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Laboratório de Psicologia, 5(1): 65-80 (2007)
© 2007, I.S.P.A.
Normas de completamento de radicais de palavras
portuguesas
Eduarda Pimentel
Pedro B. Albuquerque
Departamento de Psicologia, Instituto de Educação e Psicologia, Universidade do Minho, Portugal
Resumo
O uso da memória implícita revela-se quando o desempenho numa tarefa é facilitado mesmo na
ausência de recordação consciente da experiência prévia (Graf & Schacter, 1985). Grande parte da
investigação sobre a recuperação não consciente baseou-se na utilização de tarefas de memória
implícita que têm vindo igualmente a ser utilizadas no estudo da produção não consciente de memórias
falsas no paradigma DRM (Deese, 1959; Roediger & McDermott, 1995). Este procedimento
experimental consiste na apresentação de listas de palavras associadas a uma palavra-chave não
apresentada, designada de item crítico, seguida de tarefas de evocação e/ou reconhecimento.
O presente estudo debruça-se sobre a construção de normas de completamento de 223 radicais de
palavras portuguesas, elaboradas a partir de listas de associados criadas de raiz para o contexto
português (Albuquerque, 2005). O material aqui apresentado poderá ser usado em vários estudos,
nomeadamente os que envolvam tarefas de memória implícita de completamento de palavras.
Palavras-chave: Completamento de radicais, Memória implícita, Normas.
Abstract
The use of implicit memory reveals when performance on a task is facilitated in the absence of
conscious recollection of previous experience (Graf & Schacter, 1985). A wide number of research
studies on unconscious retrieval are based on implicit memory tasks. This approach is also used on the
study of unconscious production of false memories in DRM paradigm (Deese, 1959; Roediger &
A primeira autora é bolseira de doutoramento da FCT (SFRH/BD/22832/2005).
A correspondência relativa a este artigo deverá ser enviada para: Pedro B. Albuquerque, Instituto de Educação e Psicologia da Universidade do Minho,
Campus de Gualtar, 4710-057 Braga, Portugal; E-mail: [email protected]
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E. Pimentel & P. B. Albuquerque
McDermott, 1995). This experimental procedure consists on the presentation of associated word lists
to a key word not presented, called critical item, followed by recall and/or recognition tasks. The main
goal of the present study is to obtain Portuguese norms for the completion of 223 word stems,
elaborated from lists of semantic associates created specifically for the Portuguese context
(Albuquerque, 2005). The material here presented can be used in several studies mainly ones with
implicit memory tasks of stem completion.
Key words: Implicit memory, Norms, Stem completion.
Introdução
A investigação sobre a memória implícita remonta aos trabalhos de Hermann Ebbinghaus (1885/1913).
Entre os seus contributos mais marcantes para o estudo experimental da memória humana destaca-se
o alargamento do conceito de memória, ao contemplar não só a recuperação consciente de um evento
passado, mas também a influência não consciente de acontecimentos prévios (Masson & Graf, 1993).
As primeiras demonstrações do fenómeno de memória sem consciência, entendida como a não
consciência relativamente ao recurso da memória na produção da resposta, também designado de
memória implícita, tiveram lugar em pacientes com amnésia anterrógrada, considerados até aí como
incapazes de reter e recuperar experiências recentes.
De entre os estudos pioneiros contam-se os de Warrington e Weiskrantz (1968) com amnésicos
profundos, os quais demonstraram que apesar destes pacientes serem incapazes de reconhecer listas de
palavras ou de figuras previamente apresentadas, registavam um bom desempenho quando a memória
para esse material era testada com base em pistas, isto é, fragmentos de palavras ou de figuras. A
constatação deste efeito em pacientes amnésicos levou ao desenvolvimento de estudos similares em
indivíduos normais. Um deles, conduzido por Jacoby e Dallas (1981), verificou que a manipulação do
nível de processamento produzia diferentes resultados na tarefa de reconhecimento (taxas mais elevadas
de recuperação do material processado a nível profundo) não se observando porém, o mesmo efeito
quando os participantes realizavam uma tarefa de identificação perceptiva na qual eram instruídos a
identificar, o mais rápido possível, palavras que eram apresentadas. Estes resultados apoiavam a
concepção emergente de que a memória explícita e implícita tratavam, efectivamente, de sistemas
mnésicos independentes. Nesta linha, destacamos ainda, o contributo de Tulving, Schacter e Stark (1982)
os quais constataram que a probabilidade de reconhecimento de uma palavra previamente apresentada era
independente da probabilidade de completamento do fragmento dessa palavra com esse mesmo material.
A investigação moderna sobre a memória implícita iniciada na década de 80 do século passado,
ficaria indubitavelmente ligada aos trabalhos de Graf e Schacter (1985) quer com indivíduos normais,
quer com amnésicos. Os resultados dos seus estudos revelaram que estes pacientes demonstravam alguma
recordação da experiência prévia recente quando testados de forma implícita, isto é, sem referência ao
episódio de codificação, observando-se efeitos semelhantes em indivíduos normais (Toth, 2000).
Nos anos subsequentes, esta linha de investigação viria a dar origem a um largo espectro de trabalhos
científicos em torno das semelhanças e diferenças observadas entre memória implícita e explícita,
incidindo sobre o esclarecimento da diferenciação de processos envolvidos em cada um deles. Para esta
diferenciação em muito contribuiu a variedade de tarefas de memória implícita que foram criadas. São
consideradas medidas de memória implícita, aquelas que não envolvem a recuperação consciente do
material previamente apresentado para a execução da tarefa (Graf & Schacter, 1985). Aquilo que distingue
as tarefas de memória implícita e explícita são as instruções, sendo que nas primeiras é solicitado ao
Completamento de radicais
67
participante que realize uma actividade motora, verbal, pictórica ou outra sem referência ao episódio prévio
de processamento (e.g., “complete cada início de palavra com a primeira palavra que lhe ocorrer”), enquanto
que nas segundas a instrução remete explicitamente para o material previamente apresentado (e.g.,
“complete cada início de palavra com as palavras das listas vistas anteriormente”) (Albuquerque, 2001).
Existe uma grande variedade de tarefas de memória implícita podendo estas ser categorizadas: (1)
quanto ao tipo de actividade envolvida aquando da execução da tarefa, isto é, motora, perceptiva, de
avaliação e fisiológica (Richardson-Klavehn & Bjork, 1988); e (2) quanto ao tipo de processamento,
podendo as tarefas ser consideradas de processamento dirigido pelos dados ou pelos conceitos (Roediger
& Blaxton, 1987). De entre as tarefas mais usadas destacam-se as de completamento de radicais1 de
palavras (e.g., MEM____, radical da palavra memória) e as de completamento de fragmentos (e.g.,
M_M_R_A, fragmento da palavra memória). No procedimento geral deste tipo de tarefas os participantes
são expostos a listas de palavras e após a apresentação é solicitado que completem os fragmentos ou
radicais com a primeira palavra que lhes ocorrer. O desempenho traduzirá a recuperação implícita sempre
que este for facilitado pela apresentação prévia do material. Este efeito poderá traduzir-se num menor
tempo de completamento de palavras ou de fragmentos com base nas palavras vistas anteriormente,
relativamente a outras; ou numa taxa mais elevada de completamento com as palavras vistas
anteriormente comparativamente à taxa de completamento com as mesmas palavras quando estas não
foram previamente codificadas. Este efeito é designado na literatura por primação2.
De acordo com Olofsson e Nyberg (1992) embora as tarefas de completamento de radicas de
palavras e de fragmentos se assemelhem, elas são distintas. Para além da tarefa de completamento de
radicais colocar habitualmente menos restrições na sua execução, é frequente os experimentadores
seleccionarem radicais passíveis de completamento com pelo menos dez palavras diferentes. Pelo
contrário, as tarefas de completamento de fragmentos são frequentemente concebidas para terem muito
poucas possibilidades de completamento ou apenas uma. Estas características contribuem para que a
prova de completamento de fragmentos se assemelhe a uma tarefa de resolução de problemas e a prova
de completamento de palavras a uma tarefa de associação livre (Olofsson & Nyberg, 1992).
As tarefas de memória implícita têm vindo recentemente a ser utilizadas no estudo da produção não
consciente de memórias falsas no paradigma Deese-Roediger-McDermott (DRM) (Deese, 1959;
Roediger & McDermott, 1995), que consiste num procedimento experimental concebido para o estudo
de memórias falsas a partir da apresentação de listas de palavras associadas a uma palavra-chave não
apresentada, designada de item crítico, seguida de tarefas de evocação e/ou reconhecimento. Nestes
estudos tem sido privilegiado sobretudo, o recurso a tarefas de completamento de palavras (e.g.,
McDermott, 1997; McKone & Murphy, 2000; Tajika, Neumann, Hamajima, & Iwahara, 2005) e a tarefas
de decisão lexical que envolvem a emissão de um juízo quanto ao estímulo apresentado ser uma palavra
ou uma não-palavra (e.g., Hancock, Hicks, Marsh, & Ritschel, 2003; McKone, 2004; Zeelenberg &
Pecher, 2002).
O presente estudo tem como objectivo apresentar a construção de normas de completamento de
radicais que também possam ser usadas no âmbito da investigação sobre a recuperação não consciente
de memórias falsas no paradigma DRM, dado que partimos de listas de palavras portuguesas
produzidas especificamente para o estudo deste fenómeno (Albuquerque, 2005).
Estas normas foram obtidas com base no completamento de listas de radicais com três letras, que
correspondiam, por sua vez, aos inícios de palavras de listas de associados. Deste modo, foi possível obter
a frequência de completamento de palavras na língua portuguesa sugeridas por determinados radicais.
1 Tradução da expressão inglesa “stem”. Entendem-se por radicais os inícios de palavras, geralmente as primeiras três letras.
2 Tradução da expressão inglesa “priming”.
68
E. Pimentel & P. B. Albuquerque
Método
Participantes
Participaram neste estudo 95 estudantes universitários, dos quais 48 frequentavam a Universidade do
Minho e 47 a Universidade Católica (Braga). A amostra foi constituída por 87,4% indivíduos de sexo
feminino e 12,6% de indivíduos de sexo masculino, sendo as idades compreendidas entre os 18 e os 32
anos (M=21.39, DP=3.04). A colaboração dos participantes foi voluntária e sem qualquer compensação.
Material
O material usado neste estudo foi constituído por listas de radicais de palavras com três letras (e.g.,
LÁB____ de lábio). Os radicais foram criados a partir de 16 listas de associados a uma palavra alvo ou
item crítico, isto é, correspondiam aos inícios de cada palavra das listas de associados que são apresentadas no Quadro 1.
Quadro 1
Listas de Associados
frio
Inverno
neve
casaco
roupa
desconforto
cachecol
arrepio
tremer
agasalho
cama
aquecedor
camisola
chuva
horrível
Chaves
cobertor
constipação
desagradável
Finlândia
luvas
árvore
frutos
folhas
vida
natureza
jardim
oxigénio
grande
floresta
campo
ramos
tronco
Natal
flores
crescimento
maçã
castanheiro
montanha
ninho
planta
subir
lento
rápido
caracol
devagar
tartaruga
vagaroso
preguiçoso
demorado
molengão
lesma
inactivo
irritante
Alentejo
chato
apressado
atrasado
autocarro
burro
defeito
pensativo
ponderado
beijo
carinho
boca
doce
carícia
lábios
namorado
amizade
prazer
abraço
molhado
afecto
sentimento
agradável
delícia
namorar
cumprimento
língua
sabor
adorável
desejo
doce
bolo
açúcar
chocolate
algodão
agradável
saboroso
rebuçado
guloso
sobremesa
gostoso
morango
azedo
delicioso
arroz
apetecível
carinhoso
engorda
fome
meiguice
mousse
cadeira
sentar
mesa
descanso
madeira
banco
conforto
assento
sofá
objecto
pernas
aulas
cansaço
escola
móvel
rodas
baloiço
design
dura
estudo
faculdade
agulha
picada
linha
coser
palheiro
costura
dedal
alfinete
fina
bordar
injecção
roupa
sangue
costureira
espetar
afiada
pico
objecto
pequeno
perigo
tesoura
raiva
ódio
fúria
sentimento
medo
cólera
vacina
angústia
nervos
zangado
violência
agressão
doença
irritação
luta
revolta
gritar
inveja
chateado
descontrolo
desespero
música
alegria
dança
clássica
relaxamento
ouvir
notas
descontracção
cantar
discoteca
rádio
harmonia
canção
divertimento
agradável
arte
ritmo
rock
instrumentos
vida
alto(a)
caneta
escrever
lápis
azul
tinta
papel
esferográfica
preta
estudo
escola
letra
aulas
folha
carta
trabalho
caderno
apontamentos
branca
estudante
instrumento
trabalho
fome
pobreza
sede
miséria
África
tristeza
Angola
guerra
desespero
crianças
estômago
almoço
apetite
desgraça
horror
necessidade
angústia
ansiedade
desconforto
Etiópia
morte
ladrão
roubar
prisão
polícia
assalto
dinheiro
gatuno
medo
cadeia
criminoso
bandido
casa
noite
fuga
arma
banco
fugitivo
homem
perigo
punir
delinquência
roda
carro
círculo
pneu
gigante
redonda
bicicleta
movimento
andar
sorte
gira
carroça
madeira
tonturas
arco
dentada
brincar
crianças
jante
jogo
transporte
lixo
sujidade
cheiro
poluição
contentor
reciclagem
saco
restos
nojo
balde
papel
resíduos
limpeza
desperdício
detritos
horrível
odor
podre
desagradável
fedorento
consumo
vinho
tinto
álcool
bebida
copo
água
garrafa
jantar
branco
bebedeira
beber
adega
festa
bêbado
cerveja
cheiro
refeição
alegria
azedo
sabor
acidentes
sono
cama
cansaço
descanso
noite
muito
almofada
insónia
acordado
desperto
relaxar
repouso
preguiça
indispensável
lento
manhã
prazer
reparador
tarde
activo
agradável
Completamento de radicais
69
As 16 listas usadas neste estudo foram extraídas de um universo de 100 listas de palavras portuguesas
criadas de raiz a partir de um procedimento de associação semântica (Albuquerque, 2005). Cada uma
das 16 listas que originaram os radicais para a tarefa de memória era composta por vinte associados a
um item crítico, perfazendo ao todo 336 palavras e respectivos itens críticos.
Os radicais foram obtidos de acordo com o procedimento habitual, isto é, a partir das primeiras três
letras dos associados e itens críticos (e.g., CRI____ do associado “criança”). Na construção das listas
foram excluídas as palavras cujos radicais formassem uma palavra do léxico português (e.g., DOR____
do associado “dormir”), assim como, associados em que o radical coincidia com o do seu item crítico
(e.g., LIX radical do item crítico “lixo” e do associado “lixeira”). Foram considerados contemplados os
associados que correspondiam a estrangeirismos de uso corrente (e.g., rock), tendo sido rejeitados os que
se reportavam a marcas (e.g., “kispo”). Todas as palavras que formavam preposições, pronomes e
advérbios (e.g., COM____, POR____, QUE____, MAS____) foram rejeitadas, bem como, as que
formavam tempos verbais (e.g., RIU____, DIZ____). As palavras cujos radicais soavam da mesma forma
que palavras não foram excluídas (e.g., DIS____ que se assemelha a “diz”).
Aplicados os critérios anteriormente mencionados às 336 palavras (associados e itens críticos)
obteve-se uma lista de 223 radicais não repetidos. Estes radicais foram distribuídos aleatoriamente por
8 listas, tendo cada participante do nosso estudo respondido a quatro destas listas seleccionadas de
forma aleatória. Os cadernos de resposta foram constituídos por 5 folhas, visando a primeira a recolha
de dados biográficos (idade e sexo), a apresentação das instruções e as restantes a tarefa de
completamento propriamente dita.
Procedimento
Os participantes foram testados em grupo, tendo sido pedido que completassem cada início de palavra
com a primeira palavra que lhes ocorresse. Foi solicitado que procurassem ser espontâneos nas suas
respostas já que o objectivo do estudo consistia em perceber quais as palavras geradas a partir dos
inícios propostos.
A tarefa não teve tempo limite, no entanto, verificamos que a duração foi de aproximadamente 20
minutos.
Resultados e discussão
Antes de se proceder à análise dos resultados foi necessário distinguir as respostas que correspondiam
a palavras consideradas válidas e não válidas. Assim, foram aceites para além das palavras portuguesas
e dos estrangeirismos (e.g., rock), diminutivos de nomes portugueses (e.g., Toni de António), palavras
estrangeiras (e.g., answer), nomes de marcas (e.g., Cerelac, Reebok) e a abreviatura de uma
licenciatura ministrada pela Universidade do Minho (LESI).
Nas situações de palavras com grafia dupla (e.g., bêbado ou bêbedo, senzala ou sanzala) foi
adoptada apenas uma das fórmulas (e.g., bêbado, senzala). Quando a palavra correspondia a um nome
estrangeiro com grafia em Português foi adoptada esta última designação (e.g., Madona em vez de
Madonna).
Foi preservado o género em que os participantes escreveram as palavras por forma a manter
palavras homónimas, isto é, palavras com pronuncia e grafia iguais mas com significado diferente
70
E. Pimentel & P. B. Albuquerque
(e.g., índia de habitante do sexo feminino ou Índia de território). Além disso, foi mantida a grafia
original das palavras homógrafas, isto é, palavras com grafia idêntica mas com significado e sons
diferentes (e.g., distancia, forma verbal e distância, substantivo; divida, forma verbal e dívida,
substantivo). As palavras redigidas no plural foram convertidas para a sua forma singular.
Tendo verificado que as regras de acentuação das palavras foram largamente transgredidas optou-se
por se considerarem válidas todas as palavras que tinham sido objecto de adição ou supressão de
acentos (agudo, grave, circunflexo e til) e sinais de ligação (hífen), tanto no radical (e.g., prédio em
PRE____, místico em MIS____, clave em CLÁ____), como na restante palavra (e.g., demonio em vez
de demónio, triangulo em vez de triângulo, ladrao em vez de ladrão).
Dado que a tarefa de completamento de palavras não visava avaliar a produção escrita dos
participantes, senão a frequência de palavras sugeridas por determinados radicais, foram consideradas
correctas todas as palavras com erros ortográficos comuns na língua Portuguesa, que resultam na sua
maioria da reprodução gráfica da pronúncia, desde que não se verificassem no radical (e.g., azelha em
AZE____) ou que não alterassem significativamente a grafia original (e.g., preliminario em vez de
preliminar). Além dessas situações, foram consideradas inválidas aquelas que correspondiam a palavras
inventadas pelos participantes (e.g., odoeirar, lester), um caso de associação (e.g., ovelha em RES____),
bem como, as situações em que a palavra foi completa e correctamente redigida pelo participante no
espaço destinado ao completamento, correspondendo a erros, quer por adição de segmentos no radical
(e.g., alegria em ALG____), quer por confusão de letras (e.g., pedido em DED____). Tendo em conta os
critérios acima definidos, procedeu-se à correcção de todos os erros que correspondiam às seguintes
categorias, tendo-se registado uma ou mais ocorrências em cada uma delas:
0(1)
confusão entre e e i (e.g., defenir em vez de definir, predistinado em vez de predestinado);
0(2)
confusão entre o e u (e.g. autumóvel em vez de automóvel, engumar em vez de engomar);
0(3)
confusão entre g e j (e.g., finjir em vez de fingir);
0(4)
confusão entre s e z mediais (ex.: Brazil em vez de Brasil, prezunçoso em vez de presunçoso);
0(5)
confusão de ç e s em posição intervocálica (e.g., traisoeiro em vez de traiçoeiro);
0(6)
confusão entre x e ch (e.g., rouchinol em vez de rouxinol);
0(7)
omissão de uma consoante dobrada em posição intervocálica (e.g., homosexual em vez de homossexual) ou troca
de consoantes simples por consoantes dobradas em posição intervocálica (e.g., inasseitável em vez de inaceitável);
0(8)
troca de m por n antes de p ou b (e.g., estanpar em vez de estampar);
0(9)
omissão de consoantes em sequências consonânticas (e.g., disípulo em vez de discípulo);
(10)
omissão de consoantes mudas para abrir vogais em posição intervocálica (e.g., inativo em vez de inactivo);
(11)
alteração de vogais iguais para vogais diferentes (e.g., penicelina em vez de penicilina);
(12)
supressão de segmentos (e.g., trignometria em vez de trigonometria, ânglo em vez de ângulo) ou adição de
segmentos (e.g., deterimento em vez de detrimento, flore em vez de flor).
Finalmente, foram ainda consideradas três situações menos típicas: a confusão de x por ç (e.g.,
afeixão em vez de afeição), a adição sistemática de i antes da vogal e por parte de um participante (e.g.,
Invierno em vez de Inverno) e a formação inadequada do plural da palavra lençol (e.g., lenções em vez
de lençóis).
Após este tratamento prévio, foi calculada a ocorrência de cada palavra em termos da sua frequência
e de percentagem. De forma a facilitar a análise das respostas os radicais foram ordenados por ordem
alfabética e as respostas ordenadas por ordem decrescente de frequência (Quadro 2). As normas aqui
apresentadas contemplam apenas os completamentos correctos que obtiveram uma frequência igual ou
superior a 5%.
Completamento de radicais
71
Quadro 2
Frequências de completamento de radicais (apresentados por ordem alfabética): Resultados para
frequências de completamento superiores a 5%.
A
ABR (N=47)
abrir
Abril
abreviatura
abraço
abre
ACT (N=51)
acto
actuar
actor
actual
actividade
Freq.
19
11
3
3
3
Freq.
19
9
7
3
3
%
40,4
23,4
6,4
6,4
6,4
%
37,3
17,6
13,7
5,9
5,9
ADO (N=46)
adorar
adoro
adorno
Freq.
25
4
3
ÁFR (N=46)
África
ACI (N=50)
acidente
ácido
Freq.
30
12
%
60,0
24,0
ACO (N=51)
acordar
acompanhar
acolher
acorrentado
Freq.
15
9
3
3
%
29,4
17,6
5,9
5,9
AÇÚ (N=51)
açúcar
Freq.
51
%
100,0
%
54,3
8,7
6,
5
AFE (N=50)
afecto
aferir
Afeganistão
afeição
afectado
Freq.
2
6
6
5
4
%
24,0
12,0
12,0
10,0
8,0
Freq.
45
%
97,8
%
29,4
19,6
17,6
7,8
5,9
%
41,9
20,9
18,6
7,0
%
42,6
10,6
8,5
6,4
6,4
%
94,1
%
17,3
15,4
15,4
5,8
5,8
5,8
%
12,0
10,0
10,0
8,0
8,0
6,0
6,0
6,0
6,0
%
18,6
14,0
9,3
7,0
Freq.
15
10
9
4
3
Freq.
18
9
8
3
Freq.
20
5
4
3
3
Freq.
48
Freq.
9
8
8
3
3
3
Freq.
6
5
5
4
4
3
3
3
3
Freq.
8
6
4
3
AGU (N=51)
agulha
agudo
água
aguçar
aguçado
ALE (N=43)
alegria
Alemanha
alegre
Alentejo
AGA (N=47)
agarrar
agachar
agasalho
agarra
agarrado
ÁGU (N=51)
água
ADE (N=51)
adega
aderir
Adelaide
adesão
Adélia
adeus
AFI (N=50)
afilhado
afiar
afinal
afinidade
afinado
afinar
afiador
afim
afia
AGR (N=43)
agricultura
agradar
agressivo
agronomia
ÁLC (N=50)
álcool
Alcácer
Freq.
42
4
%
84,0
8,0
ALF (N=51)
alfabeto
alfinete
alface
alfaiate
alfândega
alfa
Freq.
15
8
7
4
4
3
%
29,4
15,7
13,7
7,8
7,8
5,9
ALM (N=50)
alma
almoço
Almada
almanaque
Almeida
AND (N=50)
andar
andamento
andorinha
Freq.
15
10
7
6
4
Freq.
34
4
4
%
30,0
20,0
14,0
12,0
8,0
%
68,0
8,0
8,0
ALT (N=51)
alto
altura
altamente
Freq.
25
7
4
%
49,0
13,7
7,8
ALG (N=43)
alguma
alga
algarismo
algum
algures
alguém
Algarve
AMI (N=47)
amigo
amizade
amiga
Freq.
7
4
4
4
4
4
3
Freq.
33
11
3
%
16,3
9,3
9,3
9,3
9,3
9,3
7,0
%
70,2
23,4
6,4
%
48,0
34,0
%
16,3
9,3
9,3
7,0
7,0
7,0
7,0
%
58,7
13,0
8,7
6,5
%
35,4
12,5
10,4
8,3
Freq.
24
17
Freq.
7
4
4
3
3
3
3
Freq.
27
6
4
3
Freq.
17
6
5
4
ANS (N=50)
ansiedade
ansioso
APE (N=43)
apêndice
apenas
apego
apetite
apesar
apelido
apetecer
ANG (N=46)
Angola
ângulo
angelical
angústia
APO (N=48)
apoio
Apocalipse
apoiar
apontar
APR (N=43)
aprender
apropriado
Freq.
18
6
%
41,9
14,0
cont. →
72
E. Pimentel & P. B. Albuquerque
(← cont.)
A
AQU (N=47)
aquário
aqui
aquecer
aquilo
ARR (N=47)
arrepio
arrumar
arroz
arrendar
arrependido
arrefecer
ASS (N=45)
assinatura
assento
assar
assinar
assado
assistente
assistir
AUT (N=51)
automóvel
autor
automático
autarquia
autocarro
B
BAL (N=41)
balde
baleia
balneário
balão
bala
baliza
BÊB (N=51)
bêbado
bebe
Freq.
17
11
3
3
Freq.
6
6
4
3
3
3
Freq.
14
5
4
4
3
3
3
Freq.
16
6
6
4
4
%
36,2
23,4
6,4
6,4
%
12,8
12,8
8,5
6,4
6,4
6,4
%
31,1
11,1
8,9
8,9
6,7
6,7
6,7
%
31,4
11,8
11,8
7,8
7,8
ARC (N=51)
arco
arca
arcada
Freq.
26
16
5
%
51,0
31,4
9,8
ARM (N=51)
arma
armário
armação
armadilha
ÁRV (N=48)
árvore
Freq.
25
8
4
3
Freq.
48
%
49,0
15,7
7,8
5,9
%
100,0
ART (N=51)
arte
artigo
artista
artimanha
Freq.
25
11
7
3
%
49,0
21,6
13,7
5,9
ATR (N=43)
atrevido
atracção
átrio
atraente
atrair
atrapalhar
atrito
AZE (N=47)
azeite
azedo
azeitona
Freq.
5
5
4
3
3
3
3
Freq.
27
7
7
%
11,6
11,6
9,3
7,0
7,0
7,0
7,0
%
57,4
14,9
14,9
AUL (N=45)
aula
Freq.
39
%
86,7
AZU (N=47)
azul
azulejo
Freq.
40
5
%
85,1
10,6
Freq.
9
8
6
4
4
3
Freq.
44
4
%
22,0
19,5
14,6
9,8
9,8
7,3
%
86,3
7,8
BAN (N=45)
banco
banana
bandeira
banquete
banheira
Freq.
19
8
6
4
3
%
42,2
17,8
13,3
8,9
6,7
BEB (N=50)
beber
bebida
bebedeira
bebé
Freq.
31
9
3
3
%
62,0
18,0
6,0
6,0
BEI (N=47)
Beijo
Freq.
41
%
87,2
BOL (N=51)
bolo
bolacha
bola
bolsa
boleia
BRI (N=51)
brincar
briga
bricolage
brilho
brigada
brilhar
Freq.
11
10
10
9
3
Freq.
10
9
8
6
4
3
%
21,6
19,6
19,6
17,6
5,9
%
19,6
17,6
15,7
11,8
7,8
5,9
BIC (N=46)
bico
bicicleta
bicudo
bica
BOR (N=51)
borboleta
bordado
bordar
borracha
borla
BUR (N=51)
burro
burguesia
burla
Freq.
18
17
4
4
Freq.
15
11
6
6
3
Freq.
30
5
5
%
39,1
37,0
8,7
8,7
%
29,4
21,6
11,8
11,8
5,9
%
58,8
9,8
9,8
BOC (N=47)
boca
Freq.
45
%
95,7
BRA (N=51)
Braga
Brasil
braço
branco
Freq.
22
14
6
3
%
42,3
26,9
11,5
5,8
C
CAC (N=47)
cacau
caco
cacto
cacete
cacarejar
Freq.
11
10
6
3
3
%
23,4
21,3
12,8
6,4
6,4
CAD (N=43)
cadeira
caderno
cadeado
cadeia
cadela
Freq.
18
8
5
3
3
%
41,9
18,6
11,6
7,0
7,0
%
44,2
7,0
7,0
7,0
CAR (N=48)
carro
carta
Freq.
31
3
%
64,6
6,3
CAM (N=47)
cama
câmara
caminhar
camião
campo
caminho
camisola
CAS (N=43)
casa
casamento
casado
Freq.
13
6
6
4
4
3
3
Freq.
23
6
3
%
27,7
12,8
12,8
8,5
8,5
6,4
6,4
%
53,5
14,0
7,0
CAN (N=43)
cantar
Canadá
candeeiro
canto
Freq.
19
3
3
3
cont. →
Completamento de radicais
73
(← cont.)
C
CER (N=50)
cerveja
cereja
Freq.
26
9
%
52,0
18,0
CHO (N=43)
chorar
chocar
choque
choro
chocolate
Freq.
13
7
5
4
4
%
30,2
16,3
11,6
9,3
9,3
CLÁ (N=43)
clave
clássico
clássica
cláusula
clavícula
Freq.
8
5
4
3
3
%
18,6
11,6
9,3
7,0
7,0
CON (N=43)
conversa
contar
convencido
Freq.
3
3
3
%
7,0
7,0
7,0
CRE (N=48)
crescer
creme
crença
creche
crepe
cremar
D
DAN (N=43)
dança
Danone
dançar
Daniela
dantes
Daniel
dano
DEL (N=43)
delta
delegado
delgado
delírio
delimitar
delicioso
deleite
delicado
DES (N=47)
descalço
desculpa
Freq.
9
8
7
5
5
3
DIN (N=46)
Dinamarca
dinheiro
dinossauro
Dino
CHA (N=43)
chamar
chapéu
chato
chávena
chatear
CHU (N=43)
chupeta
churrasco
chuva
chupar
chupa
chutar
COB (N=43)
cobaia
cobiça
cobrar
cobre
cobarde
cobertor
cobra
COP (N=51)
copo
copula
copia
copiar
Freq.
10
6
4
4
3
Freq.
11
6
5
4
4
4
Freq.
11
6
5
5
4
4
4
Freq.
35
3
3
3
%
23,3
14,0
9,3
9,3
7,0
%
25,6
14,0
11,6
9,3
9,3
9,3
%
25,6
14,0
11,6
11,6
9,3
9,3
9,3
%
68,6
5,9
5,9
5,9
CHE (N=50)
chefe
cheque
chegar
cheirar
Freq.
19
11
4
3
%
38,0
22,0
8,0
6,0
CÍR (N=46)
círculo
circo
círio
Freq.
17
14
5
%
37,0
30,4
10,9
CÓL (N=51)
cólera
cólica
colo
Freq.
39
6
3
%
76,5
11,8
5,9
COS (N=51)
costa
coser
cosmo
cosmética
costureira
CUM (N=50)
cume
cúmulo
cúmplice
cumprimento
cumplicidade
cumprir
Freq.
22
7
6
4
3
Freq.
13
8
7
6
4
3
%
43,1
13,7
11,8
7,8
5,9
%
26,0
16,0
14,0
12,0
8,0
6,0
%
18,8
16,7
14,6
10,4
10,4
6,3
CRI (N=50)
Cristo
criança
crime
cristal
Cristina
Critica
Freq.
10
6
5
4
3
3
%
20,0
12,0
10,0
8,0
6,0
6,0
Freq.
7
7
6
5
5
4
3
Freq.
6
5
4
4
4
3
3
3
Freq.
6
5
%
16,3
16,3
14,0
11,6
11,6
9,3
7,0
%
14,0
11,6
9,3
9,3
9,3
7,0
7,0
7,0
%
12,8
10,6
DED (N=51)
dedo
dedal
Freq.
34
10
%
66,7
19,6
DEF (N=51)
deficiente
deficiência
défice
defesa
defender
Freq.
26
5
3
3
3
%
51,0
9,8
5,9
5,9
5,9
DEM (N=46)
demónio
demora
demorar
demolir
demente
demografia
democracia
Freq.
9
6
6
5
4
3
3
%
19,6
13,0
13,0
10,9
8,7
6,5
6,5
DEN (N=51)
dente
dentista
Freq.
29
12
%
56,9
23,5
DET (N=43)
detergente
detenção
deteriorar
detestar
detido
Freq.
10
3
3
3
3
%
23,3
7
7
7
7
DIS (N=50)
discurso
distraído
discussão
distância
distúrbio
distante
Freq.
11
8
4
4
3
3
%
22,0
16,0
8,0
8,0
6,0
6,0
DEV (N=48)
dever
devolver
devorar
devagar
devo
devido
DIV (N=50)
divino
divisão
diva
divertir
diversão
divida
divórcio
Freq.
17
6
4
3
3
3
Freq.
9
8
5
4
4
4
3
%
35,4
12,5
8,3
6,3
6,3
6,3
%
18,0
16,0
10,0
8,0
8,0
8,0
6,0
Freq.
16
11
8
3
%
34,8
23,9
17,4
6,5
cont. →
74
E. Pimentel & P. B. Albuquerque
(← cont.)
D
DOC (N=51)
documento
doca
docente
doce
doctor
E
ENG (N=47)
engenheiro
engomar
engolir
ESP (N=47)
Espanha
espanhol
espada
Freq.
33
5
5
3
3
%
64,7
9,8
9,8
5,9
5,9
DOE (N=48)
doente
doença
Freq.
34
8
%
70,8
16,7
DUR (N=41)
duro
duração
dura
Freq.
17
14
3
%
41,5
34,1
7,3
Freq.
24
6
3
Freq.
19
5
3
%
51,1
12,8
6,4
%
40,4
10,6
6,4
ESC (N=41)
escova
escudo
escola
EST (N=50)
estrela
estudo
estádio
estação
Freq.
13
10
9
Freq.
5
3
3
3
%
31,7
24,4
22,0
%
10,0
6,0
6,0
6,0
ESF (N=48)
esferográfica
esfera
esfinge
ETI (N=46)
etiqueta
ética
ético
Freq.
17
12
3
Freq.
24
11
3
%
35,4
25,0
6,3
%
52,2
23,9
6,5
F
FAC (N=41)
faculdade
faca
fácil
Freq.
15
12
7
%
36,6
29,3
17,1
%
88,2
%
30,2
16,3
11,6
%
30,2
20,9
18,6
9,3
7,0
%
76,7
9,3
Freq.
45
Freq.
13
7
5
Freq.
13
9
8
4
3
Freq.
33
4
FES (N=51)
festa
FIN (N=43)
final
Finlândia
finalidade
FED (N=43)
fedor
fedorento
federação
feder
Fédon
FLO (N=43)
flor
flora
FOM (N=47)
fome
fomentar
Freq.
42
3
%
89,4
6,4
%
47,1
43,1
%
21,6
21,6
17,6
7,8
7,8
%
82,4
7,8
%
41,7
16,7
6,3
6,3
6,3
%
66,7
27,1
Freq.
24
22
Freq.
11
11
9
4
4
Freq.
42
4
Freq.
20
8
3
3
3
Freq.
32
13
FUG (N=51)
fuga
fugir
G
GAR (N=51)
garrafa
garagem
garganta
GIR (N=48)
girafa
girar
girassol
giro
gira
FRI (N=51)
frito
frio
fritar
fritadeira
frigorífico
FÚR (N=51)
fúria
furor
FOL (N=48)
folha
folga
foleiro
folclore
folgar
FRU (N=48)
fruta
fruto
Freq.
34
9
3
Freq.
18
13
9
4
3
%
66,7
17,6
5,9
%
37,5
27,1
18,8
8,3
6,3
GAT (N=46)
gato
gata
Freq.
41
5
%
89,1
10,9
GIG (N=46)
gigante
giga
Freq.
36
5
%
78,3
10,9
GOS (N=47)
gosto
gostar
gostoso
Freq.
21
15
6
%
44,7
31,9
12,8
GRI (N=47)
gripe
grito
gritar
grilo
H
HAR (N=50)
harmonia
harpa
hardware
Freq.
15
14
11
4
%
31,9
29,8
23,4
8,5
GUE (N=50)
guerra
guerreiro
gueto
Freq.
30
3
3
%
60,0
6,0
6,0
GRA (N=43)
gráfico
grande
grade
grave
gramática
gravata
grafiti
GUL (N=47)
guloso
guloseima
gula
gulosa
Freq.
5
5
4
4
3
3
3
Freq.
18
13
7
4
%
11,6
11,6
9,3
9,3
7,0
7,0
7,0
%
38,3
27,7
14,9
8,5
Freq.
26
5
4
%
52,0
10,0
8,0
HOM (N=51)
homem
Freq.
47
%
92,2
HOR (N=43)
hora
horta
horror
horário
horas
Freq.
9
9
8
7
4
%
20,9
20,9
18,6
16,3
9,3
cont. →
Completamento de radicais
75
(← cont.)
I
INA (N=43)
inato
inacabado
inalar
inactivo
inadaptado
inapto
INS (N=51)
instinto
instrumento
instante
instituto
instituição
insistir
insatisfeito
J
JAN (N=51)
jantar
Janeiro
janela
L
LÁB (N=47)
lábio
Freq.
7
4
4
4
4
4
Freq.
7
6
4
3
3
3
3
%
16,3
9,3
9,3
9,3
9,3
9,3
%
13,7
11,8
7,8
5,9
5,9
5,9
5,9
IND (N=51)
Índia
indivíduo
índio
indicar
índice
induzir
INV (N=51)
Inverno
inveja
inventar
inverso
invenção
Freq.
8
6
4
3
3
3
Freq.
22
8
5
4
4
%
15,7
11,8
7,8
5,9
5,9
5,9
%
43,1
15,7
9,8
7,8
7,8
INJ (N=47)
injustiça
injecção
injectar
injectável
Freq.
12
9
6
3
%
25,5
19,1
12,8
6,4
IRR (N=43)
irritado
irritar
irreal
irritante
irradiar
irritada
Freq.
10
5
4
4
4
3
%
23,3
11,6
9,3
9,3
9,3
7,0
Freq.
29
16
4
%
56,9
31,4
7,8
JAR (N=43)
jardim
jarro
jarra
Freq.
24
10
6
%
55,8
23,3
14,0
JOG (N=51)
jogo
jogar
jogador
Freq.
32
13
3
%
62,7
25,5
5,9
Freq.
47
%
100,0
%
83,0
14,9
%
39,6
14,6
10,4
8,3
8,3
8,3
6,3
%
41,9
18,6
11,6
9,3
9,3
%
52,2
21,7
13,0
8,7
%
20,9
18,6
11,6
9,3
7,0
7,0
Freq.
39
7
Freq.
19
7
5
4
4
4
3
Freq.
18
8
5
4
4
Freq.
24
10
6
4
Freq.
9
8
5
4
3
3
LÁP (N=47)
lápis
lápide
LEN (N=48)
lente
lento
lenço
lentidão
lenda
lençol
Lenine
LIM (N=43)
limão
lima
limpar
limar
limpo
LAD (N=46)
lado
ladrão
ladrar
ladainha
LES (N=43)
leste
lesão
lesma
lesado
LESI3
lésbica
LET (N=48)
letra
Letícia
letreiro
Letónia
Freq.
30
4
3
3
%
62,5
8,3
6,3
6,3
%
92,0
%
76,5
9,8
5,9
%
27,5
21,6
13,7
9,8
7,8
5,9
%
68,8
14,6
8,3
Freq.
46
Freq.
39
5
3
Freq.
14
11
7
5
4
3
Freq.
33
7
4
LÍN (N=50)
língua
LIX (N=51)
lixo
lixar
lixeira
M
MAÇ (N=48)
maçã
LIN (N=51)
língua
linha
linho
lince
linguagem
lindo
LUT (N=48)
luta
luto
lutar
LUV (N=47)
luva
Freq.
45
%
95,7
Freq.
42
%
87,5
MED (N=51)
medo
medico
medicina
MIS (N=46)
mistério
missa
mistura
mista
miséria
misto
místico
Freq.
27
8
5
Freq.
14
6
6
5
5
4
%
52,9
15,7
9,8
%
30,4
13,0
13,0
10,9
10,9
8,7
3
MAD (N=51)
madeira
madrasta
Madrid
madame
madrinha
MEI (N=47)
meigo
meio
meia
MOL (N=43)
mole
moldura
molde
mola
molhar
Freq.
16
8
7
3
3
Freq.
26
14
3
Freq.
9
6
5
4
3
%
31,4
15,7
13,7
5,9
5,9
%
55,3
29,8
6,4
%
20,9
14,0
11,6
9,3
7,0
MAN (N=51)
mandar
manual
manter
mancha
manta
MES (N=43)
mesa
mesada
Freq.
8
5
4
4
3
Freq.
30
6
%
15,7
9,8
7,8
7,8
5,9
%
69,8
14,0
MON (N=48)
monte
monção
montar
montanha
Freq.
18
5
5
4
%
37,5
10,4
10,4
8,3
6,5
cont. →
3 Abreviatura de uma licenciatura (Universidade do Minho).
76
E. Pimentel & P. B. Albuquerque
(← cont.)
M
MOR (N=47)
morte
morango
morrer
Freq.
19
9
9
%
40,4
19,1
19,1
MÓV (N=41)
Móvel
Freq.
41
%
100,0
N
NAM (N=47)
namorar
namoro
namorado
Freq.
27
12
7
NER (N=51)
nervos
nervo
nervoso
Nero
NOI (N=46)
noite
MOU (N=47)
mouro
moura
Mourinho
mouco
mousse
Moutinho
MUI (N=43)
muito
Freq.
12
6
5
4
4
4
Freq.
40
%
25,5
12,8
10,6
8,5
8,5
8,5
%
93,0
MOV (N=50)
movimento
mover
móvel
Freq.
30
12
3
%
60,0
24,0
6,0
MÚS (N=43)
música
músculo
Freq.
21
20
%
48,8
46,5
%
57,4
25,5
14,9
NAT (N=48)
Natal
natação
natureza
natural
Freq.
16
12
9
5
%
33,3
25,0
18,8
10,4
Freq.
22
11
11
3
%
43,1
21,6
21,6
5,9
NEV (N=51)
neve
nevoeiro
nevar
Freq.
33
7
4
%
64,7
13,7
7,8
Freq.
42
%
91,3
NOJ (N=43)
nojo
nojento
Freq.
29
10
%
67,4
23,3
NEC (N=50)
néctar
necessidade
Neco
necrologia
Neca
NIN (N=48)
ninguém
ninja
ninho
Nintendo
ninfa
Nina
NOT (N=43)
nota
notar
notário
notícia
notificar
Freq.
19
5
4
4
3
Freq.
20
6
5
4
4
3
Freq.
19
7
5
5
3
%
38,0
10,0
8,0
8,0
6,0
%
41,7
12,5
10,4
8,3
8,3
6,3
%
44,2
16,3
11,6
11,6
7,0
ODO (N=43)
odor
Freq.
41
%
95,3
Freq.
12
7
3
3
3
3
3
3
Freq.
12
10
7
7
3
Freq.
31
13
%
23,5
13,7
5,9
5,9
5,9
5,9
5,9
5,9
%
23,5
19,6
13,7
13,7
5,9
%
67,4
28,3
Freq.
20
9
5
4
3
%
39,2
17,6
9,8
7,8
5,9
O
OBJ (N=50)
objecto
objectivo
OUV (N=43)
ouvir
ouvido
P
PAL (N=51)
palavra
palmeira
palha
palmas
palito
Freq.
39
9
Freq.
22
21
%
78,0
18,0
%
51,2
48,8
ÓDI (N=43)
ódio
Freq.
41
%
95,3
OXI (N=43)
oxigénio
oxidante
Freq.
35
3
%
81,4
7,0
Freq.
16
8
6
5
3
%
31,4
15,7
11,8
9,8
5,9
PAP (N=48)
papel
papa
papagaio
papoila
paparazzi
Freq.
14
12
4
3
3
%
29,2
25,0
8,3
6,3
6,3
PEQ (N=50)
pequeno
Freq.
49
%
98,0
PLA (N=48)
planta
planalto
plateia
POD (N=43)
poder
podar
podre
Freq.
18
3
3
Freq.
28
5
3
%
37,5
6,3
6,3
%
65,1
11,6
7,0
PER (N=50)
pergunta
perto
perfeito
perna
percurso
PNE (N=46)
pneu
pneumonia
%
11
6
4
3
3
Freq.
24
11
22,0
12,0
8,0
6,0
6,0
%
52,2
23,9
PEN (N=51)
pente
pena
pentear
penicilina
penoso
pensar
pénis
penalty
PIC (N=51)
picnic
pico
picar
pica
picante
POB (N=46)
pobre
pobreza
POL (N=46)
Polónia
polícia
pólo
política
polígono
Freq.
11
8
5
5
3
%
23,9
17,4
10,9
10,9
6,5
PON (N=51)
ponte
ponta
ponderar
ponderado
ponto
cont. →
Completamento de radicais
77
(← cont.)
P
PRA (N=47)
praia
prazer
praxe
prato
praga
prazo
PUN (N=51)
punir
punição
punido
punho
punhal
R
RAD (N=50)
rádio
radar
Freq.
10
8
7
6
3
3
Freq.
14
13
8
4
4
%
21,3
17,0
14,9
12,8
6,4
6,4
%
27,5
25,5
15,7
7,8
7,8
PRE (N=46)
preto
presente
prémio
preconceito
prego
Freq.
5
4
4
3
3
%
10,9
8,7
8,7
6,5
6,5
PRI (N=46)
primeiro
primo
prima
prisão
primário
Freq.
12
12
4
3
3
%
26,1
26,1
8,7
6,5
6,5
Freq.
27
13
%
54,0
26,0
%
72,1
7,0
7,0
%
39,6
14,6
12,5
6,3
6,3
REC (N=45)
recreio
recado
recordar
recolher
recorde
Freq.
12
6
5
3
3
%
26,7
13,3
11,1
6,7
6,7
RED (N=46)
redondo
rede
redobrar
redonda
reduzido
REP (N=51)
república
repetir
repentino
Freq.
14
11
3
3
3
Freq.
11
11
3
%
30,4
23,9
6,5
6,5
6,5
%
21,6
21,6
5,9
%
46,5
30,2
7
7
%
19,1
17,0
12,8
12,8
8,5
6,4
%
60,0
12,0
6,0
Freq.
31
3
3
Freq.
19
7
6
3
3
Freq.
20
13
3
3
Freq.
9
8
6
6
4
3
Freq.
30
6
3
RAM (N=43)
ramo
ramalhete
ramificação
RAP (N=48)
rápido
rapaz
rapidez
rapar
raptar
RAI (N=43)
raio
raiva
raia
rainha
REB (N=47)
rebuçado
rebelde
rebento
rebentar
rebolar
rebola
REF (N=50)
referência
refeição
referencia
RES (N=43)
responder
resposta
restaurante
residência
Freq.
8
8
8
6
%
18,6
18,6
18,6
14,0
RIT (N=51)
ritual
Rita
Ritmo
ROU (N=43)
roupa
roubar
roubo
rouco
S
SAB (N=47)
sábado
sabão
saber
sabedoria
sabonete
Freq.
28
16
6
Freq.
22
7
5
3
%
54,9
31,4
11,8
%
51,2
16,3
11,6
7,0
ROC (N=51)
rocha
roca
rochedo
Freq.
21
13
5
%
41,2
25,5
9,8
REL (N=43)
relação
relva
relógio
relevo
relvado
REV (N=47)
revolução
revolta
revista
reviver
rever
revisão
reverendo
ROD (N=46)
roda
rodar
Rodrigo
Freq.
10
8
7
4
3
Freq.
8
6
6
5
5
4
3
Freq.
22
10
8
%
23,3
18,6
16,3
9,3
7,0
%
17,0
12,8
12,8
10,6
10,6
8,5
6,4
%
47,8
21,7
17,4
Freq.
23
8
6
3
3
%
48,9
17,0
12,8
6,4
6,4
SAC (N=45)
saco
sacudir
saca
Freq.
29
4
3
%
64,4
8,9
6,7
SED (N=46)
sede
Freq.
33
%
71,7
SEN (N=50)
sentimento
sentar
sentir
sentido
sensação
sensível
sensibilidade
Freq.
7
6
5
4
3
3
3
%
14,0
12,0
10,0
8,0
6,0
6,0
6,0
SAN (N=47)
santo
sangue
sanidade
santuário
sanita
sanitário
SOB (N=47)
sobre
sobremesa
soberbo
Freq.
19
7
3
3
3
3
Freq.
11
10
3
%
40,4
14,9
6,4
6,4
6,4
6,4
%
23,4
21,3
6,4
cont. →
78
E. Pimentel & P. B. Albuquerque
(← cont.)
S
SOF (N=45)
sofá
Sofia
sofrer
sofrimento
sofisma
SUB (N=48)
subir
submarino
subúrbio
subsídio
subalterno
subterrâneo
submerso
T
TAR (N=46)
tarde
tartaruga
tara
tarifa
tareia
tarte
tarado
TON (N=51)
tonificar
tónico
Tóni
tonto
tonelada
tontura
tónica
TRI (N=46)
trigo
triângulo
tribo
trincar
trigonometria
trinta
Freq.
16
11
10
4
3
Freq.
7
4
3
3
3
3
3
%
35,6
24,4
22,2
8,9
6,7
%
14,6
8,3
6,3
6,3
6,3
6,3
6,3
SON (N=43)
sono
sonho
sonhar
sonoro
Sónia
SUJ (N=51)
sujo
sujeito
sujidade
sujar
Freq.
8
6
6
3
3
Freq.
19
11
11
9
%
18,6
14,0
14,0
7,0
7,0
%
37,3
21,6
21,6
17,6
SOR (N=50)
sorrir
sorriso
sorte
Freq.
35
5
3
%
70,0
10,0
6,0
Freq.
14
8
4
4
3
3
3
Freq.
12
8
5
5
4
4
4
Freq.
9
7
5
3
3
3
%
30,4
17,4
8,7
8,7
6,5
6,5
6,5
%
23,5
15,7
9,8
9,8
7,8
7,8
7,8
%
19,6
15,2
10,9
6,5
6,5
6,5
TES (N=50)
teste
tesoura
testamento
testa
testemunha
tesouro
Freq.
17
10
5
5
3
3
%
34,0
20,0
10,0
10,0
6,0
6,0
TIN (N=50)
tinto
tinta
tinteiro
Freq.
21
19
4
%
42,0
38,0
8,0
TRA (N=48)
trabalho
traço
Freq.
25
4
%
52,1
8,3
TRE (N=47)
tremer
trepar
tremor
trengo
três
trevo
Freq.
11
8
5
3
3
3
%
23,4
17,0
10,6
6,4
6,4
6,4
TRO (N=43)
troca
trocar
trocadilho
tronco
trovoada
troco
Tróia
Freq.
8
5
4
4
3
3
3
%
18,6
11,6
9,3
9,3
7,0
7,0
7,0
V
VAC (N=51)
vacina
vaca
Freq.
26
22
%
51,0
43,1
%
52,9
27,5
11,8
%
50,0
12,0
8,0
6,0
%
37,0
26,1
21,7
%
27,1
22,9
22,9
12,5
6,3
Freq.
27
14
6
Freq.
25
6
4
3
Freq.
17
12
10
Freq.
13
11
11
6
3
VID (N=51)
vida
vidro
vídeo
VIN (N=50)
vinho
vinte
vingança
vinagre
VAG (N=46)
vaguear
vago
vaga
VIO (N=48)
violino
violência
viola
violeta
violento
Z
ZAN (N=51)
zangado
zanga
zangar
Freq.
30
7
4
%
58,8
13,7
7,8
A necessidade inerente ao estudo de testar um elevado número de estímulos (223 radicais) levou a que
cada participante tivesse respondido apenas a cerca de metade destes. Esta opção visou minimizar o
cansaço dos participantes na tarefa, prejudicial à produção de respostas rápidas e espontâneas. Estudos
posteriores serão úteis no alargamento da amostra relativamente a cada radical testado.
Completamento de radicais
79
Sublinhamos também que neste estudo a apresentação da ordem dos radicais dentro de blocos de
cerca de 30 estímulos foi mantida constante, porém, a sequência da apresentação dos blocos foi
aleatória. Será conveniente, com vista a controlar o possível efeito de ordem entre radicais, a
apresentação em computador recorrendo a um software que possibilite a aleatorização dos estímulos.
Finalmente, refira-se que este material poderá ser usado no âmbito de estudos experimentais que
utilizem como medida de memória, o completamento de palavras da língua portuguesa. Neste sentido,
aumentar a amostra de radicais é um trabalho que pode e deve ser paulatinamente concretizado. Mais
importante ainda, será a sua rentabilização no âmbito da investigação sobre recuperação implícita no
paradigma DRM, especificamente para o qual as normas foram concebidas.
Bibliografia
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Submissão: 13/11/2006
Aceitação: 17/04/2007

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