Revista Fecomércio

Transcrição

Revista Fecomércio
Ano XVII nº 187 – Outubro 2013
O mérito
é deles
Saiba quem são os
15 agraciados com o
prêmio que reconhece
a contribuição ao
desenvolvimento de Brasília
Entrevista // Pág. 8
fábio ulhoa coelho
Professor titular de direito comercial da PUC-SP
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
1
BB Giro Décimo Terceiro Salário.
Cada vez mais crédito para a Micro
e Pequena Empresa crescer.
bompratodos.com.br
Central de Atendimento BB 4004 0001 ou 0800 729 0001 • SAC 0800 729 0722
Ouvidoria BB 0800 729 5678 • Deficiente Auditivo ou de Fala 0800 729 0088
Crédito sujeito a aprovação cadastral e demais condições do produto.
2
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
Contrate o BB Giro Décimo
Terceiro Salário e leve mais
vantagens pra sua empresa.
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Banco do Brasil. Cada vez
mais o banco da Micro e
Pequena Empresa.
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
3
sumário
Nina Quintana
Alta do
dólar
Turismo é uma das
áreas que já sentem
os efeitos
28
Parceria
bem-sucedida
Em sessão
solene, a Câmara
dos Deputados
homenageou o
Sesc-DF
61
Nina Quintana
Quiosques
Os prós e os contras
dessa modalidade, cada
vez mais presente nos
shoppings
42
Cristiano Costa
Orgulho e inspiração
Conheça os premiados da 7ª edição do Mercador Candango
18
seções
8Entrevista
16SEGREDOS DO MARKETING DIGITAL
17vitrine
23economia
24gastronomix
27
CASO DE SUCESSO
34
direito no trabalho
40
doses econômicas
41
empresário do mês
48gente
54sindicatos
57Agenda Fiscal
62pesquisa conjuntural
66
pesquisa relâmpago
cartas
Endereço
SCS Qd. 6, Bl. A, Ed. Newton Rossi – 5º e 6º andares – Brasília – 70306-911
(61) 3038.7500 – www.fecomerciodf.com.br – twitter.com/fecomerciodf
Presidente
Adelmir Araújo Santana
Diretoria
Miguel Setembrino Emery de Carvalho • Antonio Augusto Carvalho de Moraes • Clayton Faria Machado • Francisco Maia
Farias • Antônio Tadeu Peron • Edy Elly Bender Kohnert Seidler • Fábio de Carvalho • Francisco das Chagas Almeida • José
Aparecido da Costa Freire • José Carlos Ulhoa Fonseca • José Geraldo Dias Pimentel • Oscar Perné do Carmo • Cecin Sarkis
Simão • Hamilton César Junqueira Guimarães • Miguel Soares Neto • Paolo Orlando Piacesi • Roger Benac • Joaquim Pereira dos Santos • Diocesmar Felipe de Farias • Glauco Oliveira Santana • Suely Santos Nakao
Diretores Suplentes
Aldo Ramalho Picanço • Alexandre Machado Costa • Álvaro Jose da Silveira • Ana Alice de Souza • Antonio Delgado Torres •
Bartolomeu Gonçalves Martins • Carlos Hiran Bentes David • Clarice Valente Aragão • Edson de Castro • Elaine Furtado • Francisco Joaquim Loyola • Francisco Valdenir Machado Elias • Jó Rufino Alves • João Ricardo de Faria • José Fagundes Maia • Luiz
Alberto Cruz de Moraes • Milton Carlos da Silva • Osório Adriano Neto • Paulo Targino Alves Filho • Sandoval Antonio de Miranda
Conselho Fiscal
Arnaldo Sóter Braga Cardoso • Arnaldo Rocha Mudim Junior • Raul Carlos da Cunha Neto • Maria Auxiliadora Montandon
de Macedo • Henrique Pizzolante Cartaxo
Conselho Consultivo
Mitri Moufarrege • Antônio José Matias de Sousa • Laudenor de Souza Limeira • Luiz Carlos Garcia • José Djalma Silva
Bandeira • Orlando Antônio Vicente Taurisano • Rogério Tokarski
Diretor Regional do SESC
José Roberto Sfair Macedo
Diretor Regional do Senac
Luiz Otávio da Justa Neves
Contribua com sugestões, críticas e
comentários sobre os assuntos que
são abordados na publicação. Envie
sua mensagem para Assessoria de
Comunicação da Fecomércio-DF –
SCS Quadra 6, Ed. Jessé Freire – 5º
andar – Brasília – 70306-908 ou para
o e-mail [email protected].
(61) 3038.7527.
//O peso da folha
A matéria sobre os altos encargos,
na última edição [Peso pesadíssimo,
n° 186], mostra que o governo não
incentiva a classe empresarial do
Brasil, nem mesmo os trabalhadores.
Assim, acaba ficando ruim para todo
mundo. Caro para o consumidor
e com despesas exorbitantes aos
empreendedores do País. Uma
vergonha.
Yuri Freitas
Estudante de direito
SUPERINTENDENTE DA FECOMércio
João Feijão
DIRETORA-EXECUTIVA DO INSTITUTO FECOMÉRCIO
Elizabet Garcia Campos
Sindicatos filiados
Sindicato do Comércio Atacadista de Álcool e Bebidas em Geral do DF (Scaab) • Sindicato das Empresas de Compra,
Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais do DF (Secovi) • Sindicato dos Salões de Barbeiros,
Cabeleireiros, Profissionais Autônomos na Área de Beleza e Institutos de Beleza para Homens e Senhoras do DF (Sinccab)
• Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do DF (Sincofarma) • Sindicato das Auto e Moto Escolas e
Centros de Formação de Condutores Classes “A”, “B” e “AB” do DF (Sindauto) • Sindicato das Empresas de Representações,
dos Agentes Comerciais Distribuidores, Representantes e Agentes Comerciais Autônomos do DF (Sindercom) • Sindicato
das Empresas de Serviços de Informática do DF (Sindesei) • Sindicato das Empresas de Promoção, Organização, Produção e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos do DF (Sindeventos) • Sindicato das Empresas Videolocadoras do DF
(Sindevídeo) • Sindicato do Comércio Atacadista do DF (Sindiatacadista) • Sindicato do Comércio Varejista de Automóveis
e Acessórios do DF (Sindiauto) • Sindicato de Condomínios Residenciais e Comerciais do DF (Sindicondomínio) • Sindicato
do Comércio Varejista dos Feirantes do DF (Sindifeira) • Sindicato do Comércio Varejista de Carnes, Gêneros Alimentícios,
Frutas, Verduras, Flores e Plantas de Brasília (Sindigêneros) • Sindicato dos Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas
do DF (Sindilab) • Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do DF (Sindiloc) • Sindicato das Empresas
de Loterias, Comissários e Consignatários e de Produtos Assemelhados do DF (Sindiloterias) • Sindicato do Comércio
Varejista de Materiais de Construção do DF (Sindmac) • Sindicato do Comércio de Material Óptico e Fotográfico do DF
(Sindióptica)• Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório, Papelaria e Livraria do DF (Sindpel) • Sindicato dos
Supermercados do DF (Sindsuper) • Sindicato do Comércio de Vendedores Ambulantes do DF (Sindvamb) • Sindicato do
Comércio Varejista do DF (Sindivarejista) • Sindicato dos Fotógrafos e Cinegrafistas Profissionais Autônomos do DF (Sinfoc)
• Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do DF (Sindloc)
Sindicatos associados
Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar) • Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do DF (Sindicombustíveis)
Coordenador de Comunicação do Sistema Fecomércio-DF
Diego Recena
Revista Fecomércio
Coordenação Editorial - Editora Meiaum
Editora-chefe - Anna Halley
Editora-executiva - Paula Oliveira
Editor Fecomércio - Diego Recena
Editora Senac - Ana Paula Gontijo
Editor Sesc - Marcus César Alencar
Editora de fotografia - Nina Quintana
Repórteres - Ana Paula Oliveira, Andrea Ventura, Daniel Alcântara, Elton Pacheco, Fábio Setti, Larissa de Souza, Luciana Corrêa,
Marina Marquez, Naiara Leão, Natasha Cabral, Raíssa Lopes, Sheila Nascimento, Sílvia Melo e Talita Cavalcante
Fotógrafo da Fecomércio - Cristiano Costa
Projeto gráfico e diagramação - Gustavo Pinto
Capa - Gustavo Pinto
Revisora - Anna Cristina Rodrigues
Impressão - Ediouro Gráfica Tiragem - 60 mil exemplares
Contato comercial
- Joaquim Barroncas (61) 3328.8046 – [email protected]
6
//Fotografia
As fotos representam sempre
um charme a mais nas matérias.
Excelentes retratos. Parabéns à
Revista Fecomércio DF por sempre
destacar as necessidades, os
problemas e os prós do comércio da
nossa capital.
Aline Santana
Estudante de gestão de políticas públicas
2013
EMPRES
A
NC
À INFÂ
IA
editorial
Heroísmo
candango
S
ão muitas as atribuições de
uma entidade do porte da Fecomércio-DF. Orientar, coordenar, proteger e representar
os empreendedores de comércio,
serviços e turismo perante as autoridades e a sociedade são a essência
do nosso trabalho. Reunimos 24
sindicatos filiados e 2 associados em
numerosas e constantes batalhas.
As lutas são duras, especialmente quando se trata da carga
tributária, da burocracia e do alto
custo dos aluguéis, inimigos de
quem se propõe a ter o próprio
negócio. Aqui no Distrito Federal,
temos a novela dos alvarás, que coloca os comerciantes em situação
de insegurança jurídica e desanima
quem pensa em abrir um negócio
em qualquer uma das nossas 31
regiões administrativas, algumas
delas totalmente irregulares.
Em esfera nacional, o que se
vê é incoerência com o discurso de
estímulo à criação de empregos.
Exemplo escandaloso é o caso da
manutenção da multa adicional de
10% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) nos casos de
demissão sem justa causa. Foi mais
um tapa na cara de quem escolheu
empreender, e carece de questionamento jurídico.
Mas o empreendedor é justamente aquela figura que busca de-
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
safios, que enxerga oportunidades
nos momentos de adversidade, que
não tem medo de se arriscar por
um sonho. É mais que vocação, é
necessidade. E quando a empresa
se consolida, a satisfação é imensa. Não tem preço o sentimento de
dever cumprido ao ver seu sonho
crescer e contribuir para o desenvolvimento de uma comunidade, de
uma cidade, de um país.
O Mérito Mercador Candango,
que chega à 7ª edição, é forma de a
Fecomércio-DF prestar reconhecimento aos bravos empreendedores
que acreditaram no potencial do
Distrito Federal (veja os homenageados a partir da página 18). E mais:
por meio de suas histórias, queremos mostrar que empreender vale
a pena. Neste ano, premiamos 15
homens e mulheres que construíram trajetórias inspiradoras nos
mais diversos segmentos. Representam a coragem, a determinação
e o espírito empreendedor dos
candangos e merecem todo o nosso
respeito e admiração.
Os troféus vão para eles, mas
a homenagem é a todos nós, que
fizemos desta cidade muito mais
que um centro administrativo, lhe
dando alma e coração quando para
cá trouxemos nossos sonhos. Os
obstáculos são muitos, mas, juntos,
somos maiores do que todos eles.
Paulo Negreiros
Adelmir Santana
Presidente da Fecomércio-DF,
entidade que administra o Sesc,
o Senac e o Instituto Fecomércio
no Distrito Federal
7
//entrevista
Modernização
urgente
// Por Paula Oliveira
Feito em 1850, o Código Comercial é inócuo. Novas normas
derrubaram seus artigos, e hoje só vale o trecho sobre
comércio marítimo. As relações entre empresas são julgadas
com base no Código Civil, na Lei de Falências e até no Código
de Defesa do Consumidor. Fábio Ulhoa Coelho, professor
titular de direito comercial da Pontifícia Universidade Católica
de São Paulo, integra os grupos que estudam a matéria no
Parlamento. É presidente da comissão de juristas criada pela
Câmara dos Deputados e relator na comissão do Senado.
“As relações entre empresários têm as suas especificidades.
Deveriam estar sujeitas a regras próprias.”
8
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
Fotos: Nina Quintana
Fábio Ulhoa Coelho
Professor titular de
direito comercial da
PUC-SP
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
9
O Código Comercial abrange o quê?
Trata somente das relações jurídicas entre os empresários. O empreendedor tem no seu dia a dia
relações jurídicas com os empregados, com os consumidores, com
o Fisco, além de contratos e títulos
com outros empresários. O Código
Comercial trata exclusivamente desse âmbito das relações comerciais.
Como estão as discussões acerca
da revisão?
O Senado e a Câmara dos Deputados trabalham de forma simultânea.
Na Câmara, já existe o Projeto de Lei
1.572/2011, e o relatório está quase
pronto. No Senado, estamos na fase
de elaboração do anteprojeto. A comissão de juristas está preparando o
texto para ser entregue em 18 de novembro ao presidente Renan Calheiros (PMDB-AL). O projeto da Câmara
e o anteprojeto do Senado estão sendo
elaborados de forma coordenada.
Claro que há diferenças, mas eles
têm a mesma estrutura, a mesma
filosofia, os mesmos princípios, de
modo que sobra para os deputados e
para os senadores decidirem apenas
questões pontuais dos textos.
Por que, em mais de 160 anos, não
houve preocupação em modernizar
essa legislação?
O Código Comercial é de 1850,
mas de lá para cá as mudanças que
a economia exigiu na legislação foram feitas todas por leis esparsas,
individuais. Temos leis que tratam do
direito comercial – parte delas está
no Código Civil – e este é o momento
de reunir tudo isso no Código Comercial e atualizar a legislação. Embora
tenham sido feitas atualizações, não
atendem às necessidades atuais
do setor produtivo. Nos últimos dez
anos, a economia brasileira mudou
de forma muito acentuada. Uma lei
que há uma década era apropriada,
como o Código Civil de 2002, hoje já
está defasada.
Essa defasagem nos prejudica de
que forma?
Hoje temos ferramentas eletrônicas mais ágeis, econômicas e se10
Por falta de lei específica para os contratos
empresariais, os juízes acabam aplicando
o Código de Defesa do Consumidor,
próprio de uma relação de desiguais.
Entre empresários, a relação é de iguais.
guras para armazenar informações.
Toda documentação empresarial já
poderia ser produzida de forma segura em meio eletrônico. A legislação,
no entanto, ainda exige o emprego
do papel. Temos uma lei de 2012
[12.682] que diz que a documentação
empresarial pode ser digitalizada,
mas exige que primeiro se preencha
o formulário no papel e o digitalize. O
mundo todo mantém sua documentação – contratos, títulos, escrituração, correspondências – em meio
eletrônico há muito tempo. Esse é
apenas um exemplo de como a legislação brasileira está atrasada. Sem
contar o custo que o uso do papel
representa e a dificuldade do resgate
de uma informação. O custo é, consequentemente, repassado para o
preço final do produto ou do serviço.
Como a invalidade do código causa
insegurança jurídica?
Esse é um ponto importante. Hoje
temos normas que são aplicadas
para os mais variados contratos – o
Código Civil não contempla especificamente os empresariais – e isso
provoca maior insegurança jurídica.
As relações entre empresários têm
especificidades. Deveriam estar sujeitas a regras próprias, a princípios
próprios e, como não existem, aplicam-se aos contratos empresariais
regras do Código de Defesa do Consumidor, por exemplo. Em uma relação de consumo, se o cliente fica em
posição desfavorável, a lei faz com
que o contrato não produza efeitos
naquilo que o está prejudicando. Essa
regra não pode ser aplicada entre os
empresários. Se uma empresa vai
contratar outra, se equivoca e assume uma obrigação que a prejudica,
não pode ser poupada. Isso significaria imputar as consequências desse
erro àquela empresa que acertou.
Precisamos de regras próprias, diferentes das relações entre empresário
e consumidor, por exemplo. Por falta
de lei específica para os contratos
empresariais, os juízes acabam aplicando o Código de Defesa do Consumidor, próprio de uma relação de
desiguais. Entre empresários, a relação é de iguais e, portanto, as regras
precisam ser outras.
Na prática, o que isso significa no
avanço do desenvolvimento do País?
Com toda a certeza, esse quadro
de insegurança jurídica e de excessiva burocratização da atividade empresarial não compõe um ambiente
de negócios atraente para o investidor estrangeiro. Se não há previsibilidade judicial, é um país que oferece
maior risco para investimento. Isso
provoca um efeito ruim para os consumidores. Todo empresário, quando
está assumindo risco maior, e sempre foi assim, quer retorno maior. Um
país com insegurança jurídica não
deixa de receber investimentos, mas
passa a ser atraente para investidores que estão atrás de altos riscos.
Aqueles que querem investir mais
e ter maior retorno, ou seja, preços
maiores de produtos e de serviços.
Quando compramos um celular no
Brasil, pagamos mais pelo mesmo
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aparelho vendido em países mais seguros juridicamente. É assim, mesmo descontando-se os impostos. À
medida que a gente reduzir os riscos
jurídicos, garantir que os contratos
são para valer, que o empresário não
vai ser surpreendido por uma decisão
judicial que altere a sua condição, os
riscos passam a ser menores, e os
preços também.
Como o senhor vê a burocracia
no Brasil?
A burocracia tem sentido quando
é um controle adequado, necessário e que provoca consequências
jurídicas. O problema é que temos
regras que não precisariam existir.
Por exemplo, a lei estabelece que
toda sociedade limitada formalize
uma vez por ano as contas dos administradores. Essa formalização pode
ser uma assembleia, uma reunião
ou um documento simples. Mas
80% das sociedades limitadas são
compostas por um grande sócio,
com mais de 90% do capital social.
Ou seja, ele mesmo aprova as contas
dele. Isso tem custo não só para o
empresário. Esse trabalho todo vai
provocar acúmulo de documentos na
Junta Comercial, por exemplo. Estamos gastando dinheiro público para
cumprir uma exigência que não tem
importância nenhuma.
A burocracia favorece a corrupção?
Quando a lei cria um controle
desnecessário e exagerado com uma
norma burocrática, cria também um
campo favorável para a corrupção.
Quando as coisas são simples, diretas e objetivas, a ilegalidade tende a
diminuir. Principalmente quando são
independentes da avaliação do servidor público, com o uso mais intensivo
dos sistemas informatizados.
A falta do Código Comercial também
contribui para isso?
Sim. A legislação foi elaborada
para que a documentação das empresas seja manual, mas hoje temos
várias ferramentas de informática
que tornariam isso mais seguro, ágil
e menos suscetível à corrupção. Por
exemplo, se há necessidade de alteração do valor da sociedade, o controle
disso passa pelas mãos de funcionários públicos. Eles vão verificar
se está tudo correto. À medida que
passarmos a utilizar os sistemas informatizados, essa alteração vai direto
para um banco de dados da Junta Comercial, e o controle será automático.
Não passa pelas mãos de ninguém.
Se for um funcionário corrupto, ele
pode criar dificuldades para vender
facilidades.
Em que a Lei de Falências
(Lei 11.101/2005) precisa ser
aperfeiçoada?
A ideia inicial, já superada, era
trazer para o Código Comercial apenas a parte de direito material das
falências. A lei será aperfeiçoada,
mas continuará separada do código.
Um aspecto muito importante que
vai ser alterado na Lei de Falências
diz respeito à desvinculação da rejeição da recuperação judicial da
decretação da falência. Hoje a lei
estabelece que, se o empresário não
consegue a recuperação judicial, o
juiz tem obrigatoriamente que decretar a falência dele. Essa norma
é ruim porque os credores ficam
pressionados a aprovar qualquer
plano de recuperação, mesmo que
seja inconsistente. Se não aprovam,
é decretada a falência do devedor e,
nesse caso, dificilmente recebem o
pagamento do que é devido. Ou seja,
chegam a aprovar um plano de pagamento de 20 anos somente para
garantir que vão ter a dívida quitada.
Sabendo disso, o devedor acaba fazendo planos que sacrificam muito o
credor. Com a revisão da lei, desvinculando uma coisa da outra, se o devedor não apresentar proposta razoável, os credores podem não aceitar
e eles ficam expostos à execução.
Muitos devedores se aproveitam
dessa situação. Esse é um exemplo
de como a lei atrasada contribui
para o mau uso das regras.
//Serviço
Até 18 de outubro, qualquer
cidadão pode participar da consulta
pública sobre o anteprojeto do
Senado no Portal e-Cidadania.
www.senado.gov.br
Quando as coisas
são simples,
diretas e objetivas,
a ilegalidade
tende a diminuir.
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
11
comportamento
Bom senso
na rede
//Por Sheila Nascimento
Exposição em mídias sociais funde
cada vez mais vida profissional e
pessoal. Afinal, quais os limites?
U
m vendedor insatisfeito
com o salário publicou
uma foto do contracheque
em uma rede social. Dias
depois veio a demissão por justa
causa. Segundo ele, a publicação
expressava sua insatisfação com o
valor pago pelo seu serviço e relacionava o problema com o alto custo
de vida. O gerente de recursos humanos da companhia alegou que a
decisão foi baseada na violação do
acordo de confidencialidade previsto
no contrato de trabalho.
O caso, ocorrido nos Estados
Unidos em agosto, não difere da realidade brasileira. Aqui funcionários
também já terminaram desligados
depois de publicar algo relacionado
ao ambiente profissional na internet. Há também os casos de comportamento inadequado em relação
ao uso das mídias sociais durante
o expediente. Mas de que maneira
os empresários avaliam essas situações? O que deve ser considerado
prejudicial ou desrespeitoso?
Para quem trabalha com mídias
sociais, a palavra de ordem é o bom
senso. “Já não há como restringir
o uso das redes no trabalho, visto
que muitos funcionários têm tablets e smartphones com acesso à
internet. O recomendado é orientar
o colaborador sobre o que é ou não
permitido na empresa e em relação
ao nome da marca”, analisa a consultora e especialista no assunto
12
Carla Falcão.
Funcionários que utilizam as
mídias sociais de forma excessiva, prejudicando o rendimento e a
qualidade do trabalho, e aqueles
que usam essas ferramentas para
desabafar e falar mal da empresa
e de outros colaboradores podem
perder o emprego, segundo a advogada especialista em direito do
trabalho Clarisse Dinelly. “Os dois
casos oferecem margem para a demissão, sendo o último exemplo o
mais grave”, afirma.
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) tem regras que podem
ser aplicadas à internet, segundo a
advogada. “O artigo 482 estabelece a
demissão por justa causa nos casos
em que ocorra a violação e a divulgação de dados da empresa, além
de responsabilizar as pessoas por
atos difamatórios.”
Para o Tribunal Superior do Trabalho, exibir fotos do ambiente de
trabalho nas redes sociais pode resultar em demissão por justa causa.
O entendimento da corte é válido
para todos os tribunais regionais.
O caso que serviu de base para estabelecer esse precedente foi o de
uma funcionária de um hospital particular em Olinda (PE). Ela publicou
fotos em uma rede social da equipe
trabalhando na unidade de terapia
intensiva (UTI).
A direção do hospital alegou que
as fotos motivaram comentários de
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
Fotos: Nina Quintana
“Temos uma política estabelecida por meio de um regimento que
proíbe o uso das redes no horário considerado de pico no trabalho. A
empresa atua no ramo de serviço e, inevitavelmente, lidamos com
atendimento ao público. Não posso permitir que um funcionário deixe
de atender um cliente para estar na internet, por isso o investimento
em treinamento. Tudo é questão de bom senso e cooperação entre
empresa e colaboradores. Não interferimos em ações no perfil pessoal
dos funcionários, tais como a publicação de fotos, frases e material
compartilhado.”
Marly Vidal
44 anos, superintendente de Gestão de Recursos Humanos do Sabin
X
“Costumo me policiar para não publicar algo que denigra minha
imagem como profissional e a da empresa onde trabalho. Isso
ocorreu de forma mais acentuada durante as discussões das
manifestações de junho pelo Brasil. Apesar de concordar com
muitas coisas, evitei compartilhar mensagens do tipo: ‘greve
geral’. Evito o uso das mídias sociais durante o horário de
trabalho, geralmente publico material na hora do almoço ou após
o expediente. Estabeleço filtros de fotos para grupos de amigos –
dessa forma preservo minha vida pessoal, social e profissional.”
Vivian Accorsi
28 anos, secretária do Sabin
mau gosto na rede social, expondo a
intimidade de outros funcionários e
de pacientes sem autorização. Além
disso, afirmou que a imagem do
hospital foi associada a brincadeiras
de baixo nível. Na decisão, de abril
de 2012, a segunda turma do TST
citou a inadequação das imagens ao
descrever a foto de uma das enfermeiras semiagachada e uma mão
supostamente tentando apalpá-la.
//Código de conduta
Para evitar esse tipo de constrangimento, algumas empresas
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
optaram nos últimos anos por elaborar um regimento interno, no qual
descrevem de maneira detalhada o
comportamento do funcionário em
relação ao uso das redes sociais.
“Acredito que essa seja a forma mais
eficaz e satisfatória para estabelecer
regras e a conduta dentro da organização”, defende Clarisse Dinelly.
Um dos itens que pode ser estabelecido é o horário de acesso.
“Algumas empresas criam limites
de tempo ou de volume de dados
trafegados como forma de controlar o uso, além de liberar o acesso
durante intervalos e no término do
expediente”, diz o especialista em
gerenciamento de tempo e carreiras
Christian Barbosa. “Não existe mais
essa história de bloqueio total, a não
ser que a organização reviste o bolso
dos colaboradores e os impeça de
trazer smartphone para o trabalho”,
completa.
A tendência é de que, com o passar dos anos, cada vez mais organizações estabeleçam contratos, regimentos e códigos de conduta para
evitar processos judiciais consequentes de demissão por justa cau-
13
sa. Os empresários devem consultar um especialista para redigir um
documento adequado à realidade
da empresa e da equipe. “Mas isso
não basta. É necessário orientação e
fiscalização da gerência de recursos
humanos”, recomenda Carla Falcão.
O coach e especialista em mídias sociais Monclair Cammarota defende o livre acesso às redes
sociais, mas com moderação. “As
empresas devem orientar e treinar
os seus funcionários para que as
postagens sejam satisfatórias para
ambos. Um trabalhador satisfeito
tende a elogiar a organização, o que
é melhor do que qualquer propaganda para fortalecer a marca. A
afirmação de um colaborador tem
credibilidade”, acredita.
O problema é se o bate-papo, por
exemplo, não termina e consome
longas horas no dia, levando ao acúmulo de trabalho. “Nesses casos, a
rede social faz mal para o desempenho do trabalhador e da empresa”,
pondera Christian Barbosa.
Outro ponto a ser levado em consideração é a imagem que o empregado passa ao público externo. “As
pessoas esquecem que são uma
marca profissional, seja na empresa
X ou Y, e se comportam de maneira
inadequada. Utilizam as redes como
muro de lamentações. O nome é
algo tão valioso quanto o currículo”,
aconselha Carla Falcão. De acordo
com a especialista em mídias sociais, alguns empregadores passaram a verificar informações nas redes sociais para fins de contratação.
“Tudo o que se publica na internet,
por mais que seja pessoal, pode
contar como positivo ou negativo. A
rede é um espaço público.”
“Fiscalizamos o uso das redes sociais durante o horário de trabalho.
Como atuamos no comércio, já houve situações de funcionário
dispensar um cliente para voltar a usar a rede por meio do
smartphone. É delicado abordar esse assunto com o empregado
porque é quase impossível proibir o acesso atualmente. O ideal é
deixar tudo claro durante a contratação por meio da orientação oral.
Não acredito que um documento por escrito seja necessário. Colocar
foto da vida pessoal, da balada, é uma escolha da pessoa que não
cabe à empresa, mas vale o bom senso para que em uma dessas
imagens a marca da empresa não esteja associada.”
James Barbosa
29 anos, gerente da Free Corner do Brasília Shopping
X
“Busco utilizar as redes como ferramenta de trabalho ao publicar
imagens dos produtos comercializados. Acho que o que coloco
de opinião ou foto pessoal só diz respeito a mim e não à empresa,
claro, desde que não denigra a imagem da organização, como
utilizar o produto de uma marca concorrente. Nesse caso, cabe o
bom senso do funcionário, além de evitar usar esse espaço para
desabafar sobre algo que o incomode no trabalho. Acredito que
esse seja o maior erro dos profissionais atualmente.”
Carlos Henrique Ribeiro
23 anos, vendedor da Free Corner
do Brasília Shopping
14
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
“Na nossa empresa, o uso das redes sociais é totalmente
liberado. Não cabe a nós avaliar o que um funcionário
publica ou deixa de publicar. Ao contrário de outras organizações,
incentivamos o uso dessa ferramenta como meio de conquistar
e fidelizar os clientes. Não estabelecemos regras ou códigos de
conduta para os colaboradores. Com isso respeitamos o direito
individual dos empregados e evitamos o vínculo da marca com a
insatisfação de um empregado que não se sinta à vontade.”
X
Higor Lúcio Félix
27 anos, gerente de Vendas da Peugeot do SIA
“Utilizo as redes sociais como ferramenta de trabalho e
comunicação com outros funcionários. Quando se está no
trabalho, aprende-se a separar a hora de descontração. Com
o tempo, percebemos que uma mídia social pode ter potencial
muito maior do que apenas descontrair ou bater papo com amigos
e conhecidos. Acredito que o único cuidado necessário para o uso
das redes para aqueles que se intitulam como parte integrante de
uma empresa seja não cometer erros de português. Isso depõe
contra o colaborador e a organização.”
Leidiane Cavalcante
22 anos, gerente de Mídias Sociais da Peugeot do SIA
“Não pega bem um funcionário utilizar o horário do
expediente para permanecer nas redes sociais. Isso contribui
para o acúmulo de trabalho e o estresse. Por esse motivo, há o
bloqueio do acesso às redes durante o trabalho. Nós não utilizamos
regimento ou código de conduta, mas orientamos oralmente nossos
colaboradores sobre o bom senso que deve haver. Na minha opinião,
fotos de baladas, festas e copos de cerveja não pegam bem para o
ambiente escolar, em que atuamos.”
Roberto Boechat
38 anos, proprietário da escola de inglês You Move da Asa Norte
X
“É difícil hoje em dia separar um perfil profissional do pessoal,
mas faço esse esforço. Creio que o uso das redes não deve
prejudicar o trabalho. O funcionário precisa ter noção do tempo
considerado saudável nas mídias sociais e saber se disciplinar
para que esse costume não interfira na carreira. Acho que, antes
de publicar algo, compartilhar e curtir, é necessário avaliar o
possível impacto perante amigos, colegas de trabalho e família.”
Deyse Gomes
25 anos, atendente da escola de inglês You Move da Asa Norte
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
15
//segredos do marketing digital
E
m nossa coluna deste mês,
trazemos uma excelente
notícia para os comerciantes que já trabalham com
e-commerce e para quem pretende
trabalhar. Pesquisa realizada pelo
E-Bit mostra que o comércio eletrônico brasileiro cresceu, no primeiro semestre, 24% em comparação ao mesmo período de 2012,
com faturamento em torno de R$
12,74 bilhões.
A pesquisa ainda nos traz alguns dados dos setores que mais
se destacaram nas vendas on-line.
A categoria Moda e Acessórios chegou ao primeiro lugar, representando 13,7% do total das vendas,
seguida de perto pela categoria
Eletrodomésticos, com 12,3%. Em
terceiro, quarto e quinto lugares,
temos, respectivamente, as categorias: Cosméticos e Perfumaria/
Cuidados Pessoais/Saúde (12,2%),
Informática (9%) e Livros/Assinaturas e Revistas (8,9%).
Mais interessante ainda é perceber que esse aumento ocorreu
justamente em um momento de
retração da economia, quando há
crise econômica internacional, baixo crescimento do PIB brasileiro,
alta da inflação e expectativa de alta
de juros. Apesar de parecer contraditório, esse bom desempenho do
e-commerce pode ser explicado.
Em períodos de crise, o consumidor
passa a ser mais seletivo em suas
compras, além de pesquisar muito
16
mais os preços, sendo atraído pelos
valores e pelas condições oferecidos on-line.
Estima-se que no primeiro semestre do ano quase 4 milhões de
brasileiros tenham feito sua primeira compra pela internet – número
que, comparado com o ano passado, mostra estabilização do setor.
De acordo com o estudo, a maior
parte desse público é formada por
mulheres de 25 a 49 anos. Também se notou grande participação
da classe C nesse comércio. Em
relação ao grau de escolaridade,
pessoas com ensinos fundamental
e médio são maioria (46%). Já no
quesito renda, a faixa mais relevante é a de pessoas com ganhos de
até R$ 3 mil (58,62%).
Para finalizar, um dos pontos
altos da pesquisa mostra que os
números registrados no primeiro
semestre contribuem para manter
previsões positivas para todo o ano
de 2013, que deve chegar ao final
com faturamento de R$ 28 bilhões.
Ficou impressionado com esses
números? Nós também! Acreditamos que eles mostrem, mais do
que nunca, que adotar uma estratégia on-line para seu negócio
é item obrigatório. Uma boa presença on-line pode reforçar muito
as vendas, assim como criar certa
proteção em tempos de flutuações
econômicas. Lembre-se: quanto
mais cedo você começar, mais cedo
poderá colher os frutos.
Giovanna Leal
E-commerce brasileiro cresce
24% no primeiro semestre
Jens Schriver
Maximo Migliari
Sócio da ClickLab
Sócio da ClickLab
//Envie perguntas para
[email protected] ou
facebook.com/agencia.clicklab
4 milhões de
brasileiros fizeram
sua primeira compra
pela internet no
primeiro semestre.
Fonte: E-bit
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
//vitrine
Mais
luxo
Até o fim do ano, duas grandes grifes
italianas abrirão lojas próprias em Brasília.
A Prada e a Dolce & Gabbana já estão alojadas na ala internacional do Iguatemi. Por
enquanto, só é possível ver os tapumes. A
ala conta com outras marcas de luxo, como
Gucci, Tiffany & Co., Burberry e Hugo Boss.
Na foto, a bolsa Prada Twin Pockets. O Iguatemi Brasília fica no Lago Norte, no Centro de
Atividades 4.
Alan Santos
Compra organizada
A Nardim Júnior Home, criada pelo arquiteto e decorador de mesmo nome, está maior, mais organizada e com produtos novos. Agora, o
ambiente de 650 metros quadrados está dividido em cinco seções: antiguidades, presentes, objetos de decoração, listas de casamento e festas.
Os clientes ganharam, ainda, um espaço para descansar, ouvir música e
tomar drinques. São mais de 1,5 mil itens de marcas como Marchesa by
Lenox, Zanatta Casa e Voluspa. A Nardim Júnior Home fica na 409 Sul,
no bloco C. Telefone: (61) 3244.0588.
Flutuação e
Balada
tecnológica
relaxamento
Passar uma hora dentro de uma
bolha, sem contato com os problemas e sem interferência da gravidade
é realidade no Float Brasília. Em um
tanque com mil litros d’água e 500
quilos de sais Epsom, o cliente flutua
naturalmente. A tecnologia, exclusiva em Brasília, promete reduzir
dores provocadas por tensão muscular, melhorar a qualidade do sono
e acelerar a recuperação de lesões.
A sessão pode durar 1 hora ou 45
minutos. O spa oferece ainda pacotes
promocionais e massagens. O Float
Brasília fica no Centro de Atividades 7
do Lago Norte, lotes 8 e 9, na entrada
da academia Headway. Telefone: (61)
3034.5044. www.floatbrasilia.com.br
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
Nina Quintana
Brasília ganha, em outubro, mais uma opção de
diversão noturna. A boate Noir
Club chega com foco no bom
atendimento. Os frequentadores que tiverem o aplicativo Snappin no smartphone
poderão fazer o check-in, ter
a comanda vinculada automaticamente ao seu cadastro
virtual e não se preocupar em
pegar filas no fim da festa.
Com o aplicativo, vai ser possível fazer o pagamento da
conta pelo próprio celular. A
Noir Club será inaugurada no
Gilberto Salomão (SHIS QI 5),
no Lago Sul.
17
prêmio
Empreendedores
em evidência
O
//Por Daniel Alcântara
Mérito Mercador Candango chega à sétima edição
em 2013. Em 1° de outubro, no Centro de Eventos
e Convenções Brasil 21, no Setor
Cristiano Costa
Diego Bresani
Adão Gomes Pereira
Nasceu em Ubá, Minas Gerais,
há 70 anos. Veio para Brasília
em 1960 para a inauguração da
capital e acabou ficando. Casado,
tem três filhos e três netos.
Cursou ciências contábeis na
UDF e trabalhou no comércio no
início da carreira. Em 1975, criou
uma empresa de maquinário para
escritórios e outra de produtos
de apoio para restaurantes e
condomínios. Depois, fundou a DB
Distribuidora (focada no setor de
food service), com os seus filhos
Heda e Danilo Valim, no Núcleo
Rural de Ceilândia. Hoje, além da
matriz, tem filial em Goiânia.
Adriana Karina de Simões
Muniz Ricci
Nasceu em Brasília há 42 anos.
É casada há 22 e tem três
filhos. Formou-se em 1996 em
administração pela Fundação
Getulio Vargas. Fez pós-graduação
em marketing também pela FGV.
Administra a Lord Perfumaria
com o irmão Marcus Vinicius. A
empresa foi adquirida pela família
na década de 1980. A perfumaria
só cresceu. São nove lojas pela
capital e também vende on-line.
Em 2013, a marca fez um plano de
expansão e pretende alcançar o
número de cem franquias em todo
o território nacional.
18
Hoteleiro Sul, a cerimônia marca o
reconhecimento ao trabalho de 15
empresários que acreditaram no sonho de Brasília e contribuíram para
o seu desenvolvimento.
Cristiano Costa
Antonio do Valle
Tem 70 anos e nasceu em
Muriaé, interior de Minas
Gerais. Veio para Brasília em
1960 para a inauguração da
capital e ficou maravilhado. Seu
primeiro emprego em Brasília
foi de office boy em uma loja de
móveis. Depois, trabalhou como
frentista e garçom. Aproveitou
as oportunidades da recéminaugurada capital do País para
virar despachante imobiliário.
Logo depois, se tornou corretor
de imóveis, área em que virou
especialista, e montou sua própria
empresa, a Antonio do Valle
Empreendimentos Imobiliários.
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
O evento é iniciativa da Fecomércio-DF. Tem o apoio do Sesc-DF, do
Senac-DF, da empresa Qualicorp e
do Banco do Brasil. No ano passado,
12 empreendedores foram lembrados. Desde sua criação, em 2003, o
Mercador Candango homenageou 82
personalidades (veja o quadro a partir da pág. 20).
O presidente da Fecomércio-DF,
Adelmir Santana, diz que o prêmio
valoriza os empresários do comércio, que alavancam cada vez mais o
setor na capital do País. “Eles acre-
Assessoria de imprensa do senador
Eunício Lopes de Oliveira
Nasceu em Lavras da
Mangabeira, no Ceará. Veio
para Brasília em 1978. É
senador da República desde
2011, pelo PMDB. Formado em
administração de empresas
pelo UniCeub, antes de entrar
para a vida política presidiu
empresas do setor de segurança
privada. Chegou também a ser
presidente da Fecomércio-DF
e presidente da Federação
Nacional de Empresas de
Segurança e Transporte de
Valores (Fenavist). Tem 60 anos,
é casado, tem quatro filhos e
uma neta.
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
ditaram em um sonho chamado
Brasília. Mais do que isso: fizeram
desse sonho razão para viver.” Para
ele, essas pessoas representam a
coragem, a determinação e o espírito empreendedor dos candangos,
sejam pioneiros ou mais recentes.
Das mais de 30 indicações feitas
pelos sindicatos da base da Fecomércio, 15 nomes foram escolhidos
por uma comissão de notáveis formada pelos seguintes nomes: Ibaneis Rocha, presidente da OAB-DF;
Álvaro José da Silveira, diretor da
Cristiano Costa
Geraldo Tadeu Siqueira
Nasceu na cidade de Itajubá,
interior de Minas Gerais, e veio
para Brasília na década de 1970.
Morador de Taguatinga, tem
62 anos, é casado e tem três
filhos. Começou a trabalhar
no comércio logo após chegar
à capital federal, na antiga
Telebrasília. Depois de algum
tempo, prestou serviços a uma
empresa de ar-condicionado
e há 33 anos resolveu montar
seu próprio negócio em
Ceilândia Norte. O nome
do empreendimento é uma
homenagem à sua cidade natal:
Itajubá Materiais de Construção.
Fecomércio; Kátia Cubel, jornalista;
Adirson Vasconcelos, jornalista, historiador e escritor; e Getúlio Lopes,
reitor do UniCeub.
“Trata-se de uma homenagem
aos nossos bravos e nobres brasilienses. Em um País onde ter o próprio negócio significa superar uma
avalanche de dificuldades, como a
elevada carga tributária e a extrema
burocracia, é preciso valorizar histórias de sucesso e exemplos de quem
ajuda a transformar positivamente a
realidade do Brasil”, justifica Santana.
Allisson Aragones
Hilton Carvalho
(in memoriam)
Nasceu em dezembro de 1924
na cidade de São Joaquim
da Barra, no interior de São
Paulo. Chegou em 1956,
antes da inauguração da nova
capital da República. Em 1964,
ele abriu a primeira loja HC
Pneus. Atualmente, a marca é
uma das líderes no segmento
automotivo e conta com 50
filiais nas Regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste.
Casou-se em 1950 com Olga
Crispim. A união lhe rendeu
quatro filhos e 17 netos.
Morreu aos 87 anos, em 2012.
19
Cristiano Costa
Jaira Saffadi Coca
Nasceu em Córdoba, na
Argentina, e foi criada em
Buenos Aires. Casada, mãe
de três e avó de cinco, é dona
do Jaira Coiffeur. Cabeleireira
profissional, a empresária de 61
anos já fez cursos na Argentina,
na Inglaterra e na Holanda. Há
50 anos vive no País. Montou o
seu primeiro salão em São Paulo.
Depois de um ano, a argentina
veio para a capital da República.
Abriu um estabelecimento no
Hotel Nacional e hoje corta
cabelos e faz penteados em seu
salão no Lago Sul.
Cristiano Costa
Jonas da Costa Freire
Tem 49 anos, nasceu em
Corumbá de Goiás e veio
para Brasília em 1970. Aqui,
graduou-se em jornalismo,
mas a veia empreendedora
falou mais alto. Foi trabalhar
com o ramo de papelaria,
depois começou a atuar
no setor de turismo e
construção. A partir do ano
2000, se aventurou no ramo
de hotelaria, setor no qual
permanece até hoje. Jonas
é dono do Hotel Colorado,
no centro da cidade de
Taguatinga. É casado há 25
anos e tem dois filhos.
Cristiano Costa
JosE do PatrocInio Leal
O médico de 72 anos nasceu
em Surubim, Pernambuco.
Formou-se no Recife e fez
especializações no Rio de
Janeiro e na França. Veio para
Brasília na década de 1970.
Quando chegou à capital,
trabalhou no Hospital das
Forças Armadas (HFA). Desde
1983, é presidente do Grupo
Santa Lúcia, responsável
pelos hospitais Santa Lúcia,
Santa Helena, Prontonorte,
Maria Auxiliadora e Renascer.
É casado, tem cinco filhos e
sete netos.
Saiba quem
já foi agraciado
1ª edição (2003)
Adelmir Araújo Santana • Antônio Carlos Pires • Antônio José Matias de Sousa •
Benedito Augusto Domingos • Claudio Oscar de Carvalho Sant Anna • Elson Cascão •
Franklin Roosewelt de Oliveira • Gilberto Salomão • Hely Walter Couto • José Neves
• Lindberg Aziz Cury • Maria de Moraes Barros (Dona Querida) • Miguel Setembrino
• Mitri Moufarrege • Mohamed Khodr • Newton Egydio Rossi • Ney Carneiro • Oredio
Alves de Rezende • Orlando Taurisano • Osório Adriano • Raimundo José Vasconcelos
• Salvador Ferreira Mota • Simon Pitel • Staikos Georges Tzemos
2ª edição (2007)
Antônio de Paula Pontes • Edmond Baracat • Getúlio Pinheiro de Brito • José
Gomes Ferreira •Júlio Adnet • Kazuo Mizuno • Lourival Abadia Juvenal de Almeida •
Roosevelt Dias Beltrão • Wanderval Calaça • Yoshiaki Onoyama
20
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
Cristiano Costa
Laudenor de Souza Limeira
Tem 80 anos, nasceu em
Caruaru, Pernambuco, e
veio para Brasília antes da
inauguração da cidade. Tem
três filhos e se formou em
técnico contábil. Desde 1964,
é sócio-diretor da Cascol
Combustíveis, que faz parte
de uma das maiores redes
de postos do Distrito Federal
e Entorno: a Rede Cascol. A
empresa representa 91 postos
de combustíveis e emprega mais
de 2,5 mil funcionários.
Cristiano Costa
Arquivo pessoal
Luiz Maria de Ávila Duarte
Nasceu no estado de Ohio, nos
Estados Unidos, há 54 anos.
Veio para o Brasil com 4 anos,
quando seus pais decidiram voltar
para o país de origem. Casado,
tem três filhos e é formado em
processamento de dados pela
Universidade de Brasília, além
de pós-graduado em didática e
metodologia no ensino superior
pela Universidade Católica e em
sistemas da informação pela
UDF. Há 23 anos, fundou a Cast
Informática, na Asa Norte. Com
filiais por todo o Brasil, a empresa
presta serviços na área de
tecnologia da informação.
Paulo de Mendonça Maia
Tem 82 anos e nasceu em
Russas, no Ceará. Com espírito
empreendedor, chegou a vender
querosene quando jovem, pois em
sua terra natal não havia energia
elétrica. Em 1973, vendeu tudo
que tinha e veio para Brasília.
Comprou uma padaria com a
esposa, Nadyr, e, com os filhos
José Fagundes, César, Lurdes
e Liduina Maia, expandiu os
negócios. Na década de 1990,
criaram o Super Maia, hoje com
15 lojas no DF e em Goiás. É dono
do Grupo Santo Antônio, que
administra padarias e uma fábrica
de plástico e papel.
3ª edição (2008)
Alberto Salvatore Giovanni Vilardo • Aurenir da Silva Macedo • Carlos
de Oliveira Itacaramby • Gervásio Batista • José Alves Cardoso (Zé da
Mata) • José Eustáquio Elias • José Paulo Sarkis • Luiz Pouso Martins •
Mercedes Urquiza • Roberto Curi
4ª edição (2009)
Dílson Fernando Barbosa • Edson Alves Rezende • Ennius Marcus
de Moraes Muniz • Euzébio Pires de Araújo • Francisco Chiquinho do
Beirute • Gilberto Amaral • Gilvan Farah • Hilton Pinheiro Mendes •
Massae Tominaga • Olavo Pinto David • Pantelis Gean Gorgalas • Rogério
Tokarski
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
21
Cristiano Costa
Ronaldo Martins Junqueira
Nasceu em Buriti Alegre (GO). Veio
para Brasília em 1961. Ingressou
no jornalismo aos 18 anos, na
Última Hora. Passou por veículos
como Jornal do Brasil, Diário
de Brasília, Revista Manchete e
Correio Braziliense. De 1968 a
1970, foi sócio de uma pequena
imobiliária. Em 1992, deu início ao
projeto do Jornal da Comunidade.
O Grupo Empresarial Comunidade
emprega 220 pessoas e é formado
ainda pela Revista Comunidade
VIP, pelo Jornal Coletivo e pelo
site Mais Comunidade. Tem
66 anos, é casado com Marisa
Junqueira e têm quatro filhos.
Cristiano Costa
Ruben Parrilla
Nasceu no Uruguai, na cidade
de Canelones, há 73 anos.
Veio para Brasília em 1975,
quando assumiu a gerência
do Hotel Eron. Projetou-se
na cidade trabalhando na
área de turismo e hotelaria.
Tem experiência de 35 anos
em promoção, planejamento,
criação, realização e montagem
de eventos e de mais de 40 anos
em administração de empresas,
com destaque para hotelaria
internacional e turismo de
eventos no Brasil, nos Estados
Unidos e no Uruguai. Fundador
e dono da Imagens Promoções.
Cristiano Costa
Sandra Costa
Nasceu em Inhapim (MG), há
61 anos. Veio para Brasília em
1979. É cofundadora e diretora
técnica do Grupo Sabin. Formada
pela Faculdade de Farmácia e
Bioquímica da Universidade Federal
de Minas Gerais, tem mestrado
em ciências médicas pela UnB,
MBA em gestão de negócios
pela Universidade Federal do
Rio de Janeiro e MBA em gestão
empresarial pela Fundação Dom
Cabral. Em 2011, foi eleita uma das
melhores gestoras de empresas do
Brasil pela Revista Valor Executivas.
Casada há 36 anos, tem três filhos
e uma neta.
Saiba quem
já foi agraciado
5ª edição (2010)
Álvaro José da Silveira • Antonio Augusto Carvalho de Moraes • Edson Sebba • Elenita
Crisci da Valle • Fernando Bizerra • Geraldo Vasconcelos • Heraldo Cunha Moll •
José Aparecido Junqueira Guimarães • Nelson Serafim Cagali • Pedro Ribeiro (in
memoriam) • Raimundo Dias de Souza • Sebastião de Carvalho Neto • Sebastião
Lopes da Silva • Walter Machado
6ª edição (2011)
Antonio Carlos Dias Noleto • Ari Cunha • Arnaldo Cunha Campos • Domingos de
Freitas Ferreira • Janete Vaz • Kazuo Okubo • Nadja Regina V. Cavalcante Carvalho
• Olimpio Hanashiro • Rodrigo Rios Amorim • Salvador Ferreira Mota • Sebastião
Gomes da Silva • Wagner Canhedo
22
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
//economia
Como aperfeiçoar
as concessões
D
epois de adiar o discutível
trem-bala, e inaugurando
o seu programa de concessões de transportes, o atual governo
colocou em leilão as duas rodovias
supostamente com maiores chances de sucesso, mas, para uma delas, a BR-262, que liga MG ao ES,
deu “vazio” no dia de apresentação
das propostas. Ou seja, mesmo
cientes da importância das concessões de infraestrutura para a retomada dos investimentos e do crescimento do PIB, as autoridades ainda
não conseguiram se encontrar no
encaminhamento desse complexo
assunto. E isso é verdadeiro desde
2007, quando foi leiloada a chamada
fase dois das concessões rodoviárias, conforme pode ser visto no livro
que escrevi com amigos especialistas há um ano e foi publicado pelo
Inae (cópias podem ser obtidas pelo
e-mail: [email protected]).
Com efeito, o Estado parou de
investir, e há muito vem concentrando os seus gastos em pagamentos a
pessoas, ou seja, previdência, pessoal e assistência social. Com o tempo,
foi desmontando a máquina que cuidava dos investimentos e, com exceção do primeiro quinquênio pós-real,
não se preparou adequadamente
para a única saída à mão. Tratava-se
de buscar associações com o setor
privado, para substituí-lo na oferta
de serviços nos segmentos em que a
rentabilidade potencial dos negócios
é suficiente para atraí-lo.
Os principais problemas da estratégia em vigor são a baixa qualificação dos gestores públicos; a insistência na imposição de tetos tarifários
os mais baixos imagináveis – e não
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
O Estado parou de
investir, e há muito
vem concentrando
os seus gastos
em pagamentos a
pessoas, ou seja,
previdência, pessoal e
assistência social.
os mais baixos possíveis –; e um ritual do processo de concessões que,
em face das dificuldades gerenciais,
queima etapas indispensáveis (como
a pré-qualificação e o exame do plano
de negócios dos candidatos privados)
e até proíbe a apresentação dos indispensáveis planos de negócios nos
leilões, ainda que os próprios bancos
oficiais que deverão suprir os financiamentos requeridos não abram
mão de analisá-los. Cria-se, assim,
enorme espaço para comportamento “oportunista” de concorrentes que
oferecem preços baixos apenas para
vencer os leilões e depois procuram
obter concessões adicionais fora da
disputa inicial. Aproveitam-se de que,
politicamente, é muito difícil cancelar
concessões de serviços públicos.
A receita para aperfeiçoar o processo deve incluir principalmente a
busca de tarifas (e retornos) realistas e a urgente qualificação da máquina que lida com o assunto. Sem
isso, todo o esforço de retomada do
crescimento econômico do País redundará em vão.
Joel Rodrigues
Raul Velloso
Doutor em Economia pela
Universidade de Yale (EE.UU).
Atualmente é consultor
econômico em Brasília
23
Mono mon
o
o Caetan
ig
Por Rodr
Francisco:
Um quarto de século em atividade
No meio gastronômico, quem
completa 25 anos precisa assoprar
muitas velinhas para comemorar. O
mercado pode ser trepidante. O catarinense e descendente de italianos
Francisco Ansiliero sabe disso e já
enfrentou muitas marés em duas
décadas e meia com sua rede de restaurantes Dom Francisco. As casas
conquistaram clientes fiéis, mantendo
a tradição de oferecer pratos elaborados e saborosos, com bons azeites à
mesa, além de uma bela carta de vinhos. O restaurante conta com uma
das adegas mais completas da capital
federal. São 1.520 rótulos de 25 países
– 12 mil garrafas. Para comemorar
estes 25 anos, lançou vinho próprio,
que leva o nome do restaurante e já
pode ser degustado em todas as casas da rede. Produzido na Itália, o vinho Dom Francisco é importado pela
Max Brands e oferecido em duas opções: o Barbera e o Barolo.
//Dom Francisco Restaurante
Asbac – SCES, trecho 2, conjunto 31 – (61) 3224.8429
ParkShopping – piso superior – (61) 3363.3079
402 Sul – SCLS 402, bl. B, lojas 5, 9 e 15 – (61) 3226.1816
Viagens gastronômicas
Maceió
Rafael Fontana
Picuí – Há mais de duas décadas fazendo
história graças à sua carne de sol, o
restaurante, comandado pelo chef Wanderson
Medeiros, serve mensalmente duas toneladas
de contrafilé de maneira primorosa. As
entradinhas também são
super-recomendadas.
//Travessa Emilio Cardoso Filho, 1.140 – Jaraguá
(82) 3223.8080
Wanchako – O restaurante tem as
mãos generosas da chef Simone
Bert. Ela mistura ingredientes da
cozinha peruana com a brasileira.
Destaque para os tiraditos com lâminas
de pescado curtidas na laranja, acompanhados de
maionese de polvo e camarão com cebola curtida.
//R. São Francisco de Assis, 93 – Jatiúca
(82) 3377.6024
24
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
http://bloggastronomix.blogspot.com – [email protected] – www.facebook.com/sitegastronomix
Pequeno guia de
cervejas especiais
Sequência
de tapas
Uma tradição espanhola ganha
mais um adepto na cidade. Depois
de o Dona Lenha colocar em seu cardápio um festival de tapas, agora o
Versão Tupiniquim oferece sequência
de tapas com 12 receitas em porções
pequenas a R$ 39. A proposta é de
renovar as tapas a cada 15 dias, mas
a cestinha de berinjela com relish de
manga e o queijo de coalho com espuma de melaço figuram entre as candidatas a permanentes.
// Versão Tupiniquim
302 Sul, bloco C, loja 2
(61) 3322.0555
// Dona Lenha
www.donalenha.com.br
O Brasil é o terceiro maior mercado para cervejas, atrás da China e dos
EUA. E, cada vez mais, cresce a diversidade de rótulos com cervejas premium
ou feitas artesanalmente. Lojas e clubes especializados oferecem opções
como o mercado de vinho faz. Rótulos, países, blends, tipos de fermentação.
O universo é fascinante e o Gastronomix faz um convite para você conhecê-lo.
Seguem lojas que vendem cervejas especiais em Brasília:
Boutique do Godofredo
CLSW 101, bloco B, loja 54.
(61) 3021.6500
Empório Soares e Souza
CLN 212, bloco B, loja 3. (61) 3963.7022
Brilho Importados
Feira dos Importados, bloco D, lojas 8 e
9. (61) 3037.4533
Super Adega
SIA, atrás do Extra. (61) 3403.4700
Grote Market
CLN 409, bloco A, loja 19. (61) 3201.0592
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
Scotch House
CLS 403, bloco B, loja 28. (61) 3225.1153
Beer Selection
Setor Hoteleiro Sul, quadra 6, conj. A, bloco
F, Loja 56. (61) 3032.3285
Clubes de cerveja
Oh my Beer
ohmybeer.com.br
Have Nice Beer
www.haveanicebeer.com.br
Clube do Malte
www.clubedomalte.com.br
Clubeer
www.clubeer.com.br
Mais duas estrelas
Genaro Macedo é um inquieto.
Vive inventando novidades. As duas
mais recentes são dois hambúrgueres
que entram no cardápio de seu café:
o Steak Havaiano (R$ 31), 160 gramas
de hambúrguer bovino, cheddar, guacamole, tomate, cebola e teriyaki, e
o Mássimo do Jazz (R$ 28), também
com carne bovina, rúcula, queijo estepe, muçarela de búfala, tomate seco e
batata palha. Na casa há hambúrgueres vegetarianos à base de legumes.
// Genaro Jazz Burger Café
114 Norte, bloco A, loja 60
(61) 3273.1525
25
//instituto fecomércio
Inovação e
pioneirismo
//Por Daniel Alcântara
Instituto formará aprendizes para o segmento
de limpeza e manutenção
O
Instituto Fecomércio-DF
oferece o curso de Auxiliar de Serviços em Limpeza e Manutenção. O
objetivo é promover educação profissional para formação de aprendizes, com princípios pedagógicos
norteados de desenvolvimento
educacional, e foco em questões
relevantes apontadas pelo mercado
de trabalho.
O instituto é pioneiro no curso
no Distrito Federal, de acordo com
a diretora-executiva do IF, Elizabet
Garcia Campos. “Nós estamos sempre inovando na questão de aprendizagem para atender à demanda
de todos os setores. Agora estamos
abrindo espaço para o segmento de
limpeza e manutenção”, diz. O curso
será formatado de acordo com exigências do Ministério do Trabalho e
atenderá a todas as necessidades
do estudante que pretende ingressar na área. Ela também ressalta
que a cada ano o IF tem um salto no
número de aprendizes. “Em 2011
tínhamos cerca de 570, em 2012
passamos para mil e já temos 1,1
mil. Com essa nova demanda, esperamos alcançar o número de mais
de 1,5 mil aprendizes, o que significa
muito para a instituição”, afirma Elizabet Campos.
O curso será desenvolvido por
meio de atividades que estimulem
a participação ativa do aluno e a
contextualização teoria-prática.
Serão ensinadas noções de norma
de segurança, noções de primeiros
26
“Em 2011 tínhamos
cerca de 570, em 2012
passamos para mil e
já temos 1,1 mil. Com
essa nova demanda,
esperamos alcançar o
número de mais de 1,5
mil aprendizes, o que
significa muito para a
instituição.”
Elizabet Campos
Diretora-executiva do IF
socorros, prevenção de combate a
incêndio, prevenção e controle de
riscos em máquinas e suas instalações, etc. Durante o curso, os
alunos vão adquirir noções básicas
de segurança no trabalho, além de
interpretar as legislações e normas
de segurança e os elementos básicos de prevenção de acidentes no
trabalho.
Auxiliar de Serviços em
Limpeza e Manutenção
As aulas serão realizadas nos
períodos matutino e vespertino.
Serão 800 horas de curso – 400
de teoria e 400 de prática. Os
interessados em participar da
seleção devem ter no mínimo
18 anos e comparecer à sede
do IF Estágio, das 9 às 18
horas, de segunda a sextafeira (Setor Comercial Sul,
Quadra 6, Ed. Jessé Freire,
5º andar). É necessário levar
declaração de escolaridade,
cópia da carteira de identidade
autenticada ou original para
conferência, duas fotos 3x4
recentes, comprovante de
residência e cópia do CPF, além
de apresentar a Carteira de
Trabalho e Previdência Social.
Mais informações:
(61) 3962.2038 e 3962.2024.
@if_df
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
//caso de sucesso
Concurseira torna-se
empreendedora
//Por Sílvia Melo
Após estudar no Senac, Vania Almeida abriu
clínica de depilação e estética
O
sonho de passar em um concurso público
acabou se transformando em depressão
para Vania Lima de Almeida Matias, de 36
anos, que tentou por alguns anos e não
conseguiu ser aprovada. Queria estabilidade e garantia
de boa remuneração. Por indicação médica para sair
do processo depressivo, decidiu fazer cursos, optando
primeiro pela graduação e, em seguida, por cursos profissionalizantes no Senac-DF. Após esse processo, conseguiu a tão sonhada independência financeira.
Mãe de três meninas, de 11, 15 e 18 anos, a moradora
de Taguatinga Sul casou cedo, aos 16 anos, e logo teve a
primeira filha. Trabalhava no comércio do pai, que facilitava para que Vania tivesse tempo de se dividir entre o
trabalho e os cuidados com a família. “Com ele dava para
conciliar casa, filhas e estudo.”
Incentivada pelo marido, começou a se dedicar aos
estudos para concurso público em 2000. Indecisa, muitas
vezes desistia e retornava. Essa rotina durou dez anos, e a
frustração a levou à depressão. “Eu não sabia o que queria.” Foi então que o médico sugeriu que ela fizesse cursos
ou entrasse em uma academia.
Fez em 2011 os cursos de Depilação e Design de Sobrancelhas na unidade do Senac em Ceilândia. Já fazia
a faculdade de gestão de recursos humanos, em que se
graduou. Não parou mais de se qualificar. Atualmente,
faz três pós-graduações: Gestão Empresarial, Gestão
de Pessoas e Docência do Ensino Superior. Também já
investiu em cursos de ética profissional, administração
empresarial, administração e produção, como gerenciar,
como administrar dinheiro.
No Senac, Vania encontrou sua vocação. “Decidi fazer
esses dois cursos para cuidar das minhas filhas. No início,
não pretendia trabalhar nessa área”, conta. Porém, a identificação foi tão grande que Vania logo surpreendeu a família
quando a informou da decisão de trabalhar na área.
No fim de 2011, ela inaugurou o Espaço Íntimo. Fica
no mesmo lote em que mora, mas em espaços diferentes.
“Separei a loja da casa para minhas clientes ficarem à
vontade.” Oferece design de sobrancelhas, depilação com
cera e linha, limpeza de pele, massagem, banho de lua e
permanente de cílios. O trabalho é personalizado, com hora
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
Cristiano Costa
marcada e serviços adicionais para agradar à clientela.
Enquanto faz a sobrancelha, por exemplo, a cliente pode
relaxar no colchão massageador.
A empresária está realizada. Os sintomas da depressão
ficaram no passado, junto da vontade de se tornar funcionária pública. “Estou muito bem, sou dona do meu próprio
negócio, sou feliz e faço o que amo”, diz Vania. Ela pensa em
dar aulas na área de beleza e prestar consultoria empresarial. “Tenho muitos planos e sonhos, graças a Deus.”
//Sobre os cursos
A próxima turma do curso de Depilador, de 200 horas,
está prevista para se iniciar em 7 de outubro. As aulas são
das 19 às 22 horas, no Senac Ceilândia. O interessado deve
ter no mínimo 18 anos e pelo menos o 7º ano/6ª série do
ensino fundamental. Custa três parcelas de R$ 220.
O curso Design de Sobrancelhas, de 20 horas, é oferecido pelas unidades do Gama, de Sobradinho, de Taguatinga e
do Setor Comercial Sul, nos períodos da manhã, tarde e noite. A primeira turma terá aulas nos sábados, a partir de 19
de outubro, das 8 às 12 horas, no Senac do Setor Comercial
Sul. Para participar, é preciso ter no mínimo 18 anos, ensino
fundamental completo e conhecimentos específicos de depilação. O investimento é de R$ 110.
//Informações: (61) 3313.8877
@senacdf
/senacdistritofederal
27
economia
Vilão
gringo
//Por Marina Marquez
A alta da moeda norte-americana já chegou
às lojas. Comerciantes tentam se adaptar
para não perder vendas
D
epois de atingir o maior
valor dos últimos quatro anos em agosto, R$
2,45, a cotação do dólar
começa a se estabilizar, mas com
valor bem diferente do vendido no
começo de 2013, abaixo de R$ 2. Em
20 de setembro, fechou em R$ 2,21.
Mas o efeito da valorização da moeda norte-americana já chegou aos
comerciantes que trabalham com
mercadorias importadas. Não tem
jeito: é preciso muito jogo de cintura
para driblar os efeitos da alteração
no câmbio e não perder a clientela.
A alta do dólar tem efeito direto sobre a inflação, os preços dos
produtos em geral. “Para cada 10%
de aumento no dólar, há impacto
de 0,5% na inflação. Isso porque,
quando as empresas usam matéria-prima importada, o preço dessa
transação fica mais alto, e, claro, o
preço do produto final aqui dentro
tem que aumentar”, explica o especialista em finanças públicas da
Universidade de Brasília (UnB) José
Matias-Pereira.
É uma pista de mão dupla para
a economia brasileira, segundo Ma-
28
tias-Pereira. Favorece as empresas
exportadoras, uma vez que o produto nacional fica mais competitivo
lá fora, mas encarece as importações e provoca a inflação. “Política
cambial tem os prós e contras. De
maneira geral, é um impacto forte
no campo da atividade comercial.
Internamente, fortalece o turismo.
No sentido contrário, desestimula o
turismo externo. Resumidamente,
o que ocorre é que alguns setores
ganham, alguns perdem, e outros
perdem muito”.
Os que mais perdem são os
segmentos que dependem da importação, seja de matéria-prima,
seja dos produtos em si. “Na economia, não existe almoço grátis. Se
o custo subiu, o empresário vai precisar repassar isso para o preço”,
diz Matias-Pereira. E quando o empresário aumenta o preço, enfrenta
duas situações. Uma é o impacto
imediato de retração do consumidor, que não quer pagar mais. A
outra é a perda de competitividade
diante de firmas que colocam produtos semelhantes em condições
mais vantajosas.
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
//Ajustes
O fato é que os preços nas lojas
brasileiras já subiram. Desde maio,
quando começaram as turbulências
no mercado de câmbio, a situação
começou a mudar. É o caso da Trip
Store, agência de turismo de Thiago
Orsi. De julho a setembro, o número
de pacotes vendidos caiu pela metade, uma vez que a maior procura
dos clientes dele é para destinos
fora do Brasil, principalmente Estados Unidos, Caribe, América do Sul
e Europa.
De acordo com o empresário,
houve uma fuga inicial muito clara,
e as operadoras de turismo lançaram diversas promoções para
tentar driblar o efeito da moeda
americana em alta. “As operadoras
acompanharam a alta do dólar, mas
reduziram a margem de lucro em
um primeiro momento. Enquanto
“A moeda
estrangeira estar
mais cara não é bom
nem para mim nem
para meu cliente.”
o dólar subiu uns 20%, o valor dos
pacotes aumentou 10%, por exemplo”, diz. Mesmo assim, o reflexo
na demanda é inevitável. “Houve
redução na venda efetiva de 50%.
Muitos clientes tinham as férias programadas e começam a repensar
os destinos, o momento de comprar.
As pessoas continuam procurando,
fazendo orçamento, mas aguardam
um momento melhor para adquirir
as passagens, reservar os hotéis”,
explica.
Orsi conta que foi preciso planejamento para adaptar os serviços
e tentar captar mais clientes para
não diminuir o faturamento. Com a
flexibilização das operadoras que
oferecem os pacotes, ele facilitou as
formas de pagamento. Um produto
antes oferecido em cinco parcelas
passou a ser vendido em dez. Além
disso, investiu em propaganda e
Fotos: Nina Quintana
Thiago Orsi
Trip Store
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
29
R$ 2,45
A maior cotação do
dólar nos últimos
quatro anos foi
registrada em agosto.
30
outras formas de captação de clientes.
Hoje, o empresário dá dicas para
que as pessoas que procuram a
agência também consigam economizar e superar o dólar mais alto.
“A moeda estrangeira estar mais
cara não é bom nem para mim nem
para meu cliente. Tentamos mostrar
como diminuir o custo da viagem,
com as compras, por exemplo. Além
disso, falamos da importância de
comprar o dólar aos poucos, em
pequenas quantidades, para sofrer
menos as variações”, ensina. Recomenda também que se evitem
compras no cartão de crédito para
não ficar refém de diferentes taxas
de câmbio.
A valorização da moeda americana acaba acarretando maior procura por destinos nacionais. Matias
-Pereira, da UnB, explica que uma
janela de oportunidades se abre
para o turismo brasileiro. Ao mesmo
tempo, se o País não tiver capacidade de aproveitar isso e ofertar boa
qualidade de produtos e serviços, a
janela vira problema. “Quando examinamos algumas faixas de renda,
verificamos que quem tem nível alto
é indiferente ao dólar mais alto ou
mais baixo, em relação ao real. São
pessoas que vão continuar viajando,
gastando, dentro ou fora do Brasil.
Agora, a classe média em geral
começa a se voltar para o produto
nacional. Começa a consumir bens
que estão aqui dentro, viagens oferecidas aqui dentro, se houver oferta
que o satisfaça, claro.”
O especialista em finanças do Ibmec-DF e estrategista da JK Capital
José Kobori diz que, em alguns casos, o dólar mais alto pode forçar algumas pessoas a adquirir no Brasil
o que esperavam para comprar em
viagem ao exterior. “É uma coisa que
acontece, mas pouco. Se a pessoa
ia para os Estados Unidos, juntava
o dinheiro para comprar óculos, notebook, smartphones. Se depois desiste e não vai mais viajar, vai deixar
de adquirir algumas coisas que não
eram tão importantes, mas outras
vai pagar para ter mesmo assim”,
esclarece. Nesse momento, talvez
invista em um produto mais em conta, considerando que os preços no
Brasil são normalmente mais altos.
//Quase sem saída
Por trabalhar em um setor dependente de matéria-prima importada, a empresária Márcia Matos, da
Tecnótica, não teve como não repassar para os produtos o efeito da alta
do dólar. As tabelas recebidas dos
fornecedores em setembro já vieram com reajustes de 5% a 10% nos
preços. “Mesmo o produto sendo
fabricado no Brasil, a matéria-prima
vem de fora e ele é afetado diretamente. Nós não temos muito para
onde fugir. Tentamos facilitar no
prazo, na forma de pagamento, mas
o preço acaba sendo elevado”, diz.
Márcia explica que a empresa
precisou se adaptar e adiar alguns
investimentos. A empresária tem
hoje cinco lojas no Distrito Federal
e 25 funcionários e afirma que o esforço é para evitar demissões e outros reflexos da situação econômica
difícil. “Estamos percebendo que a
economia como um todo passa por
um processo complicado. É inflação, alta do dólar e cautela maior
do consumidor de modo geral para
gastar. Um cliente que chegava e
comprava um valor X agora compra
um pouco menos e busca produtos
mais em conta. Isso tem efeito direto no que chamamos de tíquete
médio e no faturamento da empresa”, lamenta.
//Cenário ruim
Diferentemente de 2008 e 2009,
quando o dólar atingiu R$ 2,47 devido
à instabilidade da economia mundial
e da situação de crise dos Estados
Unidos, hoje a alta do dólar é estrutural, segundo os especialistas, e deve
permanecer no patamar de R$ 2,30,
variando pouco e se mantendo em
alta. A valorização perante o real se
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
dá tanto pelo cenário de recuperação
da economia dos americanos como
pela difícil situação econômica por
que o Brasil está passando.
“Agora, a questão é estrutural. O
mercado americano está melhorando, tem mais liquidez. O nosso país,
por sua vez, não apresenta o melhor
dos cenários”, diz José Kobori. Segundo o especialista em finanças,
são várias as questões que afastam
o investidor estrangeiro e criam o
que os economistas chamam de
fuga de capitais, que é a saída de
dólares da economia brasileira,
diminuindo a oferta e, consequentemente, elevando os preços da moeda americana.
“A crítica que o Brasil recebe,
principalmente do investidor internacional, é que somos um país
muito intervencionista. Além disso,
vivemos um momento de economia
com crescimento baixo”, explica,
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
destacando a pequena evolução do
produto interno bruto, a inflação e
parâmetros regulatórios desfavoráveis para os estrangeiros.
Kobori aposta na estabilização
do dólar até o fim do ano e não vê
chances de que a taxa de câmbio
dólar/real volte ao patamar registrado no início de 2013. Só neste ano, a
moeda subiu mais de 19% – mais de
7% só em agosto.
Será preciso adaptação constante para superar os efeitos que o
dólar alto pode causar na economia,
diz José Kobori. “Não é à toa que
dizem que o Brasil é para profissionais. Com a alta carga tributária, o
repasse do câmbio mais alto para o
consumidor acaba sendo maior até
que o reajuste do dólar. Os empresários terão que pensar em diversos
cenários e ter uma gestão empresarial preparada para essas adversidades”, aconselha.
“Tentamos facilitar
no prazo, na forma
de pagamento,
mas o preço acaba
sendo elevado.”
Márcia Matos
Tecnótica
31
Mono mon
Acesso à saúde de qualidade
para o Empregador do
Comércio viver melhor.
Só a parceria da FECOMÉRCIO-DF com a Qualicorp
proporciona a você, Empregador do Comércio e sua família,
acesso aos melhores planos de saúde pelo menor preço.
• A solidez e a experiência de algumas das mais reconhecidas operadoras do Brasil.
• Os hospitais e clínicas mais conceituadas do país.1
• Os mais modernos laboratórios.1
• Livre escolha de prestadores médico-hospitalares com reembolso.2
Os melhores
planos
pelo
menor
preço.
Menor preço: em comparação a produtos similares no mercado de planos de saúde individuais (tabela de agosto/2013). ¹ De acordo com a disponibilidade
da rede médica da operadora escolhida e do plano contratado. ² Conforme condições contratuais. A disponibilidade e as características desse benefício
especial podem variar conforme a operadora escolhida e o plano contratado.
Planos de saúde coletivos por adesão, conforme as regras da ANS. Informações resumidas. Os preços e a rede estão sujeitos a alterações, por parte das
respectivas operadoras, respeitadas as disposições contratuais e legais (Lei no 9.656/98). Condições contratuais disponíveis para análise. Outubro/2013.
Amil:
ANS nº 326305
32
Golden Cross:
ANS nº 403911
SulAmérica:
Qualicorp
Adm. de Benefícios:
ANS nº 417173
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
Ligue e confira:
De segunda a sexta, das 9 às 21h, e aos sábados, das 10 às 16h.
www.economizecomaqualicorp.com.br
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
33
//direito no trabalho
E-mail corporativo pode ser
supervisionado pela empresa
O
mundo virtual tem os seus
conflitos, gerando direitos
e deveres para seus usuários, e no mundo do trabalho não é
diferente. Um exemplo a ser citado
é a decisão recente do Tribunal Superior do Trabalho que considerou
permitido o controle das mensagens
enviadas e recebidas pelo empregado através do e-mail da empresa e
dos arquivos de computadores, inclusive para obter provas por justa
causa, desde que o correio eletrônico seja corporativo.
A grande questão discutida é a
colisão do direito de sigilo das correspondências, dos dados, direito à
intimidade e à privacidade do empregado garantido pela Constituição
Federal no art. 5°, e o direito potestativo do empregador de fiscalizar as
atividades exercidas pelo empregado e controlar o bom uso das ferramentas de trabalho.
A garantia da inviolabilidade
da esfera privada, no âmbito das
correspondências e da intimidade,
está ligada à própria vida privada.
Só que, embora o privado seja fundamental para o desenvolvimento
biológico e para a satisfação das
necessidades vitais da pessoa humana, na seara profissional há regras que superam essa garantia na
medida em que são previamente e
claramente estabelecidas.
É que, segundo o entendimento
34
do TST, o e-mail corporativo é ferramenta de trabalho e, portanto, deve
ser usado apenas profissionalmente, não sendo permitido o uso para
fins pessoais e particulares – o que
autoriza o empregador a ter acesso
a todas as mensagens e os conteúdos dos e-mails do empregado.
A justificativa é que nesse caso
não há privacidade ou intimidade a
ser protegida, podendo o e-mail e os
computadores serem monitorados.
A exigência é que o empregador estabeleça regras claras sobre o uso
dessas ferramentas, avisando previamente que o e-mail e o computador foram disponibilizados somente
para assuntos e matérias relativos
ao serviço e que haverá supervisão
sem a necessidade de permissão do
empregado.
A grande questão é que nesses
casos a Justiça do Trabalho reconhece que o empregador tem o poder de
fiscalização sobre os instrumentos
de trabalho do empregado, como é
o caso dos computadores e e-mails
corporativos, quando estes são colocados à disposição do empregado
somente com a finalidade de realizar
os serviços contratados.
É um avanço, já que não é incomum empregados confundirem ambientes virtuais de trabalho com o
seu pessoal, ao fazer acesso a redes
sociais ou usar e-mails corporativos
para fins particulares.
Joel Rodrigues
Cely Sousa Soares
Consultora empresarial
da Fecomércio-DF
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
artes cênicas
Uma semana
espetacular
//Por Ana Paula Oliveira
Mostra competitiva da 10ª edição do Prêmio Sesc do
Teatro Candango será de 25 de outubro a 2 de novembro
Hugo Pereira
revelações. Um dos exemplos mais
evidentes é o caso do ator Juliano
Cazarré, que participou do prêmio
e, em pouco tempo, alcançou grandes resultados. Além disso, artistas
que antes não tinham esperanças
têm a oportunidade de investir na
carreira”, afirma.
Máquina de Gargalhadas, da Cia. Teatro de Açúcar, participou da edição de 2009.
E
m nove edições, foram muitos os artistas brasileiros reconhecidos ou revelados pelo
Prêmio Sesc do Teatro Candango. A lista é enorme. Contempla
nomes como Paulo Goulart, Nicette
Bruno, Milton Gonçalves, Hugo Rodas e Nathália Timberg. O brasiliense Juliano Cazarré, um dos protagonistas da novela Amor à Vida, da
Rede Globo, também foi premiado.
Foi o melhor ator da edição de 2005,
com o espetáculo Adubo. Resta saber agora quem serão os vencedores de 2013. A expectativa é grande.
A 10ª edição da mostra competitiva ocorrerá de 25 de outubro a 2 de
novembro, no Teatro Sesc Garagem
(913 Sul), sempre às 20 horas, com
entrada franca. O público poderá
assistir a sete espetáculos selecionados pelo Sesc. Em 5 de novembro,
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
os vencedores serão conhecidos e
premiados em uma solenidade.
Desde 2004, o Prêmio Sesc do
Teatro Candango revela talentos e
incentiva a divulgação dos trabalhos
cênicos de companhias teatrais do
Distrito Federal. O objetivo é democratizar o acesso à cultura, fomentar
as artes e incentivar os profissionais
do teatro. Os melhores espetáculos
serão premiados com troféus e valores em dinheiro, que podem chegar a R$ 6 mil. São nove categorias:
peça, direção, ator, atriz, figurino,
cenografia, sonoplastia, iluminação
e dramaturgia. O total de prêmios
distribuído pelo Sesc neste ano será
de R$ 20 mil.
O coordenador cultural do SescDF, Rogero Torquato, destaca a importância do incentivo aos artistas
locais. “São dez anos de grandes
//Frio na barriga
Somente peças teatrais produzidas em Brasília, direcionadas ao
público adulto e que não tenham
participado de outras edições do
prêmio participaram da seleção.
Cada grupo teatral pôde inscrever
até dois trabalhos. As inscrições ficaram abertas até 27 de setembro.
Alexandre Ribondi é autor e diretor do espetáculo Cru, vencedor
de diversas categorias da edição
de 2010 do Prêmio Sesc do Teatro
Candango. “A competição do Sesc
foi essencial. Por meio dela, meu
trabalho como autor e diretor pôde
ser apresentado em vários pontos
do País.”
Ribondi confirmou participação
nesta edição. “Já estou me preparando para, mais uma vez, sentir
aquele velho e bom friozinho na
barriga durante a competição”, diz.
O espetáculo Cru foi adaptado para
o cinema e escolhido como melhor
filme no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro em 2011. Que vençam
os melhores.
@sescdf
/sescdistritofederal
35
planejamento
Fotos: Nina Quintana
Fim de ano
sob controle
// Por Elton Pacheco
O que pode ser feito agora para preparar sua
empresa para a correria que se aproxima
A
falta de planejamento,
às vezes, pesa mais na
consciência do que no
bolso dos empresários. É
comum não se planejar e se arrepender. No período em que há maior
movimento e correria de clientes,
isso pode significar muita dor de cabeça. “No Brasil, o dono do negócio
está mais preocupado em apagar o
fogo momentâneo, sanar o problema, geralmente financeiro, do que
em antecipá-lo”, afirma a coordena-
36
dora do curso de Gestão Comercial
e Marketing da Faculdade Senac,
Graciele Barroso.
Ainda dá tempo de se organizar? Segundo o especialista em finanças Márcio Iavelberg, da Blue
Numbers Consultoria Empresarial,
sim, mas tem de ser logo. Antes de
fazer qualquer plano, é preciso saber como anda a saúde financeira
da empresa. “O empresário precisa
escrever todas as necessidades e
despesas de cada mês até o fim do
ano, ou seja, ter controle do fluxo de
seu caixa.”
Identificando tudo a ser recebido
e a ser gasto, é possível saber o que
comprar, quando e como pagar e o
que vender, como parcelar e quando
desistir da venda. Ter dinheiro, porém, não significa por si só motivo
para gastá-lo. “É muito comum o
empresário administrar a empresa
pelo caixa. Achar que tem dinheiro
na conta e pode gastar é um erro
grande”, afirma Iavelberg.
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
13° salário
Apesar de ele fazer parte do calendário de toda empresa, há quem
ainda trate o 13° salário como despesa extra de fim de ano. Uma das
maneiras de evitar dor de cabeça é o que se chama de provisão. Ao
longo do ano, desde janeiro, deve-se separar um doze avos do gasto
com a folha de pagamento e guardar o valor numa aplicação. É simples, mas algumas vezes já é difícil garantir o pagamento da folha, e
não sobra dinheiro para essa reserva. Ou, quando sobra, há urgências que vão empurrando o 13° para o fim do ano mesmo. Outra possibilidade é pagar 50% do 13° já em junho. Assim, sobra para o fim
do ano só metade da conta. Para quem deixou mesmo para última
hora, restam poucas alternativas. “Uma é apertar um pouco mais o
cinto e guardar até três vezes mais o que deveria, uma vez que terá
só setembro, outubro, novembro e dezembro”, diz o especialista em
finanças. Outra alternativa é recorrer ao capital de giro que os bancos
costumam oferecer nesta época justamente para cobrir o 13º salário.
Estoque
Se o seu negócio requer aumento de estoque no fim do ano, é
preciso começar a fazê-lo agora, mas com cautela. “Não dá para
estocar demais justamente para não correr o risco de ficar com o
estoque parado. O empresário precisa tomar muito cuidado para não
exagerar na compra e perder dinheiro depois”, ensina Paulo Vicente,
professor de estratégia da Fundação Dom Cabral. De acordo com
ele, no melhor dos cenários, a orientação é receber à vista do consumidor e parcelar o pagamento para o fornecedor. “Essa é a regra
de ouro das finanças. Se, ao fazer estoque, o empresário conseguir
fazer isso, é sempre a melhor saída”, explica. Se a negociação, pelo
contrário, for em cima da hora, perdem os dois, o empresário, que
terá de repassar os custos, e o consumidor, que pagará mais caro.
Não é bom deixar para comprar em novembro. Segundo Márcio
Iavelberg, a mercadoria comprada do fornecedor naquele mês só
voltará em dinheiro para a empresa nos primeiros meses do ano
seguinte. “Até lá, quem banca? Os fornecedores, em geral, dão prazo
de um mês, e o empresário que deixa para estocar em novembro
paga mais caro. É preciso ter em mente que, quanto antes comprar,
mais cedo o dinheiro vai entrar na empresa.”
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
Novas
contratações
Hoje com 30 funcionários, a dona da Spa & Cia.,
Gizelle Monteiro, já sabe que
terá 40 até novembro – o dobro do que tinha no fim de
2012. No ano passado, ela e
o marido, Pedro Vasco, encararam a demanda do período
mais movimentado às escuras. A falta de planejamento
resultou em muita dor de
cabeça e menos dinheiro.
“Deixamos de faturar pelo
menos 30% do que poderíamos se tivéssemos nos organizado”, revela a empresária.
Para não repetir o erro, que
dói até hoje na consciência, o
planejamento começou mais
cedo neste ano. Os dois buscaram ajuda de um contador
especializado em auditoria
financeira. “Ele nos mostrou
que, ao planejar, nós poupamos dinheiro e corremos
menos riscos.” O processo
de seleção, que leva até um
mês e meio, já começou.
“Preciso de equipe, mas de
equipe de qualidade, treinada, pronta para atender à
demanda. Se não tiver, nada
feito”, diz Gizelle. O risco de
deixar para cima da hora,
segundo o professor Paulo
Vicente, da Fundação Dom
Cabral, vai além de perda
nas vendas. “Se o atendimento por parte desse novo
funcionário for ruim, pode
criar imagem negativa para
os clientes ou até a ausência de resultados”, explica.
Resumindo: é investimento
jogado no lixo.
37
Empréstimos
Essas contratações não precisam, necessariamente, ser feitas
para quitar dívidas. Podem ser úteis ao planejamento. “Ao saber que
determinado mês será mais fraco, o empresário pode ir ao banco conversar. Se deixar para a última hora, vai entrar no cheque especial”,
diz Iavelberg. Quando a coisa aperta, uma saída pode ser a chamada
antecipação (ou desconto) de recebíveis. Na prática, trata-se de transformar duplicatas de venda a prazo, vendas parceladas no cartão de
crédito ou de cheques pré-datados de clientes em capital para saldar
as contas. “Uma grande vantagem da antecipação é que o empresário não está pegando algo emprestado de alguém, mas usando algo
que já é da empresa, simplesmente antecipando datas e pagando por
isso”, explica o consultor. Os juros para esse tipo de operação são definidos pelos bancos. No Banco do Brasil, por exemplo, é de 3,59%. Na
Caixa, 4,3%. Para o cheque especial, a taxa média cobrada é de 7,98%,
segundo dados de agosto do Banco Central. O professor da Fundação
Dom Cabral Paulo Vicente não acha que seja a melhor saída. “Se vai
ser bom ou ruim, depende da situação da empresa, não existe regra
fixa. Em geral, não vale a pena.”
Confraternizações e
brindes para os clientes
“Nós separamos uma verba todo ano para realizar a
confraternização de fim de ano com os nossos funcionários.
A festa ocorre em algum clube da cidade e abrimos o evento
para os familiares também, com tudo pago”, afirma Régia
Rezende, sócia-proprietária da Evviva Bertolini, loja de móveis e armários planejados. Na empresa, o planejamento
para a confraternização começa até 12 meses antes. Em
relação aos brindes, é preciso colocar no papel os custos.
Se o empresário não quiser gastar, existe sempre a possibilidade de permuta, como a negociação com o fornecedor de
algum tipo de suvenir.
“Vale a pena, mas só se
não perder muito tempo com a negociação.
Tempo é dinheiro”, afirma Paulo Vicente.
38
Copa
do Mundo
Muitas empresas do
DF usarão o fim deste ano
como espécie de laboratório
para a Copa do Mundo no
Brasil, no meio do ano que
vem. Segundo Graciele Barroso, da Faculdade Senac,
quem se prepara já poderá
ter funcionários bilíngues
e cardápios adaptados nos
restaurantes, por exemplo.
“A preocupação hoje é com
o evento e como ele vai ter
impacto no comércio do DF.
A Copa das Confederações,
em junho, mostrou muitas
deficiências nesse sentido.
Os empresários estão se
planejando para ver resultados já no fim deste ano”, diz.
A orientação dela é de que,
junto com a reserva feita
para o 13° salário, o empresário tire uma quantia que
ache plausível para capacitar o funcionário, melhorar
o aspecto visual da empresa
e até a estrutura. “Assim, o
fim do ano será com lucros
e sem dor de cabeça.”
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
Anúncio
Sebrae
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
39
//doses econômicas
Por detrás da produtividade:
informação, tecnologia e inovação
A
economia brasileira vem
apresentando
reduzido
crescimento da produtividade. É necessário entender o elo
da economia criativa com o aumento da produtividade, para definir políticas que possam retomar o
crescimento. A economia criativa é
constituída por atividades econômicas que reúnem o tripé informação,
tecnologia e inovação. Os ganhos
de produtividade são baseados na
acumulação de conhecimento, que
influencia custos e lucratividade
das empresas.
O processo de inovação transforma conhecimento em tecnologia.
As empresas buscam estratégias
de inovação que possam ampliar
produtividade e reduzir custos. O investimento é endógeno ao processo
de inovação. Porém, empresas que
investem mais nem sempre são
aquelas que mais inovam, uma vez
que, pela natureza do investimento,
há um grau enorme de incertezas,
no sentido keynesiano. A decisão de
investir na busca por novas trajetórias tecnológicas, quando mal-sucedida, leva ao aumento de custo no
curto prazo, podendo reduzir a capacidade de investir. A competição
entre os agentes cria um ambiente
propício ao investimento e, consequentemente, à inovação.
A abordagem estática das vantagens comparativas de que as
economias se especializam na
produção em que se encontram os
menores custos de oportunidades
não se aplica num ambiente “inovativo”, capaz de alterar sucessivamente os preços relativos dos
insumos. Numa visão dinâmica, a
criatividade é capaz de gerar novas
informações, que realimentam o
conjunto de ideias. As novas maneiras de olhar para os problemas,
bem como enxergar oportunidades,
são marcantes na economia criativa. O setor empresarial reorganiza o conhecimento, no intuito de
potencializar riqueza, emprego e
produto, explorando a propriedade
intelectual e a eficiência produtiva.
Repensar o crescimento da produção na economia brasileira passa
a criar um ambiente favorável a negócios e conhecimento. A indústria
criativa tem papel importante nos
ganhos de produtividade e criação
de empregos. Porém, as políticas
públicas precisam atacar o principal
elo que está por detrás dos ganhos
de produtividade: ampliar o investimento em educação. O investimento educacional é base na política de
inovação. Enquanto as políticas não
forem direcionadas à promoção do
conhecimento, não se poderá pensar em crescimento sustentável e,
assim, a produtividade da indústria
nacional se manterá no eterno voo
de galinha, sempre baixo e oscilante.
Cristiano Costa
José Eustáquio
Ribeiro Vieira Filho
Bacharel em economia pela
UFMG, mestre em economia
aplicada pela UFV e doutor em
teoria econômica pela Unicamp.
Pesquisador do Ipea
([email protected])
Parceria:
40
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
//empresário do mês
Com sabor
de pirulito
//Por Fábio Setti
Conheça a história de Marcilea Quintão, dona de um
salão só para pequenos clientes
Nina Quintana
O
ofício de cabeleireiro pode
ser delicado. Se lidar com
um cliente contrariado já
não é fácil, imagine quando este resolve chorar ou espernear. Marcilea
Couto Quintão, de 41 anos, não se
abala. Há 25 anos, ela corta os cabelos de crianças e bebês. E não há
manha que a faça mudar de freguesia. “Cortar cabelo de adulto é muito
mais complicado.”
Foi em 2000 que ela abriu um
salão especialmente para o público
infantil, o Cabelo de Anjo. Em 2011,
o estabelecimento passou a se chamar Cabelo Kids, uma vez que ela
não tinha registrado o nome anterior.
O salão funciona na 402 Norte e a
proprietária é a única cabeleireira.
“Cortar cabelo de criança é delicado.
Se houver mais de um funcionário, as crianças se estressam e um
cabeleireiro acaba atrapalhando o
outro”, justifica. Marcilea conta com
uma recepcionista para cuidar da
agenda, sempre mais cheia nos fins
de semana.
O salão recebe de 5 a 15 pequenos clientes por dia. Ao final do corte,
um pirulito ou outro doce é dado à
criança. A sala comercial tem duas
cadeiras para os clientes, em formato de carrinho e de cavalinho, paredes coloridas, pufes e brinquedos.
Marcilea diz que não existe padrão
de tratamento, tudo depende da
criança. Muitas vezes o serviço é facilitado pelo uso de distrações, como
doces, televisão, tablets, DVDs e
video games. “Antigamente era muito
mais complicado, hoje em dia temos
tantas tecnologias, qualquer coisa
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
distrai a mente da criança”, diz.
A experiente cabeleireira diz que
cortar cabelo de criança requer, além
de prática e habilidade, muita paciência. Ao contrário do que a maioria
pensa, o primeiro corte não é o mais
traumático. “Apesar de as mães
ficarem apreensivas, normalmente
é mais fácil”, diz. O salão tem um certificado do primeiro corte, que vem
acompanhado de uma mecha.
O mais difícil, diz, é lidar com
bebês entre 1 e 2 anos, idade em
que aprendem a fazer manha, independentemente de ser menino
ou menina. Nestes anos, reuniu
histórias curiosas. Certa vez, uma
mãe argentina levou o filho recémnascido ao salão e pediu que Marcilea raspasse o cabelo do bebê. Não
sabia que era tradição naquele país.
Confessa que ficou um pouco assustada por se tratar de um neném de
apenas cinco dias cortando o cabelo,
mas adorou a experiência.
//De família
Trabalhar com o público infantil
nunca foi novidade para Marcilea,
que começou a carreira em salões
da própria família aqui no DF, também especializados em crianças. Ela
foi criada nesse meio, desenvolveu
gosto e facilidade para trabalhar no
ramo. Optou por fazer cursos fora
de Brasília. O primeiro, feito em SP
com 16 anos, foi decisivo para que ela
soubesse que desejava seguir a profissão. O segundo, com seis meses
de duração, em Vila Velha, Espírito
Santo, a colocou de vez no mercado.
Em 1992, abriu um salão em Itutinga (MG). Durou dois anos, pois ela
não gostou da experiência de atender adultos. Resolveu então voltar a
Brasília e inaugurar seu salão infantil. Diz ser muito gratificante trabalhar com uma clientela tão especial.
“Muitas vezes ouvi crianças falando
que querem brincar de Marcilea e
cortar cabelos.”
41
mercado
No meio do
caminho...
//Por Naiara Leão
Os quiosques estão em todo lugar. Nos
shoppings Conjunto Nacional, Liberty
Mall, Brasília Shopping e Pátio Brasil, que
integram o projeto Comércio Copa 2014, do
Sebrae-DF, representam em média 10%
dos estabelecimentos. Saiba quais são as
particularidades dos quiosques e conheça a
experiência de quem prosperou
O
quiosque é especialmente
atrativo para iniciantes porque custa bem menos que
uma loja. O investimento em uma
franquia em quiosque, por exemplo, varia de R$ 60 mil a R$ 300 mil,
enquanto uma loja convencional de
shopping custa de R$ 500 mil a R$
1 milhão. Os dados são da Associação Brasileira de Franchising (ABF).
Além disso, o aluguel é reduzido em
função do espaço.
A manutenção do quiosque é de
duas a três vezes mais barata do que
a da loja. Cada shopping tem uma
política, mas em geral o quiosque
paga taxa única, enquanto lojas têm
extras relativos ao fundo de promoção, água, energia elétrica. Nas praças de alimentação, soma-se ainda
a taxa de limpeza das mesas.
De acordo com Daniel Plá, advogado e professor de varejo da
42
Fundação Getulio Vargas e ex-presidente da ABF, o investimento inicial
é menor principalmente por causa
das luvas. Os shoppings não costumam cobrá-las de quiosques, mas
de lojistas com contratos superiores
a cinco anos. O valor varia geralmente de R$ 100 mil a R$ 500 mil. A Lei
8.245/91, Lei das Locações, proíbe
a cobrança de luvas na renovação,
mas não no primeiro contrato.
//A permanência
Os contratos de aluguel são curtos – de um mês a dois anos. No caso
das lojas, costumam ser de cinco
anos ou mais. “O lojista é pressionado a sair o tempo todo. Ou para uma
loja, mais cara, ou para outro ponto.
Isso acontece quando ele começa a
ganhar dinheiro e o público passa a
saber onde ele está”, diz o ex-presidente da ABF, Daniel Plá.
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
//O lugar
Um ponto importante para qualquer negócio é a localização. No caso do quiosque, o shopping deve ter o
mesmo público-alvo do produto que será vendido e, uma
vez ali, o ideal é que fique num ponto com alta circulação.
Mas essa escolha não depende só do comerciante. “Há
seleção muito criteriosa de quem vai ocupar esses pontos. Quando o empresário nos procura, avaliamos primeiro o projeto, o produto, a apresentação do quiosque
e se tem uma equipe bacana. Há também uma política
de equilíbrio do espaço do mall. A parte financeira vem
num segundo momento”, afirma o superintendente do
ParkShopping, Marcelo Martins.
O superintendente do Brasília Shopping, Geraldo
Mello, confirma. “O quiosque deve agregar ao mix do
mall, nunca competir. Se disputa com lojistas já estabelecidos, vamos procurar uma localização que não bata
de frente ou, dependendo do caso, não vamos implantá-lo”, explica.
O quiosque tem as mesmas obrigações administrativas das demais lojas. É preciso abrir e fechar nos horários determinados pelo shopping e manter um visual
impecável. “Pelo fato de estar exposto em 360 graus aos
clientes, o quiosque e a equipe têm de manter nível de
apresentação excelente”, diz Martins. O descuido pode
levar a notificação ou a multa.
//O negócio
Alguns segmentos se adaptam melhor aos quiosques
do que a lojas maiores. Os mais comuns nos shoppings
assessorados pelo Sebrae-DF são de acessórios, como
óculos, joias e relógios, de perfumaria, de celulares e de
alimentação. São compras de itens pequenos e não muito caros, feitas por impulso, explica Daniel Plá: “O que se
vê é a bijuteria, o doce, o salgadinho. Não dá certo para
vender roupa sofisticada, mas para sapatinhos de bebê,
bonés e mochilas, sim”, compara.
O diretor de Relações Institucionais da Associação
Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), Luis Augusto
Ildefonso da Silva, acrescenta um ponto. “O produto tem
que ser pequeno. Senão, o proprietário vai ter que arcar
com uma logística de estoque”, argumenta.
Para a empresária Helena Montianini, a possibilidade de chamar mais a atenção do público foi decisiva ao
optar por um quiosque quando abriu, em 2010, um ponto
de venda de suvenires no Brasília Shopping, o Brasília
Conceito. “Temos produtos de pequeno porte, variados.
Com as quatro vitrines podemos mostrar que são diferenciados de outras lembrancinhas porque têm cara
contemporânea.”
O quiosque foi criado especialmente para a marca.
As vitrines e os balcões são independentes e têm rodinhas, para que as pessoas possam circular entre eles
e também para que se mude sua disposição de tempos
em tempos. “O turista está acostumado a ver suvenires
sempre em quiosques. A ideia era que mais pessoas nos
vissem”, diz Helena, que também driblou o problema do
estoque. “As vitrines têm armários embaixo em que dá
para guardar algumas coisas. Mas todos os dias verifico
o que falta e trago no dia seguinte”, diz Helena, que mantém um depósito fora do shopping, que sai mais barato
do que alugar um espaço no subsolo, como fazia antes.
Muitos shoppings oferecem essa infraestrutura interna
de apoio, com depósitos, cozinha, refeitório e vestiários,
sem necessidade pagar mais taxas.
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
Fotos: Nina Quintana
A duração dos contratos costuma ser curta porque o
lojista ganha preferência na renovação do aluguel a partir do quinto ano no mesmo local – o que na prática se
transforma no direito de ocupar o ponto indefinidamente. “Isso está tão consolidado que, quando não acontece
amigavelmente, o lojista entra na Justiça, que sempre
lhe garante a manutenção do espaço”, diz Plá.
Entre os shoppings, entende-se que o espaço dos
quiosques é público. “É um espaço de circulação livre
e precisaremos movimentá-lo eventualmente para realizar um evento ou até uma obra”, diz Geraldo Mello,
superintendente do Brasília Shopping.
O tratamento é diferente no caso de franquias consolidadas, especialmente de grandes marcas, como McDonald´s, que oferecem apoio ao franqueado nas negociações com o shopping. Nesse caso, a lógica se inverte. As
mais famosas exigem garantia do ponto por até 20 anos
antes de se instalar.
Balcões independentes
permitem que se mude a
disposição do quiosque Brasília
Conceito, de suvenires.
43
//A estratégia
Há os casos em que os quiosques dão tão certo que deixam o
proprietário em dúvida entre ampliar
para uma loja ou abrir novos pontos
de venda. O empresário Rogério
Isaias, criador da Original Cookies,
ficou com a segunda opção. A marca
desenvolvida com a esposa em 1999
tem hoje três unidades: no ParkShopping, no Pier 21 e no Gilberto Salomão. “Foi melhor assim porque não
temos um mix de produtos variados,
não precisamos de muitas vitrines e
o quiosque é mais acessível porque
não tem luvas”, justifica.
Nestes 14 anos, Rogério viu muita gente “ter o contrato encerrado
abruptamente”. Passou por reajustes de aluguel mais altos do que o
esperado e por mudanças de ponto
indesejadas. Experiente, aconselha:
“O iniciante tem que pesar o investimento menor com a possibilidade
de ter que sair quando o shopping
mudar sua política”.
Sua estratégia para manter-se
nos shoppings foi uma autoavaliação constante e a disposição para
44
inovar. “O shopping muda, e as marcas que não evoluem junto não ficam ali. Você pode mudar o design
ou os ingredientes do produto. Um
sorvete, por exemplo, pode ter as
frutas da estação. Quem não segue
as tendências e se acomoda numa
posição corre o risco de não continuar.”
A abertura de outras unidades é
vista também por Plá como boa opção. O maior custo de uma loja tradicional pode levar o comerciante a
um ponto não tão caro, mas pouco
visado. “Infelizmente, o número dos
que passam do quiosque para loja e
fecham porque somem da vista do
cliente e deixam de ser rentáveis
chega a 80%”, diz, com base em
pesquisas de seus alunos da FGV.
Para qualquer que seja a decisão, o Sebrae-DF oferece consultorias para donos de quiosques
interessados em crescer. O serviço
aponta qual caminho deve ser seguido e como. Os interessados devem procurar a Unidade de Atendimento Coletivo do Comércio (www.
sebrae.com.br/uf/distrito-federal).
Entre ampliar para uma loja e abrir
novos quiosques, Rogério Isaias
preferiu a segunda opção. São três
unidades da Original Cookies.
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
pós-graduação
Cristiano Costa
Cinco opções
para o
seu futuro
// Por Luciana Corrêa
A
brasiliense Tatiana Machado levou
mais de dez anos para perceber a necessidade de se atualizar e fazer pósgraduação. Formada em administração
de empresas desde 1997, começou a trabalhar no grupo
PaulOOctavio em 2001, como secretária da superintendência. Em 2005, foi convidada a montar a área de recursos humanos da empresa. “Vi que a responsabilidade
era grande, precisava aprofundar meus conhecimentos,
aprender novas ferramentas e metodologias”, conta.
Casada e mãe de dois filhos, Tatiana viu na pós-graduação em Gestão de Recursos Humanos da Faculdade de
Tecnologia Senac do Distrito Federal a solução para crescer ainda mais. Em 2011 ingressou no curso e, assim que
o concluiu, no ano seguinte, foi promovida. Assumiu o cargo de assessora de RH da Diretoria de Shopping Centers,
que envolve o Terraço Shopping, o Taguatinga Shopping,
o Brasília Shopping e o JK Shopping – este último será
inaugurado em novembro. “Sem a pós, nada disso teria
acontecido. Chega um momento em que não só a experiência conta. Estamos em um mercado de trabalho em
constante evolução e temos que acompanhá-lo.”
As inscrições da pós-graduação em Gestão de RH não
estão abertas no momento, mas, para o segundo semestre de 2013, a Faculdade Senac oferece outras cinco opções para os profissionais que buscam crescimento. Os
cursos são presenciais, com carga horária de 360 horas,
mais 60 horas para o trabalho de conclusão. Saiba mais
sobre cada um deles:
1
Gestão de Projetos
Para profissionais que pretendem ter conhecimentos e
habilidades para atuar como gerentes ou líderes de projetos, tanto no setor público quanto no privado. As aulas são
no campus do Plano Piloto (terça, quarta e quinta-feira,
das 19 horas às 22h30).
2
Gestão Logística da Cadeia de Suprimento
O curso vem viabilizar competitividade e assegura a manutenção e o acesso a novos mercados aos produtos nesse novo ambiente de negócios, tanto no varejo quanto nas
operações globais. As aulas são no campus do Plano Piloto (terça, quarta e quinta-feira, das 19 horas às 22h30).
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
Assim que concluiu o curso, Tatiana foi promovida a assessora
de RH da Diretoria de Shopping Centers da PaulOOctavio.
3
Banco de Dados e Business Inteligence
Para armazenar e proteger informações de uma empresa,
é de extrema importância o conhecimento sobre banco de
dados e os sistemas de apoio à decisão (Datawarehouse,
Datamining, Business Inteligence) e de software livre no
contexto atual. As aulas são no campus de Taguatinga (segunda, terça e quinta-feira, das 19 horas às 22h30).
4
Treinamento, Desenvolvimento
e Educação Corporativa
O treinamento e a educação na área corporativa são fundamentais para o sucesso de instituições e indivíduos no
cenário competitivo e globalizado de hoje. As aulas são no
campus de Taguatinga (segunda, terça e quinta-feira, das
19 horas às 22h30).
5
Gestão Empreendedora de Negócios (MBA)
Para profissionais que desejam potencializar sua formação com direcionamento à administração de negócios,
para futuramente ocupar posições de liderança nas organizações. As aulas são no campus de Taguatinga (segunda, terça e quinta-feira, das 19 horas às 22h30).
//Aperfeiçoe-se na Faculdade Senac
A inscrição deve ser feita por meio do formulário no
site (www.facsenac.edu.br) ou na Central de Relacionamento com o Aluno nos campi. A coordenação
da pós-graduação entrará em contato por e-mail ou
telefone para efetivar a matrícula presencialmente.
Para saber sobre condições de pagamento e valores,
entre em contato com a instituição: Plano Piloto
(61) 3217.8821 | Taguatinga (61) 3354.6540.
@senacdf
/senacdistritofederal
45
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46
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
saúde
Atendimento
integrado
//Por Andrea Ventura
Há 30 anos, o Sesc e a UnB são parceiros na área de odontologia
A
prender na prática o que se estuda em sala de
aula. É o que deseja a maioria dos universitários.
Se a área for a de saúde, a necessidade é ainda
maior. O Sesc-DF facilita esse processo. Há 30
anos mantém convênio com a Universidade de Brasília
(UnB) e cede toda a infraestrutura para que esses estudantes vivenciem o atendimento a diversas modalidades
na área de odontologia.
Foi o que aconteceu com Tiago Alves Cedro, de 22
anos. O futuro odontologista prestou atendimento durante quatro meses na unidade do Sesc da 504 Sul. “Foi
uma experiência muita boa. No Sesc-DF atendemos diversos tipos de público, muitas vezes exigente, vivenciamos a realidade de um consultório mesmo”, conta. No
Cristiano Costa
período, o estudante pôde aplicar seu conhecimento em
todas as especialidades da odontologia em que o Sesc
presta serviços.
Os alunos que atendem no Sesc já estão no último ano
do curso. Os atendimentos eram no Sesc Estação 504 Sul,
mas, com a reforma da unidade, passarão a ser realizados
no Sesc Presidente Dutra, no Setor Comercial Sul, onde o
consultório permanecerá em definitivo. “É um intercâmbio de conhecimento científico, que contribui para a formação do futuro profissional e amplia a oferta de serviços
do Sesc, uma vez que os alunos fazem atendimentos nas
diversas áreas da odontologia”, afirma a coordenadora de
Serviços Odontológicos do Sesc-DF, Márcia Vale Neves.
Para Evaldo Arruda Assis, professor adjunto e chefe do
Departamento de Odontologia da UnB, o convênio introduz a universidade na prestação de serviços à sociedade.
“Existe uma simbiose nesse convênio, no qual os alunos
praticam a teoria recebida durante os anos anteriores
prestando atendimento de qualidade ao pessoal do Sesc”,
diz. Ele destaca que tudo é feito sob a supervisão de professores altamente qualificados do quadro da UnB. “O
Sesc, em contrapartida, proporciona as condições técnicas e ambientais.”
O professor do Departamento de Odontologia da Faculdade de Saúde da UnB e subgestor do convênio, Jacy
de Carvalho Júnior, diz que a parceria permite a complementação da formação do estudante. “Viabiliza um estágio curricular supervisionado em um cenário de prática
extramuro, diferente daquele oferecido dentro do Sistema
Único de Saúde (SUS), no âmbito da Clínica Odontológica
do Hospital Universitário de Brasília”, explica. O professor
ressalta a qualidade da administração, da infraestrutura,
dos equipamentos e materiais odontológicos disponíveis
na clínica odontológica do Sesc.
A dentista Luiza Sofia Marques, de 50 anos, formouse há 30 anos e teve a experiência de atender na clínica
do Sesc. “Foi primordial. Até porque, naquela época, o
Hospital Universitário de Brasília não tinha clínica”, conta
Luiza, que fez parte da primeira turma do curso na UnB.
“Sinto-me privilegiada por ter feito parte desse processo.
Sei que as portas do Sesc sempre estarão abertas, é uma
instituição com a qual sempre posso contar.”
@sescdf
Luiza Marques teve a experiência de atender na clínica do
Sesc há 30 anos: “É uma instituição com a qual posso contar”.
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
/sescdistritofederal
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//gente
Fotos: Nina Quintana
Cláudio Cohen
Maestro da Orquestra Sinfônica do
Teatro Nacional Claudio Santoro
Trajetória
natural //Por Paula Oliveira
Um maestro não tradicional.
É assim que se define o regente
brasiliense. “A música clássica
tem multiplicidade. Pode estar em
uma apresentação de balé, em uma
ópera e em shows populares, por
que não?”, diz Cláudio Cohen, de 50
anos. O violinista começou sua trajetória musical aos 5 anos em um
conservatório de piano. Aos 7, migrou para o violino. Cohen tinha 16
anos quando Claudio Santoro formalizou a orquestra. Como violinista, seguiu naturalmente os passos
dentro do conjunto. Chegou a spalla
e, consequentemente, com o tempo
tornou-se maestro assistente. Em
2011, foi empossado no cargo de
maestro titular. Orgulha-se de ter
criado o Festival de Ópera de Brasília. Neste ano, na terceira edição, a
disputa do público pelo espetáculo
foi surpreendente, segundo Cohen.
“A fila dava voltas no teatro”, comemora. Como a maioria dos músicos,
em dado momento pensou que
não conseguiria sobreviver da arte.
Cursou direito e é advogado. “Segui
na música, mas essa formação me
ajuda a gerir a orquestra.” O maestro tem nas mãos não só a harmonia musical, mas a gestão dos
projetos e dos recursos financeiros
e humanos.
História
móvel
A Universidade de Brasília foi
criada em 1963 como o grande projeto de Darcy Ribeiro de reinvenção
da educação superior. Por já nascer
revolucionária, foi natural que contribuísse para a renovação estética.
Brasília foi desenhada com traços
modernistas, e a universidade seguiu o caminho. Foram convidados
profissionais para criar os móveis
das salas de aula, da reitoria, dos
auditórios. Quase 50 anos depois,
em 2009, chegou ao Instituto de
Ciências Humanas da universidade
o alagoano Alex Calheiros, de 38
anos, para lecionar filosofia política.
Formado com ênfase em estética,
sempre teve como hobby pesquisa
sobre a história de móveis – especialmente os modernistas. Ficou
48
curioso para saber onde estariam
os móveis feitos na década de 1960
e viu que muitos ainda eram usados, mas que a maioria se perdeu.
“Quero conhecer o lugar para onde
vim por meio do que mais gosto, os
móveis.” Alguns foram encontrados
em lojas e feiras de antiguidade.
Apaixonado, comprou quatro cadeiras iguais à da foto ao lado (de Elvin
Dubugras) para casa. O hobby de
Calheiros ganhou apoio de outros
professores e de alunos e foi um dos
projetos contemplados pelo edital
UnB 50 anos. Intitulado Insígnias
do Mobiliário Moderno da UnB, tem
como objetivo catalogar e contar a
história da instituição por meio dos
móveis e deve virar livro até o fim do
ano. (P.O)
Alex Calheiros
Professor de filosofia da UnB
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
Dedicação ao
público infantil
Alcinéa Paz
Atriz e diretora da Cia. Néia e Nando
Ela é comunicativa, mas não quer
saber de celular. É atenciosa, mas não
se senta nem para uma longa conversa. Nunca quis ser mãe, mas dedica a
vida e a carreira de atriz e de diretora
de teatro ao público infantil. Alcinéa
Paz tem 62 anos, nasceu no Pará, mas
foi criada mesmo no Rio de Janeiro.
Dos dez filhos, era a mais faladeira. O
pai, militar, achava graça. A mãe, dona
de casa, queria que ela fosse professora. Seguiu os planos e formou-se
em letras. Foi professora de língua
portuguesa, mas queria mesmo ser
atriz. Ainda no Rio, conheceu Armando Villardo, de 50 anos, professor
de matemática que tinha a mesma
vontade. Casaram-se e mudaram-se
para Brasília para empreender na
área de animação de festas. A família
de Néia já morava aqui. Para se sustentar, continuaram ensinando. Nando também vendia brigadeiros feitos
por Néia. A demanda por animação
foi crescendo e, assim, nasceu a Cia.
Néia e Nando, há 15 anos. Conseguiram se estabelecer e começaram a
fazer adaptações de clássicos infantis
para o teatro. Hoje, têm 115 peças
prontas. Néia continua faladeira. É a
parte criativa da dupla. Nando é mais
prático. Quando ela quer uma coisa,
consegue. Briga, esperneia e, no fim,
vence a discussão com o marido. “Ele
sabe que sempre dá certo e então
nem esquenta mais.” (P.O)
//Sua Excelência, o gerente
O administrador chegou a
Brasília em maio para assumir
a função. São 232 funcionários e
166 lojistas que trabalham em um
ambiente harmônico e participativo. O gestor acredita ser o mais
importante saber trabalhar em
equipe e se antecipar aos problemas. O paulista de 35 anos tem
experiência de 11 anos no varejo e
já comandou unidades de grandes
redes, como Riachuelo e Carrefour.
Como define a sua gestão?
Participativa. Gosto de ouvir,
de falar e faço questão de ser
transparente. Quero que todos
os funcionários tenham acesso a
mim porque são eles que vão trazer as situações cotidianas.
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
Por ser uma rede nacional, o
desafio é maior?
É um desafio incrível. Precisamos garantir o padrão de qualidade da marca Iguatemi e para isso é
preciso pensar a estrutura como um
todo, nos detalhes, na variedade de
lojas, na conservação, no paisagismo. O que não falta é trabalho.
O que é preciso para ser bom
administrador?
A formação é importante, mas
outras habilidades precisam fazer
parte do pacote do profissional. É
preciso estar informado sobre o
mercado, ter boas referências em
arquitetura, ter noção de cultura, ler
sobre moda. A formação é apenas
um fator. (P.O)
Marco Garzin
Gerente-geral do
Iguatemi Brasília
49
gestão
1+15+25=41
A escolha é sua
//Por Natasha Cabral
Há muitos contadores no mercado. Aprenda
a identificar um bom profissional e não tenha
medo do Fisco
E
m 19 anos, Amilzio Júnior
teve quatro contadores.
Uma vez a troca foi causada
pela mudança de cidade da
empresa de blindagem de veículos
SafetyCar, criada em Belo Horizonte e transferida para Brasília em
2001. As outras substituições foram
causadas por insatisfações com
o trabalho. Diz que se sentia mal
assessorado. “Para mim, a função
do contador é alertar o empresário
e encontrar novos caminhos, até
para a gente pagar menos imposto,
e não trabalhar como despachante:
simplesmente emitir a guia para o
empresário pagar o tributo.”
Contratar um bom escritório de
contabilidade é fundamental para
o funcionamento saudável de uma
empresa. É a equipe do contador
que elabora a folha de pagamento,
desconta atrasos e faltas, adiciona
gratificações, calcula férias e 13º
salário. Também é responsável por
manter as obrigações fiscais da
empresa em dia, além de controlar
50
receitas e despesas que garantam o
equilíbrio financeiro da companhia.
Lidar com guias de impostos, obrigações fiscais, certidões negativas,
folhas de pagamento, livros contábeis e outros termos nada fáceis de
ser compreendidos exige profissionais bem preparados, de confiança e
disponíveis.
A primeira dificuldade dos empresários é o desconhecimento,
principalmente dos de primeira
viagem. “Costumo comparar a abertura de uma empresa com um casamento. O cara quer casar, mas não
sabe nem o regime de separação de
bens. E o empresário tem que saber
que ele já casa com três filhos: a Receita Federal, a Secretaria de Fazenda do DF e o Instituto Nacional de
Seguridade Social (INSS)”, afirma o
contador Hermes Sotero Gomes. “A
malha legislativa brasileira é densa,
e é fundamental que o empresário
conheça suas obrigações para poder exigir que o contador cumpra as
deles”, acrescenta.
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
1
Formalize
a relação
Outro problema pode ser a ausência de contrato que estabeleça
as obrigações e os direitos de cada
uma das partes ou a pouca informação sobre o documento firmado. “O
contrato tem que ser bem conversado e explicado. O empresário acha
que o contador tem que se envolver
em qualquer procedimento da empresa. Assim, cobra trabalhos que
não deveríamos executar”, afirma
Adriano Marrocos, presidente do
Conselho Regional de Contabilidade
(CRC), contador com 25 anos de experiência que comanda um escritório com cerca de 60 clientes. “Muitos
empresários acham que o contrato
é mera formalidade. Poucos o leem
e quase ninguém volta para fazer
perguntas”, ressalta Edson Antônio
Rodrigues, contador há 36 anos e
dono de um escritório com 21 funcionários e 130 clientes.
Segundo Marrocos, um contador
tem de executar três serviços básicos. O primeiro deles é lidar com o
departamento pessoal da empresa:
fazer admissões e demissões, além
de elaborar a folha de pagamento
mensal dos funcionários. “Tem
cliente que quer que a gente crie
gratificações, plano de carreira.
Menos dor
de cabeça
Edson Rodrigues aconselha o
empresário a não considerar apenas o preço na hora de escolher um
profissional. Não existe valor mínimo
estabelecido para a cobrança de
honorários, mas não costumam ser
menores que um salário mínimo
mensal no Plano Piloto. No comércio,
normalmente varia entre R$ 750 e R$
900 por empresa, mas pode chegar a
R$ 12 mil em outros setores, como o
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
Isso não é obrigação do contador”,
esclarece Marrocos. Alguns escritórios fazem a homologação da demissão do funcionário no sindicato
da categoria. Mais uma vez, porém,
o serviço deve estar estabelecido
no contrato. Às vezes, pode ser um
extra e é necessário pagar por isso.
Outro serviço oferecido obrigatoriamente é o fiscal, ou seja, calcular
os tributos que devem ser pagos
pela empresa. O contador deve processar as notas fiscais emitidas pela
companhia e gerar a guia para o
pagamento dos impostos. A terceira
obrigação do contador é controlar
os balanços contábeis, gerar os
livros eletrônicos e encaminhá-los
para a Junta Comercial. Alterações
contratuais, abertura e fechamento
de empresas podem ser serviços
cobrados à parte.
O contador também deve emitir
as certidões negativas necessárias
para que a empresa participe de
concorrências públicas – o que nem
sempre está incluído no contrato
e pode ser extra. Uma série delas
é exigida, e os documentos devem
ser retirados na Receita Federal,
no INSS ou no governo local. Na
maioria das vezes, a certidão pode
ser solicitada em sites, mas os contadores chamam a atenção para
erros frequentes de sistema. Se
alguma informação for enviada incorretamente, é uma dor de cabeça
para fazer retificações. “Há casos
em que a gente precisa ir à Receita
pessoalmente para consertar o
erro. O atendimento só é feito via
agendamento e nunca conseguimos
marcar. E o cliente acha que é culpa
nossa”, conta Edson Rodrigues. “Eu
já enviei circular para os meus clientes não tentarem retirar as certidões
sozinhos”, completa o contador José
Batista Júnior.
Lidar com prazos é outro assunto
delicado entre clientes e contadores.
Todo mês, por exemplo, o escritório
precisa gerar o livro fiscal eletrônico
para a Secretaria de Fazenda. Até o
dia 18, o documento deve ser entregue pelo contador para que a guia
do Imposto Sobre Serviços (ISS) seja
gerada – e o tributo vence dia 20.
“Para rodar o livro eletrônico, precisamos que os clientes nos mandem
as notas fiscais no começo do mês”,
diz Marrocos, presidente do CRC.
Se o cliente precisa pagar multa por
causa de atrasos do escritório, é o
contador que arca com a despesa. Se
o erro for da própria empresa, porém,
é ela que paga. “Tem mês em que a
gente fecha a folha de pagamento e
o cliente liga contando que o fulano
faltou três dias. Daí temos que fazer
tudo de novo.”
de serviços. “Se o empresário contrata um bom contador, tem menos dor
de cabeça e pode se dedicar mais ao
seu negócio. Tem muito contador que
cobra barato, mas não faz o serviço
completo, só emite guia de imposto”,
afirma Rodrigues.
Foi o que aconteceu com o dono
da SafetyCar, Amilzio Júnior. O contador que trabalhava para ele havia
cinco anos não ia além da emissão
das guias dos impostos, profissional
conhecido no meio como “darfista”. “Não estava tendo assessoria
contábil de fato. Ele via coisas erradas na empresa e não propunha
mudanças”, conta o empresário,
que contratou um novo profissional
há um ano, baseado em indicações
de colegas. “É claro que o preço é
importante, mas prefiro pagar mais
para ter um serviço melhor.”
Isabela Guerra, de 34 anos, tem
duas joalherias, no Lago Sul e no
ParkShopping. As lojas existem há
mais de 20 anos e três profissionais
já foram responsáveis pela contabilidade das empresas. Quando ela
51
quis mudar algumas regras, contratou uma consultoria financeira que
lhe indicou um novo contador, com
quem trabalhava em parceria. Mas a
consultoria acabou e ela voltou para
o contador antigo. “Como contador,
o profissional sozinho não me satisfazia”, diz, sem dar maiores detalhes.
“O contador é vital para uma empresa. Além de calcular os impostos de
forma correta e fazer os balanços
contábeis, espero que ele seja aces-
sível, atenda o telefone e tire minhas
dúvidas facilmente. O governo sempre muda uma regrinha ou outra, e
o contador está ali para não deixar a
gente fazer nada errado e pagar multa depois”, acredita.
Responsabilidades
divididas
25
10
=
15
52
O Código Civil estabeleceu a responsabilidade solidária do contador junto ao
empresário. Com ela, o contabilista assume, com o seu cliente, a responsabilidade
por atos dolosos ou culposos perante terceiros. Dessa forma, balanços falsos/simulados implicam a responsabilidade do profissional de contabilidade com o administrador da empresa por dolo, o que pode acarretar ações judiciais cíveis ou criminais.
O artigo 1.177 do Código Civil estabelece que, caso o erro contido no balanço tenha
sido involuntário, causado por imperícia, o profissional deve responder a quem
prestou o serviço. Se o contador tiver conhecimento do erro ao divulgar o balanço,
responderá à Justiça e a outras entidades da mesma forma que o proprietário da
empresa. “Em caso de fraudes tributárias, por exemplo, o contador é investigado
junto do cliente”, afirma o presidente do CRC, Adriano Marrocos.
Exatamente por esse motivo, o empresário Marcelo Lombardo, sócio-fundador de
uma empresa de tecnologia e criador de um software de gestão para micro e pequenas
empresas, defende a organização por parte das companhias para ajudar o trabalho do
contador e evitar que erros se transformem em fraudes. “A vigilância do governo está
cada vez maior, inclusive nas pequenas e médias empresas. O governo tem o poder de
cruzar as informações e detectar erros e pequenas fraudes. E o principal responsável
perante o Fisco é o contador. Se a empresa repassa alguma informação errada, o contador responde por crime”, afirma. “Hoje em dia, os escritórios sérios estão dispensando
clientes desorganizados.”
Aumente suas
chances de acerto
• Peça indicação de colegas, visite o escritório, conheça o portfólio de clientes.
• Leia atentamente o contrato e conheça detalhes do documento. Ele estabelece os
deveres e direitos de cada uma das partes.
• Exija a certidão de regularidade do CRC para saber se aquele profissional está em
condições de exercer a profissão.
• É importante que o empresário tenha conhecimentos mínimos sobre os tributos
relacionados à sua atividade.
• Não escolha o contador unicamente pelo preço. O valor mínimo para os honorários é
um salário mínimo (R$ 678), mas o preço varia muito, dependendo do porte da empresa.
• Contadores podem fazer propaganda dos serviços, mas nunca podem tratar de preços
nem contar vantagem em relação aos colegas. Propagandas do tipo “o melhor escritório
de Brasília” e “cobrimos qualquer preço” são proibidas.
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
53
Fotos: Nina Quintana
//sindicatos
Vitória
incompleta
//Por Paula Oliveira
Segmento batalhou pela construção de
shoppings populares. Agora, empresários
querem que acesso do público seja facilitado
A
luta dos cerca de 5 mil empresários filiados ao Sindicato do Comércio dos
Vendedores Ambulantes do DF
(Sindvamb-DF) por boas condições
de trabalho não se encerrou com
a construção dos três shoppings
populares do DF – Gama, Ceilândia
e Plano Piloto. Além de espaço para
comercializar suas mercadorias, esses pequenos empresários querem
divulgação e facilidade do acesso
do público. “Não adianta haver um
prédio bem equipado como o do
shopping de Ceilândia e ninguém
saber que ele existe”, diz o presidente do Sindvamb-DF, Bartolomeu
Gonçalves Martins. O governo do DF
construiu os shoppings a partir de
demanda do próprio segmento. Por
enquanto, não há pedido nem previsão de construção de outros prédios
54
Bartolomeu
Martins,
presidente do
Sindvamb-DF.
para abrigar ambulantes.
Os três shoppings do DF abrigam 3,6 mil boxes de pelo menos 2
metros quadrados cada um. Essa
foi uma das principais conquistas
do sindicato criado em 1978 e filiado
no mesmo ano à Fecomércio. Os
ambulantes que migraram para esses centros comerciais pagam taxa
mensal de utilização ao governo (R$
14 por metro quadrado) e dividem
a conta de luz (média de R$ 15 por
mês). O custo total mensal fica em
torno de R$ 50 por mês. “É muito
melhor trabalhar na sombra, em um
lugar que tenha banheiro e segurança, mas o mais importante é ter
compradores”, ressalta Martins.
Para o cliente, no entanto, o
acesso a esses centros de compras
não foi facilitado, e a falta de pontos
de ônibus próximos dificulta a cir-
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
culação de pessoas, segundo o presidente do sindicato. O shopping de
Ceilândia, inaugurado em 2007 na
QNM 11, abriga desde 2012 um posto do Na Hora. A expectativa era de
que a instalação do centro de atendimento do governo local elevaria o
movimento de clientes. No entanto,
da maneira como foi feito, os vendedores se sentiram prejudicados. O
Na Hora fica no andar de cima e tem
acesso direto. Quem vai ao posto de
atendimento não precisa necessariamente passar pelos corredores
entre os boxes. Ou seja, o posto atrai
pessoas, mas isso não se refletiu no
aumento das vendas.
No shopping do Gama, o maior
problema é a falta de adesão dos
ambulantes. Ele fica no Setor Norte, ao lado da Feira Permanente, e
foi inaugurado também em 2007.
A concorrência com a feira e a falta
de divulgação espantam os empresários. O do Plano Piloto ficou
isolado. Foi aberto ao lado da antiga
Rodoferroviária de Brasília em 2008.
Só que o terminal foi desativado dois
anos depois. A falta de movimento
de passageiros e a distância da rota
de circulação do turismo levaram
muitos empresários a deixar o local
e a voltar para as ruas. “Na época da
inauguração, não existia a possibilidade de mudar a rodoviária interestadual de lá, fomos pegos de surpresa”, diz Martins. Também existia a
expectativa de que a feira faria parte
do itinerário do ônibus de turismo
que circula no Eixo Monumental.
//Apoio aos pequenos
Além de intervir junto ao governo
do DF para levar melhorias aos shoppings populares já construídos no
DF, o Sindvamb-DF atua como difusor de informações. Em censo realizado pelo Instituto Fecomércio em
2004 com ambulantes que atuavam
em Ceilândia, foi constatado que
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
90,8% não contribuíam para o Instituto Nacional do Seguro Social e/ou
não estavam inscritos na Secretaria
de Fazenda do DF. “Os empresários
precisam de informação, precisam
ser encaminhados aos órgãos competentes para se formalizar. Estamos aqui para isso também”, explica
Martins, que preside o Sindvamb-DF
desde 2000. Não há novo levantamento, mas o presidente acredita
que hoje o percentual tenha caído. O
mandato é de quatro anos e as próximas eleições ocorrem em abril de
2014. Desde 2000, o Sindvamb-DF
faz parte ainda do Sistema Confederativo da Representação Sindical
do Comércio (Sicomércio), da Confederação Nacional do Comércio de
Bens, Serviços e Turismo.
//Simples Candango
Outra conquista importante do
Sindvamb-DF foi a criação, em 1999,
do programa Simples Candango (Lei
Distrital 2.510), regime tributário
simplificado para microempresas,
empresas de pequeno porte, feirantes e ambulantes estabelecidos no
DF. Ele pode ser considerado um precursor da modalidade jurídica empreendedor individual e estabelece
tratamento diferenciado aos empresários que se encaixam na categoria.
O sistema de tributação criado
em 1999 tem prazo para ser extinto: 30 de abril de 2015. Com a criação do Simples Nacional, em 2006,
os optantes do Simples Candango
passaram a ser regidos pela lei federal, com a necessidade de fazer
novamente o cadastro. Para fazer a
migração, o empresário deve inscrever-se no Portal do Empreendedor
(www.portaldoempreendedor.gov.
br). Assim que fizer a nova opção
(Simples Nacional ou empreendedor
individual), a inscrição no Simples
Candango será excluída. Se isso não
acontecer em 15 dias, é preciso entrar em contato com a Secretaria de
Fazenda do DF para fazer a solicitação. Segundo informações do órgão,
todos os feirantes e ambulantes do
DF receberam comunicado sobre
a revogação do Simples Candango.
Hoje, são 3,2 mil empresários inscritos nessa modalidade.
A chegada de uma unidade do Na Hora ao shopping de Ceilândia, no ano
passado, não ajudou a aumentar o movimento de clientes.
55
//agenda fiscal
Um passo de
cada vez: resolve?
A
questão da licença de
funcionamento é constante em nossos artigos,
e a explicação é simples:
sem ela, não há regularidade para
o pleno funcionamento das empresas, o que traz insegurança aos
empreendedores e a contabilistas.
Diversos artigos da Lei 4.457/2009
encontram-se sem eficácia. Para
tratar do assunto de forma completa, é necessário trazer à baila o
Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) – instrumento básico
da política territorial e de produção e
gestão das localidades urbanas, de
expansão urbana e rural do território do DF –, a Lei de Uso e Ocupação
do Solo (Luos) – que regula o tipo de
utilização possível para os lotes urbanos – e o Plano de Preservação
do Conjunto Urbanístico (PPCUB) –
que orienta quanto ao resguardo dos
princípios fundamentais do plano
urbanístico de Brasília. Hoje, temos
na Câmara Legislativa o PL 1.532.
Ocorre que a Luos e o PPCUB ainda
estão em discussão ou sobrestados
da pauta. Portanto, qualquer esforço
agora para aprovação do PL 1.532,
de cuja discussão a Fecomércio, a
Fibra, o Sindiatacadista e o CRC/DF
vêm participando ativamente, não
resolverá a situação de forma definitiva. Nesse caso, um passo de cada
vez não resolve.
Joel Rodrigues
Adriano Marrocos
Contador da Fecomércio
e do IFPD e presidente do CRC/DF
Calendário – De 7 a 31/10/2013
O QUE e QUANDO pagar?
7/10
15/10
18/10
21/10
25/10
31/10
• Salários referentes a 9/2013.
• FGTS (GFIP – Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia e Informações à Previdência Social) referente a 9/2013.
• Cofins/CSLL/PIS retenção na fonte, de 16 a 30/9/2013.
• Contribuição Previdenciária (1. contribuintes individuais, facultativos e domésticos. 2. empresas optantes do Simples e
empresas em geral, incluindo retenção de 11% e empresas desoneradas) referente a 9/2013.
• Imposto de Renda Retido na Fonte nos códigos 0561, 0588 e 1708 referente a 9/2013.
• Simples Nacional referente a 9/2013.
• ISS e ICMS referentes a 9/2013 (observar datas específicas para o ICMS – ST e outras situações).
• PIS e Cofins referente a 9/2013.
• Contribuição Sindical Laboral Mensal referente a 9/2013.
• 1ª quota do IRPJ e da CSLL referente ao 3º trimestre/2013 pelo lucro real, presumido ou arbitrado.
• Carnê Leão referente a 9/2013.
• IRPJ e CSLL referentes a 9/2013, por estimativa.
• Cofins/CSLL/PIS retenção na fonte, de 1° a 15/10/2013.
• Parcela do Refis, do Paes, do Paex, do Parcelamento do Simples Nacional e do Parcelamento da Lei 11.941/2009
(consolidado).
O QUE e QUANDO entregar?
7/10
• Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) ao MTPS referente a 9/2013.
• Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais (Dacon Mensal) à SRF/MF referente a 8/2013.
14/10
• Escrituração Digital do PIS/Pasep, da Cofins e da Contribuição Previdenciária (EFD CONTRIBUIÇÕES) a SRF/MF
referente a 8/2013.
21/10
• Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF Mensal) à SRF/MF referente a 8/2013.
25/10
• Declaração de Dedução de Parcela da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico Incidente sobre a Importação
e Comercialização de Combustíveis das Contribuições para o PIS/Pasep e Cofins (DCIDE – Combustíveis) à SRF/MF
referente a 9/2013.
31/10
Várias
• Declaração de Operações Imobiliárias (DOI) à SRF/MF referente a 8/2013.
• Livro Fiscal Eletrônico à SEF/DF referente a 9/2013: observar Portaria/SEFP nº 419 (13/11/2009).
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
57
comércio
A diferença que faz
o profissional
//Por Talita Cavalcante
Com técnica e boa formação, é possível
trilhar carreira na área de vendas, como
fez Tatiana Veríssimo
Nina Quintana
58
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
É
preciso muito mais que
um sorriso. Ser vendedor
exige dedicação e aperfeiçoamento. É necessário
dominar técnicas de abordagem, oratória, marketing, além de
conhecer muito bem o produto que
oferece. A boa formação é o caminho para quem quer construir uma
carreira no mercado que, em meio à
enorme concorrência, seleciona os
melhores profissionais.
Muitas empresas investem no
treinamento de funcionários e oferecem cursos de técnicas de vendas. O
Senac e o Serviço Brasileiro de Apoio
às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) também são opções para quem
pretende melhorar o desempenho.
Investir na carreira foi o que fez
Tatiana Veríssimo completar 14 anos
na área de vendas. Ela tem 32 anos
e começou no comércio como caixa
em uma loja de departamentos, onde
trabalhou por 11 anos. Em alguns
meses, passou para a função de vendedora. Fez cursos de merchandising, de encantamento do cliente, de
padronização de abordagem, muitos
deles fora do Distrito Federal. Todos
custeados pela empresa. “Foram
fundamentais. Eu era muito tímida.”
Em setembro, ela se formou no
curso de gestão comercial da Faculdade Senac. Por dois anos, estudou
sobre concorrência de mercado,
análise financeira, técnica de atendimento. “Investi na minha carreira.
A pessoa não pode só esperar pela
empresa, também tem que buscar
conhecimento. Se não tiver dinheiro,
pode procurar palestras, cursos on
-line, gratuitos”, diz.
Há dois anos e meio, Tatiana trabalha no Magazine da Economia e
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
é responsável pela supervisão de
12 das 24 lojas que a rede mantém
em todo o Distrito Federal, além de
ajudar o Departamento de Recursos
Humanos no treinamento de pessoal.
São 150 funcionários em sua equipe.
“Nunca deixamos de ser vendedores. Ajudo na organização das lojas,
oriento os gerentes quanto aos cuidados com o estoque, vejo o que os
concorrentes estão vendendo e sugiro promoções. Se estiver em uma das
lojas e for abordada por cliente, vendo o que ele precisar.” Agora, Tatiana
pretende cursar pós-graduação em
gestão de pessoas. “Este é o grande
desafio do comércio: entender melhor as pessoas e mostrar para elas
que é possível construir uma carreira
na área.”
//Curso rápido
Para quem pretende se atualizar
ou entrar no mercado e não tem
muito tempo, o Senac oferece o curso
Técnicas de Vendas e Negociação.
Em um período de oito a dez dias,
os alunos vão ter noção de comunicação, marketing, desenvolvimento
de plano de vendas, estratégias de
venda, pesquisa de mercado, organização de estoque, Código de Defesa
do Consumidor e motivação. “Há
carência no mercado. Muita gente
não se emprega porque não se profissionaliza. Hoje é preciso ter técnica
de boa negociação e qualidade no
atendimento”, explica a técnica de
Formação Profissional do Senac Celina Eurípedes de Faria.
Celina destaca que no curso o
aluno vai descobrir o perfil ideal
do profissional de vendas e como
desenvolver tais características. “O
bom negociador tem técnicas de
persuasão, tem argumentos e sabe
identificar o perfil do consumidor.
Não adianta oferecer o produto de
que o cliente não precisa naquele
momento.” Ela conta que também
são passadas técnicas para que a
pessoa se expresse com clareza, de
forma simples e objetiva, conforme
as regras da língua portuguesa.
Segundo Celina, anualmente
passam pelo curso cerca de 400 pessoas. Além de oferecer as aulas nas
próprias unidades, o Senac atende
nas empresas ( in company ), com
turmas de 30 funcionários. “À medida
que o funcionário aprende técnicas
novas, ele vai se destacar. Isso é natural.”
regras de ouro
para o vendedor
Conhecer bem o produto
que oferece.
Atender o cliente com
a mesma atenção que
gostaria de receber se
estivesse no lugar dele.
Jamais prometer o que
não pode cumprir.
59
//“O cliente está
bem mais exigente”
Há mais de três décadas vendendo calçados, João
José da Costa Filho, de 55 anos, começou em uma banca
na Feira de Ceilândia. Vendia no grito, dizia o nome do
produto e o preço, e isso bastava. Na época, havia poucas
lojas, e os clientes não exigiam tanto. “A maneira de vender
mudou muito. Tive que me adaptar, ter mais atenção com
o cliente. As técnicas de 20 anos atrás já não funcionam. O
cliente está bem mais exigente”, conta ele, que trabalhou
em quatro lojas antes da Agittus Calçados, do Setor Comercial Sul.
O vendedor, que fez curso de técnica de vendas, destaca que é preciso saber detalhes do produto para conseguir fechar a venda. “Assim como as fábricas evoluíram,
precisamos melhorar também para convencer o cliente.
Se ele quer um tênis para ir à academia, preciso ter conhecimento para indicar o modelo correto.” Para ajudar nisso,
as fábricas ministram cursos para que os vendedores conheçam cada detalhe do calçado.
O amor pela profissão é o combustível para atuar até
hoje. “Amo o que faço. A gente nunca sabe tudo, está sempre aprendendo. O cliente pode até não comprar o produto
na hora, mas, se gostar do atendimento, com certeza volta”, diz o experiente vendedor.
//Mais preparo, mais vendas
O Sebrae oferece o curso Gestão e Estratégia de Vendas para empresas que desejam treinar funcionários.
Durante cinco dias, os participantes têm noções sobre a
história da profissão, as diversas funções do vendedor,
mercado e busca de clientes, habilidade para identificar as
necessidades do consumidor, negociação, ações de pósvenda. As aulas são ministradas na unidade do Setor de
Indústria e Abastecimento (SIA).
De acordo com Ary Ferreira Cruz, gerente de Capacitação Empresarial do Sebrae-DF, o curso serve como
estratégia para tomada de decisões a fim de aumentar as
vendas. “O empresário vem para a aula, vê o que está errado e precisa ter coragem de mudar. É necessário que haja
alguém com poder de decisão dentro da empresa participando do curso”, explica.
No curso, aprende-se tanto a analisar o perfil do vendedor antes de contratar quanto a treinar esse funcionário
depois de efetivado. “Com um bom preparo desses profissionais, é possível aumentar de 30% a 40% as vendas.
Para isso, é fundamental que o vendedor tenha argumentação, poder de persuasão, conheça bem o produto”,
destaca o gerente. Segundo ele, cerca de 900 empresários
fazem o curso por ano. As aulas da próxima turma prevista
para este ano começam em 25 de novembro.
//Senac-DF – Técnicas de Vendas e Negociação
Informações: 3313-8877 ou www.senacdf.com.br
//Sebrae – Gestão e Estratégias de Venda
Informações: 0800 570 0800 ou
www.sebrae.com.br/uf/distrito-federal
60
De simples qualificação
a investimento humano
A secretária-geral do Sindicato dos Comerciários
do DF (Sindicom-DF), Geralda Godinho, fala sobre
o mercado e os principais pontos para quem quer
seguir a carreira.
Qual é a estimativa de vendedores empregados
no comércio do DF?
Estima-se que em todo o Distrito Federal
tenhamos cerca de 220 mil empregados atuando
direta e indiretamente com vendas.
De que forma o perfil dos vendedores mudou
desde a década de 1980 até agora?
Foi justamente a exigência de qualificação e
dedicação à atividade, sobretudo em relação ao
conhecimento dos produtos, do mercado, além
do domínio da marca que vende. Atualmente, nós
lutamos para que a carga horária seja reduzida
para 36 horas exatamente para oferecer ao
trabalhador a oportunidade de se dedicar mais à
qualificação profissional.
É importante que o vendedor busque
conhecimento por conta própria e não apenas
aguarde a iniciativa da empresa em oferecer
cursos?
Não só o vendedor, mas todo profissional deve ter
como peça participante de suas competências
a proatividade, assim as empresas conscientes
de seu papel entrarão em consonância com o
trabalhador, que estará atento às novidades do
mercado. O profissional qualificado é aquele com
boas capacidades para desempenhar melhor
suas funções. O treinamento hoje passou de
uma simples qualificação para um investimento
humano. Esse é um caminho que empresa e
empregado devem seguir juntos, porque todos só
têm a ganhar.
Quais aspectos são fundamentais para ser um
bom vendedor?
Primeiramente, o segredo para um bom vendedor
é fazer aquilo de que gosta. Com uma simples
reflexão é possível ver sua identificação com a
área. Nos mercados modernos, trabalhamos
com uma procura profissional cada vez mais
próxima de certas competências. Para o cargo
de vendedor, se destacam a habilidade de
clareza, a atitude objetiva e o principal: simpatia e
cordialidade com os clientes.
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
homenagem
Quase dez
anos de sucesso
//Por Raíssa Lopes
Parceria entre o Sesc-DF e a Câmara dos
Deputados é celebrada em sessão solene
A
Câmara dos Deputados realizou sessão solene em 16
de setembro para celebrar
a parceria de quase dez anos entre
a casa legislativa e o Sesc-DF. Desde 2004, a entidade oferece projetos
de cultura e educação para atender
em torno de 5 mil comerciários que
trabalham nas áreas de vigilância,
asseio e conservação do órgão. Requerida pelo deputado Roberto de
Lucena (PV-SP), a sessão celebrou,
ainda, os 67 anos do Sesc, comemorados em 13 de setembro.
Entre as ações estão a publicação
de 18 mil exemplares das coletâneas dos prêmios literários do SescDF, em parceria com a Comissão de
Educação e Cultura da Câmara; a
realização de 111 edições de séries/
programas de TV em conjunto com a
TV Câmara; 115 iniciativas culturais,
como exposições e publicações; a
formação de 11 turmas com 153 alunos em educação de jovens e adultos; mais de 3,4 mil atendimentos
odontológicos; mais de 1,5 mil atendimentos no Projeto Passaporte para
a Saúde; e cerca de 82,6 mil cafés da
manhã, caldos e cremes servidos.
“É muito bom ser homenageado
por um trabalho tão interessante e
que faz diferença em vários setores
da Câmara”, afirmou o presidente do
Sesc-DF, Adelmir Santana, durante
a solenidade. “A homenagem é fruto
de um trabalho intenso dos mais de
1,5 mil servidores do Sesc no Distrito
Federal. O reconhecimento só é possível devido ao esforço e à dedicação
de todos que formam a instituição”,
completou. O presidente destacou
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
Cristiano Costa
Adelmir Santana destacou a dedicação dos mais de 1,5 mil servidores do Sesc no DF.
que, embora a homenagem tenha
sido para o Sesc-DF, a entidade está
em mais de 2,8 mil municípios, de
todas as unidades da Federação, e
emprega 25 mil pessoas.
Servidores e alunos do Sesc-DF
compareceram à sessão solene.
Marcelo Alves, de 37 anos, trabalha
como porteiro da unidade do Sesc de
Ceilândia há cinco anos. “Gosto muito de ser servidor do Sesc. O melhor,
em minha opinião, é o ambiente de
trabalho.” Há 11 anos na entidade, a
assistente de gerência da unidade do
Setor Comercial Sul Alessandra Sá
Leite vê o Sesc-DF como sua segunda casa. “Sinto-me emocionada por
ver a instituição sendo homenageada
pela Câmara”, disse.
A solenidade foi presidida pelo
deputado Izalci Lucas (PSDB-DF). “A
instituição é reconhecida por brasileiros de todas as classes sociais”, disse. O presidente do Sesc-DF, Adelmir
Santana, e o diretor regional da enti-
dade, José Roberto Sfair Macedo, receberam de Izalci Lucas um diploma
pelos trabalhos realizados. O diretorgeral do Departamento Nacional do
Sesc, Maron Emile Abi-Abib, também
foi homenageado. Ele foi representado pelo diretor de Programas Sociais
do Sesc, Nivaldo Pereira.
//Plantio de muda
Antes da sessão solene, o Sesc foi
homenageado no Bosque dos Constituintes com o plantio de uma muda de
copaíba. “A homenagem proporciona
para o Sesc um reconhecimento de
uma parceria muito produtiva”, afirmou o diretor regional do Sesc-DF,
José Roberto Sfair Macedo. Com 70
mil metros quadrados, o bosque fica
ao lado da Praça dos Três Poderes.
@sescdf
/sescdistritofederal
61
//pesquisa conjuntural
Comércio brasiliense tem leve
alta em agosto
Comércio
Desempenho de vendas
Setor
Segmento
Mar13 x Abr13 x Mai13 x Jun13 x Jul13 x Ago13 x
Fev13
Mar13
Abr13
Mai13
Jun13
Jul13
Autopeças e Acessórios
3,74%
-0,24%
3,39%
-7,23%
-4,53%
-3,9%
Bares, Restaurantes e Lanchonetes
7,11%
1,3%
5,48%
-1,1%
-1,44%
-0,18%
Calçados
10,52%
0,75%
5,59%
3,71%
10,02%
6,48%
Farmácia e Perfumaria
3,98%
0,12%
3,97%
-10,76%
3,78%
-1,39%
Floricultura
-19,6%
-15,91%
35,65%
2,82%
-20,27%
-2,95%
Informática
1,28%
-2,29%
-4,24%
4,47%
-2,19%
-0,21%
-31,33%
-13,97%
2,29%
-0,36%
17,69%
9,57%
Lojas de Utilidades Domésticas
5,08%
0,75%
0,51%
-5,32%
0,68%
7,19%
Material de Construção
3,04%
6,76%
0,67%
-1,61%
-4,68%
2,03%
Mercado e Mercearia
-0,97%
-4,22%
-0,09%
5,74%
-5,68%
2,99%
Móveis e Decoração
1,49%
9,19%
-0,96%
5,33%
3,34%
-1,38%
Óticas
0,65%
-6,98%
7,07%
3,04%
0,31%
-1,95%
Tecidos
-10,33%
12,98%
17,54%
13,13%
31,13%
2,45%
Vestuário
18,72%
1,2%
4,06%
4,92%
-2,08%
-1,68%
Total
2,44%
0,1%
2,98%
-0,3%
-0,46%
0,75%
Agências de Viagem
2,22%
-3,93%
5,59%
-2,85%
-4,64%
4,99%
Autoescola
16,47%
-2,67%
4,32%
-14,13%
-6,76%
-4,35%
Pet Shop
0,85%
-5,15%
-12,07%
-15,38%
9,34%
-5,85%
Salão de Beleza
3,67%
0,22%
9,46%
-0,65%
10,88%
3,22%
Total
3,8%
-2,59%
4,02%
-8,01%
-1,28%
0,08%
2,54%
-0,11%
3,07%
-0,92%
-0,52%
0,7%
Livraria e Papelaria
Total
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
62
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
Região
Setor
Comércio
6,72%
1,22%
1,24%
-0,65%
-2,77%
-0,79%
Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante
-12,65%
-2,65%
16,34%
-1,19%
-0,14%
-1,23%
Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires
e Águas Claras
-1,07%
2,29%
3,63%
-0,92%
1,46%
4,58%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
3,58%
1,57%
1,61%
2,52%
-1,89%
-1,53%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
2,64%
-4,71%
-0,42%
-3,53%
3,34%
2,08%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
4,64%
-4,68%
4,84%
4,81%
-0,13%
-2,07%
2,44%
0,1%
2,98%
-0,3%
-0,46%
0,75%
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
7,01%
-1,54%
-0,76%
-12,68%
2,81%
-4,47%
Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante
0,28%
-3,52%
10,82%
16,19%
-4,38%
-2,44%
Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires
e Águas Claras
0,7%
-4,54%
23,79%
-5,95%
-5,60%
15,2%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
-1,06%
0,83%
-11,58%
-7,72%
-10,9%
1,51%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
-2,98%
-8,97%
9,17%
1,34%
17,01%
-8,67%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
10,67%
-24,34%
-0,88%
4,05%
-1,19%
0,43%
3,80%
-2,59%
4,02%
-8,01% -1,28%
0,08%
2,54% -0,11% 3,07% -0,92% -0,52%
0,7%
Total
Serviços
Desempenho de vendas
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
Mar13 Abr13 Mai13 Jun13 Jul13 Ago13
x
x
x
x
x
x
Fev13 Mar13 Abr13 Mai13 Jun13 Jul13
Total
Total
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
A
s vendas do comércio brasiliense registraram alta
de 0,75% em agosto na
comparação com julho.
Já o setor de serviços ficou praticamente estável, com aumento de
apenas 0,08%. No acumulado do
ano, de janeiro até agosto, observase expansão de 2,18% (comércio e
serviços). É o que mostra a Pesquisa Conjuntural de Micro e Pequenas
Empresas do Distrito Federal, realizada pelo Instituto Fecomércio.
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
Na análise por ramo de atuação, apresentaram crescimento nas
vendas do comércio em agosto, na
comparação com julho, os segmentos de: Livraria e Papelaria (9,57%);
Lojas de Utilidades Domésticas
(7,19%); Calçados (6,48%); Mercado
e Mercearia (2,99%); Tecidos (2,45%)
e Material de Construção (2,99%). As
quedas aconteceram nos seguintes
segmentos: Autopeças e Acessórios (-3,90%); Floricultura (-2,95%);
Óticas (-1,95%); Vestuário (-1,68%);
Farmácia e Perfumária (-1,39%);
Móveis e Decorações (-1,38%); Informática (-0,21%); e Bares, Restaurantes e Lanchonetes (-0,18%).
No que se refere ao setor de serviços, apresentaram alta nas vendas
em agosto, na comparação com
o mês anterior, os segmentos de:
Agência de Viagem (4,99%) e Salão
de Beleza (3,22%). Pet Shop (-5,85%)
e Autoescola (- 4,35%) registraram
queda nas vendas. É necessário
ressaltar, contudo, que o Instituto
63
Mar13
x
Fev13
Abr13
x
Mar13
Mai13
x
Abr13
Jun13
x
Mai13
Jul13
x
Jun13
Ago13
x
Jul13
Autopeças e Acessórios
3,94%
-4,55%
3,6%
-4%
9,09%
0,63%
Bares, Restaurantes e Lanchonetes
-1,52%
-1,95%
-0,81%
-4,78%
4,92%
-0,8%
Calçados
3,39%
2,42%
-2,88%
-2,42%
-7,32%
-4,39%
-5%
6,1%
-1,05%
-2,04%
1,15%
6,06%
Floricultura
4,17%
0%
0%
-3,85%
3,7%
0%
Informática
-1,47%
-1,37%
-1,43%
1,39%
-8,11%
9,59%
Livraria e Papelaria
-5,56%
-1,79%
0%
-1,22%
-2,27%
-4,65%
Lojas de Utilidades Domésticas
4,35%
-2%
4%
5,77%
-3,64%
0%
Material de Construção
5,39%
1,99%
1,82%
-2,74%
0,93%
0%
Mercado e Mercearia
0,54%
1,44%
-1,35%
4,19%
0,6%
-0,9%
Móveis e Decoração
1,3%
-3,7%
1,22%
3,17%
1,56%
-7,69%
Óticas
-3,45%
0%
6,9%
-3,23%
-3,33%
0%
Tecidos
-15,15%
0%
0%
9,09%
-2,94%
0%
1,36%
3,96%
1,69%
-2,99%
1,31%
1,65%
-0,43%
0,24%
-0,08%
-2,01%
1,76%
0,16%
3,33%
0%
1,82%
-6,93%
8,51%
-8,82%
0%
-2,94%
3,13%
11,11%
0%
0%
Pet Shop
-3,51%
7,69%
5,88%
-3,51%
18,03%
-2,41%
Salão de Beleza
7,14%
-3,74%
-4,35%
4%
3,85%
-3,7%
2,49%
-0,69%
2,08%
0%
7,58%
-4,21%
-0,14%
0,14%
0,14%
-1,82%
2,34%
-0,31%
Setor
Segmento
Comércio
Nível de emprego
Farmácia e Perfumaria
Vestuário
Total
Serviços
Agências de Viagem
Autoescola
Total
Total
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
Fecomércio pesquisa apenas esses
quatro segmentos de serviços.
Na opinião do presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, o
resultado, apesar de pouco expressivo, reverteu a tendência de queda
observada nos dois meses anteriores. “Em função da proximidade do
Dia da Criança e do início das compras antecipadas para as festas de
fim de ano, é possível prever uma
64
continuidade neste crescimento nos
próximos meses.”
Quanto ao pessoal empregado,
o comércio apresentou leve alta de
0,16% no contingente em comparação com julho. O setor de serviços
apresentou declínio de 4,21% no
número de postos de trabalho. Entre
as formas de pagamento, o cartão
de crédito se destacou em ambos os
setores. No comércio, a modalidade
respondeu por 43,39% das vendas.
No setor de serviços, foi responsável
por 51,39% das compras.
A Pesquisa Conjuntural de Micro
e Pequenas Empresas do DF é realizada mensalmente pelo Instituto Fecomércio e tem o apoio do Sebrae.
Foram consultadas 700 empresas,
sendo 595 do comércio e 105 de serviços. A coleta de dados foi realizada
de 5 a 10 de setembro.
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
Nível de emprego
Comércio
Setor
Mar13 Abr13 Mai13 Jun13 Jul13 Ago13
x
x
x
x
x
x
Fev13 Mar13 Abr13 Mai13 Jun13 Jul13
Região
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
-0,29%
2,97%
0%
-2,59%
1,34%
-0,3%
Candangolândia, Guará e
Núcleo Bandeirante
1,95%
-1,12%
4,62%
-0,62%
6,63%
0,53%
Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires
e Águas Claras
-1,89%
-6,7%
1,07%
-1,82%
0,95%
0,64%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
4,03%
1,77%
-3,14%
-1,08%
2,55%
1,06%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
-1,15%
4,25%
-0,76%
-2,24%
-0,37%
0,7%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
-2,92%
5,42%
-3,95%
-1,76%
4,12%
-1,69%
-0,08% -2,01%
1,76%
0,16%
Total
-0,43% 0,24%
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
0,66%
-1,32%
4%
7,69%
10,56%
-7,41%
0%
4,35%
-4,35%
0%
0%
0%
9,68%
-1,64%
1,61%
-20,37%
9,52%
0%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
0%
0%
0%
0%
0%
-3,03%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
0%
0%
0%
0%
0%
0%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
0%
0%
0%
0%
0%
16,67%
2,49%
-0,69%
2,08%
0%
7,58%
-4,21%
Serviços
Candangolândia, Guará e
Núcleo Bandeirante
Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires
e Águas Claras
Total
Total
-0,14% 0,14% 0,14% -1,82% 2,34% -0,31%
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
Mês
À vista
Cheque
mar/13
30,02%
1,03%
Cartão de
crédito
Débito
A prazo
Boleto
15,66%
3,64%
2,26%
Formas de pagamento
Comércio
47,4%
abr/13
30,34%
1,17%
45,53%
15,48%
3,46%
4,02%
mai/13
29,27%
0,85%
46,07%
17,18%
3,58%
3,05%
jun/13
28,91%
1,19%
45,44%
16,9%
3,60%
3,96%
jul/13
31,22%
1,14%
44,86%
16,4%
3,32%
3,06%
ago/13
31,45%
1,01%
43,39%
18,27%
3,46%
2,42%
12,71%
3,17%
5,38%
Serviços
mar/13
21,37%
4,12%
53,24%
abr/13
23,14%
4,87%
49,94%
13,47%
2,91%
5,67%
mai/13
26,13%
3,05%
49,27%
14,02%
3,72%
3,82%
jun/13
22,38%
4,96%
49,61%
13,68%
4,89%
4,48%
jul/13
23,55%
3,02%
49,95%
15,34%
4,15%
3,98%
ago/13
25,24%
4,56%
51,39%
13,93%
4,26%
0,61%
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
65
pesquisa
relâmpago
Fotos: Nina Quintana
Leonardo Coutinho
Arquiteto
Ophir Cavalcante
Junior
Advogado do
diplomata
Eduardo Saboia
e ex-presidente
da OAB
Diego Renato
de Oliveira
Supervisor
logístico
Marcelo Guido
Dono de empresa
de construção civil e
reformas
Pedro Marinho Neto
Presidente do
Instituto Brasileiro
de Executivos de
Finanças
Untitled-4 1
66
Plano de
Preservação do
Conjunto Urbanístico
de Brasília
Ação dos black
blocs nas
manifestações
populares
BOM
O plano deve atender
aos anseios da
população, mas
sempre preservar as
características originais
da cidade e suas
escalas.
REGULAR
É vandalismo praticado
por oportunistas e deve
ser punido com rigor.
Uma pena isso estragar
a legitimidade do
movimento.
REGULAR
O tempo não deve ser
culpado. Vejo uma
sequência de falhas
na gestão do plano de
preservação. É preciso
uma administração
pública com mais
atitude.
REGULAR
É uma questão delicada,
mas ninguém pode ser
julgado antes de sua
condenação. O governo
brasileiro não poderia
permanecer omisso.
BOM
Em que pese à
genialidade de Lucio
Costa, é necessário
fazer adaptações à
realidade hoje vivida
sem prejudicar o projeto
original.
REGULAR
As manifestações
demonstram que os
jovens voltaram a se
indignar. No entanto, há
necessidade de ordem
para não prejudicar
os direitos de outros
cidadãos.
RUIM
É um retrato da
importância que os
governos vêm dando à
cultura. As verbas existem
e deveriam ser bem
aplicadas.
BOM
É lamentável o Brasil ter
se rendido a Evo Morales
(presidente da Bolívia).
Nunca havíamos
deixado de lado os
direitos humanos para
atender a interesses de
governantes.
BOM
O plano urbanístico
precisa, sim, ser
adaptado à realidade
atual da cidade, mas
é preciso ter cuidado
para não modificar
as características de
Brasília.
RUIM
Sair às ruas com
máscara dá a ideia
de que a pessoa
está ali para praticar
violência. Sou contra. As
manifestações devem
ser pacíficas.
RUIM
É mais um exemplo do
abandono do patrimônio
cultural por parte do
governo. Dinheiro nós
temos, mas ele não é
bem usado.
RUIM
O Brasil não deveria
se meter nisso. Se o
senador boliviano tem
coisas a responder em
seu país, por que
dar abrigo?
REGULAR
Deve haver bom
senso. A segurança e a
qualidade de vida das
pessoas têm que ser
prioridade em relação
ao tombamento.
RUIM
A ação dos mascarados
tem atrapalhado
a colocação das
verdadeiras demandas
da população e inibido
os manifestantes
pacíficos.
RUIM
O governo tem sido
rigorosíssimo com
os construtores e
incorporadores privados
e muito leniente com
os aparelhos públicos.
São dois pesos e duas
medidas.
RUIM
Molina ficou mais de
um ano na embaixada
brasileira sem que sua
situação fosse resolvida.
Acho que o diplomata
Eduardo Saboia agiu
corretamente.
BOM
As alterações podem
ser realizadas para
acompanhar a dinâmica
de Brasília, desde
que não firam o plano
original de Lucio Costa.
BOM
As manifestações
são necessárias, pois
reforçam a democracia
e o exercício da
cidadania, quando
pacíficas. Já os black
blocs as transformaram
em vandalismo.
RUIM
Não poderia chegar a
esse nível de descaso.
O governo local foi no
mínimo leniente ao
ignorar as necessidades
do teatro.
REGULAR
O governo brasileiro não
deveria ter deixado esse
assunto se arrastar por
um ano sem solução.
O desfecho do caso
mostrou a inabilidade da
atual política externa do
Brasil.
Condições precárias
do Teatro Nacional
Claudio Santoro
Caso Pinto
Molina
18/11/10 11:29
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013
67
Mono mon
68
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013

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