Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 - DFM - Cefet-MG
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Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 - DFM - Cefet-MG
Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Prof. José Geraldo DFM — CEFET/MG 09 de abril de 2014 Análise dimensional 1 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala Prof. José Geraldo Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala Sumário A análise dimensional permite encontrar relações entre variáveis e parâmetros de um modelo sem resolvê-lo; obter relações de escala entre variáveis e parâmetros. É uma ferramenta limitada. Prof. José Geraldo Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala Sumário O teorema π de Buckingham fornece um algoritmo para se estabelecer relações adimensionais entre parâmetros e variáveis de um modelo. A ideia básica consiste no seguinte: Suponha que um modelo matemático possua um total de N variáveis e parâmetros (escalares). Suponha que estas N variáveis e parâmetros envolvam m dimensões fundamentais. Então é possívem obter N − m relações adimensionais envolvendo tais parâmetros e variáveis. Prof. José Geraldo Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala O teorema Pi de Buckingham Theorem a Considere um sistema de N variáveis e parâmetros envolvendo m dimensões fundamentais. Então, N − m quantidades adimensionais πi podem ser definidas como produtos e quocientes das variáveis e dos parâmetros originais. Cada equação escalar f (x1 , . . . , xk , p1 , . . . pl ) = 0 envolvendo as variáveis x1 , . . . , xk e os parâmetros p1 , . . . pl de um modelo matemático podem ser trocados por uma relação correspondente entre os πi : f ∗ (π1 , . . . πN−m ) = 0. a E. van Groesen, J. Molenaar, Continuum Modeling in the Physical Sciences (SIAM, Philadelphia, 2007). Prof. José Geraldo Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala O teorema Pi de Buckingham Exemplo: Considere o pêndulo simples, na ausência de forças dissipativas. As variáveis e os parâmetros de interesse são o comprimento do pêndulo l , o módulo da aceleração da gravidade g , a massa do pêndulo m, o período de oscilação τ , a amplitude angular θM e a tensão na corda T . Vamos aplicar o teorema π de Buckingham para obter quantidades adimensionais envolvendo estas variáveis e parâmetros. Prof. José Geraldo Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala O teorema Pi de Buckingham Quantidades derivadas comprimento do pêndulo l aceleração da gravidade g massa do pêndulo m período de oscilação τ amplitude angular θM tensão na corda T Dimensão L LT−2 M T 1 MLT−2 Tabela: Variáveis e parâmetros de interesse para o modelo do pêndulo sem fricção. Prof. José Geraldo Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala O teorema Pi de Buckingham Da tabela anterior nota-se que há seis variáveis e parâmetros como quantidades ou grandezas derivadas. Estas grandezas envolvem apenas três dimensões fundamentais, L, T e M. Portanto, de acordo com o teorema, podemos construir três relações adimensionais envolvendo estas variáveis e parâmetros. Escolhemos, então, três das quantidades derivadas como quantidades primárias. Vamos escolher l , g e m para representar este papel. Sobram τ , T e θM . Prof. José Geraldo Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala O teorema Pi de Buckingham Os três grupos adimensionais são π1 = l a1 g b1 mc1 τ, π2 = l a2 g b2 mc2 T , π3 = l a3 g b3 mc3 θM . Os expoentes ai , bi e ci devem ser determinados de modo que os πi sejam adimensionais. Prof. José Geraldo Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala O teorema Pi de Buckingham Exemplo: Considere o pêndulo simples, na ausência de forças dissipativas. As variáveis e os parâmetros de interesse são o comprimento do pêndulo l , o módulo da aceleração da gravidade g , a massa do pêndulo m, o período de oscilação τ , a amplitude angular θ e a tensão na corda T . Vamos aplicar o teorema π de Buckingham para obter quantidades adimensionais envolvendo estas variáveis e parâmetros. Prof. José Geraldo Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala O teorema Pi de Buckingham Quantidades derivadas comprimento do pêndulo l aceleração da gravidade g massa do pêndulo m período de oscilação τ amplitude angular θM tensão na corda T Dimensão L LT−2 M T 1 MLT−2 Tabela: Variáveis e parâmetros de interesse para o modelo do pêndulo sem fricção. Prof. José Geraldo Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala O teorema Pi de Buckingham Escolhemos l , g e m como quantidades primárias. Sobram, então, τ , T e θM . Os três grupos adimensionais são π1 = l a1 g b1 mc1 τ, π2 = l a2 g b2 mc2 T , π3 = l a3 g b3 mc3 θM . Os expoentes ai , bi e ci devem ser determinados de modo que os πi sejam adimensionais. Prof. José Geraldo Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala O teorema Pi de Buckingham Para π1 , tem-se a1 = −1/2 = −b1 , e c1 = 0. Logo, r g π1 = τ . l p Isto já era esperado pois, como já vimos, τ = 2π l /g . Portanto, π1 = 2π. Prof. José Geraldo Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala O teorema Pi de Buckingham Para π2 , tem-se a2 = 0, e b2 = c2 = −1. Logo, π2 = T . mg (1) O teorema estabelece que o módulo da tensão T é diretamente proporcional ao módulo da força peso mg . Mas a “constante de proporcionalidade” π2 não é “constante”! Prof. José Geraldo Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala O teorema Pi de Buckingham Para ver isto, considere o modelo do pêndulo simples sem fricção. A força-peso e a tensão são as únicas forças a agir sobre o pêndulo. A força-peso é sempre constante ao longo do movimento: tem o mesmo módulo e sempre aponta na direção vertical para baixo. E quanto à tensão? Prof. José Geraldo Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala O teorema Pi de Buckingham A tensão aponta para o centro do movimento circular. Portanto, sua direção varia ao longo do movimento. Mas, o que dizer sobre o seu módulo? Vamos denotar T (θ) o valor do módulo da tensão quando o pêndulo descreve um ângulo θ com a vertical. Para responder isto, sem “resolver” o modelo, vamos considerar o pêndulo em duas situações: quando está no ponto mais alto de sua trajetória e quando está no ponto mais baixo. Prof. José Geraldo Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala O teorema Pi de Buckingham No ponto mais baixo de sua trajetória, i.e., quando o pêndulo está alinhado com a vertical, tanto a força-peso quanto a tensão possuem a mesma direção (a vertical), mas sentidos opostos; o módulo da velocidade do pêndulo é máximo (por quê?). Nesta situação a força resultante qua atua sobre o pêndulo tem direção vertical e, por causa do movimento circular, aponta para o centro do movimento. Logo, T (0) − mg = FR (0) , (2) onde FR (0) denota a força resultante no ponto mais baixo da trajetória, i.e., quando o ângulo θ que o pêndulo descreve com a vertical é nulo. Prof. José Geraldo Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala O teorema Pi de Buckingham Agora, considere o caso em que o pêndulo está no ponto mais alto de sua trajetória. Considere o ângulo que o pêndulo descreve com a vertical como θM . Nesto ponto mais alto da trajetória, a força-peso mantém a direção vertical, mas a tensão aponta para o centro do movimento; a velocidade instantânea do pêndulo é nula. Nesta situação, a componente da força resultante que aponta para o centro do movimento é nula (por quê?) e, portanto, T (θM ) − mg cos θM = 0. Prof. José Geraldo (3) Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala O teorema Pi de Buckingham Claramente, se compararmos as equações (2) e (3), vemos que T (θM ) < T (0). Prof. José Geraldo Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala O teorema Pi de Buckingham Claramente, se compararmos as equações (2) e (3), vemos que T (θM ) < T (0). Concluímos que o módulo da tensão varia ao longo do movimento do pêndulo. Prof. José Geraldo Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala O teorema Pi de Buckingham Claramente, se compararmos as equações (2) e (3), vemos que T (θM ) < T (0). Concluímos que o módulo da tensão varia ao longo do movimento do pêndulo. Portanto, a relação adimensional (1) deve ser mudada para Prof. José Geraldo Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala O teorema Pi de Buckingham Claramente, se compararmos as equações (2) e (3), vemos que T (θM ) < T (0). Concluímos que o módulo da tensão varia ao longo do movimento do pêndulo. Portanto, a relação adimensional (1) deve ser mudada para π2 = Prof. José Geraldo T mg Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala O teorema Pi de Buckingham Claramente, se compararmos as equações (2) e (3), vemos que T (θM ) < T (0). Concluímos que o módulo da tensão varia ao longo do movimento do pêndulo. Portanto, a relação adimensional (1) deve ser mudada para π2 (θ) = T (θ) , mg onde θ é o ângulo que o pêndulo descreve, instantaneamente, com a vertical. Prof. José Geraldo Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala O teorema Pi de Buckingham Embora a relação adimensional π2 não seja constante, mas dependa do valor instantâneo de θ, ainda podemos usá-la para obter relações de escala. Por exemplo, para um valor fixo de θ, se o valor da massa do pêndulo aumentar r vezes, espera-se que o valor da tensão T (θ) aumente na mesma razão. Prof. José Geraldo Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala O teorema Pi de Buckingham Para π3 , tem-se a3 = b3 = c3 = 0. Logo, π3 = θM . (4) Isto quer dizer que a amplitude do movimento θM – o máximo valor do ângulo que o pêndulo descreve com a vertical – não depende das demais variáveis e parâmetros que entendemos ser de interesse. De fato, θM só depende das condições iniciais do movimento, i.e., da posição da qual o pêndulo partiu e da sua velocidade neste momento. Prof. José Geraldo Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala O teorema Pi de Buckingham Exemplo: Um pêndulo de formato esférico oscila imerso em um fluido viscoso. As variáveis e os parâmetros de interesse são o comprimento do pêndulo l , o módulo da aceleração da gravidade g , a massa do pêndulo m, o período de oscilação τ , a tensão na corda T e, além destas, a viscosidade do fluido η, a densidade do fluido ρf e o diâmetro do pêndulo d . Vamos aplicar o teorema π de Buckingham para obter quantidades adimensionais envolvendo estas variáveis e parâmetros. Prof. José Geraldo Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala O teorema Pi de Buckingham Para começar, as dimensões da viscosidade do fluido η e da densidade do fluido ρf são [η] = ML−1 T−1 , [ρf ] = ML−3 . Prof. José Geraldo Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala O teorema Pi de Buckingham Quantidades derivadas comprimento do pêndulo l aceleração da gravidade g massa do pêndulo m período de oscilação τ tensão na corda T viscosidade do fluido η densidade do fluido ρf diâmetro do pêndulo d Dimensão L LT−2 M T MLT−2 ML−1 T−1 ML−3 L Tabela: Variáveis e parâmetros de interesse para o modelo do pêndulo imerso em um fluido viscoso. Prof. José Geraldo Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala O teorema Pi de Buckingham Escolhemos l , g e m como quantidades primárias. Sobram, então, τ , T , η, ρf e d . As relações adimensionais são π1 = l a1 mb1 g c1 τ, π2 = l a2 mb2 g c2 T , π3 = l a3 mb3 g c3 η, π4 = l a4 mb4 g c4 ρf , π5 = l a5 mb5 g c5 d . Prof. José Geraldo Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala O teorema Pi de Buckingham Temos, novamente, a1 = −1/2 = −b1 , e c1 = 0 e a2 = 0, e b2 = c2 = −1. Logo, r g π1 = τ , l e π2 = T . mg Estas relações adimensionais coincidem com aquelas obtidas para o caso sem fricção. A resistência imposta pelo fluido ao movimento não exerce nenhum papel sobre elas? Prof. José Geraldo Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala O teorema Pi de Buckingham Quanto a π3 , temos a3 = 3/2, b3 = −1 e c3 = −1/2, o que produz s η l3 . (5) π3 = m g Se multiplicarmos π1 e π3 , obteremos outra relação adimensional: τ ηl π 0 = π1 π3 = . m Prof. José Geraldo (6) Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala O teorema Pi de Buckingham Portanto, para sermos honestos, devemos considerar que π1 e π 0 são funções adimensionais dos parâmetros e variáveis l , g , m, τ , T , η, ρf e d . Por exemplo, no caso em que a viscosidade do fluido é suficientemente pequena (movimento subamortecido), temos s −1/2 l 9π 2 d 2 η 2 l τ = 2π 1− , g 4m2 g ou seja, −1/2 9π 2 d 2 η 2 l π1 = 2π 1 − . 4m2 g Prof. José Geraldo (7) Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala Exercícios 1 Obtenha, para o modelo do pêndulo com fricção, as demais relações adimensionais π4 e π5 . 2 O que se pode dizer acerca da dependência da viscosidade do fluido η com o comprimento do pêndulo l , o módulo da aceleração da gravidade g e a massa do pêndulo m? Baseado em sua resposta, o que se pode dizer acerca da relação π3 obtida para o pêndulo com fricção? 3 Sem conhecer a forma funcional de π1 para o pêndulo com fricção, é possível obter uma relação de escala entre o período do pêndulo e seu comprimento? 4 Obtenha relações adimensionais para o modelo do pêndulo com fricção usando as quantidades l , η e ρf como primárias. Prof. José Geraldo Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala Modelos em escala Em muitas situações, objetos e dispositivos são estudados a partir de suas reproduções em escala (protótipos, maquetes, etc). Espera-se obter, a partir de relações conhecidas entre variáveis e parâmetros do modelo matemático em questão, quantidades associadas ao objeto pelas medidas efetuadas sobre o protótipo. Prof. José Geraldo Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala Modelos em escala Exemplo: A frequência natural de vibração ω de uma viga depende de sua densidade de massa ρ, do módulo de elasticidade (propriedade do material) E , do seu comprimento l , de sua profundidade h e da sua seção reta A. Se uma viga e seu protótipo são construídos do mesmo material e todos os seus comprimentos estão na escala 1:5, como as frequências naturais da viga e do protótipo se relacionam? Prof. José Geraldo Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala Modelos em escala Quantidades derivadas comprimento da viga l densidade da viga ρ frequencia de oscilação ω módulo de elasticidade E profundidade h área de seção reta A Dimensão L ML−3 T−1 −2 ML−1 T L L2 Tabela: Variáveis e parâmetros de interesse para o modelo de vibração de uma viga. Prof. José Geraldo Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala Modelos em escala Nesta situação, vamos definir as seguintes quantidades escalonadas: l ∗ = lp /lo = 1/5, ρ∗ = ρp /ρo = 1, E ∗ = Ep /Eo = 1, h∗ = hp /ho = 1/5, A∗ = Ap /Ao = 1/25, ω ∗ = ωp /ωo . Os subescritos p e o referem-se ao protótipo e ao objeto (viga). Prof. José Geraldo Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala Modelos em escala Escolhemos as quantidades primárias ω, l e ρ. Prof. José Geraldo Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala Modelos em escala Escolhemos as quantidades primárias ω, l e ρ. Assim, obtemos as relações adimensionais π1 = E ω2l 2ρ , π2 = h/l , π3 = A/l 2 . Prof. José Geraldo Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala Modelos em escala Escolhemos as quantidades primárias ω, l e ρ. Assim, obtemos as relações adimensionais π1 = E ω2l 2ρ , π2 = h/l , π3 = A/l 2 . Da expressão para π1 obtemos Prof. José Geraldo Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala Análise dimensional Modelos em escala Escolhemos as quantidades primárias ω, l e ρ. Assim, obtemos as relações adimensionais E π1 = ω2l 2ρ , π2 = h/l , π3 = A/l 2 . Da expressão para π1 obtemos ω2 ∝ Prof. José Geraldo E l 2ρ Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala Análise dimensional Modelos em escala Escolhemos as quantidades primárias ω, l e ρ. Assim, obtemos as relações adimensionais π1 = E ω2l 2ρ , π2 = h/l , π3 = A/l 2 . Da expressão para π1 obtemos (ω ∗ )2 ∝ Prof. José Geraldo E∗ (l ∗ )2 ρ∗ Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala Modelos em escala Escolhemos as quantidades primárias ω, l e ρ. Assim, obtemos as relações adimensionais π1 = E ω2l 2ρ , π2 = h/l , π3 = A/l 2 . Da expressão para π1 obtemos ω ∗ ∝ 1/l ∗ = 5. Prof. José Geraldo Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Análise dimensional Sumário O teorema Pi de Buckingham (continuação) Exercícios Modelos em escala Modelos em escala Deste modo, se supormos que π1 é constante tanto para o protótipo quanto para a viga, então ω ∗ = 5, ou seja, ωp = 5ωo . Qual seria a relação entre as frequências naturais de vibração do modelo de viga de aço e do protótipo caso o protótipo seja construído usando-se material plástico, que tem densidade dez vezes menor que a do aço e módulo de elasticidade mil vezes menor. Todos os comprimentos do protótipo são reduzidos em uma escala 1:5 em relação ao modelo da viga de aço. Como as frequências se relacionam? Prof. José Geraldo Princípios de Modelagem Matemática Aula 04