado dia 1 de fevereiro na terceira edição do “Trail Running Bucelas” uma prova organizada pela “Bucelas Aventura” e pela associação anfitriã. Cerca de 880 atletas participaram nesta prova marcada por muita lama, cursos de água, percursos diversificados com distâncias de 15 e 27 quilómetros. Os soldados da paz fazem um balanço positivo desta iniciativa, que mereceu nota positiva dos participantes, e permitiu consolidar esta antiga geminação. Sérgio Santos 32 FEVEREIRO 2015 TRANSPORTE DE DOENTES Estado assume poupança de 26 milhões em três anos O Ministério da Saúde anunciou recentemente o alargamento das isenções no transporte de doentes. Segundo as novas regras, este serviço será suportado pelo Estado para os utentes com “paralisia cerebral e situações neurológicas, que resultem em limitação motora”. “Para os doentes transplantados e insuficientes renais crónicos, que realizem diálise peritoneal ou hemodiálise domiciliária, o Serviço Nacional de Saúde passa igualmente a assegurar os encargos de trans- portes, independentemente do número de deslocações mensais”, lê-se num documento divulgado pelo ministério de Paulo Macedo. O transporte de doentes não urgentes custou ao Estado em 2014 cerca de 56 milhões de euros e programa orçamental da saúde para este ano prevê uma redução para 53 milhões. Como será então possível então alargar as isenções com menos três milhões no orçamento? Confrontada com esta reali- LOUVOR/REPREENSÃO A todos os dirigentes associativos que com o apoio dos comandos e dos bombeiros, a exemplo dos Voluntários de Vila Meã, têm desenvolvido um esforço notável para a sustentabilidade e saneamento das contas das suas instituições. A todas as entidades, oficiais e outras, que com o atraso sistemático no pagamento às associações e corpos de bombeiros pelos serviços prestados põem em causa o normal funcionamento delas e a capacidade de resposta para o socorro. dade, a Administração Central dos Sistemas de Saúde (ACSS) refere ao “Bombeiros de Portugal” que o Orçamento de Estado para 2015 foi feito com base na “previsão” elaborada pelo Governo e, em função das alterações que vierem a ser registadas, serão “efetuados os ajustes necessários”. Nas respostas enviadas à nossa redação, a ACSS assume que, perante o alargamento das isenções, o impacto previsto será de um “reforço orçamental e não o contrário”, o que se traduzirá num aumento de serviços prestados”. Ainda segundo a ACSS o novo regime de transporte de doentes não urgentes em vigor desde 2011, aplicável aos utentes do SNS que não sejam beneficiários de um subsistema de saúde, permitiu a implementação de uma “harmonização de procedimentos” a nível nacional e o exercício de um “controlo mais eficaz” sobre os diversos serviços prestados aos utentes do SNS. Segundo os dados disponibilizados pela ACSS ao “Bombeiros de Portugal”, verifica-se um decréscimo acentuado nos valores gastos pelo Estado neste tipo de serviço. Em 2011, o transporte de doentes não ur- A Crónica do bombeiro Manel A migos, quantas vezes na nossa vida, em especial vida de bombeiros, nos vemos na necessidade de nos safarmos por nós próprios. Quando estamos num teatro de operações com quem é que contamos? Contamos com os companheiros com quem estamos e com quem temos que resolver o que for necessário para levar a água ao moinho e resolver a situação, seja um fogo florestal que temos que atalhar ali, um incêndio urbano numa casa onde temos que entrar em busca de alguém, uma operação de salvamento em grande ângulo onde a missão de cada um faz depender a segurança de todos e o êxito da mesma, uma ação de desencarceramento onde o espírito de equipa é fundamental. gentes custou ao País 122,6 milhões de euros. Dados provisórios de 2014, referem-se a um gasto de 95,4 milhões. Feitas as contas, em três anos, a poupança ronda os 26 milhões de euros. Patrícia Cerdeira Custos com transportes de doentes não urgentes em MEUR 2011 122,6 2012 100,0 2013 98,8 2014 (provisório) 95,4 Safar por nós próprios Se formos a ver, em tudo o que fazemos o sucesso da intervenção depende do saber fazer e, acima disso, saber fazer em conjunto. Quando entramos nos bombeiros essa é uma das regras básicas. Isto não é para artistas mas para gente que sabe o que quer e sabe fazê-lo em conjunto. E quando se trata de fazer um cortejo de oferendas, como aqui temos feito, ou fazer outras coisas que no fundo acabam por ter o mesmo sentido, ou seja, obter apoios para comprar equipamentos, viaturas ou outras coisas importantes para a nossa missão, aí está novamente a importância de fazer tudo isso em grupo. Quando cá chegou a primeira ambulância foi uma festa. O que suá- mos a pedir de porta em porta nas aldeias para a conseguir. E conseguimos. Depois vieram outras viaturas para as quais também tivemos que lutar. Há anos os governos civis iam dando algumas ajudas, os benfeitores também, a Gulbenkian chegou a dar ambulâncias e o Estado, quando havia só duas inspeções, Norte e Sul, também dava qualquer coisa. Mas o esforço principal ficava sempre para nós. Depois veio o SNA e a seguir o INEM, que foram distribuindo ambulâncias por algumas associações. E o então SNB entregava também ambulâncias a quem não recebia do INEM. Aconteceu muitas vezes e até ainda cá temos uma dessas ambulâncias vermelhas. Depois deixaram de entregar. Foram-se os planos de re-equipamentos, como na altura lhes ouvi chamar, veio o SNBPC e a ANPC e mais próximo o QREN. Mas ambulâncias para quem não recebida do INEM nada. Ouvi dizer que o QREN não aceitava candidaturas para ambulâncias e até acredito que seja assim. Então que se arranje outra solução. O INEM diz que agora a principal ideia é haver um PEM em cada concelho e ainda não há. Por isso, a esperança de outras associações conseguirem ambulâncias vai ser menor. Nós até conseguimos agora mais uma cá para a associação mas para a conseguir tivemos que voltar á fórmula do passado, ou seja, de casa em casa, de aldeia em aldeia. Não me importei de o fazer mas pensei sempre que não seria necessário voltar a isso. Também nisto temos que nos safar por nós próprios. [email protected] FICHA TÉCNICA: Administrador: Presidente do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses – Director: Rui Rama da Silva – Redacção: Patrícia Cerdeira, Sofia Ribeiro – Fotografia: Marques Valentim – Publicidade e Assinaturas: Maria Helena Lopes – Propriedade: Liga dos Bombeiros Portugueses – Contribuinte: n.º 500920680 – Sede, Redacção e Publicidade: Rua Eduardo Noronha, n.º 5/7 – 1700-151 Lisboa – Telefone: 21 842 13 82 Fax: 21 842 13 83 – E-mail: [email protected] e [email protected] – Endereço WEB: http://www.bombeirosdeportugal.pt – Grafismo/Paginação: QuarkCore.pt – Edifício Malhoa Plaza – Av.ª José Malhoa, n.º 2 – 1.º – Escr. 1.1 – 1070-325 Lisboa – Telef.: 211 951 109 – Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Morelena – 2715-029 Pêro Pinheiro – Depósito Legal N.º 1081/83 – Registo no ICS N.º 108703 – Tiragem: 11000 Exemplares – Periodicidade: Mensal