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WHITE PAPER
Quality Assurance:
um valor acrescentado
para o negócio
Jennifer Thomson, Gabriel Coimbra, Vanda Soeiro
Outubro de 2014
Patrocinado por:
ÍNDICE
2 | Quality Assurance
A NATUREZA DO SUCESSO E DA MUDANÇA
5
Mudar as prioridades do CIO
7
Os principais desafios da QA
8
O caminho para a transformação da QA
10
Escolher o parceiro ideal
12
NOESIS: EXPANSÃO BASEADA EM SERVIÇOS DE QUALITY MANAGEMENT
15
Oferta diversificada de serviços de QM
16
Acrescentar valor ao negócio
17
Investimento na presença internacional e na otimização contínua
18
CASOS DE ESTUDO
21
NOS - 15 anos de parceria na evolução da gestão de qualidade de software
21
Sonae - Uma evolução gradual e contínua que conquistou
a confiança dos utilizadores
23
Unilever - um serviço de Quality Management que capacitou
a expansão internacional de uma solução local
24
Fidelidade - Evolução de ferramentas de suporte à qualidade
25
OPORTUNIDADES E DESAFIOS
28
CONCLUSÃO
28
Quality Assurance | 3
A NATUREZA DO SUCESSO
E DA MUDANÇA
O desenvolvimento e lançamento oportuno de software e de aplicações focadas nos clientes é um desafio cada vez maior, principalmente para grandes
organizações que têm de lidar com uma rede complexa de tecnologias modernas a par de sistemas
e recursos legados. Para o CIO, não se trata apenas
de melhorar a agilidade das TI, mas de aproveitar
as TI para promover a agilidade dos negócios, a inovação e uma boa experiência dos clientes. Ao nível
operacional, isto significa uma maior pressão sobre
as organizações para que continuem a restruturar,
modernizar e transformar as suas práticas de desenvolvimento e testes de software, possibilitando
o lançamento mais rápido de aplicações “negócios/
empresas/consumidor” na qualidade, risco e custo
certos.
A IDC tem acompanhado as taxas de sucesso de
projetos-chave de mudança de negócios em organizações europeias ao longo dos últimos anos, e
o nosso inquérito europeu de 2014 de garantia de
qualidade (quality assurance, QA) em mais de 200
grandes empresas continua a deparar-se com taxas
de sucesso de projetos dececionantes. Neste caso,
a IDC define o sucesso como a entrega de projetos
individuais “dentro do prazo e do orçamento”. Cerca
de 40% dos projetos orientados para a mudança dos
negócios (desenvolvimento de software) não cumprem os requisitos de prazo ou orçamento. Além
disso, os 60% que são entregues dentro do prazo e
do orçamento exigem ajustamentos a posteriori para
garantir que, por exemplo, se cumprem os prazos da
empresa, se dedicam mais colaboradores ao projeto,
se reduz o âmbito do projeto, etc..
É de notar que, ao longo dos últimos 12 meses, as
taxas de sucesso melhoraram em cerca de 20%, o
que sugere que a modernização da QA e as estratégias shift left de antecipar os testes de qualidade
no ciclo de vida do desenvolvimento do software
começam a produzir os seus efeitos.
Contudo, apesar da melhoria das taxas de sucesso,
há um número significativo de projetos que falham;
4 | Quality Assurance
Quality Assurance | 5
particularmente na era digital e móvel, em que os projetos são mais exigentes e difíceis de gerir. Porquê?
Essencialmente porque as organizações têm de fazer mais com menos, colmatar o fosso cada vez maior
entre as TI e o negócio e lidar com uma maior procura
por aplicações novas e inovadoras que satisfaçam
tanto as necessidades dos negócios e dos consumidores como as necessidades dos cidadãos.
Mais projetos significam mais pedidos de negócios,
o que significa que os departamentos (TI, QA, desenvolvimento de negócios) devem trabalhar juntos
para reduzir a carga. A IDC repara que, em média, as
organizações ainda gastam aproximadamente 28%
dos orçamentos para mudança de negócios em pedidos de alteração, além de que continua a haver uma
série de organizações que gastam mais de 50% dos
orçamentos dos projetos em testes. Estes resultados
salientam que as melhorias operacionais são fundamentais, especialmente visto que as organizações
lidam agora com um maior número de projetos.
Mudar as prioridades do CIO
À medida que os negócios se tornam mais dependentes das tecnologias para concretizar os seus objetivos, a função do CIO começa a mudar. Os orçamentos não aumentam, e no entanto o negócio espera
das TI um valor acrescentado, muitas vezes mais
rapidamente do que dantes e com altas expetativas
em relação à sua qualidade. Além disso, espera-se
que as TI ganhem maior consciência dos objetivos
de negócio e que alinhem a condizer as suas prioridades. O principal desafio será permitir a apresentação mais rápida de soluções de negócios de melhor qualidade, que atendam às necessidades de
negócios e clientes. Para o CIO, não se trata já apenas
de melhorar a eficiência das TI; trata-se de aproveitar
as TI para promover a agilidade e inovação dos negócios, permitindo uma experiência de qualidade aos
clientes.
A gestão e o aproveitamento dos recursos de informação é a chave para o sucesso. Hoje, percebemos
que um desafio comum é saber “misturar e equilibrar o antigo (os sistemas legados) com o novo (o
dinâmico e o móvel)”. A prioridade é a modernização,
a padronização, a simplificação e a integração bemsucedida das tecnologias novas e antigas, reduzindo
ao mesmo tempo os seus custos, ano após ano, tal
como disseram os CIO entrevistados pela IDC (ver
Figura 1).
Figura 1.
A perpectiva do CIO
“ O legado ainda nos atormenta.
Um objectivo essencial é modernizar e
permitir mais agilidade e rapidez.”
(Grupo Europeu de Seguros)
“A nossa organização de SI deve fazer
três coisas: inovar, acelerar e simplificar.”
(Multinacional Farmacêutica)
“O verdadeiro desafio é relacionar
este novo mundo com o antigo.
Muitos negócios não compreendem
como é que as TI podem ser lentas
e inflexíveis e não acompanhar
as necessidades da empresa.”
(Grupo Financeiro Global)
Fonte: IDC, 2014
6 | Quality Assurance
Quality Assurance | 7
Os principais desafios da QA
Há com certeza o desejo de misturar com sucesso o
novo e o antigo. Enquanto as organizações tentam
modernizar e transformar as suas práticas de testes internos, os orçamentos anuais são reduzidos
e pede-se-lhes que façam mais por menos (sem financiamento para alargar a equipa ou adquirir tecnologia). Ao mesmo tempo, há cada vez maior pressão
regulatória e um aumento de projetos decisivos que
são exigidos para efeitos de conformidade. Entre as
questões mais prementes com que as equipas de
testes e QA se deparam estão, nomeadamente:
1. A lentidão dos testes
Há uma necessidade implícita das organizações de
gerar recursos de testes mais rapidamente, e tem
sido esse o principal desafio das equipas de QA nos
últimos três anos. As organizações continuam a
debater-se com a necessidade de “ter tempo para
tudo e alcançar um nível satisfatório de testes” e o
seu ónus é o de realizar testes mais precisos e relevantes, que possibilitem ciclos de testes mais curtos
e de execução mais rápida, de modo a conseguirem
completar todos os projetos previstos para o ano
(dentro do prazo e do orçamento). Somando-se ao
“desafio da velocidade do mercado”, verificamos que
várias organizações continuam a encontrar dificuldades em fatores como múltiplas equipas de testes,
testes manuais, processos duplicados e dados corrompidos ou em falta, bem como no custo elevado da
construção de ambientes de teste.
2. A passagem da deteção de defeitos
para a prevenção de defeitos
Há cada vez mais um ónus da deteção ou eliminação
precoce dos defeitos – já que as organizações se
esforçam por obter ambientes de “zero defeitos”, essencialmente para dar soluções de negócio de melhor qualidade. Para o alcançar, quem faz os testes
deve colaborar com os programadores (e o negócio)
para ultrapassar a mentalidade de “tratar apenas os
8 | Quality Assurance
sintomas”. Consequentemente, continuamos a observar um número cada vez maior de organizações
europeias focadas em trazer a validação e a qualidade para a parte inicial do ciclo de desenvolvimento
do software (SDLC) através de estratégias shift left.
Adotando estas estratégias, as organizações visam
reduzir o número de pedidos de alteração no final dos
projetos, de modo a permitir a aceleração dos prazos
e a redução dos custos globais. Estudos recentes
mostram que há uma divisão de 60% para 40% entre as organizações que “têm ou não têm a certeza”
de que o princípio shift left de passar as medidas de
qualidade para mais cedo no SDLC possa ajudar a reduzir os pedidos de alteração, potencialmente acelerando os prazos e reduzindo os custos.
3. A automatização dos testes
Os estudos sugerem que quase 90% das organizações europeias adotaram de alguma forma a automatização de cenários de teste, com a maioria
das organizações a usar a automatização em 5% a
24% dos cenários de teste. Contudo, notamos que a
automatização dos cenários de teste continua a ser
um dos três principais desafios que as equipas de
QA enfrentam hoje em dia. A prioridade está não só
na automatização da execução dos testes, mas também na automatização de outros aspetos da cadeia
de valor dos testes, como a criação de cenários de
teste e a gestão da procura. Notamos que, quando
as organizações shift left, o teste e desenvolvimento
de software aproximam-se e a automatização tornase ainda mais importante, desafiando ainda mais as
equipas de QA. Continua a ser um objetivo essencial
a capacidade de ser mais eficaz, com resultados de
melhor qualidade, ter controlos de qualidade mais
exaustivos e ser capaz de produzir uma qualidade de
testes constante, melhorando assim a capacidade de
resposta ao cliente.
4. O custo dos testes
“O custo dos testes face ao valor dos testes”. A QA,
como é feita hoje em dia, é ainda frequentemente
vista como um custo adicional e uma atividade que
acrescenta tempo suplementar ao processo de desenvolvimento de aplicações. Isto sugere que as
equipas de QA ainda são vistas como “centros de
custo”, e não “centro de serviços e inovação”, por
negócios e gestões de topo. Na nossa opinião, isto
resulta do facto de não estar a ser dado o devido valor aos testes – os testes, como qualquer outra coisa,
serão sempre vistos como um custo se os negócios
não compreenderem o seu valor ou não os virem
como uma necessidade. O que é preciso é mudar a
visão que se tem dos testes, para que estes deixem
de ser encarados como centros de custo e sejam vistos como um valor acrescentado para os negócios –
além de começar descobrir quais são os benefícios
dos testes para os negócios. Trata-se de sustentar a
ideia de que os testes possibilitam uma boa QA e o
desenvolvimento de software de melhor qualidade,
além de garantirem o sucesso dos negócios num
mundo digital (mais dinheiro, mais proximidade
com o cliente, satisfação do cliente com aplicações
de melhor qualidade, etc.). Se a prioridade forem os
resultados positivos e uma compreensão dos benefícios para os negócios na redução das despesas e no
aumento das receitas, a preocupação deixa de ser a
do custo dos testes; os custos tornam-se, essencialmente, irrelevantes.
•• Tecnologia, incluindo as novas aplicações, os
ambientes cloud e a crescente diversidade de
plataformas
•• Negócios, incluindo a melhoria dos negócios e
procedimentos internos, juntamente com uma
compreensão mais profunda das necessidades
da empresa, para permitir uma resolução mais
rápida de problemas que possam surgir.
5. A falta de qualificação
e as limitações de recursos
Embora as organizações tenham avançado com a
centralização das funções da QA na tentativa de reduzir as estruturas de custos e permitir uma melhor
distribuição dos recursos internos disponíveis, há
ainda uma falta de qualificação e conhecimentos
necessários para fazer os testes em várias plataformas e aplicações. Soma-se a este desafio o
facto de muitos programas de mudança complexos
exigirem uma gestão de projeto adequada e qualificação em gestão de mudança, bem como conhecimentos acerca dos testes. As organizações de QA e
testes enfrentam cada vez mais o desafio de perceberem melhor sobre:
Quality Assurance | 9
O caminho para a transformação da QA
Os estudos mostram dados credíveis que nos fazem
crer que as organizações estão a reagir positivamente aos desafios colocados. Detetamos um ónus
cada vez maior de implementar práticas ágeis de
desenvolvimento e de testes; um melhor aproveitamento dos centros de testes de excelência, uma
crescente prioridade na gestão dos dados dos testes
e uma contínua evolução dos modelos de execução
dos testes. Essencialmente, vemos que a maioria
das organizações europeias estão a fazer com sucesso a transição da QA de um “centro de custos” para
um “centro de serviços”. A Figura 2 ilustra a journey
da transformação da QA de uma empresa.
Os nossos estudos mostram que a maioria das equipas de testes e QA já não são vistas como um “mal
necessário” (ou seja, um custo), mas como um “valor de negócio”. Não há uma definição ou abordagem
correta para a transformação e modernização da QA,
mas muitas organizações percebem que não podem
fazer esta transição sozinhas, escolhendo rabalhar
com prestadores de serviços externos com competências e recursos especializados.
Em conformidade com a transformação da QA, vemos
que a atitude de adquirir serviços externos de testes
de aplicações continua a evoluir. Os estudos sugerem uma enorme mudança na visão da QA, de tática
(tão reativa como quando são necessários serviços
A REALIDADE: ONDE A MAIOR PARTE
DAS ORGANIZAÇÕES EUROPEIAS ESTÁ
Mobilize
Optimized
Industrialize /
Automate
VALOR
Sub optimal
Complexity
Manual
RESTRICTED
FLEXIBILITY
Skills drain
Indique por favor a sua abordagem atual ou planeada para adquirir serviços externos de testes.
Currently using
CENTRALIZE /
CONSOLIDATE /
STANDARDIZE
Integrate
centralize
Standardize:
processes.
tools
Inovation:
Drive revenue
BIZ / DIGITAL
and profit TRANSFORMATION
Capability
Extension
IMPROVE
BIZ ALIGN
Productivity
(Factory/ TCoE)
Close Biz
to IT gap:
Cross
functional
teams
Continuous delivery/
Improvement
Planning to use in the next 12 monts
Project-based transformation
Value Creation:
Internal & External
Lack of
enablement
Figura 3.
AQUISIçÃO DE SERVIÇOS EXTERNOS DE QA
Project-based staff augmentation
Figura 2.
JORNADA DA TRANSFORMAçÃO DA QA
Lower
complexity
de aumento de pessoal) para estratégica – com
cada vez mais empresas a perceberem o seu valor
com uma abordagem mais estruturada. Verificamos
que as abordagens preferidas para adquirir serviços
externos de testes são os serviços de direção de testes que recorrem a centros de excelência em testes
(TCoE) partilhados ou dedicados, a transformação
da QA, os serviços de consultoria e estratégia e os
serviços de testes contratados (Figura 3).
Agility:
Scalibility.
timeto-market
Embedded testing in AppsDev
or in AM engagements
QA consulting / test strategy services
Differentiation
Dedicated test center of excellence
Agile / lean
Improvemed
flexibility
Private testing as a service
(Web/cloud based testing services)
Public testing as a service
(Web/cloud based testing services)
Reduce risk /
better quality
Shared test center of excellence
Duplication
High costs
Relação custo/eficácia
QA= centro de custos
Produtividade
QA = centro de serviços
Criação de valor
para o negócio
QA = centro de inovação
Outsourced testing services
0%
TEMPO
20%
30%
40%
50%
60%
(% of respondents)
Fonte: IDC, 2014
10 | Quality Assurance
10%
Notas: N=211 Fonte: IDC, 2014
Quality Assurance | 11
Não há dúvida de que os testes e a QA são cada vez
mais vistos como uma competência essencial. Isto
reflete-se no número cada vez maior de centros de
excelência em testes (TCoE) que foram e estão a
ser implementados. O nosso inquérito europeu de
garantia de qualidade indica que quase dois terços
das grandes organizações europeias têm um TCoE
parcial ou totalmente operacional a funcionar. Estes
resultados salientam a maturidade e a evolução das
organizações no sentido de garantir uma execução
dos procedimentos de negócio de qualidade.
Descobrimos que um dos principais benefícios de
implementar uma abordagem TCoE é a flexibilidade
e capacidade de adaptação às várias linhas de negócio. Além disso, as organizações são capazes de
acrescentar valor aos negócios, quanto ao tempo, ao
custo e à qualidade de execução.
Os benefícios pretendidos e obtidos com os serviços
externos de testes também deixaram de ser meros
ganhos a curto prazo (no caso, redução de custos)
para passarem a contribuir para a transformação
dos negócios, já que as organizações percebem
que não conseguem apoiar o crescente número de
pedidos de negócio que lhes são feitos. Na verdade,
consideramos que o principal benefício de aproveitar
os serviços externos de testes está na melhoria da
satisfação dos negócios e dos clientes – proporcionando assim as linhas de negócio com mais confiança nos testes e na QA de software e contribuindo
para mudar a ideia de que os testes são um custo
desnecessário, para passarem a ser vistos como
algo que acrescenta valor e sustenta o sucesso dos
negócios. Mas foram identificados outros benefícios:
•• Redução do risco de insucesso do projeto
•• Redução do tempo do ciclo
•• Redução do número de pedidos de alteração
•• Melhoria do desempenho e do controlo em tempo real dos negócios
•• Aumento da qualidade do software desenvolvido
12 | Quality Assurance
•• Segurança dos negócios – atenuando o seu
risco e contribuindo para o sucesso da organização
Escolher o parceiro ideal
Os testes direcionados para os negócios exigem uma
mudança na relação entre cliente e fornecedor e uma
escolha cuidadosa do parceiro ideal. Nesta economia
desafiante, os negócios podem reduzir os seus custos, aumentar a sua agilidade e dar soluções de negócio de maior qualidade (reforçando assim a satisfação dos negócios), aproveitando as parcerias com
fornecedores externos. Contudo, as organizações
devem escolher os seus parceiros criteriosamente,
colaborar de perto e concentrar-se em áreas essenciais para melhorar os negócios e reduzir os custos.
Os estudos da IDC sugerem as seguintes prioridades:
•• Avaliar experiências de testes com indústrias
de fornecedores relevantes e o modo como elas
podem ser aplicadas ao funcionamento das organizações. Determinar um nível de conforto e
estratégias de preços (serviços gerenciados,
on demand, pay as you go) para o fornecedor
prestar uma série de modelos de execução de
testes, para contratos específicos de testes
(por exemplo, testes com base em projetos vs.
TCoE partilhados/totalmente terceirizados)
•• Avaliar competências técnicas, capacidades de
consultoria de QA, serviços de teste especializados (soluções na cloud, testes de desempenho,
testes de carga, testes de aplicações móveis,
testes de segurança, etc.) e frameworks automatizados. Ganhar uma compreensão quanto
ao nível de especialização em ferramentas e
propriedade intelectual em áreas como testes
de desempenho, automatização, segurança e
soluções e qualificações específicas em verticalidade. Avaliar que fornecedor atenderá de
melhor forma às necessidades da organização,
em termos de soluções específicas de cada
setor e recursos de teste reutilizáveis, e que
fornecedores investem e continuarão a investir
de forma consistente na respetiva indústria.
•• Compreender a capacidade dos fornecedores
para avaliar os vários cenários de teste com
resultados previsíveis (com ferramentas para o
cálculo do retorno do investimento) com base
na combinação de diferentes fatores – horários, recursos, qualidade e custos.
•• Garantir fortes competências de comunicação:
avaliar a força da comunicação e das prioridades do fornecedor; as competências de colaboração entre as equipas de consultoria de
testes e execução de testes.
•• Procurar uma atitude de cooperação e confiança: as organizações procuram e escolhem
fornecedores que fazem um esforço extra
em termos de orientação e feedback. Avaliar
se o fornecedor é capaz de produzir os dados
necessários, juntamente com recomendações
concretas de melhorias. Também é importante
haver uma atitude proativa e colaborativa,
bem como um parceiro disposto a encontrar
soluções para ultrapassar as barreiras técnicas
em termos de ferramentas necessárias.
•• Ter processos e planos de contingência de trabalhadores e gestão de recursos: compreender
como é que os fornecedores de serviços gerem
os recursos, de modo a garantir a prestação de
um serviço de excelência, independentemente
dos níveis de desgaste.
Quality Assurance | 13
NOESIS: EXPANSÃO BASEADA
EM SERVIÇOS DE QUALITY
MANAGEMENT
A Noesis é uma empresa fornecedora de soluções e
serviços de tecnologias de informação, com quase
20 anos de existência, atuando atualmente em 3
grandes áreas de negócio: Infrastructure Services
(IS), Software Development Services (SDS) e Quality Management (QM). Tem escritórios no Brasil, no
Benelux e em Angola, além de Portugal, onde está
sediada.
Com uma experiência de 15 anos em serviços de
qualidade na área, transformou a oferta de QM numa
unidade de negócio autónoma, que representa hoje
cerca de 30% do negócio da Noesis. Em Portugal, a
Noesis é reconhecida como um dos principais fornecedores de serviços de QM, devido à diversidade
da sua oferta e ao seu nível de especialidade. Segundo a estimativa IDC, a Noesis é líder no mercado
português com cerca de 13% de quota do mercado,
no que diz respeito ao fornecimento independente
de serviços de testes de software (discrete software
testing services).
A unidade de QM é a prioridade principal da Noesis em
termos de investimento, nomeadamente ao nível do
desenvolvimento do negócio internacional, nos mercados brasileiro, europeu e angolano.
Ao longo dos anos, a Noesis foi amadurecendo os
seus modelos de prestação de serviços de qualidade,
evoluindo do modelo baseado em IT staffing para um
modelo de managed services, na perspetiva de aumentar a proposta de valor para os seus clientes. Um
passo importante em termos de oferta de QM foi a criação de um centro de excelência em testes (TCoE).
A Noesis presta serviços a diversos setores, mas
desenvolveu competências especializadas nos
setores das telecomunicações, dos serviços financeiros e do retalho.
14 | Quality Assurance
Quality Assurance | 15
Oferta diversificada de serviços de QM
cada cliente. Entre os principais parceiros destacamse a HP, a IBM, a CA, a Visure e a Microsoft. A Noesis
tem também procurado manter-se próxima da comunidade de opensource, para poder responder a solicitações de clientes que começam a considerar uma
utilização maior de ferramentas deste tipo. Além de
utilizar ferramentas de parceiros, a Noesis também
desenvolve as suas próprias ferramentas.
A oferta de QM está estruturada em 3 áreas distintas:
Test Management (TM), Software Change & Configuration Management (SCCM) e Software Quality Assurance (SQA), descritas na Figura 4.
Figura 4.
serviços de quality management noesis
TEST MANAGEMENT (TM)
•• Serviços integrados de testes
•• Análise, auditoria e Implementação de metodologias
•• Soluções de gestão de testes
de sistema integrados (certificaçao)
•• Definição, execução e automatização de casos de teste
•• Testes de carga e desempenho
•• Testes de segurança
•• Gestão de defeitos
•• Definição de métricas
•• Extracção de resultados
•• Análise de resultados
•• Formação
SOFTWARE CHANGE & CONFIGURATION
MANAGEMENT (SCCM)
•• Implementação e controlo de processos
•• Software / serviços para gestão de dependência entre projectos
•• Controlo de versões
•• Gestão de alterações
•• Gestão de repositório
•• Gestão de ambientes não produtivos
•• Gestão da compilação
•• Gestão de releases
•• Monitorizaão e relatórios
•• Automatização de actividades
•• Formação
SOFTWARE QUALITY
ASSURANCE (SQA)
•• Soluções de gestão de requisitos (processos e tecnologia): soluções NOESIS
+ Comerciais /Parceiros
•• Monotorização de requisitos
•• Acompanhamento de clientes na certificação CMMI
•• Definição de processos e suporte a regulamentação
•• Auditorias internas
•• Definição de métricas
•• Extracção de resultados
•• Formação
Fonte: Noesis, 2014
Cerca de 85% do volume de negócio de QM provém de
serviços fornecidos através de um modelo de managed services, com base em SLA, cuja maturidade
e compromisso exigidos se traduzem em benefícios
para o cliente, em termos de ganhos económicos e
de qualidade.
A Noesis criou um TCoE que permite oferecer todos
os serviços de QM num regime de off-site, e suportar
o negócio internacional num modelo de nearshore ou
offshore. O investimento feito procurou obter uma
combinação de competências e de experiência que
permita alocar os recursos mais adequados a cada
16 | Quality Assurance
necessidade dos clientes. O TCoE da Noesis possui
71% de recursos com experiência acima de 2 anos.
A política de rotação de recursos instituída permite
construir uma equipa pluridisciplinar e flexível. Foi
também introduzida uma cultura de utilização do inglês como língua corrente, o que resulta num centro
bilingue português/inglês.
Mantendo uma postura de prestador de serviços
agnóstico em relação a fabricantes e tecnologias, a
Noesis tem desenvolvido diversas parcerias com fabricantes de ferramentas, para suportar os serviços
que presta, procurando a solução mais adequada a
Áreas específicas de teste
Sendo a automatização de testes uma área largamente adotada pela Noesis e pelo mercado em
geral, existe um desafio contínuo de incrementar a
utilização desta prática, de forma a obter novos benefícios ao longo de todo o ciclo de desenvolvimento
de software. A Noesis desenvolveu competências
significativas em automatização de testes, resultado
de uma aposta forte que a levou a criar uma área de
oferta autónoma, integrada em TM, para desenvolvimento deste serviço. Em alguns clientes a Noesis criou equipas específicas dedicadas à automatização.
Testes não funcionais, como os testes de performance, carga e segurança – são outra área de oferta
da Noesis, autónoma e com uma equipa dedicada.
A prática de test data management (TDM) tem vindo
a ser mais procurada pelas organizações com o objetivo de reduzir tempo (e custos) no processo de
criação de dados para testes, e assegurar regras de
privacidade relativas a dados reais e à sua utilização
em ambientes não produtivos. A Noesis tem investido no desenvolvimento de competências nesta área
e proporcionado soluções para diversos clientes,
para criar processos automáticos e frameworks que
assegurem a confidencialidade de dados sensíveis e
uma gestão eficiente dos dados de teste (evitando
replicações além do necessário).
A Noesis tem uma oferta específica de serviços de
QM para o sistema SAP, na qual tem investido, quer
em termos de novos recursos, quer em termos de
novos processos dedicados a esta área.
Acrescentar valor ao negócio
As organizações exigem que os processos de gestão
da qualidade de software não sejam apenas um centro de custos e um “mal necessário”. O seu contributo
tem de passar a ser entendido como algo que acrescenta valor ao negócio. Cada vez mais as empresas
estão a procurar nos fornecedores de serviços a ajuda para resolver questões específicas do seu negócio. Em particular, a crescente regulamentação na
maioria das indústrias está a levar as organizações
a procurarem soluções de conformidade prontas a
usar. Agradam-lhes soluções verticalizadas e a aplicação de boas práticas do setor em que se inserem.
A Noesis QM apresenta-se como uma especialista em
serviços de qualidade, com competências técnicas e
de negócio. A Noesis é especialista nos setores de
telecomunicações, banca e retalho, resultado da experiência acumulada nestes setores e das práticas
de proximidade e colaboração com o negócio. Estas
competências de negócio assentam numa base sólida de competências técnicas, já que a política de recrutamento permitiu constituir uma equipa em que
75% dos recursos provêm de cursos de tecnologias
de informação.
Destacam-se de seguida alguns dos benefícios principais que as organizações podem esperar obter com
a oferta de serviços de QM da Noesis.
- Redução de custos e diminuição do time-to-market:
A redução de custos está relacionada com a redução
do esforço, que por sua vez tem impacto no tempo
de colocação de uma solução em produção e, consequentemente, no time-to-market. A redução de erros
em produção leva a que as equipas de desenvolvimento e manutenção reduzam o esforço dedicado
a correções. A Noesis aposta numa abordagem de
antecipação do processo de qualidade, procurando
detetar o erro o mais cedo possível, indo ao encontro do desejo que tem vindo a ser manifestado pelas
organizações de passar de “deteção de erros” para
“prevenção de erros”. Além disso, devido ao conheciQuality Assurance | 17
mento especializado em vários domínios, a Noesis
ajuda os clientes a escrever melhores requisitos, o
que reduz o tempo de desenvolvimento. Por outro
lado, as competências técnicas permitem às equipas identificar a origem do erro e a equipa de desenvolvimento responsável pela sua resolução, o que
contribui para a diminuição do tempo e esforço. Isto
é particularmente útil para empresas com um conjunto elevado de fornecedores e diversas camadas
de aplicações.
- Melhoria da confiança entre negócio e TI:
A Noesis tem um papel de filtro de qualidade entre a
área de TI e o negócio. Quando o negócio é envolvido já a equipa de qualidade avaliou se os requisitos
especificados inicialmente estão na solução, o que
contribui para aumentar a satisfação do negócio.
A confiança por parte do negócio também passa
pelo aumento de confiança ao nível do cliente final,
através da redução dos erros em produção.
- Eficiência e especialidade através do modelo
TCoE: O modelo de serviço baseado no TCoE reforça
os seguintes benefícios para o negócio:
•• Redução de custos através da redução da capacidade total contratada, da redução de custos
de infraestruturas (instalações Noesis) e da
redução de custo do trabalho (quando aplicável);
•• Serviços com capacidade variável, que permitem ao cliente uma resposta mais eficiente
às flutuações na procura, sem perder a qualidade pretendida;
•• Acesso a consultores especializados, uma vez
que existe muito mais conhecimento acumulado na equipa, o que permite canalizar o conhecimento certo para responder às necessidades
do cliente em cada momento.
- Flexibilidade e relações colaborativas:
Os clientes requerem cada vez mais um compromisso do fornecedor com seus objetivos e uma partilha
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do risco. A Noesis apresenta-se com uma postura de
parceria e colaboração, o que permite criar um relacionamento estreito com os clientes e adotar a flexibilidade suficiente para encontrar soluções customizadas às suas necessidades.
Investimento na presença internacional e
na otimização contínua
O investimento na área de qualidade tem sido significativo, o que poderá levar a que esta unidade se transforme na mais importante da Noesis. Destacam-se de
seguida algumas das áreas de investimento focadas
no desenvolvimento dos serviços de QM.
Investigação e desenvolvimento da oferta
A Noesis tem procurado manter-se a par das tendências do mercado e preparar-se para a evolução das
solicitações por parte dos seus clientes, Por outro
lado, quer fazer evoluir a sua oferta de forma proactiva, investigando novas ferramentas e testando
novos processos que depois promove junto da sua
base de clientes.
A procura de testes de apps móveis terá tendência a
aumentar, na medida em as empresas estão cada vez
mais interessadas em utilizar aplicações para plataformas móveis nos seus negócios. A Noesis já investiu
em infraestrutura (equipamentos de diversos tipos) e
investiga ferramentas, como por exemplo simuladores,
que lhe permitam desenvolver esta área.
Uma área que continua a despertar interesse no mercado são as práticas Agile, e os clientes têm manifestado que tencionam explorá-la cada vez mais. A
Noesis criou um framework de testes específico para
Agile, com base em muitos mecanismos de automatização para aceleração dos processos.
Outras áreas de investigação incluem: apps aceleradoras de testes manuais como o HP sprinter, ferramentas para testes multi-browser, ferramentas
opensource de baixo custo e ferramentas web-based
(por exemplo, a TestRail e a Testlink).
A Noesis já considerou o envolvimento em práticas
de crowdsourcing e crowdtesting, tendo estabelecido
contactos com potenciais parceiros.
um centro de excelência (TCoE) no Brasil e no Benelux. Em 3 anos, tem a ambição de duplicar o número
de recursos em QM.
Competências da equipa
A equipa de QM tem 65% de recursos certificados em
ISTQB e pretende-se que toda a equipa atual esteja
certificada até final do ano. Para novos recrutamentos, existe um período de 6 meses antes de serem
submetidos à certificação. A equipa de SCCM requer
muita competência técnica e tem formação regular
em ITIL (15% dos recursos de QM, aproximadamente).
Os gestores de serviço e de equipas são colocados
com regularidade em certificações PMI. Além da formação em componentes técnicas a política de rotatividade das pessoas permite-lhes adquirir diversas
outras competências específicas, nomeadamente de
negócio. A preocupação com o desenvolvimento dos
recursos humanos tem resultado em cerca de 3 a 4%
de turnover.
Presença internacional
Ao longo dos últimos anos, a Noesis tem investido
significativamente na sua presença em diversos
países, e muito proativamente no Brasil e no Benelux. Muito do trabalho desenvolvido assenta no estabelecimento de parcerias fortes.
No Benelux, a Noesis tem desenvolvido consórcios
com alguns parceiros na abordagem às instituições
europeias. Este trabalho tem resultado num forte
reconhecimento por parte da comunidade como especialista em serviços de QM.
No Brasil, a aposta também passa por parcerias estratégicas, como por exemplo com a BRQ (presença
forte no setor financeiro) ou a CA. Poderá existir
um foco maior nas soluções de SCCM e soluções de
gestão de requisitos. A Noesis aposta na diferenciação pela oferta de managed services, face a uma
predominância no mercado de prestação de serviços
com base em IT staffing.
A Noesis tem nos seus planos a implementação de
Quality Assurance | 19
CASOS DE ESTUDO
NOS
15 anos de parceria na evolução da gestão
da qualidade de software
A NOS resulta da fusão entre a Optimus e a ZON e é
hoje o maior grupo de comunicações e entretenimento em Portugal A NOS fornece serviços de televisão
por assinatura, internet, telefone fixo, telefone móvel
e conteúdos multimédia, sendo líder na distribuição
e exibição de cinema.
As razões que estiveram na base da opção por um
serviço completo de Quality Management, assente
num modelo de managed services, foram essencialmente motivações de negócio:
•• Flutuações significativas na procura - Devido
à maturidade dos sistemas de informação e do
negócio, e também devido à pressão do mercado e da conjuntura económica, começaram
a existir flutuações significativas na procura de
sistemas de informação.
•• Garantir uma escala mínima de competências
As flutuações na procura desencadearam a
necessidade de assegurar em simultâneo os
níveis de qualidade e uma gestão eficiente da
capacidade instalada. Com o modelo de serviço
existente era difícil efetuar uma gestão eficiente e garantir uma escala mínima de competência que assegurasse a qualidade.
•• Gerir a procura interna de qualidade para o
software colocado em produção - Para uma
melhor resposta e gestão da procura interna
de qualidade, fazia sentido a introdução de
uma gestão baseada em SLA e a existência de
processos robustos. Já existiam alguns frameworks com maturidade elevada, mas não em
todos os processos. A opção por managed services permitiria beneficiar de um parceiro com
processos instituídos.
20 | Quality Assurance
Quality Assurance | 21
A relação com a Noesis tem quase 15 anos de história,
tendo iniciado com serviços de IT staffing para a Optimus. O modelo de managed services começou a
ser aplicado em 2008 pela ZON e é hoje válido para a
NOS, até 2016. A seleção deste serviço assentou essencialmente nos seguintes critérios:
•• Conhecimento do mercado de telecomunicações
•• Combinação de competências necessárias a
TM:
- Competências em ferramentas de testes e de
automatização
- Competências em metodologias de testes e
processos de teste
- Conhecimento do negócio
•• Boas competências e experiência em SCCM
•• QA: destaca-se a reutilização de componentes
de automatização de testes que asseguram a
monitorização regular das aplicações core da
NOS em ambiente produtivo.
Os SLA relevantes para medir o serviço são os
seguintes:
•• Cobertura eficiente: o objetivo não é apenas
alcançar uma grande cobertura, mas a aquela
que assegure que as situações relevantes
foram consideradas
•• Plano (prazos): assegurar o time-to-market e
as releases mensais previstas.
•• Qualidade: percentagem de erros encontrados
em produção. Mede o resultado final.
A equipa de QM da NOS é constituída por 8 pessoas,
a qual interage diariamente com a equipa da Noesis,
constituída por 43 pessoas. O nível de cooperação e
proximidade é bastante elevado, o que faz que trabalhem como uma única equipa.
•• Em SCCM: disponibilidade do ambiente.
“No dia-a-dia, o serviço prestado pela Noesis não é
encarado como um serviço externalizado.”
•• Com a adoção de managed services, houve um
ganho direto de 20% em termos de custos
Duarte Diniz
Support & Quality Director, NOS
O serviço cobre todas as aplicações core da NOS, contemplando uma lista significativa de áreas funcionais e tecnologias. O serviço inclui as 3 componentes
de QM:
•• Test Management: testes funcionais e não funcionais, testes de segurança, automatização
de testes, automatização da gestão de dados
de teste.
•• SCCM: inclui a gestão de ambientes, de qualidade e de desenvolvimento, muito relevante
para a NOS.
22 | Quality Assurance
Os benefícios esperados com a adoção de um serviço
de managed services foram alcançados. Mais concretamente, destaca-se que:
•• Hoje é possível conseguir uma flutuação de 20%
na procura, mantendo a eficiência e qualidade
(cumprimento dos SLA)
•• Com a automatização do test data management
houve uma redução de tempo de 1 dia e meio
•• Há disponibilidade de ambientes sempre igual
ou superior a 99%
•• Há um cumprimento das datas de entrada em
produção
•• A componente de QA veio acrescentar valor à
relação com o negócio, partilhando os indicadores de qualidade num formato que o negócio
entende.
Algumas das medidas a tomar de futuro, para uma
gestão cada vez mais eficiente, são:
•• Reforçar a melhoria contínua, por exemplo ao
nível da automatização de testes e do catálogo
de testes
•• Procurar uma abordagem de risk-based testing,
com o objetivo de tornar a cobertura de testes
cada vez mais eficiente
•• Adaptar ainda mais os processos da equipa de
QM aos métodos Agile e provar que é possível
seguir uma metodologia Agile obtendo a mesma qualidade.
Sonae
Uma evolução gradual e contínua que
conquistou a confiança dos utilizadores
A Sonae é uma empresa de retalho, com duas grandes
parcerias ao nível dos centros comerciais (Sonae Sierra) e de software e sistemas de informação, media
e telecomunicações (Sonaecom). Na área de retalho
alimentar, opera um conjunto de hipermercados e
supermercados, e no retalho especializado está presente nos setores de desporto, da eletrónica e da
moda. Emprega mais de 40 000 trabalhadores e tem
interesses em mais de 60 países.
Todas as marcas Sonae têm um investimento muito
agressivo em termos de inovação, produtividade e
desenvolvimento operacional, o que dá origem a um
grande volume de solicitações ao nível dos sistemas
de informação. À data deste estudo, tinham cerca de
600 projetos a decorrer em paralelo.
O volume e a escalabilidade do negócio criaram um
nível de exigência muito elevado para com os sistemas de informação, o que conduziu à decisão, há
cerca de dois anos, de introduzir o conceito de “Controlo de Qualidade”, através de um serviço independ-
ente do desenvolvimento aplicacional. O investimento realizado no controlo de qualidade é significativo e
tem as seguintes principais motivações:
•• Melhoria na qualidade de entrega - Garantir
que as entregas têm o nível de serviço e qualidade que o negócio exige. Assegurar que o que
é entregue vai ao encontro das expectativas
do cliente interno (negócio) e do cliente final
(o consumidor). Entregar para aceitação software com elevada qualidade, garantindo também a satisfação dos utilizadores finais (em
produção).
•• Controlo rigoroso do outsourcing - Necessidade de gerir, com indicadores, múltiplos parceiros de desenvolvimento, em paralelo, e garantir que os entregáveis têm um nível elevado
de aceitabilidade.
•• Redução de problemas em produção - Reduzir
ao mínimo os erros de software encontrados em
produção. Idealmente, ter o software sem defeitos à primeira entrada em produção.
•• Redução de custos - Fazer bem à primeira, entregando com maior rapidez, reduzindo os custos com correção de erros e com a recuperação
dos respetivos impactos.
Com estes objetivos em mente, a Sonae escolheu a
Noesis para a prestação dos serviços de QM, baseada nas referências de uma empresa parceira e de
outras empresas em vários setores.
Em 2011, começaram com um piloto, com aplicações
core, para demonstrar que o modelo funcionava. Atualmente, em 2014, a equipa de QM fixa, on-site, é
constituída por 42 pessoas Noesis. A acrescentar à
equipa fixa on-site, também recorrem aos serviços
off-site do TCoE para fazer face a necessidades variáveis, e também a projetos específicos, por exemplo de implementação de ferramentas de suporte à
qualidade.
Quality Assurance | 23
“Uma das principais preocupações na implementação destes serviços foi a sua evolução gradual e
adaptativa. Em geral, quando se implementam novas soluções é necessário ir demonstrando as suas
mais-valias, de forma a conquistar mais rapidamente
a confiança de todos. É importante haver flexibilidade
e elasticidade do modelo de serviço e das equipas, e
neste projeto foi fundamental a capacidade de adaptação por parte da Noesis.”
Marcelo Tupan
Support & Quality Director, Sonae
O serviço inclui as várias componentes de QM:
•• Test Management: testes manuais e testes automáticos (para testes de regressão e testes
de performance).
•• QA: métricas de quality assurance, que incluem
avaliação de fornecedores e de todas as etapas
do ciclo de desenvolvimento.
As aplicações cobertas por este serviço incluem vários âmbitos: atividades de retalho, backoffice (RH),
comércio eletrónico (loja online), gestão de cliente
(incluindo programas de fidelidade), gestão logística e fornecedores (cadeia logística), informação de
gestão e integração de sistemas.
Dos benefícios decorrentes do serviço de qualidade
implementado, destacam-se:
•• Melhor monitorização e controlo da performance e da qualidade: são utilizadas medidas
de qualidade ao longo de todo o ciclo de desenvolvimento, desde o momento em que surge a
necessidade até à entrega em produção. Os
requisitos específicos relativos à qualidade do
desenvolvimento são incorporados nos cadernos de encargos dos projetos.
24 | Quality Assurance
•• Maior confiança dos utilizadores e do negócio:
o negócio beneficia com o conceito evolutivo do
processo de qualidade. O controlo de qualidade
funciona como um filtro de erros de desenvolvimento e reduz o “nível de ruído” que existe entre utilizador e TI. Os erros que chegam aos utilizadores são agora inexistentes ou residuais e
de baixa severidade.
•• Melhoria do desenvolvimento: capacidade de
gerir com métricas de performance comparativas os múltiplos parceiros de desenvolvimento,
numa lógica concorrencial e de melhoria contínua.
•• Entregar o que o utilizador espera, de acordo
com o que foi definido.
•• Redução de custos devido à deteção e prevenção de erros mais cedo no ciclo de desenvolvimento.
•• Redução do número de erros detetados em
produção.
•• Cobertura de processos de controlo de qualidade para as principais aplicações..
Unilever
Um serviço de Quality Management
que capacitou a expansão internacional
de uma solução local
A Unilever é uma grande companhia multinacional,
produtora de bens de consumo, vendidos em cerca
de 190 países. Possui mais de 400 marcas em várias
categorias: cuidados pessoais, alimentar, limpeza,
refrigerantes e gelados. Mais de 174 000 pessoas
trabalham para a Unilever.
A manutenção e suporte a aplicações informáticas
da Unilever é assegurada, na sua maioria, através
de um grande contrato de outsourcing. Para o de-
senvolvimento de novos projetos de inovação ou
otimização operacional, a prática comum é recorrer
também a fornecedores externos. Não é uma prática
comum da Unilever contratar um serviço de QM separado do serviço e desenvolvimento.
A Unilever Portugal implementou uma solução local
para um novo modelo operacional de gestão das arcas
de gelados – cabinet operation management (COM).
Esta solução trouxe benefícios visíveis para o negócio e
captou a atenção da unidade global de Desenvolvimento de Clientes, que decidiu adotar a mesma solução em
outros países. O plano consiste em implementar em
seis países até ao final de 2014, e em mais cerca de 20
a 24 países durante 2015 e 2016.
A implementação da solução fora de Portugal teve
início em 2013 com um projeto-piloto, cujos resultados não foram satisfatórios quer em termos de qualidade do software quer em termos de resultados para
o negócio. É após esse piloto que a equipa de QM da
Noesis integra o projeto e põe em prática processos
de teste e um serviço que inclui:
•• Gestão de testes de software (funcionais e não
funcionais)
•• Construção de testes automáticos (em crescimento)
•• Controlo de versões e gestão de alterações (em
implementação)
•• Implementação de ferramentas de suporte aos
testes (MTM, TestLink, Mantis,OTRS).
A equipa Noesis QM integra o ciclo de desenvolvimento e intervém desde o início. Também desempenham um papel de application support e ajudam a
testar a resolução de incidentes ou outras alterações
que ocorram em pós-produção.
Este serviço de QM é suportado num modelo off-site
nearshore por 10 pessoas do TCoE da Noesis Portugal.
Com a implementação dos processos de qualidade,
houve uma melhoria significativa da solução implementada, com destaque para:
•• Uma prática de planeamento mais forte
•• Procedimentos muito mais rigorosos ao longo
do ciclo de desenvolvimento
•• Uma fase de testes mais explícita, executada
pela equipa de QM, antes dos testes de aceitação
•• Maior confiança no resultado final, obtida
através de uma maior visibilidade do plano de
testes, procedimentos e resultados dos testes
•• Entrada em produção da solução em dois
países, onde se verificou uma boa aceitação
por parte dos utilizadores, poucos defeitos em
produção e muito bom impacto ao nível dos processos de negócio.
“O serviço QM está a ajudar a fornecer um produto
de qualidade. Existe agora uma confiança de que o
plano pode ser alcançado, com a Noesis, até 2016.”
Fidelidade
Evolução de ferramentas de suporte
à qualidade
A Fidelidade é a empresa seguradora líder em Portugal, com uma variada gama de seguros no mercado
Vida e Não Vida: Automóvel, Casa, Poupança, Vida, Acidentes de Trabalho, Responsabilidade Civil, Acidentes
Pessoais e Ramos Diversos.
A Direção de Sistemas de Informação (SI) da Fidelidade integra uma área de testes e formação, responsável pela gestão da qualidade dos SI. É responsável
pela certificação do software, após os testes unitários e integrados (realizados pelas equipas de
desenvolvimento), e gere a realização dos testes
Quality Assurance | 25
de aceitação, realizados pelas áreas de negócio clientes. O âmbito de atuação abarca as aplicações de
todo grupo segurador. Esta área é constituída por
15 pessoas, todos colaboradores internos. A equipa
tem bastante conhecimento funcional e recorre a
fornecedores externos apenas para projetos específicos, relacionados com a evolução dos processos da
área.
“A qualidade nasceu quase como uma imposição,
num contexto organizacional onde a necessidade
de uma área autónoma não era totalmente reconhecida. Evoluíram muito em termos de procedimentos e
soluções. Ganharam a confiança dos utilizadores e já
não há dúvida quanto à necessidade da qualidade”.
José Manuel Pinheiro dos Reis
DSI | DGPRC – Área de Testes e Formação, Fidelidade
Ferramentas de gestão do processo de testes
Numa ótica de evolução alinhada com as melhores
práticas, e após um diagnóstico dos processos de qualidade, a Fidelidade tomou a decisão de implementar
novas ferramentas para otimizar a gestão do processo
de testes, nomeadamente para integrar a gestão de incidências com casos de testes. Por questões financeiras do momento e por interesse numa implementação
ágil e com foco no processo, decidiram avançar com
ferramentas open-source: Testlink (gestão de testes e
planos de teste) integrada com o Mantis (gestão e rastreamento de incidências).
Para realizar o projeto de implementação do Testlink
+ Mantis, em 2012, a Fidelidade escolheu a Noesis,
essencialmente pelas referências que tinham de outras seguradoras e pelo conhecimento demonstrado
nesta área.
Atualmente, existem cerca de 800 utilizadores Mantis e 500 utilizadores TestLink, nas áreas de qualidade, desenvolvimento e negócio.
26 | Quality Assurance
“A implementação de ferramentas de suporte à qualidade nasce naturalmente como suporte a um processo
de trabalho, e deve envolver as equipas a jusante e a
montante (desenvolvimento e utilizadores) Só assim
pode funcionar. Não se pode implementar ferramentas apenas para utilização pela equipa da qualidade. É
necessário integrar o ciclo de desenvolvimento.”
Entre os principais benefícios da ferramenta, destacam-se os seguintes:
•• Maior integração do trabalho entre as equipas.
•• Impacto significativo ao nível dos utilizadores:
houve uma boa adesão por parte dos utilizadores e perceção de ganhos. O objetivo é a qualidade detetar dois terços dos erros, reduzindo a
participação dos utilizadores.
•• Otimização de controlo dos testes dos utilizadores: maior conhecimento da cobertura dos
testes e maior rapidez nos pontos de situação.
Os testes de aceitação ganharam qualidade.
•• Redução do risco (em cobertura e prazo): melhor monitorização do plano de testes dos utilizadores, permitindo agir atempadamente
•• Reutilização de casos de testes.
•• Para a equipa de qualidade houve um ganho
muito grande em termos de antecipação e rigor
nos procedimentos de testes, e maior qualidade
nos casos de testes.
O projeto excedeu as expectativas em grande parte
devido à flexibilidade e ao trabalho em equipa.
sencialmente por falta de recursos dedicados e com
o conhecimento necessário.
A escolha da Noesis para a implementação foi natural, essencialmente pelas referências de projetos
anteriores e pelo conhecimento demonstrado na ferramenta e em automatização de testes.
O projeto foi iniciado em Março deste ano e consiste
na criação de um framework keyword driven, que
permite uma interpretação do motor de automatização da ferramenta HP-QTP, que integrado com um
front-end outsystems permite a sua utilização por
recursos não técnicos.
Esta ferramenta está a ser implementada para sua
utilização pela equipa de qualidade mas também
pela equipa de desenvolvimento, ajudando a criar
condições para poderem executar de forma mais eficaz e eficiente os testes integrados.
Os principais benefícios esperados são os seguintes:
•• Redução de cerca de 50% dos erros em qualidade, e consequente redução do tempo do ciclo
de desenvolvimento.
•• Maior cobertura, o que leva a maior qualidade.
Manualmente é difícil criarem todos os casos
de teste possíveis. Por exemplo, ao nível de tarifas permitirá uma cobertura a 100%.
•• Maior rapidez e eficácia.
•• O objetivo é fazer crescer a automatização, incluindo a sua utilização, por exemplo para testes de disaster recovery.
Ferramentas de automatização de testes
A área de qualidade identificou também uma necessidade de melhoria em termos de automatização
de testes e iniciou a sua implementação efetiva no
ano em curso, suportada numa ferramenta adquirida
já há uns anos (HP-QTP), que não era utilizada esQuality Assurance | 27
OPORTUNIDADES E DESAFIOS
Sobre a IDC
A International Data Corporation (IDC) é a empresa líder mundial na área de market intelligence,
serviços de consultoria e organização de eventos
para os mercados das Tecnologias de Informação,
Telecomunicações e Eletrónica de Consumo. A IDC
ajuda os profissionais de Tecnologias de Informação,
decisores empresariais e investidores a tomarem
decisões sobre tecnologia e estratégias de negócio
baseadas em factos. Mais de 1000 analistas da IDC
fornecem conhecimento profundo sobre oportunidades, tendências tecnológicas e evolução dos mercados a nível global, regional e local em mais de 110
países. Há 50 anos que a IDC fornece informação estratégica para ajudar os seus clientes a atingirem os
seus objetivos de negócio.
Apesar do forte crescimento e da atual liderança
no mercado português de serviços independentes
de testes de software, a Noesis enfrenta hoje um
enorme desafio de expansão internacional das suas
atividades.
Na opinião da IDC a dimensão, a cultura e os valores
da Noesis servem bem para organizações europeias
de média e grande dimensão (públicas e privadas) e
o seu portfólio de serviços (seletivo e focado) deixam-na numa boa posição para aproveitar as oportunidades do mercado. Contudo, o crescimento continuado nos mercados internacionais exigirá que a
Noesis mantenha uma estratégia bem focada na sua
unidade de QM de forma a ultrapassar os seguintes
desafios:
•• Capacidade de manter um nível elevado de satisfação do consumidor e de intimidade com o
cliente, à medida que a empresa cresce.
•• Competir com fornecedores internacionais
maiores ou mais reputados em offshore.
•• Aumentar a credibilidade e visibilidade no mercado internacional.
•• Dimensionar o TCoE localizado em Portugal de
forma suficientemente rápida para ir ao encontro das exigências do cliente, e criar um TcoE
onshore nos mercados de Angola, de Bruxelas
e do Brasil.
•• Alcançar o equilíbrio ideal entre competências
técnicas e de negócio.
•• Capacidade de investir em pesquisa e desenvolvimento vs competitividade para entrar em
novos mercados.
28 | Quality Assurance
CONCLUSÃO
Os clientes devem olhar para a Noesis como
um fornecedor credível de serviços de teste
de aplicações. A rede de distribuição internacional da empresa ainda está na sua fase
inicial; no entanto, a empresa está muito
comprometida com a execução da sua estratégia e com as melhorias operacionais com
planos de investimento sólidos. Os serviços
de teste de aplicações são um mecanismo
de crescimento para a Noesis, com um investimento contínuo planeado para os próximos
três anos para ampliar o leque de serviços, a
capacidade de vendas, a gestão de talentos e
a industrialização dos serviços.
IDC Portugal
Centro Empresarial Torres de Lisboa
Rua Tomás da Fonseca, Torre G 1600-209 Lisboa
Portugal
Tel: +351 217 230 622
Fax: +351 217 230 675
http://www.idc.com
Informação sobre Direitos de Autor
Divulgação Pública de Informação e Dados da IDC —
Qualquer informação da IDC a ser utilizada em publicidade, notas de imprensa ou materiais promocionais
requer a aprovação prévia por escrito do respectivo
Vice-presidente ou Diretor-Geral Nacional da IDC. Um
rascunho do documento proposto deve acompanhar
tal pedido. A IDC reserva-se, por qualquer razão, o direito de negar a aprovação de utilização externa.
Direitos de autor 2014 IDC. A reprodução sem autorização prévia é totalmente proibida.
Quality Assurance | 29

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