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Durango Duarte Durango Duarte Durango Martins Duarte é pesquisador e publicitário, nascido em 11 de novembro de 1963 na cidade de Cachoeira do Sul (RS). A transferência militar de seu pai o trouxe para Manaus em 1975, onde cursou o antigo ginasial no Colégio Militar. De volta para Porto Alegre em 1979, concluiu o científico, hoje ensino médio, retornando para o Amazonas em julho de 1982, fixando residência. 䍁偁 呵敳摡礬⁁灲楬‱㈬′〰㔠㐺ㄷ㨴㔠偍 PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS INFORMAÇÃO É TUDO! Na Universidade Federal do Amazonas (UFAM) cursou Engenharia Civil, Matemática e Jornalismo e neste período atuou como dirigente do PCdoB, partido a que permaneceu filiado até 1988. INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS É diretor-presidente da Perspectiva desde sua fundação em julho de 1993, já tendo coordenado e dirigido centenas de pesquisas de opinião pública e de mercado nos estados do Norte e Nordeste. Paralelamente, atuou como professor na área de pesquisa e publicidade. Pertence aos quadros da Sociedade Brasileira de Pesquisa de Mercado (SBPM), entidade que congrega os pesquisadores de mercado, opinião e mídia e a empresa que dirige é filiada à Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP). Além da área de pesquisa, atua na consultoria de marketing político, desenvolvimento de projetos de geoprocessamento e de database marketing e na criação de planos de negócios. 㤵 㜵 ㈵ DURANGO DUARTE INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS −ELEIÇÃO 2004−MANAUS MANAUS/2005 Copyright © 2005 by Durango Duarte Capa: Nádia Saraiva Produção gráfica: Nádia Saraiva Ilustrações (tabelas e gráficos): Carolina Paese Revisão: Solange Elias Impressão: Editora Novo Tempo Ficha Catalográfica D812i Duarte, Durango Martins. Informação é tudo ! Eleição 2004 Manaus. / Durango Martins Duarte; apresentação Tenório Telles. Manaus: 2005 120p. 1. Pesquisa Eleitoral 2. Campanha Eleitoral I. Titulo CDU 342.843 (811.3Manaus)”2004” CDD 659.10928113 Ycaro Verçosa dos Santos Bibliotecário CRB-11 287 Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo eletrônico, digital ou mecânico (sistemas gráficos, microfílmicos, fotográficos, reprográficos, xerográficos, de fotocópia, fonográficos e de gravação, videográficos), sem a prévia autorização por escrito do autor. Essas proibições aplicam-se também às características gráficas da obra e sua editoração. Rua Prof.º Samuel Benchimol, 477 - Parque 10 de Novembro - CEP: 69055-705 Manaus-Amazonas-Brasil e-mail: [email protected] Agradecimentos A todos que gentilmente colaboraram com dados, informações e conhecimento para a elaboração deste trabalho. Especialmente as co-responsáveis pelo projeto: Carol Paese, Nádia Saraiva e Solange Elias. In memoriam Jôner Martins Veiga Duarte (irmão) e Yonne Veiga Duarte (pai). Ao futuro: Luiza Ynne Souza Duarte (filha). Prefácio O conhecimento é o antídoto para os males que nos afligem nestes dias de conflitos e incertezas. O ser humano que não dispõe de informações sobre a realidade que o cerca, em especial sobre o processo social e suas implicações políticas, está fadado a viver sua história de forma secundária e a tomar decisões equivocadas que se reverterão negativamente para a sua existência. O filósofo inglês Francis Bacon expressou de forma inequívoca a importância e a natureza política do saber: “O conhecimento também é poder”. O livro Informação é tudo!..., do pesquisador Durango Duarte, é uma evidência dessa assertiva. A obra é um painel ilustrativo do processo político regional, tendo como contexto o período democrático, iniciado em 1982 “com o restabelecimento das eleições diretas para os cargos executivos no País”. O mérito deste trabalho está exatamente em apresentar para os leitores, sobretudo aqueles que se interessam pela história política local, dados e informações indispensáveis para a compreensão da dinâmica e engrenagem das eleições. Para demonstrar o seu compromisso com a veracidade das informações geradas sob a sua responsabilidade e a isenção com que trata o jogo entre as forças e personagens que se confrontam no processo eleitoral amazonense, o autor disponibiliza para os leitores os métodos, as regras e os procedimentos técnicos que enformam as pesquisas de opinião. Ilustra os interessados, ainda que de forma tópica, com informações históricas sobre a realidade política nacional e local, bem como os aspectos éticos e as dúvidas recorrentes sobre as pesquisas eleitorais. O livro de Durango Duarte cumpre um papel pedagógico relevante, sobretudo porque desmistifica a 'mágica' dos números que envolvem as pesquisas e o comportamento dos eleitores, assim como os fatos e as circunstâncias que determinam a atitude e o ponto de vista dos cidadãos. Por tudo isso, Informação é tudo!... é um texto de leitura obrigatória para todos os que se interessam pelo fenômeno político, indispensável para os jornalistas, estudiosos em geral, para os que sonham com a atividade política e, principalmente, para os cidadãos que têm compromisso com o aprimoramento das instituições políticas da nossa terra. Ao apresentar aos leitores as regras e os artifícios do jogo pela conquista do poder, Duarte oferece igualmente o antídoto e os instrumentos para uma leitura crítica dos fatos que envolvem as disputas políticas, portanto, para a sua própria defesa. Tinha razão o sábio Aristóteles quando afirmou: “O homem de sabedoria sabe como deve comportar-se quando é exaltado e quando é humilhado”. *Tenório Telles é escritor, professor de Literatura Brasileira e membro da Academia Amazonense de Letras. Sumário Prefácio ...............................................................................................................................................................05 Introdução ...........................................................................................................................................................09 CAPÍTULO I Roteiro Para Uma Melhor Compreensão das Pesquisas Eleitorais..........................................................11 Aspectos éticos..........................................................................................................................................14 Regras para divulgação de pesquisas .........................................................................................................15 Metodologias básicas de pesquisa .............................................................................................................16 Dúvidas mais freqüentes ...........................................................................................................................22 Outras importantes questões a serem consideradas ao observar resultados de pesquisas eleitorais.......24 CAPÍTULO II Pesquisas Eleitorais Quantitativas e Resultado da Eleição de 2004 ........................................................25 Parte I – Tracking (1.º turno) .................................................................................................................26 Parte II – Painel contínuo (2.º turno) ......................................................................................................38 – Perfil bairro a bairro (2.º turno) ..............................................................................................40 Parte III – Resultado das eleições de 2004 – 1.º turno ...........................................................................44 – Resultado das eleições de 2004 – 2.º turno ...........................................................................47 CAPÍTULO III Fatos Importantes da Eleição de 2004 .........................................................................................................49 Parte I – Perguntas temáticas realizadas em blocos no Tracking............................................................50 Parte II – Operação Albatroz..................................................................................................................62 – Caso Soraia..............................................................................................................................67 – Debates na TV no 2.º turno ....................................................................................................69 – Credibilidade das pesquisas publicadas ...................................................................................71 – Oportunismo ou medo ...........................................................................................................72 CAPÍTULO IV Outras Pesquisas, Geomarketing, Dados Secundários e Tendências ......................................................73 Pesquisas para vereador ...........................................................................................................................74 Pesquisas qualitativas ................................................................................................................................76 Geomarketing ...........................................................................................................................................78 Dados secundários − Indicadores de Manaus ..........................................................................................82 Avaliação das administrações ....................................................................................................................88 Cenário de 2006 .......................................................................................................................................92 CAPÍTULO V Dados Eleitorais da Cidade de Manaus: Prefeito e Vereadores (1982-2004).........................................97 Parte I – Prefeito ....................................................................................................................................98 Parte II – Vereador ................................................................................................................................106 – Quociente eleitoral e partidário – O que é e como fazer .....................................................115 Introdução Informação é tudo!..., é um trabalho que não tem a pretensão de ser uma obra literária e nem de me transformar em um escritor, fiquem tranqüilos. A idéia deste projeto advém da enorme desinformação sobre o universo das pesquisas, no que tange às metodologias usadas, a interpretação dos resultados ou o melhor aproveitamento destes na sua aplicabilidade no mundo dos negócios ou da política. Organizei este livro por blocos, em cinco capítulos. O primeiro aborda o aspecto teórico das pesquisas de forma didática, de maneira que o leitor adquira conhecimento suficiente para compreender melhor os capítulos seguintes. O Capítulo II apresenta de maneira comentada a maioria das pesquisas, da Perspectiva e das principais empresas nacionais, para o cargo majoritário de prefeito em Manaus. Ao mesmo tempo, traz o resultado das eleições de 2004 segmentado geograficamente. O terceiro Capítulo contém um conjunto de perguntas temáticas, cuja aplicação foi realizada simultaneamente com as pesquisas quantitativas (tracking) para prefeito, além disso, analisamos as duas principais polêmicas da campanha (Operação Albatroz e Caso Soraia) e acrescentamos outros estudos, que tornam mais fácil compreender o comportamento político da população de Manaus. No Capítulo IV discorremos um pouco sobre as pesquisas para vereador e qualitativas, sobre o geomarketing e suas aplicações, a importância dos dados secundários, a avaliação das administrações públicas, federal, estadual e municipal e fechamos com um esboço do cenário das eleições de 2006. O último Capítulo inclui uma retrospectiva dos resultados das últimas seis eleições municipais em Manaus com comentários informais e uma explicação sobre como calcular o tão falado quociente eleitoral e partidário. A maioria das informações apresentadas nos Capítulos II e III foi registrada no Cartório de Registros de Títulos e Documentos (RTD), já que sua divulgação não poderia ser feita à época, em decorrência dos contratos de exclusividade. Entre os documentos inscritos em Cartório, o último, registrado no dia 29 de outubro, sob o nº 00345032, no livro B-1576, já continha o indicativo de vitória de Serafim Corrêa, com a pesquisa realizada 18 dias antes do 2.º turno. Todas as opiniões e análises que apresento neste livro são passíveis de uma outra leitura. Não existe, na realidade, uma verdade absoluta sobre a interpretação dos dados coletados pelas pesquisas. O interesse maior é o de, exatamente, contribuir para o debate sobre a temática tratada e não o de impor uma linha de raciocínio totalitária. Informação é tudo!..,É provável que este conceito já faça parte do seu dia-a-dia e este livro somente venha reforçar sua opinião mas, se você é dos que não concordam com esta máxima, quem sabe ele seja um instrumento de reflexão que indique o valor do conhecimento num mundo globalizado. 09 CAPÍTULO I Roteiro Para Uma Melhor Compreensão das Pesquisas Eleitorais Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS A partir de 1982, com o restabelecimento das eleições diretas para os cargos executivos no País, todas as ferramentas de marketing político e eleitoral evoluíram concomitantemente com o avanço da democracia. Uma delas, a pesquisa, foi a que mais se destacou. Em pouco mais de 20 anos, o número de empresas que atuam nessa área passou de cerca de duas dezenas para mais de 400, em todo o Brasil, dando um salto gigantesco, quantitativa e qualitativamente. A aplicação e o desenvolvimento de múltiplas metodologias e a ampla divulgação dos resultados dos trabalhos produzidos, através dos meios de comunicação, transformaram a pesquisa em um dos principais instrumentos das campanhas eleitorais. Ela interessa principalmente aos candidatos e sua assessoria que, a partir dos resultados, definem suas estratégias de campanha, aos agentes financiadores e aos militantes, que reproduzem no ambiente externo os altos e baixos da candidatura. Também o público eleitor se acostumou a falar em pesquisa, a discutir seus resultados e a acompanhar a evolução de seus candidatos através da mídia. Pensar em eleição, hoje, é também pensar em pesquisa. Existem vários critérios para uma pesquisa ser consistente e o primeiro é que ela seja realizada por uma empresa responsável, que tenha profissionais com experiência comprovada e que, de preferência, seja filiada à ABEP – Associação Brasileira das Empresas de Pesquisas. A validade das pesquisas de opinião pública depende de quatro fatores principais: 1. da natureza das técnicas de pesquisa utilizadas e da eficácia com que são aplicadas; 2. da honestidade e objetividade do pesquisador que realiza o projeto de pesquisa; 3. do modo de apresentação e divulgação dos resultados; 4. da utilização que se dá a esses resultados. Tais fatores garantem que todo o processo de pesquisa seja realizado através de técnicas estatísticas específicas. Pesquisas malfeitas acarretam prejuízo principalmente para os candidatos. Não são poucas as histórias de quem, fundamentado em uma pesquisa mal executada, viu sua candidatura (e com ela suas estratégias e investimentos!) ruir. Com o objetivo de oferecer subsídios para a compreensão de uma pesquisa eleitoral, este capítulo será dedicado às questões mais importantes que dizem respeito ao assunto. Pela complexidade do tema, não bastaria explicar alguns termos utilizados na área, a exemplo do que fazem alguns livros técnicos, para que o leitor comum entendesse com clareza as pesquisas eleitorais e aprendesse a decifrá-las. Assim sendo, optamos por apresentar um roteiro básico, guiando o leitor passo a passo neste processo, de maneira que, ao final da leitura, ele seja capaz de interpretar os resultados de uma pesquisa de maneira clara, simples e eficiente. Este roteiro é uma reprodução adaptada do “Guia ABEP para Divulgação de Pesquisas Eleitorais”, uma das poucas publicações disponíveis no mercado brasileiro voltada para o cidadão comum, cioso de entender os mecanismos envolvidos em uma pesquisa eleitoral. 13 CAPÍTULO I – ROTEIRO PARA UMA MELHOR COMPREENSÃO DAS PESQUISAS ELEITORAIS Durango Duarte Aspectos Éticos REGRAS GERAIS !A pesquisa eleitoral deve sempre ser realizada objetivamente e de acordo com princípios científicos estabelecidos. !A pesquisa eleitoral deve sempre estar de acordo com a legislação existente. DIREITO DOS ENTREVISTADOS !Participação consentida – A participação do entrevistado em uma pesquisa eleitoral deve ser completamente consentida e livre de pressão em todas as fases. Ele não deve ser enganado quando pedida sua cooperação. !Garantia de anonimato – O anonimato do entrevistado deve ser totalmente preservado. !Preservação da integridade e privacidade do entrevistado – O pesquisador deve tomar todas as precauções consideradas razoáveis para assegurar que o entrevistado não seja, sob nenhuma circunstância, prejudicado por sua participação. !O pesquisador deve tomar todas as precauções para que o entrevistado não se sinta pressionado por quaisquer pessoas ou fatos de natureza política ao participar de uma pesquisa eleitoral. !O entrevistado, ao participar de uma pesquisa eleitoral, deve fazê-lo sem a presença de terceiros, ou seja, somente o pesquisador deve ter acesso às suas respostas. !O entrevistado deve ter acesso a instrumentos que permitam checar a identidade do pesquisador, bem como seu vínculo com a empresa de pesquisa. RESPONSABILIDADE DOS PESQUISADORES !O pesquisador não deve, de forma consciente ou negligente, agir de qualquer modo que possa trazer descrédito à pesquisa ou levá-la a uma perda de credibilidade pública. !O pesquisador não deve fazer afirmações falsas sobre habilidades e experiências suas ou da organização a que está ligado. !O pesquisador não deve criticar de forma injustificável outros pesquisadores. !O pesquisador deve garantir a segurança de todos os registros da pesquisa que estão em seu poder. !O pesquisador não deve permitir, conscientemente ou por negligência, a publicação ou disseminação de conclusões que não estejam embasadas por dados. Deve sempre estar preparado para tornar disponível a informação técnica necessária para avaliação de qualquer informação publicada. !O pesquisador (no exercício da profissão) não pode empreender quaisquer atividades que não sejam as de pesquisa, como vendas, cadastro para marketing direto, propaganda ou arrecadação de recursos para determinado candidato ou partido. 14 Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS !Qualquer infração aparente, que se aplique somente às atividades dentro do País, deve ser relatada imediata e formalmente à ABEP, que emitirá o seu parecer expresso. DIREITOS E RESPONSABILIDADES MÚTUAS DOS PESQUISADORES E CLIENTES NA CONTRATAÇÃO DE PESQUISAS ELEITORAIS !O pesquisador deve informar ao cliente se o trabalho a ser realizado será compartilhado ou combinado aos de outros contratantes, mas não deverá revelar a identidade dos demais clientes. !O cliente não tem o direito, sem acordo prévio entre as partes, ao uso exclusivo dos serviços do pesquisador, seja no todo ou em parte. Ao realizar trabalhos para diferentes clientes, no entanto, o pesquisador deve esforçar-se para evitar possíveis conflitos de interesse entre os diferentes projetos. !O pesquisador deve fornecer ao cliente todos os detalhes técnicos adequados de qualquer projeto de pesquisa realizado por ele. !O pesquisador, ao passar ao cliente informações sobre uma pesquisa, deve fazer clara distinção entre resultados, interpretações e recomendações nela baseados. !Sempre que quaisquer resultados de um projeto de pesquisa forem publicados pelo cliente, este tem a responsabilidade de assegurar que eles não sejam enganosos. O pesquisador deve ser consultado e concordar previamente com a forma e o conteúdo da publicação. Além disso, deve tomar medidas para corrigir quaisquer declarações enganosas a respeito da pesquisa e seus resultados. Regras para Divulgação de Pesquisas REGRAS GERAIS A empresa de pesquisa deve suprir seus clientes e veículos de comunicação com todos os elementos considerados pela ABEP como indispensáveis na divulgação dos resultados de uma pesquisa, de acordo com o descrito em seu Guia de Divulgação de Pesquisas: “O público deve ter acesso a todas as informações necessárias para entender, interpretar e avaliar os dados publicados de forma adequada”. REQUISITOS PARA DIVULGAÇÃO E PUBLICAÇÃO Itens de inclusão recomendada na publicação e divulgação de pesquisas eleitorais: a. Nome da empresa de pesquisa responsável pela realização do estudo; b. Nome do patrocinador/solicitante do estudo; c. Universo representado; 15 CAPÍTULO I – ROTEIRO PARA UMA MELHOR COMPREENSÃO DAS PESQUISAS ELEITORAIS Durango Duarte d. Tamanho da amostra e sua cobertura geográfica; e. Datas de realização de campo; f. Erro amostral/margem de erro (essa informação não substitui a necessidade de especificação do tamanho da amostra); g. Método de amostragem; h. Método de coleta da informação; i. Critérios de ponderação, caso existam; j. Sempre que os resultados divulgados disserem respeito a algum segmento da amostra e não à sua totalidade, isso deve ser explicitado; k. Sempre que houver divulgação dos resultados de determinado segmento (ex.: sexo, faixa etária, região etc.), indicar o número de entrevistas que deu origem ao resultado (base); l. Explicitar a taxa de “não resposta”, ou seja, a porcentagem de respostas “não sabe”, sempre que ela puder afetar significativamente a interpretação do resultado; m. Informações sobre o número de cidades, locais ou pontos amostrais; n. Participação de um profissional estatístico na empresa. Metodologias Básicas de Pesquisa 1. QUALITATIVA X QUANTITATIVA 1.1 Vantagens da pesquisa qualitativa ! Atinge motivações não explícitas, menos racionalizadas, ou mesmo não totalmente conscientes. ! Ideal para explorar os “porquês” de determinadas atitudes e opiniões expressas. ! A não padronização da coleta permite verificar dinâmicas (ida e volta de argumentos, estímulos etc.). 1.2 Vantagens da pesquisa quantitativa !A padronização do questionário e a amostragem permitem projeção/generalização dos resultados com precisão. !Ideais para conhecer “grandezas” da presença de determinadas opiniões/atitudes/hábitos. !Fornecem índices que podem ser comparados diretamente (análises evolutivas, testes de diferenças). 16 Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS 2. PESQUISAS ELEITORAIS QUALITATIVAS 2.1 Grupo de discussão ou “Focus Group” !Grupos homogêneos de eleitores (de acordo com o perfil sócio-demográfico e outras variáveis políticas, conforme objetivo), compostos por no mínimo 8 e no máximo 12 pessoas (número suficiente para análise consistente). !Recrutamento de participantes deve ser realizado por empresas especializadas, de acordo com os “Padrões de Qualidade em Pesquisa” estabelecidos pela ABEP. !Moderador profissional e especializado que utiliza roteiro de tópicos a serem abordados e explorados com os grupos, sem rigidez de ordem, nem padronização na formulação de perguntas/estímulos à “conversa informal”. !Local previamente preparado para registro de discussão em áudio/vídeo/notas taquigráficas. Existem salas especiais, com espelho one-way para observação. 3. PESQUISAS ELEITORAIS QUANTITATIVAS 3.1 Um pouco de história !1824 Delaware Watchan fez e publicou a primeira “enquete popular”. !1932 “The Literary Digest” com milhares de questionários acerta com boa precisão o vencedor da eleição presidencial americana. !1935 George Gallup funda o “American Institute of Public Opinion”. !1936 “The Literary Digest” com 2.376.583 questionários devolvidos prevê vitória de Landon sobre Roosevelt, errando por uma margem de 19 pontos percentuais. !1936 Na mesma eleição, Gallup com 3.000 entrevistas acerta em cheio o resultado da eleição, utilizando-se de critérios probabilísticos. 3.2 Enquete x Pesquisa ENQUETE PESQUISA POR AMOSTRAGEM Auto-seleção = probabilidades desconhecidas. Seleção por critérios científicos = probabilidades conhecidas. Possibilidade de viés sem mecanismos para perfil representativo. Mecanismos padronizados para perfil representativo. Sem limitação de número de entrevistas. Quanto mais, melhor. Menor número de entrevistas possível para a precisão pretendida (eficiência). NÃO REPLICÁVEL REPLICÁVEL 17 Durango Duarte CAPÍTULO I – ROTEIRO PARA UMA MELHOR COMPREENSÃO DAS PESQUISAS ELEITORAIS 3.3 Amostra 3.3.1 Tamanho O tamanho ideal da amostra é definido por: !Margem de erro amostral aceitável e nível de precisão necessária para os resultados da pesquisa. !Detalhamento desejado para análise dos resultados (segmentação). !Recursos e tempo disponível para coleta de dados. Exemplos de amostras de eleitores: !Brasil 2.000 casos. !USA 800 casos. !No caso de Manaus, as amostras ficam entre 500 e 1.200 entrevistas. 3.3.2 Representatividade Os critérios básicos são: !Todos os indivíduos da população devem ter chance de serem selecionados na amostra. !A probabilidade de seleção de cada elemento da amostra deve ser conhecida. !Os princípios acima incorporados na seleção de modo a garantir que todos os subgrupos do eleitorado entrem na amostra em proporções praticamente idênticas às do universo pesquisado. 3.3.3 Tipos de amostra Técnicas de Amostragem Não-Probabilística Por conveniência ou Intencional Por Cotas Tipo Bola de Neve Técnicas de Amostragem Probabilística Aleatória Simples Seleção do Respondente Estratificada Por Conglomerado Simples Por Conglomerado Probabilística Proporcional ao Tamanho Múltiplos estágios: combinação desses vários procedimentos 18 Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS 3.3.4 Polêmica das cotas ! Leslie Kish, um dos estatísticos mais respeitados no mundo, defende o uso de cotas na prática das pesquisas por amostragem, no livro Survey Sampling. ! A utilização de cotas no último estágio, para seleção do entrevistado, também é avalizada por instituições brasileiras e internacionais de pesquisa que utilizam esse método há mais de 50 anos. ! Na Inglaterra e na Alemanha foram feitos estudos comparativos com amostras simultâneas de cotas e probabilísticas em situações eleitorais. As amostras por cotas se aproximaram mais dos resultados das eleições do que as amostras probabilísticas. 3.3.5 Erro amostral ! O erro amostral é calculado em função de: 1. Tamanho da amostra, ou seja, número de entrevistas. 2. Heterogeneidade da amostra, ou seja, distribuição das opiniões. ! Não existe erro único para toda a pesquisa, pois cada opinião tem distribuição própria. Para cada percentual obtido na amostra há um erro diferente. ! Erros só podem ser calculados após termos os resultados daquela amostra. 3.3.6 Erros não-amostrais Existem erros que não podem ser calculados, embora possam ser controlados e minimizados. São os chamados erros não-amostrais, resultantes de situações como: ! Dados demográficos ou eleitorais desatualizados usados na elaboração das amostras. ! Questionários mal elaborados (perguntas que induzem a determinadas respostas, falta de objetividade, ordem inadequada, vocabulário inacessível etc.). ! Entrevistadores mal treinados. ! Ocorrências inesperadas ligadas ao tema da pesquisa. Os erros não-amostrais quando não controlados podem alterar radicalmente os resultados e, conseqüentemente, a interpretação e análise de uma pesquisa. 3.3.7 Intervalo de confiança ! Para as pesquisas eleitorais divulgadas (e registros junto aos Tribunais Eleitorais) trabalha-se com uma aproximação do erro amostral considerando-se a máxima heterogeneidade da amostra. ! A cada modelo amostral corresponde uma fórmula de cálculo, mas para modelos mais complexos (amostragem estratificada, por conglomerados etc.) não é possível calcular a estimativa do erro amostral a priori. Por isso, utiliza-se a fórmula para amostras aleatórias simples como uma aproximação. ! A partir do erro amostral estabelece-se um intervalo de confiança: limites para mais ou para menos em torno do resultado obtido na amostra, para projetá-lo para o total do eleitorado pesquisado. 19 Durango Duarte CAPÍTULO I – ROTEIRO PARA UMA MELHOR COMPREENSÃO DAS PESQUISAS ELEITORAIS Fórmula do intervalo de confiança para amostra aleatória simples d0 = ONDE: d0 = intervalo de confiança Z0 = coeficiente associado ao nível de confiança desejado (para nível de confiança de 95%, Z0 = 1,96 usual) p = proporção encontrada (em decimais) q = “1 - p” n = número de casos da amostra p*q * Z0 n Relação entre erro, o grau de confiabilidade e número de elementos da amostra de populações com mais de 100 mil habitantes ERRO GRAU DE CONFIABILIDADE 68% 95% 99,7% 1% 2.500 10.000 22.500 2% 625 2.500 5.625 3% 278 1.112 2.502 4% 156 624 1.404 5% 100 400 900 6% 70 280 630 7% 51 204 459 8% 39 156 351 9% 31 124 279 10% 25 100 225 Exemplo: Se utilizarmos uma amostra de 624 entrevistas com um grau de confiabilidade de 95% teremos que a cada 100 entrevistas realizadas, 95 estariam dentro da margem de erro de 4%. 3.3.8 Empate técnico É considerado empate técnico quando a diferença entre os candidatos se encontra dentro das margens de erro das pesquisas, ou seja, quando há superposição dos respectivos intervalos de confiança dos candidatos. Suponha que em determinada pesquisa a margem de erro seja de 3 pontos percentuais e o candidato “A” tenha 27% das intenções de voto e o candidato “B” tenha 30%. Os intervalos de confiança construídos para cada um deles são os seguintes: Candidato “A”: [27% - 3% ; 27% + 3%] = [24% ; 30%] Candidato “B”: [30% - 3% ; 30% + 3%] = [27% ; 33%] [24% ; 25% ; 26% ; [27% ; 28% ; 29% ; 30%] ; 31% ; 32% ; 33%] Superposição 20 Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS Existe uma superposição nos dois intervalos de confiança; portanto, pode-se dizer que existe um empate técnico entre os dois candidatos. Na realização de uma nova pesquisa, o candidato “A” poderia ter 29% e o candidato “B” também 29%, ou o candidato “A” ter 30% e o candidato “B” 27% das intenções de voto. 3.4 Questionário e Material de Apoio !Instrumentos padronizados: permitem replicação, minimizam interferências “externas” na medição. !Cartelas com alternativas de resposta. !Escalas. !Discos com nomes dos candidatos para não haver nenhuma influência de ordem. 3.5 Coleta de dados 3.5.1 Pessoal/Telefônica/Internet/Mala Direta !Entrevista Pessoal: única que garante chance de seleção a todos os eleitores no Brasil. !Entrevista Telefônica: problema de acesso, porém mais viável com evolução da cobertura no país. !Internet: problema de acesso e auto-seleção. !Mala Direta: auto-seleção. 3.5.2 Abordagem Domiciliar/Pontos de Fluxo Podem ser ambas com seleção de conglomerados, mas a “unidade amostral” pode ser diferente: !Setores censitários. !Logradouros públicos. !Quarteirões. 3.5.3 Controle de Campo A qualidade do trabalho de campo exige: !Treinamento adequado aos entrevistadores. !Instruções de campo a cada pesquisa. !Técnicas de abordagem e padrões éticos: eliminar influências sobre o entrevistado (outras pessoas perto, propaganda, tom/postura do entrevistador), assegurar confidencialidade das respostas individuais. !Fiscalização independente (revisita e checa respostas). !Crítica dos questionários: perguntas deixadas em branco, incoerências, volta-se a campo quando necessário. 21 CAPÍTULO I – ROTEIRO PARA UMA MELHOR COMPREENSÃO DAS PESQUISAS ELEITORAIS Durango Duarte Dúvidas mais Freqüentes Cada vez mais a população tem acesso a diversos resultados de pesquisas eleitorais, publicados pelos mais variados tipos de mídias e veículos de comunicação. Abaixo estão apresentadas as respostas para as perguntas mais freqüentes relacionadas a pesquisas eleitorais. 1. Por que eu ou meus amigos nunca fomos incluídos nas pesquisas eleitorais? A razão é bastante simples. Há 908.435 eleitores com domicílio eleitoral em Manaus aptos a votar (2004). A média das amostras realizadas em nossa cidade é de 800 pessoas. Isto significa que apenas um habitante em 1.135 será incluído em qualquer pesquisa em Manaus. Esclarecendo de outro modo, seriam necessárias 1.135 pesquisas com amostras de 800 pessoas para que os pesquisadores pudessem atingir todos os eleitores de Manaus e isto presumindo que ninguém fosse entrevistado duas vezes. Ainda que diversas pesquisas sejam realizadas a cada eleição, a probabilidade de um indivíduo participar é muito pequena. Cabe ainda ressaltar que, aproximadamente 50 mil eleitores residem em condomínios fechados (residenciais e prediais), dificultando o acesso dos pesquisadores. 2. Como uma amostra de 800 pessoas pode refletir verdadeiramente as opiniões dos 908 mil eleitores de Manaus? Uma amostra maior não é sempre melhor que uma menor? A confiabilidade ou precisão dos métodos de pesquisa e suas amostras são derivadas de uma ciência matemática chamada Estatística. Na raiz da confiabilidade estatística está a probabilidade, isto é, a possibilidade de obter-se um determinado resultado, apenas por casualidade. É importante lembrar que as estimativas de erro de amostragem potenciais sempre presumem amostras aleatórias. Até mesmo em amostras totalmente aleatórias, a precisão pode ser comprometida por outros fatores, como a redação das perguntas ou a ordem na qual foram feitas. Não há um tamanho de amostra ideal. Amostras de qualquer tamanho têm algum grau de precisão. A pergunta sempre será se há precisão suficiente para tirar conclusões conforme determinado pela teoria estatística. O aspecto mais importante em amostragem não é a quantidade de respondentes, mas como são selecionados. Uma amostra fidedigna seleciona os respondentes de uma pesquisa aleatoriamente ou de uma forma que assegure que todos na área que está sendo pesquisada tenham a mesma chance de ser selecionados. 3. Por que muitas vezes os resultados das pesquisas são diferentes do que eu e as pessoas que conheço pensamos? É improvável que se tenha um círculo de amigos tão diverso quanto uma amostra representativa da população estudada. Isto significa conhecer pessoas de todas as idades, em todos os bairros, de todos os níveis socioeconômicos. Assim, na próxima vez que você vir uma pesquisa mostrando apenas 30% de acordo com seu ponto de vista, lembre-se de que, embora você possa não estar na maioria, isto ainda significa que 272 mil eleitores de Manaus pensam como você. 22 Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS 4. Quão precisos são os resultados das pesquisas brasileiras? Um estudo desenvolvido pela ABEP analisou 469 pesquisas no período de 1982 a 1998, comparando as diferenças entre as estimativas das pesquisas de intenção de voto nas duas semanas anteriores à eleição e os percentuais efetivamente verificados. Concluiu-se que, no Brasil, com base nesses 16 anos de pesquisa eleitoral em eleições para Prefeito, Governador e Presidente da República, o erro amostral ficou em torno de 3 pontos percentuais, podendo ir, em 95% dos casos, até cerca de 6 pontos. Quando excluídos os votos em branco, nulo e indecisos, recalculando-se os percentuais para esse novo total, o erro amostral cai para cerca de 2 pontos, ficando 95% dos desvios entre 0 e 5,5. Os resultados, assim, estão perfeitamente compatíveis com os padrões nacional e internacionalmente aceitos. 5. A formulação das perguntas pode influenciar os resultados das pesquisas? A forma como são redigidas as perguntas numa pesquisa é tão importante quanto o procedimento de amostragem na obtenção de resultados. A maioria das organizações de pesquisa profissional e os seus clientes revisam o teor das perguntas tão cuidadosamente quanto os editores examinariam um manuscrito antes da publicação. Este processo exige normalmente a revisão de várias minutas antes da realização do campo de uma pesquisa. As perguntas são verificadas quanto ao equilíbrio, quer dizer, se são formuladas de forma neutra e se as opções de resposta também são balanceadas. A ordem das perguntas deve obedecer a uma lógica. Por exemplo, perguntas sobre a aprovação global do trabalho de um governante devem ser feitas antes das perguntas específicas que podem lembrar os respondentes acerca dos sucessos ou fracassos do titular. As perguntas devem ser elaboradas usando linguagem clara, inequívoca e concisa para assegurar que todos os respondentes, não importando seu nível educacional, possam compreendê-la. 6. Por que eu deveria responder a uma pesquisa? A cada ano, dezenas de milhares de brasileiros respondem às entrevistas de pesquisa sobre assuntos de interesse nacional e regional. Responder a uma pesquisa é uma maneira de se fazer ouvir, de contribuir e participar sobre questões importantes da atualidade. 7. Quais informações eu devo verificar quando leio resultados de uma pesquisa eleitoral? Um ponto fundamental é distinguir entre uma pesquisa verdadeira e uma pseudopesquisa. Os resultados de pseudopesquisas são muitas vezes divertidos, mas quase sempre sem fundamentação. Uma grande diferença entre as duas é a escolha dos respondentes. Em uma pesquisa, o pesquisador identifica e seleciona as pessoas a serem entrevistadas. Em uma pseudopesquisa, os respondentes normalmente “oferecem” suas opiniões, selecionando a si próprios. Os melhores exemplos são as “enquetes” de emissoras de rádio e televisão e de sites. 8. Como a pesquisa pode indicar a possibilidade de um 2.º turno? Para poder afirmar que uma eleição acabará no 1.º turno, a diferença entre a intenção de voto do primeiro colocado e a soma das demais candidaturas deve ser superior à margem de erro da pesquisa. 23 CAPÍTULO I – ROTEIRO PARA UMA MELHOR COMPREENSÃO DAS PESQUISAS ELEITORAIS Durango Duarte 9. Qual é a diferença entre “zero absoluto” e “zero relativo” no resultado das pesquisas eleitorais? O zero absoluto significa que nenhuma das pessoas entrevistadas citou determinado candidato ou alternativa de resposta. No caso das pesquisas eleitorais, geralmente na tabela de intenção de voto consta uma observação dizendo que apesar de o candidato constar do disco apresentado aos entrevistados, ele não foi citado por nenhum deles, razão pela qual o referido candidato não aparece no corpo da tabela. O zero relativo significa que o candidato foi citado, mas não obteve citações suficientes para atingir 1% dos entrevistados. 10. Por que o resultado das pesquisas pode totalizar um valor diferente de 100%? É muito comum em pesquisas com amostra de 400 entrevistas encontrar tabelas que totalizam 98% ou até 102%, principalmente quando a quantidade de alternativas de respostas é grande. Por exemplo, caso existam vários candidatos com 0,5% de intenções de voto, todos eles sairão com 1% nas tabelas, fazendo com que a soma das percentagens possa chegar a 102%. Isto acontece porque as percentagens que variam de 0,0% a 0,4% são arredondadas para 0% nas tabelas e as que vão de 0,5% a 0,9% são arredondadas para 1%. Outras Importantes Questões a Serem Consideradas ao Observar Resultados de Pesquisas Eleitorais ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! Se a pesquisa está devidamente registrada no Tribunal Regional Eleitoral ou Tribunal Superior Eleitoral. Nome da empresa responsável pela realização da pesquisa. Se a empresa ou profissional responsável subscreve algum código de ética regulador da atividade de pesquisa. Nome do patrocinador do estudo. Quantas pessoas foram entrevistadas. Como estas pessoas foram escolhidas. Área geográfica (cidade, Estado ou região) e em que grupo (professores, advogados, eleitores etc.) estas pessoas foram escolhidas. Se os resultados se basearam na resposta de todas as pessoas entrevistadas ou em algum segmento (ex.: mulheres, universitários, evangélicos etc.). Data da realização do campo da pesquisa. Método de abordagem dos entrevistados (telefone, entrevistas pessoais). Perguntas que foram feitas e sua ordem no questionário. 24 CAPÍTULO II Pesquisas Eleitorais Quantitativas e Resultado da Eleição de 2004 PARTE I Tracking (1.º turno) Tracking (seqüência em inglês) é um tipo de pesquisa que apresenta um fluxo constante e periódico das informações, em intervalos regulares, de maneira a permitir uma avaliação contínua em um determinado espaço de tempo. É denominada, por muitos autores, como “Pesquisa Contínua” e é constantemente utilizada para monitorar a participação (market share) de um produto e/ou serviço, grau de satisfação com marcas, produtos e serviços, perfil de cliente/consumidor e tamanho do mercado. Em campanhas eleitorais, este tipo de metodologia também é bastante utilizado pelas empresas de pesquisa. Sua principal vantagem é a de acompanhar, de forma minuciosa e sistemática, o dia-a-dia do cenário político, captando as tendências e variações da campanha eleitoral e mostrar o reflexo dos acontecimentos na intenção de voto do eleitor. Assim como em 2004, este tipo de metodologia também foi utilizado por nossa empresa na eleição de 2002. Acompanhamos a evolução dos candidatos ao cargo de governador durante 63 dias, com a realização de 300 entrevistas diárias. No dia 4 de outubro, último relatório do Tracking de 2002, os números apontavam a vitória de Eduardo Braga com 42% dos votos, seguido de Gilberto Mestrinho com 23%. O resultado oficial do TRE-AM, divulgado dia 6 de outubro, confirmou o resultado da pesquisa: Eduardo Braga venceu com 42,1% e Gilberto Mestrinho ficou em 2.º lugar com 23,3% dos votos válidos. Os votos dos indecisos deslocaram-se para as candidaturas de Serafim Corrêa e João Pedro, comprovando uma teoria da Perspectiva de que esse público, quase em sua totalidade, acaba votando na oposição. Isto vem sendo observado em todas as últimas eleições em Manaus. Na eleição de 2004, monitoramos a evolução dos candidatos a prefeito, realizando 400 entrevistas diariamente. No 4.º dia de pesquisa foi feito o primeiro relatório, referente aos três dias pesquisados anteriormente (dias 1, 2 e 3). A partir daí, as 400 entrevistas do dia I foram substituídas pelas 400 entrevistas do dia 4, e foi realizado um novo relatório (dias 2, 3 e 4), e assim sucessivamente. A pesquisa foi realizada todos os dias, com exceção dos domingos e do feriado do dia 7 de setembro, totalizando assim, no dia 1.º de outubro, 64 dias de campo, ou seja, 25.600 questionários, com 62 relatórios. A margem de erro para cada relatório (1.200 entrevistas) foi de 2,9%, para mais ou para menos, e o grau de confiabilidade foi de 95,5%. A metodologia utilizada foi probabilística por conglomerados (clusters). Neste método, dividem-se os bairros da cidade em clusters que são sorteados aleatoriamente e nestas quadras são realizadas cinco entrevistas (ver Capítulo IV, página 79). A seleção dos domicílios de cada quadra obedece a um critério técnico que garante que todos os moradores tenham a mesma probabilidade de serem escolhidos. A primeira entrevista é realizada na terceira casa no sentido norte da quadra e, seguindo em sentido horário, a cada três casas é realizada uma nova entrevista, de maneira que se completem as cinco previstas. Há casos em que, no domicílio selecionado, não existe o perfil desejado ou trata-se de um estabelecimento comercial. Nestes casos, a entrevista é realizada na casa ao lado. As entrevistas envolveram todas as zonas da cidade de Manaus onde qualquer habitante da área urbana com idade superior a 16 anos e eleitor da capital teve chance de ser entrevistado. A amostra foi dividida proporcionalmente ao número de habitantes e de eleitores de cada uma das seis zonas da cidade de Manaus, com uma variação de, mais ou menos, 2%. 26 Durango Duarte SETEMBRO AGOSTO JULHO DIA 21 22 23 24 26 27 28 29 30 31 02 03 04 05 06 07 09 10 11 12 13 14 16 17 18 19 20 21 23 24 25 26 27 28 30 31 01 02 03 04 06 08 09 10 11 13 14 15 16 17 18 20 21 22 23 24 25 27 28 29 30 01 / OUTUBRO INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS Am azonino Mendes 25 Serafim Corrêa 40 Vanessa Grazziotin 65 Plínio Valério 43 Artur Bisneto 45 Herbert Am azonas 16 Ainda não pensei / Indecisos 16,8% 3,8% 5,8% 1,0% 0,6% 0,5% 71,5% 18,4% 3,9% 6,1% 1,4% 0,6% 0,3% 69,3% 20,2% 3,8% 5,8% 1,2% 0,4% 0,3% 68,3% 20,9% 4,6% 6,8% 0,9% 0,3% 0,3% 66,3% 21,4% 4,5% 7,1% 0,4% 0,3% 0,2% 66,2% 23,5% 4,8% 7,0% 0,4% 0,4% 0,3% 63,6% 25,4% 4,3% 6,7% 0,8% 0,3% 0,5% 62,1% 24,7% 3,8% 6,2% 1,0% 0,3% 0,5% 63,7% 23,1% 3,7% 6,2% 1,5% 0,2% 0,4% 65,0% 22,5% 4,8% 6,8% 1,8% 0,2% 0,2% 63,8% 22,6% 4,8% 7,0% 1,8% 0,3% 0,0% 63,5% 23,3% 5,0% 7,1% 1,3% 0,2% 0,1% 63,1% 24,3% 3,8% 5,5% 1,0% 0,3% 0,1% 65,1% 24,7% 3,8% 5,8% 1,2% 0,1% 0,1% 64,5% 24,3% 3,8% 5,7% 1,4% 0,3% 0,0% 64,7% 24,3% 4,3% 5,9% 1,8% 0,3% 0,0% 63,6% 25,9% 5,1% 5,5% 1,7% 0,4% 0,0% 61,4% 27,7% 5,4% 5,6% 1,8% 0,4% 0,3% 58,8% 27,9% 5,1% 4,8% 1,2% 0,4% 0,3% 60,3% 27,4% 5,8% 5,8% 1,2% 0,3% 0,5% 59,1% 28,1% 6,1% 5,8% 1,3% 0,3% 0,3% 58,2% 28,2% 6,7% 7,5% 1,6% 0,3% 0,3% 55,4% 28,0% 6,2% 7,3% 1,3% 0,4% 0,3% 56,6% 27,1% 6,3% 8,0% 1,5% 0,6% 0,3% 56,3% 29,2% 6,1% 7,8% 1,6% 0,8% 0,2% 54,5% 31,2% 6,7% 8,3% 2,4% 0,8% 0,1% 50,5% 33,0% 7,1% 7,8% 2,8% 0,8% 0,0% 48,4% 32,2% 8,8% 8,2% 3,2% 1,2% 0,1% 46,4% 32,8% 9,7% 7,6% 2,6% 1,1% 0,2% 46,2% 31,6% 7,9% 7,5% 2,1% 1,2% 0,3% 49,5% 32,8% 7,8% 7,1% 2,4% 1,2% 0,3% 48,5% 32,3% 7,0% 7,0% 2,8% 1,5% 0,2% 49,2% 33,1% 9,1% 6,6% 3,2% 1,5% 0,2% 46,4% 32,4% 10,3% 7,7% 3,1% 1,5% 0,4% 44,7% 31,5% 12,0% 7,3% 2,8% 1,2% 0,4% 44,8% 30,9% 11,8% 7,1% 2,7% 1,0% 0,4% 46,2% 31,4% 12,2% 7,7% 2,8% 0,8% 0,1% 45,2% 31,3% 11,8% 7,9% 3,5% 0,9% 0,2% 44,4% 33,1% 10,9% 8,2% 3,3% 1,1% 0,2% 43,3% 32,9% 11,1% 8,3% 3,5% 1,0% 0,3% 42,9% 34,4% 10,8% 9,3% 3,8% 0,9% 0,3% 40,4% 33,3% 10,6% 10,3% 4,5% 0,8% 0,3% 40,3% 32,8% 10,3% 9,1% 5,1% 1,2% 0,1% 41,5% 33,0% 9,6% 8,7% 5,4% 1,3% 0,2% 41,8% 32,9% 10,4% 8,8% 5,4% 1,7% 0,3% 40,5% 33,9% 11,4% 8,5% 5,2% 1,6% 0,3% 39,2% 35,4% 12,3% 7,8% 4,7% 1,3% 0,1% 38,5% 37,2% 13,8% 6,6% 4,7% 1,2% 0,1% 36,6% 38,3% 13,9% 7,9% 3,9% 1,2% 0,2% 34,7% 36,8% 14,5% 8,2% 4,4% 1,3% 0,3% 34,6% 36,0% 13,9% 9,0% 4,9% 1,1% 0,3% 34,8% 36,4% 14,0% 7,4% 5,8% 0,9% 0,2% 35,3% 36,3% 14,2% 7,8% 5,3% 1,0% 0,1% 35,3% 38,9% 15,4% 7,8% 4,4% 0,8% 0,1% 32,5% 39,0% 16,3% 8,0% 4,9% 1,1% 0,3% 30,4% 40,3% 16,3% 7,4% 5,2% 1,2% 0,3% 29,4% 39,0% 16,1% 7,5% 5,8% 1,3% 0,3% 30,2% 39,0% 16,2% 9,4% 5,5% 1,4% 0,3% 28,2% 38,1% 17,7% 10,5% 5,2% 1,3% 0,6% 26,7% 38,5% 18,1% 11,1% 5,6% 1,5% 0,6% 24,7% 40,4% 20,1% 9,8% 5,8% 1,5% 0,6% 21,8% 41,6% 21,1% 9,3% 6,8% 2,6% 0,4% 18,2% Tracking Espontânea Na pergunta com resposta espontânea, o entrevistado cita o nome de quem pretende votar sem o estímulo de nenhum recurso verbal ou visual (cartela). Ela deve ser realizada em uma única opção e logo no início do questionário para que não haja nenhum contágio. A pergunta da tabela ao lado foi formulada da seguinte maneira: “Para qual dos candidatos a prefeito de Manaus você pretende dar o seu voto nesta eleição?”. Os primeiros números coletados indicavam no dia 21/7 que 71,5% dos eleitores estavam indecisos. Apenas 10 dias depois, em 31 de julho, esse percentual caiu para 63,8%, ou seja, aproximadamente 58.000 eleitores se decidiram por um candidato. Em agosto, o número de indecisos caiu para 46,2%. Em setembro, atingiu 21,8%, isto é, cerca de 176.000 eleitores definiram seu voto. Quarenta e oito horas antes da eleição ainda existiam 18,2% de eleitores que se declaravam indecisos e é exatamente esse público que gerou a diferença entre os resultados das pesquisas e o resultado final da eleição. É bom lembrar que os números coletados na pesquisa espontânea sempre serão menores que na estimulada. 27 Durango Duarte CAPÍTULO II – PESQUISAS ELEITORAIS QUANTITATIVAS E RESULTADOS DA ELEIÇÃO DE 2004 Tracking Espontânea 1 80% 71,5% Com a intenção de mostrar os números de uma forma mais compreensível e tornar a visualização do desempenho dos candidatos durante todo o período eleitoral mais fácil, optamos por transformar os dados da tabela anterior em gráficos de evolução. Dividimos a tabela da pergunta espontânea em quatro seqüências de dados, sendo as duas primeiras (gráficos 1 e 2) apresentando os resultados de 16 dias cada uma e as outras duas (gráficos 3 e 4) com 15 dias. As linhas, no gráfico 2, indicavam claramente que nos cinco primeiros dias após o início da veiculação da propaganda eleitoral, os números dos indecisos caíam em média 2% ao dia, porém o indiciamento de Bosco Saraiva, Ari Moutinho, Isper Abrahim e Fernando Elias, como desdobramento da Operação Albatroz, fez com que parte do eleitorado voltasse a ficar indecisa, durante quatro dias, sem, entretanto, alterar as porcentagens dos candidatos. É interessante destacar que o impacto de todos os fatos ocorridos na campanha de 2004 gerou, em até 72 horas, uma oscilação de aproximadamente 3% na opinião dos eleitores. 28 69,3% 68,3% 66,3% 66,2% 63,6% 63,7% 62,1% 65,0% 63,8% 63,5% 63,1% 23,1% 22,5% 22,6% 23,3% 7,1% 65,1% 64,5% 64,7% 63,6% 60% 40% 20% 16,8% 5,8% 18,4% 20,2% 20,9% 21,4% 23,5% 25,4% 24,7% 6,1% 5,8% 6,8% 7,1% 7,0% 6,7% 6,2% 6,2% 6,8% 7,0% 22/jul 23/jul 24/jul 26/jul 27/jul 28/jul 29/jul 30/jul 31/jul 02/ago 24,3% 24,7% 24,3% 24,3% 5,5% 5,8% 5,7% 5,9% 04/ago 05/ago 06/ago 3,8% 0% 21/jul Amazonino Mendes - 25 Artur Bisneto - 45 Serafim Corrêa - 40 Herbert Amazonas - 16 03/ago Vanessa Grazziotin - 65 Ainda não pensei 07/ago Plínio Valério - 43 2 80% Operação Albatroz 61,4% 58,8% 60,3% 60% 59,1% Início da Propaganda Eleitoral 58,2% 55,4% 56,6% 56,3% 54,5% 2.º programa 3.º programa 50,5% 48,4% Indiciamento de Bosco e Ari Indiciamento de Isper e Fernando 4.º programa 5.º programa 49,5% 46,4% 49,2% 48,5% 46,2% 40% 33,0% 25,9% 27,7% 27,9% 27,4% 28,1% 28,2% 28,0% 7,5% 7,3% 29,2% 31,2% 32,2% 32,8% 8,2% 7,6% 7,5% 23/ago 24/ago 31,6% 32,8% 32,3% 27,1% 20% 5,5% 5,6% 4,8% 5,8% 5,8% 8,0% 7,8% 8,3% 7,8% 7,0% 7,1% 0% 09/ago 10/ago 11/ago Amazonino Mendes - 25 Artur Bisneto - 45 12/ago 13/ago 14/ago 16/ago 17/ago Serafim Corrêa - 40 Herbert Amazonas - 16 18/ago 19/ago 20/ago 21/ago Vanessa Grazziotin - 65 Ainda não pensei 25/ago Plínio Valério - 43 26/ago Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS Tracking Espontânea 3 60% 7.º programa 6.º programa 46,4% 44,7% 44,8% 46,2% 8.º programa 45,2% 44,4% 9.º programa 43,3% 11.º programa 10.º programa 42,9% 40,4% 40,3% 41,5% 41,8% 12.º programa 40,5% 39,2% 40% 33,1% 32,4% 31,5% 30,9% 31,4% 11,8% 12,2% 34,4% 33,1% 32,9% 10,9% 11,1% 31,3% 33,3% 32,8% 33,0% 33,9% 32,9% 38,5% 35,4% 20% 12,0% 9,1% 11,8% 10,3% 10,8% 10,6% 10,3% 6,6% 7,7% 7,3% 7,1% 7,7% 7,9% 8,2% 8,3% 9,3% 28/ago 30/ago 31/ago 01/set 02/set 03/set 04/set 06/set 10,3% 9,1% 11,4% 10,4% 9,6% 8,7% 8,8% 12,3% 8,5% 7,8% 13/set 14/set 0% 27/ago Amazonino Mendes - 25 Artur Bisneto - 45 Serafim Corrêa - 40 Herbert Amazonas - 16 08/set 09/set 10/set Vanessa Grazziotin - 65 Ainda não pensei 11/set Plínio Valério - 43 4 50% 13.º programa 40% 37,2% 14.º programa 38,3% 36,8% 36,4% 36,3% 34,7% 34,6% 34,8% 35,3% 35,3% 39,0% 39,0% 32,5% 30,4% 30% 29,4% Último programa para o cargo majoritário 18.º programa 40,3% 38,9% 36,0% 36,6% 17.º programa 16.º programa 15.º programa 30,2% 39,0% 38,1% 40,4% 41,6% 38,5% Dia 26 / 9 Debate na TV A Crítica Dia 30 / 9 Debate na Rede Amazônica 28,2% 26,7% 24,7% 21,8% 20% 13,8% 10% 6,6% 13,9% 14,5% 7,9% 8,2% 16/set 17/set 15,4% 13,9% 9,0% 14,0% 16,3% 17,7% 16,3% 16,1% 21,1% 18,1% 20,1% 16,2% 18,2% 14,2% 7,4% 7,8% 7,8% 8,0% 20/set 21/set 22/set 23/set 9,4% 7,4% 7,5% 24/set 25/set 10,5% 11,1% 9,8% 9,3% 30/set 01/out 0% 15/set Amazonino Mendes - 25 Artur Bisneto - 45 18/set Serafim Corrêa - 40 Herbert Amazonas - 16 27/set Vanessa Grazziotin - 65 Ainda não pensei 28/set 29/set Plínio Valério - 43 Percebe-se uma constância na linha de intenção de votos dos candidatos no gráfico 3, no período de 27/8 a 14/9, o que garante que os programas eleitorais deste período não tiveram a capacidade de conquistar o voto dos eleitores. Isso significa que as ações do marketing para a televisão e o rádio eram ineficazes. Tanto que o desempenho de Amazonino se manteve na casa dos 30% e os outros cinco candidatos juntos não ultrapassavam 27%. O único que conseguiu quebrar essa inércia foi o candidato Plínio Valério cujos percentuais aparecem em crescimento ao final da seqüência. No gráfico 4, observamos que os números de Amazonino ultrapassaram os dos indecisos e estes, a partir do 16.º programa eleitoral, em 2/9, caíram 14,3% em apenas nove dias. Serafim consolidou definitivamente sua tendência de crescimento, garantindo por antecipação sua vaga no 2.º turno, ao ponto de crescer 1% ao dia nos últimos cinco dias do 1.º turno. O que significa a conquista espontânea de 7.500 eleitores diariamente. 29 Durango Duarte CAPÍTULO II – PESQUISAS ELEITORAIS QUANTITATIVAS E RESULTADOS DA ELEIÇÃO DE 2004 Tracking Estimulada 30 JULHO AGOSTO SETEMBRO Na pergunta com resposta estimulada, o entrevistado recebia uma cartela contendo o nome e a foto dos seis candidatos, para indicar em qual deles pretendia votar. Os resultados do primeiro dia do Tracking apresentaram uma semelhança com os números finais obtidos por quatro candidatos no 1.º turno. Amazonino começou com 42,8% das intenções de votos e obteve 43,50%. Vanessa largou com 16,2% e ao final atingiu 13,76%, sendo a única a perder pontos durante a campanha. Bisneto e Herbert se mantiveram estáveis durante todo o período eleitoral. Somente Serafim e Plínio melhoraram seus desempenhos. O primeiro começou com 16,3% e cresceu 12,4% no decorrer do período eleitoral, chegando a 28,77% no 1.º turno. Plínio conseguiu duplicar seu desempenho, passando de 5,1% no primeiro dia para 10,24% no final. Podemos afirmar que a qualidade da comunicação e o conteúdo do discurso desenvolvido pelas duas chapas determinaram esse crescimento e, com certeza, captaram da melhor maneira possível, o sentimento e o desejo de mudança do eleitor de Manaus. DIA 21 22 23 24 26 27 28 29 30 31 02 03 04 05 06 07 09 10 11 12 13 14 16 17 18 19 20 21 23 24 25 26 27 28 30 31 01 02 03 04 06 08 09 10 11 13 14 15 16 17 18 20 21 22 23 24 25 27 28 29 30 01 / OUTUBRO Amazonino Mendes 25 Serafim Corrêa 40 Vanessa Grazziotin 65 Plínio Valério 43 Artur Bisneto 45 Herbert Amazonas 16 Nulo / Branco Indeciso / Não sabe dizer 42,8% 16,3% 16,2% 5,1% 2,7% 0,5% 7,0% 9,4% 42,5% 16,0% 15,8% 6,0% 2,5% 0,7% 7,1% 9,4% 44,7% 16,4% 15,5% 5,5% 2,0% 0,6% 6,1% 9,3% 45,8% 16,7% 15,8% 5,1% 1,4% 0,6% 5,3% 9,4% 45,6% 17,4% 15,8% 4,8% 1,5% 0,5% 4,8% 9,5% 45,0% 17,5% 16,6% 4,8% 1,5% 0,6% 5,1% 8,9% 45,3% 16,1% 16,4% 5,4% 1,5% 0,8% 5,3% 9,3% 45,7% 16,3% 17,7% 4,7% 1,5% 0,5% 4,3% 45,3% 15,8% 17,8% 5,5% 1,7% 0,3% 4,8% 8,8% 43,7% 16,2% 18,1% 5,4% 1,6% 0,3% 4,8% 10,0% 43,4% 15,8% 17,4% 5,5% 1,8% 0,3% 5,6% 10,3% 43,6% 15,4% 17,3% 4,7% 1,7% 0,4% 5,0% 12,0% 45,2% 15,9% 16,3% 4,8% 2,0% 0,5% 5,0% 10,3% 45,4% 15,9% 16,0% 4,7% 1,5% 0,4% 4,8% 11,3% 45,8% 16,3% 15,6% 4,6% 1,6% 0,4% 4,8% 11,1% 46,0% 15,8% 15,2% 4,7% 1,3% 0,3% 4,4% 12,3% 46,2% 16,2% 15,3% 4,4% 1,3% 0,3% 5,6% 10,8% 46,4% 15,9% 14,6% 4,3% 1,3% 0,3% 5,4% 11,7% 46,6% 16,0% 14,7% 3,8% 1,3% 0,5% 5,5% 11,7% 45,3% 15,8% 13,9% 4,5% 1,5% 0,6% 6,3% 12,2% 44,9% 15,8% 12,9% 5,2% 1,8% 0,8% 7,2% 11,4% 43,8% 15,9% 13,3% 5,0% 1,7% 0,8% 9,1% 10,6% 44,3% 16,4% 13,7% 4,6% 1,9% 0,7% 6,7% 11,8% 44,3% 16,5% 15,2% 4,7% 1,6% 0,6% 4,5% 12,7% 45,5% 16,4% 15,6% 5,1% 1,9% 0,6% 2,1% 12,8% 46,2% 16,0% 16,1% 5,8% 1,7% 0,6% 1,8% 11,9% 46,2% 15,8% 15,9% 5,7% 1,8% 0,3% 2,8% 11,6% 44,5% 16,1% 15,6% 5,8% 2,3% 0,3% 3,9% 11,5% 44,5% 16,6% 15,9% 5,3% 2,5% 0,4% 3,9% 10,8% 46,1% 16,2% 15,8% 5,4% 2,3% 0,3% 3,2% 10,8% 46,3% 16,2% 15,7% 5,4% 2,4% 0,4% 2,9% 10,8% 45,7% 15,5% 14,6% 5,2% 2,7% 0,5% 3,5% 12,4% 45,3% 16,1% 14,3% 5,3% 2,7% 0,5% 3,4% 12,4% 44,4% 16,3% 14,6% 5,4% 2,6% 0,7% 3,5% 12,6% 43,9% 17,8% 13,4% 5,8% 2,2% 0,4% 4,2% 12,3% 44,8% 18,3% 12,6% 6,1% 2,1% 0,4% 3,9% 11,9% 44,7% 19,3% 13,3% 5,7% 1,8% 0,2% 4,3% 10,8% 45,0% 19,3% 14,1% 7,0% 2,2% 0,3% 3,3% 8,9% 45,7% 18,9% 13,8% 7,3% 2,3% 0,3% 3,2% 8,6% 45,4% 18,9% 13,8% 8,3% 2,5% 0,3% 2,8% 7,9% 45,2% 17,8% 14,8% 8,3% 2,6% 0,3% 2,4% 44,1% 17,4% 15,6% 8,3% 2,5% 0,3% 2,5% 9,4% 43,9% 17,1% 14,2% 8,8% 2,6% 0,1% 2,0% 11,3% 45,4% 15,7% 13,8% 9,3% 2,7% 0,3% 2,3% 10,7% 43,3% 16,3% 14,2% 9,0% 3,1% 0,4% 3,0% 10,7% 43,4% 17,1% 14,0% 9,3% 2,8% 0,4% 3,6% 9,4% 45,2% 18,4% 13,1% 8,8% 2,5% 0,3% 3,1% 8,8% 47,2% 20,0% 11,3% 9,8% 2,3% 0,3% 2,1% 7,2% 47,7% 19,5% 11,7% 8,4% 2,5% 0,3% 1,8% 8,2% 46,3% 20,8% 11,8% 8,3% 2,4% 0,3% 2,1% 7,9% 46,4% 19,6% 13,0% 8,3% 2,0% 0,3% 2,0% 8,4% 46,8% 20,1% 11,8% 9,9% 1,8% 0,3% 2,0% 7,3% 45,8% 20,1% 12,2% 10,8% 1,8% 0,2% 1,8% 7,3% 46,8% 21,1% 11,8% 10,3% 1,6% 0,2% 1,8% 6,3% 46,3% 21,8% 11,3% 10,4% 1,8% 0,3% 1,8% 6,3% 47,6% 21,3% 10,4% 9,4% 1,8% 0,3% 2,0% 7,1% 46,8% 21,3% 9,6% 9,4% 2,2% 0,5% 2,4% 7,8% 47,0% 21,2% 11,3% 9,0% 2,3% 0,8% 1,9% 6,7% 46,4% 23,2% 12,3% 8,8% 1,9% 1,1% 1,5% 4,8% 46,0% 24,1% 13,8% 9,2% 2,1% 0,9% 0,8% 3,2% 47,0% 24,5% 12,3% 8,5% 1,9% 0,8% 0,9% 4,2% 46,7% 24,7% 11,2% 8,8% 3,1% 0,4% 1,5% 3,8% 9,5% 8,7% Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS Tracking 1 Estimulada 60% 44,7% 45,8% 45,6% 45,0% 45,7% 45,3% 45,3% 43,7% 42,8% 42,5% 43,4% 43,6% 45,2% 45,4% 45,8% 46,0% 40% 20% 16,3% 16,2% 16,0% 15,8% 16,4% 15,5% 16,7% 17,4% 17,5% 15,8% 15,8% 16,6% 17,7% 16,4% 16,3% 16,1% 17,8% 15,8% 18,1% 16,2% 17,4% 15,8% 17,3% 15,4% 16,3% 16,0% 16,3% 15,8% 15,9% 15,9% 15,6% 15,2% 0% 21/jul 22/jul 23/jul 24/jul Amazonino Mendes - 25 Artur Bisneto - 45 26/jul 27/jul 28/jul 29/jul Serafim Corrêa - 40 Herbert Amazonas - 16 30/jul 31/jul 02/ago 03/ago Vanessa Grazziotin - 65 Nulo / Branco 04/ago 05/ago 06/ago 07/ago Plínio Valério - 43 Indeciso / NSD 2 60% 46,2% 46,4% 46,6% 45,3% 44,9% 43,8% 44,3% Operação Albatroz 40% 44,3% 15,9% 16,0% 15,8% 15,8% 15,9% 16,5% 16,4% 46,2% 46,2% 44,5% 2.º programa Início da Propaganda Eleitoral 20% 16,2% 45,5% 44,5% 46,1% 4.º programa 3.º programa Indiciamento de Bosco e Ari 16,1% 16,4% 16,0% 46,3% 16,6% 16,2% 45,7% 5.º programa Indiciamento de Isper e Fernando Elias 16,2% 15,5% 15,8% 0% 09/ago 10/ago 11/ago Amazonino Mendes - 25 Artur Bisneto - 45 12/ago 13/ago 14/ago 16/ago 17/ago Serafim Corrêa - 40 Herbert Amazonas - 16 18/ago 19/ago 20/ago 21/ago Vanessa Grazziotin - 65 Nulo / Branco 23/ago 24/ago 25/ago Plínio Valério - 43 Indeciso / NSD 26/ago Observando as duas seqüências de dados nos gráficos 1 e 2, notamos que os candidatos Serafim Corrêa e Vanessa Grazziotin disputavam acirradamente o 2.º lugar durante os 32 primeiros dias pesquisados. Tanto que a diferença no primeiro dia de pesquisa era de apenas 0,1%. Somente durante 10 dias, de um total de 62 dias pesquisados, Vanessa conseguiu ficar na frente de Serafim e a maior vantagem obtida foi de apenas 2%. Após o surgimento da Operação Albatroz, os votos em branco e nulo chegaram a 9,1% no dia 14 de agosto. Quatro dias depois despencam para 1,8%, mantendo-se dentro da oscilação da margem de erro de 2,9% até o final do 1.º turno. Uma das características mais interessantes do Tracking é a possibilidade de identificar a inalterabilidade no desempenho dos seis candidatos nesse período, tornando até monótona a análise do cenário eleitoral. Acredito, com base na experiência de outras eleições, que logo após o registro das candidaturas, mais de 75% dos eleitores já têm uma idéia em quem votar, fazendo com que na verdade, a disputa se concentre na conquista dos votos de apenas 25% do eleitorado. 31 Durango Duarte CAPÍTULO II – PESQUISAS ELEITORAIS QUANTITATIVAS E RESULTADOS DA ELEIÇÃO DE 2004 Tracking Estimulada 3 60% Serafim conseguiu manter uma boa distância em relação a Vanessa, contudo no dia 6 de setembro as linhas voltaram a ficar próximas, com uma diferença de 3%. O candidato Plínio Valério teve um crescimento significativo a partir de 1.º de setembro e Amazonino continuou com seu desempenho sem alterações. Na última seqüência de dados da estimulada, gráfico 4, Serafim alcança uma boa margem de vantagem e liderou, tranqüilamente, o 2.º lugar até o final, terminando com 24,7% das intenções de voto. Vanessa ficou ameaçada pelo candidato Plínio Valério e os dois chegaram a ficar empatados tecnicamente no dia 25 de setembro com 9,6% e 9,4%, respectivamente. Após a exibição do 1.º debate, a candidata conseguiu abrir uma pequena vantagem, porém terminou a pesquisa com apenas 2,4% de diferença em relação a Plínio e, no resultado do TRE, a diferença ficou em 3,52%. Nas 48 horas, incluindo o dia da eleição, é o momento onde ocorre as oscilações quase imperceptíveis no voto do eleitor. O ápice do debate político impacta, de maneira mais agressiva, a opinião e a decisão de voto de cada um. 32 45,3% 44,4% 43,9% 20% 16,1% 16,3% 44,7% 17,8% 18,3% 45,0% 45,7% 19,3% 19,3% 45,4% 45,2% 9.º programa 8.º programa 7.º programa 6.º programa 40% 44,8% 18,9% 18,9% 44,1% 43,9% 17,4% 45,2% 43,3% 11.º programa 10.º programa 17,8% 45,4% 43,4% 12.º programa 17,1% 17,1% 15,7% 18,4% 16,3% 0% 27/ago 28/ago 30/ago 31/ago Amazonino Mendes - 25 Artur Bisneto - 45 01/set 02/set 03/set 04/set Serafim Corrêa - 40 Herbert Amazonas - 16 06/set 08/set 09/set 10/set 11/set Vanessa Grazziotin - 65 Nulo / Branco 13/set 14/set Plínio Valério - 43 Indeciso / NSD 4 60% 47,2% 40% 47,7% 13.º programa 46,3% 46,4% 14.º programa 46,8% 45,8% 46,8% 46,3% 46,8% 17.º programa 16.º programa 15.º programa 47,6% 47,0% 46,4% 46,0% Último programa para o cargo majoritário 18.º programa Dia 26 / 9 Debate na TV A Crítica 23,2% 20,0% 19,5% 11,3% 11,7% 20% 20,8% 11,8% 19,6% 13,0% 20,1% 20,1% 11,8% 12,2% 21,1% 21,8% 11,8% 11,3% 21,3% 10,4% 21,3% 24,1% 47,0% 46,7% Dia 30 / 9 Debate na Rede Amazônica 24,5% 24,7% 21,2% 11,3% 12,3% 13,8% 12,3% 11,2% 9,6% 0% 15/set 16/set 17/set Amazonino Mendes - 25 Artur Bisneto - 45 18/set 20/set 21/set 22/set Serafim Corrêa - 40 Herbert Amazonas - 16 23/set 24/set 25/set 27/set Vanessa Grazziotin - 65 Nulo / Branco 28/set 29/set 30/set Plínio Valério - 43 Indeciso / NSD 01/out Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS Evolução dos três principais candidatos nos últimos 14 dias do 1.º turno e a comparação com o resultado final 60% AMAZONINO MENDES 49,6% 47,7% 46,8% 46,4% 46,3% 46,8% 45,8% 46,3% 47,6% 46,8% 47,0% 46,4% 46,0% 47,0% 46,7% 43,50% 43,8% 40% 28,77% 27,6% SERAFIM CORRÊA 20% 19,5% 11,7% 20,8% 19,6% 13,0% 11,8% 20,1% 20,1% 11,8% 12,2% 21,1% 11,8% 21,8% 11,3% 24,1% 23,2% 21,3% 21,3% 10,4% 9,6% 24,7% 24,5% 21,8% 21,2% 11,3% 13,8% 12,3% 13,76% 14,1% 12,3% 11,2% 8,3% VANESSA GRAZZIOTIN 0% 16/set 17/set 18/set 20/set 21/set 22/set 23/set 24/set 25/set 27/set 28/set 29/set 30/set 01/out 03/out Margem de erro de 2,9% para mais ou para menos. Intervalo entre a maior e a menor porcentagem obtida pelos seis candidatos durante 62 dias do 1.º turno do Tracking MENOR PORCENTAGEM MAIOR PORCENTAGEM VARIAÇÃO RESULTADO TRE Amazonino Mendes ― 25 42,5% 47,7% 5,2% 43,50% Serafim Corrêa ― 40 15,4% 24,7% 9,3% 28,77% Vanessa Grazziotin ― 65 9,6% 18,1% 8,5% 13,76% Plínio Valério ― 43 3,8% 10,8% 7,0% 10,24% Artur Bisneto ― 45 1,3% 3,1% 1,8% 3,33% Herbert Amazonas ― 16 0,1% 1,1% 1,0% 0,41% CANDIDATOS Os números obtidos no último relatório da pesquisa Tracking (1.º/10) já considerando a margem de erro de 2,9%, para mais ou para menos, comprova a qualidade da metodologia e do trabalho de campo da Perspectiva. A diferença mínima entre os números do relatório do dia 1.º/10 para o resultado da eleição é totalmente aceitável exatamente pela ausência da pesquisa nos dias 2 e 3 de outubro. A pesquisa Tracking é uma fotografia diária e a tendência dos resultados é mais facilmente previsível. Serafim vinha numa constante crescente dia-a-dia ao ponto de podermos afirmar que no dia 2 teria mais de 25% e no dia 3 mais de 26%. A mesma lógica ocorreu com Amazonino que registrava queda já no último dia pesquisado. A dinâmica do processo eleitoral é o elemento mais fascinante do universo do marketing político. Em poucos dias, é possível reverter um quadro desfavorável ou, ao contrário, perder vantagens conquistadas. Ao longo de 62 dias de pesquisa, Serafim aproveitou as oportunidades nos momentos decisivos da campanha, obtendo assim o maior crescimento da intenção de votos do 1.º turno. 33 Durango Duarte CAPÍTULO II – PESQUISAS ELEITORAIS QUANTITATIVAS E RESULTADOS DA ELEIÇÃO DE 2004 Tracking Rejeição dupla 34 JULHO AGOSTO SETEMBRO A soma das porcentagens da tabela ao lado ultrapassa 100% devido à possibilidade de o entrevistado responder mais de um nome. Os quatro gráficos, semelhantes aos que foram apresentados nas páginas anteriores, não constam no livro por falta de espaço, o que não prejudicará a compreensão dos resultados. A candidata Vanessa Grazziotin é o melhor exemplo de como uma única atitude pode destruir uma candidatura. Ela foi minada por uma rejeição “construída” antes mesmo de sua chapa ser lançada oficialmente. Logo após a votação do salário mínimo, quando votou a favor dos R$ 260, apresentados pelo Governo Lula, jornais e apresentadores de televisão e de rádio potencializaram o fato criando uma contradição com sua história política de defesa dos interesses dos trabalhadores. Artificialmente, conseguiram imprimir na mente da população uma “traição”. Antes dos registros das candidaturas, Vanessa tinha uma rejeição abaixo de 15% e depois dos sucessivos ataques durante todo o período eleitoral, chegou ao último dia de pesquisa com mais de 40%. DIA 21 22 23 24 26 27 28 29 30 31 02 03 04 05 06 07 09 10 11 12 13 14 16 17 18 19 20 21 23 24 25 26 27 28 30 31 01 02 03 04 06 08 09 10 11 13 14 15 16 17 18 20 21 22 23 24 25 27 28 29 30 01 / OUTUBRO Amazonino Mendes 25 Serafim Corrêa 40 Vanessa Grazziotin 65 Plínio Valério 43 Artur Bisneto 45 Herbert Amazonas 16 Não rejeita nenhum Rejeita todos os outros 20,8% 13,5% 26,3% 14,6% 28,6% 29,3% 14,3% 9,1% 21,1% 14,1% 27,2% 14,1% 28,5% 28,6% 13,6% 9,2% 19,6% 14,0% 28,0% 12,1% 28,4% 26,8% 14,9% 9,6% 19,4% 13,2% 28,2% 13,7% 29,7% 27,2% 14,3% 9,2% 19,1% 12,9% 27,4% 14,7% 30,2% 29,2% 13,9% 19,7% 13,8% 30,3% 14,9% 30,8% 29,2% 12,0% 9,3% 19,3% 14,5% 30,3% 15,2% 30,8% 28,9% 11,0% 11,0% 17,6% 14,3% 33,1% 15,0% 29,6% 28,5% 11,5% 9,9% 16,8% 12,5% 30,2% 16,5% 27,5% 28,9% 13,3% 10,3% 18,3% 12,4% 30,9% 16,3% 27,1% 28,8% 12,9% 9,5% 19,5% 12,3% 30,3% 16,3% 26,5% 27,0% 13,3% 10,3% 18,8% 12,3% 31,7% 14,5% 27,4% 26,8% 13,3% 10,1% 15,7% 12,4% 32,6% 14,4% 28,5% 25,7% 14,6% 10,0% 16,5% 12,3% 31,1% 14,3% 29,8% 25,8% 14,2% 9,6% 16,8% 11,5% 32,8% 15,3% 29,4% 25,0% 12,9% 9,8% 17,9% 10,6% 32,6% 14,1% 29,7% 23,7% 13,2% 9,9% 16,3% 11,0% 35,1% 13,8% 28,0% 24,3% 13,2% 10,7% 16,6% 11,6% 35,3% 14,4% 30,3% 23,2% 13,7% 10,4% 15,2% 12,2% 35,7% 15,0% 29,9% 24,4% 13,8% 10,0% 17,1% 11,5% 36,1% 14,2% 31,8% 25,3% 13,0% 8,6% 18,8% 10,9% 34,9% 12,4% 28,7% 26,6% 12,2% 10,5% 20,5% 11,4% 35,8% 13,2% 29,2% 26,5% 10,1% 11,6% 20,7% 11,1% 34,0% 15,3% 28,3% 26,9% 9,9% 11,9% 21,3% 10,8% 34,1% 15,6% 30,3% 25,2% 9,9% 10,9% 20,8% 9,8% 34,3% 15,4% 31,5% 26,2% 10,3% 10,3% 20,8% 10,4% 34,4% 13,7% 31,9% 24,8% 10,4% 10,3% 19,3% 10,8% 33,9% 12,6% 31,0% 25,7% 11,3% 10,0% 21,9% 10,2% 34,1% 10,8% 30,5% 24,8% 11,3% 9,3% 22,3% 10,6% 35,7% 11,3% 30,5% 24,7% 11,2% 8,9% 21,8% 11,6% 36,8% 14,3% 30,2% 26,1% 10,8% 7,6% 20,6% 11,1% 36,1% 14,3% 30,5% 24,8% 11,9% 7,8% 19,3% 10,8% 36,2% 13,5% 32,1% 25,9% 12,3% 8,1% 17,8% 10,3% 36,3% 13,4% 32,1% 26,5% 12,5% 8,7% 20,6% 11,3% 35,5% 13,5% 32,0% 27,0% 10,8% 8,6% 21,5% 11,0% 34,4% 13,2% 31,8% 25,8% 10,8% 8,7% 24,2% 11,4% 34,3% 13,3% 32,2% 24,6% 10,6% 8,3% 23,3% 11,2% 34,9% 12,8% 34,7% 25,9% 9,8% 8,2% 24,5% 11,5% 36,5% 12,9% 34,3% 25,8% 9,8% 7,8% 22,3% 12,2% 38,4% 12,7% 34,7% 25,8% 8,8% 7,7% 24,8% 12,1% 37,8% 12,4% 30,6% 26,8% 8,7% 7,8% 24,7% 12,3% 37,9% 12,3% 31,0% 27,6% 8,2% 6,9% 26,7% 11,5% 36,4% 11,6% 31,0% 28,2% 9,0% 6,4% 24,0% 11,8% 38,6% 11,3% 32,9% 26,2% 9,9% 6,3% 23,4% 12,3% 37,7% 12,0% 32,4% 26,3% 8,8% 7,5% 23,3% 12,0% 35,7% 11,4% 30,8% 26,0% 9,1% 9,1% 23,8% 10,8% 36,2% 11,0% 30,2% 26,8% 9,4% 9,3% 23,0% 9,5% 35,8% 10,0% 30,3% 25,8% 10,6% 9,0% 23,3% 10,3% 40,0% 10,2% 30,7% 26,3% 9,3% 7,4% 23,4% 10,3% 38,2% 10,8% 30,3% 25,7% 10,0% 7,0% 23,6% 11,1% 37,8% 10,8% 29,8% 27,0% 9,9% 6,8% 24,2% 10,3% 35,4% 11,0% 29,3% 27,8% 10,6% 6,7% 23,9% 11,8% 37,1% 11,0% 29,6% 27,3% 9,8% 6,9% 25,3% 11,1% 37,2% 11,8% 30,5% 26,6% 9,8% 6,8% 24,7% 11,8% 38,7% 11,8% 32,2% 24,4% 9,8% 7,8% 26,0% 10,8% 37,8% 11,2% 31,8% 26,1% 9,9% 7,1% 25,5% 11,1% 39,0% 10,4% 30,4% 25,5% 9,8% 8,1% 25,3% 10,8% 38,5% 11,8% 29,0% 28,2% 9,5% 7,6% 24,9% 10,9% 38,3% 11,5% 29,0% 26,8% 9,7% 8,4% 26,2% 10,6% 37,7% 13,3% 28,9% 27,8% 10,1% 7,2% 26,6% 10,3% 36,9% 13,1% 31,4% 28,4% 10,7% 5,6% 26,3% 10,2% 39,7% 13,8% 31,2% 29,3% 9,9% 4,4% 27,4% 11,5% 40,2% 13,8% 29,7% 27,6% 8,9% 4,8% 9,8% Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS Cruzamento da 1.ª com a 2.ª opção da pergunta estimulada considerando os últimos 12 dias do Tracking e uma análise da transferência de votos para o 2.º turno PREFEITO ESTIMULADA 1.ª OPÇÃO PREFEITO ESTIMULADA ― 2.ª OPÇÃO Serafim Corrêa 40 Amazonino Mendes 25 Plínio Valério 43 Vanessa Grazziotin 65 Artur Bisneto 45 Herbert Amazonas 16 Nenhum Não sabe dizer Amazonino Mendes ― 25 24,2% X 14,5% 13,5% 4,0% 0,4% 37,5% 5,8% Serafim Corrêa ― 40 X 18,2% 21,3% 23,7% 7,1% 0,3% 25,2% 4,2% Vanessa Grazziotin ― 65 40,6% 17,4% 12,5% X 4,4% 0,3% 21,3% 3,4% Plínio Valério ― 43 28,3% 21,5% X 9,9% 7,0% 1,5% 27,6% 4,2% Artur Bisneto ― 45 21,7% 21,7% 11,3% 14,2% X 0,9% 24,5% 5,7% Herbert Amazonas ― 16 13,3% 0,0% 26,7% 20,0% 0,0% X 40,0% 0,0% Amostra: 4.800 entrevistas. NOMES AMAZONINO VOTOS ― 1.º TURNO TRANSFERÊNCIA % Vanessa Grazziotin ― 65 17,4% 103.333 17.980 2,39% Plínio Valério ― 43 21,5% 16.533 2,20% Artur Bisneto ― 45 21,7% 5.425 0,72% 39.938 5,31% x = 76.896 25.001 TOTAL RESULTADO 1.º TURNO Amazonino Mendes ― 25 Amazonino Mendes ― 25 43,50% % DA TRANSFERÊNCIA + 5,31% TOTAL = 48,81% RESULTADO 2.º TURNO TOTAL DA TRANSFERÊNCIA DIFERENÇA 48,32% 48,81% 0,49% Esta tabela representa um estudo de cenário de transferência de votos e esclarece a importância de perguntar ao entrevistado qual a sua segunda opção, caso queira ou vá mudar seu voto. Utilizando como exemplo o deslocamento de votos dos eleitores de Vanessa observamos que de cada 100, 17 votariam em Amazonino como segunda opção. Com base nessa mesma proporção calculamos uma estimativa para o 2.º turno, em que dos 103.333 votos que a deputada obteve no 1.º turno, 17.980 poderiam ter migrado para Amazonino, o que representa 2,39% do total de votos válidos. A somatória da transferência de votos de Vanessa, Plínio e Bisneto, nesta simulação, já permitia apontar que além dos 43,5% obtidos no 1.º turno, Amazonino poderia contar com 5,31%, significando 39.938 votos computados a mais no seu desempenho no 2.º turno. Isso resultaria em 48,81%, portanto uma diferença de apenas 0,49% em relação ao resultado oficial do TRE, que foi de 48,32%. 35 Durango Duarte CAPÍTULO II – PESQUISAS ELEITORAIS QUANTITATIVAS E RESULTADOS DA ELEIÇÃO DE 2004 Cruzamento das variáveis utilizadas como referência de análise dos últimos 12 dias do Tracking Amazonino Mendes 25 Serafim Corrêa 40 Vanessa Grazziotin 65 Plínio Valério 43 Artur Bisneto 45 Herbert Amazonas 16 Nenhum Não sabe dizer Leste 51,3% 17,8% 10,5% 10,3% 1,6% 0,6% 1,2% 6,6% Sul 43,1% 23,4% 11,7% 10,6% 2,6% 0,3% 1,9% 6,6% Norte 48,7% 19,1% 11,6% 8,5% 2,0% 0,2% 1,3% 8,5% Oeste 50,0% 22,0% 11,2% 8,2% 2,1% 0,4% 1,7% 4,4% Centro-Oeste 42,3% 24,2% 15,6% 8,3% 1,5% 0,6% 2,7% 4,8% Centro-Sul 37,5% 27,5% 15,0% 8,8% 1,5% 1,1% 2,9% 5,9% Masculino 44,9% 23,0% 12,3% 8,8% 2,0% 0,8% 2,0% 6,3% Feminino 48,0% 20,2% 11,9% 9,8% 1,9% 0,2% 1,5% 6,6% De 16 a 24 anos 45,7% 21,7% 13,8% 10,7% 2,9% 0,7% 1,4% 3,2% De 25 a 44 anos 44,0% 23,1% 12,3% 9,9% 1,6% 0,4% 1,6% 7,1% Mais de 45 anos 52,7% 17,9% 9,7% 6,5% 1,7% 0,4% 2,4% 8,7% Analfabeto/1.ª a 4.ª 62,9% 12,1% 9,2% 5,9% 1,9% 0,2% 1,1% 6,8% 5.ª a 8.ª série/ginasial 53,7% 17,6% 9,8% 8,9% 2,1% 0,3% 1,2% 6,5% 1.º ao 3.º colegial 41,6% 24,2% 12,6% 11,0% 2,0% 0,5% 1,8% 6,3% Superior 29,4% 31,9% 19,7% 5,5% 1,8% 1,0% 4,9% 5,8% Manaus 44,2% 23,3% 12,6% 9,6% 2,3% 0,6% 1,8% 5,6% Interior do Amazonas 50,8% 19,6% 11,0% 9,1% 1,3% 0,1% 1,6% 6,6% Estados do Norte 48,4% 18,3% 11,1% 9,6% 1,6% 0,3% 2,0% 8,7% Outros Estados 48,1% 20,2% 12,9% 7,3% 1,4% 0,6% 1,5% 8,2% Católico 46,3% 20,9% 12,9% 9,9% 1,9% 0,3% 1,3% 6,5% Evangélico 48,0% 23,8% 9,6% 7,5% 1,8% 0,7% 2,0% 6,8% Outros 43,9% 18,8% 12,8% 11,0% 3,1% 0,8% 4,5% 5,2% Até R$ 424 54,5% 16,3% 9,3% 9,1% 2,0% 0,6% 1,4% 6,9% De R$ 425 a R$ 1.669 43,6% 24,3% 12,4% 10,4% 1,9% 0,1% 1,4% 6,0% Mais de R$ 1.670 35,8% 26,4% 17,6% 7,1% 2,1% 1,2% 3,5% 6,4% PREFEITO MANAUS ZONA Com o mesmo universo de 4.800 entrevistas da tabela anterior, este quadro permite conhecer de forma detalhada o perfil do eleitor de cada candidato sob a ótica de sete variáveis, sendo que os cortes selecionados pela Perspectiva são os mais recomendados para Manaus (ex.: 16 a 24 anos; 25 a 44 anos e mais de 45 anos). Historicamente, Amazonino tem força entre o eleitorado de baixa renda e escolaridade, concentrado principalmente na Zona Leste, assim como entre as pessoas com mais de 45 anos e nascidas no interior do Estado. Já Serafim e Vanessa, juntos, tinham mais aceitação entre o público de nível superior, morador da Zona Centro-Sul e com renda acima de R$ 1.670,00. Essa análise dos últimos 12 dias do Tracking confirma que não houve grandes alterações no perfil do eleitorado manauara nos últimos anos, indicando certa fidelidade do eleitor a seu candidato. 36 SEXO IDADE ESCOLARIDADE LOCAL DE NASCIMENTO RELIGIÃO RENDA Amostra: 4.800 entrevistas PARTE II 2.º TURNO Painel Contínuo Assim como no Tracking, esta pesquisa teve como objetivo acompanhar a intenção de votos dos eleitores dia-a-dia, além de aferir o day after recall (audiência) da propaganda eleitoral veiculada no 2.º turno e qual foi o melhor programa de acordo com a opinião dos entrevistados. No Painel Contínuo foram realizadas 500 entrevistas por dia, sem substituição da amostra, realizadas entre os dias 13 e 29 de outubro. No total foram 17 dias de pesquisa, ou seja, 8.500 entrevistas. A margem de erro foi de 4,5%, para mais ou para menos, para cada dia. A metodologia utilizada foi a mesma do Tracking, isto é, probabilística por conglomerados (clusters). Foi utilizada uma cédula para verificar as intenções de voto do eleitor de Manaus quanto às eleições de 2004 para a Prefeitura Municipal, simulando o ato de votar. A cédula continha o nome, o número e a foto dos dois candidatos que concorreram no 2.º turno: Amazonino Mendes e Serafim Corrêa. O critério utilizado para a colocação dos nomes na cédula obedeceu à ordem crescente dos números dos partidos e as fotos contidas na cédula foram retiradas do site do Tribunal Superior Eleitoral, as mesmas que foram utilizadas na urna eletrônica. Após marcar o número do seu candidato, longe do olhar do pesquisador, o eleitor dobrava a cédula e colocava dentro de uma urna. Perfil Bairro a Bairro Trata-se de uma pesquisa que também foi realizada por meio de cédula eleitoral, com uma amostra total de seis mil entrevistas. A margem de erro desta pesquisa foi de 1,3%, para mais ou para menos, e o grau de confiabilidade foi de 95%. Neste projeto, o resultado final obtido pelos dois candidatos foi produto de uma seqüência de cálculos e procedimentos. Em primeiro lugar, tomou-se como base o total de eleitores que votaram em um dos seis candidatos no 1.º turno por bairro. Este número serviu como referência para a estimativa por bairro, por zona e, finalmente, pela cidade (resultado final). A amostra em cada bairro não foi necessariamente ponderada pelo número de habitantes ou de eleitores, sendo que foram realizadas no mínimo 40 entrevistas nos bairros de menor densidade eleitoral (ex.: Chapada) e no máximo 600 entrevistas nos de maior densidade eleitoral (ex.: Cidade Nova). Em apenas quatro bairros não foram realizadas entrevistas: Distrito Industrial e Vila Buriti (número de eleitores é muito pequeno e de difícil acesso) e Colônia Santo Antônio e Ponta Negra (não existem locais de votação, com isso os eleitores votam em outras seções eleitorais diferentes do domicílio). Na seqüência, eliminaram-se os votos em branco e nulo das cédulas entregues aos entrevistados, obtendo assim a porcentagem dos votos válidos por bairro da pesquisa. Esse valor foi multiplicado pelo total de eleitores do 1.º turno. A diferença em votos apresentada foi a favor de um ou outro candidato e a soma final foi o resultado da pesquisa transformado em porcentagem. Assim o resultado desta pesquisa foi: Serafim com 50,93% e Amazonino com 49,07%. Com essa metodologia a diferença foi de apenas 0,75% em relação aos números do TRE. 37 Durango Duarte CAPÍTULO II – PESQUISAS ELEITORAIS QUANTITATIVAS E RESULTADOS DA ELEIÇÃO DE 2004 Painel Contínuo com 17 rodadas de 500 entrevistas diárias 60% SERAFIM 50% 48,2% 50,6% 48,8% 49,0% 48,2% 46,4% 46,6% 51,6% 50,2% 52,0% 50,8% 49,0% 49,0% 46,6% 47,8% 47,2% AMAZONINO 40% 52,2% 47,0% 47,6% 46,8% 47,2% 48,0% 48,4% 47,8% 49,2% 49,0% 49,0% 48,0% 48,6% 49,0% 49,5% 49,0% 48,4% 47,6% Penúltima Propaganda Eleitoral Debate na TV Rio Negro (Serafim não compareceu) Caso Soraia Início da Propaganda Eleitoral 46,2% 48,6% 30% 20% 10% BRANCOS / NULOS 5,4% 4,6% 2,8% 2,8% 2,0% 3,8% 3,8% 2,4% 1,6% 1,0% 3,4% 3,8% 1,8% 3,0% 1,8% 3,0% 2,0% 2,9% 0% 13/out 14/out 15/out 16/out 17/out 18/out 19/out Acredito que entre todas as pesquisas realizadas durante o ano de 2004, com os mais diversos métodos e cenários possíveis, as executadas durante estes 17 dias foram as que refletiram mais fielmente a opinião e o sentimento dos eleitores e, por conseqüência, as que mais se aproximaram do resultado final. Os números do primeiro dia desta seqüência de pesquisas, que ocorreu exatamente 10 dias após o 1.º turno, já apontava a vitória de Serafim Corrêa, com 2% de vantagem. Esse percentual é exatamente o mesmo da média dos 17 dias pesquisados, sendo que nos 12 dias iniciais Serafim esteve à frente. No dia 22 de outubro ele obteve sua maior diferença em relação a Amazonino, com 6%. O coordenador-geral da campanha de Amazonino Mendes tinha acesso a esses números todas as noites quando era entregue o relatório do Painel Contínuo. Porém não conseguiu, em nenhum momento, reagir corretamente e montar uma tática que revertesse a vantagem de Serafim ou, quem sabe, preferiu levar em consideração os números divulgados pela mídia que indicavam a vitória de Amazonino. Os diversos fatos ocorridos neste período como o Caso Soraia, a situação do IPTU de Amazonino e o desempenho no debate da Rede Amazônica simplesmente serviram para consolidar a vitória de Serafim, cuja tendência estava nítida desde os primeiros dias de pesquisa do 2.º turno. 38 20/out 21/out 22/out 23/out 24/out 25/out 26/out 27/out 28/out 29/out MÉDIA VOTOS VÁLIDOS 2.º TURNO SERAFIM 40 AMAZONINO 25 DIFERENÇA 13/out 51,0% 49,0% 2,0% 14/out 51,2% 48,8% 2,4% 15/out 50,4% 49,6% 0,8% 16/out 52,1% 47,9% 4,2% 17/out 51,2% 48,8% 2,4% 18/out 50,9% 49,1% 1,8% 19/out 52,3% 47,7% 4,6% 20/out 52,7% 47,3% 5,4% 21/out 51,6% 48,4% 3,2% 22/out 53,0% 47,0% 6,0% 23/out 50,9% 49,1% 1,8% 24/out 50,3% 49,7% 0,6% 25/out 49,7% 50,3% 0,6% 26/out 49,5% 50,5% 1,0% 27/out 49,9% 50,1% 0,2% 28/out 49,9% 50,1% 0,2% 29/out 50,0% 50,0% 0,0% MÉDIA 51,0% 49,0% 2,0% Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS Ontem você assistiu na televisão o horário eleitoral? 45% 363.380 40,0% 334.310 40% 36,8% 314.324 305.239 35% 290.704 34,6% 337.943 32,0% 272.535 30,0% 261.634 30% 28,8% 31,6% 287.070 29,6% 268.901 27,6% 25% 27,2% 26,4% 250.732 23,4% 20% 15% 37,2% 33,6% 239.831 247.098 25,2% 23,0% 228.929 212.577 208.944 Serafim Amazonino 10% 14/out 15/out 16/out 17/out 18/out 19/out 20/out 21/out 22/out 23/out 24/out 25/out 26/out 27/out 28/out 29/out Obs.: O gráfico acima representa o número de pessoas que disseram “sim”, ou seja, que assistiram ou ouviram o horário eleitoral no dia anterior à pesquisa. As cores indicam os dias em que o programa de cada candidato foi melhor avaliado. Qual dos candidatos, na sua opinião, apresentou o melhor programa? MELHOR PROGRAMA BASE DE RESPOSTA Amazonino 25 Serafim 40 Não sabe opinar 14 / out 160 46,3% 15 / out 144 52,1% 16 / out 138 47,1% 43,5% 4,3% 1,4% 3,6% 17 / out 184 46,2% 43,5% 4,3% 1,6% 4,3% 18 / out 117 54,7% 36,8% 6,0% 0,9% 1,7% 19 / out 148 46,6% 44,6% 3,4% 1,4% 4,1% 20 / out 168 47,6% 46,4% 1,2% 0,0% 4,8% 21 / out 132 49,2% 45,5% 0,0% 0,8% 4,5% 22 / out 150 42,7% 46,0% 3,3% 1,3% 6,7% 23 / out 126 40,5% 49,2% 2,4% 1,6% 6,3% 24 / out 115 43,5% 52,2% 0,9% 0,9% 2,6% 25 / out 173 53,8% 45,7% ― ― 0,5% 26 / out 136 51,5% 44,1% 0,7% 0,7% 2,9% 27 / out 158 49,4% 43,7% 1,3% 1,3% 4,4% 28 / out 186 53,8% 42,5% 1,1% ― 2,7% 29 / out 200 48,0% 52,0% ― ― ― Os dois Nenhum 38,8% 8,1% 0,6% 6,3% 35,4% 7,6% ― 4,9% Obs.: Pergunta filtro. Somente para as pessoas que disseram “sim”, ou seja, que assistiram ou ouviram o horário eleitoral. Os números em vermelho referem-se à quantidade estimada de pessoas que teriam assistido ao programa eleitoral no dia anterior, em qualquer um dos horários exibidos (manhã ou noite). Essa estimativa é resultado da multiplicação da porcentagem da audiência pelo número de eleitores de Manaus (908.435).Observamos que o menor índice de audiência foi de 23%, no dia 24/10, e o maior de 40%, no último dia pesquisado. Números baixos, com certeza, mas não diferentes da realidade nacional. A título de informação, as inserções de 30” obtêm melhores resultados de comunicação. Lamentavelmente, os marketeiros de plantão em nossa cidade costumam superestimar o poder dos programas do horário eleitoral, considerando-os quase que a única ferramenta capaz de determinar a vitória de um candidato. Tanto que, como indica a tabela ao lado, o programa de Amazonino foi apontado como o melhor, até por boa parte dos eleitores de Serafim, em 12 dos 16 dias avaliados. O eleitor até reconhece a superioridade técnica de um programa, mas não faz sua opção ou altera seu voto com base nesse conceito. A avaliação do melhor programa, no dia 29, apontou uma diferença de apenas 0,32% do resultado oficial da eleição. 39 Durango Duarte CAPÍTULO II – PESQUISAS ELEITORAIS QUANTITATIVAS E RESULTADOS DA ELEIÇÃO DE 2004 Perfil Bairro a Bairro (2.º turno) 40 SUL BETÂNIA 2 CACHOEIRINHA 3 CENTRO 4 COL. OLIVEIRA MACHADO 5 CRESPO 6 EDUCANDOS 7 JAPIIM 8 MORRO DA LIBERDADE 9 N. SRA. APARECIDA 10 PETRÓPOLIS 11 PRAÇA 14 DE JANEIRO 12 PRESIDENTE VARGAS 13 RAIZ 14 SANTA LUZIA 15 SÃO FRANCISCO 16 SÃO LÁZARO 1 COMPENSA 2 GLÓRIA 3 LÍR IO DO VALE 4 NOVA ESPERANÇA 5 SANTO AGOSTINHO 6 SANTO ANTÔNIO 7 SÃO JORGE 8 SÃO RAIMUNDO 9 TARUMÃ 10 VILA DA PRATA 48 49 45 62 48 51 46 50 43 45 52 50 49 46 43 52 SUBTOTAL TOTAL DE VOTOS VÁLIDOS NO 1º TURNO % % % % % % % % % % % % % % % % 47,24% 3.814 10.344 17.639 3.445 3.058 7.178 14.088 5.541 2.311 16.940 4.406 2.307 2.413 5.853 6.525 4.145 4.131 10.767 21.558 2.111 3.312 6.897 16.539 5.541 3.064 20.704 4.067 2.307 2.511 6.871 8.650 3.827 -317 -423 -3.919 1.334 -254 281 -2.451 0 -753 -3.764 339 0 -98 -1.018 -2.125 318 7.945 21.111 39.197 5.556 6.370 14.075 30.627 11.082 5.375 37.644 8.473 4.614 4.924 12.724 15.175 7.972 110.007 122.857 -12.850 232.864 22.372 4.689 4.477 4.076 3.514 6.931 9.804 5.365 542 3.611 2.856 599 -344 -159 -753 577 -755 684 466 -774 47.600 9.977 8.610 7.993 6.275 14.439 18.853 11.414 1.550 6.448 65.381 2.397 133.159 3.222 2.304 13.879 8.781 2.498 320 20.815 3.815 3.719 2.035 749 -1.571 2.395 102 359 1.735 1.453 1.211 8.479 5.357 26.187 19.957 5.098 999 43.365 9.083 8.649 59.353 8.468 127.174 39.499 4.084 858 1.420 2.275 -1549 2043 376 463 1284 77.449 10.211 2.092 3.303 5.834 48.136 2.617 98.889 14.479 2.190 9.147 3.363 12.141 590 0 -2524 -1213 -934 29.548 4.379 15.770 5.513 23.348 41.320 -4.081 78.558 4.794 5.024 616 8.628 6.248 12.757 5.012 -1027 -1674 -170 -1848 -1724 -3134 -911 8.561 8.374 1.062 15.408 10.772 22.380 9.113 56,93% 43.079 -10.488 75.670 50,93% 380.126 -13.937 746.314 SERAFIM % dos votos válidos 52 51 55 38 52 49 54 50 57 55 48 50 51 54 57 48 % % % % % % % % % % % % % % % % 52,76% OESTE -5,52% 53 53 48 49 44 52 48 53 65 44 SUBTOTAL % % % % % % % % % % 50,90% 25.228 5.288 4.133 3.917 2.761 7.508 9.049 6.049 1.008 2.837 67.778 47 47 52 51 56 48 52 47 35 56 % % % % % % % % % % 49,10% LESTE 1,80% 1 ARMANDO MENDES 2 COL. ANTÔNIO ALEIXO 3 COROADO 4 JORGE TEIXEIRA 5 MAUAZINHO 6 PURAQUEQUARA 7 SÃO JOSÉOPERÁRIO 8 TANCREDO NEVES 9 ZUMBI DOS PALMARES 62 57 47 56 51 68 52 58 57 SUBTOTAL % % % % % % % % % 53,33% 5.257 3.053 12.308 11.176 2.600 679 22.550 5.268 4.930 67.821 38 43 53 44 49 32 48 42 43 % % % % % % % % % 46,67% NORTE 6,66% 1 CIDADE NOVA 2 COL. TERRA NOVA 3 MONTE DAS OLIVEIRAS 4 NOVO ISRAEL 5 SANTA ETELVINA 49 60 59 57 61 SUBTOTAL % % % % % 51,32% 37.950 6.127 1.234 1.883 3.559 50.753 51 40 41 43 39 % % % % % 48,68% CENTRO-OESTE 2,65% CENTRO-SUL A metodologia que analisa as intenções de votos bairro a bairro permite indicar com alto grau de precisão o possível resultado de uma eleição. Esse método tem como parâmetro os resultados do 1.º turno. A Perspectiva utilizou essa técnica na eleição de 2000. Naquele ano, Alfredo vencia Braga por uma diferença de 1,51% e o resultado final registrou uma diferença de 1,56%. Nas eleições de 2004, o mesmo método foi aplicado. A vitória de Serafim era certa nas Zonas Sul com 52,7% e o resultado final foi de 53,6%; CentroOeste, onde ele tinha 52,6% e obteve 54,4% e na Centro-Sul, onde registrou 56,9% e ficou com 55,8%. A pesquisa apontava com certeza a vitória de Amazonino apenas na Zona Leste, com 53,3% e o resultado final foi de 53,7%. A vantagem que Amazonino obteve na Zona Norte não se confirmou pelo desempenho abaixo do esperado em todos os bairros pesquisados. Já na Zona Oeste, esperava-se que Amazonino ganhasse em cinco bairros, porém em Santo Antônio e São Raimundo, não foi o que aconteceu. % dos votos válidos 1 DIFERENÇA EM VOTOS AMAZONINO ZONAS / BAIRROS 1 ALVORADA 2 DA PAZ 3 DOM PEDRO 4 PLANALTO 5 REDENÇÃO 51 50 42 39 48 SUBTOTAL % % % % % 47,40% 15.069 2.190 6.623 2.150 11.207 37.239 49 50 58 61 52 % % % % % 52,60% -5,19% 1 ADRIANÓPOLIS 2 ALEIXO 3 CHAPADA 4 FLORES 5 N. SRA. DAS GRAÇAS 6 PARQUE DEZ DE NOVEMBRO 7 SÃO GERALDO 44 40 42 44 42 43 45 SUBTOTAL % % % % % % % 43,07% 3.767 3.350 446 6.780 4.524 9.623 4.101 32.591 56 60 58 56 58 57 55 % % % % % % % -13,86% TOTAL GERAL 49,07% 366.189 -1,87% Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS Resultado comparativo das pesquisas da Perspectiva com o resultado final da eleição Votos válidos Serafim 40 Amazonino 25 PERFIL: MANAUS BAIRRO A BAIRRO ― (6.000 entrevistas) 50,93% 49,07% PAINEL CONTÍNUO ― (média dos votos válidos das 8.500 entrevistas) 51,00% 49,00% PESQUISA REGISTRADA (N.º 229/2004) ― (625 entrevistas) 49,58% 50,42% BOCA DE URNA (N.º 228/2004) ― (1.000 entrevistas) 49,80% 50,20% MÉDIA 50,33% 49,67% RESULTADO TRE ― 2.º TURNO 51,68% 48,32% 2.º TURNO DIFERENÇA ENTRE A MÉDIA E O RESULTADO FINAL DO TRE 1,35% No Amazonas há um estigma sobre as pesquisas: elas não são confiáveis, são manipuláveis ou “compradas”. Se você é contratado por qualquer político, seja ele da situação ou da oposição, todos os outros que não estão do seu lado, junto com seu séquito e boa parte dos profissionais de comunicação, começam afirmar que você está vendendo resultados. Quem sabe parte desse pensamento possa ser explicada pela seqüência de pesquisas erradas, divulgadas nas últimas oito eleições. A nossa empresa, a Perspectiva, não escapa dessa tentativa de generalização, de que pesquisa não é coisa séria. Em 1994, a Perspectiva, recém-fundada, realizou poucas pesquisas, todas com 100% de acerto, sobre as quais podem testemunhar os nossos primeiros clientes: o senador Bernardo Cabral e o deputado federal Pauderney Avelino. A Perspectiva encarou sua prova de fogo em 1996, quando sozinha acertou que Alfredo Nascimento e Serafim Corrêa iriam disputar o 2.º turno para a Prefeitura e posteriormente a vitória de Alfredo. Em 1998 apontamos que a vitória de Amazonino sobre Eduardo Braga para o governo seria apertadíssima e que Gilberto perderia por uma grande diferença para Marcus Barros, na capital. Em 2000, contrariando a maioria das opiniões de que Eduardo ganharia de Alfredo, a Perspectiva indicou a reeleição do prefeito. E mais: dos 33 vereadores da época, acertamos o nome de 27. Em 2002, todas as nossas estimativas se confirmaram. Nesta última eleição, como atestam os resultados acima, acertamos quem seria o prefeito de Manaus. Assim estamos construindo nosso maior patrimônio: a credibilidade. Nosso desafio é o de incorporar novas técnicas e aumentar a qualidade e quantidade de informações estratégicas para nossos clientes. 41 Durango Duarte CAPÍTULO II – PESQUISAS ELEITORAIS QUANTITATIVAS E RESULTADOS DA ELEIÇÃO DE 2004 Pesquisas realizadas por outras empresas 42 22 e 23 / ago Registro n.º 144/2004 31 / ago a 2 / set 1.º TURNO Registro n.º 145/2004 7 a 9 / set Registro n.º 149/2004 14 a 16 / set Registro n.º 152/2004 21 e 22 / set Registro n.º 164/2004 1 e 2 / out Registro n.º 170/2004 Resultado TRE 8 e 9 / out 2.º TURNO Registro n.º 174/2004 14 e 15 / out Registro n.º 202/2004 21 e 22 / out Registro n.º 219/2004 30 / out Registro n.º 230/2004 Resultado TRE 16 a 18 / jul 1.º TURNO Registro n.º 131/2004 13 a 15 / ago Registro n.º 140/2004 24 a 26 / set Registro n.º 169/2004 Resultado TRE 2.º TURNO O jornal Diário do Amazonas contratou o Vox Populi e a Rede Amazônica o Ibope. O valor total dos contratos com o Vox Populi foi de R$ 314.800,00, por 10 pesquisas e R$ 88.571,40 com o Ibope, por três pesquisas. No mês de agosto, Amazonino apareceu com 60% das intenções de votos, segundo o Vox Populi, e 55%, segundo o Ibope. Se qualquer pessoa que não trabalhe com pesquisas, mas conheça um pouco do cenário político local, considera esses números irreais, imagine nossa empresa que acompanhou a sucessão municipal desde julho de 2003! Os percentuais divulgados na véspera da eleição, pelo Vox Populi, apontavam a vitória de Amazonino enquanto Serafim teria apenas 41%. Com 51,68% dos votos válidos, são extremamente compreensíveis as declarações de Serafim contra os institutos nacionais de pesquisa. Prefiro acreditar que não houve fraude. Os institutos dominam as técnicas, mas não conhecem as características culturais e comportamentais do nosso povo, em relação às pesquisas eleitorais. Parte dos manauaras, por ser dependente da estrutura do poder público, muitas vezes mente ou omite sua opinião. Amazonino Mendes Serafim Corrêa Vanessa Grazziotin Plínio Valério Artur Bisneto Herbert Amazonas Ninguém / Branco / Nulo Não sabe / AMOSTRA E Não MARGEM DE ERRO respondeu 60% 15% 9% 3% 3% 0% 3% 7% 504 | 4,4% 50% 16% 11% 5% 2% - 2% 14% 800 | 3,5% 46% 18% 12% 6% 3% 0% 4% 4% 800 | 3,5% 46% 17% 11% 7% 3% 1% 4% 11% 802 | 3,5% 44% 21% 9% 8% 3% 0% 3% 12% 800 | 3,5% 46% 21% 12% 11% 3% 1% 2% 4% 1.100 | 3,0% 43,50% 28,77% 13,76% 10,24% 3,33% 0,41% 4,88% ― ― 46% 47% ― ― ― ― 1% 6% 800 | 3,5% 51% 42% ― ― ― ― 2% 5% 801 | 3,5% 54% 38% ― ― ― ― 1% 7% 800 | 3,5% 52% 41% ― ― ― ― 3% 4% 1.100 | 3,0% 48,32% 51,68% ― ― ― ― 1,74% ― ― Amazonino Mendes Serafim Corrêa Vanessa Grazziotin Plínio Valério Artur Bisneto Herbert Amazonas Branco / Nulo Não sabe / Não opinou AMOSTRA E MARGEM DE ERRO 48% 16% 10% 4% 3% 1% 10% 8% 602 | 4,0% 55% 14% 7% 6% 2% 0% 8% 7% 602 | 4,0% 47% 20% 10% 10% 1% 0% 3% 9% 602 | 4,0% 43,50% 28,77% 13,76% 10,24% 3,33% 0,41% 4,88% ― ― ᒈ REGISTROU UMA PESQUISA PARA O 2.º TURNO NO DIA 16/10/2004, SOB O N.º 216/2004, PORÉM SOLICITOU O CANCELAMENTO DA MESMA JUNTO AO CARTÓRIO DA 59.ª ZONA ELEITORAL DO ESTADO DO AMAZONAS, NO DIA 19 DE OUTUBRO DE 2004. 2.º TURNO 1.º TURNO Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS Amazonino Mendes Serafim Corrêa Vanessa Grazziotin Plínio Valério Artur Bisneto Herbert Amazonas Nenhum / Nulo Não sabe / Não respondeu AMOSTRA E MARGEM DE ERRO 15 / jun 51,2% 20,0% 13,3% 5,9% 0,9% 0,3% 4,9% 3,9% 800 | 3,5% 11 e 12 / set 47,8% 17,9% 12,0% 7,7% 2,7% 0,5% 3,1% 8,3% 800 | 3,5% 18 e 19 / set 48,2% 19,1% 11,5% 7,9% 2,0% 0,5% 3,0% 7,8% 800 | 3,5% 29 e 30 / set 48,8% 22,2% 11,4% 9,6% 2,0% 0,3% 1,8% 3,9% 1.698 | 2,4% Resultado TRE 43,50% 28,77% 13,76% 10,24% 3,33% 0,41% 4,88% ― ― 18 a 20 / out 43,7% 43,1% ― ― ― ― 1,4% 11,8% 1.225 | 2,8% 22 e 23 / out 46,6% 40,8% ― ― ― ― 1,9% 10,7% 1.203 | 2,8% 26 e 27 / out 51,8% 40,5% ― ― ― ― 2,9% 4,8% 1.634 | 2,5% 27 e 28 / out 54,3% 43,0% ― ― ― ― 2,1% 0,6% 1.607 | 2,5% Resultado TRE 48,32% 51,68% ― ― ― ― 1,74% ― ― OBS.: Pesquisas não registradas no TRE. Resultado comparativo das pesquisas das outras empresas Votos válidos Serafim 40 Amazonino 25 VOX POPULI 44% 56% GPP 44% 56% MÉDIA 44,14% 55,86% RESULTADO TRE - 2.º TURNO 51,68% 48,32% 2.º TURNO DIFERENÇA 7,54% O Instituto GPP é uma empresa que está há 13 anos no mercado, tem reconhecimento nacional e sede em Campinas. É dirigida pelo estatístico Paulo Guimarães. Os resultados de suas pesquisas eram usados internamente na campanha de Amazonino e nenhuma delas foi registrada no TRE. O GPP passou pelas mesmas dificuldades do Vox Populi e do Ibope, de captar de maneira precisa a opinião eleitoral do manauara. Qual é então a vantagem de se conhecer Manaus muito bem? Na tabela ao lado, temos que a diferença entre os resultados dos institutos nacionais e o oficial da eleição foi de 7,54% e a dos resultados da Perspectiva foi de 1,35% (p. 65). O domínio da realidade local nos leva a acertar os resultados dentro da margem de erro, que é uma obrigação, e mais próximos do final. Este é o grande diferencial da Perspectiva, que ao longo dos últimos anos, com a realização de mais de 1.000 projetos de pesquisas eleitorais e de opinião, atingiu um alto nível de conhecimento da realidade do povo e da cidade de Manaus. Nas últimas quatro eleições, a diferença entre os resultados dos institutos nacionais e os da Perspectiva oscilou entre 6% e 10% e nesta não foi diferente: ficou em 6,19%. 43 PARTE III Resultado das Eleições de 2004 O Tribunal Regional Eleitoral divulga os resultados das eleições pelo total geral e pelas zonas eleitorais, que no caso de Manaus, atualmente, são 12. A divisão geográfica das zonas eleitorais não permite uma melhor compreensão do perfil do eleitor. Para conhecer geopoliticamente o eleitor manauara, tomamos como base os 340 locais de votação (colégios eleitorais) existentes nessa eleição, dos quais 325 estão na área urbana do município e 15 na rural, agrupamos os votos obtidos por cada candidato pelas seis zonas administrativas e pelos 56 bairros oficialmente existentes na cidade. Somente dois bairros não estão no estudo, pois não possuem locais de votação: Ponta Negra e Colônia Santo Antônio. A Zona Sul possui um pouco mais de 31% dos eleitores, apesar de concentrar menos de 23% da população. Isto ainda acontece porque milhares de eleitores preferem não transferir seus títulos para outros locais de votação, principalmente no bairro do Centro, onde o número de eleitores é maior do que o de moradores em aproximadamente 15.000 pessoas. Este fato também ocorre na Zona Oeste. Já a Zona Norte é a região da cidade que possui a maior diferença entre o número de habitantes e o de eleitores, seguido da Zona Leste. Exatamente nessas áreas, Amazonino obteve o seu melhor desempenho no 1.º turno. Enquanto que no 2.º turno, somente ganhou na Zona Leste, com 53,7%. Serafim atingiu o melhor índice no 1.º turno nas Zonas Centro-Sul (32,8%) e Sul (30,8%). Repetiu o bom desempenho no 2.º turno com 55,8% na Zona Centro-Sul, seguido da Zona Centro-Oeste com 54,4%. A candidata Vanessa Grazziotin também teve o seu melhor desempenho na Zona Centro-Sul (15,0%). Plínio Valério atingiu seu melhor índice na Zona Leste, 11,9%, uma região caracterizada por um eleitorado de menor poder aquisitivo e escolaridade. Artur Bisneto oscilou entre 3,1% e 3,5% em todas as zonas e Herbert Amazonas obteve seu melhor desempenho na Zona Sul (0,5%). Na Zona Rural, de 2.723 votos válidos no 1.º turno, Amazonino obteve 68,2% e no 2.º turno, ficou com 69,1%, de um total de 2.569 votos válidos. No 1.º turno, Amazonino ganhou em todas as zonas eleitorais, sendo que a zona 68 foi a única com mais de 50% dos votos válidos. Plínio Valério ficou em 3.º lugar em duas zonas: 59.ª e 68.ª. Serafim tradicionalmente manteve seu melhor desempenho na 1.ª e na 2.ª zonas e venceu no 2.º turno em 8 das 12 zonas eleitorais, alcançando a maior vantagem na 2.ª zona, com 13%. O bairro com o maior número de eleitores é a Cidade Nova com 92.861, seguido pela Compensa com 57.707 e São José Operário com 53.242. E os com maior número de locais de votação são: Cidade Nova (29); Compensa (25); Centro (19); São José Operário (18) e Japiim (15). Para Amazonino ganhar a eleição no 2.º turno era necessário crescer, no mínimo, 6,5% e ainda não perder nenhum voto que recebeu no 1.º turno. Somente em três bairros ele atingiu esta porcentagem: Vila Buriti, Morro da Liberdade e Armando Mendes. Em 31 bairros, seu crescimento foi inferior a 5,0%. Dos 54 bairros possíveis de serem estudados, ele ganhou a eleição em 20 e perdeu em 34. 44 Durango Duarte BAIRRO ADRIANÓPOLIS ALEIXO ALVORADA ARMANDO MENDES BETÂNIA CACHOEIRINHA CENTRO CHAPADA CIDADE NOVA COL. ANTÔNIO ALEIXO COL. OLIVEIRA MACHADO COL. TERRA NOVA COMPENSA COROADO CRESPO DA PAZ DISTRITO INDUSTRIAL I DOM PEDRO EDUCANDOS FLORES GLÓRIA JAPIIM JORGE TEIXEIRA LÍRIO DO VALE MAUAZINHO MONTE DAS OLIVEIRAS MORRO DA LIBERDADE N. SRA. APARECIDA N. SRA. DAS GRAÇAS NOVA ESPERANÇA NOVO ISRAEL PARQUE DEZ DE NOVEMBRO PETRÓPOLIS PLANALTO PRAÇA 14 DE JANEIRO PRESIDENTE VARGAS PURAQUEQUARA RAIZ REDENÇÃO SANTA ETELVINA SANTA LUZIA SANTO AGOSTINHO SANTO ANTÔNIO SÃO FRANCISCO SÃO GERALDO SÃO JORGE SÃO JOSÉ OPERÁRIO SÃO LÁZARO SÃO RAIMUNDO TANCREDO NEVES TARUMÃ VILA BURITI VILA DA PRATA ZUMBI DOS PALMARES ZONA RURAL INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS N.º ELEITORES 10.342 9.886 35.016 10.149 9.414 25.315 48.381 1.244 92.861 6.963 6.761 12.710 57.707 31.370 7.780 5.172 1.178 18.747 17.095 18.589 11.962 36.603 26.088 10.154 6.460 2.669 13.306 6.473 12.937 9.399 3.995 26.736 45.005 6.410 10.149 5.546 1.323 5.926 27.729 7.258 15.385 7.692 17.134 18.013 10.994 22.779 53.242 9.589 13.649 11.506 1.935 1.656 7.785 10.512 3.756 Amazonino 25 Serafim 40 Vanessa 65 Plínio 43 Bisneto 45 Herbert 16 VOTOS % VOTOS % VOTOS % VOTOS % VOTOS % VOTOS % 3.228 3.269 12.923 4.636 3.423 8.842 15.446 438 33.089 2.690 2.913 5.199 21.918 11.186 2.789 1.841 436 6.085 6.358 6.716 4.537 12.283 10.762 3.414 2.495 1.093 4.864 2.142 4.339 3.225 1.582 8.540 15.012 1.903 3.270 1.897 658 2.170 9.360 3.050 5.685 2.748 6.230 6.221 3.723 7.939 20.708 3.229 4.979 4.589 896 534 2.774 4.576 1.857 37,7% 39,0% 43,7% 54,7% 43,1% 41,9% 39,4% 41,2% 42,7% 50,2% 52,4% 50,9% 46,0% 42,7% 43,8% 42,0% 45,5% 38,6% 45,2% 43,6% 45,5% 40,1% 53,9% 39,7% 48,9% 52,2% 43,9% 39,9% 40,3% 40,3% 47,9% 38,2% 39,9% 34,5% 38,6% 41,1% 65,9% 44,1% 40,1% 52,3% 44,7% 43,8% 43,1% 41,0% 40,9% 42,1% 47,8% 40,5% 43,6% 50,5% 57,8% 48,2% 43,0% 52,9% 68,2% 3.085 2.801 8.499 1.584 2.290 6.403 13.253 340 21.080 1.145 1.424 2.216 13.349 7.653 1.715 1.201 235 5.305 4.364 4.429 2.724 9.246 3.804 2.800 1.196 421 3.364 1.771 3.609 2.478 728 7.692 11.335 1.910 2.724 1.492 110 1.432 6.863 1.193 3.814 1.917 4.273 4.860 2.866 5.713 11.037 2.346 3.390 2.129 273 233 1.869 1.790 330 36,0% 33,4% 28,8% 18,7% 28,8% 30,3% 33,8% 32,0% 27,2% 21,4% 25,6% 21,7% 28,0% 29,2% 26,9% 27,4% 24,5% 33,6% 31,0% 28,7% 27,3% 30,2% 19,1% 32,5% 23,5% 20,1% 30,4% 32,9% 33,5% 31,0% 22,0% 34,4% 30,1% 34,6% 32,1% 32,3% 11,0% 29,1% 29,4% 20,4% 30,0% 30,5% 29,6% 32,0% 31,4% 30,3% 25,5% 29,4% 29,7% 23,4% 17,6% 21,0% 29,0% 20,7% 12,1% 1.198 1.113 3.979 927 951 3.071 5.830 164 11.997 625 531 1.198 5.935 3.278 771 607 74 2.582 1.610 2.237 1.225 4.527 2.127 1.201 686 287 1.327 813 1.559 1.120 400 3.677 5.918 959 1.267 643 76 679 3.558 582 1.527 760 1.998 2.277 1.424 2.745 5.166 1.103 1.556 1.024 142 182 912 911 297 14,0% 13,3% 13,5% 10,9% 12,0% 14,5% 14,9% 15,4% 15,5% 11,7% 9,6% 11,7% 12,5% 12,5% 12,1% 13,9% 7,7% 16,4% 11,4% 14,5% 12,3% 14,8% 10,7% 13,9% 13,5% 13,7% 12,0% 15,1% 14,5% 14,0% 12,1% 16,4% 15,7% 17,4% 15,0% 13,9% 7,6% 13,8% 15,2% 10,0% 12,0% 12,1% 13,8% 15,0% 15,6% 14,6% 11,9% 13,8% 13,6% 11,3% 9,2% 16,4% 14,1% 10,5% 10,9% 691 869 3.244 1.075 994 1.914 3.023 95 8.225 700 499 1.260 4.703 2.956 844 548 173 1.174 1.237 1.539 1.126 3.275 2.543 897 600 236 1.210 418 743 913 472 1.530 3.949 527 826 417 137 455 2.600 801 1.291 633 1.386 1.273 750 1.759 4.970 991 1.102 1.042 201 116 685 1.087 172 8,1% 10,4% 11,0% 12,7% 12,5% 9,1% 7,7% 8,9% 10,6% 13,1% 9,0% 12,3% 9,9% 11,3% 13,2% 12,5% 18,0% 7,4% 8,8% 10,0% 11,3% 10,7% 12,7% 10,4% 11,8% 11,3% 10,9% 7,8% 6,9% 11,4% 14,3% 6,8% 10,5% 9,6% 9,7% 9,0% 13,7% 9,2% 11,1% 13,7% 10,1% 10,1% 9,6% 8,4% 8,2% 9,3% 11,5% 12,4% 9,7% 11,5% 13,0% 10,5% 10,6% 12,6% 6,3% 321 289 803 227 256 788 1.435 24 2.734 181 176 291 1.548 1.011 230 164 37 564 466 435 337 1.046 658 268 104 46 283 204 458 226 117 841 1.274 191 353 149 17 168 877 190 364 188 487 488 313 638 1.285 271 343 257 38 39 184 259 60 3,7% 3,5% 2,7% 2,7% 3,2% 3,7% 3,7% 2,3% 3,5% 3,4% 3,2% 2,8% 3,3% 3,9% 3,6% 3,7% 3,9% 3,6% 3,3% 2,8% 3,4% 3,4% 3,3% 3,1% 2,0% 2,2% 2,6% 3,8% 4,3% 2,8% 3,5% 3,8% 3,4% 3,5% 4,2% 3,2% 1,7% 3,4% 3,8% 3,3% 2,9% 3,0% 3,4% 3,2% 3,4% 3,4% 3,0% 3,4% 3,0% 2,8% 2,5% 3,5% 2,9% 3,0% 2,2% 38 33 100 30 31 93 210 1 324 16 13 47 147 103 21 18 4 60 40 52 28 250 63 30 17 9 34 27 64 31 4 100 156 23 33 16 1 20 90 18 43 29 65 56 37 59 199 32 44 42 0 4 24 26 7 0,4% 0,4% 0,3% 0,4% 0,4% 0,4% 0,5% 0,1% 0,4% 0,3% 0,2% 0,5% 0,3% 0,4% 0,3% 0,4% 0,4% 0,4% 0,3% 0,3% 0,3% 0,8% 0,3% 0,3% 0,3% 0,4% 0,3% 0,5% 0,6% 0,4% 0,1% 0,4% 0,4% 0,4% 0,4% 0,3% 0,1% 0,4% 0,4% 0,3% 0,3% 0,5% 0,5% 0,4% 0,4% 0,3% 0,5% 0,4% 0,4% 0,5% 0,0% 0,4% 0,4% 0,3% 0,3% Votos Válidos 8.561 8.374 29.548 8.479 7.945 21.111 39.197 1.062 77.449 5.357 5.556 10.211 47.600 26.187 6.370 4.379 959 15.770 14.075 15.408 9.977 30.627 19.957 8.610 5.098 2.092 11.082 5.375 10.772 7.993 3.303 22.380 37.644 5.513 8.473 4.614 999 4.924 23.348 5.834 12.724 6.275 14.439 15.175 9.113 18.853 43.365 7.972 11.414 9.083 1.550 1.108 6.448 8.649 2.723 Resultado do 1.º turno por Bairro A tabela ao lado mostra os votos válidos e os percentuais dos seis candidatos em 54 bairros. Em oito deles, Amazonino teve mais de 50%: Puraquequara, Tarumã, Armando Mendes, Jorge Teixeira, Zumbi, Col. Oliveira Machado, Santa Etelvina e Monte das Oliveiras. Serafim obteve mais de 33% em seis bairros: Adrianópolis, Planalto, Centro, Dom Pedro, N. Sra. das Graças e Aleixo. Os melhores desempenhos de Vanessa aconteceram no Planalto, Dom Pedro, Parque Dez e Vila Buriti, com percentuais acima de 16%. Os eleitores de Serafim e Vanessa são, em sua maioria, de classe média, o que explica o bom desempenho de ambos no bairro Planalto, formado essencialmente pelos conjuntos Jardim de Versalles, Flamanal, Vista Bela, Belvedere e Campos Elíseos. Plínio Valério saiu-se bem em seis bairros onde conseguiu mais de 13% dos votos e destacou-se no Distrito Industrial I. A votação de Artur Bisneto foi melhor nos bairros N. Sra. das Graças e P.14 e Herbert Amazonas registrou sua melhor performance no Japiim. 45 Durango Duarte CAPÍTULO II – PESQUISAS ELEITORAIS QUANTITATIVAS E RESULTADOS DA ELEIÇÃO DE 2004 Resultado do 1.º turno por zona administrativa ZONA ADMINISTRATIVA Amazonino 25 N.º ELEITORES Serafim 40 Vanessa 65 Plínio 43 Bisneto 45 Herbert 16 VOTOS % VOTOS % VOTOS % VOTOS % VOTOS % VOTOS % Votos Válidos NORTE 119.493 44.013 44,5% 25.638 25,9% 14.464 14,6% 10.994 11,1% 3.378 3,4% 402 0,4% 98.889 SUL 283.575 97.514 41,5% 72.301 30,8% 33.101 14,1% 22.905 9,7% 8.027 3,4% 1.083 0,5% 234.931 LESTE 157.613 62.300 49,0% 30.448 23,9% 14.820 11,7% 15.110 11,9% 3.999 3,1% 497 0,4% 127.174 OESTE 160.196 58.660 44,1% 38.786 29,1% 17.594 13,2% 13.405 10,1% 4.257 3,2% 457 0,3% 133.159 CENTRO-OESTE 93.074 32.112 40,9% 23.778 30,3% 11.685 14,9% 8.093 10,3% 2.599 3,3% 291 0,4% 78.558 CENTRO-SUL 90.728 30.253 40,0% 24.822 32,8% 11.372 15,0% 6.217 8,2% 2.681 3,5% 325 0,4% 75.670 ZONA RURAL 3.756 1.857 68,2% 330 12,1% 297 10,9% 172 6,3% 60 2,2% 7 0,3% 2.723 Resultado do 1.º turno por zona eleitoral ZONA ELEITORAL N.º ELEITORES Amazonino 25 Serafim 40 Vanessa 65 Plínio 43 Bisneto 45 Herbert 16 VOTOS % VOTOS % VOTOS % VOTOS % VOTOS % VOTOS % Votos Válidos ZONA 1 114.971 37.859 39,8% 31.321 32,9% 14.245 15,0% 7.743 8,1% 3.611 3,8% 448 0,5% 95.227 ZONA 2 58.466 19.164 39,7% 16.108 33,4% 7.499 15,5% 3.564 7,4% 1.710 3,5% 217 0,4% 48.262 ZONA 31 71.550 26.472 44,6% 17.602 29,7% 7.049 11,9% 6.222 10,5% 1.816 3,1% 193 0,3% 59.354 ZONA 32 66.881 24.123 43,2% 16.480 29,5% 7.688 13,8% 5.486 9,8% 1.843 3,3% 199 0,4% 55.819 ZONA 37 77.696 26.243 40,3% 20.290 31,1% 9.832 15,1% 6.357 9,8% 2.188 3,4% 262 0,4% 65.172 ZONA 40 61.700 21.753 41,8% 15.828 30,4% 7.206 13,9% 5.507 10,6% 1.541 3,0% 192 0,4% 52.027 ZONA 58 116.026 42.468 44,2% 25.362 26,4% 14.111 14,7% 10.540 11,0% 3.307 3,4% 398 0,4% 96.186 ZONA 59 77.979 30.743 47,7% 16.242 25,2% 7.515 11,7% 7.599 11,8% 2.069 3,2% 237 0,4% 64.405 ZONA 62 62.431 22.186 42,6% 14.810 28,4% 7.573 14,5% 5.689 10,9% 1.698 3,3% 183 0,4% 52.139 ZONA 63 56.297 19.391 41,9% 13.240 28,6% 6.559 14,2% 5.300 11,4% 1.532 3,3% 308 0,7% 46.330 ZONA 65 64.135 24.254 45,8% 14.838 28,0% 6.683 12,6% 5.275 10,0% 1.694 3,2% 168 0,3% 52.912 ZONA 68 80.303 32.053 50,7% 13.982 22,1% 7.373 11,7% 7.614 12,0% 1.992 3,1% 257 0,4% 63.271 46 Durango Duarte BAIRRO ADRIANÓPOLIS ALEIXO ALVORADA ARMANDO MENDES BETÂNIA CACHOEIRINHA CENTRO CHAPADA CIDADE NOVA COL. ANTÔNIO ALEIXO COL. OLIVEIRA MACHADO COL. TERRA NOVA COMPENSA COROADO CRESPO DA PAZ DISTRITO INDUSTRIAL I DOM PEDRO EDUCANDOS FLORES GLÓRIA JAPIIM JORGE TEIXEIRA LÍRIO DO VALE MAUAZINHO MONTE DAS OLIVEIRAS MORRO DA LIBERDADE N. SRA. APARECIDA N. SRA. DAS GRAÇAS NOVA ESPERANÇA NOVO ISRAEL PARQUE DEZ DE NOVEMBRO PETRÓPOLIS PLANALTO PRAÇA 14 DE JANEIRO PRESIDENTE VARGAS PURAQUEQUARA RAIZ REDENÇÃO SANTA ETELVINA SANTA LUZIA SANTO AGOSTINHO SANTO ANTÔNIO SÃO FRANCISCO SÃO GERALDO SÃO JORGE SÃO JOSÉ OPERÁRIO SÃO LÁZARO SÃO RAIMUNDO TANCREDO NEVES TARUMÃ VILA BURITI VILA DA PRATA ZUMBI DOS PALMARES ZONA RURAL INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS N.º ELEITORES 10.342 9.886 35.016 10.149 9.414 25.315 48.381 1.244 92.861 6.963 6.761 12.710 57.707 31.370 7.780 5.172 1.178 18.747 17.095 18.589 11.962 36.603 26.088 10.154 6.460 2.669 13.306 6.473 12.937 9.399 3.995 26.736 45.005 6.410 10.149 5.546 1.323 5.926 27.729 7.258 15.385 7.692 17.134 18.013 10.994 22.779 53.242 9.589 13.649 11.506 1.935 1.656 7.785 10.512 3.756 Serafim ― 40 Amazonino ― 25 Votos Válidos VOTOS % VOTOS % 4.962 4.642 15.062 3.248 4.059 11.181 22.377 594 40.442 2.438 2.359 4.487 22.697 13.760 3.159 2.277 488 9.089 6.910 7.983 4.868 16.884 8.162 4.638 2.340 950 5.427 3.038 5.991 4.271 1.506 13.048 20.864 3.327 4.773 2.498 309 2.520 12.803 2.439 6.277 3.199 7.455 8.182 4.995 9.950 20.916 4.320 5.764 4.075 550 487 3.313 3.620 794 58,2% 55,4% 51,2% 38,6% 51,3% 52,9% 56,8% 56,4% 52,6% 45,2% 42,8% 44,8% 48,2% 52,3% 50,1% 52,2% 50,1% 57,6% 49,4% 52,2% 48,7% 55,1% 40,8% 54,9% 46,4% 45,7% 48,7% 56,5% 55,3% 54,4% 48,4% 58,1% 55,5% 60,4% 56,2% 54,3% 30,7% 51,1% 55,2% 43,2% 49,5% 51,1% 52,0% 54,2% 55,0% 52,7% 48,2% 54,3% 51,4% 44,9% 36,3% 44,1% 51,2% 42,9% 30,9% 3.559 3.744 14.369 5.172 3.858 9.973 17.013 459 36.510 2.955 3.151 5.539 24.417 12.529 3.146 2.089 486 6.698 7.092 7.313 5.118 13.761 11.832 3.812 2.703 1.129 5.721 2.343 4.841 3.575 1.604 9.396 16.754 2.179 3.717 2.100 698 2.412 10.406 3.204 6.415 3.060 6.880 6.909 4.087 8.939 22.496 3.639 5.453 4.999 964 617 3.158 4.812 1.775 41,8% 44,6% 48,8% 61,4% 48,7% 47,1% 43,2% 43,6% 47,4% 54,8% 57,2% 55,2% 51,8% 47,7% 49,9% 47,8% 49,9% 42,4% 50,6% 47,8% 51,3% 44,9% 59,2% 45,1% 53,6% 54,3% 51,3% 43,5% 44,7% 45,6% 51,6% 41,9% 44,5% 39,6% 43,8% 45,7% 69,3% 48,9% 44,8% 56,8% 50,5% 48,9% 48,0% 45,8% 45,0% 47,3% 51,8% 45,7% 48,6% 55,1% 63,7% 55,9% 48,8% 57,1% 69,1% 8.521 8.386 29.431 8.420 7.917 21.154 39.390 1.053 76.952 5.393 5.510 10.026 47.114 26.289 6.305 4.366 974 15.787 14.002 15.296 9.986 30.645 19.994 8.450 5.043 2.079 11.148 5.381 10.832 7.846 3.110 22.444 37.618 5.506 8.490 4.598 1.007 4.932 23.209 5.643 12.692 6.259 14.335 15.091 9.082 18.889 43.412 7.959 11.217 9.074 1.514 1.104 6.471 8.432 2.569 Resultado do 2.º turno por Bairro No 2.º turno repetimos o estudo sobre a votação bairro a bairro e, na tabela ao lado, identificamos que Serafim obteve seu melhor desempenho no Planalto (60,4%), com uma diferença de 20,85% em relação à votação de Amazonino. Serafim conseguiu também índices altos no Adrianópolis, Parque Dez, Dom Pedro e Centro. Em termos percentuais, o bairro Puraquequara foi o que registrou índices mais altos para Amazonino (69,3%), embora isso tenha representado apenas 389 votos. Na seqüência, Tarumã, Armando Mendes, Jorge Teixeira e Colônia Oliveira Machado, repetiram a boa votação de Amazonino no 1.º turno. Em números absolutos, Serafim obteve 25.187 votos a mais que Amazonino e é possível apontar que essa diferença aconteceu principalmente nos bairros Centro (5.364 votos), Petrópolis (4.110), Cidade Nova (3.932), Parque 10 (3.652), Japiim (3.123), Redenção (2.397) e Dom Pedro (2.391), cuja soma dos votos é de 24.969. Imaginandose que estes sete bairros ficassem fora do 2.º turno, ainda assim Serafim ganharia a eleição por 218 votos. 47 Durango Duarte CAPÍTULO II – PESQUISAS ELEITORAIS QUANTITATIVAS E RESULTADOS DA ELEIÇÃO DE 2004 Resultado do 2.º turno por zona administrativa ZONA ADMINISTRATIVA N.º ELEITORES NORTE Serafim ― 40 Amazonino ― 25 Votos Válidos VOTOS % VOTOS % 119.493 49.824 50,9% 47.986 49,1% 97.810 SUL 283.575 125.803 53,6% 109.107 46,4% 234.910 LESTE 157.613 58.868 46,3% 68.196 53,7% 127.064 OESTE 160.196 66.705 50,5% 65.376 49,5% 132.081 CENTRO-OESTE 93.074 42.558 54,4% 35.741 45,6% 78.299 CENTRO-SUL 90.728 42.215 55,8% 33.399 44,2% 75.614 ZONA RURAL 3.756 794 30,9% 1.775 69,1% 2.569 Resultado do 2.º turno por zona eleitoral 48 ZONA ELEITORAL N.º ELEITORES ZONA 1 Serafim ― 40 Amazonino ― 25 Votos Válidos VOTOS % VOTOS % 114.971 53.383 56,0% 42.009 44,0% 95.392 ZONA 2 58.466 27.343 56,5% 21.042 43,5% 48.385 ZONA 31 71.550 29.352 49,6% 29.876 50,4% 59.228 ZONA 32 66.881 28.644 51,6% 26.903 48,4% 55.547 ZONA 37 77.696 35.757 54,9% 29.366 45,1% 65.123 ZONA 40 61.700 27.425 53,2% 24.126 46,8% 51.551 ZONA 58 116.026 48.771 51,2% 46.409 48,8% 95.180 ZONA 59 77.979 30.526 47,5% 33.719 52,5% 64.245 ZONA 62 62.431 27.232 52,6% 24.557 47,4% 51.789 ZONA 63 56.297 24.555 53,1% 21.660 46,9% 46.215 ZONA 65 64.135 25.403 48,4% 27.062 51,6% 52.465 ZONA 68 80.303 28.376 44,9% 34.851 55,1% 63.227 CAPÍTULO III Fatos Interessantes da Eleição de 2004 㤵 㜵 ㈵ 䍁偟䥉 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㨰ㄺ㔰⁁ PARTE I Perguntas Temáticas Realizadas em Blocos no Tracking A primeira parte deste capítulo, contém informações referentes ao período de 62 dias de pesquisas realizadas no 1.º turno através do Tracking (ver capítulo II). Nele, coletamos concomitantemente uma série de opiniões que foram agrupadas, na maioria das vezes, em três dias seguidos de pesquisas. Como se pode ver nas duas tabelas ao lado, a base de respondentes é de 1.200 entrevistados, ou seja, foram aplicados 400 questionários por dia. Estas perguntas de conteúdo temático complementavam o questionário básico aplicado durante o Tracking, permitindo um diferencial na análise do panorama político das eleições municipais. Nem todas as perguntas adicionais estão contidas neste livro, mas agrupamos temas relevantes em nove rodadas definidas pelas datas de realização da pesquisa, demonstradas abaixo de cada tabela juntamente com a quantidade de entrevistas realizadas (amostra). A reação da população a eventos acontecidos durante o 2.º turno é estudada na segunda parte deste capítulo. Neste bloco avaliamos o impacto da Operação Albatroz e do Caso Soraia sobre a opinião pública, além dos debates do 2.º turno, da credibilidade das pesquisas divulgadas e do oportunismo ou medo da população em relação ao seu voto. Apesar de a Operação Albatroz ter sido deflagrada ainda no 1.º turno, tornou-se imperativo avaliar novamente qual seu impacto sobre a candidatura de Amazonino. O questionário sobre a Operação Albatroz foi aplicado nos dias 10 e 11 de outubro e o Caso Soraia foi avaliado nos dias 20 e 21 de outubro. Em algumas tabelas deste capítulo, a partir da página 58, algumas perguntas são feitas apenas para os entrevistados que responderam anteriormente a uma pergunta-filtro, como a da página 57. Como conseqüência deste corte, temos duas maneiras de interpretar os resultados: uma que representa o grupo cuja opinião nos interessava, chamada de freqüência relativa, e a outra que engloba o total da amostra, chamada de freqüência absoluta. Embora a freqüência relativa seja a mais usada e fácil de entender, a freqüência absoluta é extremamente importante porque é a base para o cálculo da estimativa do total de eleitores. 㤵 㜵 ㈵ 50 䍁偟䥉 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㨰ㄺ㔰⁁ Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS Você sabe dizer qual é o número do candidato...? Disse o número Respondeu outro número Disse somente o nome do partido Não soube dizer Amazonino Mendes | N.º 25 | PFL 16,6% 6,6% 5,4% 71,4% Serafim Corrêa | N.º 40 | PSB 14,1% 6,2% 2,3% 77,4% Vanessa Grazziotin | N.º 65 | PC do B 4,5% 7,7% 5,9% 81,9% Artur Bisneto | N.º 45 | PSDB 3,2% 5,3% 4,9% 86,7% Herbert Amazonas | N.º 16 | PSTU 1,3% 5,7% 1,4% 91,7% Plínio Valério | N.º 43 | PV 1,3% 6,3% 6,5% 85,9% NÚMERO DO .... RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA DIA: 19, 20 e 21 de julho de 2004 AMOSTRA: 1.200 entrevistas Quem você acha que vai disputar o 2.º turno com Amazonino: Serafim ou Vanessa? Total de citações % Estimativa baseada em 750.000 votos válidos Serafim Corrêa 499 41,6% 311.875 Vanessa Grazziotin 459 38,3% 286.875 Outro candidato vai disputar 20 1,7% 12.500 Não vai haver 2.º turno 112 9,3% 70.000 Não sabe dizer 110 9,2% 68.750 2.º TURNO: AMAZONINO X … RESPOSTA ÚNICA E ESTIMULADA DIA: 19, 20 e 21 de julho de 2004 AMOSTRA: 1.200 entrevistas Somente às vésperas da eleição o eleitor brasileiro costuma associar seu candidato ao número que terá que digitar na urna eletrônica. A 70 dias do 1.º turno, apenas Amazonino e Serafim tinham mais de 14% de recall do número do partido e Vanessa sequer chegou a 5%. Vale lembrar que Serafim tem fixado o número 40 em todas as suas campanhas, com o gesto dos quatro dedos, o que deveria apontar uma lembrança mais efetiva, já que seu eleitorado tem um perfil socioeconômico mais elitizado. Apenas 9,3% dos eleitores acreditavam que a eleição seria decidida no dia 3 de outubro. O que estava em jogo era se Serafim ou Vanessa disputariam o segundo round, contra Amazonino, Apesar do empate técnico de 41,6% versus 38,3% já era possível, naquele momento, considerando a margem de erro de 2,9%, dizer que Serafim é quem iria para o 2.º turno, com 9,1% de vantagem sobre Vanessa. Somente 1,7% apontava que um outro nome teria chance de passar para o 2.º turno e 9,2% não tinha a mínima idéia do que ocorreria. 51 䍁偟䥉 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㨰ㄺ㔰⁁ 㤵 㜵 ㈵ Durango Duarte CAPÍTULO III – FATOS INTERESSANTES DA ELEIÇÃO DE 2004 O apoio de Lula, de Eduardo Braga e do exprefeito Carijó era pouco percebido pelos eleitores. Mesmo Braga indicando o vice e participando da convenção que homologou a candidatura de Amazonino, menos de 40% da população desconhecia seu vínculo com a chapa. Menor ainda era a percepção sobre quem Carijó apoiava, apesar de ter sido eleito prefeito pelos vereadores ligados a Amazonino. E mais da metade dos entrevistados não sabia que o presidente Lula apoiava Vanessa. E qual candidato está sendo apoiado por...? CANDIDATO APOIADO POR... Eduardo Braga Carijó Lula Amazonino Mendes 57,4% 28,4% - Vanessa Grazziotin - - 31,8% Respondeu outro candidato 5,4% 6,8% 16,5% Não sabe dizer 37,2% 64,8% 51,8% RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA DIA: 19, 20 e 21 de julho de 2004 AMOSTRA: 1.200 entrevistas Pelo que você tem observado, qual dos candidatos a Prefeito de Manaus tem, neste momento, mais material de campanha nas ruas? Vinte dias após o início oficial da campanha eleitoral, havia a percepção de que Amazonino tinha muito mais material nas ruas, quase 43%. Na prática, a quantidade colocada naquele momento não era tão grande, mas as candidaturas ditas oficiais criam no imaginário das pessoas a idéia de onipresença. Interessante apontar que logo no 1.º dia, Vanessa colocou militantes, bandeiras e faixas nas ruas e provocou surpresa na população por utilizar a cor azul, no lugar do vermelho tradicional do PCdoB. 52 䍁偟䥉 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㨰ㄺ㔱⁁ MATERIAL DE CAMPANHA NAS RUAS Total de citações % Estimativa baseada em 750.000 votos válidos Amazonino Mendes ― 25 513 42,8% 320.625 Vanessa Grazziotin ― 65 196 16,3% 122.500 Serafim Corrêa ― 40 21 1,8% 13.125 Artur Bisneto ― 45 7 0,6% 4.375 㤵 Plínio Valério ― 43 5 0,4% 3.125 㜵 458 38,2% 286.250 Não sabe dizer ㈵ RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA DIA: 26, 27 e 28 de julho de 2004 AMOSTRA: 1.200 entrevistas Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS O não comparecimento de um ou mais candidatos a debates nos meios de comunicação, na sua opinião, ajuda, prejudica ou não interfere na campanha dos candidatos que não comparecem? NÃO COMPARECIMENTO NOS DEBATES Total de citações % Estimativa baseada em 750.000 votos válidos Ajuda 90 7,5% 56.250 Prejudica 705 58,8% 440.625 Não interfere em nada 343 28,6% 214.375 Não sabe dizer 62 5,2% 38.750 RESPOSTA ÚNICA E ESTIMULADA DIA: 26, 27 e 28 de julho de 2004 AMOSTRA: 1.200 entrevistas Na sua opinião, o uso da abelha como símbolo da campanha de Amazonino é uma atitude positiva ou negativa? ABELHA COMO SÍMBOLO Positiva Total de citações % Estimativa baseada em 750.000 votos válidos 792 66,0% 495.000 Negativa 163 13,6% 101.875 Não sabe dizer 245 20,4% 153.125 RESPOSTA ÚNICA E ESTIMULADA DIA: 26, 27 e 28 de julho de 2004 AMOSTRA: 1.200 entrevistas É difícil afirmar o que é mais desgastante para um candidato: não comparecer a um debate ou participar e ser alvo preferencial dos ataques num combate tipo “todos contra um”. Para quase 60% da população, é prejudicial faltar aos debates. Ela considera fundamental essa iniciativa e exige a presença do candidato para que ele demonstre que não tem medo de encarar os adversários, mesmo que a situação seja uma arapuca. O uso recorrente de ícones ou slogans nas campanhas eleitorais de qualquer candidato gera polêmica por sua dicotomia. Há quem aponte que o uso excessivo da mesma marca leva ao desgaste e quem defenda a criação de uma marca nova a cada campanha. Essa discussão também permeou o comando de campanha de Amazonino e, embora ele não tenha perdido a eleição pelo uso ou não da abelhinha, a decisão de usar esse símbolo foi convergente à opinião de mais de 60% dos eleitores. 53 䍁偟䥉 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㨰ㄺ㔱⁁ 㤵 㜵 ㈵ Durango Duarte CAPÍTULO III – FATOS INTERESSANTES DA ELEIÇÃO DE 2004 De cada 20 pessoas, somente uma acredita totalmente nos planos de governo apresentados em períodos eleitorais e mais de um terço da população simplesmente não acredita em nada. Prova maior é que Serafim Corrêa se elegeu prefeito sem nenhuma proposta detalhada ou conteúdo específico. O conceito de “mudança” e “ética e transparência” de seu discurso foi mais forte do que os diversos projetos pormenorizados de Amazonino e Vanessa. Isto é um alerta para alguns marketeiros: nem só com estética e qualidade das produções é que se ganha uma eleição. Você diria que... nos programas e planos de governo apresentados pelos candidatos durante campanhas eleitorais? PROGRAMAS E PLANOS DE GOVERNO Total de citações % Estimativa baseada em 750.000 votos válidos Acredita totalmente 61 5,1% 38.125 Acredita em parte 685 57,1% 428.125 Não acredita nem um pouco 434 36,2% 271.250 Não sabe dizer 20 1,7% 12.500 RESPOSTA ÚNICA E ESTIMULADA DIA: 26, 27 e 28 de julho de 2004 AMOSTRA: 1.200 entrevistas Você sabe dizer quem é o candidato a vice do (a)... ? Como em muitas outras eleições, os vices pouco ou quase nada contribuíram eleitoralmente com o cabeça de chapa. Havia três parlamentares, um professor universitário, um funcionário público federal e um músico concorrendo como vices, contudo, 94% da população, em média, não soube dizer o nome destes. Um exemplo disso é o do atual vice-prefeito Mário Frota, que já foi candidato ao Senado, vereador por dois mandatos e deputado federal por três vezes e, no entanto, menos de 4% dos entrevistados sabia que ele era vice de Serafim. 54 䍁偟䥉 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㨰ㄺ㔱⁁ VICE DO (A)... Acertou Errou Não sabe dizer Amazonino Mendes | Bosco Saraiva 17,5% 1,5% 81,0% Serafim Corrêa | Mário Frota 3,6% 0,4% 96,0% Vanessa Grazziotin | Beto Michiles 8,1% 0,9% 91,0% Artur Bisneto | José Carlos Lima 0,8% 0,1% 99,2% Herbert Amazonas | Sidney Veiga 0,1% 0,0% 99,9% Plínio Valério | Tony Medeiros 0,5% 0,8% 98,8% 㤵 㜵 ㈵ RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA DIA: 29, 30 e 31 de julho de 2004 AMOSTRA: 1.200 entrevistas Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS Você sabe dizer qual dos candidatos a Prefeito de Manaus está sendo apoiado por... ? APOIADO POR... Jefferson Péres Omar Aziz Lino Chíxaro Amazonino Mendes ― 25 2,0% 9,6% 3,2% Serafim Corrêa ― 40 10,5% 1,3% 0,7% Vanessa Grazziotin ― 65 3,3% 10,2% 2,0% Plínio Valério ― 43 0,4% 0,2% 0,5% Artur Bisneto ― 45 1,0% 0,5% 2,3% Herbert Amazonas ― 16 0,2% 0,1% 0,3% Não sabe dizer 82,7% 78,3% 91,1% RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA DIA: 2, 3 e 4 de agosto de 2004 AMOSTRA: 1.200 entrevistas Você acha que o Prefeito de uma cidade como Manaus tem condições de administrar bem o município sem a ajuda do Governo do Estado? O PREFEITO PODE ADMINISTRAR SEM A AJUDA DO GOVERNO Total de citações Estimativa baseada em 750.000 votos válidos % Sim 273 22,8% 170.625 Não 900 75,0% 562.500 Não sabe dizer 27 2,3% 16.875 RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA DIA: 2, 3 e 4 de agosto de 2004 AMOSTRA: 1.200 entrevistas A exatos 60 dias do 1.º turno, três outras lideranças importantes do cenário político local, o senador Jefferson Péres, o vicegovernador Omar Aziz e o deputado estadual Lino Chíxaro, pouco eram associados a alguma das seis candidaturas. Péres obteve a melhor relação com 10,5% vinculando seu nome ao de Serafim Corrêa e ao longo da campanha esse índice cresceu exponencialmente. Omar dividia tecnicamente, na mente dos eleitores, o seu apoio entre Vanessa e Amazonino. O deputado Lino Chíxaro apoiou Artur Bisneto, mas por pertencer ao grupo de Eduardo Braga teve o maior índice de citações com o nome de Amazonino. Nos anos de 95, 96 e 97 a iniciativa da “ação conjunta” entre Estado e Prefeitura formou no seio da população a idéia de que a administração municipal precisa, necessariamente, de ajuda do governo estadual para executar um bom trabalho. Mesmo isso tendo ocorrido há quase dez anos, a impressão permanece já que de cada quatro entrevistados, três acreditam que a Prefeitura não tem condições de atender sozinha às demandas socioeconômicas e infra-estruturais da cidade. 55 䍁偟䥉 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㨰ㄺ㔲⁁ 㤵 㜵 ㈵ Durango Duarte CAPÍTULO III – FATOS INTERESSANTES DA ELEIÇÃO DE 2004 Com esta avaliação, aferimos a importância do apoio de Jefferson e Alfredo às candidaturas de Serafim e Vanessa, respectivamente, com um terço do eleitorado indicando que o apoio dos dois políticos ajudaria as candidaturas. Mas, o senador tinha uma influência maior, pois de cada vinte eleitores apenas um acreditava que seu apoio prejudicaria Serafim, enquanto que no caso de Alfredo um de cada cinco entrevistados o considerava prejudicial à chapa encabeçada por Vanessa. Mais de 20 dias depois do início da propaganda eleitoral no rádio e televisão, aproximadamente 40% dos eleitores identificavam que havia algum candidato criticando ou falando mal dos outros, o que não é estranho ao processo político. Esta questão é o exemplo de “pergunta-filtro” citado na introdução deste capítulo. As duas seguintes só foram aplicadas aos que responderam “sim”, ou seja, 776 citações em 2.000 entrevistados. 56 䍁偟䥉 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㨰ㄺ㔲⁁ O fato de (Jefferson/Alfredo) apoiar a candidatura de (Serafim/Vanessa), na sua opinião... na decisão e na vontade de votar dos eleitores? Jefferson Péres a Serafim Alfredo Nascimento a Vanessa Ajuda 36,2% 32,9% Prejudica 5,2% 20,5% Não interfere em nada 45,2% 35,1% Não sabe dizer 13,5% 11,5% APOIO DE... RESPOSTA ÚNICA E ESTIMULADA AMOSTRA: 1.200 entrevistas DIA: 5, 6 e 7 de agosto de 2004 Pelo que você sabe pelos meios de comunicação ou de comentários de amigos e parentes, há algum candidato a Prefeito falando mal de outros candidatos? ALGUM CANDIDATO FALANDO MAL DE OUTRO Total de citações Estimativa baseada em 750.000 votos válidos % Sim 776 38,8% 291.000 Não 893 44,7% 334.875 Não sabe nada sobre a campanha eleitoral 331 16,6% 124.125 㤵 㜵 ㈵ RESPOSTA ÚNICA E ESTIMULADA DIA: 6 a 11 de setembro de 2004 AMOSTRA: 2.000 entrevistas Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS E qual candidato está falando mal dos outros? QUAL CANDIDATO ESTÁ FALANDO MAL Total de citações Freq. Relativa (%) Freq. Absoluta (%) (divisão p/ 776) (divisão p/ 2.000) Estimativa baseada em 750.000 votos válidos Vanessa Grazziotin ― 65 489 63,0% 24,5% 183.375 Serafim Corrêa ― 40 120 15,5% 6,0% 45.000 Herbert Amazonas ― 16 53 6,8% 2,7% 19.875 Plínio Valério ― 43 46 5,9% 2,3% 17.250 Amazonino Mendes ― 25 44 5,7% 2,2% 16.500 Artur Bisneto ― 45 19 2,4% 1,0% 7.125 Todos 5 0,6% 0,3% 1.875 RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA DIA: 6 a 11 de setembro de 2004 FILTRO: 776 entrevistas Somente para quem disse que sabe que tem algum candidato falando mal de outro. E de que candidato estão falando mal? DE QUE CANDIDATO ESTÃO FALANDO MAL Total de citações Freq. Relativa (%) Freq. Absoluta (%) (divisão p/ 776) (divisão p/ 2.000) Estimativa baseada em 750.000 votos válidos Amazonino Mendes ― 25 697 89,8% 34,9% 261.375 Vanessa Grazziotin ― 65 56 7,2% 2,8% 21.000 Serafim Corrêa ― 40 10 1,3% 0,5% 3.750 Artur Bisneto ― 45 5 0,6% 0,3% 1.875 Herbert Amazonas ― 16 2 0,3% 0,1% 750 Todos 6 0,8% 0,3% 2.250 RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA DIA: 6 a 11 de setembro de 2004 FILTRO: 776 entrevistas Somente para quem disse que sabe que tem algum candidato falando mal de outro. Entre os 776 entrevistados que disseram saber que algum candidato estava falando mal de outro, a candidata Vanessa Grazziotin foi apontada por mais de 60% como a que mais acusava adversários, já que desde o início seu programa apresentou críticas ao dito “candidato oficial”. A população identificou que Serafim Corrêa também usou deste expediente, mas de forma mais amena. Tanto que seu percentual foi de apenas 15,5%. Na pergunta seguinte, quando da identificação de quem seria o alvo principal das críticas, Amazonino Mendes apareceu com quase 90% das citações, o que não chegou a surpreender, haja vista que tanto suas administrações quanto as de seus aliados são constantemente criticadas durante os períodos de campanhas eleitorais. Uma análise mais atenta sobre a combinação das duas respostas permite a avaliação de que Vanessa era a que mais atacava Amazonino. O que está implícito é tão ou mais importante do que é revelado diretamente nas tabelas. 57 䍁偟䥉 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㨰ㄺ㔲⁁ 㤵 㜵 ㈵ Durango Duarte CAPÍTULO III – FATOS INTERESSANTES DA ELEIÇÃO DE 2004 As informações mais relevantes num trabalho de pesquisa são produtos da análise dos múltiplos cruzamentos possíveis de serem feitos. Nesta tabela, os números indicam que 27,2% não acreditavam em nenhuma das acusações que um candidato fez a outro. Esse percentual não diz muito. Após o cruzamento deste dado com a variável “Prefeito estimulada” identificamos que a maioria que apontou a opção “totalmente falsas” votava em Amazonino e os que disseram “totalmente verdadeiras”, eram de oposição. Esta tabela é uma referência de que o eleitor é, por natureza, contraditório. Ele indica, com mais de 75%, que “falar mal” de outro candidato é prejudicial, mas, na prática, reage de outra maneira. Tanto que votou num discurso que fazia críticas constantes e que se utilizava do recurso de provocar a reflexão sobre os problemas da cidade e os seus responsáveis. Para não se comprometer, o eleitor assume uma postura politicamente correta, mas na verdade ele prefere o embate entre os candidatos, ele gosta de saber dos “podres” dos políticos. 58 䍁偟䥉 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㨰ㄺ㔳⁁ E você acha que as acusações que o (a)... está fazendo contra o (a)... são...? AS ACUSAÇÕES SÃO... Total de citações Freq. Relativa (%) Freq. Absoluta (%) (divisão p/ 776) (divisão p/ 2.000) Estimativa baseada em 750.000 votos válidos Totalmente verdadeiras 108 13,9% 5,4% 40.500 Parcialmente verdadeiras 323 41,6% 16,2% 121.125 Totalmente falsas 211 27,2% 10,6% 79.125 Não sabe dizer 134 17,3% 6,7% 50.250 RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA FILTRO: 776 entrevistas Somente para quem disse que sabe que tem algum candidato falando mal de outro. DIA: 6 a 11 de setembro de 2004 Na sua opinião, fazer campanha política falando mal dos outros candidatos faz com que o candidato ganhe mais votos ou perca? CAMPANHA FALANDO MAL DOS OUTROS Total de citações % Estimativa baseada em 750.000 votos válidos Ganha mais votos 165 8,3% 61.875 Perca mais votos 1.531 76,6% 574.125 204 10,2% 76.500 㤵 Não interfere em nada 㜵 Não sabe dizer 100 5,0% 37.500 ㈵ RESPOSTA ÚNICA E ESTIMULADA DIA: 6 a 11 de setembro de 2004 AMOSTRA: 2.000 entrevistas Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS Você acha que vai haver 2.º turno nesta eleição? Total de citações % Estimativa baseada em 750.000 votos válidos Sim 1.396 58,2% 436.500 Não 803 33,5% 251.250 Não sabe dizer 201 8,4% 63.000 VAI TER 2.º TURNO RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA DIA: 20 a 25 de setembro de 2004 AMOSTRA: 2.400 entrevistas Cruzamento: Prefeito estimulada – 1.ª Opção x Vai haver 2.º turno PREFEITO MANAUS: ESTIMULADA ― 1.ª OPÇÃO 2.º TURNO Sim Não Não sabe dizer Amazonino Mendes ― 25 45,8% ( 515) 45,6% ( 513) 8,5% ( 96) Serafim Corrêa ― 40 75,4% ( 383) 19,5% ( 99) 5,1% ( 26) Vanessa Grazziotin ― 65 71,6% ( 184) 22,2% ( 57) 6,2% ( 16) Plínio Valério ― 43 69,6% ( 165) 23,6% ( 56) 6,8% ( 16) Artur Bisneto ― 45 62,2% ( 28) 24,4% ( 11) 13,3% ( 6) Herbert Amazonas ― 16 50,0% ( 4) 37,5% ( 3) 12,5% ( 1) Nenhum 39,2% ( 20) 33,3% ( 17) 27,5% ( 14) Não sabe dizer 57,1% ( 97) 27,6% ( 47) 15,3% ( 26) A análise de um determinado tema pode ser abordada de duas ou mais formas, resultando em números diferentes, sem que isto represente contradição entre uma e outra. Esta tabela é um exemplo desta possibilidade. Como se pode observar, o percentual de eleitores que disseram que não haveria 2.º turno (33,5%), aparentemente contradiz o da página 51 (9,3%), mas neste caso não houve afirmação de que haveria 2.º turno, como anteriormente. Simplesmente foi feito um questionamento sobre se o eleitor acreditava ou não em uma segunda etapa na disputa. Mesmo com este outro sentido, prevaleceu a opinião de que haveria 2.º turno com uma vantagem de mais de 24%. Pelos resultados do cruzamento da variável “Prefeito estimulada” com a tabela acima, uma média de apenas 21,4% dos eleitores da oposição acreditavam que Amazonino ganharia no 1.º turno. Essa percepção de vitória acontece quando, em uma eleição, há uma candidatura teoricamente muito forte. Cabe aqui uma boa dica: pergunte a 10 pessoas “quem irá ganhar a eleição?”. Depois “quantos irão votar no candidato apontado pela maioria?”. A diferença é mais verdadeira! 59 䍁偟䥉 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㨰ㄺ㔳⁁ 㤵 㜵 ㈵ Durango Duarte CAPÍTULO III – FATOS INTERESSANTES DA ELEIÇÃO DE 2004 Você assistiu ao debate entre candidatos a Prefeito de Manaus realizado na...? Neste período, a eleição já estava concentrada entre Amazonino e Serafim, mas a opinião dos eleitores sobre os debates organizados pelas emissoras de televisão revelou uma surpresa: o candidato que teve o melhor desempenho, segundo a população pesquisada, em ambos os eventos, foi Artur Bisneto! O que comprova que não há relação direta entre melhor participação e aumento na densidade eleitoral, já que seus índices de desempenho foram até oito vezes maiores que seus percentuais de intenção de voto. Até porque, por motivos variados, o nosso eleitor aplica o voto útil sempre que pode. Bisneto venceu, mas não conquistou votos. A vinculação do grupo Calderaro à candidatura de Serafim e contra a de Amazonino era acintosa. Portanto, por mais que este tivesse um motivo justificável, sua ausência no debate organizado pela TV A Crítica provocou um desgaste, conforme comprova a opinião constatada na página 53. No outro debate, a expectativa era de que Amazonino poderia recuperar o prejuízo, mas isso não ocorreu. 60 䍁偟䥉 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㨰ㄺ㔳⁁ TV A Crítica ASSISTIU O DEBATE NA... Rede Amazônica Sim 190 23,8% 246 61,5% Não 610 76,3% 154 38,5% RESPOSTA ÚNICA E ESTIMULADA RESPOSTA ÚNICA E ESTIMULADA DIA: 27 e 28 de setembro de 2004 DIA: 1 de outubro de 2004 AMOSTRA: 800 entrevistas AMOSTRA: 400 entrevistas Na sua opinião, qual dos candidatos obteve o melhor desempenho no debate do 1.º turno? TV A CRÍTICA MELHOR DESEMPENHO % Amazonino Mendes – 25 Serafim Corrêa – 40 REDE AMAZÔNICA ESTIMULADA 1.ª OPÇÃO Não compareceu no debate 32,1% 24,1% % ESTIMULADA 1.ª OPÇÃO 30,1% 46,7% 13,0% 24,7% Vanessa Grazziotin – 65 21,6% 13,8% 15,9% 11,2% Plínio Valério – 43 7,9% 9,2% 8,9% 8,8% Artur Bisneto – 45 16,3% 2,1% 18,7% 3,1% Herbert Amazonas – 16 5,8% 0,9% 㤵 㜵 Não foi convidado para participar do debate ㈵ PARTE II 4Operação Albatroz 4Caso Soraia 4Debates na TV no 2.º turno 4Credibilidade das Pesquisas Publicadas 4Oportunismo ou Medo 㤵 㜵 ㈵ 䍁偟䥉 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㨰ㄺ㔴⁁ Durango Duarte CAPÍTULO III – FATOS INTERESSANTES DA ELEIÇÃO DE 2004 Operação Albatroz Os questionamentos mais presentes, uma semana após o 1.º turno eram: Amazonino deveria trocar seu vice? A Operação Albatroz retirou votos de sua candidatura? As decisões que parcela significativa dos aliados de Amazonino esperava com esta pesquisa, não foram consumadas pelo comando da campanha. As informações coletadas apontavam que quase 90% dos eleitores tinham conhecimento da Operação e 40% destes sabiam, inclusive, que o valor seria de R$ 500 milhões. A história, quem sabe, irá comprovar que este valor possivelmente não chegue a 10% do que foi divulgado. Entretanto essa cifra vultosa, divulgada como verdade absoluta e de forma repetitiva, gerou na maioria dos eleitores um sentimento de revolta e indignação, reforçando o discurso de mudança, transparência e ética do candidato Serafim. A título de curiosidade, raros são os fatos que ultrapassam, dentro do processo eleitoral, índices de conhecimento superior a 50%. E entre os que dizem saber sobre uma determinada situação, pode-se afirmar que a maioria a conhece apenas superficialmente. 62 䍁偟䥉 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㨰ㄺ㔴⁁ Há 2 meses a Polícia Federal realizou uma operação denominada Albatroz, onde foram presos empresários e funcionários públicos do Estado. O deputado Antônio Cordeiro foi apontado como principal suspeito de ter desviado milhões de reais dos cofres do Estado. Você teve conhecimento deste fato? CONHECIMENTO DA OPERAÇÃO ALBATROZ Total de citações % Estimativa baseada em 750.000 votos válidos Sim 849 87,5% 656.250 Não 121 12,5% 93.750 RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA AMOSTRA: 970 entrevistas Você sabe dizer qual foi o valor divulgado pelos meios de comunicação deste suposto desvio de dinheiro? QUANTO FOI O VALOR DIVULGADO Total de citações Freq. Relativa (%) Freq. Absoluta (%) (divisão p/ 849) (divisão p/ 970) Estimativa baseada em 750.000 votos válidos R$ 500 milhões 340 40,0% 35,1% 263.250 Menos de R$ 500 milhões 166 19,6% 17,1% 128.250 㤵 Mais de R$ 500 milhões 12 1,4% 1,2% 9.000 Não sabe informar 331 39,0% 34,1% 255.750 㜵 ㈵ RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA FILTRO: 849 entrevistas Somente para quem disse que tem conhecimento sobre a Operação Albatroz. Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS Operação Albatroz Além do deputado Antônio Cordeiro, qual outro nome foi mais citado como envolvido na Operação Albatroz? OUTRO NOME MAIS CITADO NA OPERAÇÃO Total de citações Freq. Relativa (%) Freq. Absoluta (%) (divisão p/ 849) (divisão p/ 970) Estimativa baseada em 750.000 votos válidos Bosco Saraiva 209 24,6% 21,5% 161.250 Amazonino Mendes 52 6,1% 5,4% 40.500 Ari Moutinho 51 6,0% 5,3% 39.750 Romero Mendonça 33 3,9% 3,4% 25.500 Cortez 24 2,8% 2,5% 18.750 Alfredo Paes 20 2,4% 2,1% 15.750 Edinéia Cordeiro 12 1,4% 1,2% 9.000 Eduardo Braga 6 0,7% 0,6% 4.500 Gilberto Benzecry 5 0,6% 0,5% 3.750 Issac Benzecry 3 0,4% 0,3% 2.250 Lúcio Flávio 2 0,2% 0,2% 1.500 Paulo Nasser 2 0,2% 0,2% 1.500 Sabino 2 0,2% 0,2% 1.500 Outros 14 1,6% 1,4% 10.500 Não sabe informar 414 48,8% 42,7% 320.250 RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA FILTRO: 849 entrevistas Somente para quem disse que tem conhecimento sobre a Operação Albatroz. A propaganda eleitoral dos candidatos de oposição e a divulgação constante dos fatos pela imprensa local, não só evidenciaram os nomes constantes do relatório da Polícia Federal, mas também os vincularam à figura de Amazonino. Essa relação ficou clara para os eleitores que apontaram Bosco Saraiva como o nome mais lembrado, até porque era o vice da chapa, e Amazonino em seguida. O terceiro nome de maior associação foi o do exsecretário de Estado e vereador Ari Moutinho, homem de confiança de Eduardo Braga. Cabe ressaltar que as respostas foram espontâneas. Confirmando a pouca penetração das informações entre o eleitorado, os índices demonstram que quase a metade dos entrevistados (48,8%) não sabia citar nenhum outro nome envolvido na Operação Albatroz, além do deputado Antônio Cordeiro. Em pesquisa realizada no 1.º turno, no final de agosto, o ex-parlamentar encabeçava o ranking dos mais lembrados espontaneamente. 63 䍁偟䥉 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㨰ㄺ㔴⁁ 㤵 㜵 ㈵ Durango Duarte CAPÍTULO III – FATOS INTERESSANTES DA ELEIÇÃO DE 2004 Operação Albatroz O fatalismo desta e de outras denúncias, muito comuns em campanhas, é como um diagnóstico de câncer. Mesmo que haja cura, parcela da população já considera o paciente em fase terminal. Da mesma maneira, uma denúncia tem o poder de sentença, ainda que esteja sob investigação. Este, quem sabe, seja o maior estrago que se pode provocar na imagem de uma pessoa: o pré-julgamento. Pelo que você sabe estas denúncias já foram comprovadas ou ainda estão sendo investigadas pela Polícia Federal e a Justiça? AS DENÚNCIAS.... Total de citações Freq. Relativa (%) Freq. Absoluta (%) (divisão p/ 849) (divisão p/ 970) Estimativa baseada em 750.000 votos válidos Já foram comprovadas 122 14,4% 12,6% 94.500 Ainda estão sendo investigadas 612 72,1% 63,1% 473.250 Não sabe informar 115 13,5% 11,9% 89.250 RESPOSTA ÚNICA E ESTIMULADA FILTRO: 849 entrevistas Somente para quem disse que tem conhecimento sobre a Operação Albatroz. Você sabe quem é o candidato a vice de...? A máxima política de que “vice não apita nada”, do ex-vice presidente Aureliano Chaves, continua em pleno vigor. No 1.º turno, 96% dos eleitores (página 54) não sabiam quem era o vice de Serafim e no 2.º, o percentual dos que ignoravam a participação de Mário Frota na eleição continuou muito alto: 71,9%. E Bosco só alcançou a “fama” porque foi citado na Operação Albatroz. Tanto que em julho, antes da operação, mais de 80% não sabia que ele era vice de Amazonino. 64 䍁偟䥉 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㨰ㄺ㔵⁁ VICE DE... Mário Frota Bosco Saraiva Serafim Corrêa Amazonino Mendes 26,0% – – 58,4% Respondeu outro nome 2,2% 2,8% 㤵 㜵 Não sabe dizer 71,9% 38,9% ㈵ RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA AMOSTRA: 970 entrevistas Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS Bosco Saraiva foi indiciado pela Operação Albatroz. Pelo que é do seu conhecimento, este fato fez com que Amazonino perdesse votos seguros no 1.º turno? PERDA DE VOTOS POR CAUSA DO INDICIAMENTO DE BOSCO Total de citações % Estimativa baseada em 750.000 votos válidos Sim 493 50,8% 381.000 Não 456 47,0% 352.500 Não sabe dizer 21 2,2% 16.500 AMOSTRA: 970 entrevistas RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA Pela legislação eleitoral um candidato a Prefeito pode mudar de vice no decorrer da campanha. Você acha que Amazonino deve manter Bosco Saraiva ou deve trocar de vice para não prejudicar mais a sua candidatura? TROCAR OU NÃO O VICE Deve manter Bosco Saraiva Total de citações 170 Freq. Relativa (%) Freq. Absoluta (%) (divisão p/ 493) (divisão p/ 970) Estimativa baseada em 750.000 votos válidos 34,5% 17,5% 131.250 Deve trocar de vice 280 56,8% 28,9% 216.750 Não sabe opiniar 43 8,7% 4,4% 33.000 RESPOSTA ÚNICA E ESTIMULADA FILTRO: 493 entrevistas Somente para quem disse que Amazonino perdeu votos seguros no 1.º turno por causa do indiciamento de Bosco. Operação Albatroz O índice de quase 51% dos que disseram que Amazonino perdeu votos foi gravíssimo. Numa analogia, podemos considerar que a Albatroz foi a primeira de uma série de “bombas” lançadas sobre a campanha de Amazonino. Além dos estragos internos, serviu para elevar o moral do adversário, municiando-o com a concretização dos argumentos contra a honestidade do grupo a que Bosco pertencia, desfiados ao longo dos últimos anos. Na época, de cada dez eleitores quase seis achavam que Amazonino deveria trocar seu candidato a vice, contra aproximadamente 35% que preferia mantê-lo. Mas nunca poderemos afirmar se esta mudança teria alterado o destino desta eleição. Até porque se essa troca fosse concretizada, parcela da população, assim como os adversários, se utilizariam para reafirmar que Bosco e outras pessoas influentes do governo Eduardo Braga, estavam realmente envolvidos nas denúncias. 65 䍁偟䥉 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㨰ㄺ㔵⁁ 㤵 㜵 ㈵ Durango Duarte CAPÍTULO III – FATOS INTERESSANTES DA ELEIÇÃO DE 2004 Através da imprensa e dos programas eleitorais, Amazonino afirma não ter nada a ver com a Operação Albatroz e que este fato foi usado para prejudicar sua candidatura. Você acredita nele? Operação Albatroz A ação da Polícia Federal ocorreu em um momento muito estranho, já que era uma investigação que vinha sendo feita há vários meses. Por que ela não foi revelada bem antes ou após a eleição? Haveria ingerência do Planalto para favorecer uma determinada candidatura? As manchetes dos jornais correspondiam ao conteúdo das matérias? Independente das respostas, um dos efeitos concretos da Operação Albatroz pode ser chamado de “efeito velcro”: colou na figura de Amazonino. Tanto que podemos ressaltar que até parte do eleitorado dele (32,7%) não conseguia acreditar que ele não estivesse envolvido. Esta pesquisa, realizada em 10 e 11 de outubro de 2004, gerou uma redução na confiança dos partidários mais empedernidos de Amazonino. Dois dias depois, o sentimento se materializou, quando o primeiro relatório do Painel Contínuo (Capítulo II, página 38), demonstrou que Serafim já estava em vantagem, virando o jogo de forma rápida e inédita. 66 䍁偟䥉 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㨰ㄺ㔵⁁ VOCÊ ACREDITA QUE AMAZONINO NÃO ESTÁ ENVOLVIDO Total de citações % Estimativa baseada em 750.000 votos válidos Sim 370 38,1% 285.750 Não 542 55,9% 419.250 Não sabe dizer 58 6,0% 45.000 AMOSTRA: 970 entrevistas RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA Cruzamento: Prefeito estimulada – 1.ª opção x Acredita que Amazonino não está envolvido PREFEITO MANAUS: ESTIMULADA – 1.ª OPÇÃO AMAZONINO NÃO ESTÁ ENVOLVIDO Sim Não Não sabe dizer Amazonino 61,3% (276) 32,7% (147) 6,0% ( 27) Serafim 17,3% ( 80) 78,6% (364) 4,1% ( 19) Em branco/Nulos 24,6% ( 14) 54,4% ( 31) 21,1% ( 12) 㤵 㜵 ㈵ Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS Você tomou conhecimento de uma denúncia envolvendo o candidato Serafim Corrêa em um suposto caso com a médica Soraia e de um filho que os dois teriam juntos? DENÚNCIA CONTRA SERAFIM Total de citações % Estimativa baseada em 750.000 votos válidos Sim 680 68,0% 510.000 Não 320 32,0% 240.000 RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA AMOSTRA: 1.000 entrevistas Você acredita neste fato? ACREDITA Total de citações Freq. Relativa (%) Freq. Absoluta (%) (divisão p/ 680) (divisão p/ 1.000) Estimativa baseada em 750.000 votos válidos Sim, totalmente 85 12,5% 8,5% 63.750 Sim, parcialmente 101 14,9% 10,1% 75.750 Não Não sabe dizer RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA 379 115 55,7% 16,9% 37,9% 11,5% 284.250 86.250 FILTRO: 680 entrevistas Somente para quem disse que tomou conhecimento de uma denúncia contra Serafim. Caso Soraia Para entender melhor as próximas tabelas é preciso conhecer um pouco mais do Caso Soraia, a segunda grande bomba a explodir sobre a candidatura de Amazonino. No dia 15/11/04, o vereador Sabino anunciou que iria revelar no seu programa um escândalo envolvendo um político local. No domingo (18), o jornal A Crítica, trincheira segura de Serafim, publicou matéria sobre o “marketeiro” Egberto Baptista dizendo que ele iria usar um golpe semelhante ao Caso Miriam, quando o então candidato Fernando Collor acusou Lula de incentivar um aborto. Além de achincalhar Egberto, a matéria desarticulou a denúncia de Sabino, pois antecipou que o golpe atingiria a família de Serafim. Como uma “Crônica da burrice anunciada”, o vereador insistiu e levou ao ar uma história sem pé, nem cabeça, com uma pessoa sem credibilidade e cujo nome já estivera envolvido em confusão semelhante em Recife. Até hoje nada foi provado, o caso entrou para o anedotário político local e acabou como tema de enredo da Banda da Bica de 2005. 67 䍁偟䥉 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㨰ㄺ㔶⁁ 㤵 㜵 ㈵ Durango Duarte CAPÍTULO III – FATOS INTERESSANTES DA ELEIÇÃO DE 2004 Caso Soraia O Caso Soraia foi um verdadeiro tiro no pé. Os números são muito claros: 68% dos entrevistados souberam da denúncia contra Serafim, e destes 55,7% não acreditaram e 58,6% não consideraram prejudicial a ele. Em contrapartida, 59% acreditavam que Amazonino estava envolvido na denúncia e 54,6% avaliaram essa participação como prejudicial. A denúncia teve o efeito contrário. Ela criou um sentimento de mágoa, principalmente dentro das famílias de classe média, e gerou revolta pela invasão de privacidade. Não havia um sentimento contra a possibilidade de Serafim ter um filho bastardo, mas sim contra a exposição pública do fato e o constrangimento causado em sua família. De “bandido”, Serafim saiu do episódio como “vítima” de uma armação. Três dias após a divulgação do caso, Serafim atingiu 6% de diferença, a maior de todo o 2.º turno. O feitiço de um tal “el brujo” virou encanto da bruxa Keka (programa da Xuxa) ou da Efigênia, a gênia estagiária (Zorra Total). 68 䍁偟䥉 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㨰ㄺ㔶⁁ Esta denúncia, na sua opinião, pode prejudicar a candidatura de Serafim Corrêa? PODE PREJUDICAR A CANDIDATURA DE SERAFIM Total de citações Freq. Relativa (%) Freq. Absoluta (%) (divisão p/ 186) (divisão p/ 1.000) Estimativa baseada em 750.000 votos válidos Sim 47 25,3% 4,7% 35.250 Não 109 58,6% 10,9% 81.750 Não sabe dizer 30 16,1% 3,0% 22.500 RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA FILTRO: 186 entrevistas Somente para quem disse que acredita totalmente ou parcialmente na denúncia. Você acredita que o Amazonino tem algum envolvimento com esta denúncia? ENVOLVIMENTO DE AMAZONINO Total de citações Freq. Relativa (%) Freq. Absoluta (%) (divisão p/ 680) (divisão p/ 1.000) Estimativa baseada em 750.000 votos válidos Sim 401 59,0% 40,1% 300.750 Não 169 24,9% 16,9% 126.750 Não sabe dizer 110 16,2% 11,0% 82.500 RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA FILTRO: 680 entrevistas Somente para quem disse que tomou conhecimento de uma denúncia contra Serafim. Este envolvimento de Amazonino pode prejudicar sua candidatura? PREJUDICAR SUA CANDIDATURA Total de citações Freq. Relativa (%) Freq. Absoluta (%) (divisão p/ 401) (divisão p/ 1.000) Estimativa baseada em 750.000 votos válidos 㤵 㜵 Sim 219 54,6% 21,9% 164.250 Não 107 26,7% 10,7% 80.250 Não sabe dizer 75 18,7% 7,5% 56.250 ㈵ FILTRO: 401 entrevistas Somente para quem disse que Amazonino está envolvido na denúncia contra Serafim. RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS Debate na TV no 2.º Turno Você assistiu ao debate entre candidatos a Prefeito de Manaus realizado na...? TV Rio Negro ASSISTIU O DEBATE NA... Rede Amazônica Sim 206 41,2% 826 63,5% Não 294 58,8% 474 36,5% RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA DIA: 22 de outubro de 2004 DIA: 30 de outubro de 2004 AMOSTRA: 500 entrevistas AMOSTRA: 1.300 entrevistas Como você avalia o desempenho de Amazonino? TV Rio Negro DESEMPENHO DE AMAZONINO Total de citações Freq. Relativa (%) Freq. Absoluta (%) (divisão p/ 206) (divisão p/ 500) Estimativa baseada em 750.000 votos válidos Ótimo / Bom 81 39,3% 16,2% 121.500 Regular 52 25,2% 10,4% 78.000 Ruim / Péssimo 33 16,0% 6,6% 49.500 Não sabe avaliar 40 19,4% 8,0% RESPOSTA ÚNICA E ESTIMULADA DIA: 22 de outubro de 2004 FILTRO: 206 entrevistas Somente para quem disse que assistiu o debate na TV Rio Negro. 60.000 Os debates expuseram uma prática comum na imprensa local: o uso de dois pesos e duas medidas. No 1.º Turno, Amazonino não foi ao debate da TV A Crítica, por motivos óbvios, e foi condenado por isso de todas as formas. No 2.º turno, o primeiro debate foi realizado na TV Rio Negro, considerada aliada de Amazonino. Serafim exigiu a presença de um mediador de outro Estado, assinou documento garantindo sua presença, mas não compareceu ao debate. Os ditos formadores de opinião não se deram ao trabalho de esconder seu partidarismo. Quando Amazonino faltou ao debate foi considerado “covarde”, mas quando Serafim fez o mesmo, é porque “tinha um encontro com o presidente”. Na TV Rio Negro, Amazonino teve tempo suficiente para expor livremente sua opinião e seus projetos, mas àquela altura isso pouco importava porque os fatos que corriam paralelos à campanha já haviam corroído, em muito, sua candidatura. A diferença entre os que consideraram o seu desempenho “regular / ruim / péssimo” em relação ao “ótimo / bom” é muito próximo da diferença final da eleição. 69 䍁偟䥉 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㨰ㄺ㔷⁁ 㤵 㜵 ㈵ Durango Duarte CAPÍTULO III – FATOS INTERESSANTES DA ELEIÇÃO DE 2004 Debate na TV no 2.º Turno No último debate, já quase não havia eleitor racional. Ele se transformou num torcedor. Pura emoção. Como se estivesse assistindo a um Flamengo X Vasco, Palmeiras X Corinthians ou Grêmio X Internacional. Para a torcida, o melhor lance do jogo foi de Serafim. Mais uma vez bem informado, ele afirmou que Amazonino não pagou IPTU de um de seus imóveis. A repercussão deste episódio ainda deve ser melhor analisada. De cada 100 eleitores de Serafim, somente dois admitiram que, em algum momento do debate, tiveram vontade de mudar de voto, contra quase seis de Amazonino. O que é mais fácil de ter ocorrido? Serafim ganhou o debate por 1,8% e se você subtrair a diferença final (3,36%) pela do desempenho, a obviedade se materializa. A nossa empresa captou ao longo das últimas eleições, que o efeito do último debate altera o resultado final, em média, em até 2%. E, geralmente, os favoritos são surpreendidos. Em 1986 e 1996, por exemplo, a expectativa era de que Artur Neto derrotaria Amazonino e Serafim a Alfredo, respectivamente, exatamente o que não ocorreu. 70 䍁偟䥉 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㨰ㄺ㔷⁁ Quem ganhou o debate na sua opinião? Rede Amazônica QUEM GANHOU O DEBATE Total de citações Freq. Relativa (%) Freq. Absoluta (%) (divisão p/ 826) (divisão p/ 1.300) Estimativa baseada em 750.000 votos válidos Serafim Corrêa 400 48,4% 30,8% 230.769 Amazonino Mendes 385 46,6% 29,6% 222.115 Nenhum 20 2,4% 1,5% 11.538 Não sabe avaliar 21 2,5% 1,6% 12.115 RESPOSTA ÚNICA E ESTIMULADA FILTRO: 826 entrevistas Somente para quem disse que assistiu o debate na Rede Amazônica. DIA: 30 de outubro de 2004 Você que assistiu ao debate da Rede Amazônica, em algum momento teve vontade de mudar o seu voto? ELEITOR DE... Serafim Corrêa Sim Não 2,0% 98,0% 㤵 Amazonino Mendes 5,5% 94,5% 㜵 RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA DIA: 30 de outubro de 2004 FILTRO: 826 entrevistas Somente para quem disse que assistiu o debate na Rede Amazônica. ㈵ Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS Você acredita que Amazonino esteja com mais de 10% de vantagem sobre Serafim, como tem sido publicado na imprensa local, ou seja, Amazonino ganharia com mais de 70 mil votos de diferença? ELEITOR DE... Sim Não Serafim Corrêa 1% 99% Amazonino Mendes 12% 88% RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA AMOSTRA: 500 entrevistas DIA: 29 de outubro de 2004 Você confia nas pesquisas eleitorais divulgadas na cidade de Manaus no período das eleições? Não 74% Sim 26% RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA DIA: 29 de outubro de 2004 AMOSTRA: 500 entrevistas Credibilidade das Pesquisas Publicadas Pode parecer paradoxal uma empresa de pesquisa questionar se o eleitor confia nas pesquisas eleitorais, mas a Perspectiva fez essas perguntas por três motivos: para registro histórico; para detectar se a população duvida das pesquisas ou dos números absurdos divulgados em alguns projetos e, por fim, para mostrar aos pseudo-marketeiros que não se consegue mudar a opinião da população “inventando” números que dão idéia de vitória fácil. Por mais que a população não entenda, tecnicamente, de pesquisas ela tem feeling, vê que os números divulgados não encontram base em seu cotidiano. Não é em pesquisa que ela não acredita. É em mentira! Exatamente para se afastar deste estigma pré-eleitoral é que a Perspectiva direciona mais de 95% de seus contratos de prestação de serviço para o consumo interno de seus clientes e tem a confiança absoluta destes. Esta clientela é composta, diga-se de passagem, por todas as correntes partidárias. 71 䍁偟䥉 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㨰ㄺ㔷⁁ 㤵 㜵 ㈵ Durango Duarte CAPÍTULO III – FATOS INTERESSANTES DA ELEIÇÃO DE 2004 Oportunismo ou medo De cada 100 carros, quantos tinham adesivo dos candidatos Amazonino Mendes e Serafim Corrêa nos dias... ? Ao longo das últimas duas décadas a maioria da população recebeu do “big father” (o Estado) quase tudo, ou seja, o terreno, a madeira, as telhas, a infra-estrutura do bairro, os programas sociais, a água, a luz etc. Sem pagar sequer IPTU, é normal que essa “massa” tenha medo de assumir o seu desejo de mudança e perder o que ganhou, já que tudo que recebeu foi da mão do poder público. Em contrapartida, a chamada “classe média” dança conforme a música, revelando seu oportunismo. Até porque também é dependente das benesses públicas. Para confirmar esse comportamento, desenvolvemos duas pesquisas: a primeira mostra que três dias antes da eleição, de cada 100 carros 11 exibiam adesivos de Amazonino e dois de Serafim. Após o resultado, houve uma inversão conforme o gráfico acima. A segunda pesquisa revela que as pessoas têm vergonha de assumir seu voto. Com a vitória de Serafim, de cada 100 domicílios, 65 afirmaram ter votado nele, ou seja, os eleitores de Amazonino sumiram. Entretanto, em março de 2005, quem desapareceu foi o eleitor de Serafim. 12 72 䍁偟䥉 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㨰ㄺ㔸⁁ 11 10 Serafim Amazonino 9 8 6 4 2 2 1 0 28/out 01/nov 3 dias antes da eleição no 2.º turno 1 dia após a eleição (*) Os dados foram coletados em cinco pontos de fluxo, nos horários de rush, totalizando uma amostra de 1.000 veículos. A escala acima está adequada para uma melhor visualização. Em cada 100 domicílios, quantos se diziam eleitores de... (Amazonino/Serafim) em...? 100 80 35 58 60 㤵 40 65 㜵 42 20 0 ㈵ nov/04 mar/05 Serafim Amazonino CAPÍTULO IV Outras Pesquisas, Geomarketing, Dados Secundários e Tendências 㤵 㜵 ㈵ 䍁偟䥖 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨱㘺㔹⁁ CAPÍTULO IV − OUTRAS PESQUISAS, GEOMARKETING, DADOS SECUNDÁRIOS E TENDÊNCIAS Durango Duarte Pesquisas para Vereador Pouquíssimas empresas no Brasil realizam pesquisas para cargos proporcionais (deputado federal, deputado estadual e vereador). Os motivos são vários: O primeiro é, evidentemente, o custo. Uma pesquisa com uma amostra de mais de 5.000 entrevistas, o que garante um índice de acertos maior, não sai por menos de R$ 40.000,00 e ainda exige um tempo mínimo de dez dias para ser executada. O segundo, é a dificuldade de realizá-la, ou seja, é preciso captar as intenções de votos em todos os bairros, conjuntos, áreas de invasão de uma cidade (no caso de vereador) ou de todas as cidades de um Estado (no caso de deputados). Essa pesquisa exige um nível de detalhamento que obriga os questionários a serem aplicados rua por rua. Se não for assim, o resultado certamente vai apresentar distorções graves. Vejamos o caso da Compensa, onde existem muitas lideranças com mais de 500 votos. Numa rua há possibilidade de encontrarmos apenas eleitores de Glória Carrate, em outra de Costinha, mais adiante de Tio Raul e ainda outra com eleitores de Bacelar. É o que se chama “camburões eleitorais”, muito comuns em Manaus onde os vereadores são candidatos distritais, ou seja, eleitos por uma comunidade e não por votos de toda a cidade. Tanto isso acontece que pelo menos 20 vereadores da atual legislatura foram eleitos dessa forma. Por essa necessidade de preciosismo, às vezes é preferível reduzir o número de entrevistas por rua e aumentar o número de ruas pesquisadas, para garantir um retrato fiel da intenção de voto da população. A terceira maior dificuldade é o grande número de combinações possíveis para a divisão das vagas existentes. A legislação eleitoral brasileira possui um sistema que privilegia os partidos ou coligações em detrimento do desempenho de cada candidato, ou seja, nem sempre os mais votados são eleitos. A divisão das vagas é feita pelo cálculo do quociente eleitoral e partidário, que teremos oportunidade de ver no Capítulo V, página 115. O quarto fator complicador é que, em Manaus, 20% dos eleitores define seu voto somente no dia da eleição. Sendo assim, é impossível captar o voto desses eleitores. Na última eleição, este percentual representou aproximadamente 150 mil eleitores, que definiram seu candidato no intervalo entre o ato de acordar e o de votar no dia do pleito. Como quinto obstáculo, temos a dificuldade em identificar o candidato a que o eleitor se refere, às vezes pela coincidência de alguns nomes, apelidos desconhecidos e números incorretos dos candidatos. Em 2004, por exemplo, foi preciso localizar cada candidato escolhido pelo eleitor-pesquisado numa lista de mais de 800 nomes. Resumo da ópera: esta pesquisa envolve múltiplos fatores que a tornam arriscada, entretanto é a que mais fascina os candidatos ao cargo majoritário e a que mais gera polêmica entre os proporcionais. Principalmente, se for observado que todos 74 䍁偟䥖 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨱㘺㔹⁁ 㤵 㜵 ㈵ Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS estes afirmam estar eleitos. Se você puder desperdiçar seu tempo somando os votos anunciados por todos, o total é, no mínimo, quatro vezes maior que o número de eleitores. A melhor maneira de se estimar a real quantidade de votos de um candidato é multiplicar o número de votos que ele diz ter, por no máximo 40% e no mínimo 10%. Exemplo que se aplica na maioria dos casos: se um candidato disser que terá 8 mil votos, há 90% de chances de ele ter entre 800 e 3.200. Nas próximas eleições, faça este teste. Você irá comprovar que é assim que acontece. Outro aspecto dessas pesquisas é que elas favorecem uma atitude pragmática na hora da definição da ajuda financeira e material concedida pelos candidatos a prefeito aos candidatos a vereadores. Isto é possível através do cruzamento da intenção de voto de um com outro, revelando o “nível de vinculação” entre eles. Tive oportunidade de presenciar muitos candidatos proporcionais saindo de salas de tesoureiros de campanhas falando cobras e lagartos sobre nossas pesquisas, exatamente porque elas revelavam o baixo nível de vinculação deles com o majoritário, gerando a redução do valor dos recursos financeiros destinados ao potencial “traíra”. Estas pesquisas para vereadores e deputados, foram aprimoradas nas últimas duas eleições. Em 2002, acertamos os nomes de 22 das 24 vagas da Assembléia Legislativa e todos os oito nomes eleitos para a Câmara Federal. Inclusive na época, enviamos milhares de e-mails, dois dias antes da eleição, apresentando a lista dos prováveis vitoriosos. Contrariando o que se comentava nos bastidores políticos sobre o favoritismo de Sabino Castelo Branco para a ALEAM, em nenhum dos nossos estudos seu nome tinha a garantia de vitória. O que acabou se confirmando com a sua quinta suplência. Na eleição de 2004, realizamos cinco grandes rodadas para vereador. A primeira com amostra de 5.000 entrevistas e as outras quatro com 7.200, ou seja, mais de 33 mil questionários aplicados em quatro meses, o que é um número extraordinário. Nessa eleição, dos 37 vereadores, acertamos 34, sendo que em apenas um caso podemos assegurar que houve “erro”: Fausto Souza. Nos outros dois, os nomes não foram descartados de fato, ou seja, ainda disputavam a vaga, mas não se podia assegurar qual dos concorrentes iria ganhar, porque os índices de intenção de votos eram muito próximos. Para alcançar esta quantidade de acertos, a Perspectiva trabalha com dois instrumentos fundamentais: o primeiro, é um plano amostral detalhado setor por setor da cidade de Manaus e uma ponderação de entrevistas, por área, que utiliza-se de um sistema de geoprocessamento e o segundo é um banco de dados com o resultado de todas as eleições, estruturado e analisado por zona eleitoral, por bairro, por colégio eleitoral e até por seção, tornando possível elaborar um histórico do comportamento do eleitor para o desempenho de cada político. A combinação dessas duas ferramentas é que permite à nossa empresa apresentar uma fotografia mais aproximada da realidade eleitoral, para cargos proporcionais. Temos que ressaltar que, sozinho, o resultado do trabalho de campo não é suficiente para afirmar quantas vagas cada partido ou coligação irá obter ou quem serão os eleitos. Um dos prazeres adicionais dessas pesquisas é a quantidade de apostas que eu ganho, sem querer apostar, muito embora não receba a grande maioria delas. Mais do que o dinheiro em si, vale o desafio e o gosto de ver os sorrisos amarelos dos apostadores após os resultados. Em 2006, só aceitarei apostas registradas em cartório, mesmo sem ter validade judicial porque o jogo é ilegal no Brasil ou com depósitos antecipados a um fiel depositário que tenha credibilidade para receber o apurado. 㤵 㜵 ㈵ 75 䍁偟䥖 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨱㜺〰⁁ CAPÍTULO IV − OUTRAS PESQUISAS, GEOMARKETING, DADOS SECUNDÁRIOS E TENDÊNCIAS Durango Duarte Pesquisas Qualitativas Nem tudo são números no universo das pesquisas. Para compreender as motivações e os sentimentos de uma população usamos a pesquisa qualitativa, que apresenta duas técnicas: a “entrevista em profundidade” que investiga e extrai respostas detalhadas de um único indivíduo de cada vez e o “focus group” que, como o próprio nome diz, consiste na formação de grupos de discussão. O grupo é como se fosse uma “amostra” de um determinado segmento da população cuja opinião queremos conhecer melhor, como “mulheres entre 25 e 40 anos, residentes nos bairros da Zona Norte, com Ensino Médio e com renda de dois salários mínimos” ou “homens das classes A e B, residentes na Ponta Negra e proprietários de pick-up. A “quali”, como é chamada, permite o registro de detalhes que não são totalmente captados por uma pesquisa quantitativa. Em épocas eleitorais analisa cenários de alianças políticas, atributos da imagem de um político, os programas pilotos e os fatos importantes que ocorrem durante uma campanha, como exemplos a Operação Albatroz e o Caso Soraia, na eleição de 2004, entre outros. A cada eleição a pesquisa qualitativa tem sido cada vez mais utilizada como uma ferramenta que trabalha em conjunto, podendo ser realizada antes, simultaneamente ou após uma quantitativa, dependendo da necessidade eleitoral. As metodologias combinadas favorecem uma melhor interpretação do momento político. As qualitativas exigem o cumprimento de algumas etapas: definição do objetivo e do roteiro pré-estabelecido entre o cliente e empresa de pesquisa; qual o target (público alvo); selecionar os participantes (entre 8 a 12 pessoas), viabilizar a locomoção dos participantes e a indicação de um moderador experiente, familiarizado com o tema. O local da pesquisa deve ter uma sala com espelho one-way também chamado de “espião”. Por trás desse espelho, uma sala de observação abriga o equipamento de gravação. Neste local, assistem ao debate os auxiliares que irão elaborar o relatório e, às vezes, os profissionais de marketing do cliente. Deve-se oferecer brindes e um coffee-break aos convidados. O valor cobrado por cada grupo de quali oscila entre R$ 2,5 mil a R$ 4 mil no mercado de Manaus. Para que esse trabalho seja executado com qualidade, é necessário movimentar um número mínimo de 10 pessoas. Numa campanha política, onde tudo é solicitado e contratado “para ontem”, é possível realizar até quatro grupos de quali em um mesmo dia. A Perspectiva realizou diversos grupos de qualitativa tanto no 1.º quanto no 2.º turnos, mas aceitou um desafio de realizar grupos de quali sem toda a estrutura tecnológica exigida e levou o debate para o próprio ambiente dos participantes. Reuniu os moradores na casa de um deles, mantendo as demais regras inalteradas. No início 2.º turno, no dia 10/10/2004, às 9h30, o primeiro grupo realizado foi no bairro Lírio do Vale, onde foram selecionados somente eleitores que votaram em Vanessa, Plínio e Bisneto no 1.º turno. Após cem minutos de conversa, a 76 䍁偟䥖 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨱㜺〰⁁ 㤵 㜵 ㈵ Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS sensação que se tinha era de que se fosse oferecido ar condicionado central em Manaus ou qualquer benefício em dinheiro, não haveria a menor possibilidade de mudar a opinião dos participantes, em seu desejo de votar na mudança, ali representada por Serafim. Todos os argumentos contra Serafim, como a falta de experiência, um projeto administrativo sem conteúdo detalhado, seu passado supostamente vinculado aos serviços de informação da ditadura militar ou a falta de uma bancada consistente para viabilizar sua administração, sequer triscou na certeza inabalável dos presentes. Pareciam estar convertidos messianicamente a ponto de se imolar pelo que acreditavam. Fui o moderador deste grupo e no trajeto da casa para o meu carro disse às minhas duas assistentes: “Inês é morta!”. Além do relatório descritivo, as pesquisas qualitativas das eleições de 2004 foram apresentadas pela primeira vez aos nossos clientes, num modelo de análise chamado de SWOT, que é uma ferramenta muito utilizada pelas empresas como parte do planejamento estratégico de negócios. O termo SWOT vem do inglês e representa as iniciais das palavras Strenghts (forças), Weaknesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças). A análise é dividida em duas partes: o ambiente externo à organização, no caso a campanha (oportunidades e ameaças) e o ambiente interno à organização (pontos fortes e pontos fracos). Tendo como exemplo o candidato Amazonino Mendes, selecionamos os elementos relevantes obtidos nos mais de 40 grupos realizados durante os dois turnos. A cada conjunto de cinco grupos, era possível apresentar um relatório com este modelo que aqui descrevemos: Pontos fortes: Elevado recall do nome e do número; significativa percepção dos projetos que desenvolveu enquanto governador e prefeito; imagem associada ao trabalho e ao empreendedorismo além de sua competência administrativa; percepção de ousado na execução de projetos inovadores; propostas eleitorais com maior consistência de conteúdo e detalhes; melhor qualidade na produção das peças publicitárias; boa estrutura de campanha e tempo maior de exposição na propaganda eleitoral, entre outros. Pontos fracos: Desgaste da imagem em função do longo tempo de presença no poder; percepção de que ele é excessivamente poderoso e desonesto; associação a um vice cujo nome foi citado na Operação Albatroz; fraco desempenho nos debates; críticas às obras inacabadas em seu governo; frustração em relação à participação mais ativa do candidato nas ruas; vinculação de políticos de baixa credibilidade à sua imagem, entre outros. Oportunidades: Utilizar a “Ação Conjunta” como instrumento de desenvolvimento da cidade de Manaus; demonstrar que tem a maior experiência e conhecimento dos problemas da cidade; explorar a insegurança do eleitor em relação ao futuro da capital, passando a idéia de que “Manaus não pode parar”; demonstrar a importância histórica de suas realizações para o Estado, durante suas administrações; usar a presença mais efetiva de Eduardo Braga na campanha, entre outros. Ameaças: Surgimento de novas denúncias no processo eleitoral; construção de um sentimento forte de mudança e desenvolvimento de um consenso na maioria da população de que as críticas de todos os adversários eram verdadeiras; surgimento de fatos imprevisíveis e não controláveis; percepção de desorganização no comando de campanha e nas bases eleitorais, entre outros. Devemos considerar que este material é uma ferramenta para tomada de decisões, o que não implica, necessariamente, no uso obrigatório de seu conteúdo. A dinâmica do processo político não permite, muitas vezes, numa campanha, o uso de todas as informações disponíveis. 77 䍁偟䥖 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨱㜺〰⁁ 㤵 㜵 ㈵ CAPÍTULO IV − OUTRAS PESQUISAS, GEOMARKETING, DADOS SECUNDÁRIOS E TENDÊNCIAS Durango Duarte Geomarketing No mundo onde os avanços tecnológicos se processam em questão de segundos e as decisões a serem tomadas exigem a maior quantidade possível de informações, a variável espacial ganhou uma dimensão superlativa para a imensa maioria dos habitantes do planeta. Hoje, através de um telefone celular, pode-se localizar em que rua uma determinada pessoa se encontra no exato momento da busca. Você, uma empresa ou qualquer órgão de governo utiliza-se, de maneira organizada ou não, de um sistema de informação para tomar decisões. A tecnologia permitiu o desenvolvimento de uma ferramenta chamada SIG −Sistema de Informação Geográfica na qual é possível visualizar todos os dados disponíveis simultaneamente, facilitando a análise, a gestão ou a representação do espaço e dos fenômenos que nele ocorrem. O geomarketing é uma disciplina que encontrou campo aberto dentro do SIG e seu desenvolvimento, gerou incontáveis aplicações, inclusive no campo político. Desde 2000, a Perspectiva possui um departamento de GEO que desenvolve estudos de potencial de mercado, projetos de roteirização, mapas temáticos, estudos de demandas públicas para melhor localização de escolas, hospitais, delegacias etc. No universo da política, conseguimos mapear o perfil e as necessidades do eleitor de Manaus de maneira geográfica. Selecionamos três exemplos de aplicabilidade de nosso trabalho: no primeiro, na página ao lado, utilizamos uma imagem de satélite (Quickbird dez/03) para mostrar como é realizado o trabalho de campo, isto é, em que sentido o pesquisador deve selecionar os domicílios a serem pesquisados. O ponto em vermelho na imagem é o ponto inicial e a partir dali o pesquisador irá realizar as entrevistas conforme a metodologia estabelecida (ver Capítulo II, página 26). Além disso, ilustramos a tendência dos sistemas de informação que, em um futuro próximo, poderão registrar detalhes sobre cada indivíduo de uma cidade, que não podem ser revelados pelo mundo da pesquisa, já que esta não permite a quebra da privacidade do mesmo. O segundo mapa localiza espacialmente, através de coordenadas geográficas (latitude e longitude), qualquer atividade econômica existente num determinado bairro. No exemplo, localizamos os principais serviços públicos do bairro Praça 14 com o eixo vetorial das ruas e, na cor cinza, os lotes residenciais e comerciais da área. Por último, apresentamos um mapa temático com o resultado eleitoral do candidato Serafim Corrêa no 1.º turno, bairro a bairro. Estes foram divididos em seis grupos: em azul estão os 22 bairros onde o candidato obteve seu melhor desempenho e em vermelho as piores votações. A Perspectiva pode aprofundar este tipo de análise a ponto de detalhar com precisão os votos depositados para um ou outro candidato em cada local de votação. 78 䍁偟䥖 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨱㜺ㄵ⁁ 㤵 㜵 ㈵ Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS Método de arrolamento de campo PONTO INICIAL Ponto norte mais a esquerda Sentido do Arrolamento O FUTURO Tendência Eleitoral: Contra o candidato do governo Nome: Raimundo Nonato CPF: 700171500/99 RG: 9191467-4 Idade: 35 anos Profissão: Funcionário Público Renda Familiar: + de R$3.000,00 Moradia: Própria 㤵 㜵 ㈵ Imagem de satélite Quickbird, dez/2003. ESCALA: 1:2.800 79 䍁偟䥖 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨱㜺㌳⁁ CAPÍTULO IV − OUTRAS PESQUISAS, GEOMARKETING, DADOS SECUNDÁRIOS E TENDÊNCIAS Durango Duarte Localização dos serviços que o Bairro Praça 14 possui: 㤵 㜵 ㈵ 80 䍁偟䥖 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨱㜺㐷⁁ Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS Desempenho do candidato Serafim Corrêa no 1.º turno − Eleição de 2004 㤵 㜵 ㈵ 81 䍁偟䥖 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨱㜺㔳⁁ CAPÍTULO IV − OUTRAS PESQUISAS, GEOMARKETING, DADOS SECUNDÁRIOS E TENDÊNCIAS Durango Duarte Dados Secundários Indicadores de Manaus Uma coisa deve ficar bem clara: absolutamente nenhum governante ou político em nosso Estado trabalha corretamente com a gestão da informação. O planejamento público é uma verdadeira peça de ficção, um exercício de “chutorologia”. Os dados utilizados para elaborá-lo, em sua maioria são incompletos, imprecisos e de fontes duvidosas. A atividade empresarial não fica distante desta realidade. Existe um padrão cultural que trata com desprezo a questão da informação, como ferramenta na tomada das múltiplas decisões do dia-a-dia. Você saberia dizer, por exemplo, qual foi a inflação do mês passado na cidade de Manaus? Quantas ruas a cidade de Manaus possui? Qual a renda per capita na cidade de Manaus em 2004? Você não é obrigado a saber, mas se precisar de uma dessas informações, os órgãos oficiais não irão lhe informar. Não tenho dúvidas de que poderia, pessoalmente, listar com enorme facilidade mais de 100 perguntas sem respostas. O anedotário local abriga excelentes exemplos de como funciona o “achismo”. Você lembra da história de um governador que afirmou haver 2 milhões de jacarés em Nhamundá? Como foi feita a contagem dos répteis? Enquanto não existir estruturas independentes e sérias na coleta permanente de dados, na sistematização dos mesmos e na análise dos resultados para contribuir com o desenvolvimento econômico do nosso Estado, continuaremos a viver sob a égide do faz-de-conta. A nossa empresa tem um conceito de trabalhar com a gestão estratégica da informação, seja no tratamento dos dados secundários (aqueles levantados de outras fontes) ou através da coleta de dados primários (aqueles coletados pelo pesquisador para resolver um problema específico), gerando um outro conjunto significativo de informações para qualquer situação da realidade humana. A título de curiosidade e até para consultas acadêmicas, apresentamos alguns indicadores da cidade de Manaus, que revelam características da divisão socioeconômica do nosso povo, através dos seguintes gráficos e tabelas: Indicadores da evolução da população da cidade de Manaus (1900 a 2004); Evolução do eleitorado da cidade de Manaus (1982 a 2004); Distribuição da população por zona e bairro e Distribuição da população por faixa etária, ambos baseados em estimativas da Perspectiva e Modelos de segmentação da população por classe e renda, principalmente o Critério de Classificação Econômica Brasil − CCEB, mais conhecido por sua aplicação na divisão das “classes sociais”. 㤵 㜵 ㈵ 82 䍁偟䥖 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨱㜺㔳⁁ Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS Evolução da população de Manaus (1900-2004) 1.592.555 1.600.000 1.405.835 1.157.357 1.200.000 1.011.501 800.000 633.383 311.622 400.000 173.703 106.399 139.620 1920 1940 1950 1960 1970 1980 1991 1996 2000 2004 50,5% 40,5% 31,2% 24,4% 79,4% 103,3% 59,7% 14,4% 21,5% 13,3% 50.300 75.704 1900 0 EVOLUÇÃO Fonte: IBGE. Evolução do eleitorado de Manaus (1982-2004) 1.000.000 844.789 800.000 744.602 579.874 600.000 482.005 381.531 400.000 908.450 760.925 629.074 510.554 399.798 298.541 㤵 200.000 㜵 - 1982 EVOLUÇÃO 1986 27,8% 1988 4,8% 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 20,6% 5,9% 13,6% 8,5% 18,4% 2,2% 11,0% 7,5% ㈵ Fonte: TRE-AM. 83 䍁偟䥖 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨱㜺㔳⁁ Durango Duarte CAPÍTULO IV − OUTRAS PESQUISAS, GEOMARKETING, DADOS SECUNDÁRIOS E TENDÊNCIAS Distribuição da população por zona e bairro (2004) ZONA SUL ZONAS / BAIRROS RENDA MÉDIA DO CHEFE DO DOMICÍLIO 2000 MÉDIA DE MORADORES POR DOMICÍLIO 2000 1 BETÂNIA 12.301 R$ 634,41 4,39 2 CACHOEIRINHA 27.586 R$ 831,57 4,04 3 CENTRO 38.026 R$ 1.396,06 3,75 4 COL. OLIVEIRA MACHADO 12.830 R$ 441,01 4,71 5 CRESPO 8.942 R$ 608,88 4,31 6 DIST. INDUSTRIAL I / II 17.521 R$ 388,62 4,40 7 EDUCANDOS 18.119 R$ 465,77 4,50 8 JAPIIM 59.332 R$ 933,29 4,34 9 MORRO DA LIBERDADE 15.405 R$ 478,39 4,58 10 N. SRª APARECIDA 6.262 R$ 1.503,73 3,99 11 PETRÓPOLIS 47.531 R$ 654,55 4,29 12 PRAÇA 14 DE JANEIRO 13.573 R$ 819,85 4,04 13 PRESIDENTE VARGAS 10.305 R$ 701,52 4,34 14 RAIZ 19.849 R$ 766,36 4,07 15 SANTA LUZIA 9.504 R$ 535,92 4,24 16 SÃO FRANCISCO 17.936 R$ 743,66 4,35 17 SÃO LÁZARO 12.123 R$ 741,33 4,23 18 VILA BURITI 2.143 R$ 1.256,92 3,92 SUBTOTAL ZONA OESTE 2004 349.293 R$ 804,68 4,24 1 COMPENSA 85.556 R$ 638,10 4,68 2 GLÓRIA 9.546 R$ 521,01 4,74 3 LÍRIO DO VALE 21.946 R$ 593,40 4,38 4 NOVA ESPERANÇA 20.104 R$ 801,94 4,39 5 PONTA NEGRA 1.660 R$ 4.547,62 3,82 6 SANTO AGOSTINHO 14.858 R$ 638,20 4,41 7 SANTO ANTÔNIO 21.865 R$ 684,47 4,28 8 SÃO JORGE 28.484 R$ 993,40 4,14 9 SÃO RAIMUNDO 17.734 R$ 713,98 4,31 10 TARUMÃ 8.259 R$ 538,20 4,07 11 VILA DA PRATA 12.496 R$ 629,28 4,34 242.508 R$ 723,35 4,44 SUBTOTAL 84 䍁偟䥖 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨱㜺㔴⁁ 㤵 㜵 ㈵ Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS ZONA LESTE ZONAS / BAIRROS ZONA NORTE MÉDIA DE MORADORES POR DOMICÍLIO 2000 ARMANDO MENDES 22.665 R$ 449,73 4,41 2 COL. ANTÔNIO ALEIXO 14.132 R$ 313,27 4,55 3 COROADO 51.100 R$ 645,63 4,30 4 JORGE TEIXEIRA 89.075 R$ 355,08 4,40 5 MAUAZINHO 17.024 R$ 389,45 4,47 6 PURAQUEQUARA 3.554 R$ 284,30 4,46 7 SÃO JOSÉ OPERÁRIO 95.712 R$ 521,79 4,29 8 TANCREDO NEVES 40.523 R$ 364,45 4,39 9 ZUMBI DOS PALMARES 34.365 R$ 398,49 4,66 368.150 R$ 450,84 4,39 1 CIDADE NOVA 219.189 R$ 619,65 4,15 2 COL. SANTO ANTÔNIO 14.099 R$ 524,26 4,24 3 COLÔNIA TERRA NOVA 30.751 R$ 400,78 4,27 4 MONTE DAS OLIVEIRAS 20.513 R$ 383,79 4,23 5 NOVO ISRAEL 16.331 R$ 385,87 4,55 6 SANTA ETELVINA 18.665 R$ 434,17 4,52 319.549 R$ 558,43 4,21 SUBTOTAL ZONA CENTROOESTE RENDA MÉDIA DO CHEFE DO DOMICÍLIO 2000 1 SUBTOTAL 1 ALVORADA 75.326 R$ 724,75 4,32 2 DA PAZ 13.927 R$ 1.006,31 4,27 3 DOM PEDRO 17.970 R$ 1.970,36 4,29 4 PLANALTO 15.125 R$ 1.956,77 4,30 5 REDENÇÃO 37.405 R$ 672,65 4,43 159.752 R$ 997,65 4,34 SUBTOTAL ZONA CENTRO-SUL 2004 1 ADRIANÓPOLIS 10.365 R$ 3.637,50 3,84 2 ALEIXO 21.843 R$ 2.083,65 4,15 3 CHAPADA 8.929 R$ 2.039,92 3,12 4 FLORES 38.904 R$ 1.221,55 3,80 5 N. SRª DAS GRAÇAS 15.283 R$ 2.646,21 3,83 6 PARQUE 10 37.176 R$ 2.116,91 3,96 7 SÃO GERALDO 7.955 R$ 946,79 4,10 R$ 1.959,22 3,88 SUBTOTAL 140.455 ZONA RURAL 12.848 R$ 376,16 - TOTAL 1.592.555 R$ 806,97 4,26 㤵 㜵 ㈵ Fonte: IBGE/Perspectiva − Estimativas da população de 2004 por bairro produzidas pelos estudos de geoprocessamento. 85 䍁偟䥖 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨱㜺㔶⁁ Durango Duarte CAPÍTULO IV − OUTRAS PESQUISAS, GEOMARKETING, DADOS SECUNDÁRIOS E TENDÊNCIAS Distribuição da população por faixa etária (2004) 2004 FAIXA ETÁRIA % Urbana Rural Total 0 a 4 anos 188.245 1.733 189.978 11,9% 5 a 9 anos 174.147 1.700 175.847 11,0% 10 a 14 anos 163.969 1.449 165.417 10,4% 717.121 15 anos 36.241 278 36.519 2,3% 45,0% 16 a 17 anos 72.606 585 73.190 4,6% 18 a 19 anos 75.622 547 76.170 4,8% 20 a 24 anos 179.505 1.251 180.756 11,4% 25 a 29 anos 150.077 999 151.076 9,5% 30 a 34 anos 126.678 825 127.503 8,0% 722.636 35 a 39 anos 109.315 787 110.102 6,9% 45,4% 40 a 44 anos 86.956 637 87.593 5,5% 45 a 49 anos 65.051 555 65.606 4,1% 50 a 54 anos 46.126 421 46.547 2,9% 55 a 59 anos 31.438 351 31.789 2,0% 60 a 64 anos 24.686 291 24.978 1,6% 65 a 69 anos 18.142 182 18.324 1,2% 70 a 74 anos 13.426 123 13.550 0,9% 75 a 79 anos 8.783 66 8.848 0,6% Mais de 80 anos 8.693 68 8.761 0,6% TOTAL 1.579.707 12.848 1.592.555 100% 152.798 9,6% 㤵 㜵 ㈵ Fonte: IBGE/Perspectiva − Estimativas da população de 2004 por bairro produzidas pelos estudos de geoprocessamento. 86 䍁偟䥖 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨱㜺㔶⁁ Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS Modelos de segmentação da população por classe e renda CRITÉRIO DE CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA BRASIL (CCEB) — 2003 RENDA MÉDIA FAMILIAR MANAUS ESTIMATIVA HABITANTES 2004 A1 | 30-34 R$ 7.793,00 1% 15.926 3.738 R$ 29.133.289,00 A2 | 25-29 R$ 4.648,00 6% 95.553 22.430 R$ 104.256.276,62 B1 | 21-24 R$ 2.804,00 10% 159.256 37.384 R$ 104.824.512,21 B2 | 17-20 R$ 1.669,00 18% 286.660 67.291 R$ 112.308.773,03 C | 11-16 R$ 927,00 35% 557.394 130.844 R$ 121.292.129,05 D | 6-10 R$ 424,00 24% 382.213 89.721 R$ 38.041.877,18 E | 0-5 R$ 207,00 6% 95.553 22.430 R$ 4.643.082,89 100% 1.592.555 373.839 CLASSE | PONTOS TOTAL QTD. APROXIMADA DE FAMÍLIAS (*) ESTIMATIVA RENDA POR MÊS R$ 514.499.939,98 IBGE DE 2000 RENDA MÉDIA FAMILIAR (Salário mínimo = R$ 151,00) MANAUS ESTIMATIVA HABITANTES 2004 QTD. APROXIMADA DE FAMÍLIAS (*) Mais de 20 salários mínimos 3% 52.873 12.411 De 10 a 20 salários mínimos 6% 89.979 21.122 De 3 a 10 salários mínimos 26% 420.275 98.656 Até 3 salários mínimos 65% 1.029.428 241.650 100% 1.592.555 373.839 TOTAL ESTUDO PERSPECTIVA DE 2002 RENDA MÉDIA FAMILIAR MANAUS ESTIMATIVA HABITANTES 2004 QTD. APROXIMADA DE FAMÍLIAS (*) 㤵 Mais de R$ 4.001,00 4% 63.702 14.954 De R$ 2.001,00 a 4.000,00 6% 95.553 22.430 De R$ 1.001,00 a 2.000,00 15% 238.883 56.076 Até R$ 1.000,00 75% 1.194.416 280.379 100% 1.592.555 373.839 㜵 ㈵ TOTAL (*) Este cálculo tem como base a divisão da estimativa de habitantes em 2004 por 4,26 moradores por domicílio. 87 䍁偟䥖 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨱㜺㔷⁁ Durango Duarte CAPÍTULO IV − OUTRAS PESQUISAS, GEOMARKETING, DADOS SECUNDÁRIOS E TENDÊNCIAS Avaliação das Administrações Com o objetivo de acompanhar passo-a-passo o desempenho administrativo do presidente da República, do governador do Amazonas e do prefeito de Manaus, desde o ano de 2003 a Perspectiva realiza, com recursos próprios e de forma independente uma pesquisa que avalia, mês a mês, o grau de satisfação da população de Manaus em relação à administração dos governantes. Esta pesquisa, realizada na última semana de cada mês, é probabilística por conglomerados, com uma amostra mensal de 625 entrevistas e tem uma margem de erro de mais ou menos 4,0%. A pergunta padrão utilizada para captar essa avaliação é: “Você diria que a administração do... (presidente, governador e prefeito) neste momento está ótima, boa, regular, ruim ou péssima?”. Na tabela e nos gráficos apresentados, para efeito de uma melhor compreensão, agrupamos as respostas “ótima” e “boa” como aprovação e “ruim” e “péssima” como rejeição. Os governantes locais têm se utilizado de uma prática pouco recomendável para divulgar a avaliação de suas administrações, que é a de somar o “regular” ao “bom” e o “ótimo”, como se tudo fosse aprovação. Outro aspecto interessante é que o amazonense é extremamente benevolente com as notas e conceitos que emite sobre os administradores públicos. Constantemente, suas avaliações são bem mais favoráveis do que a média nacional. AVALIAÇÃO 2005 LULA jan fev EDUARDO BRAGA mar jan fev mar SERAFIM CORRÊA jan fev mar 㤵 Aprovação (ótimo+bom) 51% 47% 46% 55% 55% 61% 31% 33% 38% 㜵 Regular 40% 42% 43% 36% 38% 32% 37% 32% 28% Rejeição 8% 10% 11% 9% 7% 6% 26% 31% 33% 1% 1% 0% 0% 0% 1% 6% 4% 1% (ruim+péssimo) ㈵ Não sabe dizer 88 䍁偟䥖 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨱㜺㔸⁁ Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS 60% 60% 56% 56% 50% 50% 38% 40% 37% 36% 33% 33% 30% 53% 50% 50% 35% 50% 34% 27% 20% 10% 47% 16% 9% 7% 4% 4% 10% 11% 2% 3% MAR ABR 8% 3% 15% 47% 42% 2% 45% 43% 39% 30% 15% 8% 5% 46% 9% 10% 1% 2% 2% 1% AGO SET OUT NOV 13% 2003 PRESIDENTE 70% 3% 0% FEV MAI Aprovação (ótimo+bom) JUN Regular JUL Rejeição (ruim+péssimo) DEZ Não sabe dizer PRESIDENTE 60% 53% 50% 50% 48% 49% 43% 40% 39% 45% 42% 38% 35% 40% 16% 45% 37% 36% 39% 14% 16% 48% 44% 31% 30% 20% 20% 30% 20% 49% 17% 18% 53% 30% 20% 32% 29% 17% 16% 11% 14% 10% 0% 1% 1% JAN 1% 1% MAR ABR 2% 2% 1% 1% 2% 1% 2% 1% AGO SET OUT NOV DEZ 2004 JAN 㤵 㜵 ㈵ FEV MAI JUN JUL Aprovação (ótimo+bom) Regular Rejeição (ruim+péssimo) Não sabe dizer 89 䍁偟䥖 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨱㠺〰⁁ Durango Duarte CAPÍTULO IV − OUTRAS PESQUISAS, GEOMARKETING, DADOS SECUNDÁRIOS E TENDÊNCIAS 2003 GOVERNADOR 70% 60% 56% 58% 55% 51% 58% 59% 54% 51% 49% 50% 50% 51% 48% 40% 40% 32% 30% 24% 20% 14% 34% 31% 30% 27% 27% 13% 15% 6% 5% 2% 3% MAR ABR 16% 15% 10% 4% 35% 36% 25% 15% 11% 32% 8% 4% 14% 11% 1% 1% 3% 10% 10% 1% 2% 3% OUT NOV DEZ 0% JAN FEV MAI Aprovação (ótimo+bom) 2004 GOVERNADOR JUN Regular JUL AGO SET Rejeição (ruim+péssimo) Não sabe dizer 70% 69% 60% 61% 69% 67% 64% 63% 60% 57% 50% 57% 56% 55% 51% 40% 36% 32% 29% 30% 27% 20% 11% 10% 0% 6% 1% JAN 2% 10% 2% 1% MAR ABR 30% 27% 22% 18% 20% 6% 28% 26% 33% 8% 2% 10% 3% 17% 13% 12% 12% 12% 2% 1% 0% 1% 0% AGO SET OUT NOV DEZ 9% 2% 㤵 㜵 ㈵ FEV MAI JUN JUL Aprovação (ótimo+bom) 90 䍁偟䥖 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨱㠺〳⁁ Regular Rejeição (ruim+péssimo) Não sabe dizer Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS 70% 67% 64% 60% 50% 55% 63% 63% 61% 63% 63% 60% 58% 62% 57% 40% 33% 32% 29% 30% 24% 25% 11% 11% 27% 29% 24% 27% 27% 9% 9% 1% 1% AGO SET 26% 27% 20% 11% 9% 13% 7% 10% 2% 4% 1% 1% MAR ABR 8% 1% 2% MAI JUN 9% 1% 9% 8% 0% 1% 1% OUT NOV DEZ 2003 PREFEITO 0% FEV Aprovação (ótimo+bom) Regular JUL Rejeição (ruim+péssimo) Não sabe dizer 70% 62% PREFEITO 60% 60% 53% 48% 50% Carijó assume no lugar de Alfredo 51% 50% 52% 26% 20% 32% 32% 34% 40% 34% 30% 26% 15% 14% 14% 11% 10% 0% 32% 32% 26% 13% 1% 49% 38% 36% 31% 51% 44% 40% 30% 48% 1% 1% 10% 6% 12% 4% 13% 4% 15% 3% 16% 14% 13% 2% 1% 0% 0% SET OUT NOV DEZ 2004 JAN 㤵 㜵 ㈵ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO Aprovação (ótimo+bom) Regular Rejeição (ruim+péssimo) Não sabe dizer 91 䍁偟䥖 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨱㠺〶⁁ CAPÍTULO IV − OUTRAS PESQUISAS, GEOMARKETING, DADOS SECUNDÁRIOS E TENDÊNCIAS Durango Duarte Cenário de 2006 Um bom ditado popular no Amazonas diz que “no mundo político, boi voa”. Esse aforismo indica que não existem alianças impossíveis nem combinações impensáveis dentro dos padrões éticos partidários. Ao contrário, você deve se lembrar de alguns acordos eleitorais nunca imaginados e que, depois de consolidados, foram aceitos pela maioria. Os políticos do Amazonas irão sempre conversar entre si, publicamente ou não, para definir o que é melhor para seus interesses. Nessas conversas, a pesquisa eleitoral é usada como um trunfo no jogo político para determinar quem está em melhor ou pior situação. No início da partida, as lideranças políticas obviamente ainda não contam com um quadro seguro sobre quem serão os melhores parceiros. Trabalham então com tendências. É recomendável a realização de pelo menos cinco pesquisas em intervalos regulares de no máximo 30 dias para obtermos uma tendência da opinião pública, em ano não eleitoral. As pesquisas para governador, senador e deputado federal, que apresentamos nas próximas duas páginas não formam uma tendência e sim um flash da conjuntura política. Em outubro de 2005, quando já estarão definidos as regras eleitorais - principalmente no que se refere à continuação ou não da verticalização - e o quadro de filiações partidárias, certamente o cenário estará mais nítido para admitir algumas inferências sobre a sucessão eleitoral. Em abril de 2005, a percepção que tenho sobre a realidade política estadual aponta para as seguintes direções: Gilberto Mestrinho tem pouquíssimas chances de viabilizar sua reeleição; Jefferson Péres se esquivará de concorrer ao Governo do Estado, prefere, com certeza, um projeto nacional; Alfredo Nascimento tem maior probabilidade de concorrer a uma vaga no Legislativo; o senador Artur Neto só se envolverá efetivamente no processo local se receber uma missão do PSDB nacional para coordenar uma campanha tucana ou ser o candidato do partido; Plínio Valério continuará acreditando que é o mais forte candidato ao Senado, mas suas chances são melhores para deputado; Pauderney Avelino, Francisco Garcia e Átila Lins irão trabalhar com a possibilidade de serem candidatos a senador e o nome de Marcus Barros será o coringa do PT na composição das alianças, contudo, seu projeto, pelo visto, é de continuar em Brasília. 㤵 㜵 Podemos ainda observar que quase todos os deputados estaduais, bem como a maioria dos vereadores da capital e a quase totalidade dos prefeitos do interior marcharão ao lado de Eduardo Braga, em sua caminhada para a reeleição. Independente disso, é Amazonino, mais uma vez, quem vai criar a maior expectativa, até junho de 2006. Sua decisão, de concorrer ou não e que cargo disputará, é que irá nortear todos os demais movimentos do tabuleiro. Ao longo de 2005, iremos disponibilizar algumas pesquisas eleitorais no site www.perspectiva.inf.br. 92 䍁偟䥖 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨱㠺〶⁁ ㈵ Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS Em qual desses candidatos, você votaria para governador na eleição de 2006? mínimo de 47% máximo de 53% máximo de 52% Amazonino Mendes mínimo de 48% 0% 20% Eduardo Braga 40% 60% 80% 100% mínimo de 38% máximo de 62% máximo de 42% Alfredo Nascimento mínimo de 58% 0% 20% Eduardo Braga 40% 60% 80% 100% mínimo de 35% máximo de 65% máximo de 40% Jefferson Péres mínimo de 60% 0% 20% Eduardo Braga 40% 60% 80% 100% mínimo de 32% máximo de 68% máximo de 37% Arthur Neto mínimo de 63% 0% 20% Eduardo Braga 40% 60% 80% 100% Realizamos três pesquisas quantitativas na cidade de Manaus sobre a intenção de voto para governo. Uma no mês de dezembro de 2004, outra em março e a última em abril de 2005. Cada rodada teve uma amostra de 500 entrevistas. O resultado, apresentado nos gráficos ao lado, é a variação entre o menor e o maior índice obtido sob a forma de votos válidos. Nas quatro simulações realizadas, consideramos sempre Eduardo Braga como candidato à reeleição confrontando um oponente a cada vez. No embate contra Amazonino, fica claro que a diferença entre ambos é mínima. Neste caso, os votos do interior seriam decisivos. Nos outros, Eduardo abre vantagem significativa em relação aos seus hipotéticos adversários, o que não quer dizer uma consumação de vitória. Este quadro pode mudar até outubro de 2006 e, pela dinâmica do processo político local, essa diferença de mais de 20% na média dos três cenários, deverá, no mínimo, ser reduzida pela metade. Alertamos que esta análise tem como referência apenas os números da capital. Ocorrendo três candidaturas fortes, o 2.ºturno é certo. 93 䍁偟䥖 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨱㠺〷⁁ 㤵 㜵 ㈵ Durango Duarte CAPÍTULO IV − OUTRAS PESQUISAS, GEOMARKETING, DADOS SECUNDÁRIOS E TENDÊNCIAS Em qual desses candidatos, você votaria para senador na eleição de 2006? Na pesquisa de março de 2005, em que foram aferidas as intenções de voto para governador, incluímos perguntas sobre senador e deputado federal. Na próxima eleição, os eleitores só terão direito a escolher um senador. O ocupante deste mandato, hoje, é Gilberto Mestrinho. Caso a verticalização nas regras eleitorais não se efetive e Amazonino não se candidate ao Senado, é muito provável que teremos a eleição mais acirrada da história recente, devido à grande quantidade de candidatos com potencial efetivo de votos. O cenário 2 é o melhor exemplo disso. Com 19 possíveis candidatos disputando as oito vagas do Amazonas na Câmara Federal, identificamos uma perda de densidade eleitoral significativa de Vanessa e Carlos Souza em relação a 2002. Alfredo Nascimento se elegeria e, quem sabe, salvaria a reeleição de Humberto Michiles. Átila Lins tem sua base eleitoral no interior e, com certeza, se viabilizaria para mais um mandato. Lupércio teria dificuldades de retornar e Carijó surgiria como forte concorrente. Omar teria um mandato quase na mão, mas dificilmente deixaria de ser vice de Eduardo, para encarar esta disputa. 94 䍁偟䥖 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨱㠺〷⁁ CENÁRIO 1 CENÁRIO 2 Amazonino Mendes Plínio Valério Gilberto Mestrinho Marcus Barros 41% 23% 20% 16% Alfredo Nascimento Plínio Valério Gilberto Mestrinho Francisco Garcia Praciano 27% 26% 23% 14% 10% Em qual desses candidatos, você votaria para deputado federal na eleição de 2006, com até 2 opções? POTENCIAL em % e VOTOS CANDIDATOS MÍNIMO MÁXIMO % estimativa % estimativa Alfredo Nascimento 14% 105.000 22% 165.000 Carlos Souza 13% 97.500 20% 150.000 Vanessa Grazziotin 11% 82.500 19% 142.500 Omar Aziz 5% 37.500 12% 90.000 Carijó 4% 30.000 11% 82.500 Praciano 4% 30.000 10% 75.000 Pauderney Avelino 3% 22.500 12% 90.000 Silas Câmara 3% 22.500 8% 60.000 Francisco Garcia 3% 22.500 9% 67.500 Mário Frota 3% 22.500 7% 52.500 Sinésio Campos 2% 15.000 5% 37.500 Lino Chíxaro 2% 15.000 5% 37.500 Ari Moutinho 2% 15.000 5% 37.500 Beto Michiles 2% 15.000 5% 37.500 Lupércio Ramos 1% 7.500 4% 30.000 Marcelo Serafim 1% 7.500 3% 22.500 Átila Lins 1% 7.500 4% 30.000 Massami Miki 1% 7.500 3% 22.500 Paulo De Carli 1% 7.500 3% 22.500 㤵 㜵 ㈵ Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS 1982 CANDIDATO Gilberto Mestrinho de Medeiros Raposo Josué Cláudio de Souza Filho Osvaldo Gomes Coelho Plínio Ramos Coelho PARTIDO VOTOS % geral % votos válidos PMDB 201.182 50,15% 53,66% PDS 164.190 40,93% 43,79% PT 5.352 1,33% 1,43% 4.203 1,05% 1,12% VOTOS VÁLIDOS PTB 374.927 93,47% 100% 26.198 6,53% ― TOTAL 401.125 100% ― PARTIDO VOTOS % geral % votos válidos PMDB 270.875 47,92% 54,28% Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto PSB 209.716 37,10% 42,02% Marcus Luiz Barroso Barros PT 15.942 2,82% 3,19% PDS 2.494 0,44% 0,50% 499.027 88,28% 100% 66.256 11,72% ― 565.283 100% ― PARTIDO VOTOS % geral % votos válidos Gilberto Mestrinho Raposo PMDB 332.085 49,52% 57,57% Wilson Duarte Alecrim PSDB 202.976 30,27% 35,19% José Mário Frota PMN 34.529 5,15% 5,99% Deusamir Pereira PRN 7.231 1,08% 1,25% 576.821 86,02% 100% 93.753 13,98% ― 670.574 100% ― Em branco/Nulos 1986 CANDIDATO Amazonino Armando Mendes Djalma Vieira Passos VOTOS VÁLIDOS Em branco/Nulos TOTAL 1990 CANDIDATO VOTOS VÁLIDOS Em branco/Nulos TOTAL HISTÓRICO DAS ELEIÇÕES PARA GOVERNADOR Nos últimos 23 anos, tivemos seis eleições para governador. Amazonino ganhou três, Gilberto duas e Eduardo Braga, uma. Ou seja, não houve nenhuma alternância no poder. A matriz ideológica e administrativa dos três é a mesma, guardadas as devidas particularidades. Gilberto foi governador na década de 50 e em 1982 como líder da oposição, venceu Josué Filho por 36.992 votos. Em 1986, ocorreu a primeira cisão no núcleo do PMDB, com a indicação de Amazonino para o Governo, o que provocou a saída de Artur Neto, Mário Frota, Félix Valois, entre outros. Amazonino derrotou Artur por 61.159 votos, tendo como vice Vivaldo Frota que assumiu o governo no último ano do mandato. Gilberto retornou ao governo com apoio de Amazonino e se elegeu pela terceira vez, derrotando o candidato do prefeito Artur Neto, o médico Wilson Alecrim, por 129.109 votos. Nessas três eleições, nunca surgiu uma terceira força viável. Os votos dos demais concorrentes, que sempre foram dois, nunca ultrapassaram 7%. E os votos em branco e nulo cresciam a cada eleição. 95 䍁偟䥖 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨱㠺〸⁁ 㤵 㜵 ㈵ Durango Duarte CAPÍTULO IV − OUTRAS PESQUISAS, GEOMARKETING, DADOS SECUNDÁRIOS E TENDÊNCIAS 1994 HISTÓRICO DAS ELEIÇÕES PARA GOVERNADOR PARTIDO VOTOS % geral % votos válidos PPR 406.060 50,79% 62,26% Raimundo Nonato Marreiros de Oliveira PL 196.456 24,57% 30,12% Aloysio Nogueira de Melo PT 49.654 6,21% 7,61% VOTOS VÁLIDOS 652.170 81,57% 100% 147.371 18,43% ― TOTAL 799.541 100% ― PARTIDO VOTOS % geral % votos válidos Amazonino Armando Mendes PFL 418.373 43,15% 51,13% Carlos Eduardo de Souza Braga PSL 390.214 40,24% 47,69% Herbert Amazonas Massulo PSTU 6.380 0,66% 0,78% Raimundo Carvalhedo de Macedo PRN 3.271 0,34% 0,40% 818.238 84,39% 100% 151.410 15,61% ― 969.648 100% ― PARTIDO VOTOS % geral % votos válidos PPS 568.111 47,65% 52,37% PMDB 226.193 18,97% 20,85% Serafim Fernandes Corrêa PSB 225.491 18,91% 20,79% João Pedro Gonçalves da Costa PT 62.715 5,26% 5,78% CANDIDATO Amazonino Armando Mendes Numa frente de apoio que incluía o governador Gilberto Mestrinho e o prefeito Eduardo Braga, Amazonino venceu, em 1994, a eleição mais fácil para governador, dos últimos tempos, tendo como vice Alfredo Nascimento. Com 62% dos votos válidos, exatamente 209.604 votos a mais que Nonato Oliveira, ele assumiu seu segundo mandato. Os senadores eleitos à época foram Bernardo Cabral e Jefferson Péres. Em 1998, com a instituição da reeleição Amazonino pôde concorrer novamente e derrotou Eduardo Braga, seu ex-aliado, por 28.159 votos. A primeira eleição que Amazonino perdeu na capital foi a de 98, embora hoje exista um mito de que ele “sempre” perdeu as eleições em Manaus. Quando a imensa maioria da população descartava uma chapa encabeçada por Braga e apoiada por Amazonino, por causa da troca de pesadas acusações na eleição anterior, foi surpreendida com uma nova aliança entre ambos. Em 2002, Eduardo elegeu-se derrotando Mestrinho, Serafim, João Pedro e Herbert. 96 䍁偟䥖 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨱㠺〸⁁ Em branco/Nulos 1998 CANDIDATO VOTOS VÁLIDOS Em branco/Nulos TOTAL 2002 CANDIDATO Carlos Eduardo de Souza Braga Gilberto Mestrinho de Medeiros Raposo Herbert Amazonas Massulo PSTU VOTOS VÁLIDOS Em branco/Nulos TOTAL 2.202 0,18% 0,20% 1.084.712 90,98% 100% 107.596 9,02% ― 1.192.308 100% ― 㤵 㜵 ㈵ CAPÍTULO V Dados Eleitorais da Cidade de Manaus: Prefeito e Vereadores (1982-2004) 㤵 㜵 ㈵ 97 䍁偟 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㌸⁁ PARTE I Prefeito Estamos apresentando os dados eleitorais relativos à disputa pela Prefeitura de Manaus desde o ano de 1985, quando ocorreu a primeira eleição direta pós-regime militar, até 2004. Até a década de 50, os prefeitos de Manaus eram escolhidos indiretamente. A primeira eleição direta para prefeito ocorreu em 1961, com o radialista Josué Cláudio de Souza derrotando o ex-governador Plínio Coelho. Josué renunciou em novembro de 64 e seu mandato foi concluído por João Zany dos Reis. Em 1965, Vinícius Monteconrado Gomes derrotou João Braga Júnior e foi o último prefeito eleito diretamente, antes do regime militar. Renunciou no mesmo ano e foi substituído por Paulo Pinto Nery. Durante a maior parte do regime militar, os governadores eram indicados e referendados pela Assembléia Legislativa. A partir de 1965, os prefeitos das capitais também passaram a ser escolhidos indiretamente pelos militares e referendados pelos parlamentos estaduais. A Lei da Anistia, de 28 de agosto de 1979, e o fim do bipartidarismo, em 29 de novembro de 1979, marcaram o grande momento da redemocratização do país. Três anos depois, Gilberto Mestrinho derrotou Josué Filho, Osvaldo Coelho e Plínio Coelho e se tornou o primeiro governador eleito diretamente pela população. Ele indicou para prefeito de Manaus o advogado Amazonino Mendes, que substituiu o empresário João de Mendonça Furtado. Em 1985, aconteceu a terceira eleição direta para prefeito da capital e a primeira pós-regime militar, para um mandato de três anos. Foi eleito o vice-governador Manoel Henriques Ribeiro, tendo como vice Aristides Queiroz, ex-prefeito de Silves. No último ano de seu mandato, Manoel Ribeiro sofreu uma intervenção de seis meses em sua administração. A prefeitura foi ocupada pelo atual ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, por indicação do então governador Amazonino Mendes. Em 1988, foi realizada a quarta eleição direta e a unificação das eleições municipais da capital e do interior, para mandatos de quatro anos. O ex-deputado federal Artur Neto, tendo como vice Félix Valois, derrotou o ex-governador Gilberto Mestrinho, que tinha como vice Josué Filho, por uma diferença de 28.786 votos (um pouco mais de 10% dos votos válidos). Se naquela eleição já houvesse a instituição do 2.° turno, que só ocorreu após a promulgação da Constituição de 1988, Artur Neto teria de enfrentar Gilberto Mestrinho no 2.º turno, já que obteve menos de 50% dos votos válidos. Cabe aqui observar que as pesquisas da época, publicadas nos jornais e divulgadas nos bastidores, davam como certa a vitória de Gilberto Mestrinho, começando uma longa seqüência de erros de algumas empresas de pesquisa em nossa cidade, prejudicando a credibilidade deste instrumento científico e dificultando a consolidação de empresas novas, como a Perspectiva que surgiria no ano de 1993. 98 䍁偟 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㌹⁁ 㤵 㜵 ㈵ Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS TOTAL DE 339.313 ELEITORES PARTIDO VOTOS % geral % votos válidos PMDB 131.508 54,12% 57,66% PDS 47.124 19,39% 20,66% PT 28.570 11,76% 12,53% PDT 20.854 8,58% 9,14% 228.056 93,85% 100% Em branco 5.953 2,45% ― Nulos 8.996 3,70% ― 243.005 100% ― CANDIDATO Manoel Henriques Ribeiro Amine Daou Lindoso Aloysio Nogueira de Melo Raimundo Theodoro Botinelly Assumpção VOTOS VÁLIDOS TOTAL ELEIÇÕES 1985 DIA DA ELEIÇÃO: 15 / NOV DIA DA ELEIÇÃO: 15 / NOV PARTIDO VOTOS % geral % votos válidos PSB 138.256 41,80% 48,30% Gilberto Mestrinho de Medeiros Raposo PMDB 109.470 33,09% 38,25% Raimundo Nonato Marreiros de Oliveira PL 25.038 7,57% 8,75% José de Oliveira Fernandes PDT 7.269 2,20% 2,54% José de Oliveira Barroncas PT 4.747 1,44% 1,66% Âmina Zacarias de Oliveira PMC 1.449 0,44% 0,51% 286.229 86,53% 100% Em branco 31.707 9,59% ― Nulos 12.849 3,88% ― 330.785 100% ― CANDIDATO Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto VOTOS VÁLIDOS 1988 ELEIÇÕES TOTAL DE 399.798 ELEITORES 㤵 㜵 ㈵ TOTAL 99 䍁偟 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㌹⁁ Durango Duarte CAPÍTULO V − DADOS ELEITORAIS DA CIDADE DE MANAUS: PREFEITO E VEREADORES (1982-2004) 1.º TURNO 1992 ELEIÇÕES Naquele ano, o prefeito Artur Neto fez uma composição com Gilberto Mestrinho, que havia sido eleito governador em 1990, derrotando o médico Wilson Alecrim, candidato de Artur Neto. Os dois lançaram uma chapa da “situação”, encabeçada pelo deputado federal José Cardoso Dutra, tendo como vice Wilson Alecrim. O candidato que representou a “oposição” foi o então senador Amazonino Mendes, que trouxe como vice o deputado federal Eduardo Braga, depois de uma disputa interna acirrada pela vaga, envolvendo Klinger Costa, Lupércio Ramos, Ronaldo Tiradentes e outros. Nesta campanha, os profissionais e as agências de publicidade locais ganharam uma nova dimensão de importância. A qualidade dos trabalhos produzidos renderam reconhecimento profissional e bons novos contratos. 100 䍁偟 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㌹⁁ TOTAL DE 510.554 ELEITORES DIA DA ELEIÇÃO: 3 / OUT PARTIDO VOTOS % geral % votos válidos PSL 151.806 37,96% 42,60% PMDB 94.283 23,58% 26,46% PL 81.383 20,35% 22,84% Elizabeth Azize PDT 24.545 6,14% 6,89% Ilonita Ramos da Silva PMN 4.302 1,08% 1,21% 356.319 89,11% 100% Em branco 19.910 4,98% - Nulos 23.629 5,91% - 399.858 100% - CANDIDATO Amazonino Armando Mendes José Cardoso Dutra Raimundo Nonato Marreiros de Oliveira VOTOS VÁLIDOS TOTAL 2.º TURNO TOTAL DE 510.554 ELEITORES DIA DA ELEIÇÃO: 15 / NOV PARTIDO VOTOS % geral % votos válidos Diferença PSL 205.185 53,59% 57,59% 54.092 PMDB 151.093 39,46% 42,41% 15,18% 356.278 93,05% 100% ― Em branco 4.427 1,16% ― ― Nulos 22.164 5,79% ― ― 382.869 100% ― ― CANDIDATO Amazonino Armando Mendes José Cardoso Dutra VOTOS VÁLIDOS TOTAL Esta eleição iniciou a tradição de 2.º turno em Manaus. O deputado estadual Nonato Oliveira atingiu o seu melhor desempenho eleitoral nesta eleição, ficando menos de 4% atrás de José Dutra. Em virtude do baixo desempenho refletido nas urnas, a deputada federal Beth Azize e a deputada estadual Ilonita Ramos praticamente encerraram as suas participações na política local. 㤵 㜵 ㈵ Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS 1.º TURNO TOTAL DE 629.074 ELEITORES DIA DA ELEIÇÃO: 3 / OUT PARTIDO VOTOS % geral % votos válidos Alfredo Pereira do Nascimento PPB 160.163 32,53% 34,19% Serafim Fernandes Corrêa PSB 134.475 27,31% 28,71% Gilberto Mestrinho de Medeiros Raposo PMDB 125.119 25,41% 26,71% Raimundo Nonato Marreiros de Oliveira PDT 44.285 8,99% 9,45% Irinéia Vieira dos Santos PSTU 1.713 0,35% 0,37% Evandro das Neves Carreira PMN 1.602 0,33% 0,34% Cândido Honório Ferreira Filho PT DO B 671 0,14% 0,14% Danizio Valente Gonçalves Filho PRTB 367 0,07% 0,08% 468.395 95,12% 100% Em branco 4.129 0,84% ― Nulos 19.885 4,04% ― 492.409 100% ― CANDIDATO VOTOS VÁLIDOS TOTAL 2.º TURNO TOTAL DE 629.074 ELEITORES DIA DA ELEIÇÃO: 15 / NOV PARTIDO VOTOS % geral % votos válidos Diferença Alfredo Pereira do Nascimento PPB 235.508 48,94% 50,27% 2.558 Serafim Fernandes Corrêa PSB 232.950 48,40% 49,73% 0,54% 468.458 97,34% 100% ― Em branco 2.886 0,60% ― ― Nulos 9.921 2,06% ― ― 481.265 100% ― ― CANDIDATO VOTOS VÁLIDOS TOTAL 1996 ELEIÇÕES O vice-governador Alfredo Nascimento foi escolhido pelo governador Amazonino Mendes para ser o “candidato de consenso” do seu grupo político e o deputado estadual Omar Aziz, de maneira obstinada, tomou a vaga de vice. O prefeito Eduardo Braga assumiu a coordenação plena da campanha de Alfredo. Mestrinho concorreu sozinho e perdeu para Serafim Corrêa, na última semana, a possibilidade de disputar o 2.º turno. Nonato Oliveira, que tinha como vice João Pedro, obteve seu pior desempenho eleitoral e praticamente encerrou sua carreira. Alfredo derrotou Serafim por 2.558 votos (0,54%). Este resultado iniciou a tradição de eleições acirradas na capital, com menos de 4% de diferença para o vencedor no 2.º turno. 101 䍁偟 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㐰⁁ 㤵 㜵 ㈵ Durango Duarte CAPÍTULO V − DADOS ELEITORAIS DA CIDADE DE MANAUS: PREFEITO E VEREADORES (1982-2004) 1.º TURNO 2000 ELEIÇÕES Candidato à reeleição, Alfredo Nascimento enfrentou Eduardo Braga e Serafim Corrêa. Em 1998, Eduardo e Serafim, juntos, haviam derrotado Amazonino e Samuel Hanan na capital, na disputa para o governo. Na disputa pela prefeitura, Alfredo construiu uma nova imagem, deslocada de Amazonino e voltada para o social, tendo como carro-chefe o programa “Médico da Família”. Alfredo ficou bem perto de ganhar a eleição no 1.º turno, mas sua comunicação, nos últimos dias, falhou ao responder a algumas situações, como o caso do menino Anderson. No 2.º turno, Eduardo estava com a eleição ganha ao meio-dia (51% a 49%) e desmobilizou sua estrutura de campanha, já contando com a vitória. Alfredo permaneceu nas ruas até o último minuto e venceu por 9.868 votos (1,56%). 102 䍁偟 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㐰⁁ TOTAL DE 760.925 ELEITORES DIA DA ELEIÇÃO: 1 / OUT PARTIDO VOTOS % geral % votos válidos Alfredo Pereira do Nascimento PL 287.754 45,08% 47,47% Carlos Eduardo de Souza Braga PPS 193.779 30,36% 31,97% Serafim Fernandes Corrêa PSB 98.602 15,45% 16,27% PSDB 13.874 2,17% 2,29% PC do B 9.409 1,47% 1,55% Herbert Amazonas Massulo PSTU 1.151 0,18% 0,19% Eliúde Bacelar de Oliveira PRN 945 0,15% 0,16% Francisco Virgílio Melo da Silva PGT 632 0,10% 0,10% 606.146 94,97% 100% Em branco 7.487 1,17% ― Nulos 24.620 3,86% ― 638.253 100% ― CANDIDATO George Tasso Lucena Sampaio Calado Eronildo Braga Bezerra VOTOS VÁLIDOS TOTAL 2.º TURNO TOTAL DE 760.925 ELEITORES DIA DA ELEIÇÃO: 29 / OUT PARTIDO VOTOS % geral % votos válidos Diferença Alfredo Pereira do Nascimento PL 319.987 49,87% 50,78% 9.868 Carlos Eduardo de Souza Braga PPS 310.119 48,33% 49,22% 1,56% 630.106 98,20% 100% ― Em branco 5.312 0,83% ― ― Nulos 6.224 0,97% ― ― 641.642 100% ― ― CANDIDATO VOTOS VÁLIDOS 㤵 㜵 ㈵ TOTAL Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS 1.º TURNO TOTAL DE 908.435 ELEITORES DIA DA ELEIÇÃO: 3 /OUT PARTIDO VOTOS % geral % votos válidos Amazonino Armando Mendes PFL 326.709 41,38% 43,50% Serafim Fernandes Corrêa PSB 216.103 27,37% 28,77% PC do B 103.333 13,09% 13,76% PV 76.896 9,74% 10,24% Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Bisneto PSDB 25.001 3,17% 3,33% Herbert Amazonas Massulo PSTU 3.062 0,39% 0,41% 751.104 95,12% 100% Em branco 7.555 0,96% ― Nulos 30.938 3,92% ― 789.597 100% ― CANDIDATO Vanessa Grazziotin Francisco Plínio Valério Tomaz VOTOS VÁLIDOS TOTAL 2.º TURNO TOTAL DE 908.435 ELEITORES DIA DA ELEIÇÃO: 31 /OUT PARTIDO VOTOS % geral % votos válidos Diferença Serafim Fernandes Corrêa PSB 386.767 50,78% 51,68% 25.187 Amazonino Armando Mendes PFL 361.580 47,48% 48,32% 3,36% 748.347 98,26% 100% ― Em branco 3.814 0,50% ― ― Nulos 9.422 1,24% ― ― 761.583 100% ― ― CANDIDATO VOTOS VÁLIDOS TOTAL Quais são os 10 motivos principais da vitória de Serafim Corrêa, por ordem decrescente? Quais os fatos não divulgados que afetaram o desempenho dos candidatos? Que traições existiram nos bastidores? Com certeza algum tempo será necessário para uma conclusão racional e inteligente para explicar a vitória de um e a derrota de outro. 2004 ELEIÇÕES Após ser derrotado em 5 eleições majoritárias seguidas (94, senado, 96, prefeito, 98, vicegovernador, 2000, prefeito e 2002, governador), Serafim Corrêa obteve no 1.º turno a mesma porcentagem de votos (28,7%) de 1996, quando concorreu a prefeito pela primeira vez. A deputada Vanessa, que até a votação do salário mínimo no Congresso obtinha melhores índices de intenção de votos do que Serafim, encerrou sua participação com menos da metade dos votos de Serafim. O vereador Plínio Valério se tornou o primeiro “quarto colocado” a obter mais de 10% dos votos. Todas as pesquisas da Perspectiva indicavam que Amazonino teria no máximo 52% e no mínimo 48%, em um 2.º turno. No resultado final, ele ficou no limite mínimo. 103 䍁偟 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㐱⁁ 㤵 㜵 ㈵ Durango Duarte CAPÍTULO V − DADOS ELEITORAIS DA CIDADE DE MANAUS: PREFEITO E VEREADORES (1982-2004) Distribuição dos candidatos em 4 grupos nas últimas 5 eleições municipais Nas eleições da capital, podemos, por coincidência, agrupar as forças políticas em quatro grandes blocos por desempenho. O bloco A (de Artur, Amazonino e Alfredo) sempre obteve os melhores resultados no 1.º turno. Nas eleições de 92, 96 e 2000, o primeiro colocado no 1.° turno manteve a supremacia no 2.° turno. A exceção ocorreu na eleição de 2004, com a derrota de Amazonino. O bloco B (de Gilberto, Dutra, Eduardo e Serafim) atinge de 26 a 38% dos votos e representa a segunda força eleitoral em cada uma dessas eleições. Nas eleições de 92 e 96, os candidatos que representavam a terceira força polarizaram com os do bloco B, com diferenças mínimas. Os “outros” englobam os partidos nanicos e/ou projetos aventureiros, sem nenhuma densidade eleitoral. Em 1992, Amazonino enfrentou Dutra no 2.° turno e foi acusado de ter um castelo na Europa e ser dono de 6 quilômetros de praias em São Paulo. Um vídeo mostra-o se dizendo o “homem mais rico do Amazonas”. Apesar disso, Dutra sofreu a maior derrota eleitoral em um 2.º turno. 104 䍁偟 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㐱⁁ CANDIDATO/ GRUPO 1988 1992 1996 2000 2004 48,30% 42,60% 34,19% 47,47% 43,50% Arthur Neto Amazonino Mendes Alfredo Nascimento Alfredo Nascimento Amazonino Mendes 38,25% 26,46% 28,71% 31,97% 28,77% Gilberto Mestrinho Dutra Serafim Corrêa Eduardo Braga Serafim Corrêa 8,75% 22,84% 26,71% 16,27% 13,76% Nonato Oliveira Nonato Oliveira Gilberto Mestrinho Serafim Corrêa Vanessa Grazziotin 4,70% 8,10% 10,38% 4,29% 13,97% José Fernandes / Barroncas / Âmina Beth Azize / Ilonita Ramos A B C Outros Nonato / Irinéia / Evandro Carreira / Tasso / Eron / Herbert / Bacelar Cândido Honório / Danízio Valente / Virgílio Melo Plínio Valério / Bisneto / Herbert Diferença entre os candidatos no 2.º turno nas eleições de 1992 a 2004 20% ( 54.092 ) 15,18% 15% 10% ( 25.187 ) 5% ( 9.868 ) ( 2.558 ) 0,54% 3,36% 㤵 㜵 1,56% 0% 1992 1996 2000 2004 Amazonino x Dutra Alfredo x Serafim Alfredo x Eduardo Braga Serafim x Amazonino ㈵ Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS Em branco/ Nulo Abstenção 1985 1.º turno 6,15% 28,38% 1988 1.º turno 15,57% 17,31% 1992 1.º turno 10,89% 21,68% 2.º turno 6,95% 25,01% 1996 1.º turno 4,88% 21,72% 2.º turno 2,66% 23,49% 2000 1.º turno 5,03% 16,12% 2.º turno 1,80% 15,67% 2004 Porcentagem dos votos em branco/nulo e abstenção (1985-2004) Eleições para Prefeito 1.º turno 4,88% 13,08% 2.º turno MÉDIA DO 1.º TURNO MÉDIA DO 2.º TURNO 1,74% 16,17% 7,9% 19,7% 3,3% 20,1% Até 1994, o voto era manuscrito. Grande parte dos eleitores tinha dificuldades para preencher os diversos campos da cédula eleitoral e as mesas apuradoras em decifrar o nome ou número dos candidatos, gerando enormes possibilidades de fraudes e um número maior de votos em branco e nulo. Estes oscilavam entre 6 e 16% e a abstenção era de 20 a 29%. Com a introdução das urnas eletrônicas a partir de 1996, esses números começaram a cair. Os votos em branco e nulo se estabilizaram em torno de 5% no 1.° turno e 2% no 2.º turno, em média. Outra variável do processo eleitoral é a abstenção, que teve seu maior índice em 1985 com 28,38% e o menor em 2004, com 13,08%. Na eleição disputadíssima de 2000, o trabalho de Alfredo Nascimento e de Eduardo Braga para mobilizar os eleitores a votarem fez com que, pela primeira vez na história, o comparecimento no 2.º turno fosse maior do que no 1.º turno. 105 䍁偟 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㐱⁁ 㤵 㜵 ㈵ PARTE II Vereador Até 1972, a Câmara Municipal de Manaus tinha apenas 11 vereadores, sendo que naquela legislatura havia 6 vereadores do MDB e 5 da Arena. Na eleição de 1976, esse número foi ampliado para 21. A Arena obteve 11 vagas e o MDB 10. O mais votado do pleito foi Josué Filho, da Arena, que obteve 15.030 votos, tornando-se, proporcionalmente, o vereador mais votado da história de Manaus, com mais 15% dos votos válidos, e também se elegeu presidente da CMM. O segundo vereador mais votado daquele pleito foi Fábio Lucena, que obteve 10.385, Francisco Queiroz foi o terceiro, com 5.854, e Beth Azize foi a quarta, com 4.926 votos. Os três eram do MDB. Em 1980 não houve eleição para vereador. O mandato dos vereadores foi prorrogado para coincidir com as eleições gerais de 82 (de vereador a governador). Em 1986 também não houve eleição para vereador. O mandato dos vereadores foi prorrogado para coincidir com as eleições de prefeito de 88. Na eleição de 1982, o PMDB, que sucedeu ao MDB, fez 14 vereadores, enquanto o PDS, sucedâneo da Arena, fez 7 vereadores. A mais votada do pleito foi Otalina Aleixo, esposa do ex-vereador Raimundo Aleixo, que obteve 6.800 votos. Apesar da instituição do pluripartidarismo, os partidos comunistas (PCB e PCdoB) continuaram ilegais e “obrigados” a atuar dentro do PMDB. Naquela eleição geral, os comunistas do PCB lançaram João Thomé (deputado estadual) e Celso Seixas (vereador), enquanto o PCdoB lançou João Pedro (deputado estadual) e Antônio Lira (vereador). Os quatro foram eleitos. Em 1982, foi a primeira vez que votei e, seguindo a orientação do PCdoB, onde atuava como militante, dei meu voto a João Pedro e Antônio Lira. O camarada Lira, que deveria dar 50% de qualquer vencimento obtido durante o mandato para o “fundo coletivo” do PCdoB, não só se negou a fazer a transferência do valor, assim que recebeu o “auxílio-paletó” como rompeu definitivamente com a direção do partido. Foi a primeira vez que me senti “traído” eleitoralmente. Apesar de ter tido um mandato de seis anos, Antônio Lira jamais voltou à cena política como a maioria dos que se tornam vereadores. O que se tem observado ao longo das últimas eleições é que o índice de renovação tem sido muito alto. Poucos vereadores conseguem obter a reeleição, apesar da existência de veteranos como Leonel Feitoza, Jorge Maia e Ari Moutinho, com mais de três mandatos. O mandato de vereador também tem sido utilizado como trampolim para deputado estadual. A maioria dos vereadores concorre ao cargo, mas poucos obtêm êxito. Da legislatura de 82, dois vereadores se elegeram deputado em 86: Eduardo Braga e Sebastião Reis. Da legislatura de 88, três vereadores se elegeram deputado em 90: Edvar Martins, Messias Sampaio e Miquéias Fernandes. Em 94, três obtiveram sucesso, em 98, cinco, e em 2002, novamente três. 㤵 㜵 ㈵ 106 䍁偟 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㐲⁁ Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS PARTIDO VOTOS % geral % votos dos eleitos Otalina Loureiro Aleixo PMDB 6.800 2,93% 9,11% Bianor Garcia PMDB 4.706 2,03% 6,30% Júlio Celso Lima Seixas PMDB 4.614 1,99% 6,18% PDS 4.413 1,90% 5,91% Paulo Segadilha Franca PMDB 4.411 1,90% 5,91% Francisco Nascimento Marques PMDB 4.181 1,80% 5,60% Antônio Lira Neto PMDB 3.913 1,69% 5,24% Carrel Ypiranga Benevides PMDB 3.712 1,60% 4,97% Antônio Paulo Batista Carioca PMDB 3.597 1,55% 4,82% Ivanildo Gomes Cavalcante PMDB 3.325 1,43% 4,45% Edmilson Fumaça Moreno de Araújo PMDB 3.254 1,40% 4,36% Emílio Soares Santiago PMDB 3.183 1,37% 4,26% Américo Loureiro da Silva PMDB 2.992 1,29% 4,01% PDS 2.992 1,29% 4,01% Nilton Cortez da Silva PMDB 2.912 1,26% 3,90% Ademir Carioca Martins PMDB 2.849 1,23% 3,82% Maria de Lourdes Lopes de Oliveira PDS 2.831 1,22% 3,79% Edvar Martins de Mesquita PDS 2.779 1,20% 3,72% Sebastião da Silva Reis PDS 2.499 1,08% 3,35% Raimundo do Vale e Sena PDS 2.352 1,01% 3,15% Judicael da Silva Almeida PDS 2.349 1,01% 3,15% — 131.248 56,62% — 205.912 88,82% 100% Em branco 14.243 6,14% — Nulos 11.663 5,03% — 231.818 100% — CANDIDATO Raul de Queiroz Menezes Veiga Carlos Eduardo de Souza Braga Outros Candidatos VOTOS VÁLIDOS TOTAL 1982 ELEIÇÕES TOTAL DE 21 VAGAS DIA DA ELEIÇÃO: 15 / NOV Nesta época, as eleições eram mais acirradas em função da distribuição equitativa dos votos dos concorrentes. Neste ano, por exemplo, a diferença entre o 2.º e o 21.º vereadores eleitos não superava a marca dos 2.500 votos. Só se podia apontar os vitoriosos após a contagem das últimas urnas, o que conferia mais emoção ao pleito. Gostaria de lembrar o nome de alguns conhecidos e amigos que tiveram o seu batismo, naquela eleição: Nestor Nascimento (26.ª colocação, com 2.439 votos), Romerito Brito (42.ª colocação, 1.909 votos), Simão Pessoa (45.ª colocação, 1.839 votos), Plínio Júnior (mais votado do PTB com 941 votos), Nilton Masulo e Ivanci Vieira (os dois mais votados do PT, com 271 e 267 votos). Nestor, Romerito e Plínio faleceram precocemente. 107 䍁偟 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㐲⁁ 㤵 㜵 ㈵ Durango Duarte CAPÍTULO V − DADOS ELEITORAIS DA CIDADE DE MANAUS: PREFEITO E VEREADORES (1982-2004) 1988 ELEIÇÕES Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Ricardo Moraes obteve 5.567 votos pelo PT, mas o partido não conseguiu obter o quociente eleitoral (votos suficientes para garantir uma vaga) e ele não foi eleito, apesar de ter sido o segundo mais votado do pleito. O atual vicegovernador Omar Aziz foi o nono mais votado do pleito, mas também não foi eleito e ficou na 1.ª suplência do PDC. Serafim Corrêa obteve sua primeira vitória eleitoral, elegendo-se vereador com 1.826 votos, bem como o atual senador Jefferson Péres, que se elegeu com 1.238 votos, ambos apoiando Artur Neto. Dois anos depois, Jefferson Péres se candidatou ao Senado pelo PSC e obteve 80.207 votos e perdeu para Amazonino Mendes (PDC, 338.631 votos) e Marlene Pardo (PT, 109.376 votos). 108 䍁偟 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㐳⁁ TOTAL DE 21 VAGAS DIA DA ELEIÇÃO: 15 / NOV PARTIDO VOTOS % geral % votos dos eleitos PSDB 13.349 4,04% 24,38% PC do B 3.368 1,02% 6,15% Antônio Paulo Batista Carioca (*) PDC 3.291 0,99% 6,01% Edvar Martins de Mesquita (*) PDC 3.201 0,97% 5,85% João Batista Freitas Noronha PDC 2.830 0,86% 5,17% Messias da Silva Sampaio PDC 2.668 0,81% 4,87% Domingos Sátiro Leite Filho PDC 2.574 0,78% 4,70% Maria de Lourdes Lopes de Oliveira (*) PFL 2.463 0,74% 4,50% PMDB 2.020 0,61% 3,69% César Roberto Cerqueira Bonfim PFL 1.992 0,60% 3,64% Robério dos Santos Pereira Braga PFL 1.968 0,59% 3,59% Serafim Fernandes Corrêa PSB 1.826 0,55% 3,33% Manoel Marçal de Araújo PMDB 1.801 0,54% 3,29% PC do B 1.796 0,54% 3,28% PMDB 1.732 0,52% 3,16% PL 1.449 0,44% 2,65% Otalina Loureiro Aleixo (*) PMDB 1.441 0,44% 2,63% Vilson Gomes Benayon PMDB 1.437 0,43% 2,62% PTB 1.409 0,43% 2,57% PSDB 1.238 0,37% 2,26% PDT 901 0,27% 1,65% — 234.274 70,82% — 㤵 289.028 87,38% 100% 㜵 Em branco 20.505 6,20% — Nulos 21.252 6,42% — 330.785 100% — CANDIDATO José Mário Frota Moreira Vanessa Grazziotin Manoel de Castro de Paiva João Pedro Gonçalves da Costa José Antônio Verçosa de Medeiros Raposo Roberto Alexandre Alves Barbosa Johnny Eduardo De Carli José Jefferson Carpinteiro Péres Miquéias Matias Fernandes Outros Candidatos / Legenda VOTOS VÁLIDOS TOTAL (*) TOTAL DE VEREADORES REELEITOS: 4 ㈵ Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS PARTIDO VOTOS % geral % votos dos eleitos Omar José Abdel Aziz PSL 5.098 1,27% 7,41% Vanessa Grazziotin (*) PC DO B 4.231 1,06% 6,15% Raimundo Socorro Figueiredo de Castro PSDB 3.298 0,82% 4,79% José Jefferson Carpinteiro Péres (*) PSDB 3.100 0,78% 4,50% Ari Jorge Moutinho da Costa Júnior PSL 2.651 0,66% 3,85% Fernando de Oliveira Trigueiro PSL 2.358 0,59% 3,43% PSDB 2.268 0,57% 3,30% Sebastião Gilberto dos Santos Martins PL 2.186 0,55% 3,18% César Roberto Cerqueira Bonfim (*) PFL 2.177 0,54% 3,16% João Leonel de Britto Feitoza PSN 2.157 0,54% 3,13% Roberto Sabino Rodrigues PL 2.106 0,53% 3,06% Eliúde Bacelar de Oliveira PSN 2.076 0,52% 3,02% Miguel Carrate Neto PSN 2.067 0,52% 3,00% Renato Araújo de Queiroz PSDB 2.037 0,51% 2,96% Ana Maria Nascimento de Oliveira PMDB 1.986 0,50% 2,89% Sildomar Abtibol PMDB 1.958 0,49% 2,84% João Bosco Gomes Saraiva PMDB 1.945 0,49% 2,83% Raimundo Olímpio Furtado Neto PSDB 1.941 0,49% 2,82% Robério dos Santos Pereira Braga PFL 1.923 0,48% 2,79% Antônio Santino de Souza PSD 1.860 0,47% 2,70% Massami Miki PMDB 1.819 0,45% 2,64% Jorge Cézar Sarmento Nicolau PMDB 1.797 0,45% 2,61% Maurício George de Moura Costa Filho PSL 1.699 0,42% 2,47% Francisco de Assis Farias Rodrigues PSL 1.688 0,42% 2,45% Rosaline Pinheiro de Lima PSL 1.644 0,41% 2,39% Serafim Fernandes Corrêa (*) PSB 1.639 0,41% 2,38% Expedito Teodoro PL 1.575 0,39% 2,29% Eduardo José Cavalcante Monteiro de Paula PL 1.460 0,37% 2,12% Aloysio Nogueira de Melo PT 1.424 0,36% 2,07% José Braz de Chermont Raiol PMN 1.402 0,35% 2,04% Nelson Cavalcante Campos PMN 1.137 0,28% 1,65% Washington Luís Régis da Silva PPB 1.084 0,27% 1,57% Flaviano Bivaqua de Araújo PTB 1.035 0,26% 1,50% Outros Candidatos — 225.304 56,35% — Votos de Legenda — 35.690 8,93% — CANDIDATO Maria das Graças Costa Alecrim VOTOS VÁLIDOS 329.820 82,48% 100% Em branco 43.265 10,82% — Nulos 26.773 6,70% — 399.858 100% — TOTAL (*) TOTAL DE VEREADORES REELEITOS: 4 1992 ELEIÇÕES TOTAL DE 33 VAGAS DIA DA ELEIÇÃO: 3 / OUT Em 1992, o número de vereadores aumenta de 21 para 33 vereadores. Os dois mais votados (Omar Aziz e Vanessa Grazziotin) eram lideranças estudantis nos anos 80 e militavam no mesmo partido, o PCdoB. Nessa legislatura, o expresidente da CMM, César Bonfim, reelegeu-se vereador e depois foi cassado, por iniciativa do exvereador Francisco Praciano, por malversação de dinheiro público. Filho do pastor Alcebíades, presidente da Assembléia de Deus, o jornalista Hiel Levy obteve a 44.ª colocação, com 1.365 votos. Porta-voz do prefeito Artur Neto, Jefferson Coronel obteve a 45.ª colocação, com 1.346 votos. Ex-deputado federal, Mário Frota ficou na 66.ª colocação, com 1.124 votos, depois de concorrer a governador dois anos antes. 109 䍁偟 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㐳⁁ 㤵 㜵 ㈵ Durango Duarte CAPÍTULO V − DADOS ELEITORAIS DA CIDADE DE MANAUS: PREFEITO E VEREADORES (1982-2004) 1996 ELEIÇÕES Vanessa Grazziotin foi a mais votada do pleito, com um crescimento de mais de 300% dos votos em relação à eleição anterior. O PT elegeu pela primeira vez dois vereadores, Sinésio Campos e Francisco Praciano. O trotskista Herbert Amazonas e o excamarada Luiz Alberto Carijó estrearam na política, o primeiro, com 326 votos, e o segundo com 2.966 votos, ficando na quinta suplência. O radialista Wallace Souza, do programa “Canal Livre”, ficou na 125.ª colocação, com 898 votos. Dois anos depois, ele se tornaria o deputado estadual mais votado na história do Amazonas, com 51.181 votos. Os vereadores Artur Onuki e Marcos Cavalcante renunciaram a seus mandatos após graves denúncias publicadas nos jornais locais. 110 䍁偟 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㐴⁁ TOTAL DE 33 VAGAS DIA DA ELEIÇÃO: 3 / OUT PARTIDO VOTOS % geral % votos dos eleitos PC DO B 16.465 3,34% 11,42% PSDB 8.143 1,65% 5,65% Ana Maria Nascimento de Oliveira (*) PTB 6.170 1,25% 4,28% Marcos Antônio Cavalcante PPB 5.362 1,09% 3,72% Nelson Cavalcante Campos (*) PFL 5.137 1,04% 3,56% Robson Roberto Tiradentes PPB 5.112 1,04% 3,55% João Bosco Gomes Saraiva (*) PSL 5.046 1,02% 3,50% Jorge Maia da Silva PPB 5.042 1,02% 3,50% PL 4.822 0,98% 3,34% PSDB 4.792 0,97% 3,32% Eliúde Bacelar de Oliveira PFL 4.678 0,95% 3,24% Rosaline Pinheiro de Lima (*) PPB 4.633 0,94% 3,21% Edilson Gurgel Noronha PDT 4.578 0,93% 3,17% Francisco do Nascimento Gomes PL 4.270 0,87% 2,96% Sinésio da Silva Campos PT 4.208 0,85% 2,92% Paulo Jorge de Souza PSDC 3.788 0,77% 2,63% João Leonel de Britto Feitoza (*) PSDB 3.575 0,73% 2,48% Joel Pereira Silva PSL 3.316 0,67% 2,30% Gilson Nascimento Gonzalez PTB 3.205 0,65% 2,22% Messias da Silva Sampaio PRP 3.089 0,63% 2,14% José Antônio Verçosa de Madeiros Raposo PMDB 2.965 0,60% 2,06% Vicente Lopes de Souza PMDB 2.835 0,58% 1,97% Edmilton Nobre de Oliveira PMN 2.503 0,51% 1,74% Ari Jorge Moutinho da Costa Júnior (*) PPB 4.632 0,94% 3,21% Renato Araújo de Queiroz (*) PPB 4.276 0,87% 2,97% Francisco Ednaldo Praciano PT 3.290 0,67% 2,28% Isaac Tayah PFL 3.227 0,66% 2,24% Arthur Seiji Onuki PTB 3.177 0,65% 2,20% Marco Antônio Souza Ribeiro da Costa PSC 2.456 0,50% 1,70% Vítor Gomes Monteiro PL 2.408 0,49% 1,67% Marco Rinaldo Colares Lopes PL 2.404 0,49% 1,67% Sérgio Augusto Pinto Cardoso PSDB 2.341 0,48% 1,62% PSB 2.244 0,46% 1,56% Outros Candidatos — 263.820 53,58% — Votos de Legenda — 44.380 9,01% — CANDIDATO Vanessa Grazziotin (*) Luís Ricardo Saldanha Nicolau José Wanderley Dallas Rei Dias Amauri Batista Colares Joaquim de Lucena Gomes VOTOS VÁLIDOS 452.389 91,87% 100% Em branco 15.129 3,07% — Nulos 24.891 5,05% — 492.409 100% — TOTAL (*) TOTAL DE VEREADORES REELEITOS: 8 㤵 㜵 ㈵ Durango Duarte CAPÍTULO V − DADOS ELEITORAIS DA CIDADE DE MANAUS: PREFEITO E VEREADORES (1982-2004) 2004 ELEIÇÕES O número de vereadores aumenta de 33 para 37. Com a proliferação de programas televisivos semelhantes ao “Canal Livre”, foram eleitos três apresentadores: Sabino Castelo Branco, do “Bronca na TV”, com uma votação abaixo da expectativa criada nos bastidores da campanha, Mirtes Salles, do “Exija Seus Direitos”, cria de Omar Aziz e Marcos Rotta, e Conceição Sampaio, do “Câmera 13”, cria de Lupércio Ramos. A grande surpresa foi a derrota de Fausto Souza, irmão mais velho de Carlos e Wallace, que ficou como 1.º suplente. Ele foi derrotado pelo radialista Elias Emanuel, apresentador de telejornalismo da TV Amazonas. A família De Carli voltou à cena política, com Paulo, filho do ex-senador Carlos Alberto, eleito pelo partido do senador Jefferson Péres (PDT). 112 䍁偟 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㐵⁁ TOTAL DE 37 VAGAS DIA DA ELEIÇÃO: 3 /OUT CANDIDATO Raimundo Sabino Castelo Branco Maués (*) Francisco Ednaldo Praciano (*) Maria Mirtes Salles de Oliveira Paulo Nasser (*) Nelson Amazonas Azedo Ari Jorge Moutinho da Costa Júnior (*) Maria da Conceição Sampaio Moura Amauri Batista Colares Marco Antônio de Souza Ribeiro da Costa (*) Ana Cláudia Melo dos Santos João Leonel de Britto Feitoza (*) Isaac Tayah (*) Fabrício Silva Lima Francisco do Nascimento Gomes (*) Josué Cláudio de Souza Neto Gilmar de Oliveira Nascimento Maria Rejane Guimarães Pinheiro (*) José Ricardo Wendling José Irailton Guimarães Sena Massami Miki José Vicente da Costa Filho Jéferson Anjos da Silva Sildomar Abtibol (*) Carmen Glória Ribeiro de Almeida Carratte (*) Francisco Barbosa da Silva (*) Elias Emanuel Rebouças de Lima Jorge Luiz Pinto Costa Jorge Maia da Silva (*) Paulo Carlos De Carli Antônio Carlos de Almeida Ferreira (*) Roberto Sabino Rodrigues Luiz Fernando Moraes da Costa (*) Francisco Alcides da Cruz Braga Lúcia Regina Antony Ayr José de Souza Francisco Braz Pereira da Silva Williams Coelho da Silva Outros Candidatos Votos de Legenda VOTOS VÁLIDOS Em branco Nulos TOTAL PARTIDO VOTOS % geral % votos dos eleitos PP PT PPS PSC PFL PPS PT do B PSC PPS PPS PDT PFL PSDB PFL PFL PMDB PMN PT PT do B PSL PMDB PDT PRTB PP PAN PHS PL PL PDT PP PP PTN PP PC do B PV PP PSDC — — 58.703 12.502 10.303 9.456 9.127 8.248 7.861 6.943 6.550 6.270 6.195 6.123 6.095 6.036 5.994 5.889 5.852 5.793 5.684 5.678 5.564 5.346 5.340 5.313 5.123 5.105 5.083 5.007 4.799 4.532 4.263 3.654 3.394 3.387 2.877 2.718 2.249 440.040 56.056 765.152 12.173 12.272 789.597 7,43% 1,58% 1,30% 1,20% 1,16% 1,04% 1,00% 0,88% 0,83% 0,79% 0,78% 0,78% 0,77% 0,76% 0,76% 0,75% 0,74% 0,73% 0,72% 0,72% 0,70% 0,68% 0,68% 0,67% 0,65% 0,65% 0,64% 0,63% 0,61% 0,57% 0,54% 0,46% 0,43% 0,43% 0,36% 0,34% 0,28% 55,73% 7,10% 96,90% 1,54% 1,55% 100% 21,82% 4,65% 3,83% 3,51% 3,39% 3,07% 2,92% 2,58% 2,43% 2,33% 2,30% 2,28% 2,27% 2,24% 2,23% 2,19% 2,18% 2,15% 2,11% 2,11% 2,07% 1,99% 1,98% 1,97% 1,90% 1,90% 1,89% 1,86% 1,78% 1,68% 1,58% 1,36% 1,26% 1,26% 1,07% 1,01% 0,84% — — 100% — — — 㤵 㜵 ㈵ (*) TOTAL DE VEREADORES REELEITOS: 15 Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS Votos de legenda dos Partidos com candidatos majoritários (resultado no 1.º turno) PARTIDO VOTOS Legenda p/ vereador Alfredo Pereira do Nascimento PPB 160.163 9.177 5,73% Serafim Fernandes Corrêa PSB 134.475 3.103 2,31% Gilberto Mestrinho de Medeiros Raposo PMDB 125.119 5.453 4,36% Raimundo Nonato Marreiros de Oliveira PDT 44.285 2.827 6,38% Irinéia Vieira dos Santos PSTU 1.713 2.938 171,51% 1996 CANDIDATO Evandro das Neves Carreira PMN 1.602 815 50,87% Cândido Honório Ferreira Filho PT DO B 671 533 79,43% Danizio Valente Gonçalves Filho PRTB 367 285 77,66% 468.395 25.131 — PARTIDO VOTOS Legenda p/ vereador % Alfredo Pereira do Nascimento PL 287.754 25.469 8,85% Carlos Eduardo de Souza Braga PPS 193.779 17.617 9,09% Serafim Fernandes Corrêa PSB 98.602 6.431 6,52% PSDB 13.874 1.612 11,62% VOTOS VÁLIDOS 2000 CANDIDATO George Tasso Lucena Sampaio Calado Eronildo Braga Bezerra PC do B 9.409 1.067 11,34% Herbert Amazonas Massulo PSTU 1.151 425 36,92% Eliúde Bacelar de Oliveira PRN 945 233 24,66% Francisco Virgílio Melo da Silva PGT 632 — — 606.146 52.854 — VOTOS VÁLIDOS PARTIDO VOTOS Legenda p/ vereador % Amazonino Armando Mendes PFL 326.709 20.107 6,15% Serafim Fernandes Corrêa PSB 216.103 11.018 5,10% PC do B 103.333 5.213 5,04% PV 76.896 4.595 5,98% Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Bisneto PSDB 25.001 1.924 7,70% Herbert Amazonas Massulo PSTU 3.062 421 13,75% 751.104 43.278 — CANDIDATO 2004 % Vanessa Grazziotin Francisco Plínio Valério Tomaz VOTOS VÁLIDOS Na eleição municipal, vota-se primeiro para vereador (cinco dígitos) e depois para prefeito (dois dígitos). Entretanto, muitos eleitores, principalmente os de baixa instrução, acabam votando “duas vezes para prefeito”. Isso acontece porque, sem levar “cola” com o número do vereador, eles digitam o número do candidato majoritário primeiramente, sendo este computado como voto de legenda. Quando a tela com a opção real para prefeito é aberta, os eleitores repetem o voto. Isso penaliza os partidos que não têm candidatos majoritários ou que têm candidato majoritário inexpressivo, já que o “voto de legenda” é computado no cálculo do quociente eleitoral. Em 2000, por exemplo, os “votos de legenda” de Alfredo Nascimento elegeram um e meio vereador e os de Eduardo Braga elegeram um. Na eleição de 2004, o número 25 de Amazonino permitiu ao PFL eleger uma das quatro vagas obtidas. Serafim foi o que menos obteve “votos de legenda” nas últimas três eleições. Isso não exclui a existência de eleitores que votam propositadamente num partido e não em um candidato. 113 䍁偟 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㐵⁁ 㤵 㜵 ㈵ Durango Duarte CAPÍTULO V − DADOS ELEITORAIS DA CIDADE DE MANAUS: PREFEITO E VEREADORES (1982-2004) Indicadores Eleitorais Eleições para Vereador 1982 1988 1992 1996 2000 2004 Comparecimento 231.818 330.785 399.858 492.409 638.253 789.597 Votos Válidos 205.912 289.028 329.820 452.389 618.770 765.152 Em branco / Nulo 25.906 (11,18%) 41.757 (12,62%) 70.038 (17,52%) 40.020 (8,13%) 19.483 (3,05%) 24.445 (3,10%) Total de candidatos 194 576 752 470 587 835 Candidato por vaga 9,2 27,4 22,8 14,2 17,8 22,6 Total da % dos votos dos vereadores eleitos 32,21% 16,55% 17,21% 29,28% 35,47% 34,08% Entre 1982 e 2004, ocorreram seis eleições para o cargo de vereador. Nesse mesmo período, o número de eleitores quase quadruplicou e, em 2006, Manaus estará próxima de atingir 1 milhão de eleitores. Os votos em branco e nulo simbolizam dois grandes comportamentos: o primeiro é representado pela dificuldade de saber votar dos eleitores de baixa ou nenhuma escolaridade quando, principalmente, as eleições eram realizadas através do sistema de cédula em papel. O segundo comportamento é um ato de rejeitar e de não aceitar os nomes apresentados. Na eleição de 1992, quase 18% (mais de 70 mil votos) de todos os eleitores votaram em branco ou nulo para vereador. Com a implantação da urna eletrônica, em 1996, este número caiu para menos de 3% na última eleição. As regras eleitorais, em geral, sofrem mudanças a cada dois anos, alterando os indicadores a cada eleição (candidato por partido e/ou coligação, candidato por vaga, quociente eleitoral, entre outros). Em 1982, somente quatro partidos participavam da eleição para vereador. Hoje, o total de partidos legalizados no Brasil é de 27. A proporção de candidatos por vaga na Câmara Municipal de Manaus teve, em 1982, o seu menor número (9,2) e o maior, em 1988 (27,4). Na eleição de 2004, o número de candidatos que concorreram a uma das 37 vagas foi de 835, sendo o maior da história da cidade de Manaus. Os vereadores eleitos nas últimas seis legislaturas representam, em média, 27% dos votos válidos. Isso significa dizer que a cada quatro votos depositados, um foi para algum dos eleitos. No ano de 2000, esta proporção atingiu o seu maior índice, com 35,47%, e na eleição de 1998 o menor, com 16,55%. 114 䍁偟 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㐶⁁ 㤵 㜵 ㈵ Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS Quociente Eleitoral e Partidário – O que é e como fazer HISTÓRICO DO QUOCIENTE ELEITORAL 1982 1988 1992 1996 2000 2004 10.484 14.740 11.306 14.167 18.751 20.680 De acordo com a Lei n.º 4.737/65 (Art. 186), os votos apurados, inclusive os em branco, determinavam o quociente eleitoral e partidário. Dessa forma, nas eleições de 1982, 1988, 1992 e 1996 para o cargo de vereador, os votos em branco estão incluídos no cálculo do quociente. A partir de 1997, com a Lei n.º 9.504/97 (Art. 5.º), os votos em branco foram excluídos do cálculo, ou seja, contam-se como válidos somente os votos dados aos candidatos e os votos para a legenda do partido. O quociente eleitoral de 1992 caiu em relação a 1988 em virtude do aumento do número de vagas oferecidas (21 para 33). Apesar do crescimento do número de eleitores a cada quatro anos ser significativo, o pequeno crescimento observado no quociente entre 2000 e 2004 foi decorrente do aumento do número de vagas (33 para 37). Total de eleitores registrados em 2004 Abstenção - = 118.838 908.435 Comparecimento 789.597 1.ª OPERAÇÃO Comparecimento (1) 787.465 Votos em branco e nulo - 22.313 Votos válidos = 765.152 Determina-se o número de votos válidos, deduzindo do comparecimento os votos em branco e nulo (Art. 106, § único, do Código Eleitoral e Art. 5.º, da Lei n.º 9.504, de 30/9/97). (1) Para o cálculo do quociente eleitoral, o valor apresentado do comparecimento não computou os votos de dois candidatos que foram impugnados pelo TRE: Ronaldo Tabosa (2.046) e Rômulo Fernandes (86), totalizando 2.132 votos. 2.ª OPERAÇÃO Votos válidos 765.152 Número de cadeiras ÷ 37 Quociente eleitoral = 20.680 Nas eleições proporcionais, contam-se como válidos apenas os votos dados a candidatos regularmente inscritos e às legendas partidárias. (Lei n.º 9.504/97, Art. 5.º). Determina-se o quociente eleitoral dividindo-se o número de votos válidos apurados pelo de vagas a preencher em cada município, desprezada a fração se igual ou inferior a meio e considerada equivalente a um, se superior (Código Eleitoral, Art. 106). 115 䍁偟 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㐶⁁ 㤵 㜵 ㈵ Durango Duarte CAPÍTULO V − DADOS ELEITORAIS DA CIDADE DE MANAUS: PREFEITO E VEREADORES (1982-2004) Determinam-se os quocientes partidários dividindo-se a votação de cada partido (votos nominais + legenda) pelo quociente eleitoral (Art. 107, do Código Eleitoral). Despreza-se a fração, qualquer que seja. Distribuição das sobras de lugares não preenchidos pelo quociente partidário. Dividem-se os votos válidos de cada partido pelo número de lugares por ele obtido, mais um, cabendo ao partido que apresentar a maior média, um dos lugares a preencher (Art. 109, I, do Código Eleitoral). Repete-se a mesma operação para a distribuição de cada um dos lugares, assim os candidatos dos partidos contemplados preenchem as vagas segundo a ordem de votação e somente concorrem à distribuição dos lugares os partidos e coligações que tiverem obtido quociente eleitoral. 116 䍁偟 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㐷⁁ 3.ª OPERAÇÃO Partidos / Coligações Votação Quociente Partidário Quociente Eleitoral PP 106.346 5,1 5 PFL 77.573 3,8 3 PPS/PTB 73.439 3,6 3 PDT/PSB 67.209 3,2 3 PHS/PSC 59.730 2,9 2 PT/PC do B 55.905 2,7 2 PL/PRTB 55.484 2,7 2 PMDB 45.142 2,2 2 PT do B/PCB 37.960 1,8 1 PV 31.018 1,5 1 PSL 29.933 1,4 1 PSDB 27.357 1,3 1 PTN 25.507 1,2 1 PSDC 22.865 1,1 1 PAN/PRONA 21.967 1,1 1 PMN/PRP/PTC 26.907 1,3 1 PSTU 810 0,0 0 TOTAL 765.152 37 30 ÷ 20.680 = - 4.ª OPERAÇÃO Partidos / Coligações Votação Total de votos ÷ quociente partidário + 1 Médias PP 106.346 5 (5+1) 6 17.724 PFL 77.573 3 (3+1) 4 19.393 PPS/PTB 73.439 3 (3+1) 4 18.360 PDT/PSB 67.209 3 (3+1) 4 16.802 PHS/PSC 59.730 2 (2+1) 3 19.910 PT/PC do B 55.905 2 (2+1) 3 18.635 PL/PRTB 55.484 2 (2+1) 3 18.495 PMDB 45.142 2 (2+1) 3 15.047 PT do B/PCB 37.960 1 (1+1) 2 18.980 PV 31.018 1 (1+1) 2 15.509 PSL 29.933 1 (1+1) 2 14.967 PSDB 27.357 1 (1+1) 2 13.679 PTN 25.507 1 (1+1) 2 12.754 PSDC 22.865 1 (1+1) 2 11.433 PAN/PRONA 21.967 1 (1+1) 2 10.984 PMN/PRP/PTC 26.907 1 (1+1) 2 13.454 PSTU 810 0 (0+1) 1 810 31 ELIAS EMANUEL 㤵 㜵 ㈵ Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS 5.ª OPERAÇÃO Partidos / Coligações Votação Total de votos ÷ quociente partidário + 1 Médias PP 106.346 5 (5+1) 6 17.724 PFL 77.573 3 (3+1) 4 19.393 32 PPS/PTB 73.439 3 (3+1) 4 18.360 JOSUÉ NETO PDT/PSB 67.209 3 (3+1) 4 16.802 PHS/PSC 59.730 3 (3+1) 4 14.933 PT/PC do B 55.905 2 (2+1) 3 18.635 PL/PRTB 55.484 2 (2+1) 3 18.495 PMDB 45.142 2 (2+1) 3 15.047 PT do B/PCB 37.960 1 (1+1) 2 18.980 PV 31.018 1 (1+1) 2 15.509 PSL 29.933 1 (1+1) 2 14.967 PSDB 27.357 1 (1+1) 2 13.679 PTN 25.507 1 (1+1) 2 12.754 PSDC 22.865 1 (1+1) 2 11.433 PAN/PRONA 21.967 1 (1+1) 2 10.984 PMN/PRP/PTC 26.907 1 (1+1) 2 13.454 PSTU 810 0 (0+1) 1 810 6.ª OPERAÇÃO Partidos / Coligações Votação Total de votos ÷ quociente partidário + 1 Médias PP 106.346 5 (5+1) 6 17.724 PFL 77.573 4 (4+1) 5 15.515 PPS/PTB 73.439 3 (3+1) 4 18.360 PDT/PSB 67.209 3 (3+1) 4 16.802 PHS/PSC 59.730 3 (3+1) 4 14.933 PT/PC do B 55.905 2 (2+1) 3 18.635 PL/PRTB 55.484 2 (2+1) 3 18.495 PMDB 45.142 2 (2+1) 3 15.047 PT do B/PCB 37.960 1 (1+1) 2 18.980 33 IRAILTON SENA PV 31.018 1 (1+1) 2 15.509 PSL 29.933 1 (1+1) 2 14.967 PSDB 27.357 1 (1+1) 2 13.679 PTN 25.507 1 (1+1) 2 12.754 PSDC 22.865 1 (1+1) 2 11.433 PAN/PRONA 21.967 1 (1+1) 2 10.984 PMN/PRP/PTC 26.907 1 (1+1) 2 13.454 PSTU 810 0 (0+1) 1 810 㤵 㜵 ㈵ 117 䍁偟 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㐷⁁ Durango Duarte CAPÍTULO V − DADOS ELEITORAIS DA CIDADE DE MANAUS: PREFEITO E VEREADORES (1982-2004) 7.ª OPERAÇÃO Partidos / Coligações Votação Total de votos ÷ quociente partidário + 1 Médias PP 106.346 5 (5+1) 6 17.724 PFL 77.573 4 (4+1) 5 15.515 PPS/PTB 73.439 3 (3+1) 4 18.360 PDT/PSB 67.209 3 (3+1) 4 16.802 PHS/PSC 59.730 3 (3+1) 4 14.933 PT/PC do B 55.905 2 (2+1) 3 18.635 34 PL/PRTB 55.484 2 (2+1) 3 18.495 LÚCIA ANTONY PMDB 45.142 2 (2+1) 3 15.047 PT do B/PCB 37.960 2 (2+1) 3 12.653 PV 31.018 1 (1+1) 2 15.509 PSL 29.933 1 (1+1) 2 14.967 PSDB 27.357 1 (1+1) 2 13.679 PTN 25.507 1 (1+1) 2 12.754 PSDC 22.865 1 (1+1) 2 11.433 PAN/PRONA 21.967 1 (1+1) 2 10.984 PMN/PRP/PTC 26.907 1 (1+1) 2 13.454 PSTU 810 0 (0+1) 1 810 8.ª OPERAÇÃO 118 䍁偟 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㐸⁁ Partidos / Coligações Votação Total de votos ÷ quociente partidário + 1 Médias PP 106.346 5 (5+1) 6 17.724 PFL 77.573 4 (4+1) 5 15.515 PPS/PTB 73.439 3 (3+1) 4 18.360 PDT/PSB 67.209 3 (3+1) 4 16.802 PHS/PSC 59.730 3 (3+1) 4 14.933 PT/PC do B 55.905 3 (3+1) 4 13.976 PL/PRTB 55.484 2 (2+1) 3 18.495 35 PMDB 45.142 2 (2+1) 3 15.047 JORGE MAIA PT do B/PCB 37.960 2 (2+1) 3 12.653 PV 31.018 1 (1+1) 2 15.509 PSL 29.933 1 (1+1) 2 14.967 PSDB 27.357 1 (1+1) 2 13.679 PTN 25.507 1 (1+1) 2 12.754 PSDC 22.865 1 (1+1) 2 11.433 PAN/PRONA 21.967 1 (1+1) 2 10.984 PMN/PRP/PTC 26.907 1 (1+1) 2 13.454 PSTU 810 0 (0+1) 1 810 㤵 㜵 ㈵ Durango Duarte INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS 9.ª OPERAÇÃO Partidos / Coligações Votação Total de votos ÷ quociente partidário + 1 Médias PP 106.346 5 (5+1) 6 17.724 PFL 77.573 4 (4+1) 5 15.515 PPS/PTB 73.439 3 (3+1) 4 18.360 36 PDT/PSB 67.209 3 (3+1) 4 16.802 CLÁUDIA JANJÃO PHS/PSC 59.730 3 (3+1) 4 14.933 PT/PC do B 55.905 3 (3+1) 4 13.976 PL/PRTB 55.484 3 (3+1) 4 13.871 PMDB 45.142 2 (2+1) 3 15.047 PT do B/PCB 37.960 2 (2+1) 3 12.653 PV 31.018 1 (1+1) 2 15.509 PSL 29.933 1 (1+1) 2 14.967 PSDB 27.357 1 (1+1) 2 13.679 PTN 25.507 1 (1+1) 2 12.754 PSDC 22.865 1 (1+1) 2 11.433 PAN/PRONA 21.967 1 (1+1) 2 10.984 PMN/PRP/PTC 26.907 1 (1+1) 2 13.454 PSTU 810 0 (0+1) 1 810 10.ª OPERAÇÃO Partidos / Coligações Votação Total de votos ÷ quociente partidário + 1 Médias PP 106.346 5 (5+1) 6 17.724 37 PFL 77.573 4 (4+1) 5 15.515 BRAZ SILVA PPS/PTB 73.439 4 (4+1) 5 14.688 PDT/PSB 67.209 3 (3+1) 4 16.802 PHS/PSC 59.730 3 (3+1) 4 14.933 PT/PC do B 55.905 3 (3+1) 4 13.976 PL/PRTB 55.484 3 (3+1) 4 13.871 PMDB 45.142 2 (2+1) 3 15.047 PT do B/PCB 37.960 2 (2+1) 3 12.653 PV 31.018 1 (1+1) 2 15.509 PSL 29.933 1 (1+1) 2 14.967 PSDB 27.357 1 (1+1) 2 13.679 PTN 25.507 1 (1+1) 2 12.754 PSDC 22.865 1 (1+1) 2 11.433 PAN/PRONA 21.967 1 (1+1) 2 10.984 PMN/PRP/PTC 26.907 1 (1+1) 2 13.454 PSTU 810 0 (0+1) 1 810 㤵 㜵 ㈵ 119 䍁偟 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㐹⁁ Durango Duarte CAPÍTULO V − DADOS ELEITORAIS DA CIDADE DE MANAUS: PREFEITO E VEREADORES (1982-2004) Quadro da distribuição final das vagas por Partido/Coligação em 2004 Partidos / Coligações Quociente Partidário Sobras Total PP 5 1 6 PFL 3 1 4 PPS (4) / PTB (0) 3 1 4 PDT (3) / PSB (0) 3 PHS (2) / PSC (1) 2 1 3 PT (2) / PC do B (1) 2 1 3 PL (2) / PRTB (1) 2 1 3 PMDB 2 PT do B (2) / PCB (0) 1 PV 1 1 PSL 1 1 PSDB 1 1 PMN (1) / PRP (0) / PTC (0) 1 1 PTN 1 1 PSDC 1 1 PAN (1) / PRONA (0) 1 1 PSTU 0 0 TOTAL 30 3 2 1 7 2 37 Dos 27 partidos que concorreram às eleições, 19 elegeram pelo menos um vereador. Nunca na história de Manaus tantos partidos conseguiram viabilizar essa composição política na Câmara. Tive a oportunidade de prestar consultoria a diversos candidatos ao cargo de vereador, quando do prazo final de filiação eleitoral em outubro de 2003, identificando o melhor partido para cada um deles. A grande maioria obteve sucesso exatamente por optar corretamente por um partido que viabilizasse sua candidatura, conforme o seu potencial de voto. Através de um estudo detalhado da história das eleições, do perfil dos candidatos que permanentemente concorrem e de outras pesquisas, foi possível elaborar o cenário mais favorável para cada um dos clientes. 120 䍁偟 呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㐹⁁ 㤵 㜵 ㈵ Durango Duarte Durango Duarte Durango Martins Duarte é pesquisador e publicitário, nascido em 11 de novembro de 1963 na cidade de Cachoeira do Sul (RS). A transferência militar de seu pai o trouxe para Manaus em 1975, onde cursou o antigo ginasial no Colégio Militar. De volta para Porto Alegre em 1979, concluiu o científico, hoje ensino médio, retornando para o Amazonas em julho de 1982, fixando residência. 䍁偁 呵敳摡礬⁁灲楬‱㈬′〰㔠㐺ㄷ㨴㔠偍 PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS INFORMAÇÃO É TUDO! Na Universidade Federal do Amazonas (UFAM) cursou Engenharia Civil, Matemática e Jornalismo e neste período atuou como dirigente do PCdoB, partido a que permaneceu filiado até 1988. INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS É diretor-presidente da Perspectiva desde sua fundação em julho de 1993, já tendo coordenado e dirigido centenas de pesquisas de opinião pública e de mercado nos estados do Norte e Nordeste. Paralelamente, atuou como professor na área de pesquisa e publicidade. Pertence aos quadros da Sociedade Brasileira de Pesquisa de Mercado (SBPM), entidade que congrega os pesquisadores de mercado, opinião e mídia e a empresa que dirige é filiada à Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP). Além da área de pesquisa, atua na consultoria de marketing político, desenvolvimento de projetos de geoprocessamento e de database marketing e na criação de planos de negócios. 㤵 㜵 ㈵