Jornal da Reunião
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Jornal da Reunião
Porto Palácio da Bolsa | Salão Árabe EDIÇÃO 23 e 24 DE JANEIRO DE 2015 Distribuição gratuita na reunião anos 10 anos GEDII Gastrocolinfintrologista Pentasa ® messalazina 5-ASA 1 grama comprimido Nunca 1 grama teve tanto peso muito raramente discrasias sanguíneas graves com a utilização de messalazina. O tratamento concomitante com a messalazina pode aumentar o risco de discrasia sanguínea em doentes a receberem azatioprina ou 6-mercaptopurina. O tratamento deve ser suspenso se houver suspeita ou certeza da ocorrência destas reacções adversas. Interacções medicamentosas e outras formas de interacção: Não foram realizados estudos de interacção. Efeitos indesejáveis: As reacções adversas observadas mais frequentemente em ensaios clínicos foram: diarreia (3%), náuseas (3%), dor abdominal (3%), cefaleias (3%), vómitos (1%) e exantema (1%). Podem ocorrer ocasionalmente reacções de hipersensibilidade e febre. Frequência dos efeitos adversos com base em ensaios clínicos e relatórios de farmacovigilância: Doenças do sistema nervoso: Frequentes (≥1/100, <1/10): Cefaleias. Muito raros (<1/10.000): Neuropatia periférica. Doenças gastrointestinais: Frequentes: Diarreia, dor abdominal, náuseas, vómitos. Raros (≥1/10.000, <1/1.000): Aumento da amilase, pancreatite*. Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos: Frequentes: Rash (incluindo urticária, rash eritematoso). Cardiopatias: Raros: Miocardite* e pericardite*. Doenças do sangue e do sistema linfático: Muito raros: Eosinofilia (como uma reacção alérgica), anemia, anemia aplástica, leucopenia (incl. granulocitopenia), trombocitopenia, agranulocitose, pancitopenia. Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino: Muito raros: Reacções pulmonares alérgicas (incl. dispneia, tosse, alveolites alérgicas, pneumonia eosinofílica, infiltração pulmonar, pneumonite). Afecções hepatobiliares: Muito raros: Aumento das enzimas hepáticas e bilirrubina, hepatotoxicidade (incl. hepatite*, cirrose, insuficiência hepática). Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos: Muito raros: Alopécia reversível. Afecções musculoesqueléticas e dos tecidos conjuntivos: Muito raros: Mialgia, artralgia. Relatos isolados de síndromes do tipo lúpus eritematoso. Doenças renais e urinárias: Muito raros: Função renal anormal (incluindo nefrite intersticial*, síndroma nefrótico) e descoloração da urina. (*) O mecanismo da miocardite e pericardite, pancreatite e nefrite intersticial induzidos pela messalazina é desconhecido, mas poderá ter origem alérgica. É importante referir que várias destas perturbações podem também ser atribuídas à própria doença inflamatória intestinal. Lista dos excipientes: Estearato de magnésio, talco, etilcelulose, povidona, celulose microcristalina. Titular da Autorização de Introdução no Mercado: Ferring Portuguesa - Produtos Farmacêuticos, Sociedade Unipessoal, Lda. Rua Alexandre Herculano, Edifício 1, Piso 6, 2795-240 Linda-a-Velha. Contribuinte n.º 502034831. Data da revisão do texto: 09/2010. Medicamento Sujeito a Receita Médica. Comparticipação ao abrigo do escalão A se prescrito de acordo com o Despacho n.º 1234/2007 de 29 de dezembro de 2006. Para mais informações deverá contactar o Titular da Autorização de Introdução no Mercado. Ferring Portuguesa – Produtos Farmacêuticos, Soc. Unipessoal, Lda. Rua Alexandre Herculano, Edifício 1 – 6.º Piso 2795-240 Linda-a-Velha – Portugal Tel.: +351 21940 51 90 | Fax: +351 21 940 52 09 | www.ferring.pt C.S. 1.400.000.00 € | Matrícula na C.R.C. de Cascais n.º 18158 | Cont. n.º 502 034 831 Medicamento Sujeito a Receita Médica. Comparticipação ao abrigo do escalão A se prescrito de acordo com o Despacho n.º 1234/2007, de 29 de dezembro de 2006. Para mais informações deverá contactar o Titular da Autorização de Introdução no Mercado. G/133/05/13 INFORMAÇÕES ESSENCIAIS COMPATÍVEIS COM O RCM Nome do medicamento: Pentasa 1000 mg Comprimidos de libertação prolongada. Composição qualitativa e quantitativa: Um comprimido contém 1000 mg de Messalazina. Indicações terapêuticas: PENTASA Comprimidos de Libertação Prolongada é utilizado no tratamento da colite ulcerosa ligeira a moderada e da doença de Crohn. Posologia e modo de administração: Colite ulcerosa: Tratamento da doença em fase aguda: Adultos: Ajuste individual da dose até o máximo de 4 g por dia em doses divididas, durante um tempo máximo de 8 semanas. Crianças: Ajuste individual da dose, iniciando com 20-30 mg/kg/dia em doses divididas. Tratamento de manutenção: Adultos: Dose recomendada 2 g uma vez por dia. Crianças: Ajuste individual da dose, iniciando com 20-30 mg/kg/dia em doses divididas. Doença de Crohn: Tratamento da doença em fase aguda: Adultos: Ajuste individual da dose até o máximo de 4 g por dia em doses divididas, durante um período máximo de 8 semanas. Crianças: Ajuste individual da dose, iniciando com 20-30 mg/kg/dia em doses divididas. Tratamento de manutenção: Adultos: Ajuste individual da dose até o máximo de 4 g por dia em doses divididas. Crianças: Ajuste individual da dose, iniciando com 20-30 mg/kg/dia em doses divididas. Os comprimidos PENTASA não devem ser mastigados. Para facilitar a toma os comprimidos podem ser dispersos em 50 ml de água fria. Mexer e beber imediatamente. Caso ocorra esquecimento de uma dose, deve-se tomar o comprimido o mais rapidamente possível, continuando o tratamento da forma prescrita. No entanto, quando a toma seguinte já estiver próxima, é preferível não tomar o comprimido que foi esquecido e tomar o seguinte à hora prevista. Não tome uma dose a dobrar para compensar a dose esquecida. Contra-indicações: Hipersensibilidade à messalazina ou a qualquer dos excipientes, ou aos salicilatos. Insuficiência renal e/ou hepática grave. Advertências e precauções especiais de utilização: A maioria dos doentes que apresentam hipersensibilidade ou intolerância à sulfasalazina podem tomar PENTASA sem risco de ocorrerem reacções semelhantes. Contudo, recomenda-se cuidado quando se tratam doentes alérgicos à sulfasalazina (risco de alergia aos salicilatos). Recomenda-se cuidado em doentes com insuficiência hepática. Não se recomenda a utilização de PENTASA Comprimidos de libertação prolongada em doentes com insuficiência renal. A função renal deve ser vigiada regularmente (por ex.: a creatinina sérica), em especial durante a fase inicial do tratamento. Deve-se suspeitar de nefrotoxicidade induzida pela messalazina em doentes que desenvolvam insuficiência renal durante o tratamento. O uso concomitante de outros medicamentos nefrotóxicos conhecidos, tais como Anti-Inflamatórios Não Esteróides e azatioprina, pode aumentar o risco de reacções renais. Raramente foram relatadas reacções de hipersensibilidade cardíaca (miocardite e pericardite) induzidas pela messalazina. Foram reportadas hot topics in ibd | 10 anos gedii Prof. Doutor Fernando Magro, presidente do GEDII “O GEDII está bem estruturado e com capacidade rápida para desenvolver projetos de investigação” O Hot Topics in IBD vai receber aproximadamente 300 participantes, sobretudo gastrenterologistas que se dediquem à doença inflamatória intestinal (DII), mas também profissionais que queiram desenvolver investigação nesta área. Este encontro coincide com a comemoração do 10.º aniversário do Grupo de Estudo da Doença Inflamatória Intestinal (GEDII), atualmente com cerca de 120 membros. Em entrevista ao Jornal do Congresso, o presidente do GEDII, Prof. Doutor Fernando Magro, recorda o começo deste grupo atualmente “bem estruturado e com capacidade rápida para desenvolver projetos de investigação”. zações e os eventos clínicos graves). A reunião pretende assim que se encare a doença como uma oportunidade de terapêutica, que deve ser assertiva, mas para isso tem de estar bem diagnosticada, ser tratada de forma precoce e haver identificação e estratificação em grupos de risco. JC - A quem é dirigida esta reunião? FM - A gastrenterologistas que se dediquem à DII, mas também a todos aqueles que queiram desenvolver investigação na DII. JC - O 10.º aniversário do GEDII vai ser assinalado de alguma forma especial? FM - Vamos apresentar um vídeo especialmente preparado para assinalar o aniversário, que conta com a participação das quatro pessoas envolvidas na criação do GEDII – eu, o Dr. João de Freitas, o Dr. Francisco Portela e o Dr. Jaime Ramos – entre outras pessoas que ajudaram a criar o Grupo. Jornal do Congresso - Com uma década de existência, é possível recordar como surgiu o Grupo de Estudo da Doença Inflamatória Intestinal (GEDII) e com que objetivos? Prof. Doutor Fernando Magro Nasceu precisamente como Grupo de Estudo da Doença Inflamatória Intestinal, para colmatar uma lacuna existente até então – a existência de um grupo que se dedicasse ao estudo prospetivo, orientado e sistemático da doença inflamatória intestinal (DII). Acabou por se tornar numa nova perspetiva de apresentar a doença inflamatória intestinal em Portugal, até então relativamente esquecida. JC - Hoje, 10 anos depois, é possível afirmar que esses objetivos foram alcançados? FM - Creio que até ultrapassaram as nossas expectativas. JC - Poderia fazer uma retrospetiva de uma década de atividade? FM - Dedicámo-nos basicamente a duas vertentes: formação e investigação. O GEDII claramente cumpriu objetivos e colmatou a lacuna que existia ao nível da formação, na área da doença inflamatória em Portugal, de forma empenhada e sistemática. Durante estes 10 anos, foram organizados seguramente mais de 30 encontros, com cerca de 50 palestrantes internacionais, com o objetivo de oferecer uma nova perspetiva na área da Gastrenterologia e, especificamente, da doença inflamatória intestinal. Ou seja, criámos reuniões de média dimensão com carácter formativo, para que as pessoas pudessem participar de forma ativa e interativa, bem como aprender algo estratégico e novo, por isso foi nosso objetivo convidar palestrantes muito diferenciados na área com conhecimento profundo da matéria abordada. Desde 2006, promovemos um curso intensivo de formação para internos e jovens especialistas, que decorre durante um fim de semana, para o máximo de 25 pessoas. Neste curso o conhecimento científico é estimulado mas também fomentamos o diálogo e a comunicação entre os participantes. Recentemente, criámos um grupo de estudos ligado à colite microscópica, que é uma forma de DII com características específicas. Penso que a médio e longo prazo ocuparemos um lugar de destaque no desenvolvimento da colite microscópica em Portugal. JC - E em relação à investigação? FM - Desenvolvemos projetos de investigação de iniciativa da direção multicêntricos, prospetivos, nacionais, abrangentes e que são pensados e executados com rigor, para serem publicados em revistas internacionais. Também temos projetos de iniciativa do investigador cuja bolsa tem o valor de 15 mil euros. Só com estes projetos de iniciativa do investigador já demos cerca de 400 mil euros, o que na minha opinião é uma quantia avultada. Pretendemos que a investigação seja consequente, ou seja, que resulte na publicação de papers em revistas indexadas europeias ou norte-americanas. JC - No que respeita aos encontros científicos, quais as expectativas em relação ao Hot Topics in IBD? FM - Para além de comemorarmos o 10.º aniversário, que é um acontecimento marcante, esperamos que seja uma forma abrangente de abordar alguns temas com relevância atual na DII, tais como a importância da investigação do intestino delgado , a abordagem diagnóstica, a extensão da doença e a gravidade da doença. Vamos igualmente explorar a colite microscópica ao nível diagnóstico e terapêutico, pois é um assunto que tem sido pouco aprofundado no nosso País. Iremos também falar de novas perspetivas de abordagem da DII, isto é, a necessidade de ter o diagnóstico da extensão e a gravidade da doença, para iniciar precocemente o tratamento com imunomoduladores e terapêutica biológica (atualmente esta opção deve ser encarada como estratégia de fundo e deve ser introduzida de forma atempada, para se conseguir alterar o outcome da doença, que pode ter como consequências para o doente múltiplas cirurgias, hospitali- JC - Como surgiu a ideia de criar o GEDII? FM - O GEDII iniciou-se num jantar em Genève. Viemos do frio da Suíça para o calor do mediterrâneo com o intuito de desenvolver estas ideias, amadoras numa fase inicial, mas que amadureceram. Atualmente, consideramos que o Grupo tem uma estrutura profissional e organizada. JC - O GEDII tem ligações a alguma sociedade científica em particular? FM - Embora seja um grupo de estudos independente e autónomo, tem ligações preferenciais com a Sociedade Portuguesa de Gastroenterologia. Também é o representante em Portugal da ECCO. Mantém também ligações ao GTECO e ao grupo francês de DII. JC - Na sua opinião, qual a mais-valia das parcerias com organizações estrangeiras? FM - Percebermos que não somos um mundo isolado, que pertencemos à Europa e que não somos espectadores mas também atuantes. JC - Que futuro prevê para o GEDII? FM - Depende dos seus associados e da sua vontade, até porque considero que o GEDII está bem estruturado e com capacidade rápida para desenvolver projetos de investigação. É esta qualidade que pretendemos manter. hot topics in ibd | 10 anos gedii Is biopsy essential for the diagnosis of inflammatory bowel disease only affecting the small bowel? Paula Borralho Nunes, M.D. ,PhD* Introduction In recent years, imaging techniques including ultrasound, computed tomography, scintigraphy and MR imaging have proved to be useful in diagnosing inflammatory bowel. In addition, ileoscopy has become a routine procedure in assessing disease of the terminal ileum (TI). However, the requirement of biopsies in the diagnosis of IBD is still controversial. Biopsies may sometimes fail in establishing a diagnosis. A large number of patients with small bowel Crohn’s Disease (CD) have disease proximal to the TI, which cannot be diagnosed by ileoscopy (Halligan S, 1998) and on the other hand, biopsy-associated hemorrhages and perforations have been reported (Byrne MF, 2004). However, evidences for the usefulness of biopsies still overcome the risk. Even though the TI is the commonest site for Crohn’s disease (Gollop JH, 1988), there are many other diseases affecting it and histology still is the gold standard to confirm IBD and exclude other conditions. Non-steroidal anti-inflammatory drug (NSAID) intake, as well as other pathological conditions such as lymphoid hyperplasia, lymphoma, infections and even ulcerative colitis (UC) can mimic CD terminal ileitis endoscopically. Moreover, normal-looking ileal mucosa may reveal significant pathological findings in biopsy specimens. Cherian et al reported the diagnostic yield of histopathology examination in normal-appearing ileal mucosa where in patients with normal-appearing TI, their mucosa was found to have histological findings in accordance with CD (Cherian S, 2004). | JORNAL DO CONGRESSO Confirming a diagnosis of CD The finding of typical histological features, such as architectural distortion, increased lymphocytes and plasma cells in lamina propria, granulomas and pyloric gland metaplasia 4 can help to establish a diagnosis of CD (Geboes K, 1998) (Yashesh Patel, 1977). Moreover, representative biopsies can be graded in its activity and staged in its chronicity (Naini BV, 2012), and dysplasia can be excluded. Additionally, even in the absence of all the characteristic histological features of CD, other conditions that can mimic it clinically and endoscpically or coexist with it can be ruled out. Differential diagnosis of CD terminal ileitis Intestinal infections can mimic the classic endoscopic and clinical features of IBD (abdominal pain, diarrhea, and weight loss) (Bojic D, 2011), and can present with identical extraintestinal manifestations (e.g., reactive arthritis, erythema nodosum) (De Hertogh G, 2004). Abdominal tuberculosis can be part of a multiorgan disease process or present as a primary disease. The incidence of this entity has increased due to the HIV epidemic and introduction of biological therapy. GI involvement with mycobacterial infection occurs primarily in the immunosuppressed patient but may occur in patients with normal immunity. Treatment with steroids or a TNF alpha inhibitor can lead to exacerbation of tuberculosis. The ileum is the most commonly-affected site, sometimes in isolation, without the involvement of other bowel segments. Differentiation from CD can be very difficult on clinical and histological grounds if culture is negative. However, the finding of large necrotizing granulomas in biopsy samples is strongly suggestive of tuberculosis (A B Pulimood, 1999). Moreover, a positive culture and polymerase chain reaction for mycobacterium tuberculosis can be obtained from the biopsy sample and confirm the diagnosis. Yersinia enterocolitica infection also occurs mainly in the TI and causes mucosal ulceration, neutrophil invasion, and thickening of the ileal wall that mimics CD. The diagnosis is made most directly by colonoscopy with biopsy and culture (Geir Larsson, 2014). NSAID induced enterocolopathy it is not infrequently misinterpreted endoscopically and histologically as Crohn’s disease (Stolte M, 2010). In addition to the appearance of ulcers in the stomach and duode- agradece o apoio de todos os que contribuiram para a realização deste Jornal, nomeadamente: Coordenação: ana Branquinho | [email protected] num, ulcerations due to NSAID can occur in the small intestine, but have no typical features of CD. Other causes of terminal ileitis that can mimic CD comprise a number of diseases, namely eosinophilic gastroenteritis (EG), systemic mastocytosis and endometriosis (CrumCianflone, 2010) that can be ruled out by biopsy. Conclusion Inflammatory bowel disease only affecting the small bowel continues to be a diagnostic challenge, largely because of the vast number of conditions that can simulate it. While the clinical history remains an indispensable part of sorting through the correct diagnosis, terminal ileum endoscopy and histopathological evaluation of tissue samples is valuable for the diagnosis of Crohn’s Disease (CD), primarily of isolated ileal disease in the presence of a normal colon. Histology is sometimes the main support in the differential diagnosis of the infectious, inflammatory, and non-inflammatory disorders that mimic IBD in symptoms and findings. References A B Pulimood, B. S. (1999). Endoscopic mucosal biopsies are useful in distinguishing granulomatous colitis due to Crohn’s disease from tuberculosis. Gut, 45, 537–541. Bojic D, M. S. (2011). Terminal ileitis is not always Crohn’s disease. Ann Gastroenterol, 24(4), 271-275. Byrne MF, P. D. (2004). Combined terminal ileoscopy and biopsy is superior to small bowel follow-through in detecting terminal ileal pathology. Dig Liver Dis., 36, 147-52. Cherian S, S. P. (2004). Is routine ileoscopy useful? An observational study of procedure times, diagnostic yield, and learning curve. Am J Gastroenterol , 99, 2324-2329. Crum-Cianflone, S. D. (August de 2010). Ileitis: When It Is Not Crohn’s Disease. Curr Gastroenterol Rep., 12(4), 249–258. De Hertogh G, G. K. (2004). Crohns disease and infections: a complex relationship. MedGenMed, 6, 14. Geboes K, E. N. ( Feb de 1998). Is ileoscopy with biopsy worthwhile in patients presenting with symptoms of inflammatory bowel disease? Am J Gastroenterol., 93(2), 201-6. Geir Larsson, T. S. ( May de 2014). Routine diagnosis of intestinal tuberculosis and Crohn’s disease in Southern India. World J Gastroenterol, 20(17), 5017-5024. Gollop JH, P. S. (1988). Epidemiologic aspects of Crohn’s disease: a population based study in Olmsted County, Minnesota, 1943–1982. Gut, 29, 49–56. Edição: Avenida Infante D. Henrique, n.º 333 H, Esc. 37 \\ 1800-282 Lisboa Tel.: 218 504 065 \\ Fax: 210 435 935 [email protected] www.newsfarma.pt Halligan S, S. B. (1998, Mar-Apr). Adult Crohn disease: can ileoscopy replace small bowel radiology? Abdom Imaging., 23(2), 117-21. Naini BV, C. G. (Dec de 2012). A histopathologic scoring system as a tool for standardized reporting of chronic (ileo)colitis and independent risk assessment for inflammatory bowel disease. Hum Pathol., 43(12), 2187-96. Stolte M, H. F. (Apr de 2010). Misinterpretation of NSAID-induced Colopathy as Crohn’s disease. . Z Gastroenterol., 48(4), 472-5. Yashesh Patel, N. M. (1977). The diagnostic yield of lower endoscopy plus biopsy in nonbloody diarrhea. Gastrointestinal Endoscopy, 4, 338-343. * Professor of Pathology Lisbon University & Lisbon School of Health Technology Figure 1: Terminal ileum biopsy with increased lymphocytes and plasma cells in lamina propria and epitheliod granuloma in a case of Crohn’s Disease Figure 2: Even in the absence of granuloma, architectural distortion and pyloric gland metaplasia can help to establish a diagnosis of CD Figure 3: Large necrotizing granulomas in biopsy samples of the terminal ileum is strongly suggestive of tuberculosis. The finding of acid fast bacilli with Ziehl–Neelsen stain confirms this diagnosis SECRETARIADO: GEDII Email: [email protected] Telem: 912 583 273 www.gedii.pt hot topics in ibd | 10 anos gedii Adesão à terapêutica na colite ulcerosa Dr. Francisco Portela* Drugs don’t work in patients who don’t take them. C Everett Koop A não-adesão à terapêutica é um problema significativo em todas as patologias crónicas e nomeadamente na colite ulcerosa. Existem dados apontando para taxas de 40 a 72% de não-adesão à medicação1. Trata-se portanto de um problema prevalente que tem implicações significativas no curso clínico da doença, aumentando nomeadamente o risco de recidiva. Kane et al2 num estudo prospetivo englobando 99 doentes em remissão há pelo menos 6 meses constataram que o risco de recidiva era 5 vezes superior nos não aderentes (hazard ratio = 5.5; 95% intervalo de confiança: 2.3 - 13; P < 0.001). Um outro aspeto onde a não-adesão parece ter importância prende-se com o aumento do risco de cancro colorretal (CCR). Embora não exista uniformidade absoluta nos dados publicados a este respeito a maioria dos estudos vai nesse sentido. Cita-se como exemplo a revisão sistemática de 9 estudos observacionais efetuada por Velayos et al3 e na qual os autores concluíram que existia uma associação protetora entre o 5-ASA e o aparecimento de CCR (OR=0.51; 95% (IC): 0.37-0.69), analisado isoladamente ou como CCR/ displasia (OR 0.51; 95% IC: 0.38-0.69). Embora a não-adesão à terapêutica de manutenção represente a curto prazo uma diminuição no consumo de recursos de saúde pode traduzir-se a médio prazo num agravamento dos custos globais com saúde apesar da menor despesa em alguns fármacos. Entre outras possíveis explicações deve ser considerado o aumento na despesa determinado pelo maior número de recidivas clínicas, já que o dispêndio em saúde nos doentes em fase ativa foi calculado como sendo pelo menos o dobro do verificado nos doentes com doença quiescente4. Têm sido identificados vários fatores de risco para a não-adesão incluindo elementos demográficos e socioculturais relacionados com o doente mas também características da medicação prescrita1. Entre os primeiros contam-se o sexo masculino, idade jovem e emprego exigente. No segundo grupo tem sido identificado a complexidade do regímen terapêutico, nomeadamente o número de tomas diárias e a polimedicação (quatro ou mais fármacos). Em relação a este primeiro aspeto (número de comprimidos e de tomas diárias) a evolução verificada nas formulações terapêuticas e os ensaios que permitiram concluir que a administração numa única toma da totalidade da dose de 5-ASA é pelo menos tão eficaz como a sua divisão ao longo do dia5 vieram permitir ultrapassar o que era entendido como um dos fatores de risco para a não-adesão. Embora, no caso específico da colite ulcerosa, os dados não sejam totalmente concordantes, verifica-se que em alguns estudos a adesão diminui quando os regimes terapêuticos se tornam mais complexos, nomeadamente com três ou mais doses diárias6. Esta falta de uniformidade nos resultados reflete, entre outros, a variabilidade individual e a multiplicidade de causas para a não-adesão. Se para alguns doentes outros fatores que não a complexidade do regime posológico podem ser determinantes, para outros este aspeto pode ser fundamental. Esta abordagem mais personalizada, baseada na análise das razões específicas de cada pessoa para a não-adesão a um determinado plano terapêutico é a estratégia atualmente recomendada7. Nesta aproximação ao problema os aspetos práticos (número de comprimidos e tomas ao longo dos dias) são complementados com a discussão dos conceitos e preocupações do doente de modo a ultrapassar eventuais barreiras percetuais em relação à medicação. Deste modo será possível conseguir uma melhor adesão dos doentes aos esquemas terapêuticos e obviar os aspetos negativos sobre o curso clínico inerentes à não-adesão. Bibliografia 1.Lakatos PL. Prevalence, predictors, and clinical consequences of medical adherence in IBD: how to improve it? World J Gastroenterol. 2009;15(34):4234-39. 2. Kane S, Huo D, Aikens J, Hanauer S. Medication nonadherence and the outcomes of patients with quiescent ulcerative colitis. Am J Med. 2003 Jan;114(1):39-43. 3. Velayos FS, Terdiman JP, Walsh JM. Effect of 5-aminosalicylate use on colorectal cancer and dysplasia risk: a systematic review and metaanalysis of observational studies. Am J Gastroenterol. 2005 Jun;100(6):1345-53. 4. Bassi A, Dodd S, Williamson P, et al. Cost of illness of inflammatory bowel disease in the UK: a single centre retrospective study. Gut 2004; 53: 1471–8. 5. Dignass A1, Lindsay JO, Sturm A, Windsor A, Colombel JF, Allez M, D’Haens G, D’Hoore A, Mantzaris G, Novacek G, Oresland T, Reinisch W, Sans M, Stange E, Vermeire S, Travis S, Van Assche G. Second European evidence-based consensus on the diagnosis and management of ulcerative colitis part 2: current management. J Crohns Colitis. 2012 Dec;6(10):991-1030. 6. Jackson CA, Clatworthy J, Robinson A, Horne R. Factors associated with onadherence to oral medication for inflammatory bowel disease: a systematic review. Am J Gastroenterol 2010; 105: 525–39. 7. S. V. Kane, A. Robinson. Understanding adherence to medication in ulcerative colitis – innovative thinking and evolving concepts. Aliment Pharmacol Ther 2010; 32: 1051–1058 * Assistente graduado de Gastrenterologia. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra The COPE principles Communicate with patients. Obtain patient’s commitment to therapeutic objectives. Promote emotional/psychological/ physical support as necessary. Educate the patient and their family. Since its introduction in the early 2000, video capsule endoscopy (VCE) has become a valuable daily used tool to investigate the small bowel. It is mainly used in patients with obscure unexplained symptoms, when other investigations are inconclusive. They also suggest preforming cross-sectional imaging or patency capsule prior to its use in such patients. Other potential uses in established SBCD are to assess therapeutic success in terms of mucosal healing, to clarify discrepancies between symptoms and laboratory results, or to detect new findings which might impact management. It can also be used as a prognostic tool before and after treatment or post surgery. In the present lecture we will present new data from a prospective cross sectional non interventional study we are engaged in in patients with established CD in remission, which will shed new information regarding the actual distribution of the disease and real Montreal classification, the association/accuracy of inflammatory markers (CRP, FCP) and endoscopic inflammation, the superiority of VCE over MRE in proximal SBCD, which of these two better predicts VCE retention and weather we can provide an algorithm/ predict exacerbations. * Head, Department of Gastroenterology & Hepatology, Sheba Medical Centre, Ramat-Gan. Professor of Medicine, Tel-Aviv University Medical School, Israel. Chairman Guidelines committee of ECCO | Rami Eliakim M.D.* gastrointestinal bleeding or in patients with suspected Crohn’s disease when ileocolonoscopy is negative. Multiple studies have established the superior diagnostic accuracy of VCE for the diagnosis of small bowel Crohn’s disease (SBCD), and the recently published ECCO guidelines on endoscopy state that it can be used as a first line tool when ileocolonoscopy is negative. However, data on its use and clinical impact in patients with established SBCD are scarce. Recent ECCO guidelines suggest its use in established SBCD should focus on patients with unexplained iron deficiency or obscure GI bleeding or in those with JORNAL DO CONGRESSO Capsule endoscopy for all patients with Crohn’s Disease-Yes 5 hot topics in ibd | 10 anos gedii 10 anos de relação mútua Dr.ª Helena Tavares de Sousa Sou membro do GEDII desde 2004. Para além da oportunidade de envolvimento em múltiplos projetos de investigação e da participação no primeiro curso de formação em DII para internos, tive o privilégio de, por intermédio do GEDII, frequentar duas ações formativas únicas. A primeira constou de um estágio observacional de uma semana num serviço de Gastrenterologia em Hamburgo, Alemanha. Este estágio decorreu em 2007, quando era ainda interna do 4.º do Internato Complementar de Gastrenterologia e, embora breve, constituiu uma experiência nova em que pude observar novas maneiras de trabalhar em Gastrenterologia e em DII. A segunda foi, já como especialista, a oportunidade de frequentar o 11th ECCO Intensive Advanced Course in IBD, em 2013, organizado pela ECCO. Como o nome indica, trata-se de um curso de formação intensiva em DII, organizado e proporcionado por alguns dos mais proeminentes peritos mundiais em DII, os quais, não obstante a sua primazia profissional, são intencionalmente jovens, permitindo um ambiente informal de interação com os formandos que facilita a aprendizagem. Trata-se de “A Formação em DII” por excelência. Nele é-nos facultada informação crucial sobre DII que vai desde ciência básica à terapêutica, passando pelo diagnóstico e seguimento do doente e pelo manejo de situações especiais que podem surgir a quem lida diariamente com estes doentes. Na minha carta de intenções destinada à seleção dos 2 participantes no curso, escrevi: “A DII é, para mim, uma paixão. (…) Tenho, ainda, o orgulho de pertencer ao GEDII e à ECCO, onde posso, com facilidade, aceder à mais relevante e recente literatura. Trabalhando hoje num centro periférico, é a conjunção de tudo isto, que, em cada dia, me serve de exemplo e estímulo para continuar neste caminho que, embora me realize, se me afigura, por vezes, difícil de manter. (…) Do 11th ECCO Intensive Advanced Course in IBD, mais do que aprender o que de mais recente existe em DII (o que posso conseguir na reunião da ECCO propriamente dita), espero poder parar, escutar e, serenamente, rever conceitos básicos, relembrar pormenores infrequentes na prática diária e, refletindo, estruturar ideias e organizar estratégias. O que motiva a minha candidatura à frequência do 11th ECCO Intensive Advanced Course in IBD é, no fundo, o querer, sempre, fazer mais e melhor pelos doentes com DII.” Após a frequência deste curso, posso dizer, sem qualquer dúvida, que todas as minhas expectativas foram satisfeitas e ultrapassadas. É uma experiência única, que todos os médicos cuja especial área de interesse seja a DII deviam experimentar. Conforme referi, encontrando-me a trabalhar num centro periférico, é para mim fundamental a interação com o GEDII, quer pela possibilidade de manter uma importante atividade investigacional, quer pela permanente disponibilidade dos colegas peritos em DII em todo o país que me ajudam e impelem a manter a excelência no tratamento dos meus doentes, quer ainda pela participação como formadora de colegas mais jovens (e não só). Por tudo o que o GEDII significa para mim enquanto gastrenterologista dedicada à DII e como pessoa, um muito obrigada e um bem-haja ao GEDII pelo que me concedeu nestes 10 anos de relação mútua. * Serviço de Gastrenterologia – Centro Hospitalar do Algarve – Unidade de Portimão Um desafio gratificante Estágio no serviço de Hepatogastrenterologia do Hôpital Saint Louis Dr.ª Paula Sousa* | JORNAL DO CONGRESSO A internacionalização é cada vez mais uma necessidade em todas as áreas profissionais, não apenas no âmbito de um investimento pessoal com o estabelecimento de novos contactos profissionais mas também pela aquisição de conhecimento técnico, científico e de novas formas 6 Dr.ª Ana Catarina Rego* de trabalho que daí advêm, e que constituirão uma mais-valia para os serviços de origem. Desde o início de novembro de 2014, encontro-me a realizar um estágio no serviço de Hepato-gastrenterologia no Hôpital Saint Louis, em Paris. Trata-se de um serviço chefiado pelo Prof. Doutor Matthieu Allez, reputado especialista na área da doença inflamatória intestinal, e que se encontra direcionado para duas áreas principais: a Oncologia Digestiva e a doença inflamatória intestinal. O estágio terá a duração total de 6 meses, durante os quais farei uma rotação por três áreas: endoscopia, internamento e hospital de dia/semana. Apesar das dificuldades expectáveis de integração num sistema de saúde distinto, e a própria língua francesa, esta experiência tem-se revelado um desafio gratificante. Sendo um centro de referência nas duas áreas mencionadas, tenho tido a oportunidade de contactar com patologias complexas e de difícil abordagem, sendo que os internos são envolvidos nos processos de decisão em reuniões verdadeiramente pedagógicas. A formação contínua é também uma preocupação, com cursos internos semanais, e cursos mensais dispersos pelos vários Hospitais de Paris, lecionados por especialistas de renome internacional. Por outro lado, o serviço está envolvido em diversos estudos internacionais, sendo também responsabilidade do interno a inclusão de doentes nos vários protocolos. Para além de toda a experiência clínica e científica, não poderei deixar de mencionar a vertente social. No Hôpital Saint-Louis encontrei uma equipa fantástica, que, além de competente, é incrivelmente acolhedora, procurando sempre organizar eventos fora do âmbito profissional, criando ou reforçando laços pessoais. Aproveito assim esta oportunidade para agradecer ao GEDII a experiência que me proporcionou, a qual recomendo vivamente a todos que tenham a oportunidade de a vivenciar. Tive o privilégio de realizar um estágio em DII, durante 5 semanas, no Hôpital Saint Louis, em Paris, sob a incansável orientação do Prof. Doutor Matthieu Allez. O GEDII, na pessoa do Professor Fernando Magro, teve um papel fundamental na sua concretização, estabelecendo os contactos e tornando-o possível, o que nunca poderei deixar de reconhecer e agradecer. Este estágio constituiu um momento muito importante na minha formação em DII, tendo a possibilidade de estar num centro de referência, com um grande volume de doentes, contactando com doentes graves, de difícil manejo. Tive também a oportunidade de participar na inclusão de doentes em ensaios clínicos, o que considero uma mais-valia. Foi, sem dúvida, muito enriquecedor e permitiu alimentar, ainda mais, o meu interesse por esta fascinante patologia. Com este testemunho gostaria de deixar o repto aos colegas mais novos, para que procurem e aproveitem estas oportunidades. *Centro Hospitalar Tondela-Viseu *Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada Esta é uma versão abreviada do RCM, com as informações essenciais do mesmo. Não excluí a leitura do RCM completo para mais detalhes e informação. Este medicamento está sujeito a monitorização adicional. Isto irá permitir a rápida identificação de nova informação de segurança. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas. Para saber como notificar reações adversas. Nome do medicamento Inflectra 100 mg pó para concentrado para solução para perfusão. Composição qualitativa e quantitativa Um frasco para injetáveis contém 100 mg de infliximab*. Depois da reconstituição cada ml contém 10 mg de infliximab. *Infliximab é um anticorpo monoclonal IgG1 humano-murino quimérico produzido em células de hibridoma de murino por tecnologia de ADN recombinante. Lista completa de excipientes, ver secção 6.1. Forma farmacêutica Pó para concentrado para solução para perfusão. O pó é branco. Indicações terapêuticas Artrite reumatoide. Inflectra, em associação com o metotrexato, é indicado para a redução de sinais e sintomas, bem como a melhoria da função física em: doentes adultos com doença ativa que apresentaram uma resposta inadequada a fármacos modificadores da evolução da doença reumatismal (DMARDs), incluindo o metotrexato. doentes adultos com doença grave, ativa e progressiva, que não receberam previamente tratamento com metotrexato ou outros DMARDs. Doença de Crohn em adultos. Inflectra está indicado para: tratamento da doença de Crohn ativa, moderada a grave, em doentes adultos que não apresentaram resposta mesmo após um ciclo completo e adequado de terapêutica com um corticosteroide e/ou um imunossupressor; ou que apresentam intolerância ou contraindicações para tais terapêuticas. tratamento da doença de Crohn ativa, com formação de fístulas, em doentes adultos que não apresentaram resposta mesmo após um ciclo completo e adequado de terapêutica com um tratamento convencional (incluindo antibióticos, drenagem e terapêutica imunossupressora). Doença de Crohn pediátrica. Inflectra está indicado para o tratamento da doença de Crohn ativa, grave, em crianças e adolescentes com idades compreendidas entre os 6 e os 17 anos, que não apresentaram resposta à terapêutica convencional, incluindo um corticosteroide, um imunomodulador e terapêutica de nutrição primária; ou que apresentam intolerância ou contraindicações para tais terapêuticas. Infliximab foi estudado apenas em associação com terapêutica imunossupressora convencional. Colite ulcerosa Inflectra está indicado para o tratamento da colite ulcerosa ativa, moderada a grave, em doentes adultos que não responderam adequadamente à terapêutica convencional, incluindo corticosteroides e 6mercaptopurina (6MP) ou azatioprina (AZA), ou que apresentam intolerância ou contraindicações para estas terapêuticas. Colite ulcerosa pediátrica Inflectra está indicado para o tratamento da colite ulcerosa ativa grave, em crianças e adolescentes com idades compreendidas entre os 6 e os 17 anos, que apresentaram uma resposta inadequada à terapêutica convencional, incluindo corticosteroides e 6MP ou AZA, ou que apresentam intolerância ou contraindicações para tais terapêuticas. Espondilite anquilosante Inflectra está indicado para o tratamento da espondilite anquilosante ativa grave, em doentes adultos que não responderam adequadamente a terapêuticas convencionais. Artrite psoriática Inflectra está indicado para o tratamento da artrite psoriática ativa e progressiva em doentes adultosquando houver uma resposta inadequada a uma terapêutica prévia com DMARD. Inflectra deve ser administrado em associação com metotrexato ou em monoterapia, em doentes que demonstraram intolerância ao metotrexato ou para os quais o metotrexato está contraindicado Psoríase Inflectra é indicado para o tratamento da psoríase em placas, moderada a grave, em doentes adultos que não apresentaram resposta, ou que têm uma contraindicação, ou que são intolerantes a outras terapêuticas sistémicas, incluindo ciclosporina, metotrexato ou psoraleno associado à radiação ultravioleta (PUVA). Posologia e modo de administração O tratamento com Inflectra deve ser iniciado e efetuado sob a supervisão de um médico especialista com experiência no diagnóstico e tratamento da artrite reumatoide, de doenças intestinais inflamatórias, espondilite anquilosante, artrite psoriática ou psoríase. Inflectra deve ser administrado por via intravenosa. As perfusões de Inflectra devem ser administradas por profissionais de saúde qualificados com formação adequada para detetar quaisquer problemas relacionados com a perfusão. Os doentes medicados com Inflectra devem receber o folheto informativo e o Cartão de Alerta do Doente. Posologia Adultos (≥ 18 anos) Artrite reumatoide 3 mg/kg administrados sob a forma de uma perfusão intravenosa, seguidos por doses adicionais de 3 mg/kg administradas 2 e 6 semanas após a primeira perfusão e, em seguida, em intervalos de 8 semanas. Inflectra deve ser administrado concomitantemente com metotrexato. Doença de Crohn ativa moderada a grave 5 mg/kg administrados sob a forma de uma perfusão intravenosa, seguidos por uma perfusão adicional de 5 mg/ kg 2 semanas após a primeira perfusão intravenosa. Doença de Crohn ativa, com formação de fístulas 5 mg/kg administrados sob a forma de uma perfusão intravenosa, seguidos de doses adicionais de 5 mg/kg, administradas por perfusão às 2 e 6 semanas após a primeira perfusão. Colite ulcerosa 5 mg/kg administrados sob a forma de perfusão intravenosa, seguidos por doses adicionais de 5 mg/kg administradas por perfusão 2 e 6 semanas após a primeira perfusão, e em seguida, em intervalos de 8 semanas. Espondilite anquilosante 5 mg/kg administrados sob a forma de perfusão intravenosa, seguidos por doses adicionais de 5 mg/kg, administradas por perfusão, 2 e 6 semanas após a primeira perfusão e, em seguida, em intervalos de 6 a 8 semanas. Artrite psoriática 5 mg/kg administrados sob a forma de perfusão intravenosa, seguidos por doses adicionais de 5 mg/kg, administradas por perfusão, 2 e 6 semanas após a primeira perfusão e, em seguida, em intervalos de 8 semanas. Psoríase 5 mg/kg administrados sob a forma de perfusão intravenosa, seguidos por doses adicionais de 5 mg/kg, administradas por perfusão, 2 e 6 semanas após a primeira perfusão e, em seguida, a intervalos de 8 semanas. Perfusões mais curtas nas indicações para adultos Em doentes adultos cuidadosamente selecionados que toleraram, pelo menos, 3 perfusões iniciais de 2 horas de Inflectra (fase de indução) e que estão a receber tratamento de manutenção, pode considerar-se a administração das perfusões subsequentes durante um período não inferior a 1 hora. Se ocorrer uma reação à perfusão associada a uma perfusão mais curta, pode ser considerada uma taxa de perfusão mais lenta para futuras perfusões se o tratamento for para continuar. Não foram estudadas perfusões mais curtas com doses > 6 mg/kg. Contraindicações Doentes com antecedentes de hipersensibilidade ao infliximab, a outras proteínas murinas ou a qualquer um dos excipientes do medicamento. Doentes com tuberculose ou outras infeções graves, tais como, sepsis, abcessos, e infeções oportunistas. Doentes com insuficiência cardíaca moderada ou grave (classe III/IV da NYHA). Efeitos indesejáveis Resumo do perfil de segurança A infeção do trato respiratório superior foi a reação adversa ao medicamento (RAM) notificada com maior frequência em ensaios clínicos, ocorrendo em 25,3 % dos doentes tratados com infliximab em comparação com 16,5 % dos doentes do grupo de controlo. As RAMs mais graves associadas à utilização de antagonistas do TNF que têm sido notificadas para o infliximab incluem a reativação do VHB, insuficiência cardíaca congestiva, infeções graves (incluindo sepsis, infeções oportunistas e tuberculose), doença do soro (reações de hipersensibilidade tardia), reações hematológicas, lúpus eritematoso sistémico/síndrome semelhante ao lúpus, doenças desmielinizantes, acontecimentos hepatobiliares, linfoma, HSTCL, leucemia, carcinoma de células Merkel, melanoma, neoplasias malignas pediátricas, sarcoidose/reação tipo sarcoide, abcesso intestinal ou perianal (na doença de Crohn) e reações graves à perfusão (ver secção 4.4). Notificação de suspeitas de reações adversas A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas através do sistema nacional de notificação (http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice. seramhomepage). Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: imunossupressores, inibidores do fator de necrose tumoral alfa (TNFa), código ATC: L04AB02. Inflectra é um medicamento biosimilar. Está disponível informação pormenorizada sobre este medicamento no sítio da internet da Agência Europeia de Medicamentos: http://www.ema.europa.eu. Prazo de validade 51 meses. Precauções especiais de conservação Conservar no frigorífico (2°C8°C). TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Hospira UK Limited. Queensway, Royal Leamington Spa, Warwickshire CV31 3RW, Reino Unido NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/13/854/001: 1 frasco para injetáveis, registo no Infarmed 5571559 DATA DA REVISÃO DO TEXTO: 01-2015 Está disponível informação pormenorizada sobre este medicamento no sítio da Internet da Agência Europeia de Medicamentos: http://www.ema.europa.eu. PT-INF-002-16 hot topics in ibd | 10 anos gedii 11.20h The time and the place of Deep enteroscopy Only for therapeutics – Rolando Pinho Also for diagnosis – Susana Mão de Ferro 11.40h Capsule enteroscopy for unclassified colitis YES - Miguel M. Saraiva NO - Cristina Chagas 11.40h SE XT AF EI RA ::: programa 12.00h 8.50h 9.00h 9.00h 10.30h Open session Fernando Magro; Luís Correia Simposium GEDII-GEPID Hot Topics in small Bowel IBD I Great Debate Chairs: Rami Eliakim - Israel; Miguel M. Saraiva 9.00h 9.20h 9.20h 9.40h 9.40h 10.00h Capsule enteroscopy for all patients with Crohn’s YES - Rami Eliakim NO - Marta Salgado Capsule pan-endoscopy is useful in IBD YES - J.M.Herrerias – Spain NO - Nuno Almeida Is patient capsule study mandatory for all patients? YES - Maria J. Moreira NO - Helder Cardoso Discussion 13.00h Symposium with lunch - AbbVie 12.45h 15.00h 15.00h 15.45h Microscopic Colitis Chairs: Fátima Carneiro; José Cotter 15.00h 15.15h Histopathology features Cord Lagner 15.15h 15.30h Diagnosis and Treatment Munch Andreas - Sweden 11.30 12.00 14.00 14.30h 14.30 17.15h YES - Ana Rita Gonçalves NO - Bruno Rosa 11.30 Oral Comunications Chairs: Guilherme Macedo; Ana Vieira; Helena Tavares Optimizing anti TNF treatment Chairs: João L.Freitas; M.A Duarte G. Van Assche – Belgium 11.20h 11.00 14.30 Coffee-Break Endoscopic scores in capsule enteroscopy 10.30 Discussion 15.45h 16.45h 11.00h 11.45 15.30h Simposium GEDII-GEPID Hot Topics in small Bowel IBD II Great Debate Chairs: Rami Eliakim; Pedro Figueiredo 10.30 14.00h 15.45h 12.00h 10.00 10.3 11. Coffee-Break Guided Poster Visit : Susana Lopes; Ana Isabel Vieira; João Bruno Soares 11.00h 10.00 11.00 10.30h 11.00h JORNAL DO CONGRESSO 12.30h Discussion 11.00h | 12.45h 10.00h 10.30h 8 12.00h CONFERENCE Is biopsy essential for the diagnosis of inflammatory bowel disease only affecting the small bowel? Chair: Paula Borralho Cord Lagner – Austria 8.30h 16.45h 17.15h 17.45h 17.45h 18.45h Great Debate – Diagnosing and drugs in IBD Chairs: Fernando Magro; Luís Correia 16.00h 15.00h 15.00 15.30h 15.30 16.00 16.00 18.00 18.00 hot topics in ibd | 10 anos gedii e drugs in IBD rreia SÁ BA D 10.00h 10.00h 10.30h Cofee-Break Guided Poster Visit : Susana Lopes; Ana Isabel Vieira; João Bruno Soares 10.30h Biomarkers Chairs: Paula Ministro; Susana Lopes 11.45h 10.30h Different approaches for Calprotectin measurement Joana Afonso 11.00h Calprotectin to follow IBD patients Jørgen Jahnsen - Norway 11.00h 11.30h 11.30h Discussion 12.00h Symposium with lunch – MSD 14.00h Grants and awards 14.30h New challenges in IBD treatment Chairs: Francisco Portela; Paula Peixe 11.45h 14.00h 14.30h 16.00h 14.30h New drugs and targets in IBD Silvio Danese – Italy 15.00h Immunomodulators often or always? F. Baert - Belgium 15.00h 15.30h 15.30h Discussion 16.00h Symposium with Slunch – FERRING 18.00h GEDII General Assembly 16.00h 18.00h Ferring Portuguesa – Produtos Farmacêuticos, Soc. Unipessoal, Lda. Rua Alexandre Herculano, Edifício 1 – 6.º Piso 2795-240 Linda-a-Velha – Portugal Tel.: +351 21 940 51 90 | Fax: +351 21 940 52 09 | www.ferring.pt C.S. 1.400.000.00€ | Matrícula na C.R.C. de Cascais n.º 18158 | Cont. n.º 502 034 831 JORNAL DO CONGRESSO ter 8.30h Clinical cases Chairs: Paula Lago, Raquel Gonçalves; Jaime Ramos; J.Costa Pereira; Paulo Caldeira | sis of O o Pinho o de Ferro 9 hot topics in ibd | 10 anos gedii New drugs and targets in IBD Silvio Danese MD, PhD * The mechanisms underlying the chronic intestinal inflammation that is a hallmark of inflammatory bowel diseases (IBD) are complex. Components of the pathological response include the adaptive and innate immune systems, as well as the intestinal epithelium and endothelium. Advances in the understanding of the roles of each of these components have resulted in the development of multiple biological agents that Components of the pathological response include the adaptive and innate immune systems, as well as the intestinal epithelium and endothelium all represent an alternative to the use of current therapies in patients with refractory Crohn’s disease or ulcerative colitis. This study systematically reviews the mechanisms of action, efficacy and safety of new and emerging therapies that are currently in clinical trials and discusses future directions in the treatment of IBD. *Head IBD Center Humanitas Research Hospital, Milan - Italy Different options, same results? Optimizing anti-TNF treatment | JORNAL DO CONGRESSO Gert Van Assche, MD, PhD* 10 Anti-TNF therapies have entered the therapeutic armamentarium for Crohn’s disease 15 years ago and more recently also that of ulcerative colitis. They are the first representatives of the biological agents, mostly monoclonal antibodies, in the treatment of inflammatory bowel disorders (IBD). Biological therapies are highly specific since they are directed at a single protein target, but expensive due to a high development and manufacturing cost. Unlike in other immune disorders such as rheumatoid arthritis, until recently, only anti-TNF therapies had demonstrated efficacy in patients with refractory IBD and therefore treatment optimization has received much attention. The optimal use of anti-TNF treatment in IBD starts with selecting the right patients. It is clear in Crohn’s disease that patients with active inflammation, evidenced by increased inflammatory markers and/ or endoscopic lesions at the start of therapy (Colombel JF et al. NEJM 2010). The same is most likely true for ulcerative colitis. Also, a careful review of the patient’s history is needed when starting an immunosuppressive agent, including an anti-TNF. Finally, perianal or intraabdominal sepsis should be drained, if needed through surgery, prior to starting anti-TNF therapy. The second crucial step for the optimal use of anti-TNFs is the induction phase. According to the ECCO consensus guidelines, the initial response to anti-TNFs should be assessed after 8-12 weeks (Dignass A et al. 2010). However, patients want to feel better much sooner. There is increasing evidence that patients with a high inflammatory burden, such as those with severe steroid refractory ulcerative colitis, may need higher anti-TNF induction doses to heal their colon. In those patients investing in extra induction doses is a valuable strategy. It is also clear that combining infliximab with a thiopurine and all anti-TNFs with steroids increases the primary response rate. It is not entirely clear why optimizing therapy in the induction phase is so beneficial on the long term. However, emerging evidence suggests that the high inflammatory burden results in lower anti-TNF blood levels, which may reduce their clinical efficacy but also may increase the immunogenicity of mAbs leading to an increased risk of loss of response over time. It is also not clear whether combination therapy needs to be continued beyond the induction period. Optimization of anti-TNF therapy in the maintenance phase has received the most attention as it has become obvious that up to 40% of patients are faced with a loss of response to an anti-TNF over time. Therapeutic drug monitoring, or the assessment of anti-TNF serum levels and antidrug antibodies, has entered clinical trials and even daily practice as a strategy for treatment optimization. The reasons for the loss of response are diverse and should always be investigated. The main mechanisms leading to a symptomatic relapse while on an anti-TNF drug include: disease complications such as strictures, functional bowel symptoms, intra-abdominal or peri-anal sepsis, loss of efficacy of the anti-TNF drugs and accelerated drug clearance due to anti-drug antibodies or other mechanisms. The therapeutic interventions differ substantiall based on the underlying reason for loss or response and therefore, further investigation is mandated. We follow a pragmatic, multi-step, approach for patients losing response to an anti-TNF. Step 1: Document active inflam- mation by measuring CRP, fecal calprotectin and or by performing endoscopy or cross sectional imaging. Exclude enteric infections with a stool culture, strictures and sepsis with cross sectional imaging Step 2: In patients with documented inflammation, anti-TNF drug levels and anti-drug antibodies are determined. Step 3: The dosing is intensified in patients with low drug levels or an anti-metabolite is (re)introduced. In those with high levels we switch out of class to a non- anti-TNF drug or to surgery. When high titers of anti-drug antibodies are detected we switch to the next anti-TNF, since the patient is immunized and increasing the dose will not be beneficial on the long term. 15 years after the introduction of anti-TNFs into clinical practice, the ideal strategies for treatment optimization are still debated. The lack of alternative treatment options and the high direct drug cost of antiTNFs is fueling this debate However, therapeutic drug monitoring is not accessible to all clinicians and the evidence supporting its use is not uniform. An alternative strategy may be to increase the dose in every patient with a documented relapse. The cost effectiveness of both strategies has not been directly compared in a randomized clinical trial. Cost effectiveness questions are more at stake for anti-TNFs than for older treatments such as steroids and antimetabolites. This is primarily a cost issue rather than a benefit to risk analysis. Finally, a recent randomized clinical strategy trial has looked at treatment optimization as a pre-emptive measure in patients with ongoing response to infliximab. The hypothesis underlying this trial states that the prevention of low anti-TNF trough levels and excessively high levels, increases the long term efficacy and reduces side effects and drug costs. The study has been presented as an abstract and preliminary results suggest that less than half of patients are within a pre-defined therapeutic window of 3-7 µg/ml despite ongoing clinical response (Vande Casteele N et al. 2013). Patients were brought within the therapeutic window by increasing or decreasing the infliximab dosing, randomized to either treatment adjustments based on clinical criteria or on drug levels. After one year, the cost and overall efficacy of both strategies was comparable, although there were trends to more relapses and a higher rate of anti-drug antibodies in the group without therapeutic drug monitoring. These data need to be confirmed and also expanded to other anti-TNFs. In summary, 15 years after the introduction of anti-TNFs into clinical practice, the ideal strategies for treatment optimization are still debated. The lack of alternative treatment options and the high direct drug cost of anti-TNFs is fueling this debate. Therapeutic drug monitoring adds some science to the debate, but the long term impact of drug level based dosing optimization during induction and maintenance needs further study. References: 1.Colombel JF, Sandborn WJ, Reinisch W, et al. SONIC Study Group. Infliximab, azathioprine, or combination therapy for Crohn’s disease. N Engl J Med. 2010;362:1383-95. 2.Dignass A, Van Assche G, Lindsay JO, et al. The second European evidence-based Consensus on the diagnosis and management of Crohn’s disease: Current management. J Crohns Colitis. 2010;4:28-62. 3. Vande Casteele N et al. UEGW 2013 Oral presentation. * Division of Gastroenterology University Hospitals Leuven,Belgium hot topics in ibd | 10 anos gedii Experiência internacional proporcionada pelo GEDII Hospital de Beaujon e de Lariboisière, onde eram apresentadas sessões teóricas, seguidas de casos clínicos e sua discussão. O facto de o Serviço estar inserido numa das regiões da Europa com elevada incidência e prevalência de doença inflamatória intestinal, permitiu-me contactar não só com um elevado número de doentes, mas também com a complexidade e gravidade de grande parte dos casos. O seu reconhecimento como centro de referência europeu nesta área, permitiu-me também estar envolvido em alguns dos ensaios clínicos em curso, nomeadamente os relacionados com a terapêutica biológica, possibilitando, não só a aquisição de maior experiência no manejo de terapêuticas atuais (infliximab, adalimumab, golimumab), mas também o contacto com novas terapêuticas não disponíveis no nosso País (vedolizumab, certolizumab, ustekinumab). Adquiri um maior conhecimento nos critérios de seleção de doentes com terapêutica biológica e aprendi a lidar com as suas complicações. Estive particularmente envolvido num projeto relacionado com a imunofenotipagem de linfócitos na DII e com o doseamento prospetivo de anticorpos anti-infliximab e sua relação com atividade clínica, laboratorial e predição de falência de resposta. Este estágio, ao incentivar o exercício do senso crítico e promover o intercâmbio e a comunicação entre sistemas de saúde e de formação europeus, permitiu-me tomar consciência de algumas das nossas dificuldades mas também valorizar as nossas qualidades. Ao contactar com diferentes métodos de trabalho, adquiri “competências transversais” necessárias à prática da medicina atual, nomeadamente, linguísticas, de comunicação, responsabilidade, iniciativa, adaptabilidade, flexibilidade. Em suma, a realização deste estágio permitiu-me adquirir maior e melhor experiência profissional e alargar horizontes pelo conhecimento de novas realidades culturais e educacionais. Por último, não posso deixar de felicitar o GEDII pela sua meritória atividade desenvolvida ao longo destes 10 anos e, muito especialmente, em prol da formação dos internos de Gastrenterologia. * Interno de Gastrenterologia do Hospital de São Bernardo, Centro Hospitalar de Setúbal, E.P.E JORNAL DO CONGRESSO A doença inflamatória intestinal (DII) constitui, atualmente, um dos maiores desafios da Gastrenterologia clínica. De facto, a sua incidência crescente e abrangendo preferencialmente a população ativa, o seu caráter crónico, as dificuldades diagnósticas e, sobretudo, a abordagem terapêutica atual com recurso a fármacos imunossupressores e biológicos implicam uma maior diferenciação do gastrenterologista que se dedica a esta área. Tendo interesse pessoal pela DII, e aproveitando a oportunidade que o GEDII proporcionou, fui selecionado pelos representantes nacionais da ECCO para frequentar o 11th Intensive Advanced Course no âmbito do 8.º Congresso da ECCO em fevereiro de 2013, em Viena. Este curso oferece uma ampla base de conhecimentos multidisciplinares na área da DII e constitui uma excelente oportunidade para o intercâmbio de experiências com colegas de outros países europeus, com diferentes sistemas de saúde, além de permitir estabelecer uma rede de contactos e Não posso deixar de felicitar o GEDII pela sua meritória atividade desenvolvida ao longo destes 10 anos e, muito especialmente, em prol da formação dos internos de Gastrenterologia | Dr. Daniel Trabulo* de colaboração futura. Também com a contribuição do GEDII, na pessoa do Prof. Doutor Fernando Magro, realizei um estágio clínico, com dois meses de duração, no Serviço de Gastrenterologia e Hepatologia do Hôpital de S. Louis, em Paris. Este Serviço constitui um dos centros de referência europeus em DII e patologia Oncológica e é membro do GETAID (Groupe d’Étude Thérapeutique des Affections Inflammatoires du Tube Digestif). Assim, pude continuar a formação específica iniciada no 2.º ano do Internato na Consulta Externa de Doença Inflamatória Intestinal do Hospital de São Bernardo, em Setúbal. Durante o estágio, tive a oportunidade de trabalhar diretamente com o Prof. Doutor Mathieu Allez, acompanhando doentes na consulta externa de DII diariamente, na enfermaria e no Hospital de Dia, discutindo diretamente a estratégia terapêutica e colaborei em técnicas endoscópicas relacionadas com esta área (dilatações de estenoses e cromoendoscopia). Tratando-se de um Hospital Universitário, tive ainda a oportunidade de participar na atividade formativa do Serviço, nomeadamente em Reuniões de Staff (reuniões clínicas do Serviço onde eram discutidos os casos mais complexos do internamento e consulta), Journal Clubs, ações de formação organizadas pelos médicos do Serviço, reuniões multidisciplinares (em conjunto com Cirurgia, Radiologia e Anatomia Patológica) e reuniões clínicas inter-hospitalares com o 11 hot topics in ibd | 10 anos gedii Controlo contínuo da colite ulcerosa “Alívio sintomático não é alvo terapêutico aceitável” | JORNAL DO CONGRESSO No próximo sábado, dia 24 de Janeiro, entre as 12 e as 14 horas, terá lugar neste congresso um simpósio-almoço promovido pela MSD, cuja moderação estará a cargo do Prof. Doutor Fernando Magro. Nesta sessão será debatida a importância de identificar precocemente os fatores de mau prognóstico, no sentido de intensificar a terapêutica em subgrupos de doentes com maior risco de complicações. Serão também revistos os resultados do estudo PURSUIT que demonstraram a eficácia de golimumab tanto como terapêutica de indução, como de manutenção, revelando que este anti-TNFα permite um controlo contínuo da colite ulcerosa. Por fim, serão apresentados casos clínicos, em que o golimumab foi a terapêutica eleita para cinco doentes com colite ulcerosa. 12 “Os fatores de mau prognóstico dependem sempre dos outcomes clínicos que procuramos”, afirma a Dr.ª Marte Lie Hoivic, em declarações ao Jornal do Congresso. Segundo a gastrenterologista do Institute for Klinisk Medisin, em Oslo, a ausência de uma definição formal de complicações em colite ulcerosa tem desencadeado algum enviesamento nos vários estudos clínicos desenvolvidos em torno desta patologia. “Daí a dificuldade em fazer comparações de resultados”. Contudo, “enquanto fator de prognóstico, é mais importante definir a extensão da doença, a ocorrência de recaída, a necessidade de colectomia ou o desenvolvimento de cancro colorretal”, acrescenta. Até aqui, a extensão da doença no momento do diagnóstico representava o principal fator de mau prognóstico, contudo, alguns estudos vieram sugerir que também o diagnóstico em idades precoces (antes dos 40 anos), a necessidade de glucocorticoides a partir do diagnóstico, a presença de uma doença muito ativa desde o início e o sexo masculino estavam associados a um aumento do risco de colectomia e de progressão da doença. Todavia, “continua a haver algumas contradições, na medida em que outros estudos apontam para um maior risco nos doentes que desenvolvem a doença mais tardiamente”, alerta a Dr.ª Marte Lie Hoivic. A especialista sublinha que o reconhecimento destes fatores de mau prognóstico ainda num estádio precoce da doença pode ajudar a selecionar o subgrupo de doentes que mais beneficiarão de uma estratégia terapêutica mais agressiva logo desde o início. Isto porque, está demonstrado que o tratamento com medicamentos biológicos, por exemplo, é mais eficaz quando iniciado em estádios mais precoces da colite ulcerosa do que em estádios mais avançados. “Esperamos, portanto, que a seleção de subgrupos de doentes com fatores de mau prognóstico num estádio precoce nos permita oferecer tratamentos mais eficazes, que reduzam o risco de progressão da doença, a longo prazo, assim como as complicações como a colectomia e nos permita individualizar as decisões clínicas”, afirma a especialista. Por outro lado, o reconhecimento destes doentes permite também individualizar as decisões clínicas, com o objetivo de melhorar os outcomes. “Acreditamos que a identificação dos fatores de mau prognóstico e a intervenção precoce mais agressiva nestes doentes pode resultar numa melhoria dos outcomes clínicos e na redução do número de doentes com complicações”. No entanto, “não existem, até agora, estudos que tenham demonstrado um efeito benéfico a longo prazo relacionado com a identificação precoce dos fatores de mau prognóstico. São, portanto, necessários estudos prospetivos a longo prazo”, remata a Dr.ª Marte Lie Hoivic. “Enquanto fator de prognóstico, é mais importante definir a extensão da doença, a ocorrência de recaída, a necessidade de colectomia ou o desenvolvimento de cancro colorretal” Controlo contínuo Relativamente ao tratamento da colite ulcerosa, o Dr. Julian Panés defende que até os sintomas mais ligeiros devem ser eficazmente controlados. Esses sintomas “induzem deterioração da qualidade de vida dos doentes e alteram as suas atividades numa tentativa de lidar com os sintomas”. Por outro lado, “as lesões endoscópicas ou histológicas persistentes aumentam o risco de cancro colorretal”, defende o gastrenterologista do Hospital Clinic de Barcelona, Espanha. Na perspetiva do Dr. Julian Panés, o alcance de uma atividade ligeira da colite ulcerosa não é um objetivo terapêutico aceitável, na medida em que “todos temos de procurar a remissão completa. Os doentes precisam de um controlo completo e mantido da sua doença e não apenas de uma melhoria dos sintomas. Não podemos permitir que um doente mantenha sintomas, ainda que ligeiros quando existem opções terapêu- ticas eficazes que oferecem um total controlo da colite ulcerosa”, reforça. A possibilidade de controlar de forma eficaz e mantida a colite ulcerosa foi confirmada no PURSUIT, o estudo que fez parte do programa de desenvolvimento clínico do golimumab. No PURSUIT, foram apenas necessárias duas doses deste anti -TNF-α em indução para alcançar uma resposta clínica rápida. Às seis semanas 51% dos doentes tratados com golimumab obtiveram resposta clínica (versus 30% no grupo placebo), 18% alcançaram a remissão completa (versus 6% do grupo placebo), 42% a cura significativa da mucosa (versus 29% do grupo placebo). Além disso, verificou-se, nos doentes tratados com golimumab uma melhoria mais significativa da qualidade de vida. Nos doentes que responderam inicialmente ao tratamento com golimumab foi implementada terapêutica de manutenção. Nesta fase, 47% dos doentes tratados com o anti-TNF -α e 31% dos que receberam placebo, mantiveram a resposta clínica às 54 semanas. De acordo com o Dr. Julian Panés, o desenho do estudo PURSUIT teve uma elevada relevância clínica. Desde logo porque “foi feita uma separação entre a fase de indução e a fase de manutenção, o que não aconteceu nos estudos ACT e ULTRA”, justifica. Por outro lado, porque, “tal como na prática clínica, apenas entraram na fase de manutenção, os doentes que tiveram uma resposta clínica na fase de indução”. Considerando que a persistência de sintomas intermitentes não corresponde a um controlo adequado da doença, o especialista entende que é preciso um longo período de observação para perceber se a remissão é, de facto contínua. “Não basta observar os doentes num ponto temporal específico e limitado”. Neste contexto, o golimumab demonstrou um benefício clínico e uma remissão mantida tanto na fase de indução, como na fase de manutenção. A via de administração (subcutânea) e a frequência da administração (a cada quatro semanas) são os principais pontos diferenciais entre o golimumab e os restantes tratamentos da mesma classe terapêutica, utilizados na abordagem de doentes com colite ulcerosa. Além disso, "o golimumab é um anticorpo humano, o que significa que poderá ter menor imunogenicidade”, sublinha o especialista. "Não podemos permitir que um doente mantenha sintomas, ainda que ligeiros quando existem opções terapêuticas eficazes que oferecem um total controlo da colite ulcerosa” Golimumab: A experiência num centro de referência Durante a exposição “Golimumab in clinical practice” serão apresentados, pela Dr.ª Rosa Coelho Abrantes, os cinco doentes com colite ulcerosa que durante o ano de 2014 foram propostos para terapêutica com golimumab. Segundo a interna de formação específica do Centro Hospitalar São João, “todos os doentes apresentavam atividade moderada, extensão compatível com colite esquerda e critérios de corticodependência. Não foram observadas reações adversas e todos apresentaram, até à data, boa evolução clínica, analítica e imagiológica”. hot topics in ibd | 10 anos gedii Expandir conhecimentos e competências na área da doença inflamatória intestinal Dr.ª Ana Rita Gonçalves* A doença inflamatória intestinal constitui um dos maiores desafios da gastrenterologia clínica. A sua incidência crescente nos países desenvolvidos, o carácter crónico, o atingimento preferencial de uma população ativa e produtiva economicamente, as dificuldades diagnósticas e, sobretudo, o manejo terapêutico atual com tendência para instituição de terapêuticas mais agressivas com recurso a fármacos imunossupressores e biológicos implicam uma cada vez maior diferenciação do gastrenterologista que se dedica a esta área particular. Deste modo, e tendo em conta o meu particular interesse na área, propus-me expandir os meus conhecimentos na área realizando durante o internato complementar de Gastrenterologia um estágio específico num centro de referência. O GEDII e em particular na pessoa do Prof. Doutor Fernando Magro, foi essencial na escolha do centro, na referenciação e realização dos primeiros contactos. A escolha recaiu num dos principais centros de referência europeus da área - Clinique des Maladies de l´Appareil Digestif et de la Nutrition, Hôpital Claude Huriez, Lille, França (Director: Prof. Antoine Cortot), tendo oportunidade de acompanhar diariamente o Prof. Doutor Jean-Frédéric Colombel. A escolha deste centro prendeu-se com vários motivos: a experiência clínica do serviço, inserido numa das regiões da Europa com elevada incidência e prevalência de doença inflamatória intestinal, concentrando assim um Durante um período de 3 meses tive oportunidade de acompanhar diretamente cerca de 200 doentes com doença inflamatória intestinal em regime ambulatório de consulta externa e 40 doentes em regime de internamento número elevado de doentes; o reconhecimento mundial como centro de referência nesta área, especialmente na abordagem terapêutica. O serviço posicionava-se como um dos centros envolvidos nos principais ensaios clínicos terapêuticos na área da terapêutica biológica possibilitando, não só a aquisição de maior experiência no manejo de terapêuticas já disponíveis mas também o contacto com novas terapêuticas. Durante um período de 3 meses tive oportunidade de acompanhar diretamente cerca de 200 doentes com doença inflamatória intestinal em regime ambulatório de consulta externa e 40 doentes em regime de internamento. A discussão focava-se sobretudo na estratégia terapêutica, prevenção de complicações associadas a terapêuticas imunossupressoras e opções a tomar em doentes difíceis. Tive ainda o meu primeiro contacto com as novas terapêuticas biológicas (vedolizimab, golimumab, ustekinumab) no âmbito dos ensaios clínicos a decorrer na altura. Em conclusão, um estágio rico, intenso, que me permitiu expandir conhecimentos e competências na área da doença inflamatória intestinal. * Gastrenterologista, Hospital de Santa Maria – CHLN My experience in a reference international centre of IBD cases needing hospitalisation are admitted) and Endoscopy. In IBD consultation I worked mostly with Professor Colombel and Professor Antoine Cortot. Both have an enormous experience in the field of IBD. I watched the implementation of guidelines on the daily basis and had the opportunity to develop my knowledge and skills in the diagnostic and therapeutic area in IBD. The enormous volume of patients seen in consultation provided me a better understanding of the indications, contraindications and pharmacology of the therapies used in relevant clinical situation. I also observed the utilization of new biologic agents by the inclusion of patients in clini- Lille Gastroenterology team was always warm full and made feel at home. I am very grateful to Professor Colombel and to Professor Cortot. They are brilliant doctors and scientists, but mostly, they are wonderful persons that always kept me motivated and transmitted me their “passion” for IBD. I would also like to gratefully thank GEDII and Professor Fernando Magro for arranging all the contacts that made this experience happen. * Serviço de Gastrenterologia do Hospital Beatriz Ângelo, Loures During my stay, and in order to profit the most as possible, I divided my time between IBD consultation, the Infirmary of Nutrition and Endoscopy JORNAL DO CONGRESSO During my fourth year of GI training, I had the wonderful opportunity to make a 3-month internship in “Service des Maladies de l´Appareil Digestif et de la Nutrition” in Centre Hospitalier Regional Universitaire de Lille, France. Professor Jean-Frédéric Colombel was my Ecco Host. The suggestion to go to Lille, as well as the contact with Professor Colombel were made with the precious help of GEDII and Professor Fernando Magro. Hepatogastroenterology Service in Lille is a reference international centre, distinguished in Gastroenterology and particularly in the area of IBD, contacting with a large volume of cases and with an intense scientific work in this field. During my stay, and in order to profit the most as possible, I divided my time between IBD consultation, the Infirmary of Nutrition (where most cal trials (golimumab, vedolizumab, Anti-IL-12/IL-23, etc). In Nutrition Infirmary, I contacted mostly with patients with IBD (fulminant ulcerative colits, complicated Crohn) and short bowel syndrome. The work in this sector of the Service was very interesting, allowing me a better Knowledge of the indications of enteral and parenteral alimentation in order to be able to implement nutritional therapies. In Endoscopy sector I had the chance to observe the routine utilization of endoscopic scores in IBD, as well the utilization of new endoscopic techniques in the surveillance of dysplasia in IBD (narrow band imaging endoscopy, cromoendoscopy, confocal endomicroscopy). I worked with Professor Colombel, Professor Cortot and Professor Frank Broly in a new TPMT mutation found in a patient who developed immunosuppression while on standard doses of azathioprine, which was accepted for publication as Letter to the Editor in Inflammatory Bowel Diseases. I also worked with Professor Colombel in a case study of a patient with paroxysmal nocturnal hemoglobinuria suffering from recurrent ischemic episodes, complicating her disease, later published in Nature Reviews Gastroenterology and Hepatology. | Dr.ª Joana Torres* Hepatogastroenterology Service in Lille is a reference international centre, distinguished in Gastroenterology and particularly in the area of IBD, contacting with a large volume of cases and with an intense scientific work in this field 13 hot topics in ibd | 10 anos gedii Estágio no Serviço de Doenças Digestivas e Metabólicas do Hospital Clínic de Barcelona Um centro de referência europeu em Gastrenterologia Dr.ª Teresa Pinto Pais* Realizei um estágio de Doença Inflamatória Intestinal (DII) durante o 5.º ano de Internato Complementar, na unidade de tubo digestivo do Serviço de Malalties Digestives i Metabòliques, no Hospital Clínic de Barcelona, dirigido pelo Prof. Julian Panés, atual presidente-eleito da European Crohn’s and Colitis Organisation (ECCO). A escolha desta unidade prendeu-se com o facto de ser um centro de referência europeu em Gastrenterologia com larga experiência em DII, não só pelo elevado número de doentes graves, mas sobretudo pela diferenciação e dinamismo da equipa médica. Integrado no Centro de Investigación Biomédica en Red de Enfermedades Hepáticas y Digestivas e no Institut d’Investigacions Biomèdiques August Pi i Sunyer, da Universidade de Barcelona, desenvolve inúmeros projetos de investigação em ciência básica e clínica, que têm resultado em múltiplas publicações em revistas de renome, e comunicações internacionais. Esta unidade tem larga experiência na terapêutica celular, nomeadamente o transplante de medula óssea autólogo para a doença refratária, que me fascinou. Adicionalmente, é um serviço que participa em vários ensaios clínicos multicêntricos e internacionais revelando-se uma excelente plataforma de para aprofundar conhecimentos na área da DII. Durante o estágio desenvolvi atividade em 5 âmbitos principais: Consulta Externa, Reuniões Multidisciplinares, Enfermaria, Endoscopia e Atividade Formativa. Na consulta externa, acompanhei diretamente os médicos responsáveis pela consulta de DII, em 4 a 5 períodos de consulta semanais. Tive a oportunidade de contactar com os ensaios clínicos em curso no Serviço, e vários estudos Fase 2 e 3 com novos fármacos na DII. Colaborei ainda com uma Enfermeira Especialista em DII, presente na Unidade, e disponível também através de linha de contacto própria (via telefónica ou por email). Assisti semanalmente a reuniões multidisciplinares, nomeadamente com Imagiologia (reservada à discussão de doentes internados e da consulta), a Anatomia Patológica (destinada Destaco a colaboração na realização de pancromoendoscopias, na vigilância de displasia na DII. Esta experiência permitiu-me a aprendizagem dos aspetos teóricos e sobretudo práticos desta técnica, bem como adquirir treino na identificação, caracterização e distinção de lesões suspeitas e benignas alternadamente à discussão de casos de Hepatologia e do tubo digestivo) e quinzenalmente às reuniões multidisciplinares de DII (reunindo gastrenterologista, cirurgião, imagiologista e anatomopatologista especializados na área). Fui integrada ainda na equipa médica da Enfermaria de Gastrenterologia, onde acompanhei doentes com patologia gastrenterológica, predominante- mente DII. Participei na endoscopia em DII, num período semanal, em doentes com DII estabelecida ou suspeita. Destaco a colaboração na realização de pan-cromoendoscopias, na vigilância de displasia na DII. Esta experiência permitiu-me a aprendizagem dos aspetos teóricos e sobretudo práticos desta técnica, bem como adquirir treino na identificação, caracterização e distinção de lesões suspeitas e benignas. Simultaneamente, participei na avaliação endoscópica de doentes em ensaios clínicos e estudos prospetivos, com colheita sistemática de biopsias, adquirindo experiência na utilização de escalas de gravidade endoscópica, e índices quantitativos, destacando-se o protocolo BARCELONA, que tem como investigador principal o Prof. Doutor Julian Panés. Participei em sessões de formação para internos sobre temas, alternadamente, na área de Gastrenterologia e Hepatologia, casos clínicos, e Endoscopia. Por fim, a oportunidade de “viver (em) Barcelona”… a mesma cidade onde viveu e trabalhou Gaudí… a capital do modernismo… cosmopolita e mediterrânica… que para sempre recordarei com saudade! * Gastrenterologista, Centro Hospitalar de Gaia/Espinho Expectativas elevadas para Curso Intensivo da ECCO 2015 Dr.ª Francisca Dias de Castro* | JORNAL DO CONGRESSO Dr.ª Rosa Coelho* 14 O grupo de estudos de doença inflamatória intestinal em Portugal (GEDII), inserido na European Crohn’s and Colitis Organization (ECCO), tem sido um exemplo na promoção da atividade científica nacional, não só por dinamizar bolsas de investigação, mas também por liderar vários projetos de investigação multicêntricos, dos quais resultam múltiplas publicações científicas em revistas de grande prestígio nesta área. Foi por isso com grande satisfação que recebi a notícia de que teria sido selecionada para participar no curso intensivo da ECCO 2015. O curso promovido pela ECCO previamente à realização do congresso é reconhecidamente um curso de grande qualidade científica compreendendo vários aspetos da abordagem do doente com doença inflamatória intestinal. As expectativas em relação a este curso são elevadas, não só na perspetiva de melhoramento da atividade assistencial, mas também na vertente de desenvolvimento de novos projetos científicos. É por isso com grande entusiasmo que aguardo a participação neste Curso, só possível através do GEDII. O curso intensivo IBD - ECCO 2015, que decorrerá em Barcelona, será uma excelente oportunidade para rever conceitos básicos sobre a doença inflamatória intestinal (DII), bem como para integrar novas abordagens de tratamento e diagnóstico desta patologia. Este curso irá contemplar sessões de ciência básica, temas fundamentais na DII e discussão de casos clínicos, tendo como palestrantes alguns dos maiores experts mundiais da DII. Assim, a diversidade do programa científico permite antever uma experiência única e fundamental no programa de formação específica em Gastrenterologia. A presença de internos de diferentes nacionalidades tornará esta experiência ainda mais enriquecedora contribuindo para uma visão mais abrangente do processo formativo da especialidade de Gastrenterologia. * Interna de Formação Específica de Gastrenterologia, Centro Hospitalar do Alto Ave, Guimarães * Interna de formação específica de Gastrenterologia (4º ano), Centro Hospitalar São João Em doentes com Colite Ulcerosa moderada a grave A FORÇA DA RESPOSTA CONTÍNUA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 O primeiro e único anti-TNF subcutâneo com uma eficácia demonstrada de 4 em 4 semanas.1-4 INFORMAÇÕES ESSENCIAIS COMPATÍVEIS COM O RCM Nome do medicamento e forma farmacêutica Simponi 50 mg solução injectável numa caneta pré-cheia ou numa seringa pré-cheia. Composição qualitativa e quantitativa 1 caneta pré-cheia ou seringa pré-cheia de 0,5 ml contém 50 mg de golimumab. Cada caneta pré-cheia ou seringa pré-cheia contém 20,5 mg de sorbitol por dose de 50 mg Indicações terapêuticas Artrite reumatoide (AR) moderada a grave em adultos com resposta inadequada a DMARDs, incluindo metrotrexato (MTX) e AR ativa e progressiva em adultos não tratados previamente com MTX. Artrite psoriática (AP) ativa e progressiva em adultos com resposta inadequada a DMARDs. Espondilite anquilosante (EA) ativa grave em adultos com resposta inadequada a terapêutica convencional. Colite ulcerosa ativa moderada a grave em doentes adultos que não responderam adequadamente à terapêutica convencional, incluindo corticosteroides e 6 mercaptopurina (6 MP) ou azatioprina (AZA), ou que apresentam intolerância ou contraindicações a estas terapêuticas Posologia e modo de administração Os doentes tratados com Simponi devem receber o Cartão de Alerta do Doente. Simponi deve ser administrado por injeção subcutânea, 50 mg 1 vez por mês na mesma data todos os meses na AR: em associação com MTX. e na AP: isolado ou em associação com MTX. Na CU (doentes com peso corporal inferior a 80 kg) administrar uma dose inicial de 200 mg, seguida de uma dose de 100 mg na 2ªsemana, e 50 mg a cada 4 semanas dai em diante; (doentes com peso corporal superior ou igual a 80 kg) administrar uma dose inicial de 200 mg, seguida de uma dose de 100 mg na 2ªsemana, e 100 mg a cada 4 semanas dai em diante Contra-indicações Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes. Tuberculose ativa (TB) ou outra infeção grave como sepsis e infeções oportunistas. Falência cardíaca moderada ou grave (classe III/IV da NYHA) Advertências e precauções especiais de utilização Infeções bacterianas (incluindo sepsis e pneumonia), micobacterianas (incluindo TB), fúngicas invasivas e infeções oportunistas (tuberculose, reativação do vírus da hepatite B). Tuberculose [antes de iniciar o tratamento com Simponi, todos os doentes devem efetuar um rastreio de tuberculose, tanto ativa como inativa (“latente”). Os doentes em tratamento com Simponi devem ser monitorizados relativamente a sinais e sintomas de tuberculose ativa, incluindo doentes com resultado negativo para a tuberculose latente, doentes a fazer tratamento para a tuberculose latente ou doentes que foram tratados anteriormente para a infeção tuberculosa. Recomenda-se que a realização destes testes seja registada no Cartão de Alerta do Doente. Reativação do vírus da Hepatite B. Neoplasias malignas e linfoproliferativas. Neoplasias malignas em pediatria. Linfoma e leucemia. Outras neoplasias malignas para além de linfoma Cancro da pele. Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC). Acontecimentos neurológicos. Cirurgia. Imunossupressão. Processos autoimunes. Reações hematológicas. Administração concomitante de antagonistas do TNF e anacinra. Administração concomitante de antagonistas do TNF e abatacept. Mudança entre DMARDs biológicos. Vacinações ou administração de outros agentes terapêuticos infecciosos. Reações alérgicas. Sensibilidade ao látex. Populações Especiais (Doentes idosos ≥ 65 anos, Insuficiência renal e hepática). Excipientes (Simponi contém sorbitol (E420). Doentes com problemas hereditários raros de intolerância à frutose, não devem administrar este medicamento Interações medicamentosas e outras formas de interação Não foram realizados estudos de interação. Não é recomendada a associação de Simponi e anacinra ou abatacept. Nos doentes que recebem antagonistas do TNF os dados disponíveis sobre a resposta à vacinação com vacinas vivas ou sobre a transmissão secundária de infeção são limitados. O uso de vacinas vivas ou outros agentes terapêuticos infecciosos pode resultar numa infeção clínica, incluindo infeção disseminada. Não devem ser administradas vacinas vivas ou agentes terapêuticos infecciosos com Simponi. Embora a utilização concomitante de MTX resulte no aumento da concentração sérica de Simponi no estado estacionário em doentes com AR, AP e EA, os dados não sugerem a necessidade de ajustes posológicos tanto para Simponi como para o MTX Efeitos indesejáveis Muito Frequentes Infeção do trato respiratório superior (rinofaringite, faringite, laringite e rinite) Frequentes Infeções bacterianas (ex: celulite), infeção das vias respiratórias inferiores (ex: pneumonia), infeções virais (ex: influenza e herpes), bronquite, sinusite, infeções fúngicas superficiais, abcesso, anemia, reações alérgicas (broncoespasmo, hipersensibilidade, urticária), positividade para autoanticorpos, depressão, insónia, tonturas, parestesia, cefaleias, hipertensão, asma e sintomas relacionados (ex: sibilos e hiper reatividade bronquica),dispepsia, dor gastrointestinal e abdominal, afeções inflamatórias gastrointestinais (ex: gastrite, colite), estomatite, náuseas, aumento da alanina aminotransferase (ALT), aumento da aspartato aminotransferase (AST), alopécia, dermatite, prurido, exantema, pirexia, astenia, reação no local de injeção (tais como eritema no local de injeção, urticária, induração, dor, hematoma, prurido, irritação e parestesia), mal-estar torácico, fraturas ósseas, Titular de AIM Janssen Biologics B.V., Einsteinweg 101, 2333 CB Leiden, Países Baixos Data de Revisão do texto 09/2014 Medicamento de receita médica restrita, de utilização reservada a certos meios especializados. Caneta pré-cheia e Seringa pré-cheia: Medicamento comparticipado a 100% ao abrigo do Despacho nº18419/2010 na sua redação atual e do Despacho nº 9767/2014. Para mais informações deverá contactar o titular da AIM ou o seu Representante Local, Merck Sharp & Dohme, Lda. Referências: 1. SIMPONI RCM Setembro 2014. 2. REMICADE. RCM Julho 2014. 3. Humira. RCM Novembro 2014. 4. Website da Agência Europeia do Medicamento. http://www.ema.europa.eu. Acedido em Janeiro 2015 Merck Sharp & Dohme, Lda. | Quinta da Fonte, 19 - Edifício Vasco da Gama, 2770-192 Paço de Arcos | www.msd.pt | www.univadis.pt | Tel. 214 465 700 | NIPC 500 191 360 Copyright © 2014 Merck Sharp & Dohme Corp., uma subsidiária da Merck & Co., Inc., Whitehouse Station, NJ, U.S.A. Todos os direitos reservados. GAST-1106480-0000