Adendo - Prefeitura Municipal de São Francisco de Paula
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Adendo - Prefeitura Municipal de São Francisco de Paula
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA DE SÃO FRANCISCO DE PAULA Coordenação do Meio Ambiente ADENDO AO Plano Ambiental Municipal Levando em consideração os resultados da análise preliminar da versão do Plano Ambiental Municipal, por parte da Comissão de Municipalização da Gestão Ambiental da Secretaria Estadual de Meio Ambiente – SEMA/RS, onde o Município busca habilitação para realizar o licenciamento de atividades de impacto local, através do Processo nº 4251-0500/08-6, apresentamos as seguintes complementações: 1. Bacias Hidrográficas nas quais São Francisco de Paula está inserido ........................... 3 2. Diagnóstico Ambiental ............................................................................................... 3 2.1. Fatores Abióticos ......................................................................................................... 3 2.1.1. Clima ..................................................................................................................... 3 2.1.1.1. Classificação completa de Köeppen .............................................................. 3 2.1.1.2. Dados Meteorológicos .................................................................................. 3 2.1.2. Descrição Geográfica (Microrregião) ................................................................... 4 2.1.3. Geomorfologia ...................................................................................................... 4 2.1.4. Uso e Ocupação do Solo (Mapa em anexo) ......................................................... 7 2.1.5. Recursos Hídricos ................................................................................................. 9 2.1.5.1. Bacia Hidrográfica do Taquari-Antas ............................................................. 9 2.1.5.2. Bacia Hidrográfica do Caí ............................................................................. 13 2.1.5.3. Bacia Hidrográfica do Sinos ......................................................................... 20 2.1.5.4. Bacia Hidrográfica do Tramandaí ................................................................ 23 2.1.5.5. Bacia Hidrográfica do Mampituba............................................................... 24 2.2. Fatores Bióticos.......................................................................................................... 25 2.2.1. Flora .................................................................................................................... 25 2.2.2. Fauna .................................................................................................................. 33 2.2.2.1. Anfíbios ........................................................................................................ 33 2.2.2.2. Herpetofauna (Répteis) ............................................................................... 34 2.2.2.3. Ictiofauna (Peixes) ....................................................................................... 36 2.2.2.4. Mastofauna (Mamíferos) ............................................................................ 38 2.2.2.5. Ornitofauna (Aves) ...................................................................................... 41 3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................. 47 3.1. SITES .... ...................................................................................................................... 49 4. ELABORAÇÃO DO ADENDO ...................................................................................... 50 4.1. EQUIPE ...................................................................................................................... 50 ii 1. Bacias Hidrográficas nas quais São Francisco de Paula está inserido Bacia Hidrográfica do Taquari-Antas, Bacia Hidrográfica do Rio Caí, Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos, bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí e Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba. 2. Diagnóstico Ambiental 2.1. Fatores Abióticos 2.1.1. Clima 2.1.1.1. Classificação completa de Köeppen Segundo a classificação de Köeppen, o clima de São Francisco de Paula é do tipo Cfb, isto é, mesotérmico, superúmido, com verão brando e inverno frio. 2.1.1.2. Dados Meteorológicos Medidas normais mensais históricas: Temperatura (Graus Celsius) a) Média da Temperatura Mínima Jan Fev Mar 14,4 14,1 13,3 Abr 9,8 Mai 8,2 Jun 7,3 Jul 5,8 Ago 6,2 Set 8,1 Out 8,9 Nov Dez Ano 10,9 12,2 9,9 b) Média de Temperatura Máxima Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano 25,4 24,3 23,4 19,6 18,3 16,8 16,3 17,7 18,0 19,0 22,0 24,2 20,3 c) Média da Temperatura (Geral) Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano 19,1 18,4 17,6 13,9 12,4 11,3 10,2 11,0 12,3 13,3 15,8 17,5 14,4 3 Precipitação Pluviométrica (mm L/m²) Jan 221 Fev 213 Mar 175 Abr 186 Mai 155 Jun 200 Jul 151 Ago 128 Set 242 Out 210 Nov 119 Dez 164 Ano 2162 Jul NW Ago S Set SW Out E Nov NE Dez NE Ano NE Jul 81 Ago 79 Set 83 Out 85 Nov 82 Dez 79 Ano 83 Vento: direção predominante Jan NE Fev NE Mar E Abr SE Mai SW Jun W Umidade Relativa do Ar (%) Jan 83 Fev 85 Mar 85 Abr 86 Mai 85 Jun 85 Obs.: Estes dados climáticos foram organizados pelo Meteorologista Eugenio Jaeckel Hackbart CREA RS 042.376 tendo como fonte a publicação “Normais Climáticas” do INMET, médias calculadas de um período superior a 30 anos de registro. Esses registros foram coletados em dois períodos de estudo: entre 1945 e 1974 e entre 1931 e 1960. 2.1.2. Descrição Geográfica (Microrregião) O Município de São Francisco de Paula está localizado na encosta inferior do Estado do Rio Grande do Sul, na zona fisiográfica chamada de Campos de Cima da Serra, na microrregião de Vacaria. 2.1.3. Geomorfologia Para a caracterização das feições geomorfológicas, foi realizada pesquisa bibliográfica aprofundada e consulta aos especialistas da área, sendo que, após informações fornecidas pelo geólogo Dr. Jorge Alberto Villwock, do instituto de Meio Ambiente-IMA da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do SulPUCRS, o capítulo sobre geomorfologia foi revisado e teve a seguinte redação: 4 GEOMORFOLOGIA A paisagem atual da área de São Francisco de Paula é conseqüência de toda essa historia evolutiva. A sucessão de derrames com sua estrutura interna peculiar é a responsável pela configuração escalonada das encostas do planalto e das vertentes dos vales dos rios que estão esculpindo a região. É fácil visualizar o topo quase plano do planalto, marcado por feições tabulares e as encostas marcadas por patamares horizontalizados, condicionados pelas zonas de fraturas horizontais, cobertos por boas espessuras de solos desenvolvidos a partir das zonas vítreas dos derrames, facilmente alteráveis pelos agentes geológicos superficiais, contrastando com as paredes quase verticais, inalteradas, condicionadas pelas fraturas verticais da zona central dos derrames. Segundo Willwock o panorama é singular, não se repete em nenhum outro lugar do planeta. O Município está situado na Região geomorfológica denominada Planalto da Araucárias, que é subdivida em porções menores, com características de relevo semelhantes, denominadas Unidades Geomorfológicas. Em São Francisco de Paula, há reprsentação de duas destas Unidades: Planalto dos Campos Gerais e Serra Geral. Planalto dos Campos Gerais: O relevo do Planalto dos Campos Gerais, segundo RADAMBRASIL (1986), desenvolvido predominantemente sobre as formações vulcânicas ácidas é marcado por colinas de pequena amplitude separadas por vales alargados por sucessivas etapas de dissecação que deixaram rupturas de declive e pequenos desníveis, constituindo-se num plano retocado, desnudado, truncando rochas sãs ou pouco alteradas. O padrão de drenagem nessas áreas do planalto, em geral, é do tipo retangular e secundariamente angular com diversas orientações, controlado por fatores por fatores tectono-estruturais, com a rede fluvial encaixada ao longo dos planos de falhas e fraturas que se instalaram nas rochas basálticas, nos sucessivos estágios de sua evolução tectônica. As bordas deste planalto, ao leste e ao sul, marcadas por uma escarpa abrupta, constituem a unidade denominada Serra Geral. Ali aparecem desníveis 5 de até 1000 metros, marcados pelo entalhamento dos vales fluviais, em sua maioria adaptados aos sulcos estruturais da área. Serra Geral: De uma maneira geral, esta unidade representa os terminais abruptos do planalto dos campos Gerais. É representada por um relevo escarpado com desníveis de até 1000 metros. Este modelado corresponde à área conhecida como Aparados da Serra. Trata-se de uma Unidade com relevo extremamente movimentado, onde predominam formas escarpadas com vales profundos que, por sua vez, estão freqüentemente controlados pelos diversos sistemas de fraturas existentes, esculpidos sobre rochas vulcânicas da Formação Serra Geral. Como conseqüência do alto grau de dissecação e do intenso fraturamento existente, a direção das formas de relevo são bastante diversas e subordinadas à direção dos fraturamentos locais. Associado ao relevo mais movimentado é comum encontrarse depósitos de tálus, enquanto que nos relevos movimentados ocorrem descontínuos níveis coluvionares pedogeinizados. Entre as feições geomorfológicas encontradas no Município, podemos destacar o conjunto de formas de relevo de topos convexos, em geral esculpidas em rochas cristalinas e eventualmente também em sedimentos, às vezes denotando controle estrutural. São entalhadas por sulcos e cabeceiras de drenagem de primeira ordem. O conjunto de formas de relevo de topos tabulares, conformando feições de rampas suavemente inclinadas e lombas, esculpidas em coberturas sedimentares inconsolidadas, denotando eventual controle estrutural, resultam da instauração de processos de dissecação, atuando sobre um superfície aplanada e o conjunto de formas de relevo de topos estreitos e alongados, esculpidos em rochas cristalinas, em geral denotando controle estrutural, definidas por vales encaixados. Os topos de aparência aguçados são resultantes da interceptação de vertentes de declividade acentuada, entalhadas por sulcos e ravinas profundos. 6 2.1.4. Uso e Ocupação do Solo (Mapa em anexo) Para mapeamento do uso e ocupação do solo de São Francisco, foi realizado um diagnóstico com base em mapa elaborado a partir de imagens do satélite Landsat TM 5 (ano 2002). De acordo com os dados obtidos, a área de campos nativos e vegetação rasteira são a maior cobertura de solo do município, ocupando uma área de 190.978,23 há (58,40%). Essa cobertura de solo é usada principalmente para a pecuária bovina, sendo que no Município também se desenvolvem, de forma menos expressiva, a criação de ovinos, eqüinos, suínos e aves. A ocupação por florestas nativas foi estimada em 58.703,71 há (17,95%), em seus diferentes estágios sucessionais, pois, através da metodologia utilizada, não foi possível determiná-los. Devido à predominância de Araucaria angustifólia em grande parte das formações florestais do Município, o extrativismo do pinhão é uma das atividades econômicas presentes nestas áreas, sendo que em sua maioria é particada de maneira informal, gerando conflitos sociais em função das invasões de propriedades para sua colheita clandestina. Os remanescentes de matas nativas (capões) presentes em áreas de pastagem são utilizados como abrigo para o gado. A silvicultura é uma atividade econômica em crescimento no Município, e ocupa principalmente áreas de campo, que é substituído por plantios de árvores exóticas, sendo o gênero Pinus, das variedades taeda e elioti, as mais utilizadas para a formação de plantios de exploração econômica. Uma área de 36.834,30 há do município (11,26%) é formada por áreas de exploração de silvicultura (corte raso) e plantios recentes, sendo que as áreas já exploradas geralmente são ocupadas com novos plantios. A área de solos expostos e desmatamentos corresponde à 17.819,19 há (5,45%) e são áreas, usadas em sua maioria para o cultivo de lavouras de olericultura, batata, milho e fruticultura, entre outros. 7 Os lagos e represas ocupam uma área de 1.151,70 há do Município (0,18%), sendo que os três maiores barramentos são integrantes do Sistema Salto de geração de energia, mas também são utilizados para lazer. Próximo a zona urbana do município há um barramento utilizado para abastecimento humano (Barragem da Corsan) e, também localizam-se no Município barramentos menores (açudes), utilizados para irrigação, piscicultura e dessedentação animal. Quanto as áreas de preservação permanente, foram estimados 25.542,60 há de APPs ripárias, 7,81% da área do Município, mas este valor esta dissolvido dentro dos outros usos do solo, pois parte destas APPs estão impactadas ou com cobertura vegetal de campos ou florestas. O mapa de usos e cobertura dos solos prevê atualizações periódicas, de acordo com a data e qualidade das imagens de satélites disponibilizadas para a prefeitura Municipal. Também esta em estudo a viabilidade de levantamento de todas as APPs do Município, incluindo banhados, olhos d´água e demias categorias, porém, devido à área do município, ainda não foi possível estimar custos e viabilidade da elaboração deste trabalho, mas, devido sua importância, consta como um dos projetos prioritários da Coordenação municipal de Meio Ambiente. De acordo com o mapa elaborado, obteve-se os seguinte dados de uso e ocupação do solo de São Francisco de Paula: Uso e Ocupação do Solo no município de São Francisco de Paula Lagos e represas 1151,70 ha 0,35% 190978,23 ha 58,40% Floresta nativa (diversos estágios sucessionais) 58703,71 ha 17,95% Silvicultura 20932,71 ha 6,40% Solo exposto e desmatamento 17819,19 ha 5,45% Exploração e silvicultura em estágio inicial 36834,30 ha 11,26% 599,37 ha 0,18% 25542,60 ha 7,81% Campos nativos e vegetação rasteira Área urbana APP ripária 8 Figura 1 - Gráfico representativo de uso e ocupação do solo em São Francisco de Paula 2.1.5. Recursos Hídricos Os recursos hídricos do Município se distribuem em cinco bacias hidrográficas, conforme descrito no texto de hidrologia do Plano Ambiental, com o objetivo de complementar o referido texto, realizamos novas pesquisas sobre o tema, analisando os materiais disponibilizados pelos Comitês de Bacia, o Departamento de Recursos Hídricos do Estado – DRH, programa Pró-Guaíba, arquivos da Prefeitura, entre outros matérias, afim de aprofundar o assunto, sendo que as informações complementares disponíveis foram organizadas conforme texto abaixo: 2.1.5.1. Bacia Hidrográfica do Taquari-Antas A bacia do Taquari-Antas é a que abrange maior área territorial do Município, porém, esta área não inclui a zona urbana, sendo que a cobertura do solo na área da Bacia é predominada por campos nativos e vegetação rasteira, com manchas de florestas nativas. Quanto ao uso do solo, devido as 9 características naturais, há uso para pecuária, seguido por pequenas manchas agrícolas e áreas de silvicultura. Destaca-se na bacia a presença de três Unidades de Conservação Estaduais, sendo elas: Parque Estadual do Tainhas, Estação Ecológica da Aratinga e área de Proteção Ambiental Rota do Sol (detalhes na pág. 64 do Plano Ambiental). Dados da Bacia: Área total: 26.536,28 Km² Área no Município: 1.740,318 Km² Ocupação da Bacia no Município: 53,21% Principais cursos d´água da bacia Taquari-Antas no município de São Francisco de Paula: 1ª ORDEM 2ª ORDEM Rio Tainhas Rio das Antas Rio Bururi/Lageado Grande Rio Tomé 3ª ORDEM Arroio Ipê Arroio Ribeirão Arroio Guará Arroio Taperinha Arroiodos Quatis Arroio dos Novilhos Arroio do Xaxim Arroio do Cedro Arroio Quebrada Funda Arroio das Pedras Arroio Bento Arroio Contrato Arroio do Chapéu Arroio Porco Morto Arroio do Burro Arroio Dizimeiro Arroio do Morro Grande Arroio da Prata Arroio do Fuzil Arroio da Divisa Arroio São Tomé Arroio Pião 10 Principais usos consuntivos da água superficial na bacia: Usos Usuário Situação Atual Corsan Na sede do município a captação é realizada na Bacia do Caí, sendo que na Bacia Taquari-Antas, limitase ao abastecimento do distrito de Lageado Grande. Abastecimento Industrial Pequenas industrias familiares Como a maior industrialização do Município situa-se próxima a zona urbana, na bacia do Taquari-antas os empreendimentos são de pequeno porte Irrigação Irrigantes particulares Piscicultura Psicultores particulares Abastecimento Público Dessedentação animal Pecuaristas ● Cultivo de hortifrutigrangeiros como frutas, milho, morango, batata, olericultura e pastagem. A aqüicultura é incipiente. ● Destaca-se a bovinocultura, seguida pela ovinocultura ● Ocorre em pequena escala eqüinocultura, suinocultura e avicultura. Principais usos não consuntivos da água superficial na bacia: Uso Geração de energia Usuário Situação Atual Empresas privadas CEEE Em operação: ● UHE Passo do Meio (distrito de Cazuza Ferreira) Consórcio Passo do Meio (Calçados Azaléia S/A e Brascan Energética S/A) Em implantação: ● PCH Palanquinhos e PCH Criuva (Lageado Grande) Serrana Energética S/A. ● PCH Cazuza Ferreira (distrito de Cazuza Ferreira) CERTEL LTDA. 11 Diluição de Esgoto Doméstico População em geral Pesca Particulares Lazer Campings, particulares. Drenagem Urbana - ● Não há implantação de redes de esgoto na área compreendida pela Bacia. ● Instalações sanitárias ligadas geralmente, a fossas sépticas; também podem estar ligadas a sumidouros poços negros e escoadouros a céu aberto. Atividade de lazer, sem finalidade comercial. Os rios mais utilizados são o Tainhas e Lageado Grande, com destaque ao camping Passo da Ilha e o Parque das Cascatas. Não existe rede de drenagem urbana na área da Bacia em São Francisco de Paula Principais usos da água subterrânea na bacia: Uso Usuário Consumo humano Particulares Corsan Propriedades rurais Particulares Situação Atual Devido à situação irregular de alguns poços artesianos, não é possível estimar o número total. O abastecimento do núcleo urbano do Distrito de Lageado Grande, por parte da Corsan, utiliza água subterrânea. Algumas propriedades rurais utilizam poços artesianos para complementar o uso de águas superficiais. Não há estimativa atual, mas a demanda é baixa devido ao volume de água superficial na bacia. Usos com potencial impacto no município: Uso Exploração agrícola Situação A agricultura praticada de forma inadequada pode ocasionar: ● Acentuação dos processos erosivos ● Irrigação afetando balanço hídrico ● Poluição por uso de agrotóxicos 12 Esgotamento sanitário Os núcleos urbanos dos distritos localizados na Bacia não possuem sistema eficiente de tratamento de esgotos, sendo utilizado em algumas propriedades o sistema de fossa e sumidouro. Silvicultura Alguns plantios não respeitam as APPs previstas em Lei, alterando a margem de cursos de água e interferência em banhados e nascentes. 2.1.5.2. Bacia Hidrográfica do Caí Esta Bacia é a segunda em ocupação de área no Município e inclui cerca de 50% da zona urbana do Município, o que lhe atribui impactos relacionados aos aglomerados urbanos, como recebimento de esgoto doméstico. Nesta Bacia estão incluídas os três barramentos do Sistema Salto de Geração de Energia (Barragem do Salto, Blang e Divisa), e a Barragem da Corsan, onde ocorre a captação de água para abastecimento da sede do Município. Na área abrangida pela Bacia no Município há predominância de áreas de campos e vegetação rasteira, com remanescentes de floresta ombrófila mista distribuídas em matas de galeria e capões em área de campo. A pecuária ainda é a atividade econômica que ocupa maior área na bacia, dentro do Município. Os plantios de Pinus apresentam crescimento na área, sendo que a proximidade com a zona urbana e industrial do município diminui custos com transporte e agrega valor ao produto, entre outros fatores de fomento a atividade de silvicultura. Também ocorrem, em menor escala, atividades agrícolas na área da Bacia, com destaque à olericultura e batata. Dados da Bacia: Área total: 4.983,30 Km² Área no Município: 940,12 Km² 13 Ocupação da Bacia no Município: 28,74 % Principais cursos d´água da bacia do Caí no município de São Francisco de Paula: O rio Caí nasce em São Francisco de Paula com a denominação de rio Santa Cruz, e passa a se chamar Caí próximo ao limite com o Município de Canela, na localidade do Passo do Inferno, assim, classificamos o Rio Santa Cruz como de 1ª ordem o considerando trecho inicial do Rio Caí. 1ª ORDEM 2ª ORDEM Arroio São Jorge Arroio do Juá Arroio do Muniz Arroio Cerrito Arroio do Junco Rio Caí / Santa Cruz Arroio Cará Arroio da Divisa Arroio Lajeado Bonito Arroio Guirra Arroio Santa Cruzinha Arroio dos Carros Rio do Pinto 3ª ORDEM -Arroio do Valo Arroio Cavalhada Arroio Lava-pé --Arroio Jararaca Arroio Bitu Arroio Chimango ------ Principais usos consuntivos da água superficial na bacia: Usos Usuário Abastecimento Público Corsan Abastecimento Industrial Principalmente ramo madeireiro e alimentício Piscicultura Particulares Irrigação Irrigantes particulares Situação Atual Abastecimento da zona urbana do Município. Industrias concentradas na zona urbana e industrial do Município Piscicultura incipiente Predominância de olericultura, batata, miho, entre outros. Não ocorre cultivo de arroz no Município. 14 Dessedentação animal Pecuaristas Predominância de gado bovino. Pecuária de pequeno porte: aves, ovinos. Pecuária de grande porte: bovinos, eqüinos, suínos. Principais usos não consuntivos da água superficial na bacia Usos Usuários Geração de energia CEEE Diluição de esgoto doméstico Prefeitura CORSAN Diluição de esgoto industrial Matadouro, serrarias, indústrias diversas. Drenagem urbana Prefeitura Lazer População e turistas Situação Atual Transposição de vazões (média de 2,55 m3/s) da bacia do Rio Caí para a do Rio dos Sinos; Usinas Bugres e Canastra (barragens do Sistema Salto sobre o Rio Santa Cruz); O sistema de tratamento de esgoto doméstico é de fossa e sumidouro. Considerando que muitos sistemas estão saturados, há um relevante lançamento de esgoto doméstico de parte da sede do Município na Bacia do Caí (parte do esgoto é lançado na Bacia do Sinos, que ocupa parte da Sede) Mesmo com a fiscalização e exigências dos órgãos ambientais, algumas empresas lançam efluentes nas águas da bacia com potencial poluidor. Devido a baixa industrialização do Município, esta poluição é incipiente. Devido a inexistência de uma rede de coleta de esgotos, a rede pluvial recebe parte deste, que, juntamente com os resíduos das vias e lotes urbanos que atingem a rede, tornam-se contaminantes dos cursos de água receptores. Locais mais utilizados: ● Lagos artificiais das barragens do Sistema Salto ● Cascata do Passo do Inferno (Parque da Cachoeira); ● Áreas de acampamento no Rio Santa Cruz, Rio do Pinto e Guirra. 15 Principais usos da água subterrânea na bacia: Usos Usuários Consumo humano ● Colônia de Férias Caixa Econômica Federal ● Comunidade da localidade do Salto ● Particulares Situação Atual Foram perfurados 3 poços no núcleo urbano do Distrito de Eletra (Salto) para consumo da comunidade. Como nem todos os poços perfurados na Bacia são cadastrados, não é possível estimar precisamente quantos particulares utilizam águas subterrâneas na Bacia. Usos com potencial impacto no município: Uso Exploração agrícola Situação A agricultura praticada de forma inadequada, pode ocasionar: ● Acentuação dos processos erosivos ● Irrigação afetando balanço hídrico ● Poluição por uso de agrotóxicos Esgotamento sanitário O fato da Bacia abranger parte da zona urbana do Município a transforma em receptora das águas residuárias da mesma. O núcleo urbano do distrito de Eletra também contribui neste impacto. Silvicultura Alguns plantios não respeitam as APPs previstas em Lei, alterando a margem de cursos de água e causando interferência em banhados e nascentes. Geração de energia Transposição de bacias (Sistema Salto): compromete a vazão a jusante da Barragem do Salto; diminuindo o volume de água, o que prejudica a diluição de poluentes e a disponibilidade hídrica na Bacia. Efeitos da transposição do Sistema Salto para a bacia dos Sinos: O Sistema Salto é constituído de 3 barragens no trecho superior da bacia do Caí, cuja função única é a regularização das vazões para a geração de energia na bacia do Rio dos Sinos, através de uma transposição de vazões. São elas: a Barragem do Salto, inaugurada em 1952, a Barragem do Blang, inaugurada em 1957, e a Barragem Divisa, inaugurada em 1960. As duas primeiras encontram-se 16 no Rio Santa Cruz, principal afluente do Caí, e a última encontra-se no Arroio da Divisa. Estas três barragens não geram energia no próprio eixo do rio. Toda vazão regularizada é transposta para a bacia do Sinos através de um túnel, cuja tomada de água encontra-se na ombreira esquerda da Barragem de Salto. Este túnel tem 2.080 m de comprimento e leva água para a UHE Bugres, no Rio Santa Maria, com geração de 11,5MW. A vazão na UHE Bugres é totalmente proveniente da Bacia do Caí, não havendo praticamente nenhuma contribuição da própria bacia do Sinos, e daí para a UHE Canastra. Esta já recebe vazão natural da bacia do Paranhana, tendo uma capacidade de 42,5MW. Atualmente, além do uso para geração de energia, a transposição tem um impacto positivo também no uso turístico do rio Paranhana. O aumento artificial da vazão do rio é importante para a prática do rafting, garantindo vazões altas mesmo em períodos secos. O sistema Salto de geração de energia elétrica tem um efeito importante nas vazões do rio Santa Cruz a jusante do sistema. O efeito é causado por duas componentes principais: • Efeito dos reservatórios sobre as vazões: os reservatórios de Divisa, Blang e Salto possuem uma capacidade de armazenamento total de cerca de 70 hm3. Isto representa um volume equivalente a 90 dias da vazão média no Rio Santa Cruz naquele local. Os reservatórios armazenam água em períodos de vazão mais alta, permitindo maiores vazões nos períodos de estiagem. Assim, o efeito do dos reservatórios é basicamente o de diminuir as cheias e aumentar as vazões de estiagem. A capacidade de reter grandes cheias é questionável, pois o armazenamento é relativamente pequeno, ocorrendo vertimento em grandes eventos. Possivelmente há também uma leve alteração nas vazões médias, devido ao aumento da superfície líquida. Esta alteração pode ser positiva ou negativa, 17 dependendo do balanço de evaporação potencial e precipitação no local. • Efeito da transposição de vazões para a UHE Bugres, na bacia do Sinos: a transposição tem um único efeito bastante evidente, que é a diminuição das vazões médias a jusante no Rio Santa Cruz e conseqüentemente no Rio Caí; Em suma, são três os impactos esperados: redução de vazões de cheia, aumento das vazões de estiagem e diminuição da vazão média. Para quantificar os efeitos mencionados, foi ajustado o modelo hidrológico, introduzindo-se os reservatórios com uma operação simplificada e representandose a transposição de vazões de forma explícita. As simplificações foram: • Não há operação de comportas nos reservatórios. A operação é feita de forma hidráulica através de descarregadores de fundo, cuja vazão de saída é função linear do armazenamento; • A vazão transposta para a UHE Bugres é função linear do armazenamento no reservatório de Salto. Quando este está cheio, a vazão transposta é de 10,9 m3/s, segundo informação obtida junto à CEEE; • A vazão ecológica liberada a jusante de Salto é de 0,8 m3/s. O modelo foi calibrado no posto fluviométrico de Nova Palmira, conforme visto no item 3.2. Este posto é o primeiro posto a jusante do sistema, sendo por isso adequado para a quantificação dos efeitos. Para verificar o efeito do sistema, o modelo foi novamente executado retirando-se os reservatórios e a transposição e verificando-se o resultado nas vazões médias, máximas e mínimas. Efeito nas vazões médias: a vazão média de longo período em Nova Palmira é de 46.0 m3/s. Esta é a média desde 1960, quando o Sistema Salto foi completado e passou a operar como atualmente. O modelo hidrológico 18 considerando o Sistema gerou uma vazão média de 47,1 m3/s, um erro de 2.2%. Retirando-se os reservatórios e a transposição, a vazão média no mesmo período passou para 55,3 m3/s. Assim, o Sistema Salto acarreta numa redução de 15% na vazão média em Nova Palmira. Deve-se ressaltar que, mesmo havendo uma área incremental de 1500 km2 entre Salto (500 km2) e Nova Palmira (2000 km2), o impacto ainda é bastante significativo. Considerando apenas os reservatórios, sem transposição, a vazão média em Nova Palmira é de 51,5 m3/s, ou seja, os reservatórios produzem uma diminuição na vazão média devido ao aumento da superfície evaporativa. Efeito nas vazões máximas: os reservatórios de Blang e Salto possuem alguma capacidade de amortecer cheias, pois mantém constantemente um volume de espera, o qual não é muito grande, sendo capaz apenas de reter cheias menores, ou uma parcela da vazão de pico em grandes eventos. A maior cheia registrada em Nova Palmira desde 1953 foi em junho de 1982, com uma vazão de 1129 m3/s. O modelo hidrológico com o Sistema Salto calculou uma vazão de 1182 m3/s (erro de 5%). Retirando-se o Sistema Salto, o modelo calculou uma vazão máxima de 1252 m3/s, de forma que pode-se considerar que o Sistema Salto reduz um pouco as vazões máximas. Efeito nas vazões mínimas: igualmente, os reservatórios do sistema possuem alguma capacidade de regularização. Além disso, há um acordo com a CORSAN para que a Barragem de Salto libere no mínimo 0,4 m3/s para manter operante o abastecimento a jusante. A vazão superada em 95% do tempo em Nova Palmira (Q95) é de 3,5m3/s. Já a Q95 da série calculada pelo modelo é de 3,8m3/s. A Q95 que seria esperada sem o sistema Salto é de 5,2 m3/s, ou seja, o Sistema Salto acarreta uma diminuição nas vazões de estiagem. Por fim, a Q95 que ocorreria caso só existissem os reservatórios, porém sem transposição, seria de 5,4m3/s. Assim, pode-se perceber que os reservatórios produzem alguma regularização, porém esta é anulada pela transposição. 19 2.1.5.3. Bacia Hidrográfica do Sinos A Bacia do Sinos é a terceira em ocupação de área do Município, localizada junto a escarpa, a cobertura do solo é predominada por remanescentes florestais, sendo que na parte superior é ocupada por Floresta Ombrófila Mista, havendo, uma transição para a Floresta Estacional Semidecidual conforme a altitude diminui na escarpa. A Bacia do Sinos abrange parte da zona urbana da sede do Município, sendo que parte de suas nascentes encontra-se impactadas no centro da cidade. A Bacia abrange uma unidade de conservação municipal, o Parque Natural Municipal da Ronda, que visa a proteção das águas da micro-bacia do Rolantinho da Areia. Também está situada na área da Bacia no município uma unidade de conservação federal, a Floresta Nacional de São Francisco de Paula. Quanto ao uso na área, devido a sua localização em áreas de grande declividade, seu uso torna-se restrito, sendo que abrange a área de “colônias” do Município, onde é praticada a agricultura familiar. Também ocorrem áreas de silvicultura, geralmente em locais de solo exposto dentro da floresta nativa. Dentre os usos das áreas de floresta, destaca-se a extração de lenha e pinhão, principalmente nas áreas próximas a zona urbana da cidade. Não há pontos de captação para abastecimento público. Dados da Bacia: Área total: 3.729,18 Km² Área no Município: 364,45 Km² Ocupação da Bacia no Município: 11,23 % 20 Principais cursos d´água da bacia do sinos no município de são francisco de paula: 1ª ORDEM 2ª ORDEM 3ª ORDEM Rio Rolante Açoita Cavalo Rolantinho da Areia Boa Vista Arroio do Feixe Arroio Venturão Arroio José Velho (afluente do Rio Paranhana no Município de Canela) Rio da Ilha Rio dos Sinos Rio Padilha Principais usos consuntivos da água superficial na bacia: Usos Usuário Situação Atual Aquicultura Proprietários rurais Irrigação Irrigantes particulares Dessedentação animal Pequenos proprietários rurais/ Pecuaristas Pequenos açudes. Em áreas próximas ao Rincão dos Kroeff é utilizadas em olericultura, batata, entre outros. Além da utilização dos cursos d´água, ocorrem também pequenos barramentos (açudes). Principais usos não consuntivos da água superficial na bacia: Usos Usuários Geração de Energia CEEE Diluição de Esgoto Doméstico Prefeitura CORSAN Situação atual Transposição da bacia do Rio Caí, barragens do Sistema Salto (Rio Santa Cruz); Curso superior do Rio Paranhana; Usina de Bugres 8.000 KW Usina de Canastra 30.000 KW O sistema de tratamento de esgoto doméstico é de fossa e sumidouro. Considerando que muitos sistemas estão saturados, há um relevante lançamento de esgoto doméstico de parte da sede do 21 Diluição de Esgoto Industrial Serrarias, indústrias diversas Drenagem Urbana Prefeitura Lazer Turistas, população local. Município na Bacia do Sinos. Também há o lançamento direto, sem nenhuma forma de tratamento. Os loteamentos irregulares contribuem para o agravamento do problema A Bacia dos Sinos abrange parte do Distrito Industrial do Município. Mesmo com a fiscalização e exigências dos órgãos ambientais, algumas empresas lançam efluentes nas águas da bacia com potencial poluidor. Devido a baixa industrialização do Município, esta poluição é incipiente. Devido a inexistência de uma rede de coleta de esgotos, a rede pluvial recebe parte deste, que, juntamente com os resíduos das vias e lotes urbanos que atingem a rede, tornam-se contaminantes dos cursos de água receptores. Destacam-se o Lago São Bernardo, o Parque das Oito Cachoeiras e a Cascata da Ronda. Usos com potencial impacto no município: Uso Situação Disposição indevida de resíduos sólidos O antigo “lixão” do Município localizava-se na Bacia. Embora já desativado, a área não teve sua recuperação completamente efetiva e constitui um passivo ambiental no Município. Lançamento de águas residuárias O fato da Bacia abranger parte da zona urbana do Município a transforma em receptora das águas residuárias da mesma, alterando a qualidade das águas com aumento da carga orgânica presente na mesma. Silvicultura Alguns plantios não respeitam as APPs previstas em Lei, alterando a margem de cursos de água e causando interferência em banhados e nascentes. Mau uso do solo e desmatamento Os efeitos são maiores nas áreas de declividade acentuada, acarretando em erosão do solo e assoreamento dos cursos d´água. 22 2.1.5.4. Bacia Hidrográfica do Tramandaí A Bacia do Tramandaí ocupa uma pequena porção do Município voltada para o Oceano Atlântico, incluindo áreas de escarpa coberta por mata nativa e por uma pequena área de campos na parte superior da Bacia. A pecuária é o principal uso da área de campo, seguido por lavouras de olericultura. Também ocorrem plantios de pinus na área da Bacia. As áreas de declividade acentuada tem uso restrito, sendo que ocorrem pequenas “roças” em alguns pontos. Devido à pequena área do Município dentro da Bacia, os usos e impactos são insipientes nos dados gerais da Bacia. Dados da Bacia: Área total: 2.859,09 Km² Área no Município: 199,035 Km² Ocupação da Bacia no Município: 6,08 % Principais cursos d´água da bacia do Tramandaí no município de São Francisco de Paula: 1ª ORDEM Rio Tramandaí (fora da área do município 2ª ORDEM Lagoa Itapeva (fora da área do Município) Lagoa dos Quadros (fora da área do Município) 3ª ORDEM Rio Três Forquilhas Arroio Carvalho Rio Maquiné 23 2.1.5.5. Bacia Hidrográfica do Mampituba Esta Bacia ocupa menos de 1% da área total do Município, sendo que abrange uma área de escarpa com um fragmento florestal que nas cotas mais altas apresenta representantes da floresta ombrófila mista e, conforme a altitude diminui, se configura como floresta ombrófila densa. Devido a sua pequena porção no Município, os usos e impactos são mínimos, sendo que na área ocupada pela Bacia há uma baixíssima densidade demográfica. A maior área da Bacia encontrase no Estado de Santa Catarina. Dados da Bacia: Área total: 698,65 Km² Área no Município: 23,45 Km² Ocupação da Bacia no Município: 0,72 % Principais cursos d´água da bacia do Mampituba no município de São Francisco de Paula: 1ª ORDEM Rio Mampituba (fora da área do município) 2ª ORDEM 3ª ORDEM Arroio Josafáz --- 24 2.2. Fatores Bióticos 2.2.1. Flora Família Espécie Nome Popular Acanthaceae Justicia carnea -8381* - Alismataceae Echinodorus grandiflorus - Lithraea brasiliensis Bugre, Aroeira-brava Lithraea molleoides Aroeira-preta Schinus terebinthifolius Raddi Aroeira-vermelha Annonaceae Rollinia salicifolia Araticum Apocynaceae Macrosiphonia longiflora Velame-branco Aquifoliaceae Ilex paraguarensis Erva-mate Araucariaceae Araucaria angustifolia Pinheiro-brasileiro Acanthospermum australe Carrapicho-rasteiro Achyrocline alata Macela Achyrocline saturoides Macela Aspilia montevidensis Cravo-do-campo Austroeupatorium inulaefolium - Austroeupatorium picturantum - Baccharis cf. articulata (Lam.) Pers. Carquejinha Baccharis cf. trimera (Less.) DC. Carqueja-gaúcha Baccharis cordifolia DC Mio-mio Baccharis cultrate ( Bake) Vassoura-branca-da-serra Baccharis dracunculifolia Alecrim-do-campo Baccharis dracunculifolia DC. Vassoura-branca Baccharis gaudichaudiana - Baccharis gracillima - Baccharis helichysoides - Baccharis milleflora - Baccharis oxyodonta - Baccharis punctulata Mata-pasto Baccharis sessiliflora - Anarcadiaceae Asteraceae 25 Bignoniaceae Baccharis spicata - Baccharis trimera (Less) Carqueja-amargosa Bidens pilosa Picão Chaptalia cordifolia (Becker) Cabr. Língua-de-vaca Chromolaena hirsuta - Chromolaena laevigata - Conyza bonariensis - Coreopsis lanceolata - Dashyphyllum spinescens Buva Dasyphyllum spinosum (Spreng.) Cabrera Sucará –da-serra Eupatorium cf. inulifolium Kunth. Vassourinha Gochnatia polymorpha Candeia ou Cambará Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera Cambará Helichrysum bracteatum Flor de palha Leucanthemum vulgare Margarida Mikania involucrata Hook & Arn. Guaco Piptocarpha angustifolia Vassourão-branco Pterocaulon alopecuroides - Raulinoreitzia crenulata Sempre-viva Senecio bonariensis Hook. & Arn. Margarida-do-banhado Senecio brasiliensis Maria-mole Solidago chilensis Arnica Symphyopappus polystachyus Erva-lanceta Trichocline catharinensis Cravo-do-campo-catarinense Trichocline macrocephala Cravo-do-campo-vermelho Vernonanthura tweediana Vassourão-bravo Vernonia discolor (Spreng.) Less. Vassourão Doxantha unguis-cati Unha-de-gato Jacaranda micrantha Caroba Pithecoctenium echinatum K. Schum. Pente-de-macaco 26 Tabebuia alba Ipê-amarelo-da-serra, ipêouro Tabebuia avellanedae Ipê-roxo Lamanonia speciosa Guaraperê Bulbostylis hirtella Pelo-de-porco Cyperus brevifolius Capim Cyperus rotundus Ciperus-tiririca Eleocharis elegans Junco Fimbristylis complamata Capim Elaecarpaceae Slonea menosperma Sapopema Erythroxilaceae Erythroxylum argentinum Cocão Euphorbiaceae Sapium glandulatum Pau-leiteiro Sebastiana klotzchiana Branquilho Sebastiania commersoniana Branquilho Acassia bonariensis Gill. Unha-de-gato Albizzia spp. Angico Apuleia leiocarpa Grápia Ateleia glazioviana Timbó, Timbozinho Bauhimia forficata Link Pata-de-vaca Copaifera trapezifolia Pau-óleo Crotalaria sp. Guizo-de-cascável Dalbergia frutensis Rabo-de-bugio Desmodium affine (Schlecht) Pega-pega Desmodium incanum Pega-pega Desmodium uncinatum (Jacq.) DC Pega-pega Cunoniaceae Cyperaceae Fabaceae (Leguminosae) Erythrina falcata Benth Erytrhina crista-galli L. Corticeira-do-mato, Corticeira-da-serra, bituqueira Corticeira-do-banhado, seibo, mulungu Gleditsia amorphoides Sucará, Açucará Holocalyx balansae Alecrim Machaerium stipitatium Canela-do-brejo Mimosa scabrella Benth. Bracatinga 27 Myrocarpus frondosus (Allem) Cabreúva Parapitadenia rígida Benth Angico-vermelho Senna occidentalis ( L. ) Link Fedegoso-baixo Trifolium riograndensis Trevo Casearia sylvestris Guaçatunga, Chá-de-bugre Gunneraceae Gunnera manicata Lindm. Urtigão Hipoxidaceae Hypoxis sp. Tiririca Iridaceae Trimeza sp. Amarelinha Lamiaceae Cunila fasciculata Poejo-do-campo Laureaceae Nectandra grandiflora Canela-amarela Nectandra lanceolata Nees. Canela-branca, Canela amarela, Canela-fedorenta Nectandra megapotamica Canela-preta Ocotea pulchella Canela-do-brejo, Canelalageana Ocotea teleiandra Pimenteira Talauma ovata Baguaçu Luehea divaricata Mart Açoita-cavalo Leandra sp. Pixirica Miconia hyemalis Pixirica Tibouchina cerastifolia - Tibouchina gracilis Tibouchina Cedrela fissilis Vell. Cedro-rosa Cedrela odorata L. Cedro-alho Trichilia clausseni Quebra-machado Trichilia hieronymi (Gris) Catiguá-vermelho Mimosa scalabrella Bracatinga Mimosa sparsiformis - Carya pecan Ira-pecã Myrsine ferruginea Capororoca-miúda Acca sellowiana Goiaba-serrana Blepharocalyx salicifolius (Kunth) O.Berg Murta Calyptrantes concina Guamirim Flacourtiaceae Magnoliaceae Malvaceae Melastomataceae Meliaceae Mimosaceae Moraceae Myrsinaceae Myrtaceae 28 Campomanesia guazumifolial Sete-capotes Campomanesia rhombea Guabiroba-miúda Campomanesia xanthocarpa Guabiroba Eucalytptus sp. Eucalipto Eugenia pyriformis Uvaia Eugenia rostrifolia Batinga Eugenia uniflora Pitangueira Gomidesia palustris Guamirim Myrcianthes gigantea Araçá-do-mato Myrcianthes pungens (O.Berg) D.Legrand Guabiju Myrciaria delicatula Camboim Psidium catteyanum Araçá-do-campo Neckeraceae Neckera scabridens - Onagraceae Fúcsia regia Brinco-de-princesa Orquidaceae Stelis sp. Orquídea-miúda Oxalidaceae Oxallis sp. Azedinha-de-sapo Phytolacca decandra Caruru-bravo Phytolacca dioica Umbú Seguieria guaranitica Cipó-umbu Andropogon sp Capim Anthoxanthum odoratum Fluva Aristida palens Capim-barba-de-bode Axonopus fissifolius Grama-missioneira Briza rufa Cevadilha-serrana Bronus brachyanthera - Centhrus tribuloides Capim-rabo-de-burro Chascolytrum subanistatum Penacho Chusquea mimosa McClure & L.B. Sm. Criciúma Cortadeira selloana Tiririca, capim-dos-pampas Cynodum sp. - Elyonorus sp. Capim-limão Phytolaccaceae Poaceae 29 Eragrostis lugens Capim-branco Erianthus angustifolius Macega-vermelha Erianthus glabrinodis - Erianthus trinii Macega-estaladeira Holcus lanatus Capim-lanudo Lolium multiflorum Azevém Oplisenus setarius - Panicum bergii - Panicum maximum Capim-colônia Panicum superatum - Paspalum notatum Capim-gordo Paspalum sp. Carrapicho Paspalum sp. Ness Grama-comprida Paspatum dilatatum Grama-forquilha Piptochaetium montevidensis Capim-cabelo-de-porco Poa annua Linn. Pastinho-de-inverno Poidium rufum - Polypogon elongatus Capim-rabo-de-cachorro Rhynchospora sp. - Schizachyrium microstachyum Arroz-do-mato Schizachyrium spathiflorum Rabo-de-burro Sporobolus indicus Macega-brava Stenotaphrum secundatum Capim-touceirinha, gramão Podocarpaceae Podocarpus lambertii Klotsch. Pinheiro-bravo Pteridaceae Pteridium aquilinum (L.) Kuhn Sabambaia-das-taperas Orthostichopsis tenuis - Clematis cf. dioica L. Barba-de-velho Acaena eupatoria Cham. et Schltdl. Carrapicho-da-serra Prunus myrtifolia (L.) Urb. Pessegueiro-do-mato Rutaceae Zanthoxylum sp. Mamica-de-cadela Sapindaceae Allophylus edulis Chal-chal Cupania vernalis Cambess Camboatá-vermelho Pytobidaceae Ranunculaceae Rosaceae 30 Schizaeaceae Solanaceae Tiliaceae Umbeliliferaceae Verbenaceae Winteriaceae Matayba elaeagnoides Radlk Camboatá-branco Anemia phyllitidis (L.) Sw. Avenca Brunfelsia sp. Primavera, manacá-de-cheiro Solanum mauritianum Scop. Fumo-bravo Luehea divaricata Açoita-cavalo Eryngium eburneum Gravatá-do-mato Eryngium horridum Gravatá-do-banhado Eryngium megatomicum Gravatá-do-campo Eryngium pandanifolium - Glandularia pulchella (Sweet) Tronc. Verbena Smilax campretris Japecanga Verbena sp. Verbena comprida Vitex megapotamica Tarumã Drymis brasiliensis Casca-de-anta Lista de Espécies Ameçadas: Família Araucariaceae Asteraceae Bromeliaceae Cactaceae Celastraceae Clusiaceae Dicksoniaceae Espécie Nome Popular Categoria de Ameaça Araucaria angustifolia Pinheiro-brasileiro VU*, VU** Chaptalia cordifolia (Becker) Cabr. Língua-de-vaca EN* Gochnatia polymorpha Candeia ou Cambará VU* Trichocline catharinensis Cravo-do-campocatarinense EN* Trichocline macrocephala Cravo-do-campovermelho EN* Tillandsia aeranthos Cravo-do-mato VU* Tillandsia usneoides Barba-de-pau VU* Parodia linkii (Lehm.) Cactos-bola EN* Maytenus aquiifolia (Mart) Espinheira-santa VU* Hiperico sp. Hipérico VU* Dicksonia sellowiana Xaxim-bugio EN*, VU** 31 Fabaceae (Leguminosae) Gleditsia amorphoides Sucará, Açucará EN* Myrocarpus frondosus (Allem) Cabreúva VU* Lamiaceae Cunila fasciculata Poejo-do-campo VU* Laureaceae Cedrela fissilis Vell. Cedro-rosa EN*** Cedrela odorata L. Cedro-alho VU*** Myrcianthes pungens (O.Berg) D.Legrand Guabiju EN*** Nectandra lanceolata Nees. Canela-branca, Canela amarela, Canela-fedorenta VU* Talauma ovata Baguaçu, pinha-dobrejo VU* Fucsia regia Brinco-de-princesa VU* Podocarpus lambertii Klotsch. Pinheiro-bravo DD*** Theaceae Gordonia fruticosa (Schrad.) H.Keng Santa-rita VU* Winteriaceae Drymis brasiliensis Casca-de-anta VU* Magnoliaceae Onagraceae Podocarpaceae Legenda (Categoria ameaça): EN = em perigo VU = vulnerável DD = provável ameaçada, porém necessitando de dados complementares * = Lista das espécies da flora ameaçadas do RS, Decreto Estadual 42.099/ 2002. ** = Lista das espécies brasileiras ameaçadas - Portaria n. 37 de 1992 do IBAMA *** = Espécies ameaçadas citadas em listas da IUCN 32 2.2.2. Fauna 2.2.2.1. Anfíbios Ordem Família Espécie Nome Popular Bufo crucifer Sapo Bufo ictericus Sapo-cururu Aplastodiscus perviridis Perereca-verde Hyla bischoffi Perereca Hyla faber Sapo-martelo Hyla microps Perereca Hyla minuta Perereca Hyla perviridis Perereca Hyla pulchella Perereca-do-banhado Hyla uruguaya Perereca Pseudis sp. - Scinax catharinae - Scinax fuscovaris Perereca-de-banheiro Scinax squalirostris - Hylodes meridionalis - Leptodactylus ocellatus Rã-manteiga Leptodactylus plaumanni - Physalaemus cuvieri Rã-cachorro Physalaemus gracilis Rã-chorona Physalaemus nanus - Proceratophrys bigibbosa - Proceratophrys sp. - Elachistocleis bicolor Sapinho-da-horta Elachistocleis ovalis - Caecilia sp. Cecília Anura Bufonidae Hylidae Leptodactylidae Microhylidae Gymnophiona Caeciliidae Obs.: nenhuma espécie encontra-se na Lista de Espécies da Fauna Ameaçada de Extinção no Rio Grande do Sul 33 2.2.2.2. Herpetofauna (Répteis) Ordem Família Espécie Nome Popular Amphisbaena darwini Cobra-de-duas-cabeças Clelia rustica Muçurana-parda Echinantheria affinis Corredeira-do-mato-comum Echinantheria bilineata - Echinantheria cyanopleura - Elapomorphus lemniscatus Cabeça-preta Liophis anomalus Jararaquinha-do-campo Liophis jaeri Cobra-d’água-verde Liophis miliaris Cobra-lisa Liophis poecilogyrus Cobra-do-capim Mastigodryas bifossatus Jararaca-do-banhado Oxyrhopus clathtus Falsa-coral-serrana Oxyrhopus rhombifer Falsa-coral Philodryas aestivus Cobra-cipó-carenada Philodryas arnaldoi Parelheira-do-mato Philodryas olfersil Cobra-cipó-comum Philodryas patagoniensis Papa-pinto Sibynomorphus mikanii Dormideira Spilotes pullatus Caninana Thamnodysnastes strigatus Corredeira-do-campo Tomodon dorsatus Cobra-espada Waglerophis merremil Boipeva Xenodon neuwiedi Boipeva-rajada, falsajararaca Micrurus frontalis Coral-verdadeira Heterodactylus lundii Cobra-de-vidro Pantodactylus schereibersii Lagartixa-de-rabo-vermelho Anisolepis undulatus Lagartixa-das-árvores Teius oculatus Lagartixa-verde Tropidurus torquatus Lagartixa Squamata Amphisbaenidae Colubridae Elapidae Gymnophthalmidae Leiosauridae Teiidae 34 Viperidae Tupinambis merianae Lagarto-de-papo-amarelo Bothrops alternatus Cruzeira Bothrops cotiara Cotiara Bothrops jararaca Jararaca Crotalus durissus Cascável Lista de Espécies Ameçadas: Ordem Família Squamata Colubridae Viperidae Espécie Nome Popular Categoria de Ameaça Philodryas arnaldoi Parelheira-do-mato VU Bothrops cotiara Cotiara VU 35 2.2.2.3. Ictiofauna (Peixes) Ordem Espécie Nome Popular Cyprinidae Cyprinus carpio Carpa-comum Poecilidae Phalloceros caudimaculatus Barrigudinho Characidae Astyanax scabripinnis (Jenynns, 1842) Lambari-prata Família Atheriniformes Characiformes Bryconamericus iheringii (Boulenger, 1887) Bryconamerycus ecai (Silva, 2004) Hyphessobrycon bifasciatus (Ellis, 1911) Hyphessobrycon luetkenii Erythrynidae Poeciliidae Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) Cnesterodon brevirostratus (Rosa & Costa, 1993) Phalloceros caudimaculatus (Hensel, 1868) Lambari Traíra Perciformes Cichlidae Cichlasoma facetum Cará Crenicichla lepidota Joaninha Crenicichla punctata (Hensel, 1870) Geophagus brasiliensis (Quoy & Gaimard, 1824) Cará Siluriformes Heptateridae Loricariidae Heptapterus mustelinus Valenciennes, 1835 Rhamdia quelen (Quoy & Gaimard, 1824) Jundiá-cobra Ancistrus spp. Cascudo-comum Hemipsiliichthus spp. - Hypostomus commersoni Cascudo Neoplecostomus spp. - Jundiá Pareiorhaphis hystrix Rineloricaria - 36 microlepidogaster Pimelodidae Trichomycteridae Rhandia spp. Jundiá Trichomycterus sp. Gymnotiformes Gymnotidae Gymnotus carapo Linnaeus, 1758 Sarapó Obs.: nenhuma espécie encontra-se na Lista de Espécies da Fauna Ameaçada de Extinção no Rio Grande do Sul 37 2.2.2.4. Mastofauna (Mamíferos) Ordem Família Espécie Nome Popular Mazama americana Veado-mateiro, Veado-pardo Mazama gouazoubira Veado-virá Ozotocerus bezoarticus Veado-campeiro Pecari tajacu (Linnaeus, 1758) Cateto, tateto Tayassu pecari (Link, 1795) Queixada Cerdocyon thous Chrysocyon brachyurus (Illiger, 1815) Graxaim-do-mato Lycalopex gymnocercus Graxaim-do-campo Leopardus pardalis Jaquatirica Leopardus sp. Gato-do-mato Artiodactyla Cervidae Tayassuidae Carnivora Canidae Felidae Leopardus wiedii Schinz, 1821) Oncifelis colocolo (Molina, 1782) Mephitidae Procyonidae Lobo-guará Gato-maracajá Gato-palheiro Puma concolor Puma, onça parda, leão-baio Conepatus chinga Zorrilho Nasua nasua Quati Procyon cancrivorus Mão-pelada Promops nasutus Morcego-narigudo Desmodus rotundus Morcego-vampiro Sturnira lilium Morcego-fruteiro Histiotus montanus - Myotis nigricans Morcego-borboleta-escuro Didelphis albiventris Gambá-de-orelha-branca Didelphis marsupialis Gambá-de-orelha-preta Marmosa americana Marmosa Philander opossum Cuíca-verdadeira Lepus capensis Lebre Chiroptera Molossidae Phyllostomidae Vesperttilionidae Didelphimorphia Didelphidae Lagomorpha Leporidae 38 Primates Cebidae Alouatta caraya (Humboldt, 1812) Alouatta guariba clamitans Cabrera Bugio-preto Cebus apella Macaco-prego Akodon sp. Rato-do-mato, Rato-do-chão Oligoryzomys flavesces Camundongo-do-mato Oligoryzomys nigripes Ratinho-do-mato Scapteromys tumidus Rato-do-banhado Agouti paca Paca Dasyprocta aguti Cotia Sphigurus villosus Ouriço-cacheiro Hydrochoerus hydrochaeris Capivara Mus musculus Camundongo Rattus rattus Rato-comum-das-casas Cabassous tatouay Tatu-do-rabo-mole Dasyprocta azarae Cutia Dasypus hybridus Tatu-mulita Dasypus novemcinctus Tatu-galinha Euphractus sexcinctus Tatu-peludo Tamandua tetradactyla Tamanduá-mirim Bugio-ruivo Rodentia Cricetidae Dasyproctidae Erethizontidae Hydrochoeridae Muridae Xenarthra Dasypodidae Myrmecophagidae Lista de Espécies Ameçadas: Ordem Família Artiodactyla Cervidae Tayassuidae Espécie Nome Popular Categoria de Ameaça Mazama americana Veado-mateiro, Veado-pardo Em perigo Mazama gouazoubira Veado-virá Vulnerável Veado-campeiro Criticamente em perigo Cateto, tateto Em perigo Ozotocerus bezoarticus Pecari tajacu (Linnaeus, 1758) 39 Carnivora Canidae Felidae Tayassu pecari (Link, 1795) Chrysocyon brachyurus (Illiger, 1815) Queixada Criticamente em perigo Lobo-guará Criticamente em perigo Jaquatirica Vulnerável Gato-maracajá Vulnerável Gato-palheiro Em perigo Puma concolor Puma, onça parda, leão-baio Em perigo Nasua nasua Quati Vulnerável Alouatta caraya (Humboldt, 1812) Alouatta guariba clamitans Cabrera Bugio-preto Bugio-ruivo Vulnerável Agouti paca Paca Vulnerável Tamandua tetradactyla Tamanduá-mirim Vulnerável Leopardus pardalis Leopardus wiedii Schinz, 1821) Oncifelis colocolo (Molina, 1782) Procyonidae Primates Cebidae Rodentia Dasyproctidae Xenarthra Myrmecophagidae Vulnerável 40 2.2.2.5. Ornitofauna (Aves) Ordem Espécie Nome Popular Amazonetta brasiliensis Marreca-pé-vermelho Anas flavirostris Marreca-pardinha Anas georgica Marreca-parda Cariamidae Carioma cristata Seriema Accipritridae Accipiter striatus Gaviãozinho Buteo albicaudatus Gavião-de-cauda-branca Buteo magnirostris Gavião-carijó Elanoides forficatus Gavião-tesoura Elanus leucurus Gavião-peneirador Harpagus diodon Gavião-bombachinha Heterospizias meridionalis Gavião-caboclo Bulbucus ibis Garça-vaqueira Butorides striatus Socozinho Casmerodius albus Garça-branca-grande Egretta thula Garça-branca-pequena Syrigma sibilatrix Maria-faceira Cathartes aura Urubu-de-cabeça-vermelha Coragyps atratus Urubu-de-cabeça-preta Oreopholus ruficollis Batuíra-de-papo-ferrugíneo Vanellus chilensis Quero-quero Falco femoralis Falcão-de-coleira Falco sparverius Quiri-quiri Micrastur semitorquatus Gavião-relógio Milvago chimango Chimango Mivalgo chimachima Carrapateiro Polyborus plancus Carcará Theristicus caudatus Curicaca Columba cayennensis Pomba-galega Família Anseriformes Anatidae Cariamiformes Ciconiiformes Ardeidae Cathartidae Charadriidae Falconidae Threskiornithidae Columbiformes Columbidae 41 Columba picazuro Asa-branca ou pombão Columbina picui Rolinha-picuí Geotrygon montana Juriti-piranga, pariri Leptotlia verreauxi Juriti-pupu Zenaida auriculata Pomba-de-bando Ceryle torquata Martim-pescador-grande Chloroceryle americana Martim-pescador-pequeno Chlroceryle amazona Martim-pescador-verde Cracidae Penelope obscura Jacu-açu Cuculidae Crotophaga ani Anu-preto Guira guira Anu-branco Piaya cayana Alma-de-gato Aramides saracura Saracura-do-brejo Gallinula chloropus Galinha-dágua Porphyriops melanops Frango-dágua-carijó Passerina glaucocaerulea Azulinho Conopophagidae Conopophaga lineata Chupa-dente Corvidae Cyanocorax caeruleus Gralha-azul Sittasomus griseicapillus Arapaçu-verde Donacospiza albifrons Tico-tico-do-banhado Embemagra platensis Tibirro-do-pampa Poospiza lateralis Quete Sicalis flaveola Canário-da-terra Sicalis luteola Tipio Sporophila caerulescens Coleirinho Zonotrichia albifrons Tico-tico Chamaeza campanisona Tovaca-campainha Hylopezus nattereri Pinto-do-mato Mackensiaena leachii Brujarara-assobiador Thamnophilus caerulescens Choca-da-mata Coraciiformes Alcedinidae Craciformes Cuculiformes Gruiformes Rallidae Passeriformes Cardinalinae Dendrocolaptidae Emberizidae Formicariidae 42 Thamnophilus rupicapillus Choca-de-boné-vermelho Fringillidae Carduelis magellanica Pintassilgo-de-cabeça-preta Furnariidae Anumbius annumbi Cochicho Cinclodes pabsti Terezinha ou pedreiro Cranioleuca obsoleta João-oliváceo Dendrocolaptes platyrostris Arapaçu-grande Fumarus rufos João-de-barro Heliobletus contaminatus Trepadorzinho Lepidocolaptes falcinellus Arapaçu-escamoso Lepidocolaptes fuscus Arapaçu-rajado Leptasthenura setaria Grimpeiro Lochmias nematura João-porca Sittasomus griseicapillus Arapaçu-verde Synallaxis cinerascens Pi-puí Synallaxis rupicapilla Pichororé Synallaxis spixi João-tenenem Syndactyla rufosuperciliata Trepador-quiete Notiochelidon cyanoleuca Andorinha-azul-e-branca Progne chalybea Andorinha-grande Cacicus chysopterus Japiim-soldado Gnorimopsar chopi Pássaro-preto Molothrus bonariensis Vira-bosta Pseudoleistes guirahuro Dragão-do-brejo Xanthopsar flavus Veste-amarela Mimus saturninus Tejo-do-campo Turdus amaurochalinus Sabiá-poca Turdus rufiventris Sabiá-laranjeira Turdus subalaris Sabiá-ferreiro Basileuterus culicivorus Pula-pula Basileuterus leucoblepharus Pula-pula-assobiador Geothlypis aequinoctialis Pia-cobra Parula pitiayumi Mariquita Hirundinidae Icteridae Mimidae Muscicapidae Parulidae 43 Rhinocryptidae Scytalopus speluncae Tapaculo-preto Thamnophilidae Drymophila malura Choquinha-carijó Dysithamnus mentalis Choquinha-lisa Mackenziaena leachii Brujarara-assobiador Thamnophilus caerulescens Choca-da-mata Priparedea melanonota Saira-viúva Stephanophorus diadematus Sanhaço-frade Tangara preciosa Saira-preciosa Thraupis bonariensis Sanhaço-papa-laranja Thraupis sayaca Sanhaço-cinzento Troglodytidae Troglodytes aedon Corruíra Tyrannidae Attila phoenicurus Capitão-castanha Camptostoma obsoletum Risadinha Chiroxiphia caudata Dançador Elaenia mesoleuca Tuque Elaenia parvirostris Guaravaca-de-bico-curto Empidonomus varius Peitica Hemitriccus obsoletus Catraca Heteroxolmis dominicana Noivinha-de-rabo-preto Hirundinea ferruginea Gibão-de-couro, birro Knipolegus cyanirostris Maria-preta-bico-azulado Lathrotriccus euleri Enferrujado Legatus leucophaius Bem-te-vi-pirata Leptopogon amaurocephalus Abre-asa-cabeçudo Machetornis rixosus Suiriri-cavalheiro Muscipipra vetula Tesoura-cinzenta Myiarchus swainsoni Maria-irré Myiodynastes maculatus Bem-te-vi-rajado Myiophobus fasciatus Felipe-de-peito-riscado Pachyramphus validus Caneleiro-chapeu-preto Phibalura flavirostris Tesourinha-do-mato Phyllomyas burmeisteri Piolhinho-assobiador Thraupidae 44 Vireonidae Phyllomyas fasciatus Piolhinho Phylloscartes ventralis Borboletinha-do-mato Pitangus sulphuratus Bem-te-vi Platyrinchus mystaceus Patinho Priprites pileatus Caneleirinho-boné-preto Procnias nudicollis Araponga Pyrocephalus rubinus Príncipe Satrapa icterophrys Suiriri-pequeno Serpophaga nigricans João-pobre Serpophaga subscritata Alegrinho Todirostrum plumbeiceps Tororó Tolmomyas sulphurescens Bico-chato-orelha-preta Tyrannus melancholicus Suiriri Tyrannus savana Tesourinha Xolmis cinerea Primavera Cyclarthis gujanensis Gente-de-fora-vem Vireo olivaceus Juruviara Colaptes campestris Pica-pau-do-campo Colaptes melanochloros Pica-pau-verde-barrado Piculus aurulentus Pica-pau-verde-dourado Picumnus nebulosus Pica-pau-anão-carijó Veniliomis spilogaster Pica-pau-manchado Ramphastos dicolorus Tucano-de-bico-verde Amazona petrei Amazona vinacea (Kuhl, 1820) Charão Picifornes Picidae Ramphastidae Psittaciformes Psittacidae Papagaio de-peito-roxo Pionopsitta pileata Cuiu-cuiu Pionus maximiliani Maitaca-bronzeada Pyrrhura frontalis Tiriba-de-testa-vermelha Otus choliba Corujinha-do-mato Otus sanctaecatarinae Corujinha-do-sul Strigiformes Strigidae 45 Speotyto cunilaria Coruja-buraqueira, coruja-docampo Strix hilophila Coruja-listrada Crypturellus obsoletus Inambuguaçu Nothura maculosa Codorna-amarela Rhynchotus rufescens Perdigão Chlorostilbon aureoventris Besourinho-de-bico-vermelho Hylocharis chrysura Beija-flor-dourado Leucochloris albicollis Beija-flor-de-papo-amarelo Stephanoxis lalandi Beija-flor-de-topete Trogon surrucura Surucuá-variado Tinamiformes Tinamidae Trochiliformes Trochilidae Trogoniformes Trogonidae Lista de Espécies Ameçadas: Ordem Família Columbiformes Columbidae Passeriformes Icteridae Tyrannidae Psittaciformes Psittacidae Espécie Nome Popular Categoria de Ameaça Columba cayennensis Pomba-galega Vulnerável Xanthopsar flavus Heteroxolmis dominicana Veste-amarela Noivinha-de-rabopreto Vulnerável Amazona petrei Amazona vinacea (Kuhl, 1820) Charão Papagaio de-peitoroxo Vulnerável Vulnerável Em perigo 46 3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANC COMÉRCIO DE IMÓVEIS E SERVIÇOS LTDA, Estudo de Impacto Ambiental – EIA – Meio Biótico – Flora, Implantação de Aterro de Resíduos Sólidos Industriais Classes I e II, São Francisco de Paula, 2008. ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, Relatório Anual Sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 1998. 344 p. GEOLINKS – GEÓLOGOS ASSOCIADOS, Relatório de Impacto Ambiental Calçados Azaléia S/A – UHE Passo do Meio, São Francisco de Paula, 1997 v.2, 236 p. GONÇALVES, R. DA S.; CASTIGLIONI, D. DA S.; BOND-BUCKUP, G. Ecologia populacional de Aegla franciscana (Crustacea, Decapoda, Anomura) em São Francisco de Paula, RS, Brasil, Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 96 (1): 109114, 30 de março de 2006. INMET. Normais Climatológicas 1961 a 1990. INMET. Brasília, 1992. JP ENGENHARIA, Complementação de Fauna (1ª campanha de campo), Linha de Transmissão Caxias – Taquara – Osório, 2001 MARQUES, A. A. B. et al. Lista de Referência da Fauna Ameaçada de Extinção no Rio Grande do Sul. Decreto no 41.672, de 11 junho de 2002. Porto Alegre: FZB/MCT–PUCRS/PANGEA, 2002. 52p. PESOA, N. A.; SCHULZ U. H. Diversidade de Peixes de Arroios dos Campos de Cima da Serra, Planalto Sulriograndense, RS, Brasil, in: Livro de Resumos do XVIII Encontro Brasileiro de Ictiologia – XVIII EBI, Cuiabá, MT, 2009. p.133. PRIMO SCHINCARIOL INDÚSTRIA DE CERVEJAS E REFRIGERANTES S/A, Estudo de Impacto Ambiental – EIA, Água Mineral Schincariol, Igrejinha, 2007. 47 SERRATECH, TRANSPORTES CONSTRUÇÃO CIVIL E TERRAPLENAGEM LTDA, Laudo de Cobertura Vegetal, Laudo de Flora, in: Licenciamento Ambiental – Licença Prévia FEPAM, Nova área de disposição de Resíduos Sólidos Industriais, Apanhador, São Francisco de Paula, 2008. VILLWOCK, J.A. São Francisco de Paula e o Planalto das Araucárias – Um Ponto de Vista Geológico. In: Richter, M. Org. Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável de São Francisco de Paula – Um Plano de Ação Preliminar, EDIPUCRS, Porto Alegre. 1998, p. 53-64 VILLWOCK, J.A. O Planalto, a Serra e a Planície costeira: um passeio geológico pelo litoral norte do Rio Grande do Sul. In: Ely, N.R. & Barroso, V.L.M. Org. Raízes de Terra de Areia, Edições EST, Porto Alegre. 1999. P 400419. 48 3.1. SITES Comite de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Caí – Disponível em www.comitecai.com.br Comite de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos – Comitesinos. Disponível em www.comitesinos.com.br Comite de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Taquari-Antas – Disponivel em www.taquariantas.com.br Comite de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí. Disponível em www.comitetramandai.com.br Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (FZB/RS). Disponível em: www.fzb.rs.gov.br Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Disponível em: www.inpe.br 49 4. ELABORAÇÃO DO ADENDO Secretaria de Saúde e Meio Ambiente Prefeitura Municipal de São Francisco de Paula 4.1. EQUIPE Ketulyn Füster – Bióloga Giovana Ghidini – Bióloga Iuri Buffon – Tecnólogo em Meio Ambiente Julia Pulz – Tecnóloga em Meio Ambiente Lucas Guilherme Hahn Kehl – Graduando em Tecnologia em Gestão Ambiental João Carlos Herrmannn – Graduando em Tecnologia em Meio Ambiente 50