Jornal da Reunião

Transcrição

Jornal da Reunião
Porto
Palácio da Bolsa | Salão Árabe
EDIÇÃO
23 e 24 DE JANEIRO DE 2015
Distribuição gratuita na reunião
anos
10 anos GEDII
Gastrocolinfintrologista
Pentasa
®
messalazina 5-ASA
1 grama comprimido
Nunca 1 grama
teve tanto peso
muito raramente discrasias sanguíneas graves com a utilização de messalazina. O tratamento concomitante com a
messalazina pode aumentar o risco de discrasia sanguínea em doentes a receberem azatioprina ou 6-mercaptopurina.
O tratamento deve ser suspenso se houver suspeita ou certeza da ocorrência destas reacções adversas. Interacções
medicamentosas e outras formas de interacção: Não foram realizados estudos de interacção. Efeitos indesejáveis: As
reacções adversas observadas mais frequentemente em ensaios clínicos foram: diarreia (3%), náuseas (3%), dor abdominal
(3%), cefaleias (3%), vómitos (1%) e exantema (1%). Podem ocorrer ocasionalmente reacções de hipersensibilidade e
febre. Frequência dos efeitos adversos com base em ensaios clínicos e relatórios de farmacovigilância: Doenças do sistema
nervoso: Frequentes (≥1/100, <1/10): Cefaleias. Muito raros (<1/10.000): Neuropatia periférica. Doenças gastrointestinais:
Frequentes: Diarreia, dor abdominal, náuseas, vómitos. Raros (≥1/10.000, <1/1.000): Aumento da amilase, pancreatite*.
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos: Frequentes: Rash (incluindo urticária, rash eritematoso). Cardiopatias: Raros:
Miocardite* e pericardite*. Doenças do sangue e do sistema linfático: Muito raros: Eosinofilia (como uma reacção alérgica),
anemia, anemia aplástica, leucopenia (incl. granulocitopenia), trombocitopenia, agranulocitose, pancitopenia. Doenças
respiratórias, torácicas e do mediastino: Muito raros: Reacções pulmonares alérgicas (incl. dispneia, tosse, alveolites
alérgicas, pneumonia eosinofílica, infiltração pulmonar, pneumonite). Afecções hepatobiliares: Muito raros: Aumento das
enzimas hepáticas e bilirrubina, hepatotoxicidade (incl. hepatite*, cirrose, insuficiência hepática). Afecções dos tecidos
cutâneos e subcutâneos: Muito raros: Alopécia reversível. Afecções musculoesqueléticas e dos tecidos conjuntivos: Muito
raros: Mialgia, artralgia. Relatos isolados de síndromes do tipo lúpus eritematoso. Doenças renais e urinárias: Muito raros:
Função renal anormal (incluindo nefrite intersticial*, síndroma nefrótico) e descoloração da urina. (*) O mecanismo da
miocardite e pericardite, pancreatite e nefrite intersticial induzidos pela messalazina é desconhecido, mas poderá ter origem
alérgica. É importante referir que várias destas perturbações podem também ser atribuídas à própria doença inflamatória
intestinal. Lista dos excipientes: Estearato de magnésio, talco, etilcelulose, povidona, celulose microcristalina. Titular da
Autorização de Introdução no Mercado: Ferring Portuguesa - Produtos Farmacêuticos, Sociedade Unipessoal, Lda. Rua
Alexandre Herculano, Edifício 1, Piso 6, 2795-240 Linda-a-Velha. Contribuinte n.º 502034831. Data da revisão do texto:
09/2010. Medicamento Sujeito a Receita Médica. Comparticipação ao abrigo do escalão A se prescrito de acordo com o
Despacho n.º 1234/2007 de 29 de dezembro de 2006. Para mais informações deverá contactar o Titular da Autorização de
Introdução no Mercado.
Ferring Portuguesa – Produtos Farmacêuticos, Soc. Unipessoal, Lda.
Rua Alexandre Herculano, Edifício 1 – 6.º Piso
2795-240 Linda-a-Velha – Portugal
Tel.: +351 21940 51 90 | Fax: +351 21 940 52 09 | www.ferring.pt
C.S. 1.400.000.00 € | Matrícula na C.R.C. de Cascais n.º 18158 | Cont. n.º 502 034 831
Medicamento Sujeito a Receita Médica. Comparticipação ao abrigo do escalão A se prescrito de acordo
com o Despacho n.º 1234/2007, de 29 de dezembro de 2006. Para mais informações deverá contactar
o Titular da Autorização de Introdução no Mercado.
G/133/05/13
INFORMAÇÕES ESSENCIAIS COMPATÍVEIS COM O RCM
Nome do medicamento: Pentasa 1000 mg Comprimidos de libertação prolongada. Composição qualitativa e quantitativa:
Um comprimido contém 1000 mg de Messalazina. Indicações terapêuticas: PENTASA Comprimidos de Libertação
Prolongada é utilizado no tratamento da colite ulcerosa ligeira a moderada e da doença de Crohn. Posologia e modo de
administração: Colite ulcerosa: Tratamento da doença em fase aguda: Adultos: Ajuste individual da dose até o máximo de
4 g por dia em doses divididas, durante um tempo máximo de 8 semanas. Crianças: Ajuste individual da dose, iniciando com
20-30 mg/kg/dia em doses divididas. Tratamento de manutenção: Adultos: Dose recomendada 2 g uma vez por dia. Crianças:
Ajuste individual da dose, iniciando com 20-30 mg/kg/dia em doses divididas. Doença de Crohn: Tratamento da doença
em fase aguda: Adultos: Ajuste individual da dose até o máximo de 4 g por dia em doses divididas, durante um período
máximo de 8 semanas. Crianças: Ajuste individual da dose, iniciando com 20-30 mg/kg/dia em doses divididas. Tratamento
de manutenção: Adultos: Ajuste individual da dose até o máximo de 4 g por dia em doses divididas. Crianças: Ajuste individual
da dose, iniciando com 20-30 mg/kg/dia em doses divididas. Os comprimidos PENTASA não devem ser mastigados. Para
facilitar a toma os comprimidos podem ser dispersos em 50 ml de água fria. Mexer e beber imediatamente. Caso ocorra
esquecimento de uma dose, deve-se tomar o comprimido o mais rapidamente possível, continuando o tratamento da forma
prescrita. No entanto, quando a toma seguinte já estiver próxima, é preferível não tomar o comprimido que foi esquecido
e tomar o seguinte à hora prevista. Não tome uma dose a dobrar para compensar a dose esquecida. Contra-indicações:
Hipersensibilidade à messalazina ou a qualquer dos excipientes, ou aos salicilatos. Insuficiência renal e/ou hepática grave.
Advertências e precauções especiais de utilização: A maioria dos doentes que apresentam hipersensibilidade ou
intolerância à sulfasalazina podem tomar PENTASA sem risco de ocorrerem reacções semelhantes. Contudo, recomenda-se
cuidado quando se tratam doentes alérgicos à sulfasalazina (risco de alergia aos salicilatos). Recomenda-se cuidado em
doentes com insuficiência hepática. Não se recomenda a utilização de PENTASA Comprimidos de libertação prolongada
em doentes com insuficiência renal. A função renal deve ser vigiada regularmente (por ex.: a creatinina sérica), em especial
durante a fase inicial do tratamento. Deve-se suspeitar de nefrotoxicidade induzida pela messalazina em doentes que
desenvolvam insuficiência renal durante o tratamento. O uso concomitante de outros medicamentos nefrotóxicos conhecidos,
tais como Anti-Inflamatórios Não Esteróides e azatioprina, pode aumentar o risco de reacções renais. Raramente foram
relatadas reacções de hipersensibilidade cardíaca (miocardite e pericardite) induzidas pela messalazina. Foram reportadas
hot topics in ibd | 10 anos gedii
Prof. Doutor Fernando Magro, presidente do GEDII
“O GEDII está bem estruturado e com capacidade
rápida para desenvolver projetos de investigação”
O Hot Topics in IBD vai receber aproximadamente 300 participantes, sobretudo gastrenterologistas que se
dediquem à doença inflamatória intestinal (DII), mas também profissionais que queiram desenvolver investigação
nesta área. Este encontro coincide com a comemoração do 10.º aniversário do Grupo de Estudo da Doença
Inflamatória Intestinal (GEDII), atualmente com cerca de 120 membros. Em entrevista ao Jornal do Congresso, o
presidente do GEDII, Prof. Doutor Fernando Magro, recorda o começo deste grupo atualmente “bem estruturado
e com capacidade rápida para desenvolver projetos de investigação”.
zações e os eventos clínicos graves).
A reunião pretende assim que se
encare a doença como uma oportunidade de terapêutica, que deve ser
assertiva, mas para isso tem de estar
bem diagnosticada, ser tratada de
forma precoce e haver identificação
e estratificação em grupos de risco.
JC - A quem é dirigida esta reunião?
FM - A gastrenterologistas que se
dediquem à DII, mas também a
todos aqueles que queiram desenvolver investigação na DII.
JC - O 10.º aniversário do GEDII
vai ser assinalado de alguma forma
especial?
FM - Vamos apresentar um vídeo
especialmente preparado para assinalar o aniversário, que conta com
a participação das quatro pessoas
envolvidas na criação do GEDII – eu,
o Dr. João de Freitas, o Dr. Francisco
Portela e o Dr. Jaime Ramos – entre
outras pessoas que ajudaram a criar
o Grupo.
Jornal do Congresso - Com uma
década de existência, é possível
recordar como surgiu o Grupo de
Estudo da Doença Inflamatória Intestinal (GEDII) e com que objetivos?
Prof. Doutor Fernando Magro Nasceu precisamente como Grupo
de Estudo da Doença Inflamatória
Intestinal, para colmatar uma lacuna existente até então – a existência de um grupo que se dedicasse
ao estudo prospetivo, orientado e
sistemático da doença inflamatória
intestinal (DII). Acabou por se tornar
numa nova perspetiva de apresentar a doença inflamatória intestinal
em Portugal, até então relativamente
esquecida.
JC - Hoje, 10 anos depois, é possível
afirmar que esses objetivos foram
alcançados?
FM - Creio que até ultrapassaram as
nossas expectativas.
JC - Poderia fazer uma retrospetiva
de uma década de atividade?
FM - Dedicámo-nos basicamente a
duas vertentes: formação e investigação. O GEDII claramente cumpriu objetivos e colmatou a lacuna
que existia ao nível da formação,
na área da doença inflamatória em
Portugal, de forma empenhada e
sistemática. Durante estes 10 anos,
foram organizados seguramente
mais de 30 encontros, com cerca de
50 palestrantes internacionais, com
o objetivo de oferecer uma nova
perspetiva na área da Gastrenterologia e, especificamente, da doença
inflamatória intestinal. Ou seja, criámos reuniões de média dimensão
com carácter formativo, para que
as pessoas pudessem participar de
forma ativa e interativa, bem como
aprender algo estratégico e novo,
por isso foi nosso objetivo convidar
palestrantes muito diferenciados na
área com conhecimento profundo
da matéria abordada. Desde 2006,
promovemos um curso intensivo
de formação para internos e jovens
especialistas, que decorre durante
um fim de semana, para o máximo
de 25 pessoas. Neste curso o conhecimento científico é estimulado mas
também fomentamos o diálogo e a
comunicação entre os participantes.
Recentemente, criámos um grupo
de estudos ligado à colite microscópica, que é uma forma de DII com
características específicas. Penso que
a médio e longo prazo ocuparemos
um lugar de destaque no desenvolvimento da colite microscópica em
Portugal.
JC - E em relação à investigação?
FM - Desenvolvemos projetos de
investigação de iniciativa da direção
multicêntricos, prospetivos, nacionais, abrangentes e que são pensados e executados com rigor, para
serem publicados em revistas internacionais. Também temos projetos
de iniciativa do investigador cuja
bolsa tem o valor de 15 mil euros. Só
com estes projetos de iniciativa do
investigador já demos cerca de 400
mil euros, o que na minha opinião é
uma quantia avultada. Pretendemos
que a investigação seja consequente,
ou seja, que resulte na publicação de
papers em revistas indexadas europeias ou norte-americanas.
JC - No que respeita aos encontros
científicos, quais as expectativas em
relação ao Hot Topics in IBD?
FM - Para além de comemorarmos o
10.º aniversário, que é um acontecimento marcante, esperamos que seja
uma forma abrangente de abordar
alguns temas com relevância atual
na DII, tais como a importância da
investigação do intestino delgado , a
abordagem diagnóstica, a extensão
da doença e a gravidade da doença.
Vamos igualmente explorar a colite
microscópica ao nível diagnóstico
e terapêutico, pois é um assunto
que tem sido pouco aprofundado
no nosso País. Iremos também falar
de novas perspetivas de abordagem
da DII, isto é, a necessidade de
ter o diagnóstico da extensão e a
gravidade da doença, para iniciar
precocemente o tratamento com
imunomoduladores e terapêutica
biológica (atualmente esta opção
deve ser encarada como estratégia
de fundo e deve ser introduzida de
forma atempada, para se conseguir
alterar o outcome da doença, que
pode ter como consequências para o
doente múltiplas cirurgias, hospitali-
JC - Como surgiu a ideia de criar o
GEDII?
FM - O GEDII iniciou-se num jantar
em Genève. Viemos do frio da Suíça
para o calor do mediterrâneo com o
intuito de desenvolver estas ideias,
amadoras numa fase inicial, mas
que amadureceram. Atualmente,
consideramos que o Grupo tem uma
estrutura profissional e organizada.
JC - O GEDII tem ligações a alguma
sociedade científica em particular?
FM - Embora seja um grupo de
estudos independente e autónomo,
tem ligações preferenciais com a
Sociedade Portuguesa de Gastroenterologia. Também é o representante
em Portugal da ECCO. Mantém também ligações ao GTECO e ao grupo
francês de DII.
JC - Na sua opinião, qual a mais-valia das parcerias com organizações estrangeiras?
FM - Percebermos que não somos
um mundo isolado, que pertencemos à Europa e que não somos
espectadores mas também atuantes.
JC - Que futuro prevê para o GEDII?
FM - Depende dos seus associados e da sua vontade, até porque
considero que o GEDII está bem
estruturado e com capacidade rápida
para desenvolver projetos de investigação. É esta qualidade que pretendemos manter.
hot topics in ibd | 10 anos gedii
Is biopsy essential for the diagnosis of inflammatory
bowel disease only affecting the small bowel?
Paula
Borralho
Nunes,
M.D. ,PhD*
Introduction
In recent years, imaging techniques
including ultrasound, computed
tomography, scintigraphy and MR
imaging have proved to be useful in
diagnosing inflammatory bowel. In
addition, ileoscopy has become a
routine procedure in assessing disease of the terminal ileum (TI). However, the requirement of biopsies in
the diagnosis of IBD is still controversial. Biopsies may sometimes fail
in establishing a diagnosis. A large
number of patients with small bowel
Crohn’s Disease (CD) have disease
proximal to the TI, which cannot be
diagnosed by ileoscopy (Halligan S,
1998) and on the other hand, biopsy-associated hemorrhages and perforations have been reported (Byrne
MF, 2004).
However, evidences for the usefulness of biopsies still overcome
the risk. Even though the TI is the
commonest site for Crohn’s disease
(Gollop JH, 1988), there are many
other diseases affecting it and histology still is the gold standard to confirm IBD and exclude other conditions. Non-steroidal anti-inflammatory drug (NSAID) intake, as well as
other pathological conditions such
as lymphoid hyperplasia, lymphoma, infections and even ulcerative
colitis (UC) can mimic CD terminal ileitis endoscopically. Moreover,
normal-looking ileal mucosa may
reveal significant pathological findings in biopsy specimens. Cherian
et al reported the diagnostic yield of
histopathology examination in normal-appearing ileal mucosa where
in patients with normal-appearing
TI, their mucosa was found to have
histological findings in accordance
with CD (Cherian S, 2004).
|
JORNAL DO CONGRESSO
Confirming a diagnosis of CD
The finding of typical histological
features, such as architectural distortion, increased lymphocytes and
plasma cells in lamina propria, granulomas and pyloric gland metaplasia
4
can help to establish a diagnosis
of CD (Geboes K, 1998) (Yashesh
Patel, 1977). Moreover, representative biopsies can be graded in its
activity and staged in its chronicity
(Naini BV, 2012), and dysplasia can
be excluded. Additionally, even in
the absence of all the characteristic
histological features of CD, other
conditions that can mimic it clinically and endoscpically or coexist
with it can be ruled out.
Differential diagnosis of CD terminal ileitis
Intestinal infections can mimic the
classic endoscopic and clinical features of IBD (abdominal pain, diarrhea, and weight loss) (Bojic D,
2011), and can present with identical extraintestinal manifestations
(e.g., reactive arthritis, erythema
nodosum) (De Hertogh G, 2004).
Abdominal tuberculosis can be part
of a multiorgan disease process or
present as a primary disease. The
incidence of this entity has increased
due to the HIV epidemic and introduction of biological therapy. GI
involvement with mycobacterial
infection occurs primarily in the
immunosuppressed patient but may
occur in patients with normal immunity. Treatment with steroids or a TNF
alpha inhibitor can lead to exacerbation of tuberculosis. The ileum is
the most commonly-affected site,
sometimes in isolation, without the
involvement of other bowel segments. Differentiation from CD
can be very difficult on clinical
and histological grounds if culture
is negative. However, the finding
of large necrotizing granulomas in
biopsy samples is strongly suggestive of tuberculosis (A B Pulimood,
1999). Moreover, a positive culture
and polymerase chain reaction for
mycobacterium tuberculosis can be
obtained from the biopsy sample
and confirm the diagnosis.
Yersinia enterocolitica infection also
occurs mainly in the TI and causes
mucosal ulceration, neutrophil invasion, and thickening of the ileal wall
that mimics CD. The diagnosis is
made most directly by colonoscopy
with biopsy and culture (Geir Larsson, 2014).
NSAID induced enterocolopathy it
is not infrequently misinterpreted
endoscopically and histologically as
Crohn’s disease (Stolte M, 2010).
In addition to the appearance of
ulcers in the stomach and duode-
agradece o apoio de todos os que contribuiram
para a realização deste Jornal, nomeadamente:
Coordenação: ana Branquinho | [email protected]
num, ulcerations due to NSAID can
occur in the small intestine, but have
no typical features of CD.
Other causes of terminal ileitis that
can mimic CD comprise a number of diseases, namely eosinophilic
gastroenteritis (EG), systemic mastocytosis and endometriosis (CrumCianflone, 2010) that can be ruled
out by biopsy.
Conclusion
Inflammatory bowel disease only
affecting the small bowel continues to be a diagnostic challenge,
largely because of the vast number
of conditions that can simulate it.
While the clinical history remains an
indispensable part of sorting through
the correct diagnosis, terminal ileum
endoscopy and histopathological
evaluation of tissue samples is valuable for the diagnosis of Crohn’s Disease (CD), primarily of isolated ileal
disease in the presence of a normal
colon. Histology is sometimes the
main support in the differential diagnosis of the infectious, inflammatory,
and non-inflammatory disorders that
mimic IBD in symptoms and findings.
References
A B Pulimood, B. S. (1999). Endoscopic
mucosal biopsies are useful in distinguishing
granulomatous colitis due to Crohn’s disease
from tuberculosis. Gut, 45, 537–541.
Bojic D, M. S. (2011). Terminal ileitis is not
always Crohn’s disease. Ann Gastroenterol,
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Byrne MF, P. D. (2004). Combined terminal
ileoscopy and biopsy is superior to small
bowel follow-through in detecting terminal
ileal pathology. Dig Liver Dis., 36, 147-52.
Cherian S, S. P. (2004). Is routine ileoscopy
useful? An observational study of procedure
times, diagnostic yield, and learning curve.
Am J Gastroenterol , 99, 2324-2329.
Crum-Cianflone, S. D. (August de 2010).
Ileitis: When It Is Not Crohn’s Disease. Curr
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De Hertogh G, G. K. (2004). Crohns disease
and infections: a complex relationship. MedGenMed, 6, 14.
Geboes K, E. N. ( Feb de 1998). Is ileoscopy
with biopsy worthwhile in patients presenting with symptoms of inflammatory bowel
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Geir Larsson, T. S. ( May de 2014). Routine diagnosis of intestinal tuberculosis and
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Gollop JH, P. S. (1988). Epidemiologic aspects
of Crohn’s disease: a population based study
in Olmsted County, Minnesota, 1943–1982.
Gut, 29, 49–56.
Edição:
Avenida Infante D. Henrique, n.º 333 H,
Esc. 37 \\ 1800-282 Lisboa
Tel.: 218 504 065 \\ Fax: 210 435 935
[email protected]
www.newsfarma.pt
Halligan S, S. B. (1998, Mar-Apr). Adult Crohn
disease: can ileoscopy replace small bowel
radiology? Abdom Imaging., 23(2), 117-21.
Naini BV, C. G. (Dec de 2012). A histopathologic scoring system as a tool for standardized
reporting of chronic (ileo)colitis and independent risk assessment for inflammatory bowel
disease. Hum Pathol., 43(12), 2187-96.
Stolte M, H. F. (Apr de 2010). Misinterpretation
of NSAID-induced Colopathy as Crohn’s disease. . Z Gastroenterol., 48(4), 472-5.
Yashesh Patel, N. M. (1977). The diagnostic
yield of lower endoscopy plus biopsy in nonbloody diarrhea. Gastrointestinal Endoscopy,
4, 338-343.
* Professor of Pathology
Lisbon University & Lisbon School of
Health Technology
Figure 1: Terminal ileum biopsy with increased
lymphocytes and plasma cells in lamina
propria and epitheliod granuloma in a case of
Crohn’s Disease
Figure 2: Even in the absence of granuloma,
architectural distortion and pyloric gland
metaplasia can help to establish a diagnosis
of CD
Figure 3: Large necrotizing granulomas in
biopsy samples of the terminal ileum is
strongly suggestive of tuberculosis. The finding
of acid fast bacilli with Ziehl–Neelsen stain
confirms this diagnosis
SECRETARIADO:
GEDII
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Telem: 912 583 273
www.gedii.pt
hot topics in ibd | 10 anos gedii
Adesão à terapêutica na colite ulcerosa
Dr. Francisco
Portela*
Drugs don’t work in patients who
don’t take them. C Everett Koop
A não-adesão à terapêutica é um problema significativo em todas as patologias crónicas e nomeadamente na colite ulcerosa. Existem dados apontando
para taxas de 40 a 72% de não-adesão
à medicação1. Trata-se portanto de um
problema prevalente que tem implicações significativas no curso clínico da
doença, aumentando nomeadamente o
risco de recidiva. Kane et al2 num estudo prospetivo englobando 99 doentes
em remissão há pelo menos 6 meses
constataram que o risco de recidiva
era 5 vezes superior nos não aderentes
(hazard ratio = 5.5; 95% intervalo de
confiança: 2.3 - 13; P < 0.001).
Um outro aspeto onde a não-adesão parece ter importância prende-se
com o aumento do risco de cancro
colorretal (CCR). Embora não exista
uniformidade absoluta nos dados
publicados a este respeito a maioria
dos estudos vai nesse sentido. Cita-se
como exemplo a revisão sistemática
de 9 estudos observacionais efetuada por Velayos et al3 e na qual os
autores concluíram que existia uma
associação protetora entre o 5-ASA
e o aparecimento de CCR (OR=0.51;
95% (IC): 0.37-0.69), analisado isoladamente ou como CCR/ displasia
(OR 0.51; 95% IC: 0.38-0.69).
Embora a não-adesão à terapêutica
de manutenção represente a curto
prazo uma diminuição no consumo
de recursos de saúde pode traduzir-se a médio prazo num agravamento
dos custos globais com saúde apesar
da menor despesa em alguns fármacos. Entre outras possíveis explicações deve ser considerado o aumento
na despesa determinado pelo maior
número de recidivas clínicas, já que o
dispêndio em saúde nos doentes em
fase ativa foi calculado como sendo
pelo menos o dobro do verificado nos
doentes com doença quiescente4.
Têm sido identificados vários fatores
de risco para a não-adesão incluindo
elementos demográficos e socioculturais relacionados com o doente mas também características da
medicação prescrita1. Entre os primeiros contam-se o sexo masculino,
idade jovem e emprego exigente. No
segundo grupo tem sido identificado
a complexidade do regímen terapêutico, nomeadamente o número
de tomas diárias e a polimedicação
(quatro ou mais fármacos). Em relação a este primeiro aspeto (número
de comprimidos e de tomas diárias) a
evolução verificada nas formulações
terapêuticas e os ensaios que permitiram concluir que a administração
numa única toma da totalidade da
dose de 5-ASA é pelo menos tão
eficaz como a sua divisão ao longo
do dia5 vieram permitir ultrapassar
o que era entendido como um dos
fatores de risco para a não-adesão.
Embora, no caso específico da colite
ulcerosa, os dados não sejam totalmente concordantes, verifica-se que
em alguns estudos a adesão diminui
quando os regimes terapêuticos se
tornam mais complexos, nomeadamente com três ou mais doses diárias6. Esta falta de uniformidade nos
resultados reflete, entre outros, a
variabilidade individual e a multiplicidade de causas para a não-adesão.
Se para alguns doentes outros fatores
que não a complexidade do regime
posológico podem ser determinantes, para outros este aspeto pode ser
fundamental. Esta abordagem mais
personalizada, baseada na análise
das razões específicas de cada pessoa para a não-adesão a um determinado plano terapêutico é a estratégia
atualmente recomendada7. Nesta
aproximação ao problema os aspetos
práticos (número de comprimidos e
tomas ao longo dos dias) são complementados com a discussão dos
conceitos e preocupações do doente
de modo a ultrapassar eventuais barreiras percetuais em relação à medicação. Deste modo será possível
conseguir uma melhor adesão dos
doentes aos esquemas terapêuticos e
obviar os aspetos negativos sobre o
curso clínico inerentes à não-adesão.
Bibliografia
1.Lakatos PL. Prevalence, predictors, and
clinical consequences of medical adherence in IBD: how to improve it? World J
Gastroenterol. 2009;15(34):4234-39.
2. Kane S, Huo D, Aikens J, Hanauer S.
Medication nonadherence and the outcomes of patients with quiescent ulcerative
colitis. Am J Med. 2003 Jan;114(1):39-43.
3. Velayos FS, Terdiman JP, Walsh JM. Effect of
5-aminosalicylate use on colorectal cancer
and dysplasia risk: a systematic review and
metaanalysis of observational studies. Am J
Gastroenterol. 2005 Jun;100(6):1345-53.
4. Bassi A, Dodd S, Williamson P, et al. Cost
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in the UK: a single centre retrospective
study. Gut 2004; 53: 1471–8.
5. Dignass A1, Lindsay JO, Sturm A, Windsor
A, Colombel JF, Allez M, D’Haens G,
D’Hoore A, Mantzaris G, Novacek G,
Oresland T, Reinisch W, Sans M, Stange E,
Vermeire S, Travis S, Van Assche G. Second
European evidence-based consensus on
the diagnosis and management of ulcerative colitis part 2: current management. J
Crohns Colitis. 2012 Dec;6(10):991-1030.
6. Jackson CA, Clatworthy J, Robinson A,
Horne R. Factors associated with onadherence to oral medication for inflammatory
bowel disease: a systematic review. Am J
Gastroenterol 2010; 105: 525–39.
7. S. V. Kane, A. Robinson. Understanding
adherence to medication in ulcerative
colitis – innovative thinking and evolving
concepts. Aliment Pharmacol Ther 2010;
32: 1051–1058
* Assistente graduado
de Gastrenterologia. Centro Hospitalar
e Universitário de Coimbra
The COPE principles
Communicate with patients.
Obtain patient’s commitment
to therapeutic objectives.
Promote emotional/psychological/
physical support as necessary.
Educate the patient and their
family.
Since its introduction in the early 2000,
video capsule endoscopy (VCE) has
become a valuable daily used tool
to investigate the small bowel. It is
mainly used in patients with obscure
unexplained symptoms, when other
investigations are inconclusive. They
also suggest preforming cross-sectional
imaging or patency capsule prior to
its use in such patients. Other potential uses in established SBCD are to
assess therapeutic success in terms of
mucosal healing, to clarify discrepancies between symptoms and laboratory
results, or to detect new findings which
might impact management. It can also
be used as a prognostic tool before
and after treatment or post surgery.
In the present lecture we will present
new data from a prospective cross sectional non interventional study we are
engaged in in patients with established
CD in remission, which will shed new
information regarding the actual distribution of the disease and real Montreal
classification, the association/accuracy
of inflammatory markers (CRP, FCP)
and endoscopic inflammation, the
superiority of VCE over MRE in proximal SBCD, which of these two better
predicts VCE retention and weather
we can provide an algorithm/ predict
exacerbations.
* Head, Department of Gastroenterology
& Hepatology, Sheba Medical Centre,
Ramat-Gan. Professor of Medicine, Tel-Aviv
University Medical School, Israel.
Chairman Guidelines committee of ECCO
|
Rami Eliakim
M.D.*
gastrointestinal bleeding or in patients
with suspected Crohn’s disease when
ileocolonoscopy is negative. Multiple
studies have established the superior
diagnostic accuracy of VCE for the diagnosis of small bowel Crohn’s disease
(SBCD), and the recently published
ECCO guidelines on endoscopy state
that it can be used as a first line
tool when ileocolonoscopy is negative. However, data on its use and
clinical impact in patients with established SBCD are scarce. Recent ECCO
guidelines suggest its use in established SBCD should focus on patients
with unexplained iron deficiency or
obscure GI bleeding or in those with
JORNAL DO CONGRESSO
Capsule endoscopy for all patients with Crohn’s Disease-Yes
5
hot topics in ibd | 10 anos gedii
10 anos de relação mútua
Dr.ª Helena
Tavares de
Sousa
Sou membro do GEDII desde 2004.
Para além da oportunidade de envolvimento em múltiplos projetos de
investigação e da participação no
primeiro curso de formação em DII
para internos, tive o privilégio de,
por intermédio do GEDII, frequentar
duas ações formativas únicas.
A primeira constou de um estágio observacional de uma semana
num serviço de Gastrenterologia em
Hamburgo, Alemanha. Este estágio
decorreu em 2007, quando era ainda
interna do 4.º do Internato Complementar de Gastrenterologia e, embora breve, constituiu uma experiência
nova em que pude observar novas
maneiras de trabalhar em Gastrenterologia e em DII.
A segunda foi, já como especialista,
a oportunidade de frequentar o 11th
ECCO Intensive Advanced Course
in IBD, em 2013, organizado pela
ECCO. Como o nome indica, trata-se
de um curso de formação intensiva
em DII, organizado e proporcionado
por alguns dos mais proeminentes
peritos mundiais em DII, os quais,
não obstante a sua primazia profissional, são intencionalmente jovens,
permitindo um ambiente informal
de interação com os formandos que
facilita a aprendizagem. Trata-se de
“A Formação em DII” por excelência. Nele é-nos facultada informação
crucial sobre DII que vai desde ciência básica à terapêutica, passando
pelo diagnóstico e seguimento do
doente e pelo manejo de situações
especiais que podem surgir a quem
lida diariamente com estes doentes. Na minha carta de intenções
destinada à seleção dos 2 participantes no curso, escrevi: “A DII é,
para mim, uma paixão. (…) Tenho,
ainda, o orgulho de pertencer ao
GEDII e à ECCO, onde posso, com
facilidade, aceder à mais relevante e
recente literatura. Trabalhando hoje
num centro periférico, é a conjunção de tudo isto, que, em cada dia,
me serve de exemplo e estímulo
para continuar neste caminho que,
embora me realize, se me afigura,
por vezes, difícil de manter. (…)
Do 11th ECCO Intensive Advanced
Course in IBD, mais do que aprender
o que de mais recente existe em DII
(o que posso conseguir na reunião
da ECCO propriamente dita), espero
poder parar, escutar e, serenamente,
rever conceitos básicos, relembrar
pormenores infrequentes na prática
diária e, refletindo, estruturar ideias
e organizar estratégias. O que motiva
a minha candidatura à frequência
do 11th ECCO Intensive Advanced
Course in IBD é, no fundo, o querer,
sempre, fazer mais e melhor pelos
doentes com DII.” Após a frequência
deste curso, posso dizer, sem qualquer dúvida, que todas as minhas
expectativas foram satisfeitas e ultrapassadas. É uma experiência única,
que todos os médicos cuja especial
área de interesse seja a DII deviam
experimentar.
Conforme referi, encontrando-me a
trabalhar num centro periférico, é
para mim fundamental a interação
com o GEDII, quer pela possibilidade de manter uma importante atividade investigacional, quer pela permanente disponibilidade dos colegas
peritos em DII em todo o país que
me ajudam e impelem a manter a
excelência no tratamento dos meus
doentes, quer ainda pela participação como formadora de colegas
mais jovens (e não só).
Por tudo o que o GEDII significa
para mim enquanto gastrenterologista dedicada à DII e como pessoa, um
muito obrigada e um bem-haja ao
GEDII pelo que me concedeu nestes
10 anos de relação mútua.
* Serviço de Gastrenterologia – Centro
Hospitalar do Algarve – Unidade de
Portimão
Um desafio gratificante
Estágio no serviço de Hepatogastrenterologia
do Hôpital Saint Louis
Dr.ª Paula
Sousa*
|
JORNAL DO CONGRESSO
A internacionalização é cada vez
mais uma necessidade em todas as
áreas profissionais, não apenas no
âmbito de um investimento pessoal
com o estabelecimento de novos
contactos profissionais mas também
pela aquisição de conhecimento técnico, científico e de novas formas
6
Dr.ª Ana
Catarina
Rego*
de trabalho que daí advêm, e que
constituirão uma mais-valia para os
serviços de origem.
Desde o início de novembro de
2014, encontro-me a realizar um
estágio no serviço de Hepato-gastrenterologia no Hôpital Saint Louis,
em Paris. Trata-se de um serviço
chefiado pelo Prof. Doutor Matthieu
Allez, reputado especialista na área
da doença inflamatória intestinal, e
que se encontra direcionado para
duas áreas principais: a Oncologia
Digestiva e a doença inflamatória
intestinal. O estágio terá a duração
total de 6 meses, durante os quais
farei uma rotação por três áreas:
endoscopia, internamento e hospital de dia/semana.
Apesar das dificuldades expectáveis
de integração num sistema de saúde
distinto, e a própria língua francesa,
esta experiência tem-se revelado
um desafio gratificante. Sendo um
centro de referência nas duas áreas
mencionadas, tenho tido a oportunidade de contactar com patologias
complexas e de difícil abordagem,
sendo que os internos são envolvidos nos processos de decisão em
reuniões verdadeiramente pedagógicas. A formação contínua é também uma preocupação, com cursos
internos semanais, e cursos mensais
dispersos pelos vários Hospitais de
Paris, lecionados por especialistas
de renome internacional. Por outro
lado, o serviço está envolvido em
diversos estudos internacionais,
sendo também responsabilidade do
interno a inclusão de doentes nos
vários protocolos.
Para além de toda a experiência
clínica e científica, não poderei deixar de mencionar a vertente social.
No Hôpital Saint-Louis encontrei
uma equipa fantástica, que, além de
competente, é incrivelmente acolhedora, procurando sempre organizar
eventos fora do âmbito profissional,
criando ou reforçando laços pessoais.
Aproveito assim esta oportunidade
para agradecer ao GEDII a experiência que me proporcionou, a
qual recomendo vivamente a todos
que tenham a oportunidade de a
vivenciar.
Tive o privilégio de realizar um estágio em DII, durante 5 semanas, no
Hôpital Saint Louis, em Paris, sob a
incansável orientação do Prof. Doutor Matthieu Allez. O GEDII, na pessoa do Professor Fernando Magro,
teve um papel fundamental na sua
concretização, estabelecendo os contactos e tornando-o possível, o que
nunca poderei deixar de reconhecer
e agradecer. Este estágio constituiu
um momento muito importante na
minha formação em DII, tendo a
possibilidade de estar num centro de
referência, com um grande volume
de doentes, contactando com doentes graves, de difícil manejo. Tive também a oportunidade de participar na
inclusão de doentes em ensaios clínicos, o que considero uma mais-valia.
Foi, sem dúvida, muito enriquecedor e permitiu alimentar, ainda mais,
o meu interesse por esta fascinante
patologia. Com este testemunho gostaria de deixar o repto aos colegas
mais novos, para que procurem e
aproveitem estas oportunidades.
*Centro Hospitalar Tondela-Viseu
*Hospital do Divino Espírito Santo
de Ponta Delgada
Esta é uma versão abreviada do RCM, com as informações
essenciais do mesmo. Não excluí a leitura do RCM completo para
mais detalhes e informação.
Este medicamento está sujeito a monitorização adicional. Isto irá
permitir a rápida identificação de nova informação de segurança.
Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer
suspeitas de reações adversas. Para saber como notificar reações
adversas. Nome do medicamento Inflectra 100 mg pó para
concentrado para solução para perfusão. Composição qualitativa e
quantitativa Um frasco para injetáveis contém 100 mg de infliximab*.
Depois da reconstituição cada ml contém 10 mg de infliximab.
*Infliximab é um anticorpo monoclonal IgG1 humano-murino quimérico
produzido em células de hibridoma de murino por tecnologia de ADN
recombinante. Lista completa de excipientes, ver secção 6.1. Forma
farmacêutica Pó para concentrado para solução para perfusão. O pó
é branco. Indicações terapêuticas Artrite reumatoide. Inflectra, em
associação com o metotrexato, é indicado para a redução de sinais e
sintomas, bem como a melhoria da função física em: doentes adultos
com doença ativa que apresentaram uma resposta inadequada a
fármacos modificadores da evolução da doença reumatismal
(DMARDs), incluindo o metotrexato. doentes adultos com doença
grave, ativa e progressiva, que não receberam previamente
tratamento com metotrexato ou outros DMARDs. Doença de Crohn
em adultos. Inflectra está indicado para: tratamento da doença de
Crohn ativa, moderada a grave, em doentes adultos que não
apresentaram resposta mesmo após um ciclo completo e adequado
de terapêutica com um corticosteroide e/ou um imunossupressor; ou
que apresentam intolerância ou contraindicações para tais
terapêuticas. tratamento da doença de Crohn ativa, com formação de
fístulas, em doentes adultos que não apresentaram resposta mesmo
após um ciclo completo e adequado de terapêutica com um
tratamento convencional (incluindo antibióticos, drenagem e
terapêutica imunossupressora). Doença de Crohn pediátrica. Inflectra
está indicado para o tratamento da doença de Crohn ativa, grave, em
crianças e adolescentes com idades compreendidas entre os 6 e os
17 anos, que não apresentaram resposta à terapêutica convencional,
incluindo um corticosteroide, um imunomodulador e terapêutica de
nutrição primária; ou que apresentam intolerância ou contraindicações
para tais terapêuticas. Infliximab foi estudado apenas em associação
com terapêutica imunossupressora convencional. Colite ulcerosa
Inflectra está indicado para o tratamento da colite ulcerosa ativa,
moderada a grave, em doentes adultos que não responderam
adequadamente à terapêutica convencional, incluindo corticosteroides
e 6mercaptopurina (6MP) ou azatioprina (AZA), ou que apresentam
intolerância ou contraindicações para estas terapêuticas. Colite
ulcerosa pediátrica Inflectra está indicado para o tratamento da colite
ulcerosa ativa grave, em crianças e adolescentes com idades
compreendidas entre os 6 e os 17 anos, que apresentaram uma
resposta inadequada à terapêutica convencional, incluindo
corticosteroides e 6MP ou AZA, ou que apresentam intolerância ou
contraindicações para tais terapêuticas. Espondilite anquilosante
Inflectra está indicado para o tratamento da espondilite anquilosante
ativa grave, em doentes adultos que não responderam adequadamente
a terapêuticas convencionais. Artrite psoriática Inflectra está indicado
para o tratamento da artrite psoriática ativa e progressiva em doentes
adultosquando houver uma resposta inadequada a uma terapêutica
prévia com DMARD. Inflectra deve ser administrado em associação
com metotrexato ou em monoterapia, em doentes que demonstraram
intolerância ao metotrexato ou para os quais o metotrexato está
contraindicado Psoríase Inflectra é indicado para o tratamento da
psoríase em placas, moderada a grave, em doentes adultos que não
apresentaram resposta, ou que têm uma contraindicação, ou que são
intolerantes a outras terapêuticas sistémicas, incluindo ciclosporina,
metotrexato ou psoraleno associado à radiação ultravioleta (PUVA).
Posologia e modo de administração O tratamento com Inflectra
deve ser iniciado e efetuado sob a supervisão de um médico
especialista com experiência no diagnóstico e tratamento da artrite
reumatoide, de doenças intestinais inflamatórias, espondilite
anquilosante, artrite psoriática ou psoríase. Inflectra deve ser
administrado por via intravenosa. As perfusões de Inflectra devem ser
administradas por profissionais de saúde qualificados com formação
adequada para detetar quaisquer problemas relacionados com a
perfusão. Os doentes medicados com Inflectra devem receber o
folheto informativo e o Cartão de Alerta do Doente. Posologia Adultos
(≥ 18 anos) Artrite reumatoide 3 mg/kg administrados sob a forma de
uma perfusão intravenosa, seguidos por doses adicionais de 3 mg/kg
administradas 2 e 6 semanas após a primeira perfusão e, em seguida,
em intervalos de 8 semanas. Inflectra deve ser administrado
concomitantemente com metotrexato. Doença de Crohn ativa
moderada a grave 5 mg/kg administrados sob a forma de uma
perfusão intravenosa, seguidos por uma perfusão adicional de 5 mg/
kg 2 semanas após a primeira perfusão intravenosa. Doença de
Crohn ativa, com formação de fístulas 5 mg/kg administrados sob a
forma de uma perfusão intravenosa, seguidos de doses adicionais de
5 mg/kg, administradas por perfusão às 2 e 6 semanas após a
primeira perfusão. Colite ulcerosa 5 mg/kg administrados sob a forma
de perfusão intravenosa, seguidos por doses adicionais de 5 mg/kg
administradas por perfusão 2 e 6 semanas após a primeira perfusão,
e em seguida, em intervalos de 8 semanas. Espondilite anquilosante
5 mg/kg administrados sob a forma de perfusão intravenosa, seguidos
por doses adicionais de 5 mg/kg, administradas por perfusão, 2 e 6
semanas após a primeira perfusão e, em seguida, em intervalos de 6
a 8 semanas. Artrite psoriática 5 mg/kg administrados sob a forma de
perfusão intravenosa, seguidos por doses adicionais de 5 mg/kg,
administradas por perfusão, 2 e 6 semanas após a primeira perfusão
e, em seguida, em intervalos de 8 semanas. Psoríase 5 mg/kg
administrados sob a forma de perfusão intravenosa, seguidos por
doses adicionais de 5 mg/kg, administradas por perfusão, 2 e 6
semanas após a primeira perfusão e, em seguida, a intervalos de 8
semanas. Perfusões mais curtas nas indicações para adultos Em
doentes adultos cuidadosamente selecionados que toleraram, pelo
menos, 3 perfusões iniciais de 2 horas de Inflectra (fase de indução)
e que estão a receber tratamento de manutenção, pode considerar-se
a administração das perfusões subsequentes durante um período não
inferior a 1 hora. Se ocorrer uma reação à perfusão associada a uma
perfusão mais curta, pode ser considerada uma taxa de perfusão
mais lenta para futuras perfusões se o tratamento for para continuar.
Não foram estudadas perfusões mais curtas com doses > 6 mg/kg.
Contraindicações Doentes com antecedentes de hipersensibilidade
ao infliximab, a outras proteínas murinas ou a qualquer um dos
excipientes do medicamento. Doentes com tuberculose ou outras
infeções graves, tais como, sepsis, abcessos, e infeções oportunistas.
Doentes com insuficiência cardíaca moderada ou grave (classe III/IV
da NYHA). Efeitos indesejáveis Resumo do perfil de segurança A
infeção do trato respiratório superior foi a reação adversa ao
medicamento (RAM) notificada com maior frequência em ensaios
clínicos, ocorrendo em 25,3 % dos doentes tratados com infliximab
em comparação com 16,5 % dos doentes do grupo de controlo. As
RAMs mais graves associadas à utilização de antagonistas do TNF
que têm sido notificadas para o infliximab incluem a reativação do
VHB, insuficiência cardíaca congestiva, infeções graves (incluindo
sepsis, infeções oportunistas e tuberculose), doença do soro (reações
de hipersensibilidade tardia), reações hematológicas, lúpus
eritematoso sistémico/síndrome semelhante ao lúpus, doenças
desmielinizantes, acontecimentos hepatobiliares, linfoma, HSTCL,
leucemia, carcinoma de células Merkel, melanoma, neoplasias
malignas pediátricas, sarcoidose/reação tipo sarcoide, abcesso
intestinal ou perianal (na doença de Crohn) e reações graves à
perfusão (ver secção 4.4). Notificação de suspeitas de reações
adversas A notificação de suspeitas de reações adversas após a
autorização do medicamento é importante, uma vez que permite uma
monitorização contínua da relação benefício-risco do medicamento.
Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer
suspeitas de reações adversas através do sistema nacional de
notificação
(http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.
seramhomepage). Propriedades farmacodinâmicas Grupo
farmacoterapêutico: imunossupressores, inibidores do fator de
necrose tumoral alfa (TNFa), código ATC: L04AB02. Inflectra é um
medicamento biosimilar. Está disponível informação pormenorizada
sobre este medicamento no sítio da internet da Agência Europeia de
Medicamentos: http://www.ema.europa.eu. Prazo de validade 51
meses. Precauções especiais de conservação Conservar no
frigorífico (2°C8°C). TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO
NO MERCADO Hospira UK Limited. Queensway, Royal Leamington
Spa, Warwickshire CV31 3RW, Reino Unido NÚMERO(S) DA
AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/13/854/001:
1 frasco para injetáveis, registo no Infarmed 5571559 DATA DA
REVISÃO DO TEXTO: 01-2015 Está disponível informação
pormenorizada sobre este medicamento no sítio da Internet da
Agência Europeia de Medicamentos: http://www.ema.europa.eu.
PT-INF-002-16
hot topics in ibd | 10 anos gedii
11.20h
The time and the place of Deep
enteroscopy
Only for therapeutics – Rolando Pinho
Also for diagnosis – Susana Mão de Ferro
11.40h
Capsule enteroscopy for
unclassified colitis
YES - Miguel M. Saraiva
NO - Cristina Chagas
11.40h
SE
XT
AF
EI
RA
::: programa
12.00h
8.50h
9.00h
9.00h
10.30h
Open session
Fernando Magro; Luís Correia
Simposium GEDII-GEPID
Hot Topics in small Bowel IBD I
Great Debate
Chairs:
Rami Eliakim - Israel; Miguel M. Saraiva
9.00h
9.20h
9.20h
9.40h
9.40h
10.00h
Capsule enteroscopy for all
patients with Crohn’s
YES - Rami Eliakim
NO - Marta Salgado
Capsule pan-endoscopy is
useful in IBD
YES - J.M.Herrerias – Spain
NO - Nuno Almeida
Is patient capsule study
mandatory for all patients?
YES - Maria J. Moreira
NO - Helder Cardoso
Discussion
13.00h
Symposium with lunch - AbbVie
12.45h
15.00h
15.00h
15.45h
Microscopic Colitis
Chairs: Fátima Carneiro; José Cotter
15.00h
15.15h
Histopathology features
Cord Lagner
15.15h
15.30h
Diagnosis and Treatment
Munch Andreas - Sweden
11.30
12.00
14.00
14.30h
14.30
17.15h
YES - Ana Rita Gonçalves
NO - Bruno Rosa
11.30
Oral Comunications
Chairs: Guilherme Macedo;
Ana Vieira; Helena Tavares
Optimizing anti TNF treatment
Chairs: João L.Freitas; M.A Duarte
G. Van Assche – Belgium
11.20h
11.00
14.30
Coffee-Break
Endoscopic scores in capsule
enteroscopy
10.30
Discussion
15.45h
16.45h
11.00h
11.45
15.30h
Simposium GEDII-GEPID
Hot Topics in small Bowel IBD II
Great Debate
Chairs: Rami Eliakim; Pedro Figueiredo
10.30
14.00h
15.45h
12.00h
10.00
10.3
11.
Coffee-Break
Guided Poster Visit : Susana Lopes;
Ana Isabel Vieira; João Bruno Soares
11.00h
10.00
11.00
10.30h
11.00h
JORNAL DO CONGRESSO
12.30h
Discussion
11.00h
|
12.45h
10.00h
10.30h
8
12.00h
CONFERENCE
Is biopsy essential for the diagnosis of
inflammatory bowel disease only
affecting the small bowel?
Chair: Paula Borralho
Cord Lagner – Austria
8.30h
16.45h
17.15h
17.45h
17.45h
18.45h
Great Debate – Diagnosing and drugs in IBD
Chairs: Fernando Magro; Luís Correia
16.00h
15.00h
15.00
15.30h
15.30
16.00
16.00
18.00
18.00
hot topics in ibd | 10 anos gedii
e
drugs in IBD
rreia
SÁ
BA
D
10.00h
10.00h
10.30h
Cofee-Break
Guided Poster Visit : Susana Lopes;
Ana Isabel Vieira; João Bruno Soares
10.30h
Biomarkers
Chairs: Paula Ministro; Susana Lopes
11.45h
10.30h
Different approaches for Calprotectin
measurement
Joana Afonso
11.00h
Calprotectin to follow IBD patients
Jørgen Jahnsen - Norway
11.00h
11.30h
11.30h
Discussion
12.00h
Symposium with lunch – MSD
14.00h
Grants and awards
14.30h
New challenges in IBD treatment
Chairs: Francisco Portela; Paula Peixe
11.45h
14.00h
14.30h
16.00h
14.30h
New drugs and targets in IBD
Silvio Danese – Italy
15.00h
Immunomodulators often or always?
F. Baert - Belgium
15.00h
15.30h
15.30h
Discussion
16.00h
Symposium with Slunch – FERRING
18.00h
GEDII General Assembly
16.00h
18.00h
Ferring Portuguesa – Produtos Farmacêuticos, Soc. Unipessoal, Lda.
Rua Alexandre Herculano, Edifício 1 – 6.º Piso 2795-240 Linda-a-Velha – Portugal
Tel.: +351 21 940 51 90 | Fax: +351 21 940 52 09 | www.ferring.pt
C.S. 1.400.000.00€ | Matrícula na C.R.C. de Cascais n.º 18158 | Cont. n.º 502 034 831
JORNAL DO CONGRESSO
ter
8.30h
Clinical cases
Chairs: Paula Lago, Raquel Gonçalves;
Jaime Ramos; J.Costa Pereira;
Paulo Caldeira
|
sis of
O
o Pinho
o de Ferro
9
hot topics in ibd | 10 anos gedii
New drugs and targets in IBD
Silvio Danese
MD, PhD *
The mechanisms underlying the
chronic intestinal inflammation that
is a hallmark of inflammatory bowel
diseases (IBD) are complex. Components of the pathological response
include the adaptive and innate
immune systems, as well as the intestinal epithelium and endothelium.
Advances in the understanding of the
roles of each of these components
have resulted in the development
of multiple biological agents that
Components of the
pathological response
include the adaptive
and innate immune
systems, as well
as the intestinal
epithelium and
endothelium
all represent an alternative to the
use of current therapies in patients
with refractory Crohn’s disease or
ulcerative colitis. This study systematically reviews the mechanisms of
action, efficacy and safety of new and
emerging therapies that are currently
in clinical trials and discusses future
directions in the treatment of IBD.
*Head IBD Center Humanitas Research
Hospital, Milan - Italy
Different options, same results?
Optimizing anti-TNF treatment
|
JORNAL DO CONGRESSO
Gert Van
Assche, MD,
PhD*
10
Anti-TNF therapies have entered
the therapeutic armamentarium for
Crohn’s disease 15 years ago and
more recently also that of ulcerative colitis. They are the first representatives of the biological agents,
mostly monoclonal antibodies, in
the treatment of inflammatory bowel
disorders (IBD). Biological therapies
are highly specific since they are
directed at a single protein target,
but expensive due to a high development and manufacturing cost. Unlike
in other immune disorders such as
rheumatoid arthritis, until recently,
only anti-TNF therapies had demonstrated efficacy in patients with
refractory IBD and therefore treatment optimization has received
much attention.
The optimal use of anti-TNF treatment in IBD starts with selecting
the right patients. It is clear in
Crohn’s disease that patients with
active inflammation, evidenced by
increased inflammatory markers and/
or endoscopic lesions at the start of
therapy (Colombel JF et al. NEJM
2010). The same is most likely true
for ulcerative colitis. Also, a careful review of the patient’s history
is needed when starting an immunosuppressive agent, including an
anti-TNF. Finally, perianal or intraabdominal sepsis should be drained,
if needed through surgery, prior to
starting anti-TNF therapy.
The second crucial step for the optimal use of anti-TNFs is the induction phase. According to the ECCO
consensus guidelines, the initial
response to anti-TNFs should be
assessed after 8-12 weeks (Dignass
A et al. 2010). However, patients
want to feel better much sooner.
There is increasing evidence that
patients with a high inflammatory
burden, such as those with severe
steroid refractory ulcerative colitis,
may need higher anti-TNF induction doses to heal their colon. In
those patients investing in extra
induction doses is a valuable strategy. It is also clear that combining
infliximab with a thiopurine and all
anti-TNFs with steroids increases
the primary response rate. It is
not entirely clear why optimizing
therapy in the induction phase is so
beneficial on the long term. However, emerging evidence suggests
that the high inflammatory burden
results in lower anti-TNF blood levels, which may reduce their clinical efficacy but also may increase
the immunogenicity of mAbs leading to an increased risk of loss of
response over time. It is also not
clear whether combination therapy
needs to be continued beyond the
induction period.
Optimization of anti-TNF therapy in
the maintenance phase has received
the most attention as it has become
obvious that up to 40% of patients
are faced with a loss of response to
an anti-TNF over time. Therapeutic
drug monitoring, or the assessment
of anti-TNF serum levels and antidrug antibodies, has entered clinical
trials and even daily practice as a
strategy for treatment optimization.
The reasons for the loss of response
are diverse and should always be
investigated. The main mechanisms
leading to a symptomatic relapse
while on an anti-TNF drug include:
disease complications such as strictures, functional bowel symptoms,
intra-abdominal or peri-anal sepsis, loss of efficacy of the anti-TNF
drugs and accelerated drug clearance due to anti-drug antibodies or
other mechanisms. The therapeutic
interventions differ substantiall based
on the underlying reason for loss or
response and therefore, further investigation is mandated.
We follow a pragmatic, multi-step,
approach for patients losing response
to an anti-TNF.
Step 1: Document active inflam-
mation by measuring CRP, fecal
calprotectin and or by performing
endoscopy or cross sectional imaging. Exclude enteric infections with
a stool culture, strictures and sepsis
with cross sectional imaging
Step 2: In patients with documented
inflammation, anti-TNF drug levels
and anti-drug antibodies are determined.
Step 3: The dosing is intensified in
patients with low drug levels or an
anti-metabolite is (re)introduced. In
those with high levels we switch out
of class to a non- anti-TNF drug or to
surgery. When high titers of anti-drug
antibodies are detected we switch to
the next anti-TNF, since the patient
is immunized and increasing the
dose will not be beneficial on the
long term.
15 years after the
introduction of anti-TNFs
into clinical practice,
the ideal strategies for
treatment optimization
are still debated. The lack
of alternative treatment
options and the high
direct drug cost of antiTNFs is fueling this
debate
However, therapeutic drug monitoring is not accessible to all clinicians
and the evidence supporting its use
is not uniform. An alternative strategy
may be to increase the dose in every
patient with a documented relapse.
The cost effectiveness of both strategies has not been directly compared
in a randomized clinical trial. Cost
effectiveness questions are more at
stake for anti-TNFs than for older
treatments such as steroids and antimetabolites. This is primarily a cost
issue rather than a benefit to risk
analysis.
Finally, a recent randomized clinical
strategy trial has looked at treatment optimization as a pre-emptive
measure in patients with ongoing
response to infliximab. The hypothesis underlying this trial states that the
prevention of low anti-TNF trough
levels and excessively high levels,
increases the long term efficacy and
reduces side effects and drug costs.
The study has been presented as
an abstract and preliminary results
suggest that less than half of patients
are within a pre-defined therapeutic window of 3-7 µg/ml despite
ongoing clinical response (Vande
Casteele N et al. 2013). Patients
were brought within the therapeutic
window by increasing or decreasing
the infliximab dosing, randomized to
either treatment adjustments based
on clinical criteria or on drug levels.
After one year, the cost and overall
efficacy of both strategies was comparable, although there were trends
to more relapses and a higher rate
of anti-drug antibodies in the group
without therapeutic drug monitoring.
These data need to be confirmed and
also expanded to other anti-TNFs.
In summary, 15 years after the introduction of anti-TNFs into clinical
practice, the ideal strategies for treatment optimization are still debated.
The lack of alternative treatment
options and the high direct drug cost
of anti-TNFs is fueling this debate.
Therapeutic drug monitoring adds
some science to the debate, but
the long term impact of drug level
based dosing optimization during
induction and maintenance needs
further study.
References:
1.Colombel JF, Sandborn WJ, Reinisch W,
et al. SONIC Study Group. Infliximab,
azathioprine, or combination therapy for Crohn’s disease. N Engl J Med.
2010;362:1383-95.
2.Dignass A, Van Assche G, Lindsay JO, et
al. The second European evidence-based
Consensus on the diagnosis and management of Crohn’s disease: Current management. J Crohns Colitis. 2010;4:28-62.
3. Vande Casteele N et al. UEGW 2013 Oral
presentation.
* Division of Gastroenterology
University Hospitals Leuven,Belgium
hot topics in ibd | 10 anos gedii
Experiência internacional proporcionada pelo GEDII
Hospital de Beaujon e de Lariboisière, onde eram apresentadas sessões
teóricas, seguidas de casos clínicos e
sua discussão.
O facto de o Serviço estar inserido
numa das regiões da Europa com
elevada incidência e prevalência
de doença inflamatória intestinal,
permitiu-me contactar não só com
um elevado número de doentes,
mas também com a complexidade
e gravidade de grande parte dos
casos. O seu reconhecimento como
centro de referência europeu nesta
área, permitiu-me também estar
envolvido em alguns dos ensaios
clínicos em curso, nomeadamente
os relacionados com a terapêutica
biológica, possibilitando, não só
a aquisição de maior experiência
no manejo de terapêuticas atuais
(infliximab, adalimumab, golimumab), mas também o contacto com
novas terapêuticas não disponíveis
no nosso País (vedolizumab, certolizumab, ustekinumab). Adquiri um
maior conhecimento nos critérios
de seleção de doentes com terapêutica biológica e aprendi a lidar com
as suas complicações. Estive particularmente envolvido num projeto
relacionado com a imunofenotipagem de linfócitos na DII e com o
doseamento prospetivo de anticorpos anti-infliximab e sua relação
com atividade clínica, laboratorial
e predição de falência de resposta.
Este estágio, ao incentivar o exercício do senso crítico e promover
o intercâmbio e a comunicação
entre sistemas de saúde e de formação europeus, permitiu-me tomar
consciência de algumas das nossas
dificuldades mas também valorizar
as nossas qualidades. Ao contactar
com diferentes métodos de trabalho,
adquiri “competências transversais”
necessárias à prática da medicina
atual, nomeadamente, linguísticas,
de comunicação, responsabilidade,
iniciativa, adaptabilidade, flexibilidade.
Em suma, a realização deste estágio
permitiu-me adquirir maior e melhor
experiência profissional e alargar
horizontes pelo conhecimento de
novas realidades culturais e educacionais.
Por último, não posso deixar de
felicitar o GEDII pela sua meritória
atividade desenvolvida ao longo destes 10 anos e, muito especialmente,
em prol da formação dos internos de
Gastrenterologia.
* Interno de Gastrenterologia do Hospital
de São Bernardo, Centro Hospitalar de
Setúbal, E.P.E
JORNAL DO CONGRESSO
A doença inflamatória intestinal
(DII) constitui, atualmente, um dos
maiores desafios da Gastrenterologia
clínica. De facto, a sua incidência crescente e abrangendo preferencialmente a população ativa, o
seu caráter crónico, as dificuldades
diagnósticas e, sobretudo, a abordagem terapêutica atual com recurso a
fármacos imunossupressores e biológicos implicam uma maior diferenciação do gastrenterologista que se
dedica a esta área.
Tendo interesse pessoal pela DII, e
aproveitando a oportunidade que o
GEDII proporcionou, fui selecionado pelos representantes nacionais
da ECCO para frequentar o 11th
Intensive Advanced Course no âmbito do 8.º Congresso da ECCO em
fevereiro de 2013, em Viena. Este
curso oferece uma ampla base de
conhecimentos multidisciplinares na
área da DII e constitui uma excelente
oportunidade para o intercâmbio de
experiências com colegas de outros
países europeus, com diferentes sistemas de saúde, além de permitir
estabelecer uma rede de contactos e
Não posso deixar de
felicitar o GEDII pela
sua meritória atividade
desenvolvida ao longo
destes 10 anos e, muito
especialmente, em prol
da formação dos internos
de Gastrenterologia
|
Dr. Daniel
Trabulo*
de colaboração futura. Também com
a contribuição do GEDII, na pessoa
do Prof. Doutor Fernando Magro,
realizei um estágio clínico, com dois
meses de duração, no Serviço de
Gastrenterologia e Hepatologia do
Hôpital de S. Louis, em Paris. Este
Serviço constitui um dos centros de
referência europeus em DII e patologia Oncológica e é membro do
GETAID (Groupe d’Étude Thérapeutique des Affections Inflammatoires du
Tube Digestif). Assim, pude continuar
a formação específica iniciada no 2.º
ano do Internato na Consulta Externa
de Doença Inflamatória Intestinal
do Hospital de São Bernardo, em
Setúbal. Durante o estágio, tive a
oportunidade de trabalhar diretamente com o Prof. Doutor Mathieu
Allez, acompanhando doentes na
consulta externa de DII diariamente,
na enfermaria e no Hospital de Dia,
discutindo diretamente a estratégia
terapêutica e colaborei em técnicas endoscópicas relacionadas com
esta área (dilatações de estenoses
e cromoendoscopia). Tratando-se
de um Hospital Universitário, tive
ainda a oportunidade de participar
na atividade formativa do Serviço,
nomeadamente em Reuniões de Staff
(reuniões clínicas do Serviço onde
eram discutidos os casos mais complexos do internamento e consulta),
Journal Clubs, ações de formação
organizadas pelos médicos do Serviço, reuniões multidisciplinares (em
conjunto com Cirurgia, Radiologia
e Anatomia Patológica) e reuniões
clínicas inter-hospitalares com o
11
hot topics in ibd | 10 anos gedii
Controlo contínuo da colite ulcerosa
“Alívio sintomático não é alvo terapêutico aceitável”
|
JORNAL DO CONGRESSO
No próximo sábado, dia 24 de Janeiro, entre as 12 e as 14 horas, terá lugar neste congresso
um simpósio-almoço promovido pela MSD, cuja moderação estará a cargo do Prof. Doutor Fernando Magro.
Nesta sessão será debatida a importância de identificar precocemente os fatores de mau prognóstico, no
sentido de intensificar a terapêutica em subgrupos de doentes com maior risco de complicações. Serão
também revistos os resultados do estudo PURSUIT que demonstraram a eficácia de golimumab tanto como
terapêutica de indução, como de manutenção, revelando que este anti-TNFα permite um controlo contínuo
da colite ulcerosa. Por fim, serão apresentados casos clínicos, em que o golimumab foi a terapêutica eleita
para cinco doentes com colite ulcerosa.
12
“Os fatores de mau prognóstico
dependem sempre dos outcomes clínicos que procuramos”, afirma a Dr.ª
Marte Lie Hoivic, em declarações
ao Jornal do Congresso. Segundo
a gastrenterologista do Institute for
Klinisk Medisin, em Oslo, a ausência
de uma definição formal de complicações em colite ulcerosa tem
desencadeado algum enviesamento
nos vários estudos clínicos desenvolvidos em torno desta patologia. “Daí
a dificuldade em fazer comparações
de resultados”. Contudo, “enquanto
fator de prognóstico, é mais importante definir a extensão da doença, a
ocorrência de recaída, a necessidade
de colectomia ou o desenvolvimento
de cancro colorretal”, acrescenta.
Até aqui, a extensão da doença no
momento do diagnóstico representava o principal fator de mau prognóstico, contudo, alguns estudos vieram
sugerir que também o diagnóstico
em idades precoces (antes dos 40
anos), a necessidade de glucocorticoides a partir do diagnóstico, a
presença de uma doença muito ativa
desde o início e o sexo masculino
estavam associados a um aumento
do risco de colectomia e de progressão da doença. Todavia, “continua a haver algumas contradições,
na medida em que outros estudos
apontam para um maior risco nos
doentes que desenvolvem a doença mais tardiamente”, alerta a Dr.ª
Marte Lie Hoivic.
A especialista sublinha que o reconhecimento destes fatores de mau
prognóstico ainda num estádio precoce da doença pode ajudar a selecionar o subgrupo de doentes que
mais beneficiarão de uma estratégia terapêutica mais agressiva logo
desde o início. Isto porque, está
demonstrado que o tratamento com
medicamentos biológicos, por exemplo, é mais eficaz quando iniciado
em estádios mais precoces da colite
ulcerosa do que em estádios mais
avançados.
“Esperamos, portanto, que a seleção
de subgrupos de doentes com fatores
de mau prognóstico num estádio
precoce nos permita oferecer tratamentos mais eficazes, que reduzam
o risco de progressão da doença, a
longo prazo, assim como as complicações como a colectomia e nos
permita individualizar as decisões
clínicas”, afirma a especialista. Por
outro lado, o reconhecimento destes
doentes permite também individualizar as decisões clínicas, com o
objetivo de melhorar os outcomes.
“Acreditamos que a identificação
dos fatores de mau prognóstico e a
intervenção precoce mais agressiva
nestes doentes pode resultar numa
melhoria dos outcomes clínicos e
na redução do número de doentes
com complicações”. No entanto,
“não existem, até agora, estudos
que tenham demonstrado um efeito
benéfico a longo prazo relacionado
com a identificação precoce dos
fatores de mau prognóstico. São,
portanto, necessários estudos prospetivos a longo prazo”, remata a Dr.ª
Marte Lie Hoivic.
“Enquanto fator de
prognóstico, é mais
importante definir a
extensão da doença,
a ocorrência de
recaída, a necessidade
de colectomia ou o
desenvolvimento de
cancro colorretal”
Controlo contínuo
Relativamente ao tratamento da
colite ulcerosa, o Dr. Julian Panés
defende que até os sintomas mais
ligeiros devem ser eficazmente controlados. Esses sintomas “induzem
deterioração da qualidade de vida
dos doentes e alteram as suas atividades numa tentativa de lidar com
os sintomas”. Por outro lado, “as
lesões endoscópicas ou histológicas
persistentes aumentam o risco de
cancro colorretal”, defende o gastrenterologista do Hospital Clinic de
Barcelona, Espanha.
Na perspetiva do Dr. Julian Panés,
o alcance de uma atividade ligeira
da colite ulcerosa não é um objetivo terapêutico aceitável, na medida
em que “todos temos de procurar
a remissão completa. Os doentes
precisam de um controlo completo e
mantido da sua doença e não apenas
de uma melhoria dos sintomas. Não
podemos permitir que um doente
mantenha sintomas, ainda que ligeiros quando existem opções terapêu-
ticas eficazes que oferecem um total
controlo da colite ulcerosa”, reforça.
A possibilidade de controlar de
forma eficaz e mantida a colite ulcerosa foi confirmada no PURSUIT, o
estudo que fez parte do programa
de desenvolvimento clínico do golimumab. No PURSUIT, foram apenas
necessárias duas doses deste anti
-TNF-α em indução para alcançar
uma resposta clínica rápida. Às seis
semanas 51% dos doentes tratados
com golimumab obtiveram resposta
clínica (versus 30% no grupo placebo), 18% alcançaram a remissão
completa (versus 6% do grupo placebo), 42% a cura significativa da
mucosa (versus 29% do grupo placebo). Além disso, verificou-se, nos
doentes tratados com golimumab
uma melhoria mais significativa da
qualidade de vida.
Nos doentes que responderam inicialmente ao tratamento com golimumab foi implementada terapêutica de manutenção. Nesta fase, 47%
dos doentes tratados com o anti-TNF
-α e 31% dos que receberam placebo, mantiveram a resposta clínica às
54 semanas.
De acordo com o Dr. Julian Panés,
o desenho do estudo PURSUIT teve
uma elevada relevância clínica.
Desde logo porque “foi feita uma
separação entre a fase de indução
e a fase de manutenção, o que
não aconteceu nos estudos ACT e
ULTRA”, justifica. Por outro lado,
porque, “tal como na prática clínica,
apenas entraram na fase de manutenção, os doentes que tiveram uma
resposta clínica na fase de indução”.
Considerando que a persistência de
sintomas intermitentes não corresponde a um controlo adequado da
doença, o especialista entende que é
preciso um longo período de observação para perceber se a remissão
é, de facto contínua. “Não basta
observar os doentes num ponto temporal específico e limitado”. Neste
contexto, o golimumab demonstrou
um benefício clínico e uma remissão
mantida tanto na fase de indução,
como na fase de manutenção.
A via de administração (subcutânea)
e a frequência da administração (a
cada quatro semanas) são os principais pontos diferenciais entre o golimumab e os restantes tratamentos da
mesma classe terapêutica, utilizados
na abordagem de doentes com colite
ulcerosa. Além disso, "o golimumab
é um anticorpo humano, o que significa que poderá ter menor imunogenicidade”, sublinha o especialista.
"Não podemos permitir
que um doente mantenha
sintomas, ainda que
ligeiros quando existem
opções terapêuticas
eficazes que oferecem
um total controlo da
colite ulcerosa”
Golimumab:
A experiência num
centro de referência
Durante a exposição
“Golimumab in clinical
practice” serão apresentados,
pela Dr.ª Rosa Coelho
Abrantes, os cinco doentes
com colite ulcerosa que
durante o ano de 2014 foram
propostos para terapêutica
com golimumab. Segundo
a interna de formação
específica do Centro
Hospitalar São João, “todos
os doentes apresentavam
atividade moderada,
extensão compatível com
colite esquerda e critérios
de corticodependência.
Não foram observadas
reações adversas e todos
apresentaram, até à data, boa
evolução clínica, analítica e
imagiológica”.
hot topics in ibd | 10 anos gedii
Expandir conhecimentos e competências
na área da doença inflamatória intestinal
Dr.ª Ana Rita
Gonçalves*
A doença inflamatória intestinal
constitui um dos maiores desafios da
gastrenterologia clínica. A sua incidência crescente nos países desenvolvidos, o carácter crónico, o atingimento preferencial de uma população ativa e produtiva economicamente, as dificuldades diagnósticas
e, sobretudo, o manejo terapêutico
atual com tendência para instituição
de terapêuticas mais agressivas com
recurso a fármacos imunossupressores e biológicos implicam uma
cada vez maior diferenciação do
gastrenterologista que se dedica a
esta área particular. Deste modo, e
tendo em conta o meu particular
interesse na área, propus-me expandir os meus conhecimentos na área
realizando durante o internato complementar de Gastrenterologia um
estágio específico num centro de
referência. O GEDII e em particular
na pessoa do Prof. Doutor Fernando
Magro, foi essencial na escolha do
centro, na referenciação e realização dos primeiros contactos. A
escolha recaiu num dos principais
centros de referência europeus da
área - Clinique des Maladies de
l´Appareil Digestif et de la Nutrition, Hôpital Claude Huriez, Lille,
França (Director: Prof. Antoine Cortot), tendo oportunidade de acompanhar diariamente o Prof. Doutor
Jean-Frédéric Colombel. A escolha
deste centro prendeu-se com vários
motivos: a experiência clínica do
serviço, inserido numa das regiões
da Europa com elevada incidência e
prevalência de doença inflamatória
intestinal, concentrando assim um
Durante um período de 3
meses tive oportunidade
de acompanhar
diretamente cerca de
200 doentes com doença
inflamatória intestinal
em regime ambulatório
de consulta externa e 40
doentes em regime de
internamento
número elevado de doentes; o reconhecimento mundial como centro
de referência nesta área, especialmente na abordagem terapêutica.
O serviço posicionava-se como um
dos centros envolvidos nos principais ensaios clínicos terapêuticos
na área da terapêutica biológica
possibilitando, não só a aquisição
de maior experiência no manejo
de terapêuticas já disponíveis mas
também o contacto com novas terapêuticas. Durante um período de 3
meses tive oportunidade de acompanhar diretamente cerca de 200
doentes com doença inflamatória
intestinal em regime ambulatório
de consulta externa e 40 doentes em regime de internamento. A
discussão focava-se sobretudo na
estratégia terapêutica, prevenção de
complicações associadas a terapêuticas imunossupressoras e opções
a tomar em doentes difíceis. Tive
ainda o meu primeiro contacto com
as novas terapêuticas biológicas
(vedolizimab, golimumab, ustekinumab) no âmbito dos ensaios clínicos
a decorrer na altura. Em conclusão,
um estágio rico, intenso, que me
permitiu expandir conhecimentos
e competências na área da doença
inflamatória intestinal.
* Gastrenterologista,
Hospital
de Santa Maria – CHLN
My experience in a reference international centre
of IBD cases needing hospitalisation
are admitted) and Endoscopy.
In IBD consultation I worked mostly
with Professor Colombel and Professor Antoine Cortot. Both have an
enormous experience in the field of
IBD. I watched the implementation
of guidelines on the daily basis and
had the opportunity to develop my
knowledge and skills in the diagnostic and therapeutic area in IBD. The
enormous volume of patients seen
in consultation provided me a better understanding of the indications,
contraindications and pharmacology of the therapies used in relevant
clinical situation. I also observed the
utilization of new biologic agents
by the inclusion of patients in clini-
Lille Gastroenterology team was
always warm full and made feel at
home. I am very grateful to Professor
Colombel and to Professor Cortot.
They are brilliant doctors and scientists, but mostly, they are wonderful
persons that always kept me motivated and transmitted me their “passion” for IBD. I would also like to
gratefully thank GEDII and Professor
Fernando Magro for arranging all the
contacts that made this experience
happen.
* Serviço de Gastrenterologia
do Hospital Beatriz Ângelo, Loures
During my stay, and in
order to profit the most
as possible, I divided
my time between
IBD consultation, the
Infirmary of Nutrition
and Endoscopy
JORNAL DO CONGRESSO
During my fourth year of GI training, I had the wonderful opportunity to make a 3-month internship in
“Service des Maladies de l´Appareil
Digestif et de la Nutrition” in Centre
Hospitalier Regional Universitaire
de Lille, France. Professor Jean-Frédéric Colombel was my Ecco Host.
The suggestion to go to Lille, as
well as the contact with Professor
Colombel were made with the precious help of GEDII and Professor
Fernando Magro.
Hepatogastroenterology Service in
Lille is a reference international centre, distinguished in Gastroenterology and particularly in the area of
IBD, contacting with a large volume
of cases and with an intense scientific work in this field.
During my stay, and in order to profit
the most as possible, I divided my
time between IBD consultation, the
Infirmary of Nutrition (where most
cal trials (golimumab, vedolizumab,
Anti-IL-12/IL-23, etc).
In Nutrition Infirmary, I contacted
mostly with patients with IBD (fulminant ulcerative colits, complicated
Crohn) and short bowel syndrome.
The work in this sector of the Service
was very interesting, allowing me a
better Knowledge of the indications
of enteral and parenteral alimentation in order to be able to implement
nutritional therapies.
In Endoscopy sector I had the chance
to observe the routine utilization of
endoscopic scores in IBD, as well
the utilization of new endoscopic
techniques in the surveillance of dysplasia in IBD (narrow band imaging
endoscopy, cromoendoscopy, confocal endomicroscopy).
I worked with Professor Colombel,
Professor Cortot and Professor Frank
Broly in a new TPMT mutation found
in a patient who developed immunosuppression while on standard
doses of azathioprine, which was
accepted for publication as Letter
to the Editor in Inflammatory Bowel
Diseases. I also worked with Professor Colombel in a case study of a
patient with paroxysmal nocturnal
hemoglobinuria suffering from recurrent ischemic episodes, complicating her disease, later published in
Nature Reviews Gastroenterology
and Hepatology.
|
Dr.ª Joana
Torres*
Hepatogastroenterology
Service in Lille is a
reference international
centre, distinguished in
Gastroenterology and
particularly in the area
of IBD, contacting with a
large volume of cases and
with an intense scientific
work in this field
13
hot topics in ibd | 10 anos gedii
Estágio no Serviço de Doenças Digestivas e Metabólicas do Hospital Clínic de Barcelona
Um centro de referência europeu em Gastrenterologia
Dr.ª Teresa
Pinto Pais*
Realizei um estágio de Doença
Inflamatória Intestinal (DII) durante
o 5.º ano de Internato Complementar, na unidade de tubo digestivo
do Serviço de Malalties Digestives
i Metabòliques, no Hospital Clínic
de Barcelona, dirigido pelo Prof.
Julian Panés, atual presidente-eleito
da European Crohn’s and Colitis
Organisation (ECCO).
A escolha desta unidade prendeu-se
com o facto de ser um centro de
referência europeu em Gastrenterologia com larga experiência em
DII, não só pelo elevado número de
doentes graves, mas sobretudo pela
diferenciação e dinamismo da equipa médica. Integrado no Centro de
Investigación Biomédica en Red de
Enfermedades Hepáticas y Digestivas
e no Institut d’Investigacions Biomèdiques August Pi i Sunyer, da Universidade de Barcelona, desenvolve
inúmeros projetos de investigação
em ciência básica e clínica, que têm
resultado em múltiplas publicações
em revistas de renome, e comunicações internacionais. Esta unidade
tem larga experiência na terapêutica
celular, nomeadamente o transplante
de medula óssea autólogo para a
doença refratária, que me fascinou.
Adicionalmente, é um serviço que
participa em vários ensaios clínicos
multicêntricos e internacionais revelando-se uma excelente plataforma
de para aprofundar conhecimentos
na área da DII.
Durante o estágio desenvolvi atividade em 5 âmbitos principais: Consulta
Externa, Reuniões Multidisciplinares,
Enfermaria, Endoscopia e Atividade Formativa. Na consulta externa,
acompanhei diretamente os médicos
responsáveis pela consulta de DII,
em 4 a 5 períodos de consulta semanais. Tive a oportunidade de contactar com os ensaios clínicos em
curso no Serviço, e vários estudos
Fase 2 e 3 com novos fármacos na
DII. Colaborei ainda com uma Enfermeira Especialista em DII, presente
na Unidade, e disponível também
através de linha de contacto própria
(via telefónica ou por email). Assisti semanalmente a reuniões multidisciplinares, nomeadamente com
Imagiologia (reservada à discussão
de doentes internados e da consulta), a Anatomia Patológica (destinada
Destaco a colaboração
na realização de pancromoendoscopias,
na vigilância de
displasia na DII. Esta
experiência permitiu-me a aprendizagem
dos aspetos teóricos
e sobretudo práticos
desta técnica, bem
como adquirir treino
na identificação,
caracterização e
distinção de lesões
suspeitas e benignas
alternadamente à discussão de casos
de Hepatologia e do tubo digestivo) e quinzenalmente às reuniões
multidisciplinares de DII (reunindo
gastrenterologista, cirurgião, imagiologista e anatomopatologista especializados na área). Fui integrada
ainda na equipa médica da Enfermaria de Gastrenterologia, onde
acompanhei doentes com patologia
gastrenterológica, predominante-
mente DII. Participei na endoscopia
em DII, num período semanal, em
doentes com DII estabelecida ou
suspeita. Destaco a colaboração na
realização de pan-cromoendoscopias, na vigilância de displasia na
DII. Esta experiência permitiu-me a
aprendizagem dos aspetos teóricos
e sobretudo práticos desta técnica,
bem como adquirir treino na identificação, caracterização e distinção de
lesões suspeitas e benignas. Simultaneamente, participei na avaliação
endoscópica de doentes em ensaios
clínicos e estudos prospetivos, com
colheita sistemática de biopsias,
adquirindo experiência na utilização
de escalas de gravidade endoscópica, e índices quantitativos, destacando-se o protocolo BARCELONA, que
tem como investigador principal o
Prof. Doutor Julian Panés. Participei
em sessões de formação para internos sobre temas, alternadamente, na
área de Gastrenterologia e Hepatologia, casos clínicos, e Endoscopia.
Por fim, a oportunidade de “viver
(em) Barcelona”… a mesma cidade
onde viveu e trabalhou Gaudí… a
capital do modernismo… cosmopolita e mediterrânica… que para
sempre recordarei com saudade!
* Gastrenterologista,
Centro Hospitalar de Gaia/Espinho
Expectativas elevadas para Curso Intensivo
da ECCO 2015
Dr.ª Francisca
Dias de
Castro*
|
JORNAL DO CONGRESSO
Dr.ª Rosa
Coelho*
14
O grupo de estudos de doença
inflamatória intestinal em Portugal (GEDII), inserido na European
Crohn’s and Colitis Organization
(ECCO), tem sido um exemplo na
promoção da atividade científica
nacional, não só por dinamizar bolsas de investigação, mas também por
liderar vários projetos de investigação multicêntricos, dos quais resultam múltiplas publicações científicas
em revistas de grande prestígio nesta
área. Foi por isso com grande satisfação que recebi a notícia de que teria
sido selecionada para participar no
curso intensivo da ECCO 2015.
O curso promovido pela ECCO previamente à realização do congresso é reconhecidamente um curso
de grande qualidade científica
compreendendo vários aspetos da
abordagem do doente com doença
inflamatória intestinal. As expectativas em relação a este curso são
elevadas, não só na perspetiva de
melhoramento da atividade assistencial, mas também na vertente de
desenvolvimento de novos projetos
científicos.
É por isso com grande entusiasmo
que aguardo a participação neste
Curso, só possível através do GEDII.
O curso intensivo IBD - ECCO 2015,
que decorrerá em Barcelona, será uma
excelente oportunidade para rever
conceitos básicos sobre a doença
inflamatória intestinal (DII), bem como
para integrar novas abordagens de tratamento e diagnóstico desta patologia.
Este curso irá contemplar sessões de
ciência básica, temas fundamentais
na DII e discussão de casos clínicos, tendo como palestrantes alguns
dos maiores experts mundiais da
DII. Assim, a diversidade do programa científico permite antever uma
experiência única e fundamental no
programa de formação específica em
Gastrenterologia.
A presença de internos de diferentes
nacionalidades tornará esta experiência ainda mais enriquecedora
contribuindo para uma visão mais
abrangente do processo formativo da
especialidade de Gastrenterologia.
* Interna
de Formação Específica de
Gastrenterologia, Centro Hospitalar
do Alto Ave, Guimarães
* Interna
de formação específica de
Gastrenterologia (4º ano), Centro
Hospitalar São João
Em doentes com Colite Ulcerosa moderada a grave
A FORÇA DA RESPOSTA CONTÍNUA
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O primeiro e único anti-TNF
subcutâneo com uma
eficácia demonstrada de
4 em 4 semanas.1-4
INFORMAÇÕES ESSENCIAIS COMPATÍVEIS COM O RCM Nome do medicamento e forma farmacêutica Simponi 50 mg solução injectável numa caneta pré-cheia ou numa seringa pré-cheia.
Composição qualitativa e quantitativa 1 caneta pré-cheia ou seringa pré-cheia de 0,5 ml contém 50 mg de golimumab. Cada caneta pré-cheia ou seringa pré-cheia contém 20,5 mg de sorbitol por dose
de 50 mg Indicações terapêuticas Artrite reumatoide (AR) moderada a grave em adultos com resposta inadequada a DMARDs, incluindo metrotrexato (MTX) e AR ativa e progressiva em adultos não
tratados previamente com MTX. Artrite psoriática (AP) ativa e progressiva em adultos com resposta inadequada a DMARDs. Espondilite anquilosante (EA) ativa grave em adultos com resposta inadequada a
terapêutica convencional. Colite ulcerosa ativa moderada a grave em doentes adultos que não responderam adequadamente à terapêutica convencional, incluindo corticosteroides e 6 mercaptopurina (6 MP)
ou azatioprina (AZA), ou que apresentam intolerância ou contraindicações a estas terapêuticas Posologia e modo de administração Os doentes tratados com Simponi devem receber o Cartão de Alerta
do Doente. Simponi deve ser administrado por injeção subcutânea, 50 mg 1 vez por mês na mesma data todos os meses na AR: em associação com MTX. e na AP: isolado ou em associação com MTX. Na
CU (doentes com peso corporal inferior a 80 kg) administrar uma dose inicial de 200 mg, seguida de uma dose de 100 mg na 2ªsemana, e 50 mg a cada 4 semanas dai em diante; (doentes com peso corporal
superior ou igual a 80 kg) administrar uma dose inicial de 200 mg, seguida de uma dose de 100 mg na 2ªsemana, e 100 mg a cada 4 semanas dai em diante Contra-indicações Hipersensibilidade à substância
activa ou a qualquer um dos excipientes. Tuberculose ativa (TB) ou outra infeção grave como sepsis e infeções oportunistas. Falência cardíaca moderada ou grave (classe III/IV da NYHA) Advertências e
precauções especiais de utilização Infeções bacterianas (incluindo sepsis e pneumonia), micobacterianas (incluindo TB), fúngicas invasivas e infeções oportunistas (tuberculose, reativação do vírus da
hepatite B). Tuberculose [antes de iniciar o tratamento com Simponi, todos os doentes devem efetuar um rastreio de tuberculose, tanto ativa como inativa (“latente”). Os doentes em tratamento com Simponi
devem ser monitorizados relativamente a sinais e sintomas de tuberculose ativa, incluindo doentes com resultado negativo para a tuberculose latente, doentes a fazer tratamento para a tuberculose latente ou
doentes que foram tratados anteriormente para a infeção tuberculosa. Recomenda-se que a realização destes testes seja registada no Cartão de Alerta do Doente. Reativação do vírus da Hepatite B. Neoplasias
malignas e linfoproliferativas. Neoplasias malignas em pediatria. Linfoma e leucemia. Outras neoplasias malignas para além de linfoma Cancro da pele. Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC). Acontecimentos
neurológicos. Cirurgia. Imunossupressão. Processos autoimunes. Reações hematológicas. Administração concomitante de antagonistas do TNF e anacinra. Administração concomitante de antagonistas do TNF
e abatacept. Mudança entre DMARDs biológicos. Vacinações ou administração de outros agentes terapêuticos infecciosos. Reações alérgicas. Sensibilidade ao látex. Populações Especiais (Doentes idosos ≥
65 anos, Insuficiência renal e hepática). Excipientes (Simponi contém sorbitol (E420). Doentes com problemas hereditários raros de intolerância à frutose, não devem administrar este medicamento Interações
medicamentosas e outras formas de interação Não foram realizados estudos de interação. Não é recomendada a associação de Simponi e anacinra ou abatacept. Nos doentes que recebem antagonistas
do TNF os dados disponíveis sobre a resposta à vacinação com vacinas vivas ou sobre a transmissão secundária de infeção são limitados. O uso de vacinas vivas ou outros agentes terapêuticos infecciosos
pode resultar numa infeção clínica, incluindo infeção disseminada. Não devem ser administradas vacinas vivas ou agentes terapêuticos infecciosos com Simponi. Embora a utilização concomitante de MTX
resulte no aumento da concentração sérica de Simponi no estado estacionário em doentes com AR, AP e EA, os dados não sugerem a necessidade de ajustes posológicos tanto para Simponi como para o MTX
Efeitos indesejáveis Muito Frequentes Infeção do trato respiratório superior (rinofaringite, faringite, laringite e rinite) Frequentes Infeções bacterianas (ex: celulite), infeção das vias respiratórias inferiores
(ex: pneumonia), infeções virais (ex: influenza e herpes), bronquite, sinusite, infeções fúngicas superficiais, abcesso, anemia, reações alérgicas (broncoespasmo, hipersensibilidade, urticária), positividade para
autoanticorpos, depressão, insónia, tonturas, parestesia, cefaleias, hipertensão, asma e sintomas relacionados (ex: sibilos e hiper reatividade bronquica),dispepsia, dor gastrointestinal e abdominal, afeções
inflamatórias gastrointestinais (ex: gastrite, colite), estomatite, náuseas, aumento da alanina aminotransferase (ALT), aumento da aspartato aminotransferase (AST), alopécia, dermatite, prurido, exantema,
pirexia, astenia, reação no local de injeção (tais como eritema no local de injeção, urticária, induração, dor, hematoma, prurido, irritação e parestesia), mal-estar torácico, fraturas ósseas, Titular de AIM
Janssen Biologics B.V., Einsteinweg 101, 2333 CB Leiden, Países Baixos Data de Revisão do texto 09/2014 Medicamento de receita médica restrita, de utilização reservada a certos meios
especializados. Caneta pré-cheia e Seringa pré-cheia: Medicamento comparticipado a 100% ao abrigo do Despacho nº18419/2010 na sua redação atual e do Despacho nº 9767/2014. Para
mais informações deverá contactar o titular da AIM ou o seu Representante Local, Merck Sharp & Dohme, Lda.
Referências: 1. SIMPONI RCM Setembro 2014. 2. REMICADE. RCM Julho 2014. 3. Humira. RCM Novembro 2014. 4. Website da Agência Europeia do Medicamento. http://www.ema.europa.eu. Acedido em Janeiro 2015
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