Ficha da Unidade Curricular Ano Lectivo: 2013/2014
Transcrição
Ficha da Unidade Curricular Ano Lectivo: 2013/2014
Ficha da Unidade Curricular Ano Lectivo: 2013/2014 Unidade Curricular: Técnicas de Preservação e Conservação de Materiais Orgânicos I Departamento(s): Arte e Restauro Licenciatura: Arte e Restauro Docente: Carolina Barata - responsável pela unidade curricular ([email protected]) Categoria: Assistente convidada Semestre curricular: 1º Obrigatória Créditos: 8 ECTS Total de horas de contacto: 98 Horas de trabalho independente por estudante: 130 Nº horas de contacto por semana por tipo: Ensino Teórico (T): 2 Ensino Prático Oficinal (PO)e/ou Laboratorial (PL): 5 Objectivos O semestre terá início com uma revisão dos conceitos e práticas associados à conservação preventiva. Tendo como pontos de partida os temas desenvolvidos na unidade curricular de Materiais e Tecnologias III, serão estudados os agentes de degradação e as patologias que se relacionam com os suportes de madeira, papel, osso e marfim, bem como as principais metodologias de intervenção envolvidas na sua conservação. O tema principal a desenvolver será a madeira. Durante a componente prática, as intervenções de conservação e restauro serão desenvolvidas em obras com suporte de madeira facultadas para tratamento em aula. Cada um dos tratamentos será antecedido do preenchimento de uma ficha de identificação, diagnóstico e proposta de intervenção que constituirá a base para redacção do relatório técnico final. O papel, o osso e o marfim serão apenas objecto de workshops dedicados à identificação dos factores de degradação e patologias destes materiais. Durante a componente teórica serão debatidos os fundamentos científicos e deontológicos que irão reger o desenvolvimento de cada uma das etapas do trabalho prático. Competências Os alunos devem adquirir as seguintes competências: O aluno desenvolverá um conjunto de pesquisas e de trabalhos práticos que lhe permitirão desenvolver uma metodologia básica de conservação preventiva, bem como práticas de intervenção curativa adequadas a cada caso, apoiadas no conhecimento dos produtos e materiais de tratamento e no desenvolvimento de uma terminologia adequada. Pretende-se ainda que seja interiorizado o método básico de redacção de um relatório técnico. Pré-requisitos recomendados (unidades curriculares ou conceitos) Noções de conservação preventiva e conhecimento do funcionamento do equipamento básico de controle ambiental. Os conteúdos que se relacionam com Técnicas de Preservação e Conservação de Materiais Orgânicos I serão debatidos em paralelo, ao longo das unidades curriculares que se desenvolverão no segundo ano da licenciatura. Com o apoio dos docentes, cada aluno deverá concentrar-se na articulação entre os diferentes conceitos debatidos em cada uma das unidades. Programa 1 - CONSERVAÇÃO PREVENTIVA – REVISÕES 1.1. A humidade, a temperatura, a luz e os seus efeitos sobre os materiais 1.2. Conceitos de Humidade Relativa e Humidade Absoluta 1.3. Instrumentos de medida pontual 1.4. Instrumentos de registo 1.5. A importância da história técnica para a definição de um plano 1.6. Conservação preventiva e colecções 2 - MADEIRA 2.1. Causas da degradação de um suporte de madeira e patologias resultantes 2.2. Medidas de conservação preventiva 2.3. Tratamentos 2.3.1. Desinfecções e desinfestações 2.3.2. Consolidações 2.3.3. Colagens 2.3.4. Reforços estruturais e preenchimentos de lacunas 2.3.5. Produtos e materiais de protecção 3 - PAPEL 3.1. Causas da degradação de um suporte de papel e patologias resultantes 3.1.1. Oxidação e Hidrólise 3.1.2. Corrosão das tintas metalogálicas 3.1.3. Desenvolvimento de micro-organismos 3.1.4. Insectos e roedores 3.1.5. A acção humana 3.2. Medidas de Conservação preventiva 3.7. Metodologias de intervenção curativa 4 - OSSO E MARFIM 5.1. Causas da degradação de um suporte de osso ou marfim e patologias resultantes 5.2. Medidas de conservação preventiva 5.3. Metodologias de intervenção curativa Métodos de ensino Componente teórica: aula expositiva. Pretende-se, no entanto, criar uma dinâmica interactiva, sobretudo na tentativa de articulação entre os conteúdos das diferentes unidades relacionadas com Técnicas de Preservação e Conservação de Materiais Orgânicos I. Componente prática: Aula simultaneamente expositiva e demonstrativa. Será encorajada a discussão aberta entre docentes e alunos dos temas relacionados com a unidade, de forma a articular eficazmente as duas componentes. Regime de avaliação de conhecimentos Método de avaliação: Contínua Número e tipo de provas de avaliação a realizar e respectiva ponderação na classificação final Prática Um relatório técnico relativo aos trabalhos desenvolvidos durante as aulas práticas – 40% Teórica Uma frequência – 40% Notas: Será requerida uma nota mínima de 7 valores para que o aluno possa aceder ao exame de recurso; No exame de recurso o aluno terá oportunidade de melhorar exclusivamente a nota correspondente à componente teórica, que equivale a 40% da nota final. Fórmula de cálculo da nota final Prática Assiduidade, pontualidade, comportamento e desempenho em aula – 20% Relatório técnico do trabalho desenvolvido durante as aulas práticas sobre suportes de madeira – 40% Teórica Frequência – 40% Calendarização da realização das provas de avaliação Frequência – 5 de Dezembro de 2013 Entrega de relatório técnico – 10 de Janeiro de 2014 Bibliografia GERAL Calvo Manuel, A. M., Conservación y Restauración – Materiales, Técnicas e Procedimientos De la A a la Z, Barcelona: Ediciones Del Serbal, 1997 López Roman, A., Prevención de Riesgos Laborales en la Investigación y Intervención en Patrimonio Histórico, Junta de Andalucía, 2000 Martínez, A. dir, Diccionario Técnico Akal de Conservación Y Restauración de Bienes Culturales, Madrid: Akal, 2003 CIÊNCIA E CONSERVAÇÃO Burgi, S. dir. et al, Materiais Empregados em Conservação e Restauração de Bens Culturais, Rio de Janeiro: Associação Brasileira dos Conservadores-Restauradores de Bens Culturais (ABRACOR ), 1990 Gómez, M.L., Examen Científico Aplicado a la Conservación de Obras de Arte, Madrid: Cátedra, 2002 Horie, C.V., Materials For Conservation – Organic Consolidants, Adhesives and Coatings, Oxford: Butterworth-Heinemann,1987 Moncrieff, A.; Weaver, G., Science For Conservators Volume 1 - An Introduction to Materials, London: The Conservation Unit Of The Museums and Galleries Commission, 1987 Newey, C. et al - Science For Conservators Volume 3 – Adhesives and Coatings, London, The Conservation Unit Of The Museums and Galleries Commission, 1987 CONSERVAÇÃO PREVENTIVA Notas del IIC – CCI Notes – Notes de l’ICC Canadian Conservation Institute Santiago do Chile: Centro Nacional de Conservación y Restauratción, 1999 Ashley-Smith, J., Risk Assessment for Objects Conservation, Oxford: Butterworth-Heinnman, 1999 Pinniger, D., Pest Management in Museums, Archives and Historic Houses, London: Archetype, 2001 Richard, M. et al, Art in Transit: handbook for packing and transporting paintings, Washington: National Gallery of Art, 1997 Schaefrer, T.T., Effects of Light on Materials in Collection, Los Angeles: Getty Conservation Institute, 2001 Thompson, G., The Museum Environment, Oxford: Butterworth-Heinnman, 1994 MADEIRA Dorge, V. e Howlet, F.C. ed., Painted Wood: History and Conservation, proceedings of a symposium organized by the Wooden Artefacts Group of the American Institute for the Conservation of Historic and Artistic Works, The John Paul Getty Trust, 1998 Basile, E.I. et al, I Supporti Nelle Arti Pittoriche, Storia, Técnica, Restauro, Milano: Gruppo Ugo Mursia Editore, 1990 Calvo Manuel, A.M.C., La Restauración de Pintura Sobre Tabla – Su Aplicación a Três Retablos Góticos Levantinos (Cinctorres-Castellón), Diputació de Castelló, 1995 Echeverría Goñi, P.L. et al, El retablo de San Blas de Hueto Abajo, manifesto del Renacimiento em Alava: estúdio histórico-artístico y restauración, Alava: Diputación Foral de Alava, 2004 Nicolaus, K., Manual de Restauración de Quadros, Koln: Koneman, 1998 Pérez Marín, E. e Vivancos Ramón, M.V., Aspectos técnicos y conservativos del retablo barroco valenciano, Valencia: Universidad Politécnica, 2004 Speranza, L., La scultura lignea policroma : ricerche e modelli operativi di restauro, Firenze: Centro Di, 2007 Spiazzi, A.M. e Majoli, L. Ed., La scultura lignea : tecniche esecutive, conservazione e restauro : giornata di studio Belluno, Istituto Tecnico Statale "G. Segato, Milano: Silvana, 2005 The Stuctural Conservation Of Pannel Paintings, proceedings of a symposium at the J. Paul Getty Museum, Los Angeles, Getty Conservation Institute, 1998 Vivancos Ramón, V. et al, La desinsectación de la madera, revisión de los últimos sistemas, Valencia: UPV, 2008 PAPEL Basile, E.I. et al, I Supporti Nelle Arti Pittoriche, Storia, Técnica, Restauro, Milano: Gruppo Ugo Mursia Editore, 1990 Ferreira, M. T. et al, Do Bisturi ao Laser – Oficina de Restauro, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1995 Vergara, J., Conservación e Restauración de Material Cultural en Archivos e Bibliotecas, Valencia, Biblioteca Valenciana, 2002 Rayner, J.; Christensen, Joanna M.K.B. ed, Art on Paper: mounting and housing, London : Archetype, 2005 Schweidler, M., The restoration of engravings, books and other works on paper, Los Angeles: Getty Conservation Institute, 2006 OSSO E MARFIM Cristoferi, E., Gli avori : problemi di restauro, Firenze: Nardini, 1992 Bibliografia complementar (a fornecer durante o semestre) Para além da lista apresentada, ao longo do semestre, e sempre que se revelar oportuno, serão disponibilizados artigos em fotocópias ou em formato digital. Cronograma de Implementação do Programa Setembro 19 T – Apresentação do programa. Definição de horários, distribuição de peças e organização de grupos de trabalho. Organização da oficina. Distribuição de modelos de ficha de produto e relatório técnico. Conservação preventiva: revisões. 21 P – Conservação preventiva: revisões. Madeiras: causas da degradação e patologias. 26 T – Madeiras: causas da degradação e patologias. 28 P – Início do preenchimento das fichas de identificação e diagnóstico das obras a intervencionar em aula. Outubro 3 T - Madeiras: causas da degradação e patologias. 5 P – Conclusão do preenchimento das fichas de identificação e diagnóstico – discussão colectiva. Início do tratamento das obras em suporte de madeira. 10 T – Madeiras: causas da degradação e patologias. 12 P – Continuação dos trabalhos práticos. 17 T – Madeiras: desinfecção e desinfestação. 29 P – Continuação dos trabalhos práticos. 24 T – Madeiras: consolidações e colagens. 26 P – Continuação dos trabalhos práticos. 31T - Madeiras: consolidações e colagens. Novembro 2 P – Continuação dos trabalhos práticos. Demonstração de sistemas de consolidação. 7 T – Madeiras: reforços estruturais e preenchimentos de lacunas. 9 P – Continuação dos trabalhos práticos. 14 T – Madeiras: reforços estruturais e preenchimentos de lacunas. Preparação do Workshop de preenchimentos de lacunas em suportes de madeira 16 P – Workshop de preenchimentos de lacunas em suportes de madeira. 21 T – Madeiras: Produtos e materiais de protecção. 23 P – Workshop de preenchimentos de lacunas em suportes de madeira. 28 T – Revisões 30 P - Continuação trabalhos práticos madeira. Dezembro 5 T – Frequência 7 – Continuação trabalhos práticos madeira. 12 T – Papel: causas da degradação e patologias. Observação de formas de degradação em suportes de papel. 14 P – Papel: metodologias de intervenção. 19 T - Osso e marfim: causas da degradação e patologias. 21 P - Observação de formas de degradação em suportes osso e marfim. Continuação trabalhos práticos madeira. Datas importantes: 21 de Dezembro – último dia de aulas. 6 a 10 de Janeiro – semana de entrega de trabalhos/ apresentações. 13 de Janeiro a 31 de Janeiro - Época de exames