Ofício nº 28/2001 - COLÉGIO ESTADUAL ANDRÉ SEUGLING

Transcrição

Ofício nº 28/2001 - COLÉGIO ESTADUAL ANDRÉ SEUGLING
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL “ANDRÉ SEUGLING”
Ensino Fundamental, Médio e Profissional
Rua Carlos Gomes, 604 – Fone/Fax (43) 3524-2079
CORNÉLIO PROCÓPIO – PARANÁ
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
CORNÉLIO PROCÓPIO
2011
ESTADO DO PARANÁ
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Ensino Fundamental, Médio e Profissional
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“A compreensão da natureza da educação enquanto um trabalho
não-material, cujo produto não se separa do ato de produção,
permite-nos situar a especificidade de educação como referida aos
conhecimentos, idéias, conceitos, valores, atitudes, hábitos,
símbolos, sob o aspecto de elementos necessários à formação da
humanidade em cada indivíduo singular, na forma de uma segunda
natureza, que se produz deliberada e intencionalmente, através de
relações pedagogicas historicamente determinadas que se travam
entre os homens”.(SAVIANI, 2008, p.)
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1. APRESENTAÇÃO
O Projeto Político-Pedagógico do Colégio Estadual “André Seugling” Ensino
Fundamental, Médio e Profissional, atende ao disposto na Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional – LDBEN 9.394/96, à Constituição Brasileira, ao Estatuto da
Criança e do Adolescente e à Deliberação nº 014/99 do Conselho Estadual de
Educação do Estado do Paraná.
Este projeto expressa, legalmente, o desejo e o compromisso do grupo de
participar da construção do futuro da comunidade na qual está inserida e é
elaborado tendo em vista:
• A finalidade de se construir coletivamente uma escola democrática;
• A
busca
da
identidade
da
escola
pública
, legitimando sua autonomia como espaço para transmissão/assimilação
do conhecimento científico, artístico e filosófico;
• Os interesses que correspondam à necessidade de transformação da
sociedade brasileira pela via do conhecimento sistematizado;
• A garantia da qualidade de ensino e o acesso de todos ao conhecimento
universal;
• A necessidade de assegurar ao educando a devida formação para o
exercício consciente da cidadania;
• A incorporação ao trabalho docente de avanços das pesquisas nas
diferentes áreas de conhecimento e do estar atento às dinâmicas sociais
e suas implicações no âmbito escolar;
• O estabelecimento da função da escola e suas reflexões sobre o que,
como, quando e para que ensinar e aprender, que envolvam não apenas
os membros diretos da escola, mas também toda a comunidade;
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• A garantia da real participação de todos, bem como da integração e
inserção na realidade da qual fazemos parte;
• A necessidade de alicerçar a autonomia da escola como um todo para
aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a arte e o saber, enfatizando a
responsabilidade de todos.
Este estabelecimento comunga com as Políticas Educacionais da Secretaria
de Estado da Educação do Paraná e, com a função da escola pública, que é a
socialização
do
conhecimento
sistematizado
produzido
pela
humanidade,
proporcionando o acesso ao mundo letrado, ao conhecimento científico, à reflexão
filosófica e contato com a arte, não esquecendo, contudo, do contexto onde o aluno
está inserido, independente de seu pertencimento étnico ou cultural. A concepção de
educação defendida, se volta para a formação humana e não meramente técnica ou
mercadológica.
A educação é um direito de todos e nossa função é garantir a oportunidade
de acesso à escola, regresso, permanência e sucesso escolar.
Elabora-se o presente Projeto Político-pedagógico, buscando o envolvimento
do coletivo escolar (direção, equipe pedagógica, pais, professores, agentes
educacionais, instâncias colegiadas e representantes de pais e alunos), nas
decisões que permeiam a organização do trabalho pedagógico na escola,
possibilitando a fundamentação necessária para acatar ou rejeitar determinadas
propostas de programas ou projetos que são encaminhados para a escola. Entendese que, por meio do conhecimento, todos os educandos tenham êxito dentro do
sistema de ensino e possam compreender a sociedade e suas contradições,
podendo participar mais ativamente nas conquistas sociais, políticas e culturais e
que isso contribua de forma efetiva para o sucesso em suas vidas.
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2. INTRODUÇÃO
2.1. OBJETIVO GERAL
Delinear as diretrizes para que através do ensino-aprendizagem, direção,
equipe pedagógica, pais, professores, agentes educacionais, instâncias colegiadas e
representantes de pais de alunos
do Colégio Estadual André Seugling,
compreendam e fomentem valores epistemológicos, sociais, culturais, políticos e
religiosos, capazes de construir uma sociedade humana, justa, criativa, ética e
política.
2.2. JUSTIFICATIVA
Ao discutir e reconstruir o Projeto Político Pedagógico, o Colégio propõe
momentos de reflexão sobre a organização institucional, curricular e pedagógica da
instituição.
Desta forma, discutem-se e buscam-se caminhos e condições para o
desenvolvimento de um processo de ensino e
aprendizagem significativa,
atualizada e eficaz entre o corpo discente e docente do Colégio.
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2.3 IDENTIFICAÇÃO
Denominação: COLÉGIO ESTADUAL “ANDRÉ SEUGLING” – ENSINO
FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
Código de Estabelecimento: 0012
Código do Município: 0640
Endereço : Rua Carlos Gomes, 604 – Centro - CEP: 86300–000
Telefone: (43) 3524-2079
site: [email protected]
e-mail: [email protected]
Município: Cornélio Procópio
Localização: ( X ) Zona Urbana
( ) Zona Rural
N.R.E.:Cornélio Procópio
Distância do NRE: 1000 metros
Dependência Administrativa: Governo do Estado do Paraná
Autorização de Funcionamento do Estabelecimento: Dec. No.3749/77
Reconhecimento do Estabelecimento: Res. No.133/82
Ato de Aprovação do Regimento Escolar: Nº 023/08 de 07/02/2008
Parecer Nº 17/08 de 07/02/08
Atos Legais das Instâncias Colegiadas:
APMF: ________
Conselho Escolar: Ato Administrativo nº 202/2010, com alterações
realizadas nos Atos Administrativos 035/2010 e 07/2011.
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3. MARCO SITUACIONAL
3.1 ASPECTOS HISTÓRICOS DA ESCOLA
O Colégio Estadual André
Seugling – Ensino Fundamental, Médio e
Profissional está localizado na Rua Carlos Gomes, 604, Município de Cornélio
Procópio, tendo como entidade mantenedora o Governo do Estado do Paraná.
No ano de 1953, foi autorizado o funcionamento da Escola Técnica do
Comércio “Barão do Rio Branco” passando a funcionar junto ao Ginásio Estadual de
Cornélio Procópio, localizado na Rua Portugal n.º 240, no período noturno.
A escola Técnica de Comércio Barão do Rio Branco foi instalada no ano de
1954, sendo proprietária a senhora Dirce de Paula Tranquilini.
Pelo Ofício n.º 6568 de 26/10/54, foi autorizado o funcionamento condicional
por dois anos do Curso Técnico em Contabilidade pela primeira vez. A autorização
definitiva deu-se pelo Decreto n.º 3749 de 23/08/77 e o reconhecimento pela
Resolução n.º 5326/94 de 03/11/94.
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A Escola passou a ter como mantenedora o Governo do Estado do Paraná
pelo Decreto Lei n.º 2058/56 de 16.08.56.
Pelo Decreto n.º 3749 de 23/08/77, foi autorizado a funcionar o Complexo
Escolar Jatir Gonçalves Correia – Ensino de 1º e 2º Graus de Cornélio Procópio,
resultante da reorganização do Colégio Comercial Estadual Barão do Rio Branco,
Colégio Estadual Castro Alves, Escola Normal Colegial Cristo Rei e Grupo Escolar
André Seugling – Ensino de 1º Grau.
Em decorrência desta reorganização, este estabelecimento passou a
denominar-se “Colégio Barão do Rio Branco” – Ensino de 2º Grau e, em 1983, pela
Resolução n.º 785/83 de 07/03/83, Colégio Estadual Barão do Rio Branco – Ensino
de 2º grau.
Em 21 de janeiro de 1982, através da Resolução nº 133/82, fica reconhecido
o Curso de 2º Grau Regular, com as habilitações plenas de Contabilidade,
Secretariado e Assistente de Administração.
Pela Resolução nº 2310/85 de 16 de maio de 1985, fica extinta a Habilitação
Técnico em Secretariado, e pela Resolução nº 2774/88 de 25 de agosto de 1988,
extingue-se a Habilitação de Assistente de Administração.
De 1953 a 1990, o Colégio denominou-se “Barão do Rio Branco”, e, de
acordo com a Resolução n.º 3080/90 e 3424/90, passou a denominar- se Colégio
Estadual André Seugling – Ensino de 1º e 2º Graus face à permuta realizada entre o
governo do Estado do Paraná e Prefeitura Municipal de Cornélio Procópio, do prédio
de propriedade municipal (Lei 038/89) objetivando fixar a instalação definitiva da
habilitação Contabilidade, solucionando problemas de ordem administrativa, uma
vez que foram trinta e sete anos de luta para aquisição de prédio próprio.
A nova denominação também ocorreu devido à implantação das quatro
últimas séries do 1º Grau, autorizado a funcionar de forma gradativa por dois anos,
conforme Resolução nº 3324/90 de 06 de novembro de 1990, ficando
definitivamente reconhecido conforme Resolução nº 5326/94 de 03/novembro/1994.
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A partir da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96
de 26 de dezembro de 1996, o curso de 1º grau passou a denominar-se Ensino
Fundamental e o Curso de 2º grau passou a ser reconhecido como Ensino Médio.
Com a implantação do Ensino Médio, autorizado a funcionar de forma
gradativa pela Resolução nº 2.209/99 de 26 de maio de 1999, e ainda
remanescendo as últimas turmas do Ensino Profissional, dos cursos de Auxiliar de
Contabilidade e Técnico em Contabilidade, novamente altera-se a denominação do
estabelecimento para Colégio Estadual André Seugling – Ensino Fundamental,
Médio e Educação Profissional.
A Resolução nº 2.867/99 de 13 de julho de 1999 define a cessação gradativa
dos Cursos Auxiliar de Contabilidade e Técnico em Contabilidade.
O reconhecimento definitivo do Ensino Médio dá-se pela Resolução nº
4522/02, e a Resolução nº 2209/99 é retificada, alterando a denominação do
estabelecimento para Colégio Estadual André Seugling – Ensino Fundamental e
Médio.
No início do ano letivo de 2005, fica autorizada a implantação gradativa do
Curso Técnico em Secretariado – Integrado, com uma turma no período vespertino e
duas turmas no período noturno.
Como não houve interesse por parte da
comunidade na continuidade dessa modalidade, em 2006 não foram formadas
novas turmas, e os alunos que permaneceram, solicitaram transferência para o
Ensino Médio regular.
A partir do mês de julho de 2005, fica autorizada a implantação do Curso
Técnico em Secretariado – Subsequente, com duas turmas no período noturno.
De acordo com a Resolução nº 239/06, o Estabelecimento passou a
denominar-se Colégio Estadual “André Seugling” – Ensino Fundamental, Médio e
Profissional.
No ano de 2010, foi autorizado o funcionamento do Curso Técnico em
Informática – Subsequente, para o início do ano, no período noturno. No segundo
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semestre, o funcionamento ocorreu com duas turmas, tendo o curso a duração de
um ano e meio.
Ainda no ano de 2010, foi autorizado o funcionamento de duas turmas do
Programa Viva Escola, sendo uma no turno noturno Preparatório para o Vestibular e
outra no período matutino – Informática aplicada ao ensino da Matemática, esse,
destinado aos alunos do Ensino Fundamental do curso vespertino.
No ano de 2011 é viabilizada a oferta do ensino extracurricular
plurilinguístico de Língua Estrangeira Moderna, em contraturno, pelo Centro de
Línguas Estrangeiras Modernas – CELEM.
Também em 2011, o estabelecimento se organiza para a implantação do
Ensino Fundamental de 09 anos, (6º ao 9º ano) Anos Finais do Ensino Fundamental,
a partir do ano de 2012, de forma simultânea, conforme Instrução nº 08/2011 –
SUED/SEED.
3.2 ESPAÇO FÍSICO
O Colégio Estadual “André Seugling” – Ensino Fundamental, Médio e
Profissional, está edificado sobre o lote de terras número oitocentos e nove (809), da
quadra número oitenta e dois (82), com a área total de mil, cento e oitenta e cinco
metros e trinta e quatro centímetros quadrados (1.185,34m2), com frente para a Rua
Carlos Gomes, e laterais para a Rua Alagoas e a Rua Piauí.
O colégio está dotado de 12 salas de aulas, distribuídas em 02 pavilhões,
apresentando ambiente específico para os seguintes setores da escola: sala de
professores, sala de Equipe Pedagógica, sala de Secretaria, Direção, Biblioteca,
Laboratório de Ciências e 02 Laboratórios de Informática, um com 20 computadores
(Paraná digital) e outro com 10 (Proinfo), para uso exclusivo de professores e alunos
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. Possui também duas cantinas: uma comum, que oferece gratuitamente a merenda
escolar e uma cantina comercial, atualmente desativada.
A quantidade de alunos por sala de aula é distribuída uniformemente por
responsáveis da secretaria, sendo que o número de alunos por classe para o Ensino
Fundamental, Médio e Profissional atende à capacidade legal exigida pelo
mantenedor e de acordo com a capacidade física disponível, conforme a planta do
prédio.
As salas de aula apresentam as condições físicas básicas necessárias para
o atendimento aos alunos: conjunto de carteiras, iluminação e ventilação adequadas.
Cada sala de aula possui 01 ventilador para auxilio na circulação de ar, quando
necessário.
Durante o horário de intervalo, os alunos utilizam o pátio escolar, espaço
coberto, bastante arejado e em condições de acolher os alunos. Este ambiente
também é muito utilizado nas comemorações realizadas pela escola: apresentações,
celebrações de datas comemorativas e outras atividades extraclasses.
O estabelecimento não possui quadra de esportes, porém para que não haja
prejuízos aos alunos, é utilizada a quadra esportiva do bairro que é cedida pela
comunidade local para as aulas de educação física, ficando esta localizada a 300m
do estabelecimento, e
para que as aulas sejam realizadas, os professores se
deslocam com os alunos até o local.
No ano de 2010, foram feitas algumas adaptações no prédio escolar, e como
a escola não possui refeitório, utiliza o pátio coberto para esse fim; também houve a
adaptação de uma sala de aula para reuniões e outra para atividades recreativas. A
cozinha, biblioteca e laboratório são ambientes considerados pequenos para um
atendimento adequado aos alunos, ou seja, faz-se necessário usar da criatividade
para realização de determinadas atividades.
Todo o espaço escolar possui as condições de higiene necessárias, com um
quadro de funcionários (agentes de apoio) específico para a manutenção da limpeza
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e higiene de todo o prédio sistematicamente. São realizadas junto aos alunos
campanhas de limpeza e preservação do ambiente escolar, conscientizando-os
sobre os benefícios e vantagens de se manter a escola em boas condições.
A Biblioteca Escolar é de livre acesso a todos os membros da comunidade
escolar e ao público em geral, a organização e a relação de acervo são de
responsabilidade
de
funcionário
administrativo
designado
pela
direção
do
Estabelecimento para assumir a função de Bibliotecário(a), sob a orientação da
Equipe Pedagógica. As normas gerais e específicas de atendimento da Biblioteca
constam em seu Regimento Interno e constantemente a escola realiza campanhas
de arrecadação de livros para aumento de seu acervo literário, além de receber
livros gratuitamente da Entidade Mantenedora, bem como do Ministério da
Educação e Cultura, Governo Federal.
O Laboratório de Ciências é utilizado, periodicamente, por professores da
área,
constituindo-se num espaço pedagógico necessário para a realização de
aulas práticas, complementadoras das ações teóricas recebidas. A partir do ano de
2006, foi designado um funcionário responsável pelos materiais e organização do
laboratório,
que prepara o laboratório para os professores realizarem as aulas
práticas. Possui um acervo de materiais permanentes e de consumo a serem
utilizados pelos docentes da área de Ciências da Natureza.
Quanto ao Laboratório de Informática – PARANADIGITAL, o mesmo está
sendo utilizado pelos professores, que com o auxílio do CRTE/NRE, estão
capacitando os professores para efetivamente fazerem uso do mesmo. A direção
designou um funcionário como ADM Local para auxiliar na utilização do respectivo
laboratório. Em relação ao laboratório do PROINFO, é mais utilizado com alunos do
ensino fundamental, especialmente do Viva Escola – Informática aplicada ao ensino
da matemática.
O acervo de fitas de vídeo/DVD é de responsabilidade
do mesmo
funcionário administrativo designado para a biblioteca, mantendo o acervo
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atualizado e organizado de acordo com os assuntos e/ou disciplinas. Para utilização
do DVD há um agendamento para controle da equipe pedagógica, e como cada sala
de aula possui uma TV Multimídia, os docentes preparam as aulas fazendo grande
uso deste recurso, por meio de pen drive.
3.2.1 Instalações:
a) Número de salas destinadas a ambientes pedagógicos: 18 (dezoito),
compreendendo salas de aula, laboratório de informática, laboratório de
ciências, sala para uso da biblioteca, sala destinada aos professores, sala
utilizada pela equipe pedagógica; sala adaptada para reuniões e sala
adaptada para atividades recreativas.
b) Ambiente administrativo: 02 ( duas) , sendo uma sala para uso da secretaria
e sala de direção;
c) Complexo higiênico sanitário: - área destinada a sanitário feminino (alunas)
com 3 sanitários e 3 lavabos; - área destinada a sanitário masculino (alunos)
com 3 sanitários e 3 lavabos; área destinada a sanitário das professoras com
1 sanitário e 1 lavabo; área destinada a sanitário dos professores com 1
sanitário e 1 lavabo; área destinada para sanitário dos funcionários – com 1
sanitário e 1 lavabo;
d) Infraestrutura de acessibilidade a pessoas portadoras de necessidades
especiais. O prédio construído em terreno plano facilita o acesso dos alunos,
sendo que a
construção de rampas e demais adaptações nos banheiros
foram realizadas no ano de 2008.
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e) Área destinada à cozinha e merenda;
f) Área destinada ao arquivo inativo e materiais de limpeza;
g) Área destinada à cantina comercial;
3.3 OFERTA DE CURSOS E TURMAS
O Colégio Estadual André Seugling atende o Ensino Fundamental, Médio e
Profissional.
No Ensino Fundamental, ofertam-se os anos finais de 6º. ao 9º anos, com
um total de 4000 horas/aulas, sendo 1000 horas/aulas anuais, distribuídas em 200
dias letivos.
O Ensino Médio obedece à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
nº 9394/96, com 3.000 horas/aulas ao término do curso, sendo 1000 horas/aulas
anuais no turno matutino e 960 horas/aulas no turno noturno.
No Ensino Profissional, o Curso Técnico em Secretariado - Subsequente,
compreende um total de 960 horas/aulas ao término do curso, sendo 500
horas/aulas por semestre. O Curso Técnico em Informática – Subsequente,
compreende 440 horas/aulas (1º período); 480 horas/aulas (2º período) e 440
horas/aulas (3º período), todos
de acordo com quadros curriculares devidamente
aprovados pela SEED.
Como Complementação Curricular, a escola participa de Atividades
Complementares em contraturno, propostas pela SEED, com duas turmas sendo:
Turno Matutino: Aprofundamento da Aprendizagem em Matemática (destinado aos
alunos do Ensino Fundamental vespertino). Turno Noturno: Mundo do Trabalho e
Geração de Rendas - Pré-Vestibular (destinado aos alunos do ensino médio
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matutino).
De acordo com a Proposta do Programa, as Atividades Pedagógicas de
Complementação Curricular têm os seguintes objetivos: a) Dar condições para que
os profissionais da educação, os educandos da Rede Pública Estadual e a
comunidade
escolar
desenvolvam
diferentes
atividades
pedagógicas
no
estabelecimento de ensino no qual estão vinculados, além do turno escolar; b)
Viabilizar o acesso, permanência e participação dos educandos em atividades
pedagógicas de seu interesse; c) Possibilitar aos educandos maior integração na
comunidade escolar, fazendo a interação com colegas, professores e comunidade.
O estabelecimento de Ensino funciona em três turnos, utilizando todo o
espaço escolar em função do atendimento aos alunos, com os seguintes horários:
1. O período matutino inicia-se às 7h 40min e termina às 12 horas, com
capacidade de atendimento de 12 turmas distribuídas entre Ensino Fundamental e
Ensino Médio. Atualmente a escola utiliza 10 salas de aula para atividades de
docência. O horário de intervalo é das 10h e 10 min. às 10h e 20min.
2. O período vespertino inicia-se às 13 horas e termina às 17h 20min, e
atende o Ensino Fundamental; 01 sala de Recursos e 01 Sala de Apoio à
Aprendizagem havendo uma sala para funcionamento do Paraná Alfabetizado. O
horário de intervalo é das 15h e 30 min. às 15h e 40min.
3. O período noturno inicia-se às 18:50 horas com término às 23h 20 min., e
atende o Ensino Médio e Ensino Profissional – Subsequente. Observa-se que 10
minutos diários a mais, correspondem à complementação de carga horária exigida
pela legislação que regulamenta esse nível de ensino. O horário de intervalo é das
20h e 30min às 20h e 40min.
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3.3.1 Classificação, Reclassificação, Promoção, Progressão Parcial, Adaptação e
Aproveitamento de Estudos
O estabelecimento prevê a classificação, reclassificação e progressão
parcial, adaptação e aproveitamento de estudos que são tratados com maiores
esclarecimentos no Regimento Escolar do Estabelecimento.
Classificação é o procedimento que este Colégio adota para posicionar o
aluno em série compatível com a idade, experiência e desempenho, adquiridos por
meios formais ou informais. Ela poderá ser realizada por promoção para alunos que
cursaram com aproveitamento a série anterior na própria escola, ou por
transferência
exterior,
para
candidatos procedentes de outras escolas do país ou do
considerando
a
classificação
na
escola
de
origem, e
também,
independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela escola,
que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato, permitindo seu
encaminhamento para a série adequada. A classificação tem caráter pedagógico
centrado na aprendizagem e exige medidas administrativas previstas em Regimento
Escolar para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos profissionais.
Reclassificação é o processo pelo qual esta escola avalia o grau de
desenvolvimento e experiência do aluno matriculado, levando em conta as normas
curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à série de estudo compatível com seu
desempenho e idade, independente do que registre seu Histórico Escolar. É
responsabilidade dos professores informarem à equipe pedagógica os alunos que
possuam condições de acelerar os estudos para que se proceda o processo de
reclassificação.
A matrícula em regime de Progressão Parcial ocorre somente no ensino
médio e é aquela por meio da qual ao aluno, reprovado em apenas uma disciplina
da série, é permitido cursar a série subsequente, concomitantemente à disciplina na
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qual reprovou e que será ofertada no Ensino Médio, em turno contrário.
O regime de progressão parcial exige para aprovação a frequência prevista
em lei e o aproveitamento determinado pelo regimento escolar. Quando houver
necessidade de a dependência ser cursada em horário compatível com o da série
em que o aluno estiver cursando, o estabelecimento oferecerá um plano especial de
estudo obedecendo às condições do estabelecimento e à observação das
necessidades de horário compatível, carga horária, docente disponível e avaliação
dentro dos parâmetros legais.
É vedada a matrícula na primeira série do Ensino Médio com dependência
no Ensino Fundamental.
No caso de transferência, será
fornecido ao aluno documento no qual
conste a disciplina em que tenha sido aprovado ou reprovado, claramente
especificada aquela em que por ventura tenha ficado em dependência. A expedição
de certificado de conclusão de curso só se dará após o atendimento integral do
currículo pleno e da respectiva carga horária, observados os mínimos exigidos por
lei.
A Promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno,
bem como da sua freqüência.
Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental, do Ensino Médio e
Educação Profissional, que apresentarem freqüência mínima de 75% do total de
horas letivas e média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada
disciplina, serão considerados aprovados ao final do ano letivo, ou semestre, no
caso na Educação Profissional.
No ensino médio, exclusivamente, o aluno que reprovar por nota em uma
disciplina, poderá cursar a série seguinte, cursando a respectiva disciplina da série
anterior, paralelamente à série que incidir sua matrícula.
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Tabela 01: Síntese do Sistema de Avaliação
FREQÜÊNCIA
AVALIAÇÃO
SITUAÇÃO
= OU > 75%
= OU > 6,0
APROVADO
= OU > 75%
< 6,0
REPROVADO
< 75%
QUALQUER
REPROVADO
A adaptação de estudos de disciplinas é atividade didático-pedagógica
desenvolvida, sem prejuízo das atividades previstas na Proposta Pedagógica
Curricular, para que o aluno possa seguir o novo currículo. Para tanto, será
elaborado plano de estudos a ser cumprido pelo aluno.
O Aproveitamento de Estudos concluídos com êxito serão aproveitados. A
carga horária efetivamente cumprida pelo aluno, no estabelecimento de ensino de
origem, será transcrita no Histórico Escolar, para fins de cálculo da carga horária
total do curso.
3.3.2 Finalidades desta Escola
O Estabelecimento de Ensino tem por finalidade atender o disposto nas
Constituições: Federal, Estadual e na Lei 9394/96- Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, ministrando o Ensino Fundamental, Médio e Educação
Profissional.
Este Colégio oferta a Educação Básica que compreende o Ensino
Fundamental/Médio e, oferece ainda, a Educação Profissional - Subsequente.
O Ensino Fundamental é ofertado no turno diurno, tendo como objetivo
atender as crianças e jovens em idade escolar, assegurando a formação básica do
cidadão, visando o pleno desenvolvimento do sujeito. Ressalta-se que a partir do
ano de 2012, o Ensino Fundamental de 09 (nove) anos passa a ser ofertado de
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forma simultânea também nos anos finais do respectivo ensino. Dessa forma, o
estabelecimento passa a receber alunos que já cursaram 05 (cinco) anos nas séries
iniciais na rede municipal de ensino, a maioria do município de Cornélio Procópio,
tendo que serem vistos com particularidades diferentes, visto que possuem um ano
a mais de escolarização, quando comparados com alunos do Ensino Fundamental
de 08 (oito) anos. Apesar da divisão administrativa há que se compreender que essa
etapa de ensino é única e este estabelecimento visa a continuidade do processo
educacional, atendendo os alunos de acordo com suas necessidades de
aprendizagem.
O Ensino Médio é a etapa final da educação básica, conforme Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional ( Art.36) e tem duração mínima de 03
anos, com carga horária de acordo com a legislação vigente, distribuída em 200 dias
letivos, contemplando: o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino
fundamental; a preparação básica para o trabalho; a cidadania do educando; a
formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual bem como do
pensamento crítico. De acordo com a LDB 9394/96, o ensino médio como parte da
educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social (Art.
1º). Esta vinculação deve permear toda a prática educativa escolar.
O Ensino Profissional Subsequente – Curso Técnico em Secretariado com
duração de 01 ano (12 meses) e carga horária de 960 horas/aulas, tem por
finalidade a valorização das técnicas secretariais em níveis estratégicos, táticos e
operacionais para consecução dos objetivos organizacionais, e ainda, suprir a
carência de profissionais habilitados para atuarem nas diferentes instituições,
organizacionais públicas e privadas. O Ensino Profissional Subsequente é mais uma
possibilidade para o desenvolvimento do cidadão, para continuar aprendendo, de
forma autônoma e crítica em níveis mais complexos de estudos.
Já o Curso Técnico em Informática – Subsequente com duração de 01 ano e
meio (18 meses) e carga horária de 1360 horas/aulas, tem por finalidade a
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valorização da informação e comunicação em nível de processos básicos relevantes
do conhecimento científico, tecnológico, cultural e das diferentes modalidades de
linguagem, necessário para a autonomia intelectual e moral, compreendendo as
transformações históricas, econômicas, políticas e sociais, sendo tal curso orientado
por valores democráticos e solidários que fundamentam o agir ético no exercício da
cidadania e na intervenção no mundo do trabalho, com competência profissional,
técnica para empregar ferramentas de informática e prestar suporte na utilização
destas.
Tanto o Ensino Médio Regular quanto a Educação Profissional ofertam o
estágio não obrigatório nos termos da Lei 11.788/2008.
A Sala de Recursos é um serviço de apoio especializado de 6º ao 9ª ano,
ofertada no período contrário àquele que o aluno frequenta na classe comum, com
professor habilitado na área de Educação Especial e/ou Educação Inclusiva, no qual
o atendimento pedagógico específico se dá individualmente ou em pequenos
grupos, com cronograma de atendimento, visando ao progresso global dos alunos
que apresentam dificuldades no processo de aprendizagem. Para que o aluno
frequente esse programa, deve antes ser avaliado por profissional devidamente
graduado.
A Sala de Apoio tem como objetivo oportunizar ao aluno, regularmente
matriculado no 6º ano; 7º e 8º anos e, 9º ano, um aprendizado mais individualizado,
pois atende um número reduzido de alunos com dificuldades nos conteúdos de
Língua Portuguesa e Matemática, em período contrário ao que o aluno está
matriculado, visando garantir a aprendizagem efetiva dos alunos, através do domínio
da leitura, da escrita e do cálculo. A carga horária semanal é de 04 aulas para a
disciplina de Matemática e 04 aulas para a disciplina de Língua Portuguesa,
distribuídas em duas vezes na semana. Para o aluno frequentar, é necessário que o
professor regente verifique essa necessidade e informe em ficha própria, de forma
que o professor da sala de apoio tenha referências do ponto que deverá partir. Para
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que ocorra o desligamento do aluno, faz-se necessário que o professor da sala de
apoio, bem como, o professor regente, observem e registrem em documento próprio
a apropriação dos conhecimentos pelo aluno. No decorrer do ano, poderá ocorrer
um rodízio dos alunos.
3.4 CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO
3.4.1 Aluno
O corpo discente do Colégio Estadual “André Seugling” – Ensino
Fundamental, Médio (Educação Básica) e Profissional é originário de diferentes
grupos sociais. Não vem somente de bairros próximos, mas das mais diversas
partes do município, alguns oriundos da zona rural, aproximadamente 10% e, no
caso do Ensino Profissionalizante, também de municípios próximos.
Nos níveis ofertados, existem alunos fora da faixa etária para sua série.
No turno noturno, tanto no Ensino Médio, quanto no Ensino Profissional, a
maioria dos alunos são trabalhadores prestando serviços seja da zona rural ou
urbana como: indústria, comércio , supermercado, oficina mecânica, fazenda, posto
de saúde, hotel resort, pizzaria, escritório, doméstica e babá, sendo alguns
estagiários, com contratos pré-determinados, sem maiores vínculos empregatícios,
de acordo com pesquisa realizada. Possuímos ainda, um número reduzido de
alunos que já concluíram o ensino superior e que retornam ao curso técnico para
aperfeiçoamento profissional.
O corpo discente do Colégio caracteriza-se de forma heterogênea, pois
muitos são jovens trabalhadores, além de pertencerem a diferentes grupos sociais.
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Entre os principais problemas e desafios deste segmento estão: indisciplina; falta
de compromisso da família; passividade dos alunos diante de seus resultados
escolares e evasão, esta, especialmente no ensino médio noturno. Verificou-se
através de entrevista com os alunos no Ensino Noturno, que a principal causa de
evasão e de baixo rendimento constatada foi a dificuldade dos mesmos conciliarem
trabalho e estudo, falta de estímulos, visto que não veem perspectiva de futuro na
escola, pois a necessidade deles é imediata e não a longo prazo. A evasão acontece
porque o ensino médio regular noturno não atende às expectativas do aluno
trabalhador, visto que não vê perspectiva de ao concluir o curso ter mais
possibilidades de prestar concursos e garantia de emprego. Percebe-se que as
necessidades desses alunos são mais prementes, não podendo aguardar o curso
superior para posterior ingresso no mundo o trabalho. No Ensino Profissional,
observa-se a mesma situação, os alunos querem emprego imediato, não têm a
consciência de que precisam estudar para se capacitar e assim poder disputar o
mercado profissional competitivo.
A inclusão social dos alunos se constitui também em uma das grandes
preocupações da sociedade atual, assim como da escola. Dessa forma, o objetivo
é de inserir no contexto social mais amplo todos os alunos, independente de raça,
credo, condição sócio-econômica e com alguma deficiência física, neurológica e
dificuldades acentuadas de aprendizagem (sala de recursos e sala de apoio).
O estabelecimento possui 01 aluno no curso Técnico em Informática, com
necessidades físicas especiais, fazendo uso de cadeira de rodas. Para possibilitar a
frequência do aluno, existe uma parceria com a Prefeitura Municipal para transporte
do mesmo no período noturno.
Embora a estrutura física do terreno, no qual se localiza o estabelecimento,
seja plana, foram realizadas adaptações necessárias para atendimento aos alunos
com necessidades especiais como: a construção de rampas, portas das salas mais
amplas e adaptação de banheiros.
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Atualmente, a escola está inserida no Programa PDE-Escola, vinculado ao
Governo Federal, objetivando a melhoria do processo de ensino e de aprendizagem
dos alunos, refletindo consequentemente, nos Índices de Desenvolvimento da
Educação Básica IDEB. A escola participa do presente Programa, que de acordo
com avaliação das instâncias de competência do Ministério da Educação, obteve
desempenho abaixo da média nacional. Com esse programa, a escola visará
implementar ações que promovam o acesso e permanência na escola, com um
ensino de qualidade.
Os índices de rendimento escolar dos alunos são analisados periodicamente
e, sobretudo, nas semanas pedagógicas, haja vista que ao avaliar esses resultados,
estaremos avaliando o trabalho pedagógico da escola, e ainda,
as Políticas e
Programas Educacionais. Quando analisados os resultados escolares dos alunos e
os obtidos nesses exames, é possível propiciar discussões e reflexões acerca da
realidade escolar e o estabelecimento de metas.
Todos os índices, seja da própria escola, do IDEB, SAEB ou Prova Brasil,
são aproveitados pela escola para que a partir desses indicadores se possa pensar
na escola que queremos e que ainda temos, embora esses índices revelem
parcialmente os dados sobre a aprendizagem.
O IDEB, por exemplo, é um indicador calculado a partir da combinação dos
dados sobre a aprovação escolar, os dados obtidos no Censo Escolar e médias do
SAEB e Prova Brasil. Esse indicador estatístico possibilita a projeção de metas para
cada escola, estado ou município.
Já o SAEB – Sistema Nacional de Avaliação Básica, objetiva a definição de
prioridades e melhoria da qualidade de ensino. Essa avaliação ocorre a cada dois
anos e no caso desse estabelecimento, avalia alunos do 9º ano do
Ensino
Fundamental e 3º ano do Ensino Médio. Como essa avaliação é por amostragem,
não ocorre na totalidade dos estabelecimentos da Rede Pública e Privada, como no
caso da Prova Brasil, que acontece bienalmente somente no Ensino Fundamental, e
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nessa escola, avaliam-se alunos do 9º ano. Além de contar com dados da Prova
Brasil e SAEB, anualmente ocorre também o Exame Nacional do Ensino Médio
(Enem), onde são avaliados os alunos do 3º ano de Ensino Médio, não sendo
obrigatória a participação. Os educadores procuram conscientizar os alunos quanto
à importância da avaliação do ENEM, inclusive auxiliando-os na inscrição via
internet.
Abaixo, dados do Rendimento/Movimento Escolar dos alunos, nos últimos
anos- Fonte - SERE/ABC de 2010:
3.4.1.1 Ensino Fundamental - Turno Matutino e Vespertino (Total 220 alunos)
Taxa de Aprovação
Taxa de Reprovação
Taxa de Abandono
6º ANO
74,19%
24,19%
1,61%
7º ANO
77,35%
16,98%
5,66%
8º ANO
78,84%
19,23%
1,92%
9º ANO
87,27%
10,90%
1,81%
TOTAL
79,09%
18,18%
2,72%
3.4.1.2 Ensino Médio - Matutino e Noturno ( 231 alunos):
Taxa de Aprovação
1ª SÉRIE
2ª SÉRIE
3ª SÉRIE
Total:
Taxa de Reprovação
Taxa de Abandono
63,63%
67,60%
77,61%
28,28%
30,98%
10,44%
8,08%
1,40%
11,9%
70,56%
22,07%
7,35%
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3.4.1.3 Ensino Profissional - Noturno 1º Semestre/2010:
Taxa de Aprovação
54,41%
Taxa de Reprovação
15,44%
Taxa de Abandono
30,14%
Ensino Profissional Noturno 2º Semestre/2010:
Taxa de Aprovação
53,48%
Taxa de Reprovação
29,45%
Taxa de Abandono
17,05%
Fonte de Dados: Sistema de Registro Escolar/ SERE/2010
Com a finalidade de buscar reflexões sobre os rendimentos dos alunos, são
realizados estudos a partir dos dados das avaliações promovidas pelo Governo
Federal e Estadual, sendo descritos abaixo:
Resultados do IDEB do Colégio Estadual André Seugling e Metas Projetadas
Ideb -C.E.A.S.
Metas Projetadas
2005
2007
2009
2007
2009
2011
2013
2015
2017
2019
2021
3,7
4
3,6
3,8
3,9
4,2
4,6
5
5,2
5,5
5,7
Fonte: http://sistemasideb.inep.gov.br/resultado
Resultados do ENEM 2008/2009/2010, dos Alunos Concluintes do Ensino Médio:
ANO Par Média em
Média
Média
tici Linguagen
em
em
pan
se
Matemátic Ciências
tes códigos
a
Humana
s
Média
em
Ciências
da
Natureza
Média
Média
Média
nas Objetivas Redação Total=Redação
+
Objetivas
2008* 41
--
--
---
--
36,38
47,15
47,46
2009
463,52
471,17
467,8
475,64
469,53
558,33
513,93
42
2010 22 504,54
497,6
525,75
459,53
496,85
557,14
526,3
* Neste ano a escala de medição das notas considerou apenas duas casas à esquerda da vírgula.
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Objetivando melhorar os resultados obtidos no ENEM, a escola tem
trabalhado os conteúdos de acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais, e
ainda, proposto atividades baseadas em avaliações anteriores e aplicação de
simulados, no intuito dos alunos se familiarizarem com o formato das provas
ofertadas nessas avaliações.
Desempenho da escola na Prova Brasil – 8ª. Série, quando comparada com Escolas
Estaduais do Brasil e do Paraná- 2005/2007/2009
Disciplin Média das Escolas
a
Estaduais do Brasil
Média das Escolas
Estaduais do Estado
do Paraná
Média das Escolas
Estaduais do
Município
Média do Col.
Est.André SeuglingEFMP
2005
2007
2009
2005
2007
2009
2005
2007
2009
2005
2007
2009
226,4
5
229,9
6
239,7
4
231,3
235,7
2
246,2
8
236,7
4
239,4
6
260,5
4
224,9
2
243,1
5
259,6
8
Matemáti 241,1
ca
7
241,6
3
242,8
7
251,8
6
252,1
3
250,7
8
253.2
3
251,5
6
255,4
1
248,7
7
251,1
4
255,3
Líng.
Port.
Nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, foram trabalhados os
materiais sugeridos pelo Núcleo Regional da Educação, adequados à realização da
Prova Brasil.
O compromisso com a formação do educando nos dias atuais dentro do
estabelecimento de ensino, pede uma prática educacional voltada para a
compreensão da realidade social, conhecimento dos direitos e responsabilidades
em relação à vida pessoal e coletiva e a afirmação do princípio da participação com
responsabilidade. O educando deve poder se beneficiar de uma formação concebida
para responder às suas carências educativas fundamentais. Tais necessidades
compreendem tanto os instrumentos de aprendizagens essenciais (leitura, escrita,
expressão oral, cálculo, resolução de problemas), como conteúdos educativos
(conceitos, atitudes, valores), dos quais os alunos, por serem educandos em
formação, precisam para viver e trabalhar com dignidade, melhorando a qualidade
de sua existência para tomar decisões e agir no âmbito da vida individual e social.
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3.4.2 Pais
Em média, os pais dos alunos deste estabelecimento possuem educação
básica incompleta. Quanto à situação socioeconômica , a maioria tem um ganho
mensal de 1 a 3 salários mínimos, conforme dados informados no ato da matrícula,
no Sistema de Registro Escolar / SERE. Esta comunidade, de certa forma, não é tão
envolvida com a vida escolar dos filhos, por deixarem esta atribuição para a escola,
lembrando que os pais são sempre convidados a participar das mais diversas
atividades escolares, conscientizados sobre o papel fundamental e intransferível da
educação dos filhos, opinando e sugerindo alternativas para a solução de problemas
que afetam a escola.
3.4.3 Professor
O corpo docente do Colégio apresenta-se por professores e profissionais da
educação comprometidos com seus alunos e com os problemas próprios desta
instituição escolar. A rotatividade de professores acarreta certas dificuldades como
docentes que não participam da semana pedagógica e, portanto, não opinam sobre
o plano de ação .
Percebe-se,
entre
os
docentes,
certas
dúvidas
e
dificuldades
na
compreensão em relação à concepção pedagógica adotada pelo estabelecimento,
no caso a Pedagogia Histórico-Crítica e, mesmo em relação à avaliação. Por outro
lado, com o objetivo de superação e aperfeiçoamento da prática pedagógica, há a
preocupação dos profissionais
em se atualizarem por meio de cursos de pós-
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graduação e de formação continuada. Pois essa concepção considera o professor
fundamental no processo educativo, pois ele é quem conduzirá todo o trabalho em
sala de aula.
A maioria dos docentes é efetiva, uma minoria é contratada temporariamente
e, todos, devidamente habilitados para a função, participando ativamente do
desenvolvimento da escola e da concretização dos seus propósitos pedagógicos.
3.4.4 Funcionários
Compõem o quadro de funcionários da escola, o Agente Educacional I,
Agente Educacional II, Agente Profissional e Assistente de Execução.
A equipe de
Agente Educacional I tem a seu encargo o serviço de
manutenção, preservação, segurança e merenda escolar do estabelecimento, sendo
coordenados e supervisionados pela Direção, ficando a ela subordinados.
É composta pelo grupo de Agente Educacional II e Agente Profissional,
(Secretária, Técnicos Administrativos e Bibliotecária) que tem a seu encargo todo o
serviço de escrituração escolar e correspondência do colégio, bem como o
responsável pelo acervo da Biblioteca e videoteca. Os funcionários do setor
administrativo são na sua totalidade efetivos e esse setor serve de suporte ao
funcionamento de todos os setores do estabelecimento de ensino, proporcionando
condições para que os mesmos cumpram suas reais funções; já, o Agente de
Execução é responsável pelos Laboratórios de Ciências e Informática.
Os turnos de trabalho são distribuídos conforme a necessidade do
estabelecimento, com horários específicos.
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3.4.5 Equipe de Direção e Pedagogos
A direção é ocupada por professor eleito democraticamente, com carga
horária de 40 horas e por diretora auxiliar, com 20 horas semanais.
A equipe pedagógica é composta por cinco profissionais devidamente
habilitados, com Graduação em Pedagogia - Licenciatura, sendo todos com 20
horas semanais, portanto trabalham visando um atendimento pedagógico adequado
aos alunos e professores.
É o órgão responsável pela coordenação, implantação e implementação, no
Estabelecimento de Ensino, das diretrizes pedagógicas oriundas da Secretaria de
Estado da Educação e organização do trabalho pedagógico. É composta por
pedagogos que subsidiam todas as ações pedagógicas escolares, assistindo e
coordenando a ação dos elementos significativos da escola, alunos, professores,
família e comunidade. As funções do Pedagogo Escolar estão pormenorizadas no
Regimento Escolar.
Relação Nominal de Profissionais da Educação em Exercício no Estabelecimento – 2011
EQUIPE GESTORA E PEDAGÓGICA
Nome
RG
Função
Vínculo
1
Edson Luiz Salves
5.568.051-5
Diretor
QPM
2
Maria Aparecida de Oliveira
4.203.878-4
Diretora Auxiliar
QPM
3
Elaine de Fátima Moreno
3.532.043-1
Pedagoga
QPM
4
Livaldo Teixeira da Silva
6.814699-2
Pedagogo
QPM
5
Marconde Padias de Castro -PDE
1.484.504-6
Pedagogo
QPM
6
Marisa Olivieri Parreiras – PDE
3.851.492-0
Pedagoga
QPM
7
Tatiane Tobias Zácari
7.500.824-4
Pedagoga
QPM
30
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Professores e Funcionários 2011 – Setembro
Nº
NOME
RG
DISCIPLINA
01
Adriano Staiger Bressan
5.654.140-3 Matemática
02
Adriano Viana Abrantes
7.104.393-2 Educação Física
03
Airton Gomes
6.309.434-0 Informática
04
Alice Amaoka Fernandes
3.124.539-7 Biologia
05
Ana Amélia Pardini Generoso
7.032.495-4 Arte
06
Ana Maria Amorim
3.145.317-8 Língua Portuguesa
07
Ana Maria Severino Bardini
08
Ana Paula Viana Abrantes
7.104.381-9 Administr./Gestão/Fund.Trabalho
09
Andrelina Rosa Fonseca
3.270.892-7 Sala de Apoio
10
Andreza Staiger Andreo
6.275.946-1 Arte
11
Antonielli Ribeiro
8.316.817-0 Ensino Religioso
12
Basilio Juvenil de Souza
13
Célio Carlos Veiga Dias
3.541.619-6 Geografia (EF/EM)
14
Chérie Aparecida Pires
6.525.002-0 Educação Física
15
Claudeti Matias Catarino
3.314.033-9 Educação Física
16
Clélia Queiroz
17
Daniele Fernandes Alves
9.221.576-8 Química
18
Dionéia Aparecida Soares
1.576.990-4 Sala de Apoio
19
Doroteia Fantinati Braz
8.412.129-0 Auxiliar de Serviços Gerais
20
Edilene Dias Guilherme
5.244.266-4 Auxiliar de Serviços Gerais
21
Edméa Rosane Carvalho
22
Edson Luiz Salves
23
Elaine Cristina Magalhães
6.408.955-2 Técn.Secret./Cerimonial
24
Elaine de Fátima Moreno
3.532.043-1 Técnico Administrativo e Pedagoga
25
Erasmo Nunes Tressoldi
8.920.294-9 Arte
26
Erica Cristina da Costa
7.857.888-2
27
Érica Ramos Moimaz
6.411.758-0 História
28
Esmeraldo de Souza
3.183.365-5 Auxiliar de Serviços Gerais
29
Everlei Araujo Carneiro
3.193.619-5 Educação Física
30
Everton Araujo Carneiro
3.197.268-0 História
31
Fabiana Gabelini
6.905.052-2 Contabilidade/Informática
4.279.086-9 Auxiliar de Serviços Gerais
628.840-5 Ciências
4.925.596-9 Auxiliar de Serviços Gerais
4.047.746-2 Matemática (EF)
5.568.051-5 Diretor
Fund.Arq.Comp./Inf.Instr./Sup.Técn./An.Proj./Coo
rd. Curso
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Ensino Fundamental, Médio e Profissional
Rua Carlos Gomes, 604 – Fone/Fax (43) 3524-2079
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32
Fernanda Cristina Teófilo
9.094.317-0 Celem Espanhol
33
Flaviane Torres Banachi
5.819.793-9 Física e Sala de Apoio
34
Giancarlo Marcondes Abrão
3.957.531-0 Ciências
35
Gilberto Chudzik – afastamento função
1.875.603-0 Física
36
Graciela Martins Ayres
6.516.887-1 Educação Física
37
Greicielle Lima Batista Góes
7.525.745-7 Secretariado/Met.Cient.
38
Helena Aparecida Batista
4.210.488-4 Sala de Apoio
39
Hellen Cristina Mora
4.291.597-9 Educação Física
40
Ildete da Silva Melo
702.082-1 Língua Portuguesa
41
Isabel Soares da Silva
974.883-0 Téc. Administrativo (Bibliotecária)
42
Itaracy de Alvarenga Filho
5.206.625-5 Técnico Administrativo
43
João Gomes de Oliveira
4.629.135-2 Geografia
44
Jorge Lúcio Mendes
3.020.065-9 Auxiliar de Serviços Gerais
45
José Carlos Xavier
3.998.207-2 História
46
José Luiz Vilas Boas
6.023.314-4 Internet Progr.WEB/Bco.Dados
47
Juliana de Fátima Pinheiro Dalla Costa
5.681.603-8 Técnico Administrativo
48
Kelseane Nancy Turola Modos Galvão
6.721.574-5 Geografia
49
Leandro Aparecido dos Santos
5.401.738-3 Inglês
50
Leandro Caciolato de Souza
6.911.726-0 Física
51
Lindonir Negri Momesso
3.545.219-2 Auxiliar de Serviços Gerais
52
Livaldo Teixeira da Silva
6.814.699-2 Pedagogo
53
Maisa Aparecida Ferreira
2.162.330-0 Técnico Administrativo
54
Manoelita Apª Cordeiro Marcondes
8.388.476-2 Inglês
55
Márcia Regina de Souza
6.115.472-8 Inglês
56
Marconde Padias de Castro
1.484.504-6 Pedagoga
57
Marcos Antonio Bertolazi
6.021.142-6 História
58
Marcus Vinícius Busquim
8.373.560-0 Assist.Execução/Laboratorista
59
Maria Anésia Milanez da Silva
6.237.769-0 Auxiliar de Serviços Gerais
60
Maria Aparecida de Oliveira
4.203.878-4 Diretora Auxiliar
61
Maria de Lourdes Alves
6.479.783-2 Auxiliar de Serviços Gerais
62
Maria Estela de Mello
3.529.039-7 Educação Física
63
Maria Izabel Inácio
6.219.667-0 Auxiliar de Serviços Gerais
64
Marisa Eva Rossato Francisco
3.578.821-2 Matemática
65
Marisa Olivieri Parreiras
3.851.492-0 Pedagoga
66
Marly Betine – afastamento lic. médica
2.006.592-3 Ciências
67
Mercedes Fredegotto de Souza
887.555-3 Prof. Lei 15308/06
32
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68
Miriam Andrade da Rocha
1.623.397-8 Inglês/Inglês Técnico
69
Miriam Aparecida de Souza Dias
9.183.619-0 Filosofia
70
Nair Reis Reghin
1.072.213-6 História
71
Neci de Oliveira
3.341.619-9 Prof. Lei 15308/06
72
Odair Bonifácio
73
Olienne Maria de Oliveira
6.572.520-7 Inglês
74
Patrícia Garcia dos Santos
6.131.857-7 Sala de Recursos
75
Paulo Sergio Aguera Alcova
4.286.602-4 Espanhol – CELEM
76
Regiane Pascoal Martire
8.584.485-7 Professor Laboratorista
77
Regina Estela Rocha Facimoto
5.309.132-6 Sala de Apoio
78
Regina Helena Boselli Dantas
1.629.669-4 Ciências
79
Regina Machado da Silva – Afastada
1.583.875-2 Auxiliar de Serviços Gerais
80
Renata Valéria Geremias
6.108.443-6 Filosofia/Sociologia
81
Rômulo Rodrigo de França Patrício
8.248.606-2 Filosofia
82
Ronaldo Pitoli
8.004.778-8 Análise Proj./Suporte
83
Rosângela Campos de Godoi Choaire
1.956.382-0 Secretária
84
Roseli Henrique Pereira
4.334.226-3 Arte
85
Rubiane Brocchi
7.603.270-0 Inglês Técnico
86
Silvana Sindice Reis Paulo
4.208.978-8 Sociologia e Ciências
87
Solange Aparecida dos Santos
3.332.310-7 Auxiliar de Serviços Gerais
88
Sônia Aparecida Escrivani Guimarães
1.663.764-5 Técnico Administrativo
89
Sônia Aparecida Schmidt
4.233.097-3 Língua Portuguesa
90
Sônia Regina Landgraf
1.641.805-6 Readaptação Temporária
91
Tânia Aparecida Palhares
3.753.872-8 Língua Portuguesa
92
Tatiany Tobias Zácari
7.500.824-4 Pedagoga
93
Valdelene Aparecida da Silva
4.057.115-9 Técnico Administrativo
94
Valéria Ribeiro dos Santos
6.689.631-5 Geografia
95
Vera Lucia Aparecida Albino Hiaqueta
1.867.215-4 Química
96
Verena Angélica Ferraz Derbli
7.144.091-5 Inglês
Química
Técn./Técn.Secret./Prát.Discurs./Coord.Curso
97
98
99
100
Portanto por meio deste Projeto Político Pedagógico, visamos implementar
gradativamente ações pedagógicas que estejam em consonância com os desafios e
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problemas sociais, políticos, econômicos e culturais próprios do momento histórico
que vivemos. Por meio destas ações, estaremos contribuindo com os alunos e
alunas do Colégio para uma formação humana e intelectual para atuarem como
cidadãos na sociedade a qual pertencem.
É importante observar que tanto o quadro docente quanto o da equipe
pedagógica vêm sofrendo variações ano a ano, seja por afastamentos para cursos
do Plano de Desenvolvimento da Educação, ou mesmo por não ter todo o quadro
efetivo. A composição destes setores depende da demanda anual e da Resolução
Secretarial que dispõe sobre a distribuição de aulas.
3.4.6 Equipe Multidisciplinar
A Equipe Multidisciplinar é uma instância de organização do trabalho
escolar, sob a coordenação da
equipe pedagógica, composta ainda
por
representantes de funcionários, representante das Instâncias Colegiadas e
Professores. Inserida no contexto escolar de acordo com a Resolução Nº 3399/2010
– GS/SEED, Instrução da SUED/SEED, de acordo com o disposto no art. 8º da
Deliberação nº 04/06 – CEE/PR, com a finalidade de orientar e auxiliar o
desenvolvimento das ações relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais e ao
Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, ao longo do período
letivo.
De acordo a Resolução Nº 3399/2010, a Equipe Multidisciplinar se constitui
por meio da articulação das disciplinas da Base Nacional Comum, em consonância
com as Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica e Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Etnico-Raciais e para o
Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, com o objetivo de tratar da
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História e Cultura da África, dos Africanos, Afrodescendentes e Indígenas no Brasil,
na busca de contribuir para que o aluno negro e indígena mire-se positivamente pela
valorização da história de seu povo, da cultura, da contribuição para o país e para a
humanidade.
A Equipe Multidisciplinar deste Estabelecimento de Ensino é composta pelos
seguintes elementos:
Pedagoga: Tatiane Tobias;
Agente Educacional: Sônia Escrivani;
Instâncias Colegiadas: Célio Carlos Veiga Dias;
Professores da Área de Humanas: Paulo Sérgio Aguera Alcova; Ana Maria
Amorim;
Área de Exatas: Edmea Rosane Carvalho;
Área de Ciências Biológicas:
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4. CALENDÁRIO ESCOLAR
Este Estabelecimento de Ensino elabora anualmente seu calendário escolar
de acordo com a legislação vigente, que preceitua para a educação básica, nos
níveis fundamental e médio, um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho
escolar, bem como as normas determinadas em instrução específica da Secretaria
de Estado da Educação. O ensino profissional também atenderá o calendário
escolar, mesmo sendo semestral. A cada ano letivo, é apresentado ao órgão
competente o calendário escolar para apreciação e homologação. As alterações
necessárias propostas pela Escola por motivos relevantes serão comunicadas em
tempo hábil ao Núcleo Regional da Educação de Cornélio Procópio para as
providências cabíveis.
No calendário serão previstas as datas de início e término dos dias letivos;
as datas para a Formação Continuada de professores e funcionários, que é dividida
em 2 etapas, sendo 3 dias no início do ano letivo e 3 dias no início do segundo
semestre. Juntamente com a capacitação – Formação Continuada, destacam-se
dois dias para Planejamento e Replanejamento. Também serão previstos em
calendário, reuniões pedagógicas e conselhos de classe, que acontecerão após o
final de cada bimestre. Serão considerados ainda, os dias de férias, feriados e
recessos escolares.
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5. MARCO CONCEITUAL
A
vida
cultural,
política,
econômica
e
social
própria
do
mundo
contemporâneo caracterizam-se pelo consumismo, individualismo, passividade, culto
ao corpo, modismos, entre outros aspectos. Neste contexto as instituições sociais
passam por sérias crises, como: a) descrédito por parte da população em relação às
instâncias do Estado/Nação (Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário); b) a
desestruturação da instituição familiar; c) dificuldades que a escola pública enfrenta
no cumprimento de sua função social. Em decorrência disto a formação humana e
cultural das crianças, adolescentes e jovens merece atenção especial por parte dos
diversos
segmentos
da
sociedade,
como:
Estado,
empresas,
família,
as
organizações sociais e religiosas.
A
partir da Lei Nº8069 de 13/07/1990 - Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA), ocorre uma mudança de paradigma na concepção de infância,
pois os alunos passam a ser considerados sujeitos de direito no que tange ao Direito
à Educação, Esporte e Lazer, conforme trata o Artigo 53 da respectiva Lei. O ECA
tornou muito claro os desafios que a escola tem, que é receber e ensinar a todos",
avalia.
A adolescência vem sendo interpretada historicamente como um período
de mudanças corporais e psíquicas, ou seja, transição entre a fase de criança e a
vida adulta. É marcada por comportamentos, que notadamente vêm se
generalizando ao longo da história, como: rebeldia, conflitos pessoais, instabilidade
afetiva e emocional, crises de identidade e de existência. Para analisar a
adolescência é necessário levar em conta o ambiente social e o histórico de vida
desses adolescentes.
A escola não pode aceitar passivamente as concepções com visões
fragmentadas da adolescência, que entendem essa fase como natural do
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desenvolvimento humano, sem considerar as condições sociais e históricas que a
constroem. A sociedade capitalista por exemplo, passou a exigir um tempo maior de
escolaridade, retardando o ingresso do jovem no mundo do trabalho e aumentando
os requisitos para esse ingresso, ou mesmo como justificativa da burguesia para
afastar seus filhos desse trabalho. Sendo assim, a adolescência não significa
apenas mudança biológica e de comportamentos, visto que em outras fases da vida
humana, esses mesmos comportamentos possam se configurar; também é marcada
por necessidades sociais e econômicas.
Alves (1997), a partir do contato de alguns profissionais com jovens
estabelece alguns pontos que marcam a visão sobre o comportamento dos
adolescentes, visto que esses tendem a reproduzir os papéis sociais dos adultos;
são pouco politizados e alienados das questões sociais; valorizam o estudo como
forma de ascenção, mas não gostam de estudar pois não têm muita consciência
crítica da sua condição social.
Este Estabelecimento de Ensino, tem como maior demanda adolescentes da
classe trabalhadora. Sabe-se da problemática que vivem esses jovens, pois a
necessidade do ingresso no mundo do trabalho pela precarização de recursos,
muitas vezes, os impedem de estudar, além de que a educação escolar, por vezes,
contribui para relações marcadas pela desvalorização de crianças e jovens que nela
atuam. Cabe portanto à escola criar uma nova cultura. Para Rocha (2002, p. 28) “ o
desafio é a gestão coletiva … da política que orientará aquela comunidade e o
processo de ensino-aprendizagem a partir do qual serão estabelecidos os objetivos
do trabalho, ...” Sendo assim, faz-se necessário maior entendimento das relações
concretas de vida do jovem na família e na comunidade, fazendo com que haja uma
transformação cultural nas relações família/escola/comunidade, na qual a busca por
uma sociedade melhor se faça através de redes solidárias, por meio de ações
coletivas promovidas pela escola.
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Além disto, faz-se necessária a compreensão de que para trabalhar e
praticar os direitos e deveres sociais e políticos na atualidade, a escolaridade é
fundamental a todos, pois como afirma Dermeval Saviani (1999, p. 3) “a escola é a
instituição que propicia de forma sistemática o acesso à cultura letrada, reclamada
pelos membros da sociedade moderna”. Portanto, escolas, colégios, faculdades e
universidades são espaços fundamentais para discutir e refletir sobre o papel do
homem na sociedade e no mundo.
Quanto a aquisição da língua escrita, pode-se dizer que a alfabetização é
um processo praticamente mecânico, ou seja, o sujeito conhece a simbologia das
letras e consegue decifrá-las; já o letramento relaciona-se diretamente ao ato de ler
e escrever ampliando-se à medida que se faz uso dessas funções na vida social, ou
seja, utilizando-as num processo mais amplo do que a decodificação das palavras,
ou o registro delas.
Como alfabetização e letramento não podem ser tratados de forma
dissociada, cabe à escola buscar transformar o aluno alfabetizado em letrado, não
esquecendo que o contexto social contribui muito para o processo de alfabetização e
letramento, só que de forma assistemática, casual. Nesse sentido a escola que
passará a
transmitir esse saber
de forma sistemática, metódica, planejada de
acordo com o ano/idade estabelecidos pelo sistema de ensino.
O processo de escrita é importante, porém, mais importante que decodificar
letras e palavras, será compreender a sua funcionalidade, de modo que o aluno o
faça como sujeito participante da sociedade.
O Município de Cornélio Procópio, a partir das últimas décadas, está se
transformando num polo educacional significativo para a região, ofertando várias
modalidades de ensino, desde a educação infantil até o ensino superior. Neste
sentido, o Colégio Estadual André Seugling, através da reconstrução de seu Projeto
Político Pedagógico, pretende contribuir para o fortalecimento e pela qualidade da
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educação pública no Estado do Paraná. Entendemos, baseados em Paulo Freire,
que o indiferentismo político e pedagógico manifestado através do discurso
acomodado deve ser questionado diariamente, pois de acordo com o pedagogo:
“Um dos piores males que o poder público vem fazendo a nós no Brasil,
historicamente, desde que a sociedade brasileira foi criada, é o de fazer
muitos de nós correr o risco de... cair no indiferentismo fatalistamente
(sic), cínico que leva ao cruzamento dos braços. (FREIRE, 2005 p. 67).
O Projeto Político Pedagógico do Colégio fundamenta-se, em princípio, no
entendimento de que a construção da sociedade do amanhã deve pautar-se pela
justiça e solidariedade entre os cidadãos, na qual os direitos individuais e sociais de
cada um sejam respeitados, independentemente da idade, sexo, raça, escolaridade
e religião, contendo assim, o espírito de companheirismo e a superação da
discriminação.
Esta escola defende o empenho pela democratização do conhecimento e a
ação dialógica como instrumento fundamental para o processo de conscientização
ética e política de seus cidadãos.
Vivemos em uma sociedade capitalista e, consequentemente frente à tanta
competitividade, torna-se imprescindível desenvolver a formação integral dos alunos,
condenando
qualquer
forma
de
violência
e
discriminação,
valorizando
a
solidariedade e cumprimento às Leis. Será portanto necessário, dar noções à
criança e ao jovem quanto ao processo democrático e às possibilidades de
participação social por meio de uma concepção de cidadania à luz das exigências do
mundo contemporâneo. Neste sentido, a formação humana e intelectual das
pessoas consiste num aspecto essencial para a construção da sociedade e isto
implica que, ao projetar o amanhã, temos que refletir e agir no momento presente.
Outro fator importante do marco conceitual é o entendimento de que nosso
trabalho pedagógico deve propor e fomentar uma visão de homem como um ser
histórico, ativo e sujeito de suas próprias ações na totalidade social, pois como diz
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Paulo Freire: “minha presença no mundo não é a de quem a ele se adapta, mas de
quem nele se insere. É a posição de quem luta para não ser apenas objeto, mas
sujeito também da História”. (FREIRE, 2005, p. 54).
O marco conceitual deste Projeto Político Pedagógico consiste ainda, na
compreensão do processo de reflexão e diálogo entre o corpo discente e docente do
Colégio, através de um trabalho pedagógico que considera a observação atenta aos
sinais manifestados no dia a dia escolar, na compreensão e aprofundamento destes
e, na ação concreta sobre os mesmos, permitindo que o Colégio Estadual André
Seugling caracterize-se como:
•
Acessível a todos, garantindo assim a transmissão do saber, isto é, a
universalização dos conhecimentos científicos, filosóficos e artísticos, nas
suas diversas dimensões, que vêm sendo construídos pelos seres
humanos ao longo da história.
•
Contribuinte para a superação das desigualdades sociais, fazendo uso
da competência e participação de todos os que nele estejam envolvidos,
de forma que o trabalho seja coletivo, respeitando as especificidades de
suas tarefas.
•
Parceiro da família, da sociedade organizada e do poder público na
construção de indivíduos plenos e aptos a construir sua própria
autonomia e cidadania.
•
Formador de pessoas livres, sensíveis e justas, que sejam sujeitos de
nossa história, conscientes dos condicionantes e dos caminhos para o
crescimento individual e social, capazes de buscar soluções coletivas
para desigualdades sociais, coerentes na vivência do sentido pleno da
democracia para a construção do bem comum.
De acordo com a SEED/PR, a escola apoia a Campanha de Mobilização
para a Aprendizagem Escolar que objetiva “Instrumentalizar os pais e toda a
comunidade escolar para saber como acompanhar a avaliação da aprendizagem do
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sistema, da escola, dos professores e do aluno, uma vez que a apropriação não
prescinde da clareza de que a aprendizagem é fruto de múltiplos determinantes e
todos devem ser avaliados” (SEED, 2009). Por isso, a comunidade escolar precisa
receber esta instrumentalização entendendo o seu papel no processo escolar. Esse
é o caminho para uma cultura democrática no âmbito educacional.
É direito dos responsáveis pelos alunos terem acesso aos documentos
escolares como PPP, PPC, Regimento Escolar, Plano de Ação na Escola, Boletins,
entre outros. Os pais devem ser incentivados a manterem relações mais estreitas
com o Conselho Escolar, APMF e Grêmio Estudantil, para que por meio dessas
instâncias, também possam participar mais das ações da escola.
A indisciplina, já apontada no marco situacional, surge na relação educativa,
e há que se considerar dois aspectos: um sócio-histórico – condicionantes culturais,
e outro psicológico – influência das relações familiares. A instituição escola, em
geral, tem dificuldades de administrar o novo perfil de seus alunos, pois pressupõe
que o aluno de hoje se comporte com as mesmas normas escolares de décadas
anteriores. Muitas vezes, nas práticas pedagógicas, se gasta mais tempo com as
questões psíquicas/morais do aluno, do que com o conhecimento. Há por parte dos
docentes o propósito de realizar mudanças, que por vezes não são concretizadas
por falta de estudos mais aprofundados sobre o tema. A relação professor e aluno,
deve ser regulada por uma proposta de trabalho fundada intrinsecamente no
conhecimento, contribuindo com a formação moral dos alunos, resgatando valores
ora esquecidos.
Faz-se necessário contudo, ressaltar as funções historicamente atribuídas à
escola:
•
Epistêmica: a serviço da apropriação dos conhecimentos acumulados
pela humanidade;
•
Socializante: preparação para o convívio com o grupo ou sociedade;
•
Profissionalizante: preparação para o trabalho.
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A concepção teórico-pedagógica que direciona a aprendizagem e as ações
propostas pelo Estabelecimento estão voltadas para a pedagogia Histórico-crítica
(PHC), pressuposta no materialismo histórico, proposta por Dermeval Saviani, cujo
objetivo principal é trabalhar com os conhecimentos sistematizados a partir da
realidade do aluno, reafirmando o posicionamento da concepção de homem como
ser histórico. Nesse sentido, a função da educação é humanizar, proporcionar
condições à emancipação e não à adaptação das condições postas. Para Saviani,
“a educação é entendida como ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada
indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo
conjunto dos homens.” (SAVIANI, 2008, p.185)
Nesta concepção, a visão de homem é de um ser que age e transforma o
mundo, com isto, objetiva-se formar o homem capaz de usar a ciência para se
posicionar na sociedade, busca-se o desenvolvimento individual ligado ao
desenvolvimento humano. A Pedagogia Histórico-Crítica trabalha na perspectiva da
superação da sociedade capitalista visando uma sociedade socialista, adequada aos
interesses da maioria.
Na Pedagogia Histórico-Crítica, Saviani (1985) preconiza a importância do
método de trabalho, que pode variar de acordo com situações específicas que
permeiam a prática pedagógica . Para tanto, propõe momentos que caracterizam
esse método, sendo que o ponto de partida do ensino é a prática social, que é
comum a professores e alunos, embora do ponto de vista pedagógico, professores e
alunos apresentam diferentes níveis de conhecimento e experiência dessa prática
social, pois o professor apresenta-se numa síntese provisória em relação ao
conhecimento, já o aluno encontra-se amparado pelos conhecimentos do senso
comum, ou seja, um conhecimento sincrético. O segundo momento é a
problematização e tem como objetivo identificar que questões precisam ser
resolvidas dentro da prática social e quais conhecimentos serão necessários
dominar para compreensão desses problemas. O terceiro momento é a
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instrumentalização, ou seja, a apropriação dos instrumentos teóricos e práticos pelo
aluno, necessários a essa compreensão a partir dos problemas identificados. Para
que essa apropriação aconteça, dependerá da transmissão dos conhecimentos pelo
professor, já que esses instrumentos são produzidos socialmente e preservados
historicamente. O quarto momento é a catarse, que é a efetiva incorporação dos
instrumentos culturais e a forma elaborada de entender a transformação social, que
pode ser respondida pelo aluno por meio da manifestação dos resultados das
atividades propostas, por meio dos conhecimentos sistematizados. O quinto e ultimo
momento é a prática social definida agora como ponto de chegada em que alunos
atingem uma compreensão, que supostamente já se encontrava o professor (síntese
provisória), no ponto de partida. A prática social neste sentido é alterada
qualitativamente pela mediação da ação pedagógica.
O método por si só, visto isoladamente, não trará resultados satisfatórios
sem que os envolvidos, principalmente o professor tenha consciência da finalidade
do seu trabalho, que é a formação do aluno crítico e da relação entre a formação
deste indivíduo com a reprodução da sociedade. É necessário que o professor se
reconheça no aluno; coloque-se como agente social ativo comprometido
politicamente com a transformação da sociedade, caso contrário seu trabalho
reproduzirá a alienação.
Como trata DUARTE (1996, p. 57), “a atividade do
educador, não é um mero meio para satisfazer a necessidade de sobrevivência
física, mas sim a satisfação de uma necessidade vital para ele enquanto indivíduo, a
necessidade de formar outros indivíduos de maneira humanizadora”.
O método proposto pela pedagogia histórico-crítica tem sido trabalhado com
os professores desde a reelaboração do Projeto Político Pedagógico, sendo
discutidos com os professores e equipe pedagógica nas semanas pedagógicas,
tendo como referencial a didática proposta por João Luiz Gasparin (2003) e a partir
de 2011 por Ana Carolina Galvão Marsiglia (2011) para análise e reflexão do
trabalho docente.
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Assim como Gramsci, Saviani (1991, p. 103) define a escola como “uma
instituição cujo papel consiste na socialização do saber elaborado, e não do saber
espontâneo, do saber sistematizado e não do saber fragmentado, da cultura erudita
e não da cultura popular”.
Em relação ao ensino-aprendizagem, faz-se necessário que este seja visto
como processo, a partir dos conteúdos na sua totalidade formal, consolidando a
reflexão em relação às experiências de vida do aluno, à capacidade do sujeito fazer
sua própria história, visando seu desenvolvimento cultural, educacional e humano.
Desta forma, ainda Saviani (1985, p. 76) faz referência à educação como
sendo “uma atividade que supõe uma heterogeneidade real e uma homogeneidade
possível; uma desigualdade no ponto de partida e uma igualdade no ponto de
chegada”
Já ao refletir sobre o currículo escolar, faz-se necessário que a escola
tenha autonomia para dar ênfase aos conhecimentos mais significativos,
favorecendo condições para que o aluno reelabore os conhecimentos previamente
adquiridos pela humanidade. O currículo não pode ser entendido somente como
matriz curricular ou conteúdos, mas sim como percurso, direcionamento possível na
construção do conhecimento, levando-se em conta a cultura dos sujeitos na prática
educativa. A construção social do conhecimento, pela via dos processos de
produção, transmissão e assimilação, constitui-se no próprio currículo, ou seja, na
organização do conhecimento escolar.
Há que se perceber que o currículo não é neutro, ele passa uma ideologia
do conhecimento escolar, expressa cultura; não pode por sua vez estar dissociado
do contexto social. De acordo com Cornbleth, (1992, p.56), tanto o currículo formal
(conteúdo, metodologia, objetivos, avaliação), quanto o currículo oculto (mensagens
transmitidas pela sala de aula e pelo ambiente escolar), tendem fortalecer o
conformismo e a manutenção das desigualdades sociais, econômicas e culturais,
constituindo um controle social.
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O conjunto de conteúdos, dentro de uma intencionalidade, é uma
construção social, diretamente ligada ao momento histórico, à sociedade e às
relações que esta estabelece com o conhecimento.
A escola precisa romper com os paradigmas de uma organização escolar
hierárquica e fragmentada do conhecimento escolar, diminuindo o isolamento entre
as diferentes disciplinas curriculares, agrupando-as num contexto mais amplo. Para
que a escola repense o currículo integrado é necessário que seja reformulado seu
tempo, fazendo estudos constantes pelas equipes de educadores, estimulando os
alunos a estudarem além da sala de aula, buscando momentos de reflexão sobre a
prática pedagógica e consequentemente sobre o Projeto Político Pedagógico.
Sendo assim, faz-se necessário discussões contínuas, num processo
dialético, com vistas à organização de encaminhamentos metodológicos, coerentes
com cada etapa de ensino. A priori, é importante que os profissionais da escola
reconheçam as concepções de criança e adolescente, e ainda, de alfabetização e
letramento, assim como as particularidades do Ensino Fundamental de 09 (nove)
anos, realizando estudos de documentos pertinentes e retomando sempre a
elaboração do Projeto Político Pedagógico, Regimento Escolar e Matriz Curricular do
Ensino Fundamental.
Para Marsiglia (2011), o fato da ampliação de 1 ano no Ensino Fundamental,
na perspectiva teórica da pedagogia histórico-crítica e na psicologia históricocultural, não prejudica o processo de escolarização, porém conforme a autora:
[…] não basta que o Ensino Fundamental comece um ano antes do
que ocorria. Também não cabe a defesa de uma educação para
crianças do 1º ano que, em nome de um suposto respeito as suas
particularidades lhes sonegue o direito ao conhecimento. O que se
faz premente é uma educação escolar de qualidade desde a
educação infantil, rica em possibilidades e intervenções que
proporcionem aos indivíduos a apropriação da cultura em suas
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formas mais desenvolvidas
Os desafios educacionais contemporâneos, por exemplo, que se expressam
nas questões sociais, ambientais, econômicas, políticas e culturais, podem e devem
ser tratados em seu contexto no conteúdo das disciplinas, delimitando o
conhecimento em suas dimensões concretas e também compreendendo e
interpretando os fatores que os condicionam. O educador, assim como o educando,
também sofre interferências da realidade da qual faz parte, portanto, o preconceito,
a fome, a miséria, a violência, a drogadição são desafios que também fazem parte
da sua realidade concreta e não podem ficar alheios ao ambiente escolar.
A violência, como um desafio educacional contemporâneo deve ser tratado
na transversalidade das disciplinas, visto que surge nas relações sociais e a escola
como instituição social não deixa de reproduzi-la, seja refletida nas desigualdades
sociais, exclusão e autoritarismos por parte dos docentes e discentes. Nesta
perspectiva, faz-se necessário compreender o papel da escola na sociedade atual,
conhecer e estudar a questão da violência, para que a falta desse conhecimento não
conduza a elaborações e conclusões repletas de equívocos. Para Almeida (2009,
p.66) ... a violência na escola não é o mesmo que indisciplina. Embora o coletivo da
escola entenda que a indisciplina possa gerar a violência.
A violência na escola compromete e muito o trabalho de professores e
alunos. O objetivo da escola é justamente formar e humanizar os sujeitos a partir
dos conhecimentos. Para tanto, faz-se necessário tornar a escola um espaço de
superação das relações de dominação como ocorre na sociedade, promovendo uma
gestão democrática. Para tanto, é imprescindível promover ações pedagógicas com
o escopo de contribuir com o processo de humanização essencial ao pleno
desenvolvimento de seus sujeitos.
A utilização dos recursos tecnológicos na escola, também inseridos na
Proposta Pedagógica Curricular do estabelecimento, deve ser trabalhada dentro da
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totalidade das disciplinas e não como recorte desta. Não se trata de trabalhar as
tecnologias simplesmente porque o mercado exige, mas porque temos diante de nós
um sujeito concreto, que atuará numa sociedade e terá que ter condições de agir,
por isso a necessidade de uma educação emancipadora. Conforme Documento
Elaborado pela Diretoria de Tecnologia para a Conferência Estadual de Educação
Básica e, a partir do conceito de Arroyo, quanto à “Nova Consciência Profissional”:
“ Frente a esse cenário de desenvolvimento tecnológico e das mudanças
sociais dele oriundas, na educação se tem procurado construir novas
concepções pedagógicas elaboradas sob a influência do uso dos novos
recursos tecnológicos, resultando em práticas que promovam o currículo
nos seus diversos campos dentro do sistema educacional. Nesse sentido, o
fundamental é levar os agentes do currículo a se apropriarem criticamente
dessas tecnologias, de modo que descubram as possibilidades que elas
oferecem no incremento das práticas educacionais”. (SEED/SUED, 2008, p.
... apud ARROYO)
Optamos como atividade complementar, conforme Lei 11.788/2008, pela
inclusão do estágio não obrigatório, que é uma forma de integração entre teoria e
prática na formação do aluno, representando um momento diferenciado de
aprendizagem. Destacamos seus principais objetivos de acordo com a legislação:
•
possibilitar o conhecimento da realidade do mercado de trabalho,
oferecendo instrumentos conceituais ao aluno para analisar as relações
de
produção,
de
dominação,
bem
como
as
possibilidades
de
emancipação do sujeito a partir do trabalho;
•
articular os conhecimentos acadêmicos historicamente construídos, com
a prática vivenciada no comércio e nas empresas;
•
integrar o curso de Ensino Médio e Profissional, à comunidade, de modo
a proporcionar a retroalimentação do processo educativo e de estágio;
•
permitir ao estudante e futuro trabalhador atuar criticamente, no mundo
do trabalho de forma mais autônoma e consciente.
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5.1 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
Uma vez explicitada a função da educação, surge a compreensão do ensino
e da aprendizagem, e ainda, da avaliação como elemento articulador entre ambos.
Sob o pressuposto de uma concepção de avaliação também emancipadora,
espera-se garantir o acesso democrático ao conhecimento e avaliá-lo no decorrer do
processo educativo. Quando se fala em avaliar os discentes, também estarão sendo
avaliados a prática docente, a gestão, o currículo, enfim o próprio sistema de ensino
como um todo.
No plano de ensino, é importante prever os critérios e instrumentos de
avaliação. Para tanto, o professor deverá ter clareza de que a avaliação por ser
contínua, acontece no decorrer do processo e não ao final daquela unidade, com
determinado instrumento. Os critérios de avaliação elaborados pelo professor, tendo
em vista dos conteúdos estruturantes e básicos, deverão ser apresentados aos
alunos e adequados às necessidades educativas que se apresentarem no decorrer
do processo.
Daí a importância de um acompanhamento atento das ações do aluno e
valorizá-las bem mais que as provas e trabalhos.
O professor deve diversificar ao máximo os instrumentos avaliativos. O foco
da avaliação jamais deve estar centrado no conteúdo trabalhado, mas na
capacidade de contextualização revelada pelo aluno em aplicar os ensinamentos
desse conteúdo em outros níveis de pensamento, outras situações e até mesmo
disciplinas.
A avaliação por ser contínua, haverá momentos em que será formal. Para
tanto, faz-se necessário o esclarecimento prévio aos discentes das ações que serão
tomadas pelo docente quanto às atividades avaliativas. O aluno deve ser orientado
que a vida cobra situações de responsabilidades, por isso os agendamentos das
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atividades escolares, não podem ser banalizados, fazendo-se necessário justificar
suas ausências. Há que se preservar, contudo, o direito à recuperação paralela,
tanto no aspecto qualitativo quanto valorativo. No sentido de organizar e também de
resguardar o aluno de ser avaliado não somente através de provas, a escola em
conjunto com os professores estabelece critérios quanto ao percentual que o aluno
será avaliado de (zero a dez), no marco operacional deste projeto.
Ao propor uma educação democrática, a avaliação deverá ser diagnóstica,
processual, formativa, cumulativa e somativa, favorecendo o desenvolvimento do
aluno como um todo. Se constitui em uma referência para as adequações
necessárias ao planejamento, devendo fazer uso de critérios como: definição do
objeto a ser avaliado, seleção de procedimentos de avaliação, análise dos
resultados e novas ações.
A avaliação deve possibilitar ao professor a tomada de decisões e
proporcionar dados que permitam a promoção da reformulação do Plano de
Trabalho Docente, adequando conteúdos e métodos de ensino. É um processo
integral, sistemático, gradual e contínuo que se inicia no estudo de uma situação e
se estende por todo o caminhar educativo, buscando melhorias, planejando e
redimensionando o trabalho pedagógico. Terá como funções auxiliar o educando na
compreensão de si mesmo e fazer preponderar os aspectos qualitativos da
aprendizagem.
A avaliação é diagnóstica para determinar a presença ou ausência de prérequisitos num dado momento, visando o crescimento do educando; contínua, como
prática que ocorre no decorrer do processo de ensino, respeitando o “tempo” do
educando para que a aprendizagem se efetive; formativa que respeita as
potencialidades e características do educando, mas, que avalia seu desempenho em
relação ao elenco de objetivos propostos reorientando a prática docente; cumulativa
que avalia a eficiência do plano ou atividade; somativa que se refere à aferição dos
resultados que foram obtidos por meio das avaliações formativas, visto que expressa
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a totalidade do aproveitamento escolar, através de indicadores que permitam
melhorar o processo de ensino.
Portanto, o marco conceitual deste Projeto Político Pedagógico se
fundamenta no reconhecimento de que somos agentes construtores do amanhã, na
visão de homem como ser histórico e participativo e no entendimento de que o
Colégio se configura como um espaço de produção de conhecimento, podendo
assim se tornar uma referência no ensino público do Estado do Paraná.
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6. MARCO OPERACIONAL
O processo de operacionalização deste Projeto Político Pedagógico se
fundamenta numa gestão participativa, na qual, docentes, pedagogos, pais, alunos,
diretores e demais funcionários participam dos processos e decisões no âmbito
escolar. Neste sentido, a área administrativa e pedagógica são integradas. Cada
membro exerce seu papel de forma consciente, porém não com individualismos,
mas com objetivos comuns, contribuindo para que a escola atinja suas metas.
Para fins de operacionalização são propostas as seguintes ações:
6.1 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Com a finalidade de planejar e também informar os alunos quanto às
avaliações, atividades e formas de recuperação de estudos, os professores propõem
um “contrato pedagógico” com os alunos, a ser cumprido no decorrer do ano letivo.
Para tanto, esclarecem como serão realizadas as atividades avaliativas no decorrer
do processo, os critérios de avaliação estabelecidos bem como os instrumentos
avaliativos a serem utilizados.
O sistema de avaliação é semestral, o rendimento mínimo exigido para
aprovação é seis vírgula zero (6,0) por disciplina. Os resultados avaliativos serão
analisados durante o período letivo, pelos alunos e professores, observando os
avanços e as necessidades detectadas para o estabelecimento de novas ações
pedagógicas. Na avaliação da aprendizagem, deverão ser considerados os
resultados obtidos durante o período letivo, num processo contínuo, expressando o
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seu desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma. A média de conclusão é
calculada pela média ponderada das notas dos dois semestres letivos, constituindose em média anual.
Para os alunos de baixo rendimento escolar serão proporcionados Estudos
de Recuperação Paralela que se constituem no conjunto integrado de metodologias
e instrumentos diversificados ao processo de ensino e adequado às dificuldades dos
alunos. Todos os alunos poderão participar desses estudos, independentemente de
seus resultados. No decorrer do ano letivo, à medida que se processar a
recuperação de estudos, haverá atribuição de nota, em que prevalecerá aquela em
que o aluno apresentar melhor desempenho. Todo processo avaliativo e de
recuperação deverão ser registrados no livro de registro de classe, para assegurar a
regularidade e autenticidade da vida escolar. A recuperação será organizada com
atividades significativas, devendo indicar os conteúdos da disciplina nos quais o
aluno apresentar dificuldades.
A avaliação utilizará técnicas e instrumentos diversificados, coerentes com a
concepção de ensino, elaborados, aplicados e corrigidos pelo professor, com
atribuição de nota semestral resultante da somatória dos valores cumulativos
atribuídos a cada aferição realizada, na sequencia e ordenação de conteúdos.
Deverá também determinar os critérios de avaliação que deverão ser elaborados em
consonância com os objetivos elencados no Plano de Trabalho Docente de cada
disciplina e professor.
No coletivo dos professores, ficou definido que dos 10 (dez) pontos
avaliados, 60% serão realizados por meio do instrumento Prova, podendo ser
individual, em grupo, com ou sem consulta. Para os 40% restantes serão utilizados
outros instrumentos como trabalhos de pesquisa em grupo ou individual,
apresentação oral, seminários, debates, entre outros. Bimestralmente, o professor
deverá, conforme ficou estabelecido, fazer uso de, no mínimo, 3 (três) instrumentos
avaliativos.
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Encerrado o processo de avaliação será processada a promoção que
resultará na combinação do resultado da avaliação do aproveitamento escolar,
(média mínima para aprovação 6,0) e apuração da assiduidade (75% de frequência).
A condição do aluno de aprovado ou reprovado será registrada em documentação
escolar.
6.2 FALTAS DOS ALUNOS
Com vistas à permanência do aluno é realizado um acompanhamento pela
equipe pedagógica e, no caso de necessidade, a família é comunicada das faltas
dos filhos. A escola fará uso de mecanismos internos para alertar a família em
casos de 5 faltas consecutivas e 7 faltas alternadas. O instrumento utilizado para
informar o Conselho Tutelar quanto às faltas dos alunos, será através da ficha FICA
– Ficha de Comunicação do Aluno Ausente. Antes contudo, a escola procurará
desenvolver um conjunto de ações, buscando as causas precípuas da evasão
escolar, como medida preventiva. Essa ficha faz parte do Programa de Mobilização
para Inclusão Escolar e Valorização da Vida.
Ao aluno que, por ventura, esteja afastado por motivo de saúde, com
atestado médico amparado pelo Decreto 1044/69, como é o caso de doenças
infecto-contagiosas e, licença maternidade (Lei 6.202/75), caberá à equipe
pedagógica propiciar condições para o encaminhando de atividades domiciliares
propostas pelo professor, as quais serão entregues, em formulário próprio, aos pais
ou
responsáveis,
desde
que
devidamente
protocolado.
Neste
caso,
o
Estabelecimento determina que o afastamento seja por período igual ou superior a
10 (dez) dias consecutivos. No livro-registro do professor, lança-se a falta do aluno,
será registrado no espaço “observações”, o número do aluno faltante seguida da
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informação “amparo legal” e, ao final, estas faltas não serão computadas. Este
mesmo procedimento será aplicado a alunos participantes de jogos e de programas
oficiais da mantenedora e em razão de Serviço Militar. Apenas serão consideradas
para efeito de registro no picote, as faltas não justificadas, as amparadas por
atestado médico, cujas enfermidades não estejam previstas no decreto 1044/69, de
21/10/69 e na Lei 6.202/75-Licença Maternidade. No caso de licença médica acima
de 90 (noventa) dias, o Estabelecimento comunica o Núcleo Regional da Educação,
o qual providenciará contratação de professor para dar atendimento domiciliar ao
aluno. É importante que este aluno se sinta participante do processo escolar e que
as ausências não venham dificultar o desenvolvimento intelectual.
Tais medidas, no entanto, serão aplicadas considerando os limites e as
possibilidades da escola.
6.3 FALTAS DOS PROFESSORES
Tendo em vista a necessidade do cumprimento da carga horária mínima
exigida por lei e de acordo com o calendário escolar e matriz curricular (800h/a e
200 dias letivos) , no caso de falta do professor , o mesmo deverá realizar as
devidas reposições.
No livro de chamada deverão ser informadas as respectivas faltas e
reposições conforme Instrução 07/10 – DAE/SEED.
Cumpre ao estabelecimento atender os alunos nos seguintes casos de falta
do professor: participação em cursos ofertados pela mantenedora; convocação
judicial (participação em júri, eleição, etc.); atestados médicos de até 3 (três) dias.
Nestes casos, serão registradas frequência e no campo conteúdo, atividades
desenvolvidas. Serão consideradas aulas previstas e dadas.
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Caso o estabelecimento não possa ofertar este atendimento, será anulado o
campo “frequência” , no campo observação será registrado “amparo legal”, no
campo conteúdo será registrado atividades não desenvolvidas e, caberá ao
estabelecimento programar complementação de carga horária por meio de
atividades tais como: palestra, feiras culturais e/ou pedagógicas, etc.
Todas as reposições deverão ser registradas nos campos: frequência,
conteúdo, observações e consideradas aulas previstas e dadas em caráter de
reposição.
Atividades
pedagógicas
tais
como:
conselho
de
classe,
reuniões
pedagógicas, formação continuada, quando previstas a realização em dias letivos,
serão consideradas aulas não previstas e não dadas.
Todas as vezes em que houver falta do professor, a justificativa desta só
será considerada mediante documento legal, no caso, atestado médico ou
declaração de participação em curso ou, ainda, de convocação judicial.
Caso não sejam apresentadas nenhuma destas justificativas, o livro registro
deverá obedecer o seguinte critério: no campo “frequência” anular; no conteúdo,
falta do professor; na observação, aula prevista e não dada.
6.4 HORA-ATIVIDADE
"A hora-atividade é o período em que o professor que desempenha funções
da docência, reservado a estudos, planejamento, reunião pedagógica, atendimento
à comunidade escolar, preparação de aulas, avaliação dos alunos e outras
correlatas, devendo ser cumprida integralmente no local de exercício." - Lei Nº
13807 – 30/09/2002, que institui a Hora-atividade no Estado do Paraná.
Neste espaço reservado para estudos, a equipe pedagógica organizará uma
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semana, por mês, para fundamentação teórica sobre: Instrução 07/10 DAE/CDE,
normas para preenchimento do Livro Registro de Classe na Rede Estadual de
Ensino; Avaliação, Recuperação Paralela, Plano de Trabalho Docente, Proposta
Pedagógica, PPP, entre outros.
A hora atividade deste estabelecimento é feita no (s) turno(s) em que o
professor ministra as suas aulas.
Não foi possível estabelecer hora-atividade por área de conhecimento.
Assim, os professores das mais diversas áreas de conhecimento e de modalidades
de ensinos diferentes, encontram-se no período de hora-atividade.
Os horários são organizados individualmente, respeitando-se o horário de
aula do professor.
6.5 PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA
Entendemos que a participação da família é primordial para o bom
desempenho escolar do aluno e, para tanto, a equipe pedagógica incumbir-se-à de
elaborar calendário de reuniões para os pais, assim como membros do Conselho
Escolar, informando-os logo no início do ano letivo. Paralelamente, a escola estará
divulgando a campanha promovida pelo Governo do Estado do Paraná “Eu
acompanho a avaliação escolar do meu filho. E você? - Aprendizagem: acompanhe
esse processo “, com a finalidade de buscar o envolvimento dos pais. Num primeiro
momento, a divulgação ocorreu por meio de faixa, chamando os pais para
compartilharem essa ideia. O próximo passo ocorre na 1ª reunião a ser realizada
com os pais ou responsáveis no mês de março. Nessa oportunidade, para que
ocorra a instrumentalização, os pais serão informados sobre o sistema de avaliação
da escola (semestral), Conselhos de Classe (bimestrais),
Regimento Escolar,
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instrumentos de avaliação utilizados pelos docentes. Outra questão a ser discutida
com os pais ou responsáveis nesses momentos, é a implantação do Ensino
Fundamental de 9 anos, esclarecendo o possível impacto da expansão do tempo
escolar na vida dos educandos, seja no aspecto pedagógico e documental.
Para que se cumpram as metas propostas por este Projeto Político
Pedagógico
as reuniões com pais contarão com professores, direção e equipe
pedagógica, com a finalidade de discutirem o rendimento escolar dos alunos e as
propostas de trabalho da escola, sendo previstas duas reuniões gerais, durante o
ano. Bimestralmente, os pais serão chamados para assinatura de boletins e
verificação do aproveitamento escolar.
Para maior clareza de informações aos pais, a escola organiza um sistema
de ficha de ocorrência individual de aluno, separada por turma/turno e que reúne
não só a ficha atualizada do aluno, mas todas outras que contém registros de anos
anteriores.
Nestas fichas, são registradas informações tais como: violência na escola
contra alunos, professores e funcionários; não realização de tarefas na sala ou fora
dela, como é caso do dever de casa; dificuldade de aprendizagem; faltas contínuas,
ausentar-se do estabelecimento antes do término das aulas e outros casos previstos
no regimento escolar.
Serão propostas ainda pela escola, reuniões bimestrais com líderes de sala
e equipe pedagógica , com a finalidade de que estes apresentem suas angústias e
propostas para melhoria de qualidade do ensino, pois sabe-se que os problemas de
aprendizagem são resultado de um conjunto complexo de fatores que podem e
devem ser discutidos pelos envolvidos. Quando os alunos propõem alternativas para
melhoria do próprio desempenho, o comprometimento e as possibilidades de se
atingir os objetivos superam as expectativas. Como diz Paulo Freire,( 2005, p.64),
“ O ideal é que cedo ou tarde, se invente uma forma pela qual os educandos possam
participar da avaliação. É que o trabalho do professor, é o trabalho do professor com
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os alunos e não do professor consigo mesmo”. Com o corpo docente, as alternativas
para melhoria do processo de ensino serão discutidas nas reuniões pedagógicas e
nos conselhos de classe.
6.6 INDISCIPLINA / VIOLÊNCIA
As ações propostas pelo corpo docente para minimizar os problemas
oriundos por motivos de indisciplina escolar são:- A execução de um plano de
trabalho docente semestral mais integrado entre as disciplinas; apresentar aos
alunos os conteúdos que serão trabalhados no decorrer de cada semestre;
estabelecimento de contrato pedagógico entre professores e alunos; trabalhar mais
a afetividade, procurando conhecer mais a vida dos alunos, especialmente dos que
apresentarem maiores problemas de aprendizagem, sem contudo perder o foco do
ensino; estudo do regimento escolar e projeto político pedagógico, com apoio do
professor pedagogo; trabalhar com alunos monitores, sendo devidamente orientados
para tal. O trabalho docente é imprescindível para a boa relação em sala de aula e
para o bom desempenho dos alunos. Para tanto, é preciso sempre considerar os
conhecimentos prévios dos mesmos, ressignificar os conteúdos, a metodologia, a
relação entre docentes e discentes. A disciplina, antes considerada como sinônimo
de silêncio, deve ser encarada como movimento, vontade de transpor obstáculos.
Com relação à violência, propõe-se que a conscientização dos alunos seja
tratada a partir da realidade objetiva, dentro e fora da escola. Este tema deve ser
previsto nos planejamentos das respectivas aulas, devendo o professor procurar,
juntamente com a equipe pedagógica, pesquisar material teórico relacionado ao
tema, para enfrentamento de situações inusitadas. No decorrer do ano, a equipe
diretiva da escola promoverá grupos de estudos com os professores sobre estes
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temas, aproveitando também os momentos de hora atividade.
No início de cada semestre será destinado um dia para estudo do regimento
escolar em todas as turmas concomitantemente. Quando for o caso, também serão
realizadas assembleias com o corpo discente com a finalidade de refletir sobre as
competências estipuladas no regimento da escola e estabelecer regras e normas de
condutas em sala de aula.
6.7 FORMAÇÃO CONTINUADA
Visando um trabalho integrado, esta instituição incentiva e possibilita a
melhoria da competência profissional, na medida em que professores e profissionais
da educação participam de Cursos de Capacitação oferecidos pela SEED, previstos
em calendário escolar e outros como Universidade do Professor, seminários,
encontros, destacando também, cursos oferecidos por entidades particulares e
grupos de estudos, tanto propostos pela SEED, como propostos pela escola. Os
grupos de estudos propostos pela escola, ocorrerão nas horas atividades e
bimestralmente em horário alternado, com o objetivo de promover encontros entre
os professores das diversas disciplinas e pedagogos. Em caso de ausência de
professor em curso, a Equipe Pedagógica e Direção, viabiliza o atendimento das
turmas por docentes que estiverem em hora atividade ou mesmo com necessidades
de repor aulas. Os professores também poderão deixar atividades com os alunos,
em forma de trabalho de pesquisa, que poderá ser realizado na biblioteca, no horário
da aula e que será recolhido pelo professor, no seu retorno, para avaliação. Esse
atendimento é necessário para que seja garantido ao aluno a carga horária prevista
na matriz curricular bem como os dias previstos em Calendário Escolar.
Para o ano de 2012, faz-se necessário priorizar ações de formação
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continuada que tratem sobre a nova organização do Ensino Fundamental (09 anos),
provocando um repensar em toda a Educação Básica. Para tanto será realizado
grupos de estudos sobre a temática.
Tendo em vista a necessidade de permanente qualificação dos professores,
assim como discussão dos problemas apresentados na escola, serão realizadas,
periodicamente, reuniões pedagógicas sob a coordenação da Equipe Pedagógica do
estabelecimento.
6.8 RECURSOS
No plano de trabalho proposto pelos professores estará previsto o uso de
tecnologias como a utilização da biblioteca, dos mapas, dicionários, livros didáticos,
rádios, computadores, Tvs multimídias, DVDs com programas educativos enviados
pelo MEC, entre outros, uma vez que estas estão influenciando altamente todas as
áreas da sociedade. A educação precisa atender as expectativas provocadas pelas
mudanças sociais, enfatizando a interação criativa, o pensamento crítico e o
julgamento de valores. Ajudar, enfim, os alunos a desenvolverem a capacidade de
aprender através de recursos que muitos não têm acesso. Grande parte dos
professores estão utilizando o laboratório de informática para pesquisas e como
mais um instrumento pedagógico, com a finalidade de propiciar maior compreensão
dos conteúdos pelo educando.
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6.9 DEMANDAS ESPECÍFICAS
As Salas de Recursos (turno vespertino) e de Apoio (turno vespertino e
matutino), são ofertadas com autorização prévia da SEED. Funcionam com
acompanhamento contínuo da equipe pedagógica, sendo, esta, intermediária entre
os professores da turma de origem e das salas de recursos/apoio à aprendizagem.
Há um constante contato com a família, no sentido de conscientizá-la da importância
da frequência do aluno no contraturno, para a sua promoção.
Com relação à Sala de Recursos, o encaminhamento dá-se após avaliação
por profissional devidamente habilitado na área clínica e de educação especial. No
laudo deverá constar que o aluno apresenta dificuldades na sua aprendizagem por
algum distúrbio. Na escola, são preenchidas fichas próprias pelos regentes de
classe da sala regular ao perceberem dificuldades acentuadas na aprendizagem,
em seguida é realizada uma entrevista com os pais. A avaliação no contexto escolar
é também um instrumento essencial. Os procedimentos de intervenção são descritos
de acordo com as necessidades do aluno. O contato entre professores da sala de
recursos e da sala regular por meio da equipe pedagógica e nos Conselhos de
Classe.
As Salas de Apoio, destinadas aos alunos do 6º ano e 9º ano, com
dificuldades de aprendizagem na leitura, na escrita ou no cálculo, são ofertadas no
contraturno. A indicação dos alunos para composição da turma é realizada com o
apoio dos professores da turma regular. A equipe pedagógica proporciona o estudo
e discussão da legislação específica, para a realização de um trabalho diferenciado
com metodologias adequadas às necessidades dos alunos e utilização de material
didático específico. A equipe pedagógica orienta, ainda, os professores da sala de
apoio para participarem do Conselho de Classe, para que
tenham maior
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conhecimento do desenvolvimento escolar dos alunos e das possibilidades de
dispensa ou permanência, conforme a melhoria na aprendizagem de cada um.
O preenchimento de fichas específicas para os alunos que frequentam a
Sala de Apoio, também é uma exigência da Secretaria de Estado da Educação, as
quais permanecerão arquivadas na pasta do aluno, a partir do seu desligamento.
Para assumirem as aulas da sala de apoio, os professores são devidamente
capacitados pela SEED.
6.10 ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO
Com fundamento na Lei 11.788/2008 e Instrução Nº 006/2009, este
estabelecimento de ensino acompanhará, por meio da equipe pedagógica ou
coordenador de curso, o estágio não obrigatório, desenvolvido como atividade aos
alunos, sendo que conforme Lei 11.788/2008, Artigo 3º, inciso I, será obrigatória:
I – matrícula e frequência regular do educando em curso de educação
superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e nos
anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de
jovens e adultos e atestados pela instituição de ensino;
A competência da instituição de ensino está descrito no Artigo 7º da
respectiva Lei, conforme segue verbis:
Art. 7o São obrigações das instituições de ensino, em relação aos
estágios de seus educandos:
I – celebrar termo de compromisso com o educando ou com seu
representante ou assistente legal, quando ele for absoluta ou
relativamente incapaz, e com a parte concedente, indicando as
condições de adequação do estágio à proposta pedagógica do curso, à
etapa e modalidade da formação escolar do estudante e ao horário e
calendário escolar;
II – avaliar as instalações da parte concedente do estágio e sua
adequação à formação cultural e profissional do educando;
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III – indicar professor orientador, da área a ser desenvolvida no estágio,
como responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades do
estagiário;
IV – exigir do educando a apresentação periódica, em prazo não
superior a 6 (seis) meses, de relatório das atividades;
V – zelar pelo cumprimento do termo de compromisso, reorientando o
estagiário para outro local em caso de descumprimento de suas
normas;
VI – elaborar normas complementares e instrumentos de avaliação dos
estágios de seus educandos;
VII – comunicar à parte concedente do estágio, no início do período
letivo, as datas de realização de avaliações escolares ou acadêmicas.
De acordo com a Instrução 006/2009 - SUED/SEED, são atribuições do
professor orientador:
•
Elaborar o plano de estágio e orientar sua execução;
•
Organizar formulários e registros para acompanhamento do estágio de
cada aluno;
•
manter permanente contato com os supervisores responsáveis pelo
estágio na parte concedente;
•
explicitar a proposta pedagógica da Instituição de Ensino e do plano de
estágio obrigatório e não-obrigatório à parte concedente;
•
planejar com a parte concedente os instrumentos de avaliação e o
cronograma de atividades a serem realizadas pelo estagiário;
•
realizar avaliações que indiquem se as condições para a realização do
estágio estão de acordo com o Plano de Estágio e o Termo de
Compromisso, mediante relatório;
•
zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso;
•
orientar a parte concedente e o aluno sobre a finalidade do estágio;
•
orientar a parte concedente quanto à legislação educacional e às normas
de realização do estágio;
•
solicitar relatórios de estágios da parte concedente e do aluno;
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•
realizar visitas nas instituições concedentes para avaliar as condições de
funcionamento do estágio;
•
orientar previamente o estagiário quanto:
 às exigências da empresa;
 às normas de estágio;
 aos relatórios que fará durante o estágio;
 aos direitos e deveres do estagiário.
•
Obs.: No caso de estudante com deficiência, que apresente dificuldades
para elaborar o relatório, o professor orientador deverá auxiliar esse
estagiário.
São atribuições dos alunos que participam do estágio não-obrigatório:
•
Considerando a Concepção de Estágio:
 ter assiduidade e pontualidade, tanto nas atividades desenvolvidas na
parte concedente como na instituição de ensino;
 celebrar Termo de Compromisso com a parte concedente e com a
instituição de ensino;
 respeitar as normas da parte concedente e da instituição ensino;
 associar a prática de estágio com as atividades previstas no plano de
estágio;
 realizar e relatar as atividades do plano de estágio e outras,
executadas, mas não previstas no plano de estágio;
 entregar os relatórios de estágio no prazo previsto;
•
A escola organiza o estágio, estabelecendo algumas medidas como:
 A declaração de Matrícula somente será emitida após 30 (trinta) dias
de frequência do aluno;
 No caso de frequência e ou notas irregulares, no primeiro momento, o
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aluno será notificado e posteriormente será enviado ofício informando
a Parte Concedente;
 No caso de reprova por nota/frequência a escola informará o órgão
responsável para as devidas providências;
 Sempre que solicitado pelo orientador, o aluno e a instituição cedente
do estágio deverão apresentar relatório de estágio.
Desta forma, o Colégio buscará desenvolver e aprimorar as parcerias com a
sociedade organizada, a comunidade local, empresas e poder público, e convênio
com o
CIEE – Centro de Integração
Empresa-Escola; em que os alunos do
estabelecimento realizam estágio não obrigatório. É importante conscientizar os
alunos de que através das parcerias com escritórios, empresas e indústrias, eles
poderão atuar em empresas com estágio remunerado e, futuramente, possível
contratação. É essencial que os professores tenham clareza, quando for o caso, da
compatibilidade entre as atividades que o estudante realiza na empresa e o
conteúdo do seu currículo escolar. Espera-se que o estágio oportunize ao estudante
por em prática o que está aprendendo na teoria. Essas parcerias permitem ampliar o
debate sobre a questão da educação na sociedade contemporânea, por meio de um
processo cooperativo de formação de indivíduos plenos e aptos a construir sua
própria autonomia e cidadania. Com essas parcerias objetiva-se incentivar
a
participação do aluno na escola e ao mesmo tempo conscientizá-lo da importância
do ensino para sua vida.
6.11 MATRIZ CURRICULAR
Para a elaboração da matriz curricular foram considerados: a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96, Legislação do Conselho
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Nacional da Educação e Conselho Estadual da Educação; Resoluções, Instruções
da SEED e Princípios democráticos com a participação dos profissionais da
educação. Foram realizadas reuniões com professores e membros do Conselho
Escolar para definição das mesmas, sendo que no Ensino Fundamental, na Base
Nacional Comum foram contemplados os seguintes componentes: Artes, Ciências,
Educação Física, Ensino Religioso, Geografia, História, Língua Portuguesa e
Matemática; ressaltando que o Ensino Religioso é ofertado apenas no 6º e 7º ano
do Ensino Fundamental. Na Parte Diversificada da Matriz, foi definida a disciplina de
Língua Estrangeira Moderna – Inglês, nas quatro anos do Ensino Fundamental.
No Ensino Médio, em todos os turnos, a matriz curricular consta com 25
(vinte e cinco) horas-aulas semanais.
A
Base
Nacional
Comum
compõe-se
dos
seguintes
componentes
curriculares: Arte, Biologia, Educação Física, Geografia, Filosofia, Física, História,
Língua Portuguesa, Matemática, Química e Sociologia.
A Parte Diversificada da Matriz Curricular do Ensino Médio ficou composta
por: Língua Estrangeira Moderna – Inglês (1ª, 2ª, 3ª).
No Ensino Profissionalizante, Técnico em Secretariado- Subsequente, faz
parte do currículo escolar a Formação Específica , com as disciplinas de:
Administração,
Cerimonial
e
Protocolo,
Contabilidade,
Fundamentos do Trabalho, Gestão de Pessoas,
Espanhol
Técnico,
Informática, Inglês Técnico,
Introdução às Finanças, Matemática Financeira, Metodologia Científica, Noções de
Direito e Legislação Social Trabalhista, Psicologia Organizacional, Redação
Empresarial, Técnicas de Secretariado.
Já no curso Técnico em Informática- Subsequente, fazem parte do currículo
escolar as disciplinas de: Análise e Projetos, Banco de Dados, Fundamentos do
Trabalho, Fundamentos e Arquitetura de Computadores, Informática Instrumental,
Inglês Técnico, Internet e Programação Web, Linguagem de Programação,
Matemática
Aplicada,
Prática
Discursiva
Linguagem,
Redes
e
Sistemas
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Operacionais, Suporte Técnico.
O estabelecimento oferta a disciplina de Língua Estrangeira Moderna –
Espanhol por meio do CELEM, conforme definição do corpo docente e Conselho
Escolar.
6.12 CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA
Tendo em vista a Lei Federal Nº 10.639/2003, Del. 04/2006 – CEE, Lei
11.645/08, das Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações ÉtnicoRaciais, os conteúdos de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e Indígena,
assim como os conteúdos referentes à Cultura Afro e Indígena, deverão estar
contemplados, obrigatoriamente, em todas as disciplinas do quadro curricular
discriminadas na Proposta Pedagógica Curricular, fazendo abordagens de forma
positiva, na perspectiva de contribuir para que os alunos valorizem a história e
cultura africana e indígena, e ainda, a contribuição dessas, para o país e para a
humanidade.
6.13 HISTÓRIA DO PARANÁ E GEOGRAFIA DO PARANÁ
De acordo com a Lei Estadual Nº 13.381/2001, torna-se obrigatória a
inserção dos conteúdos de História do Paraná e Geografia do Paraná, nas
respectivas disciplinas, devendo o seu desenvolvimento constar na Proposta
Pedagógica do Estabelecimento.
Para a concretização do marco operacional se faz necessário que o
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professor conscientize-se de que ele próprio é um ser que aprende constantemente,
assim como seu próprio aluno,
pois o papel do professor, neste contexto, é
imprescindível para que o processo de ensino-aprendizagem realmente aconteça.
Quando entro em uma sala de aula devo estar sendo um ser aberto a indagações,
à curiosidade, às perguntas dos alunos, as suas inibições; um ser crítico e
inquiridor, inquieto em face da tarefa que tenho – a de ensinar e não a de transferir
conhecimento. (Freire, 2005, p.47).
6.14 FORMAÇÃO CONTINUADA
É necessário que a escola, vista como local de formação do cidadão, busque
melhorias e aperfeiçoamento para todos os integrantes que trabalham direta ou
indiretamente com o educando, para capacitá-lo a enfrentar a complexidade da
sociedade atual.
Em busca dessa melhoria, faz-se necessário o empenho da Direção e
Equipe Pedagógica para encontrar caminhos e viabilizar o contato direto entre
professores, por meio de reuniões pedagógicas, extraordinárias ou previstas em
Calendário Escolar. Nesses encontros, também momentos de reflexão, a equipe
pedagógica repassa orientações e sugestões que auxiliam o processo de ensino e
aprendizagem, após sondagem das necessidades docentes, enfatizando a
importância do trabalho coletivo e oportunizando a troca de experiências.
Visando a melhoria da competência profissional, os professores participam
de Cursos de Capacitação oferecidos pela SEED, encontros, Semana Pedagógica,
destacando também, cursos oferecidos por entidades particulares.
Sabendo-se da importância dos cursos de capacitação, a Direção incentiva e
oferece apoio para que todos profissionais: Corpo Docente, Equipe Pedagógica,
Funcionários Administrativos e Apoio, recebam treinamento especializado, dentro
de uma formação permanente, assegurando profissionais bem estimulados,
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preparados e sempre atualizados.
6.15 INSTÂNCIAS COLEGIADAS
A escola proporá também reuniões com os representantes das instâncias
colegiadas, a saber: APMF, Conselho Escolar, com a finalidade de resgatar as
funções de cada uma e buscar uma ação mais efetiva dentro de uma gestão
democrática, através de grupos de estudos e reuniões para leitura da legislação que
os amparam.
Com a finalidade de se efetivar a gestão democrática prevista na LDBEN
9394/96, a equipe diretiva tem incentivado a participação de pais e de setores
organizados da sociedade nas decisões administrativas e/ou pedagógicas da escola.
6.16 PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS
6.16.1 Conselho Escolar
O Conselho Escolar é presidido pelo diretor da escola, sendo um órgão
colegiado de natureza consultiva, deliberativa e fiscal, regido por Estatuto próprio, no
qual são definidos seus objetivos, sua natureza, os mecanismos e procedimentos
que regulam seu funcionamento. Existe para auxiliar a gestão da escola pública e
ainda promover a articulação entre os vários segmentos organizados da sociedade e
os setores da escola.
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Tem como objetivo estabelecer no Projeto Pedagógico da escola, critérios
relativos à sua ação, organização, funcionamento e relacionamento com a
comunidade, nos limites da legislação em vigor e compatíveis com as diretrizes e
políticas educacionais traçadas pela Secretaria de Estado da Educação, e ainda
promover a articulação entre os vários segmentos organizados da sociedade e os
setores da escola.
A constituição, representação e atribuições do Conselho Escolar encontramse normatizados no Regimento Escolar, Capítulo 2.
O agendamento das reuniões, bem como os seus resultados serão afixados
em edital para informação da comunidade.
O Conselho Escolar reúne-se mensalmente para a realização do plano de
aplicação do fundo rotativo e também para a discussão de temas relacionados ao
desempenho escolar, conservação do prédio entre outros.
6.16.2 Conselho de Classe
Os conselhos de classe têm amparo legal na LDB 9394/96, no Parecer
12/97; Deliberação Nº 007/99 CEE; Deliberação 14/99 – CEE; Deliberação Nº
02/2002 – CEE; Resolução/Instruções Calendário Escolar.
O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e
deliberativa em assuntos didático–pedagógicos, composto por Direção, Professores,
Equipe Pedagógica e participação facultativa de alunos, tendo por objetivo avaliar o
processo ensino-aprendizagem na relação professor–aluno e os procedimentos
adequados a cada caso. Avaliar ainda, o desempenho docente e discente, com o
objetivo de acompanhar o processo de ensino e aprendizagem, bem como o próprio
currículo para a tomada de decisões e a reflexão da prática docente.
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No Conselho de Classe, são analisadas as informações e dados
apresentados, buscando novas ações, através de decisões coletivas, oportunizando
ao aluno formas diferenciadas de apropriar-se dos conteúdos curriculares . Nestas
reuniões, são verificados se os objetivos, conteúdos, procedimentos metodológicos
e avaliativos estão em consonância com a Proposta Pedagógica da Escola e
consequentemente com o Plano de Trabalho Docente.
Bimestralmente,
serão
organizados
Pré-Conselhos
de
Classe
para
diagnosticar as dificuldades encontradas em cada turma, sendo esse procedimento
realizado pelo professor Pedagogo. O resultado desse trabalho proporcionará
subsídios para serem expostos no Conselho de Classe, nos quais serão propostas
ações coletivas de trabalho para melhoria do rendimento e relacionamento, se for o
caso. Nas semanas subsequentes, serão realizados Pós-Conselho de Classe, com
a apresentação dos resultados das avaliações e as devidas propostas de
encaminhamentos específicos. Neste processo, o aluno não participa diretamente do
Conselho de Classe.
Conforme
SEED/DPPE (2009), na organização do Conselho de Classe
Final, que também acontece sob presidência da direção e participação direta da
equipe pedagógica, é importante que se estabeleçam critérios qualitativos, como:
•
verificação dos avanços na aprendizagem em todas as disciplinas e
procedimentos necessários;
•
acompanhamento do aluno no ano seguinte;
•
Situações de inclusão;
•
Levantamento das questões estruturais que prejudicam os alunos (Falta
de professores, por exemplo)
•
Compreensão de que não há número de disciplinas para aprovar ou
reprovar. A análise deverá ser na possibilidade de acompanhamento do
aluno para a série/ano seguinte.
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A
organização
dos
Conselhos
de
Classe
devem
abranger:
a
responsabilidade dos pedagogos, direção e professores; a autoavaliação dos
docentes e equipe pedagógica; o diagnóstico das turmas; a discussão e o registro
das propostas de ação , pensadas no coletivo e a responsabilidade de todos em
colocá-las em prática.
É imprescindível o entendimento que o momento destinado ao Conselho de
Classe se constitui em uma reflexão crítica sobre a aprendizagem e também sobre a
prática docente.
6.16.3 APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários
Para uma participação mais efetiva dos pais na vida da escola, existe a
APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários, que é uma associação civil,
entidade jurídica de direito privado, vinculada à escola. A APMF é presidida por um
pai de aluno, eleito em Assembleia Geral, e composta por sócios, que podem ser:
efetivos – pais e professores; colaboradores – alunos, ex-alunos e ex-professores, e
honorários – prestadores de serviços relevantes à educação.
Seu objetivo principal é promover o entrosamento entre pais, alunos,
professores e membros da comunidade, através de atividades educacionais
culturais, sociais e esportivas, discutindo, colaborando e decidindo sobre as ações
para a assistência ao educando, bem como contribuir para a elaboração e
implementação da proposta pedagógica da escola, acompanhando os resultados
obtidos e contribuindo para sua melhoria contínua. Os membros da APMF, são
convidados para participarem das diversas atividades propostas pela escola, como
mostras pedagógicas, reuniões com pais e outras. É através desta associação que,
a maior parte dos recursos financeiros destinados à escola, são movimentados, e a
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aplicação dos mesmos depende de planejamento aprovado em Assembleia Geral.
Também obtém recursos através de contribuições voluntárias dos sócios, auxílios e
subvenções de órgãos públicos, através de programas federais e estaduais,
doações, campanhas e promoções, convênios e parcerias, prestação de serviços.
Para receber verbas federais e estaduais, a APMF da escola deve estar com sua
documentação regularizada e sua prestação de contas aprovada pelo Tribunal de
Contas do Estado. As prestações de contas são fixadas em editais para
conhecimento da comunidade. As reuniões com membros da APMF acontecem na
semana pedagógica e periodicamente para aprovações/decisões quanto aos
recursos recebidos.
As reuniões ordinárias da APM são bimestrais e podem acontecer para
decisões pontuais, como por exemplo, para a aplicação de recursos quando
disponíveis, ou em caso que requeira atenção ou medida especial.
6.17 EDUCAÇÃO PROFISSIONAL – SUBSEQUENTE
No Ensino Profissional, no início do período letivo, ocorre a realização de
palestra, com explicações sobre o curso, como: objetivos, conteúdos que serão
ministrados, áreas de atuação, campo de emprego, para que o aluno possa definir
se realmente deseja dar continuidade aos estudos.
Os cursos de Educação Profissional são semestrais e devidamente
autorizados pela SEED.
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7. DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
7.1 INTRODUÇÃO
A educação profissional no Brasil já assumiu diferentes funções no decorrer
de toda a história educacional brasileira.
Até a promulgação da atual LDBEN, a educação profissional esteve
agregada ao ensino de 2º grau (atual ensino médio), quando então passou a ter
identidade própria, cuja característica marcante é a sua capacidade de se integrar
«às diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia», com
vistas a conduzir o educando «ao permanente desenvolvimento de aptidões para a
vida produtiva» (LDBEN, art. 39).
Num país como o Brasil, que apresenta diversidades físicas, socioculturais e
econômicas marcantes, o modelo educacional adotado para a profissionalização
tinha de ser flexível. Os novos currículos se voltaram para atender tanto ao mercado
nacional como às características das diferentes regiões brasileiras, além de se
adaptarem às exigências dos setores produtivos.
O objetivo é criar cursos que garantam perspectivas de trabalho para os
jovens e facilitem seu acesso ao mundo do trabalho; que atendam, também, os
profissionais que já estão no mercado, mas sentem falta de uma melhor qualificação
para exercerem suas atividades, e, ainda, sejam um instrumento eficaz na
reinserção do trabalhador no mundo do trabalho.
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A formação profissional não se esgota na conquista de um certificado ou
diploma. A nova política estabelece a educação continuada, permanente, como
forma de atualizar, especializar e aperfeiçoar jovens e adultos em seus
conhecimentos tecnológicos.
O acesso à educação profissional é possível ao aluno matriculado ou
egresso do ensino fundamental, médio e superior, assim como ao trabalhador em
geral.
A legislação em vigor no Brasil classifica a educação profissional em três
níveis.
7.1.1 Básico
Modalidade de educação não-formal e de duração variável destinada a
proporcionar ao cidadão trabalhador, independentemente da escolaridade prévia,
conhecimentos que lhe permitam a qualificação, requalificação e atualização para o
exercício de funções demandadas pelo mundo do trabalho, compatíveis com a
complexidade tecnológica do trabalho, o seu grau de conhecimento técnico e o nível
de escolaridade do aluno.
7.1.2 Técnico
Destinado a jovens e adultos que estejam cursando ou tenham concluído o
ensino médio, mas cuja titulação pressupõe a conclusão da educação básica de 11
anos.
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7.1.3 Tecnológico
Destinado à formação superior, tanto de graduação como de pós-graduação,
de jovens e adultos.
7.2 PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de Nível
Técnico são regidas por um conjunto de princípios que permitem articulação com o
ensino médio técnico e com a educação básica, também orientadores da educação
profissional, que são os referentes aos valores estéticos, políticos e éticos.
Outros princípios definem sua identidade e especificidade, e se referem ao
desenvolvimento de competências para a laborabilidade, à flexibilidade, à
interdisciplinaridade e à contextualização na organização curricular, à identidade dos
perfis profissionais de conclusão, à atualização permanente dos cursos e seus
currículos, e à autonomia da escola em seu projeto pedagógico.
A educação profissional é, antes de tudo, educação. Por isso mesmo, regese pelos princípios explicitados na Constituição Federal e na Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional. Assim, a igualdade de condições para o acesso e a
permanência na escola, a liberdade de aprender e ensinar, a valorização dos
profissionais da educação e os demais princípios consagrados pelo artigo 3 o da LDB
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devem estar contemplados na formulação e no desenvolvimento dos projetos
pedagógicos da escola e demais instituições de educação profissional.
7.3 DIMENSÕES TEÓRICO-METODOLÓGICAS DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
A organização do currículo da Educação Profissional
a) Tomar o trabalho como princípio educativo, articulando ciência, cultura,
tecnologia e sociedade requerem uma sólida formação geral fundamentada nos
conhecimentos acumulados pela humanidade e uma organização curricular que
promova a apropriação dos saberes científicos e culturais tomando o trabalho como
eixo articulador dos conteúdos.
b) A integração de conhecimentos da formação geral e profissional não se
resolve através da junção de conteúdos, ela exige outro tratamento a ser dado ao
projeto pedagógico, que tome o processo de trabalho e as relações sociais como
eixo definidor dos conteúdos, além dos saberes que compõem as áreas do
conhecimento.
c) O tratamento metodológico adequado ao público de jovens e adultos
privilegiará a relação teoria/prática e parte/totalidade; para além da simples
memorização de passos e procedimentos, que incluem as habilidades de
comunicação, a capacidade de buscar informações em fontes e através de meios
diferenciados e a possibilidade de trabalhar cientificamente com estas informações
para resolver situações problemáticas, criando novas soluções.
Contudo, é na vida real, na atividade prática, que começa a ciência real a
prática não fala por si mesma; os fatos práticos ou fenômenos têm que ser
identificados, contados, analisados, interpretados, já que a realidade não se deixa
revelar através da observação imediata, é preciso ver além da imediaticidade para
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compreender as relações, as conexões, as estruturas internas, as formas de
organização, as relações entre parte e totalidade, as finalidades que não se deixam
conhecer no primeiro momento, quando se percebem apenas os fatos superficiais,
aparentes, que ainda não se constituem em conhecimento.
d) Os conteúdos da área de comunicação, consideradas todas as suas
formas e modalidades, passam a ser estratégicos, para: a avaliação crítica, o
trabalho com segurança e confiabilidade, a participação nos processos sociais e
produtivos, e a participação política. Incluem-se neste item a língua portuguesa, as
línguas estrangeiras, e os meios informatizados de comunicação.
e) Da mesma forma, os conteúdos sobre as determinações sociais, políticas
e econômicas que levaram à globalização da economia, à reestruturação produtiva e
às novas relações entre Estado e Sociedade, precisam ser apropriados pelos
cidadãos trabalhadores, para que desenvolvam sua capacidade de análise das
relações sociais e produtivas e das transformações que ocorrem no mundo do
trabalho.
f) Considerando as relações entre ciência, cultura e sociedade, e
compreendendo a cultura como um dos solos capazes de enraizar a escola à sua
comunidade e área de abrangência, o projeto político pedagógico deverá contemplar
os conteúdos culturais que expressam as formas de vida compartilhadas por uma
comunidade, e os significados produzidos e utilizados socialmente pelos grupos
humanos que experienciam tempos e espaços semelhantes.
Estas dimensões teórico-metodológicas partem da opção epistemológica
que compreende o processo de produção do conhecimento através da atividade
humana.
A política de integração da educação profissional prioriza a perspectiva de
um projeto político-pedagógico integrado. Contudo, essa integração só será possível
a partir de ações conjuntas que levem ao entendimento e clareza de suas bases
teóricas e metodológicas por todos os segmentos que compõem a instituição e
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comunidade escolar. É essencial conhecer os alunos, ouvi-los e considerar suas
histórias e seus saberes, bem como suas condições concretas de existência.
“Assim, a educação [...] deve compreender que os sujeitos têm história,
participam de lutas sociais, têm nomes e rostos, gêneros raças, etnias e gerações
diferenciadas. O que significa que educação precisa levar em conta as pessoas e
os conhecimentos que estas possuem” (BRASIL, 2005, p. 17).
Além disso, deve-se considerar que os educandos/trabalhadores possuem
tempos de afastamento dos estudos mais ou menos longos o que implica a
possibilidade de terem sido submetidos a propostas educacionais de diferentes
períodos da história da educação no Brasil, resultando em uma heterogeneidade
não só em relação à faixa etária, mas também em relação ao conhecimento. Isso
implica num “fazer pedagógico” diferenciado que atenda essas especificidades para
que se possa assegurar a permanência dos educandos em sala de aula.
7.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para a efetivação dessa política educacional, torna-se necessário o
engajamento de todos os envolvidos no processo, a busca do conhecimento
necessário para lidar com o novo, bem como a disposição para o aprimoramento
constante.
Portanto, para lograr êxito na política defendida ao longo deste trabalho, é
imprescindível compreender, dentre outros aspectos, que a Educação Profissional
Integrada à Educação de Jovens e Adultos tem um público alvo diferenciado que
demanda por um corpo docente teórico-metodológico com identidade própria e
diferente daquele que fundamenta as ofertas educacionais destinadas aos
adolescentes egressos do Ensino Fundamental.
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7.5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Decreto nº 5.478, de 24 de junho de 2005. Institui, no âmbito das
instituições federais de educação tecnológica, o Programa de Integração da
Educação Profissional ao Ensino Médio na Modalidade de Educação de Jovens e
Adultos – PROEJA. Brasília, DF: 24 de junho de 2005.
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8. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
O Projeto Político Pedagógico faz parte das ações propostas na gestão
democrática, sendo assim, para que ocorram novas adequações, faz-se necessárias
consultas à Comunidade Escolar, bem como das Instâncias Colegiadas, visto que a
elaboração e implementação desse documento constitui-se não só em um direito
mas um dever da Comunidade nas práticas vivenciadas na escola.
As ações previstas devem ser avaliadas tanto no sentido de continuidade, na
readequação ou mesmo na proposta de novas ações, que devem ser refletidas e
discutidas para nova tomada de decisões. Sendo assim, sempre que necessário e,
não ultrapassando 06 (seis) meses, o Projeto Político Pedagógico será avaliado,
prioritariamente
nas
Semanas
Pedagógicas,
possibilidades de reunir toda a comunidade escolar.
nas
quais
existem
maiores
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9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AQUINO, Julio Groppa. (Org.) Indisciplina na escola: alternativas teóricas e
práticas. São Paulo: Summus, 1996.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática
educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996(Coleção Leitura).
GASPARIN, João Luiz. – Uma didática para a Pedagogia Histórico-Crítica –2ª
Edição. Campinas SP,: Autores Associados - 2003.
INSTRUÇÃO
07/10
DAE/CDE.
Disponível
em:
http://www.pedagogia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=63.
Acesso em 25de out de 2010.
VEIGA, Ilma Passos A. (Org) Projeto Político-Pedagógico da Escola. Uma
construção Possível. Campinas, SP: Papirus, 1995. – (Coleção Magistério:
Formação e Trabalho Pedagógico).
LEI FEDERAL Nº 10.639/03 de 09/01/2003 – altera a Lei nº 9394 de 20/12/96 (LDB)
para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática
“História e Cultura Afro-Brasileira”. 2003.
LEI ESTADUAL Nº 13.381/2001 de 18/12/2001 – publicada no Diário Oficial nº 6134
de 18/12/2001, torna obrigatório no Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública
Estadual de Ensino, conteúdos da disciplina História do Paraná.
LEI FEDERAL Nº 11.645/08 de 10/05/2008 – publicada no Diário Oficial da União
de 11/03/2008, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional para
incluir no Currículo Oficial a obrigatoriedade da temática História e Cultura AfroBrasileira e Indígena.
LEI FEDERAL Nº 11.788/2008 – publicada no Diário Oficial da União em
26/09/2008,
dispõe
sobre
estágios
de
estudantes.
Disponível
em
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http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei11788.htm. Acesso em 25/10/2010.
MARSIGLIA, Ana Carolina Galvão. A prática Pedagógica Histórico-crítica na
educação infantil e no ensino fundamental – Campinas, SP : Autores Associados,
2011.
DELIBERAÇÃO Nº 04/2006 – CEE de 02/08/2006. Normas complementares às
diretrizes curriculares nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e
para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
PARANÁ – SEED – INSTRUÇÃO Nº 008/2011- SUED/SEED
PARANÁ - SEED - ORIENTAÇÕES PARA A ORGANIZAÇÃO DA SEMANA
PEDAGÓGICA – 28,29 E 30/07/2008.
PARANÁ - SEED - ORIENTAÇÕES PARA A ORGANIZAÇÃO DA SEMANA
PEDAGÓGICA – Julho 2011.
PARANÁ, LEI Nº 13807 – 30/09/2002. Publicado no Diário Oficial Nº 6338 de
16/10/2002.Disponível
em
http://celepar7cta.pr.gov.br/SEEG/sumulas.nsf/319b
106715f69a4b03256efc00601826/01acb8125c331ee403256e990068f806?Open
Document . Acesso em 25 de out de 2010.
SAVIANI, Dermeval. A nova lei da educação: trajetória, limites e perspectivas _
5.ed. Campinas, SP: Autores Associados, 1999.
______. Escola e Democracia: teorias da educação, curvatura da vara, onze
teses sobre educação e política. 33.ª ed. revisada. Campinas: Autores
Associados, 2000.
_____. A pedagogia no Brasil:história e teoria/ Dermeval Saviani – Campinas,
SP: Autores Associados, 2008. - (Coleção memória da educação)
____. A pedagogia Histórico-Crítica: primeiras aproximações. 10 ed. Campinas,
SP: autores associados, 2008. (Coleção Educação Contemporânea)
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ANEXO
1. PLANO DE AÇÃO - EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
1.1 INTRODUÇÃO
Para tentar compreender o mundo em que vivemos, muitas perguntas nos
vêm à cabeça. Por que existem diferenças culturais? Por que nem todos têm boas
oportunidades de trabalho? Quais os direitos dos cidadãos na sociedade? Quando
estudamos História, buscamos respostas para estas perguntas e tantas outras que
podemos fazer. Refletimos sobre o presente, comparamos modos de vida,
conhecemos o modo de pensar e viver de outros povos, as dificuldades encontradas
por eles e suas tentativas de solucioná-las.
O ensino de História e cultura da África, dos afro-descendentes e indígenas
nas universidades e escolas do ensino médio e fundamental, se tornou obrigatório
desde as Leis 10.639/03 e 11.645/08. A decisão da instituição destas leis ocorreu
diante da necessidade de debates sobre a pluralidade cultural que caracteriza o
Brasil, e de reflexões sobre o papel do negro na formação da cultura brasileira. Além
do aspecto educacional, essas leis acrescentam que o dia 20 de Novembro deve ser
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inserido no calendário escolar como “Dia Nacional da Consciência Negra”, visando
tratar da História e Cultura da África, afro-descendentes e indígenas do Brasil.
Sendo assim a valorização e a importância da cultura negra dentro da escola, vem
criar espaços para manifestações artísticas que proporcionam uma reflexão crítica
da realidade e valores culturais negros pertencentes a nossa sociedade.
A escola como espaço social de encontro de diversidades tem o papel de
possibilitar aos educandos o reconhecimento das diferenças. A noção de
diversidade cultural deve levar em conta que esta diversidade se expressa também
no diálogo interpessoal em sala de aula e na troca de experiências onde são
transmitidos valores, crenças, aptidões e comportamentos. O conhecimento propicia
abertura para o respeito e valorização das diferenças étnicas, culturais e religiosas,
superando a discriminação e o preconceito.
A escola deve reorganizar a sua prática e introduzir esses elementos no
contexto escolar a fim de
destacar a importância da contribuição dos afro-
descendentes e indígenas para a formação do povo brasileiro.
A educação é o espaço onde a diversidade se encontra formada por
pessoas iguais entre si por pertencerem à espécie humana, mas diferentes na
medida em que são muitos povos e suas culturas são bem distintas.
1.2 JUSTIFICATIVA
Para
compreendermos melhor
as
sociedades
humanas com
suas
semelhanças e diferenças ao longo do tempo e do espaço, podemos tomar por base
a História. Ela estuda as transformações da sociedade, bem como os aspectos que
permanecem ao longo do tempo. O Brasil é um país rico em diversidade étnica,
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cultural e religiosa, mas o preconceito, as relações de discriminação e exclusão
social impedem muitos brasileiros de terem uma vivência plena de sua cidadania.
Cabe à escola, com seu currículo, buscar construir relações de confiança
para que o educando possa perceber e viver como um ser em formação, tendo o
respeito à suas características culturais e religiosas. Para Sacristán (1995), o
currículo precisa ser multicultural e real, na medida em que a aprendizagem
depende da interação entre educador-educando, ou entre os próprios educandos e
através da forma como as atividades são desenvolvidas.
O negro tem uma participação importante na formação da sociedade
brasileira. Introduzido à força em nosso território no século XVI, o negro sofreu as
agruras da escravidão, mas, apesar de ainda hoje ser vítima do preconceito e da
discriminação, ele conseguiu manter vivas suas tradições, seus hábitos culturais e
suas crenças religiosas. A escola como espaço de formação do cidadão e
valorização do conhecimento, deve levar o aluno a conhecer o legado deixado pelos
afro-descendentes para o nosso país, com o objetivo de um trabalho coletivo que
visa valorizar a cultura destes povos e combater a discriminação ainda existente em
nossa sociedade.
1.3 OBJETIVOS
•
Analisar e discutir as leis 10.639/03 e 11.645/08, que tornam obrigatório
o ensino da história e cultura da África e indígena, e o que ela muda no
contexto sócio-político na sociedade atual;
•
Ressaltar os valores que impulsionam e orientam a vida dos afrodescendentes e a formação de sua identidade;
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•
Desenvolver ações transformadoras, projetando o respeito como prática
fundamental para mudar as pessoas e consequentemente a sociedade;
•
Desenvolver no educando um pensamento reflexivo e crítico para a
construção de uma sociedade que luta contra o preconceito e a
discriminação;
•
Promover o respeito à diversidade, reconhecendo-a como um direito dos
indivíduos;
•
Orientar os docentes
que estudar a cultura afro-descendente não é
apenas ensinar sobre heróis, escravidão e sofrimento, mas sim ter uma
diretriz educacional que possibilite a pluralidade de visões de mundo;
•
Reunir-se bimestralmente para discutir e elaborar as atividades que
devam ser desenvolvidas ao longo do ano, buscando orientar o aluno na
construção da cidadania.
•
Disseminar na comunidade escolar que o valor do ser humano não deve
ser avaliado pela cor da pele, raça ou condição social, mas tudo aquilo
que o sujeito possa oferecer como cidadão de bem, ciente de seus
direitos e deveres para com a sociedade.
•
Identificar os indivíduos presentes na comunidade escolar que sejam
negros ou descendentes de raça negra para participação nos debates
e/ou discussões.
•
Acompanhar os professores para que estes objetivos sejam alcançados.
1.4 ESTRATÉGIAS
Os conteúdos a serem trabalhados visam ao desenvolvimento de um
conjunto de atitudes, valores e normas tendo em vista a formação de um cidadão
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apto para viver em sociedade. Para contemplar esses conteúdos os professores
deverão propor questionamentos que levem aos educandos:
•
a socialização, com o estímulo ao diálogo, de modo que os alunos
desenvolvam atitudes de respeito mútuo, convivência em grupo e
valorização das diferenças, muitas vezes expressas pelas ideias e
opiniões dos membros do grupo;
•
a interatividade na construção do conhecimento, conscientizando os
educandos de que são indivíduos que interagem a todo momento, com a
sociedade;
•
Reconhecimento do valor da cultura negra e indígena, através de
leituras e explicações sobre a Abolição da Escravatura, da História da
Africa, suas culturas, seus costumes, como e em que circunstâncias
vieram ao Brasil;
•
Leitura e produção de textos;
•
Caracterização da formação do povo brasileiro, destacando as
características, usos e costumes herdados dos negros e índios;
•
Exposição, em sala de aula, de cartazes confeccionados com figuras
e/ou desenhos que representam as culturas dos negros e indígena;
•
Palestras, debates, músicas e filmes;
•
Trabalhos em grupo.
1.5 RECURSOS
•
Materiais: Televisão, DVD, quadro-negro, papéis, rádio, livros, revistas,
jornais, máquina fotográfica;
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•
Humanos: alunos, professores, palestrantes, funcionários e comunidade
escolar em geral;
•
Físicos: sala de aula, pátio, biblioteca, sala de informática;
1.6 AVALIAÇÃO
•
Auto avaliação, oral ou por escrito, incentivando o aluno a refletir sobre
seu aprendizado de maneira crítica;;
•
Avaliação contínua da realização e envolvimento dos alunos nas
atividades propostas;
•
Trabalhos
em
grupo,
contribuindo
para
o
desenvolvimento
da
socialização e de atitudes cooperativas entre os alunos;
•
Debate como forma de defesa das próprias opiniões, por meio da
argumentação com base na análise e na reflexão crítica;
•
Avaliação dialogada com a turma a respeito dos conhecimentos
adquiridos, descrevendo pontos positivos e negativos sobre as
atividades
propostas
e
executadas,
dificuldades
encontradas
e
sugestões para próximas atividades.
1.7 CONCLUSÃO
O trabalho da Equipe Multidisciplinar atenta para a interdisciplinaridade na
proposta de estar aberta ao diálogo, à escuta, à integração de saberes, à ruptura de
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barreiras, às segmentações disciplinares estanques. Visa construir e constituir uma
pedagogia que possa, realmente, contemplar os valores civilizatórios brasileiros.
Apesar de imagens estigmatizadas e condições adversas as expressões
culturais africanas não sucumbiram, elas se fizeram e se fazem presentes na
formação da nossa brasilidade.
Enfim, por sermos um país multiétnico e pluricultural, de organizações
escolares em que todos se vejam incluídos, devemos lhes garantir, o direito de
aprender e ampliar conhecimentos, sem que sejam obrigados a negar a si mesmos
e ao grupo étnico a que pertencem, visando assim uma educação igualitária e de
qualidade.
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2. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GONZALES,Lélia e Hasenbalg,Carlos. Lugar de Negro(Marco Zero).
MARSIGLIA, Ana Carolina Galvão. A prática pedagógica histórico-crítica na
educação infantil e ensino fundamental. Campinas: Autores Associados, 2011.
MINISTÉRIO da Educação/Secretaria da Educação Continuada, Alfabetização e
Diversidade. Orientações e Ações para a Educação das Relações Étnico-Raciais.
Brasília:SECAD,2006.
MINISTÉRIO da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das
Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana.Brasília,2005.
SACRISTÁN G.J. Currículo e Diversidade Cultural.In: Moura,A.F E
Silva,t.t(orgs).Territórios Contestados: O currículo e os novos Mapas Políticos e
Culturais. Petrópolis:vozes,1995.
SANTOS, Joel Rufino dos.O que é Racismo.Ed. Brasilense.
SANTOS, Joel Rufino dos. Zumbi.Ed. Moderna.
SITES:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br;
http://www.palmares.gov.br;
http://www.ne.org.br/index.htm;
http://www.portalafro.com.br;
http://www.aventurasnahistoria.com.br;
http://www.mundonegro.com.br;
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REZENDE, Sérgio. Mauá: O Imperador e o Rei. [Filme-vídeo]. Direção de Sérgio
Rezende. Brasil, 1999. DVD, 135 min. Color. Son.
IMOVISION, Espaço filmes e; OCELOT, Michel. Kiriku e a Feiticeira. [Filme-vídeo].
Produção de Espaço Filmes e Imovision, direção de Michel Ocelot.
França/Bélgica/Luxemburgo, 1998. DVD, 71 min. Color. Son.
FRANZONI, David; SPIELBERG, Steven. Amistad. [Filme-vídeo]. Produção de David
Franzoni, direção de Steven Spielberg. Estados Unidos, 1997. DVD, 152 min. Color.
Son.
NOVA; SINCLAIR, Joshua. Guerreiro da Justiça. [Filme-vídeo]. Produção de Nova,
direção de Joshua Sinclair. Estados Unidos, 2001. DVD, 94 min. Color. Son.
GEROLMO, Chris; PARKER, Alan. Mississipi em Chamas. [Filmes-vídeo]. Produção
de Chris Gerolmo, direção de Alan Parker. Estados Unidos, 1988. DVD, 128 min.
Color. Son.
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