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Transcrição

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SÉRIE THE BAD
BOYS
01 – LOUCO POR
VOCÊ
Disponibilização: Soryu
Tradução e revisão inicial: Clau Bell
Revisão final: Trícia
Leitura final e formatação: Grazi
RESUMO
O conto escaldante de uma garota, dois irmãos e um triângulo
amoroso.
Olivia Townsend não é nada especial. É só uma garota que está
frequentando a faculdade para que possa voltar para casa para ajudar o
pai a gerenciar seu negócio. Ela está determinada a não ser a segunda
mulher na sua vida a abandoná-lo, mesmo que isso signifique colocar
sua própria vida em espera. Para Olivia, está claro o que deve fazer.
Puro e simples. Preto e branco.
Mas claro torna-se complicado quando ela conhece Cash e Nash
Davenport. Eles são irmãos. Gêmeos.
Cash é tudo o que ela sempre quis em um cara. Ele é perigoso,
um bad boy sexy que a quer em sua cama a qualquer custo. Ele vira
seu interior em uma desordem, com apenas um beijo faz com que ela
esqueça porque ele não é bom para ela.
Nash é tudo o que ela sempre precisou em um cara. Ele é bem
sucedido, responsável e intensamente apaixonado. Mas está
comprometido. Muito comprometido, com ninguém menos que Marissa,
a prima rica e bonita de Liv. Embora, isso não impeça Olivia de derreter
cada vez que ele olha para ela. Com apenas um toque ele a faz esquecer
por que eles não podem ficar juntos.
Branco e preto se transformam em tons de cinza quando Olivia
descobre que os garotos estão escondendo algo que deve fazê-la correr
tão longe e tão rápido quanto possível. Mas é tarde demais para correr.
Olivia já está envolvida. E apaixonada. Por ambos.
Os irmãos fazem seu coração tremer e deixam seu corpo em
chamas.
Ela quer os dois.
E eles a querem.
Como ela irá escolher entre eles?
INFORMAÇÃO DA SÉRIE
01 – LOUCO POR VOCÊ – LANÇAMENTO
02 – ATÉ MIM – EM BREVE
03 – EVERYTHING FOR US – NA LISTA
DEDICATÓRIA
Para o meu marido
Você me amou e me apoiou através de toda essa jornada louca, e
celebrou comigo os momentos mais incríveis da minha vida. Obrigada
por estar sempre ao meu redor. Estou feliz que você decidiu ficar
comigo.
Para Courtney Cole
Minha parceira crítica e uma das melhores amigas que uma
garota poderia pedir. Eu amo você, chica, e quero que você se mova
para a porta ao lado. Passe direto por ela. Obrigada.
Para os Hellcats Indie
Sem a sua entrada no final da noite, este projeto não teria o seu
rosto lindo. Seu amor e apoio é infalível, surpreendente e humilhante.
Sou eternamente grata a Cates Geórgia por me levar a seu meio.
Eu amo todos vocês.
E, como sempre, mais do que tudo ao meu DEUS.
Você é tudo. Isso é tudo.
Capítulo Um
Olivia
Minha cabeça estava girando levemente, mas estava feliz. Eu nem
me lembro dos nomes das bebidas que Shawna trouxe para nós. Eu só
sei que elas eram deliciosas. E potentes como o inferno! Wow!
— Quando é que o stripper chega? Eu estou pronta para começar
minha aberração de gritos! — Ginger gritou.
Ela era uma loucura, sem rodeios, uma ótima bartender,
trabalhamos juntas no bar do Tad’s Esportes e Grill, em Salt Springs,
Geórgia. Ela é selvagem o bastante em seu ambiente natural, mas
mantê-la em um lugar novo e estranho em uma cidade como Atlanta,
ela se transforma em um tigre desenvolvido. Rawr!
Ela olhou para mim e sorriu. Seu cabelo loiro parece urina
amarela engarrafada na luz baixa e seus olhos azuis cintilantes
pareciam diabólicos.
— Estou suspeitando imediatamente.
— O que? — Perguntei atordoada.
— Eu conversei com o gerente mais cedo. Ele vai fazer Shawna
ajudar o stripper a tirar aquelas roupas desgastadas que ele vai usar. —
Ela riu loucamente. Eu não posso deixar de rir. Ela era uma bagunça.
— Ryan vai matá-la se ela tirar a roupa de outro homem fora,
despedida de solteira ou não!
— Ele nunca vai saber. O que permanece na sala VIP acontece na
sala VIP — Ela insultou.
— Você não quer dizer o que acontece na sala VIP permanece na
sala VIP?
— Isso foi o que eu disse.
Eu ri.
— Ah, tudo bem.
Eu ri quando a vi tomar outro gole de sua bebida neurotóxica. Eu
optei pela minha água dessa vez. Alguém tem que ficar semilúcida.
Poderia muito bem ser eu. Esta noite é tudo sobre Shawna de qualquer
maneira. Quero enviá-la para sua vida de casada com a melhor partida
possível. Duvido que inclua ela ter que me levar para casa ou limpar o
vomito dos meus sapatos.
Uma batida na porta do quarto privado fez todas nós virarmos a
cabeça nessa direção. As meninas imediatamente começaram a rir e
gritar chamando o gato.
Querido Deus, eu espero que seja o stripper e não um policial ou
algo assim!
A porta se abriu e entrou o cara mais incrivelmente bonito que
acho que eu já vi. Ele parece que está em seus vinte e poucos anos,
muito alto, e construído como um jogador de futebol no nível de peito e
ombros, os braços e as pernas grossas, cintura fina entre eles. Ele
estava vestido em preto sólido da cabeça aos pés. Mas é o seu rosto que
era mais impressionante.
Doce inferno, ele é lindo!
O cabelo curto é loiro escuro cinzelado e seu rosto é a perfeição.
Eu não posso dizer qual a cor que seus olhos são quando ele varreu a
sala, mas eu podia ver que é escuro. Ele só abriu a boca para falar
quando seu olhar finalmente fez o seu caminho para mim. Seus olhos
clicaram em uma parada no meu e ele olhou.
Estou completamente hipnotizada. Ao olhar para eles, eu ainda
não pude determinar uma cor, mas as esferas pareciam quase preto.
Mesmo à luz passando pela porta atrás dele, eles se pareciam com
poças de tinta. Apenas um pouco, ele inclinou a cabeça para o lado,
enquanto me observava.
Isso me deixou nervosa. E animada. Eu não sei por quê. Eu não
tenho nenhuma razão para estar nervosa ou animada. Mas eu estou.
Ele me fez sentir nervosa. Contorcendo. Aquecendo.
Nós ainda estamos olhando um para o outro quando Ginger se
levanta e o arrasta para dentro do quarto, fechando a porta atrás dele.
— Tudo bem, Shawna. Venha chutar sua vida de solteira para a
calçada do jeito certo!
As outras meninas começaram gritar e torcendo-a. Shawna estava
sorrindo, mas sacudindo a cabeça.
— De jeito nenhum! Não esta menina! — As damas de honra
foram mais insistentes, duas delas vieram para pega-la pelas mãos e
deixá-la de pé.
Ela se inclinou para trás, longe delas, balançando a cabeça de
forma mais vigorosa.
— Não, não, não. Eu não quero. Uma de vocês faz isso.
Ela começou a mexer os braços para libertar-se, mas as meninas
tinham um aperto de morte em seus pulsos finos. Quando ela me
olhou, seus grandes olhos castanhos me diziam tudo o que eu precisava
saber. Ela estava totalmente assustada com a ideia.
— Liv, socorro! — Eu ergui minhas mãos em um gesto que diz o
que você quer que eu faça? Ela acenou para o galã atrás de Ginger. —
Você faz isso!
— Você está louca? Eu não vou despir um stripper!
— Por favor! Você sabe que eu faria isso por você.
E ela faria. Caramba.
Como um inferno no mundo uma garota tímida e desajeitada faz
coisas como esta?
Como eu tão frequentemente, respondo a mim mesma.
Porque é uma tarefa simples!
Respirando fundo, fiquei de pé e virei em direção ao cara quente
Stripper, propositadamente levantando o meu queixo em outro entalhe.
Ele ainda estava me olhando com aqueles olhos esfumaçados de carvão.
Quando eu dei um passo em direção a ele, ele muito lentamente
levantou uma sobrancelha.
Calor lavava através de mim.
Deve ser essas bebidas perigosas, eu acho. Tem que ser.
Eu me sentia suada e um pouco ofegante, mas eu dei mais um
passo de qualquer maneira.
O cara quente afastou Ginger e se virou para mim plenamente.
Ele cruzou os braços sobre o peito e esperou, com uma sobrancelha
levantada ainda na curiosidade. Ele não ia tornar isso fácil. Ele está
deixando tudo para mim, assim como Ginger pediu para fazer.
Como se na sugestão, a música que estava bombeando na sala
toda a noite ficou mais alta. É uma música sexy, pesado no baixo. É
uma música para o ambiente, com certeza. Parece que pontuava cada
batida intensa do meu coração quando eu cheguei mais perto de seus
olhos aveludados.
Quando eu parei na frente dele, tive que olhar para cima. Meus
um metro e meio de altura são pequenos demais em relação a sua
estrutura imponente.
De perto, vi que seus olhos são castanhos. Escuro, marrom
escuro. Quase preto.
Pecaminoso.
Eu estava perdida me perguntando por que determinada palavra
veio à mente quando as garotas começaram a cantar para eu tirar a
camisa dele. Incerta, olhei para os rostos excitados depois voltei para
ele. Lentamente, ele abriu os braços, segurando-os para os lados, para
longe de seu corpo.
Um canto de sua boca se contorceu. Sua expressão, sua
linguagem corporal estava repleta de desafios.
Sabia que ele achava que eu não ia fazer isso. Ninguém
provavelmente achava.
E é exatamente por isso que eu vou fazer.
Deixando a batida da música, relaxar os músculos tensos, eu
coloquei um sorriso no meu rosto quando cheguei à frente para puxar a
camisa do cara desde o cós da calça.
Capítulo Dois
Cash
Porra, ela é linda!
Por causa dos cabelos pretos desta menina, provavelmente seus
brilhantes olhos verde, o jeito dela batendo seu corpo parecia um pouco
tímida, eu desejava que estivéssemos sozinhos nesta sala juntos.
Seu sorriso não deixava seus lábios quando ela passa as mãos em
volta da minha cintura, levantando minha camisa. Quando esta estava
livre, ela começa a puxá-la para cima.
Mas, então, ela fez uma pausa. Por uma fração de segundo, eu a
vi hesitar. Ela estava tentando não mostrar que estava insegura, com o
que estava fazendo.
Eu olhei para baixo para aqueles olhos líquidos. Eu não queria
que ela parasse. Queria sentir suas mãos na minha pele. Então eu a
provoquei, esperando alimentar o felino que eu estaria disposto a
apostar que estava enterrado em algum lugar lá no fundo.
— Oh, vamos lá. Isso é tudo que você tem? — Eu sussurrei.
Seus olhos perfuram os meus e eu prendi a respiração, esperando
para ver que lado ia ganhar. Fascinado, vi quando o equilíbrio de
mudança de poder se refletiu em seus olhos. Eles ficaram um pouco
mais brilhantes, com uma pequena irritação. Eu nunca vi realmente
coragem agrupando em alguém. Determinação. Algo em uma garota que
se recusa a ceder, a recuar. Ela estava à altura do desafio. E era quente
como o inferno.
Ela manteve os olhos sobre os meus quando começou a puxar
minha camisa. Ela se inclinou para mais perto e eu senti o cheiro de
seu perfume. Era doce e um pouco almiscarado. Sexy. Assim como ela.
Ela teve que encostar seu corpo ao meu e esticar-se na ponta dos
pés para tirar minha camisa sobre a cabeça. Eu podia sentir seus seios
empurrando contra meu peito. Eu poderia tornar a tarefa mais fácil
para ela. Mas não fiz. Eu gostava da sensação dela se esfregando contra
mim. Não havia nenhuma maneira de eu estragar isso.
Uma vez que tirou a minha camisa, ela se afastou para me
avaliar. Ela estava tímida sobre isso. Isso é óbvio. É como se quisesse
olhar, mas estava um pouco envergonhada, na verdade ficou
embaraçada por algum motivo. Tinha certeza que todos os outros olhos
na sala estavam me olhando, nos olhando, mas os olhos dela eram os
únicos que eu podia sentir. Eles eram como línguas de fogo, lambendo
minha pele. Eles estavam me queimando e era tangível. Ou pelo menos
parecia assim para mim.
Eu respirei fundo e seus olhos caíram para o meu estômago. Em
seguida, eles piscam um pouco mais para baixo. Ela olhava mais do que
deveria, mas não tão longo como eu queria que ela olhasse.
Eu comecei a ficar duro.
Seus olhos se arregalaram e seus lábios abriram apenas o
suficiente para a língua fugir e molhá-los. Eu tive que cerrar os meus
dentes para não puxá-la para mim e beijar aquela pequena boca
exuberante.
Em seguida, derramou luz na sala. Apenas o suficiente para
quebrar o feitiço.
Eu ouvi a voz de um homem. Uma voz muito puta de um homem.
— Cara, o que no inferno? — Era Jason. Eu sabia por que ele
estava com raiva.
Não é fácil tirar meus olhos longe dela. Havia uma excitação,
tímida e relutante que me fez querer ver o quão longe eu podia
empurrá-la. Mas eu não a empurraria. Em vez disso, desviei o olhar,
virando a cabeça para olhar primeiro para Jason e, em seguida, na sala
de fêmeas salivando. Eu estou realmente duro.
Droga. Isto estava se moldando para ser completamente uma
diversão.
Eu sorri para o grupo de rostos rebitados em mim.
— Senhoras, este é Jason. Ele vai divertir vocês esta noite.
Todos os olhos se voltam para Jason quando ele fechou a porta e
se moveu em torno de mim. Eu olhei para a garota que estava
segurando a minha camisa. Ela estava perplexa. E por uma boa razão.
— O que quer dizer com, ele vai nos divertir? — Ela perguntou,
voltando seus olhos confusos para mim.
Eu não respondi imediatamente. Eu sei que ela descobriria em
breve.
Ela olhou para Jason, tentando juntar o que aconteceu.
— Agora, qual de vocês, mulheres bonitas é a noiva? — Jason
perguntou.
Eu vi a ficha cair. Seus olhos se arregalaram novamente e, mesmo
com pouca luz, vi seu rosto ficar vermelho.
Ela olhou para mim e franziu a testa.
— Se ele é o stripper, então quem é você?
— Sou Cash Davenport. Proprietário do clube.
Capitulo Três
Olivia
Eu não podia deixar de olhar, de boca aberta, para o proprietário.
Eu lutava com o desejo de achar uma mesa para rastejar debaixo dela.
Eu nunca estive mais mortificada em toda minha vida.
Ouvi as garotas cacarejando sobre Jason, mas quase não
penetrou minha mente, meu foco. Cada pedaço de massa cinzenta
estava concentrado em cheio no cara de pé na minha frente.
E então eu fiquei com raiva.
— Por que você me deixou fazer isso? Por que não disse alguma
coisa ou se apresentou?
Ele sorriu. Caramba! Eu registrei por um segundo que era um
sorriso deslumbrante, mas em seguida, retornou minha humilhação
que me ofuscou completamente.
— Por que eu faria isso, quando deixar você me despir era muito
mais divertido?
— Hum, porque isso é completamente antiprofissional.
— Como é isso? As senhoras pediram um stripper. Importa quem
enviarei?
— Esse não é o ponto. Você estava sendo propositadamente
enganoso.
Ele riu. Riu, caramba! Que nervoso.
— Eu não me lembro de concordar em enviar-lhe um stripper
honesto . Só um disposto.
Eu apertei meus lábios fechados. Ele é irritante.
Despreocupadamente, como se ele não estivesse em pé na minha
frente, sem camisa, ele cruzou os braços sobre o peito. A ação chamou
a minha atenção para seus peitorais perfeitamente arredondados e a
tatuagem que cobria todo um lado. Eu não posso dizer exatamente o
que era, mas faz parte do mesmo que se espalhava sobre seu ombro
esquerdo, como dedos longos e irregulares.
Ele limpou a garganta e meus olhos voaram para o seu rosto. Ele
estava sorrindo ainda mais e agora eu sentia que minha carranca rolou
no lugar. Eu não conseguia pensar direito com ele parado aqui assim.
Ele era muito desconcertante sem a camisa.
— Você não acha que você deve pelo menos se vestir?
— Você não acha que deveria pelo menos me dar a minha camisa,
então?
Eu olhei para baixo e com certeza, agarrava com força na minha
mão sua camisa preta. Com raiva, eu a lancei para ele. E ele pegou.
Caramba!
O estranho era que, mesmo fervendo, eu não sei por que eu estou
tão louca. Eu só sei que estou.
— Você está cheia de fogo! Talvez eu devesse ter tomado a sua
camisa em vez disso. — Ele diz, enquanto puxa a camisa sobre sua
cabeça.
— Que diferença isso teria feito?
Teria sido cerca de 10 vezes mais embaraçoso.
Ele parou e sorriu para mim, um sorriso arrogante sexy com o
qual eu não queria ser afetada, mas parece que não pude me ajudar.
— Se eu tivesse feito você com certeza não estaria tão louca agora.
Minha boca ficou seca quando uma imagem mental cintilava em
cena e fora da minha mente, ele tirando a minha camisa sobre a minha
cabeça, com as mãos na minha pele, seu corpo pressionado ao meu,
seus lábios tão perto que eu quase podia prová-los. Isso é tudo o que
precisava para me fazer esquecer minha raiva.
Estava olhando para ele com a boca aberta de novo, quando ele
enfiava a camisa dentro da calça. Quando ele terminou, ele deu um
passo mais perto de mim. Eu fiquei perfeitamente imóvel. Seu sorriso
morreu em uma curva sedutora de seus lábios que fez com que meus
joelhos se sentissem engraçados. Estou completamente enfeitiçada e
embaraçosamente ligada quando ele se inclinou para sussurrar no meu
ouvido.
— É melhor você fechar os lábios antes que eu esteja tentado a
beijá-los e realmente dar-lhe algo para ficar toda quente e incomodada.
Eu chupei uma respiração. Estava chocada. Mas não por sua
declaração. Pelo fato de que eu realmente queria que ele fizesse
exatamente isso, o que fez meu estômago apertar só de pensar nisso.
Ele se inclinou para trás e olhou para mim. Eu não sei por que,
mas eu estalei os lábios fechados.
E ele percebeu.
Caramba!
Eu vi decepção piscar em seu rosto. E perversamente, me
agradou.
— Talvez da próxima vez, então. — ele falou com uma piscadela.
Limpando a garganta, ele recuou e olhou para sua esquerda. —
Senhoras. — Ele disse, acenando para as outras garotas, garotas que
não deram atenção enquanto elas viam Jason importunar Shawna com
seu peito agora nu. Ele olhou para mim e, de uma maneira
decididamente do Sul, e diz: — Minha senhora.
Ele acenou com a cabeça uma vez, então se virou, abriu a porta e
saiu, fechando-a silenciosamente atrás dele.
Nunca antes eu fiquei tão tentada a perseguir alguém.
********
Eu abri minhas pálpebras um pouquinho, esperando sentir facas
afiadas na minha cabeça. Mas a brilhante luz do início de setembro que
passava através da janela não era dolorosa em tudo. Era o estranho
caso de ressaca que nunca foi. E eu sou grata.
O que é doloroso, porém, era lembrar a humilhação da noite
anterior. Ela vinha de volta para mim em uma corrida, como fazia a
imagem do lindo dono do clube, Cash. Eu rolei e enterrei minha cara no
travesseiro quando os detalhes derivaram em minha mente da altura do
corpo forte, do rosto perfeito e bonito. Um sorriso de morrer.
Oh meu Deus, ele era tão quente!
Mesmo agora, eu gostaria que ele me beijasse. Isto era ridículo,
mas ele poderia ter feito toda a derrocada um pouco menos... um
desperdício.
Castigando a mim mesmo, eu rolei de volta olhando para o teto.
Eu sou inteligente o suficiente para reconhecer quando estou caindo
propensa em minha verdadeira fraqueza. Era só por isso, por causa da
forma como o meu pulso acelera quando penso em seus olhos escuros
me desafiando a despi-lo, por causa da maneira que eu me sinto toda
quente quando eu penso sobre seus lábios nos meus, eu tenho que
estar feliz que eu nunca vou vê-lo novamente. Ele é a personificação de
uma coisa na vida que eu preciso como um buraco na cabeça, outro
interesse amoroso com um bad boy.
Como sempre, quando penso em relacionamentos desastrosos,
penso em Gabe. Cash me lembra muito dele. Arrogante, sexy,
charmoso. Indomável. Rebelde.
Destruidor de corações.
Rangendo os dentes, eu me arrastei por entre os lençóis e fiz meu
caminho para o banheiro. Empurrei Gabe para fora da minha cabeça.
Recusava-me a dar aquele idiota mais um segundo da minha vida.
Depois que joguei água fria suficiente no rosto para me sentir
parcialmente humana, eu caminhei em direção à cozinha. Eu dei pouca
atenção ao mobiliário de design e peças chiques de arte perfeitamente
colocadas quando eu passei pela sala de estar. Já se passaram quase
duas semanas desde que minha companheira de quarto se foi e eu tive
que ir morar com minha prima rica, Marissa. Eu finalmente me
acostumei a ver como vive a outra metade.
Bem, mais ou menos, eu acho que eu parei de olhar para o relógio
de dois mil dólares na parede.
Era quase 11 horas. Estava um pouco irritada comigo mesma por
dormir uma grande parte do meu dia de folga, por isso estava espinhosa
e mal humorada quando entrei na cozinha. Ver Marissa sentada na
ilha, com suas longas pernas nuas cruzadas em direção a um rapaz
empoleirado num banco não fez nada para ajudar a minha disposição.
Eu fiquei olhando para a parte de trás dos ombros largos, vestido
em linho e cabeça loiro escuro. Por meio segundo, eu considerei que eu
estava vestindo shorts de menino e um top curto, meus cabelos negros
pareciam desgrenhados, olhos verdes sonolentos, e rímel manchado.
Eu me debati sobre ir direto para o meu quarto, mas essa opção foi
levada para fora da mesa quando Marissa falou comigo.
— Aí está você, Bela Adormecida! — Ela sorriu calorosamente em
minha direção.
Eu fiquei imediatamente cautelosa.
Para começar, Marissa nunca é boa para mim. Nunca. Ela é
triplamente mimada, esnobe e sarcástica. Se houvesse qualquer outra
opção para a obtenção de um teto sobre minha cabeça, eu a teria
escolhido. Não que eu não seja grata. Porque eu sou. E eu mostro essa
gratidão pagando a minha parte do aluguel que Marissa não paga
mesmo “seu pai paga” e por não estrangulá-la em seu sono. Eu acho
que é bastante generoso de minha parte.
— Bom dia? — Eu disse incerta, minha voz rouca.
Os ombros largos na frente de Marissa se moveram e a cabeça
loiro escuro se virou para mim. Olhos castanhos escuros me pararam
nas minhas faixas. E roubou meu fôlego.
Era Cash. O dono do clube da noite passada.
Eu senti que minha boca se abriu quando meu estomago caiu no
chão. Estava surpresa e envergonhada, mas, mais do que qualquer
coisa, eu estava por superar o quanto ele era mais atraente à luz do dia.
De certa forma, eu acho que eu secretamente pensava que a minha
reação a ele na noite passada foi um produto do álcool juntamente com
o fato de que eu estava tirando a roupa dele.
Obviamente, não tinha nada a ver com isso.
— O que você está fazendo aqui? — Eu falei em confusão.
Eu vi rugas em sua testa.
— Perdoe-me?
Ele olhou para Marissa, em seguida, de volta para mim.
— Espere um minuto. Nash, você a conhece? — Marissa
perguntou seu calor agora curiosamente ausente.
Nash? Nash, como o namorado de Marissa?
Eu não tinha nenhuma ideia do que dizer. Minha mente confusa
estava tendo problemas para colocar peças do quebra cabeça no lugar.
— Não que eu saiba. — Cash/Nash disse sua expressão em
branco.
Uma vez percebendo o que está acontecendo, a minha confusão e
constrangimento deu lugar à raiva e indignação. Se há uma coisa que
eu odeio mais do que um trapaceiro, é um mentiroso. Mentirosos
desgostosos me enfurecem.
Reflexivamente, eu controlei meu temperamento. Era preciso
pouco esforço para manter a calma agora, o resultado de uma vida
engolindo minhas emoções.
— Ah, é mesmo? Você sempre tão convenientemente esquece as
mulheres que parcialmente despem você?
Flashes de algo em seus olhos. Era... humor?
— Confie em mim, eu acho que me lembraria de algo assim.
Marissa pulou fora da ilha e assumiu uma postura beligerante,
com as mãos em punhos em seus quadris.
— O que diabos está acontecendo?
Eu nunca fui de provocar problemas entre casais. O que eles
fazem e não dizem uns aos outros é problema deles. Mas desta vez era
diferente. Eu não sabia por que, mas era.
Talvez seja porque ela é minha prima.
Digo a mim mesma que, mesmo sabendo que não há amor
perdido entre Marissa e eu. Outro pensamento voou pela minha cabeça,
um que diz que eu estou chateada sobre ser tão casualmente esquecida
pelo cara que eu acordei pensando, mas o desconsiderei totalmente,
rotulando-o de ridículo e segui em frente.
Primeiro, me dirigi a Marissa.
— Nash bem aqui, apareceu na festa de despedida de solteira da
Shawna na noite passada tentando se passar por dono de um clube
chamado Cash. — Em seguida, eu me voltei para o impostor em
questão. Por mais que tentasse, não pude manter o escárnio do meu
tom. — E você. Sério? Cash e Nash? Você não acha que poderia ter
sido um pouco mais original?
Eu esperei Marissa lançar um ataque santo em Cash/Nash para
se tornar imediatamente contrito. Ou até mesmo para tentar mentir seu
caminho para fora do que ele fez. Mas o que eu vi era o que eu menos
esperava.
Os dois começaram a rir.
Quando eu olhei, confusa, parecia apenas intensificar a sua
diversão. Minha raiva aumentou na mesma medida.
Foi Cash/Nash que falou primeiro.
— Eu acho que aconteceu de Marissa não mencionar que eu
tenho um irmão gêmeo, não é?
Capítulo Quatro
Nash
Eu vi toda a gama de emoções no rosto desta garota bonita.
Confusão, raiva, indignação, prazer, então a confusão novamente. No
final, seus traços resolveram em descrença.
— Você está brincando.
— Nem um pouco. Quem se daria ao trabalho de inventar uma
história como essa?
Ela ainda estava me olhando com um olhar estupefato.
— Então você é Nash.
Concordou com a cabeça.
— Correto.
— E você tem um irmão gêmeo chamado Cash.
— Correto.
— Cash e Nash.
Eu dei de ombros.
— Minha mãe tinha uma coisa com a música country.
— E Cash possui esse clube, Dual.
— Correto.
— Então, isso faz de você o advogado.
— Bem, não tecnicamente. Ainda não de qualquer maneira. Mas,
sim.
— E eu não estou sendo zoada.
Eu ri.
— Não, você não está sendo zoada.
Ela mastigou o interior de seu lábio enquanto digeria tudo. Eu
não achava que ela tinha uma ideia de como sexy e adorável era.
Quando tudo se instalou, ela respirou fundo e perguntou.
— Posso fazer tudo de novo?
Eu sorri.
— Claro.
Um sorriso brilhante veio instantaneamente em seus lábios e ela
esticou a mão.
— Você deve ser Nash, o namorado. Eu sou Olivia, a prima um
pouco maçante de Marissa.
Eu sorri.
— É bom conhecer você, Olivia, prima um pouco maçante de
Marissa.
Duvido que haja uma única coisa maçante sobre você.
Ela acenou com a cabeça em satisfação e se virou para caminhar
até a cafeteira. Era tudo que eu podia fazer para não vê-la. Eu tinha que
me fazer focar na bonita loira na minha frente. Eu olhei para Marissa e
só via uma elegante mulher, escultural linda. Mas esta manhã
encontrei-me desejando que ela fosse uma morena bonita, amarrotada e
ardente dessa vez.
Merda! Isso não é bom!
Capítulo Cinco
Olivia
— Oh meu Deus! Você não pode estar falando sério! — Shawna
murmurou com a boca cheia de bolo de casamento.
Querendo rir das migalhas que voaram de entre os lábios. Vir com
ela para uma degustação de bolo tinha sido o mais divertido, apenas na
segunda posição até a festa de despedida.
— Eu desejaria estar brincando, mas eu não estou. Foi horrível!
— Eu senti o meu rosto corar de vergonha lembrando apenas de
recontar o que aconteceu com Nash.
— Bem, pelo menos era o irmão e não o que você praticamente
molestou.
Eu dei um tapa no braço de Shawna.
— Eu praticamente não o molestei!
— Não, mas você queria.
— Eu certamente...
— Não minta para mim, moça! Eu conheço você muito bem.
Tinha aquela coisa de bad boy acontecendo. Estou surpresa que você
não envolveu suas pernas e seus lábios e tudo o mais em torno dele ali
mesmo.
— Deus, Shawna, você me faz soar como uma espécie de
prostituta.
— Sério? Mulherzinha? — Ela me olhou com ceticismo.
Nós duas demos uma risadinha. A minha se transformou em uma
explosão de gargalhada quando vi a cereja vermelha presa nos dentes
de Shawna.
— Cale-se. É uma palavra da Tracey. — Eu expliquei, me
referindo a minha mãe. Ela foi Miss formalidade e apropriada. Palavras
como puta e vagabunda não estavam mesmo em seu vocabulário.
Aparentemente, o divórcio e abandono estavam, no entanto.
— Nem me fale sobre ela. Eu vou cortar aquela cadela!
— Você sabe, que na verdade é meio assustador quando você diz
isso agora. Seus dentes parecem como se você acabou de comer o fígado
de alguém. — O corante vermelho parecia sangue em sua boca.
— Eu fiz. E era delicioso com um bom Chianti e algumas favas. —
Disse ela em sua melhor voz de Hannibal1, fazendo um barulho
estranho de sucção depois.
Nós duas começamos a rir, atraindo a atenção e desaprovação da
atendente da loja ostentosa.
— É melhor calar-se. Tenho certeza que dá má sorte ser chutada
para fora de uma loja de bolo de casamento um mês antes de seu
casamento.
Shawna sorriu timidamente para a atendente, seus lábios mal se
movendo quando ela falou comigo.
— Se você tivesse um pedaço de carvão, poderíamos segurá-la e
empurrá-la até o rabo dela e vir coletar um diamante grande de gordura
em poucos dias.
— Eu tenho certeza que demora mais do que alguns dias para o
carvão se transformar em um diamante, Shawna.
— Não naquele rabo apertado, ele não faria isso.
Lançando a senhora de rosto severo um olhar de soslaio, eu
mudei de ideia.
— Você pode estar certa.
— Portanto, enquanto temos toda essa comida açucarada
circulando no nosso sangue pelo cérebro, vamos formular um plano
para você roubar Nash de Marissa. Eu tenho certeza que seria o melhor
presente de casamento ver o olhar no rosto da prostituta hipócrita.
— O quê? Você está louca? Não vou roubar ninguém de ninguém!
11 O Dr. Hannibal Lecter, um canibal que há dez anos fugiu da prisão, vive
tranquilamente pelas ruas. O
filme Hannibal no Brasil com o título de “ O silêncio dos inocentes”
— E por que não? Esse cara parece tudo o que você sempre quis.
Eu suspirei.
— Eu sei. — E Nash era. Ele era incrivelmente bonito, charmoso,
obviamente inteligente, bem sucedido, pé no chão, responsável... tudo
que minha mãe batia em mim desde a infância. Tudo o que ela achava
que meu pai não era. E ele não era um bad boy, era a melhor coisa
sobre ele. Eu não poderia concordar muito com a minha mãe, mas eu
sabia que ela estava certa sobre o tipo de cara para os meus olhos. Eu
provei isso hora após hora. Talvez alguém como Nash pudesse ajudar os
fatos a chegarem até meu coração rebelde. Até agora, parecia que eu
estava destinada a cair pelo cara errado.
— Então, qual é o problema? Vá buscá-lo.
— Não é tão simples. Além do mais, eu não sou esse tipo de
pessoa.
O garfo de Shawna caiu e ela olhou com raiva para mim.
— E que tipo é, exatamente? O tipo que vai atrás do que quer? O
tipo que faz a vida acontecer para si mesma? O tipo que faz tudo o que
pode para encontrar a felicidade? Oh, não. Você não é desse tipo. Você
é um mártir. Você é a única que vai deixar a vida passar por você,
porque não vai correr mais riscos.
— Querer obter um diploma para que eu possa usar e ajudar o
meu pai não faz de mim um mártir.
— Não, mas desistir de todas as outras áreas da sua vida para
que você possa voltar para Podunk faz.
— Ele já teve uma mulher em sua vida o abandonando. Eu me
recuso a ser a segunda. — Eu não pude manter a ponta afiada em
minha voz. Ela estava agitando o meu temperamento.
— Viver a sua vida não é abandono, Liv.
— Isso é exatamente o que ela disse.
Para isso, Shawna não disse nada.
********
Cursando todas as minhas aulas de contabilidade centrais na
frente em meus dois primeiros anos de faculdade foi um golpe de gênio
tanto quanto eu estava preocupada. Mas mesmo com um cronograma
claro de classes fáceis, eu ainda estava cansada hoje, por algum motivo.
Era noite de sexta-feira e o fim de semana estava apenas começando.
E já está chato.
Eu gostaria de pensar que era apenas medo de ir para casa para
trabalhar todo fim de semana, mas eu sei que era um pouco mais do
que isso. Era a conversa estúpida que tive com Shawna na degustação
do bolo.
Esse cara parece tudo o que você sempre quis.
Eu suspirei. Isso estava se tornando mais claro a cada dia que
passava.
Nash visitou Marissa todas as noites esta semana. Quanto mais
eu o ouvia falar, vê-lo rir e observar como ele agia, mais eu desejava ser
o tipo de pessoa que cruelmente ia atrás do que queria.
Mas eu não era. Marissa tinha o monopólio sobre isso. Bem,
Marissa e minha mãe.
Se eu alguma vez me tornar uma ladra, Nash será a primeira coisa
que eu vou roubar.
Eu podia ouvir sua voz profunda enquanto ele falava com
Marissa. Sem dúvida, eles tinham excelentes planos para a noite. Suas
vidas eram os contos de fadas. Infelizmente, a minha vida tem sido tudo
menos um conto de fadas.
Com um empurrão firme que fez meus olhos lacrimejarem, eu
apertei meu rabo de cavalo. Olhei-me no espelho. O uniforme de
trabalho de Marissa era um terno de mil dólares e sapatos Jimmy Choo.
O meu era shorts preto e uma camiseta preta que dizia Tenha um pouco
de Tad’s. Uma garota como eu nunca ia ter uma vida assim.
Fiquei feliz quando ouvi a porta da frente. Pelo menos agora eu
não tinha que passar pela dupla dinâmica no meu caminho. Já era um
fim de semana de merda que só estava começando. Vê-los babar um em
cima do outro era a última coisa que eu precisava.
Eu dei-lhes uma vantagem de dois minutos antes de pegar minha
bolsa e as chaves, coloquei minha mochila no meu ombro e cabeça para
a porta. Eu estava pensando que eu deveria ter usado o banheiro antes
de sair, quando olhei para cima e vi Nash sentado em seu carro preto
lustroso, falando ao telefone. Não olhando para onde estava indo, eu me
esqueci de descer o meio-fio e acabei abruptamente caindo.
Eu provavelmente teria sido capaz de manter o equilíbrio se não
tivesse carregando minha mochila cheia e pesada. Uma vez que ela foi
indo na direção errada, não havia como parar qualquer uma de nós.
Eu cai de bunda como uma xícara de chá no estacionamento. Na
minha cabeça, eu me vi como uma roda de carroça cômica agitando
braços e pernas.
Sim, eu estava fazendo papel de boba. Novamente. Bem na frente
de Nash.
Não há fim para o meu constrangimento com esse cara?
Eu estou pensando como eu faria para me endireitar o mais
rápido possível. Antes que eu conseguisse me desembaraçar das tiras
da minha mochila de lona, no entanto, fortes mãos estavam segurando
meus braços e me puxando para ficar de pé.
Eu fiquei cara a cara com Nash. Seus olhos chocolate escuro
estavam cheios de preocupação e ele cheirava levemente perfume caro,
algo almiscarado. Escuro. Sexy.
— Você está bem?
Estou encabulada.
— Estou feliz por eu não fazer xixi nas calças. — Eu disse.
Eu vi sua boca cair aberta um pouco e eu senti meu rosto em
chamas.
Oh doce Senhor, o que eu acabei de dizer?
E então ele riu. Sua boca perfeita se espalhou em um largo
sorriso, revelando dentes igualmente perfeitos. Seu rosto se
transformou de lindo em simplesmente de tirar o fôlego. E o som era
rico e retumbava sobre a minha pele como cetim.
Eu sabia que estava olhando, mas eu não conseguia tirar meus
olhos dos lábios que estavam tão perto. Eles pareciam tanto com os de
seu irmão. Tão delicioso. Assim proibido. E, apesar de todas as razões
que eu não deveria, eu queria muito que ele me beijasse.
O que há de errado comigo?
— Eu também estou.
Meu cérebro estava totalmente mexido.
— O que? — Eu perguntei tonta e confusa.
— Eu também estou. — Ele repetiu.
— Você está... o que?
— Também estou feliz por você não fazer xixi nas calças. — Oh
sim. Isso.
Aparentemente, era a regra do universo eu me fazer de boba em
cada oportunidade possível com esse cara. E com seu irmão, também!
Afastando-me dele para que eu pudesse pensar, eu sorri
timidamente e balancei a cabeça.
— Oh, Deus! Desculpe por isso. Eu, uh, eu estava pensando que
eu deveria ter usado o banheiro antes de sair. Eu bebi muita água hoje.
Eu ri inquieta. Ele continua a olhar para mim com diversão. Era
horrível.
— Onde você está indo?
— Trabalhar.
— Ah. E onde é isso? — Perguntou ele, empurrando as mãos nos
bolsos como se ele se estabelecesse em uma longa conversa.
— Hum, Tad Bar e Grill em Salt Springs.
— Salt Springs? — Ele franziu a testa. — Isso é um pouco mais
de uma hora a partir daqui?
— Sim, é por isso que eu preciso ir.
Eu tinha que ficar longe dele antes que algo mais constrangedor
acontecesse. Como se eu chegasse a tocar os peitorais arredondados
que eu só podia fazer isso sob a camisa cara.
— Certo. Bem, dirija com cuidado.
Com um aceno de cabeça e um sorriso educado, ele se virou e foi
de volta para o carro que estava ronronando tranquilamente a poucos
metros de distância.
Eu praticamente corri até o Honda Civic. Ele nunca pareceu mais
acolhedor. Ou mais como uma cápsula de escape. Eu pulei dentro e
bati a porta, expirando.
Mas então, para minha decepção, eu virei à chave e ouvi apenas
um gemido lento. O motor não pegava.
Eu olhei para o medidor de gasolina. Meio tanque. Não era um
tanque vazio. Eu olhei para as luzes do painel. Eles estavam legais e
brilhantes. Não era uma bateria morta. Além disso, eu não tinha ideia
do que verificar.
Estava sentada, impotente ao volante, perguntando o que diabos
eu iria fazer, quando eu vi Nash cruzar na frente do meu carro e se
aproximar da minha janela. Eu a rolei para baixo.
Eu tentei sorrir quando sentia vontade de chorar.
— O carro não pega? — Ele perguntou.
— Não.
— Qual parece ser o problema?
— Eu não tenho ideia. Eu tenho ovários, por isso eu repeli todas
as coisas mecânicas.
Ele riu.
— Colocou gasolina nele, trocou o óleo, hein?
— Muito bonito.
— Vamos dar uma olhada. Você pode abrir o capô? — Ele
perguntou, rolando as mangas até os cotovelos.
Bom Deus, ele ainda tem antebraços sexys!
Eu olhei para baixo e para a esquerda. Eu vi o pequeno símbolo
para abrir o capo. Eu estava grata por pelo menos saber onde era.
Eu puxei a alavanca.
Eu não sabia se eu deveria sair ou ficar parada. Para fins de
autopreservação, eu fiquei sentada. Permanecendo no carro, longe de
Nash, diminuía exponencialmente a probabilidade de me fazer ou dizer
algo estúpido. Isso é sempre uma coisa boa.
Pela fresta das dobradiças do capô, eu podia ver Nash fazendo
várias coisas, puxando mangueiras, fios e apertando algo. Então eu o vi
limpar as mãos e fechar o capô.
Ele caminhou de volta para a janela.
— Eu não vejo nada de errado, mas obviamente eu não sou
mecânico. Parece que este carro não vai a lugar nenhum por enquanto.
Você quer que eu chame um reboque?
Eu não podia esconder o profundo suspiro de frustração.
— Não, está tudo bem. Eu posso chamar um depois que eu ligar
para o trabalho.
— Você tem certeza?
Eu reuni o sorriso mais brilhante que podia o que não era muito,
eu tinha certeza.
— Sim, eu tenho certeza. Obrigada.
— Você quer que eu espere com você?
Meu riso foi amargo.
— Tudo bem. Eu prefiro digerir isso sozinha, se você não se
importa.
Sua testa enrugou.
— Você vai estar em apuros?
Eu acenei minha mão com desdém.
— Ah, não mais do que de costume.
Ele balançou a cabeça e começou a se afastar, mas fez uma
pausa. O vi olhar para o relógio, em seguida, olhar para cima, como se
ele estivesse pensando. É óbvio que as rodas de sua mente estavam
girando.
— Por que você não me deixa levá-la para o trabalho?
— Absolutamente não! Você tem planos com Marissa e sairá de
seu caminho. Salt Springs está fora do caminho de todos .
— Nós estávamos indo só encontrar com alguns colegas de
trabalho. Eu posso chegar um pouco tarde. Não é uma grande coisa.
— Bem, é para mim. Eu vou ficar bem. Agradeço a oferta, mas eu
vou recusar.
— Recusar? — Disse ele, com os olhos brilhando maliciosamente.
—E se eu insistir?
— Insista o quanto você quiser. A minha resposta não vai mudar.
Nash estreitou os olhos em mim e seus lábios se curvaram para
cima nos cantos. Ele caminhou lentamente para a janela e se abaixou,
descansando seus antebraços ao longo do espaço aberto. Seu rosto
estava a centímetros do meu.
— Eu sempre poderia tentar.
A maneira como ele disse soava escuro e sujo, infinitamente
prazeroso. Tudo o que pude pensar era o que eu gostaria que ele me
fizesse fazer.
Há um termo desagradável para isso, um cara forçar uma garota
a fazer coisas sexuais. Mas o que é que eles diziam? Você não pode
violar o que está disposto. E eu estaria disposta. Ah, como eu estaria
disposta.
Minha boca estava tão seca, minha língua grudou no céu da boca.
Tudo o que podia fazer era apertar a minha cabeça.
Como um relâmpago, Nash alcança e pega as chaves da ignição.
Seu sorriso era presunçoso quando ele se levantou e caminhou para o
lado do passageiro. Ele abriu a porta e pegou minha mochila e minha
bolsa do assento. Antes de fechar a porta, ele disse.
— Ou você vem comigo ou dorme em seu carro que não dá
partida. Sua escolha.
Com isso, ele bateu a porta e ia embora casualmente, carregando
minhas coisas para o seu carro e soltando-as no banco de trás. Ele
inclinou-se contra a porta do motorista e cruzou os braços sobre o peito
para me assistir. O desafio era claro.
Se eu fosse apenas teimosa o suficiente para realmente não
querer ir com ele, eu iria encontrar uma maneira de contorna-lo. Mas é
aí que está a coisa. Eu quero ir com ele. Só para ficar um pouco mais de
tempo com ele, sem Marissa ao redor, soava como o céu. Quero dizer,
não é como se eu tivesse quaisquer planos para tentar roubá-lo. Ou que
eu ainda pudesse. Marissa é um pacote total. Ela é uma cadela
chorona, mas ainda assim, ela é linda, rica, bem-sucedida e ela tem
boas ligações no mundo de direito de Atlanta.
Então há eu. Uma estudante de contabilidade, bartender e filha
de um fazendeiro. Sim, roubar Nash não era uma opção, mesmo se eu
fosse do tipo que tentaria.
Felizmente, que fez um passeio de carro com ele ser ainda mais
inofensivo.
Depois de subir o vidro, sai do carro e tranquei a porta antes de ir
para o interior luxuoso e fresco do BMW de Nash. Eu não disse nada
sobre o sorriso satisfeito que ele está vestindo quando se senta ao meu
lado. Era melhor ele achar que ganhou.
— Agora, foi tão difícil?
Eu tento manter o meu pequeno sorriso no lado tolerante,
esmagando minha exuberância.
— Acho que não. Você dirige duramente uma barganha.
— Então, eu te disse.
— Eu tenho certeza que disse. — Murmurei. Quando a cabeça de
Nash chicoteou em minha direção, eu sorri inocentemente. — O que?
— Ele olhava desconfiado.
— Eu pensei que você fosse dizer alguma coisa.
— Não. Eu não. — Eu sufoquei meu sorriso.
Capítulo Seis
Nash
Eu observava Olivia com o canto do meu olho, enquanto dirigia o
carro em direção à rodovia. Eu sabia que estava pedindo para ter
problemas, indo tão longe para gastar um pouco mais de tempo com
essa garota.
Não é que eu não ajudaria qualquer mulher presa em uma
situação semelhante. Mas eu iria tão longe? Provavelmente não. E eu
insistiria nisso? Definitivamente não.
Por que você não pode apenas esperar com ela até que um
caminhão de reboque aparecesse e depois ir-se?
Eu não sabia a resposta para isso, mas parece que há algo sobre
ela...
Ela é grande de se olhar, sem dúvida, mesmo que ela não fosse
necessariamente o meu tipo. Ela é o oposto completo de Marissa em
praticamente todos os aspectos, físico ou não. E mesmo que Marissa se
encaixe na minha vida com perfeição, eu não me sinto atraído por ela
como eu me sinto por essa garota.
E isso não é bom.
E eu sei disso.
No entanto, aqui estou eu. Dirigindo meio estado para deixá-la no
trabalho. Enquanto minha namorada está esperando por mim.
Oh, merda! Marissa!
Quando eu acelerei até a rampa de entrada, me virei para Olivia.
— Você se importa se eu avisar Marissa?
Ela sorriu e balançou a cabeça.
Clico um par de botões no console para desligar o Bluetooth. Eu
não queria que Olivia ouvisse a minha conversa com Marissa.
— Onde você está? — Marissa perguntou quando atendeu ao
telefone.
— O carro de Olivia não funcionou. Estou levando-a para o
trabalho e depois eu estarei ai.
— Olivia? Minha prima, Olivia?
— É claro. Quem mais?
— E você a está levando todo o caminho para ela trabalhar? Em
Salt Springs?
—Sim.
O silêncio me cumprimentou. Eu sei como Marissa é com os
outros. Estou plenamente consciente dos comentários e da birra que ela
está contendo para meu benefício. Ela é muito boa em manter sua
fachada cuidadosamente forjada. Ela sabe que a nossa relação deixaria
de existir se não o fizesse. Por essa razão, ela não falou até ter seu
temperamento sob controle.
— É muito legal você fazer isso por ela. Eu apenas não esperava
por isso. Ela é minha prima, mas eu nunca pediria para você sair do
seu caminho como isto.
— Eu sei que você não faria. Não me importo. Sério.
Outra pausa.
— Tudo bem. Eu acho que eu vou te ver depois, em algumas
horas.
— Vejo vocês em breve.
Quando eu coloquei meu telefone no suporte de copo, eu vi Olivia
me observando.
— Algo errado?
— Eu estava me perguntando à mesma coisa. Ela está brava?
— Não. Por que ela estaria brava?
— Você sabe mesmo com quem você está namorando?
Eu não pude deixar de rir.
— Ela não é de toda ruim. Ela estava bem com isso.
— Hmmm.
— Obviamente, não há afeto entre vocês duas. Então, por que
você está vivendo com ela?
Eu olhei para Olivia e vi seu rosto desmoronar.
— Eu soei como uma bruxa ingrata, não é? E ela é sua namorada.
Eu sinto muito!
Porra, eu a fiz se sentir mal.
— Por favor, não peça desculpas. Não era minha intenção fazer
você se sentir mal. Eu estava curioso para saber como tudo aconteceu.
— Marissa não lhe disse?
— Não. Ela não fala muito sobre isso.
— Figuras. — Murmurei. Eu agi como se eu não a tivesse ouvido.
Mas isso me fez querer sorri. — Bem, a companheira de quarto que eu
tive nos últimos dois anos seguiu seu namorado para o Colorado sem
me dizer. Era hora de renovar o contrato e eu não tinha dinheiro para
continuar sozinha, então tive que fazer outros arranjos. Minha melhor
amiga me ofereceu o seu sofá, mas ela vai se casar no próximo mês, de
modo que não iria acontecer. Isso me deixou com os dormitórios. Até
que o pai de Marissa se ofereceu para me deixar ficar com ela. Ele não
está me cobrando tanto quanto eu teria que pagar por hospedagem e
alimentação na escola, o que é ótimo, porque isso teria sido um grande
problema para mim. Eu estou com um orçamento muito apertado,
mesmo Tad me pagando muito bem para ser bartender. — Ela olhou
para mim e eu acenei com a cabeça em compreensão. — Não soa como
se fosse, mas eu realmente sou grata. Eu tive apenas uma semana
difícil.
— Então você é bartender?
— Sim.
— Posso perguntar por que você dirige até lá, quando há,
provavelmente, dezenas de bares na cidade que iriam contratar você?
— Tad paga melhor do que qualquer um dos lugares que eu
verifiquei. Ele tem um monte de garotas que perdem seus turnos de fim
de semana, então ele me paga extra para trabalhar todo fim de semana.
Trabalho lá há dois anos e eu o conheço por metade da minha vida. Ele
sabe que eu sempre vou aparecer.
— Eu acho que foi uma coisa boa eu forçar você a me deixar te
levar, então.
Ela sorriu para mim. Era uma gracinha, um pequeno sorriso sexy
que me fez querer beijá-la.
E isso não era bom.
— Eu acho que te devo uma.
— Eu tenho certeza que eu poderei pensar em algo que você
possa fazer para me pagar.
Cara, agora você está flertando?
Mesmo para os meus próprios ouvidos, o meu comentário soou
sugestivo. O triste era que ele foi concebido dessa forma. Há
literalmente uma dúzia de coisas que eu adoraria que ela fizesse por
mim. Ou comigo. Ou deixar-me fazer com ela.
Seu sorriso se alargou.
— Apenas deixe-me saber quando você pensar em alguma coisa,
então.
Ótimo! Agora ela está flertando de volta!
Eu deveria me importar. Eu deveria me opor a isso. Mas eu não
vou. Longe disso!
Eu precisava mudar de assunto.
— Então, eu não sei o quanto meu irmão paga, mas eu tenho
certeza que ele é muito competitivo. Posso falar com Cash sobre você?
Ele pode ter uma vaga.
Eu vi pânico em seu rosto.
— Não!
— Ok. — Eu disse um pouco chocado com a reação dela. —
Posso perguntar por que não?
Ela suspirou e inclinou a cabeça para trás contra o encosto de
cabeça, fechando os olhos.
— É uma longa história e muito embaraçosa.
— Será que tem algo a ver com você tirar a roupa dele?
Ela empurrou a cabeça virou os olhos arregalados para mim.
— Ele disse algo sobre isso?
— Não, você mencionou naquela primeira manhã, lembra?
Sua expressão acalmou.
— Oh sim. Isso é verdade.
— Então, só por causa de um pequeno incidente como esse, você
recusa uma oferta de emprego que iria mantê-la mais perto de casa e,
provavelmente, colocar mais dinheiro no seu bolso?
— Bem, mais dinheiro no meu bolso é uma coisa a se confirmar.
Você não sabe quanto ele paga.
— Eu quase posso garantir que seria o suficiente para fazer valer
a pena. Seu clube é muito grande.
— Hmmm — Ela respondeu novamente.
— Você deve pelo menos pensar sobre isso. A menos que você
queira me ver forçá-la novamente. Eu poderia levar você lá, você sabe.
Ela olhou para mim e sorriu. E eu não queria nada mais do que
parar encostar e arrastá-la para o meu colo.
— Pensando bem, talvez eu prefira que você me faça forçá-la.
O que diabos você está fazendo, cara?
Ela encosta a cabeça no encosto de cabeça, em seguida, vira para
um lado.
— Você está flertando comigo?
Eu dei de ombros. Ela é muito direta. Eu gosto disso.
— Você se importaria se eu estivesse?
— Marissa é minha prima, você sabe.
— Mas você mal consegue suportá-la.
— Esse não é o ponto. Eu não sou essa garota.
Eu olhei para ela. E não duvidei dela por um segundo. Ela podia
pensar que Marissa era uma puta fria, mas ela nunca faria nada para
machucá-la propositalmente.
— Acredite ou não, eu sei que você não é. Eu sou um juiz de
caráter muito bom e não tenho dúvidas de que você não é aquela
garota.
Sua testa enrugou.
— Então por que você está flertando comigo?
Ela estava séria. Ela não estava sorrindo ou brincando, mas não
estava me julgando também. Ela estava apenas curiosa.
Estou fascinado e, por um segundo, sou completamente honesto
com ela.
— Eu não consigo me conter.
Capítulo sete
Olivia
Como no mundo que eu deixei ele me convencer a isso?
Eu estava em pé na frente da porta principal do Dual. Eu olhei
demoradamente no sinal. Eu tive que sorrir. Dual. Duas vezes. Dois.
Gêmeos. Parece que Cash era atrevido em todos os aspectos de sua
vida. E inteligente.
Caramba.
O estacionamento em plena luz do dia estava vazio. Estou tendo
sérias reservas sobre o que eu me preparo para fazer. Nash tinha me
importunado sobre deixá-lo me arranjar um emprego no clube desde
domingo à noite quando meu pai me deixou de volta no apartamento.
Mesmo que pareça que Cash e Nash não se dão muito bem em
tudo, Nash se ofereceu para me levar e me apresentar oficialmente a
seu irmão. Idiota teimosa que eu sou, eu me recusava a sequer
considerar o trabalho. Mas agora com a abordagem do fim de semana
temendo percorrer todo o caminho de volta para Salt Springs para
trabalhar no Tad, estava me sentindo mais otimista sobre trabalhar
para Cash. Infelizmente, Nash teve de sair da cidade novamente, então
agora eu estava presa a ir sozinha. Eu estava com segundas intenções.
Especialmente porque a razão pela qual eu estava mais ansiosa para
ficar em torno da cidade nos fins de semana era para ver mais Nash,
que era estritamente fora dos limites.
Você é tão imbecil! Fale sobre flertar com o desastre!
Eu suspirei e mudei meu peso de um pé para outro, debatendo o
que fazer. Eu olhei para trás com saudade no meu carro, o carro que
Nash tinha mandado um mecânico ir ver e consertar antes mesmo de
eu voltar para casa no domingo. Aconteceu de ser algo simples, uma
vela de ignição, acho que ele disse. Mas ainda assim... Ele tinha
arrumado.
Eu suspirei.
Era a possibilidade de ver mais Nash, dele casualmente reparar
em mim, que me empurrou na direção da porta.
Eu a abri e caminhei para o interior escuro. Mesmo no meio do
dia, pouca luz brilhava através das pequenas janelas altas.
O bar parecia totalmente diferente, sem as luzes selvagens e a
multidão de corpos parede a parede. As mesas altas estavam limpas e
vazias, o piso preto estava polido e brilhando, havia algum tipo de
música instrumental tocando suavemente nos alto-falantes e a única
iluminação em toda a sala era dos vidros de licor pela iluminação atrás
do bar.
Nash disse que Cash estaria aqui o dia todo, mas eu estava
começando a pensar que eu deveria ter verificado uma hora específica.
Eu não tinha nenhuma ideia de onde procurar por ele.
Minhas rasteirinhas faziam um som abafado contra meus
calcanhares quando eu caminhei através da sala. Eu andei até o balcão
e puxei um banquinho para sentar, esperando Cash e mantendo um
olho sobre o lugar de onde a porta estava aberta.
Eu quase engoli a minha língua quando Cash apareceu de trás do
bar.
— Você deve ser Olivia.
— Santa Mãe do inferno! — Eu disse, agarrando o meu peito para
segurar meu coração acelerado.
Ele riu.
— Com uma boca assim, você vai se encaixar bem aqui.
Se eu não estivesse tão surpresa, provavelmente não deixaria
passar esse comentário. Em vez disso, eu dei risada.
— Você traz o pior em mim. O que posso dizer?
Cash estava vestindo uma camisa preta regata que exibia
perfeitamente seus braços musculosos e suas tatuagens interessantes
que decoravam o lado esquerdo do peito. Eu tentei não pensar nele
como um gostoso, mas essa era a palavra que não sai da minha cabeça.
Caramba!
Ele colocou os cotovelos sobre o balcão e inclinou para perto de
mim.
— Isso é porque você não me deu a chance de trazer o melhor de
você.
Sua voz era profunda e tranquila. Sua sobrancelha estava
arqueada, bem como na primeira noite de uma maneira sugestivamente
desafiadora. Eu senti meu pulso acelerar.
Bom Deus, ele é ainda mais quente do que eu me lembro!
De alguma forma, eu consegui me convencer de que ele não era
tão atraente como Nash, e porque ele era o bad boy dos dois, ele era
menos atraente. Querido Senhor, eu estava errada!
Eu tentei desesperadamente pendurar meu cérebro e dar uma
melhor impressão desta vez. Eu sei que eu só teria essa única chance
para me redimir.
Eu sorri educadamente e respondi.
— Bem, isso não será um problema se eu começar a trabalhar
para você, certo?
Ele se inclina para trás e sorri torto.
— Já ameaçando uma ação de assédio sexual?
— Não, eu... claro que não! Eu... Eu não quis dizer... o que eu
realmente quis dizer foi ... — Na minha cabeça, eu ouvia o som de um
avião caindo do céu em velocidade terminal então bater na lateral de
uma montanha com uma forte explosão.
Cale-se, Olivia! Por favor, cale a boca!
— Não recue agora! Isso estava ficando interessante.
Eu exalei. Eu estava ao mesmo tempo aliviada e um pouco
irritada.
Ele está me provocando!
— Você é sempre assim tão mal?
— Mal? — Ele perguntou sua expressão inocente. — Eu?
Nãooooo.
Com um sorriso, ele plantou as mãos espalmadas sobre o balcão
e levanta-se por ele, jogando as pernas para baixo e pulando ao meu
lado. Eu realmente espremi meus olhos fechados por um segundo, na
esperança de que a visão de seus bíceps e tríceps lutando contra sua
pele lisa não ficasse permanentemente gravada na minha mente. Eu
acho que era muito tarde, no entanto, porque era tudo o que eu podia
ver no pano de fundo de minhas pálpebras.
Caramba!
— Nash disse que você é bartender, certo?
Meus olhos se abriram para ele. Ele estava olhando para mim, tão
perto que eu podia ver onde a vaga linha negra da pupila acabava e
onde o preto da íris começava. Esses olhos eram incríveis!
Eu vi suas sobrancelhas em ascensão, me questionando.
— Perdão? — Eu perguntei.
— Nada. Eu nem acho que isso é importante. Se você é
adoravelmente sexy o tempo todo, ninguém vai se importar quão rápido
você faz as suas bebidas.
Eu me empolguei um pouco com suas palavras. Elas não deviam
me agradar. Mas elas agradaram. Um pouco.
— Isso não será um problema.
— O quê? Que você é adoravelmente sexy? Não, eu posso ver isso.
— Isso não é o que eu quis dizer. Eu tenho trabalhado em um dos
mais movimentados clubes esportivos em Salt Springs nos últimos dois
anos. Eu posso me manter atrás de seu bar.
Ele cruzou os braços sobre o peito e sorriu para mim.
— Você acha?
Eu senti um arrepio em minha espinha.
— Eu sei que sim.
— As pessoas que vêm aqui querem ser bem servidas e se divertir.
Pensa que você pode lidar com isso, também?
Eu estava pensando comigo mesma que eu nem sabia o que isso
significava, mas minha boca já passou.
— Não é um problema.
— Então você não vai se importar de me dar uma audição...
Sua pausa me deu um pequeno frio na espinha. Eu limpei minha
garganta e cheguei profundamente em minha bravura.
— Audição? O que você tem em mente?
Ele não respondeu por alguns segundos. Tempo suficiente para
me fazer contorcer. Tempo suficiente para eu pensar em todos os tipos
diferentes de testes, um par deles que me excitam.
Tire isso da cabeça, Liv! Ele está fora dos limites!
Ele riu.
— Nada muito criativo. Eu não quero empurrar a minha sorte
com a coisa do assédio sexual. Ainda.
— Você está tentando me afugentar?
— Oh, vamos lá. Você não pode me dizer que nunca trabalhou
para alguém que está atraído por você. Aposto que acontece com uma
garota como você o tempo todo.
Eu resisti o sorriso ridículo que estava puxando meus lábios. Eu
não podia deixá-lo ver que tive o prazer de ouvi-lo admitir ser atraído
por mim, especialmente quando satisfeito é um código para Eu mal
consigo respirar, eu estou tão animada.
— Uma garota como eu? — Eu falei da minha maneira mais
tranquila.
— Sim, uma garota como você. — Uma parte das pálpebras de
Cash caiu sobre seus olhos, fazendo-os parecer pesados, como se
estivesse com sono, e sua voz era como os lençóis de seda que eu podia
imaginá-lo dormindo. — Resoluta, sexy, linda como o inferno. Aposto
que você nunca conheceu um homem que não pode acabar em torno de
seu dedo mindinho.
Ele estava me observando como se quisesse me despir bem onde
estamos, em um bar vazio, com pouca luz e música suave. E havia uma
pequena parte de mim que gostaria que ele fizesse exatamente isso.
Eu bufei.
Oh meu Deus, eu bufei!
— Não muito.
— Sim, você diz isso, mas eu aposto que você poderia ter o seu
caminho com qualquer cara que você desejar. — Ele inclinou a cabeça
para um lado, enquanto me considerava. Tinha a sensação de que ele
estava me pesando, me avaliando. — Mas talvez você simplesmente não
saiba.
— Eu... eu ... eu não sei o que você quer dizer — Eu disse,
odiando que a minha voz soava tão ofegante. Eu não queria que Cash
soubesse que me afetava tanto.
— Hmmm. — Foi tudo o que ele disse. Depois de mais alguns
segundos de tentar me decifrar, Cash sorriu. Era um sorriso educado
que dizia que ele estava de volta aos negócios. Bem, pelo menos tanto
quanto tinha sido até agora. — Então, a audição. Você pode vir para
uma amanhã à noite?
Eu odeio ligar para Tad, mas eu não quero parar até que eu saiba
que eu tenho um trabalho aqui também. Portanto, é uma ligação para
Tad ou cancelar esta audição. Eu não tinha muita escolha.
— Claro. Que horas eu deverei estar aqui?
— Sete. Desta forma poderei te mostrar à configuração antes das
portas abrirem as nove.
— Parece bom. — Disse, balançando a cabeça. O silêncio se
estendeu entre nós e eu estava me perdendo. — Bem, eu acho que seria
melhor deixá-lo voltar para o seu trabalho.
— Você não vai perguntar sobre o salário? Nash disse que era
uma coisa importante.
Macacos me mordam! Estou tão malditamente deslumbrada que
me esqueci de perguntar sobre o salário!
Eu senti meu rosto ficar quente. Rezei para estar escuro demais
para ele perceber, e que, se ele percebeu fingir até o meu desconforto
em falar sobre o assunto de dinheiro passasse.
— Sim, é isso.
— Cerca de dois dólares por hora acima do que o seu atual
empregador está pagando?
Minha boca caiu aberta.
— Você não quer mesmo saber quanto é isso?
Ele fez uma careta.
— Não. Tenho a sensação de que vai valer a pena.
— Sem pressão. — Murmurei.
Ele riu de novo.
— Ah, não vai haver muita pressão. Não se preocupe com isso.
Este lugar é lotado nos finais de semana.
Quero lembrar-lhe que estive aqui, mas eu não queria que ele se
lembrasse de mim despindo-o.
Tarde demais.
— E você só viu o andar de cima — Disse ele com uma piscadela.
Eu deveria saber que eu não iria sair daqui sem alguma
referência a isso.
— Podemos simplesmente esquecer o que ocorreu?
Seu sorriso era diabólico.
— Não em uma vida. — Ele começa a contornar, longe de mim,
longe da saída. — Vejo você amanhã à noite. Sete horas.
— Devo usar algo em particular? Ou...
— Vou mandar algumas coisas para sua casa. Tamanho 40,
certo?
Por alguma razão, saber que ele reparou em mim tão de perto que
ele pode até estimar o numero da minha roupa me fez sentir quente em
todos os lugares que eu não deveria ficar quente.
—Sim.
Ele piscou novamente, então se virou e desapareceu em uma
porta pouco visível na parte de trás do bar.
Capítulo Oito
Cash
Eu sorri quando ouvi o estrondo da porta se fechando atrás de
Olivia. Ela se foi.
Eu odiei ter que encerrar a entrevista, mas já podia ver que a
garota ia ter um jeito de me fazer dizer e fazer merda, louco estúpido.
De certa forma, eu gostava. Eu gostava dela .
Ela era uma contradição. Eu podia dizer que ela está atraída por
mim, mas tenta não estar. Eu podia dizer que é um pouco tímida, mas
ela tenta não deixar isso transparecer também. E vê-la colocar uma
cara de brava e buscar um desafio era tão quente! Isso me fez querer
empurrá-la, para ver até onde ela ia.
Eu sei que soa perverso, mas era a verdade. Algo sobre a reação
dela aos meus insultos fazia meus sucos fluírem. Tudo o que sei é que a
ter ao meu redor vai fazer alguns fins de semana muito mais
interessantes!
Sentei-me para escrever um e-mail para Marie, que é dona da loja
que me fornece todos os uniformes. Eu não podia deixar de pensar em
como Olivia ia ficar no jeans de cintura baixa preto e regata confortável
preta. Eu não queria que minhas bartenders parecessem com
prostitutas, mas eu não me importava que mostrassem um pouco de
pele no decote. Isto vende mais bebidas. E, no caso de Olivia, vai me dar
muito prazer.
Estava muito ansioso para amanhã à noite. Ela já tinha essa
coisa bonita e sexy acontecendo. Colocando-a em um elemento onde eu
possa me concentrar em fazê-la abrir suas pequenas asas vai ser a
maior diversão que tive em muito tempo. Eu já estava pensando no que
eu poderia pedir para ela fazer de teste.
Capítulo Nove
Olivia
O toque do meu celular me acordou. Abri um olho turvo e olhei
para o relógio de cabeceira. Era 06h04min. Da manhã. Quem no mundo
poderia me chamar a essa hora ímpia?
Eu olhei para a tela iluminada do meu telefone. Eu não reconheci
o número e considero não atender. O fato de ser tão cedo é que me fez
atender. Eu sempre sentia um pequeno formigamento de alarme
quando meu telefone tocava em uma hora muito mais cedo ou mais
tarde.
— Olá? — Eu disse, minha voz estava rouca mesmo para os meus
próprios ouvidos.
— Olivia?
Um arrepio percorreu minha espinha. É Cash. Sua voz evocou
uma imagem de seu belo rosto, o sorriso arrogante e o peito sexy.
Imediatamente, eu me senti derreter toda.
— Olivia? — Disse ele novamente.
Não, não podia ser Cash. Devia ser Nash. Era muito cedo para
um dono de clube estar acordado. Infelizmente, estava igualmente
entusiasmada com a imagem mental e a perspectiva de Nash me
ligando também.
Eu sou muito mais retorcida do que eu já percebi!
— Sim.
Uma risada profunda melodiosa.
Era tão sexy!
— É Nash. Lamento ligar tão cedo, mas eu vou estar fora a maior
parte do dia e eu queria ver como as coisas foram no clube. Será que
você aceitou o trabalho?
— Não se incomode. Realmente. Agradeço a sua preocupação
sobre isso. Hum, na verdade eu tenho um “ teste” esta noite. Seja lá o
que isso significa.
— Ahhh. — Disse ele conscientemente. — Cash gosta que seu
povo esteja disposto a entreter.
Pela primeira vez, eu me lembrei de que foi Cash que forneceu o
stripper e um verdadeiro horror me tomou.
Doce Senhor, eu não posso me despir!
Sentei na cama.
— Santo inferno! Ele não espera que eu me dispa, não é?
Outra risada.
— Não. A menos que você queira se despir.
— Bom Deus, não!
— Eu não penso assim, especialmente depois de sua primeira
experiência no Dual.
Havia um sorriso em sua voz.
Cash disse a ele! Caramba!
Eu acho que uma mudança de assunto era melhor.
— Então, o que significa entreter?
— Vamos apenas dizer que você não pode ser tímida na frente de
uma multidão. Você está bem com isso?
Sim, eu tendo a ser um pouco tímida, mas de forma alguma era
debilitante. E, francamente, eu estava um pouco ofendida que ele
pudesse implicar com isso.
— Acredite em mim, Nash, eu posso fazer qualquer coisa que as
outras garotas podem fazer, não haverá problema.
Bem, isso pode não ser inteiramente verdade. Mas eu vou ser
amaldiçoada se admitir isso!
— Então, você não vai ter nenhum problema. Com sua aparência
e personalidade, você vai matá-los.
Seu comentário me agradou. Mesmo que ele não devesse perceber
a minha aparência. Mas eu estou tão feliz que ele fez. Isso significa que
ele não é imune a mim, o que é realmente uma coisa ruim, mas fez com
que eu não me sentisse tão sozinha em minha atração. Ainda assim,
nada poderia acontecer. Ele está comprometido.
Caramba.
Eu ouvi um som abafado, como se Nash estivesse recebendo
outra ligação.
— Falar no diabo. É uma ligação de Cash. — Disse Nash. Então,
ele murmurou quase distraidamente. — O que será que ele está fazendo
tão cedo? — Eu achei engraçado porque que eu perguntei a mesma
coisa. Depois de alguns segundos, ele limpou a garganta e continuou.
— Bem, de qualquer forma, boa sorte, esta noite. Isso é tudo o que eu
queria dizer. Volte para a cama. Tenha seu sono de beleza. Não que
você precise.
Eu me encontrei sorrindo como um mergulhão. Eu gostaria de rir,
mas eu sufoquei o desejo.
— Obrigada, eu vou.
— Durma bem, Olivia.
Mesmo depois que ele desligou, a pele dos meus braços e meus
seios se enrugaram com calafrios. Eu amei o jeito que ele disse meu
nome.
Como no mundo ele conseguiu meu número? Pensei
aleatoriamente.
Eu deitei na minha cama por um longo tempo, olhando para o
teto e pensando em Nash. Querendo saber como seria estar olhando
para o seu teto em vez disso, onde quer que ele estivesse, deitada na
cama ao lado dele. Meus olhos derivaram fechados quando pensei nele
rolando para cobrir meu corpo com o seu, sentindo seu quadril se
encaixar entre minhas coxas.
Esses são os pensamentos que me levaram de volta para o sono.
********
Dual parecia quase o mesmo de ontem, só que hoje mais algumas
luzes estavam acesas e havia vozes. Duas delas. E uma era
inegavelmente de raiva.
— Então eu vou ficar presa treinando uma novata? Isso é treta!
Eu sou a mais antiga aqui. Ele deveria ter pelo menos me pedido.
Eu podia ver que a voz pertencia a uma garota com longos
dreadlocks2 loiros e um braço cheio de tatuagens. Ela estava agitando
as mãos em uma agitação furiosa, gritando com um cara jovem que
parecia quase tão confuso como um pepino.
— Segure sua onda psicopata. — Disse ele bem-humorado. Só
podia ver a parte de trás de sua cabeça escura, mas eu sabia que ele
estava sorrindo. Eu podia ouvir na sua voz. Na verdade, ele parecia
estar tentando não rir. — Ele disse que ela tem experiência. Ela
provavelmente não vai precisar de muito treinamento.
— Se ela vai trabalhar comigo, tem que ser a melhor ou não vou
trabalhar com ela.
— Você é tão doce e agradável, você sabe disso, Taryn?
A garota, Taryn, tinha se afastado para encher algo por trás do
bar, ela girou tão rápido sobre ele que eu podia ouvir seus dreads
estapeando seu o rosto.
— Do que você me chamou?
O cara jogou a cabeça para trás e riu. Duro. Eu esperei ver a
garota arrancar seus olhos, mas em vez disso, ela me surpreendeu e
sorriu para ele. E assim, acabou.
— Você vai tentar sair e ir ao show comigo? — Ela pediu
simpática.
Suas vozes caíram em um tom mais coloquial que eu não
conseguia ouvir tão claramente e me senti culpada por ouvir. Tempo de
dar o fora daqui ou fazer a minha presença ser notada. E confie em
mim, nenhuma decisão era fácil. Apenas o pensamento de trabalhar
com alguém como essa garota Taryn me dava azia.
2 dreadlock é uma forma que consiste em se manter os cabelos em cilíndricos
que aparentam —
cordas— pendendo do topo da cabeça, isso se tornou mundialmente famoso com
o movimento
rastafari
Antes que eu pudesse dar muita atenção ao apelo para cair fora,
eu puxei cada última gota de bravura que possuía, e limpei a minha
garganta, começando a fazer meu caminho em direção ao bar.
Ambas as cabeças se voltaram para me assistir enquanto me
aproximava. Quando eu cheguei mais perto, eu pude ver que, embora
obviamente, de posse de um temperamento infernal, a garota era muito
bonita, com seus grandes olhos amendoados e lábios cheio vermelhos.
E o cara era... uau! Ele era muito bonito também.
Ele parecia exótico. Talvez havaiano ou cubano. Ele tinha pele cor
caramelo, cabelo preto e olhos combinando. E o sorriso que ele dirigiu
para mim? Puta merda.
O que é isso? A terra de modelos desajustados?
Eu tento não ser autoconsciente da minha roupa. Não era muito
reveladora, pelo menos não tão incômoda, mas eu ainda me sentia...
nervosa. A calça de cintura baixa mostrava um tanto decente do meu
estômago, e na parte superior o decote era provavelmente um tamanho
maior do que eu normalmente uso, revelando uma dose saudável do
busto. Ao todo o uniforme não era desprezível, mas me daria muita
atenção, tinha certeza. Isso é o que me deixava nervosa.
Eu não preenchia minha camisa tão bem como Taryn, cujo
dinamismo dos seios era inegavelmente artificial. No entanto, ela era
magra em toda parte, o que me deixava meio orgulhosa das minhas
curvas. Se há uma coisa que eu tinha, era uma bela bunda.
Eu sorri muito e ergui a minha mão.
— Oi. Eu sou Olivia. Você deve ser Taryn. — Eu disse, dirigindome primeiro a menina. Evidentemente, se eu fosse ter problemas com
alguém lá, esse alguém seria ela.
— Eu diria que eu estava esperando por você, mas eu acabei de
descobrir que eu vou treiná-la, então...
Ela é espinhosa, sim, mas não abertamente hostil. Tomei isso
como um bom sinal e entrei na dela.
— Eu vou tentar o meu melhor para pegar rápido. Felizmente, eu
tenho muita experiência, então... — Disse entre dentes como ela fez.
Ela acenou com a cabeça, mas seu sorriso era claramente
duvidoso.
— Vamos ver.
— Ótimo! — Eu disse exuberantemente. — Estou ansiosa para
isso. — Rapidamente, me virei para o cara, levando minha mão na sua
direção. Ele ainda estava sorrindo. — Olivia.
— Marco. — Disse ele sem problemas, com os olhos brilhando de
malícia. E agora cada vez que você encontrar alguém que você acabou de
conhecer ele estará imediatamente atraído por você. Não havia dúvida
em minha mente que Marco estava atraído para mim. Ele não estava
nem tentando esconder. E por que ela? Provavelmente não havia uma
fêmea no planeta que poderia resistir aos encantos de alguém como ele
escuro, quente, sorriso matador fácil de ir. — Minha noite ficou muito
melhor.
Oh, ele vai ser difícil de controlar!
— Talvez a minha, também. — Eu respondi com um sorriso
brincalhão. Minha capacidade de flertar com ele era o maior indício de
que nada ia acontecer entre nós. São os caras que me amarram, como
Nash e Cash, que me dão razão para me preocupar.
— Dê esse sorriso meloso de vocês para alguns clientes e talvez,
vocês vão fazer tudo certo, mas ainda melhor é serem capazes de
distinguir algumas bebidas. — Disse Taryn drasticamente à medida que
ela se afastava.
Marco fez um movimento de enxotar com a mão e revirou os
olhos.
— Só a ignore. Ela está em um constante estado de intensa TPM.
Ela fica um pouco melhor uma vez que o lugar enche.
Eu sorri e acenei com a cabeça, mas eu estava pensando. Oh,
graças a Deus!
— Talvez seus dreads estejam muito apertados. — Murmurei.
Marco riu.
— Droga! Bonita e engraçada. Eu não posso esperar para ver o
que você está escondendo por trás desse sorriso sexy.
— Nada tão charmoso quanto o que você tem por trás do seu, eu
tenho certeza.
Marco começa balançar a cabeça, seu sorriso nunca vacilante.
— Oh, sim. Nós vamos nos dar muito bem.
Capítulo Dez
Cash
Eu raramente temo o trabalho , mas eu não costumo aguardar
tanto tempo para isso. Eu dei tempo suficiente para encher o lugar e
depois sai para verificar o progresso de Olivia. Eu fiz questão de dar-lhe
tempo para se adaptar antes de mostrar minha cara. Eu achava que
poderia deixá-la nervosa.
Eu sei que ela me quer. Ou pelo menos eu acho que ela quer. Eu
só acho que ela não quer me querer. Isso por si só desperta o meu
interesse.
Eu não me importo com a coisa de gato e rato acontecendo. Eu
estou disposto há jogar um pouco para colocá-la em minha cama. Eu
tenho bons instintos sobre as mulheres na maioria das vezes, e minha
intuição me diz que ela vai valer a pena esperar.
Quando eu pisei no chão, olhei através do oceano de cabeças em
movimento. Meus olhos foram diretos para o bar. Para Olivia.
Eu tinha uma imagem clara dela, em parte porque estava a
alguns centímetros da pessoa mais alta entre nós, e porque havia uma
pequena bolha de homens ao seu redor. Já.
Ela está sorrindo para um cliente enquanto ela misturava rum e
Coca-Cola. Eu a vi aceitar o seu cartão e colocá-lo através da máquina
no registro, como ela vinha fazendo todos os dias durante anos.
Ela era boa. E eu estava satisfeito. Eu a teria mantido de
qualquer jeito, mas é bom saber que ela valia a pena.
Ah, ela vale a pena, tudo bem.
Minha mente quer cair nas visões de coloca-la no balcão, quando
o clube estivesse vazio, tirar-lhe a roupa e lamber sua pele lisa.
Impiedosamente, eu disputei com meus pensamentos para trazê-los de
volta para a realidade e a audição dela. Ela não precisava saber que era
desnecessário. Ela seria contratada independentemente do resultado.
Mas eu teria a sua audição de qualquer maneira, mais para o meu
prazer do que qualquer outra coisa.
Eu assumi meu caminho através da multidão, caminhando para o
final do balcão reto. Eu parei na borda do semicírculo de caras em torno
dela e esperei até que ela olhasse para cima e me visse. Quando o fez,
eu a vi dar uma pausa. Era quase imperceptível, tanto que eu duvidava
que tivesse percebido. Mas eu percebi. E isso é tudo o que importa.
Ela lambeu os lábios nervosamente e sorriu. Eu pisquei para ela,
só para ver o que ela ia fazer. Ela fez uma pausa de novo e seu rosto
ficou vermelho, mas desviou o olhar.
Ela franziu a testa por um segundo. Eu achava que ela nem
percebeu que estava fazendo isso.
Porra, eu amo isso! Ela reage a mim mesmo quando ela não quer.
Eu não sei por que ela se esforça para resistir a mim. Eu não sou
um cara mau. Estou em forma e saudável, um empresário bem
sucedido, não tenho dívidas, e eu sou muito, muito bonito. Isso é o que
eu ouvi de qualquer maneira.
Eu dei um passo mais perto do bar, inclinando um cotovelo sobre
ele quando eu voltei para o grupo de rapazes.
— Então, o que é que vai ser rapazes? Temos uma nova bartender
em teste.
Aplausos vinham ao meu redor. Olivia já tinha um fã clube. Ela ia
me fazer cometer uma matança.
Eu ouvi sugestões como dança de bar, cantar e a multidão
rastejar sendo lançada ao redor, mas em seguida, duas palavras
elevaram-se acima do resto e logo todos se juntaram para cantá-las.
— Tiro no corpo! Tiro no corpo! Tiro no corpo!
Olivia estava observando com interesse enquanto seu destino era
decidido.
— Então será Tiro no corpo! — Eu gritei.
Eu olhei para Olivia e levantei as mãos, com a palma para cima.
— O bar que decidiu. — Ela me deu um aceno de cabeça e um
pequeno sorriso enquanto limpava as mãos em seu jeans. — Escolha a
sua vítima.
Ela mordeu o lábio enquanto olhava através do bar para todos os
caras a observando. Eu sabia que, sem dúvida, cada um deles estava
desejando poder ser o cara de sorte, mas ela era uma garota inteligente.
Ela sabia que havia mais para este “ teste” do que os olhos veem. Ela
estava pesando suas opções e pensando em uma resposta adequada.
Tendo trabalhado em um bar antes, ela tinha que saber que beber
no trabalho era estritamente proibido, o que exclui Marco e Taryn. Ela
provavelmente também sabia que se envolver em algo assim com um
cliente era desaprovado também. Ela estava pensando nisso.
Garota esperta.
Um teste no meu bar era sempre sobre encontrar uma maneira de
manter as pessoas felizes sem quebrar as regras. Eu sou um quebrador
de regras, por natureza, mas eu sou rigoroso com meus funcionários.
Este bar é meu sustento, depois de tudo. Eu não podia pagar ternos da
lei, lesões e brigas.
Eu observava Olivia enquanto ela avaliava a situação. Quando
seus olhos caíram sobre mim, eu sabia que ela percebeu que eu era a
única opção viável. Eu não tinha certeza se eu vi um lampejo de emoção
em seu rosto ou se era apenas a minha imaginação. No entanto o que
eu tinha certeza que vi, era o seu alcance para a bravura novamente. E
era tão sexy como era antes.
Ela se virou para os caras ao meu redor e os tratou com um
sorriso sedutor.
— Acho que meu chefe aqui vai ser o homem a fazê-lo?
Algumas nervuras bem-humoradas começaram quando eu
recebia empurrões brincalhões e tapinhas nas costas. Havia um leve
ciúme e muito incentivo quando eu acenei para Olivia.
Ofereci minha mão pelo balcão. Ela olhou para ela, respirou
fundo, em seguida, deslizou os dedos sobre a palma da minha mão. Eu
ajudei a firmá-la quando ela colocou um joelho na borda e subiu no
bar.
— Limpe o balcão. — Eu disse e todos os rapazes pegaram suas
bebidas, criando um espaço para Olivia se deitar. — Marco, um tiro no
corpo do Patrono! — Eu pedi pressionado no bar.
Ele rapidamente desengatou das meninas que ele estava
entretendo para derramar o tiro e trazer um prato de sal e duas fatias
de limão até nós.
Em vez de deixá-lo, porém, ele sorriu para Olivia.
— Deite bonita. Vou prepará-la.
Normalmente, o barman faria exatamente como Marco estava
fazendo. Mas, novamente, eu geralmente não estou envolvido. E por
alguma razão, eu queria preparar Olivia.
Olivia se deitou e mexeu para ficar confortável na superfície dura
do bar.
Eu sorri firmemente quando eu o vi arrastar uma fatia de limão
em seu estômago nu, circulando varias vezes em seu umbigo. Ela
estava olhando para ele, sorrindo. Ele estava olhando para ela,
praticamente salivando. Eu cerrei os dentes contra a pequena facada de
inveja que eu senti.
Que diabos é isso?
Ninguém poderia dizer que eu não tinha um osso de ciúmes em
meu corpo. Existem muitas mulheres dispostas no mundo com inveja
uma da outra. A inveja apenas não estava em mim.
Geralmente não.
Marco estava tomando seu tempo doce, molhando sua pele e
salpicando sal sobre ela. Taryn ligou a música tiro do corpo, que era
sempre “ Pour Some Sugar on Me” do “ Def Leppard”. A multidão voltou-se
para ele e ela deixou todos saberem o que estava acontecendo. Eu
nunca chamei muita atenção, mas, tanto quanto o humor da música ia
esta noite eu estava realmente sentindo isso. Eu gostaria de derramar
algo doce em Olivia e depois tomar meu tempo em lambê-lo.
Eu estava prestes a apressar Marco quando ele finalmente foi
colocar o copo na mão dela e o segundo pedaço de limão na boca. Eu
não podia deixar de sorrir quando Olivia pegou a fatia de seus dedos e
fez isso sozinha. Talvez a atração que eu vi nos olhos de Marco somente
vai para um lado.
Eu me senti orgulhoso.
Olivia se virou para olhar para mim, os olhos arregalados em
alerta. Eu me curvei e sussurrei em seu ouvido.
— Se você esta realmente desconfortável com isso, você não tem
que fazê-lo.
Eu prendi a respiração enquanto me inclinei para trás para obter
sua resposta, esperando que a bravura prevalecesse.
E ela fez.
Lentamente, Olivia balançou a cabeça e chegou um pouco mais
perto de mim no bar. Seus olhos estavam brilhando com determinação.
E desafio. E isso me fez empurrar no meu jeans.
Eu sorri para ela.
— Tudo bem. Você pediu por isso. — Eu disse apenas alto o
suficiente para os caras ao meu redor ouvir. Eles se alegraram.
Movendo-me para baixo para ficar na frente de sua cintura, eu
dobrei e coloquei minha língua contra a pele de seu estômago. Eu senti
a contração de seus músculos. Os sabores salgado e azedo faziam a
saliva jorrar na minha boca, eu fechei meus lábios e engoli, beijando
sua barriga antes de continuar a lamber o meu caminho em torno de
seu umbigo.
Ela ficou perfeitamente imóvel, quando eu absorvi todo o sal.
Quando eu terminei, levantei a cabeça um pouco e vi sua atenção em
direção a mim. Era um movimento pequeno. Provavelmente ninguém
mais notou. Mas eu notei.
Dobrando um braço sobre seus quadris para segurá-la, eu
mergulhei minha língua em seu umbigo. Ela mexeu debaixo de mim e
eu poderia jurar que ouvi seu suspiro, até mesmo acima da música.
Quando eu levantei a minha cabeça, meus olhos encontram os
dela e neles, se ela jamais iria admitir ou não, era desejo. Lotes de
desejo quente suado me colocaram contra a parede do desejo.
Sem olhar para longe, eu alcancei o copo e tomei o Patrono. Eu vi
sua ascensão no peito quando ela tomou uma respiração profunda
assim eu me movi em direção a sua cabeça.
Segurando a parte de trás do seu pescoço, eu puxei seu rosto ao
meu. Eu envolvi meus lábios em torno da fatia de limão que ela
segurava entre os dentes e chupei até a última gota de suco dele. A
coisa era, uma vez que ela não afrouxou seu domínio sobre ele. Eu não
pude ajudar, mas me perguntei se ela estava imaginando o mesmo
cenário com o bar deserto e nada entre nós, somente o calor.
Quando eu inclinei para trás, percebi que ela parecia tão...
chateada como eu me sentia. Acho que se estivéssemos sozinhos, ela
teria um tempo difícil em dizer não a qualquer coisa que eu quisesse
fazer com ela.
Marco interrompeu o momento.
— Bem-vinda ao Dual!
Mais uma vez, os aplausos estavam todos ao redor. O sorriso de
Olivia era um pouco vago enquanto ela mudava as engrenagens do
nosso encontro quente para o fato de que havia um bar cheio de caras
competindo por sua atenção. Mas ela se recuperou rapidamente,
pegando a fatia do limão de sua boca e segurando-o pela vitória.
Ela me deu um sorriso debochado e, em seguida, girou para
saltar fora do bar e retomar sua posição atrás como um empregado.
— Tudo bem, gente, quem precisa de uma recarga?
E só assim, ela estava em pleno andamento como bartender no
Dual. Minha única preocupação agora era manter Marco longe dela.
Capítulo Onze
Olivia
Meu primeiro pensamento ao acordar era de Cash. Lambendo
meu estômago. Lambendo meu umbigo. E em seguida, olhando tão
duro para os meus olhos.
Deus, eu poderia tê-lo devorado ali mesmo!
Maldição dos bad boys!
Eu responsabilizei toda a minha fraqueza inerente por eles,
porque a minha cabeça me dizia que eu deveria estar procurando por
alguém muito mais adequado. Alguém como Nash.
Nash.
Na minha cabeça, eu até suspirei sobre o seu nome. Ele era cada
centímetro tão delicioso quanto seu irmão. Obviamente. Eles eram
gêmeos. E mesmo que ele não fosse parecia que ele me atraia como a
abelha é atraída pelo mel, ele tinha muitas outras coisas que eu amava.
Meu telefone toca. Eu olhei para o identificador de chamadas e
nenhum nome aparecia com o número, o que significa que eu não sei
quem está ligando. Eu considero não atender, mas já que estou
acordada então eu poderia muito bem atender.
— Olá?
— Bom dia. — Uma voz rouca rosnou para mim. Dentro de uma
fração de segundo, eu não só reconheci a voz, mas eu reagi a ela. Meu
estômago se agitou em excitação prazerosa.
— Bom dia. — Eu voltei. Era Cash.
— Eu estava esperando para falar com você antes de sair ontem à
noite.
Seu comentário trouxe um pensamento desagradável da noite
anterior. Pouco antes dos últimos clientes serem conduzidos para fora
do club, Taryn tinha desaparecido pela mesma porta que eu tinha visto
Cash entrar e não a vi saindo. Marco tinha me mostrado como fechar,
quando estava feito, ele se ofereceu para me acompanhar até meu
carro, então eu o deixei. Eu estava irritada e não tinha intenção de ficar
esperando por Cash como um cachorrinho. Mesmo se ele fosse meu
empregador. Era o princípio da coisa. Lembrei-me de pensar que ele é
como todos os outros bad boys. Divertiam-se emocionante, e
finalmente, infiéis.
Não que parecia que ele foi infiel a alguém, mas eu não ficaria
nem um pouco surpresa se ele foi.
Sacudindo os pensamentos, eu me lembrei de que eu não me
importava com Cash. Ele era meu patrão e só isso. Fim da história.
— Eu não queria interromper você e Taryn. — Eu expliquei,
odiando a mordida áspera ao meu tom. Eu amaciei um pouco. — Marco
me mostrou tudo que eu precisava fazer de qualquer maneira. Não era
grande coisa.
— Marco, hein?
Era minha imaginação ou havia algum veneno em sua voz agora?
— Sim. Ele é ótimo.
Ele bufou e depois parou por um segundo antes de continuar.
— Taryn tinha algumas preocupações que precisava tratar comigo
antes de hoje à noite, é por isso que eu estou te ligando.
Estava aliviada. Instantaneamente. Eu odiei estar. Ele me irrita.
Mas mais do que isso, agora estava preocupada. Esta chamada parecia
ameaçadora.
— Há um problema?
— Olha, eu não sou do tipo de rodeios ou me envolver em
pequenas rivalidades, então eu serei direto com você. Taryn não está
particularmente interessada em treinar você. Ela não tem um motivo
específico, ela só não está. Eu não vou dizer o que eu acho que é,
porque não importa. O que importa é que eu quero que você trabalhe no
Dual. Eu sei que precisa de um turno específico. Se ela não pode
trabalhar com você, o problema é dela e ela pode encontrar outra coisa
que possa fazê-la feliz.
— Então, o que isso significa? O que você está dizendo?
— Bem, quando dei essas opções, Taryn decidiu que preferia
ficar. Então, eu estou deixando a sua formação com você. Se quiser que
Taryn a treine, ela o fará. Se não, então eu vou fazer isso.
Meu pulso acelerou só de pensar em passar tanto tempo com
Cash. E tão perto.
— Marco pode me treinar?
Houve uma pausa prolongada antes de Cash responder. Quando
ele fez, seu tom era cortado.
— Não. Isso não é trabalho para Marco.
Minha mente estava correndo com mil pensamentos, não menos
do que este que me fez rir ao pensar que Cash podia estar com um
pouquinho de ciúmes de Marco.
— Eu não sei o que dizer. Quer dizer, eu não quero que Taryn
pense que eu vou recuar. Eu não vou deixá-la me por para correr. Mas,
ao mesmo tempo, não quero colocá-la em uma posição ruim se ela tem
algum problema comigo.
— O trabalho dela não é gostar de você, é treiná-la. Você não a
está colocando em uma posição ruim.
Minha hesitação era mínima. Independentemente dos meus
sentimentos sobre o assunto com Taryn, eu sei que não seria nada de
bom para mim se eu deixar que Cash me treina-se. Eu não confio em
mim mesma perto dele. Não completamente de qualquer maneira.
— Então eu vou deixá-la me treinar.
— Tudo bem. Mas se ela lhe der um tempo difícil, eu quero que
você venha falar comigo imediatamente.
— Eu irei. — Concordei, não tendo nenhuma intenção de fazer tal
coisa. Não, eu ia ter que resolver as coisas com Taryn do meu próprio
jeito. Vamos aprender a conviver ou aprender a trabalhar com alguém
que odiamos.
Eu arrastei a mão pelo meu cabelo emaranhado. Esperando que
fosse a primeira e a última vez. Trabalhar com alguém que me odeia vai
ser estressante de uma forma muito, muito forte.
— Ela pediu para não ir trabalhar a noite, então você vai ter que
trabalhar só na próxima semana. A menos que você queira pegar um
turno extra na quarta-feira, quando ela voltar.
Na verdade, eu precisava do dinheiro. E minhas aulas não
começavam antes da 11h00min da manhã na quinta-feira, então eu
provavelmente poderia ir desde que não se tornasse um hábito.
— Quarta-feira está bem. Eu posso fazer isso.
— Bom. — Ele disse. Acho que ouvi um sorriso em sua voz. Fiquei
feliz por ele não tomar isso pessoalmente o fato de eu não querer ser
treinada especificamente por ele.
Eu aposto que o seu ego é tão grande que não teve um segundo
pensamento.
— Bem, se você precisar de algo, é só me ligar. Eu sempre tenho
meu celular comigo.
— Como você conseguiu meu número, afinal?
— Com algum idiota chamado Nash.
— Idiota?
— Sim, idiota. Não me diga que você não acha que ele é um idiota!
Eu ri desconfortável.
— Hum, não, eu não acho que ele é um idiota. Ele sempre foi bom
para mim.
— É claro que ele foi. Você é linda. Que homem não seria bom
para você?
— Muitos.
— Idiotas todos eles. — Ele brincou.
— Eles são idiotas, também?
— Sim.
— Todo mundo hoje está sendo idiota?
— Sim. — Ele repete. — Palavra do dia no papel higiênico.
Eu ri genuinamente neste momento.
— É mesmo?
— Sim. Você não precisa nem quer saber qual a palavra de
ontem.
— Tenho certeza que não. Ela provavelmente iria fazer meus
ouvidos sangrarem.
Sua voz ficou mais baixa, mais suave.
— Não, mas ela provavelmente iria fazer você corar.
Fiz uma pausa. Meu rosto estava quente, mas agradável.
Ocorreu-me que, não importa o quanto eu o evite, não importa o quão
errado eu sei que ele é para mim, ele vai ser quase impossível de se
resistir.
Caramba!
— Aproveite o seu dia, Olivia. Vejo você na quarta-feira.
Com isso, ele desligou, deixando-me deitada mole na minha
cama, perdida em pensamentos sobre o que aconteceria se parasse de
lutar contra ele.
********
Eu ouvi vozes assim que sai do chuveiro, o que era incomum. O
grito de Marissa era facilmente identificável e perturbador. A voz
elevada que me surpreendeu, no entanto, pertencia a Nash. Eu rastejei
até a porta e a abri um pouquinho, virando a cabeça e pressionando
meu ouvido nela.
Você é uma vadia sem vergonha, escutando descaradamente.
Eu abafei uma risadinha. Aparentemente eu não tirei folga. Eu
retirei o cartão de espionagem.
— Você não pode simplesmente surgir com algo assim sobre mim
no último minuto! Eu já fiz planos e não tenho sequer um vestido novo!
— Eu podia dizer que ela ainda estava tentando manter a calma, o que
era uma prova do quanto ela gostava dele, por isso, tentava enganar
Nash. Porém, eu não tinha certeza do quanto ela estava realmente o
enganando. Seria interessante ver quanto tempo ele iria ficar com ela se
ela começasse a mostrar suas verdadeiras cores.
— Se eu soubesse que estaria de volta, eu teria dito alguma coisa
antes. Eu quis fazer uma surpresa. — A voz de Nash foi gerada apenas
alta o suficiente para falar com Marissa e a fez choramingar.
— Bem, agora o que eu devo fazer? Eu não posso cancelar com
papai. Ele já esta pronto.
— Não é grande coisa. — Nash ofereceu suavemente. — Eu posso
me arranjar.
Houve uma longa pausa cheia de tensão suficiente para eu
perceber isso através de uma porta praticamente fechada.
Volte atrás, Nash! Ela está prestes a explodir!
— Quem você tem em mente?
Sua voz era como gelo. Eu me perguntei se Nash entendeu o som
e o que isso significava.
— Eu não tinha ninguém em particular em mente, como eu não
tinha ideia de que você não seria capaz de ir. No entanto, tenho certeza
de que posso encontrar alguém de última hora. Não precisa se
preocupar.
Eu quase ri alto. Não precisa se preocupar? Aposto Marissa está
furiosa.
Eu quase podia sentir o cheiro da fumaça de seu cérebro
sobrecarregado enquanto ela tentava pensar em alguém que seria zero
em competição para ela, alguém que era confiável, mas também alguém
que era perdedor o suficiente para não planejar alguma coisa em um
prazo tão curto.
— O que você acha de Olivia? Tenho certeza que ela ficaria feliz
em ir, especialmente desde que você tem feito muito por ela.
Eu sabia que a minha boca estava aberta e tinha o olhar de
insulto gravado no meu rosto. Eu podia sentir isso.
Oh meu Deus! Eu sou a perdedora!
— Agradeço a sugestão, mas ela trabalha nos fins de semana, não
é?
— Se ela assumiu o cargo com Cash, quem sabe qual será a sua
agenda?
— Bem, eu não vou acordá-la para perguntar. Eu acho que ela
trabalhou na noite passada, não foi?
— Sim, mas ela não vai se importar. Vou perguntar a ela.
Eu ouvi Nash começar a dizer alguma coisa, mas a forma como foi
cortado me faz pensar Marissa já saiu. Eu fechei a porta
silenciosamente e transportei minha bunda de volta para o banheiro,
como se eu não tivesse acabado de sair do chuveiro, que tecnicamente
tinha.
— Olivia? — Marissa chamou em voz alta, batendo uma vez e
depois entrou. Ela nem mesmo esperou eu dar permissão para ela
entrar.
Eu mordi de volta um rosnado.
Bruxa!
— Aqui. — Eu chamei bruscamente.
A porta abriu e eu a vi praticamente bater na parede. Ela
empurrou a porta aberta. Havia algo desagradável no rosto. Ela não
perdeu tempo com minúcias.
— Você tem que trabalhar esta noite? Se não, eu preciso que você
vá a uma exposição de arte com Nash. Você deve a ele.
Era justamente como Marissa fazia, saltava direto com a
artilharia pesada, como a culpa e extorsão.
Estou muito orgulhosa de estar relacionada com a amante do
diabo.
Cuidadosamente suprimido a vontade de cheirar, eu respondi.
— Por uma questão de fato, eu estou de folga esta noite. Mas não
posso ir, no entanto. Sinto muito, mas eu não tenho nada para vestir
para uma ocasião como essa.
Ela me escovou com um aceno de mão.
— Você pode usar algo meu. Tenho certeza de que podemos fazer
isso.
Eu apenas a ouvi reclamar de não ter tido tempo de comprar um
vestido novo para o evento, mas ela está perfeitamente contente em me
mandar... o que quer.
— Enquanto a Nash não se importa com o que eu pareço...
Marissa ri da pequena maneira humilhante.
— Olivia, eu tenho certeza que Nash não vai lhe dar um segundo
pensamento.
Eu vou ser honesta. Eu vi vermelho. Vermelho, caramba! E foi
neste momento que eu decidi que eu ia usar todos meios fora,
especialmente com Nash. Marissa ia se arrepender do dia...
Mesmo se eu tiver que pegar um tecido rosa e costurar eu mesma
em sete minutos.
Tudo isso estava ocorrendo internamente. No lado de fora, eu
sorri docemente para Marissa.
— Bem, nesse caso, eu ficaria feliz em ajudar.
Ela se virou e foi embora sem dar nenhum agradecimento ou
beijar minha bunda. Quando eu a ouvi dizer para Nash que ela iria
fazer o seu melhor para garantir que eu estaria apresentável, não pude
deixar de me perguntar se eu poderia ficar longe de apunhalar seu
coração frio, frio com um picador de gelo.
Para isso, eu poderia ganhar o Prêmio Nobel da Paz. Ou, no
mínimo, um telefonema do Vaticano, me agradecendo.
Desta vez, eu não me incomodei em esconder meu riso.
Capítulo Doze
Nash
Enquanto esperava por Olivia sair de seu quarto, eu sinto um
pouco de vergonha. Eu não deveria estar ansioso para passar a noite
com ela, tanto quanto eu estou.
No entanto, estou. E simplesmente não havia como negar.
— Nash? — Eu ouvi Olivia chamar. Dirijo-me para o quarto dela.
Eu podia ver a porta de onde eu estava de pé na sala de estar. Que
estava aberta apenas o suficiente para eu ouvi-la, mas não para vê-la.
— Sim?
— Prometa-me que, se eu vou te envergonhar neste vestido, você
vai sem mim. Não vai ferir meus sentimentos. Eu juro.
— Olivia, não importa o que...
— Prometa-me agora ou eu não vou sair.
Ela é teimosa? Huh. Eu não tinha imaginado isso. Mas, na
verdade, eu meio que gosto.
Eu ri.
— Tudo bem, tudo bem. Eu prometo que, se eu achar que vai me
envergonhar, eu vou sem você.
Então a porta se fecha e depois houve uma longa pausa antes
dela abrir completamente. O que eu vi me tirou o fôlego.
Marissa era mais alta do que Olivia. Mais fina, também. Mas
Olivia tinha mais curvas. Muito mais curvas. E cada uma é apresentada
à perfeição absoluta no vestido que ela estava vestindo.
Eu acho que já vi Marissa nele antes, e ela parecia ótima. Mas
não tão ótima como isto.
O material era algum tipo de tecido fino, quase puro em vermelho
escuro. Ela tremeu com o ar que se moveu quando a porta voltou para
seu descanso contra o batente com um baque surdo. Olivia ficou
parada e me permitiu avaliá-la antes dela começar a caminhar em
minha direção. Eu apertei minha mandíbula para manter a boca antes
de cair aberta quando eu a vi. O pano fino se aderiu a seu corpo quando
ela andou, delineando sua forma perfeitamente. Ela poderia muito bem
estar nua.
Santa mãe, eu queria que ela estivesse.
Eu sacudi esse pensamento, sabendo que não poderia seguir com
esta noite pensando coisas assim.
Pense com a cabeça grande, cara! Pense com a cabeça grande!
Ela deslizou parando na minha frente, toda a graça e pele
sedutora. O topo de seus seios e ombros estavam nus e brilhavam na
luz baixa. Eu queria tocá-la, acariciá-la, tanto que eu enrolei meus
dedos em punhos apertados para mantê-los para mim.
— Você está linda. — Minha voz soou artificial, mesmo aos meus
próprios ouvidos.
Seu rosto caiu.
— Está muito apertado, não esta? Estou usando saltos mais altos
para que de certo o comprimento, mas não há nada que eu possa fazer
com o resto. — Eu podia ver que ela estava genuinamente angustiada, o
que me fez querer sorrir, apesar de eu não fazer. Essa seria a coisa mais
errada de se fazer na frente de uma mulher chateada. — Marissa é
muito mais magra do que eu. — Disse ela, uma de suas mãos
tremulava enquanto ela falava. — E eu não tenho nada que...
Eu peguei a mão que tremulava, pressionando o dedo indicador
da mão livre em seus lábios.
— Shhh. — Ela parou de falar imediatamente. Sim, eu poderia
fazer que se calasse uma centena de maneiras diferentes, sem tocá-la,
mas eu acho que isso era melhor do que beijá-la, que era o que
realmente queria fazer.
Meu Deus, como eu quero beijá-la!
Levou alguns segundos para me concentrar em algo que não fosse
à forma em que seus lábios exuberantes se separaram um pouco. Seria
tão fácil deslizar meu dedo entre eles, de sentir o calor de sua boca, a
umidade da sua língua.
Fiquei surpreso e irritado que eu senti minha calça de smoking
encolher um tamanho na virilha. Vou ter que ter cuidado extra com
esta garota. Não me lembrava da última vez que alguém testou tão
completamente minha moderação.
Na verdade, sim eu podia. Foi com Libby Fields em seu vestido
pequeno e apertado no baile na nona série. Eu tinha certeza de que, se
ela se sentasse no meu colo e mexesse o rabo mais uma vez, eu iria
explodir como o Monte Saint Helens.
Eu não sabia, é claro. Mas foi por pouco. E esta garota pequena,
curvilínea, envolvente, andando, falando estava trabalhando seu
caminho até a posição de Libby Fields muito, muito rapidamente, o que
quer dizer muita coisa desde que eu tenho 25, e não 14.
Eu limpei minha garganta.
— Por favor, não diga mais nada. Você está linda. Nos sonhos da
Marissa, ela nunca poderia preencher este vestido do jeito que você
preenche. Eu vou ser invejado por cada indivíduo no maldito lugar. —
Eu sorri para continuar a fazer o meu ponto.
Apesar de sua testa não alisar totalmente, eu sabia que ela estava
se sentindo melhor quando agarrou meu pulso e puxou minha mão. Eu
pude ver a ligeira curva de seus lábios, onde ela estava segurando um
sorriso.
— Sério?
— Realmente.
— Realmente, realmente?
— Realmente, realmente. Apenas lembre-se, esta noite, você é
minha.
Preocupa o quanto eu gosto do som disso, o pensamento disso.
Seu sorriso se formou totalmente e ela liberou o meu pulso para
saudar-me.
— Senhor, sim senhor.
Eu amava como ela é divertida. Uma boa mudança de Marissa,
que é sempre... bem ... que não é apenas.
— Agora é disso o que eu estou falando. — Eu disse com um
aceno de cabeça. — Uma mulher que sabe que seu lugar é embaixo de
mim. Oh, espere. Isso não soou bem. — Eu brinquei.
Ela riu.
— Não estou sob nenhum homem! — Ela responde com dureza.
Então, com uma peculiaridade levantou sua boca, e acrescentou. —
Pelo menos não sem um jantar e uma bebida primeiro.
— Ohhhh, então é assim que vai ser! Porque não há um
McDonaldś do outro lado da rua?
Eu ofereci meu braço e ela enrolou os dedos em torno do interior
do meu cotovelo. Eu sabia que era ridículo e juvenil, mas eu flexionei
meu bíceps esperando que ela percebesse.
— Isto é tudo o que é preciso para chegar a você, além, de
atenção? — Ela perguntou, sugestivamente correndo os olhos sobre
mim.
— Eu tenho 25 anos de idade, completando estágio em um dos
escritórios de advocacia mais influentes de toda a Atlanta. McDonaldś
nunca faria isso por mim. — Eu parei na porta e a abri, gesticulando
para ela passar antes de mim. — Mas agora, um olhar como o que você
acabou de me dar...
Suas bochechas viraram um rosa delicado e ela baixou os olhos
timidamente. Isso me fez querer rasgar o vestido dela com os dentes.
— Coronel, o que é que você está insinuando?
— Coronel? Uma saudação assim e tudo que eu vejo é um
coronel?
— Eu não sei. Você já ganhou listras suficientes para ser um
general?
Nós caminhamos agradavelmente para o meu carro.
— Depende de como você acha que alguém ganha suas listras. —
Duas pequenas ondulações apareceram em ambos os lados de sua boca
onde ela estava tentando controlar seu sorriso.
— Ah, eu acho que da mesma forma que a maioria dos caras
ganha suas listras. — Disse ela, balançando a bolsa vermelha ligada a
seu pulso, tentando agir indiferente.
— Bebê, se essa é a sua definição, eu seria um general de quatro
estrelas.
Ela explodiu em gargalhadas. Eu podia dizer que ela não estava
esperando que eu dissesse isso. Mas fiquei tão feliz por ter dito. Ouvir
sua risada era como ouvir o melhor tipo de sinfonia.
Eu estava um pouco desapontado quando chegamos ao carro. Eu
poderia realmente apenas andar, falar e brincar com ela a noite toda.
Capítulo Treze
Olivia
O silêncio no carro estava apenas um pouco tenso. Bem, talvez
“ tenso” fosse à palavra errada. Para mim, se seria... carregado.
Sexualmente carregado. Eu me pergunto se Nash se sentia da mesma
forma.
Talvez ele não sinta. Talvez ele flerte com todas as garotas assim.
Pensei um segundo. A perspectiva era tanto decepcionante como
agravante. Mas eu honestamente não acho que esse fosse o caso.
Poderia ser apenas minha conversa de ego, mas eu não achava que ele
era assim com qualquer uma.
Pelo menos eu espero que não.
Por alguma razão, Nash parece o tipo fiel.
Eu ficaria realmente surpresa se ele já traiu Marissa.
Aposto que ele é um cara bom e fiel. O tipo que eu preciso
desesperadamente na minha vida. A coisa é ele nunca será meu, porque
ele é um cara bom. Por natureza, um bom rapaz nunca trairia sua
namorada, daí a impossibilidade de qualquer coisa acontecer entre
Nash e eu. Mesmo que fossem se separar, ele provavelmente seria um
cara muito bom para machucá-la assim, por namorar sua prima.
Como Shawna diria isso é uma merda de bunda grande!
— Você resolveu?
A voz profunda e celestial de Nash interrompe meus pensamentos
conturbados.
— Resolver o quê?
— A fome no mundo.
Eu sei que devo estar olhando para ele como se tivesse nascido
nele asas ou um terceiro olho. Ele olhou da estrada para mim um par
de vezes antes dele começar a rir.
— Sim, no meu não está aparente neste momento, eu estava
completamente perdida.
— Então, é o que parece. — Ele brinca com um sorriso. — Eu só
queria dizer que você estava pensando muito duro. Está tudo bem?
Eu inclino a cabeça para trás contra o encosto de cabeça no couro
acolchoado e encaro o belo perfil de Nash. Com seu cabelo penteado
facilmente para o lado, ao contrário do seu irmão que era confuso e
fazia sua pele parecer bronzeada pelo verão, ele se parecia com James
Bond em seu smoking. E eu caí vítima de seus encantos, como se
realmente fosse o agente do MI6 arrojado.
Ele tem me abalado e agitado.
— Você pertence a um smoking, sabe disso? — Ele franziu a
testa para mim, mas sorri. Eu endireito a cabeça e enfrento o parabrisa. — Oh meu Deus, eu poderia ser mais aleatória?
O que deu em você?
Ele riu.
— Na verdade, acho que a resposta é sim.
— Você me conhece bem, Bond.
Ele riu de novo.
— Bond? Como em James Bond? De onde é que isso veio?
Eu viro minha cabeça para olhar para ele novamente.
Imediatamente tudo fica distorcido como hormônios.
— Hum, eu estava, uh, eu estava pensando em ser abalada e
agitada. — Ele olhou para mim com uma sobrancelha levantada. —
Quer dizer, eu estava pensando o quão bem você provavelmente poderia
sacudir e agitar alguma coisa.
Oh meu Deus, alguém me pare!
— Quero dizer, como você provavelmente poderia sacudir e agitar
uma bebida. Não eu. — Eu bufei.
Oh meu Deus, eu só piorei!
— Você estava? — As curvas de sua boca formaram um sorriso
sexy. Com isso a sobrancelha levantada e os lábios curvados para cima
nos cantos, ele parece exatamente como seu irmão. Como os gêmeos
que são.
Eu só olho para ele, muito embaraçosamente novamente por
vários segundos antes de o meu juízo retornar e começar a me castigar.
O que há de errado com você? Por que você apenas não o puxa
para mais perto para que você possa subir em seu colo?
Para sua informação, esse é o tipo errado de coisa para se pensar,
em um esforço para resolver pensamentos quentes incomodando. Esse
visual me envia para outro breve estado catatônico quando eu fantasio
sobre andar no banco do motorista do carro de Nash. Com Nash e ainda
em cima dele.
Depois de alguns segundos, eu me lembro de que ele disse
alguma coisa.
— Hum, o quê? — Eu pergunto literalmente, balançando a cabeça
para voltar ao foco.
Nash franziu as sobrancelhas.
— Olivia, você está bem?
Eu suspiro e viro o rosto para frente novamente.
Notas para mim: Não espere ser possível pensamento coerente
quando está olhando para Nash. Habilidades motoras podem ser
prejudicadas também. Tomar as precauções necessárias.
Eu quase ri quando me imaginei vestindo um capacete, joelheiras
e uma mordaça cada vez que Nash entrasse no quarto.
Então eu penso o que eu poderia fazer com as joelheiras...
Gahhhhh!
Fico bastante aliviada quando Nash desacelera e guia o carro no
estacionamento da galeria de arte. Mesmo não havendo sinais visíveis
indicando a natureza do estabelecimento, eu sabia que era aonde
íamos. Eu pesquisei isso antes de sair assim eu sabia um pouco o que
esperar. Eu odiaria cair pelas escadas abaixo imprevistas ou algo assim.
Eu não preciso de ajuda para fazer papel de boba na frente desse cara.
Quando o manobrista se afastou do meio-fio com a BMW, Nash
oferece-me o seu braço de novo e me levou para a galeria. Minhas
primeiras impressões ao olhar ao redor em toda aquela pele
artificialmente bronzeada figuram medicamente melhoradas, cabeças
loiras engarrafadas são de que eu tropecei na mansão da Barbie.
Apenas a versão em preto e branco, como todos estavam em traje formal
preto. Mas essa não é a única coisa que deu errado neste universo
alternativo da Barbie. Não havia Kens! Eu via apenas nerds feios ou
simplesmente velhos nos braços da maioria delas. Foi quando eu
percebi que isso devia ser uma convenção de esposa troféu em seu
lugar.
Eu olho para o meu próprio vestido vermelho curvilíneo e depois
volto meu olhar principalmente na sala monocromática. Quando eu
estava debatendo correr para a saída, Nash se inclina para sussurrar
no meu ouvido.
— Há algo de errado?
— Eu me sinto como o único salpico de cor em uma pintura
abstrata.
— Você é o toque de cor. Mas não há nada de errado com isso.
Eu olho para ele. Ele estava sorrindo. Parecia ser genuíno. Ele
não parece envergonhado com a minha aparência. Só espero que ele
não esteja.
Mentalmente, eu coloquei minha calcinha de menina grande. Se
ele não estava incomodado, não havia nenhuma razão para que eu
esteja. Certo? Certo. Eu tomo uma respiração profunda.
— Tudo bem então. Vamos.
Quanto mais nós fazemos o nosso caminho para a sala, mais
cabeças se voltam em nossa direção. A maioria dos homens parecia ser
capaz de apreciar o meu traje. Mas as mulheres? Eh... não tanto.
Nash para aqui e ali para falar com vários casais. Era óbvio que
ele estava aqui a negócios. Além do elogio superficial para as mulheres,
ele abordava principalmente os homens. Ele batia papo educadamente,
mas havia muito em curso a se medir. Felizmente, ele parece estar
recebendo acenos de aprovação à esquerda e direita.
Por que você se importa? Isto não é como a sua carreira ou o que
seus colegas pensam que importa para você.
Mas eu faço.
Infelizmente, depois de cerca de 20 minutos, as luvas começaram
a cair. Ou devo dizer que as garras começam a sair. E tudo começa com
uma garota que conhece Marissa.
— Nash, onde está a sua cara metade? — A garota que eu tinha
chamado de Barbie Catty perguntou. Ela me olhou de cima a baixo com
um sorriso mal disfarçado que dizia que ela pensava que eu poderia ter
comido sua cara-metade.
— Mudança de planos de última hora. Certamente direi que você
perguntou por ela.
— Por favor. — Ela disse, sem tirar os olhos de mim. — E quem
pode ser esse pequeno pavão?
Pavão? Você está brincando comigo?
— Esta é a prima de Marissa, Olivia.
— É um prazer, Olivia. — Não é assim um prazer, seu olhar dizia.
— Escolha interessante para a noite. — Ela acenou com a cabeça
imperiosa para mim.
— A cara-metade dele que escolheu. — Eu respondo com um
sorriso super brilhante, desejando que o chão se abrisse e me engolisse.
Seus lábios cheios de colágeno transformaram-se em um sorriso.
— Legal.
Nash limpou a garganta.
— Eu direi para Marissa ligar para você. — Disse a Catty Barbie
antes de se virar para o seu companheiro. — Spencer, tenho certeza
que vamos nos falar na próxima semana.
Spencer acenou para Nash então sorriu para mim. Sua expressão
dizia que sentia muito que a sua “ cara metade” não é melhor em tudo,
mais um pouco “ tóxica” em vez disso. Eu sorri de volta, gostando de
pensar que o sexo com ela valesse a pena, porque eu só via miséria em
seu futuro.
Estou feliz que Nash não mencionou a interação quando nos
movemos para o próximo par. Este par é tão desajustado como o
anterior. Esse cara é tão idiota, olhando tudo nele o que realmente
faltava era os óculos de aro preto com fita adesiva sobre a ponte da peça
e um protetor de bolso em seu smoking. E a garota? Eu tenho certeza
que ele a tirou de um set de filmagem onde a música soava como “ Bow
Wow chicka bow wow”. Isso ou ela é inflável.
Eu penso que não há nenhuma maneira que esses dois vão ser
desagradáveis. Eles parecem tão cômicos, com certeza não vão atirar
pedras.
Mas eles atiram. Grandes.
Na minha cabeça, eu chamo esta de Barbie Bimbo. Minha
avaliação dela é apenas reforçada quando começa a rir de mim no
instante em que paramos em frente a eles.
— Oh meu Deus! Alguém não recebeu o memorando.
Ela nem sequer tentou manter a voz baixa. Minha boca cai aberta
e minhas bochechas ardem um pouco, quando, a partir do canto do
meu olho, eu vejo várias cabeças virarem em nossa direção. Eu quase
posso sentir os olhos de julgamento queimando seu caminho através de
meu vestido colorido.
Eu não digo nada e não faço nenhum movimento para rebatê-la
de qualquer outra forma que não sorrindo, um sorriso que espero que
desminta minha crescente humilhação.
Ainda assim, Nash não falou. E eu sou grata. Eu provavelmente
explodiria em lágrimas.
Movemo-nos para o próximo par. E o próximo. E o próximo. Cada
um piora progressivamente.
Só quando eu acho que não há mais nenhuma pessoa rude na
sala, eu me encontro com outra. Vou chamá-la de Barbie insípida.
— Onde você conseguiu esse vestido?
Meu estômago cai em meus sapatos. Eu não quero nada mais do
que correr e me esconder. Depois que eu caçar Marissa e estrangulá-la
com seu próprio vestido, é claro.
Para piorar as coisas, sinto lágrimas picando nas costas dos meus
olhos. Eu pisco rapidamente e forço em meus lábios outro sorriso. É
quando eu sinto que Nash enrijece ao meu lado que a raiva faz uma
aparição. É ruim o suficiente que eles estejam fazendo isso comigo , mas
Nash tem que trabalhar com algumas dessas pessoas!
Eu não me incomodo de sufocar a resposta afiada que veio a
minha língua.
— Eu roubei de uma pessoa sem-teto. — Eu digo séria. — Ela
estava deitada ao lado da stripper que lhe deu o seu.
Sua expressão fica em branco por alguns segundos antes de
entender o que eu disse. Em seguida, seu rosto fica vermelho e seus
lábios brilhantes caem em um grande e agradável choque.
Por um segundo, eu fico satisfeita. Ao vê-la sem palavras me faz
sentir um pouquinho melhor. Mas então eu me lembro do cara ao meu
lado. A quem eu queria fazer uma boa impressão.
A culpa bateu na minha cara como um balde de água gelada. E
eu me sinto doente.
Eu sorrio docemente para a Barbie insípida e seu companheiro.
— Perdoem-me preciso ir ao toalete. — Para Nash eu sussurro,
com meu coração em meus olhos, — Eu sinto muito.
E faço a minha fuga.
Eu procuro no ambiente hostil os sinais universais de um
banheiro. Quando eu vi a silhueta pequena de uma menina em um
vestido, eu praticamente corri para ela. Eu não corri, é claro,
principalmente porque eu provavelmente tropeçaria e cairia dando a
todos a chance de uma risada ainda maior. Mas eu ando muito, muito
rapidamente.
No banheiro, eu mantenho minha cabeça para baixo e até um dos
reservados para a minha solidão. Uma vez lá dentro, eu fecho a porta,
encosto contra ela e deixo cair o fluxo de lágrimas.
Eu estou tão envergonhada. E com tanta raiva. E envergonhada
de novo. E para que eles são tão desagradáveis na frente do Nash...
Meu Deus, essas garotas fazem a mordida venenosa da Marissa
parecer como beijos de borboleta! Não é de se admirar que Nash não se
importe com a ela.
Minhas lágrimas vieram amargas por minha humilhação,
amargas por me preocupar com alguém que eu nunca posso ter e
amarga pela realidade de eu não ser adequada para um cara assim.
Depois de mais alguns minutos de chafurdar na autopiedade e no
cruel porque-oh-porquês da vida, eu saio. Eu sei que se eu não voltar
logo, alguém vai pensar que estou aqui explodindo o banheiro. E isso é
a última coisa que eu preciso.
Não, você é uma bolsa horrível, a minha resposta ao estresse não é
do intestino irritável intratável!
Felizmente o banheiro está vazio, assim eu consigo limpar minha
maquiagem devastada pelas lágrimas. Eu coloco um papel toalha
pequeno sob a água fria e os mantenho em meus olhos como
compressas, esperando que eles reduzam o inchaço. Tudo o que eles
conseguem fazer é com que meus cílios já molhados se juntem.
Eu balancei minha cabeça para o meu reflexo. A única coisa que
posso fazer neste momento é voltar lá com a cabeça erguida e um
sorriso no meu rosto, e tentar terminar o resto da noite sem incidentes.
— Você pode fazer isso, Liv. Você pode fazer isso.
Eu quase caio por Nash , mas mesmo na minha cabeça, isso soa
estúpido e presunçoso. Ele não é meu para cuidar. Não importa o
quanto eu quisesse que ele fosse.
Eu respiro fundo e abro a porta para voltar na cova das víboras.
Mas eu não fui muito longe. Eu paro em meu caminho quando vejo
Nash encostado na parede diretamente em frente do banheiro das
senhoras. Suas pernas estão cruzadas casualmente no tornozelo, como
seus braços estão cruzados casualmente sobre o peito. Seu sorriso é
fraco. E triste.
Eu não digo nada. Eu não sei o que dizer. Eu brinco com a
pequena bolsa de pulso pendurada contra a minha palma.
Finalmente, ele se endireita e caminha em direção a mim. Ele não
para até que ele está a poucos centímetros de mim, obrigando-me a
inclinar meu rosto apenas para manter contato visual com ele.
Ele esfrega o polegar sobre o cume da minha bochecha no canto
do meu olho. Pergunto-me brevemente se eu perdi um traço de rímel.
— Eu sinto muito. — Ele sussurra, fechando os olhos como se
sentisse dor. Seu rosto está gravado com pesar e ele machuca meu
coração.
— Não sinta. Você não pode controlar outras pessoas. Eu só
espero não ter envergonhado muito você, ou arruinado quaisquer
ligações comerciais importantes que estava esperando fazer.
— Eu não me importo com conexões de negócios. Não com este
custo.
— Mas você deve. Esse foi o ponto de vir hoje à noite. Não deve
ser arruinado por uma garota aleatória que é muito desajustada para
funções como esta.
— Você não é desajustada. Eu sou. Eu sou o único que parece
com algo que não sou. — Disse ele, pensativo.
— Não ser como eles é uma coisa boa, mas você tem que jogar
pelas suas regras. É parte do jogo. É parte de quem você é e do que você
faz.
— Pode ser parte do que eu faço, mas não é parte de quem eu
sou. Eu não sou esse cara. Não é verdade. Isso. — Diz ele, puxando a
lapela do seu smoking. — Serve a um propósito. É um meio para um
fim. Nada mais.
Eu franzi a testa.
— Um meio para que fim?
Os olhos de Nash perfuram os meus, por um segundo, eu acho
que ele vai me dizer alguma coisa. Mas, então, ele muda de ideia e sorri
outro pequeno sorriso.
— Nada do que eu quero dizer agora. Vamos. — Diz ele,
estendendo a mão para pegar minha mão. — Vamos sair daqui.
Nash leva-me à porta e nós saímos sem olhar para trás.
Ele não disse nenhuma outra palavra enquanto ele me ajudava a
entrar no carro, arrancou e dirigiu para a orla norte da cidade. Eu não
pergunto onde ele está me levando, eu realmente não me importo.
Estou feliz por estar em sua presença e longe de todas as outras
pessoas. Qualquer outra coisa simplesmente não importa.
Fico um pouco surpresa quando começo a ver os edifícios
crescerem mais alto enquanto Nash tece o seu caminho através das
ruas do centro. Ele desacelera e entra em uma garagem, colocando um
cartão na frente de um olho eletrônico. O portão sobe e ele entra. Ele
desliza para a primeira vaga disponível e desliga o motor.
Ainda assim, ele não disse uma palavra. Ele me ajuda a sair do
carro e me leva para um elevador.
Ainda assim, não faço perguntas. Eu estou excitada e muito
curiosa para ver onde ele está me levando. Eu não deveria estar.
Porque ele não é meu. Mas eu estou.
Ele coloca seu cartão de antes em outro olho vermelho, então,
aperta um botão para o andar vigésimo quarto. As portas se fecham
com um som abafado. Nós subimos suavemente até que as portas se
abrem para uma luxuosa área de recepção, mal iluminada. Luzes
direcionais iluminam, como milhares de diamantes, as letras de ouro
onde se lê Phillips, Shepherd e Townsend.
Estamos no escritório de advocacia onde ele trabalha. Com
Marissa. E meu tio. Que é um dos sócios. Ele é o Townsend do Phillips,
Shepherd e Townsend.
Eu quero perguntar por que estamos aqui, mas, novamente, eu
não faço. Ele pega a minha mão e caminha, levando-me pelo silencioso
escritório vazio. Nós caminhamos até outro elevador menor. Subimos
mais dois andares, mas quando as portas se abrem neste momento,
tenho uma vista deslumbrante sobre a linha do horizonte iluminado de
Atlanta.
Eu suspiro. Nunca vi uma vista tão bonita. É como um cartão
postal. Apenas real.
Eu teço meu caminho através dos agrupamentos do mobiliário
caro do terraço até chegar à parede que circunda o telhado. A brisa
quente provoca o cabelo em minhas têmporas quando eu olho o Bank of
América do outro lado.
— Aqui, é como se as pessoas não existissem. — Nash diz
calmamente quando vem para ficar ao meu lado. Ele está tão perto que
seu ombro está escovando o meu. Eu luto contra o impulso de me
inclinar contra ele.
Eu posso sentir o calor de seu corpo irradiando para mim,
provocando-me sedutoramente. Eu tremo em resposta.
— Você está com frio? — Ele pergunta, virando para mim para
passar as costas dos dedos para cima e para baixo no meu braço, como
se testando a temperatura da minha pele. — Aqui. — Diz ele, tirando o
casaco e o colocando sobre meus ombros. O casaco é quente e pesado
apenas cheira como Nash, como a colônia ou sabonete que ele usa. Eu
acho que ele deve ser chamado de delicioso, talvez por Armani ou algum
outro estilista. Ele quase me faz água na boca. — Está melhor? — Ele
envolve o braço em volta de mim também, como se para garantir que
não vou ter frio. Claro, eu não vou reclamar. Mesmo se estivesse
suando, eu não iria reclamar.
— Esta muito melhor, obrigada.
Ficamos em silêncio por tanto tempo, que eu finalmente começo a
ficar desconfortável. Mas só quando eu começo a organizar em meu
cérebro algumas coisas a dizer, Nash fala.
E cai uma bomba pouco agradável.
Capítulo Quatorze
Nash
— Meu pai está na prisão. Por assassinato.
Que maneira de deixar escapar, seu idiota!
Eu não sei por que me sinto tão compelido a dizer para Olivia
todos os meus pequenos segredos sujos, mas eu faço. Talvez seja
porque ela se sente desajustada. Eu me identifico com isso. Em um
mundo onde as aparências e reputação significam tudo, eu tenho que
trabalhar muito para ter certeza de que tudo o que digo e faço é
irrepreensível. Foi um feito quase impossível de superar, sobreviver e
distanciar-me do meu pai e sua prisão, mas eu fiz isso. Depois de anos
e anos de trabalho duro e beijar todos os jumentos de direito, eu
finalmente consegui. E agora eu estou um passo mais perto de meu
objetivo.
Depois que sinto o silêncio como uma maldita eternidade, eu olho
para ela. Ela está olhando para mim, seus lábios entreabertos em
choque. Seus olhos verdes escuros brilhantes na penumbra estão
concentrados no meu. Mas a coisa que eu mais notei que estavam neles
é surpresa, descrença, curiosidade, talvez um pouco de compaixão. E
não desprezo, desdém, horror. Nenhuma das coisas que eu tantas vezes
vi nos olhos das pessoas quando eu tive que dizer a elas a minha
história.
Agora eu quero beijá-la ainda mais.
Maldito seja! Você acabou de ficar mais e mais atraído.
— O quê? Sem fugir gritando? — Eu digo incapaz de manter o
ligeiro vestígio de amargura na minha voz.
Ela me surpreende com um sorriso e um olhar dúbio.
— Eu acho que nós estabelecemos claramente que eu não sou
nada como as pessoas com quem você normalmente socializa.
Eu ri. E é genuíno.
— Sim, eu acho que nós estabelecemos.
Ela se vira para mim. A única coisa agora em seu rosto é
interesse. Simples curiosidade. Fico feliz em ver que o traço de pena se
foi. Das muitas coisas que eu gostaria de ter desta garota, pena não
esta em nenhum lugar na lista.
— Quer falar sobre isso?
Eu dou de ombros.
— Isso não me incomoda tanto como costumava fazer. Parece
mais como parte do meu passado agora do que qualquer outra coisa.
— Deve ser mais do que isso que você quer me contar.
Perceptiva. Ela é tão inteligente quanto ela é linda. E,
provavelmente, nunca acreditei que seria um ou outro.
— Talvez. Eu não sei. Eu não sei nem porque eu disse isso. —
Olho para as luzes da cidade cintilantes. Agora eu me sinto como um
idiota por mencioná-lo.
— Mas você fez. Agora tem que me dizer, ou eu vou ser obrigada a
pensar que você é cruel e sádico.
— Talvez eu seja.
Ela estreita os olhos em mim, me avaliando.
— Não. Eu não acredito. Além disso, não existe uma lei contra o
castigo cruel e incomum? Você não pode ser um advogado e um fora da
lei, ao mesmo tempo.
Eu ri de sua lógica. Eu não posso ajudar, mas me pergunto o que
ela acharia se ela soubesse a verdade.
— As pessoas fazem isso o tempo todo.
— Mas você não é a maioria. Você é o cara que está se
preparando para colocar-me fora da minha miséria.
— Miséria, é? — Eu pergunto, arqueando uma sobrancelha.
Eu sei que o meu sorriso, provavelmente, dá o sentido que meus
pensamentos tomaram, e Olivia consegue me surpreender novamente
quando ela salta imediatamente para jogar junto.
— Sim, miséria. — Ela concorda com um sorriso. — Você não é o
tipo de cara que deixar uma garota em suspense, não é?
Embora ela pareça doce, inocente e tímida, às vezes ela parece
estar pronta para participar de um jogo muito mais íntimo e perigoso.
Eu sei que não deveria estar pensando em jogos ou miséria ou qualquer
outra coisa sobre Olivia Townsend.
Mas porra se eu não estou!
Coisas escuras e sujas vêm à minha mente, coisas como a
quantidade de prazer que lhe daria para colocá-la na miséria. Mas não
do tipo ruim de miséria. Não, eu quero Olivia no tipo de miséria que faz
com que sue se contorça e me implore para entrar em seu interior.
Eu sinto a necessidade de me colocar no lugar e eu me lembro de
que estou à deriva em terreno perigoso. Minha mente entende isso, mas
olhando para o rosto de Olivia, seus olhos brilhantes e lábios
exuberantes, não consigo tirar a vida que esta passando por meio de
quaisquer outras partes do meu corpo.
— Só se isso é o que ela gosta. — Eu digo, estendendo a mão para
pegar uma mecha de cabelo preto longo do ombro de Olivia. A vertente
parece como seda entre meus dedos. Assim faz sua pele contra a palma
da minha mão. — O que você gosta Olivia?
Acho que vi a sua ascensão no peito enquanto ela recupera o
fôlego. Talvez ela vá ser a única a pisar sobre os freios. Deus sabe que
eu não vou. Eu poderia me arrepender mais tarde, mas agora não estou
pensando em nada, somente o que seria ver Olivia sem o vestido
vermelho.
Sua sobrancelha arqueou. Eu não sei se é realmente a aceitação
do meu desafio, ou se isso é apenas o que estou esperando. Mas, então,
ela lambe os lábios e o queixo cai um pouco, olhando para mim debaixo
de suas pestanas.
Ela está tímida. Mas não de propósito. É só o jeito que ela é. E
isto me liga ainda mais.
— Quer dizer que você não sabe? Achei que um general de quatro
estrelas saberia todos os tipos de coisas que o resto de nós não.
— Talvez eu só gostasse de fazer meu próprio reconhecimento.
— E no que é que consiste?
Eu sei que deveria parar enquanto ainda podia. Só que não posso.
— Eu gosto de usar todos os meus sentidos para obter um bom
conhecimento do terreno.
— Conhecimento do terreno? — Ela fala os cantos de sua boca
ondulando.
— É claro. — Eu respondo. — Então, eu posso planejar meu
ataque.
— Reconhecimento? Para um ataque? Diga.
— Primeiro eu começo com o toque. — Eu alcanço e escovo uma
covinha com o meu dedo, em seguida, o arrasto lentamente para
dentro, através de seu lábio inferior carnudo. — O toque é inestimável.
A textura do terreno me diz como... meu ataque precisa ser agressivo.
Alguns lugares exigem uma abordagem muito mais delicada do que os
outros.
— Eu vejo. — Ela diz baixinho, seu hálito quente fazendo cócegas
no meu dedo. — O que mais?
— Cheiro. — Eu digo, deslizando minha mão em seu cabelo para
afastá-lo quando eu enterro meu rosto na pele levemente perfumada de
seu pescoço. — Um determinado cheiro pode me dizer se estou indo na
direção certa. Algo doce. Algo almiscarado... — Murmuro.
Eu ouço seu suspiro quando gentilmente mordo a carne sob sua
orelha.
— E ouvindo. — Eu sussurro. — Às vezes os sons mais suaves,
até mesmo um gemido pode dizer muito sobre o quão perto eu estou a
atingir meu objetivo.
Eu sinto suas mãos agarrem meus braços. Suas unhas estão
mordendo a minha pele através da minha camisa. Tudo o que posso
pensar é como eu quero senti-las na pele de minhas costas.
Sua respiração vem rápida e superficial no meu ouvido.
— O que mais? — Ela prossegue.
Eu me inclino para trás e olho para baixo em seu rosto. Suas
pálpebras estão pesadas sobre os olhos brilhando e suas bochechas
estão coradas com tudo o que está acontecendo entre nós. Ela não quer
parar também. Não tenho dúvidas.
— Provar.
Seus olhos piscam para a minha boca e de volta.
— E o que você prova?
— Tudo. Eu quero provar tudo.
Se algum dia eu tive uma chance de resistir a ela, se evaporou no
instante em que se inclina para mim. Então acaba cada última gota de
contenção que eu sou normalmente capaz. O beijo que deveria ter
começado lento começa como um incêndio florestal. O primeiro gosto de
sua língua me consome.
E eu estou perdido.
Minhas mãos estão em seus cabelos e minha boca está devorando
a dela. Eu não dou nenhum pensamento para onde estou ou a
namorada para cujo pai eu trabalho. Eu não posso pensar no passado
como quanto eu quero estar dentro do corpo, apertado quente da garota
em meus braços.
Mas por quê? Por que deseja-la é tão ruim?
Nenhuma resposta vem à mente. Todo pensamento parece
desligado quando ela envolve seus braços em volta de mim e eu sinto as
unhas cavar polegadas.
Eu gemi em sua boca e a ouvi ronronar em resposta. Eu puxei
seu cabelo, talvez um pouco mais ou menos do que eu pretendia, e seu
beijo se transforma voraz. Ela se inclina para mim, como se não
pudesse chegar perto o suficiente. Dirijo-me em torno dela e pressiono
as costas dela contra a parede. Meu corpo está colado ao seu
comprimento. Eu posso sentir cada centímetro duro meu afundando em
cada centímetro macio dela. É a roupa entre nós que me faz encerrar o
beijo.
Eu me inclino para trás para olhar para ela. Seus olhos estão
escuros e os lábios estão inchados. Eu posso ouvir a sanidade batendo
na porta, mas eu a ignoro quando ela se inclina lentamente para frente,
esticando-se nas pontas dos pés, para morder meu lábio inferior.
— Oh meu Deus. — Eu gemi, e mergulho no beijo de volta. Olivia
me encontra exatamente onde estávamos. Sem reservas.
Sem quebrar o contato com os lábios, me curvo para pegá-la e
levá-la a uma das espreguiçadeiras longe das portas do elevador. Eu a
coloco sobre ela, estendida em todo o comprimento, e me endireitei para
olha-la.
Seus joelhos estão levemente flexionados, me dando uma pista de
seus tornozelos finos. Minha atenção não se afasta de lá. Caindo de
joelhos, eu pressiono os meus lábios no topo do seu pé, empurrando o
material de seu vestido enquanto eu faço o meu caminho a sua
panturrilha.
Minha palma patina levemente sobre sua pele suave, empurrando
seu vestido longo, enquanto eu lambo e beijo uma trilha até seu joelho,
em seguida, para o interior de sua coxa. Ela abre as pernas um
pouquinho.
Um convite.
Eu risco a pele macia com meus dentes, às pontas dos meus
dedos sobem para escovar sua calcinha úmida. Eu ouço seu suspiro.
Eu fico duro em antecipação de ouvir os ruídos que ela vai fazer quando
estiver dirigindo meu corpo dentro do dela.
É quando ela endurece que eu percebo que algo está errado. Eu
ergo minha cabeça e meus olhos encontram os seus muito em alerta.
Fico confuso quando eu os vejo cheios de lágrimas.
— O que há de errado, Olivia? Eu machuquei você?
Eu não acho que fui duro...
Ela balança a cabeça.
— Não, é só que... eu ... não podemos fazer isso.
Tanto quanto eu odeio admitir isso, eu sei que ela está certa.
Marissa é muito importante nos meus planos para mexer as coisas
agora. E Olivia é uma garota muito legal para eu arrastá-la em minha
vida louca.
Com um suspiro, eu descanso minha cabeça contra o joelho.
Capítulo Quinze
Olivia
— Você está certa. — Eu ouvi o murmúrio de Nash. Então,
quando ele ergue a cabeça, ele diz mais firmemente, — Você está certa.
Por favor, aceite minhas desculpas.
Ele parece rígido... distante. E está fazendo uma situação já
desconfortável muito, muito pior. Sento-me e alcanço seu braço antes
que ele possa se levantar e ir embora.
— Não, espere. Não faça isso. A culpa foi minha. Eu estava
flertando com você, sabendo que é comprometido. Muito comprometido.
É tanto minha culpa como sua. Não podemos apenas esquecer? Não
deixe que as coisas fiquem estranhas?
Ele me olha com aqueles olhos intensos durante vários segundos
antes de falar. E quando o faz, eu fico aliviada.
— Claro. — Diz ele, de pé e me oferecendo sua mão. Eu deslizo
meus dedos e ele aperta-os levemente e me puxa para cima.
Eu olho para baixo para ter certeza que meu vestido endireitou
em torno de minhas pernas, o que ele tem, quando eu olho para cima,
os olhos de Nash não estão no meu rosto, estão nos meus peitos. Eu
olho para baixo para ver o que ele está olhando. E para muito do meu
embaraço, todos os nossos beijos... agressivos fizeram o meu vestido
deslocar um pouco. Meus seios estão praticamente para fora do vestido.
Não está aparecendo o mamilo, mas há uma quantidade infernal da
clivagem mostrando.
Nash ainda está segurando a minha mão. Eu a solto para
arrumar meu corpete. Eu não posso deixar de sorrir para ele quando ele
finalmente encontra meus olhos.
— Então é assim que acaba o encanto da cobra. — Eu fiz piada.
Ele sorri diabolicamente.
— Se você realmente quer ver o efeito que tem sobre a minha
cobra, eu ficaria feliz em lhe mostrar.
Sinto o sangue correr para minhas bochechas e calor jorrar na
minha barriga. Só assim, estamos quase de volta onde começamos.
Olhamos um para o outro por alguns segundos e, em seguida,
Nash suspira.
— Eu acho que eu deveria pedir desculpas novamente. Eu
realmente não ajo assim com a maioria das mulheres. Eu juro.
Casualmente, ele pega a minha mão de novo e me leva até o
elevador.
— Não só estou feliz de ouvir isso, mas eu acredito em você. — Eu
asseguro. E eu faço. Acredito nele. Ele é um cara bom. Eu posso dizer.
— Você? — Ele pergunta. Pela sua expressão, parece que ele
realmente se importa com o que eu penso.
Hein! Vai entender!
— Sim, eu acredito. Eu sei o tipo de cara que você é.
— E que tipo é esse? — Ele me guia para dentro do elevador.
— Inteligente, bem-sucedido, impulsionado, honrado.
Ele ri.
— Uau! Embora lisonjeiro, faz parecer que eu deveria ser o
portador de uma espada ou desafiar alguém de madrugada para um
duelo.
— Eu não quis dizer isso assim. Quero dizer, você é todos os tipos
de outras coisas, mas principalmente você é um cara bom. Eu posso
dizer.
— E isso é uma coisa boa? — Ele pergunta sua expressão
duvidosa.
Eu sorrio.
— Para mim, isso é uma coisa muito boa.
Ele retribui o meu sorriso e eu tenho que desviar o olhar. Eu sinto
como se tivesse falado demais. Eu não deveria ter qualificado a minha
declaração, como eu fiz.
Idiota.
— Bem, desde que você pensa assim...
Caímos em silêncio no caminho para o estacionamento. Eu não
posso pensar passando o turbilhão de minhas emoções e a sensação de
seu polegar acariciando as costas da minha mão. Eu sei que não
devíamos estar segurando as mãos como se nós estivéssemos em um
encontro, mas não posso me fazer puxar meus dedos livres. Tudo isso
se acabará muito em breve. Eu vou aproveitando cada segundo dele
enquanto eu puder. Amanhã, volta a realidade. E, com isso, Marissa.
Nash fica batendo papo educado no caminho de volta, o que é
bom. Eu não tenho que pensar muito para participar. Eu posso
simplesmente... estar. E aquecer. E fantasiar.
Posso facilmente imaginar o que seria estar voltando para casa de
um encontro com Nash. Um encontro real. Se ele fosse meu. Para ter
como o homem, arrojado de sucesso ao meu lado, alguém que me
transforma em mingau com um olhar e me deixa em chamas com um
toque. Nash é como o melhor dos dois mundos. Mas, infelizmente, ele
pertence a um mundo que eu não me encaixo.
Mas Marissa sim.
— Então, você gosta de trabalhar para o meu irmão?
Cash.
Apenas o pensamento dele, de seu nome, faz com que meu
estômago se contorça de excitação. O olhar que ele me deu quando
inclinou a cabeça para tirar a fatia de limão por entre meus lábios era
nada menos do predatório. Passar praticamente qualquer quantidade
de tempo com o cara seria o passeio de uma vida. Mas então ele me
deixaria de coração partido.
Eles sempre fazem.
— Percebi pelo seu silêncio que não vão bem. Eu preciso estender
as minhas desculpas em nome do meu irmão, também?
Tenho vergonha de mim por pensar em Cash quando seu
igualmente lindo gêmeo, igualmente quente está sentado no banco ao
meu lado. E ele tinha me beijado apenas de uma forma que Cash não
tinha, mas eu ainda acho que Cash obtém mais de mim.
Oh meu Deus, você é um caso perdido! Uma prostituta e um caso
perdido!
— Olivia?
Eu me empurro de volta ao presente.
— Oh, Deus, não! Ele foi muito bem. Eu sinto muito. Eu estava
pensando sobre o trabalho de verdade. Eu tenho um turno na quartafeira.
— Então você está gostando? E ele era... tudo certo para
trabalhar?
Há algo sobre seu tom de voz...
— Por que você pergunta? Você esperava que ele pudesse não
ser?
Nash dá de ombros.
— Não. Não é verdade.
— Não é mesmo?
— Bem...
— Então o quê?
— Cash é uma espécie de... um ...
— Se ele é alguém tão eloquente que faz você perder as palavras,
eu só posso imaginar o que ia dizer sobre ele.
— Não, não é assim. É só que eu percebi que Cash gosta de você.
— Bem, eu estou feliz que ele goste. Vai me salvar um monte de
tempo e dinheiro de gasolina.
Nash me lança um olhar de exasperação.
— Isso não é o que eu quis dizer e você sabe disso.
— O que você quis dizer, então?
— Olivia, você é linda, inteligente, engraçada. Qualquer homem
gostaria de você. E meu irmão não é diferente. Ele é apenas um pouco
mais... agressivo sobre o que ele quer. Eu não queria que ele te pusesse
para correr.
Eu me lembro das minhas brincadeiras com Cash sobre assédio
sexual. Eu não duvido que ele empurre os limites, mas nunca uma vez
tive a impressão de que ele poderia forçar-se em mim ou fazer avanços
indesejados. Eu só peço a Deus que ele não saiba que seus avanços não
são indesejados. Eu só queria que eles acontecessem.
— Bem, você não precisa se preocupar com Cash. Ele é um
perfeito cavalheiro, e eu não tenho nenhuma razão para acreditar que
pode mudar. Eu trabalho para ele. Ele vai respeitar isso.
Pelo canto do meu olho, eu vejo Nash olhar para mim como se eu
fosse louca. Eu ignoro.
Nossa conversa é interrompida quando nós puxamos para o
estacionamento fora do apartamento que eu compartilho com Marissa.
Sinto um suspiro escondido em meu peito. Eu sei que Nash não vai
entrar. Porque eu não vou convidá-lo. E isso é o melhor.
Isso realmente é uma porcaria.
Como suspeito, ele encosta o carro no estacionamento, mas deixa
o motor em funcionamento.
É o melhor. É o melhor.
— Obrigada. — Eu digo, encontrando seus olhos escuros e
insondáveis. Eles se parecem com pontos de ônix no brilho das luzes do
painel. — Eu tive um momento muito bom.
Seu riso é uma casca incrédula.
— Não, você não teve.
Eu sorri.
— Ok, eu tive na maior parte um tempo muito bom. Obrigada por
me trazer. E eu realmente espero...
— Ah ah ah. — Ele começa, me cortando. — Nem mais uma
palavra. Nada do que aconteceu foi culpa sua. Eu deveria ter esperado
nada menos de um monte de troféu insípidos. Não é sua culpa.
Eu não posso ajudar, mas acho que é engraçado, ele usa dois dos
mesmos adjetivos que eu usei para eles antes. Grandes mentes...
— Bem, a noite teria ficado muito diferente se Marissa tivesse sido
capaz de ir com você. Ela saberia o que vestir e... — Eu paro, pela
primeira vez, percebendo que eu fui sabotada. Não há dúvida em minha
mente que Marissa sabia exatamente o que aconteceria se eu
aparecesse vestida como eu estou.
— E o que? — Nash pergunta.
Eu olho para ele. Ele merece mais. Muito mais. Eu só desejava
que pudesse dar a ele. Mas eu seria o suicídio profissional para um cara
como ele.
— Oh, uh, só que ela é muito mais adequada para esse tipo de
coisa, esse tipo de multidão. Eu sou apenas uma garota do campo.
Nash se inclina para frente e pega meu rosto com a mão. Ele
inclina ligeiramente a cabeça e me observa.
— Não faça isso. Nunca faça como se você fosse menos. Porque
estaria gravemente equivocada.
Ele olha direto nos meus olhos, como se quisesse me fazer ver a
verdade de suas palavras, como se quisesse que eu visse sua
sinceridade. E eu faço. Ela está lá. Só não muda nada. Isso não muda
que ele está com a Marissa.
Ele não é esse tipo de cara. E eu não sou esse tipo de garota.
— Eu aprecio isso, Nash. — Eu sei que preciso ir. Não importa o
quanto eu queira que ele me beije de novo, não importa o quanto queira
que ele venha para o meu quarto comigo para terminar o que
começamos, eu sei que não pode. Eu não deveria. Eu não vou. E nem
ele.
Mas se ele fizesse...
Eu passo por cima desse pensamento. Não há nenhum ponto em
ir lá, porque não vai ocorrer.
— Boa noite, Nash.
Seus lábios torcem em um sorriso irônico. Eu me pergunto o que
ele estava esperando.
— Boa noite, linda Olivia.
Fugir do carro, longe de Nash quando pode haver alguma
pequena chance de que ele viesse comigo é a coisa mais difícil que eu já
fiz.
Não é até a manhã seguinte, eu me lembro de que Nash me disse
que seu pai estava na prisão por homicídio. Isso é muito ruim quando
meus hormônios podem bloquear um homicídio.
Capítulo Dezesseis
Cash
Eu realmente nunca achei difícil ficar longe de uma garota antes.
Inferno, eu nunca tive razão para tentar. Mas desta vez faço. Há algo
diferente sobre Olivia. Quero-a na minha cama. Como agora. Mas ela
é... Eu não sei. Tenho a sensação de que ela requer um toque suave,
mais cuidadoso. Ela é um desafio.
E, caramba, se eu não amo um desafio!
Eu vejo quando ela prepara uma bebida com Taryn olhando por
cima do ombro. Eu poderia puxar Taryn para o lado e exigir que ela
fique com Olivia, mas não vou. Não só acho que é bom para Olivia
trazer seu lado resoluto, mas acho que ela prefere lidar com isso
sozinha. E eu admiro isso. Muito. Quanto mais eu estou ao seu redor,
mais óbvio se torna que a muito mais nela do que um sorriso tímido e
um rosto bonito.
E, claro, um corpo que eu não posso esperar para entrar.
E eu vou.
E ela vai aproveitar cada segundo. Eu vou me certificar disso.
Capítulo Dezessete
Olivia
Parece que cada vez que eu olho, eu vejo Cash. Às vezes, ele está
falando com os clientes, fazendo a coisa de gerente proprietário do
clube. Mas outras vezes, muitas vezes, ao que parece, ele está me
observando. Isso me deixa nervosa, mas não em um tipo de ansiedade
pelo meu desempenho. Estou confiante na minha capacidade de fazer
uma boa bebida, mesmo com um sargento gritando no meu ouvido. O
que eu não estou confiante em minha habilidade é resistir ao que Cash
nem mesmo está tentando esconder.
Ele está interessado em mim. E não apenas como uma
empregada. Talvez muito pouco como uma empregada, na verdade.
Cada vez que meus olhos encontram os dele, eu sinto como se ele
estivesse me despindo. E Deus me ajude, eu adoro isso. Esses sensuais
olhos aveludados são como um toque. Eu quase posso senti-los, como
mãos no meu corpo e lábios em minha boca.
Evidentemente, eu tenho uma coisa para meninos maus, mas
Cash é... Eu não sei. Ele é diferente. Eu ouso dizer que ele é ainda mais
perigoso do que as minhas habituais descobertas desastrosas.
Eu olho para cima e meus olhos se chocam com o seu novamente.
Ele pisca para mim e meu estômago vira.
— Isso não é como nós fazemos margaritas aqui. — Taryn
encaixou no meu ouvido. — Quem usa o suco de laranja?
Eu exalei tão alto que soou como um grunhido. Eu poderia
explicar como um pouco de suco de laranja acrescenta um toque
saboroso na tequila, mas não vou. Eu tive o suficiente da cadela da
Taryn.
— Tudo bem. — Eu digo, estabelecendo a garrafa de tequila um
pouco mais de força do que eu pretendia. — Então me mostre como
você faz margaritas aqui. — Eu dei a volta e cruzo os braços sobre o
peito.
O olhar que Taryn me joga é tanto irritado e satisfeito.
Obviamente, ela queria que eu rachasse. Bem, ela está prestes a receber
mais do que esperava.
— Bem, vai ficar na mesma. Mostre-me. As pessoas estão
esperando. — Eu digo na minha voz mais calma, inclinando a cabeça
para indicar o conjunto de pessoas que nos rodeiam do outro lado do
bar.
Seus olhos azuis piscam com raiva e seus lábios vermelhos rubi
apertam. Ela está pronta para a luta. E eu também
— É melhor deixar esta atitude na porta, mel, ou esta noite é
provável que seja a última.
Eu ouço vozes abafadas subir todas ao nosso redor, ooohs e
aaahs e sussurros de uma luta de gato. Eu os ignoro e me concentro em
Taryn.
— É mesmo? Você acha que tem a força para se livrar de mim só
porque é uma maníaca compulsiva por controle com uma necessidade
obsessiva por atenção?
A risada de Taryn é amarga, mas não se preocupa em negar. Eu
acho que ela sabe que eu estou certa.
Não levou muito tempo para pegá-la pelo que ela é uma garota
insegura, com problemas com os pais. Depois da minha audição tiro no
corpo, ela tinha subido no balcão e além de chamar todos os olhos
longe de mim e para baixo no balcão dela. Ela mudou a música para
uma canção otimista por Jessie James e começou a dançar ao longo do
balcão dublando queria todos os homens a uma distância de
visualização.
E, claro, eles adoraram. Eu quero dizer, ela é linda, mesmo com
longos dreads loiros, e ela é sexy em um tipo muito felino. Que cara
com um pênis funcionando não amaria uma garota assim em
exposição, provocando-o impiedosamente?
Mas eu sabia que era mais para meu benefício que qualquer outra
coisa. Quando ela estava descendo ao lado do bar, ela me deu um
sorriso presunçoso. Ela estava me mostrando que poderia se aparecer.
O que ela não entende é que eu não quero toda a atenção. Ela é bemvinda a isso.
Pensando
desta
maneira
esfria
meu
temperamento
consideravelmente. Eu decidi dar o que ela quer o amor de todos os
homens.
— O que você diria sobre um pequeno concurso? O perdedor tem
que fazer uma dança no bar.
Fico um pouco surpresa com sua hesitação, mas depois quando
eu vejo os olhos dela cintilarem a minha direita, eu entendo qual é o
problema dela. Cash se misturando com um grupo de garotas não
muito longe de onde estamos.
Então, eu entendo. Eu realmente entendo.
Puta merda! Ela sente alguma coisa por Cash!
Meu primeiro pensamento é que eu não a culpo. Eu acho que
tudo com estrogênio gosta de Cash. Meu segundo pensamento é
espanto que ainda não tenham dormido juntos. Isso não é muito bad
boy como ele.
A não ser que eles tenham e eu apenas não saiba nada sobre isso.
Isso seria muito mais como bad boy.
Por alguma razão, rói o ciúme em meu interior.
— Estamos combinadas. — Ela diz, com um aceno de cabeça.
— Melhor margarita ganha. Vamos lá. — Eu digo, então voltamos
para o punhado de caras assistindo e nos ouvindo. — Quem quer
julgar?
Claro, todos eles começam clamando para ser escolhido. Mas não
é um problema quando Cash pisa dentro.
— Eu vou ser o juiz — Ele oferece seus olhos me desafiando na
luz baixa do bar. — Eu acho que é justo.
— É claro. — Eu digo, me sentindo um pouco sem fôlego quando
ele está tão perto e eu estou na sua mira. Eu olho para Taryn. Seu olhar
passou de hostil para absolutamente assassino. Ocorre-me que o que
começou como um sólido plano poderia muito bem voltar fogo. — Tudo
bem com você?
— Por mim tudo bem. — Diz ela, virando-se um sorriso brilhante
para Cash. — Eu sei o que ele gosta.
Os caras em torno do bar começam gritando e assobiando como
que para empurrar e provocar Cash. Cash apenas sorri para Taryn. E
isso me incomoda. Eu não posso dizer se há algo entre eles ou não. Ou
se é apenas um sorriso empregador tipo tolerante.
Espero que se já houve alguma coisa entre eles que tenha acabado.
Racha meu bumbum pensar nele flertando como faz comigo, me
olhando, me provocando, e ao mesmo tempo dormindo com Taryn. Não
deveria me importar. Ele é um playboy e é isso que os playboys fazem.
Mas isso dói.
Caramba!
— Vamos, rapazes. Vamos dar-lhes um pouco de ajuda. — Diz
Cash. As pessoas ao seu redor começam aplaudindo entusiasticamente.
Cash sorri para eles e depois se vira para mim, inclinando-se um pouco
sobre o bar. Seus olhos encontram os meus e uma sobrancelha sobe
como “santa mãe do inferno-sexy”, então ele resmunga. — Você tem
uma chance de me fazer ter água na boca.
Eu chupo em uma respiração. E calafrio passa por meus braços.
Porra, ele é bom!
Estou tão feliz com a sala cheia de pessoas. Caso contrário, eu
poderia me envergonhar por tirar todas as minhas roupas e subir ao
longo do balcão para enrolar todas as partes do meu corpo em torno
dele.
Cuidado não é nada em minha cabeça quando eu o ameaço em
troca.
— Oh, eu posso fazer melhor do que isso.
Seus lábios curvaram em um sorriso sedutor.
— Eu não duvido nem um pouco.
Arrastando meus olhos e minha atenção para longe dele, eu
coloquei toda minha concentração para fazer uma boa bebida. É muito
mais difícil do que deveria ser. Meus olhos continuam tentando desviar
para Cash.
Quando eu estava esfregando a borda do copo no sal, eu esqueci e
olhei para cima. Cash estava cantando uma música sobre assobio e
quando a parte da musica vem ele a assobiar, ele enrugou sua boca
perfeita e assobiou junto com a batida.
Eu não posso deixar de olhar. E, como se ele já não tem me
atrapalhado bastante, quando ele para de assobiar, meus olhos sobem
de volta para o ele e ele pisca para mim.
É nesse exato momento que eu sei que estou em apuros.
Dificuldade muito grande.
Taryn me empurra para o lado para deslizar um copo através do
bar na frente de Cash. Isso me puxa do meu encalço. Eu derramarei a
minha margarita, enfeitei com uma fatia de limão e uma fatia de laranja
e a ofereci também.
Ele bebeu goles da de Taryn primeiro, então da minha, depois
cada um de novo, estalando os lábios e saboreando os sabores. Eu me
pergunto se ele vai realmente escolher a melhor bebida, ou se ele
simplesmente vai escolher o caminho oposto à garota que prefere ver
dançar no balcão.
Eu percebo que não será um resultado com o qual eu ficarei feliz.
Se ele escolher a bebida como a melhor, eu me pergunto se é porque ele
quer ver Taryn dançar. Não que isso devesse me importar, se ele quer
ver Taryn dançar.
Mas me importo.
Caramba.
Mas então, se ele escolhe sua bebida, não só sua bebida será
supostamente melhor, mas eu vou ter que dançar no bar, o que eu
realmente não quero fazer.
Ele acena com a cabeça e pega a minha bebida para terminá-la.
— Nós temos uma vencedora! — Diz ele, apontando para mim.
Eu me sinto aliviada e vitoriosa, mas também estranhamente em
conflito. Em vez de olhá-lo nos olhos, eu removo o copo vazio quando
Cash limpa o balcão. Meus olhos se movem para Taryn que está
sorrindo timidamente para alguém, eu assumo que é para Cash.
— Boa notícia, meninos. — Ela grita feliz. — Eu ainda vou fazer
margaritas no meu caminho, e vocês ainda vão receber algum
entretenimento esta noite. Eu chamo isso de ganha-ganha.
Com um grito, Taryn remonta ao virar uma música diferente,
escolhendo uma música muito sugestiva de que não tenho dúvidas de
que ela vai fazer bom uso. Quando a vejo subir no bar, eu passo para o
lado oposto para obter bebidas para o punhado de pessoas que não
estão torcendo nem assistindo.
Eu faço tudo o que posso para não vê-la ou Cash. Eu não quero
ver a reação dele. Mas quando os aplausos ficam mais alto, meus olhos
são atraídos para o balcão, apesar da minha determinação.
Taryn aparentemente saltou para fora do balcão para os braços
de Cash. Ele está embalando-a e ela tem seus braços em volta do seu
pescoço, muito firmemente pelo que parece. Ela está sorrindo como um
gato que comeu o canário ou talvez o gato que quer comer o canário e
Cash está rindo.
Assim como eu estou olhando para a bebida que estou
derramando, vejo Taryn puxar a cabeça de Cash até a dela e beijá-lo. E
não é só um beijinho. Ela parece que está tentando engolir seu rosto. E
ele não está resistindo.
Líquido frio jorrando sobre meus dedos me puxa de volta para a
tarefa que tenho. O copo está transbordando e a cerveja está escorrendo
pelo meu punho e na bandeja de derrame. Eu empurro para trás e
coloco o copo para baixo, com raiva arremessando cerveja de meus
dedos. Estou com raiva de mim mesma, desordenadamente por deixar
Taryn e Cash me irritarem, e ainda mais por deixá-lo me afetar tão
descaradamente.
Estou fazendo furos furiosos no balcão molhado, limpando minha
bagunça, quando Cash se inclina no bar e fala para mim.
— Eu preciso que você fique depois apenas algum minuto esta
noite. Tem uma papelada para você preencher. Não deve demorar
muito.
Eu olho para cima e encontro seus olhos. Eu quero arrancá-los.
E depois cuspir em seu rosto. E depois amaldiçoá-lo por ser exatamente
o que eu achava que era.
Um bad boy.
Um playboy.
Um destruidor de corações.
Mas eu também o quero beijar. E deixar ele me levar até o quarto
privado acima de nós e pôr fim à dor maçante do desejo que tem me
assolado desde a primeira noite que nos conhecemos quando eu puxei a
camisa dele sobre a cabeça.
Caramba!
Ele sorri quando se inclina para trás.
— Ótima bebida, a propósito. — Ele dá uma tapa no bar duas
vezes, como uma tapinha nas costas, e caminha em direção a porta
misteriosa na parte de trás da sala.
Esse é oficialmente o ponto onde minha noite dá um mergulho de
nariz.
Estranhamente, o que eu pensei que iria ajudar na disposição de
Taryn parece que só a deixou mais hostil. Infelizmente para ela, meu
humor despencou, levando minha paciência e tolerância com ela.
Portanto, para o resto da noite, eu dava tão bem como eu recebia.
Mesmo que eu tema ter que falar com Cash, estou realmente
aliviada quando a noite acaba. Taryn e eu formamos uma intervenção
velada quando ela bateu seu ombro no meu quando passou para o
balcão dela, propositadamente enquanto eu estava vertendo uma
rodada de atiradores de gota de limão. De lá, ela empurrou uma bebida
pelo balcão, a bebida caiu no chão e espirrou tudo nas minhas pernas.
A bebida fez uma bagunça terrível pegajosa que me levou muito tempo
para limpar. Nesse ponto, eu percebi que a progressão lógica seria dar
puxões de cabelo e vicioso arranhando enquanto rolávamos no chão,
rosnando uma para a outra. E, me chame de louca, estou pensando que
esse tipo de coisa pode ser desaprovado em todos os locais de trabalho
a não ser em um poço de gelatina.
Foi quando eu parei de antagoniza-la. Agora, eu só estou pronta
para ir para casa.
Quando estou fechando a minha parte do bar, eu sou grata por
lembrar-se do que Marco me mostrou. As coisas que eu estou um
pouco confusa eu sou capaz de improvisar, oculto uma espiada para
baixo, para o que Taryn está fazendo em seu final. Ela é apenas mais
rápida nisso do que eu sou. Obviamente.
Quando ela termina a limpeza de sua área, ela praticamente corre
ao redor do bar e vai para a porta no fundo da sala. Ela nem sequer
olha na minha direção, e muito menos diz nada para mim. Eu poderia
me importar menos, realmente. Sua atitude não é a razão do meu
estômago estar em nós. Meu estômago está em nós, porque acho que
tenho uma ideia muito boa de quem está fazendo o que hoje à noite.
Por essa razão, eu levo o meu tempo doce na limpeza. Prefiro
morrer a interrompê-los. Na verdade, eu realmente gostaria que ele
simplesmente esquecesse minha papelada e me deixe ir para casa.
Estou me repreendendo por dar para um cara como Cash um
segundo do meu pensamento quando Taryn sai da sala. Eu olho para
cima. À primeira vista, ela parece... incomodada. Mas quando ela me vê
olhando para ela, se transforma em seu sorriso mais brilhante, pega a
bolsa de trás do bar e caminha alegremente para fora da porta da
frente.
Quero cortá-la como papel. Em cada centímetro quadrado de seu
corpo. E depois rolá-la em água salgada.
Apenas o pensamento me fez rir para mim mesma, que é o que
estou fazendo quando Cash sai. Ele não está ajustando suas roupas ou
qualquer coisa óbvia, mas sei o que ele fez. E eu estou furiosa.
— Você quase pronta? — Pergunta ele casualmente.
Eu bufo.
— E você? — Eu poderia me chutar por deixar minha chateação
aparecer, mas esse é aquele tipo de deslizes que sai antes que eu possa
pará-lo.
A testa de Cash enrugou por apenas um segundo.
— Eu estou pronto sempre que você está. Eu sei que precisa
chegar em casa.
Como é conveniente que você se lembre agora! Você provavelmente
está pronto para a cama. Uma cama de verdade.
Rangendo os dentes, eu lanço meu pano na água sanitária e pego
minha bolsa debaixo do bar. Recuso-me a correr só porque ele está
finalmente pronto. Recusar! Sim, eu vou ser a única a pagar por isso
quando estiver exausta amanhã, mas hoje à noite agressivo-passivo é
tudo que eu tenho.
Ele lidera o caminho de volta para a porta cuidadosamente
escondida na parte de trás do bar. Como eu suspeitava, é um
escritório. E um escritório bem decorado, também. Especialmente
considerando que ele está localizado em um bar.
A paleta de cores é tanto calmante quanto masculina com seus
cremes ricos e calmantes. Há detalhes em preto encontrados por toda a
sala nas almofadas sobre o sofá e as lâmpadas nas mesas finais. Elas
amarram para a mesa enorme preta e armários habilmente esculpido
por trás dela.
Há uma porta parcialmente aberta na parede do fundo. Parece
que ela leva para um apartamento. Um muito agradável e espaçoso do
que eu posso ver.
Com uma sensação de naufrágio, percebo que ele e Taryn
provavelmente foram para lá. Em uma cama de verdade.
Estou doente.
Cash me indica uma cadeira preta de pelúcia listrada em frente
da mesa enquanto ele afasta uma cadeira de couro preto por trás da
mesa. Ele clica em alguns botões no computador e imprime alguns
papeis, deslizando-os sobre a mesa para mim. Eu pego uma caneta do
porta canetas à minha esquerda.
Silenciosamente, eu preencho os formulários fiscais necessários e
formulários de funcionários como Cash faz o que eu assumo ser um
arquivo de funcionários. Quando eu termino e não há mais papéis para
assinar, eu dou a minha caneta e espero. Ele finalmente olha para mim
e sorri.
— Então, está gostando? Além de Taryn, é claro.
Eu forço meus lábios em um sorriso.
— Tudo bem, obrigada.
Eu vejo uma carranca em sua testa novamente.
— Existe alguma coisa que você precisa falar? Qualquer coisa que
eu possa fazer para tornar seu trabalho mais fácil?
Além de ficar bem longe de mim?
Eu mordo minha língua e seguro meu sorriso no lugar,
balançando a cabeça negativamente. Ele acena com a cabeça, me
observando de perto.
— Tudo bem, bem, eu acho que seria melhor deixá-la ir para
casa, então.
Com um breve aceno de cabeça, eu fico de pé e saio o mais rápido
que posso sem ser óbvia. Depois de ter passado pela saída e estou
fazendo meu caminho para o estacionamento iluminado, eu cedo à
vontade de gritar de frustração com raiva. Só um pouco. É mais como
um grunhido, na verdade.
Eu bato no meu carro, jogando minha bolsa sobre o capô para
procurar dentro pelas chaves. Foi quando eu ouço passos. Eu giro
assustada, quando Cash chega e para ao meu lado.
— Você está bem?
Sua expressão está tranquila, mas seus olhos estão arregalados.
Eu era obviamente a causa. Já que ele provavelmente ouviu meu gritogrunhido, uma vez que estava vindo para fora.
Ótimo!
— Eu estou bem. — Eu disse. — Volte para dentro. Eu estou
indo embora.
— Eu me esqueci de lhe dar a sua cópia do termo de
responsabilidade. — Explica ele, me entregando uma folha de papel
dobrada.
Eu a arrebato de seus dedos e a coloco em minha bolsa.
— Obrigada. Boa noite. — Eu digo com desdém, voltando minha
atenção para caçar minhas chaves.
Cash agarra meus ombros e me vira em direção a ele.
— Qual é o seu problema?
E eu grito.
— Tire suas mãos de mim. — Eu exijo, arrancando longe dele.
Ele parece aflito, o que só me deixa mais louca. — Não me toque. Eu
não sou Taryn.
— O que? — Ele parece realmente confuso. Então, ele revira os
olhos. E eu vejo tudo vermelho. — É sobre aquele beijo?
Eu enrolo minhas mãos em punhos. É tudo que eu posso fazer
para não o atacar fisicamente.
— Não, não é só sobre o beijo. É sobre beijos, tiros do corpo,
chamadas noturnas, escapulidas em seu escritório e uma variedade de
coisas que não deveriam estar acontecendo aqui!
Estou passando dos limites e sei disso. Eu também dei um passo
para frente que me colocou bem perto do peito de Cash, que é onde o
meu dedo indicador está enterrado. Eu olho para isso como se não
tivesse ideia de como ele chegou lá, principalmente porque eu não
tinha.
Eu olho para Cash, mas ele está olhando para o meu dedo
também. Lentamente, deliberadamente, ele envolve seus longos dedos
em volta da minha mão, então ajeita meu braço, puxando-o para o seu
lado. Ele me puxa bruscamente, quase me fazendo cair sobre ele.
— É disso que se trata? Você acha que eu estou dormindo com
Taryn?
— Claro que sim! Tenho certeza que não é nenhum segredo.
— Por que você diz isso?
Ele está tão calmo. Quase curioso. É desconcertante.
— Bem, primeiro de tudo, ela é linda e...
— Você é linda. — Diz ele em voz baixa.
Meu estômago vira, mas eu continuo.
— E ela flerta abertamente com você.
— Eu gostaria que você flertasse abertamente comigo. — Seus
olhos piscam aos meus lábios e eles pulsaram como se ele os tivesse
tocado.
— Pare de fazer isso. Não aja como se não tivesse nada
acontecendo.
— Eu não estou agindo assim. Taryn e eu temos uma história,
mas isso foi antes de ela começar a trabalhar para mim. Eu tenho
algumas regras, e uma delas é que eu não me envolvo com meus
funcionários. E agora ela trabalha para mim. É só isso. Nada mais.
— Mas você a beijou. Eu vi você beijando.
— Não, você a viu me beijar . Você não me viu fazer uma cena no
meio do clube.
— Bem, você não parecia que não estava gostando.
— Mas eu fiz. O tempo todo, tudo que eu podia pensar em vez
disso era em te beijar. — Ele começa a dobrar a cabeça para a minha.
Sangue está rugindo em meus ouvidos.
— Mas você não se envolve com seus funcionários. — Eu o
lembrei.
— Eu faria uma exceção para você. — Seu rosto está chegando
perto e mais perto. Lentamente. Um centímetro de cada vez.
— Mas é a regra.
— Eu vou quebrá-la para você. — Ele sussurra.
— Não, não faça isso. — Eu digo sem fôlego.
— Tudo bem, então você está demitida — diz ele, assim como
seus lábios encontram os meus.
Eles são quentes e a pressão é a luz. Em primeiro lugar. Por mais
que eu queira resistir, minha decisão pula a janela quando eu sinto sua
língua percorrer ao longo do vinco dos meus lábios. Sem pensar, eu os
separo.
E isso é tudo o que preciso.
O gosto de Cash é como um rico Scotch perfeitamente envelhecido
e delicioso. Sua língua desliza ao longo da minha, acariciando-a,
provocando-a, ele usa seu aperto em minha mão para me puxar mais
perto dele. Eu faço a única coisa que eu posso. Eu me derreto nele.
Os dedos de sua mão livre trabalharam seu caminho para o meu
cabelo e inclinei a cabeça para o lado, quando ele aprofunda o beijo.
Ele fica mais agressivo, como se quisesse me devorar. E eu quero que
ele faça. Deus, eu quero que ele faça.
Ele solta minha mão e eu sinto a palma da mão dele na base da
minha espinha. Ele alarga seus dedos e me pressiona para ele.
Ele está duro. E ele é enorme. Eu posso senti-lo contra a minha
barriga. Calor jorra através de mim, reunindo entre as minhas pernas.
Tem sido assim por muito tempo e eu sei instintivamente que qualquer
tempo sexual gasto com Cash seria tempo de abalar a terra, a alma
gritando e balançando o corpo.
Tempo que eu provavelmente me arrependeria quando estiver
perto demais e ele ficar muito aborrecido.
A realidade do que eu estou fazendo me dá um tapa no rosto e
recuo. Minhas mãos estão em seu cabelo, meu corpo está colado ao dele
e eu anseio por ele da cabeça aos pés. Mas, ainda assim, eu recuo.
— Qual é o problema? — Ele pergunta seus olhos escuros com
paixão e salpicados com confusão.
— Nós não podemos fazer isso.
— Eu estava apenas brincando sobre dispensar você.
— Isso não é o que eu quero dizer.
— Então o que você quer dizer?
Ele dá um passo para trás para me dar espaço, mas pega as
minhas mãos para me impedir de me retirar completamente. Eu não sei
por que o deixei me manter. Provavelmente porque realmente não quero
que ele me deixe ir. Eu só sei que eu deveria .
— Cash, toda a minha vida eu só escolhi o cara errado. O bad
boy, a criança selvagem, o rebelde sem causa. Aposto que você nem
sequer terminou o ensino médio, não é? — Cash não me corrige, não
nega isso. — Vê? Esse é o tipo de cara que eu sou atraída. Você é o tipo
de cara que eu sou atraída. Eu não vou nem fingir que não estou. Mas
você é a pior coisa do mundo para mim. Eu tive meu coração partido
muitas vezes e eu estou farta. Eu estou farta de tentar domar caras
como você.
Ele me olha de perto, balançando lentamente.
— Eu entendo isso. Eu realmente entendo. Mas você me quer e eu
quero você. Não podemos apenas ter isso?
Minha boca cai aberta.
— Você está brincando, certo?
— Não.
— Você está pedindo seriamente para ter sexo casual comigo?
— Ah, não vai ser sem sentido. — Declara com um sorriso. — Vai
ser tudo o que você quer que seja com o entendimento de que, no final,
nós vamos seguir nossos caminhos separados.
— Esse é o problema. Quem escolhe quando será o fim? Você?
— Não, você pode decidir isso. Ou podemos decidir isso junto. No
futuro. Podemos parar quando você estiver pronta para parar. Ou antes
que se torne algo que você não quer que seja.
Eu sei que eu deveria ficar ofendida, não intrigada.
— Mas isso é só... só ...
— É como a maioria dos outros relacionamentos sem todas as
mentiras e expectativas. Isso é tudo o que é. É prático e é inteligente.
— Uma relação sexual, prática e inteligente? — Eu sei que meu
olhar é duvidoso. Tem que ser.
— Sim, mas também um fogo, excitante, intensamente prazeroso.
— Diz ele, sua voz caindo em uma cadência mais lenta, mais profunda.
Ele dá um passo em minha direção novamente. — Eu prometo que não
vai se arrepender. Prometo fazer você sentir coisas e desfrutar de coisas
que nunca sequer pensou antes. Vou fazer todas as noites a melhor
noite de sua vida até você dizer que acabou. E então eu vou embora.
Sem ressentimentos. Só doces lembranças. — Ele ronrona quando
esfrega as mãos unidas para cima e para baixo nas laterais de suas
coxas.
Eu sei que deveria esbofeteá-lo ou rir na cara dele ou pelo menos
fingir estar profundamente ofendida, o que eu deveria estar. No entanto,
não estou. Em vez disso, estou realmente considerando o que ele está
dizendo.
Cash é inteligente o suficiente para saber quando recuar e deixar
as coisas andarem. Então ele faz.
— Dê-lhe algum pensamento. Podemos falar mais neste fim de
semana. Nesse meio tempo. — Ele sussurra quando ele se curva perto
da minha orelha. — Pense em como vai se sentir tendo a minha língua
dentro de você. — Ele belisca minha orelha com os dentes e eu sinto
todo o caminho na boca do meu estômago. Eu mordo meu lábio para
não gemer. — E eu vou pensar sobre o seu gosto.
E depois, droga, ele se vira e vai embora, me deixando de pé em
uma poça d'água perto do capô do meu carro.
Capítulo Dezoito
Nash
Tenho ficado longe de Marissa de propósito, só para não correr
para Olivia. Não só ela poderia estragar meus planos em grande forma,
ela não merece todos os problemas que vem comigo. Ela não parecia
muito preocupada quando eu lhe disse sobre o pai, mas isso é apenas a
ponta do iceberg. Bem, talvez não a ponta, mas é pelo menos a metade
apenas do iceberg.
Mas, como de costume, Marissa começou a ficar amuada e
exigente, por isso aqui estou eu, acalmando os ânimos durante o café.
Eu olho para o meu relógio. Estou realmente esperando evitar Olivia
completamente. Acho que me lembro de Marissa dizer que ela tem suas
primeiras aulas as segundas e quartas-feiras. Eu preciso dar o fora
daqui antes que ela se levante. Vê-la só vai tornar mais difícil ficar longe
dela. Um homem só pode ser empurrado antes de se entregar,
independentemente das consequências.
— Se não fosse importante, eu tenho certeza que ele não estaria
me pedindo para ir. — Marissa está dizendo. Eu tenho certeza que é
algo que eu deveria estar prestando atenção, não ignorando, enquanto
penso sobre sua prima.
— Eu sinto muito, ir para onde?
Ela destaca o lábio.
— O que há de errado com você? Eu queria que você viesse para
que eu pudesse passar algum tempo com você antes de eu ir, não falar
com você enquanto olha fixamente para o seu café.
Eu suspiro.
— Sinto muito, querida. Estou apenas pensando sobre esse caso
do Carl que tenho trabalhado. — Coloco a minha caneca para baixo e
pego suas mãos. Estão frias.
Porra, isso é montagem.
— Diga-me de novo. Eu sou todo seu. — Eu declaro com um
sorriso.
— Papai quer que eu vá com os dois funcionários da equipe sênior
para Grand Cayman olhar sobre essas contas. Eu estou esperando que
isso significa que ele vai me deixar com todo o projeto.
Eu entendo sua empolgação. Eu tenho inveja da oportunidade.
Ela é três anos mais velha que eu, então já está formada e exercendo a
advocacia, enquanto eu ainda estou preso ao estágio por mais alguns
meses.
— Isso é ótimo! Estou tão orgulhoso de você. Vou sentir
saudades, é claro, mas quando você vai?
— Amanhã. — Ela ainda está fazendo beicinho.
— E quanto tempo você vai ficar fora?
— Pelo menos duas semanas. Poderia ser mais longo.
— Bem, isso só nos dá um bom motivo para comemorar quando
você voltar, porque eu vou estar com saudade de você e você terá uma
boa notícia. Eu tenho certeza disso. — Eu a puxo para mim e ela deita
em meu colo. Ela enrola os braços finos em volta do meu pescoço e me
beija. Eu sei que tudo o que tenho que fazer é pegá-la e levá-la para o
quarto e eu poderia ter uma rapidinha no início da manhã, mas não.
Eu não sou tão cruel e insensível, porque mesmo quando ela está no
meu colo, balançando ao redor e me beijando, estou pensando em
brilhantes olhos verdes, cabelos pretos e no corpo doce, dormindo
apenas a alguns quartos de distância. E isso não é legal.
Marissa se inclina para trás e franze a testa para mim.
— Você ainda parece distraído.
— Eu estou bem. Realmente. Eu só preciso ir. Era para eu estar
recebendo alguma papelada pronta a mais de uma hora atrás.
Ela sorri.
— Então você está dizendo que está atrasando trabalho para
passar a manhã comigo?
— Sim. Isso é o que estou dizendo.
Ela coloca aquele olhar em seus olhos e pressiona a parte
superior do corpo no meu e esfrega para frente e para trás.
Gentilmente, eu pego seus pequenos seios e espremo seus mamilos
duros com meus polegares. Suas pálpebras fecham um pouco e eu sei
onde isso vai dar.
E então uma garganta limpa. Tanto Marissa e eu olhamos para
cima para ver Olivia de pé na porta, olhando sonolenta e horrorizada.
— O que? — Marissa estala. — Pegue seu café e saia. Estamos
um pouco ocupados.
Ela se volta para me pegar de onde paramos, mas eu a impedi.
— Eu realmente preciso ir. — Sem lhe dar a chance de dizer
muito mais, eu a levanto do meu colo e fico de pé. Pelo canto do meu
olho, posso ver Olivia olhando para mim. Eu evito o contato visual a
todo custo. Eu posso sentir seus punhais perfurando no meu coração,
no entanto. E no meu pau. Tenho certeza de que ela está quase pronta
para expelir veneno e ódio por todo o chão da cozinha. O que ela não
sabe, porém, é que eu me odeio dez vezes mais do que ela jamais
poderia me odiar pelo que eu fiz ou quase aconteceu.
— Mas espere. Eu queria perguntar a você, se pega o meu carro
na loja na segunda-feira. Vou deixar minhas chaves para você.
— Tudo bem. — Eu digo às pressas, agarrando a mão dela e a
rebocando para fora da cozinha.
Se Olivia queria me fazer sentir culpado, missão cumprida!
— Eu te ligo mais tarde. — Eu digo, dando um selinho nos lábios.
— Talvez possamos jantar hoje à noite. — Na minha cabeça, eu estou
pensando que vou dizer qualquer coisa para sair daqui.
— Eu não posso! Vou passar a noite com minha mãe e depois vou
para o aeroporto, juntamente com meu pai de manhã. Espere. Vou
pegar minhas chaves. Eu posso chamar a limusine mais tarde.
Ela sai correndo, me deixando de pé junto à porta, esperando,
esperando Olivia ficar onde está. Mas ela não faz. Claro.
Eu a vejo vir para ficar na porta. Embora seja contra o meu
melhor julgamento, eu viro para olhar para ela. Em seus olhos há
vergonha e decepção e vergonha, sim, mas há também a faísca do que
está entre nós. Simplesmente não há como negar que estamos atraídos
um pelo outro. Muito, muito atraídos um pelo outro.
Eu ouço a voz de Marissa. Ela está no telefone com alguém, então
eu movo em direção a Olivia.
Eu realmente não sei o que dizer então fico ali, olhando para ela.
Ela realmente é de tirar o fôlego, mesmo há primeira hora na manhã.
Antes mesmo de perceber o que eu estou fazendo, esfrego meus
dedos pelo seu rosto suave. Suas pálpebras fechadas vibram, me
fazendo querer beijá-las.
— Desculpe por isso. — Eu disse enquanto Marissa vinha pelo
corredor. Eu dou passos para trás e caminho até a porta, parando onde
ela me deixou. Olho rapidamente para trás, para Olivia. Há uma
mistura de emoções no rosto, emoções que não posso identificar
facilmente. A menos que seja a mesma coisa que eu estou sentindo,
também.
Capítulo Dezenove
Olivia
Talvez seja a TPM. Talvez seja apenas o stress de mudar muito
rapidamente. Eu não tenho nenhuma ideia realmente, mas eu sinto
que, de repente, minha vida é um desastre.
E a maior parte dos destroços gira em torno de dois caras. Dois
caras que, por motivos totalmente diferentes, estão me rasgando por
dentro. Dois caras que eu quero. Dois caras que eu não posso ter. Dois
caras que eu não consigo parar de pensar.
Eu quero Cash em um nível puramente físico, embora ele seja
bonito e encantador, que só contribui para o nível de perigo. Mas eu
quero Nash, de uma forma diferente. Há um componente físico, com
certeza. Ele me excita em algo feroz. Mas ele é apenas o tipo de cara que
eu quero que preciso na minha vida.
Eu não acho que retive uma única palavra de qualquer uma das
minhas três aulas hoje. Estou mais grata do que nunca que um monte
de coisas foi sobre, estatísticas, sociologia e mecânica do corpo, que é
como uma versão do colégio de aula de ginástica.
Até o momento que eu voltei para casa, eu estava exausta. Mais
emocionalmente do que fisicamente, mas acabo me sentindo como a
mesma coisa. No silêncio do apartamento, sabendo que vou ter tudo
isso para mim por duas semanas (um fato que eu descobri
acidentalmente sozinha em vez de Marissa realmente dizer para mim),
eu decidi me deitar no sofá para tirar um cochilo.
Eu acordei às 04h30min, não me sentindo melhor. Apenas cabeça
morta. Eu ainda estou me sentindo nojenta em geral, assim eu pego
meu telefone e vejo uma chamada da Shawna. Eu escuto seu correio de
voz, que me informa que ela está com sua mãe escolhendo flores para o
casamento.
A única outra amiga muito próxima que tenho é Ginger, a
bartender com quem trabalhei no Tadś por anos. Felizmente, ela está
em casa.
Depois de falarmos por alguns minutos, ela corta estilo Ginger.
— Tudo bem, derrama. Algo está errado.
— Não, nada de errado.
— Você é uma péssima mentirosa e eu te odeio por tentar.
Eu ri.
— Não, você não me odeia.
Ela faz uma pausa.
— Ok, eu não odeio. Mas a única maneira que você pode fazer
isso para mim é me dizer o que diabos está na sua bunda.
Ginger também tem um jeito com as palavras.
Eu suspiro.
— Eu acho que eu estou apenas com saudades de casa e dos
amigos e... Eu não sei. A vida só parece... complicada.
— Uh-huh. Isso soa como problemas de pênis.
— Oh Meu Deus, Ginger! Não é problema de pênis. Você pensa
que tudo é sobre sexo.
— Não é?
Eu ri.
— Não. Não é.
— Então, isso não tem nada a ver com um cara?
Faço uma pausa.
— Ah-ha! Eu sabia! Problemas de pênis.
— Bem, parece que a causa de alguns dos meus problemas
acontece de não ter um pênis. Bem, na verdade, dois.
— Oh doce Maria! Você está namorando um cara com dois paus?
— Ginger, não! É sobre dois caras diferentes.
— Oh. — Diz ela, obviamente desapontada. — Droga. Seria muito
legal.
— Como assim?
— Eu não sei. Um para cada buraco?
— Você é doente, você sabe disso?
— Sim, muito bem.
Eu ri novamente.
— Pelo menos você não está com medo de admitir isso.
— Garota, eu admito! Estou velha demais para fingir ser algo que
não sou. Precisa de muito esforço. Assim como fingir orgasmos. Se você
não levar seu jogo, não se incomode mostrando afinal. Eu só tenho um
número limitado de orgasmo nos anos. Eu pretendo espremer cada
última gota de prazer dos que eu puder. E eu quero dizer espremer .
Reviro os olhos e abano a cabeça. Oh, Ginger...
Depois de mais alguns minutos de conversa amplamente
imprópria de choque e pavor, Ginger promete vir e me levar para tomar
algumas bebidas, esta noite, que na verdade soa como uma tábua de
salvação. Fazemos planos para nos encontrar em um pub que ela é
familiarizada no centro e, no momento em que estamos para desligar, já
estou me sentindo mais leve.
********
Estou terminando meu segundo drink quando meu celular toca.
Meu coração afunda quando vejo o número de Ginger.
— Onde você está? — Pergunto sem preâmbulos.
— Eu não posso ir esta noite, querida. Tad precisa de alguma
ajuda. Norma ficou doente e ele precisa de ajuda. Eu apenas virei para
voltar para casa. Eu sinto muito, Liv. Eu vou fazer isso para você. Eu
prometo.
Eu cerro os dentes.
— Está bem, Ginger. Nós vamos fazer isso outra vez.
— Enquanto isso obtenha esses problemas de pênis solucionados.
Cada galinheiro precisa de um galo, mas apenas as galinhas especiais
podem lidar com mais de um. Teste-os, em seguida, escolha um e fique
com ele. Você não é velha o suficiente para jogar com dois brinquedos
ao mesmo tempo. Isso é território puma.
— Eu vou tentar me lembrar disso. — Eu digo ironicamente.
— Basta enviar o rejeitado em meu caminho. Eu vou fazê-lo
esquecer de tudo sobre você. Pelo menos por algumas horas. — Ela ri
na voz rouca de fumante. — Até mais, querida. Beijos. — E então ela
se foi.
Eu desligo e olho ao redor do bar. Por mais que eu realmente não
queira voltar para um apartamento vazio e pensar em todos os meus
problemas, eu realmente não quero ficar aqui sozinha também. Com
um suspiro deprimido, deslizo alguns dólares sob o meu copo vazio e
fujo para fora do banco do bar, cavando minhas chaves na minha bolsa
enquanto eu saio.
Teste-os, em seguida, escolha um e fique com ele.
As palavras de Ginger passam pela minha cabeça. Elas soam
ridículas! E completamente sacana. Mas, ao mesmo tempo...
Não importa o quanto eu quisesse que funcionasse, a coisa com
Nash é impossível. Ele está namorando Marissa. Quer dizer, eu os vi
juntos esta manhã. Mesmo agora, me deixa doente pensar sobre isso.
Mas então eu me lembro dele escovando meu rosto. Isso me faz
pensar se estou na sua cabeça como ele está na minha.
E depois há Cash. Pelo menos uma relação com ele seria menos
complicada. Menos significativa, com menos expectativa de futuro, é
claro, mas pelo menos eu sei o que é o quê.
Pensamentos insanos estão passando pela minha cabeça
enquanto eu entro e ligo o carro. Ou devo dizer tentar ligar o carro.
E agora?
Eu bato a mão no volante quando as luzes piscam fracamente.
— Não, não, não!
Eu ligo a luz interior e mal lança um cone de iluminação fraca no
banco de trás. Estes são sintomas de doença de carro que me é familiar,
que eu conheço.
A bateria.
— Você é um pedaço de merda. — Eu grito no silêncio da cabine,
batendo na buzina acidentalmente. Ele faz um som como um pato
ferido. — Não fale de volta para mim! Você está tão perto de ir para o
céu do carro no ferro velho.
Sim, isso me faz sentir um pouquinho melhor por me livrar de
algumas das minhas frustrações, mesmo que isso signifique estar fora
de um pub, gritando com um objeto inanimado. Um muito inanimado
no momento.
E agora?
Eu preciso de alguém para me salvar. Eu odeio chamar um
reboque para algo tão simples. Que me custaria uma fortuna. E meu
amigo limpador de piscinas é assustadoramente superficial nisso.
Isso é o que acontece quando você passa os dois primeiros anos de
bunda por um cara e um terceiro como um chá de cadeira.
Eu fecho meus olhos e tento pensar. Como sempre, dois caras,
rostos idênticos, flutuam na minha mente.
Nash provavelmente tem planos. De acordo com Marissa, ele é
incrivelmente ocupado. Eu odiaria jogar a donzela em perigo e
interrompê-lo, não importa o quanto eu gosto da ideia de ele vir me
salvar.
Então eu penso em Cash. Ele é dono de seu próprio negócio e
desaparece por horas em um momento bastante regular a cada noite.
Além disso, ele está a apenas alguns quarteirões de distância. Ele seria
a escolha lógica. Mas lembro da nossa última conversa, meu estômago
vibra com os nervos imaginando o que ele poderia me pedir, como forma
de pagamento.
Eu não posso negar que a perspectiva me excita, no entanto.
Teste-os.
Empurrando a voz de Ginger da minha cabeça, eu alcanço o meu
celular e escolho o número de Cash na lista de contatos. Ele atende ao
segundo toque.
— Cash, é Olivia.
— O que foi? — Diz ele abruptamente. Seu tom cortado me
surpreendeu. Eu não sei o que eu esperava, mas não isso. Pensei que
talvez ele estivesse todo charmoso e sexy, tentando me convencer a
dormir com ele. O triste é que estou um pouco desapontada que ele não
está.
— Estou incomodando? Porque eu posso...
— Você não está me incomodando. O que é? — Ele repete.
— Bem, eu odeio chamá-lo sobre algo como isso, mas a bateria do
meu carro pifou, eu acho, e estou tipo presa. Eu queria saber se você
poderia vir me ajudar. Estou a poucos quarteirões de distância.
Há uma pausa. E parece uma longa pausa, especialmente quando
eu já estou em alfinetes e agulhas. Considero por um segundo apenas
desligar. Quão infantil isso seria? Sim, depois de fazer algo embaraçoso,
eu seria obrigada a parar de trabalhar no Dual, abandonar a escola,
voltar para casa e deixar toda a minha humilhação recente para trás na
cidade grande. E tão drástico como isso soa, às vezes parece
incrivelmente atraente.
Mas eu não faço. Eu só espero. Enquanto meu rosto queima na
humilhação.
— Diga-me onde você está.
Eu dei o endereço.
— Você vai ficar bem por cerca de 20 minutos? Há apenas uma
coisa que tenho que fazer antes que eu possa sair, mas então estarei ai.
— Isso é bom. Leve o seu tempo.
— Você pode voltar para dentro e tomar uma bebida enquanto
espera? Eu não gosto da ideia de você sentada no seu carro sozinha.
Você está sozinha, não é?
— Sim, eu estou sozinha. Mas vou ficar bem. Eu só...
— Olivia, eu realmente não gosto. Você não pode simplesmente
voltar para dentro? Considere isso como um favor.
Quando ele diz assim.
— Tudo bem. Eu vou voltar para dentro. Só me ligue quando você
chegar aqui.
— Vejo você daqui a pouco. — Diz ele, em seguida desliga.
Jogando meu telefone na minha bolsa, eu puxo para baixo o
quebra-sol e verifico a minha maquiagem. Eu sei que não devo me
preocupar, mas estou feliz por ter me arrumado para sair com a Ginger.
Depois de passar um pouco de batom rosa, eu corro meus dedos pelo
meu cabelo liso e ajusto minha camisa de um ombro só vermelha.
De volta para dentro, eu peço uma cerveja. É barato, então eu não
me importo de deixá-la quando Cash aparecer, além de beber não vai
me dar um pileque.
Vinte minutos se passam e eu verifico meu telefone pela sexta vez.
Começo a me perguntar se todo mundo vai me dar bolo esta noite,
quando os balanços da porta soam ao abrir e eu olho para cima para
ver Cash caminhando na minha direção.
Minha boca seca completamente quando seus olhos encontram os
meus e ele sorri um sorriso assimétrico, arrogante. Desejo que suas
longas pernas não devorem o espaço entre nós tão rapidamente. Eu
poderia simplesmente olhar para ele, apenas vê-lo passar o dia todo.
Ele é tão perfeitamente construído e ele parece incrivelmente comestível
em suas “ roupas de trabalho” jeans justos, uma confortável camiseta
preta e botas pretas. Que define seus ombros largos, a cintura estreita e
a cor de mel de sua pele. E aqueles olhos. Malditos olhos negros. Eles
brilham como gotas de uma lagoa de ébano em seu belo rosto.
No momento em que ele chega a mim, eu estou debatendo sobre a
necessidade de uma mudança de calcinha.
Eu começo a escorregar do meu banco, mas ele me para.
— Termine sua cerveja. — Diz ele, em seguida, acena para o
garçom. — Uísque puro.
Quando o barman desliza sua bebida através dele, Cash toma um
gole, em seguida, volta-se para mim, resolvido.
— Então, por que você está aqui, bebendo sozinha esta noite?
Nervosa, eu uso minha unha do polegar para raspar a etiqueta na
minha garrafa de cerveja.
— Eu deveria encontrar com alguém aqui, mas tiveram de
cancelar. Depois que eu já tinha chegado aqui, é claro. — Eu explico
amargura escorrendo de minha voz.
— Quer que eu chute a bunda dele? — Ele pergunta. Eu olho
para ele e ele está sorrindo para mim por cima do seu copo.
— Não. Você pode ficar constrangido quando ela se der melhor
que você.
— Ahhhh, sua namorada masculina?
Seus olhos estão brilhando. Ele está me provocando. E se
divertindo bastante, aparentemente. Isso é mais parecido com o que eu
estava esperando quando liguei. Bem, nem tanto assim, realmente.
Esta brincadeira é inesperada e muito... desconcertante.
Não deixe que ele te encante.
Mas, então, eu penso nas palavras de Ginger novamente. E fico
um pouco mais ousada.
— Não, eu não estou em meninas. Eu gosto muito de... homens.
Eu não posso ajudar, mas pergunto se o “ vampy” na minha
cabeça surge como “ exagerado” em vez.
Tarde demais.
— Eu tenho a sensação de que você podia estar na noite passada.
Ele arqueia uma sobrancelha e seus lábios se contorcem com o
sorriso que ele contém.
Puta merda! Ele está tão sexy.
— O que é que isso quer dizer?
— É meio difícil de descrever. — Diz ele, inclinando-se para mim e
baixando a voz. — Mas eu ficaria feliz em mostrar-lhe, se quiser.
Há um desafio em seus olhos. Mas não sei se estou acima de tudo
o que ele está me oferecendo. Posso ir lá sem deixar que o meu coração
se envolva?
Eu limpo minha garganta e olho para minha garrafa de cerveja,
recuando simplesmente por uma necessidade de autopreservação.
Cara inteligente que ele é, pega a mudança no meu humor.
— Então. — Diz ele de uma forma muito despreocupada. —
Conte-me tudo sobre Olivia.
Eu dou de ombros.
— Não há muito a dizer. Eu sou de Salt Springs. Eu cresci na
fazenda de ovelhas do meu pai e estou no último ano da faculdade.
— Uau, uma vida reduzida a duas frases. Eu não tenho certeza se
estou impressionado ou decepcionado. Houve namorados e festas
misturado dentro disso? Ou...
Eu sorri.
— Sim, havia um pouco de cada. Eu não era uma criança
selvagem, mas não era retraída. Apenas média, eu acho.
— Não há nada de média em você. — Cash diz calmamente.
Meus olhos voam para o seu. Ele não está sorrindo e ele não
parece me provocar o que desencadeia o meu rubor.
— Obrigada.
Nós olhamos um para o outro por alguns segundos, até o ar
começar a crepitar com eletricidade entre nós. Foi quando desvio o
olhar.
— Então, qual é o seu curso?
— Contabilidade.
— Contabilidade? Contabilidade é para solteironas que usam o
cabelo em um coque e tem um armário cheio de sapatos ortopédicos.
Por que você escolheu contabilidade?
Eu ri de sua visão.
— Eu sou boa com números. Além disso, com um grau de
contabilidade eu vou ser capaz de ajudar meu pai com o negócio. Só faz
sentido.
— Então, você está fazendo isso por seu pai?
— Parcialmente.
Ele acena com a cabeça devagar. A expressão em seu rosto diz
que não acredita em mim, mas não diz nada. Ele só muda de assunto.
— E sua mãe?
— Ela foi embora. Há muito tempo atrás.
Seus olhos se estreitam em mim, mas novamente não diz nada.
Ele é um cara muito perspicaz.
— E o namorado aquele menino-mau?
— Bad boy?
— É. O tipo que você, aparentemente, evita agora.
— Ah, certo. — Eu ri. Era um único som de amargura. —
Hummm, ele caiu em um picador de madeira? — Eu pergunto,
esperando que ele pegue a dica de que eu realmente não quero falar
sobre ele também.
Ele faz uma pausa com sua bebida a meio caminho de sua boca,
como se julgar se estou ou não séria, então ele sorri e toma um gole.
— Pobre rapaz. E o de antes?
— Comido por um tubarão?
— E antes disso?
— Sequestrado por um circo itinerante?
Ele ri.
— Uau. Sua vida é como um conto de advertência.
— Pretendentes futuros são advertidos.
— Eu estou disposto a me arriscar. — Diz ele com uma piscadela.
Meu estômago vibra em resposta e meu coração faz um salto
engraçado que é, em si, uma enorme bandeira vermelha.
Mudar de assunto! Mudar de assunto!
— Então, e sobre a sua família?
Que resfria seu humor provocante consideravelmente.
— Uma história longa, horrível demais para os gostos de seus
ouvidos.
— Ah, é assim? Assim, você pode perguntar todos os tipos de
perguntas, mas isso é tudo que eu tenho?
Eu estou apenas parcialmente brincando. Eu realmente quero
que ele responda algumas perguntas, especialmente quando eu tenho o
meu juízo sobre mim. Um pouco de qualquer maneira.
— Minha educação questionável e conexões suspeitas podem
fazer você tremer em suas botas. — Brinca, com um meio sorriso.
Viro meu banquinho e olho para os meus pés.
— Eu não estou usando botas.
— Eu posso ver isso. — Diz Cash, descendo para escovar a palma
da mão em minha panturrilha. — Sem meias também.
Uma bolha fica presa na minha garganta, o que torna impossível
para eu respirar. Calafrios saem e atiram para cima da minha perna,
direto em minha calcinha.
Ele olha para mim, os olhos piscando. Eu sei o que ele quer. E sei
que ele sabe que eu quero isso também. Esta lá em seus olhos. Não há
nenhuma razão para eu mesmo tentar negá-lo. Mas o que faço sobre
isso?
Na minha indecisão, viro as minhas pernas de volta para o bar,
longe de sua mão. Ele sorri. Conscientemente. Mas ele vai junto.
Por agora.
Ele termina sua bebida em um gole, então se vira para mim. Eu
empurro minha cerveja fora.
— Você está pronta?
Fale sobre a sua pergunta carregada!
Concordo com a cabeça. Eu não tenho certeza do que eu apenas
concordo, mas todos os nervos do meu corpo estão vivos com
antecipação.
— Vamos lá. — Ele diz com uma ponta de sua cabeça e um
sorriso malicioso. — Vamos tirá-lo.
Eu não posso deixar de sorrir.
Capítulo Vinte
Cash
Eu não podia manter minhas mãos fora de Olivia quando
deixamos o bar. Não completamente de qualquer maneira. Quando ela
saiu na minha frente, coloquei minha mão na base de sua espinha. Eu
senti sua contração no contato. Não é um vacilar, mas uma contração
real. Como uma corrente elétrica passando de mim para ela. Ela esta
sentindo tudo como eu estou sentindo. E aposto qualquer montante de
dinheiro que ela está.
É a consciência sexual. É atração. É a antecipação. Ela fez a sua
escolha. Ela não tem que me dizer, ou mesmo admitir para si mesma,
mas ela fez isso, no entanto. Eu posso sentir isso.
Eu a levo para o carro. Minha moto está estacionada lateralmente
na frente. Ela para quando chegamos perto dela.
— É isso que você dirige? — Ela pergunta, arregalando os olhos
para mim.
— Sim. — Eu digo, mas então eu adiciono com um sorriso. — Mas
você não está surpresa, não é? Não é isso que maus-meninos fazem?
Montar motocicletas e quebrar corações?
Seu sorriso é fraco.
— Acho que sim.
Ela se vira e se move em torno para destrancar a porta do carro e
abrir o capô.
Eu não deveria ter dito isso.
Eu solto os cabos de ligação elétrica que eu trouxe de trás do
assento e o conecto da minha bateria para a dela.
— Isso será o suficiente para ligar o meu carro?
— Deve ser. Vai lá tentar.
Eu observo Olivia quando ela desliza para trás do volante para
dar partida. O motor não liga, ele só faz um clique.
Ela balança a cabeça e volta para fora.
— Não está funcionando.
— Você acha? — Eu provoco.
Ela inclina a cabeça para o lado e me dá um olhar sujo.
Porra, ela é adorável.
— A razão para isso é que parece que é o alternador, e não a
bateria.
Ela despenca mais na porta do carro.
— Oh Meu Deus! Isso é caro, não é? — Ela murmura.
— Não é barato. Mas eu conheço um cara. — Eu digo na minha
melhor voz de mafioso.
Ela olha para cima e sorri.
— Essas conexões suspeitas, hein? Você pode conseguir algumas
botas de concreto3, enquanto você está nisso?
— Provavelmente. — Digo, sem expressão.
Eu vejo um brilho de carranca em sua testa. Ela não sabe se
estou brincando ou não.
— Pegue suas coisas. Vou levá-la para casa. Eu vou pedir para
meu amigo vir buscar o seu carro e nós vamos descobrir alguma coisa
amanhã. — Ela parece indecisa, batendo os dedos pela moldura da
porta. — Ele vai ficar bem aqui por um tempo. Eu não acho que
ninguém vai mexer com ele.
Ela bufa. E então parece envergonhada por fazer.
— De certa forma, estou quase aliviada.
— Ei, eu conheço um cara... — Digo.
3 Referência à forma de assassinato em filmes de máfia. Os pés são cimentados e
o traidor ou inimigo é
lançado em um rio.
Ela ri sem rodeios. E eu amo o som. Faz-me pensar em fazer
cócegas nela. Na cama. Enquanto ela está nua. Deitada em cima de
mim.
Sem outro argumento, ela trava o carro e vem para ficar ao lado
da minha moto. Ela encolhe os ombros.
— E agora?
— Você nunca andou de moto antes?
— Não.
— Que tipo de namorada de bad boy é você? — Eu pergunto com
falso desânimo.
— Evidentemente uma namorada terrível.
Eu monto sobre a moto e pego meu capacete.
— Não, você apenas não tinha encontrado o bad boy certo.
Suas bochechas coraram um pouco. Eu quero beijá-la.
Novamente. E eu vou. Mas não agora.
— Coloque isso e depois se sente atrás de mim. — Eu disse,
entregando-lhe o capacete. Obediente, ela desliza-o sobre sua cabeça e
então joga uma perna sobre a moto e senta sobre o assento. Eu vejo
suas longas pernas nuas abraçando em torno de meus quadris e olho
para ela. Seus olhos estão brilhando por trás do escudo do capacete
levantado como ela situa contra mim. — Coloque seus braços em volta
da minha cintura e segure.
Seus olhos nunca deixando os meus, ela se inclina estreita e
desliza as mãos em volta do meu estômago. Eu posso sentir seus seios
contra minhas costas e o idiota dentro da minha calça jeans.
Viro-me e ligo o motor. Eu o deixo inativo por alguns segundos
enquanto recupero a compostura. É difícil para livrar minha mente da
imagem dela sentada na minha frente sem calça, com as pernas em
volta de mim. E eu dando a ela o melhor passeio que ela já teve.
Com um grunhido, eu revivo o motor e endireito a moto com o pé.
Mudando rapidamente de marcha, saio como um tiro na rua.
Eu amo a adrenalina da minha moto. Eu sempre amei. Eu tento o
meu melhor para afastar a sensação de Olivia em minhas costas, mas
acho que nada menos do que uma semana trancado em um quarto com
ela pode conseguir isso. E oh, que semana seria.
Não leva muito tempo para chegar a sua casa. É uma espécie de
doce tortura. De certa forma, eu desejava que o passeio fosse mais
longo. Mas, então, de outra maneira, estou feliz que não é. Quanto mais
tempo ela está envolvida em torno de mim e apertando-se contra mim, é
mais difícil me controlar. Especialmente agora que eu sei que ela me
quer.
E ela está tão perto de conseguir.
Quando paro ao longo do meio-fio, ela hesita por um segundo
antes de descer. Ela vem para ficar ao meu lado, me entregando o
capacete que já tinha removido. Eu o mantive sob meu braço, na minha
perna a espera por ela para falar. Ela parece que tem algo a dizer.
— Como você sabe onde eu moro?
Ela não parece preocupada. É só por curiosidade.
— Ficha de Empregados. Lembra-se?
— Ahh. — Murmura com um aceno de cabeça. Ela está
esperando. E eu acho que sei por quê. — Então, você quer entrar?
— É melhor eu voltar, mas obrigado de qualquer maneira.
Ela é boa em esconder seu desapontamento. Mas não é tão boa.
— Ok, bem, obrigada. Eu realmente aprecio você vir para ajudar.
E pela carona, também, é claro.
— Não é um problema.
— Então, eu acho que vou falar com você amanhã?
— Sim. Estarei em contato.
Ela acena com a cabeça de novo, lentamente. Esperando.
— Bem, boa noite.
Eu adoro vê-la, observando a incerteza e hesitação dela. E suas
tentativas de negar o que nós dois sabemos que ela está sentindo.
Brincar com ela vai ser muito divertido. Quente, doce, divertida, sexy e
deliciosa.
Eu chego e escovo o cabelo longe de seu rosto.
— Bons sonhos, Olivia.
Corro para colocar meu capacete para esconder meu sorriso dela.
Eu quero que ela esteja pronta a implorar por isso.
Capítulo Vinte e Um
Olivia
Eu ando longe da Cash antes que eu faça algo estúpido como
agarra-lo.
O que diabos está acontecendo com você?
Antes de eu chegar mais do que alguns passos, me lembro do
meu carro. Eu volto para chamar a atenção de Cash, antes que ele se
afaste. Eu cavo minhas chaves e as levo para ele.
Eu vejo sua carranca atrás da viseira do capacete.
— Você não precisa delas para entrar?
— Eu tenho uma sobressalente. — Eu explico.
Ele acena com a cabeça uma vez e pega as chaves, colocando-as
no bolso da frente.
Eu dou um sorriso rápido, então apresso a distância. Recuso-me
a olhar para ele, mesmo sabendo que ainda está no meio-fio. Eu posso
ouvir o ronco gutural de sua moto em marcha lenta. Mas mais do que
isso, eu posso sentir seus olhos em mim. Eu só queria que ele estivesse
com as mãos em mim. E sua boca.
Eu fechei meus olhos quando peguei a chave reserva sob o vaso
de flores na varanda. É quando eu abro meus olhos para empurrá-la
para a fechadura e abrir a porta que eu o ouço acelerar se distanciando
do meio-fio. Eu acho que ele estava esperando para ter certeza de que
eu poderia entrar bem sem as minhas chaves.
Ah, bom Deus! Não me mostre o lado doce e atencioso! Eu não terei
uma chance.
Depois que eu entro, eu me inclino contra a porta e fico lá com os
olhos fechados até que eu já não posso ouvir até mesmo o menor
barulho da moto Cash.
Minhas pernas e bumbum estão formigando das vibrações da
moto. O resto de mim está formigando por estar envolvida em torno de
Cash. Formigamento ou dor. Ou os dois.
Frustrada, tanto sexualmente e comigo mesma pela minha total
falta de controle hormonal eu acendo a luz e me afasto da porta. A
primeira coisa que eu vejo é o vaso de flores sobre a mesa de café na
sala de estar. Elas são um ponto brilhante de cor em uma sala de outra
maneira razoavelmente silenciosa. Eu ando para o buquê de lírios e me
inclino para cheirá-los. Cheira maravilhosamente bem, mas algo cutuca
o canto da minha boca. É o cartão anunciando quem as enviou.
Pego o pequeno quadrado. Eu me sinto mal lendo uma mensagem
para Marissa, mas novamente, ela não deveria deixá-lo em torno de
mentir. Ou saindo de arranjos florais.
Quando eu puxo o cartão do envelope, eu me castigo por infligir
mais tortura. Tenho certeza de que eles são de Nash. E tenho certeza
que o cartão é provavelmente algum bilhete de amor doce que me faz
querer pular de um prédio bem alto, mas que não me impede de ler. Eu
estou muito curiosa, e assim eu o li de qualquer maneira.
E tive uma surpresa.
Olivia, se você precisar de alguma coisa me ligue. Eu nunca estou longe. N.
Uma pequena emoção correu pela minha espinha. Ele deve ter
usado as chaves de Marissa para entrar e deixar as flores para mim.
Eu não posso me ajudar, mas me pergunto se ele simplesmente as
deixou e foi embora ou se ele ficou por alguns minutos. Ou andou ao
redor. Ou foi para o meu quarto.
Duvido que Nash faria qualquer coisa assim, e o pensamento de
que ele poderia deveria me assustar. Só que não assustava. A ideia de
que ele poderia ter ido olhar dentro do meu quarto me excita por algum
motivo. E eu já estou animada o suficiente por seu irmão perigoso.
Sentindo cada vez mais a vibração, eu vou para a cama. Uma
vigorosa escovação dos dentes e uma lavagem no rosto ajudam com
esse sentimento. Os irmãos perseguem um ao outro através da minha
cabeça, me provocando com suas palavras, seus olhos e seu toque. Até
o momento em que eu deitei entre os lençóis, eu não tinha dúvida de
como seriam meus sonhos. Ou melhor, sobre como seriam meus
sonhos.
O clique da fechadura da porta da frente me acorda. Tinha
acabado de dormir, e me leva alguns segundos para determinar se
estou acordada ou não.
Estranhamente, eu não sinto medo quando vejo a sombra, alta
vaga parar fora da porta do meu quarto. Reconheço-o
instantaneamente. Eu reconheceria essa forma e essa maneira fluida de
se mover em qualquer lugar.
É Cash.
Ou Nash.
Eu começo a falar, mas as palavras morrem em meus lábios
quando ele se move lentamente em direção à cama. Ele para em pé. Eu
sempre amei o quão escuro meu quarto era até agora. Mas agora, eu
daria qualquer coisa para vê-lo mais claramente, por alguma pista
sobre qual irmão é.
Ele se inclina e pega os lençóis, arrastando-os de cima de mim.
Calafrios espalham por meus braços e pernas, em parte devido à
mudança de temperatura, em parte devido ao cara ao pé da minha
cama.
Ele não diz nada. Nem eu instintivamente, sabia que as palavras
iam quebrar a perfeição ímpia do momento. E essa era a última coisa
que quero fazer.
Com movimentos muito deliberados, ele chega para frente e
coloca seus longos dedos em torno de meus tornozelos. Lentamente, ele
me puxa para ele, para o fim da cama. Estou sem fôlego. E animada.
Eu ainda não disse nada.
Seus dedos soltam-me, mas as mãos não me deixam. Não, em vez
disso, ele desliza as mãos até as laterais das minhas panturrilhas aos
joelhos onde ele para. Vejo-o inclinar-se para frente, então eu sinto seus
lábios na minha coxa esquerda. Eles são como um ferro em brasa
incandescente. Sua língua sai para provar minha pele e envia calor
líquido para o meu núcleo.
— Eu não consigo parar de pensar em fazer isso com você. — Ele
sussurra tão baixo que mal posso ouvi-lo. — Diga-me para parar agora,
se você não quiser isso. Se não me quiser.
Mesmo enquanto ele fala, suas mãos estavam deslizando nas
laterais de minhas coxas, deslizando sob a borda da minha calcinha.
Ele faz uma pausa. Talvez esteja esperando por mim, dizer-lhe para ir.
Talvez ele esteja repensando o que ele está prestes a fazer. Eu não
tenho ideia do porque de eu não saber quem está na minha cama. E no
momento eu não me importo. Eu quero tanto Cash como Nash. Ambos
vêm com a sua própria marca de problemas. Talvez eu não saber para
qual eu estou me entregando iria ser uma coisa boa.
Por esta noite, eu não me importo. Eu não penso. Eu só quero.
Eu sinto suas mãos e os dedos curvados ao redor do elástico da
minha calcinha. Ele faz uma pausa uma segunda vez. Eu me pergunto
de novo o que ele está pensando e o que eu posso fazer para que ele
continue. Minha resposta é levantar meus quadris para fora da cama.
Eu ouço um silvo de ar por entre os dentes, antes de ele arrastar minha
calcinha pelas minhas pernas. Deve ter sido a resposta que ele estava
procurando.
Meu peito está arfando de emoção quando eu sinto as mãos,
deslizando até o interior de minhas coxas, empurrando minhas pernas.
Ele coloca um joelho na cama entre os meus e se inclina para baixo,
pressionando os lábios no meu estômago.
— Tudo o que posso pensar é que gosto você tem. — Ele murmura
sua língua mergulhando em meu umbigo fazendo meus músculos
apertarem em antecipação. — E como você sente. — Eu sinto sua
palma como xícara entre as pernas. Eu abro minhas coxas ainda mais.
Fui recompensada com puro êxtase quando ele desliza um dedo dentro
de mim. Ele geme. — Oh meu Deus, você está tão molhada. — Ele
empurra outro dedo em mim. — Tudo isso para mim. — Ele sussurra,
movendo seus dedos dentro e fora quando empurrei meus quadris para
encontrá-lo.
Seus lábios se movem da minha barriga e sinto seus ombros entre
minhas pernas. Seu hálito quente agrada-me antes de eu sentir o
primeiro golpe de sua língua quente. Minhas costas arquearam fora da
cama.
— Mmm ainda mais doce do que eu imaginava. — Ele geme seus
dedos ainda se movendo dentro de mim.
Com lábios e língua, ele lambe e suga até que eu senti a tensão
familiar de um orgasmo dentro de mim. Meus quadris movem-se contra
ele, moem contra sua boca enquanto seus dedos me penetram mais e
mais, mais e mais rápido.
Eu enrosquei meus dedos em seu cabelo, segurando-o para mim
quando o mundo se rompe. Luz e calor explodem atrás de meus olhos e
eu grito. Eu sinto suas mãos em torno de meus quadris para me
segurar e ele ainda não acabou, enterrando sua língua quente e úmida
dentro de mim, lambendo-me por dentro.
Meu pulso está pulsando em cada parte do meu corpo quando eu
o senti mover-se para puxar minha blusa sobre a minha cabeça. Fico
mole sob suas mãos quando ele toca meus seios, provocando os pontos
duros dos meus mamilos.
Ele desenha um com sua boca, mordiscando suavemente com os
dentes, intensificando as ondas de prazer que percorrem através de
mim. Eu ergo minhas mãos em seus ombros e sinto apenas a pele lisa.
Ele não está usando uma camisa.
Eu enfio meus dedos por seu cabelo quando ele move a cabeça ao
meu outro seio. Ele brinca e zomba dele também.
Ele moveu-se novamente e colou seus lábios nos meus.
Deslizando sua língua em minha boca para provocar a minha,
lambendo. Chupo a sua língua em minha boca e fecho os lábios em
torno dela, sugando suavemente. Quando eu a liberto ouço o sussurro
rouco.
— Veja como é bom o seu gosto. — Eu seguro seu rosto o inclino
para cima e lambo a umidade em torno de sua boca, debaixo do queixo.
Ele geme alto, seu corpo se movendo contra o meu. — Isso é bom,
bebê. Você gosta disso, não é?
Eu ouço seu zíper seguido pelo farfalhar de sua calça enquanto
ele se move para empurrá-la para baixo de suas pernas. Eu uso meus
calcanhares para ajudá-lo, me divertindo com a sensação de sua pele
nua contra o interior das minhas coxas.
Ele flexiona os quadris e eu sinto a ponta de sua dureza deslizar
entre minhas dobras. Ele faz movimentos minúsculos, deslizando para
trás e para frente, acariciando-me com seu corpo.
— Só para você saber, — diz ele, sem fôlego, — estou limpo. Digame que você está, também, e que está tomando pílula. — Ele implora.
— Sim. — Eu respondo, sem fôlego, a única palavra que eu tinha
falado desde a sua chegada.
Ele se apoiou nos cotovelos, onde está equilibrado sobre mim. Eu
posso senti-lo olhando para o meu rosto, mesmo sabendo que ele não
pode me ver melhor do que eu posso vê-lo. Há um sorriso em sua voz
quando ele diz.
— Perfeito!
E então desliza dentro de mim.
Eu me sinto choramingar quando ele para longe da penetração
total e tira novamente. Quero chorar com a perda. Mas não tive tempo.
Ele moveu-se novamente, desta vez ainda mais, me deixando acostumar
com o seu tamanho antes de ele puxar para fora mais uma vez. Ele
continua a me provocar, cada vez me enchendo um pouco mais,
trazendo-me mais perto da borda de novo, até que eu estava pronta
para gritar.
— Diga. — Ele sussurra, provocando-me com a ponta de seu
pênis quando ele entra e sai em rápidos movimentos curtos. Enrolando
meus dedos em punho em seu cabelo e puxo sua boca para a minha.
Eu uso os meus lábios e língua para suplicar-lhe, para mostrar-lhe
cada grama do meu desejo. Eu afundo meus dentes em seu lábio
inferior e levanto meus quadris, esperando para levá-lo totalmente
dentro. Mas ele puxa de volta, mais uma vez só para me dar parte de si
mesmo. — Diga. — Ele exige.
Eu estou ofegante com a necessidade, a ameaça de outro orgasmo
apertando meus músculos quando eu aperto seus quadris entre minhas
pernas, implorando com o meu corpo. Ainda assim, ele resiste, nunca
permitindo que seu corpo se movesse mais do que alguns centímetros
para o meu antes de recuar.
— Diga. — Ele repete pela terceira vez.
Eu lambo uma trilha a partir da base de sua garganta até a
orelha, onde eu forço para fora entre respirações rasas à única palavra
que ele quer ouvir.
— Por favor.
Inclinando a cabeça, sua boca cobriu a minha quando dirigiu seu
corpo profundamente no meu, roubando minha respiração. Ele me deu
cada centímetro do comprimento e perímetro dele quando se moveu
violentamente dentro de mim, estendendo-me forte outra vez, me
deixando cada vez mais perto do êxtase.
Seus lábios se movem sobre a pele do meu rosto pelo pescoço até
o vale entre meus seios. Bombeando o sangue para os meus mamilos
formigando quando sua boca se move em direção a eles. Eu arqueei as
costas, pressionando meu seio para ele, implorando pela sensação de
sua boca quente e língua molhada.
— Venha para mim. — Diz ele em voz baixa, puxando meu
mamilo em sua boca e sacudindo-o com a língua. Como se a pontuar
seu pedido, ele range os quadris no meu e morde meu mamilo. —
Venha para mim, bebê. — Ele rosna novamente.
É toda a motivação que eu preciso. Apertando ao redor dele,
tenho meu segundo orgasmo, e ele gloriosamente continua o atrito de
seus quadris contra o meu quando ele esfrega-me em uma onda do
mais puro prazer.
Estou sem fôlego quando ele bate mais forte em mim. Eu sinto
meu corpo segurando o dele, ordenhando-o. Seu ritmo aumenta com a
sua respiração, até que, de repente, ele endurece.
— Olivia. — Ele geme muito, chegando e derramando calor e
paixão dentro de mim.
Seus movimentos são lentos, mas ele permanece enterrado dentro
de mim, fazendo os espasmos do meu corpo apertá-lo ainda mais.
Permanecemos assim por um par de minutos perfeitos.
Quando nenhum de nós não tem mais nada a dar, ele desaba em
cima de mim e nos deitamos em um emaranhado de pernas e peitos
ofegantes e úmidos. Com seu peso apoiado nos antebraços, ele aninha o
rosto na curva do meu pescoço e pressiona um beijo macio e molhado
na pele embaixo da minha orelha. Ele não diz nada, mas sua respiração
estava quente, pesada e seca.
Meu coração está cheio de emoção, minha cabeça está girando
com perguntas e meu corpo está pulsando no rescaldo. Há tanta coisa
para pensar, para me preocupar e contemplar, no entanto, parece
muito... sem importância. O conflito continua dentro de mim. Em mil
anos, eu nunca teria pensado que eu poderia dormir assim.
Mas eu faço.
********
O amanhecer está apenas surgindo quando eu abri meus olhos.
Beijos quentes e sexo grande são as primeiras coisas que entram em
minha mente.
Olhando para o meu quarto vazio. Não há nenhuma evidência de
qualquer visitante impertinente da noite. Na verdade, eu poderia ter me
convencido de que eu tinha sonhado a coisa toda se não fosse à dor que
eu sinto entre minhas pernas quando me movo.
Eu sorrio. É uma dor agradável, que me lembra do grande
instrumento que a infligiu.
Bom Deus, você acabou de chamá-lo de um instrumento?
Eu ri. Eu não consigo evitar. Estou feliz. Muito feliz. Pelo menos
para o momento.
Eu deveria estar cansada, mas não estou. Eu me sinto
rejuvenescida e pronta para enfrentar o dia.
— Talvez Ginger esteja certa. Talvez o sexo seja realmente bom
para mim. — Murmuro para o silêncio. As paredes absorvem o som e
me lembram de que eu tenho o lugar só para mim. Marissa ficará fora
por duas semanas. Só isso já é motivo para comemorar.
Pensar nela me trouxe pensamentos sobre Nash. E se tivesse sido
ele que me visitou ontem à noite? Eu não tinha sido capaz de ver
claramente no escuro o suficiente para identificar se o peito delicioso
acima de mim tinha uma tatuagem ou não. Como eu vou saber?
Por um momento, eu estou perdida nas lembranças da sensação
da pele lisa, esticada sob meus dedos, de braços musculosos, ombros
largos, quadris estreitos presos entre minhas coxas. Apenas o
pensamento é o suficiente para me deixar úmida e querendo mais.
Saindo das cobertas, vou para o chuveiro. Enquanto me esfrego
tento buscar algumas pistas em minha mente que podem indicar qual
irmão me deu uma noite tão incrível. Eu acho que ambos são
perfeitamente capazes de me fazer sentir desse jeito e nada do que
aconteceu parecia algo que só se poderia fazer ou dizer. Especialmente
dizer, como muitas palavras não foram utilizadas.
Eu sorri com esse pensamento.
Nem muitas palavras eram necessárias.
Entrar não era um problema. Cash tem as minhas chaves, Nash
tem as de Marissa. Atração não era um problema. Ambos os irmãos
deixaram muito claro que temos uma ligação física intensa. Vontade
pode ser a única área há uma discrepância. Cash tornou muito claro
que ele está interessado em um relacionamento físico comigo. Nash, por
outro lado, está comprometido e está tentando fazer a coisa certa.
Mas então me lembro de que não foi Nash que nos parou no
telhado. Se eu não tivesse nos levado a um impasse, será que teríamos
feito sexo lá em cima, em uma espreguiçadeira, onde Nash
provavelmente sentou com Marissa?
Quanto mais eu penso, mais as coisas formam perguntas e
desenvolvo preocupações. Então, eu as tiro da minha cabeça.
Certamente eu vou ser capaz de dizer quando ver Cash se fizemos sexo
ou não.
Certamente.
Depois de me vestir, faço o meu caminho para a cozinha para
preparar um café. Fico surpresa quando ouço meu telefone tocar do
meu quarto. Corro para atendê-lo.
Meu estômago palpita quando eu vejo o nome de Nash na tela
iluminada. O que significava essa chamada tão cedo? Ele estava comigo
até pouco tempo atrás? Ou ele teve uma boa noite de sono, o que
significa que ele não esteve aqui?
Eu deslizei o dedo na tela para responder.
— Olá?
Há uma pausa.
— Acordei você?
— Não, eu estou realmente fazendo café.
— Ah, bom. Eu não gostaria de incomodá-la. Presumi que ficaria
em alerta e eu receberia o seu correio de voz. Eu só queria ter certeza de
que você viu as flores que eu deixei.
Fico um pouco esvaziada. Isso não soa como algo que o cara que
só explorou todo o meu corpo nu com a língua poderia dizer.
— Sim, eu as vi quando cheguei na noite passada.
— Perfeito. Eu só quero que você se sinta livre para me ligar se
precisar de alguma coisa, enquanto Marissa estiver fora.
— Hum, eu vou. Uh, obrigada.
— Eu vou deixar você voltar para o seu café, então. Eu tenho que
começar a trabalhar. Primeiras reuniões.
— Tudo bem. Obrigada pelas flores, Nash.
— Foi um prazer, Olivia.
Eu ouço um sorriso em sua voz. O que é isso?
Calafrio permaneceu em meus braços muito tempo depois que ele
desliga. Só de ouvi-lo dizer meu nome me lembra da noite anterior, da
voz gemendo meu nome quando ele estava gozando.
Só que, obviamente, não pertencia a Nash. Pertencia a seu irmão.
Eu não estou totalmente surpresa ao descobrir que era Cash.
Todo o cenário se encaixa mais a seu caráter do que Nash. Apenas um
bad boy viria, sem ser convidado, na casa de uma garota e acordá-la
para seduzi-la em seu próprio quarto.
E apenas um bad boy iria pensar que eu não me importaria. Eu
tenho que sorrir para isso.
Ele tem coragem. Eu vou dar-lhe isso.
Mas ele estava certo. Eu não me importava. Na verdade, eu não
me importava duas vezes. E, provavelmente, não teria importado uma
terceira e quarta vez que eu não tinha dormido com um perdedor. Faz
um bom tempo e eu esqueci como sexo grande é incrivelmente
relaxante.
Estou apenas sentada na mesa da sala de jantar para fazer
alguma leitura antes da aula, quando meu telefone toca novamente.
Desta vez, a tela mostra o nome de Cash, mas minha reação é a mesma.
Meu estômago treme de excitação.
— Olá?
— Bom dia, linda. Você levantou?
— Sim. — Eu digo incapaz de manter o sorriso da minha voz.
— Então, o seu carro está na loja do meu amigo. É
definitivamente o alternador.
— Merda. — Murmuro, a minha alegria de manhã cedo sucumbiu
à realidade de possuir um pedaço de carro de porcaria. — Qualquer
ideia de quanto algo como isso vai me custar?
— Para você? Nada. Ele me deve um favor.
— Eu não posso deixar você fazer isso, Cash.
— Eu suponho que você vai me parar? — Diz ele ironicamente.
— Eu estou falando sério. Isso é demais. Eu não posso aceitar um
presente como esse.
— Você pode e você vai. Além disso, não pense nele como um
presente. Você pagará.
Retorna meu sorriso e meus nervos cantam com alegria. Eu não
posso esperar para ouvir o que ele tem em mente.
— É mesmo?
— Sim. Começando com um turno extra na próxima semana se
você puder.
Estou decepcionada novamente. Isso não é tão sexy como eu
esperava que fosse. Depois da noite passada, com certeza ele sabe que
eu ficaria mais do que feliz em lhe pagar em qualquer número e formas
de posições. A não ser que ele não fosse o meu visitante de fim de noite
depois de tudo.
Que tipo de mulher da vida não sabe com quem ela dormiu na noite
anterior?
Revirei os olhos.
E quem usa a palavra mulher da vida?
Um nome vem à mente. Tracey, minha mãe. Essa palavra era
dela.
Balançando a cabeça, eu volto para coisas importantes. Como
com quem passei parte da noite passada.
Quando penso sobre isso, a coisa que mais me incomoda é que o
cara nem é suficiente amoroso esta manhã para que eu seja capaz de
determinar com precisão o culpado. Como é triste isso?
Oh meu Deus! Eu perdi o meu toque? Posso de repente chutar a
cama?
Cash limpou a garganta me lembrando de que ele estava
aguardando a minha resposta.
— Ah, ah, você sabe que eu vou fazer o que puder para te pagar,
mas isso meio que depende da noite. Eu não posso estar fora até tarde
também.
— Oh, você não vai sair muito tarde. Este é um projeto de
contabilidade que eu gostaria que você olhasse. Eu só peço que não
prenda seu cabelo em um coque ou use sapatos ortopédicos.
Eu ri de sua visão.
— Tudo bem. Eu acho que eu posso trabalhar a minha magia
numérica sem as ferramentas do meu ofício.
— Eu tenho certeza que você pode. — Diz ele, distraído. — Nesse
meio tempo, no entanto, você vai precisar de uma carona para a escola,
certo?
— Hum, sim. — Eu nem sequer pensei nisso. Esses caras
realmente mexeram com meu cérebro. — Eu acho que eu vou.
— Me dê 10 minutos e eu estarei ai.
Meu cérebro finalmente começa a trabalhar e eu começo a pensar
como uma pessoa racional. Se Cash me levar para a escola, não terei
como voltar para casa, a menos que eu chame um táxi, que vai ficar
caro, já que eu vou ter que chamar um para ir e voltar do trabalho todo
o fim de semana até o meu carro ficar pronto.
— Sabe, posso faltar na escola hoje. Não é como eu fosse ter uma
aula realmente difícil hoje de qualquer maneira. Dessa forma, eu não
terei que impor a você mais do que eu já tenho feito.
— Você não está se impondo a mim. Eu não me importo.
— Eu realmente preferia não incomodá-lo. Realmente. Verei você
esta noite.
— Se vista. Esteja pronta. Eu estarei ai em 10 minutos.
Com isso, ele desligou não me dando nenhuma escolha na
matéria.
Quase exatamente dez minutos depois, eu ouvi o estrondo
profundo da moto de Cash. Eu sinto isso no meu estômago, como se
respirava emoção em meu corpo de uma forma muito física. Como eu
poderia tentar manter distância dele, é claro que eu vou entrar em um
lugar ruim com Cash.
E o pior de tudo é que eu não acho que eu quero parar.
Eu não esperei ele vir até a porta. Em vez disso, eu vou ao
encontro dele, cuidadosamente fechando a porta atrás de mim.
Cash estava estacionando sua moto preta cromada brilhante.
Seu jeans azul estava esticado em suas coxas e sua camiseta branca
lisa estava confortável sobre o peito dele. Seu cabelo loiro escuro estava
desgrenhado, como sempre, fazendo meus dedos coçarem para correr
por eles. Mas é o seu rosto que me faz recuperar o fôlego. Mais bonito
do que qualquer cara que eu já vi na vida real, há algo sobre seus olhos
e seu sorriso, hoje, que parecem travar o ar entre nós, colocando-a no
fogo.
E embora eu saiba o risco, eu quero pular de cabeça nas chamas.
Capítulo Vinte e Dois
Cash
Algo sobre o olhar em seu rosto me faz sentir como uma refeição.
E se eu fosse eu seria uma refeição feliz, com certeza. Embora ainda
estivesse impaciente, estou aliviado. Achei que ela viria ao redor
eventualmente. Eu sabia que ela não seria capaz de lutar contra o que
há entre nós por muito tempo. É muito forte.
E tentador.
— Se você ficar me olhando assim você vai ter uma grande
surpresa para lidar quando chegar nesta moto. — Digo a ela.
— Uma grande surpresa? — Ela perguntou, com um sorriso
travesso puxando os cantos de sua boca. — Não, não quer dizer algo
mais parecido com um Tic Tac?
Eu amo seu senso de humor. É um pouco tímido, assim como ela,
e ela enfia a cabeça para fora nos momentos mais inusitados.
Eu sorri e levantei a minha mão para ela.
— Então venha aqui e deixe-me refrescar o hálito.
Ela ri. E, como sempre, eu quero fazer algo imediatamente para
fazê-la rir novamente. Ela pensa demais, se preocupa demais. Eu não
sei sobre o que, mas posso vê-lo, no entanto. Isso me faz querer alegrar
o seu humor e dar-lhe tantos minutos despreocupados que eu puder.
Despreocupado e prazeroso.
Eu abafei um gemido.
Ela coloca sua mão na minha e mantém enquanto ela senta no
assento atrás de mim. Sem me virar, eu passo-lhe o capacete. No
espelho retrovisor do lado, eu a vejo colocá-lo em sua cabeça. Há algo
tão sexy em vê-la em um capacete. Provavelmente algo sobre a maneira
que me faz imaginá-la em preto, couro, pele-apertada, inclinando-se em
minha motocicleta comigo atrás dela, minhas mãos nos quadris...
Eu cerro os dentes. Maldita e que corpo exuberante o dela!
Eu virei e enrolei meus dedos atrás de cada um dos joelhos e
puxei-a para frente. Eu sinto mais do que ouço seu suspiro quando sua
virilha grudou contra meus quadris e achatou o peito contra minhas
costas.
Sinto-me satisfeito que agora ela esta provavelmente tão
altamente sintonizada comigo como eu estou com ela, mas ela aumenta
a oferta. Ela enrola os braços em volta da minha cintura e deixa as
mãos andar perigosamente para baixo no meu estômago. Elas estão
descansando bem acima da fivela do meu cinto. Logo abaixo, onde ela
logo iria sentir meu tesão, se ela não fosse cuidadosa. Eu respiro fundo
antes de colocar a moto em marcha e acelerar para longe do meio-fio.
Eu não posso levá-la para a escola rápido o suficiente.
À medida que nos aproximamos do campus, ela aponta à frente
para um lugar onde ela quer que eu pare. Quando chegamos, puxo ao
longo do meio-fio e paro, coloco meus pés no chão para estabilizar a
moto enquanto ela desmonta. Ela fica de frente para mim para tirar o
capacete. Quando ela faz, sacode o cabelo escuro livre. Parece algo que
uma garota em um comercial de shampoo pode fazer. Não tenho
nenhuma dúvida de que ela não tem ideia de como ela é sexy. Mas ela
é. Santo inferno, ela sempre é!
Ela segura o capacete para mim, seus olhos nos meus. Quando
eu não o pego, ela olha para baixo, e volta para mim em questão. Ainda
estou sentado na moto empurro o capacete para longe e em vez de
pega-lo passo minhas mãos pelos seus longos cabelos e puxo a boca
dela para a minha.
Embora ela esteja obviamente surpresa, ela não se contém. Ela
me beija como se significasse muito. Como se quisesse mais. Tudo o
que ela tinha que fazer era dizer uma palavra e eu a levaria direto de
volta para casa e ia passar o dia na cama. Mas quando eu me afasto e
olho em seus olhos arregalados, sei que ainda é um pouco cedo demais
para isso. Ela está perto, mas não está completamente pronta.
Mas eu posso esperar. Eu vou ter que esperar.
— Quando você vai dizer 'sim'?
Ela não diz nada quando ela me olha com seus olhos de
esmeralda profundos. Seus lábios estão vermelhos e inchados,
entreabertos quando ela respira superficialmente.
Eu sorri. Ah sim, não vai demorar.
— Chame-me quando estiver pronta para eu vir buscar você. —
Eu disse, dando-lhe um rápido beijo nos lábios antes de colocar o
capacete. Ela parece confusa, o que me faz querer sorrir. — Não se
preocupe. Você não tem que dizer sim hoje. Eu vou esperar. Você vai
valer a pena. — Antes de eu abaixar o capacete por cima do meu rosto,
eu sorri e pisquei para ela. — Assim como eu.
Eu puxo e desço a rua. Quando eu olho para o espelho retrovisor
do lado, eu vejo que ela ainda está de pé exatamente onde eu a deixei,
olhando para mim.
Capítulo Vinte e Três
Olivia
É oficial. Cash está na minha cabeça. Eu posso estar presente
fisicamente em todas as minhas aulas, mas não me faz nem um pouco
bem. A única coisa que aprendi hoje é que ele beija como um furacão
que é o inferno dobrado em arruinar a minha vida.
Eu ainda não sei quem esteve no meu quarto ontem à noite, mas
eu estou começando a crer e realmente espero que tenha sido Cash e
não Nash. Sim, Nash é tudo o que eu deveria querer em um homem,
tudo que minha mãe tentou gravar na minha cabeça. Já para não falar
que ele é mais quente do que sete tonalidades do inferno e
provavelmente poderia me fazer esquecer minhas convicções quando ele
me beijava.
Mas ao lado de Cash... ele está fica pálido em comparação.
Eu não sei se é meu amor inerente por bad boy ou se é que Cash
está se transformando em mais do que eu pensava inicialmente. De
qualquer forma, ele está na minha cabeça. Sob a minha pele. E eu
duvido que eu vá ser capaz de resistir a ele por muito mais tempo.
Não me interpretem mal. Ele ainda é perigoso e, provavelmente,
quebrará meu coração. E eu vou tentar mantê-lo o máximo de tempo
que puder. Mas, em meu coração, em meu intestino, eu sei que há algo
entre nós que não vai desaparecer até que nós o suemos fora.
Do modo divertido.
Mas de todo modo, vou acabar em lágrimas, olhando ele ir
embora.
Pelo menos desta vez, é uma escolha, no entanto . Ele é a minha
escolha. Eu estou indo para ele sabendo muito bem que isso poderia
acontecer. Eu posso não ser capaz de me proteger para não me
machucar, mas eu estou no controle suficiente para fazer a escolha
para mim.
E, no final, eu vou escolher Cash. Como eu poderia tentar lutar
contra isso, é inevitável. Se ele pudesse ser um pouco, apenas um
pouco como Nash...
Meu telefone me tira dos meus pensamentos. Eu me esqueci de
desativar a campainha. Eu pulo, lutando para tirá-lo da minha bolsa e
atende-lo antes que eu seja crucificada pelo meu professor.
Eu aperto o botão ao lado para silenciá-lo e estou me preparando
para colocá-lo de volta na bolsa quando eu vejo o nome da Ginger na
tela. Com um encolher de ombros, eu pego meu livro e minha bolsa e
vou para a porta. Eu já tinha interrompido a classe e não estava
aprendendo nada de qualquer jeito. Eu poderia muito bem ir em frente
e sair.
Quando eu aperto o botão para atender, eu sou saudada por
Ginger que está alterada, a voz irada e uma longa sequência de
palavrões.
— Fique na sua faixa, seu limpa pau, burro, louco filho da puta.
— Ginger? — Eu interrompi.
Ela se acalma imediatamente.
— Oh, Liv. Oi, querida. Eu não ouvi você responder.
— Eu não posso imaginar por que. — Eu observo secamente. —
O que foi?
— Bem, na verdade, eu estou no meu caminho para pegar você.
— Eu? Por quê? — O cabelo na nuca se arrepiou com a
inquietação. Se Ginger está a caminho para me pegar, algo está errado.
— Porque o seu carro está quebrado de novo, certo?
— Hum, sim, mas como é que você sabe?
— Alguém trouxe você todo o caminho para Salt Springs no seu
último turno, lembra?
Nash.
— Ah, certo. Mas foi arrumado desde então.
— Bem inferno. — Diz ela em frustração. — Mas espere, você
acabou de dizer que está quebrado.
— Eu sei. É. É apenas uma causa diferente.
— Liv, sério, eu temo por sua vida naquele pedaço de merda.
Nenhum carro deve quebrar tão frequentemente quanto o seu. Você tem
Síndrome de Munchausen4 por procuração?
— Síndrome de Munchausen?
— Sim, você sabe onde, como se envenenar para chamar a
atenção dos seus familiares e outras coisas.
— Eu sei o que é. Eu estou apenas um pouco surpresa por você
saber o que é.
Eu posso ouvir o sorriso orgulhoso em sua voz.
— Eu vi um especial no Discovery Channel.
— Você estava assistindo a Discovery Channel?
— Sim.
— Hum, por quê?
— Eu perdi o controle remoto.
— Você perdeu o controle remoto?
— Sim. Você só vai repetir tudo o que eu digo?
— Se você continuar dizendo coisas ridiculamente inacreditáveis
então sim, provavelmente.
— O que eu disse que é ridículo?
— Que eu possa ter Síndrome de Munchausen. Com o meu carro.
Que você aprendeu alguma coisa no Discovery Channel. Que você sabe
mesmo o que a Discovery Channel é. E que você se sentou em sua sala
de estar assistindo a um programa sobre a síndrome de Munchausen,
porque você perdeu o controle remoto. Como você pode perder o
controle remoto em uma casa que não é maior do que você?
— Foi no congelador. Aparentemente, quando eu tirei a vodka, eu
derrubei o controle remoto lá.
— Isso faz sentido. — Eu digo sarcasticamente.
— As pilhas provavelmente nunca vão morrer agora. — Ela diz
com uma gargalhada.
4 Doença em que os indivíduos fingem ou causam a si mesmo doenças ou
traumas psicológicos para chamar atenção ou simpatia a eles
— Ginger, posso fazer uma pergunta? — Peço gentilmente.
— Claro querida. Pode perguntar?
— Por que você está no seu caminho para me pegar?
Às vezes, Ginger precisa de um pouco de redirecionamento para
ficar no ponto. Às vezes eu preciso da mesma coisa quando eu estou
com ela.
— Oh, droga! É o seu pai. Ele caiu e quebrou a perna. Ele me fez
prometer que não iria contar, mas... bem, você sabe. Eu vou. É claro
que eu vou.
— Ele quebrou a perna? Quando?
— Dois dias atrás.
— E eu apenas agora descubro sobre isso?
Tenho que me concentrar em manter minha voz baixa. Estou
intensamente irritada por estar descobrindo isso somente agora após o
ocorrido.
— Eu não ia dizer nada. Ele me fez prometer, você sabe. Como eu
disse. Mas então, quando Tad mencionou vê-lo no hospital e que ele
está esperando alguns cordeiros, bem, eu sabia que você ia querer
saber. Alguém que sabe o que diabos eles estão fazendo terá que vir
cuidar das coisas por um dia ou dois, até receber os bebês e qualquer
outra coisa que você precisa fazer.
— Então, se não houvesse cordeiros no caminho, ninguém me
diria?
Minha raiva está aumentando.
— Uh. — Ginger diz calmamente, sabendo que ela está em terreno
perigoso. — Aquele seu pai idiota fez todos prometerem. Ele não quer
que você tenha de fazer a viagem para casa ou gastar seu tempo se
preocupando com ele.
Eu agarrei a pele entre meus olhos, desejando que eu pudesse
parar o pulsar lento que está construindo na frente da minha cabeça.
Eu mordo de volta a dúzia de comentários tão afiados que estão
tremendo a ponta da minha língua.
— Quando você saiu?
— Cerca de dez minutos.
— Eu ainda estou na escola. Você vai ter que me pegar aqui.
— Isso é bom. Apenas me dê as direções.
Eu suspiro. Alto. Tentando dar instruções para Ginger e
esperando que ela realmente aparecesse no local correto que é muito
parecido com jogar uma faca para o ar. É perigoso, estúpido e alguém
pode acabar se machucando. Ela nos levou a lugares questionáveis da
cidade mais de uma vez, lugares que eu nunca sonharia em sair do
carro. A menos, é claro, se eu estivesse acompanhada por dois ninjas e
um lutador de sumô.
Mas, neste caso, que escolha eu tinha? Eu não me sentiria
confortável me impondo a Cash ou Nash. Não seria um negócio tão
grande se eu pudesse usar os poderes mágicos da vagina, mas só
funcionavam com aqueles com quem uma garota dormiu. E já que eu
ainda não tinha ideia qual o irmão caiu de cabeça primeiro em minha
calcinha na noite passada, não posso empunhar a magia da vagina.
Eu dei as instruções para Ginger ir para o centro estudantil. Pelo
menos eu poderia conseguir algo para beber enquanto espero por ela.
Depois que desliguei, eu liguei para Cash para lhe dizer que não
vou ser capaz de trabalhar o extra do fim de semana.
— Eu sinto muito, mas é uma emergência familiar.
— Eu entendo. Você quer que eu vá te buscar agora?
— Não, minha amiga Ginger está a caminho.
Há uma longa pausa.
— Eu a teria levado aonde quer que você precise ir.
— Eu aprecio isso, mas ela já estava a caminho quando ligou.
— Hmmm. — É a sua única resposta.
— Bem, muito obrigada por... tudo. Eu prometo que vou cuidar
das coisas com meu carro quando eu voltar. E vou pagar com muitos
turnos extras que você precisar de mim para fazer isso.
Odeio a ideia de perder o meu novo trabalho e ter que ir
rastejando de volta para o meu antigo, mas é meu pai...
— Não se preocupe com isso. Nós vamos descobrir alguma coisa.
Você não vai perder o trabalho quando voltar, se é isso que você está
pensando.
Eu fecho meus olhos em relevo. O pensamento passou pela minha
cabeça.
— Eu realmente aprecio a sua compreensão. — Eu digo, injetando
em minha voz toda a sinceridade que eu podia reunir.
— Eu tenho certeza que eu posso pensar em alguma maneira de
você me pagar.
O comentário é amplamente impróprio, é claro, mas eu posso
ouvir o sorriso na voz de Cash. Ele está me provocando.
— Eu tenho certeza que você pode. A questão é: pode pensar em
algo que não envolva tirar minha roupa?
Estou brincando com fogo e eu sei disso.
— Claro! Usar uma saia e apenas um item terá de sair. Eu
simplesmente odeio que você perca... todo o resto.
Um pequeno tremor trabalha o seu caminho na minha espinha e
cai no fundo do meu estômago como um raio. Eu ri desconfortável. Eu
não posso brincar como ele pode.
Ele deve saber que eu estou perdida. Ele ri.
— Tome cuidado com o que você precisa. Fique à vontade.
Chame se você precisar de alguma coisa.
— Eu vou. E Cash, obrigada.
Depois que desliguei, eu pego uma bebida dentro do centro
estudantil e depois caminho de volta para sentar em um dos bancos
para aguardar Ginger. Eu me pergunto se eu deveria ligar para Nash.
Só para que ele saiba que eu não vou estar na cidade todo o fim de
semana. Ele pode querer manter um olho nas coisas.
Ou pelo menos é isso que eu digo a mim mesma. A desculpa que
eu uso.
— Nash, é Olivia. — Eu disse quando ele atendeu.
Eu ouço sua risada suave.
— Eu sei que você é Olivia.
Eu sinto o vermelho picar minhas bochechas. Fico feliz que ele
não pode vê-lo.
— Ah, certo. Desculpe. — Eu limpo a garganta nervosamente. —
Então, eu vou ficar fora da cidade no fim de semana. Eu apenas queria
que você soubesse, no caso... bem, apenas no caso de alguém precisar
de alguma coisa.
Oh meu Deus, poderia soar mais coxo?
— Tudo bem. Obrigado por me avisar. Precisando de algum tempo
longe do meu irmão arrogante já?
Eu sei que ele está brincando, mas não gosto que ele coloca Cash
para baixo.
— Ele não é arrogante. E não, não é nada assim. Eu preciso ir
para casa para o fim de semana. Isso é tudo.
Logo evapora a leveza de seu tom, substituído pela preocupação.
— Está tudo bem?
— Está. Meu pai quebrou a perna. Ele está bem, só que ele estava
esperando alguns cordeiros e ele não pode sair com uma perna
quebrada para encontrar e vê-los então...
— É algo que você pode fazer sozinha? Você precisa de ajuda?
— Não, eu cresci na fazenda, ajudando-o até ser velha o suficiente
para fazer as coisas sozinhas. Eu vou ficar bem. Mas obrigada por
perguntar.
O que é um grande cara! Caramba!
— Bem, se você precisar de alguma ajuda sabe onde me
encontrar.
— Obrigada, mas eu nunca poderia lhe pedir para fazer isso.
— Olivia, por favor. — Ele começa. A maneira como ele disse meu
nome fez meu estômago apertar. Soou tão bem como ele fez na noite
passada. Foram seus lábios que eu beijei? Seu toque eu senti? — Diga.
Se precisar de ajuda, eu quero saber.
— Ok. — Eu disse já me sentindo um pouco sem fôlego. Sem
fôlego para discutir de qualquer maneira. — Eu aviso.
— Ótimo. Vou ficar de olho no lugar até você voltar. Dê-me uma
chamada quando você chegar.
— Vou fazer. Obrigada, Nash.
— Pode nada.
Os irmãos se alternavam ocupando espaço na minha cabeça,
como eles faziam tão frequentemente, enquanto espero Ginger. Eu só
não sei quando isso vai ser mais fácil com eles. Ou mesmo se vai .
Eu ainda estou preocupada quando ouço uma buzina e alguém
gritando meu nome no topo de seus pulmões.
É Ginger.
— De jeito nenhum. — Eu digo baixinho enquanto caminho para
o carro dela. Ela estava no assento do motorista, pendurada para fora
pelo teto solar. No momento em que eu chego até ela, ela está sorrindo
como um paciente mental que fugiu.
— Aposto que você pensou que eu me perderia, não é?
Eu não digo nada. Eu totalmente pensei que ela iria se perder.
Na verdade, eu teria garantido isso.
É claro, eu estaria errada. Talvez essa é a minha nova raia estar
errada. Talvez eu esteja errada sobre um monte de coisas. Coisas sobre
as quais eu adoraria estar errada.
Se eu pudesse ter a mesma sorte...
Ginger não esperou muito tempo para agitar um conversa
interessante.
— Então, você aceitou o desafio do pênis?
— Ginger!
— Olivia! É melhor ter novidades para mim. E com detalhes. Tem
sido um longo tempo para mim.
— Sim, certo. Quanto tempo? Uma semana?
Ela olha para mim, claramente tomada de horror.
— Bom Deus, não! Faz apenas quatro dias. Mas eu tenho
necessidades.
— Ginger, eu tenho certeza que você é uma aberração da
natureza.
—
Pesado
no
capricho,
querida.
—
Ela
acrescenta
descaradamente.
Eu ri. Isso é uma coisa sobre Ginger. Ela não tenta esconder
quem ela é ou o que ela gosta. Ela possui cada verruga e espinha com
orgulho. E ela as usa com perfeição.
— Você morreria de tédio no meu corpo.
— Não, eu tomaria esse corpo jovem para dar uma volta e animar
as coisas um pouco.
Reviro os olhos.
— Eu tenho certeza que você faria. Você teria me enroscado
através de uma grande parte de Atlanta.
— Quebrando corações e soprando mentes! Ou algo assim. — Diz
ela com uma piscadela diabólica.
— Oh, Senhor! — Eu balancei minha cabeça. Ela é incorrigível.
Ela também é praticamente impossível de insultar. Obviamente.
— Agora, pare de mudar de assunto. Que você fez sobre isso?
Eu não posso esconder o sorriso que puxou meus lábios. Ela é
muito observadora.
Ela aponta animadamente para mim.
— Você fez! Você fez! Como foi isso? Qual foi o melhor? E quando
será que o outro vai vir me visitar?
— Bem, essa é a coisa. Eu não sei exatamente com quem eu
dormi.
Eu tremo quando vejo ela virar os olhos grandes e chocados para
mim. Ginger apenas parecia também estar quase chocada. O fato de
que eu consegui isso não pode ser um bom sinal.
— Como é mesmo que aconteceu?
Eu conto a história. A versão curta, menos detalhada do caso.
Quando eu terminei, ela começou a rir. Muito.
— Bem, você sabe o que tem que fazer agora, certo?
— Eu não irei perguntar a eles, se é isso que você está prestes a
sugerir.
— Oh, inferno não. Eu ia dizer que você tem que dormir com os
dois agora. É a única maneira que você vai ser capaz de dizer quem é
dono da língua encantada. — Ginger vira um sorriso malicioso em mim.
— Oh, pobre de você. Forçada a ter que explodir sua vagina com gêmeos
quentes. Ah, por favor, não! Tudo menos isso!
— Se fosse só isso, estaria bem, mas você sabe que eu não
posso... eu não ...
Eu estou pegando as minhas unhas, mas ainda assim, a partir do
canto do meu olho, eu vejo Ginger olhar para mim.
— Isto não é sobre Gabe, não é?
— Você sabe que Gabe não tem nada a ver com...
— Merda! Liv você tem que superar isso. Só porque um cara se
parece, se veste ou age de certa maneira não significa que ele é
exatamente como Gabe. E, da mesma forma, só porque um cara não
parece, não veste ou não agi como ele não significa que ele não é. Você
não pode julgar todos os livros pela capa que emocionalmente é
retardado, imbecil, idiota, pau pequeno. Você não pode parar de se
arriscar na vida só porque você se queimou.
Eu penso em minha decisão anterior para assumir o risco com
Cash. Mas penso também quão surpreendente a consideração e o apoio
que Nash me deu quando eu chamei. Se Ginger estiver certa, apesar de
suas aparências, qualquer um poderia ser Gabe. Mas como eu sei qual
é e qual não é?
Ou talvez ambos fossem.
Vá com seu instinto. Vá com o que você sabe. Nash é o cara bom.
O Cash é o bad boy. Bad boys não mudam suas manchas.
Mas Nash é comprometido.
Cash não é.
Nash não está me oferecendo nada.
Cash quer ser honesto e me dar o que ele é capaz.
Vale a pena ter um deles na minha vida? Ou eu estaria melhor se
virasse as costas para os dois? E tudo terminasse?
Sentindo meu humor mudar, Ginger muda de assunto para algo
muito menos perturbador como brinquedos sexuais.
Oh, Ginger!
********
Fico bastante chocada quando eu ando pela porta da frente e vejo
uma cama de hospital na sala de estar. Meu coração cai sobre as
madeiras com um baque que só eu posso ouvir.
Quando vejo meu pai sentado em sua velha cadeira verde favorita
com a perna descansando em um banco fundido sobre um travesseiro,
eu me sinto minimamente aliviada, embora ainda confusa. O gesso não
está na metade inferior de sua perna, como eu esperava. Vai todo o
caminho até seu quadril.
Meu pai quebrou o fêmur. E ninguém me disse.
Droga para o inferno!
Eu deixo cair as minhas malas no chão e vou direto para ele, as
mãos nos quadris, totalmente armada com justa indignação.
— E você não poderia ter me ligado para dizer? Você me deixou
descobrir dias depois por Ginger, de todas as outras pessoas?
Eu posso ver pelo olhar em seus olhos castanhos que ele está
deslizando em penas de modo calmante. É o desejo de evitar o confronto
que finalmente levou minha mãe para sair e encontrar pastos mais
verdes, pastos mais fortes. E pastagens mais ricas. E mais pastagens de
sucesso. Basicamente qualquer outro pasto que ela poderia pastar
dentro, a vaca!
Às vezes é tudo o que eu posso fazer para não odiá-la.
— Agora, Punk. — Ele começa, usando o meu apelido de infância,
aquele que sempre transforma a massa com as mãos. — Você sabe que
eu nunca iria esconder algo de você, a menos que eu soubesse que era o
melhor. Você tem muito em seu prato com este novo trabalho, com o
seu último ano de escola e de estar com a sua prima, eu nunca iria
querer adicionar nada à sua carga. Tente ver do meu ponto de vista. —
Ele termina docemente.
É impossível ficar louca quando ele faz isso. Devo admitir que
pode ser muito frustrante, no entanto.
Eu caio de joelhos a seus pés.
— Pai, você deveria ter chamado.
— Liv, não há nada que você poderia ter feito. Exceto se
preocupar. E agora você está faltando ao trabalho. Por minha causa.
— Não é um grande negócio. Ginger mencionou os cordeiros. Eu
vou levá-los ao quadrado e estar de volta ao trabalho em um momento.
Ele fecha os olhos e inclina a cabeça para trás, rola para trás e
para frente sobre o encosto de cabeça, exasperado. Ele não diz nada
durante alguns segundos, efetivamente terminando esta parte da
conversa.
É outro hábito frustrante dele. Ele só para. Para de falar, para de
discutir. Apenas ... para.
Percebo alguns cabelos brancos a mais do que na ultima vez que
eu o vi. E parece que as marcas de expressão que enquadram a sua
boca estão mais profundas. Hoje, ele parece muito mais velho do que
seus 46 anos. Sua vida dura e decepcionante sempre exigiu um
pedágio. E agora está aparecendo.
— O que posso fazer para ajudar, pai? Estou aqui e você pode
muito bem me colocar ao trabalho. Como estão os livros?
Ele não olha para mim, mas responde.
— Os livros estão muito bem. Eu tenho tido Jolene me ajudando
com eles no meio de suas visitas.
Eu cerro os dentes. Jolene pensa que ela é uma contadora. Só
que ela não é. Não por um tiro longo. Eu tenho certeza que há uma
bagunça para limpar. Eu sinto um suspiro vindo, assim eu mudo de
assunto.
— E sobre a casa? Há algo que precisa ser feito por aqui?
Finalmente, ele levanta a cabeça e olha para mim. Há humor em
seus olhos.
— Eu sou um homem crescido, Liv. Eu sei como me virar sem a
minha filha aqui para cuidar de mim.
Revirei os olhos.
— Eu sei papai. Isso não é o que eu estou dizendo e você sabe
disso.
Ele chega à frente e pega um pedaço de cabelo perto da minha
orelha. Ele o puxa, assim como ele fazia para puxar meu rabo de cavalo
quando eu era pequena.
— Eu sabia o que queria dizer. Mas eu também sei que você acha
que você tem que cuidar de mim, especialmente desde que sua mãe me
deixou. Mas você não tem. Iria me matar ver você colocar sua vida em
espera para voltar aqui. Vai encontrar uma vida melhor em outro lugar.
Isso é o que me faz feliz.
— Pai, mas, eu não...
— Eu conheço você, Olivia Renee. Eu te criei. Eu sei o que está
pensando e como você pensa. E eu estou pedindo-lhe para não fazer
isso. Apenas me deixe estar nesta vida. Há algo diferente para você lá
fora. Algo melhor.
— Pai, eu amo estas ovelhas e esta fazenda. Você sabe disso.
— Eu não estou dizendo que você não ama. E nós vamos estar
sempre aqui para você vir visitar. E um dia, quando eu for embora, tudo
isso vai ser seu, para fazer o que quiser. Mas, por agora, é meu. Meu
problema, minha vida, a minha preocupação. Não o seu. Sua
preocupação é se formar e conseguir um bom emprego para que você
possa comprar o seu velho fora dez vezes. Então, talvez, eu vou pensar
sobre deixá-la voltar para casa. Como isso soa?
Eu sei o que ele está fazendo, onde ele está chegando. E eu
entendo isso. Eu entendo sobre culpa. Mas quando eu aceno com a
cabeça e um sorriso de acordo, é só para o seu benefício. O que ele não
sabe é que eu nunca vou deixá-lo como ela fez. Nunca. Eu nunca vou
escolher uma vida financeiramente confortável sobre as pessoas que eu
amo. Nunca.
— Agora, já que você já está aqui, eu quero um favor. Bem, na
verdade, dois.
— Diga.
— Eu tenho todos os ingredientes para o feijão chuckwagon5.
Você vai colocar alguns para o jantar?
— Eles são o seu favorito. É claro que eu vou.
— Boa menina.
5 Comida típica do meio-oeste americano.
Ele sorri para mim por alguns segundos, em seguida, volta sua
atenção para o show que estava assistindo na televisão.
— Pai?
— Hein? — Pergunta ele, olhando para mim, as sobrancelhas
levantadas.
— E qual era o segundo favor?
Ele franze a testa por um segundo, em seguida, seu rosto se
ilumina.
— Oh! Ah, certo. Ginger e Tad estão querendo que você vá para a
sua festa de despedida tardia.
Eu começo a abanar a cabeça.
— Eu não vou deixar você para ir a uma...
— Sim, você vai. Terá um jogo esta noite. Eu gostaria de vê-lo em
paz enquanto você dá algumas risadas com seus amigos. Isso é demais
para um homem velho e ferido pedir para sua filha?
Eu bufo.
— Como eu vou dizer não depois de colocá-lo dessa maneira.
Mais uma vez, eu sei o que ele está fazendo. E por quê. Mas eu
vou aceitar, só porque eu sei o quanto ele ama realmente futebol e ele
provavelmente quer vê-lo sozinho, sem meu estardalhaço sobre sua
pressão arterial quando ele fica todo nervoso e grita para a tela.
Seu sorriso é satisfeito quando ele se volta para a televisão uma
segunda vez. Desta vez, eu o deixo para ir dar inicio ao jantar.
********
Uma série de assobios me cumprimenta quando eu caminho
através da porta de Tad, fazendo-me dar um puxão conscientemente em
minha saia. Esse é o lado ruim de não ter tempo para fazer a mala.
Isso me deixa presa com as roupas no meu guarda roupa em casa,
roupas que eu superei um par de anos atrás.
Minha saia preta é mais curta do que eu gostaria e a blusa que
estou usando com ela é um pouco mais... apertada do que precisava
ser, para não falar que eu não me lembrava de como ela mostrava
muito a minha barriga. Se eu não fosse adulta, meu pai provavelmente
não teria me deixado sair de casa até que eu trocasse de roupa.
Infelizmente, calças de ioga ou shorts jeans com tinta sobre eles eram
minhas únicas outras opções, saia tão curta e blusa apertada seria
melhor.
Não demorou muito tempo para me envolver no conforto familiar.
Bebidas fluindo livremente e há mais de uma atmosfera de festa do que
de costume. Não muito antes de minha cabeça estar girando feliz, me
avisando que eu preciso abrandar as bebidas.
Estou rindo com Ginger, que mudou seu turno para sentar
comigo esta noite do outro lado do bar, quando eu vejo a porta abrir
atrás dela. Meu coração aperta dolorosamente quando vejo meu ex,
Gabe entrar com sua namorada, Tina, em seu braço.
Ele parece o mesmo de sempre perigosamente bonito, com seu
cabelo preto, olhos azuis e arrogantes, de morrer para sorrir. Ele até
tem os mesmos problemas de antes, uma garota em seu braço e um
olho errante. Ele nem sequer tenta esconder o fato de que ele está
verificando outras garotas. E Tina, por Deus, ela só finge não perceber.
Fale sobre a disfunção!
Ginger, tendo notado meu silêncio, olha de boca aberta, e se vira
para olhar.
— Oh céus doce, quem deixou aquele bastardo entrar?
Ela se vira e começa a deslizar fora de seu banco, como se para
corrigir a situação. Estendendo a mão em seu braço, impedindo-a de se
levantar.
— Não faça isso. Não vale a pena.
Na verdade, eu adoraria vê-la chutar seu traseiro, mas isso só me
faria parecer mais patética, então eu prefiro beber o suficiente para me
afogar fora da minha consciência.
Eu sinalizo para Tad, que está trabalhando em uma mudança
rara por trás do bar hoje à noite para cobrir a ausência de Ginger, e
pedi para nos trazer mais uma rodada de tiros. Esse é o caminho mais
rápido para o esquecimento, tanto quanto eu estou preocupada. E o
esquecimento está olhando muito atraente no momento.
Ginger e eu brindamos uma à outra e tomamos. Eu sinto a
queimada de 80 provas por todo o caminho para o meu estômago, onde
acende um fogo quente. Ela grita animadamente e eu rio dela, mas
meus olhos não podem me ajudar somente se desviam de volta para a
multidão em busca de Gabe.
Quando o encontro, ele está sentado em uma mesa alta. Apesar
da garota ao seu lado, seus olhos me encontram. Neles, há
reconhecimento. E com fome, assim como sempre foi. E eu reajo
instantaneamente, assim como eu sempre fiz. Só que agora, a reação
morre quase imediatamente, as chamas encharcadas pelas águas frias
da realidade e porque ele está aqui esta noite com Tina, em vez de
comigo.
Eu ouvia suas mentiras por meses, caindo mais profundamente
no amor por ele a cada dia, quando o tempo todo, ele tinha uma
namorada que ele nunca teve qualquer intenção de assumir. A pior
parte foi, eles tinham um filho juntos. Eles eram basicamente uma
família. E mesmo que eles realmente nunca dividiram o mesmo lugar,
ele me fez sentir como uma destruidora de lar. Ele me fez sentir como a
minha mãe. E por isso, ele não merece o meu perdão.
Eu tento aproveitar o resto da noite, desfrutar de uma reunião de
despedida com meus velhos amigos e colegas de trabalho, mas meu
humor continua a escurecer. Cada bebida e cada riso parece
contaminado, contaminado pela presença do bad boy por quem eu
tinha caído.
Ginger ordena outra rodada de tiros, que de bom grado aceito,
mesmo sabendo que eu estou empurrando meu limite, e atirá-los de
volta em meio aos aplausos de nossos amigos. O álcool está apenas
começando a queimar minha amargura quando alguém na porta chama
a minha atenção novamente.
Desta vez, era Cash que entrava.
Capítulo Vinte e Quatro
Cash
Eu não estou surpreso com tudo o que eu vejo quando eu entro
no bar de esportes. É típico, com sua dúzia de televisores que revestem
as paredes e uma coleção de mesas no centro da sala, de frente para
eles. O bar está à minha direita, seguido de quatro mesas de sinuca,
sob as luzes longas Budweiser. Além disso, há uma pequena pista de
dança.
Em poucos segundos, os meus olhos encontram Olivia. É como se
eles fossem atraídos para ela. Quando eu a vejo sentada no bar com
seus amigos, eu sei que duas coisas são verdadeiras. Um, ela vai ficar
bêbada, se ela não parar de beber em breve. E dois, eu vou ter aquela
saia empurrada para cima em torno de sua cintura antes de a noite
terminar.
Quando seus olhos encontram os meus, eu vejo resistência neles.
Eu já vi isso antes, mas eu pensei que já tivéssemos passado por isso.
Eu não posso ajudar, mas pergunto o que aconteceu desde esta manhã
para endurecê-la.
Há uma explicação descansando na ponta da minha língua, mas
eu a mordo de volta e mantenho meu rosto neutro quando ando em sua
direção. Quando eu paro ao lado dela, eu a vejo endireitar a coluna e
travar o queixo. Sim, resistência. E ela está determinada.
Mesmo que me frustre, acho que é muito malditamente quente.
Isso me faz querer fazer com que ela me queira, apesar de todos os
motivos que ela pensa que não deveria.
Então eu vou.
Novamente.
— Eu gostaria de perguntar se eu poderia comprar uma bebida
para você, mas parece que já bebeu um pouco demais.
— Eu já tenho um pai. Ele está em casa cuidando de uma perna
quebrada, muito obrigada. — Diz ela com um pouco de fúria.
— Sem querer ofender. Apenas uma observação. — Eu sinalizo
para o barman, que está me olhando com nada menos do que a
hostilidade. — Jack. Arrumado. — Estou em seu território agora. Ela
está entre os seus amigos e eles são, obviamente, muito protetores. O
estranho é que eles sentem a necessidade de protegê-la de mim, mesmo
sem me conhecerem.
Porra, eu acho que ela realmente tem uma fraqueza por um
determinado tipo. E todos os seus amigos devem saber sobre isso.
Isso irrita a merda fora de mim que ela me classifique, assim
como todos os seus amigos. Não há nada pior do que ser julgado
injustamente. Nenhuma dessas pessoas sabe nada sobre mim, Olivia
inclusive.
Seria interessante ver como ela reagiria se soubesse a verdade.
Em apenas algumas frases curtas, eu poderia dar-lhe todas as razões
do mundo para fugir de mim tão longe e tão rápido quanto ela pode.
Mas eu não vou. Porque estou me sentindo egoísta. Eu não quero que
ela fuja ainda. Eu preciso muito dela primeiro.
Muito mais.
Quando o garçom coloca um copo na minha frente, eu lanço um
dez e tomo a minha bebida de um gole. Concordo com a cabeça para o
outro e deslizo meu copo vazio para trás.
Eu faço questão de ignorar Olivia enquanto estou esperando
minha próxima bebida. Finalmente, ela fala. Eu quase sorri. Eu queria
que ela fizesse o primeiro movimento. E ela o fez.
— O que você está fazendo aqui? — Ela pergunta, levantando fora
de seu banquinho para ficar ao meu lado. Eu me pergunto se isso a faz
se sentir mais no controle, mais responsável por estar de pé.
Ou talvez seja que a faz se sentir mais segura, porque pode sair
rapidamente. Fugindo.
— Eu pensei que você poderia precisar de alguma ajuda. Então eu
vim para ajudar.
Eu vejo seus olhos piscarem para a sua direita por uma fração de
segundos antes de voltar para mim.
— Como você me encontrou?
— Meu irmão.
— Não, quero dizer, como você sabia que eu estava aqui?
— Seu pai.
— Você foi a minha casa?
Ela está obviamente perturbada com isso.
— Sim. Isso é um problema? Não são bem-vindos visitantes em
seu esconderijo secreto?
Eu observo, fascinado, como a raiva enrijece seus músculos. Ela
coloca seus punhos nos quadris. Porra, ela é fogo.
— Alguma vez lhe ocorreu que talvez devesse esperar até que você
seja convidado?
— Se eu fosse convidado, então não seria voluntariado agora,
seria?
Mesmo em sua agitação, vejo o seu olhar para o segundo tempo
em um lugar à sua direita. Eu sigo o seu olhar para um cara sentado lá
com uma garota de aparência tímida. A forma como ele está olhando
para Olivia não me deixa dúvidas de que eles se conhecem. E muito
bem pela aparência dele.
Dou um passo mais perto de Olivia e me inclino para perguntar
baixinho.
— É o cara?
Ela vira a cabeça para mim, culpada. Com raiva.
— O cara? O que você está falando?
— Oh, vamos lá. Admita. Esse é o último garoto mau, não é? —
Eu olho para trás, para o idiota que está, inadvertidamente, fazendo
minha vida mais difícil. — Parece que ele se recuperou do picador de
madeira muito bem. Quer que eu chute sua bunda?
Eu olho para trás para Olivia. Uma gama de emoções passava em
seu rosto, começando com a confusão e terminando em algo perto de
humor, de um sorriso.
— Não, eu não quero que você chute a bunda dele.
— Você tem certeza? Porque eu sou especialista em desiotização.
Desta vez, ela sorri.
— Desiotização?
— É. Apenas pense em mim como o homem caçador de idiotas os
colocando em seu lugar.
— Bem, eu agradeço a oferta, mas não vale a pena.
Eu chego para frente para dobrar uma mecha de cabelos negros
atrás da orelha.
— Se ele te machucou, vale a pena.
Eu realmente não acho que Olivia sabe como seu rosto é
expressivo. Eu posso ver claramente que ela está afetada por mim, que
gosta de mim e, provavelmente, não iria discutir se a despisse e a
lambesse da cabeça aos pés, mesmo que me deixar fazer fosse contra o
seu melhor julgamento. Mas eu também posso ver que ela não quer
sentir essas coisas. Ela quer ser ambivalente não afetada. Ela quer ser
impermeável para mim. Só que ela não é. E, se eu puder ajudá-la, ela
não vai ser qualquer um destes.
Eu reconheço a música animada, que esta tocando e que nunca
iria ser tocada no meu clube, principalmente porque é um clube, mas
eu gosto mesmo assim. As palavras já me fazendo sentir um pouco
sentimental em direção a uma Olivia confusa e tímida.
— Vamos lá, então. — Eu digo, pegando Olivia pela mão. —
Vamos esfolá-lo.
Pego a mão de sua amiga também, a senhora que está me
observando desde que eu entrei, como se eu fosse um lanche potencial.
— Eu sou Cash, chefe de Olivia. Venha dançar com a gente.
— Ginger. — Ela declara com um sorriso largo. Ela envolve seus
dedos ao redor dos meus, não oferecendo nenhuma resistência.
Como eu levo as garotas em torno do bar em direção à pista de
dança, é Ginger que angaria atenção, o que é perfeito para o que eu
tenho em mente.
— Vamos lá, pessoal. Vamos dar um baile de despedida a Liv que
ela nunca vai esquecer.
Em poucos segundos, há duas dúzias dos maiores fãs de Olivia
nos rodeando na pista de dança, cantando e regando-a com sorrisos,
abraços e atenção. Eu posso ver seu rosto iluminar, seu comportamento
relaxar.
Ela só olha para trás, para o outro cara uma vez, e mesmo assim,
é quase um tipo distraído de coisa. Pela a maior parte do tempo, seu
foco está concentrado sobre as pessoas ao seu redor. E em mim.
Eu posso ver o gelo derretendo cada vez que seus olhos
encontram os meus. Quando eu sorrio, ela sorri de volta. Quando pego
em sua mão, ela enrola seus dedos nos meus. E quando ela se vira para
mim, parece que, pelo menos para o momento, ela parou de me
misturar com o saco que ela desejava que tivesse caído em um picador
de madeira.
Seus olhos estão brilhantes e felizes, e ela parece estar realmente
satisfeita.
— Obrigada por isso. Você é um agente muito talentoso de
desiotização.
— Ah, isso não é o meu método de escolha. Confie em mim. Mas
se isso te faz feliz, então eu estou bem com isso.
Ela olha para o lado, timidamente, mas seus olhos voltam aos
meus, incapaz de resistir ao magnetismo que há entre nós.
— Bem, isso me faz muito feliz.
— Então vamos acabar com ele, não é?
Ela levanta uma sobrancelha e sorri. Eu vejo a garota ousada
subir a superfície. Ela está se sentindo como se ela pudesse ter o
mundo, conquistar qualquer coisa, incluindo um ex-namorado.
Ela está pronta para saltar. E eu estou pronto para pegá-la.
— O que você tem em mente? — Ela pede timidamente, lambendo
os lábios.
Eu olho em volta e localizo a sinalização para o banheiro. Eu
sorrio para ela, pegando ambas as suas mãos nas minhas e nos
retirando da multidão, em direção aos banheiros. Eu não tiro os olhos
de cima dela.
Suas bochechas estão coradas e seus olhos estão arregalados de
excitação. Ela não sabe o que eu tenho em mente, mas acho que ela
pensa que é ousado. E ela parece bem com isso, o que me deixa ainda
mais ousado.
Ela não olha nenhuma vez para o cara quando nós passamos,
mas eu o vejo com o canto do meu olho. Ele diz algo para a garota que
está com ele e se levanta para sair. Ele me olha com raiva, o que me faz
sorrir.
Quando chegamos ao pequeno corredor dos banheiros, eu puxo
Olivia para mim e a beijo. Ela é quente e flexível, e em poucos segundos,
ela está trabalhando com os dedos no meu cabelo e apertando o peito
contra o meu.
Eu só estava planejando beijá-la onde aquele idiota podia nos ver,
mas Olivia não está pensando mais nele.
Agora nem eu.
A música desvaneceu-se ao nosso redor, quando ela inclina o
joelho e esfrega a perna contra a minha. Eu chego para baixo e passo
meus dedos na pele suave de sua panturrilha. Ela abaixa uma mão e
coloca em cima da minha, guiando-a para seu quadril. Feliz eu toco a
sua bunda perfeita com a minha mão e aperto.
O gemido dela faz cócegas na minha língua e vibra a minha
metade inferior endurecendo tudo da minha cintura para baixo.
Quando o beijo que era para ser mais uma provocação do que qualquer
coisa se torna áspero com paixão, eu paro de pensar em tudo, somente
na garota em meus braços.
Eu chego por trás de mim e torço a maçaneta da porta, para que
possamos escorregar dentro do banheiro. Faço apenas uma pausa por
um segundo para recuperar o fôlego e olhar ao redor. Estamos no
banheiro das senhoras.
Eu tranco a porta e puxo Olivia de volta para mim, descendo para
arrastar minhas mãos até as costas de suas pernas, levantando a saia
como eu às voltei.
Sua calcinha deixava a maior parte de seu bumbum descoberto.
Eu traço a pele lisa com as palmas das mãos, correndo os dedos ao
longo do vinco entre suas bochechas em seguida, puxando seus quadris
firmemente contra o meu. Eu quero que ela sinta o que faz comigo.
Ela está ofegante em minha boca e os dedos começam
atrapalhados com a fivela do meu cinto.
Droga, por que eu uso um cinto?
Eu a ajudo a abrir meu jeans. Estou prestes a chegar dentro para
tirar meu pênis quando ela empurra minha mão de lado, passando os
dedos em torno de mim e apertando. Eu quase explodo quando ela
acaricia todo o caminho até a ponta e volta para baixo novamente, sua
língua lambendo contra a minha no mesmo movimento lento.
Pego o pulso dela e a impeço. Olivia olha para mim com paixão
nos olhos e um rosto corado. Seus lábios estão vermelhos e inchados e
meu único pensamento são deles em volta de mim, me chupando.
Mas não esta noite. Esta noite é tudo sobre Olivia, bonita, sexy,
corajosa, apaixonada. Hoje à noite, eu quero que ela veja o que eu vejo.
Eu a viro para a pia, para o espelho no banheiro. Ela parece
confusa quando vê os meus olhos no reflexo.
— Olhe para si mesma. — Eu digo. Eu puxo o seu longo cabelo
sobre um ombro e coloco um beijo na curva do pescoço dela. Ela inclina
a cabeça para me dar melhor acesso. — Você é a garota mais bonita da
sala. — Eu corro minhas mãos em toda a parte expostas do seu
estômago e até debaixo de sua camisa. Seus mamilos estão duros
contra as minhas palmas. Eu os belisco através do material fino do
sutiã, sem tirar os olhos de cima dela. Seus lábios abrem e ela geme. —
Tão sexy. — Eu digo, amassando os seios, rangendo os quadris contra
os globos redondos de sua bunda.
Eu pego uma mão e a movo para baixo de seu estômago. A saia
ainda esta subindo e eu posso ver o material branco de sua calcinha.
Corro os dedos entre as pernas dela. Eu gemo quando percebo que o
algodão macio esta encharcado.
— Qualquer homem morreria para ter isto mesmo que por uma
noite. — Eu disse, empurrando o material para o lado e deslizando meu
dedo dentro dela. Ela fecha os olhos e inclina a cabeça para trás contra
o meu ombro. — Não, eu quero que você observe. Eu quero que veja o
que eu vejo. Eu quero que nós dois vejamos quando você gozar para
mim.
Obediente, ela abre os olhos, seus quadris se movem contra a
minha mão, os lábios entreabertos deliciosamente. Eu me inclino um
pouco longe dela e coloco minha mão no centro de suas costas.
Gentilmente eu aplico pressão até que ela se inclina para frente,
instintivamente colocando as mãos sobre a borda da pia para se
sustentar.
Ainda olhando para ela, eu enrolo meus dedos no elástico da
calcinha dela e a abaixo até os joelhos. Acariciando uma bunda lisa, eu
coloco um dedo da outra mão na minha boca depois o coloco para baixo
entre as pernas dela, empurrando-o profundamente dentro dela. Ela
geme e eu sinto seu corpo quente me apertar.
Tomando-a pelos quadris, eu ainda a seguro quando eu guio o
meu pênis para ela. Eu mordo um gemido em como quente e úmida que
ela sente como seu corpo me suga, me puxando ainda mais para
dentro.
Seus olhos deslocam para baixo, como se ela quisesse me ver
deslizar para dentro dela. Quando não me movo, os olhos dela voltam
para os meus no espelho. Concordo com a cabeça e os vejo mudar para
seu próprio reflexo. E então eu empurrei para dentro dela, duro e
profundo.
Sua boca se abre e a vibração de prazer faz seus olhos se
fecharem. Eu descanso em seu interior, revelando o quão apertada está
ela, fazendo uma pausa para que eu não goze muito rápido.
Ela abre os olhos e se inclina para frente, fazendo-me deslizar
para fora dela quase completamente. Então, assim lentamente, ela se
inclina para trás, levando-me totalmente dentro dela.
Com minhas mãos segurando seus quadris, empurro em um
ritmo lento, que eu posso sustentar sem gozar muito cedo. Quando ela
encontra seu ritmo, eu chego em torno para deslizar os dedos entre
suas dobras lisas, meu dedo se movendo facilmente sobre o cume duro
lá. Ela começa a fazer pequenos ruídos sensuais quando eu faço
pequenos círculos sobre ela. Ela praticamente ronrona quando eu
encontro o local que ela mais gosta.
Depois de apenas alguns minutos, eu sinto seu corpo apertando
ao redor de mim. Eu sei que ela está chegando perto. Eu aumento meu
ritmo e a provoco mais insistentemente com o meu dedo. Quando a
respiração se torna mais irregular e seu prazer torna-se mais vocal, eu
me inclino para frente e coloco minha mão em seu cabelo,
delicadamente inclinando a cabeça dela para trás.
Eu falo em seu ouvido.
— Eu quero que você se observe gozar em cima de mim, Olivia.
Veja como bonita e sexy você é. Veja por que eu a quero muito.
Incansavelmente, eu a levo para cima e para cima e para cima até
que ela grita, mordendo o lábio para manter a calma, seu corpo doce
sacudia com a onda após onda de seu orgasmo.
Eu empurro nela até que não aguento mais. Eu sinto meu próprio
clímax chegando e eu encontro seus olhos mais uma vez no espelho. Eu
mal consigo respirar.
— Veja o que você faz comigo. Eu quero seus olhos nos meus,
quando meu gozo escorrer por suas pernas.
Minhas palavras a transformam. Sinto seu espasmo em torno de
mim, me apertando apertado e empurrando-me sobre a borda. Com um
gemido, eu sinto todos os meus músculos enrijecerem quando eu gozo
dentro dela.
Embora o meu instinto seja fechá-los, eu forço meus olhos para
permanecer abertos, para permanecer focados nos dela. Ela não desvia
o olhar. Nem por um segundo.
Quando eu movo lentamente para dentro e para fora dela, sinto
líquido quente espremer em volta de mim, encharcando o topo das
minhas coxas. Tenho certeza que ela pode sentir isso também.
Eu esfrego meus quadris nela e ela sorri.
Sim, você pode sentir isso, você pode bebê? E melhor ainda, você
gosta disso.
Minha melhor descoberta da noite? Olivia está escondendo uma
menina suja por baixo daquele exterior, tímido, silencioso e sexy.
E eu vou libertá-la.
Capítulo Vinte e Cinco
Olivia
Cash não pode manter suas mãos longe de mim enquanto eu
tento me recompor para sair do banheiro. Eu sei que eu deveria estar
preocupada ou constrangida, e amanhã provavelmente estarei. Mas
agora, estou admirada. Eu nunca tive uma mente soprando e um corpo
balançando pela experiência sexual em toda a minha vida.
Por um lado, eu acho que deve ter sido Nash, que veio a meu
quarto. Com base nesse tempo com Cash... Puta merda! Mas,
novamente, Cash não perguntou sobre a minha situação hoje de
controle de natalidade, o que me faz pensar que ele já sabia. E isso
significa que foi ele que veio ao meu quarto.
Mas, eu tenho que ter em mente que algo impulsivo como isto é,
provavelmente, muito do caráter de Cash. Um cara como ele,
provavelmente, assume se eu não falar que eu tenho o controle de
natalidade cuidado.
Mais uma vez, a minha revelação só me deixa com mais
perguntas. Mas, no momento, eu não me importo. Estou consumida por
Cash. Eu ainda sinto seu toque. Eu ainda sinto seu perfume. Eu
ainda... o sinto e é um sentimento que eu espero que nunca vá embora.
Eu não posso tirá-lo da minha cabeça e, por agora, eu estou bem com
isso.
Estou endireitando meu cabelo pela segunda vez, enquanto Cash
está atrás de mim esfregando minha barriga nua. Minha calcinha ainda
úmida e, a este ritmo, elas nunca vão secar.
Ele suaviza o cabelo, então, puxa-o longe de meu pescoço e
começa a mordiscar.
— Nós temos que voltar lá?
Eu não posso deixar de rir.
— Eu tenho certeza que há pessoas que precisam usar o banheiro
antes de irem embora.
— Danem-se. Não há outro.
Eu ri sem rodeios.
— Onde você vai ficar?
Ele olha para cima e encontra os meus olhos no espelho.
— Eu vou encontrar um hotel em algum lugar. Por quê? Você
quer vir me visitar?
Hum, o inferno sim!
Eu acho isso, mas não digo isso. Em vez disso, eu me viro em
seus braços.
— Olha, você veio até aqui para me ajudar. O mínimo que posso
fazer é dar-lhe um lugar para ficar. Mas meu pai vai estar lá, então...
— Então nós temos que ficar quietos. — Ele sussurra, balançando
as sobrancelhas comicamente.
Eu apenas sorrio. Eu nem confirmo nem nego que haverá mais
sexo. Mas haverá. Se ele se esforçar muito em tudo, definitivamente vai
ter.
Lentamente, nós fazemos o nosso caminho para a porta. Eu
respiro fundo e abro a fechadura.
— Você vai primeiro. Vou esperar alguns minutos. Dessa forma,
não vai ser muito óbvio. — Diz ele atenciosamente.
Eu sorrio.
— Hum, eu tenho certeza que vai haver muito pouca dúvida, mas
você é doce por fazer de qualquer maneira.
Dirijo-me para puxar a porta, mas Cash põe a mão contra ela.
Quando olho para trás, seus lábios esmagam os meus em um beijo
ardente que me faz repensar sua sugestão de que nós fiquemos no
banheiro.
Mas, infelizmente, não podemos.
O resto da noite revela-se uma das melhores que eu já passei em
um longo, longo tempo. Cash fica perto de mim, sempre me tocando de
alguma maneira, deixando minha pele em chamas. Nós compartilhamos
muitos sorrisos e olhares conhecedores sobre os momentos no banheiro
ainda fresco em minha mente. Não que seria de outra forma. Eu tenho
certeza que ainda vão ser fresco em minha mente quando estiver com
cento e nove anos e não me lembrar de onde coloquei os meus dentes.
Mas sempre haverá Cash... no banheiro ... no espelho ...
Nenhum de nós bebeu muito mais. Eu acho que nós dois estamos
tentando manter nossa inteligência sobre nós e não estragar a magia da
noite. Quando todos estão indo embora, Cash acompanha Ginger e eu
ao carro para que eu possa levá-la para casa. Eu estou mais do que
sóbria agora. Felizmente.
— Eu vou seguir você para que eu possa levá-la de volta para
casa.
— Tudo bem. — Eu concordo com um largo sorriso. Eu não
consigo parar de sorrir.
Ele me dá um rápido beijo nos lábios e depois se separa. Todo o
caminho para a casa de Ginger, encontro-me olhando no espelho
retrovisor para o único farol atrás de mim.
E sorrindo. É claro, sorrindo.
— Bem, eu acho que já sabemos qual você escolheu, Liv. — Os
insultos de Ginger do banco do passageiro. Fez-me saltar. Estamos
quase em sua casa e esta é a primeira vez que ela falou. Eu pensei que
ela estava desmaiada.
— Por que você diz isso?
— Porque ele é um bad boy. E nós duas sabemos que você sempre
escolhe o bad boy.
Sua cabeça despenca para o lado depois que ela me dá este golpe.
Eu sempre escolho o bad boy. Eu sempre vivo para me
arrepender. Eu estou cometendo um erro enorme com Cash?
Suas palavras me assombram a partir do momento que eu a
deixei e o tempo que ando com Cash para seu quarto depois de nossa
viagem de volta na moto. Eu o deixo para dormir depois de um beijo
muito casto.
Ele me para com uma mão no meu ombro.
— O que há de errado? — Ele sussurra. Tenho certeza de que ele
está curioso porque eu vou para a cama sem... ele. Ele viu meu pai
dormindo em sua cama lá embaixo.
Eu tento colocar um pouco de coração em meu sorriso, mas eu
imagino que eu falhei miseravelmente.
— Nada. Eu te vejo manhã. Durma bem.
Eu vou para o meu quarto, fechando a porta firmemente atrás de
mim e, em seguida, me preparo para dormir. Depois que mais de uma
hora se passou e eu ainda não estou dormindo, eu decido tomar um
banho, esperando que ele me refrescasse e relaxasse. Talvez seja a
sujeira do bar que está me mantendo acordada.
Estou de pé embaixo do spray de água quente, tentando não
pensar muito, quando eu ouço o metal dos anéis da cortina corrediça ao
longo da haste do chuveiro. Eu enxugo os olhos e olho para cima para
ver Cash entrando no chuveiro.
Eu não posso ajudar somente olhar um pouco sobre seu corpo
nu. É ainda mais perfeito do que eu poderia ter imaginado. Seu peito é
amplo e bronzeado e sem falhas, somente com a tatuagem em seu
peitoral esquerdo. Seu estômago é plano e ondulado com músculos.
Suas pernas são longas e fortes. Nem uma polegada dele desilude,
incluindo o seu duro e orgulhoso pênis, impressionante que me faz
tremer interiormente.
Eu sei que estou olhando, mas não posso me ajudar. Apenas a
visão dele me faz ficar molhada e pronta.
Um dedo embaixo do meu queixo inclina meu rosto. A expressão
de Cash é grave e doce, seu rosto devastadoramente bonito.
— Você se preocupa demais. Você não pode confiar em mim?
Seus olhos perfuram os meus. Eu quero tanto, mas eu não sei se
confiar nele é a uma coisa inteligente a fazer.
Se apenas ele fosse mais como Nash...
— Eu não sei. — Eu lhe respondo honestamente.
Ele acena com a cabeça em aceitação.
— Você vai aprender. Eu prometo.
E então ele me beija. É um beijo lento e profundo que carrega
significado e emoção, que nem eu sei como interpretar.
Eu me afasto para falar, mas ele coloca o dedo sobre meus lábios.
— Shhh, deixe-me amar você, ok? Não pense. Apenas sinta.
Seus olhos escuros são pecaminosamente insondáveis, mas
sérios. Após alguns segundos, eu aceno. Ele sorri então me beija
novamente. Ternamente.
Com seus lábios e sua língua, ele lambe a água da minha pele, do
meu pescoço, dos meus mamilos, do meu estômago. Ele se ajoelha
entre minhas pernas e me leva para a beira do êxtase duas vezes,
parando duas vezes como se estivesse esperando por algo.
Quando estou quase pronta para explodir uma terceira vez, ele se
levanta e me beija de novo, agarrando o topo das minhas coxas e me
pressiona contra a parede do chuveiro. Ele me abaixa sobre o seu pênis,
sua língua empurrando em minha boca, imitando os movimentos de
seu corpo.
Nós chegamos ao clímax juntos. Ele engole meus gemidos, sem
dúvida, em deferência ao meu pai dormindo. Quando estamos
acalmando, com ele ainda enterrado dentro de mim, ele vira-se comigo
em seus braços e me prende debaixo do spray do chuveiro. Os dedos
quentes, massageando a água para me acalmar. Eu quase durmo com
minha cabeça em seu ombro.
Soltando-me, Cash desliga a água e pega a toalha que eu coloquei
para mim. Ele me seca da cabeça aos pés e, em seguida, leva-me para o
quarto ao lado e me coloca sobre a cama, nua.
— Vá dormir. — Diz ele em voz baixa. — Não pense mais. Eu te
vejo de manhã.
E então ele se foi.
E eu dormi.
Capítulo Vinte e Seis
Cash
Eu acordei com um tesão furioso pela garota na minha mente.
Eu mal posso ver a luz da aurora que vem através das cortinas. Eu sei
que não deveria acordá-la, mas eu estou quase com medo de não. Por
mais que ela está envolvida em sua própria cabeça, é difícil dizer que
temperamento ela vai estar quando acordar.
Então eu vou para ela.
Eu abro a porta um pouquinho e escuto. Eu posso ouvir seu pai
roncando lá embaixo, então eu escorrego para fora do meu quarto e no
corredor, em silêncio, entro no quarto de Olívia.
Eu ajo em silêncio. Estou aliviado que a respiração dela esta
profunda assim mesmo. Ela está deitada de lado, de costas para mim.
Tirando meu jeans, eu levanto o lençol apenas o suficiente para deslizar
por baixo dele. Eu deito com facilidade ao lado dela e me aconchego
perto de suas costas.
Em seu sono, ela mexe sua bunda contra mim, estabelecendo-se
mais perto. Eu mordo meu lábio para não fazer barulho. Ela ainda está
nua e o vinco da bunda dela está me provocando.
Chego ao redor de um corpo de seios perfeitos. Mesmo durante o
sono, seu corpo responde para mim, o mamilo endurece. Eu belisco
levemente entre meus dedos e ela geme um pouco, empurrando sua
bunda em mim novamente. Desta vez, eu empurro de volta, rangendo
os quadris contra os dela.
Eu me inclino para frente e beijo seu pescoço, deixando minha
mão passar pelo seu estômago plano para o ninho de cabelo
ordenadamente pequeno e aparado cobrindo o que eu mais quero.
Gentilmente, ela se move, abrindo as pernas o suficiente para eu
deslizar um dedo entre suas dobras. Esfrego-a lentamente, suavemente,
até que eu sinto seus quadris se moverem com o ritmo de minha mão.
Colocando um dedo dentro dela, acho que ela já está encharcada.
Meu corpo salta em antecipação, flexionando contra suas costas.
Eu movo minha mão para baixo para embalar sua coxa e trazê-la
para cima na minha perna. Ela abre o suficiente para que eu possa
guiar-me dentro por trás. E tudo o que não posso fazer é gemer bem
alto quando eu escorrego em sua vagina apertada. Eu inalei
profundamente, para não fazer barulho. Ela empurra seus quadris para
trás em direção a mim, dando-me uma penetração ainda mais
profunda. Eu não sei se é intencional ou instintivo. Eu ainda não posso
ter certeza se ela está acordada ou não.
Trabalhando meus dedos de volta para seu centro úmido, esfregoa para o orgasmo enquanto eu movo lentamente dentro e fora de seu
calor molhado. Quando eu senti seus músculos começarem a se apertar
em torno de mim, uma mão chega até meu quadril, apertando-me,
puxando-me mais apertado contra ela.
Ela está acordada.
Eu ouço sua respiração pegar e então ela suspira. Eu sinto os
espasmos de seu orgasmo e ouço sua respiração ofegando suavemente.
Eu a seguro firme e constante quando eu me conduzo dentro dela, cada
vez mais duro.
E depois de uma explosão de sensações eu gozo dentro dela.
Antes mesmo de eu perceber, meus dentes estão mordendo seu ombro.
Parece que a agitou. Ela traz a mão para cima e enrola em punho os
dedos no meu cabelo, puxando um pouco, fazendo-me masturbar
dentro dela.
Porra, eu não posso esperar para ver como ela é quando ela se
deixar ir.
Capítulo Vinte e Sete
Olivia
Eu não consigo parar de sorrir. Novamente. Mesmo tendo dúvidas
no fundo da minha mente, é impossível ter pensamentos totalmente
ruins quando estou deitada no peito de Cash, traçando sua tatuagem.
— O que isso significa? — Eu sussurro.
— É o símbolo chinês para incrível. — Ele brinca levemente.
Eu rio
— Se não é o que eu imagino que é então o que deveria ser.
— Você está me fazendo um elogio? Eu só quero ter certeza, que
eu não sinto falta.
Eu dou um tapa em suas costelas.
— Você faz parecer que eu sou horrível, porque eu não me jogo
aos seus pés.
— Você não tem que se jogar aos meus pés. Embora se você
quiser, eu tenho certeza que eu posso pensar em alguma coisa para
você fazer enquanto está lá embaixo.
Eu olho para ele e ele está balançando as sobrancelhas
novamente.
— Eu tenho certeza que você pode. — Balançando a cabeça, eu
resolvo voltar para o peito e retomar a traçar as formas da tatuagem. —
Sério o que eles querem dizer?
Cash ficou em silêncio por tanto tempo que eu começo a pensar
que ele não vai me responder. Mas então ele finalmente fala.
— É uma montagem de coisas que me fazem lembrar da minha
família.
Eu olho para cada imagem, não sendo realmente capaz de ver
todas as imagens visíveis. Eu traço as formas que parecem dedos
escuros.
— E estes?
— Eles simbolizam o fogo que os levou de mim.
Eu me inclino no meu cotovelo e olho para baixo em seu rosto.
— O que você quer dizer?
Ele olha desconcertado por um segundo antes de responder.
— Bem, minha mãe foi morta em uma explosão de barco que era
destinado para toda a minha família. Meu pai está na prisão por
assassinato. Meu irmão e eu estamos muito... separados. De todas as
maneiras o fogo levou minha família. Minha casa. Agora, sou somente
eu.
Eu penso em Nash me contando sobre seu pai estar na prisão por
assassinato. Nós nunca chegamos a falar mais sobre isso, então eu não
sabia que sua mãe estava morta e seu pai era o culpado.
Eu quero saber mais, é claro. Eu tenho milhares de perguntas,
mas não quero empurrar.
— Você... está com vontade de falar sobre isso?
Seu sorriso é educado e triste.
— Não realmente. Se você não se importa. Eu odeio estragar um
dia que começou tão perfeitamente. — Seu sorriso se alarga quando ele
desce para minha bunda. Eu o sinto ficando duro contra minha barriga
onde eu estou meio deitada sobre ele.
Eu sorrio, também.
— Bem, você terá apenas que resfriar seus ânimos. Meu pai vai
acordar em breve e eu talvez não tenha mencionado que ele é tipo um
craque em atirar com uma pistola.
— Nesse caso, que tal café da manhã em vez disso?
Eu ri.
— Escolha sábia, Coração Valente.
— Não me provoque. Quanto bem que eu estaria com você, se eu
deixasse seu pai explodir meu pinto fora?
Eu não disse nada, apenas sorri. Mas por dentro, eu sinto meu
coração despencar. Já estou pensando que há muito mais em Cash do
que o fato de que ele é grande entre os lençóis. Ele é charmoso e
espirituoso, ele é atencioso e apaixonado. Ele é inteligente e engenhoso.
Ele é todos os tipos de coisas maravilhosas que não têm nada a ver com
a sua destreza no quarto.
E em um banheiro público. E contra a parede do chuveiro.
Esses pensamentos não me fazem sentir leve em nenhum
momento novamente.
Depois que Cash foge de volta para seu quarto, eu vou para o
chuveiro. Novamente. Eu preciso realmente tomar banho neste
momento.
Eu sorrio o tempo todo. Não há um lugar no meu corpo que não
parece ser marcado com Cash quando eu esfrego sobre ele com o sabão.
E é uma sensação decididamente agradável. Para o momento de
qualquer maneira.
A realidade da minha situação ameaça se intrometer mais uma
vez. E mais uma vez, eu a escovo de volta. Impiedosamente.
Implacavelmente. Eu vou lidar com isso na segunda-feira. Mas eu estou
tendo este fim de semana e dando um tempo fora. Tempo fora de
sabedoria e responsabilidade, e todas as vozes na minha cabeça. Este
fim de semana é apenas sobre Cash e eu e toda a atração louca entre
nós.
Depois de vestir um short jeans e uma camiseta dos meninos
sobre livros, eu desço. Fico um pouco surpresa com o que eu vejo.
Meu pai está sentado na mesa da cozinha. Sua perna quebrada
está apoiada em um banquinho, as muletas estão contra a parede atrás
dele, e não há o crescimento de um dia de barba no rosto. O mais
surpreendente, no entanto, é que ele está conversando com uma
tempestade com Cash, que parece estar fazendo o café da manhã.
Uma bolha de mil sentimentos diferentes se formou em meu peito
enquanto eu assisto a cena. Nenhum deles é bem-vindo. Cada um deles
significa problemas para mim. E para o meu coração.
Se você fosse mais como Nash, eu acho que eu vejo Cash
adicionar especiarias nos ovos batidos enquanto meu pai o fala.
— Bom dia. — Eu digo brilhantemente, tentando esconder a
sensação que está arrastando o meu coração em um poço de desespero.
Ambos voltam para me cumprimentar com sorrisos leves e felizes.
Cash dá uma piscadela para mim na frente do fogão que me faz ter
contrações musculares de pura luxúria em meu baixo ventre. Não há
como negar que esse homem é quente. Fervendo de quente.
Provavelmente mais quente do que o fogão em que está cozinhando.
Eu salto para ajudar e me deixei cair em uma manhã que é nada
menos do que surreal em seu charme e encanto. Quando eu sento para
devorar os ovos, o bacon, as panquecas e o café, eu sei que todas as
manhãs para o resto de minha vida vão ser comparadas com esta. E,
provavelmente perdendo. Por uma margem enorme.
Caramba.
Depois de limpar os pratos do café da manhã, Cash ajuda meu
pai a se acomodar em sua cadeira e nos dirigimos para o celeiro. No
caminho, Cash me enche de perguntas sobre criação de ovelhas e no
que tudo implica. Eu tento responder o mais rápido e da forma mais
sucinta que eu posso, embora seja difícil de sintetizar uma vida de
conhecimento e experiência em poucos minutos.
— Então o que é que faremos hoje?
— Nós vamos ver os cordeiros novos. As ovelhas se separam e têm
seus bebês na floresta ou campo. Precisamos ter certeza de que os
bebês são saudáveis, porém, e não tem quaisquer problemas que temos
de tratar. Eu vou gravá-los e marcar a qual ovelha pertence. Dessa
forma, também, sabemos mais ou menos o tempo de espera para trazêlos para marcá-los, cortar os rabos femininos e banda dos testículos.
— Cortar suas caudas? E uma banda dos seus testículos? Por
quê? — Cash pergunta, olhando bastante horrorizado com essa noção
de barbárie.
— Nós cortamos as caudas do sexo feminino, porque é muito mais
fácil e mais limpo para as ovelhas durante o parto. É para a segurança
de ambos, mãe e sua prole. Além disso, é também uma forma de
diferenciá-las dos jovens machos.
— Quanto aos machos, nós os castramos, porque ... bem, você
sabe o que eles fariam se nós não o fizéssemos.
Sobre seu choque com o procedimento desaparece, ele sorri e
ergue as sobrancelhas.
— Sim, eu sei!
Sorrindo para ele, eu jogo a minha perna sobre o assento, largo
acolchoado do quadriciclo e bato no local atrás de mim.
— Agora, é minha vez de dirigir. — Eu o informo com minha voz
mais cruel.
Cash levanta uma sobrancelha dessa forma que eu amo e muito
lentamente desliza sobre o assento atrás de mim. Ele chega perto,
agarrando meus quadris e puxando-me confortavelmente no V de suas
pernas, pressionando seu peito em minhas costas. Eu posso senti-lo ao
longo de cada centímetro de mim. Ele enrola seus braços em volta da
minha cintura, suas mãos revolvem perversamente abaixo no meu
estômago, fazendo com que minhas entranhas se contorçam de desejo.
Eu sinto seus lábios contra meu ouvido quando ele sussurra.
— Pronto, quando você estiver.
Com dedos trêmulos, eu viro a chave e aciono a ignição. Quando
eu acelero o motor, eu acho que não há como ele estar correndo com
RPM mais do que a minha libido está neste exato momento. Se Cash
não resfriá-lo, eu vou estar sentada em uma poça na hora.
Eu puxo para fora do celeiro e paro logo depois de abrir a
primeira porta. Um dos nossos vários cães de pastoreio corre ao nosso
encontro. Chego até afofar sua enorme cabeça branca.
— Salomão! Como você está garoto? — Pergunto ao grande
Pirineus6.
Eu me curvo e ele lambe meu rosto vigorosamente então se move
para trás para que eu possa empurrar a porta larga e puxar o
quadriciclo para passar. Cash sai para fechar a porta atrás de nós e
esta se torna a nossa rotina através de cada porta de cada campo da
fazenda de 170 hectares da minha infância.
Eu nos conduzo de cima para baixo e ao redor dos antigos
caminhos familiares de minha juventude, apontando ao longo destes
lugares e coisas que eu achava que Cash poderia achar interessante.
Ele pergunta várias questões relevantes e perspicazes, deixando-me na
dúvida de que sua aptidão intelectual é pelo menos igual ao de Nash.
Inteligente e quente. Caramba.
Cash me ajuda a olhar as ovelhas com cordeiros novos. Ele
aponta vários que nasceram na primavera. Não ter crescido em torno
6 Raça de cães pastores.
deles toda a sua vida, ele não pode olhar para eles e ver as diferenças
sutis que indicam que eles são mais velhos. Mas vejo imediatamente.
No final, encontramos sete cordeiros de temporada atrasada. Eles
são resultado de Rambo, um dos nossos carneiros, que escapou
novamente e encontrou seu caminho para as ovelhas. Normalmente,
meu pai tenta manter todo acasalamento em determinados meses para
que as ovelhas tenham os cordeiros na primavera. Mas,
ocasionalmente, algo como isso acontece e o deixa lutando para dar
conta dos cordeiros surpresa.
Eu faço nota de cada cordeiro que vimos. De acordo com meu pai,
ele estava esperando encontrar de 7 a 9. O que isso me diz é, ou vamos
encontrar amanhã um casal a mais quando sairmos ou vamos
encontrar um casal morto em algum lugar.
Mesmo depois de todos esses anos, o meu coração aperta com
esse pensamento. Não há nada pior do que perder cordeiros.
No caminho de volta para o campo da frente, vemos dois outros
cães, Pedro, e Lhama. Claro Cash faz um comentário sobre cada um.
Eu não posso ajudar somente rir de suas observações espirituosas.
Minha atitude alegre no dia é que me preocupa, no entanto.
Apesar do perigo disso, eu posso-me sentir sendo puxada por Cash,
para Cash. É como olhar no horizonte e ver um novo mundo de
sentimento deitado logo à frente. Junto com as nuvens ameaçadoras de
uma tempestade. Seria muito fácil para mim imaginar-nos um dia
assumir a fazenda. Juntos.
E pensar como isso seria um desastre.
Ao invés de ir todo o caminho de volta para a casa, eu nos
conduzo para o celeiro do Norte. Brincar com Salomão em cada parada
é um negócio sujo, porque ele é sujo. Além disso, andar pela grama alta
arremessa todos os tipos de insetos e detritos, essencialmente,
adicionando outra camada de terra em cima do primeiro.
Então eu fui até o celeiro para que possamos nos limpar. É o
lugar mais próximo com água corrente.
Eu deixei Cash se limpar primeiro. Então, depois que eu lavei as
minhas mãos e os braços, eu molhei uma toalha de papel para me
limpar. Eu a arrasto sobre o meu pescoço suado e no peito, então os
meus braços também.
Quando eu termino, eu passo para jogá-lo no lixo e encontro Cash
me observando. Ele se encostou na parede com os braços cruzados
sobre o peito, olhando. Ele não está sorrindo, mas há um olhar em seu
rosto que estou me tornando familiarizada. Um calor em seus olhos. É
escuro e perigoso, e que tem a capacidade de me queimar se eu não
tomar cuidado.
Eu paro. Não de propósito, mas porque eu sinto a mudança do
mundo debaixo dos meus pés quando ele desdobra seu corpo e move-se
lentamente em direção a mim. Eu sinto como se tivesse sido escolhida
por um leão como sua companheira e ele está me perseguindo.
Cash para em frente a mim. Ele não diz uma palavra. Ele apenas
se curva e me ergue em seus braços me levando de volta para o veículo
com quatro rodas.
Eu o estacionei no sol, no alto de uma colina. É obscurecida pela
floresta em três lados. A única coisa no campo abaixo é relva. Nenhum
povoado, sem olhos. Só grama. Capim alto e alto, balançando
calmamente na brisa morna.
Ele sobe no quadriciclo e me coloca em seu colo. Ele olha nos
meus olhos por vários e intensos segundos, me olhando como se eu
fosse tudo o que ele vê. E ele é tudo que eu vejo. Neste momento, parece
que estamos completamente sozinhos no mundo, cada um totalmente
consumido pelo outro. Nada mais existe.
Assusta-me que eu gosto assim. Só eu e ele. Ninguém mais.
Erguendo meu rosto, beijo Cash. Não é um beijo abertamente
voraz, mas há algo que está debaixo da superfície que castiga minhas
entranhas. É como se ele estivesse tentando absorver algo da minha
alma, como se ele está levando mais do que apenas o físico.
Com mãos habilidosas, ele desabotoa minha bermuda e esfrega a
mão na minha barriga nua. Calafrios espalham pelas minhas pernas e
piscinas de calor em meu âmago. Um vulcão de lava quente parece
estar sempre fervendo sob a minha pele quando Cash está ao redor.
Ele enrola um braço em volta de mim, me levanta e empurra meu
short e minha calcinha pelas minhas pernas, então as enfia atrás do
banco. Ainda assim, ele não falou. E ainda, existe o perigo implícito em
estar com ele, deixando-me levar para onde ele quer ir.
Mas eu vou. Eu tenho que ir. Eu sou impotente contra ele. Pelo
menos por hoje. Talvez não amanhã. Mas hoje, eu vou.
Ele não tira os olhos dos meus, Cash vai um pouco para trás e
tira a calça. Eu não posso deixar de olhar para baixo e me deleitar com
a perfeição absoluta dele.
Com os dedos confiantes, eu chego e agarro seu pênis,
acariciando o comprimento de cetim rígido. Quando eu o ouço gemer,
eu vejo uma gota de líquido brilhante aparecer na cabeça. Deslizando
para trás no banco, eu me dobro para frente e toco com minha língua à
ponta, lambendo a gota. Em seguida, o lambo novamente.
Eu fecho meus lábios em torno dele e sinto os dedos de Cash no
meu cabelo. Eu não posso colocar muito dele na minha boca, para que
eu lamba e chupe meu caminho para cima e para baixo os lados,
acariciando suas bolas e brincando com os meus lábios e língua.
Então Cash está me puxando para cima, me beijando. Enfiando a
língua na minha boca, provando-se na minha saliva. De modo firme, ele
agarra meus quadris e me eleva até que eu estou montada nele. Então,
em um movimento brusco, ele flexiona os quadris e me puxa para baixo
para ele, embalando-me.
Eu não posso parar o grito de prazer que escapa dos meus lábios.
Eu me sinto como se estivesse rasgando em algum lugar profundo.
Contra a minha vontade.
Eu monto Cash na luz do sol, nós dois temos dificuldades em
respirar o ar fresco. Eu gemo quando ele lambe minha orelha. Eu
choramingo quando ele levanta a camisa e aperta meu mamilo através
do meu sutiã. Ele me diz como se sente ao estar dentro de mim. Ele
sussurra coisas que ele sonha em fazer comigo.
Eu não preciso que Cash me diga que eu sou tudo o que ele está
pensando, que eu sou tudo o que está em sua mente. Eu posso ver em
seu rosto, senti-lo em seu beijo. Por enquanto, ele é todo meu. E eu sou
toda dele.
Absorvida por sua paixão, por seus olhos, por seu toque, eu perco
minha compreensão sobre a realidade quando o meu corpo sucumbe à
agonia de meu orgasmo. A única coisa que eu estou ciente é da
respiração de Cash no meu ouvido e senti-lo gozar a tempo comigo. A
cada pulso, sinto o calor de tiro em mim, intensificando meu próprio
prazer.
Estou sem fôlego, meus braços e pernas apertados em torno de
Cash. Ele está ofegante contra a pele do meu pescoço, suas mãos
estendidas sobre minhas costas, me abraçando a ele.
Eu poderia ficar assim para sempre.
Se Cash fosse o tipo para sempre.
Seus braços apertam em torno de mim como se ele soubesse o
que eu estou pensando. Eu suspiro em seu pescoço e espero que ele
não saiba.
Capítulo Vinte e Oito
Cash
Dirigir de Salt Springs para Atlanta na noite de domingo não é
exatamente um luxo. Quer dizer, nós estamos na traseira de uma
motocicleta. Mas, ainda assim, Olivia parece confortável. Sinto sua
bochecha descansar contra minhas costas. Suas coxas apertadas
contra as minhas, ela estava aconchegada como em conteúdo.
Só tenho a sensação de que ela não está aqui. Ela está presa em
alguma coisa em sua cabeça novamente e eu não sei o que fazer sobre
isso.
Tivemos relações sexuais uma dúzia de vezes no fim de semana e
tudo o que posso pensar é na próxima vez, a próxima coisa que eu
quero fazer com ela, para ela, por ela. Eu não consigo ter o suficiente
dela.
Mas incomoda a merda fora de mim cada vez que eu sinto isso no
tempo passado com ela. Como se ela estivesse escondendo alguma
coisa. Eu posso sentir isso. Eu posso ver isso em seus olhos, às vezes,
quando ela é tomada de surpresa. Quando ela não tem tempo suficiente
para se esconder atrás de um sorriso. Alguma coisa a está
incomodando. Eu acho que sei o que é. Mas eu apenas não estou certo
de que posso corrigi-lo, que sou capaz de consertá-lo.
Quando eu puxo na frente de sua casa, eu direciono a moto no
estacionamento, mas não desligo o motor. Algo me diz que ela não vai
me convidar para entrar.
E ela não convida.
— Eu não posso agradecer o suficiente por tudo que você fez
neste fim de semana.
Ela está me agradecendo?
Eu sorrio meu sorriso normal despreocupado.
— Oh acredite em mim, foi meu prazer.
Ela sorri, também, mas é tingido com tristeza. E talvez
inevitabilidade. Eu acho que, em sua mente, acabamos antes mesmo de
ter começado. A questão é se eu posso ou não fazê-la mudar de ideia. E
como.
Até eu percebi o silêncio desconfortável que eu nunca notei.
Muito pouco me incomoda. Mas isso faz.
Eu preciso de tempo para pensar. Mas eu preciso ter certeza que
ela não . Foi quando eu entrei em apuros. Pelo menos na sua cabeça, eu
faço.
— Então, você disse que podia olhar algumas coisas no clube esta
semana, e não em seus turnos normais. Que tal amanhã à noite? Você
não tem que ficar até mais tarde.
Eu posso dizer que eu a frustrei. Ela provavelmente estava já
pensando em que maneiras ela poderia me evitar. Mas isso não vai
acontecer. Eu vou passar por tudo o que está incomodando. Eu não vou
dar-lhe uma escolha na matéria.
— Vou tomar isso como um sim. E até lá você vai ter seu carro de
volta. Vou trazê-lo no início da manhã.
Observar a expressão dela é como assistir a um parque com um
monte de crianças. Ela é a pessoa no fundo, prestes a ficar sem ar. Eu
sei que deveria me sentir culpado por fazê-la se sentir assim, mas eu
não me sinto. Não é verdade. Eu sei que ela tem uma ideia maluca na
cabeça que eu sou ruim para ela. E isso não é verdade. Na verdade,
quanto mais eu a conheço, mais o tempo que passo com ela, mais eu
acredito que eu sou exatamente o que ela precisa em sua vida. Ela só
não sabe disso ainda. Mas ela o fará. Eu vou ter que lhe dizer a verdade
eventualmente. Mas vou esperar o tempo que eu puder. O que ao
contrário poderia ser um desastre.
Finalmente, ela acena com a cabeça.
— Tudo bem. Parece bom. E obrigada. Novamente. Cash, eu não
sei...
— Ei, não se preocupe com isso. Talvez agora você vai ver que eu
não sou de todo ruim.
Eu sei que ela está se preparando para responder a isso, então eu
beijo sua boca parcialmente aberta, escorrego no meu capacete e tiro o
pé na estrada.
A melhor coisa que posso fazer é manter a mente e a boca dessa
garota ocupada.
Isso vai ser divertido.
Capítulo Vinte e Nove
Olivia
O que diabos eu vou fazer?
Eu me jogo na minha cama, de bruços. Eu percebo que estou em
sérios apuros. Cash não é o tipo de cara por quem eu posso me deixar
cair.
Eu acho que eu realmente não pensei que eu ia começar este
envolvimento com ele. Não é verdade. Quero dizer, ele é sexy, sedutor,
divertido e lisonjeiro, mas eu nunca imaginei que, iriamos realmente ter
sexo e que iria se transformar tão rapidamente em ... isso. O que quer
que “ isto” seja.
Foi um erro enorme passar tanto tempo com ele em casa. Com
meu pai. No único lugar do mundo que é como meu santuário. Colocálo ali, naquele contexto, e ele ser tão doce e encaixar com perfeição, só
me fez cair em todos os tipos de armadilhas e clichês.
Caramba.
Como se minha mãe tomasse grande parte do meu cérebro, eu me
encontro marcando todos os pontos negativos de Cash e todos os
aspectos positivos de Nash, colocando-os um contra o outro em um jogo
de morte.
Eu gostaria de poder calar sua voz na minha cabeça, me dizendo
que nunca vai dar certo com Cash, que ele não é o que eu preciso. Eu
posso ouvi-la praticamente jorrando sobre como Nash é perfeito.
E ela está certa.
O fato de que ele me quer me dá esperança. O fato de que ele é
comprometido está sendo rapidamente superado pelo fato de que ele
luta contra isso, pelo fato de que ele está tentando fazer a coisa certa
por Marissa. Mesmo que ela seja uma cobra fria e desagradável de
garota.
Eu sei que não estou pensando claramente. Estou em modo de
Defcon Five7, provocado por puro pânico sobre meus sentimentos por
Cash. Mas não importa o quanto eu tente, eu não posso sair da pirueta.
A voz da minha mãe é muito forte, suas garras são muito profundas. E
ver Gabe no fim de semana não está ajudando.
É a tempestade anti Cash perfeita. E está causando estragos.
Antes que eu possa sequer pensar duas vezes, eu estou discando
o número de Nash. Talvez eu possa colocar o seu lado das coisas para
descansar de uma vez por todas. De uma forma ou de outra. Ou há
uma chance ou não há, mas eu não posso continuar o segurando como
a outra opção viável se ele não está.
No início, eu fico um pouco aliviada quando ele não responde.
Mas então, quando finalmente o faz, eu estou aliviada ao ouvir sua voz.
— Nash, é Olivia. Desculpe incomodá-lo tão tarde. Você estava
ocupado?
— Uh, não. Eu estou apenas chegando. Está tudo bem?
Por onde eu começo? Eu nem sei o que dizer agora que eu o
tenho.
— Sim, está tudo bem. — Faço uma pausa para organizar meus
pensamentos dispersos. — Na verdade, não, não está. Existe alguma
maneira de você poder vir aqui?
— Ai? Hoje à noite?
Algo em sua nota de voz, alguma hesitação, quase me sacode para
fora da minha loucura. Quase, mas não completamente. Eu ignorei e
segui em frente.
— Sim. Hoje à noite. Assim que você puder.
— Qual é o problema, Olivia? Você está começando a me
assustar. Aconteceu alguma coisa? Será que o meu irmão fez alguma
coisa para você?
Eu ouço uma vantagem em sua voz e eu estou confusa com isso.
Leva-me um total de três ou quatro segundos para descobrir o que ele
está pensando.
— O quê? Cash? Não. Oh, Deus, não! Não é nada disso.
7 Alerta.
Por que ele ainda pergunta isso? Será que ele realmente se sente
assim em relação a sua própria carne e sangue?
Eu o ouvi expirar.
— Ok, bem. Eu estarei ai em cerca de 20 minutos.
— Ótimo. Obrigada. Veja você, então.
Eu espero. E, como eu espero. E não tão pacientemente, eu
poderia acrescentar. Estou oscilando entre duas opções horríveis, estar
em negrito com Nash ou me mudar para a Sibéria.
Até o momento que eu ouvi a campainha, a Sibéria parecia uma
boa opção.
Eu abro a porta, completamente despreparada para um Nash
como este. Ele deve ter trabalhado até tarde. Ele está vestindo um terno
preto que se encaixa nele com perfeição. Sua gravata vermelha
brilhante está torta e seu cabelo está despenteado, fazendo com que ele
pareça ainda mais com Cash. Ele é como Cash em sonho. Cash com um
pouco mais de Nash.
Por que não pode ser um pouco mais como o outro?
Eu respondo ao meu pensamento.
Porque você iria querer os dois. Assim como você faz agora.
Somente sem quaisquer razões para ficar fora.
Balançando a cabeça, eu passo para trás para permitir que ele
entre. Ele caminha preguiçosamente para o sofá e senta como ele está
cansado. Eu sento na outra extremidade do sofá, de frente para ele.
— Dia difícil?
Ele abana a cabeça para trás e para frente.
— Sim, algumas partes.
Eu engulo em seco.
— Eu sinto muito por chamar tão tarde.
— Não tem problema. Eu ainda estava em pé. Além disso, eu lhe
disse para ligar se precisasse de alguma coisa.
Eu fico olhando para ele, o rosto que parece tão familiar para mim
agora. Parece estranho que eu possa ligá-lo a personalidade de Nash, no
entanto. Para não sentir o calor intenso de Cash proveniente de trás
daqueles olhos cintilantes da meia-noite.
Ele levanta as sobrancelhas em questão, quando eu não falo.
— Então, o que há?
Eu nunca poderia saber o que aconteceu comigo. Um segundo eu
estou me perguntando o que diabos eu estou fazendo. O próximo que
eu estou deixando escapar esmos embaraçosos.
— Nash, o que você quer de mim?
Se eu não estivesse tão chocada com o que acabou de sair da
minha boca, eu provavelmente acharia que sua expressão era cômica.
Como é eu estou morrendo um pouco por dentro.
— O que?
Eu fui para perto dele, colocando minha mão em seu braço para
dar ênfase.
— Você me quer?
— Eu acho que nós já estabelecemos a resposta para isso. Que
história é essa, Olivia?
Eu estou debatendo. Eu vou admitir isso. E o meu plano nunca
foi mesmo uma premeditação, muito menos um plano. Então, eu
improvisei. Que, nesse caso, se traduz em praticamente agredir Nash.
Inclinando-me para frente, eu pressiono meus lábios nos dele.
Eu não sei quem é o mais chocado de nós, Nash ou eu. Na primeira, os
lábios estão congelados por baixo dos meus. Se possível, eu acho que a
minha humilhação sobe. Mas então, ele me empurra para trás como se
tivesse sido queimado.
Nash me agarra pelos braços, os dedos cavando a carne tenra, e
ele me olha diretamente nos olhos. Por alguns segundos, eu poderia
jurar que eu vejo mágoa e raiva. No entanto, isso não faz sentido. Mas
então, quando eu pisco, foi embora, me fazendo perguntar se eu tinha
imaginado completamente.
A curva de seus lábios era cruel.
— Então é assim que é. — Diz ele enigmaticamente. Eu tento me
puxar fora de seu alcance, os dedos estão realmente começando a doer.
Mas ele não vai me deixar ir. Puxando-me em seu colo, ele segura meu
rosto. — É isso que você quer?
Antes que eu possa responder, seus lábios estão esmagando os
meus. Eles não são gentis. Eles não são apaixonados. Eles não são nem
mesmo sexuais. Eles estão me punindo com raiva e... frio.
Estou encolhendo longe dele quando sua língua abre caminho
pelos meus lábios. Sua boca esta amassada com tanta força contra a
minha que por um segundo eu acho que sinto gosto de sangue. Em
seguida, o sabor se mistura com algo salgado. É então que eu percebo
que eu estou chorando.
Nash se afasta de mim, abrindo a boca como se a perseguir-me,
mas ele para em choque. Eu acho que ele vê que eu estou chorando e o
Nash que eu achava que conhecia, assume.
Seu rosto suaviza e, carinhosamente, ele levanta uma mão e
enxuga as lágrimas da minha bochecha esquerda. Eu sinto meu queixo
tremer. Eu quero que ele ainda fique, mas a maldita coisa
completamente me ignora.
— Eu machuquei você? — Ele sussurra, espalhando beijos
minúsculos sobre meus lábios e bochechas. — Sinto muito, querida.
— Eu sinto muito. — Eu sussurro. — Eu não deveria ter feito
isso. Eu sei que você está com a Marissa. Eu não sei o que deu em mim.
Nash se inclina para trás e olha para mim.
— Eu sou o que você quer?
Eu não sei o que dizer sobre isso. Devo admitir que eu faço?
Estou mesmo certa que eu ainda me sinto assim?
Cash deriva pela minha mente.
Como se sentindo a direção que meus pensamentos tomaram,
Nash pergunta.
— E o meu irmão? Eu pensei... Quer dizer, eu sei que ele passou
o fim de semana em Salt Springs.
Eu tinha esquecido que Cash obteve as direções com Nash. Se
possível, eu estou ainda mais humilhada. Sem dúvida, ele acha que eu
sou uma prostituta enorme agora.
Antes que eu possa responder, Nash continua.
— Ou eu estava lá, também? — Ele escova seus lábios sobre os
meus. — Você achava que eram os meus lábios quando ele beijou você?
— Leve como uma pena, ele passa a mão na parte de fora da minha
coxa e volta-se novamente, apertando o meu quadril. — Você gostaria
que fosse eu tocando em você? Como fiz a noite que eu vim para o seu
quarto?
Eu suspiro em choque.
Oh meu Deus! Foi Nash!
Eu começo a me inclinar para trás e falar, mas seus lábios pegam
os meus rapidamente persuadindo. A sensação afoga o pensamento
quando eu sinto sua respiração em minha boca.
— Você ainda me quer? Porque se você fizer isso, eu sou todo seu.
— Com isso, ele aprofunda o beijo, sua língua lambendo ao longo da
minha, a mão livre passando em toda a minha cintura e estômago.
Calafrios espalham por mim. Seu toque é tão parecido com Cash.
Cash...
Eu empurro contra o peito de Nash. Ele se move para trás com
facilidade, não me dando nenhuma resistência.
Ele olha nos meus olhos. Nenhum de nós diz uma palavra.
Ele balança a cabeça e curva seus lábios em um sorriso de
aceitação, em vez de humor.
— Boa noite, Olivia.
Ele não se move imediatamente. Ele só me olha.
Eventualmente, eu aceno e deslizo fora de seu colo, ficando de pé.
Eu o levo até a porta e a abro. Ele se vira como se quisesse dizer alguma
coisa, mas muda de ideia. Eu vejo quando ele desaparece na escuridão,
e não olha para trás, para mim.
********
Não é à toa que eu fiquei praticamente sem dormir. Entre
descobrir que eu dormi com Nash, me sentindo pior e pior por me fazer
uma tola completa e absoluta com ele ontem à noite e agora a situação
em que me encontro, faltando em minhas aulas de segunda-feira e indo
me encontrar com Cash. Eu não sei por que eu sinto a necessidade de
ir até ele, talvez seja um sentimento que eu tenha de alguma forma, o
traído. Eu não sei. Mas eu me encontro atraída para ele por algum
motivo. Eu não questionei. Eu apenas vou.
Sei que ele está pelo menos acordado, porque eu vi o meu carro
estacionado no meio-fio, quando eu olhei para fora da janela, esta
manhã. Minhas chaves estavam em um envelope na caixa de correio.
A primeira vez que vim ao Dual durante o dia, Cash estava me
esperando, assim que a porta da frente estava destrancada. Gostaria de
saber se esse era o caso o tempo todo.
Evidentemente que não, eu pensei quando puxei ambas as portas
e estavam trancadas. E eu não precisava de uma chave porque Cash
sempre abria e fechava. Quero dizer, por que não? Ele vive atrás do bar
pelo amor de Deus.
Eu ando ao redor do edifício. Tenho certeza de que há pelo menos
uma porta em volta, de alguma forma para tirar o lixo e para que Cash
entre e saia de onde quer que ele estacione a motocicleta dele.
Um dos lados do edifício não tinha porta, para que eu continue ao
redor. Como eu suspeitava, há uma porta na parte de trás. Ela deságua
no beco onde há uma enorme lata de lixo contra a parede oposta.
Infelizmente, a porta traseira está bloqueada, também.
Eu continuo andando, ao redor para o outro lado do prédio, esperando
por outra porta. Há uma porta na lateral. Uma grande.
Parece que Cash converteu um canto de trás do clube em um
apartamento com garagem. Eu posso dizer pela natureza do tipo de
rolamento da porta do compartimento. Isso e o fato de que está aberta e
sua moto está estacionada dentro. Isto está tipo morto.
Eu fico um pouco confusa, no entanto, quando eu vejo o carro de
Nash estacionado dentro também. Ou pelo menos é um veículo que
parece com o carro de Nash.
Meu estômago torce em um nó nervoso. Eu sei que eles não são
exatamente próximos, mas isso não significa que eles não iriam discutir
sobre mim. Quero dizer, eles têm muito em comum comigo! Ainda mais
após os últimos acontecimentos.
Eu sinto um pouco de náusea. Estou debatendo correr de volta
para o meu carro quando a porta se abre e Cash sai do interior. Ele não
me vê quando ele se vira imediatamente para trancar a porta atrás dele.
Ele também está no telefone, que ele enfia contra seu ombro, quando
ele puxa a porta para trancá-la.
Eu não posso deixar de ouvir o seu fim da conversa.
— Marissa, eu disse que eu tinha reuniões o fim de semana. Não
havia nenhuma maneira para eu fazer isso. Eu não tive...
Ele para morto quando ele se vira e me vê à beira da porta.
Tenho certeza que minha boca está entreaberta e eu provavelmente
deixo aparecer cada bit de confusão que eu sinto.
Uma pergunta está sendo executada em um loop através da
minha mente. Porque Cash está conversando com Marissa desse jeito?
Por que Cash fala com Marissa desse jeito?
Nós olhamos um para o outro para o minuto mais longo da minha
vida inteira. A garagem é tão tranquila que eu posso realmente ouvir o
nome que Marissa está repetindo Nash mais e mais e outra vez.
Finalmente, sem tirar os olhos de mim, ele se dirige a ela.
— Eu tenho que ir. Eu te ligo mais tarde. — E ele desliga.
Ele me estuda por tanto tempo que eu começo a pensar que ele
não vai dizer nada para mim. Mas então ele faz.
— Por que você não entra? Nós precisamos conversar.
Meu coração está batendo contra minhas costelas. Duro! Eu
estava esperando qualquer número de explicações lógicas. Talvez ele
estivesse fazendo uma brincadeira. Talvez ele estivesse escondendo
alguma coisa para Nash. Talvez eu entendesse mal alguma coisa. Mas a
maneira como Cash está me observando me faz pensar que algo está
errado, muito errado. E que eu não vou gostar.
Penso em sair. Apenas andar de volta para o meu carro. Esses
caras têm sido problema para mim desde o primeiro dia. Se eu fosse
inteligente, eu me viraria e nunca olharia para trás.
Mas eu sei por que eu não posso. Mesmo que o pensamento corre
pela minha cabeça, o pensamento de nunca mais ver Cash novamente
corta meu peito como uma faca. Eu sinto a dor dela, a devastação
mesmo. A mudança de minha vida ferida. Eu sinto tudo, até o sangue, o
sangue que deve estar absorvendo em minhas roupas.
Concordo com a cabeça uma vez e ando devagar, entorpecida pelo
chão polido para onde ele está segurando a porta agora aberta para
mim.
Eu me sinto como se eu estivesse indo para uma execução.
Do meu coração e da minha confiança talvez.
E isso é muito certo.
Capítulo Trinta
Cash
Meu pulso está acelerado. Apenas o pensamento de vir limpo, de
dizer a qualquer pessoa todos os meus segredos assusta a merda fora
de mim. Eu não sei por que eu vou dizer a Olivia. Eu só sei que eu vou.
Que tenho que fazer. Eu tenho que confiar nela se eu espero que ela
confie em mim. A coisa é, eu ainda não descobri por que é tão
importante para mim. Por que eu me importo.
Mas eu faço. Um lote inteiro do inferno.
Ela sabe de alguma coisa. Ela parece que está andando na
prancha e há tubarões na água. Eu acho que, de certa forma, existem.
Se alguém pudesse me considerar os tubarões da história da minha
família.
Eu realmente nem sequer vi a bagunça que deixei no meu
apartamento ontem à noite. Quando voltei da casa de Olivia, joguei meu
terno amassado e o deixei no chão antes de eu voltar a me vestir como
eu e sair para fechar o clube. Depois disso, eu tinha caído sobre a
cama, de cara, e dormi como um morto. Até Jake vir batendo na minha
porta, esta manhã, pronto para entregar o carro de Olivia. Essa coisa de
vida dupla é para os pássaros!
E agora estou aqui, me preparando para contar a alguém, uma
garota que eu não conhecia muito tempo em tudo, um profundo,
escuro, mais sujo, mais perigoso segredo. E a única coisa que me
preocupa é se ela vai querer me ver novamente. Como isto não é
loucura?
— Você quer alguma coisa para beber? Eu acabei de fazer café,
por isso ainda está quente.
Ela está olhando ao redor, sem dúvida tentando encaixar as peças
do quebra-cabeça. Mas ela não vai. Nunca em mil anos ela conseguiria.
A menos que eu diga a ela.
— Olivia, sente-se no sofá. Vou trazer um pouco de café. Então,
vamos conversar.
Eu acho que ela precisa mais do que eu, que é dizer muito. Sirvonos uma caneca de café e corro um pouco de água quente na jarra
vazia, definindo-a de volta no mais quente até que eu possa lavá-la mais
tarde. Tomo conta de mim mesmo por tanto tempo. Que algumas coisas
de limpeza vêm naturalmente apenas neste ponto.
Eu entrego-lhe uma caneca e sento na cadeira em frente a ela.
Eu não quero que ela se tumultue e faça com que estou prestes a dizer
pior. Ela provavelmente vai precisar de um pouco de espaço, uma
pequena distância depois que ela ouvir.
Surpreende-me, quando ela fala primeiro. Eu não sei por que
seria, no entanto. Sua espinha dorsal é, obviamente, muito resistente.
Ela só não aproveita sempre. Mas quando ela precisa, está lá.
Como agora.
— Eu não gosto de jogos. Eu não gosto de mentiras. Apenas me
diga o que está acontecendo. A verdade.
Seu rosto está definido. Ela se preparou. Eu acho que se há um
bom tempo para soltar uma bomba como essa, provavelmente é agora.
— Tudo que eu peço é que você me dê uma chance para explicar
completamente. Não saia correndo sem ouvir toda a história.
Concorda?
Ela não concorda imediatamente, o que me deixa um pouco
nervoso. Mas quando ela faz, eu sei que significa.
— De acordo.
Pergunto-me por um segundo se devo ou não dizer a ela que
repetindo o que ela está prestes a ouvir seria desastroso, mas eu decido
contra isso. É como implicar logo de cara que eu não confio nela, o que
eu faço. É só que eu nunca confiei em ninguém com isso antes. Eu
tenho certeza que é natural ser um pouco desconfiado.
— Eu sou Cash.
Olivia apenas me olha por alguns segundos. Eu só posso imaginar
como a sua mente deve estar girando.
— Eu sei disso. — Diz ela com calma. — Mas eu quero saber por
que você estava agindo como Nash?
— Porque eu sou Nash, também.
Seu olhar vazio diz que eu fui totalmente confuso para ela,
confundi totalmente sua mente.
— O que é que isso quer dizer?
Eu sei que ela nunca vai ser plenamente capaz de entender o que
está acontecendo a menos que eu explique a ela desde o início.
Aqui vai.
— Meu pai se envolveu com algumas pessoas muito
desagradáveis ... quando era mais jovem, tentando fazer algum dinheiro
extra para ajudar a sustentar sua família. Eles eram muito pobres.
Mas tudo isso foi antes de conhecer minha mãe. — Eu ri amargamente.
— Acontece que uma vez que você esteve conectado com pessoas assim,
você nunca pode realmente escapar. Eu acho que, em algum nível, ele
sabia disso. Mas ele tentou de qualquer maneira. E quando o fez, eles
decidiram mostrar que os deixar era uma má ideia. Estas pessoas fazem
seus pontos verdadeiramente... de maneiras inesquecíveis. Desta vez foi
mexer com o barco do meu pai.
Olivia está me observando de perto, ouvindo. Eu não tenho ideia
se ela acredita em uma palavra do que estou dizendo, mas eu não vou
parar agora. Vou contar-lhe a história toda. Agora. Não há mais
segredos.
— Nós estávamos saindo em férias com a família. Durante as
férias de Natal. Apenas uma curta viagem, realmente. Minha mãe e meu
irmão tinham saído um pouco cedo para comprar alguns suprimentos.
Houve uma explosão. Eles foram mortos. E queimaram no fogo.
Seu rosto não mostrava nenhum sinal de qualquer tipo de reação
por pelo menos dois minutos. Eu não digo uma palavra enquanto ela
digere o que eu disse a ela até agora. Eu posso dizer no instante em que
afundou dentro dela cada bit de cor escorre de seu rosto.
— Foi o seu irmão gêmeo? Ele realmente chamava Nash?
— Sim.
Eu a ouço exalar. A respiração é precária, assim como as mãos
onde ela está pegando em suas unhas.
— Então, existia um Nash, mas eu nunca o conheci — Afirma
calmamente. Talvez um pouco calma demais.
— Correto.
— Então todo esse tempo, você estava fingindo ser seu irmão.
— Correto.
— Por quê?
— O pessoal com quem meu pai estava envolvido tinha criado
várias coisas que lançariam suspeitas sobre ele. Ligaram para ele com
uma advertência direta antes de explodir o barco. Disseram que se ele
tentasse abandoná-los, eles matariam todos que ele amava. Na época,
eles não perceberam que mamãe e Nash estavam no barco.
— Tentamos entrar em contato com minha mãe, mas não
conseguimos. No momento em que cheguei lá, o barco já estava todo em
pedaços sobre a baía. Não só nós dois tivemos de lidar com o
assassinato da mamãe e do Nash, mas nós dois sabíamos que ele iria
para a prisão, no mínimo, por algo como homicídio por negligência. E é
só adicionar a sentença se houvesse duas mortes pesando sobre ele.
Foi quando eu decidi ser nós dois. Se Nash tivesse sobrevivido, o pai só
seria supostamente culpado por um assassinato. Não havia muito que
eu pudesse fazer, mas pensei que eu poderia fazer muito aquilo. E eu
fiz. Eu acho que de uma maneira nós tivemos sorte que apenas alguns
dos restos mortais de minha mãe sobreviveram ao fogo.
— E isso foi há quanto tempo?
— Sete anos atrás. Dezembro do último ano do ensino médio.
Ela olhou desconfiada. Incrédula, também, mas principalmente
suspeita.
— E ninguém mais sabia? Como isso é possível?
Eu sei que minha risada é amarga. Ela vai apreciar esta parte.
— Você estava certa sobre mim. Eu era sempre o bad boy, o
rebelde. Eu deixei a escola depois do meu primeiro ano. Eu queria
administrar esse clube que meu pai acabara de comprar e eu sabia que
não precisava de um diploma para isso.
Ela levanta as sobrancelhas.
— Este clube?
Concordo com a cabeça.
— Nash sempre foi o corte limpo, atleta, tipo de estudante de
honra. Ele estava circulando e todo mundo na família sabia. Inferno
todos, que o conheciam sabia. Eles nunca suspeitaram por um segundo
que era eu indo para as aulas em seu lugar. Tirando notas. Recebendo
diploma. Indo para a faculdade. Ninguém esperava muita coisa de mim.
Bem, nada, mas uma vida de quase crime, como meu pai. Tudo o que
eu tinha que fazer era aparecer em uma festa de vez em quando e
mostrar minha bunda para que as pessoas não se esquecessem de que
eu estava vivo, também, em seguida, o foco seria voltar para Nash. Era
fácil. As pessoas queriam me esquecer.
Eu não posso manter toda a amargura que eu enterrei por tanto
tempo fora de minha voz. É quase como se eu quisesse que ela visse
que ela sentisse. Assim como se ela souber, de alguma forma torna
menos doloroso. Eu não sei por que isso acontece que é sobre uma
garota que faz a diferença, mas instintivamente eu sei que faz. Ela faz.
— Então todo esse tempo, você está levando duas vidas
separadas. Mentindo para todo mundo. Incluindo a polícia.
Meu estômago está vazio com suas palavras.
— Sim.
De toda a dor que eu já suportei, eu acho que o que realmente dói
mais é o desgosto que vejo em seu rosto.
— Por quê? Como? Como você pôde fazer isso? Para os vivos, mas
também para a memória dos mortos?
Eu me sinto cansado. Tão cansado. De repente, o número de
vítimas desta vida e o engano de que se sente como um trem de carga
sentado no meu peito.
— Eu perdi tudo naquela explosão. Todo mundo que eu já amei
foi tirado de mim. Tudo o que eu chamava de “ casa” se foi num piscar
de olhos. Eu pensei que o mínimo que eu podia fazer era trazer algum
tipo de honra de sua memória.
— Isto é como você honra a sua memória?
Eu aperto a ponte do meu nariz, desejando que poder reduzir o
pulsar aumentando que eu sinto por trás de meus olhos.
— É meio difícil de explicar. Ambos os meus pais não queriam
nada mais para Nash e para mim do que fazer algo por nós mesmos.
Qualquer coisa teria sido melhor do que seguir os passos de nosso pai.
E Nash foi brilhante. Ele tinha muito pela frente. Portanto, muito mais
do que eu. Simplesmente não parecia certo que ele seria o único a
acabar morto. Eu fiz o melhor que pude para fazer meus pais
orgulhosos e dar a Nash o nome e a reputação que ele merecia. Que ele
teria tido se estivesse vivo.
Olivia está absolutamente silenciosa. Isso me preocupa se não
para o olhar de compreensão simpático que eu podia ver subindo em
seus olhos, em seu rosto expressivo. Como suave e de bom coração,
como ela é, talvez seja capaz de entender o meu raciocínio. Eu só tenho
que ter certeza de explicar tudo para ela. Em profundidade.
— Em cima disso, eu sabia que se eu conseguisse uma graduação
em direito, poderia haver uma chance de que pudesse fazer algo para
ajudar o meu pai.
Ela regalia até nisso. Eu não estou surpreso com tudo o que
Olívia é o tipo de raiz para o oprimido, para sentir a necessidade de
encontrar a justiça, esse tipo de coisa. Ela é uma boa pessoa. Muito
melhor do que eu mereço. Nash seria digno dela. Mas eu não.
E eu ainda não consigo me fazer ficar longe dela.
— Você realmente acha que pode mudar as coisas? Fazer a
diferença?
Eu dou de ombros.
— Eu não sei, mas eu certamente estou olhando por ele. É uma
das maiores razões que eu queria entrar em um grande escritório de
advocacia, poderoso, como do seu tio.
— Será que eles sabem? — Ela perguntou. — Sobre o seu pai, eu
quero dizer?
— Sim. Isso não é algo que eu pensei que eu poderia manter em
segredo, fui honesto com algumas pessoas selecionadas sobre isso. E
eles sabem que eu estou trabalhando, que eu quero ajudá-lo a ganhar
um recurso. Eu tenho sido capaz de obter algumas dicas incríveis,
observando alguns dos parceiros e estar envolvido lá.
Olivia balança a cabeça, mas não diz nada pelo que parece uma
eternidade. Mas quando o faz, vale muito a pena a espera.
Ela está olhando para seus dedos, seja porque ela não quer que
eu veja que ela se preocupa ou porque ela ainda não tem certeza que ela
o faz. Mas sinto um alívio tão profundo, eu não preciso ver seus olhos.
Suas palavras dizem tudo.
— É perigoso?
Eu sorrio.
— Não, eu não penso assim. Meu pai ficou em silêncio o tempo
todo. Espero que ele saia fora de seu radar.
— Manteve silêncio?
Faço uma pausa. E depois há esta parte.
— Uh, sim. Ele estava, hum, muito desesperado para fugir e ele
escolheu um caminho... desaconselhável para tentar recuperar a sua
liberdade.
— E que caminho desaconselhável foi?
Eu exalei alto.
— Chantagem.
Sua boca cai aberta em descrédito.
— Seu pai tentou chantagear a máfia? Ele nunca viu O Poderoso
Chefão?
Eu não posso deixar de rir.
— Eu não acho que é bem assim a realidade das coisas, mas sim,
foi muito estúpido. O que ele fez. — Eu sinto uma dor familiar e antiga
irradiar no meu peito. — Ele pagou caro por seu erro. Todos nós.
— Qual foi à chantagem? Ou não devo perguntar coisas como
essa?
Ela está curiosa, sim, mas eu posso ver pelo seu rosto, ela está
cautelosa e curiosa.
— Ele levou um par de livros. Livros contábeis. Livros caixa.
Olivia suspirou e cobriu a boca com as duas mãos.
— Puta merda. — A ouvi dizer por trás delas. Seus olhos de
esmeralda estão largos com descrença. — Oh meu Deus, é como nos
filmes! Será que ele os entregou a alguém?
Eu balancei minha cabeça bruscamente.
— Não! Isso era parte de sua ameaça. Se ele fosse dar para a
polícia, estaríamos todos mortos.
— Então, o que você está tentando fazer para ajudá-lo?
— Bem, eu finalmente convenci o pai de Marissa para assumir o
caso, para que eu possa dar uma olhada em todos os arquivos.
Infelizmente, a evidência é muito condenável.
Ela escorregou até a borda de seu assento.
— Bem, você tem outro plano? Não há outra coisa que você possa
fazer, alguma outra via que você pode percorrer?
Eu limpo minha garganta.
— Na verdade, eu acho que pode haver. Mas é perigoso.
Provavelmente muito perigoso.
Ela estreita os olhos.
— O que é isso?
Eu paro e penso antes de continuar. Esta é a única parte que
pode realmente representar uma ameaça para ela, embora apenas saber
sobre isso não deva ser perigoso. Mas ainda...
— Eu tenho os livros que ele pegou.
As sobrancelhas dela se levantam e seus olhos ficam arregalados.
— Você está brincando comigo? Você tem os livros que são tão
importante, tão perigosos que alguém explodiu o barco de seu pai para
mantê-lo quieto?
Mesmo estando sozinhos, eu ainda sou paranoico. Eu luto contra
o impulso de olhar por cima do meu ombro.
— Sim. — Eu disse calmamente. — Eu o fiz me dar antes dele ser
preso. Eu prometi que ia mantê-los escondidos. E seguros. Mesmo que
eles não sejam o que o colocou em apuros, em primeiro lugar, eles são o
que o mantém vivo. Enquanto eles souberem que estão lá fora, estamos
seguros.
— E você acha que pode usá-los para... o quê?
— Eu realmente não iria te dizer o que você estava olhando, mas
eu ia te pedir para olhar os livros. Estudei-os por horas incontáveis ao
longo dos últimos meses e eu acho que há alguma evidência lá que
poderia colocar alguns dos mais altos escalões longes. Se o que eu
suspeito é verdade, esses livros provariam evasão fiscal. Juntamente
com vários outros crimes que meu pai sabe que eles são culpados, não
menos do que o assassinato de meu irmão e minha mãe, poderia provar
extorsão e eles poderiam ser processados sob a lei contra o crime
organizado.
Ela está perfeitamente tranquila por muito tempo eu me pergunto
se ela ainda entendeu o que eu disse.
Mas quando ela finalmente diz algo, eu sei que uma parte golpeou
mais duro.
É a parte que me faz parecer o bastardo que a maioria das
pessoas sempre pensou que eu fosse.
Capítulo Trinta e Um
Olivia
É a coisa mais bizarra e surreal estar olhando para o cara que eu
conheço como Cash e de repente ver Nash aparecer. O cabelo
despenteado é ainda todo de Cash. As roupas casuais ainda são todas
de Cash. Algumas das maneiras ainda todas de Cash. Mas o discurso, a
mudança repentina para inteligente, bem sucedido, prestes a ser o
modo de advogado, é tudo Nash. E é impressionante.
Mas não tão cambaleante quanto a sua admissão involuntária.
Eu falo baixinho, tentando manter a calma.
— Então o que você está dizendo é que ia me envolver em algo
que poderia me matar, mesmo sem me dizer? Sem dar-me tanto como
uma cabeça do que se passa? — Eu fico de pé. Eu não posso me conter.
A raiva está pulsando através de mim como spray de uma mangueira de
incêndio, e não posso ficar sentada. Se eu fizer, eu poderia explodir. —
Sem me dar uma escolha?
Pelo menos Cash tem a decência de parecer embaraçado.
Envergonhado. Contrito.
— Eu tenho certeza que é o que parece, mas eu juro para você, eu
nunca iria colocá-la em perigo. Eu só queria que visse os números,
olhasse o código tributário. Dar-me a sua opinião. Eu ia dizer que eles
eram outro negócio que eu estava pensando em comprar. Eu sabia que
podia confiar em você para não dizer nada, se eu estiver certo e houver
violações graves. Se eu tivesse contratado um CPA, eles poderiam se
sentir obrigados a tentar obter o nome da empresa e entregá-los ou algo
louco assim.
Mesmo que isso fizesse parecer muito menos horrível, eu ainda
estou tendo problemas em passar minha raiva. No fundo, porém, eu sei
que tem mais a ver com ser enganada do que qualquer outra coisa.
Estranhamente, o resto tudo soa como coisas que eu poderia lidar,
embora com algum licor, um sedativo e um tempo para pensar, mas
ainda assim, eu poderia controlar.
Mas isso, mentindo... Eu sempre odiei mentirosos e ser enganada
mais do que qualquer outra coisa. Para mim, sempre foi o único pecado
verdadeiramente imperdoável.
Cash poderia ser a primeira exceção? Ou será que feriu para
sempre o que há entre nós?
— Olivia, por favor, entenda que eu nunca, nunca...
Eu levantei a minha mão para detê-lo.
— Pare. Por favor, não diga mais nada. Eu acho que eu já ouvi o
suficiente por um dia. Talvez para o resto da minha vida. Eu não sei até
que eu tenha algum tempo para pensar.
Ele parece derrotado. Não muito preocupado, como se ele
estivesse com medo que eu poderia dizer a alguém, apenas derrotado.
Como se ele tivesse tido a chance e saiu pela culatra. Eu abafo uma
pequena pontada de culpa por atropelar suas tentativas de jogar limpo.
Eu não posso me dar ao luxo de sentir ternura por ele agora. Eu preciso
ser prática e racional. Fria. Sem emoção.
Eu finjo que olho dentro de minha bolsa. Eu não posso encontrar
seus olhos. Ou vou desmoronar. Eu sei que vou.
— Obrigada por arrumar meu carro e por levá-lo. Eu vou pagar de
volta. — Eu começo a avançar em direção a porta. Correr só vai me
fazer parecer uma covarde, apesar de que é o que eu realmente gostaria
de fazer. Longe e rápido.
Cash não disse nada. Eu não olho para cima até que eu estou de
frente para a porta e ele está à minha esquerda. Faço uma pausa,
pensando que eu provavelmente deveria dizer alguma coisa, mas não
tenho ideia do que.
Eu abro a porta e saio. Eu não olho para trás, mas posso sentir
os olhos de Cash me seguindo até eu desaparecer ao virar a esquina.
********
Eu nunca fui do tipo de faltar muito às aulas. Um dia aqui e ali,
talvez, mas nada substancial. Até agora.
A manhã de terça não traz a paz que eu pensava que traria. Na
verdade, dormi muito pouco de novo, e a magnitude dos meus
pensamentos perturbadores, me faz sentir quase fisicamente doente.
Meu estômago literalmente vira quando vejo as flores que Nash me
deixou.
—Cash. — Digo em voz alta, corrigindo-me pela centésima vez.
Como eu fiz a maioria de ontem até tarde da noite, eu revivi a
humilhação do que aconteceu com Cash quando eu achava que ele era
Nash. As coisas que eu disse para ele, a forma como eu agi, as coisas
que fizemos. Ou quase fizemos. A maneira como eu me torturava sobre
quem surgiu no meu quarto naquela noite.
Eu balanço entre a raiva e a mortificação depois volta para a
raiva.
Como ele pôde fazer isso comigo? Como ele poderia fazer isso para
todos?
Eu vou para a cozinha para fazer o café. Como eu passo por meu
telefone, eu vejo a luz da tela para cima. Eu tinha colocado no modo de
vibração e o deixei aqui na noite passada porque eu não queria ser
tentada a atender. O nome aparecendo era de Cash.
Eu me pergunto se ele nunca vai usar o telefone de Nash quando
ele me ligar de novo?
Curso de amargura passou através de mim. É tão grosso que eu
posso quase sentir o gosto. Ignorando a chamada, tal como eu fiz com a
outra meia dúzia de chamadas dele, eu continuo caminhando para a
cozinha.
Enquanto eu tomo um gole de café na sala de estar, eu tento
pensar em outras coisas, mas todas elas levam de volta para a questão
mais importante na minha vida. Cash.
Como ele se tornou um tema central? Quando eu fiquei tão
profundamente envolvida? Como tinha acontecido sem meu
conhecimento?
A resposta? Ele não o fez. Eu sabia que iria me apaixonar por ele.
Eu menti para mim mesma apenas o suficiente para suavizar o golpe no
momento, mas eu sabia que ia acabar assim. É a história da minha
vida.
Outra onda de raiva. E amargura.
Então desejo. E a solidão.
E raiva de novo. Cash não podia me deixar chegar tão perto. Para
me enrolar, como uma aranha em sua teia.
Sua teia de mentiras!
Pelo menos não há lágrimas. Eu sou grata por isso. As lágrimas
esgotaram. A raiva é como combustível de foguete. Talvez eu não chore,
porque a bola está do meu lado. Porque eu sei que tudo que tenho a
fazer é pegar o telefone, retornar uma das muitas mensagens que ele
me deixou, e podemos estar juntos novamente. Pelo menos por um
tempo.
Em uma teia de mentiras diferente. Em um relacionamento sem
futuro.
Capítulo Trinta e Dois
Cash
Apertei o botão vermelho END no telefone. A própria palavra
zomba de mim. Será que eu realmente destruí qualquer chance de estar
com Olivia? Eu me importo se eu tenho?
As respostas são: Eu não sei e sim. Nesta ordem.
Só espero que jogar limpo com ela tenha sido a decisão certa. Eu
pensei que alguém como Olivia apreciaria o gesto, o significado do que
eu fiz no final. Mas talvez eu estivesse errado. Eu realmente nunca tive
sentimentos por uma garota como ela. Inferno, eu realmente nunca tive
sentimentos por qualquer outra garota. Não como isso de qualquer
maneira.
Eu resisto ao impulso de jogar meu telefone através do quarto. O
próximo passo é dela. É sua escolha. Eu só vou ter que aceitar isso e ir
junto com sua decisão. Porque eu não vou implorar. Eu não vou pedir
nada para uma fêmea.
Eu só não vou.
Capítulo Trinta e Três
Olivia
Terça-feira derrete na quarta-feira. Raiva e amargura se tornam
depressão e devastação. De certa forma, Cash realmente era o cara
perfeito. Eu queria que ele fosse mais como Nash, quando, na realidade,
ele era Nash. Ele voltou à sua vida e fez algo de si mesmo por seu
irmão, por seu pai. Por sua família. Ele é a mistura perfeita de bad boy
e adulto, bem sucedido. Ele é tudo que eu sempre quis e tudo que eu
sempre precisei. Tudo embrulhado em um pacote, lindo e sexy. Mas
está tudo embrulhado em mentiras, enganos e perigo.
Se isso não é um chute na bunda, eu não sei o que é.
Capítulo Trinta e Quatro
Cash
Eu acho que eles estão certos quando dizem. Nunca diga nunca.
Eu disse que nunca iria pedir. Isso é ridículo. É só quarta-feira e já
perdi a conta de quantas vezes chamei Olivia. Eu deveria estar
envergonhado.
Mas eu não estou.
Estou desesperado. Mais e mais a cada dia. Estou desesperado
para não perdê-la. Mas eu não sei o que fazer a seguir. Eu gostaria de ir
para a casa dela e forçá-la a falar comigo. Neste ponto, eu não consigo
pensar em nada que eu não faria para ela. Para vê-la. Para falar com
ela. Para tocá-la e saboreá-la novamente.
Ai caramba, isso não é bom!
Capítulo Trinta e Cinco
Olivia
Quarta-feira torna-se quinta-feira. Meu telefone está iluminando
com mais frequência. Eu o mantenho perto para que eu possa ver se é
uma ligação de papai. Nunca é. Toda vez que eu ligo para vê-lo, ele me
garante que ele está bem e promete que vai ligar se ele precisar de
alguma coisa. Mas ele nunca faz.
Talvez eu deva ir para casa por um tempo. Dar uma pausa na
escola. Da vida. Da mágoa. De Cash.
Eu só tenho mais alguns dias até que Marissa chegue em casa de
qualquer maneira. E então o que vai acontecer? Será que “ Nash” ainda
será uma parte de sua vida? Será que ele ainda vai visitá-la? E abraçála e beijá-la? Será que ele vai dizer que a ama? Ele já planeja um futuro
com ela? Será que ele vai?
Esses pensamentos sempre me enviam em uma pirueta. Por um
lado, eu sabia que “ Nash” provavelmente já dormiu com ela. Quero
dizer, eles estavam namorando. É claro que eles estavam fazendo sexo.
Mas eu pensei que Cash fosse livre. Eu pensei que ele estava na minha.
Tudo sobre mim. Pelo menos por enquanto. Como um cara que gosta de
uma garota específica. Mas era tudo uma mentira.
Foi tudo uma mentira.
Não foi?
Capítulo Trinta e Seis
Cash
Eu tomo as voltas familiares que levam à prisão. Eu estou em
meu juízo final. A única coisa que eu posso fazer, sem ir rastejar atrás
de Olivia, é ir falar com meu pai. Tornou-se evidente para mim um par
de dias atrás, que eu não sei o que diabos eu estou fazendo. Eu espero
que ele tenha um bom conselho, algumas boas sugestões. Eu preciso de
toda a ajuda que puder conseguir. E só há uma pessoa, que não seja
Olivia, em todo o planeta que sabe o que está acontecendo.
Eu gravei o horário de visitas há anos na memória. Eu vim para
visitar meu pai, tanto como Cash quanto como Nash. Eu nunca tentei
esconder o meu passado e o passado da minha família da alta
sociedade de Atlanta. Eu apenas tentei participar nela de uma maneira
completamente diferente, como Nash.
Como Nash, eu estava sempre abordando a partir de um ponto de
vista legal, como era meu dever para tentar ajudar o meu pai,
aprendendo e fazendo o que eu podia legalmente.
Como Cash, eu nunca fiz nada. Eu tomei a única coisa que ele me
deixou, o Dual que foi comprado com dinheiro questionável de pessoas
questionáveis, e eu o transformei em um estabelecimento de sucesso
respeitável. Algo que um garoto sem um diploma do ensino médio
poderia fazer. Algo que as pessoas esperariam que uma pessoa como eu
estivesse envolvida. Joguei Cash para o osso.
Mas em algum lugar ao longo do caminho, eu me tornei outra
coisa. Algo diferente. Algum tipo de híbrido. Não estou satisfeito sendo o
Cash derrotado. Pelo menos, não apenas Cash o perdedor. Eu gosto de
ser respeitado e ser respeitável. Gosto de ser olhado como se eu fosse
algo de valor e como minha opinião é importante. Eu gosto que as
outras pessoas saibam que eu sou inteligente, sem ter de tentar
convencê-los. E, depois, não. Eu gosto de ser o vencedor que meu irmão
seria.
Só que eu não sou o meu irmão. Eu sou um vencedor tudo por
minha conta. Sim, sua morte me deu outra chance na vida, mas eu
realizei todas essas coisas por conta própria.
E eu sou a única pessoa que sempre vai saber. Exceto meu pai.
E Olivia.
Os guardas me guiaram até o portão eu fui revistado, preenchi os
espaços em branco e assinei o meu nome, a identificação do nome e
número do prisioneiro que eu estou aqui para ver. Depois que eu
termino, eles me levam para a sala familiar com uma longa mesa de
corte ao meio por uma parede de vidro. É dividido periodicamente por
divisórias que criam cubículos minúsculos. Elas são projetadas para
dar a ilusão de privacidade. Mas aqui, não há privacidade. Eu não
tenho nenhuma dúvida de que tudo que eu digo no telefone anódino
preto é gravado e armazenado em algum lugar. Felizmente, o meu pai é
inocente. E qualquer outra coisa que falamos, podemos fazer vagamente
o suficiente para que ninguém pudesse suspeitar que estamos
discutindo.
Como hoje, quando os guardas o trazem e ele me cumprimenta.
Ele sorri.
— Então, quem está me visitando hoje? Cash ou Nash? Eu não
posso dizer pelas roupas.
Olho para a minha roupa às pressas. Eu acho que, pelo menos
para mim, é muito meio a meio. Calça jeans preta e uma camisa
listrada de rugby. É algo que Cash ou Nash poderiam usar. Ou que
nenhum deles iria usar. Eu não tenho certeza de qual. Eu nem me
lembro de comprar a camisa.
— Será que isso importa? — Falo secamente.
Ele sorri novamente. Seus olhos procuram o meu rosto, como faz
cada vez que eu o visito. Como se ele estivesse procurando por sinais de
mudança e idade. Ou sofrimento. Quando desaparece seu sorriso, eu
sei que hoje ele encontrou alguns.
Ele senta-se um pouco mais reto, seus olhos se tornando nítidos.
Consciente. Vigilante.
— O que há de errado? O que aconteceu?
— Eu conheci uma garota.
Uma carranca treme em seu rosto, um rosto que a maioria das
pessoas dizia que se parece muito com uma versão mais antiga do meu
próprio, mas em seguida, ele alisa e curva seus lábios em um sorriso
muito satisfeito.
— Bem, já era tempo. Eu vou ser condenado. — Ele senta-se para
trás e bate a mão na mesa. Ele está realmente feliz por mim. Bem, pelo
menos até eu dizer-lhe o resto. Isso pode mudar o tom.
— Eu disse a ela, pai. — Eu disse impassível.
Ele parece um pouco confuso por um segundo antes dele perceber
tudo que está englobado nessa declaração coberta.
— Há quanto tempo você conhece essa garota?
Eu começo a abanar a cabeça. Eu sei onde ele está indo. Sempre
desconfiado.
— Pai, isso não importa. Eu precisava contar a ela. Eu me
preocupo com ela. E eu confio nela. Além disso, eu pensei que talvez
pudesse ajudar.
— Trazê-la para tudo isso, não soa como você se importa com ela.
— Eu tinha trabalhado para mantê-la segura. Eu não poderia
colocá-la em perigo.
— Você a colocou em perigo. Você é meu filho. Você está nisto
quer você goste ou não. E eu sinto muito por isso. Mais triste do que
você jamais saberá, mas o que está feito está feito. Para o resto da
minha vida, você vai ter que ter cuidado com quem você deixa entrar.
Talvez um dia... quando eu for embora ...
— Eu não vou ficar esperando, pai. Eu não vou deixar você
morrer aqui e eu não vamos colocar a minha vida em espera por causa
de alguns erros que foram cometidos anos atrás. Fomos punidos o
suficiente. É hora de seguir com a vida. Eu acho que eu encontrei uma
maneira de...
— Se matar. Isso é o que você fez. Pare de mexer em coisas que
você não tem nada que mexer, Cash. Eu lhe dei esses itens... como
seguros. Nada mais.
— Bem, eu sinto muito, papai, mas eu estou cansado de deixar
outras pessoas arruinar a minha vida. Eu não posso viver dessa
maneira. Você é tudo que eu tenho. Eu não posso ficar de braços
cruzados e não fazer nada.
— Filho, nós já conversamos sobre isso. Eu aprecio o que você
está tentando fazer, mas não é só o mais inteligente.
— Pai, você não pode confiar em mim? Pela primeira vez, você não
pode simplesmente confiar que eu sou capaz de tomar conta das coisas,
de fazer boas decisões? De executar um plano bem pensado?
Sua expressão se suaviza.
— Não é que eu não confie em você. É que você é tudo que eu
tenho, também. E eu trouxe tanta miséria à sua vida. Eu quero que
você vá e viva uma vida feliz e normal. A vida que teria se eu tivesse
morrido no incêndio, também.
— Pai, eu nunca poderia ser feliz e deixá-lo definhar aqui.
Ele sorri.
— Linguagem?
Eu sorrio.
— A escola de direito melhorou meu vocabulário.
Ele começa a dizer alguma coisa, então muda de ideia.
— O que? — Eu peço.
— Eu ia dizer que estava orgulhoso de você antes de ir para a
faculdade de direito. Desde que você era jovem, sempre foi feliz apenas
sendo você. Você ia fazer o que quer fazer, o resto do mundo que se
dane. Eu sempre fui orgulhoso de sua raia difícil. Eu sempre admirei
esse tipo de confiança e autoestima.
Eu sinto um aperto de emoção em torno de minha garganta como
um punho. Eu acho que nunca se é velho demais para almejar a
aprovação do seu pai. Ou pelo menos eu ainda não.
— Cash, por favor, não deixe que a raia difícil tome decisões por
você. Há um tempo para desistir, deixar que as coisas se vão. Se você se
preocupa com essa garota, vá encontrá-la e fazê-la feliz. Mantê-la
segura. Dê-lhe uma vida longe de tudo isso. Comece de novo. Se você a
ama mesmo a metade do que eu amava sua mãe, você vai ter uma vida
boa. E isso é tudo que eu quero para você.
— Whoa. Eu não disse que a amava.
Papai sorri para mim.
— Você não precisa.
Capítulo Trinta e Sete
Olivia
Sexta de manhã eu me obrigo a tomar banho. Acho que é mais do
que um pouco nojento e patético que eu não tenha tomado um uma
semana toda.
Mas hoje, eu estou farta de ser patética. Eu chafurdei suficiente.
Eu tenho que fazer alguma coisa. Então, eu estou indo para casa no fim
de semana. Vou ligar para Tad no caminho e ver se consigo pegar pelo
menos um turno. Depois disso, eu vou descobrir o que fazer para o
resto de ... bem, sempre quando eu voltar.
Apenas o pensamento de ter que voltar e lidar com Cash, em
seguida, Marissa, a escola e... a vida é tão avassaladora. Eu empurrei
para fora da minha cabeça em favor de um fim de semana familiar.
Reconfortante. Seguro.
Seguro. Eu nunca pensei que eu teria um aplicativo tão literal para
essa palavra na minha vida.
Eu carrego um saco de fundamentos para fora da cabeça,
trancando atrás de mim. Com Marissa e Cash/Nash fora de foto, eu me
sinto completamente desconectada da cidade. Da minha vida. Da minha
casa. Eu não me sinto em casa no momento. Sinto como uma prisão de
mentiras e de mágoa. O único lugar que me sinto em casa é o qual
estou viajando agora.
Eu ligo para papai e Ginger no caminho. Ginger é gentil o
suficiente para me oferecer um de seus turnos, que de bom grado
aceito. Hoje vai ser uma mudança, o que provavelmente é uma coisa
boa. Eu posso ficar bem ocupada no balcão. Amanhã, eu vou sair e
procurar mais cordeiros, mesmo que não haja nenhuma razão real.
Mas vai ser bom sair, fazer algo que não me obrigue a pensar. Ou
machucar. Ou querer.
— Hey, Punk. — Diz papai por meio de saudação quando entro e
tive uma vontade súbita e inexplicável de ir e jogar meus braços em
volta de seu pescoço e chorar em seu ombro, como eu fiz quando eu era
criança. Em vez de fazer isso, no entanto, e o assustar, eu coloco minha
bolsa no chão e vou beijá-lo na bochecha e perguntar como ele está.
Eu passo o dia assistindo a uma maratona de reprise da série CSI
na televisão e conversando sobre isso e aquilo. Não tira completamente
Cash do meu cérebro, mas ajuda. Eu sabia que ajudaria.
Tomo banho e me visto para o meu turno, felizmente
escorregando para o conforto emocional dos shorts preto e camiseta
tanto quanto eu escorrego para o conforto físico deles. Vejo se papai
está bem estabelecido antes de eu ir e dirijo-me a Tadś.
Todo mundo fica impressionado. Claro. Fico feliz em estar de
volta. Eu sinto as lágrimas ameaçarem mais do que uma vez, quando
me pedem regularmente para voltar, assegurando-me que o meu novo
trabalho nunca vai ser tão bom para mim como este no Tadś. De certa
forma, eu acredito neles. Mas de certa forma, eu também sei que não é
verdade. O Dual de Cash é o meu novo trabalho.
Cash.
Ginger aparece, não para trabalhar, mas para fornecer o tão
necessário apoio do outro lado do bar. Ela bebe sua bebida e espera
pacientemente para que as coisas acalmem antes para ela fazer
perguntas.
— Então, deixe-me adivinhar. O 'Bad boy' acabou por ser “ pior”?
Eu ri. Sim, é um pouco amargo.
— Hum, eu achei que você poderia dizer isso.
— Eu estava com medo de que fosse isso.
Eu paro de estocar garrafas de cerveja no refrigerador e olho para
ela, boquiaberta.
— Você estava? Bem que você poderia ter dito alguma coisa, você
sabe.
— Eu dei uma olhada nele e sabia que ele era um problema. Ele
não é apenas quente. Ele é inteligente. Isso não é uma boa combinação
para o seu coração, Liv. Pelo menos os outros têm sido bastante inúteis
e estúpidos. Mas este? Sim, eu sabia que se ele tinha seus ganchos e
que haveria problemas.
Eu gostaria de dar um tapa nela. Forte.
— Obrigada por me colocar a cabeça para cima, Ginger. — Digo,
tentando parecer brincadeira, mas sabendo que a minha raiva está
aparecendo.
— Gostaria de ter me escutado, se eu tivesse tentado? Não. Você
nunca faz. Você sabia que deveria ter ficado longe dele. Mas não o fez.
Você realmente acha que eu poderia ter dito qualquer coisa para você
mudar de ideia?
Eu não queria admitir, mas ela provavelmente está certa. Cash
tinha me tirado o fôlego desde o primeiro dia. Assim como Nash.
Porque eles eram a mesma pessoa, apenas com roupas diferentes e com
trabalhos diferentes. Eu acho que, no fundo, o meu corpo sabia. E
respondeu a cada um deles da mesma maneira, sexualmente. Ambos
me colocavam fogo. E isso não é muito provável que aconteça com duas
personalidades tão supostamente diferentes. Por que eu não vi? Como
eu pude ser tão cega?
Estou esvaziando a última das garrafas da caixa, organizando-as
ordenadamente na geladeira, quando eu vejo alguém de relance no
banquinho ao lado de Ginger. Eu olho para cima e paro meu braço até a
metade do refrigerador.
É Cash.
Ele não sorri. Ele não diz nada. Ele só olha para mim. Eu me
pergunto se isso é o seu coração que eu vejo nestes olhos. Ou se é
apenas a minha imaginação. De qualquer maneira, eu não confio nele.
Eu não confio nele.
Eu não digo nada. Eu termino o que estou fazendo, levo a caixa
para a parte de trás, em seguida, volto para fora e despejo um Jack
puro. Eu deslizo-lhe o copo, ele desliza uma nota de 20 para pagar a
bebida. Eu lanço um olhar complacente para ele, desafiando-o a fazer
um comentário. Mas ele é inteligente. Ele não disse uma palavra,
apenas acena e toma o seu uísque.
Eu não preciso perguntar o que ele está fazendo aqui. Eu só ouvi
uma das dúzias de mensagens que ele enviou, e era ele pedindo para
conversar comigo. Eu salvei o resto. Eu percebi que eu as ouviria
eventualmente. Só que ainda não.
Um cara que é amplamente conhecido por adorar Ginger senta
em seu outro lado e começa a conversar com ela, deixando-me para
cuidar de alguns outros clientes no bar. E Cash.
Eu me mantenho ocupada, mas realmente não ajuda. Cada
nervo, cada célula, cada sentimento de todo o meu ser se concentra
fortemente em Cash.
Cash.
Até o momento que a noite acabou, eu estou no limite. Ele ainda
não disse uma palavra. Nem eu. Mas a tensão é palpável. E isso está me
matando.
Quando Tad dá a última chamada, Cash olha para mim longa e
difícil, então desliza de seu banquinho e sai. Eu me sinto agravada,
privada, triste, frustrada e magoada. Mas, principalmente, eu sinto que
o perseguiria. Como pedindo para ele ficar.
Mas eu não.
Eu não posso.
Eu não vou.
Como somos obrigados a fazer, os bartenders ficam enquanto Tad
conta o caixa. Mas a minha mente está vagando. Em Cash. Sempre em
Cash.
Pegando o meu telefone do meu bolso, eu verifico as mensagens.
Não há novas, que me decepciona, então seleciono aleatoriamente uma
das mensagens salvas dele e a escuto. Quando sua voz vem, há uma
facada, rápida e aguda de dor em meu peito.
— Olha, Olivia, eu me preocupo com você. Você não pode ver isso?
Você não pode sentir isso? Eu não poderia ter feito sempre a coisa certa,
mas tente ver através da minha perspectiva. Você sabe como foi difícil
para eu dizer tudo isso? Sabendo que você poderia sair e nunca mais
voltar? Eu só estava esperando que não fizesse isso. Sair. Mas você fez.
E eu sei que eu deveria deixar você ir. Mas eu não posso. Eu só não
posso.
Eu o ouvi suspirar no telefone e, em seguida desligar.
Um pedaço de emoção aperta o meu pescoço.
O que eu devo fazer? Ele é um mentiroso. Um mentiroso!
Algumas das pequenas vozes em minha cabeça me dizem que ele
tinha uma razão melhor do que a maioria para mentir e que ele tinha
finalmente falado a verdade, confiando-me coisas que poderiam
literalmente ameaçar sua vida.
Isso importa?
As pequenas vozes respondem que sim. Importa muito.
Eu escolho outra mensagem para ouvir.
— Tudo bem, se é assim que você quer tudo bem! Eu fiz tudo o que
eu podia fazer. Eu tentei ajudá-la, para lhe mostrar que eu me importo
com você, mas, obviamente, isso não é suficiente. Talvez você esteja
certa. Talvez você esteja certa em ir. Eu nem sei mais.
Eu ouvi outra e outra e outra. É claro que Cash estava passando
por todos os tipos de reações a minha reação. Por alguma razão, elas
fazem o meu coração apertar. A única coisa que é evidente em todas
elas é que ele está procurando desesperadamente uma maneira de
consertar as coisas. E que eu sou a única fazendo-o desesperado. Eu
sei como se sente. Eu sei como é se preocupar com alguém tanto assim
até você ficar desesperado.
Mas isso não importa. Não deveria importar.
Mas importa.
Eu fico mais irritada.
Quando Tad termina e ele está pronto para fechar, todos saem
juntos. Ao me aproximar do meu carro, eu vejo Cash sentado em sua
motocicleta, ao lado da porta do motorista. Eu ando por ele, destranco
minha porta, entro e ligo o motor. Considero abaixar o vidro para falar
com ele, mas eu decidi contra isso.
Quando saio do estacionamento e me volto para casa, eu vejo
uma única luz, o farol da motocicleta de Cash, atrás de mim.
Será que ele está me seguindo para casa? O que ele vai fazer?
Uma cena na frente do meu pai? Meu pai com a perna quebrada?
Minha irritação sobe. Mas é essa sensação de inchaço no meu
peito, como se meu coração pudesse explodir de dentro de minhas
costelas. Como em Alien.
As mensagens de Cash passavam através de minha mente, suas
palavras, o som de sua voz, as coisas que ele não disse, assim como as
coisas que vieram tão claras. Eu olho no espelho retrovisor, novamente,
o farol da moto. Seguindo-me. Constantemente, persistentemente me
seguindo. Como seu foco é tão brilhante e singular como o farol
dianteiro.
Quando eu passo por um caminho familiar que está escondido
nas árvores ao longo da estrada, eu desvio para ele, parando no
cascalho. Impulsivamente, com raiva, eu jogo a alavanca de câmbio em
neutro, desligo as luzes e saio, batendo a porta atrás de mim. Em
questão de segundos, Cash está puxando para parar atrás de mim e
desligar o motor também.
Eu vou até onde ele está tirando o capacete e descendo da moto.
— O que diabos você quer de mim? — Eu grito com raiva, de
repente, encontro o seu caminho de volta para o primeiro plano. Eu
ataco, batendo minhas mãos no centro de seu peito largo e empurrando
com todas as minhas forças. Ele mal se move. — O que você está
tentando fazer comigo?
Quando eu senti as lágrimas ameaçarem, eu viro e vou
rapidamente de volta para o meu carro. Quando estou contornando a
capota sinto os dedos dele como uma fita de aço em torno de meus
braços e me fazem parar. Cash me gira para encará-lo. Na luz prateada
da lua cheia, eu posso ver o conjunto lívido de suas características, o
flash de raiva em seus olhos.
— Pare! Apenas pare! — Ele cospe.
— Por quê? O que mais precisa ser dito? Acho que você já me
disse muitas mentiras por toda a vida.
— Sem mais mentiras. — Diz ele com raiva. — Eu não quero nem
mais falar com você. Eu só quero ouvir você me dizer que não sente
nada por mim. Que você quer que eu a deixe sozinha e nunca mais
volte. Então eu vou. Se for isso que você realmente quer, eu vou.
Eu sei que esta é a minha oportunidade. No meu instinto, eu
acredito que ele vai fazer exatamente o que ele diz. Ele vai ficar fora da
minha vida para sempre, se eu dizer-lhe para ir.
Abro a boca para falar, mas as palavras não saem. Eu o ouço
suspirar, como se ele estivesse esperando por mim para bani-lo da
minha vida.
A raiva escorre de seu rosto. É substituído por algo próximo a um
apelo silencioso. Então ele sussurra.
— Não faça isso. Por favor, não diga isso.
Eu procuro seus olhos. Por que, eu não sei.
— Por quê?
— Porque eu quero você. Eu preciso que volte para mim. Não
para me ajudar. Ou para ajudar o meu pai. Eu acabei com isso. Eu não
quero sua ajuda. Tudo se resume a você. Eu só quero você.
Meu coração está batendo loucamente dentro do meu peito. Não
ouço nada, não sinto nada, não vejo nada, somente Cash. E, mesmo
assim, eu mal o ouço sussurrar novamente.
— Eu só quero você.
Antes que eu possa dar-lhe outro segundo pensamento, antes que
eu possa pensar demais e isso me torturar com o que eu deveria fazer e
não o que eu quero fazer, eu respondo em voz baixa.
— Ok.
Eu vejo várias emoções piscar em seu rosto, mas não vejo mais
nada. Eu estou em seus braços.
Seus lábios encontram os meus e o mundo desaparece. Meus
dedos estão em seu cabelo, segurando-o para mim. Suas mãos estão
vagando nas minhas costas e quadris.
E então ele está me levantando sobre o capô do carro. Beijando
meu pescoço, levantando minha camisa, tocando meus seios.
Eu envolvo as minhas pernas em volta de seus quadris estreitos e
o puxo para o V das minhas coxas. Ele mói contra o lugar que eu mais
preciso dele.
Seus dedos soltam o botão e abaixa o zíper do meu short. Eu
estou apenas vagamente consciente de ser grata por estamos tão
escondidos da estrada.
Com a palma da mão, ele me empurra de volta para o capo e puxa
meu short e calcinha para baixo sobre os meus pés. Ele os joga no carro
e levanta as minhas pernas dobradas sobre seus ombros, escondendo o
rosto entre elas.
Eu não posso segurar os gemidos de prazer que a língua dele
provoca. Eu a sinto fazendo círculos quentes sobre meu clitóris. Eu o
sinto lamber e deslizar dentro de mim, empurrando tão profundo como
ele pode. Eu o sinto esfregar seu rosto contra mim. E então eu sinto que
o mundo explode em torno dele, cobrindo-o com os fogos de artifício do
meu orgasmo.
Ele se move e então eu ouço seu zíper. Ele entra em mim e meus
espasmos continuam. Ele agarra meus quadris e me puxa mais
apertada contra ele, minhas costas ainda pressionando contra o metal
quente do meu carro.
Eu olho para cima através dos olhos semicerrados e o vejo me
observando, tão sério, tão sensual. Ele move a mão entre nós e eu salto
quando o polegar roça meu clitóris sensível. Mas ele é gentil e, muito
em breve, eu sinto o edifício da tensão novamente. Eu fecho meus olhos
e apenas sinto.
As ondas de um orgasmo funcionam sem problemas no próximo.
Quando meu corpo aperta Cash, eu o sinto pulsar dentro de mim. Ele
se espalha através de mim ele me enche, quando ele goza dentro de
mim.
Abro os olhos e o vejo com as costas arqueadas e com a cabeça
jogada para trás. É tão quente vê-lo gozar, eu sinto o meu corpo reagir,
ordenhando-o, exigindo tudo o que ele tem para dar. Eu quero tudo.
Eu quero tudo o que ele tem para oferecer. Eu quero derramado dentro
de mim.
Com seu corpo ainda atirando líquido quente no meu, Cash abre
os olhos e pega minhas mãos, me puxando para cima e para os seus
braços. Estamos tão unidos como duas pessoas podem ser. E não
apenas fisicamente.
Ele da um banho de beijos em meu rosto e passa as mãos por
todo o meu redor. Ele não precisa usar palavras. Eu sei o que ele está
dizendo. Eu percebo isso. Eu sinto isso. E eu me sinto da mesma
maneira.
Capítulo Trinta e Oito
Cash
Abro os olhos para as raias brilhantes de luz que espreita sob as
bordas das cortinas no quarto de Olívia. Eu não deveria ter ficado tanto
tempo como eu fiz, mas queria abraçá-la enquanto ela dormia. Eu
queria que ela soubesse que eu não ia a lugar nenhum. Que ela está
segura comigo. Em meus braços.
Infelizmente, eu adormeci também. Grande sexo pela terceira vez
em um curto período de tempo para mim.
Eu sorrio e olho para Olivia onde ela está enrolada contra mim,
seu belo rosto relaxado no sono.
Eu não quero nomear as coisas que eu sinto por ela. Eu só quero
que ela saiba que eu não vou a lugar nenhum. E que eu quero cuidar
dela. Para fazê-la feliz. Espero que seja o suficiente. Tem que ser.
Ela se mexe contra mim e eu sinto o meu corpo reagir. Eu sei que
se eu não sair da cama, eu vou acabar acordando-a. E enquanto isso
soa como o melhor começo para o meu dia, eu sei que ela vai ficar
dolorida se eu não lhe der uma pausa. Além disso, seu pai acordará em
breve por isso preciso ir para o meu próprio quarto.
Saio calmamente de debaixo dela, coloco meu jeans e pego o resto
das minhas roupas, na ponta dos pés até a porta. Eu as abro e escuto.
Parece que o pai dela já está se mexendo.
Silenciosamente, eu me esgueiro para o banheiro e tomo um
banho rápido. Quando eu termino, desço, deixando Olivia dormir
enquanto ela puder.
Darrin, o pai de Olívia, está sentado na mesa da cozinha. A
maneira como ele está me observando, eu não posso afirmar, mas acho
que ele estava esperando por mim.
Concordo com a cabeça.
— Bom dia, senhor.
Ele acena com a cabeça em troca.
— Então, você é a pessoa. — Diz ele enigmaticamente.
Eu olho em seus olhos, uma versão mais marrom e menos
brilhante de Olivia, eu sei onde ele está chegando, o que ele quer saber.
Endireito a minha postura, enlaço minhas mãos atrás das costas e
aceno novamente.
— Sim, senhor. Eu sou.
Seus olhos viajam da minha cabeça aos pés, me medindo como se
fosse medir um carneiro novo para seu rebanho, antes de vir para
descansar os olhos nos meus. Eles falam como eles olham, sem
hesitação, para mim. Em mim.
— E você sabe o que ela significa para mim, o que eu faria por ela.
E para quem machucá-la.
Eu suprimi o sorriso que se contorce nos cantos da minha boca.
Ele soa sobre Olivia do mesmo jeito que me sinto em relação a ela.
— Sim, senhor.
Depois de vários mais longos, segundos tensos, ele finalmente
concorda.
— Tudo bem, então vamos fazer um café da manhã para aquela
garota.
A partir desse ponto, eu não consigo tirar o sorriso do meu rosto.
Algum tempo depois, quando Darrin fala com Olívia, me viro e a
vejo de pé na porta da cozinha. Ela olha adoravelmente despenteada.
Isso me faz querer buscá-la e levá-la de volta para a cama.
Encontro-me segurando a minha respiração, quando ela olha
para mim. Estou um pouco inquieto. Eu não sei se a luz do dia trouxe
uma revelação nova, que vai trabalhar contra mim ou não.
Quando ela sorri timidamente para mim, eu exalo. E quando suas
bochechas viram rosa, eu rio. Eu não sei por que me faz tão feliz. Mas
faz.
— Bom dia. — Eu digo, colocando minha espátula à direita do
fogão. Eu sei que seu pai sabe como me sinto sobre ela, mesmo que eu
não disse, eu não pude deixar de ir até ela.
Eu paro na frente de Olivia e pego seu rosto em minhas mãos,
beijando-a docemente na boca. Ela olha para mim com os olhos líquidos
e algo em mim se derrete. Eu penso comigo mesmo que espero que não
fosse algo importante. Algo que eu precisava.
Faz-me só um pouco desconfortável, sentindo as coisas que sinto
por ela, por isso dou-lhe um sorriso e volto para o fogão, esperando que
ela não visse a minha incerteza.
O resto da manhã correu bem. Até que ela anuncia que estamos
voltando para a cidade logo após o almoço. Eu ergui minha cabeça e
nossos olhos se encontram. Não há nenhum aviso em si, mas há um
propósito. Não há qualquer dúvida disso.
— Por que tão cedo, Liv? — Darrin pergunta.
— Eu tenho algumas coisas para cuidar, pai. — Eu vejo seus
olhos piscarem nos meus de onde estou sentado na mesa. — Marissa
estará de volta em breve e eu tenho algumas coisas para descobrir.
Ai está.
Nós temos algumas coisas a descobrir. Obviamente.
Capítulo Trinta e Nove
Olivia
A viagem de volta para a cidade é tão diferente da viagem de
distância, uma vez que é possível obter. A única coisa que poderia
torná-la mais dramática é se o meu cabelo estivesse em chamas ou eu
se eu fosse um homem.
Eu olho para trás periodicamente para ver Cash na moto,
acompanhando atrás de mim. Ele está usando o capacete, por isso não
posso nem ver seus olhos, mas eu imagino que ele sorri para mim cada
vez que eu olho para trás. Eu quase posso sentir. Um par de vezes, ele
até acena com a cabeça, como se pode dizer que eu estou olhando para
ele. Eu me pergunto se ele pode ver meus olhos mudarem para ele pelo
retrovisor ...
Quando eu puxo para um dos locais designados para o
apartamento de Marissa, Cash puxa ao meu lado, desligando o motor e
tirando o capacete. Eu tento esconder o sorriso que eu sinto que ele
está vindo sem eu ter que pedir. É como se um acordo tácito foi
alcançado entre nós. Eu sou dele e ele é meu. Pelo menos por agora. E
eu me recuso a pensar mais longe do que isso.
Ele carrega a minha mala para o meu quarto. Ao invés de apenas
deixá-la no chão, ele a coloca na cama e senta-se ao lado dela. Antes
que eu possa perceber o que ele está fazendo, ele limpa a garganta.
— Por que você não arruma uma mala maior e vem ficar comigo?
Meu estômago vibra com o pensamento de ir dormir nos braços
de Cash a cada noite e acordar todas as manhãs. De dormir com seu
gosto na minha língua e acordar com a língua na minha boca. Isso é o
que seria. Pelo menos por um tempo. Por alguns dias.
Parece o céu.
Mas, então, como tantas vezes faz nos momentos mais
inoportunos, intromete realidade. E eu penso em Marissa.
— Olha, Cash, eu entendo porque você fez e o que você fez é
importante, mas eu não posso fingir agora que você não é o Nash. Que
quando Nash está dormindo com Marissa, não é você. Uma vez que é.
E sempre tem sido.
Cash chega para as minhas mãos e me puxa para o espaço entre
as suas pernas. Quando ele olha para mim, os olhos escuros estão
espumantes. Seguro a respiração no meu peito.
— Eu terminei com Marissa na quarta-feira.
Eu ignoro o fato de que o meu coração se sente como um balão
que alguém encheu e soltou sem antes amarrá-lo, como se ele está
subindo ao redor da sala na velocidade da luz.
— É mesmo?
— Eu fiz.
Estou quase com medo de perguntar. Mas eu faço.
— Por quê?
— Porque ela não é com quem eu quero estar.
— Mas você trabalha para o pai dela.
— Eu já conversei com ele, também.
— É mesmo?
Ele ri.
— Sim. Estou farto de tudo o que... coisas. Eu realmente não
posso dizer às pessoas que Nash está morto, mas eu não tenho que
continuar no mesmo caminho. Eu estou deixando o caso do meu pai ir.
Seguindo em frente. Eu vou terminar o meu estágio e então decidir o
que fazer, se eu quero praticar, onde e como. Eu não vou deixar o
passado ditar o meu futuro mais.
Enquanto eu aprecio o que ele está dizendo, algo me incomoda.
— Mas ele é sua única família. E ele está na prisão. Se você pode
tirá-lo, se há alguma chance, você não acha que ainda deve tentar?
Ele olha para as nossas mãos unidas. Ele esfrega os polegares
sobre os nós dos dedos.
— Eu não senti que tive uma verdadeira casa nos últimos anos.
— Cash faz uma pausa e olha para cima, nossos olhares se unem. Eles
são quentes. Eles são doces. Eles são sinceros. — Até que eu conheci
você. Você me faz sentir em casa. E isso é mais importante do que
qualquer outra coisa. Você é minha casa agora. Você é o que importa.
Eu quero beijá-lo. Segurá-lo. E dizer a ele que eu o amo.
Eu o amo?
A resposta vem rapidamente.
Sim. Eu amo.
Mas ele não disse essas palavras para mim. Então, eu não digo a
ele. Mas eu as sinto.
— Mas se há algo que você pode fazer para ajudá-lo, eu quero que
você tente. Não vá abandoná-lo por minha causa. Eu vou te ajudar no
que eu puder. Eu não estou com medo. — É quando eu digo às palavras
que eu percebo que eu não estou. Eu não tenho medo. E é por causa de
Cash. E o que vejo em seus olhos. — Eu sei que você não vai me colocar
em perigo. Não de propósito. — Puxo uma das minhas mãos soltas e
seguro sua mandíbula forte, presa com meus dedos. — Eu confio em
você, Cash. Eu confio em você.
Ele agarra meu pulso e pressiona seus lábios no interior, então,
me puxa suavemente até que eu estou dobrada na cintura e meu rosto
está perto dele.
— Venha para casa comigo. Por favor. — Eu posso sentir o seu
hálito quente em meus lábios, eles estão tão perto. Eu me inclino para
frente para fechar o pequeno espaço, mas ele se inclina para fora. — Por
favor. — Ele repete baixinho.
Eu nunca iria dizer a ele, mas ele poderia me perguntar qualquer
coisa agora e eu concordaria com ele. Qualquer coisa.
— Tudo bem. — Assim que as palavras deixam meus lábios, sua
boca está na minha.
Suas mãos estão com fome e urgente, pois ele me agarra pela
cintura e se vira para me deitar na cama. Nós nos despimos um ao
outro como se nunca tivéssemos feito amor, como se esta fosse à
primeira vez e não podemos esperar mais um segundo para sentir a
pele na pele.
Quando ele entra em mim, o meu mundo desmorona. Ele derrete
e nos cobre quando ele se move dentro de mim, como um casulo
perfeito e cristalino. E quando estamos ambos satisfeitos e respirando
pesadamente, Cash lança sua testa contra a minha e sussurra.
— Casa.
Eu penso comigo mesma que este é o momento em que eu estou
perdida. Perdida por Cash. Para sempre.
Capítulo Quarenta
Cash
Enquanto eu arrumo o meu apartamento, eu não posso deixar de
reconhecer que eu provavelmente nunca me senti mais positivo sobre a
vida. Mesmo antes do “ acidente” eu não me sentia tão bem sobre o
futuro. Tão otimista. Tão... entusiasmado.
E a diferença?
Olivia.
Eu sorrio e balanço a minha cabeça enquanto eu penso nela. Ela
queria tomar um banho e se trocar antes de embalar as coisas. Ela
sugeriu que eu fosse na frente. Eu não estou realmente surpreso, eu
acho. Eu sei como as garotas são, com a sua necessidade de tempo de
preparação e espaço pessoal. Então eu a beijei e sai. O estranho é que
eu tive que me fazer sair, em vez de me juntar a ela no chuveiro. Eu não
sei sobre ela, mas eu não consigo ter o suficiente dela. Mesmo quando
eu tive o suficiente, eu quero mais.
Quando meu telefone toca, eu o pego e verifico a tela. Ele diz
simplesmente, “ Olivia”. Eu sorrio mais.
— Você deveria estar aqui agora. O que está tomando tanto
tempo?
Há uma pausa antes de ela falar. Quando ela faz, eu ouço sua voz
tímida.
— Hum, eu não sei que tipo de, hum, você tem planos para nós
esta noite. Devo levar roupas de trabalho para esta noite e amanhã à
noite? Ou...?
— Você não o conheceu ainda, mas eu tenho um cara que ajuda a
administrar o bar. Seu nome é Gavin e eu já o tenho cobrindo seus
turnos neste fim de semana. Por que você apenas não toma uma folga e
gasta comigo?
Ela ri um pouco e quando ela responde, eu posso ouvir o sorriso
em sua voz.
— Eu adoraria passar o fim de semana com você... o que quer
fazer, mas eu realmente não posso dar ao luxo de perder muito mais
turnos.
Eu sou bastante inteligente e um observador astuto o suficiente
de mulheres para saber que oferecer dinheiro seria um erro enorme.
Assim, para manter a paz, eu faço o que preciso.
— Bem, então trabalhe amanhã à noite. Isso vai ser suficiente,
desde que você trabalhou ontem à noite no Tadś?
— Sim, eu acho que vai ficar bem.
— Tudo bem então. Tire sua bunda daí.
— No meu caminho. — Ela desligou então a linha caiu.
Eu me pergunto se eu nunca vou parar de sorrir e, se eu não
conseguir, que tipo de desculpa eu vou ter que fazer até explicar. Ou se
vou incomodar mesmo. Porque, no momento, eu não dou a mínima. Eu
estou feliz. Ela está feliz. Isso é tudo que importa.
Capítulo Quarenta e Um
Olivia
Cash não disse onde estacionar, então eu fico com o lote na
frente, apenas para ser seguro. Eu provavelmente vou precisar movê-lo
mais tarde, de modo para não anunciar a todos que estou recebendo
tratamento preferencial porque eu estou dormindo com o chefe.
Eu não posso deixar de sorrir. Isso soa tão inútil, mas eu não me
importo. Eu me recuso a deixar que nada nem ninguém estraguem este
momento feliz da minha vida. Tempos felizes duram tão pouco, eu estou
determinada a apreciá-los, tanto quanto posso, enquanto posso.
Pego minha mala e bolsa no banco de trás, tranco as portas e vou
em torno da entrada lateral para o apartamento. Borboletas estão vivas
bem no meu estômago, o que é meio ridículo, considerando que eu tive
relações sexuais com Cash bem mais de uma dúzia de vezes. Mas
ainda...
A porta da garagem é aberta quando me aproximo. Assim como a
porta interior. E Cash está de pé dentro dela, sorrindo. Ele me impede
de entrar e leva minha mala e bolsa de mim, colocando-os no chão
atrás dele. Então, com um sorriso malicioso, ele me pega em seus
braços e me leva para dentro, chutando a porta com o calcanhar.
— Eu tenho que levá-la acima do limite, certo?
Eu ri.
— Se é isso que você está fazendo, eu devo ter dormido com algo
importante. — Eu digo secamente.
Ele levanta uma sobrancelha e me lança um sorriso arrogante.
— Oh confie em mim, eu não vou deixar você dormir através de
qualquer das coisas boas.
Eu envolvo meus braços mais firmemente em torno de seu
pescoço e ele inclina a cabeça para me beijar. Quando seus lábios
encontram os meus, há fogo, como sempre. Mas há algo mais, também.
Algo mais profundo, mais doce. Mais significativo. Faz o meu coração
cantar e seu beijo faz os meus dedos dos pés enrolarem.
Ele me leva para o quarto e me coloca na cama. Ele começa a
deitar-se ao meu lado, mas eu o impeço. Este momento é diferente. É
uma sensação diferente. E eu quero começar as coisas com um
estrondo. Trocadilhos.
Eu fico de joelhos e vou para a beira da cama. Sorrindo em seus
olhos, eu não digo uma palavra. Eu só começo a tirar sua camisa.
Assim como eu estava fazendo à primeira vez que nos conhecemos.
Leva apenas alguns segundos para o entendimento surgir sobre ele. E
eu sei que no instante em que ele faz. Seus lábios se contraem e sua
testa franze, assim como na primeira noite, e ele abre os braços para
fora, longe de seu corpo, também como ele fez naquela primeira noite.
Eu rio enquanto estou em cima da cama para tirar a camisa dele
e atirá-la de lado. Eu não posso pensar em uma forma mais perfeita de
começar esta nova etapa do nosso relacionamento. É quase como se
tivéssemos um círculo completo e estamos recebendo uma nova chance.
E se esse é o caso, eu pretendo fazer mais do mesmo.
Caindo para trás em meus joelhos, eu coloco minha boca sobre
um mamilo plano, sacudindo-o com a minha língua até formar um
botão apertado, então, sugando-o em minha boca. Eu o ouço ofegar.
— Mesmo assim, eu sabia que ia ser um punhado.
Eu olho para ele enquanto eu arrasto meus lábios para baixo em
seu estômago. Meus dedos já estão trabalhando para abrir o seu zíper.
— Bebê, você não tem ideia.
Eu sei pelo seu sorriso que ele está feliz. E isso é tudo que
importa.
********
Quase uma hora depois, Cash está descansando em cima de
mim, seu peso apoiado nos antebraços. Nós nos mantemos assim por
alguns minutos, apenas para aproveitar a sensação dele amolecido
dentro de mim, a sensação de sua pele contra a minha, a sensação do
mundo tão quieto em torno de nós.
Quando Cash levanta a cabeça e olha para baixo em meus olhos,
há uma riqueza de emoção nas deslumbrantes profundezas, tanto que
traz lágrimas aos meus olhos. Eu penso no que ele me disse mais cedo
e sorrio para ele. Segurando seu rosto bonito, eu sussurro contra seus
lábios.
— Bem-vindo a sua casa.
Quando ele me beija, eu sei que nós dois estamos onde nós
pertencemos.
Epílogo
Duffy
O alarme era muito fácil de pegar. Penso em como é engraçado as
pessoas ricas pensarem que estão a salvo, acham que elas estão
protegidas contra qualquer intruso, desde que você tem um sistema de
segurança. Realmente rio alto comigo mesmo.
Se eles soubessem....
Fazendo meu caminho através da sala escura, encontro o que
estou procurando, o quarto dela.
Ligarei para o sindico à meia-noite, me queixando de uma
televisão que está sendo deixada alto demais. Neste apartamento. Ele
vai exigir que o inquilino seja notificado e obrigado a reduzir o volume.
Ela irá voltar para casa para cuidar disso e eu estarei esperando por
ela. Com a van estacionada do lado de fora.
Eu não sou nada se não paciente. Vou executar o bom plano até o
fim amargo. E esse é um bom plano. Só preciso de tempo suficiente
para obter os livros. E então poderei me livrar de ambos. Bem fácil.
Movendo-me pelo espaço atrás da porta do quarto dela, disco o
numero do síndico para fazer o relato falso. Quando desligo, ligo para
meu chefe.
— Sim, eu vou trazê-la hoje à noite. Eu vou ter os livros até o
nascer do sol. Então eu vou me livrar de ambos.
Desligo meu telefone celular antigo e coloco-o no bolso e me
instalo para esperar.
Por Olivia Townsend.
CONTINUA em
ATÉ MIM
EM BREVE....
AVISOS
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