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Sociedade Brasileira de Química (SBQ) Ecologia química - Síntese de cetonas, isoladas de extratos de abelhas Marília Medeiros (¹IC), Adriana Pianaro (¹PQ), Caroline da Costa Silva Gonçalves (¹PQ), Anita Jocelyne Marsaioli* (¹PQ). ¹ Instituto de Química, Universidade Estadual de Campinas, Caixa Postal 6154 - Campinas, SP - CEP 13083-970 *[email protected] Palavras Chave: ecologia química, feromônios, abelhas, cetonas Introdução A ecologia química é uma ciência que surgiu do interesse em estudar a interação entre os seres vivos e as relações destes com o meio ambiente. O entusiasmo em desvendar os estímulos químicos de comunicação iniciou na década de 50 e continua crescendo até os dias de hoje. As substâncias responsáveis por essa comunicação são denominadas semioquímicos, esta classe é composta pelos aleloquímicos responsáveis pela comunicação inter-específica e pelos feromônios, responsáveis pela comunicação entre seres da mesma espécie. Estes podem ser ainda divididos em subclasses segundo sua função. Os insetos são um dos principais alvos de pesquisas em ecologia química, dentre eles, as abelhas se destacam, especialmente por causa de sua complexa organização social. A análise química de extratos obtidos das abelhas da espécie Scaptotrigona aff depilis, pela doutora Adriana Pianaro¹, indicaram a presença de diversos compostos, os quais podem estar relacionados a geração de estímulos intra-específicos. Dentre os compostos identificados, estão duas cetonas de cadeia carbônica longa, a 2-tridecanona (1) e a 2-nonadecanona (2). Visando a avaliação destes compostos no comportamento das abelhas, estes serem sintetizados e serão enviados para teste em campo. Resultados e Discussão As cetonas1 e 2 podem ser obtidas a partir do βcetoéster 3 o qual pode ser preparado via reação de alquilação entre o tosilato 4 e o acetoacetato de etila 5. (Esquema 1) A próxima etapa envolveu a reação de alquilação do β-cetoéster 3 com o tosilato 4. Tratando o acetoacetato de etila com t-butóxido em t-butanol, permitiu-se a desprotonação de 3, em seguida houve da adição do tosilato 4, a reação foi mantida por 24 h sob refluxo, forneceu o b-cetoéster 5. Alternativamente, KH foi utilizado como base para promover a desprotonação do acetoacetato de etila, sendo tolueno empregado como solvente desta vez.(Esquema 3) Esquema 3. Alquilação do tosilato³ Na etapa seguinte, realizou-se uma hidrólise (meio ácido ou básico) seguida de uma descarboxilação promovida por aquecimento. (Esquema 4) 4 Esquema 4. Hidrólise ácida ou básica, e aquecimento . Observação: n= 15 ou n = 9 Após purificação em coluna “flash” as cetonas foram recuperadas em bom grau de pureza e serão encaminhadas para testes em campo. Conclusões Portanto, a partir das análises dos extratos de abelhas Scaptotrigona aff depilis, foram selecionados dois compostos orgânicos para serem sintetizados, e posteriormente avaliados como potenciais feromônios. Com isso, uma rota sintética para obtenção de duas cetonas de duas cetonas de cadeias longas (2-tridecanona e 2- nonadecanona) foi proposta, a qual mostrou-se viável. Agradecimentos CAPES, CNPq e FAPESP e à Petrobrás. _________________ Esquema 1. Análise retrossintética A síntese das cetonas 1 e 2 teve inicio com o tratamento do álcool 5 com cloreto de tosila e Et3N na presença de quantidade catalítica de DMAP, em CH2Cl2 (Esquema 2) Esquema 2. Tosilação do álcool² a 36 Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química ¹Pianaro, A.; Ecologia química de Melipona quadrifasciata lepeletier, Scaptotrigona aff. depilis Moure e Solenopsis saevissima Smith. Tese de Doutorado - IQ, UNICAMP, 2012. ² Gonçalves, C. C. S.; Síntese total das basiliskamidas A e B e Síntese do fragmento C1-C9 da dictiostatina. Tese de Doutorado - IQ, UNICAMP, 2010, p142. ³ Marvel, C.S.; Hager. F. D.; Whitemore, F.C.; Singleton, W.F. Org Syn,1941, coll vol. 1,p. 248; 1927, vol. 7, p. 36. 4 Reid, E.E.; Ruhoff, J.R.; Hartman, W.W., Sawdey, G.W. Org Syn, 1943, vol. 2, p. 474; 1936, vol. 16, p. 60.