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Local Conference Call Localiza Rent a Car Resultados do Terceiro Trimestre de 2015 23 de Outubro de 2015 Boa tarde, e sejam bem-vindos à teleconferência da Localiza Rent a Car referente aos resultados do 3º trimestre e de 2015. Estão presentes, o Sres. Roberto Mendes, CFO e Nora Lanari, Diretora de Relações com Investidores. Informamos que os valores desta apresentação estão em milhões de Reais e baseados em USGAAP até 2010 e em IFRS a partir de 2011. Todos os participantes estarão apenas ouvindo a teleconferência durante a apresentação da Companhia, que será gravada. Em seguida iniciaremos a sessão de perguntas e respostas para analistas e investidores, quando mais instruções serão fornecidas. Caso alguém necessite de alguma assistência durante a conferência, por favor, solicite a ajuda de um operador, digitando *0. O áudio e os slides dessa teleconferência estão sendo apresentados simultaneamente pela Internet no endereço www.localiza.com/ri. Neste endereço pode ser encontrada a respectiva apresentação para download, que pode ser acessada ao se clicar no banner “Webcast 3T15”. Antes de prosseguir, gostaríamos de esclarecer que eventuais declarações que possam ser feitas durante essa teleconferência, relativas às perspectivas de negócios da Localiza, metas operacionais e financeiras, constituem-se em projeções da Diretoria da Companhia, que podem ou não ocorrer. Investidores devem compreender que condições macro econômicas e outros fatores operacionais podem afetar o futuro da Companhia, e conduzir a resultados materialmente diferentes daqueles expressos em tais considerações. Para abrir a teleconferência do 3º trimestre e de 2015, passo a palavra para o CFO, Roberto Mendes. Roberto: Boa tarde a todos e obrigado pela presença. Nesse trimestre as agências de rating Standard&Poor’s e Fitch reafirmaram o grau de investimento da Localiza, mesmo depois do rebaixamento do rating soberano e perda do grau de investimento pelo Brasil. A Standard&Poor’s ainda informou que as Companhias que mantiveram o rating acima do soberano foram submetidas a rigorosos testes de estresse. Além de S&P e Fitch, a Localiza possui o grau de investimento também pela Moody’s. 1 Os ratings de crédito atribuídos à Companhia são resultados da sua disciplina na gestão de caixa e de dívida, além da flexibilidade e capacidade já demonstrada pela Localiza de sair fortalecida em cenários econômicos e políticos adversos como o que o Brasil vive atualmente. No slide de # 3, apresentamos alguns destaques do 3T15 e 9M15: A margem EBIT da divisão de aluguel de carros se manteve estável e o da divisão de aluguel de frotas apresentou crescimento no acumulado dos noves meses de 2015, quando comparada com o mesmo período de 2014. O lucro foi de R$102,9 milhões, 1,0% acima do 3T14, maior que o do 1º e 2º trimestres deste ano. Para apresentar os resultados do 3º trimestre de 2015, passo a palavra para a Diretora da área de Relações com Investidores, Nora Lanari. Nora: Boa tarde a todos e obrigada pela presença. No slide de #4, apresentamos a evolução do volume e receita da Divisão de Aluguel de Carros. Nos 9M15, a queda na receita líquida foi de 3,1% em função da redução de 0,5% no volume de diárias e de 3,1% na diária média, comparada ao 9M14. No 3T15, a receita líquida desta divisão apresentou queda 2,5% quando comparada ao 3T14, em função da redução da diária média em 2,6%. O volume de diárias permaneceu estável quando comparado ao ano anterior, com melhora na margem se comparada aos volumes do 1T15 e 2T15. No slide de #5, apresentamos a evolução da tarifa média da Divisão de Aluguel de Carros. O estímulo à demanda com tarifas promocionais no atual cenário macroeconômico e competitivo resultou em redução da tarifa média no 3T15 quando comparada com o mesmo período do ano anterior. O aumento da tarifa média no 3T15 com relação ao 2T15 se deve principalmente ao aumento da participação de segmentos com maior tarifa no mix, mesmo com o viés promocional. No slide #6 apresentamos a evolução da taxa de utilização da frota do Aluguel de Carros No 3T15, a taxa de utilização na Divisão de Aluguel de Carros foi de 70,7%, 2 2,0p.p. acima da taxa do 3T14 e 1,7p.p. acima do 2T15 reforçando a disciplina da Companhia no ajuste da frota após a antecipação oportunistica de compra de carros no 4T14, antes do aumento do IPI, e o seu comprometimento na busca da produtividade e alocação eficiente de capital. No próximo slide, de #7, apresentamos a evolução do número de agências de aluguel de carros. 17 novas agências próprias e franqueadas foram adicionadas a rede, totalizando 557 agências no Brasil e em outros 7 países américa do sul. No próximo slide, de #8, apresentamos os volumes e receitas da Gestão de Frotas. No 3T15, a receita líquida da Divisão de Gestão de Frotas cresceu 8,5% devido ao aumento de 5,5% no volume de diárias e aumento de 1,4% no valor da diária média, comparados ao 3T14. No próximo slide, de #9, apresentamos a evolução da receita contratada da Gestão de Frotas. O crescimento da receita contratada em 22,3% no trimestre apresentado é reflexo da sinergia da plataforma, inteligência comercial e exploração das oportunidades do mercado. A receita contratada atingiu R$885,8 milhões em 30/09/2015. No slide # 10, apresentamos a evolução do investimento líquido em frota. No 3T15, foram comprados 15.521 carros e vendidos 15.738. Mesmo com a redução de 217 carros no trimestre houve um investimento de R$36,8 milhões em função de mudança de mix principalmente na Divisão de Gestão de Frotas. O slide #11 apresenta a evolução da frota de final de período. A frota corporativa da Divisão de Aluguel de Carros apresentou aumento de 0,9% com relação à frota do 9M14. Quando comparado com o final de 2014, foram reduzidos cerca de 6.500 carros para ajustar o tamanho da frota a demanda pelo aluguel. No final de 2014 foi antecipada a compra de 7.600 carros para evitar o aumento dos preços em função do IPI. No final de setembro, a frota totalizava 117.449 carros sendo 104.274 da Companhia e 13.175 dos seus franqueados. O slide #12 apresenta a evolução da receita líquida consolidada. 3 No 3T15, a receita líquida consolidada caiu em 2,9%. A receita de aluguel cresceu 0,8% em relação ao 3T14, resultado do aumento de 8,5% na Gestão de Frotas que compensou a queda de 2,5% na receita do Aluguel de Carros. A receita líquida do Seminovos apresentou queda de 6,2% no 3T15, quando comparada ao 3T14, devido a redução de 16,4% na quantidade de carros vendidos, parcialmente compensada pelo aumento de 12,1% no preço médio. No slide #13 apresentamos a evolução do EBITDA. No 3T15, o EBITDA consolidado totalizou R$238,8 milhões, 1,1% abaixo do mesmo período do ano anterior. A margem EBITDA na Divisão de Aluguel de Carros ficou em 32,4% no 3T15, aumento de 2,4p.p. com relação à margem do 2T15. O SG&A dessa Divisão no terceiro trimestre do ano passado foi impactado positivamente em R$7,0 milhões em função da alteração do critério de apropriação das despesas do overhead também para o Seminovos, conforme divulgado no 3T14. Na Divisão de Gestão de Frotas, a margem EBITDA ficou em 62,6% no 3T15, aumento de 1,5p.p. com relação ao 3T14. A margem EBITDA do Seminovos no 3T15 ficou em 7,5%. Esta margem decorre do aumento do preço de venda dos carros seminovos em função da atual prática de aumento do preço de carros novos pelas montadoras que reflete no preço dos carros seminovos, somado à expertise da companhia na compra e venda dos carros. No slide # 14, apresentamos a depreciação média por carro na divisão de Aluguel de Carros. Nos 9M15, a depreciação anualizada por carro foi de R$558, enquanto em 2014 era de R$1.270. A redução da despesa de depreciação com relação ao ano anterior decorre do aumento dos preços dos carros novos em função da inflação, retorno da alíquota do IPI e aumento dos custos da indústria, o que acaba refletindo no aumento do preço de carros seminovos. No slide #15, em que apresentamos a depreciação média por carro da Gestão de Frotas. Na Divisão de Gestão de Frotas a depreciação anualizada por carro nos 9M15 foi 4 de R$3.921, queda de 6,7% com relação à depreciação de 2014. No slide #16 apresentamos a evolução da margem EBIT. Mesmo no cenário adverso de 2015 a Localiza apresentou crescimento de R$11,5 milhões no EBIT no 3T15. A queda de R$2,7 milhões no EBITDA foi mais que compensada pela redução de R$14,2 milhões na despesa de depreciação. No slide #17, apresentamos a evolução do lucro líquido. O aumento de R$11,5 milhões no EBIT foi compensando pelo aumento de R$17,3 milhões nas despesas financeiras em função de: (i) Aumento do CDI que passou de 11,0% para 14,25%, (ii) R$2,1 milhões de PIS/COFINS sobre receita financeira e (iii) R$10 milhões de débito de marcação a mercado de contrato de Swap para proteção de empréstimo em moeda estrangeira. Essa despesa de marcação a mercado não será incorrida pela Companhia uma vez que o swap será liquidado no vencimento da operação de empréstimo que tem custo de 102,7% do CDI. O valor presente de mercado do swap convergirá para o mesmo valor do empréstimo no vencimento dos contratos. Por outro lado, a despesa de imposto de renda foi menor em R$6,8 milhões se comparada ao mesmo trimestre do ano passado em função principalmente do aumento da taxa de juros de longo prazo (TJLP) que aumentou o valor de juros sobre capital próprio, reduzindo a base de cálculo do imposto de renda. Dessa forma, mesmo no cenário de aumento das taxas básicas de juros o lucro líquido cresceu 1%, alcançando R$102,9 milhões no 3T15. No slide de #18 apresenta o fluxo de caixa livre. No acumulado dos nove meses de 2015 a Companhia apresentou fluxo de caixa livre antes de juros de R$193 milhões. No slide de #19 apresentamos a movimentação da dívida no período. O aumento da dívida líquida em R$103 milhões se deve a recompra de ações e ao pagamento de dividendos e JCP, que aumentou em decorrência da elevação da TJLP de 5% para 6,5%. Nesse trimestre foram recompradas 720 mil ações ao preço médio de R$23,23. 5 No próximo slide, de #20 apresentamos os ratios de dívida, que refletem a disciplina financeira da Companhia. A Companhia mantém confortáveis indicadores de endividamento. A Localiza está preparada para passar por este período de crise política e econômica no Brasil e capturar as oportunidades de mercado. No slide #21, apresentamos a posição de caixa e o cronograma de amortização do principal da dívida. A forte posição de caixa e o perfil de dívida coloca a Companhia em uma posição muito confortável em relação aos principais competidores. Essa disciplina financeira refletiu na manutenção do Investment Grade pela Standard&Poor’s, Fitch Ratings e Moody´s mesmo após o rebaixamento do rating soberano. No slide #22 verifica-se que mesmo com a adoção de novas políticas comerciais mais agressivas e um cenário econômico adverso a Companhia adicionou valor para os acionistas, com um ROIC de 16,3%. Passamos agora para a sessão de perguntas e respostas. Sessão de Perguntas e Respostas Operadora: Senhoras e Senhores, iniciaremos agora a sessão de Perguntas e Respostas. Para fazer uma pergunta, por favor, digitem * 1. Para retirar a pergunta da lista digitem * 2. Nossa primeira pergunta vem de Gustavo Gregory, HSBC. Sr. Gustavo: Bom dia Nora, bom dia Roberto. Eu tenho 2 pergunta. A primeira pergunta seria se vocês conseguem dar um pouco mais de detalhe de como está evoluindo o segmento diferente dentro do rent a car entre pessoa física, pessoa jurídica. E a segunda pergunta seria: Este tri a gente viu uma queda de novo no volume de vendas de seminovos. O que eu queria ver com vocês é se vocês enxergam algum risco deste volume continuar caindo ou algum risco da Localiza tem que diminuir o spread entre os seminovos e os novos para conseguir manter um volume adequado de renovação ano que vem? Sra. Nora: Gustavo, obrigado pela pergunta. Com relação à primeira, detalhes de como variam os segmentos do rack, a gente não dá muita abertura para isto, mas 6 o que a gente tem visto, de fato, é que os segmentos corporativos eles têm sofrido mais neste cenário macro econômico adverso. O segmento de lazer ele tem se beneficiado, um, do estímulo de demanda via tarifa que nós temos implementado via yield management e também pelo fato de o câmbio estar ajudando em termos de viagens; menos viagens para fora e mais viagens aqui no Brasil. Então, esse segmento tem se beneficiado mais no ano de 2015. Bom, com relação à segunda pergunta, queda no volume de seminovos e potencial impacto disto no spread entre seminovos e novos, o que a gente tem visto, Gustavo, na verdade, o volume de novos vem caindo forte no país, as montadoras têm repassado isso para preço e à medida que as montadoras repassam isso para preço a gente conseguir puxar o preço dos nossos seminovos, sim. O que tem acontecido é que o macro tem se deteriorado e os volumes de venda arrefeceram um pouco. De qualquer forma, a companhia está preparada para a venda dos carros, o volume está ligeiramente abaixo da nossa expectativa, mas nada que afete a idade dos carros vendidos e nada que afete custos e principalmente a satisfação do nosso cliente. Então, a gente acha que vai manter o cronograma de renovação da frota bastante adequado, temos a rede com 76 agências próprias, mas temos uma rede de revendas também que pode ser usada como colchão para fazer esta venda. Portanto, estamos preparados para um cenário mais adverso à frente, que pode ser esperado. Não estamos esperando redução dos spreads. Sr. Gustavo: Nem para este ano nem para ano que vem? Sr. Roberto: Gustavo, a gente acha que o cenário está um pouco mais difícil. A queda de confiança do consumidor está caindo, então, a gente acha que o problema talvez não seja questão de preço, e sim de demanda. Então, temos que nos preparar para um cenário que está vindo. Mesmo que isto aconteça, a gente não acredita que isto impactaria (pelo menos no ano que vem) a depreciação, uma vez que nós temos uma margem um pouco robusta lá na venda dos carros. Então, se eventualmente isto acontecer, poderá ter algum impacto nesta margem, mas quando a gente calcula a depreciação, só para explicar um pouco mais este item, nós estimamos qual seria a depreciação se formos vender os carros hoje ao 7 preço de hoje. Então, a depreciação está dimensionada para este cenário, e os carros novos, ao que tudo indica, deverão continuar subindo. Saiu inclusive uma matéria ontem no jornal o Valor sobre este tema; que as montadoras reafirmaram que os custos têm impactado a produção dos carros e elas têm, então, de repassar este aumento de custos, seja de energia, seja de efeito dólar, seja mão-de-obra e etc. para os preços e preferem reduzir a oferta a ter que promover descontos, e continua aumentando os preços dos carros. Então, o cenário nos parece que é este e tende a prevalecer o ano que vem. Sra. Nora: É, só reforçando aqui, Gustavo, na verdade nós estamos preparados, estamos esperando desafios. Então, esta crise foi anunciada, nos preparamos para ela e continuamos nos preparando, e temos know-how não só na venda, mas na compra de carros também. Então, a resposta é esta: Não estamos esperando flutuação relevante desses spread, não. Sr. Gustavo: Entendi, muito obrigado. Operadora: A próxima pergunta vem de Carolina Azevedo, Banco Votorantim. Sra. Carolina: Olá, olá boa tarde a todos. Na verdade, é o Sami Karlik quem está falando. Olá Roberto e Nora. Na verdade, minha pergunta acabou sendo meio que respondida pela explicação. Na verdade, eu ia perguntar se este nível de depreciação por carro de 473 anualizado, como é que vocês estão enxergando isto para frente, vocês acham que é sustentável? Mas Roberto acabou que meio que falou pouco sobre isto já. Obrigado. Sr. Roberto: Exatamente, este é um assunto que tem sido bastante recorrente esta pergunta, por isto que eu até aproveitei a carona na pergunta anterior e já tentei esclarecer esta dúvida, que ela é geral. Nós estamos com bastante cuidado no cálculo da depreciação, refazemos esta avaliação dos custos fixos, custos variáveis, todo o valor de mercado de todos os carros periodicamente, no mínimo trimestralmente, para que a depreciação esteja bem ajustada para qualquer cenário, e fazendo, então, essas correções devidas. Então, estamos bastante confortáveis com este nível de depreciação que você mencionou. Obrigado. Sr. Sami: Obrigado. Operadora: A próxima pergunta vem de John Millberg, Morgan Stanley. 8 Sr. John: Bom dia a todos e obrigado pelo call. Vocês podem dar um pouco mais de cor sobre a evolução da divisão da gestão de frotas? O volume tem sido bastante resiliente dado o cenário macro. Então, eu queria entender os fatores que têm atrás e o que vocês esperam para frente. Esta seria a primeira pergunta. Sra. Nora: John, obrigado pela presença e pela pergunta. Bom, o cenário macro desafiador ele traz uma oportunidade e um desafio para companhia. Do lado do desafio eventualmente são contas reduzindo demanda em função do macro ruim. Por outro lado a gente consegue perceber um maior apetite de companhias hoje que possuem frota própria para terceirização, eventualmente para liberar um pouco de caixa e de dinheiro com a venda de carro passando a alugar o carro ou terceirizar este carro conosco. Então, a gente tem identificado oportunidade neste sentido, temos usado de inteligência comercial não só na captura dessas oportunidades, como também na precificação dessas oportunidades. Alongamos os prazos dos contratos um pouco para conseguir diluir essa depreciação por 3 anos, os preços baixaram pouquinho (no início do ano você viu isto), sem mencionar que este é um mercado de baixa penetração. A gente estima cerca de 4 milhões de carros em frotas corporativas, sendo que só 440.000 são hoje terceirizados, ou seja, tem um volume de frota própria relevante e o objetivo aqui é capturar pelo menos uma boa parte deste volume. Sr. John: Ok, ficou bem claro. Outra pergunta seria sobre as iniciativas de custo que vocês estavam estudando um tempo atrás. Tem algo de mais visibilidade agora sobre quem seria nesta oportunidade, quando poderíamos ver estas iniciativas implementadas? Sra. Nora: Bom, a gente tem aqui importantes iniciativas de custo, mas estamos em fase de revisar todos os processos da companhia para ver o quê que a gente pode capturar a nosso benefício. Sabemos que o cenário para o ano que vem não é um cenário positivo, a gente vai ter desafios para o ano que vem, então, estamos partindo do pressuposto que a gente tem que melhorar ainda mais a eficiência, produtividade e os nossos processos, John. Infelizmente não temos nenhum número ainda para dar com relação a estas iniciativas. 9 Sr. John: Ok, obrigado. Operadora: A próxima pergunta vem de Marcio Prado, Goldman Sachs. Sr. Márcio: Boa tarde a todos e obrigado pelo call. E eu queria fazer... na verdade, a minha pergunta é um follow-up da pergunta anterior, era onde eu ia... sobre a gestão de frotas. Eu queria entender um pouco melhor, no slide 9, Nora, tem aí a evolução da receita contratada mostrando uma evolução de 22%, e a receita realmente realizada aí tem crescido aí também fortemente, mas mais aí 7, 8 ou 9%. Eu queria entender um pouco melhor este gráfico da página 9, qual que é a defasagem, em quanto tempo mais ou menos a receita contratada ela, de fato, se torna receita realizada e contabilizada? Tentar antecipar uma quantidade melhor aí na unidade de gestão de frotas. Obrigado. Sra. Nora: Márcio, obrigada pela pergunta. O que a gente vê aqui, a receita contratada no terceiro trimestre de 2014 724 milhões e hoje esta receita contratada em R$875,8 milhões. Lembre-se que a gente assinava contratos ali variando de 2 a 4 anos, a maioria estava entre 2 e 3 anos e a tendência desses contratos é migrarem mais para 3 anos, o que nos garante um streamline de receita maior para frente. Não significa que estes 22% vão ser realizados em 3 anos. Sr. Márcio: Entendi, mas, assim, uma conta bem simplificada, né, supondo que você não tivesse novos contratos – bem simplificada, só para pegar o sentido, por exemplo, dos R$85 milhões, vamos dizer, 900 milhões – se na média eles fossem realizados em 3 anos teria R$300 milhões por anos mais ou menos de receita. Faz sentido isto? Sr. Roberto: Não, não, é um pouquinho assim... porque é até 3 anos, acho que foi o que a Nora quis dizer, está certo, porque têm contratos que já foram assinados há 3 anos atrás, né, que eu vou praticamente realizar em um ano, e têm contratos que eu assinei agora e que eu vou realizar daqui 3 anos. Então, se fizesse uma conta assim meio rápida seria um ano e meio, né. Sr. Márcio: Então, Roberto... um ano e meio, é. Se você usasse um ano e meio, assim, daria alguma coisa tipo 600 milhões, né, mais ou menos? Sr. Roberto: É, exatamente. Sr. Márcio: Tá bom, obrigado. 10 Operadora: A próxima pergunta vem de Leandro Fontanezzi, Bradesco BBI. Sr. Leandro: Oi pessoal. Eu queria explorar um pouquinho mais, se possível, a parte de depreciação. Então, se a gente for olhar na parte de rent a car teve um aumento de 16% na depreciação trimestre a trimestre, né, só que a forma como eu entendo a depreciação seria a função entre o preço de compra e o preço de venda. Então, olhando ano passado, no terceiro trimestre de 2014, eu acredito que vocês ainda estavam trabalhando com bons descontos nas montadoras, né, que era antes do aumento do IPI. E olhando agora o preço de venda subiu 4% trimestre a trimestre. Então, eu queria entender qual foi a causa deste aumento de depreciação, e se isso tem a ver um pouco com o aumento da idade média dos carros que vocês venderam, que subiu 7% trimestre a trimestre, se isto impacta de alguma forma ou se vocês achavam que o preço de venda estaria ainda melhor do que foi? Sr. Roberto: Leandro, obrigado pela pergunta. Analisar apenas um trimestre não significa nenhuma pendência, porque às vezes em determinado trimestre eu posso estar comprando carros de uma categoria superior ou inferior e isto afetar a depreciação daquele trimestre. Então, às vezes uma análise de uma depreciação tem que olhar um período um pouco mais longo. Em respeito a sua pergunta da idade, não, vender um carro com 13 meses ou 14 meses o preço de venda é o mesmo, não afeta o preço de venda. Então, não é exatamente este acréscimo de um mês da idade que aumentaria um aumento da depreciação. Então, é uma questão pontual envolvendo mix ou algo assim. Não foi nenhuma mudança de cenário. Por enquanto os preços, até como você viu, subiram 4% neste trimestre, que foi o que você mencionou. Então, não haveria motivo, a princípio, para a gente estar aumentando depreciação se os preços estariam até aumentando, está certo. Então, não é esse... não se conhece nenhuma mensagem que estaríamos querendo dar ao mercado de um cenário deteriorando ou de uma situação diferente do que nós estávamos vindo no trimestre anterior. Esta visão neste trimestre que nós estamos reportando agora é muito parecida com a do trimestre passado. Sr. Leandro: Tá. Então, seria mais uma função do mix mesmo? 11 Sr. Roberto: Sim, é uma questão de mix. Sr. Leandro: Tá. E daí olhando para o quarto trimestre de 2015, no ano passado vocês anteciparam a compra de 7600 carros, então, eu acredito que esta compra foi com um bom desconto, tanto que vocês anteciparam, né, a compra. Então, vocês acham que isto daí pode dar uma segurada na depreciação ou até beneficiar a depreciação quando vocês forem vender os carros agora no quarto tri de 2015 e começo do ano que vem? Sr. Roberto: É, se nós compramos com... se olharmos o ano como um ano todo o aumento foi mais de 10%. Uma parte deste aumento pode ser atribuído por causa dos carros novos e usados, né. Isto pode ser atribuído realmente ao aumento do IPI. Assim que esses carros que chegarem aí aos 12 meses vão ser vendidos, mas isto já está embutido na depreciação, tá certo? Então, quando nós olhamos o valor futuro deste... o valor que nós imaginamos que seja vendido este carro já consideramos uma depreciação menor para estes carros, já que foram comprados com desconto adicional de 4%, vamos dizer assim. Sr. Leandro: Entendi. Obrigado. Operadora: A próxima pergunta vem de Victor Mizusaki, Bradesco BBI. Sr. Victor: Oi, Bom dia. Eu tenho 2 perguntas. A primeira, olhando o site da Localiza, a gente já começa a ver propaganda de locação da Localiza se preparando para começar a alugar BMW e Volvo. Eu queria saber se vocês poderiam dar algum detalhe sobre este produto, como que está a negociação com montadora, a questão de depreciação para este produto como que vocês enxergam. E a segunda pergunta é: Olhando a estrutura de capital da Localiza a gente vê que a empresa tem excesso de caixa, né, mas ao mesmo tempo o investment grade da Localiza dá uma vantagem competitiva aí no setor. Então, eu queria entender para empresa manter o investment grade de repente quanto que a empresa realmente teria de excesso de caixa para de repente pagar um dividendo ou acelerar o programa de recompra? Sra. Nora: Obrigada Victor pela pergunta. De fato, nós compramos alguns Volvos e BMWs, a compra é pequena até porque demanda por este carro é menor, mas é para atender exatamente o segmento executivo. 12 Então, as condições aí boas de compra, estamos com uma expectativa boa para isso, sem mencionar posicionamento de marca, mas o atendimento do nosso segmento corporativo. Com relação à segunda pergunta, o Roberto vai te responder. Sr. Roberto: Bom, Victor, a gente não tem de fórmula de bolo para este assunto do investment grade, mas a gente fez algumas demonstrações de pré-teste para as (0:32:46) que elas ficaram bastante confortáveis quando nós administramos um caixa suficiente para administrar uma eventual deterioração no cenário. Então, o caixa ele dá este conforto. Olhamos o quê que tem de dívida vencendo para frente, porque, como você pode ver lá no slide 21, nós temos 1 bilhão de dívida vencendo para frente, e temos também que olhar o quê que nós temos de fornecedores para pagar – montadoras, no caso, quase 500 milhões. Então, tem que olhar toda esta dívida de curtíssimo prazo, somar a dívida... por exemplo, hoje nós temos aí 500 milhões de dívidas com montadoras, com mais 66 milhões de dívidas de curto prazo a pagar praticamente nós temos o dobro da necessidade de curtíssimo prazo. Então, todo este contexto tem que ser observado, não existe um número mágico. Mas o importante a destacar é quanto custa carregar o caixa eventualmente. O que nós temos feito é buscado aplicações que impactam e reduzem bastante o nosso custo de carregar o caixa, que não poderia ser substituído por evolve, nós já avaliamos, por exemplo, que ficou mais caro do que carregar o caixa. Então, a nossa opção tem sido por esta maneira em buscar aí um... temos uma visão de que este momento que o Brasil está enfrentando vai ser um momento de longo prazo, diferente do que foi em 2008, então, temos que estar preparado para um cenário mais longo do que aconteceu lá em 2008 e 2009, e por isto que esta posição de caixa nos dá este conforto e achamos que ela está adequada. Sr. Victor: Ok, obrigado. Operadora: A próxima pergunta vem de Lucas Barbosa, UBS. Sr. Lucas: Bom dia Roberto, Bom dia Nora. Tenho 2 perguntas aqui do meu lado. Primeiro é um follow-up do que foi discutido aí sobre depreciação em seminovos. Eu só queria entender de vocês o que vocês esperam de margens de seminovos para o ano que vem, se vocês acreditam em uma margem estável, se ela vai normalizar, baixar? Esta é primeira pergunta. Depois eu faço segunda pergunta. Sr. Roberto: A gente não da guidance, você sabe, né, mas a gente tem que trabalhar com cenários. Tudo depende se num cenário em que o mercado de 13 carro novo continua subindo, o mercado de carros de seminovos continua subindo, a margem de seminovos continuará sendo bastante importante num patamar bastante robusto. Se eventualmente o mercado... os carros novos subirem ou se o mercado de seminovos deteriorar bastante aí eventualmente pode impactar um pouco esta margem. Então, este é o cenário que a gente trabalha, mas nós não vamos dar, não é política da empresa dar guidance. Sr. Lucas: Está ótimo. Tranqüilo Roberto, obrigado. E daí minha segunda pergunta é em relação ao volume de car rental, vocês expandiram a rede própria em lojas desde o início do ano e daí eu queria saber se teve alguma compra de franqueado neste tri e também qual que seria o crescimento de same store sales de vocês? Sra. Nora: Lucas obrigada. Dez lojas foram greenfield, então, não teve compra de franqueados. O crescimento same store sales o que você está vendo é um pouco afetado aí principalmente pelos segmentos corporativos, sendo compensado pelo segmento de lazer. As 10 agências novas a maior parte delas foram em cidades menores, então, uma contribuição marginal aí para os nossos volumes. Sr. Lucas: Está ótimo, muito obrigado. Operadora: Próxima pergunta Joe Moura, Bank of America. Sr. Joe: Bom dia, muito obrigado pelo call. Eu tenho 2 perguntas. A primeira é relação a ambiente competitivo. A gente viu, o resultado da Localiza melhorou bem na margem, né, em tarifa, em volume, e a gente sabe que a gente tem um competidor que vem crescendo agressivamente, mas ao mesmo tempo é um competidor que está crescendo muito em ambiente macro difícil e que deve estar sofrendo com esta estratégia da própria Localiza da atividade promocional no segmento de pessoa física. Este é o segmento mais relevante que eles têm, é quase todo do volume deles, e eu imagino que seja bastante impactado também por uma tarifa um pouco mais baixa. Então, a pergunta é: Vocês têm visto, ainda que na margem, o ambiente competitivo melhorar? Ou isto é muito cedo para falar, de repente é uma coisa mais para frente? Esta seria a primeira e eu já faço segunda. Obrigado. 14 Sra. Nora: Joe, obrigada pela pergunta, mas, de fato, a gente vai precisar da divulgação dos concorrentes para a gente entender o quê que está acontecendo com o resultado deles. É difícil hoje te dizer se está ou não mais ou menos agressivo. Nós não temos visto mudança relevante. Vamos esperar os resultados saírem para gente conseguir te responder melhor. Sr. Joe: Tá, tudo bem, tá bom. A segunda pergunta é em relação a preço de compra e preço de venda. Na primeira metade do ano a gente tinha visto que o preço de compra estava subindo bem mais que o preço de venda, né. Agora a gente vê uma reversão disto; o preço de compra cresceu bem menos, acho que cresceu um dígito, e o preço de venda cresceu bastante no ano contra ano. E isto foi o quê? É mix? Você está vendendo um carro um pouco mais caro? A idéia é que se eu olhar no ano, se eu olhar de uma forma anual, isto vá... o seu preço de compra e o seu preço de venda ele vai crescer em níveis parecidos ou não? Eu pergunto por que isto acaba sendo até um indicativo para gente (0:38:11 ininteligível) depreciação na frente, né. Então, é uma coisa que a gente tenta olhar também. Obrigado. Sr. Roberto: Joe, realmente, os preços dos carros flutuam durante o ano. O mercado de carro no início do ano (de carros usados e seminovos) estava mais aquecido. Mas também tem o lançamento de novos modelos e ainda tem a história do mix que você mencionou. Então, é um conjunto de fatores que aqui estão interferindo positivamente ou negativamente no preço médio dos carros vendidos. Sra. Nora: Por isso que a gente sugere, Joe, para olhar para um prazo mais longo; um trimestre não quer dizer muita coisa, como o Roberto mencionou numa das perguntas anteriores. A gente pode receber carros de menor ou maior valor agregado num determinado trimestre impactando muito o preço aí em 1 ou 2 trimestres, e a venda idem. Então, você tem que considerar o seguinte: No início do ano a gente veio comprando carros novos com aumento de preço depois do IPI e estávamos vendendo carros do ano passado, né. Ou seja, a gente tem um lag aí de pelo menos um ano no aluguel de carros e 2 ou 3 anos no fleet. 15 Por isto que a sugestão é: Olha para um prazo mais longo, aí i 9 meses ou 12 meses no aluguel de carros que você vê, pelo menos, uma tendência do preço dos novos e lembra do lag aí no preço dos seminovos. Sr. Joe: Está ótimo. Obrigado. Operadora: A próxima pergunta vem de Bernardo Carneiro, Brasil Plural. Sr. Bernardo: Olá. A minha pergunta é sobre a tarifa média do rack. A gente sabe que tem um efeito de mix, né, mini lease, pessoa física, uma pressão competitiva forte dos concorrentes e a própria empresa (através da sua inteligência competitiva) colocando mais carros em alguns segmentos para aumentar ROIC e aumentar a utilização. Só que a gente sabe também, dado o histórico que vocês divulgam, que tem mais ou menos 2 ou 3 anos que a tarifa não está acompanhando a inflação, quer dizer, seus os custos de aluguel das agências e mão-de-obra e marketing normalmente seguem a inflação, mas a sua tarifa não está subindo com a inflação. A pergunta é: O quê que a gente pode esperar para a gente usar na modelagem nas nossas projeções ano que vem e em 2017, nos próximos 2 anos, em termos de evolução da tarifa, não só reajuste implementados por vocês, aumento, né, mas também efeito de mix? Como é que comporta a tarifa média do rack no ano que vem dado que a gente espera o ambiente competitivo continue e o cenário macro continue piorando, ou pelo menos não melhore? Qual é a visão de vocês na tarifa média do rack? Obrigado. Sr. Roberto: Bernardo, obrigado. Como você sabe, nós temos o principal indicador é o retorno do capital investido e o spread que nós conseguimos em relação ao custo do dinheiro descontando aí o imposto de renda. Então, toda a nossa ação em cima de preço vai depender deste indicador, que é o principal deles, também podendo ser medida aí pelo Ebit, já que ele é uma medição anterior ao ROIC. Então, o Ebit da depreciação este ano tem sido bastante favorável, o que contribui para um Ebit menor mesmo num cenário de aumento de custo e de um cenário de preços mais competitivos. Mas, mesmo olhando, como você mesmo mencionou, neste ambiente mais competitivo, nós conseguimos crescer em segmentos que têm uma tarifa melhor do que aqueles que nós estamos perdendo algum volume, e com isso, então, conseguimos fazer com que a nossa rentabilidade tenha sido até um pouco ou estável ou às vezes até melhorando em relação ao passado. 16 A longo prazo, no seu modelo de longo prazo, não há como imaginar que nunca vai ter aumento de tarifa, mas enquanto nós conseguirmos manter... sermos competitivos com rentabilidade, nós buscaremos esta estratégia, que tem dado certo e temos conseguido crescimento orgânico, não neste ambiente atual, mas crescimento orgânico num ambiente normal, em que o país deve passar daqui a pouco este cenário tão deteriorado. Mas a estratégia nossa é o retorno do capital investido, resumindo a resposta sua. É isto que nós vamos estar sempre buscando. Sr. Bernardo: Mas em termos percentuais você acha, seria otimista já ter aumento da tarifa média no ano que vem, dado que este ano está em torno de zero, né, até uma leve queda? Como que vocês olham para o ano que vem? Vocês vão continuar tentando atrair segmento pessoa física com preços mais baixos? O quê que vocês podem falar de 2016 em termos de tarifa média do rack? Sr. Roberto: Nós não podemos dar este guidance também, né, Bernardo, como nós mencionamos. Mas nós vamos estar focado no retorno, então, vamos ter uma tarifa competitiva e que vai dar um retorno que esteja no nosso alvo. Esta é a nossa estratégia para o ano que vem. Sr. Bernardo: Tá bom, obrigado. Operadora: Próxima pergunta Bruno Amorim, Santander. Sr. Bruno: Bom dia Nora e Roberto. Minha pergunta é um follow-up da pergunta inicial sobre venda de veículos. A gente viu a idade média do veículo vendido passando aí de 14 meses nos períodos anteriores para algo em torno de 15 meses agora. Eu queria saber de vocês o quê que é limite para esta idade média do carro vendido na cabeça de vocês, e a partir de quando o aumento desta idade média passaria a eventualmente impactar custos? A gente viu que esta idade média lá atrás em 2012 chegou a quase 16 meses e vocês não tiveram grandes problemas, né. Então, eu queria entender se este é um número que vocês monitoram e a partir de quando vocês passariam a ter algum tipo de problema, porque aparentemente vocês têm alguma margem de manobra, sim, neste número, né? Obrigado. Sra. Nora: Bruno, obrigada pela pergunta. A gente tem algumas métricas aqui, mas como você mesmo disse, a gente já viu no passado 16 e isto sem impactar resultados. É claro que a gente monitora também a satisfação do nosso cliente, né, agora o giro de estoque é que a gente olha. 17 O que a gente viu ao longo deste ano é que o giro de estoque desacelerou um pouquinho, mas uma parte deste envelhecimento dos carros vendidos ele saiu de 14,3 meses no terceiro trimestre para 15,1 meses é o fato de que o ano passado, só para te lembrar, a gente teve a Copa do Mundo, e aí a gente comprou alguns carros para atender a demanda da Copa do Mundo e a gente não quer desativar estes carros todos de uma vez exatamente para não pressionar preço. Então, a gente está quase que diferindo um pouco essa desativação de frota, o que impacta aí um mês na conta de idade dos carros vendidos sem impacto nenhum no nosso resultado, ligeiramente abaixo da nossa expectativa. De fato, o mercado de seminovos arrefeceu um pouco neste segundo semestre, né – estamos falando especificamente de setembro, foi um mês a mais difícil –, mas nada que mude a nossa expectativa. Este número, só para te lembrar, ele começaria a impactar lá para frente de 18 meses, lá para próximo a 18 meses, que foi o que aconteceu em 2009, você lembra, durante a crise financeira. Sr. Bruno: Perfeito, muito obrigado, Nora. Operadora: A próxima pergunta vem de Renato Salomone, e Itaú BBA. Sr. Renato: Oi Roberto, Nora. Com relação ao yield management, eu queria saber como que está curva de aprendizado desta ferramenta. E na mesma linha, é possível dizer que parte da recuperação sequencial na tarifa média do rack se deve ao ramp-up do yield management junto com a inteligência competitiva? Eu sei que existe um fator mix, mas se já dá para ver o resultado, se já estão colhendo os frutos disto daí? Sra. Nora: Renato, obrigada pela pergunta. Podemos, sim, dizer que já estamos colhendo uns frutos desta estratégia de yield management e da nova ferramenta que nós estamos gozando. A curva de aprendizado é boa, mas a gente já está com o sistema bastante robusto, desenvolvemos aqui os nossos parâmetros, as nossas premissas e temos, sim, colhido bons frutos desta flutuação de preço. Sr. Renato: Legal. Uma próxima pergunta com relação a seminovos: Vocês poderiam comentar como foi o volume mensal de vendas ao longo do trimestre e se, olhando para frente, vocês acham que conseguem manter uma média de vendas mensal em torno de 5000 carros, que eu acho que é uma meta saudável que vocês buscam também, né? Sra. Nora: Renato, na verdade, a média foi muito parecida ao longo do trimestre, um pouquinho pior no último mês do trimestre, e isto está refletido inclusive nas 18 notícias de jornal quando a gente vê o volume de carros usados vendidos aí. O efeito maior foi em setembro, mas que não teve uma flutuação relevante com relação à nossa média mensal. Para frente o que eu te disser vai ser guidance, nós não temos uma política de guidance, mas o nosso objetivo é manter um ritmo de renovação de frota sem deixar que ela envelheça, tá. Então, isto já pode sugerir algum volume razoável de venda ainda para frente. Sr. Renato: Se precisar vocês vão abrir mais ponto de venda de seminovos? Sra. Nora: A gente está com 2 lojas em construção. Obrigado pela pergunta, é um bom ponto aqui. Temos hoje 76 lojas, temos mais 2 em construção fora o nosso canal de distribuição, que está espalhado pelo país inteiro e pode nos servir de colchão se o cenário piorar. Sr. Renato: Está ótimo, obrigado. Operadora: A nossa próxima pergunta, em inglês, vem de Stephen Trent, Citi. Sr. Stephen: Hi, good morning Roberto and Nora. This is (0:48:30 unintelligible) saying for Stephen, thank you for taking my question. Firstly, what are you seeing from the main competitors – I know that you said you are waiting their reports to get published before you can kind of see what's happening, but – do you have any kind of indication on how Movida is continuing to grow – at least they are growing at a very strong pace – and we also heard that their parent company has been able to refinance. Do you have any color on Unidas? And you kind of have any expectations on what they might look like a couple of years from now? That's my first question. Sra. Nora: Kevin, thank you for your question. I’ll have to translate this to Portuguese and you will hear the simultaneous translation here. Só para ter certeza que eu te ouvi bem, a pergunta foi com relação à competição, crescimento de Movida, Unidas e financiamento. Bom, para responder essa pergunta a gente precisa esperar o resultado tanto de Movida quanto Unidas, que devem ser publicados ali ao longo de novembro. O que a gente tem visto, para a gente, é na margem um terceiro trimestre melhor do que o segundo, nós já colhendo frutos em função da nossa estratégia de gestão de receita. Então, muito difícil ainda te falar de um crescimento dos competidores porque a gente ainda não viu os resultados. 19 O que a gente sabe com relação a financiamento, que foi uma outra pergunta sua, é que a gente tem alguns players com perfil de dívida ali bastante concentrados no curto prazo e a gente está vendo um cenário para captação bastante complicado, a alavancagem destes players tende a ser muito mais alto do que a da Localiza, são alavancagem altas, o que dificulta a captação. O Brasil perdeu aí o investment grade, o rating soberano foi rebaixado, isto deve impactar ou pode impactar nos ratings de alguns dos nossos competidores, e o que a gente tem visto é que o mercado de dívida está, de fato, mais complicado. Então, o impacto pode ser relevante aí, especialmente no custo de captação. Pelas captações recentes que a gente monitorou, a demanda vem muito abaixo da oferta, então, isto pode ser um sinalizador de um mercado pouco mais apertado. Operadora: A próxima pergunta vem de Marcos Pinheiro, Opportunity. Sr. Marcos: Boa tarde Nora e Roberto. Eu queria entender, olhando para o fleet, o preço da diária ano contra ano ele subiu só 1,4% nas minhas contas, e a gente sempre acreditou que o preço do fleet ele fosse crescer com a inflação. E neste ano a gente está rodando com uma inflação acima de 9%. Então, eu queria entender porque o preço do fleet não está seguindo a inflação, está tão abaixo da inflação no Brasil? Sra. Nora: Marcos, obrigada pela pergunta. Você tem razão, os contratos vigentes eles vão ser reajustados a inflação, mas você tem que considerar que o crescimento veio relevante aí ao longo deste ano no sentido de novos clientes e também que a gente vem num processo de alongamento do prazo médio dos contratos, exatamente para conseguir uma precificação mais competitiva neste segmento. Sr. Marcos: Entendi, mas o alongamento ele afeta os contratos antigos também e gera a redução de preço dos contratos antigos ou só para os novos? Sra. Nora: Só para os novos. Os contratos antigos eles passam a inflação, assim. E agora, outra coisa, é que isso depende do mix. Então, eventualmente, um exemplo hipotético aqui, se os novos contratos hoje os clientes estão escolhendo carros menos high-end isso obviamente vai ter algum impacto na tarifa média. Então, a tarifa média do fleet ela é muito mais complexa de você entender porque nós estamos falando de uma média. Tem contrato antigo saindo e tem contrato novo entrando a uma nova precificação. 20 Os contratos vigentes passam a inflação e os novos contratos foram alongados, ou vem sendo alongados desde o ano passado, exatamente para aumentar a nossa competitividade em preço. Mas obviamente a tarifa do trimestre ela pode ser impactada pelo mix de carros que está entrando ali dos contratos que a gente ganhou no trimestre. Sr. Marcos: Tá, obrigado. Operadora: Lembrando que para fazer perguntas basta digitar asterisco um. Encerramos neste momento a sessão de perguntas e respostas. Gostaria de passar a palavra a Sra. Nora Lanari para as considerações finais. Por favor, Sra. Nora, pode prosseguir. Sra. Nora: Gostaria de agradecer a todos pela presença em informá-los que nosso departamento de RI está disponível para esclarecer dúvidas adicionais. Obrigada e boa tarde. Operadora: A teleconferência da Localiza Rent a Car está encerrada. Agradecemos a participação de todos e tenham uma boa tarde. 21