iv. projeto de leitura

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iv. projeto de leitura
OFICINA
OFICINA LITERÁRIA
Profª Me. Rafaela Cardoso Beleboni
Professor das Faculdades COC
26/03/2010
OFICINA
LITERÁRIA
ROTEIRO DE ESTUDOS
I.CONCEITUAÇÃO DE TEXTO
II.CONCEITO E METODOLOGIA DE
LEITURA
III.COMPETÊNCIA LEITORA E
ESCRITORA
IV.PROJETOS DE LEITURA:
A)LIVROS DE IMAGENS
B)BIBLIOTECA NA SALA DE
AULA
C)PROPAGANDA DO LIVRO:
LIVROCLIP
D)TEXTO DA APOSTILA
E)ERA UMA VEZ...
INTERATIVIDADES
I. NOÇÕES GERAIS SOBRE O
CONCEITO DE TEXTO
I. CONCEITO DE TEXTO
I. CONCEITO DE TEXTO:
METODOLOGIA DE LEITURA
A) TEXTO VERBAL
O CRAVO E A ROSA
(Cantiga de roda)
O Cravo brigou com a Rosa
Debaixo de uma sacada
O Cravo saiu ferido
E a Rosa, despedaçada
O Cravo ficou doente
A Rosa foi visitar
O Cravo teve um desmaio
A Rosa pôs-se a chorar
B) TEXTO NÃO VERBAL
B) TEXTO NÃO VERBAL
EF I - 3A- 1B - PORT
B) TEXTO NÃO VERBAL
EF - 2A - 1B - PORT
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B) TEXTO HÍBRIDO
10
C) TEXTO HÍBRIDO
11
C) TEXTO HÍBRIDO
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II. LER É SÓ DECODIFICAR
LETRAS?
Ler as letras de uma página é apenas um
de seus muitos disfarces. O astrônomo
lendo um mapa de estrelas que não
existem mais; o arquiteto japonês lendo a
terra sobre a qual será erguida uma casa,
de modo a protegê-la de forças malignas; o
zoólogo lendo os rastros de animais na
floresta; o jogador lendo os gestos do
parceiro antes de jogar a carta vencedora;
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II. LER É SÓ DECODIFICAR
LETRAS?
[...] os pais vendo no rosto do bebê sinais
de alegria, medo ou admiração; o adivinho
chinês lendo as marcas antigas na
carapaça de uma tartaruga; o amante lendo
cegamente o corpo amado à noite, sob os
lençóis; o psiquiatra ajudando os pacientes
a ler seus sonhos perturbadores; [...]o
agricultor lendo o tempo no céu -todos eles
compartilham com os leitores de livros a arte
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de decifrar e traduzir signos.
II. LER É SÓ DECODIFICAR
LETRAS?
Todos lemos a nós e ao mundo a nossa
volta para vislumbrar o que somos e onde
estamos. Lemos para compreender, ou para
começar a compreender. Não podemos
deixar de ler. Ler, quase como respirar, é
nossa função essencial. Só aprendi a
escrever, muito tempo depois, aos sete
anos de idade. Talvez pudesse viver sem
escrever, mas não creio que pudesse viver
sem ler. Ler - descobri - vem antes de15
escrever.
II. LER É SÓ DECODIFICAR
LETRAS?
MANGUEL, Alberto. Uma história da
leitura. São Paulo: Companhia das Letras,
1997, p. 19-20.
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III. COMPETÊNCIA LEITORA E
ESCRITORA
DESENVOLVER A COMPETÊNCIA
LEITORA E ESCRITORA EM DIVERSOS
GÊNEROS TEXTUAIS, NAS
DIFERENTES DISCIPLINAS.
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IV. PROJETOS DE LEITURA
A) LIVROS DE IMAGENS
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VAMOS LER UM LIVRO?
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PRODUÇÃO TEXTUAL A
PARTIR DO LIVRO
REDAÇÕES DE ALUNOS
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Redação 1 - A Cor da Vida
Eduardo e Maria Estava andando com suas mães no
centro. Eles estavam tão tristes, os dois não estavam gostando
de andar, de repente os dois se encontrarão eles pararam as
mães, ficou olhando um para o outro.
A Maria e o Eduardo sorriram, eles deram as mão e saíram
correndo!!!
As duas mães estavam preocupadas, os dois estavam
Brincando.
As mães foram correndo atrás dos dois. Quando elas viram,
as crianças estavam dormindo como anjinho, e elas estavam
bravas. Quando eles acordaram, a mãe da Maria deu abraço no
Eduardo, e a mãe do Eduardo deu abraço na Maria.
Nunca tenha preconceito!!!
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Redação 1 - A Cor da Vida
Eduardo e Maria Estava andando com suas mães no
centro. Eles estavam tão tristes, os dois não estavam gostando
de andar, de repente os dois se encontrarão eles pararam as
mães, ficou olhando um para o outro.
A Maria e o Eduardo sorriram, eles deram as mão e saíram
correndo!!!
As duas mães estavam preocupadas, os dois estavam
Brincando.
As mães foram correndo atrás dos dois. Quando elas viram,
as crianças estavam dormindo como anjinho, e elas estavam
bravas. Quando eles acordaram, a mãe da Maria deu abraço no
Eduardo, e a mãe do Eduardo deu abraço na Maria.
Nunca tenha preconceito!!!
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Redação 2
Num certo dia, quado um monte de pessoas
passavam no centro e tinha duas crianças cada
criança estavam triste por que as mães deles
andavam de presa, ai as criança uma olhou para
outra e elas começaram a sorir quando derepente
os dois largaram da mão das mãe deles e eles
saíram correndo e a mãe deles percebeu que eles
tinha sumido e aí as crianças estavam brincando lá
perto quando a mãe deles viram eles e cada uma
abraçou os filhos diferentes a loira abraçou a negra
e a negra abraçou o loiro e as duas crianças
ficaram amigas para sempre e no final o menino
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deu uma flo para a menina.
Redação 3- As cores da amizade
Certo dia, no shopping duas crianças passaram com seus pais
Rodrigo e Bárbara.
A mãe do menino, chamada Beatriz, era bem de vida, vivia
fazendo compras. Já a mãe de Bárbara, que se chamava Leandra,
não era muito bem de vida, gostava de ler e sempre ia à biblioteca.
Elas não se olhavam por causa do preconceito, Beatriz era
branca e Bárbara negra.
Quando as crianças se viram, prestaram atenção um no outro,
deixando sua bruxa e seu ursinho caírem. As crianças se
simpatizaram e saíram correndo juntos fora do shopping.
O Rodrigo morava ao lado do shopping e levou a Bárbara ate
sua casa, pegou os brinquedos e começaram a brincar na varanda.
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Redação 4- A cor da vida
Em um certo dia em um shopping duas mães muito
apreçadas nem perceberam que os meninos estava
muito tristes e os meninos se tonbaram e um ficou
enteressado na amizade do outro. A menina deixou a
boneca cai e o menino deixou o urso cai e eles largaran
das mães e foram brincar.
No parquinho e as mães continuaram andando e foi na
hora elas perceberam e uma olhou para outra e falou foi
seu filho não foi sua filha e as duas soltou as coisas e
correro uma deixa os brincos cai a outra deixa o livro e
elas foram procurar os meninos.
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Redação 4- A cor da vida
E elas encomtraram elas estavam muito
brava mas feliz porque tinha emcontrado os dois
bem. eles brincaram tanto que dormiram e as
mães foram abraçar os filhos mas o engraçado
foi que a negra abraçou o loiro e a loira abraçou
a negra e ficaram todas amigas e o menino no
fim de tudo ele deu uma rosa para a menina e
foram feliz.
MORAL DA HISTÓRIA: Sem rasismo o mundo
fica muito melhor.
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INTERATIVIDADE – 10
minutos
1) É possível trabalhar tópicos gramaticais a
partir das produções textuais dos alunos. A
partir das redações lidas, respondam:
a)
Vocês
trabalhariam
gramaticais?
quais
elementos
b) Como fariam esse trabalho, ou seja, qual seria
a metodologia aplicada?
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LEITURA DE LIVRO PARA
INTERATIVIDADE
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INTERATIVIDADE
1) É possível trabalhar o livro O mistério da
caixa vermelha, de Semíramis Paterno, com
alunos que estão no processo inicial de
alfabetização? Justificar a argumentação.
2) A partir da leitura do livro, quais
atividades podem ser propostas aos alunos
do Ensino Fundamental I?
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IV. PROJETOS DE LEITURA
B) BIBLIOTECA NA SALA DE AULA
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IV. PROJETOS DE LEITURA
ESCOLHENDO LIVROS NA BIBLIOTECA
http://portaldoprofessor.mec.gov.
br/fichaTecnica.html?id=18637
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IV. PROJETOS DE LEITURA
BIBLIOTECA NA SALA DE AULA
• Trabalho coletivo
• Montagem do acervo
• Catalogação dos livros
• Confecção de fichas de empréstimo
• Debate: regulamento da biblioteca
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• Redação: escrita do regulamento
IV. PROJETOS DE LEITURA
PINSKY, Mirna.
Carta errante, avó atrapalhada, menina
aniversariante.
São Paulo: Editora FTD, 2001.
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IV. PROJETOS DE LEITURA
Nome do
leitor
Data de
empréstimo
Assinatura
Data de
devolução
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IV. PROJETOS DE LEITURA
C) PROPAGANDA DO LIVRO
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SUGESTÕES DIDÁTICAS DE
LEITURA
Leitura de escolha pessoal
São situações didáticas, propostas com regularidade, adequadas
para desenvolver o comportamento do leitor. O objetivo é a leitura
em si, é a criação de oportunidades para a constituição de
padrões de gosto pessoal. Por exemplo, pode-se,
temporariamente, escolher um gênero específico, um
determinado autor ou um tema de interesse. A partir disso, os
alunos escolhem o que desejam ler. A leitura pode ser feita em
casa para que, no dia estabelecido, o aluno possa relatar suas
impressões, comentar o que gostou ou não, o que pensou,
sugerir outros livros do mesmo autor, tema ou tipo.
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IV. PROJETOS DE LEITURA
LIVROCLIP:
O GUARDA-CHUVA DO VOVÔ
http://www.canaldolivro.com.br/in
dex.php?acao=hotsite&cod=186
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IV. PROJETOS DE LEITURA
LIVROCLIP:
XIN E PAN
http://www.canaldolivro.com.br/in
dex.php?acao=hotsite&cod=180
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IV. PROJETOS DE LEITURA
PROPAGANDA DO LIVRO: MARCADORES DE PÁGINAS
produto.mercadolivre.com.br
40
IV. PROJETOS DE LEITURA
PROPAGANDA DO LIVRO: MARCADORES DE PÁGINAS
pragentemiuda.blogspot.com
41
IV. PROJETOS DE LEITURA
PROPAGANDA DO LIVRO: MARCADORES DE PÁGINAS
mariamaniamaria.blogspot.com/2
009_02_01_archi...
42
IV. PROJETOS DE LEITURA
PROPAGANDA DO LIVRO: MARCADORES DE PÁGINAS
http://4.bp.blogspot.com/_hGGq2Bji6rE/SeMxIn9g7KI/AAAAAAAA
IKo/Wur5oT3zKP8/s400/SCAN122.JPG
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INTERATIVIDADE
10 minutos
1) Na sua escola, existe algum projeto de
leitura? Faça desta interatividade o
momento para socializá-lo com os
demais parceiros NAME.
2) Além de divulgar a obra por meio da
confecção de marcadores de páginas,
que outra forma de propaganda pode ser
feita para divulgar os livros lidos?
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IV. PROJETOS DE LEITURA
D) TEXTO DA APOSTILA
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IV. PROJETOS DE LEITURA
http://www.luzdacidade.com.br/
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IV. PROJETOS DE LEITURA
Audiobook ou audiolivro
http://www.fundacaodorina.org.br
http://www.luzdacidade.com.br
www.livrosonoro.com
www.livrofalante.com.br
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MANUAL DO PROFESSOR
Para começarmos este capítulo, ouça uma história que seu professor contará.
Preste atenção às pausas e às entonações dadas pela escritora Marina
Colasanti ao narrar esta bela história!
Professor: Conte mais de uma vez a história para que a ouçam. Na primeira
vez, peça para fecharem o material e apenas ouvir – se quiserem, podem
anotar algumas coisas que não entenderam. Depois, conte novamente para
que ouçam acompanhando a narrativa escrita. Conforme a maturidade de
sua classe, na segunda leitura é interessante pedir que alguns alunos
anotem quem são os personagens e que outros anotem onde a história se
passa. É importante que haja uma distribuição dos elementos da narrativa
para que cada grupo os focalize. Quando terminar a segunda audição, faça
uma checagem do que puderam entender para, a partir daí, acompanharem
mais uma vez com o texto escrito.
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SUGESTÕES DIDÁTICAS DE
LEITURA
Leitura em voz alta pelo professor
Atividade
realizada
basicamente
pelo
professor, em casos, por exemplo, de capítulos
de livros, possibilitando ao aluno o acesso a
textos longos e considerados por eles difíceis.
Alguns desses textos podem encantar o aluno,
mas, para tanto, é necessária, em muitos
casos, a colaboração inicial do professor.
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UMA IDEIA TODA AZUL
Um dia o rei teve uma ideia. Era a primeira
da vida toda, e tão maravilhado ficou com
aquela ideia azul que não quis saber de
contar aos ministros. Desceu com ela para
o jardim, correu com ela nos gramados,
brincou com ela de esconder entre outros
pensamentos, encontrando-a sempre com
igual alegria, linda ideia dele toda azul.
50
UMA IDEIA TODA AZUL
Brincaram até o rei adormecer encostado
numa árvore.Foi acordar tateando a coroa
e procurando a ideia, para perceber o
perigo. Sozinha no seu sono, solta e tão
bonita, a ideia poderia ter chamado a
atenção de alguém. Bastaria esse alguém
pegá-la e levá-la. É tão fácil roubar uma
ideia! Quem jamais saberia que já tinha
dono?Com a ideia escondida debaixo do
manto, o rei voltou para o castelo.
51
UMA IDEIA TODA AZUL
Esperou a noite. Quando todos os olhos se
fecharam, saiu dos seus aposentos,
atravessou salões, desceu escadas, subiu
degraus, até chegar ao Corredor das Salas
do Tempo. Portas fechadas, e o
silêncio.Que sala escolher?Diante de cada
porta o rei parava, pensava, e seguia
adiante. Até chegar à Sala do Sono. Abriu.
52
UMA IDEIA TODA AZUL
Na sala acolchoada, os pés do rei
afundavam até o tornozelo, o olhar se
embaraçava em gazes, cortinas e véus
pendurados como teias. Sala de quase
escuro, sempre igual. O rei deitou a ideia
adormecida na cama de marfim, baixou o
cortinado, saiu e trancou a porta. A chave
prendeu no pescoço em grossa corrente. E
nunca mais mexeu nela.
53
UMA IDEIA TODA AZUL
O tempo correu seus anos. Ideias o rei não
teve mais, nem sentiu falta, tão ocupado
estava em governar. Envelhecia sem
perceber, diante dos educados espelhos
reais que mentiam a verdade. Apenas,
sentia-se mais triste e mais só, sem que
nunca mais tivesse tido vontade de brincar
nos jardins. Só os ministros viam a velhice
do rei. Quando a cabeça ficou toda branca,
disseram-lhe que já podia descansar, e o 54
libertaram do manto.
UMA IDEIA TODA AZUL
Posta a coroa sobre a almofada, o rei logo
levou a mão à corrente.
- Ninguém mais se ocupa de mim - dizia
atravessando salões e descendo escadas
a caminho das Salas do Tempo - ninguém
mais me olha. Agora posso buscar minha
linda ideia e guardá-la só para mim. Abriu
a porta, levantou o cortinado.
Na cama de marfim, a ideia dormia azul
55
como naquele dia.
UMA IDEIA TODA AZUL
Como naquele dia, jovem, tão jovem, uma
ideia menina. E linda. Mas o rei não era
mais o rei daquele dia. Entre ele e a ideia
estava todo o tempo passado lá fora, o
tempo todo parado na Sala do Sono. Seus
olhos não viam na ideia a mesma graça.
Brincar não queria, nem rir. Que fazer com
ela? Nunca mais saberiam estar juntos
como naquele dia.
56
UMA IDEIA TODA AZUL
Sentado na beira da cama, o rei chorou
suas duas últimas lágrimas, as que tinha
guardado para a maior tristeza. Depois,
baixou o cortinado e, deixando a ideia
adormecida, fechou para sempre a porta.
(COLASANTI, Marina. “Uma ideia toda azul”. In: Uma
ideia toda azul. São Paulo: Global Editora).
EF-4A-1B-PORT
57
VERBO-COMANDO
VERBO-COMANDO
CITAR
COMPARAR
TRANSCREVER
SIGNIFICADO
Indicar exemplos,
situações.
Aproximar coisas, seres
e ideias para achar suas
semelhanças e
diferenças
Copiar trechos ou
expressões do texto.
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IV. PROJETOS DE LEITURA
5) ERA UMA VEZ...
Revista Vida Simples, Abril 2007, Ed 52
59
IV. PROJETO DE LEITURA
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IV. PROJETO DE LEITURA
SUGESTÕES
1)LEITURA AUTÔNOMA
2)LEITURA COLABORATIVA
3)CONTATO FÍSICO COM O LIVRO
4)LEITURA DA CAPA
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SUGESTÕES DIDÁTICAS DE
LEITURA
Leitura autônoma
Consiste na oportunidade de o aluno poder ler, de
preferência silenciosamente, textos para os quais já
tenha competências desenvolvidas. O aluno precisa,
gradativamente, tornar-se, um leitor independente,
que pouco precisa da mediação do professor para
formar suas hipóteses. Por meio dessa prática, o
aluno tende a aumentar a confiança que tem em si
como leitor, encorajando-se para aceitar desafios
mais complexos.
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SUGESTÕES DIDÁTICAS DE
LEITURA
Leitura colaborativa
Trata-se de uma atividade na qual o
professor lê um texto com os alunos,
focando o interesse para os índices
linguísticos que sustentam os sentidos
atribuídos ao texto.
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O FANTÁSTICO MISTÉRIO DE
FEIURINHA
“CAPÍTULO ZERO
Quase todas as histórias antigas que você leu
terminavam dizendo que a heroína se casava com o
príncipe encantado e pronto. Iam viver felizes para
sempre e estava acabado. Mas o que significa “viver
feliz para sempre”?Significa casar, ter filhos, engordar
e reunir a família no domingo pra comer
macarronada? Quer dizer que a felicidade é não viver
mais nenhuma aventura? Nada mais de anõezinhos,
maças envenenadas e sapatinhos de cristal? Como é
que alguém pode viver feliz sem aventuras?
64
O FANTÁSTICO MISTÉRIO DE
FEIURINHA
Ah, não pode ser! Não é possível que heróis e
heroínas tão sensacionais tenham passado o resto da
vida assistindo ao tempo passar feito novela de
televisão. É preciso saber o que acontece depois do
fim. Pois fique sabendo que, mesmo sem querer, eu
tive essa oportunidade. E é isso que eu quero contar
para você. Quando aconteceu? Também é difícil
responder a essa pergunta. Quando aconteceram as
histórias de fadas e princesas? Olha, eu acho que
todas começaram ao mesmo tempo, porque todas
começam assim:
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O FANTÁSTICO MISTÉRIO DE
FEIURINHA
Era uma vez, há muitos, muitos anos atrás...
Está vendo? Nenhum muito a mais, nem um muito a
menos. Assim, fica provado que todas as histórias
começaram ao mesmo tempo. E, se todas
começaram ao mesmo tempo, todas terminaram
também mais ou menos ao mesmo tempo, não é?
Pois foi justamente alguns anos depois de há muitos,
muitos anos atrás que esta história começou, ou que
todas as outras histórias recomeçaram. Comigo no
meio...”
(BANDEIRA, 1999, p. 9-12)
66
O FANTÁSTICO MISTÉRIO DE
FEIURINHA
CAPÍTULO ZERO E TRÊS QUARTOS
Em histórias de fada, esse negócio de tempo não tem
a mínima importância. Por isso, em um minuto as
princesas já estavam chegando ao castelo de Dona
Branca Encantado. A primeira a chegar foi...
- A Senhora Princesa Cinderela Encantado! –
anunciou o lacaio Caio, que também já estava de
volta de sua cavalgada de um minuto a todos os
reinos encantados.
- Ai, ai, ui, ui...
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O FANTÁSTICO MISTÉRIO DE
FEIURINHA
Dona Cinderela Encantado entrou mancando e logo
procurou uma cadeira. Tirou os sapatos e soltou um
uf de alívio, enquanto mexia os dedinhos dos pés
para reativar-lhes a circulação.
- Esses sapatinhos de cristal estão me matando! Já
estou cheia de calos...
Dona Chapeuzinho olhou com inveja para os
sapatinhos enquanto Dona Branca vinha dar as boasvindas à cunhada.
- Cinderela, que bom que você veio! Puxa, você
também está esperando nenê?
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O FANTÁSTICO MISTÉRIO DE
FEIURINHA
- Estou. Para o mês que vem...
- Pois é. Na próxima semana eu e o Príncipe
Encantado vamos fazer Bodas de Prata. O nenê vai
nascer um pouco depois.
- Outra coincidência! Eu também vou fazer Bodas de
Prata na semana que vem!
- Só eu que não vou fazer boda nenhuma... – suspirou
Dona Chapeuzinho. Dona Cinderela ajeitou os cabelos
louros que ajudavam a esconder os fios brancos. No
olhar, tinha uma expressão provocativa.
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O FANTÁSTICO MISTÉRIO DE
FEIURINHA
- É...Infelizmente em nossas histórias tem uma ou outra
coincidência...
- Espere aí! – protestou Dona Branca, aceitando a
provocação. – Não me venha comparar as bobagens da
sua história com as emoções da minha. Na minha
história...
- Tem muito mal gosto! – cortou Dona Cinderela. –
Onde já se viu ficar morta anos e anos ao relento! Aí
vem o Príncipe Encantado dar um beijo numa defunta
que está morta e esticada há anos e anos!
70
O FANTÁSTICO MISTÉRIO DE
FEIURINHA
E depois, se muitos e muitos anos se passaram, o teu
príncipe já devia estar velho como uma múmia. Até que
combinaria, não é? Uma múmia beijando a outra...Que
mau gosto!
- Calma, meninas... – interveio Dona Chapeuzinho.
- Mau gosto? – Dona Branca ficou furiosa. – Ora, você
não sabe que, nos contos de fada, anos e anos passam
em um minuto? Que é só virar a página?
- Mesmo assim! – continuou Dona Cinderela. – Beijar
um defunto na boca é de muito mau gosto. Parece até
71
história de vampiro...
O FANTÁSTICO MISTÉRIO DE
FEIURINHA
- Ah, é, queridinha? – Dona Branca já estava de pé e
o sangue avermelhava-lhe as faces brancas como a
neve. – E a sua história, hein? Quer mau gosto maior
do que o Príncipe ficar experimentando o sapatinho
de cristal no chulé de todas as mulheres do reino? Se
ele estava tããããão apaixonado, não era capaz de
reconhecer a dona do chulé certo simplesmente
olhando para sua cara?
- É que o príncipe é meio míope, coitadinho...defendeu-se Dona Cinderela.
- Quem é que é meio míope? – ofendeu-se Dona
Branca. – O Príncipe Encantado meu marido?
72
O FANTÁSTICO MISTÉRIO DE
FEIURINHA
- Não, sua idiota! O Príncipe Encantado, meu marido!
- Tinha de ser míope mesmo, pra casar com uma
sirigaita como você!
- Branca! Cinderela! – acudiu aflita Dona Chapeuzinho.
- Não briguem, meninas!
Dona Cinderela levantou-se, ofendidíssima.
- Você...você não é branca como a neve coisa
nenhuma! Você é branca como um defunto fedorento!
Dona Branca avançou fuzilando de ódio, disposta a dar
um pisão no pé descalço de Cinderela.
73
- Sua...sua Gata Borralheira!
O FANTÁSTICO MISTÉRIO DE
FEIURINHA
Aquela era a maior ofensa que alguém poderia fazer a
Cinderela:
- O quê? Repita isso!
- Repito sim: Gata Borralheira!
-Defunta!
- Borralheiríssima!
- Vampira!
- Borralheirona toda borrada!
-Cadavérica!
- Calma, meninas!
74
O FANTÁSTICO MISTÉRIO DE
FEIURINHA
Como você vê, a discussão já não estava mais
naquele nível elegante que se espera de duas
senhoras princesas de fino trato. Dona Cinderela já
empunhava o sapatinho de cristal, disposta a dar uma
sapatada na amiga. Por sorte, naquele momento
apareceu o lacaio Caio, anunciando:
- A Senhora Princesa Rapunzel Encantado!
Quando Dona Rapunzel Encantado entrou no salão
de mármore e veludo arrastando cinco metros de
trança, as princesas já estavam recompostas e nem
parecia que tinham discutido ferozmente ainda há
pouco. [..]
75
O FANTÁSTICO MISTÉRIO DE
FEIURINHA
Dona Rapunzel também entrou se lamentando. Trazia
uma bolsa de gelo que comprimia contra a testa o
tempo todo.
- Não aguento mais de dor de cabeça! Ai, que dor de
cabeça! O Príncipe...
- O Príncipe? Que Príncipe? – perguntou Dona
Branca.
- O Príncipe Encantado, meu marido.
- Ah...
- Pois é por causa dele que eu estou com essa dor de
cabeça. Toda noite ele esquece a chave do castelo e
cisma de entrar em casa subindo pelas minhas
76
tranças.
O FANTÁSTICO MISTÉRIO DE
FEIURINHA
Chapeuzinho suspirou, pegando suas pequeninas
tranças:
- Quem me dera eu tivesse um príncipe para subir
pelas minhas tranças! Quem sabe, o Pequeno
Polegar...
Dona Rapunzel sentou-se e colocou a bolsa de gelo
sobre a cabeça como se fosse um chapéu.
- Mas o pior é o ciúme dele. Vive brigando comigo
porque diz que eu ando jogando as tranças pra todo
mundo...
-Coitadinha...
-Coitadinha...
77
-Coitadinha...
O FANTÁSTICO MISTÉRIO DE
FEIURINHA
- E logo agora que eu e ele vamos fazer Bodas de
Prata...
- Que coincidência!
- Que coincidência!
- Humpf...
-...e estou esperando nenê para o mês que vem!
- Que coincidência!
- Que coincidência!
- Ai, ai! Só eu não faço boda nenhuma e não espero
nenê nenhum...
(BANDEIRA, 1999, p. 23-30).
78
IV. PROJETO DE LEITURA
SUGESTÕES – CONTINUAÇÃO...
5) ORALIDADE
• O modo como são caracterizadas as personagens dos Contos
de Fadas. O que o autor acrescenta a elas nesse livro?
• A defesa que cada Princesa faz de sua própria história. Há
algum Conto de Fadas de sua preferência? Por quê?
• O que significa o “desaparecimento” de Feiurinha?
• Princesas e Príncipes: quem aparece mais?
• A história de Feiurinha. Será que essa história tem as mesmas
características de um conto de fadas? Justifique seu ponto de
vista.
79
IV. PROJETO DE LEITURA
SUGESTÕES – CONTINUAÇÃO...
5) ORALIDADE
•
•
•
•
•
•
Brincadeiras com as palavras, brincadeiras com elementos dos contos. Em
algum momento, você achou viu graça nesses “truques”, nesses recursos
usados pelo autor?
O título dos capítulos: por que será que o primeiro capítulo se chama “Zero”
e o último, “Um”?
Como o narrador, que é um escritor, fala sobre o ato de escrever.
Escrever é um modo de fazer com que algo seja “eterno”?
Você gostou de algo que não tenha sido citado aqui? O quê? Nada disso
lhe chamou a atenção?
Em algum momento, a leitura lhe provocou alguma emoção? Alguma
lembrança? Alguma reflexão diferente?
80
IV. PROJETO DE LEITURA
SUGESTÕES – CONTINUAÇÃO...
6) TRADIÇÃO ORAL E MEMÓRIA
• Reconhecimento oral dos contos
• Atividade: contar a alguém a história de Feiurinha para que ela
também fique eternizada
• Escrever alguma memória pessoal
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IV. PROJETO DE LEITURA
SUGESTÕES – CONTINUAÇÃO...
7) GÊNEROS TEXTUAIS
•
•
•
•
•
•
Cartaz de “Procura-se”
Notícia
Anúncio publicitário
Coluna social
Paródia
Carta argumentativa
82
•Paródia;
IV. PROJETO DE LEITURA
83
http://4.bp.blogspot.com/_jOSx2tnixxc/SiFibXfnmJI/AAA
AAAAAHLg/JcGAHEFM_rI/s400/ariele.jpg
IV. PROJETO DE LEITURA
CARTAZ DE “PROCURA-SE”
Enquanto não se descobre o mistério de Feiurinha, é possível,
criar um cartaz de “Procura-se”. para tentar achar a
personagem “desaparecida”. Nesse texto, é importante
constar:
• A foto, um retrato-falado ou qualquer ilustração da
personagem “desaparecida”;
• Informações precisas e concisas sobre ela;
• Divulgue o cartaz nos lugares públicos, onde há grande
circulação de pessoas.
84
IV. PROJETO DE LEITURA
NOTÍCIA
•
•
•
•
Outro meio de divulgação do “desaparecimento” da personagem é o jornal.
Uma princesa “desaparecida” é um fato que vira notícia de interesse de
todo o reino. E você é o jornalista que vai apurar o fato e noticiá-lo ao leitor.
Vá por etapas:
Apuração: O quê aconteceu (fatos)? Com quem (personagem)? Quando
(tempo)? Onde (lugar)? Como? Por quê?
Redação da notícia: elabore o lead, ou seja, um resumo com as respostas
dadas às questões feitas na fase da apuração. Isso deve aparecer no
primeiro parágrafo. Agora, faça o corpo do texto, ou seja, desenvolva aquilo
que você apontou no lead;
Use verbos na 3ª pessoa do singular.
O título deve ser curto e objetivo.
85
IV. PROJETO DE LEITURA
•
•
•
•
ANÚNCIO PUBLICITÁRIO
ETAPAS
Definição de público-alvo
Definição do meio de transmissão: rádio,
cartaz, outdoor, folheto, jornal, revista, internet
Criação do texto verbal
Seleção de fotos, imagens, sons, músicas,
animações
86
IV. PROJETO DE LEITURA
Anúncio comercial (divulga e oferece um produto
ao consumidor)
Pense nos objetos mágicos presentes nos contos
maravilhosos. Seria fantástico poder tê-los e usá-los, não é?
Imagine:
• Varinha de condão da Fada Madrinha de Cinderela: com
esse objeto mágico, a Fada Madrinha transforma uma
maltrapilha, a Gata Borralheira, em uma luxuosa moça, a
Cinderela; ratos, em cocheiros; abóbora, em cavalos! E você,
o que faria com uma varinha de condão? Pense nas inúmeras
possibilidades que ela lhe daria. A partir disso, tente vendê-la,
atraia seu consumidor.
87
IV. PROJETO DE LEITURA
Anúncio comercial (divulga e oferece um
produto ao consumidor)
Espelho Mágico: um espelho que responde às
indagações de seu dono é um verdadeiro “achado”
comercial. O dono questiona, o espelho responde...E
se a resposta desagradar? E se o espelho for sincero
demais? Esse dado pode constar no seu texto, se
você quiser, claro.
• Outros objetos dos Contos Maravilhosos: qual é a
sua sugestão?
88
IV. PROJETO DE LEITURA
COLUNA SOCIAL
A coluna social de um jornal ou revista normalmente traz
fotos e informações rápidas sobre a vida pessoal de artistas,
celebridades, políticos, empresários e pessoas públicas.
• Imagine-se um colunista social dos reinos dos contos
maravilhosos. Você é o responsável por dar aos súditos
aquelas informações pessoais sobre os príncipes, princesas e
outros nobres.
• Logo no início do livro, você descobre dados preciosos para
publicar em sua coluna. Quais são esses dados? Descubra-os
e dê essa informação em sua coluna, afinal não é qualquer um
que conhece a intimidade da nobreza...
89
IV. PROJETO DE LEITURA
PARÓDIA
Quem quer casar com a
Dona Baratinha
que tem fita no cabelo
e dinheiro na caixinha...
http://www.contandohistori
a.com/donabaratinha.ht
m.
90
IV. PROJETO DE LEITURA
PARÓDIA
Ressalte as características de Chapeuzinho Vermelho para
atrair a atenção de algum Príncipe Encantado disponível.
•
Planeje seu texto: quais são as características da
personagem a serem divulgadas? Procure encontrar palavras
sugestivas, que atraiam a atenção do pretendente!
•
Para criar a paródia, estabeleça algum tipo de relação com os
versos da história de Dona Baratinha, imitando-os ou mudando
seu sentido original. Lembre-se: faça a paródia de forma
“brincalhona”, pensando também nas rimas, na sonoridade, no
ritmo de seus versos.
91
IV. PROJETO DE LEITURA
PARÓDIA
Ressalte as características de Chapeuzinho Vermelho para
atrair a atenção de algum Príncipe Encantado disponível.
•
Planeje seu texto: quais são as características da
personagem a serem divulgadas? Procure encontrar palavras
sugestivas, que atraiam a atenção do pretendente!
•
Para criar a paródia, estabeleça algum tipo de relação com os
versos da história de Dona Baratinha, imitando-os ou mudando
seu sentido original. Lembre-se: faça a paródia de forma
“brincalhona”, pensando também nas rimas, na sonoridade, no
ritmo de seus versos.
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IV. PROJETO DE LEITURA
CARTA ARGUMENTATIVA
•
•
•
•
Vimos que Chapeuzinho Vermelho quer se casar. E se você tentasse convencer
Chapeuzinho a aceitar sua condição de solteira e ser feliz desse jeito? Quais
argumentos você usaria para isso? Não analise o assunto apenas por um único
ponto de vista. Antes de escrever, pense no lado positivo e negativo dos dois
estados civis (solteira e casada). Atenção: para convencer a personagem, você
deverá mostrar que a vida de solteira pode ser mais interessante para ela, então
evidencie o lado positivo disso, sem desconsiderar o negativo. Pode ser que ela
fique feliz do jeito em que está, sem lamentar-se pela sua solteirice o tempo todo...
Uma carta argumentativa é um bom meio para você atingir seu objetivo.
Lembre-se de:
Indicar local e data, para situar a sua localização;
Referir-se a sua leitora por meio de um vocativo. Por exemplo: “Querida
Chapeuzinho”, “Minha heroína preferida”, “Dona Chapeuzinho”, “Cara Chapeuzinho
Vermelho”. Use vírgula ou dois-pontos depois desse vocativo.
Escrever a carta com seus argumentos.
Fazer uma despedida e colocar a sua assinatura.
93
INTERATIVIDADE
10 minutos
1) Outra sugestão para o trabalho com “Feiurinha”.
2) Comentar o texto abaixo:
Ninguém tem que ser obrigado a ler nada. Ler é um direito de cada
cidadão, não é um dever. É alimento do espírito. Igualzinho a comida.
Todo mundo precisa, todo mundo deve ter a sua disposição – de boa
qualidade, variada, em quantidades que saciem a fome. Mas é um
absurdo impingir um prato cheio pela goela abaixo de qualquer pessoa.
Mesmo que se ache que o que enche o prato é a iguaria mais deliciosa do
mundo. 2. Clássico não é livro antigo e fora de moda. É livro eterno que
não sai de moda. 3. Tentar criar gosto pela leitura, nos outros, por meio de
um sistema de forçar a ler só para fazer prova? É uma maneira infalível de
inocular o horror a livro em qualquer um. 4. O primeiro contato com um
clássico, na infância e na adolescência, não precisa ser com o original. O
ideal mesmo é uma adaptação bem feita e atraente. Entendido isso, há
muitas e variadas razões para que esse contato se faça.
MACHADO, Ana Maria. Como e por que ler os clássicos universais desde cedo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002, p. 15.
94
Referências Bibliográficas
BANDEIRA, Pedro. O Fantástico mistério de Feiurinha. São
Paulo: FTD, 1999.
MACHADO, Ana Maria. Como e por que ler os clássicos
universais desde cedo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002, p. 15.
MANGUEL, Alberto. Uma história da leitura. São Paulo:
Companhia das Letras, 1997, p. 19-20.
www.canaldolivro.com.br
http://www.contandohistoria.com/donabaratinha.htm
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnica.html?id=18637
SLIDES DE COMPLEMENTAÇÃO
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NAVEGAÇÃO EM SITES
www.canaldolivro.com.br
NAVEGAÇÃO EM SITES
http://www.contandohistoria.com
SUGESTÃO DIDÁTICA DE LEITURA
Leitura colaborativa
“É uma excelente estratégia didática para o trabalho de formação de
leitores, principalmente para o tratamento dos textos que se distanciem
muito do nível de autonomia dos alunos. É particularmente importante que
os alunos envolvidos na atividade possam explicitar os procedimentos que
utilizam para atribuir sentido ao texto: como e por quais pistas linguísticas
lhes foi possível realizar tais ou quais inferências, antecipar determinados
acontecimentos, validar antecipações feitas etc. A possibilidade de
interrogar o texto, a diferenciação entre a realidade e ficção, a identificação
de elementos que veiculem preconceitos e de recursos persuasivos, a
interpretação de sentido figurado, [...] alguns dos aspectos relacionados à
compreensão de textos, para os quais a leitura colaborativa tem muito a
contribuir. A compreensão crítica depende em grande medida desses
procedimentos. “(PCN, 1998, p. 72-73).
100
SUGESTÕES DIDÁTICAS DE
LEITURA
Leitura programada
Situação didática adequada para discutir coletivamente uma
obra considerada difícil pelos alunos. O professor define
determinado critério a ser trabalhado e segmenta a obra em
partes em função dele. A partir disso, os alunos leem o trecho
combinado, que será discutido na classe com a mediação do
professor. Durante a discussão, pode-se criar diversas
situações: compreensão e análise do trecho lido, facilitando a
leitura dos trechos seguintes; antecipação de eventuais rumos
que a narrativa possa tomar, criando expectativas para a
leitura de outros trechos; introdução de informações a respeito
da obra, do contexto em que foi produzida, do diálogo que
estabelece com outras.
101

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