Ano IX - Agosto de 2008

Transcrição

Ano IX - Agosto de 2008
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Boletim informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - Ano IX - Agosto de 2008
Igreja matriz
Nossa Senhora das Mercês
Horários e atendimentos
Julho de 2008
ENDEREÇO
da paróquia e convento
Av. Manoel Ribas, 966
80810-000 CURITIBA-Pr
Tel. paróquia: 041/ 3335.5752 (sec.)
Tel. convento: 041/ 3335.1606 (freis)
EXPEDIENTE da Secretaria paroquial:
Das 8h até 18h
MISSAS horário
Segunda-feira: 6h30
Terça e quarta-feira: 6h30 e 19h
Quinta-feira: 6h30 e 18h30
Sexta-feira: 6h30, 15h e 19h
Novena: 8h30
Sábado: 6h30, 17h e 19h
Domingo: 6h30, 7h30, 9h, 10h30,
12h, 17h e 19h
ENTREAJUDA
Quinta-feira:
Demonstrativo financeiro
9h, 14h30, 16h30, 19h30
e 21h
BÊNÇÃOS De segunda à sexta-feira: das 8h às 11h30
e das 14h às 18h
Sábado: das 8h às 11h30
e das 14h às 17h
Telefone para agendar bênçãos: 3335.1606
Encontros de Entreajuda
Depressão, desânimo, obsessões, possessões, somatizações, fobias, timidez, complexo de culpa, conceitos
falhos de Deus, dependência de drogas, dificuldades
conjugais, problemas familiares e outros. Participe
desses Encontros de Entreajuda com frei Ovídio Zanini,
em todos os domingos, das 15 às 18h, no salão paroquial da Igreja das Mercês. O ingresso é de R$ 15,00
(quinze reais), com direito a um livro ou fita K7 de relax
e programação mental. Será servido gratuitamente
um lanche. Informações na secretaria paroquial, tel.
3335-5752, e-mail [email protected], celular do
Fr Zanini: 9971-8844.
ANIVERSARIANTES
Nossa comunidade felicita os aniversariantes do mês
de setembro, oferecendo a todos a prece comunitária e
as intenções na Santa Missa.
SUGESTÕES
Caro leitor!
Sua opinião e sugestões são muito importantes. Entregueas na secretaria da paróquia ou envie-as para o e-mail
[email protected]. - Se você quiser saber
mais, envie suas perguntas às quais procuraremos responder. Mande seus artigos até o dia 25 de cada mês.
Expediente do Boletim
Pároco: Frei Alvadi P. Marmentini. Vigários paroquiais:
Fr. Pedro Cesário Palma e Fr. Ovídio Zanini. Jornalista
responsável: Janaina Martins Trindade - DRT nº 6595.
Revisor: Frei Dionysio Destéfani. Coordenadora: Erotides
F. Carvalho. Fotógrafa: Sueli F. Assunção e Mayra Cr. Armentano Silvério. Colaboradores: Irmãs Vicentinas - Lúcia H. Zouk (Catequese), Rosecler Schmitz, Sueli Rodaski
(OFS), Marcos de Lacerda Pessoa, Welcidino C. da Silva,
Nelly Kirsten, Flávio Wosniack, Valter Kisielewicz, Rita
de C. Munhoz, Marisa Cremer, Secretárias da Paróquia.
Diagramação: Edgar Larsen. Impressão: Ed. O Estado do
Paraná (tel. 3331-5106). Tiragem: 6.000 exemplares.
98 - Ano IX - Agosto de 2008
RECEITAS
Dízimo paroquial.................................................................................................. R$
Ofertas................................................................................................................ R$
Espórtulas/batizados/casamentos........................................................................ R$
Total................................................................................................................... R$
45.724,90
14.211,00
1.430,00
61.365,90
Dizimistas cadastrados:......................................................................................................... 1.446
Dizimistas que contribuíram:..................................................................................................... 789
DESPESAS
Dimensão Religiosa
Salários/encargos sociais/vales transporte........................................................... R$
Plano de saúde dos funcionários........................................................................... R$
Salários dos 3 freis que trabalham na paróquia...................................................... R$
Despesas da casa paroquial................................................................................. R$
Luz/água/telefone/correio.................................................................................... R$
Despesas c/culto/ornamentação/água benta........................................................ R$
Manutenção e combustível de veículos/seguro....................................................... R$
Manut/compra/móveis/utensílios/equipamentos................................................... R$
Conservação de imóveis/ reformas/pinturas.......................................................... R$
Material de limpeza/expediente/xerox................................................................... R$
Revistas/internet/jornal “O Capuchinho”/ WEB...................................................... R$
Serviços contábeis............................................................................................... R$
Total................................................................................................................... R$
9.468,49
275,50
3.240,00
1. 193,15
2.349,92
716,76
903,11
1.490,15
7.053,46
1.773,49
2.008,56
300,00
30.772,59
Dimensão Missionária
Taxa para a Arquidiocese...................................................................................... R$
Taxa para a Província freis capuchinhos................................................................. R$
Material pastoral e catequético............................................................................. R$
Curso Diácono..................................................................................................... R$
Total................................................................................................................... R$
6.265,65
6.634,82
460,00
180,00
13.540,47
Dimensão Social
Ação Social V.N. Sra. da Luz................................................................................ R$
(Além das doações de: cestas básicas, alimentos, roupas e outras)
Confraternização/café dízimo.............................................................................. R$
Total .................................................................................................................. R$
TOTAL GERAL...................................................................................................... R$
3.000,00
1.500,00
4.500,00
48.813,06
“DÍZIMO é a alegria divina que brota do coração e que nos leva a retribuir com amor e gratidão ao muito que Deus, nosso Pai, na sua infinita bondade e generosidade, nos doou e continua a doar.
DIZIMISTA é aquele que entendeu o Evangelho e com sua retribuição ajuda a plantar Jesus nos corações das pessoas. Quem assim proceder já está vivendo na GRAÇA DE DEUS”!
Muito obrigado pela sua partilha e doação em nossa comunidade.
Conselho de Assuntos Econômicos Paroquiais - CAEP
Quer ser um frei capuchinho?
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freis capuchinhos pelo site:
www.capuchinhosprsc.org.br
ORAÇÃO VOCACIONAL
Ó Deus, que não queres a morte do pecador, e sim,
que se converta e viva, nós te suplicamos pela intercessão da Bem-aventurada sempre Virgem Maria; de
São José, seu esposo e de todos os santos, que nos
concedas maior número de operários para a tua Igreja,
que trabalhando com Cristo, se dediquem e sacrifiquem
pelas almas. Por Jesus Cristo, na unidade do Espírito
Santo. Amém.
BÊNÇÃO DE
SÃO FRANCISCO
DE ASSIS
“O Senhor te abençoe e te proteja.
Mostre-te a
sua face e se
compadeça de ti.
Volva a ti o seu
rosto e te dê a paz”
FATOS DA VIDA PAROQUIAL
Crisma para adultos
Aos 2 de agosto, Dom Moacyr Vitti, arcebispo de Curitiba, e os fr. Alvadi P. Marmentini e
fr. Pedro Cesário Palma celebraram missa em
ocasião da Crisma de 24 adultos. Parabéns a
Pastoral da Catequese, coordenada pela irmã
Durcília Lopes, por mais esta etapa de evangelização.
Novos Ministros Extraordinários
Após intenso trabalho de preparação e orientação para ministros da Eucaristia, aos 3 de
agosto, na missa das 17h, frei Pedro Cesário
Palma realizou a celebração da Investidura de
28 novos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão. Parabéns a frei Pedro e a equipe de coordenação. Sejam bem-vindos(as) e
abençoados(as) os novos ministros.
Oficina de Oração
Aos 4 de agosto, a Oficina de Oração iniciou
suas atividades. Os encontros são às segundasfeiras às 14h30 e às 20h no Centro Pastoral,
e às quartas-feiras às 19h45, na sala da torre.
Se você estiver interessado, venha participar
destes momentos para fortalecer sua fé cristã e
seus encontros com Deus.
Homenagem aos pais
Nossa paróquia, por meio da pastoral do dí-
Ovídio Zanini participaram da XVIII Assembléia
Geral dos Presbíteros da Arquidiocese de Curitiba sob o tema: ‘’Novas Diretrizes Gerais da
Ação Evangelizadora da Arquidiocese de Curitiba”.
Encontro de Casais com Cristo
Foi realizado, de 29 a 31 agosto, o 10º Encontro de Casais Com Cristo (ECC). A semente
foi lançada nos corações dos casais e esperamos que ela germine e produza bons frutos,
como tem sido até agora. Parabéns à equipe
e aos casais que buscaram, por meio de encontro com Cristo, viver em harmonia e paz no
casamento.
Apoio ao Luto: reuniões
O Grupo de Apoio ao Luto comunica à comunidade que novo horário de atendimento foi criado para melhor antender às pessoa enlutadas.
às quinta-feiras serão realizados dois encontros,
um às 14h30 e outro às 19h30.
O Grupo conta, agora, com a participação de
Minhele Monique Maba, psicóloga clínica e terapeuta que se dispõe a colocar seu conhecimento e experiência à disposição da nossa comunidade. Seja bem-vinda Michele!
zimo, homenageou aos pais que assistiram às
missas, no final de semana de 9 e 10 de agosto, presenteando-os com envelopes contendo
marcadores de página e escapulários. Também,
como homenagem aos pais, foram servidos café
e bolo festivo.
Aniversário do frei Pedro Cesário de Palma
Aos 15 de agosto, comemoramos o aniversário do frei Pedro Cesário Palma com animada missa sertaneja coordenada pelo grupo de
jovens. Logo após a missa, frei Pedro recebeu
os cumprimentos e, com paroquianos, saboreou
deliciosas quitutes. Parabéns, muita saúde e felicidades.
Retiro para pastorais
Com o objetivo de enriquecer-se espiritualmente, de melhorar e fortalecer o relacionamento entre os membros das pastorais da paróquia,
foi realizado retiro espiritual, no Santuário de
Schoenstatt, aos 17 de agosto. Sob coordenação de frei Pedro Cesário Palma, estiveram presentes cerca de 100 pessoas.
Assembléia Geral dos Presbíteros
de Curitiba
De 19 a 21 de agosto, na casa de retiros
Nossa Senhora do Mossunguê, os fr. Alvadi Pedro Marmentini, fr. Pedro Cesário Palma e fr.
Secretaria da Paróquia
FESTA DA PADROEIRA,
ação de graças, evangelização e bênçãos
A partir de 15 de setembro, iniciaremos a novena em preparação à festa da nossa Padroeira,
Nossa Senhora das Mercês, conforme programa
que está na última página deste jornal.
Convidamos os paroquianos, amigos e freqüentadores da nossa paróquia a participarem destes momentos de fé, de evangelização, de espiritualidade e
de partilha. Serão nove dias de bênçãos para todos
nós. No entanto, para merecê-las é preciso abrir os
nossos corações e participar. Deus, nosso Pai, através da Virgem das Mercês, derramará suas bênçãos
maravilhosas a paróquia e cada um de nós.
Nos dias 20 e 21 de setembro, sábado e domingo faremos a “Celebração da Partilha”. É projeto
da Arquidiocese de Curitiba, que neste 3º domingo
do mês de setembro, todas as paróquias sob a
jurisdição da arquidiocese, celebrem com muito ardor a “Festa da Partilha”.
Esta celebração é primeiramente um convite à
“Ação de Graças” pelos bens materiais e espirituais que recebemos de Deus. É também momento
de conscientização dos fiéis, neste mês dedicado
a “BÍBLIA”, sobre a “Palavra de Deus” em relação
ao nosso dever de doarmos o DÍZIMO, não como dinheiro. A prioridade é a “arrecadação das almas”!
É um processo de fé, de entrega total ao Espírito
Santo. O resultado financeiro é a conseqüência do
nosso fervor missionário e da nossa co-responsa-
bilidade com a comunidade.
Nossa paróquia contratou uma pessoa especial,
jornalista, radialista e missionário leigo, o Senhor
Odilmar Oliveira Franco, para assessorar os freis
neste trabalho de “Evangelização” sobre o tema
“Partilha”!
Caros paroquianos e amigos, vamos todos,
unindo nossos corações dar graças ao Senhor porque Ele é bom, porque eterno é seu amor! A Virgem
das Mercês é amparo e proteção e nos liberta dos
males, da violência e da corrupção.
Ó Virgem das Mercês, protegei as famílias, despertai o ardor, o ânimo para continuarmos a obra
da EVANGELIZAÇÃO. Abri nossos corações para
continuarmos a partilhar os bens e os dons!
Muito obrigado a vocês, paroquianos, benfeitores que depositaram sua confiança em nosso trabalho para promovermos o bem-estar físico e espiritual aqui na paróquia das Mercês.
Através das bênçãos de nossa padroeira, Nossa
Senhora das Mercês, possamos continuar a acreditar que vale a pena trabalhar para que o Reino
de Deus, chegue ao coração de cada um que faz
parte desta paróquia e também a todos os que nos
procuram em busca de atendimento.
“Este é o dia que o Senhor fez para nós, exultemos e alegremo-nos nele!” (salmo 117,24).
Frei Alvadi P.Marmentini OFMcap
Pároco
Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 99
DEUS MOSTRA SEU ROSTO NA BÍBLIA
Deus quer se comunicar conosco. Ele fala de
muitas formas, sempre de modo que possamos
entendê-lo. E espera nossa resposta.
O objetivo da Bíblia na vida cristã é nos levar ao
conhecimento de Deus. Por meio dela, aprendemos
com a experiência de fé de nossos antepassados.
Descobrimos como Deus se revela e de que forma
podemos ser fiéis ao seu amor.
A Bíblia é como um álbum de fotografias. Nela, aparecem pessoas e famílias de vários tempos e lugares
diferentes. Em todas elas, porém, há um rosto que se
repete. Há alguém que está presente o tempo todo, ao
lado de cada pessoa e em todas as situações.
Esse alguém é o Deus Vivo!
As fotografias nunca mostram totalmente o que a
pessoa é. Se aparece triste, não quer dizer que está
sempre triste. É preciso comparar diversas fotos para
termos idéia sobre o rosto verdadeiro da pessoa.
Quando se fala de Deus, as figuras da Bíblia
não conseguem transmitir tudo o que Ele é. Precisamos comparar as figuras bíblicas umas com as
outras e também com as fotos que estão fora dela,
na criação, nos acontecimentos, no íntimo do nosso coração.
Como não ler a Bíblia
Caça-Palavras
Sete dicas para a leitura bìblica
1. NÃO interpretar o texto sagrado ao pé da letra,
sem levar em conta o que o texto diz por trás
das palavras.
2. NÃO usar textos para defender idéias ou doutrinas que não estão presentes neles.
3. NÃO interpretar os textos exclusivamente em
benefício pessoal; achar-se único destinatário
da Palavra.
4. NÃO usar a Bíblia como se fosse um livro de
fórmulas mágicas, de ciências ocultas.
5. NÃO reduzir os textos à dimensão religiosa;
desprezar seus aspectos sociais, econômicos, políticos e culturais.
6. NÃO interpretar a Palavra de forma puramente
científica; negar a inspiração divina dos textos.
7. NÃO ler a Bíblia e a vida com os olhos voltados
para a salvação pessoal, sem preocupação
com a vida do irmão.
A Bíblia possui 73 livros: 46 do Antigo Testamento (antes do nascimento de Cristo) e 27 do Novo Testamento (depois do nascimento de Cristo). Alguns deles estão no diagrama a seguir; encontre no diagrama
os livros que fazem parte da Bíblia e que estão escritos abaixo (eles podem estar na horizontal, vertical,
diagonal, para cima ou para baixo):
ÊXODO GÊNESE
LUCAS ESTER
JOÃO
ISAIAS
JUÍZES RUTE
MACABEUS
CRÔNICAS
AMÓS
NAUM
SAMUEL
REIS
MARCOS APOCALIPSE
A ORAÇÃO ESSENCIAL
Durante certo bom tempo, tive dificuldades com
respeito à oração. Experimentei, por vezes, certa
incapacidade de discorrer (mental ou verbalmente),
numa espécie de secura, ou até mesmo de tédio;
e, com freqüência, enfrentei distrações provocadas
pelas preocupações com a vida diária ou simplesmente pelo cansaço físico e mental decorrente do
trabalho. E essas distrações levavam-me ao sentimento de desconforto.
Foi, no entanto, ao ler as obras de São João da
Cruz e de Benedikt Baur, que superei essas questões por completo, ao conhecer o que eles chamam de “a mais essencial de todas as formas de
orar”: o estado de oração.
Trata-se não apenas do ato de rezar, como
normalmente conhecemos e praticamos, mas de
disposição duradoura e habitual que se alimenta
e materializa por meio da plena entrega de nossos
caminhos ao Senhor (Sl 37,5).
“Na nossa vida de cristãos, é absolutamente
imprescindível que cheguemos a esse modo interior de orar”, diz Baur. É importante compreendermos que, ao falarmos de oração como estado, não
nos referimos evidentemente à oração vocal, nem
sequer à oração interior chamada contemplativa,
porque na terra, nos é impossível, como homens,
pensar ininterruptamente em Deus e ocupar-nos
100 - Ano IX - Agosto de 2008
permanentemente das coisas divinas.
Por oração como estado temos de entender,
antes, a disposição interior e habitual de entregarnos a Deus, a sujeição filial à sua vontade e às
disposições da divina Providência em todas as circunstâncias da vida: trata-se de atitude constante
e de decisão da vontade de aceitar tudo e cada
coisa que Deus queira de nós, e de realizar com
amor tudo o que se nos depara: deveres, normas,
prescrições; trata-se do hábito de pronunciar sempre, em qualquer momento e até as últimas conseqüências, as palavras de amor: Sim, Pai, porque é
do teu agrado (Mt 11,26). Seja feita a tua vontade
(Mt 6,10).
Essa oração, como estado, é a finalidade e o
coroamento da oração cristã. Representa o estado
de duradoura união amorosa com Deus, que vive
no fundo da alma e a atrai a si com todo seu poder.
Entregamo-nos cheios de amor aos desígnios do
Espírito Santo e deixamos que Ele faça em nós sua
obra. É assim que cresce o amor que une a Deus e
que reforma, purifica e santifica cada vez mais os
pensamentos, decisões e atos humanos.
O fim último da oração é sempre a adoração e
a glorificação de Deus. Como estado, a oração é,
pois, a entrega muda, quase inexprimível da consciência, a disposição de entrega do coração e da
vontade a Deus e à sua vontade, com o fim de
a deixarmos colaborar conosco nos moldes e na
medida em que Ele julgar oportuno, segundo a sabedoria e a caridade divinas. É a oração de profundidade produzida nas últimas intimidades da alma,
lá onde esta se une por meio da graça santificante
ao Deus Trino que vive e opera nela.
Ao entender a oração como estado, aprendi
algo altamente consolador: que nossa impotência
e nossas distrações não prejudicam de modo algum as nossas orações, enquanto em nós existir
essa atitude de abandono à vontade de Deus e aos
seus desígnios. Um ato de oração que brote de
semelhante atitude é sempre uma oração perfeita,
pois esse sentimento de abandono na vontade de
Deus é propriamente a “oração essencial”.
Não devemos nos preocupar com dificuldades
que possamos enfrentar na oração.
Orar é QUERER orar.
Quanto mais compreendermos o sentido e a
essência da oração cristã, tanto mais livres estaremos de todos os enganos e ilusões que atormentam tantas almas boas. Precisamos ter bem claro
que a essência da oração reside nesta atitude de
união da vontade própria com a vontade de Deus.
Marcos de Lacerda Pessoa
ANO PAULINO
Para comemorar o segundo milênio de Paulo
Apóstolo, o Papa Bento XVI, no dia 25 de julho de
2007, instituiu o Ano Paulino de 20 de junho de
2008 até 29 de junho de 2009. Existe o hino próprio
do Ano Paulino que, infelizmente, não conhecemos.
Paulo é nome latinizado do hebraico Saul - o
implorado -, porque seu pai havia adquirido a cidadania romana. Em grego, Saul ficou Saulo. Paulo
nasceu em torno do ano 10 de nossa era, em Tarso, atualmente no Leste da Turquia.
A primeira notícia de Paulo acontece no martírio do diácono Estevão. “Eles empurraram Estevão
para fora da cidade e puseram-se a apedrejá-lo. As
testemunhas tinham deposto suas vestes aos pés
de um jovem (de dez anos), chamado Saulo. Saulo
aprovava este homicídio, devastava a Igreja, entrava nas casas, arrancava os homens e mulheres e
metia-os na prisão” (At 7, 58; 8, 1.3).
Paulo era um ardente fariseu formado nas Sagradas Escrituras na escola do rabino Gamaliel, o
Velho. Como os judeus ainda hoje, ele não conseguia entender que alguém pudesse formar Nova
Aliança, enfim Nova Igreja. O grande mestre era
Moisés e mais ninguém. Sentia aversão por Cristo.
Diante das lágrimas e coragem heróica de tantos homens e mulheres que seguiam Jesus, Paulo
começou sentir algumas dúvidas que lentamente
se transformavam em grande tormento interior.
Lembrava das sábias palavras ditas no Sinédrio
pelo rabino Gamaliel, seu mestre: “Não vos ocupeis
destes homens (que seguem a Jesus). Deixai-os.
Pois, se o seu intento ou a sua obra vem de Deus,
não conseguireis arruiná-la. Não vos exponhais ao
risco de combater contra Deus” (At 5, 38-39).
Numa de suas viagens a Damasco para prender
cristãos, teve uma experiência poderosa de Cristo.
“Perto de Damasco, foi envolvido por uma luz vinda
do céu que o deixou cego. Caindo por terra, ouviu
uma voz que lhe dizia: ‘Saul, Saul, por que me persegues? Levanta-te, entra na cidade e ser-te-á dito
o que fazer” (At 9, 3.6). Avisado por Deus, Ananias encontrou Paulo, impôs-lhe as mãos e Deus o
curou de sua cegueira.
Em Gl 1, 18-2, 1-14, Paulo conta um pouco de
sua história após a conversão. Permaneceu três
anos em Damasco para recompor sua fé. A seguir,
foi à Jerusalém, onde ficou por quinze dias para
falar com Pedro e Tiago. A partir disso, iniciou suas
pregações aos gentios da Síria e Cilícia. Catorze
anos mais tarde, foi novamente a Jerusalém com
Barnabé e Tito. Paulo não obrigava os gentios convertidos a Cristo a observar certas tradições mosaicas e, por isso, teve desavenças com Pedro.
Tudo se harmonizou no primeiro Concílio de Jerusalém (At 15; Gl 2).
Paulo fez a própria autobiografia. “São hebreus?
Também eu. São israelitas? Também eu. São descendentes de Abraão? Também eu. São ministros
de Cristo? Como insensato, digo: muito mais eu.
Muito mais pelas fadigas e prisões; infinitamente
mais pelos açoites. Dos judeus recebi cinco vezes
os quarenta golpes menos um. Três vezes fui flagelado. Uma vez, apedrejado. Três vezes naufraguei.
Passei um dia e uma noite em alto mar. Fiz numerosas viagens. Sofri perigos nos rios, perigo por
parte dos ladrões, perigos por parte dos gentios
e dos meus irmãos de estirpe, perigos na cidade,
perigos no deserto, perigos no mar. Mais ainda: fadigas e duros trabalhos, numerosas vigílias, fome
e sede, múltiplos jejuns, frio e desnudamento! E
isto sem contar a minha preocupação quotidiana,
a solicitude que tenho por todas as Igrejas” (2Cor
11, 22-28)!
Entre o ano 45 a 58, fez três grandes viagens
missionárias, percorrendo uns vinte mil quilômetros por terra e mar, sem automóvel nem avião.
Encontrava tempo para adquirir seu sustento na
tecelagem de tendas. Num naufrágio, de Creta a
Malta, ficou 15 dias sem orientação nem pelo sol
e nem pelas estrelas (At 27, 20). Salvou-se a nado
ajudado por uma tábua ou caibro.
Reconhecia ser pecador como todos nós. “Com
efeito, não faço o bem que quero, mas pratico o
mal que não quero. Percebo outra lei em meus
membros que peleja contra a lei da minha razão
e que me acorrenta à lei do pecado que existe em
meus membros” (Rm 7, 19-23). “Para eu não me
encher de soberba, foi-me dado um espinho na carne – um anjo de Satanás para me espancar” (2Cor
12, 7).
Certamente Paulo conheceu pessoalmente a
Mãe de Jesus que lhe solicitou de não falar dela
em seus escritos, para não formar o mito de deusa, como costumavam os pagãos. Por isso, nunca
citou em suas cartas o nome dela, chamando-a
apenas de mulher. “Deus enviou seu Filho, nascido
de uma mulher (Gl 4, 4)”.
Após o incêndio de Roma, provocado no ano 64
por Nero - Besta do Apocalipse (número 666) –, e
atribuído aos cristãos, Paulo é preso e decapitado
entre os anos 65-67. Celebramos sua conversão
em 25 de janeiro, e sua “canonização” em 29 de
junho com São Pedro.
Frei Ovídio Zanini, OFMCap
PARABÉNS ÀS SECRETÁRIAS
No dia 30 de setembro, comemoramos o dia
das secretárias(os). Ser secretária(o) é optar por
uma profissão que exige competência, desprendimento e acima de tudo confiabilidade.
As grandes empresas, para assessorar seus
presidentes, diretores, gerentes e outros cargos,
ao contratarem secretárias exigem grande bagagem de conhecimentos técnicos, lingüísticos,
ser capazes de realizar leitura das situações,
diagnosticar e propor alternativas de solução; ter
postura reflexiva e crítica; agir como elemento facilitador das relações para garantir a excelência
profissional e, conseqüentemente contribuir para
que a organização atinja suas metas, seus objetivos, à excelência organizacional.
A secretária(o) é um pouco de tudo na empresa: deve ser perspicaz, discreta, educada,
saber ter jogo de cintura. Dela dependem a boa
apresentação da empresa e a organização. “É
o cartão de visitas”!
A principal qualidade ou virtude é “saber
guardar segredo”! Imaginemos o contrário, ser
fofoqueira(o), indiscreta(o). O sigilo, a discrição, a
postura, a ética nesta profissão são mais relevan-
tes do que a própria competência, é lógico sem
abrir mão dela também.
A nossa paróquia após muitas seleções conseguiu a contratação de ótimas secretárias, que
exercem com competência e dedicação a sua
função. São elas, na foto:
- Ivete de Oliveira Silvério,
- Izilda Izabel de Oliveira de Figueiredo,
- Sildenise Cristine de Assis.
O horário de atendimento da nossa secretaria é de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h,
ao sábado das 9h às 11h30. Nas missas de
sábado e domingo, mantemos o plantão da secretaria na igreja.
A paróquia Nossa Sra. das Mercês parabeniza
todos os profissionais de secretariado, principalmente as nossas três secretárias, que com amor,
competência, ética e muita dedicação desempenham sua profissão. Parabéns pelo seu dia!
Erotides Floriani Carvalho
Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 101
OS MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS
No número anterior de “O Capuchinho” fizemos
uma introdução ao estudo dos mandamentos da
lei de Deus e tratamos do primeiro mandamento
que é “Amar a Deus sobre todas as coisas”. Agora
falaremos do segundo e terceiro mandamentos.
O segundo mandamento:
Não tomar o santo nome de Deus em vão.
O nome, na Bíblia Sagrada, é muito importante, pois expressa a identidade de alguém. Assim,
o respeito ao nome de Deus exprime o respeito
que é devido ao mistério do próprio Deus. O nome
do Senhor é Santo. Eis porque o homem não pode
abusar do nome de Deus, mas “deve guardá-lo na
memória num silêncio de adoração amorosa” (Zc
2, 17).
Toma o nome de Deus em vão quem jura em
falso, pois fazer juramento é invocar a Deus como
testemunha do que se
afirma. Toma igualmente
o nome de Deus em vão
quem faz promessa sem
intenção de cumpri-la
(perjuro). As promessas
feitas a outrem em nome
de Deus empenham a
honra, a fidelidade, a veracidade e a autoridade
divinas. Devem, pois, ser
respeitadas. Quando uma
promessa se torna muito
difícil ou impossível de
ser cumprida, quem a fez
poderá pedir a dispensa
ou a troca da mesma ao
bispo ou a um sacerdote.
Também a blasfêmia
é contrária ao respeito
devido a Deus e a seu
santo nome. A blasfêmia
consiste em proferir contra Deus palavras de ódio,
de ofensa, de desafio, em
falar mal de Deus, em
faltar-lhe deliberadamente o respeito, em abusar
do nome de Deus (cf. Catecismo da Igreja Católica,
nn. 2145-2148).
O nome de Deus é para ser glorificado e lembrado com respeito. Muitas pessoas têm o bonito
costume de começar o seu dia, as suas orações e
ações com o sinal da cruz (“em nome do Pai, do
Filho e do Espírito. Amém”) e dedicam sua jornada
à glória de Deus e invocam a graça do Salvador,
que lhes possibilita agir no Espírito como filhas do
Pai. Isso é honrar o nome de Deus.
Também o nome de toda pessoa, batizada
“em nome do Pai,do Filho e do Espírito Santo” (Mt
28,19), é sagrado. Deus chama a cada uma por
seu nome (cf Is 43,1; Jo 10,3).
O nome é o ícone da pessoa. Exige respeito, em
sinal de dignidade da própria pessoa. Respeitar o
nome da pessoa é respeitar a pessoa mesma. E,
sendo a pessoa humana habitação de Deus e feita
102 - Ano IX - Agosto de 2008
a imagem e semelhança do Criador, respeitá-la e
amá-la é respeitar e amar o próprio Deus.
O nome de Deus é desonrado na pessoa humana toda vez que esta é injustiçada, excluída,
humilhada, explorada ou ferida em sua dignidade.
Portanto, respeitar o nome do Senhor em cada um
de nossos irmãos e irmãs é o que pede o segundo
mandamento da lei de Deus (cf. Fr. Beto, Catecismo Popular, Ed. Ática, 1992, p. 61).
O terceiro mandamento:
Guardar os domingos e festas de guarda
No Antigo Testamento guardava-se o sábado em
honra do Senhor (cf. Ex 31,15) e também para fazer memória da criação: “Em seis dias o Senhor fez
o céu e a terra, o mar e tudo o que eles contém e
repousou no sétimo dia. Por isso o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou” (Ex 20,11).
No dia de sábado se fazia, no Antigo Testamento, um memorial da libertação da escravidão do
Egito: “Recorda que foste escravo na terra do Egito
e que o Senhor teu Deus te fez sair de lá com a
mão forte e o braço estendido. É por isso que o Senhor teu Deus te ordenou guardar o dia de sábado”
(Dt 5,15). Um outro motivo que o povo da Antiga
Aliança tinha para guardar o sábado era como sinal
de protesto às escravidões do trabalho e do culto
ao dinheiro (cf. Ne 13,15-22) e para descansar (cf.
Ex 23,12).
Por que nós guardamos o domingo e não o sábado? É porque Jesus ressuscitou dos mortos “no
primeiro dia da semana” (Mt 28,1; Mc 16,2; Lc
24,1; Jo 20,1). Essa prática de guardar o domingo
vem desde os inícios do cristianismo (cf. At 2,4246; 1Cor 11,17). Enquanto “primeiro dia”, o dia
da ressurreição de Cristo lembra a primeira cria-
ção. Enquanto o “oitavo dia” que se segue ao sábado, significa a nova criação inaugurada com a
ressurreição de Cristo. Para os cristãos, o domingo
tornou-se o primeiro de todos os dias, a primeira de
todas as festas, o dia do Senhor (cf. Catecismo da
Igreja Católica, nn. 2168-21-74).
Guardar os domingos é reser var para o Senhor
um tempo maior de oração, participando da Eucaristia (no dia ou na véspera). Onde esta participação não for possível, participe-se da Liturgia da
Palavra em comunidade. Onde nem isso for possível, dedique-se um tempo de oração pessoal, ou
em família, ou em grupo de família (cf. Catecismo
da Igreja Católica, 2138). O domingo é tempo de
reflexão, de silêncio, e de meditação que favoreça
o crescimento da vida interior. Hoje, muita gente
tem tempo para tudo: futebol, TV, shoppings centers, etc., mas não tem tempo para Deus. Quem
ama, quer estar com a
pessoa amada. E sempre
arruma tempo para usufruir deste amor. Assim
também, se amamos a
Deus, queremos reser var
tempo maior, em um dia
da semana (no domingo), para estar com Ele
e para nos fortalecer do
seu amor.
O domingo é também
o dia da caridade, ou
seja, de visitar e prestar serviço aos que mais
precisam: os doentes, os
idosos, os abandonados,
os encarcerados, etc.
Outro objetivo do domingo é o descanso.
Como Deus “descansou
no sétimo dia depois de
toda a obra que fizera”
(Gn 2,2), a vida humana
é ritmada pelo trabalho e
pelo repouso. O domingo
contribui para que todos
desfrutem do tempo de
repouso e de lazer suficiente que lhes permita cultivar sua vida cultural, social e religiosa.
Os cristãos santificarão ainda o domingo e dias
de festa dispensando à sua família e aos parentes
o tempo e atenção que dificilmente podem dispensar nos outros dias da semana.
Diz o catecismo da Igreja Católica que os poderes públicos deverão proporcionar aos cidadãos
um tempo destinado ao repouso e ao culto divino;
e os patrões têm obrigação análoga com respeito a seus empregados. Quando as necessidades
sociais (serviços públicos, etc) exigem de alguns
certo trabalho dominical, cada um assuma a responsabilidade de encontrar tempo para a oração e
para o lazer (cf. CIC 2187).
Frei Pedro Cesário Palma, OFMCap
ACOLHER, CELEBRAR, PARTILHAR
Neste mês de setembro, celebraremos a festa
de nossa padroeira, Nossa Senhora das Mercês.
Este é sempre um momento forte de espiritualidade e de fazermos revisão de nossa caminhada.
Tempo para aprofundar nossa relação de discípulos de Jesus, caminho, verdade e vida.
Tempo de revermos se em nossas pastorais estamos vivendo a unidade.
Tempo especial de olhar para os novos e grandes desafios na missão de evangelizar e se realmente estamos sendo missionários.
O Documento de Aparecida (página 229, letra j)
nos lembra: “Ofereçam atenção especial ao mundo
do sofrimento urbano, isto é, que cuidem dos caídos ao longo do caminho”.
Por causa da grande demanda de pessoas sofridas que nos procuram, creio que três atitudes
devem permear nossa missão evangelizadora: Acolher, celebrar e partilhar.
ACOLHER, isto é, saber ouvir, atender, servir,
admitir em sua casa ou companhia, receber bem,
hospedar, amparar, prestar auxílio, sustentar na
queda, preservar, apoiar. É caminhar com o povo,
solidarizando-se com seus sonhos, suas dores,
seus problemas e alegrias, participando de suas
lutas. Uma Igreja próxima – presença de Cristo ressuscitado – que quer liberdade e vida para todos.
Por isso, devemos continuar:
- a acolher com carinho os doentes e idosos que
não podem vir à Igreja;
- a estar presentes na dor dos que perdem um
ente querido, nos enterros, nas missas de 7º dia
e a presença após o 7º dia, quando a ausência é
mais sentida;
- a exercer a pastoral da escuta aos solitários,
depressivos, injustiçados, desempregados, endividados, dependentes químicos, compulsivos, desestruturados da família, os que vivem em segunda união.
Participar também nos momentos de alegria,
evitando o excesso de legalismos na celebração
do batismo, na primeira eucaristia, no matrimônio,
nas bodas, nas formaturas e datas festivas.
CELEBRAR - Cabe a nós, sacerdotes e equipes
litúrgicas, valorizarmos nossas missas e celebrações de Entreajuda, com o anúncio da Palavra de
Deus e a celebração da Eucaristia. Santo Agostinho dizia que “das duas mesas, nenhuma é menos
que a outra”. Por isso, nossas celebrações tenham
sempre a força para alimentar, motivar e encantar
nossos irmãos, fazendo “arder o coração como
ardeu o coração dos discípulos de Emaús” (Lc.
24,32). Oxalá que todos os que procuram nossa
paróquia tenham vontade de voltar!
PARTILHAR - A Palavra e a Eucaristia nos devem
levar à partilha do que somos e do que temos, de
nosso tempo e nosso dízimo. Foi no acolhimento
e na partilha do pão que os discípulos reconheceram Jesus (Lc.24,29-31). Acertadamente nos diz o
documento da Igreja Rumo ao Novo Milênio: “Quem
não se preocupa com os pobres celebra indignamente a Eucaristia”.
Por isso, adotamos duas paróquias pobres e
carentes: a Paróquia Nossa Senhora da Luz e a
Paróquia de Almirante Tamandaré para celebrar a
partilha, promovendo o ser humano. Nossa fé não
seja apenas intimista mas realista, não só de orações mas de ações.
Nossa Senhora das Mercês nos ajude em nossos propósitos e objetivos de acolher, celebrar e
partilhar.
Frei Alvadi Pedro Marmentini, OFMCap
Pároco
AÇÃO SOCIAL MERCÊS
Graças à ajuda de nossos paroquianos, dos
dizimistas e de tantas outras pessoas, a nossa
paróquia Nossa Senhora das Mercês continua
seus trabalhos sociais. Ficou assim a distribuição do mês de agosto de 2008:
- Nossa Senhora das Mercês: 243 Kg de alimento, 69 peças de roupa, 3 pares de calçados
e 568 diversos (brinquedos para crianças, eletrodomésticos, etc).
- Frei Ovídio Zanini: 250 Kg de alimento aos
carentes da Estrada do Cerne, 349 peças de
roupa, 35 pares de calçados, 64 diversos (brinquedos para crianças, eletrodomésticos, etc).
- Toca de Assis: 53 Kg de alimento, 92 peças
de roupa, 4 pares de calçados, 43 diversos (brinquedos para crianças, eletrodomésticos, etc).
- Almirante Tamandaré: 610 Kg de alimento,
1.247 peças de roupa, 98 pares de calçados,
235 diversos (brinquedos para crianças, eletrodomésticos, etc),
- Vila Nossa Senhora da Luz (CIC): 951 Kg de
alimento, 1.441 peças de roupa, 568 diversos,
169 pares de calçados e R$ 3.000,00 (porcentagem do nosso dízimo) para os trabalhos de
promoção humana daquela comunidade.
Nosso muito obrigado a todos que contribuem com nossa ação social da qual tanta gente
se beneficia. Deus abençoe sua generosidade.
Frei Pedro Cesário Palma, OFMCap.
Coordenador a Ação Social Mercês
Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 103
IGREJA N. Sra. DAS MERCÊS
Pinturas e decorações
A chegada dos Capuchinhos
Após as normais tratativas com a sede central
dos capuchinhos em Roma e com a dos capuchinhos de Veneza (Itália), o bispo de Curitiba (Dom
João Francisco Braga) conseguiu a vinda do primeiro grupo de missionários capuchinhos da Província
de Veneza para sua diocese. Essas tratativas foram feitas no ano de 1919.
O primeiro grupo de capuchinhos partiu do porto
de Gênova (Itália) aos 17 de setembro de 1919, em
companhia do bispo de Curitiba. Depois de 18 dias de
viagem pelo mar com o navio Princesa Mafalda, chegaram ao Rio de Janeiro na manhã de 5 de outubro
do mesmo ano. Aprenderam a língua portuguesa com
os capuchinhos do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Aos 18 de janeiro de 1920, o bispo de Curitiba
pediu que os frei Ricardo de Vescovana e frei Teófilo de Thiene viessem até Curitiba, onde chegaram
no dia 20 de janeiro de 1920. Os Capuchinhos consideram esta data como a data oficial da chegada
dos freis em Curitiba.
Aos 27 de janeiro de 1920, partiram de carroça de Curitiba até Cerro Azul, onde os freis foram
empossados, como pároco e vigário paroquial, daquela paróquia a 1º de fevereiro de 1920. Os outros dois capuchinhos (frei Angélico de Ênego e frei
Maximiliano de Capodístria) foram chamados aos
28 de janeiro do mesmo ano e, no dia seguinte
(29.1.1920) se encontravam em Jaguariaíva-PR.
Primeira sede dos capuchinhos
Temporariamente, esses primeiros quatro freis
capuchinhos tiveram como sede a cidade de Jaguariaíva.
Mercês: compra do terreno
Em 1921, frei Ricardo (o superior) recebeu licença para comprar a atual quadra onde se encontra
o convento e a Igreja das Mercês, em Curitiba. Em
1922, foi autorizado a construir o primeiro convento
nesse mesmo terreno. O engenheiro José Muzzillo
preparou a planta do convento e, aos 29.11.1923,
frei Ricardo iniciava a construção da primeira ala
(onde está a portaria dos freis). O convento foi oficialmente inaugurado e bento aos 4 de fevereiro de
1925, por ocasião da visita do Ministro Geral frei
Antônio José Persiceto.
Aprovação das plantas do convento
e da igreja das Mercês
Durante a visita do Ministro Geral (fr. José Antônio de Persiceto), aos 6 de fevereiro de 1925, diz
textualmente: “Durante a Sagrada Visita a esta nossa Missão, examinei o projeto da Igreja e do Convento a ser construído nessa cidade de Curitiba. Embora seja profano na arte arquitetônica, no entanto, o
projeto me pareceu que está bem feito e mereça ser
executado completamente executado. Isto não proíbe que, durante a execução, se encontre algo a ser
104 - Ano IX - Agosto de 2008
introduzido para seu melhoramento. Especialmente
na construção da igreja tenha-se em mente as formas aceitas pela tradição cristã e as leis da arte
sacra, segundo o direito canônico, cânone 1164,§
1” (Livro de Tombo, 1919-1943, pág. 36)
Na carta de encerramento da visita do Ministro
Geral, com data de 10 de abril de 1927, repete: “O
projeto do Convento e da Igreja foram aprovados
pelo mesmo Ministro Geral”.
Construção da igreja N. Sra. das Mercês
Aos 26-28.6.1926 foram iniciados os alicerces
da igreja. Frei Ricardo de Vescovana (superior regular) dá estas informações no Livro de Tombo (19191943): “Feitos os alicerces para os quais foram
empregados 111.347 de pedra ao custo total de
15.700$000; preenchido o vão dos alicerces com
180 metros de terra ao custo de 2.020$000, estabeleceu-se com o bispo de Curitiba (que há oito
dias tinha sido nomeado arcebispo de Curitiba) de
benzer a primeira pedra aos 26.09.1926, que será
colocada no lugar do altar-mór” (pág. 48v).
Os trabalhos de construção prosseguiram normalmente e, aos 15.09.1929, o arcebispo D. João
Francisco Braga benzeu a nova e atual igreja de N.
Sra. das Mercês que custou 280.000$000. A festa
de inauguração foi aos 29.9.1929, já ultimada e decorada na parte interna como se encontra atualmente, com a estátua de N. Sra. das Mercês, esculpida
em madeira pelo artista italiano Giacomo Scopoli. A
igreja mede 51x18 metros (idem, pág. 63).
Decoração interna
A decoração original de nossa igreja N. Sra. das
Mercês, em Curitiba-PR, foi feita por Paul Kohl. Era
o pintor preferido pelo construtor da igreja, João De
Mio. Paulo Kohl pintou também a igreja de Tomazina, a capela do cemitério, em Butiatuba e diversas
outras igrejas de Curitiba e de outros lugares.
Restaurações em 1981
Com o correr dos anos, as pinturas e decorações
originais de Paul Kohl foram retocadas. Até o momento, conseguimos as seguintes informações:
No livro Tombo de 1981 da paróquia das Mercês encontra-se esta observação: “20 de julho de
1981: Já se iniciou a pintura interna da igreja das
Mercês. Todo o lucro da próxima festa será utilizado para pagar as despesas do templo”. No mesmo
livro de Tombo está anotado no dia 17 de setembro
de 1981: “Foi concluída a pintura interna da igreja.
O preço pago por todas as formas da igreja foi em
torno de 500,000 Cruzeiros”.
Note-se que, pelo livro de Tombo, não se sabe nem
o nome do pintor e nem o que ele restaurou ou pintou.
Nesse tempo, era pároco frei Alcides Rossa, que permaneceu no cargo de 1º de janeiro de 1981 até 12 de
dezembro de 1984 (1ª vez) e de 18 de dezembro de
1990 até 12 de dezembro de 1993 (2ª vez).
No arquivo provincial dos freis Capuchinhos, há
pequeno impresso (duas páginas), escritas por Rosalia Rebello, no qual se diz: “Uma nova pintura
só aconteceria em 1981, pelo pintor sr. Estanislau” (não há o sobrenome). A publicação é de uma
revista chamada Pampas, setembro-outubro, sem
ano, pág. 38-39). Nesse mesmo impresso, há esta
outra informação: “Arrecadar fundos para a pintura
externa e reforma da Igreja, cuja execução iniciouse em 1º de julho de 1991”. O campo está aberto
para melhores pesquisas.
Segundo testemunhos, nessa ocasião foram
pintadas somente as paredes lisas da abóbada central e algumas decorações na parte das colunas.
Durante as restaurações de 2008, percebeu-se
claramente que alguns retoques das decorações,
feitos em 1981, não foram muito felizes: detalhes
das decorações das colunas ficaram sem formas
definidas com sombras mal feitas, as linhas descontínuas e sem simetria nas volutas.
Outra modificação do original foi feita nos espaços superiores laterais do presbitério e do coro dos
frades, onde se podem ver nuvens, com anjinhos,
em céu azul. As nuvens originais, pintadas por Paul
Kohl, eram muito bonitas e artísticas. A restauração de 1981 tirou toda a beleza dessas nuvens,
deixando-as duras e sem nuances.
Alguns frades dizem que a causa destes retoques dessas nuvens foram as cortinas do correto
esquerdo (perto do altar-mor onde se encontra a
capela do Senhor Morto) porque pegaram fogo. A
fumaça escureceu um tanto as paredes superiores. E isso exigiu retoques nas nuvens da parte
superior, que não foram felizes.
Pintura externa em 1991
No livro de Tombo da paróquia, assim está anotado no dia 21 de junho de 1991, página 9v: “Foi
firmado o contrato com a firma Bertolli Construções
Ltda. para a pintura externa da igreja”. Os trabalhos
foram iniciados aos 24 de junho de 1991. Nessa
época, o pároco era o falecido frei Alcides Rossa.
Não foi encontrado o dia do término da pintura, mas
certamente foi antes do tríduo da festa da Padroeira, que começou aos 19 de setembro de 1991.
Restaurações de 2008
Em 2008, houve restaurações em toda a parte
inferior da igreja, isto é, dos capitéis das colunas
até o piso. O trabalho foi executado por Pedro Lombardi, que teve como ajudante Éverson Dalithesi
Venâncio. Pedro nasceu aos 17 de junho de 1929,
em Santa Adélia-SP., filho de Alfredo Lombardi e
Genoveva Geraldi. Restaurou e fez pinturas em muitas igrejas. Atualmente, vive em Astorga-PR (Tel.
044/ 3234.3951). Seu ajudante, Éverson Dalithesi Venâncio, nasceu aos 23 de abril de 1983 em
Guarujá-SP, filho de Jorge Venâncio e de Conceição
Dalithesi Flauzino e atualmente reside em Uberaba, na cidade de Curitiba-PR (041/ 3286.2513).
O pintor Pedro Lombardi
Aos 22.7.2008, o pintor Pedro Lombardi foi
dispensado de seus trabalhos de restaurações. A
pintura dos capitéis e do entablamento (arquitrave,
friso e cornija) foram continuados por Éverson Dalthesi Venâncio, que ajudou Pedro Lombardi durante
toda a restauração. Teve como auxiliar seu irmão
Wellington Jorge Dalithesi Venâncio.
Trabalhos feitos na igreja
N. Sra. das Mercês, em 2008
Pedro Lombardi, com seu ajudante Éverson, começou, aos 22 de janeiro de 2008, a restauração
das pinturas artísticas do interior da igreja das Mercês, sob a coordenação do Conselho Administrativo
e Econômico da Paróquia. Quanto ao lado artístico
das restaurações, os trabalhos foram acompanhados por frei Dionysio Destéfani, secretário provincial.
Os trabalhos executados foram os seguintes:
• restauradas as pinturas do Batismo de Jesus,
Anunciação, Santos Franciscanos, Coração Jesus e
a Grande Promessa;
• restauradas todas as decorações das colunas da nave central, laterais, do presbitério e do
coro dos frades, a partir dos capitéis até o piso. De
algumas decorações, frei Dionysio Destéfani teve
que refazer o desenho em papel porque o original
estava bastante deformado;
• os capitéis do átrio da igreja, da nave central,
do presbitério e do coro dos frades e todo o conjunto do entablamento (arquitrave, friso e cornija)
da mesma nave central da igreja foram novamente
pintados e dourados. As restaurações terminaram
para a festa de N. Sra. das Mercês (24.9.2008).
Restauração especial
Provavelmente nas restaurações de 1981, as quatro colunas de granilha (marmorite), que se encontram
dentro da igreja e suportam o átrio com o coro na parte superior, foram pintadas com tinta comum. Em duas
delas, as perto da porta central, além da pintura foi
passada nata de cimento. Nas outras duas, foi feita
uma cintura de concreto para servir de mesinha para
colocar papéis e outras. Estas ficaram práticas.
Durante as restaurações de 2008, insistiu-se
que a tinta dessa coluna fosse retirada para que
retornassem à forma original. Iniciada a retirada
da tinta, tudo foi fácil nas duas colunas laterais.
Além da espátula e do lixamento manual, foi usado
material especial que arrebitava a tinta. Nas duas
colunas onde foi passada nata de cimento, tornouse muito a retirada da camada. Tornou-se necessário apelar a um marmorista. Para esse trabalho
foi chamado Patrício Ernandes Gonçalves (Rua Rio
Pirai, 391 – 83820-000 Fazenda Rio Grande – Curitiba; Tel. 041/ 3621-0258; 9930.5945). Mesmo
usando lixas com motores o trabalho durou dois
dias. Encheu toda a igreja de pó, mas as colunas
foram limpadas e polidas, retornando à aparência
original (granilha). Para protegê-las foi passado um
verniz especial fosco. O lixamento das quatro colunas foi feito nos dias 14 e 15 de abril de 2008.
Pedro Lombardi, que fez as restaurações em
2008, pintou ou refez pinturas das igrejas que aparecem a seguir:
• Em São Paulo: igreja N. Sra. dos Emigrantes
em S. Bernanrdo dos Campos-SP, igreja de Santo Antônio dos Carlistas em São Paulo-SP, igreja
N. Sra. do Rosário no Largo Paissandu-SP, igreja
São José no bairro Rudy Ramos em S. Bernardo
do Campo, igreja N. Sra. da Assunção no bairro
Assunção em São Paulo-SP, igreja Santo André em
Santo André-SP, igreja de São João Bosco em Ri-
Éverson Dalthesi Venâncio e
Wellington Jorge Dalithesi Venâncio
beirão Pires-SP, capelas na fazenda São Pedro em
Serra Netra-SP.
• No Paraná: Rondinha, Fazendinha, N. Sra. do
Rocio, Timbituba (Campo Largo), Colônia Rebouças, Santa Felicidade, Pintagueiras, Sabáudia, Araponas, , Tupinambá, Santa Zélia (Maringá), Fernão
Dias, Jacarezinho e outras mais.
NB. Frei Dionysio gostaria de receber outras informações dos paroquianos sobre outros pormenores da
pintura externa e interna de nossa Igreja das Mercês.
Recursos financeiros da pintura 2008
Os recursos financeiros para realizar a restauração das pinturas e das decorações foram provenientes do dízimo paroquial. Agradecemos a todos
os que, de qualquer maneira, colaboraram para a
execução destes trabalhos. Especial agradecimento
à arquiteta Maria Cláudia Puga de Campos Celinski
pela responsabilidade técnica da obra realizada.
Frei Dionysio Destéfani OFMcap
secretário da Província
INSCRIÇÃO HISTÓRICA: Durante os trabalhos de pintura da igreja em 2008, foi
localizada a histórica inscrição do operário Augusto Braun. Ele gravou no concreto
seu nome aos 16 de abril de 1929 (era terça-feira da 2.ª semana da Páscoa), um
pouco antes da inauguração oficial da igreja, que foi aos 29 de setembro de 1929.
A inscrição localiza-se em cima do último pilar, à esquerda entrando na igreja.
Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 105
O QUE DIZ A LEI - (XX)
Um dos assuntos do momento é a questão do
uso das algemas durante julgamentos ou quando da prestação dos depoimentos por presos
– e aqui queremos dizer mais especificamente
nos chamados criminosos do colarinho branco
– que não demonstrem efetivamente perigo ou
possam empreender fuga.
O tema está sendo discutido freneticamente
nos meios jurídicos e não só por quem trabalha
com o judiciário ou o aplica, mas, por toda a sociedade que é um pouquinho mais esclarecida.
A jornalista Solange Spigliatti trouxe à baila o
tema, tomando por objeto principal a decisão a
ser tomada pelo STF (Supremo Tribunal Federal)
sob a possibilidade de uso de algemas pelo réu
em julgamentos pelo Tribunal do Júri.
A história é longa e o crime é grave. Entenda
o que aconteceu, através deste pequeno
resumo:
Em abril de 2005, a Justiça Federal
do Rio de Janeiro condenou Cacciola a
13 anos de prisão por cumplicidade em
peculato (oito anos) e gestão fraudulenta
de instituição financeira (cinco anos). Por
estar foragido, a Justiça nega-lhe o direito
de apelar em liberdade. No mesmo processo foram condenados, a penas variadas: o
presidente e os diretores do Banco Central
envolvidos na operação (Francisco Lopes,
Demosthenes Madureira do Pinho Neto e
Claudio Mauch), Tereza Grossi, (que exercia interinamente a chefia do Departamento de Fiscalização do Banco Central) e Luiz
Augusto Bragança (todos por peculato),
além dos banqueiros Roberto Steinfeld e
Luiz Antonio Gonçalves (por cumplicidade
em peculato e gestão temerária de instituição financeira). No entanto, todos eles
com o direito de apelar em liberdade.
Os réus, agora, esperam por novo julgamento de mérito em segunda instância,
no Tribunal Federal da 2ª Região, quando a
sentença de primeira instância poderá ser
confirmada ou anulada.
São Paulo - O Supremo Tribunal Federal
(STF) vai analisar a possibilidade de uso
de algemas pelo réu em julgamentos pelo
Tribunal do Júri. Em parecer, o subprocurador-geral da República, Mário José Gisi,
defendeu que o uso de algemas é possível
quando a medida é necessária para o bom
andamento e a segurança do julgamento.
O habeas-corpus sobre o tema foi impetrado contra decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que rejeitou a tese
de constrangimento ilegal de um réu que
pediu nulidade do julgamento em que foi
condenado a 13 anos e seis meses de
prisão por homicídio por ter sido julgado
algemado. No pedido, a defesa alegou que
o fato de o réu estar algemado levou os
jurados a interpretarem que ele tinha uma
106 - Ano IX - Agosto de 2008
“personalidade perigosa”.
Gisi lembrou que ainda não há lei que regulamente o uso de algemas durante o julgamento,
mas que esta possibilidade está prevista na Lei
de Execuções Penais. O subprocurador-geral afirmou ainda que, na falta de regulamentação, vale
o entendimento dos tribunais. No julgamento
que suscitou o pedido de habeas-corpus, a juíza
presidente justificou o uso de algemas levando
em consideração que apenas dois policiais civis
faziam a segurança do local. Sobre o tema, o
Presidente do Supremo Tribunal Federal se posicionou provisoriamente na seguinte direção:
Um dia é um adversário político exposto com
algema. Amanhã, podemos ser nós. Com isso,
não se pode brincar. Não se pode ter essa exposição. Todos estão submetidos à Constituição e
à lei, submetida a essas regras básicas de constitucionalidade”, afirmou Mendes. Ainda segundo o presidente do STF, a “imagem da algema”
é tão forte que a decisão do Superior Tribunal de
Justiça (STJ) de não permitir que Salvatore Cacciola fosse algemado causou indignação.
O ministro Tarso Genro disse concordar com
Mendes, condenou abusos em escutas telefônicas e afirmou que a PF não é uma “instituição
soberana” e que está submetida a controles dos
demais poderes de Estado. Contudo, o ministro
considerou um “exagero” a fala do presidente
nacional da OAB, Cezar Britto, de que estamos
em um “Estado de medo”.
Cabe ressaltar aqui, a necessidade de garantias à população, à sociedade que fica à margem desses delinqüentes que cometem atos de
barbárie e/ou causam danos muitas vezes
irreparáveis, independentemente da forma
ou meio empregado para alcançar o seu
intento: seja ele utilizando armas ou ludibriando outro, induzindo em erro ou tomando para si ilicitamente algo que pertença
ao próximo e sem autorização desse.
As seqüelas deixadas por essa conduta
desidiosa e rasteira podem ser tão graves
quanto àquelas deixadas pela agressão ou
tentativa de agressão à vida de outrem.
Nossa posição, quanto a esse mérito, é
a de que na constituição da detenção ou do
recolhimento se é possível pelos membros
de policiamento ou quem faça a sua vez
reconhecer a necessidade de se algemar o
indivíduo, porém, na dúvida, seja dada garantia ao cidadão correto e desguarnecido
de defesa.
Dessa forma, mantendo-se devidamente apreendido e por que não algemado, o
acusado de ter cometido certo crime, até
que se prove o contrário!
Tal atitude é questionada em qualquer
roda de conversa, desde cidadão comum
até a dona de casa, nas escolas e nos bares, no jogo de futebol e nas Igrejas.
E se tal ato fosse praticado por um cidadão comum que se apropriasse de pequena quantia de dinheiro, mesmo que
ilicitamente para, como justificativa, pagar
pequenas contas pessoais e da família
e até trocar de carro, com certeza, seria
preso corretamente e execrado diante das
câmeras dos programas policiais, e apareceria no jornal, algemado e apresentado
como mais um bandido.
Como disse o nosso ilustre Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil,
Cezar Britto, estamos em um “Estado de
medo”.
Valter Kisielewicz
Advogado e
vice-presidente do CAEP.
PREPARE-SE PARA A MELHOR IDADE
Atualmente constatamos o aumento da expectativa de vida. A longevidade, com qualidade, é novo
fato na história da humanidade.
Nós, seres humanos, somos biopsicossocioculturais e espirituais. Temos o corpo biológico que, com
o avançar da idade, vai envelhecendo organicamente
com a falência de órgãos. Somos dotados de emoções
e sabemos que não existe idade para amar. Fazemos
parte da sociedade e da cultura que determina nossa
identidade e temos a espiritualidade, alicerçada em
Deus, que nos fortalece na fé e na esperança.
Partindo desse princípio, que relação você estabelece consigo mesmo? A pessoa, que sabe viver,
aprende a escutar seu interior e compreende os
próprios recursos. Preparar-se para a velhice é ocupar-se de si mesmo. É olhar para seu corpo e seus
cuidados, preocupação esta que ocorre em todas
as fases da vida inclusive na “melhor idade”.
As transformações que ocorrem em nosso
corpo e em nossa mente, com o avançar da idade, também dependem de novas adaptações em
nossos projetos de vida; dependem de recriarmos
hábitos positivos na promoção da saúde física e
emocional, direcionados na prevenção de doenças
e na proteção de nós mesmos.
Para isso, necessitamos:
• cultivar hábitos regulares de sono, isto é, ter
hora para ir dormir e para acordar;
• praticar atividade física;
• manter alimentação saudável não se preocupando com a quantidade, mas sim com a qualidade
dos alimentos ingeridos;
• ter lazer, como dançar, viajar, ir ao cinema,
teatro, cantar, fazer parte de um coral;
• manter hábitos intelectuais, como a leitura,
manter-se informado, fazer palavras cruzadas.
Estas são algumas atitudes positivas que trarão
benefícios para um corpo e uma mente sadios.
Na medida em que avançamos na idade, podemos perder na quantidade, mas ganhamos na
qualidade de vida. Não vamos nos aposentar da
vida, nem esquecer das qualidades vitais saudáveis que possuímos, mas, para isso, precisamos,
em primeiro lugar, nos amar.
• Não se isole, faça amigos.
• Cultive as amizades, dedique-se a elas como
fazemos com as plantinhas, adubando-as e regando-as periodicamente.
• Procure externar seus sentimentos, suas opiniões e seus desejos.
• No plano social e comunitário, participe, tenha atitude, faça escolhas. Seja assertivo em relação à outra pessoa, deixe claro sobre o que pensa,
não espere que o outro adivinhe.
• Na relação com o outro, procure ser menos
acusatório. Em vez de dizer: “você me deixou assim!” prefira: “quando aquilo aconteceu, eu me
senti assim...”; porque não são as pessoas que
nos magoam, mas somos nós que nos sentimos
magoados.
• Quanto ao desapego, procure renovar os interesses. Mude, faça diferente. Respeite a diversidade que existe entre as gerações, é um aprendizado. Lembre-se de que o desconhecido pode ser um
amigo em potencial.
• Valorize a vida, dê sentido a ela participando
de um grupo de voluntariado, por exemplo. Existem
maneiras das mais diversas de sentir-se útil e de
sentir-se bem consigo mesmo.
• A amizade é um sentimento de afeição, sim-
patia, estima ou ternura, que faz bem às pessoas,
tem impacto direto na saúde. A falta de amigos ou
confidentes é comparada ao hábito de fumar e à
obesidade como fator de risco à saúde. A amizade
previne os danos cardiovasculares associados à
solidão; restaura o bem-estar, protege a saúde e
prolonga a vida. É importante termos amigos com
quem podemos desabafar, ou trocar experiências
vividas. Numa relação, quer ela seja de amizade,
de afetividade, se estabelecem estratégias em que
a serenidade e o amor sejam compartilhados. É
saudável ter alguém que se importa com você, que
o ama e em quem você pode confiar.
• A afetividade é um determinante do processo
de ser saudável dos seres humanos em qualquer
fase do ciclo vital. Ela se manifesta através de pequenos gestos. Nossas emoções e sentimentos
positivos são convertidos em substâncias químicas que podem evitar e até curar uma doença.
• A sexualidade na idade avançada é vivida
mais pela ternura e pelo amor do que pelas relações sexuais propriamente ditas. Laços afetivos
fazemos quando nos mostramos abertos a novas
possibilidades de nos relacionar e de nos posicionar na vida.
• Estejamos abertos para conhecer pessoas
que pensam de modo diferente, que tem outros
hábitos e atitudes de vida.
A vida não é uma experiência fácil nem feliz,
somos nós que construímos os momentos alegres.
Portanto, você pode, transformar a melhor idade
na melhor fase da sua vida.
Rosecler Schmitz
Psicóloga Clínica
CRP-08/10 728 - Cel.: (41) 9601 6045
CASAMENTO DE JANAÍNA E ALEXANDRE
Às 19h de 6 de setembro de 2008, Janaína
Martins Trindade, jornalista voluntária do nosso
jornal “O Capuchinho”, vai casar-se com Alexandre de Castro.
Eles escolheram o local para celebrar a
festa, a terra natal de Alexandre, a cidade de
Uberaba-MG, na capela São Pedro e São Paulo,
localizada na Chácara das Mangabeiras. Nós,
da equipe do jornal, temos muito carinho pela
Janaína, que há dois anos colabora conosco,
como jornalista responsável. Queremos homenageá-la com seu noivo e seus pais por esta
data tão feliz, tão importante, do seu enlace
matrimonial.
Sabemos o quanto se prepararam para este
acontecimento. Foram amadurecendo, namorando para chegar a assumir este compromisso.
Agora, vemo-los muito felizes!
Janaína e Alexandre, vocês sabem que o amor
que os une será o fruto de um “sim” triunfante,
que se escreve em música, no meio de sorrisos,
mas também serão muitos “sim” que ponteiam
a vida, entre muitos “não” que se apagam ao
caminhar na rotina do dia a dia:
• É um sempre levantar-se e sempre caminhar!
• É querer prosseguir até o fim o projeto de
vida a dois, feito junto e livremente decidido!
• É ter confiança no outro, para além das
sombras das noites!
• É ajudar-se mutuamente apesar das quedas e das mágoas!
• É ter fé no amor Todo-poderoso, para além
do amor...
A fidelidade é, às vezes, escutar sem estremecer; é perdoar, continuar a se doar e salvar o
amor para sempre!
Desejamos que este compromisso que vocês
assumem com tanta empolgação e emoção seja
“eterno!” E, felizes para sempre, construam um
lar, “o doce lar”, com as melhores bênçãos de
Deus!
A paróquia Nossa Sra. das Mercês e, em especial a equipe do jornal, desejam-lhes muitas
felicidade! Acompanharemos vocês dois com
muito carinho. Parabéns!
Erotides Floriani carvalho
Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 107
COMO VOCÊ QUER CHEGAR A MATURIDADE?
Segundo estatísticas da Organização Mundial
de Saúde (OMS), em 2025, nosso país terá mais
idosos do que crianças. Chegaremos, então, à terceira idade mais saudáveis ou fragilizados? È uma
escolha que, muitas vezes, depende de nós.
Embora muitos associem o passar dos anos ao
acúmulo de doenças que, invariavelmente, teremos
que conviver com inúmeros problemas de saúde e
limitações com o avançar da idade.
Os atuais conceitos científicos demonstram que
o processo natural do envelhecimento não é fator
impeditivo para a maioria das atividades cotidianas
do adulto em qualquer idade, e que as verdadeiras
responsáveis pela deficiências e disfunções atribuídas a velhice são as doenças, que podem ser prevenidas e ou tratadas na maioria das vezes (Soc.
Brasileira de Cardiologia Preventiva).
Porém, mesmo com todas as estratégias de prevenção podemos deparar com ”A Síndrome do Idoso Frágil”, isto é, as pessoas vão reduzindo suas
funções vitais em conseqüência da combinação doença e idade. No entanto, se ficarmos atentos aos
primeiros sinais de alerta, incontinência urinária,
cansaço durante as atividades diárias, quedas
e imobilismo poderemos melhorar a qualidade de
vida do idoso.
Observe se o idoso evita fazer as atividades
que mais gostava; se pode estar cansando muito ao realizá-las, então, prefere evitá-las; as idas
continuas ao banheiro sem associação de uso de
diuréticos; se começa delirar, confundir sonhos ou
pensamentos com a realidade; se fica vulnerável
a mudanças bruscas de temperatura e apresenta
doenças agudas como pneumonias, problemas digestivos. Este processo costuma evoluir para perda
do apetite, diminuição da massa óssea e muscular,
FISIOTERAPIA DOMICILIAR
Melhorando a qualidade de vida o idoso frágil!
Na maioria das vezes, o lugar que o idoso mais gosta
é a sua casa. O declínio das funções cognitivas, as alterações de equilíbrio e a crescente onda de violência nas
cidades fazem com que o idoso frágil prefira ficar mais
tempo dentro dela.
Torna-se um circulo vicioso: quanto mais confinado à
casa, mais sedentário, mais frágil, pior fica sua saúde,
quanto mais sem saúde mais fica em casa.
Uma alternativa é o atendimento domiciliar. Além da
comodidade para o paciente, o fisioterapeuta ao indagar
e avaliar, consegue observar as principais dificuldades que o idoso apresenta
em realizar às suas atividades de vida diária, tais como, falta de ar ao tomar
banho ou levantar os braços que pode significar problemas respiratórios, as
compensações para levantar da cama podem indicar problemas de quadril, de
joelho ou de equilíbrio.
A fisioterapia domiciliar reabilita o idoso frágil por meio de aparelhos para
diminuir a dor, de exercícios para melhorar a mobilidade articular e a força muscular, a coordenação e o equilíbrio. Previne e retarda o confinamento ao leito
e preserva a independência funcional do paciente. Por meio de orientações,
comunica à família e aos cuidadores sobre os cuidados com o idoso frágil, reforçando as orientações médicas.
Dra Rita de Cássia Munhoz
Fisioterapeuta
Rua Fernando Simas 221- Batel
92052778/3234-1616
108 - Ano IX - Agosto de 2008
desnutrição, incapacitação, dependência e morte.
Deve-se, então, procurar o médico, que identificará a doença de base e melhorará a qualidade de
vida do Idoso.
Todos nós queremos viver muitos anos, aproveitar nossas conquistas, acompanhar de perto as
realizações dos nossos filhos, curtir as estrepolias
dos netos e – por que não? – brincar com os bisnetos.
Para termos vida saudável e vivermos muitos
anos, a chave é a Prevenção. Reserve uns dias no
ano para fazer um check-up médico e odontológico,
alimente-se com qualidade, pratique atividade física. Faça uma simples caminhada de 30 minutos
três vezes por semana, e isto melhorará os níveis
de gordura e açúcar no sangue, reduzirá o estresse
e rejuvenesce.
Aprender a controlar as emoções, momentos
de meditação como os da Entreajuda, nos conectam com o divino, diminuem a freqüência cardíaca,
melhoram a respiração e a nutrição dos tecidos,
rejuvenesce.
Dr Gilmar Calixto
Médico Geriatra
Prof . de Geriatria da PUC-PR
Rua Alferes Ângelo Sampaio, 2303
Batel - Tel. 3024-2202
EVANGELIZAR E SER EVANGELIZADO
A Fraternidade Franciscana Secular (OFS) Nossa Senhora das Mercês procura reconhecer, encontrar e levar sinais da presença de Deus como,
por exemplo, através da Evangelização dos Pobres
(DA= Documento de Aparecida).
Em algumas das tarefas realizadas, as surpresas da Providência nos fazem repensar: evangelizar ou ser evangelizado? Na vida concreta descobrimos a resposta: evangelizar e ser evangelizado!
Muito aprendemos ao longo de três anos acompanhando as pessoas no desenvolvimento do Projeto “Abrace Jesus no Morador de Rua”.
Cada irmão deixa transparecer, muito claramente através dos seus gestos, a presença de Deus
no seu coração e na sua alma quando dizem: “Muito obrigado, Deus te ajude”, “Fique com Deus”,
“Deus te cuide”, “Deus te acompanhe”, “A força
vem de Deus”, “Jesus também sofreu, mas venceu”, “É pela proteção de Jesus que ainda estou
vivo”, e inúmeras outras convicções da PRESENÇA
que cuida porque ama.
A rica e profunda religiosidade popular reflete
a sede de Deus que somente os pobres e simples
podem conhecer, expressa o sentido de transcendência, a necessidade espontânea de se apoiar
em Deus (DA).
“Escutem, meus queridos irmãos! Deus escolheu os pobres deste mundo para serem ricos na
fé e para possuírem o Reino que ele prometeu aos
que o amam” (Tiago 2,5).
Acompanhamos ainda inúmeros gestos entendi-
dos como sinal da presença do Espírito de Jesus: a
solidariedade que nasce entre o povo da rua como
na partilha do alimento, da roupa, do papelão, do
cigarro, da bebida e outros.
Presenciamos gente na rua dar ao irmão o único agasalho que tinha, repartir o único marmitex
de comida.
Vimos irmãos cuidando dos que estão doentes,
feridos, chamando ambulâncias, fazendo companhia, prestando os primeiros socorros.
Presenciamos a solidariedade na indignação
contra o preconceito e a violência.
Constatamos a partilha nos momentos de alegria como nas comemorações da Seleção Brasileira de Futebol, nas vitórias dos seus times, nas
rodas de cantigas, ao redor do fogo que aquece a
madrugada fria...
Nossos irmãos são pobres em bens materiais,
porém têm a riqueza imensa da fé.
Sabemos da pecaminosidade de pequena parcela de moradores de rua. Daí, então, a necessidade
do “estar junto para evangelizar e ser evangelizado
com o testemunho da amizade e do amor”.
Como exemplo da importância da espiritualidade, transcrevemos o depoimento de fé do nosso irmão Jorge, 44 anos, participante do Projeto: “Gostei muito de ver “os marronzinhos” trabalhando no
jantar do último domingo”; referia-se aos irmãos
seculares da Fraternidade Nossa Senhora das Mercês que trajavam camisetas desta cor quando da
preparação dos alimentos.
Ao ser indagado se tinha devoção por São Francisco de Assis e como o conheceu, respondeu:
- “Gosto muito de São Francisco de Assis, por
causa do frei Miguel que morava na Vila N. Sra. da
Luz”. E continuou contando: “Este é um presente
que ele me deu (uma teca de metal de cor prateada contendo um terço, pendurada em seu pescoço
por um forte cordão). Quando criança, conheci frei
Miguel. Ele ajudava muito os pobres, visitava-os de
casa em casa, levava alimentos, roupas mas também fazia oração e ensinava a Palavra. Sempre
dizia que Deus é Pai e ama cada um. Era bondoso,
orientava sobre a importância do estudo e do trabalho, mas também nos chamava atenção quando
merecíamos, dizendo: Cada um de vocês é minha
ovelhinha, eu sou o pastor que cuida de cada uma.
“Frei Miguel me ensinou a ter fé, e hoje sei que
Deus não me abandona”.
Continuou: “Gostávamos tanto do frei Miguel –
participávamos do Centro Social Urbano – que no
carnaval até fizemos uma música em sua homenagem”, e, com alegria cantou o que lembrava: “Frei
Miguel, frei Miguel... você é um anjo que caiu do
céu!”
Quantas vezes os pobres e os que sofrem nos
evangelizam realmente (DA).
São Francisco de Assis e frei Miguel intercedam
pela causa “evangelizar e ser evangelizado” junto
aos empobrecidos materialmente, mas ricos na
fé!
Fraternidade N. Sra. das Mercês - OFS
Membros da OFS Mercês participando do lanche com os irmãos em situação de rua, em frente à Catedral de Curitiba).
Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 109
PARAPSICOLOGIA E QUALIDADE DE VIDA – n.º 26
Além das leis da Harmonia e da Evolução, existe
no universo a Lei da Vibração. Tudo vibra no universo,
expressando-se pelos movimentos do vai-e-vem, do
dilata e contrai. Tudo é energia, garantem os físicos
atômicos. Não há elemento deste planeta, do sistema
solar, da galáxia, do cosmo, que não seja composto de
átomos, partículas atômicas e subatômicas. E o movimento faz parte da essência do átomo e é resultado
de impulsos energéticos. Energia é vibração, vai-e-vem,
pulsação; é um contínuo dilatar-se e contrair-se.
No ser humano a Lei da Vibração se expressa
de forma intensa e clara no dar e receber, no ser
útil e ser valorizado, no pulsar do amor e da vida.
Doar-se é bonito, mas não é suficiente. Quem
só se doa e nada recebe em troca, logo entra em
esgotamento, em estafa, pois deixa de vibrar e cria
atrito com a Lei Cósmica da Vibração. E o atrito
machuca, fere, queima, destrói.
Jesus de Nazaré pede para sermos bons, mas
não trouxas; manda colaborar, mas não ser escravo. Quem faz demais pelo outro acaba impedindo
o outro de evoluir, de crescer, de se responsabilizar
pela própria vida. Quem só recebe se acostuma
e acaba achando que é obrigação do outro fazer
tudo o que faz. No final, quem se doa demais não
recebe nem “um obrigado” e isso dói.
Em quem faz demais e recebe de menos a Lei
da Vibração está em desequilíbrio, em desarmonia.
No superprotegido, que só aprendeu a receber e
não foi treinado para fazer a sua parte, para dar
ou doar-se, acontece o mesmo. Aliás, é também
por isso que o superprotegido é um eterno insatisfeito, pois recebeu tudo muito fácil e foi privado da
satisfação da conquista, da satisfação de ajudar
alguém. Sofre também por se sentir incapaz, incompetente, diante dos desafios da vida, que os
outros enfrentam com a cabeça erguida.
É necessário, portanto, que o dar e receber,
o ser útil e ser valorizado, estejam presentes em
igual medida, nem mais nem menos. É no caloroso
abraço da troca, do encontro, do somar para multiplicar, da vibração do amor, que explode a vida.
Para exercitar
Acomode-se confortavelmente. Deite-se ou sen-
te-se com os pés apoiados no chão. Mantenha sua
cabeça equilibrada, não a deixe pender. Repouse
as mãos sobre as pernas. Feche os olhos. Fique totalmente imóvel, tranqüilo. Respire profundamente
e, ao exalar, relaxe. Respire profundamente umas
dez vezes e, ao exalar, relaxe cada vez mais. Mantenha-se consciente enquanto relaxa. Tome posse
de si mesmo, fique em paz.
Após uns minutos de relaxamento físico e concentração mental, analise como está, na sua vida,
a Lei da Vibração. Você é o tipo que ajuda demais
(escravo) ou de menos (folgado)? Perceba o que
precisa ser melhorado para que o ser útil e o ser
valorizado estejam em equilíbrio na sua vida.
Parapsicólogo Flávio Wozniack
Tel. 3336-5896 9926-5464
Atendimento:
1. Gratuito (para carentes):
Paróquia das Mercês, Tel. 3335-5752
2. Particular:
Av. Manoel Ribas, 852 - sala 12 – Mercês
ELEIÇÕES CONVIDAM À REFLEXÃO
Próximo às eleições municipais, a paróquia
Nossa Senhora das Mercês considera importante tratar este tema com os paroquianos. O brasileiro se acostumou a ver a política com maus
olhos. De fato, não temos muito com o que nos
orgulharmos.
A nossa história política, desde o início, foi
marcada pela corrupção. Tanto, que é comum
ouvir o povo brasileiro dizer que não gosta de política. No entanto, mesmo que
não haja estímulo positivo, nós, cidadãos, devemos nos interessar por este
assunto. Afinal é por meio da política
que sairão as diretrizes para a nossa
vida em sociedade.
De acordo com dados da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil),
desde a década de 1930, a Igreja Católica realiza esforço para promover a
participação dos católicos na vida pública. Apoiou as reformas de base no
início dos anos 1960, à defesa dos direitos humanos e à redemocratização
nos anos 1970. Incentivou também as
emendas populares na Constituição de
1988 e a iniciativa popular de Lei contra
a corrupção eleitoral de 1999.
Em 2002, a CNBB lançou o documento “Eleições de 2002, propostas
para reflexão”, que tem como objetivo
servir de instrumento de trabalho, para
que as dioceses, paróquias, comunidades, movimentos e pastorais – não só
para as eleições daquele ano, como para
qualquer eleição – a fim de servir como
reflexão sobre a presença e a atuação
dos católicos na política. Nas palavras
110 - Ano IX - Agosto de 2008
do Papa João Paulo II, “A vertente ético-social
é uma dimensão imprescindível do testemunho
cristão”.
No texto, a CNBB ressalta a importância do
exercício do voto consciente e responsável e a
responsabilidade dos cristãos em assumirem o
protagonismo na construção de uma sociedade
democrática, pluralista, justa e participativa.
Ano de
eleições
Para a Igreja Católica, segundo o documento,
“a transformação rumo a uma sociedade justa
é um processo contínuo, que exige profundas
mudanças culturais e implica participação de
todos. Embora não se possa esperar resultados mágicos – menos ainda diante da realidade
brasileira, marcada pela desigualdade social –,
as eleições dos dirigentes políticos são etapas
que podem avançar decisivamente esse
processo”.
A Igreja sugere, diante da realidade brasileira, que os partidos políticos
incluam três grandes metas em seus
programas de políticas públicas: a erradicação da fome; o efetivo respeito dos
direitos humanos; o desenvolvimento
sustentável que garanta qualidade de
vida à população humana e respeite a
ecologia.
Por isso, a Igreja solicita que, antes
de votar, verifique-se o seguinte: Quais
os programas de seus candidatos? O
que eles priorizam? Quais convicções
apresentam?
Pesquisas anteriores ao lançamento
de “Eleições 2002, propostas para reflexão” indicam que a maioria dos fiéis católicos e dos cidadãos não deseja que a
Igreja intervenha diretamente na política
partidária, indicando candidatos, mas
que, sobretudo, ajude os eleitores a decidirem melhor em suas escolhas.
Fonte: Eleições 2002, propostas para
reflexão. Documentos da CNBB.
Janaína Martins Trindade
Jornalista
SEMANA DA PÁTRIA
As datas cívicas estão aí.
Todos sabemos como são sublimes os gestos cívicos.
Recentemente, vimos nossos atletas se
emocionarem com as medalhas olímpicas. Nós,
embora aqui longe, não deixamos de participar
pela telinha do televisor. Muitas vezes, não só
vimos como nos emocionamos. É o civismo que
pulsa em nosso coração de brasileiros. É a nossa Pátria que, lá bem longe, está lutando. Naquela tenra jovem pulsa um coração brasileiro.
É válido!! Mas não só isto. Temos as datas cívicas. Temos o nosso Sete de Setembro – Pátria!!
Temos, nós de Curitiba, no dia seguinte ao da
Pátria, o dia da Padroeira. Há um mesmo de
civismo e religiosidade. Civismo enquanto comemoramos dia da cidade, e religiosidade quando
celebramos a padroeira.
O Brasil é um país rico e imenso. Somos brasileiros e disto nos orgulhamos. Vai longe o ano
de 1822. Mas o amor à Pátria não fenece.
O país era novo, mas já podia se autogovernar.
Tinha, nos seus vultos políticos daquela época, o
civismo, pois uma nova nação livre e independente
seria criada. Sofreu o Brasil no início, mas prevaleceu o ideal independente. Creio que, atualmente,
temos os valores de uma independência avivados
em nossas mentes. As crianças de hoje, através
das escolas, estão sabendo o que se comemora.
Não há razão para me delongar sobre este
tema. O que nos cabe como católicos é pedir
ao Criador muita paz e tranqüilidade, pois temos
um país de dimensões continentais onde se
espalham seus patriotas, independente de cor,
A EXPERIÊNCIA
DE SER MINISTRO
Luciana Rita das Mercês Silva e meu marido
Marcelo Rosa Silva, fomos investidos de Ministros
da sagrada comunhão há 01 mês. Com este pequeno artigo para o jornal, falamos da nossa experiência como Ministros. Esperamos contribuir de
alguma forma.
Segue abaixo:
A experiência de ser instrumento de serviço
para Jesus em nossa comunidade das Mercês é
simplesmente pequena em relação às maravilhas
que Jesus tem derramado de bênçãos em nossa
família. Esse serviço é mais um exemplo de amor
para nossa vida conjugal.
O servir e o trabalhar juntos traz para nosso
matrimônio um crescimento da fé, fazendo-nos
crescer na humildade e no amor ao próximo com
responsabilidade e percebendo o grandioso amor
incondicional de Jesus por cada um de nós.
Que a nossa missão seja sempre cheia de sabedoria para que possamos testemunhar a presença do nosso Cristo vivo, hoje e sempre.
Luciana e Marcelo Silva
credo, política e reação. O que resta é termos
em mente que somos brasileiros.
Elevemos nossas preces à Maria, mãe de Jesus, pedindo a proteção divina ao país e graças
à nossa Capital, que comemora mais um aniversário no dia seguinte ao da Pátria.
Nossa Senhora Aparecida, protetora do Brasil, e Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, nossa
padroeira, que interceda (no singular, pois se
trata da mesma Mãe de Deus, glorificada e chamada por denominações múltiplas) junto ao Criador, derramando suas copiosas bênçãos, sobre
nossa nação e nossa Capital, agora e sempre,
de modo especial neste ano político.
A luz do Espírito Santos nos ajude a escolhermos nossos governantes municipais para os
próximos quatro.
Welcidino Cândido da Silva
Pedro Américo (1824-1905), Independência ou Morte, Dom Pedro I, no momento do Grito do Ipiranga,
em 07 de setembro de 1822. A guarda de honra ainda não existia, mas foi representada para ressaltar
o papel de Dom Pedro no movimento.
FAMÍLIA
Espaço da vida, do amor e da fé
Dez mandamentos para o casal
1. Nunca irritar-se ao mesmo tempo. Quanto mais a situação é complicada,
mais a calma é necessária.
2. Nunca gritar com o outro. Quem tem bons argumentos não precisa gritar.
Quanto mais alguém grita, menos é ouvido.
3. Perder uma discussão pode ser um ato de inteligência e de amor. Ao discordar de uma opinião,
não dramatize.
4. Se for inevitável chamar a atenção, fazê-lo com amor. A outra parte precisa entender que a crítica
tem o objetivo de construir e não destruir.
5. Nunca jogar no rosto da outra pessoa os erros passados. A pessoa é sempre maior que seus erros
e ninguém gosta de ser caracterizado por seus defeitos.
6. A displicência com qualquer pessoa é tolerável, menos com o cônjuge. Na vida a dois, tudo pode
e deve ser importante. A felicidade nasce nas pequenas coisas.
7. Nunca dormir sem ter chegado a um acordo. Se isto não acontecer, no dia seguinte o problema
poderá ser bem maior.
8. Pelo menos uma vez ao dia dizer ao outro uma palavra carinhosa, ou fazer um gesto de carinho.
9. Saber admitir quando estiver errado e pedir desculpas. A pessoa que admite o seu erro, demonstra ser humilde e honesta.
10. Quando um não quer, dois não brigam. É a sabedoria popular que ensina isto. Procure compreender o mistério da pessoa e saiba perdoar.
Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 111
NOVENA E CELEBRAÇÕES LITÚRGICAS
Em honra à Padroeira da Igreja das Mercês
de 15 a 24 de setembro de 2008
DIAS
HORÁRIO
EQUIPES
RESPONSÁVEIS
TEMAS E
EQUIPE DE CANTO
PRESIDENTE
da celebração
15/09/08
Segundafeira
19h
Escola Vicentina Nossa
Senhora das Mercês
Educação Integral
Escola Vicentina
Padre Vicentino
e Odair José
16/09/08
Terça-Feira
19h
Jovens, ECC, Pastoral
Familiar, Pastoral Matrimonial, caminhada para os
recém-casados e CPP
Dependência Química
Missa Sertaneja
Frei Alvadi Pedro
Marmentini
17/09/08
Quarta-feira
19h
Legião de Maria, Pastoral
do Idoso, Grupo Santa Rita
MISSÃO
Antoninho e Adão
Frei Pedro
Cesário Palma
18/09/08
Quinta-feira
18h30
Entreajuda, Voluntariado,
Grupo Solidário na Dor e
no Luto
Sofrimento e
Solidariedade
Flávio e Grupo
Frei Nelson M. dos
Santos presidirá a
Entreajuda e a Missa
19/09/08
Sexta-feira
19h
Família Franciscana – OFS
Cruz de São Damião
Família Franciscana
Frei José Maria da
Silva
20/09/08
Sábado
19h
CAEP, Pastoral do dìzimoPastoral da Comunicação
PARTILHA
Equipe Litúrgica
Frei Pedro
Cesário Palma
21/09/08
Domingo
19h
Equipe Litúrgica
Partilha
Equipe Litúrgica
Frei Alvadi Pedro
Marmentini
22/09/08
Segundafeira
19h
SOS família, Equipe TV
Plasma, Escolinha Dominical e Paróquias N. Sra. da
Luz e Almirante Tamandaré
Acolhida
Adriana e Luiz
Frei Pedro
Cesário Palma
23/09/08
Terça-feira
19h
SAV, Catequese, Capelinhas, Pastoral do Batismo,
MESCs e Apostolado da
Oração
Voluntariado
José Roberto
Frei Alvadi Pedro
Marmentini
24/09/08
Quarta-feira
FESTA da
Padroeira
Nossa
Senhora
das Mercês
19h
1- Escola de Enfermagem
Catarina Labouré e Hospital
N. Sra. das Graças
2- Escola Vicentina N. Sra.
das Mercês - Coroação de
Nossa Senhora
Maria de Nazaré
1- Irmãs: Hospital
N. Sra. das Graças
e Escola de Enfermagem Catarina
Labouré
2- Irmãs Vicentinas
Frei Cláudio Nori
Sturm, Ministro
Provincial dos freis
capuchinhos
Observações:
No dia 18 (quinta-feira), após as celebrações da Entreajuda das 9h, 14h30, 16h30, 19h30 e 21h, e nos dias 20 e 21 (sábado e domingo), após as missas,
haverá, no salão paroquial confraternização, o tradicional café do dízimo com bolo, em comemoração à festa da padroeira.
Sejam todos bem-vindos à festa litúrgica de N. Sra. das Mercês,
participemos com alegria e fervor, recebendo suas bênçãos!
112 - Ano IX - Agosto de 2008

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