Formato PDF (Clique aqui) - Drogas, como prevenir?
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Índice ∙ Sobre o site (exposição de motivos)....................................................................... 03 Objetivos do site........................................................................................... 04 Posições defendidas pelo autor..................................................................... 04 Considerações extras..................................................................................... 05 ∙ Drogas: sim ou não? (O “não” prejudicial imediato)............................................... 06 ∙ Qual o problema em usar drogas? A verdade deve ser dita.................................... 08 ∙ O macro problema das drogas. O problema não é só seu...................................... 10 ∙ Contos (Histórias didáticas, treinamento do NÃO prejudicial)................................. 14 1º conto – O garoto invisível (nerd não).................................................... 15 ∙ Créditos das Fotografias.......................................................................................... 19 2 Ao ser atingido indiretamente pelo problema das drogas através de uma pessoa muito próxima, fiz o que estou habituado a fazer quando tenho um problema envolvendo um assunto desconhecido: busquei muitas informações em livros, internet e filmes; para que com esse conhecimento sobre o problema pudesse solucioná-lo ou na impossibilidade dessa solução definitiva, ao menos amenizá-lo ou “no caso” ajudar meu amigo a enfrentá-lo ou dar o melhor suporte que pudesse para ele. Durante esse enfrentamento é natural que por várias vezes nos imaginemos no lugar do drogadicto, imaginando como deve ser para ele conviver com seus problemas atuais: seus pensamentos sobre o que o futuro lhe reserva e a fissura desagradável que a droga deve lhe causar durante a abstinência, agora que ele não consegue viver sem ela. No meu caso, que nunca usei drogas ilícitas, o principal pensamento é sobre o inicio desse problema, sempre aquele pensamento que chega a beirar a paranóia pela repetição: “Como que ele foi burro o suficiente para cair nessa?“ ou “Se eu pudesse voltar no tempo, o que poderia ser feito para que ele não cometesse esse erro tão custoso?” Para quem sonha com uma solução milagrosa ou final digno de filme onde tudo se resolve e todos vivem felizes para sempre, é dura a afirmação praticamente unânime de que isso “não tem cura”, “não tem solução final”, o drogadicto terá esse problema pra sempre a assombrá-lo, mesmo que nunca mais usasse a droga até seus últimos dias sempre estará escutando esse inimigo batendo insistentemente na sua porta pedindo para entrar novamente, só mais uma vez, uma última veizinha só. Como diz o jogador Casagrande sobre a recuperação: “Esse é um jogo que não se pode ganhar, não é prudente nem ao menos tentar, caso tente corre o sério risco de perder novamente, você tem que jogar sempre pelo empate” (algo assim). Mesmo tendo aprendido muito sobre o assunto, com minha inexperiência pessoal de quem nunca usou drogas ilícitas, meus ensinamentos seriam inúteis na prevenção secundária “quem usa às vezes e não deve aumentar a quantidade” e prevenção terciária “evitar a recaída”, pois sobre isso eu nada sei, as pessoas que precisam desse tipo de prevenção têm outros meios de buscar ajuda que variam entre clínicas de reabilitação e grupos de ajuda mútua, ambos quase sempre apoiados pela religião. No entanto, na prevenção primária creio que tenho muito a dividir, eu posso não saber tudo, mas eu sei muitíssimo sobre como não experimentar drogas. Sou Alex Forbettra, não sou psiquiatra, não sou psicólogo, não sou cientista social, não sou sociólogo, mas estudei muito sobre o assunto “drogas”, sofri indiretamente com suas consequências e venci as drogas ilícitas da melhor forma que existe: SEM NUNCA AO MENOS TER ACEITADO EXPERIMENTÁLAS. 3 Objetivos do site ∙Conseguir prevenir que pelo menos uma pessoa não experimente drogas ilícitas na vida. ∙Conseguir alguém ou alguma instituição que se interesse em produzir filmes para treinamento do “não” prejudicial imediato. ∙Discutir com pessoas as idéias aqui expostas com objetivo de aperfeiçoá-las. ∙Disponibilizar o material e idéias aqui expostos para profissionais/professores/pais que queiram usá-los como apoio à prevenção primária. Posições defendidas pelo autor O uso da verdade no combate às drogas ilícitas: Afirmações como “as drogas matam” e “drogas fazem mal” só servem para estimular a curiosidade dos jovens. O treinamento do “não” prejudicial imediato para prevenção primária: Dizer não para as drogas ilícitas às vezes é muito difícil e às vezes quase impossível. Identificação e fortalecimento dos sonhos e objetivos de vida do indivíduo. Quem tem sonhos e objetivos para a vida: não usa drogas ilícitas. Ajuda na função humanitária imediata e mediata: O mundo precisa da ajuda de todos, quem usa drogas ilícitas não conseguirá fazer sua parte. 4 Considerações extras As idéias comuns desse site foram o resultado de muitas leituras que fiz na área e por ter escrito “de cabeça” foi praticamente impossível apontar os autores. Outras idéias como o “não prejudicial imediato” e a “função humanitária imediata e mediata” ou foram idéias minhas ou devo ter sugado do inconsciente coletivo, porque quando pesquisei no “Google” para ver se achava, não encontrei nesses mesmos termos e significados. Por ter sito escrito quase exclusivamente de opiniões pessoais, pode, ou melhor, deve conter vários erros de grafia, linguagem, estrutura e mesmo de idéias, se eu fosse esperar ter as condições intelectuais perfeitas para construir esse site, ele nunca teria sido ao menos iniciado. Desta forma, peço que ao encontrar erros ou equívocos e havendo a possibilidade, envie um e-mail indicando-os que terei prazer em tentar repará-los ou aperfeiçoá-los. Discordando das idéias aqui expostas, envie um e-mail expondo seu ponto de vista, esse é um dos principais objetivos do site. Quem sabe ao passar de algum tempo, tenhamos os argumentos perfeitos para ajudar uma pessoa que em breve deverá tomar a decisão de: usar ou não usar drogas ilícitas. Eu não sou ateu e acredito que as religiões ajudam muito em assuntos relacionados às drogas, mas estou tentando manter o site com argumentos humanos/científicos para fazer com que a argumentação seja mais difícil de ser invalidada simplesmente porque o leitor não acredita nessa ou aquela religião, ou porque não acredita em religião alguma. Podem copiar e distribuir as idéias e textos aqui expostos livremente, se puder manter ou citar o nome do autor, eu agradeço. Se puder enviar e-mail dizendo onde foi usado, também seria bom, pois eu ficarei muito feliz em saber que isso tudo está sendo útil para alguém. Infelizmente as imagens e fotos usadas no site não podem ser usadas na composição de outros trabalhos, pois violaria o direito de cópia do site Fotolia.com e seus fotógrafos (empresa onde as fotos foram compradas). 5 Um dos principais motivos pelo qual decidi criar o site foi porque eu não tinha meios com os quais eu poderia produzir filmes educativos (o veículo que poderia ser mais eficaz) na prevenção primária do uso de drogas ilícitas por jovens e crianças. Esses filmes educativos seriam justamente para ilustrar o “não” prejudicial imediato o qual falarei a seguir. Essa idéia não veio como uma invenção, onde pensei que poderia criar de forma inovadora esses contos ou roteiros, mas tentando corrigir ou completar as formas de prevenção já existentes, por mais que existam: filmes, peças teatrais ou desenhos animados; não encontrei nenhum, por mais bem intencionado que fosse, o qual conseguisse abordar esse momento da vida em que a droga é oferecida e a pessoa tem de responder: “sim ou não”. Esse filme deveria ser produzido de forma que parecesse uma situação verdadeira ou real. Gostaria que através da ficção fosse feita uma história que servisse como uma espécie de treinamento para quando o espectador tiver que lidar com essa situação. Aliás, a primeira dificuldade é pensar que isso acontece desta forma: “sim ou não”. Como se um repórter televisivo o parasse na rua e perguntasse: “Você prefere a cor vermelha ou azul?” ou “Você gosta de chocolate? Sim ou não?”. Na maioria das vezes, não é isso que acontece, um traficante não vai te parar na saída da escola, quando anda pela rua ou bater a sua porta quanto estiver assistindo TV para perguntar: “Você gostaria de comprar drogas? Sim ou não?” “Você aceitaria um papelote de cocaína como amostra grátis? Sim ou não?”. Nem mesmo de forma rude ou coercitiva: “Cheire essa carreira de cocaína senão vou te bater.” ou “Fume esse cachimbo de crack agora senão vou matar sua família”. Não é assim que funciona, ninguém vem oferecer de forma que um simples “não” resolva o problema, a grande questão que influencia o “sim” da droga é o complexo contexto, a complexa situação que está circulando essa tomada de decisão, não é mesmo nem possível simplificar o enredo sem se afastar da realidade, esperando que ao apresentar situações como: “uma família problemática”, “uma pessoa muito tímida” ou “uma pessoa querendo se enturmar” seja a resposta para visualizarmos esse contexto, isso é muito simples, na realidade o contexto costuma ter mais emoções envolvidas, mais argumentos apresentados no momento e antecipadamente para convencer a essa aceitação da droga, pode ser tão difícil de dizer esse “não” que faz com que a aceitação seja praticamente obrigatória. O vídeo educativo tentaria mostrar isso da forma que realmente costuma acontecer, de forma que faça o espectador se colocar no lugar do personagem na hora da decisão derradeira, mostrando o complexo contexto, o espectador conseguiria ver o quanto foi natural a forma com a qual o personagem é questionado, de uma forma que o “sim” vem quase que automaticamente, de forma que, só não é fácil como é extremamente, absolutamente difícil responder o “não”, o “não” tão importante que poderá ser a 6 diferença na vida do personagem entre se tornar um empresário, professor, músico de sucesso ou se tornar um mendigo ou presidiário. Na maioria das vezes, apenas o “não” é incapaz de resolver a questão e ele tem que vir acompanhado também de contexto e possivelmente de um “prejuízo” imediato, como a diminuição da popularidade do questionado perante a “turma” ou até mesmo o afastamento de uma amizade a qual o personagem estava inteiramente interessado, como a garota dos seus sonhos, o colega que é o mais popular do colégio e iria apresentar várias gatas ou o líder da banda que a pessoa estava interessadíssima em tocar. Quase sempre esse “não” vai te trazer muito desconforto e um prejuízo imediato, isso vai doer. No entanto, essa dor, esse desconforto, esse prejuízo será altamente recompensado com uma vida livre, uma vida em que você não precise ficar pensando se o lugar para o qual você vai viajar vai ter drogas para você comprar, um pesadelo enfrentado pelo guitarrista Keith Richards da banda Rolling Stones quando precisava viajar ou sair em turnê. Ao contrário, o desconfortável “não” atual vai se tornar recompensa futura que será uma vida de empresário, de cientista, de professor, de músico de sucesso ao invés de ser um mendigo ou presidiário, ambos escravos de traficantes, ambos que passam a vida preocupados com uma única coisa: “como vou conseguir mais?” 7 As crianças se contentam com as informações simples sobre as drogas fornecidas pelos adultos, que são donos da verdade, eles tudo sabem, sabemos muito bem quais são essas informações fornecidas sobre esse tema: drogas são ruins e fazem mal, drogas matam, diga não as drogas, etc. No entanto, a tarefa de manter os pré-adolescentes e adolescentes longe das drogas empregando frases simples e afirmações sem consistência fica bem mais difícil, ao tentar fazer isso a curiosidade deles apenas será provocada ou aumentará. Eles se questionarão: “Drogas são ruins? Então porque tanta gente usa? As pessoas gostam do que é ruim?” “Drogas matam? Porque existem pessoas notórias, celebridades que foram usuários pesados e vitalícios de drogas e estão aqui vivos com mais idade e mais saúde do que meus avós que nunca usaram drogas e já faleceram?” “Diga não as drogas. Dizer não? Por quê?” É difícil tentar responder esses questionamentos de forma fácil e convincente sem despertar ainda mais a curiosidade do jovem, mesmo porque, ultimamente eles têm mais acesso a informação do que os próprios pais, o acesso a informação é uma coisa boa, mas a qualidade e o propósito dessa informação nem sempre. Não vejo outra saída a não ser a absoluta verdade: As drogas matam em raros casos, seja por overdose ou por causas secundárias, como ser morto por um traficante o qual se deve dinheiro ou ser morto durante a prática de um crime. As drogas fazem mal para saúde, mas em alguns casos, como de notórios artistas pop esse mal chega a ser quase imperceptível, pesquisei bastante e ainda não tenho uma resposta para isso, creio que ninguém tenha, talvez seja por eles terem uma “boa” genética, talvez por terem muito recurso (dinheiro) conseguem através da medicina compensar esses danos, talvez seja apenas o corpo do ser humano fazendo aquilo que sabe fazer melhor: se adaptar na busca da sobrevivência. Se em termos arriscados, discutíveis e otimistas é possível dizer que as drogas não matam e não fazem tão mal assim, qual o motivo para não usar? O motivo é o mesmo para não se usar nenhuma das drogas ilegais, desde as mais leves até as mais pesadas e talvez seja esse o critério usado pelo governo para diferenciar as drogas legais das ilegais. (De uma forma mais científica é claro) Você não deve usar nenhuma droga ilegal porque ela vai custar seus sonhos e suas realizações. 8 Você não deve usar drogas ilegais porque você se tornará um escravo delas e do traficante que as vende, em questão de tempo (que pode ser bem breve dependendo da droga) seu pensamento será apenas: “quando que eu vou conseguir usar mais uma dose?”, “o que eu posso fazer para conseguir mais uma dose?”, “Eu preciso de uma dose” e “mais umazinha só e eu ficarei legal”. Que ser humanos quer se tornar um escravo? As drogas ilegais são contrárias ao comportamento natural humano. Ela faz a pessoa abandonar todos os seus sonhos pessoais, independentemente de quais sejam: ter uma família, dar orgulho aos pais, ter um carro esporte, ser um profissional de sucesso, viajar o mundo com dignidade, conseguir aquele emprego que todos disseram que você não conseguiria, tirar brevê de pilotagem de avião ou helicóptero, conquistar a pessoa amada dos seus sonhos, etc. Os sonhos das pessoas não são os mesmos, você pode até considerar algum desses sonhos uma bobagem, mas com certeza deve concordar que trocar TODOS esses sonhos, por “só mais uma dose” repetidamente, isso sim é a coisa mais idiota que um ser humano pode fazer em vida. Na equação em que uma pessoa troca todos os seus valores e sonhos por “só mais umazinha” o resultado só poder ser: ou mendigo, ou criminoso, ou cadáver, ou na melhor das hipóteses um drogado arrependido que deve ter causado muito desgosto para sua família e para si próprio. Sem dúvida são péssimos resultados. 9 Os sonhos que tentamos realizar para nosso bem também são sonhados pelos nossos familiares e pelas pessoas que nos querem bem, no entanto, abandoná-los pelas drogas é ainda o menor problema se comparado com a conseqüência que essa escolha pode ter no progresso da raça humana. A droga ilícita anula a função humanitária da pessoa que a consome. Com certeza você já ouviu falar em função social, até mesmo as propriedades como um terreno ou fazenda tem que exercer sua função social, isso quer dizer que além de servir ao proprietário, o imóvel que é dele tem que indiretamente servir a população, na própria constituição há essa estipulação. Caso você compre um terreno urbano e decida deixá-lo abandonado, sem construir uma residência, ou um comércio, por exemplo, o poder público pode cobrar um imposto progressivo e até mesmo desapropriar o terreno que pertence a você. O terreno é seu, mas deve realizar uma função social que beneficie a população direta ou indiretamente. Essa explanação sobre direito civil foi feita apenas para ilustrar que as pessoas também têm uma função social, no momento já não se aplica a contravenção de vadiagem no Brasil, desta forma podemos dizer que em nosso país uma pessoa não é obrigada por lei a ter um trabalho e de alguma forma contribuir para a sociedade, mas com certeza a maioria da população concorda que isso é o mínimo que um indivíduo o qual vive em sociedade deve fazer. A função social de uma pessoa quase sempre está ligada a uma noção de território, desta forma poderíamos dizer que você tem uma função social para com sua cidade, seu estado e até seu país, mas a não ser que a pessoa tenha um emprego que possa ser considerado internacional, como: importador, exportador, diplomata ou embaixador na ONU; fica difícil imaginar a função social do indivíduo perante o planeta terra e perante todos os seres humanos. No entanto, nós temos uma função social mundial ou uma função humanitária, pelo menos todos os seres humanos a tem. Da mesma forma que todos os seres humanos têm direito aos direitos humanos a função humanitária estaria ligada aos deveres humanos, os quais todos os seres humanos também os têm. O termo função humanitária é derivado dos institutos "invariante axiológica da perpetuação genética" e "pontuação colaborativa", expostos no web site Futuro da Humanidade. Trata-se de um valor maior que a humanidade segue e uma forma de medir a dedicação em segui-lo. É um assunto multidisciplinar, no entanto, inicialmente ligado à axiologia (matéria de filosofia) agregada à biologia, maiores explicações em www.futurodahumanidade.org. A função humanitária (ou deveres humanos) pode ser dividida em imediata e mediata. A imediata é bem fácil de visualizar, está ligada justamente a garantia de que todos os seres humanos possam desfrutar de seus direitos humanos: direito a vida, a saúde, a educação; resumindo: que todos os seres humanos 10 tenham uma vida digna, me refiro a todos os seres humanos, não apenas aos habitantes dos países de primeiro mundo, mas também aos habitantes dos confins da África, Ásia e das Américas. A função humanitária imediata implica na obrigação de que todos nós temos de fazer isso acontecer, todos temos o dever de agir de forma a cooperar com a aplicação e distribuição igualitária dos direitos humanos, não importando se você é um presidente da república ou operário, líder das nações unidas ou faxineira. Seus deveres humanos serão exercidos de acordo com seus recursos e possibilidades, se for um político importante fará tudo para criar leis e medidas de direitos humanos no seu país e no mundo, se for um trabalhador pagará seus impostos e cobrará dos governantes para que apliquem as leis de forma a fazer esses direitos humanos valerem, levando saúde e educação ao povo. Para cumprir sua função humanitária também poderá ajudar pessoalmente, servindo em campanhas humanitárias no seu país ou no mundo e até mesmo ou principalmente: realizando pesquisas científicas ou escrevendo artigos para a divulgação de idéias positivas para também ajudar a humanidade (como esse site tenta fazer, por exemplo). Quer saber o que drogas ilícitas têm a ver com naves espaciais? Já adianto que não tem nenhuma relação com alucinações causadas por algumas delas. Vamos falar agora dos deveres humanos mediatos ou função humanitária mediata que também poderia ser chamada de função humanitária de contribuição para o futuro ou simplesmente a função mais básica dos seres vivos ou biológicos: a sobrevivência ou a perpetuação da própria espécie. Sempre me considerei uma pessoa otimista e reportagens científicas mostram que não sou apenas eu, a tecnologia e globalização estão melhorando o planeta. Em breve após a prevista estabilização no crescimento populacional, iremos cumprir nossa função humanitária imediata e os direitos humanos se aplicarão a todos os habitantes do globo terrestre, todos desfrutarão de saúde e educação, todos terão 11 uma vida digna. Quando isso acontecer nossa missão terá acabado e a terra será um verdadeiro jardim do éden, certo? Não exatamente. Mesmo que a terra realmente se torne um “lugar perfeito” estaríamos todos condenados a inevitável extinção, mesmo que demorasse um pouco, esse seria inevitavelmente o nosso destino (em uma visão científica não religiosa, ou seja, sem considerar que um messias ou entidade extrafísica viesse nos salvar). Muitas seriam as formas pelas quais isso poderia ocorrer, mas as mais prováveis seriam: meteoro se chocando com o planeta (teoricamente evitável com o uso de tecnologia) ou morte do sol (ai complica!). Parece ficção científica, mas é sério. É ai que entra nossa função humanitária mediata que nesse momento já está sendo desempenhada diretamente por muitos que dedicam toda a sua vida no desenvolvimento de tecnologia de exploração espacial, colonização humanas, longevidade humana, etc. E mesmo não sendo cientistas, nós pagamos os cientistas direta ou indiretamente, nós pagamos impostos que pagam as universidades que formaram e empregam os cientistas, os cientistas precisam de faxineiros que limpem o chão de suas casas e laboratórios, os cientistas precisam de agricultores que lhes produzam alimentos, ou seja, tendo uma vida produtiva acabamos contribuindo mesmo inconscientemente para esse progresso, desempenhando indiretamente nossa função humanitária mediata. Alem do mais, o atraso na função humanitária imediata complica o avanço da função humanitária mediata (ou do futuro). Quanto mais desperdiçamos nosso tempo e dinheiro em tarefas que atrasam o desempenho da função humanitária, mais atrasamos o que pode ser a salvação da humanidade. O que toda essa conversa sobre função humanitária, seja mediata ou imediata, tem a ver com o uso de drogas ilícitas? Essa é fácil, com certeza em nada contribui uma pessoa que passa a maior parte do tempo pensando: “eu só preciso de mais uma para ficar legal”, “tenho que conseguir mais”, “tenho que conseguir dinheiro para mandar mais uma”. 12 Um escravo (escravo da obsessão, escravo da compulsão, escravo da fissura, escravo de traficante) não vai conseguir ajudar a humanidade, seja em implantar e aplicar os direitos humanos, seja em construir uma nave espacial para colonizar outros planetas. O drogadicto não consegue desempenhar adequadamente nenhuma função útil, seja a de produzir alimentos, seja a de limpar a casa de um cientista, a única função que eles conseguem desempenhar é a função de querer curtir com só mais “umazinha”. Usando drogas ilícitas você atrasa a humanidade. Experimentando drogas ilícitas, você no mínimo corre um risco enorme de atrasar a humanidade. Estude, trabalhe e invente; essas três atividades podem ser desempenhadas o tempo todo por pessoas saudáveis, por pessoas “limpas”. Com planejamento é possível até mesmo desempenhar essas três atividades ao mesmo tempo. Se salvando das drogas ilícitas, você estará salvando o planeta. 13 O objetivo era produzir detalhadamente todas essas histórias, mas confesso que não tenho facilidade para a produção desse tipo de texto. Por enquanto fiz só o primeiro que ilustra bem a idéia do “não” prejudicial imediato e dos outros textos deixei apenas as sinopses para se ter uma idéia de outras formas pelas quais a decisão sobre o “sim e não” poderia acontecer. Peço que tendo a disponibilidade e (ou) idéia na produção de textos do mesmo estilo, seja ficcional ou baseado em fatos reais, envie-me por e-mail, por favor. 1º O garoto invisível (nerd não) “Garoto que andava com a turma dos nerds e sempre se sentiu invisível, nunca conseguia se aproximar nem mesmo das garotas de beleza mediana, sempre desprezado, no entanto, após mudar de cidade tem a oportunidade de ficar com a garota mais linda e popular da escola. Será que ele é legal o suficiente? Será que ele adotará os hábitos dela e da turma para poder até que enfim curtir a vida? Será que ele aceitará usar uma dose só para ver como é que é? Assim como a garota dos seus sonhos e seus novos amigos fazem às vezes?”. 2º Princesa (desenturmada) “Garota que sempre enfrentou bulling por ser loira e ter olhos claros, tem a chance de entrar para a turma das poderosas da escola, após uma das integrantes se interessar pelo primo dela, será que ela é merecedora? Será que ela tem a atitude rebelde necessária, não aceitando as idéias que a sociedade burguesa lhe impõem? Ou ela é uma mente fechada? Uma careta?”. 3º Let´s Rock “Após muito tempo tocando em bandas ruins onde os integrantes nunca se dedicavam o mínimo necessário para ter sucesso, garoto tem a chance de tocar na melhor banda da cidade, ele nem vai precisar mais correr atrás da fama, a fama vai correr atrás dele, mas será que ele tem o perfil de um verdadeiro rock star? Ele vai topar dar uma acelerada com a banda para dar um gás na apresentação? Ou ele vai arriscar manchar a imagem da banda com uma atitude careta de alguém que não é contra o sistema?”. 4º Elite “Sempre trabalhou muito, mas nunca conseguiu ter sua dedicação reconhecida, até que enfim entrou em uma empresa que dá chance aos que se empenham, mas para conseguir cumprir as metas que farão seus sonhos se tornarem realidade ele precisará ser um superman. Será que ele dá conta? Teria algum problema ele mandar algumas só pra dar aquele rush na produtividade assim como seus amigos, considerados o time de elite da empresa?”. 14 1º conto – O garoto invisível (nerd não) (Fred) -Ei Johnny! Sua tia trouxe o lançamento da revista em quadrinhos do FRock dos “Esteites” pra você? (Johnny sussurando) -Fala baixo cara, trouxe sim e o mais importante o tênis que eu pedi e exatamente do mesmo modelo que o Darrel usa naquele penúltimo videoclip. Fred era o meu melhor amigo, tivemos sempre gostos muito parecidos: pelas revistas em quadrinhos, livros e filmes de ação e ficção científica e até mesmo as mesmas bandas, mas por incrível que pareça, uma amizade que foi sempre tão legal pra mim tem começado a me incomodar, ser nerd é uma coisa, mas parece que o cara faz questão de demonstrar isso, essa anti-popularidade vai acabar me fazendo morrer virgem. Lá vem o Paulão e sua turma, muitos sabem o tanto que eu gostava da Ana, mas tanto ela quanto as gatas que eu estava de olho antes nunca deram a mínima pra mim, no entanto, esses caras apesar de serem verdadeiros imbecis sempre conseguem ficar com elas. Não que as garotas me odeiem, elas apenas não notam a minha existência, após pensar muito sobre isso, creio que seja por pertencer ao grupo considerado “nerd” da escola: adorados pelas professoras, zoados pelos caras e ignorados pelas garotas. (Elieser) - Que tênis lindo Jojo! (Paulão) - O Shopping está na promoção da parada gay? Como eu odeio esses caras, sempre tentando me humilhar, adoraria me defender dizendo que esse é um tênis muito bom e está na moda no exterior, mas com minha grande experiência em ser zoado, sei que isso só pioraria as coisas. (Fred) – Cala a boca, a Tia dele trouxe esse tênis pra ele ontem diretamente dos Estados Unidos e vocês nem sabe onde os Estados Unidos ficam localizados, nem mesmo em que continente. Boçais! Ai meu Deus, segura que agora vem... (Paulão) – Ai desculpa! A namorada dele tomou as dores, o fato dá tia dele ter comprado o tênis na semana da moda de Paris ou “sei lá o quê” não faz ele ser menos gay, seus perdedores... Agora sim ele ganhou a discussão, embora não saiba a diferença entre New York e Paris: “perdedores”, não existe melhor definição para eu e meus amigos aqui na escola. (Johnny sussurrando) – Cala a boca você Fred. Eu sei que você só quer me defender, mas acaba piorando as coisas, vamos sair daqui antes que eles nos espanquem na frente das garotas ou pior: ganhamos novos apelidos ainda mais humilhantes. As férias chegaram e mais do que tempo ocioso jogando, lendo e vendo pornografia no computador, essa trouxe de verdade uma novidade: iríamos mudar de novo de cidade, da última vez eu era criança e alem de ficar longe dos meus avós e de conseguir um quarto maior, não mudou muita coisa. Acho que se eu fosse uma pessoa no mínimo normal eu me preocuparia com os amigos que vou deixar 15 para trás e talvez até namorada ou popularidade na escola, mas nesses quesitos pior do que eu estou é difícil ficar. Aqui estamos: cidade nova, escola nova, até que enfim chegou o primeiro dia de aula. Vamos listar as preocupações: “um” não ser espancado por nenhum valentão, “dois” evitar me enturmar com os nerds e “três” quem sabe conhecer algumas gatas. No intervalo acontece o inesperado. (Pedro)-Bonito tênis! (Johnny)-Sei... (Pedro)-Sério cara, você não deve conhecer, mas o Darrel, vocalista de uma banda que eu me amarro, usa eles em um dos últimos videoclipes. (Johnny)-Caramba você conhece o Firestarters? (Pedro)-Claro cara, eu sei que até mesmo aqui não é todo mundo que curte, mas a galera mais antenada com certeza, borá lá conhecer o pessoal... O mesmo tênis que quase me causou um espancamento na minha antiga escola, agora praticamente me tornou um astro na nova escola, a turma é incrível, quando o Pedro elogiou o tênis eu até pensei em se tratar de um nerd, mas a aparência dele era totalmente contrária, ele estava mais para um valentão inteligente e com bom gosto, para provar isso bastava ver o tanto de garotas que ele conhecia e o cercavam, a definição correta é “esse sim é o amigo perfeito”. (Pedro) Hey Lena, conhece o grande Johnny? Esse é o cara. Esse cara sabe das melhores bandas... olha só, até o tênis do Darrel o cara usa, a tia dele trouxe diretamente dos “Esteites” pra ele... (Lena) Prazer Johnny! Vejo que você é fã dos Firestarters e vejo que o Pedro é um fã seu hehe. (Johnny) Nossa! Não é pra tanto, o Pedrão vive enchendo minha bola, mas não sou tudo isso não, ele sim é que é gente boa. Já Firestarters eu curto muito e você gosta? (Lena) Nem gosto... eu adoooro! Ai meu Deus, que sorriso! Que garota linda, ela deve com certeza ser a garota mais linda dessa escola, talvez uma das mais lindas que já conheci, ainda por cima com bom gosto e simpática, devo estar sonhando. Até desconfiei que ela fosse a garota do Pedro e perguntei pra ele depois, ele disse que até já tinha “pegado” mas ele costuma ficar com várias garotas e não curte namorar, pois deixa ele muito preso e tal. Para confirmar a supremacia dele como o melhor amigo de todos os tempos, ainda perguntou se eu tinha gostado e se prontificou a dar uma força para eu ficar com ela. Minhas preces realmente haviam sido ouvidas. Conversamos muito mais sobre bandas, filmes e livros; por ser novato eu ainda não tinha me tornado um líder ou algo assim, mas com certeza estava gozando de um respeito que jamais tive na vida. Eu e o Pedro estávamos tão “brothers” que ele me presenteou com um disco autografado que tinha sido herança do seu tio da banda nacional que eu adoro “Tranca Verde”, eu tentei recusar, mas ele insistiu dizendo que “é de coração” e por eu curtir a banda mais que ele eu mereço o disco mais que ele também. Foi durante esse clima de amizade única e companheirismo total com a turma que ocorreu o convite para a festa. Estávamos todos ansiosos para o aniversário do Teodoro, cara muito gente boa 16 também, o próprio Pedro já tinha confirmado que com certeza seria a oportunidade perfeita para eu conseguir ficar com a Lena. Chegou o dia tão esperado, consegui a permissão para dormir na chácara com a galera, só os mais chegados ficariam lá. Pode parecer ingenuidade, mas eu não tinha idéia do que me esperava... O que eu mais queria acabou dando certo, o Pedro esquematizou e deu um jeito de nós: Lena e eu ficarmos juntos e acabei conseguindo ficar com ela. Foi mágico, parece que finalmente eu tinha sido recompensado por tantos anos de desprezo, finalmente havia encontrado uma turma que reconhecia minhas qualidades e uma gata que havia me notado, parece que eu tinha recebido uma chance de deixar de ser invisível. (Pedro)-Ai Johnny! Gostei de ver! Bem que eu disse pra você e pra Lena que vocês são perfeitos um pro outro. Chega mais que chegou a hora tão esperada de dar uma acelerada. Vamos curtir a noite inteira. O Teodoro recolheu a grana da galera, mas como você é novato e meu convidado eu garanti a sua parte. Toma! É só mandar... Enquanto Pedro dizia isso me oferecia um canudo para cheirar uma carreira de pó que mesmo nunca tendo visto pessoalmente eu sabia exatamente do que se tratava, ao meu lado eu via toda a galera, meus novos amigos perfeitos cheirando, “mandando”, inclusive a minha tão sonhada Lena. Eu sem consegui dizer nada, por não acreditar que o destino me presenteara com aquela cilada, só não conseguir esconder a mudança da minha expressão de vitorioso, realizado, decidido, confiante, forte para fraco, desconfiado, medroso, assustado, perdedor, etc. (Pedro)-Que isso cara, vem falar que nunca fez isso?! Um cara inteligente e moderno como você?! Vem falar que ainda está nessa de se deixar se levar por campanhas do governo e esse monde de careta hipócrita?! Todo mundo faz isso, olha ai o pessoal, não dá nada... Todo mundo faz: atores, deputados, policiais, até o pessoal da Firestarters... Todo mundo sabe que uma vez ou outra não vicia ninguém, eu sou seu brother, você não acha que eu iria te oferecer algo para te prejudicar?! Não é?! Manda uma aí, só pra ver... Vai... Enquanto ele terminava seu discurso, eu tentava pensar em uma desculpa para não fazer isso e ao mesmo tempo não ofender ele com sua “boa intenção” e nem perder tudo que eu havia conseguido ultimamente como a amizade dele, o respeito da galera e o romance com a Lena. Ao redor já era possível perceber a expectativa da minha nova e querida turma para saber se eu era digno de ter a confiança e a amizade deles. A Lena depois de “mandar uma”, em seu rosto uma mistura de prazer e um pouco do que parecia ser indignação, com uma expressão que dizia: “Por que você não está querendo? É uma só? Qual o seu problema?” E agora? 17 18 Créditos e direitos de cópia das fotografias Capa - Homem com a mão na cabeça ao lado de um lago: © hikrcn - Fotolia.com - Mão segurando a grade de uma prisão: © cunaplus - Fotolia.com - Desenho de homem de joelhos aguardando execução: © Николай Григорьев - Fotolia.com - Dois garotos praticantes de artes marciais © Kadmy - Fotolia.com - Garota de boina vermelha com torre Eiffel ao fundo: © lizcoughlan - Fotolia.com - Garoto tocando violão: © Klaus Eppele - Fotolia.com - Pessoa jogando video game: © tomispin - Fotolia.com - Garota meditando: © Václav Hroch - Fotolia.com - Quatro jovens estudando: © Igor Mojzes - Fotolia.com - Casal correndo: © Martinan - Fotolia.com Cabeçalhos - (Foto representando logo do site) passaro preso e passaro livre: © pict rider - Fotolia.com Sobre o site (exposição de motivos) - Braço escrevendo entre pilhas de livros: © Photographee.eu - Fotolia.com - Desenho de homem de joelhos aguardando execução: © Николай Григорьев - Fotolia.com - Mulher dormindo: © Africa Studio - Fotolia.com Drogas: sim ou não? (O “não” prejudicial imediato) - Desenho de pesonagens concordando e discordando: © artenot - Fotolia.com - Homem com a mão na cabeça ao lado de um lago: © hikrcn - Fotolia.com - Casal se beijando: © sonyazhuravetc - Fotolia.com - Homem doente no leito com mulher rezando:© CandyBox Images - Fotolia.com - Casal correndo: © Martinan - Fotolia.com Qual o problema em usar drogas? A verdade deve ser dita. - Jovens conversando em escada: © CandyBox Images - Fotolia.com - pessoa sentada na sarjeta pedindo: © Halfpoint - Fotolia.com - Casa branca com piscina: © EPSTOCK - Fotolia.com - Mão segurando a grade de uma prisão: © cunaplus - Fotolia.com - Casas no campo: © scaliger - Fotolia.com O macro problema das drogas. O problema não é só seu. - Desenho de nave espacial: © innovari - Fotolia.com - Nave espacial com planeta ao fundo: © Kovalenko Inna - Fotolia.com - Três pessoas mergulhando dentro da piscina:© Iuliia Sokolovska - Fotolia.com - Cidade de aspecto futurista: © scaliger - Fotolia.com - Casal de crianças observando livros:© Petro Feketa - Fotolia.com Contos (treinamento do “não” prejudicial) - Jovens dançando: © chagin - Fotolia.com - Rapar de capuz usando drogas em construção: © CleverStock - Fotolia.com - Jato comercial e carro sedan: © konstantin_sl - Fotolia.com 19
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